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GUIADAS pelo espírito de amizade e pelas relações de cooperação existentes entre os dois Povos
e Governos;
ENCORAJADOS pelo desejo de ampliar os laços jurídicos na base do respeito e observância dos
princípios e normas do Direito Internacional aplicáveis e universalmente aceites;
ACORDAM no seguinte:
ARTIGO 1.º
(Definições)
c) “Estado de Condenação” significa o Estado no qual foi condenada a pessoa que pode ser ou
já foi transferida;
d) “Estado de execução de sentença” significa o Estado para o qual o condenado pode ser
entregue ou foi entregue para efeitos de continuação da execução de uma pena;
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CONTRAPROPOSTA PARTE ANGOLANA/2020
ARTIGO 2.º
(Objectivo)
As Partes obrigam-se, nos termos do presente Acordo, a transferir de uma Parte para outra, a
pedido de uma das Partes, as pessoas condenadas a penas ou medidas de segurança privativas de
liberdade por um Tribunal de uma das Partes, para a continuação do cumprimento da pena ou da
medida no território da outra Parte de que são nacionais.
ARTIGO 3.º
(Âmbito de Aplicação)
O presente Acordo aplica-se a cidadãos nacionais dos Estados partes condenados a penas ou
medidas de segurança privativas de liberdade e que manifestem o consentimento expresso de
serem transferidos antes ou depois da sua entrada em vigor do presente acordo.
ARTIGO 4.º
(Princípios gerais)
2. A pessoa condenada a pena privativa de liberdade no território de uma das Partes pode ser
transferida, para o território da outra Parte, a fim de cumprir o resto da pena no Estado de
execução.
ARTIGO 5º
(Autoridades Centrais)
1. As Autoridades Centrais das Partes responsáveis pela execução do presente Acordo, são:
a) pela República de Angola, a Procuradoria-Geral da República;
b) pela República Socialista do Vietname o ……………………………………;
2. Caso haja substituição da Autoridade Central de uma das Partes, esta prontamente deve notificar
o facto por via diplomática à outra Parte.
ARTIGO 6º
(Condições de Entrega)
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CONTRAPROPOSTA PARTE ANGOLANA/2020
ARTIGO 7º
(Concessão de Informações ao Condenado)
O Condenado a quem são aplicáveis as disposições do presente Acordo deve ser informado pelo
Estado de Condenação sobre o conteúdo do presente Acordo.
ARTIGO 8º
(Pedido de Transferência)
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CONTRAPROPOSTA PARTE ANGOLANA/2020
2. Para que seja tomada uma decisão sobre um pedido de transferência o Estado de Condenação
deve enviar ao Estado de Execução as seguintes informações:
f) Qualquer outra informação que o Estado de execução possa especificar como obrigatória
em todos os casos que lhe permitam considerar a possibilidade de transferência e que lhe
permitam informar a pessoa condenada e o Estado de condenação, de todas as
consequências da transferência do condenado segundo a sua legislação.
4. O condenado deve ser informado, por escrito, sobre qualquer medida tomada pelo
Estado de condenação ou pelo Estado de execução nos termos dos números
anteriores, bem como de qualquer decisão tomada sobre a sua transferência.
5. O pedido e candidatura para transferência e suas respostas devem ser feitos por
escrito.
7. A Parte requerida deve informar no mais curto espaço de tempo à Parte requerente
sobre a sua decisão de satisfazer ou recusar o pedido de transferência.
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CONTRAPROPOSTA PARTE ANGOLANA/2020
ARTIGO 9º
(Documentos Comprovativos)
b) Cópia autenticada das disposições legais do Estado de execução da sentença das quais
conste que, em conformidade com a sua legislação, as acções ou omissões que motivaram
a imposição da pena constituem infracção penal ou possam ser qualificadas como tal
quando praticadas no seu território;
b) Informação sobre a duração da pena cumprida assim como os dados sobre todas as
formas da privação de liberdade e outras circunstâncias relativas à execução da
sentença.
ARTIGO 10º
(Consentimento e Verificação)
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CONTRAPROPOSTA PARTE ANGOLANA/2020
Artigo 11.º
(Efeitos da transferência para o Estado da condenação)
1. A entrega da pessoa condenada à custódia do Estado de Execução deve ter lugar no território do
Estado de Condenação e faz suspender qualquer obrigação do condenado de cumprimento da pena
no Estado de Condenação.
2. O cumprimento da pena declarada pelo Estado de Execução deve ter o efeito de extinção da
execução da sentença no Estado de Condenação.
4. As autoridades competentes das Partes devem acordar, em cada caso, o local exacto, a data, a
hora e os procedimentos para entrega da pessoa condenada.
Artigo 12º
(Efeitos da transferência para o Estado de Execução)
2. A execução da condenação rege-se pela lei do Estado de execução e somente esse Estado será
competente para tomar todas as decisões apropriadas.
3. Quando uma das Partes nos termos da sua legislação não puder aplicar a sentença imposta pelo
Estado de Condenação nos termos do n.º 1 do presente artigo às pessoas que por razões de doença
mental não forem consideradas criminalmente responsáveis, deve informar a outra Parte o
procedimento que irá aplicar ao mesmo.
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CONTRAPROPOSTA PARTE ANGOLANA/2020
4. O Estado de Execução não deve julgar o condenado transferido pelos mesmos factos, em virtude
dos quais lhe foi aplicada a pena no Estado de condenação.
ARTIGO 13º
(Continuação da Execução da Sentença)
1. Depois da transferência, o condenado continuará a cumprir a pena que lhe tiver sido imposta no
Estado de condenação em conformidade com as normas legais do Estado de execução da
sentença.
3. A pena assim adaptada deve corresponder, na medida do possível, à pena imposta na sentença a
ser executada.
4. Todavia, a pena adaptada não pode aumentar a gravidade da pena prevista na sentença do Estado
de condenação, nem exceder a duração máxima prevista pela legislação do Estado de execução
da sentença pela prática de infracção penal semelhante.
ARTIGO 14º
(Indulto, Amnistia e Comutação)
Cada uma das Partes pode indultar, amnistiar ou comutar a pena de harmonia com a sua
Constituição ou outros actos normativos.
ARTIGO 15º
(Cessação da Execução da Pena)
O Estado de execução cessa a execução da pena aplicada ao condenado transferido, logo que seja
informado pelo Estado de condenação sobre qualquer decisão em resultado da qual a sentença
deixa de ser executória.
ARTIGO 16º
(Informações relativas ao Cumprimento da Pena)
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CONTRAPROPOSTA PARTE ANGOLANA/2020
ARTIGO 17º
(Trânsito)
1. Se uma das Partes chegar a Acordo com um terceiro Estado sobre a transferência de
condenados, a outra Parte deve colaborar no transporte em trânsito dos condenados através do
seu território com vista a serem entregues, em conformidade com o acordo acima referido.
2. A Parte que pretender efectuar o transporte em trânsito deve informar com antecedência sobre os
seus planos à outra Parte e deve apresentar os respectivos dados, incluindo as informações
necessárias para a eventual tomada de decisão, em conformidade com o n.º 3 deste artigo.
3. A Parte, pelo território da qual se pretende efectuar o transporte em trânsito, pode recusar a
autorização do trânsito se o condenado for cidadão desta Parte ou se a infracção penal que
motivou a decisão condenatória não se qualificar como tal, em conformidade com a sua
legislação.
4. A Parte que tiver recebido o pedido de transporte em trânsito pode manter o condenado preso
somente durante o período que for necessário para o seu transporte em trânsito pelo seu
território.
5. Pode ser dispensada a solicitação de trânsito quando para o transporte do condenado pelo
território de uma das Partes forem utilizados meios de transporte aéreos, sem previsão de
aterragem. Todavia, a Parte sobre o território da qual se prevê efectuar tal trânsito deve ser
devidamente notificada.
ARTIGO 18º
(Despesas)
As despesas relativas à transferência devem ser suportadas pelas Partes nas proporções a serem
acordadas.
ARTIGO 19º
(Línguas)
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CONTRAPROPOSTA PARTE ANGOLANA/2020
O pedido e os documentos que o instruem encaminhados por uma das Partes nos termos da
execução do presente Acordo, são lavrados na língua da Parte requerente e acompanhados de
tradução para a língua da Parte requerida.
ARTIGO 20º
(Resolução de Diferendos)
Os diferendos resultantes da interpretação e aplicação do presente Acordo serão resolvidos por via
de consultas e negociações.
ARTIGO 21º
(Emendas)
1. O presente Acordo pode ser emendado, por iniciativa de qualquer uma das Partes, mediante
acordo mútuo sobre a questão em causa.
ARTIGO 22º
(Entrada em vigor, Duração e Denúncia)
1. O presente Acordo entra em vigor trinta (30) dias após à data da recepção da última notificação
escrita, pela via diplomática, a informar sobre o cumprimento pelas Partes dos procedimentos
legais internos para o efeito.
2. O presente Acordo mantém-se em vigor por um período de cinco (5) anos, renováveis por tácita
recondução por iguais e sucessivos períodos, salvo se uma das Partes manifestar à outra Parte,
por escrito e pela via diplomática, a sua intenção de o denunciar com uma antecedência mínima
de doze (12) meses em relação ao fim do período da sua validade.
3. A cessação da validade do presente Acordo não impede a análise e tomada de decisão dos
pedidos de transferência recebidos antes da data da cessação da sua vigência.
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CONTRAPROPOSTA PARTE ANGOLANA/2020
VIETNAME
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