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Domingos F. O. Azevedo
16/09/2016
2
SUMÁRIO
CARACTERÍSTICAS ....................................................................................................................................................... 5
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................................55
4
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Conjunto de polias e correia montadas no motor e máquina. _____________________________________ 5
Figura 2: Movimentação de polias e correia. Fonte: (4) _________________________________________________ 6
Figura 3: Montagem do conjunto de polias e correia. Fonte: (4) __________________________________________ 6
Figura 4: Tipos de polias: plana e abaulada. Fonte: (4) _________________________________________________ 7
Figura 5: Polias com braço ou disco. Fonte: (4) _______________________________________________________ 7
Figura 6: Polias com canais ou dentes. Fonte: (4) ______________________________________________________ 8
Figura 7: Tipos diferentes de perfis em “V” de correias. Fonte: (5) ________________________________________ 10
Figura 8: Correias comuns para transmissão de potência. Fonte: (6) ______________________________________ 11
Figura 9: Correias dentada s SPZ, SPA, SPB e SPC, respectivamente. Fonte: (6) ______________________________ 11
Figura 10: Correias dentadas para maior flexibilidade. Fonte: (6) ________________________________________ 11
Figura 11: Correias dentadas tipos 3V, 5V e 8V, respectivamente. Fonte: (6) ________________________________ 12
Figura 12: Tamanhos diferentes de correias sincronizadoras em polegadas. Fonte: (6) _______________________ 12
Figura 13: Materiais dos elementos das correias em V e plana. Fonte: (7) __________________________________ 13
Figura 14: Polias com canais ou dentes. Fonte: (4)____________________________________________________ 14
Figura 15: Perfis de correias em V (trapezoidais) Fonte: (4) _____________________________________________ 14
Figura 16: Polias com canais ou dentes. Fonte: (4)____________________________________________________ 15
Figura 17: Conjunto de polias com correia. Fonte: (4) _________________________________________________ 15
Figura 18: Conjunto de polia e correia sincronizadora. Fonte: (4) ________________________________________ 15
Figura 19: Posições de montagem de correias planas. Fonte: (4)_________________________________________ 16
Figura 20: Transmissão entre eixos não paralelos de correias planas. Fonte: (4) ____________________________ 16
Figura 21: Montagem com polia tensionadora. Fonte: (4) ______________________________________________ 17
Figura 22: Montagem com polia tensionadora. Fonte: (4) ______________________________________________ 17
Figura 23: Montagem com polias de diâmetros diferentes. Fonte: (4)_____________________________________ 18
Figura 24: Principais dimensões das polias para correias trapezoidais. Fonte: (8)____________________________ 19
Figura 25: Principais dimensões das polias para correias trapezoidais. Fonte: (8)____________________________ 23
Figura 26: Pré-tensionamento de correias. Fonte: (11), (12) _____________________________________________ 38
Figura 27: Ajuste da distância entre centros. _________________________________________________________ 40
Figura 28: Sistema de pré-tensionamento de correias. Fonte: (13) ________________________________________ 41
Figura 29: Tensionamento com carga inicial. Fonte: (7) ________________________________________________ 41
Figura 30: Esquema de forças em polias e correias. ____________________________________________________ 42
Figura 31: Variação das forças na correia durante um ciclo. Fonte: (14) ____________________________________ 43
Figura 32: Decomposição da força aplicada pela correia no canal. ________________________________________ 45
Figura 33: Distribuição de tensões ao longo da correia. Fonte: (1) ________________________________________ 48
Figura 34: Forças aplicadas pela correia no eixo. ______________________________________________________ 48
5
CARACTERÍSTICAS
Para transmitir potência de uma árvore à outra, alguns dos elementos mais antigos
e mais usados são as correias e as polias. As transmissões por correias e polias
apresentam as seguintes vantagens: (1).
Possuem custo inicial baixo;
Alto coeficiente de atrito e rendimento;
São flexíveis, elásticas e adequadas para grandes distâncias;
Elevada resistência ao desgaste;
Funcionamento silencioso;
Pequena quantidade de trabalho na montagem e manutenção;
Alta confiabilidade;
Capacidade de altas velocidades;
Boa adaptabilidade para aplicações individuais;
Em alguns casos, absorvem choques e ruídos;
Em alguns casos, podem ter variação contínua de velocidade.
Algumas desvantagens, tais como: (1).
Limitação na capacidade de transmissão;
Limitação na relação de transmissão por conjunto;
Em alguns casos, a transmissão síncrona de potência é impossível;
Em alguns casos, são requeridas grandes distâncias entre eixos e forças de
contato.
.
Figura 1: Conjunto de polias e correia montadas no motor e máquina.
6
Quadro 1: – Características das transmissões por correia: (2), (3).
Potência Rotação Velocidade Relação de Rendimento
Tipo de correia
máxima kW máxima (rpm) máxima (m/s) transmissão (%)
Definição de Polia
As polias são peças cilíndricas, movimentadas pela rotação do eixo do motor e
pelas correias.
Uma polia é constituída de uma coroa ou face, na qual se enrola a correia. A face é
ligada a um cubo de roda mediante disco ou braços.
A polia plana conserva melhor as correias, e a polia com superfície abaulada guia
melhor as correias. As polias, normalmente, apresentam braços a partir de 200 mm de
diâmetro. Abaixo desse valor, a coroa é ligada ao cubo por meio de discos.
Alguns tipos de correias em “V” possuem sulcos transversais que aumentam a sua
flexibilidade. Os tipos padronizados são SPZ, SPA, SPB e SPC, a Goodyear fabrica estes
tipos sulcados em tamanhos até três metros, acima deste valor são lisas.
Figura 9: Correias dentada s SPZ, SPA, SPB e SPC, respectivamente. Fonte: (6)
a) b)
Figura 10: Correias dentadas para maior flexibilidade. Fonte: (6)
12
Figura 11: Correias dentadas tipos 3V, 5V e 8V, respectivamente. Fonte: (6)
Figura 13: Materiais dos elementos das correias em V e plana. Fonte: (7)
A correia não deve ultrapassar a linha do diâmetro externo da polia e nem tocar no
fundo do canal, o que anularia o efeito de cunha.
15
A transmissão de potência por correia plana se dá por meio de atrito que pode ser
simples, quando existe somente uma polia motora e uma polia movida (figura abaixo), ou
múltiplo, quando existem polias intermediárias com diâmetros diferentes.
Figura 20: Transmissão entre eixos não paralelos de correias planas. Fonte: (4)
Para ajustar as correias nas polias, mantendo tensão correta, utiliza-se o esticador
de correia. Vide figuras a seguir.
17
𝑣1 = 𝑣2 → 𝜋 . 𝐷1 . 𝑛1 = 𝜋 . 𝐷2 . 𝑛2 ∴
𝑛1 𝐷2
𝐷1 . 𝑛1 = 𝐷2 . 𝑛2 𝑜𝑢 = =𝑖
𝑛2 𝐷1
𝑛1 𝐷2
𝑖= =
𝑛2 𝐷1
Onde:
D1 = Diâmetro da polia menor [mm]
D2 = Diâmetro da polia maior [mm]
n1 = Rotação da polia menor
n2 = Rotação da polia maior
19
CORREIAS DE PERFIL “V” ISO 4183: 1995 (DIN 2215)
Figura 24: Principais dimensões das polias para correias trapezoidais. Fonte: (8)
20
Quadro 3: – Dimensões de correias de perfil “V”, ISO 4183: 1995. Fonte: (8), (9).
Principais dimensões de Polias para correias em V (Trapezoidais)
Perfis dos canais
Ângulo
V- V- Diâmetro b h 1)
f3)
do wd e j m
Clássica Estreita Externo2) min. min. min.
Canal, Φ
≤ 60 32°
Y 5,3 1,6 4,7 8 6 1 1,5
> 60 36°
Z ≤ 80 34° 7
8,5 2 12 7 1 1,5
SPZ > 80 38° 9
A De 75 a 120 34°
De 125 a 190 36° 11 2,75 8,7 15 9 2 3
SPA Acima de 200 38° 11
B De 125 a 170 34°
De 180 a 270 36° 14 3,5 10,8 19 11,5 2 3
SPB Acima de 280 38° 14
C De 200 a 350 36° 14,3
19 4,8 25,5 16 3 4
SPC Acima de 350 38° 19
De 300 a 450 36°
D 27 8,1 19,9 37 23 4,5 6
Acima de 450 38°
De 485 a 630 36°
E 32 9,6 23,4 44,5 28 6 8
Acima de 630 38°
4) 5) 1)
f3)
bg b+h e
min.
Até 90 36°
De 90 a 150 38°
3V 8,89 8,6 10,3 9 - -
De 150 a 305 40°
Acima de 305 42°
Até 250 38°
5V De 250 a 405 40° 15,24 15,0 17,5 13 - -
Acima de 405 42°
Até 400 38°
8V De 400 a 560 40° 25,4 25,1 28,6 19 - -
Acima de 560 42°
Notas:
21
1) O uso de valores maiores para a dimensão “e” pode ser justificado em casos especiais, no caso
polias de chapas prensadas.
2) Os diâmetros de polias com perfis “Y e Z” são os nominais.
3) As variações no valor “f” deveria tomar em consideração o alinhamento das polias.
4) As larguras bg correspondem a abertura do canal para os tipos 3V, 5V e 8V.
5) Os valores b+h correspondem a altura do canal para os tipos 3V, 5V e 8V.
Quadro 4: – Problemas com correias, causas e soluções.
Fonte: (4)
22
Quadro 5: – Vantagens nas transmissões com correias em “V”.
Fonte: (4)
23
Relações geométricas em transmissão por correias
Figura 25: Principais dimensões das polias para correias trapezoidais. Fonte: (8)
𝐷2 − 𝐷1 𝐷2 − 𝐷1
𝑠𝑒𝑛 𝛽 = 𝑒 𝐶=
2. 𝐶 2. 𝑠𝑒𝑛 𝛽
Onde D1 e D2 são os diâmetros primitivos da transmissão e C é a distância entre
centros.
Quando se tem os diâmetros das polias pode-se admitir, inicialmente, a equação:
(3).
𝐷2 + 3𝐷1
𝐶=
2
Recomenda-se que a distância entre centros esteja na faixa: (1).
0,7 (𝐷1 + 𝐷2 ) ≤ 𝐶 ≥ 2(𝐷1 + 𝐷2 )
Distâncias entre centros que são demasiadas curtas (correia curta) resultam em
altas frequências de flexão, causando um aquecimento excessivo e assim, falha
prematura da correia. Distâncias entre centros que são muito longas (correias longas)
podem resultar em vibrações na correia, especialmente do lado frouxo, também causando
maior estresse na correia. (1).
Os ângulos de contato nas polias são:
α1 = π - 2.β [radianos] e α2 = π + 2.β [radianos]
𝛼1 = 180° − 2 𝛽 [graus]
24
O comprimento da correia é a soma dos dois trechos retos e dos dois arcos sobre
as polias exatamente através da equação:
𝜋
𝐿 = 2. 𝐶 𝑐𝑜𝑠𝛽 + . (𝛼2 𝐷2 + 𝛼1 𝐷1 )
360°
Onde os ângulos α e β são dados em graus.
O comprimento teórico da correia também pode ser calculado com grande
aproximação pela equação a seguir que não exige o conhecimento prévio dos ângulos α e
β:
(𝐷2 − 𝐷1 )2
𝐿 = 2. 𝐶 + 1,57. (𝐷2 + 𝐷1 ) +
2. 𝐶
Ocorre que os tamanhos das correias fechadas são padronizados conforme
mostrados nas Tabela 4 e Tabela 5 e o comprimento obtido nem sempre é exatamente
igual a um destes. Portanto, a necessidade de ajustar a distância entre centros a um
comprimento padronizado.
O ajuste da distância entre centros é realizado com as seguintes equações:
𝐿𝑎 = 𝐿𝑡𝑎𝑏 − 1,57(𝐷2 + 𝐷1 )
e
𝐿𝑎 − ℎ. (𝐷2 − 𝐷1 )
𝐶𝑎 =
2
Onde h é um fator de correção obtido com a relação a seguir na Tabela 13.
(𝐷2 − 𝐷1 )
→ ℎ
𝐿𝑎
Com isto, alteram-se os ângulos do arco de contato, α e também, β que terão de
serem recalculados com as equações dadas anteriormente.
Um aspecto importante no dimensionamento de correias e a verificação da
velocidade para que esta não exceda o limite de 1800 m/min ou 30 m/s para correias
clássicas.
Com a expressão, v = π.D.n.
Este cálculo pode ser feito a qualquer momento a partir de obtido um dos diâmetros
e a rotação correspondente. Obs. Se a velocidade exceder o limite deve-se encontrar um
diâmetro menor para a polia.
25
Tabela 1- Fator de serviço para cálculo de correias trapezoidais. Fonte: (3)
26
Gráfico 1 - Seleção da correia trapezoidal clássica (Gates HI-Power II), Fonte: (3)
27
Gráfico 2 - Seleção da correia trapezoidal dentada (Gates Super HC), Fonte: (3)
28
Tabela 2 - Diâmetros mínimos recomendados para polias em “V” clássicas (polegadas)
Fonte: (7)
30
Tabela 4 - Comprimentos padronizados das correias dentadas (Gates Super HC), Fonte:
(3)
31
Tabela 5 - Comprimentos padronizados das correias clássicas
Fonte: (3)
32
Tabela 6 - Potência básica e adicional por correia trapezoidal de perfil “A”
33
Tabela 7 - Potência básica e adicional por correia trapezoidal de perfil “B” Fonte: (3).
34
Tabela 8 - Potência básica e adicional por correia trapezoidal de perfil “C”
35
Tabela 9 - Potência básica e adicional por correia trapezoidal de perfil “D”
36
Tabela 10 - Potência básica e adicional por correia trapezoidal de perfil “E”
37
Tabela 11 - Fator de correção de comprimento de correias trapezoidais, FLp
Fonte: (3)
Tabela 12 - Fator de correção de arco de contato de correias, Fac
Fonte: (3)
38
Tabela 13 - Fator de correção da distância entre centros, h. Fonte: (3).
56 a 71 16
75 a 90 18
SPZ
90 a 125 20
Acima de 125 21
63 a 100 22
106 a 140 30
SPA
150 a 200 37
Acima de 200 40
100 a 160 40
170 a 224 51
SPB
236 a 355 63
Acima de 355 66
200 a 250 71
SPC 265 a 355 94
Acima de 375 12
Z 56 a 100 6
75 a 90 16 a 23
A 95 a 120 19 a 28
125 a 180 22 a 32
85 a 105 22 a 31
B 110 a 140 29 a 41
145 a 220 36 a 52
180 a 230 69 a 98
C
240 a 405 75 a 108
305 a 405 125 a 182
D
455 a 690 154 a 224
E ? ?
A distância entre centros precisa ser ajustada tanto para a montagem quanto para
o pré-tensionamento. Na montagem esta distância (Y) de ajuste permite aproximar os
centros e é necessária para que seja realizada sem a utilização de ferramentas auxiliares
que podem danificar polias e correias e a distância (X) permite afastar os centros e é
40
necessária para impor o pré-tensionamento, pois sem o qual a correia não terá a
aderência mínima adequada à transmissão da potência.
𝐹1 − 𝐹2 = 𝐹𝑡
Onde:
F1 = Força ativa (lado tenso)
F2 = Força resistiva (lado frouxo)
Ft = Força Tangencial
ESFORÇOS NA TRANSMISSÃO
O eixo acoplado ao cubo da polia motriz fornece rotação e torque, de onde se
obtém a força tangencial conforme a equação:
2.𝑇
Força Tangencial, 𝐹𝑡 =
𝐷1
43
Onde:
T = Torque ou Momento torçor [N.mm]
D1 = Diâmetro nominal da polia motriz [mm]
O torque T na polia motriz fornecido pelo motor é:
𝐷1 𝐷1 𝑁𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟
𝑇 = 𝐹𝑡. = (𝐹1 − 𝐹2). = 7,02. 106 .
2 2 𝑛1
Onde:
Nmotor = Potência do motor [cv]
n1 = Rotação da polia motriz [rpm]
Figura 31: Variação das forças na correia durante um ciclo. Fonte: (14)
Na correia também ocorre a força centrífuga nos arcos de contato com as polias,
mas em geral, para a grande maioria dos casos a rotação e diâmetros são pequenos para
que considere a força centrífuga nos cálculos dimensionamento.
2 .𝑚 .𝑣 2
𝐹𝑐 =
𝐷
baseados em todo arco de contato da polia menor α. A relação entre o coeficiente atrito,
arco de contato α, ângulo o canal e as forças, é expressa pela equação de Eytelwein,
Fonte: (3)
𝑁 = 𝐹𝑡 . 𝑣 = 𝜎 . 𝐴 . 𝑣
Onde:
N = Potência transmitida [kW]
Ft = Força tangencial [Newton]
v = Velocidade da correia [m/s]
σ = Tensão da correia [N/mm2]
A = Seção da correia [mm2]
A máxima capacidade de transmissão depende da velocidade ótima de
transmissão e é dada por: (1).
𝑣𝑚á𝑥
𝑣𝑜𝑡𝑖𝑚𝑎 =
√3
Em teoria, essa equação se aplica a todas as correias, sob a suposição de que a
𝑣 . 𝑄𝑝
𝑓𝑏 =
𝐿𝑡𝑎𝑏
Onde:
fb = frequência de dobramento [Hertz]
v = Velocidade da correia [m/s]
Qp = Quantidade de polias [ ]
Ltab = Comprimento padronizado da correia [m]
𝐹1𝑉= 𝐹1 . 𝑠𝑒𝑛𝛽
𝐹2𝑉= 𝐹2 . 𝑠𝑒𝑛𝛽
𝐹1𝐻= 𝐹1 . 𝑐𝑜𝑠𝛽
𝐹2𝐻= 𝐹2 . 𝑐𝑜𝑠𝛽
1° PASSO
Determinar a potência de projeto.
Usa-se a Tabela 1 para saber o fator de serviço.
3° PASSO
Determinar os diâmetros das polias e relação de transmissão.
Usa-se inicialmente o valor recomendado da Tabela 3 para o perfil encontrado.
Portanto: 100 mm (~4”)
𝑛1 𝐷2 1750 𝐷2
Como: 𝑖 = = 𝑖= = = 3,5
𝑛2 𝐷1 500 100
D2 = 350mm (~14”) e i = 3,5
4° PASSO
Verificar se a velocidade não excede o limite de 1800 m/min ou 30 m/s
Como v = π.D.n = 549 779 mm/min = 549,8 m/min = 9,16 m/s então OK.
Este cálculo pode ser feito a qualquer momento a partir de obtido um dos
diâmetros. Obs. Se a velocidade exceder o limite deve-se encontrar um diâmetro menor
para a polia.
5° PASSO
Determinar o comprimento padronizado da correia.
Deve-se calcular o comprimento inicial a partir da distância entre centros disponível
para montagem, em geral, usa-se a distância média entre o máximo e o mínimo, Cm
disponíveis no local da máquina.
Sendo:
(𝐷2 − 𝐷1)2
𝐿𝑐𝑎𝑙𝑐 = 2. 𝐶𝑚 + 1,57. (𝐷2 + 𝐷1) +
2. 𝐶𝑚
(350 − 100) 2
𝐿𝑐𝑎𝑙𝑐 = 2.450 + 1,57. (350 + 100) + = 1676𝑚𝑚
2.450
7° PASSO
Verificar se a distância entre centros está dentro da faixa recomendada.
0,7 (𝐷1 + 𝐷2 ) ≤ 𝐶 ≤ 2(𝐷1 + 𝐷2 )
0,7 (100 + 350) ≤ 𝐶 ≤ 2(100 + 350)
315 ≤ 𝟒𝟓𝟗, 𝟗 ≤ 900
Como o valor encontrado está dentro da faixa recomendada pode-se prosseguir.
Entretanto caso ocorra da distância entre centros ficar fora desta faixa pode-se alterar os
diâmetros das polias para adequá-la.
8° PASSO
Encontrar o fator de correção do arco de contato, Fac.
Pode-se calcular o ângulo de contato pela equação a seguir. E consultar a Tabela
12.
𝐷2 − 𝐷1 350 − 100
𝑠𝑒𝑛 𝛽 = = = 0,271798 → 𝛽 = 15,77°
2. 𝐶𝑎 2.459,9
10° PASSO
Determinar as potências básica e adicional.
Usa-se a tabela correspondente a seção da correia, neste exemplo, Tabela 6. Para
o diâmetro da polia mais rápida D1 = 100mm e rotação desta encontram-se:
Nbas = 2,90 cv/correia e como a relação de transmissão é maior que 1,49 tem-se:
Nadic. = 0,33 cv/correia
11° PASSO
Determinar a potência teórica por correia.
12° PASSO
Determinar a potência efetiva, Nef.
14° PASSO
Determinar se a frequência é adequada.
𝑣 . 𝑄𝑝 9163 . 2
𝑓𝑏 = = = 11,04 𝐻𝑧
𝐿𝑡𝑎𝑏 1660
Como a frequência é menor que 30Hz, está adequada.
53
MONTAGEM E PRÉ-TENSIONAMENTO
Determinar a distância mínima entre centros livre para instalação e recuo para pré-
tensionamento.
Conforme Tabela 15 para a seção “A” e comprimento padrão 64 tem-se:
19 mm no mínimo para instalação.
51 mm no mínimo para recuo e pré-tensionamento.
O curso total mínimo para que se possam montar as correias é 70 mm.
Aplicando-se uma força no meio do vão da correia ela pode se deformar até 1,6%
da distância entre centros.
𝐶 𝑥 459,9 . 1,6%
= ∴𝑥= = 7,36 𝑚𝑚
100% 1,6% 100%
A força máxima a ser aplicada, conforme Tabela 14 está entre 19N e 28N para que
ocorra a deformação máxima de 7,36 mm.
(9,17. 𝐹2 − 𝐹2 ). 50 = 20 057,1
𝐹2 = 49,10 𝑁 𝑒 𝐹1 = 450,2 𝑁
𝐹𝑒𝑉 = 109,1 𝑁
𝐹𝑒𝐻 = 480,6 𝑁
55
REFERÊNCIAS