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INSTRUMENTAÇÃO PARA O ENSINO DA

MATEMÁTICA III
AULA 06 –
NOÇÕES DE
MATEMÁTICA
FINANCEIRA

Caro aluno,

Seja bem-vindo à nossa sexta e última aula!

Neste bloco de aulas, você aprenderá vários aspectos da matemática


financeira, aprofundando todos os métodos de investimentos e riscos de
retorno.

Bons estudos!
Ao final desta unidade de aprendizagem, você será capaz de explicar a relação
entre orçamento de capital e investimentos, analisar as técnicas de orçamento de
capital abrangendo os juros, descontos, acréscimos e demais temas relacionados ao
assunto.
1 NOÇÕES DE MATEMÁTICA FINANCEIRA

A matemática financeira é certamente uma das matérias com maior aplicação


na vida cotidiana. Basta parar um pouco para olhar uma vitrine, uma propaganda de
televisão, um jornal ou um tabloide e encontraremos as palavras juros, desconto,
acréscimo ou o símbolo %. É muito importante, então, que você saiba o que significa
cada uma dessas palavras e como operar com esse conteúdo.

1.1 Porcentagem

Chama-se de porcentagem ou percentagem uma razão (fração) cujo


denominador é 100. Exercícios de porcentagem podem ser resolvidos por meio de
regras de três diretas e simples, porém isso não é necessário. Por exemplo, quando
se solicita calcular uma porcentagem de um dado valor, basta que procedamos à
multiplicação da porcentagem pelo valor.

1.2 Descontos

Para facilitar muitos exercícios de porcentagem, diminuindo os cálculos e


auxiliando em equações, devemos escrever descontos e acréscimos como
porcentagens de um todo.
O valor principal é sempre 100%.
Assim, se vamos ter um desconto de 20%, pagaremos apenas 100%- 20% =
80%, ou 0,80 em decimais.
Dessa maneira, descontos de 40% significam que pagaremos 0,60 do valor
inicial. Abatimentos de 28% implicam que teremos de pagar 0,72 do valor devido.
Observação, descontos percentuais sempre serão escritos em números
decimais como valores entre 0 e 1.
Exemplos:
a. Certa mercadoria custa R$ 80,00 e tem um desconto de 25% para
pagamento em dinheiro. Qual o valor para pagamento em dinheiro?
(1 – 0,25) = 0,75. R$ 80 = R$ 60,00
b. Por não apresentar um trabalho, um aluno perderá 20% da nota da última
prova. Sabendo que tirou 6 nessa prova, qual a nova nota?
(1 – 0,20) = 0,80. 6 = 4,8, que é a nova nota.

1.3 Acréscimos

Se descontos podem ser escritos como (100% - desconto), acréscimos podem


ser escritos como (100% + acréscimo). Assim, se tivermos um aumento de 20% em
algum bem, pagaremos 100% + 20% desse bem, ou 1,20 dele. Desse modo,
acréscimos de 45% serão escritos como 1,45 do valor inicial. Também, aumentos de
70% escrevem-se como 1,70 do valor anterior.
Exemplos:
a. Certa conta de R$ 28,00 teve 20% de acréscimo, qual o novo valor?
1,20. R$ 28,00 = R$ 33,60
b. Após 1 mês, uma aplicação de RS 200,00 rendeu 15% de juros. Qual o
montante?
1,15. R$ 200,00 = R$ 230,00

1.4 Juros

Chama-se de juros o valor pago pela remuneração de um dinheiro emprestado.


Por exemplo, quando você vai comprar algum bem de consumo, se não estiver
pagando à vista, a loja te empresta o dinheiro e depois cobra por esse empréstimo.
Quando você deposita algum dinheiro na poupança, o banco usa seu dinheiro em
várias operações e depois credita a você juros pelo dinheiro que você emprestou.

1.4.1 Juros simples

Esse conteúdo é aprendido na escola nos primeiros anos do ensino


fundamental. Não são muito utilizados, pois os juros cobrados pelo mercado são
compostos (veremos a seguir). Juros simples são calculados simplesmente
multiplicando a taxa de juros pelo tempo.

Exemplo:

Se determinada aplicação paga 5% de juros ao mês, em se tratando de juros


simples, teríamos 10% em dois meses, 15% em três e assim sucessivamente.
Fórmula de juros simples:

Em que:

• J = juros (pagamento pelo empréstimo do dinheiro);


• i = taxa de juros (sobre 100 por causa da porcentagem);
• t = tempo;
• C = capital (o valor que será aplicado ou emprestado).

A taxa e o tempo devem estar na mesma unidade. Por exemplo, se a taxa é de


10% ao ano, o tempo deve ser dado em anos, se não for, deverá ser transformado.
Por exemplo, calcule os juros simples que renderão um capital de R$ 2 000,00
aplicado durante 1 ano à taxa de 10% ao mês. Assim, transformamos 1 ano em doze
meses para estar na mesma unidade de tempo da taxa. Desse modo:

1.4.2 Juros compostos

É o tipo de juros utilizados pelo mercado. Bancos, financeiras e lojas trabalham


apenas com juros compostos. Por exemplo: Quando você compra algo no cartão de
crédito, é possível que pague apenas o mínimo (rotativo), algo entre 10% a 20%. Se
no mês seguinte você não pagar o total, os juros que pagará incidirão sobre o total
devido, ou seja, o que você comprou e mais os juros anteriores. Desse modo, dizemos
que estamos pagando juros sobre juros e, assim, chegamos a juros compostos.
Fórmula de juros compostos:

Em que: J, C, i e t, são os mesmos termos do juro simples, a única diferença é


que diferença é que a taxa agora deve ser dividida por 100 e substituída na fórmula
como número decimal.
Dessa forma, o Montante (M) é igual a Capital (C) mais Juros (J), ou seja, M =
C + J.
2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSAF NETO, A. Matemática financeira e suas aplicações. 12. ed. São Paulo:
Atlas, 2012.
AZEVEDO, G. H. W. Matemática financeira: princípio e aplicações. São Paulo:
Saraiva, 2015.
DALZOT, W.; CASTRO, M. L. Matemática financeira: fundamentos e aplicações.
Porto Alegre: Bookman, 2015.
PUCCINI, A. L.; PUCCINI, A. Matemática financeira: objetiva e aplicada. São
Paulo: Saraiva, 2006.
VERAS, L. L. Matemática financeira: uso de calculadoras financeiras, aplicações
ao mercado financeiro, introdução a engenharia econômica, 300 exercícios
resolvidos e propostos com respostas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

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