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CONTRAPROPOSTA PARTE ANGOLANA/2020

PROJECTO DE ACORDO DE AUXÍLIO JUDICIÁRIO MÚTUO EM


MATÉRIA PENAL ENTRE A REPÚBLICA DE ANGOLA E A
REPÚBLICA SOCIALISTA DO VIETNAME

PREÂMBULO

A República de Angola e a República Socialista do Vietname, adiante designadas “Partes”;

RECONHECENDO a especial importância de combater o crime transnacional, incluindo o


Branqueamento de capitais, a corrupção, o tráfico ilícito de drogas, armas de fogo, munições e
explosivos, criminalidade conexa ou quaisquer outras actividades criminosas;

RECONHECENDO o interesse comum e as vantagens recíprocas do estabelecimento da


cooperação sobre Auxílio Judiciário Mútuo em matéria penal;

DESEJOSOS de promover a eficiência das autoridades responsáveis pelo cumprimento das leis de
ambos os países, na prevenção, investigação, acção penal ou instrução de processos de natureza
criminal por meio de cooperação e auxílio judiciário mútuo em matéria criminal;

ACORDAM o seguinte:

ARTIGO 1º
(Objecto)

O presente Acordo tem como objecto a prestação, pelas Partes, de Auxílio Judiciário Mútuo
em Matéria Penal.

ARTIGO 2º
(Alcance da assistência)

1. As Partes obrigam-se a prestar auxílio mútuo em matéria de prevenção, investigação,


inquérito, acção penal ou instrução de processos de natureza criminal e procedimentos
judiciários relativos a crimes.
2. O auxílio compreende:
a) Citação, notificação ou intimação referentes a actos processuais;
b) Prestação de depoimentos ou declarações de pessoas;
c) Fornecimento de informações constantes de documentos e entrega dos mesmos, bem como
fornecimento de registos e de elementos de prova;
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d) Identificação e localização de pessoas e bens;


e) Transferência de pessoas sob custódia para prestar depoimento ou produção de provas;
f)Execução de pedidos de revista, busca e apreensões;
g) Identificação, pesquisa e diligências referentes a movimentação de
bens e valores monetários, incluindo a busca, apreensão, confisco e outras medidas
cautelares pertinentes;
h) Qualquer acção para recuperar produtos de crimes;
i) Qualquer outra forma de auxílio não proibido pela Lei do Estado Requerido.
j) Entrega de documentos e elementos de prova, incluindo os de natureza administrativa,
bancária, financeira e comercial;

3. A assistência será prestada ainda que o facto sujeito a investigação, inquérito ou acção
penal seja punível apenas pela lei de um dos Estados.
4. O presente Acordo não será aplicado nos casos de:
a) Busca, detenção ou prisão de uma pessoa com o intuito de obter a sua Extradição;
b) Execução de sentenças penais.

ARTIGO 3º
(Autoridades Centrais)

1. As Autoridade Centrais competentes para encaminhar e receber


solicitações nos termos das disposições previstas no presente Acordo, são:
a) No que respeita à República de Angola, a Procuradoria-Geral da República;
b) No que respeita à República Socialista do Vietname, o Ministério da Justiça.

2. Para as finalidades deste Tratado, as Autoridades Centrais comunicam-se


directamente ou pela via diplomática.

ARTIGO 4º
(Motivos para recusa ou adiamento da execução do pedido)

1. A Autoridade Central do Estado Requerido pode negar o auxílio se:


a) A solicitação referir-se a crime previsto na legislação militar sem, contudo, constituir um
crime comum;
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b) O Estado Requerido julgar que a execução do pedido pode atentar contra a sua soberania,
segurança, ordem pública ou outros interesses essenciais do Estado, conforme estipulado
pelas suas autoridades competentes;
c) A pessoa visada já tiver sido absolvida ou condenada, no Estado Requerido ou num terceiro
Estado, pelos mesmos factos que fundamentam o pedido de auxílio;
d) O pedido se referir às infracções consideradas pelo Estado Requerido como crimes
políticos ou conexos a crimes políticos;
e) Existirem motivos substanciais para acreditar que o pedido tenha sido apresentado com a
intenção de investigar, submeter a processo, punir ou proceder de qualquer outra forma
contra uma pessoa por razões ligadas a sua raça, religião, origem étnica, sexo ou opiniões
políticas, ou quando o seguimento do pedido possa prejudicar a pessoa por qualquer um
dos motivos mencionados;
f) Existirem motivos substanciais para acreditar que o procedimento penal, contra a pessoa
submetida a processo, não respeita as garantias estipuladas nos instrumentos internacionais
de protecção aos direitos humanos.
g) A solicitação não for feita em conformidade com o presente Acordo.
2. O Estado Requerido pode adiar o cumprimento do pedido se a sua execução prejudicar a
investigação, inquérito, acção penal ou procedimento em curso no seu território.
3. A Autoridade Central do Estado Requerido deve informar por escrito a outra parte sobre as
razões que o levaram a negar ou adiar o pedido de auxílio.

ARTIGO 5º
(Forma e conteúdo das solicitações)

1. A solicitação de auxílio deve ser feita por escrito.


2. A Autoridade Central do Estado Requerido pode, em situações de urgência, dispensar a
forma escrita da solicitação. Nesse caso, deve a mesma ser confirmada, por escrito, no
prazo de quinze dias.
3. A solicitação deve conter as seguintes informações:
a) O nome da autoridade que conduz a investigação, inquérito, acção penal, processo ou
procedimento de natureza criminal relacionado com a
solicitação;
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b) Descrição da matéria e da natureza da investigação, inquérito, acção penal, processo de


natureza criminal ou procedimento judiciário relativo a crime, incluindo, até onde for
possível determinar, o crime específico em questão;
c) Descrição da prova, informações ou outro auxílio pretendido;
d) Declaração da finalidade para a qual a prova, às informações ou outro auxílio seja
necessário.
e) A razão principal pela qual as provas ou as informações são requeridas, assim como uma
descrição total dos factos (data, local e circunstâncias nas quais foi cometido o crime) que
deram origem as investigações no Estado requerente;
f) Os textos da legislação aplicável.
4. Quando necessário, a solicitação deve ainda conter:
a) Informação sobre a identidade, tais como o nome completo, morada, local, data de
nascimento, nacionalidade, filiação e a localização da pessoa a respeito de que se procura
uma prova.
b) Informação sobre a identidade, tais como o nome completo, local e a data de nascimento,
a nacionalidade, a filiação e a localização da pessoa a ser notificada ou intimada, o seu
envolvimento com o processo e a forma adequada de notificação ou intimação.
c) Informação sobre a identidade, tais como o nome completo, local e data de nascimento,
nacionalidade, filiação e a localização de uma pessoa a ser encontrada;
d) Descrição precisa do local ou pessoas a serem revistadas e os elementos de prova a
apreender;
e) Descrição da forma sob a qual qualquer depoimento ou declaração deve ser prestado e
registado;
f) Lista das perguntas a serem feitas a testemunha;
g) Descrição de qualquer procedimento especial a ser seguido no cumprimento da
solicitação;
h) Informações quanto às ajudas de custo e ao ressarcimento de despesas a que a pessoa tem
direito quando convocada a comparecer perante o Estado Requerente;
i) Qualquer outra informação que possa ser levada ao conhecimento do Estado requerido
para facilitar o cumprimento da solicitação.

ARTIGO 6º
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(Cumprimento das solicitações)

1. A Autoridade Central do Estado Requerido compromete-se a atender de imediato a


solicitação transmitindo-a as autoridades com competência para as executar.
2. Os Órgãos de Justiça do Estado Requerido devem emitir as notificações ou intimações, os
mandados de busca e apreensão e demais medidas necessárias ao cumprimento da
solicitação.
3. A Autoridade Central do Estado Requerido deve tomar as medidas que assegurem a
satisfação do pedido de auxílio, nos termos do presente Acordo.
4. As solicitações de auxílio são executadas de acordo com as leis do Estado Requerido, salvo
disposição contrária prevista no presente Acordo e desde que não contrariem as leis
internas do Estado Requerido.
5. Se a solicitação não puder ser atendida sem quebra dessa confidencialidade, o Estado
Requerido deve informar o facto a outra parte, que então decidirá se ainda assim deve ou
não a solicitação ser executada.
6. As Autoridades Centrais prestarão uma a outra, quando solicitadas,
informações sobre os pedidos de auxílio.
7. Atendida a solicitação deve o Estado Requerido informar, de imediato, a outra parte.

ARTIGO 7º
(Da legalização, autenticação e outras formalidades)

1. Os documentos, depoimentos ou elementos de prova tramitados pelas


Partes, em cumprimento do presente Acordo, estão dispensados de legalização,
autenticação ou outras formalidades.
2. Os documentos, autos, depoimentos e demais elementos tramitados pelo
Estado Requerido são aceites como meios de prova sem qualquer formalidade ou atestado
de autenticidade, desde que não contrariem as normas do direito interno das partes.
3. O ofício remetido pela Autoridade Central do Estado Requerido garante a autenticidade dos
documentos transmitidos.
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ARTIGO 8º
(Custos)

1. O Estado Requerido é responsável pelos custos decorrentes da execução do pedido no seu


território, excepto os abaixo mencionados, que estarão a cargo do Estado requerente:
a) Honorários, despesas de viagem e estadia de peritos;
b) Custos de viagens e outras despesas relativas ao transporte de pessoas do território de um
Estado para o outro.
2. Se a execução do pedido implicar custos excepcionais, as Partes devem previamente
consultar-se para determinar os termos e condições sobre as quais o auxílio deve ser
efectuado.

ARTIGO 9º
(Restrições ao uso)

1. O Estado Requerente não pode, sem prévio consentimento da Autoridade Central do Estado
Requerido, usar as informações ou provas obtidas ao abrigo do presente Acordo, em
investigação, acção penal ou outros procedimentos que não aqueles descritos na solicitação.
2. O Estado Requerido pode requerer que as informações ou provas produzidas ao abrigo do
presente Acordo sejam mantidas confidenciais ou usadas apenas sob os termos e condições
por ele especificadas.

ARTIGO 10º
(Depoimento ou produção de prova no Estado Requerido)

1. A pedido do Estado Requerente, qualquer pessoa que se encontre no Estado Requerido


pode ser notificada ou intimada a comparecer, de acordo com a lei do Estado Requerido,
para testemunhar ou fornecer documentos, registos ou provas.
2. Mediante solicitação, a Autoridade Central do Estado Requerente antecipa informações
sobre a data e o local da apresentação para depoimento ou produção de prova.
3. Quando solicitado, o Estado Requerido pode permitir a
presença de pessoas especificadas no Requerimento, durante a prestação de depoimento ou
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produção da prova, e permitir que as mesmas apresentem às autoridades do Estado


Requerente questões adicionais que surjam do depoimento fornecido.
4. Caso a pessoa mencionada no nº 1 alegue imunidade, incapacidade, privilégio ou
prerrogativa ao abrigo das leis do Estado Requerente, o depoimento prova deve, não
obstante, ser prestado e a alegação levada ao conhecimento da Autoridade Central do
Estado Requerente, para decisão das autoridades daquele Estado.

ARTIGO 11º
(Registos públicos)

1. O Estado Requerido fornece ao Estado Requerente cópia publicamente disponíveis de


registos, documentos, ou informações de qualquer natureza que se encontrem na posse das
suas autoridades.
2. O Estado Requerido pode fornecer, mesmo que não disponíveis ao público, cópias dos
documentos acima mencionados, que estejam sob a guarda de autoridades naquele Estado,
na mesma medida e nas mesmas condições em que estariam disponíveis as suas próprias
autoridades policiais ou judiciais.
3. O Estado Requerido pode, a seu critério, negar no todo ou em parte, uma solicitação feita
ao abrigo do disposto no número anterior.

ARTIGO 12º
(Depoimento no Estado Requerente)

1. Quando o Estado Requerente solicitar a presença de uma pessoa no seu território, deve o
Estado Requerido convidar essa pessoa a comparecer e informar de imediato a esse Estado
a resposta da pessoa em causa.
2. O Estado Requerente obriga-se a cobrir as despesas correspondentes.
3. A Autoridade Central do Estado Requerido pode, a seu critério, determinar que a pessoa
convidada a comparecer perante o Estado Requerente de acordo com o estabelecido neste
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artigo, não está sujeita a intimação, detenção, ou qualquer restrição de liberdade pessoal,
resultante de quaisquer actos ou condenações anteriores a sua partida do Estado Requerido.
4. A Autoridade Central do Estado Requerente informa imediatamente à
Autoridade Central do Estado Requerido se tal garantia de salvo-conduto será concedida.
5. A garantia de salvo-conduto mencionada no número anterior cessará quando a pessoa
livremente prorrogar a sua estadia no território do Estado Requerente por mais de 15 dias
depois da sua presença deixar de ser necessária nesse Estado, conforme comunicado ao
Estado requerido.

ARTIGO 13º
(Transferência de pessoas sob custódia)

1. A pessoa sob custódia no Estado Requerido, cuja presença seja solicitada no outro Estado
para fins de auxílio, pode ser transferida de um Estado para o outro para aquele fim, desde
que a pessoa consinta e que as Autoridades Centrais de ambos Estados concordem.
2. Para fins deste artigo:
a) O Estado receptor tem competência e obrigação de manter a pessoa transferida sob
custódia, salvo autorização em contrário do Estado Remetente;
b) O Estado Receptor devolve a pessoa transferida sob custódia, ao Estado remetente, tão logo
as circunstâncias permitam, ou conforme entendimento entre as Autoridades Centrais de
ambos os Estados;
c) O Estado Receptor não pode requerer ao Estado Remetente a abertura de processo de
Extradição para o regresso da Pessoa Transferida;
d) O tempo em que a pessoa permanecer sob custódia no Estado Receptor será contado no
cumprimento da sentença originalmente imposta no Estado Remetente;
e) A pessoa transferida, qualquer que seja a sua nacionalidade, intimada a comparecer perante
às autoridades competentes no Estado Requerente, não pode ser submetida a investigação,
inquérito, acção penal, detenção ou qualquer outra restrição de sua liberdade individual por
factos ou condenações anteriores à sua partida do território do Estado Requerido e não
visados pela intimação.

ARTIGO 14º
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(Localização ou identificação de pessoas, bens e elementos de prova)

O Estado Requerido obriga-se a tudo fazer para localizar ou identificar pessoas, bens e outros
elementos de prova conforme discriminados na solicitação.
ARTIGO 15º
(Entrega de documentos)

1. O Estado Requerido deve realizar as diligências necessárias à entrega dos documentos


referentes, no todo ou em parte, à qualquer solicitação de auxílio pelo Estado Requerente,
em conformidade com os dispositivos do presente Acordo.
2. Qualquer documento que solicitar a presença de uma pessoa perante a
Autoridade do Estado Requerente deve ser emitido com razoável antecedência em relação
à data prevista para a comparência.
3. O Estado Requerido comprova a entrega dos documentos de acordo com a forma
especificada na solicitação.

ARTIGO 16º
(Revista, busca e apreensão)

1. O Estado Requerido executa mandados de revista, busca e apreensão ou entrega de


quaisquer documentos, registos, bens ou elementos de prova, nos termos requeridos pelo
Estado Requerente, desde que o pedido contenha informação que justifique tal acção,
segundo as suas leis internas.
2. O Estado Requerido pode solicitar que o Estado
Requerente aceite os termos e condições julgados necessários à protecção de interesses de
terceiros nos documentos, registos, bens ou elementos de prova.

ARTIGO 17º
(Devolução de documentos, registos, bens ou elementos de prova)

A Autoridade Central do Estado Requerido pode solicitar à Autoridade Central do Estado


Requerente a devolução, com urgência possível, de quaisquer documentos, registos, bens ou
elementos de prova a ela entregues em decorrência do atendimento à solicitação.

ARTIGO 18º
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(Produtos do crime)

1. O Estado Requerido deve, mediante solicitação, empenhar-se para determinar se quaisquer


produtos de crime estão localizados sob a sua jurisdição e informar ao Estado Requerente
os resultados das suas investigações.
2. Ao fazer a solicitação referida no número anterior do presente artigo, o Estado Requerente
deve notificar ao Estado Requerido sobre os elementos que levaram à conclusão de que tais
produtos possam estar localizados no seu território.
3. Quando localizados os bens resultante do crime, deve o Estado Requerido tomar as
medidas, permitidas pela sua legislação, para imobilizar e confiscá-los, visando,
particularmente, a sua transferência para o Estado Requerente.
4. Na aplicação do presente artigo, os direitos do Estado Requerente e de terceiros de boa-fé
são respeitados, nos termos das leis do Estado Requerido.

ARTIGO 19º
(Restituição de bens e valores)

1. Os bens e valores que constituem produtos de crimes cometido e objecto de processo no


Estado Requerente e, que tenham sido apreendidos pelo Estado Requerido, assim como os
bens de substituição, cujo valor corresponda a esses produtos, podem também ser
restituídos ao Estado Requerente para fins de confisco, devendo ser salvaguardados os
direitos invocados por terceiros de boa-fé sobre esses bens e valores.
2. A restituição ocorre, regra geral, com base em sentença executória transitada em julgado do
Estado Requerente, no entanto, o Estado Requerido terá a possibilidade de restituir em
estágio o mesmo procedimento.

ARTIGO 20º
(Compatibilidade com outros Acordos)

As disposições do presente Acordo não impedem um auxílio jurídico e judiciário mais amplo
que venha a ser acordado entre as Partes noutros Acordos ou ajustes, que entendam, caso a
caso, mutuamente conceder-se.
ARTIGO 21º
(Consultas)
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1. As Autoridades Centrais das Partes podem realizar as consultas necessárias, no sentido de


promoverem uma aplicação mais eficaz do presente Acordo.
2. As Autoridades Centrais podem ainda estabelecer acordos quanto às medidas e práticas que
se mostrem necessárias, com vista a facilitar a implementação do presente Acordo.

ARTIGO 22º
(Limites de responsabilidades)

1. A lei de cada Estado Parte regula a responsabilidade por danos que advêm dos actos das
suas autoridades no cumprimento deste Acordo.
2. As partes não são responsáveis pelos danos que advenham de actos praticados pelas
autoridades da outra Parte na formulação ou cumprimento de um pedido nos termos deste
Acordo.

ARTIGO 23º
(Aplicação)

O presente Acordo será aplicado a qualquer solicitação apresentada após a


data da sua entrada em vigor, ainda que os actos ou omissões que constituam o crime tenham
ocorrido antes daquela data.

ARTIGO 24º
(Resolução de Diferendos)

Os diferendos resultantes da interpretação e aplicação do presente Acordo são resolvidos por


via de consultas e negociações, através dos canais diplomáticos.

ARTIGO 25º
(Entrada em vigor, Validade e Denúncia)

1. O presente Acordo entra em vigor trinta dias após a data de recebimento da última
notificação por escrito, informando sobre o cumprimento dos procedimentos legais internos
pelas Partes.
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2. O presente Acordo é válido por um período de cinco (5) anos e podendo ser prorrogado
tacitamente por períodos iguais e sucessivos, excepto se qualquer uma das Partes decide
rescindi-lo, notificando a outra Parte por escrito e via diplomática a sua intenção, pelo
menos 12 meses de antecedência.
3. O presente Acordo continuará a ser aplicável aos pedidos de assistência que tenha sido
feitos nos termos do presente Acordo, antes da denúncia.

ARTIGO 26º
(Validade do Acordo)

EM TESTEMUNHO DE QUE, os Plenipotenciários devidamente autorizados, assinam o presente


Acordo.

Assinado em Luanda, aos _______de __________________de 20____, em três (3) exemplares


originais nas línguas portuguesa, vietnamita e inglesa, sendo todos os textos igualmente autênticos.

Pela República de Angola Pela República Socialista


Do Vietname
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