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São Carlos
1997
.Ficha catalográfica preparada pela Seção de Tratamento
da Informação do Serviço de Biblioteca - EESC-USP
1
Universidade Federal de São Carlos
2
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
3
Fundação de Amparo à pesquisa do Estado de São Paulo
4
Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS.............................................................................. i
LISTA DE TABELAS E QUADROS....................................................... iii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS................................................. v
LISTA DE SÍMBOLOS........................................................................... vi
RESUMO............................................................................................... ix
1 INTRODUÇÃO................................................................................... 1
1.1 Avanços na engenharia estrutural.............................................. 1
1.2 Segurança estrutural.................................................................. 4
1.3 A evolução das normas de cálculo............................................. 7
1.4 A emergência de cálculo em estados limites.............................. 10
1.5 Normas de cálculo em estados limites baseadas em
probabilidade.................................................................................. 14
1.6 As normas em estados limites.................................................... 18
1.7 Perspectivas para o futuro em normas de cálculo estrutural...... 22
5 EXEMPLOS........................................................................................ 94
Exemplo 5.1....................................................................................... 94
Exemplo 5.2....................................................................................... 99
Exemplo 5.3....................................................................................... 103
BIBLIOGRAFIA..................................................................................... 110
i
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE SÍMBOLOS
µx Média da variável x
ρXi, Xj Coeficiente de correlação entre o par de variáveis Xi e Xj
ν Relação entre o valor nominal e o valor médio de uma variável
viii
RESUMO
ABSTRACT
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
γ SS ≤ R (1.1)
onde:
γS é um coeficiente de segurança aplicado ao carregamento
S é o carregamento (ações ou solicitações) na estrutura
5
R é a resistência da estrutura
(2) Projeto em tensões admissíveis, em que a tensão do material é
limitada por alguma fração de sua tensão de falha e o projetista
demonstra que, sob o carregamento esperado ou especificado, a
tensão alcançada não excede o valor admissível. Isto tem sido
expresso simbolicamente por:
S ≤ R γm (1.2)
onde:
γm é um coeficiente de segurança aplicado à tensão última
do material
Densidade de
Probabilidade
Solicitação S Resistência R
Peso da
Estrutura
Primeiras
Utilizações
desempenho testado
satisfatoriamente
com o tempo
desastre
Tempo
Figura 1.2: Evolução do peso de uma estrutura ao longo do tempo
A tabela 1.4 mostra que as estruturas em 1986 são muito mais leves
(neste exemplo particular, 40%) do que em 1923. Tem-se assim sentido um
decréscimo no fator de segurança e um aumento na resistência dos
materiais, resultando em maior economia.
L = 9,1 m L = 9,1 m
Ano Perfil
1923 W 27 x 94
1936 W 27 x 94
1948 W 24 x 76
1963 W 21 x 62
1969 W 24 x 55
1978 W 24 x 55
1986 W 24 x 55
deformações, esforços e ações, não é muito realista até mesmo sob níveis
de ação de trabalho. No começo deste século, ficou também evidente para
muitos engenheiros, que o método de tensões admissíveis não foi uma
ferramenta de cálculo muito econômica. Isto levou ao desenvolvimento de
métodos de cálculo plástico para estruturas de aço no período de 1940 a
1950. Outros pesquisadores começaram a perceber a possibilidade de
quantificar os juízos e incertezas que são a base dos fatores de segurança,
usando teoria de probabilidade.
Norma ACI:
φR n ≥ ψ (14
, Q D + 17
, Q L + 17 , Q W /E )
, Q S + 17
ψ = 10
, para D, L, S
ψ = 0,75 para D, L, S, W / E
Especificação AASHTO:
R n ≥ 13
, Q D + 2,17Q ( L +I)
D- permanente; L- variável; S- neve; W- vento; E- terremoto; I- força de impacto
15
f K = f m − Kσ m e S K = S m − Kσ S (1.3)
onde:
fK e SK são a resistência característica do material e as
ações ou solicitações características, respectivamente.
fm e Sm são a resistência e solicitações médias
K é uma constante
σm e σS são os desvios padrão da resistência do material e
das solicitações respectivamente
18
RK γ m ≥ γ S SK (1.4)
φ iR ni ≥ ∑ γ j Q nj (1.5)
↓ ↓
para i estados limite para j combinações de ações
onde:
φ é o coeficiente de resistência
21
Rn é a resistência nominal
γ é o coeficiente de ponderação das ações
Q n é o efeito da ação nominal
γ D Q D + γ i Q ni + ∑ γ j Q nj (1.6)
onde:
22
Tabela 1.5: Valores alvos para os índices de confiabilidade da norma A58.1 ANSI
permanente + ação variável
permanente + ação de neve β = 3,0
permanente + ação variável + efeito do vento β = 2,5
permanente + ação variável + efeito de terremoto β = 1,5
permanente - efeito do vento
permanente - efeito de terremoto β = 2,0
(4) Alguns modelos não são os mais modernos, por exemplo, não
são usadas curvas múltiplas para colunas (elementos
comprimidos) na especificação AISC-LRFD, e há modelos de
cálculo disponíveis para vigas esbeltas muito mais precisos do
que os usados atualmente pelas normas (GALAMBOS, 1990).
CAPÍTULO 2 - CONFIABILIDADE DE
SISTEMAS DE ENGENHARIA
2.1) Introdução
X = resistência
Y = solicitação
O objetivo da análise de confiabilidade é assegurar o evento ( X > Y) durante
toda a vida útil da estrutura. Esta garantia é possível somente em termos da
probabilidade P( X > Y) . Esta probabilidade, portanto, representa a medida
realista da confiabilidade do sistema (da estrutura); a probabilidade do
evento complementar ( X < Y ) é a correspondente medida da não
confiabilidade.
30
pF = ∫ FX ( y) f Y ( y) dy (2.1)
0
pF = ∫ [1 − F (x)] f (x) dx
0
Y X (2.1a)
fX(x)
fY(y)
y x ou y
Área = FX(y)
fx2(x)
fx1(x)
fY(y)
µY µX2 µX1 x ou y
pS = 1 - pF (2.2)
segurança” média.
(2) A região sobreposta também depende do grau de dispersão de
fX(x)
fY(y)
µY µX x ou y
Em resumo:
pF ≅ g(µ X / µ Y ; δ X , δ Y )
curvas.
simples.
33
∞
y
p F = ∫ ∫ f X,Y (x, y )dx dy (2.3)
00
ao passo que a confiabilidade correspondente é:
∞ x
p S = ∫ ∫ f X,Y (x, y )dy dx (2.4)
0 0
fM(m)
Área = pF
0 µM m
pF =
−∞
∫ f (m)dm = F (0)
M M (2.5)
34
µM = µR - µS
e, para R e S estatisticamente independentes
− µM µM
pF = FM ( 0) = Φ = 1 − Φ
σM σM
µM
p S = 1 − p F = Φ (2.6)
σM
µM µR − µS
β= = (2.7)
σM σ R2 + σ 2S
p S = Φ( β ) (2.8)
p F = 1 − Φ( β ) (2.9)
35
pF β
0,5 0
0,25 0,67
0,16 1,00
0,10 1,28
0,05 1,65
10-2 2,33
10-3 3,10
10-4 3,72
10-5 4,25
10-6 4,75
Θ =X / Y
36
pF = ∫ f (θ)dθ = F (1)
0
Θ Θ (2.10)
fθ (θ)
Área = pF
0 1 θ
X − µX
X' = (2.11a)
σX
Y − µY
Y' = (2.11b)
σY
No espaço destas variáveis reduzidas o estado seguro e o estado de falha
podem ser representados como mostrado na figura 2.5. Também, em termos
das variáveis reduzidas, o estado limite M = 0 , fica:
σ X X '− σ Y Y '+ µ X − µ Y = 0
que é uma linha reta como mostrado na figura 2.5. A distância da linha de
falha (linear) à origem, 0, é por si própria uma medida do índice de
confiabilidade, esta distância, d, é dada na geometria analítica como:
38
µX − µY
d= (2.12)
σ X2 + σ 2Y
de acordo com o resultado obtido na equação 2.7 pode ser observado que
para X e Y normais, esta distância d é também o índice de confiabilidade β,
ou seja d = β e assim a confiabilidade é p S = Φ( d) .
y’
Estado de falha,
M<0
M=0 d
Estado seguro,
M>0
x’
2.2.2.1) Generalização
estado seguro é:
pS = ∫ f (x)dx
g( X)>0
x (2.14a)
pF = ∫ f (x)dx
g(X)< 0
x (2.14b)
40
X i − µ Xi
X 'i = ; i = 1, 2, …, n (2.15)
σ Xi
( )
g σ X1 X '1 + µ Xi ,K, σ Xn X 'n + µ Xn = 0 (2.16)
x’2
g (x1, x2) < 0
g (x1, x2) = 0
0 x’1
o ponto na superfície de falha, ( x'1* , x' *2 ,K, x'n* ) , tendo a mínima distância da
Minimize D
sujeito à g(X) = 0.
Para esta proposta, o método de multiplicadores de Lagrange pode ser
usado. Seja:
L = D + λg( X)
ou
Em notação escalar:
em que, X i = σ Xi X 'i + µ Xi .
∂L X'i ∂g
= +λ = 0; i = 1,2,K ,n (2.17)
∂X ' i X ' 12 + X ' 22 +K+ X ' n2 ∂X 'i
∂L
= g( X 1 , X 2 ,K, X n ) = 0 (2.18)
∂λ
A solução do conjunto de equações anteriores dá o ponto de falha mais
∂g ∂g ∂g
G= , ,K,
∂X'1 ∂X' 2 ∂X'n
em que:
∂g ∂g dX i ∂g
= = σ Xi
∂X 'i ∂X i dX 'i ∂X i
o conjunto de equações anteriores, a equação 2.17, pode ser escrita em
notação matricial como segue:
X'
+ λG = 0
( X' X')
t 1/ 2
donde:
[
D = ( λDG t )( λDG) ] = λD( G t G)
1/ 2 1/ 2
e assim:
λ = ( G t G)
−1/ 2
43
− GD
X' = (2.20)
( G G)
t 1/ 2
− G t X'
D= (2.21)
( G G)
t 1/ 2
− G * t X' *
β= (2.22a)
(G *t
G* )
1/ 2
( x' *
1 , x' *2 ,K, x'n* ) . Na forma escalar, a equação 2.22a é:
∂g
− ∑ x'i*
i ∂X ' i *
β= (2.22b)
2
∂g
∑i ∂X'
i *
onde as derivadas (∂g ∂X 'i ) * são calculadas em ( x'1* , x' *2 ,K, x'n* ) . Usando o
− G *β
X' =
*
(2.20a)
(G *t
G* )
1/ 2
∂g
∂X ' i *
α i* = 2
(2.23b)
∂g
∑i ∂X' *
i
∂2g
( )
n n
+ ∑ ∑ ( X i − x i* ) X j − x *j +K
j =1 i =1 ∂X i ∂X j *
∂g ∂2g
( )
n n n
g( X 1, X 2 ,K, X n ) = ∑ ( X i − x ) *
+ ∑ ∑ ( X i − x i* ) X j − x *j +K
∂X i * j=1 i=1 ∂X i ∂X j *
i
i =1
Recordando que:
( ) ( )
X i − x i* = σ Xi X 'i + µ Xi − σ X i x' * i + µ Xi = σ Xi ( X 'i − x' * i )
∂g ∂g dX ' i 1 ∂g
= =
∂X i ∂X ' i dX i σ X i ∂X ' i
Então:
n
∂g
g( X 1, X 2 ,K, X n ) = ∑ ( X 'i − x'i* ) +K
i =1 ∂X 'i *
45
∂g
n
µ g ≅ − ∑ x'i* (2.24)
i− 1 ∂X 'i *
n
∂g
− ∑ x' i*
µg i −1 ∂X ' i *
≅ (2.26)
σg n
∂g
2
∑
i −1 ∂X ' i *
µg
β= σg (2.27)
falha g( X) = 0 .
g( X) = a 0 + ∑ a i X i
i
46
a 0 + ∑ ai X i = 0 (2.28)
i
( )
a 0 + ∑ a i σ Xi X'i + µ Xi = 0
i
(2.28a)
( ) ( ) ( )
a 0 + a 1 σ X 1 X '1 + µ X 1 + a 2 σ X 2 X ' 2 + µ X 2 + a 3 σ X 3 X ' 3 + µ X 3 = 0
que é uma superfície plana no espaço x’1, x’2, x’3 como mostrado na figura
2.7.
x’2
Plano da superfície
estado limite
x’1
0
x’3
Figura 2.7: Superfície estado limite no espaço tridimensional x’1, x’2, x’3.
a 0 + ∑ a i µ Xi
i
β= (2.29)
∑ (a σ )
2
i Xi
i
p S = P a 0 + ∑ a i X i > 0
− a 0 + ∑ a i µ Xi
pS = 1− Φ
i
( )
2
∑i ai σ Xi
a 0 + ∑ a i µ Xi
pS = Φ
i
(2.30)
( )
2
∑ a i σ X i
i
Comparando as equações. 2.29 e 2.30, percebe-se que o argumento entre
colchetes da equação 2.30 é a distância β . Portanto, a probabilidade pS é
p S = Φ( β ) (2.30a)
48
x i* − µ NXi
Φ = FX ( x i* )
σ Xi
N i
onde:
µ NX i , σ NX i = valor médio e desvio padrão, respectivamente, da distribuição
[
µ NX i = x i* − σ NX i Φ −1 FX i ( x i* ) ] (2.31)
1 x i* − µ NXi
φ = f X ( x i* )
σ NXi
σ Xi
N i
σ N
=
{ [
φ Φ −1 FX i ( x i* ) ]} (2.32)
f X i ( x i* )
Xi
ai
αi =
∑a i
2
i
a 0 + ∑ a i µ NXi
β= (2.33)
∑ (a σ )
2
N
i Xi
i
( )
onde os elementos, Cov X i , X j , são as respectivas covariâncias entre os
( ) [( )(
Cov X 'i , X ' j = E X 'i − µ X 'i X ' j − µ X 'j )]
=
[ (
E ( X i − µ Xi ) X j − µ X j )]
σ Xi σ X j
=
(
Cov X i , X j )
σ Xi σ X j
= ρ X i ,X j
51
1 ρ 12 ρ 13 L ρ 1n
ρ 1 ρ 23 L ρ 2n
[ C'] = 21 (2.36)
M M M L M
ρ n1 ρ n 2 ρ n3 L 1
Y = T t X' (2.37)
em que:
correlacionadas procurado.
T = Uma matriz transformação ortogonal.
T será uma matriz ortogonal se ela é composta dos autovetores
correspondentes aos autovalores da matriz correlação [C’]. Especificamente,
T é tal que
T t [ C']T = [λ ] (2.38)
− G * t X '*
β= (2.22c)
( G [C']G )
*t * 1/ 2
X'= TY
e
[ ]
X = σ X X '+ µ X
[ ]
X = σ X TY + µ X
em que
σ X 1 0 L 0
0 σ X2 L 0
[σ ]X =
M M L M
0 0 L σ Xn
µ X1
µ
X2
µX =
M
µ X n
[C ] = T E(X' X' )T
Y
t t
mas
[C ] = T [C']T = [λ ]
Y
t
(2.39)
∂g n
∂g ∂X ' j
∂Yi
= ∑ ∂X' (2.40)
j= 1 j ∂Yi
Além disso:
∂g ∂g dX j ∂g
= ⋅ = σ Xj
∂X ' j ∂X j X ' j ∂X j
g(x1,x2)=0
x’1
y1
0
∑∑a a ρ
i=1 j= 1
i j ij σ Xi σ X j
( x' *
1 , x' *2 ,K, x'n* ) pode então ser utilizado como aproximação para a superfície
n
∂g
∑ (X' − x' ) ∂X'
i= 1
i
*
i =0 (2.42)
i *
onde as derivadas parciais ( ∂g ∂X ' i ) * são calculadas em ( x'1* , x' *2 ,K, x'n* ) .
x’2
Sup. convexa
g(x)=0
* Região de falha
x’
x’ 1
Sup. côncava
g(x)=0
x'i* = −α i* β
∂g
∂X' i *
α i* = 2
∂g
∑i ∂X'
i *
onde as derivadas parciais são calculadas em ( x'1* , x' *2 ,K, x'n* ) . Tem-se que:
x *i = σ Xi x' *i + µ Xi = µ X i − α *i σ X i β (2.43)
x i* − µ Xi
x' =
*
i
σ Xi
(3) Faz-se x i* = µ Xi − α i* σ Xi β .
g(x)<0
Plano tangente
Esfera
∑ X'
i= 1
2
i −β 2 = 0
∑
n
soma dos quadrados i= 1
X 'i2 tem uma distribuição qui-quadrada com n
p F = 1 − χ n2 ( β 2 )
Φ( − β) < pF < 1 − χ n2 ( β 2 )
g(X) = X 1X 2 − X 3
BASEADO EM PROBABILIDADE
µ M = β σ 2X + σ 2Y
µ X = µ Y + µM
onde:
φ = coeficiente de resistência
γ i = coeficiente de ponderação das ações para ser aplicado à
ação Qi ou à solicitação Si.
( )
g γ 1µ X1 , γ 2 µ X 2 ,K, γ n µ Xn = 0 (3.2)
x’2
Superfícies de falha
x’1
0
x i*
γi = (3.3)
µ Xi
x'i* = −α i* β
65
onde:
∂g
∂X 'i *
α i* = 2
∂g
∑i ∂X'
i *
(
x i* = µ Xi − α i* βσ Xi = µ Xi 1 − α i* βδ Xi )
Portanto, os coeficientes de cálculo procurados são:
γ i = 1 − α i* βδ Xi (3.4)
x i* − µ X i
x' =
*
i
σ Xi
(
(2) Calcula-se ∂g ∂X 'i ) *
e α i* .
(3) Obtém-se x i* = µ Xi − α i* βσ Xi .
a 0 + ∑ ai γ i xi = 0
i
∂g
= a i σ Xi
∂X 'i
e os correspondentes co-senos diretores resultam:
a i σ Xi
αi =
∑ (a σ )
2
i Xi
i
a i σ Xi
γ i = 1− βδ X i (3.4a)
∑ (a σ )
2
i Xi
i
CAPÍTULO 4 - COEFICIENTES DE
4.1) Introdução
S = maxmax X i + ∑ X j (4.1)
i
T j≠ i
4.2.1.1) Resistência
4.2.1.2) Ações
Rn
= Dn + Ln (4.2a)
FS
onde FS é o fator de segurança. No cálculo plástico de estruturas de aço
segundo o AISC/78 tinha-se (GALAMBOS, 1982):
, (D n + L n )
Rn = 17 (4.2b)
D
L n = L 0 1 − min0,0008 A T ;0,23 1 + n ;0,6 , em que AT é a área de
L0
influência do elemento carregado em ft2.
4
3
6
β 2
2 5
1
0
0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
L 0 Dn ou Sn D n
Curva Descrição R Rn Vn
Rn
133
, = D n + L n + Wn (4.3a)
F. S.
Para o cálculo plástico de estrutura metálica:
, (D n + L n + Wn )
Rn = 13 (4.3b)
Vigas de aço
L 0 Dn AT = 37 m2
5 0
0,5 R R n = 1502
, VR = 0,13
4 1,0
1,5
β 3 4
3 5 pilares de aço
2
2 1
λ = 0,7 L 0 D = 10
,
1
AT = 465 m2
0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 R R n = 128
, VR = 0,14
Wn D n
Figura 4.2: Índice de confiabilidade para elementos de aço - ação gravitacional
mais ação do vento.
FS(D n + L n )
Rn = max (4.4a)
0,75 FS(D n − Wn )
4
3 1 - viga de aço
β 3 2 - pilar de aço
2 1
2 3 - viga de concreto
1
0
1 2 3 4 5
Wn D n
Figura 4.3: Índice de confiabilidade para elementos de aço e concreto armado -
ações atuando em sentidos contrários.
U1 = γ DD n + ψ ( γ L L n + γ W Wn + γ T Tn ) (4.6a)
(
U 2 = γ DD n + γ Q Q ni + ∑ ψ 0 j Q n j ) (4.6b)
( )
das demais ações variáveis ψ 0 j < 1 , que é o formato utilizado pela norma
diretamente:
U 4 = γ (D n + L n +K) (4.6d)
( )
Q n ou Q apt , e para variações nos efeitos das ações devidas a incertezas na
análise.
U = γ DD n + γ Q Q n + ∑ γ j Q nj (4.7)
γS
2,0
γL
1,5
Coeficientes γ ou φ
γD
1,0
φ
0,5
D+L
D+S
0 1 2 3 5
4
(L/D) ou (S/ D)
Tabela 4.6: Coeficientes de ponderação das ações requeridos - uma ação atuando
AÇÕES
D L S W E
Elemento φ β=2,5 β=3,0 β=2,5 β=3,0 β=3,0 β=2,5 β=2,0
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)
Viga de aço 0,80 1,18 1,28 1,52 1,78 1,78 1,30 1,44
(perfil laminado) 0,85 1,25 1,35 1,61 1,89 1,89 1,38 1,52
Viga de conc. 0,80 1,18 1,33 1,44 1,70 1,66 1,28 1,39
arm. aço grau 40 0,85 1,26 1,41 1,53 1,81 1,77 1,36 1,48
Viga de conc. 0,80 1,18 1,29 1,52 1,77 1,79 1,36 1,51
arm. aço grau 60 0,85 1,26 1,37 1,61 1,88 1,90 1,45 1,61
Nota: grau 40 (fy = 40 ksi) ; grau 60 (fy = 60 ksi)
[ ]
I(φ, γ i ) = ∑ Rnj (β 0 ) − R'nj p j
2
(4.8)
j
Ln / Dn, Sn / Dn
Material Combinação 0,25 0,5 1,0 1,5 2,0 3,0 5,0
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)
Aço D+L, D+S 0,00 0,10 0,20 0,25 0,35 0,07 0,03
Concreto D+L 0,10 0,45 0,30 0,10 0,05 0,00 0,00
armado D+S 0,30 0,40 0,20 0,05 0,05 0,00 0,00
Alumínio D+L, D+S 0,00 0,00 0,06 0,17 0,22 0,33 0,22
Madeira D+L 0,00 0,05 0,26 0,26 0,26 0,12 0,05
lam.
colada D+S 0,00 0,02 0,16 0,32 0,32 0,18 0,00
Alvenaria D+L, D+S 0,36 0,36 0,20 0,06 0,02 0,00 0,00
γ DD n + γ L1L n + γ W Wn (4.9a)
ou
γ DD n + γ LL n + γ W 1Wn (4.9b)
devendo prevalecer em um projeto, a máxima combinação. Onde os
coeficientes γ L1 e γ W 1 são menores que a unidade para que γ L1L n e γ W 1Wn
sejam os valores reduzidos da sobrecarga e ação do vento,
respectivamente.
U = 0,9D n − 13
, Wn (4.10)
4
D+S 1,4Dn
U = max
1,2Dn + 1,6(L n ou Sn )
3
2 D+L
1 2 3 4 5 L D n , Sn D n
β
5
4 , Dn + 16
12 , Ln
U = max
3 , Dn + 0,5L n + 13
12 , Wn
2 2,0
Ln /Dn 1,0
0.5
1
Wn D n
1 2 3 4 5
Figura 4.5: Índice de confiabilidade para vigas de aço usando ações fatoradas
individualmente.
5
índice de confiabilidade β
4,5 caso 1
4 caso 2
3,5 caso 3
3
β alvo = 3,0 caso 4
2,5 caso 5
β alvo = 2,6
2 caso 6
1,5 caso 7
1
0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1
coeficiente de resistência φ
5
caso 1
índice de confiabilidade
4,5
4 caso 2
3,5 caso 3
3 2,2-2,7 caso 4
2,5 caso 5
2
caso 6
1,5
caso 7
1
0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1
coeficiente de resistência
4.4) Conclusões
Por outro lado, poderia também ser discutido que a prática anterior
exigia estruturas superdimensionadas sob ações gravitacionais, ou pelo
contrário, estruturas subdimensionadas sob combinações envolvendo ações
do vento. Em ambos os casos, a seleção de um β alvo simples, resultaria
em coeficientes de ponderação das ações que mudariam drasticamente a
prática anterior de cálculo. A base da análise desenvolvida até aqui, não
justifica seguir esta alternativa especialmente frente ao desempenho
satisfatório dos cálculos anteriores. Entretanto, o dilema causado pelas
diferenças no valor de β não está resolvido, e tanto os pesquisadores
quanto os grupos revisores e elaboradores de normas estão desafiados a
encarregar-se de sérios esforços para resolvê-lo.
97
CAPÍTULO 5 - EXEMPLOS
g(X ) = R − D − L
onde:
R é a resistência do elemento à flexão.
D e L são as ações permanentes e variáveis respectivamente.
D
= 1,05
Dn
L
= 1,00
Ln
E para a resistência de vigas de aço a correspondente relação é:
R
= 1,07
Rn
Ln
= 0,800
Dn
Logo, pode-se fazer:
L
= 0,800 ⇒ L = 0,762D
D 1,05
Portanto:
R D 0,762D
0,9 ≥ 12
, + 16
,
107
, 105
, 100
,
99
1 2
λ R = ln R − ζ R ≅ ln R = ln 2,808 D
2
e
ln r − λ R
FR (r ) = Φ
ζR
1 ln r − λ R
fR (r ) = φ
rζ R ζR
Então as equações 2.32 e 2.31, respectivamente ficam:
1 −1 ln r ∗ − λ R
σ NR = φ Φ Φ
( )
fR r ∗ ζ R
1 ln r ∗ − λ R
σ NR = φ
( )
fR r ∗ ζ R
σ NR = r ∗ ζ R
e
ln r ∗ − λ R
µ = r − σ Φ Φ
N
R
∗ N
R
−1
ζR
ln r ∗ − λ R
µ NR = r ∗ − r ∗ ζ R
ζR
100
(
µ NR = r ∗ 1 − ln r ∗ + λ R )
Para a variável L as funções FL(l) e fL(l) são:
[
FL (l) = exp − e − α ( l−u ) ]
[
fL (l) = α exp − α(l − u) − e − α ( l−u ) ]
Com parâmetros:
π 1 π 1 6,733
α= = =
6 σL 6 0,191D D
γ 0,577 0,577
u=µ− =L− = 0,762D − D = 0,676 D
α α 6,733
r ∗ = R = 2,808 D
l∗ = L = 0,762D
Então;
( ( ) ( ))
µ NR = 2,808 D 1 − ln 2,808 D + ln 2,808 D = 2,808 D
Para a distribuição extremo tipo I de L:
()
FL l∗ = 0,571
101
()
fL l ∗ =
2,154
D
E assim as equações 2.32 e 2.31 ficam:
1 1
{ 2
exp− Φ −1 (0,571) }
σ =
N 2π 2
L
2,154
D
1 D 1 2
σ NL = exp− (0,176 ) = 0,182D
2π 2,154 2
e
σ ND = σ D = 0,10D
µ ND = D
Portanto a equação 2.33 fica:
µ NR − µ ND − µ NL 2,808D − D − 0,730D
β= =
(σ ) + (σ ) + (σ )
N 2
R
N 2
D
N 2
L (0,365D) + (0,100D) + (0,182D)
2 2 2
β = 2,567
Mas o ponto de falha é:
r ∗ = µ NR − α R* βσ NR
onde:
σ NR 0,365D
α R∗ = =
(σ ) N 2
R ( )
+ σ D2 + σ NL
2
(0,365D) + (0,100D) + (0,182D)
2 2 2
∴ α R∗ = 0,869
102
logo:
α L∗ = −0,433
p F = 1 − Φ(2,597 ) = 0,00466
φRn ≥ γ D D n + γ L L n
Onde o subscrito “n” indica os valores nominais da resistência e das ações.
As relações destes valores nominais para os seus respectivos valores
médios podem ser consideradas como os correspondentes fatores:
Rn Dn Ln
νR = ; νD = ; νL =
R D L
g( X) = R - D - L
com derivadas parciais:
∂g
= σR
∂R'
∂g
= −σ D
∂D'
∂g
= −σ L
∂L'
104
Então:
R−D−L
= β = 2,50
σ R2 + σ D2 + σ L2
Onde
L = 2D
e
σ D = 0,1D
( )
σ L = δ L L = δ L 2D = 0,5D
σ R = 0,11R
Donde:
R − D − 2D
= 2,50
(0,11R) + (0,10D) + (0,50D)
2 2 2
2
R − 6,491RD + 7,978 = 0
R = 4,844D
e
σR 0,533D
αR = = = 0,722
σ R2 + σ D2 + σ L2 ( 0,533D) + ( 0,100D) + ( 0,500D)
2 2 2
− σD − 0,100D
αD = = = −0,136
σ +σ +σ
2
R
2
D
2
L
0,738D
− σL − 0,500D
αL = = = −0,678
σ R2 + σ D2 + σ L2 0,738D
0,80R ≥ 103
, D + 142
, L
Observe que neste caso (linear), não é necessário processo iterativo para se
obter os coeficientes de cálculo.
Rn
νR = = 0,95
R
ou
Rn
R=
0,95
Similarmente,
Dn Ln
D= e L=
0,95 118
,
106
Rn Dn Ln
0,80 ≥ 103
, + 142
,
0,95 0,95 ,
118
ou
0,84Rn ≥ 108
, D n + 120
, Ln
, L n = γ n (D n + L n )
, D n + 120
108
ou
, D n + 120
108 , Ln
γn =
Dn + Ln
Ln ,
118
= 2 = 2,48
Dn 0,95
, + 120
108 , × 2,48
γn = = 117
,
1 + 2,48
Ao passo que o correspondente coeficiente de segurança é:
117
,
θn = = 139
,
0,84
δ Y = 0,125
δ Z = 0,050
δ M = 0,200
No estado limite:
y ∗ z ∗ − m∗ = 0
e
∂g ∗ ∂g ∗ ∂g
= z σY; = y σZ; = −σ M
∂Y' ∗ ∂Z' ∗ ∂M' ∗
Para a primeira iteração, assume-se:
y ∗ = Y = 40 kN / cm 2
z∗ = Z
m∗ = M
Então:
∂g
= Z(40.0,125 ) = 5Z
∂Y' ∗
∂g
( )
= 40 0,05 Z = 2Z
∂Z' ∗
108
∂g
( )
= −0,20M = −0,20 40 Z = −8Z
∂M' ∗
E
5
α ∗Y = = 0,5185
9,644
2
α ∗Z = = 0,2074
9,644
−8
α M∗ = = −0,8296
9,644
Portanto o novo ponto é:
z ∗ = Z (1 − 0,2074.2,5.0,05 ) = 0,9741Z
γ Y = 1 − 0,7130.2,5.0,125 = 0,78
γ Z = 1 − 0,2216.2,5.0,05 = 0,97
γ M = 1 + 0,6652.2,5.0,20 = 1,33
A equação de cálculo com os coeficientes a serem aplicados aos valores
médios das variáveis fica:
0,76 YZ − 1,33 M ≥ 0
e para Y = 40kN / cm 2 , tem se o módulo plástico médio requerido para
resistir a um momento médio M com um índice de confiabilidade igual a 2,5.
Z ≥ 0,044 M
110
CAPÍTULO 6 – CONCLUSÕES E
COMENTÁRIOS FINAIS
O método dos estados limites tem sido aplicado a uma vasta gama
de situações, por apresentar também flexibilidade e universalidade de
aplicação, ou seja, pode ser adaptado com comodidade para a utilização em
diferentes áreas.
BIBLIOGRAFIA
BEAL, A.N. (1994). Limit state at 40: new beginning or midlife crisis? The
Structural Engineer, v.72, n.2, p.22-23.
CAROTIS, R.B.; DOSHI, V.A. (1977). Probability models for live-load: survey
results. Journal of the Structural Division, ASCE, v.103, n.ST6, p.1257-
1174, June.
HEGER, F.J. (1996). Calibration of current factors in LRFD for stell. Journal
of Structural Engineering, ASCE, v.122, n.3, p.346-347, March.
TAYLOR, J.C. (1994). A new approach?. The Structural Engineer, v.72, n.2,
p.23-24.