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Março, 2023
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Universidade Federal do Pampa
Curso de Engenharia Agrícola - Campus Alegrete
Construções Rurais e Ambiência
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................................... 4
1.1.OBJETIVO ........................................................................................................................................... 5
1.1.1.Objetivos específicos ................................................................................................................... 5
2. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................................................. 6
2.1. Dados estruturais da instalação para suínos .......................................................................... 6
2.3. Dados climáticos da região .......................................................................................................... 7
2.4. Sistema de produção de suínos .................................................................................................. 7
2.4.1. Pré-cobrição e gestação ............................................................................................................. 7
2.4.2. Maternidade .................................................................................................................................. 8
2.4.3. Área de Parição............................................................................................................................. 8
2.4.4. Creche ............................................................................................................................................. 9
2.4.5. Crescimento e Terminação ........................................................................................................ 9
2.5. Raça a ser criada ........................................................................................................................... 10
2.5.1. Plano nutricional dos suínos em todas as fases ............................................................... 10
2.6. Dimensionamento da instalação para confinamento de suínos ....................................... 11
2.6.1. Ventilação natural, condição de verão: Aberta ................................................................. 11
2.6.1.1. Estimativa da temperatura interna ..................................................................................... 11
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................................... 19
3.1. Comparação .................................................................................................................................... 19
3.2. Comparação .................................................................................................................................... 20
3.3. Determinação dos Índices de Conforto Térmico .................................................................. 20
3.3. Estimativa de Custos .................................................................................................................... 22
4. CONCLUSÃO ...................................................................................................................................... 23
REFERENCIAS ....................................................................................................................................... 24
Anexos ..................................................................................................................................................... 24
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RESPONSÁVEIS TÉCNICOS
X
Arleston Pinheiro
Responsável Técnico
..................................
X
Lubna Santos
Responsável Técnico
...................................
X
Vitor Charão
Responsável Técnico
..................................
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1. INTRODUÇÃO
No Brasil assim como em outros países a suinicultura representa uma atividade
econômica, onde através do avanço tecnológico vem passando por intensas mudanças
tanto nas técnicas empregadas para o manejo desta atividade quanto na sua forma de
estruturação e projeção das instalações para o confinamento destes animais.
Devido ao fato de a carne suína ser a mais consumida no mundo isso faz com
que o mercado da suinicultura seja sempre uma boa aposta lucrativa. Apesar dos
investimentos dos produtores e das suas produtividades almejadas, deve ser levado
em consideração principalmente no dimensionamento das instalações dos suínos os
padrões de bem-estar animal. De Carvalho, 2009 destaca que as instalações físicas
adequadas são um dos principais fatores para se atingir grandes produtividades.
Dentro do contexto exposto e diante das situações que serão apresentadas, foi
elaborado um projeto de instalações para a criação de suínos, minimizando possíveis
problemas construtivos e de manejo, apresentando e indicando a viabilidade para
execução destas instalações e o planejamento para a implementação de uma
suinicultura na região.
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1.1. OBJETIVO
Dimensionar uma instalação para a criação de suínos e estimar as condições
climáticas internas em função das condições ambientais externas, a fim de estabelecer
a viabilidade de produção destes animais nas fases de cria, recria e engorda no
Município de Alegrete.
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
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2.4.2. Maternidade
Essa instalação será utilizada para o parto e fase de lactação das porcas, onde
é fase mais sensível da produção de suínos e o seu dimensionamento vai ser realizado
levando em consideração todos os cuidados. Na maternidade serão dois ambientes
distintos, um para as porcas e outro para os leitões. Fortes, 2022 destaca que devido a
faixa de temperatura de conforto das porcas ser diferente daquela dos leitões, torna-se
obrigatório o uso de escamoteador para os leitões.
Figura 2 – Escamoteador
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2.4.4. Creche
A creche é a área destinada aos leitões desmamados. Essa instalação terá
cortinas nas laterais para permitir o manejo adequado da ventilação.
A ventilação será natural, sem o controle por meio de cortinas já que nesta fase
os animais necessitam de pouca proteção contra o frio e serão bem ventiladas para
proteção contra o calor excessivo. Como nesta fase há uma formação de grande
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quantidade de calor, gases e dejeções que poderão prejudicar o ambiente, para se ter
uma ventilação natural adequada, a área por animal será de um metro quadrado para
piso compacto de concreto como indica o estudo realizado pela Embrapa Suínos e
Aves,2003.
O seu padrão racial apresenta cabeça comprida, larga entre as orelhas, com
queixadas leves e perfil sub-côncavo. O corpo apresenta conformações perfeitas para
a produção de carne, bem comprido e enxuto, de espessura igual em todo o
comprimento. A figura 4 ilustra as características do suíno.
Figura 4 – Suíno
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Onde:
𝑄𝑝𝑖𝑠 = Calor sensível transferido do (ao) solo ou do (ao) piso pelo perímetro;
𝑄𝑐𝑛𝑑 = 𝑈 ∗ 𝐴𝑐 ∗ ∆𝑡 (2)
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Onde:
O calor sensível transferido do (ao) solo ou do (ao) piso pelo perímetro será
determinado através da equação 3.
Onde:
𝐹 = Fator perimetral;
𝑃𝑒𝑟 = Perímetro;
Onde:
Onde:
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𝑚
𝑉= (6)
𝜌
Onde:
𝑚= Fluxo volumétrico;
𝜌= Densidade do ar.
Onde:
𝑄𝑠𝑙 = 0,00 𝑤
Onde:
𝜀𝑠𝑢𝑝 = emissividade da superfície interna (piso ou vegetação);
𝐴𝑝 = área do piso;
𝑇𝑖 4 = temperatura interna;
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𝑇𝑒 4 = temperatura externa.
Onde:
1
𝑇𝑃𝑂 = (11)
(0,0037−ln( 𝑒 )∗0,000185)
611
Onde:
Onde:
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Onde:
4
𝑇𝑅𝑀 = 100 ∗ √2,51 ∗ 𝑣 0,5 ∗ (𝑇𝑔𝑛 − 𝑇𝐵𝑆) + (𝑇𝑔𝑛 )4 (14)
100
Onde:
𝑣 = Velocidade do ar;
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ΦTotal
N° luminárias = (15)
ΦLuminári𝑎
Onde:
Em.S
Φtotal = (16)
η.d
Onde:
S= Área do ambiente
ƞ = Fator de utilização
d= Fator de depreciação
C.L
K = (17)
(C + L )∗A
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Onde:
C = comprimento (m);
L = largura (m);
Será utilizado tabelas para encontrar os fatores necessários para o cálculo das
luminárias, as tabelas estão representadas a seguir.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
De posse dos dados estruturais da instalação dos suínos, dados climáticos da
região e das condições de inserção do manejo, foi realizado o dimensionamento da
instalação para essas condições propostas, simulando a temperatura interna a partir do
balanço de energia proposto por Hellickson (1983), conforme apresentado na Equação
1, para condição de verão aberta.
Onde:
𝑄𝑝𝑖𝑠 = Calor sensível transferido do (ao) solo ou do (ao) piso pelo perímetro;
3.1. Comparação
Verão Ventilação Natural Aberta
• 𝑄𝑒𝑞𝑢 = 0,0w
• 𝑄𝑟𝑎𝑑 = 13431,51𝑤
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3.2. Comparação
Inverno Ventilação Natural Aberta
• 𝑄𝑟𝑎𝑑 = 0,0 𝑤
• 𝑄𝑒𝑞𝑢 = 0,0w
• 𝑄𝑐𝑛𝑑 = −379577,2 ∗ 1334,89𝑡𝑖
• 𝑄𝑝𝑖𝑠 = −68016,52 ∗ 239,2 𝑡𝑖
• 𝑄𝑟𝑡𝑐 = −23171,81 ∗ 4,17 ∗ 10−6 ∗ 𝑡𝑖 4
• 𝑄𝑣𝑒𝑛 = −15208673,2 + 53485,75𝑡𝑖
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)
• 𝑒𝑠 = 611 ∗ 𝑒 (5420(0,0037−304,86 = 5495,82 𝑃𝑎
• 𝑒 = 5945,82 − 0,00067 ∗ 100000 ∗ (304,85 − 303,05), 26 = 5375,26 𝑃𝑎
1
• 𝑇𝑃𝑂 = = 303,24 𝐾 = 30,24°𝐶
(0,0037−ln(5375,26)∗0,000185)
611
13∗8
K = (13+8 )∗(3,5−1)
= 1,98 ≅ 2, 00
1000.(13∗8)
Φtotal = = 218625,2 Lúmens
0,67.0,71
218625,2
N° luminárias = = 14 Luminárias
15535
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4. CONCLUSÃO
O projeto da instalação para suínos vai favorecer condições de ambiência
adequados para criação, mas será necessário medidas corretivas mínimas para a
mudanças dos índices de conforto térmico calculados anteriormente que apresentaram
condições de alerta para a criação dos suínos. A implementação de cortinas é uma
alternativa para o controle das variações climáticas, evitando assim que o aumento da
temperatura ou a diminuição significativa prejudique o sistema de manejo dos suínos.
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REFERENCIAS
DE CARVALHO, Marieta Amélia Martins. Estudo da alometria dos ácidos gordos em
suínos da raça Bísara. 2009. Tese de Doutorado. Instituto Politecnico de Braganca
(Portugal).
IBGE (Rio de Janeiro, RJ). Anuário estatístico do Brasil. Rio de Janeiro, 1983. 987p.
Valmir Sartor et al. Instalações para suínos Construções Rurais e Ambiência (DEA –
UFV), Viçosa – mg, 2004.
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ANEXOS
Planta baixa, escala 1:100
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0.50
0.25
1.60
1.00 1.00
0.10
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Corte 1, escala 1:50, Gestação (Inclinação do piso 2%) e Gaiolas de parição (Inclinação do piso de 5%).
1.00
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Corte 2: escala 1:50, Crescimento e Macho/monta (Inclinação do piso de 2%, inclinação do telhado de 35%)
0.50
3.50
1.00
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Corte 3: escala 1:50, Creche (Inclinação do piso de 4%, sobreposta por grade vazada) e Terminação (Inclinação do piso de 2%).
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