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RESUMO EXPANDIDO
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Trabalho apresentado no Intercom Júnior – IJ04 "Comunicação Audiovisual" do 46º Congresso Brasileiro de
Ciências da Comunicação, realizado de 4 a 8 de setembro de 2023.
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Estudante de graduação, 5º período do Bacharelado de Rádio, TV e Internet da Universidade Federal de Juiz de
Fora (UFJF) e bolsista do Programa de Educação Tutorial – PET FACOM. E-mail:
ana.martins@estudante.ufjf.br
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Orientador do trabalho. Professor Adjunto da Faculdade de Comunicação Social da UFJF. E-mail:
ridolfi.eli@gmail.com
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Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
46º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – PUC-Minas – 4 a 8/9/2023
aparecimento de seus quadros e cenas. Um primeiro eixo teórico em que pretendemos ler a
obra de Aster, nesse sentido, atravessa a noção de "atmosfera fílmica" (GIL, 2005), espécie de
composição geral de elementos sonoros, visuais e contextuais que cria uma ambiência
particular de fruição junto ao espectador. Segundo a professora, “a atmosfera nasce a partir da
realidade afetiva dos indivíduos que a projetam no seu espaço, acabando por caracterizar a sua
relação com o mundo” (GIL in BINSWANGER, 1994, p.142). Nesse diapasão, buscaremos
compreender a maneira pela qual a atmosfera interfere na relação entre o público e a obra,
gerando efeitos de horror.
Além disso, pretendemos, por meio das linhas teóricas de Georges Didi-Huberman – e
sua dialética do ver – e Aby Warburg – e seu conceito de pathosformel, como uma expressão
dos sentimentos humanos primários –, investigar as formas pelas quais o público parece ser
afetado pelo filme. Nesse sentido, buscaremos compreender as razões pelas quais o cinema se
vale de determinados efeitos visuais e sonoros a fim de conquistar a atenção dos espectadores.
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46º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – PUC-Minas – 4 a 8/9/2023
Em certa medida, poderíamos aventar, por último, que o filme representaria, a seu
modo, uma forma de resistência à tradição imposta pela indústria hollywoodiana, oferecendo
outras possibilidades de leitura da noção de horror e, de certa maneira, surpreendendo as
expectativas da audiência por meio de sua narrativa pouco previsível e do modo ascético, e ao
mesmo tempo impactante, a partir do qual constrói sua fotografia.
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Este texto decorre de uma pesquisa realizada no âmbito do Programa de Educação Tutorial
(PET) do Ministério da Educação, vinculado à Faculdade de Comunicação Social da
Universidade Federal de Juiz de Fora. Ressaltamos que se trata, nesse contexto, de um
trabalho em progresso e que, por conta disso, o referido resumo expandido não pretende, de
modo algum, esgotar as questões problematizadas.
REFERÊNCIAS
DIDI-HUBERMAN, Georges. O que vemos, o que nos olha. São Paulo: Editora 34, 1998.
DIDI-HUBERMAN, Georges. The surviving image: Phantoms of Time and Time of Phantoms, Aby
Warburg’s History of Art. Pennsylvania: The Pennsylvania State University: 2017 [2002].
GIL, Inês. A atmosfera como figura fílmica. ACTAS DO III SOPCOM, VI LUSOCOM e II
IBÉRICO, vol. 1, n. 1, pp. 141-146, 2005.