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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 2ª VARA FEDERAL EM NATAL/RN

Processo nº 000XXXX-XX.XXXX.4.05.XXXX

O REQUERENTE, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por


intermédio do seu procurador devidamente habilitado que abaixo assina, vem, mui respeitosamente,
perante Vossa Excelência, expor e requerer o seguinte:

O peticionante foi condenado, nos autos do processo em epígrafe, pela prática do


crime tipificado no artigo 33, c/c 40, I, da Lei 11.343/06, à pena de 03 (três) anos, 10 (dez) meses e
20 (vinte) dias de reclusão, em regime inicialmente aberto.

O Juiz, nas providências finais da sentença, assinalou que o réu poderia:

“apelar em liberdade, nos termos do art. 2º, §3º, da Lei 8.072/1990, caso estejam
presentes e forem cumpridas, rigorosamente, enquanto durar o processo, as
seguintes condições que reduzirão, sensivelmente, a necessidade do
ancarceramento cautelar:

1. Apresentar endereço onde residirá provisoriamente no Estado do Rio Grande


do Norte enquanto durar o processo;
2. Apresentar fonte de recursos que permita a sua subsistência no país enquanto
perdurar o processo;
3. Não consumir álcool ou drogas ilícitas;
4. Acompanhar todos os atos processuais e atender aos chamamentos judiciais;
5. Recolher-se a sua residência no horário máximo das 19:00h, ficando proibido
de se ausentar de sua residência nos finais de semanas e feriados;
6. Comparecer e permanecer, diariamente, nos dias úteis, no horário entre 14 e
17 horas, na Justiça Federal do Rio Grande do Norte, no Projeto Sol Redondo,
para participar de atividades de convivência que forem indicadas pela 2ª Vara
Federal/RN;
7. Não mudar de endereço sem comunicar a este Juízo;
8. Não se ausentar da cidade de Natal nem do país;
9. Ocupar-se licitamente.

Alerto que a violação de quaisquer das obrigações e limitações ora impostas ao


acusado recrudesce o risco ponderável de repetição dos atos ilícitos que lhe
foram imputados, o que poderá acarretar a reconsideração da decisão.
O alvará de soltura somente deverá ser expedido depois de comprovado o
atendimento das condições previstas nos itens 01 a 02. Em razão de ser o réu
estrangeiro, deverá ser expedido, junto com o alvará, salvo-conduto para
garantir o direito precário e limitado de ir e vir, registrando no documento as
limitações impostas para soltura. Após ser colocado em liberdade, o condenado
deve comparecer imediatamente ao Juízo da 2ª Vara Federal para audiência de
advertência.
Caso exista acordo de reciprocidade entre o Brasil e (País do Requerente) ,
faculto ao acusado, por questões humanitárias (proximidade da família e
facilidades de idioma), bem como pelos aspectos procedimentais da execução
penal, que, após o trânsito em julgado da sentença, a pena aplicada seja
cumprida no país de origem do condenado.”

O Ministério Público Federal recorreu, estando os autos no Tribunal Regional


Federal da 5ª Região, sob a relatoria do Desembargador Federal Lazaro Guimarães.

Documentos em anexo: a) contrato de locação; b) declaração do Consulado geral da


República Federal XXXX; comprovam o atendimento, mesmo que de forma indireta, das condições
previstas nos itens 01 e 02 da referida decisão.

Dessa forma, pede-se que seja deferido ao sentenciado o direito de apelar em


liberdade, expedindo-se o respectivo alvará de soltura, conforme restou consignado na sentença.
Nestes termos,
Pede e aguarda deferimento.

Natal/RN, DD/MM/AAAA.

NOME DO ADVOGADO
OAB XXXX

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