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Índice

Tema Nº de Página
Introdução 05
Reconhecimento de uma Sentença 06
Estrangeira
Requisitos necessários para a 07
confirmação de sentença
Tribunal Competente 08
Ações de Reconhecimento de 09
Sentenças
Conclusão 10
Parecer
Referências Bibliográficas
Introdução
No hodierno trabalho iremos debruçar sobre o: Reconhecimento de uma
Sentença Estrangeira. Começamos por introduzir que uma sentença estrangeira é
revestida de força de caso julgado. O primeiro contato é procurar um escritor
especializado, por se tratar de um procedimento complexo, o advogado precisa de
cautela e a devida especialização na área de forma a garantir o êxito-homologação.

Depois passamos para a análise de documentos após reunião com o advogado


especialista e a assinatura de contrato e procuração, os documentos serão
cuidadosamente para verificar se existem pendências.

O terceiro passo é apostilamento que trata-se de um acordo internacional que


visa eliminar as etapas de legalização e consularização tornando mais rápido o processo
de legalização de documentos estrangeiros.

Em quarto lugar temos a tradução, todo documento deverá ser devidamente


traduzido por um tradutor público inscrito na junta comercial do estado para que haja o
devido efeito legal na esfera pública.

Em quinto lugar a atuação jurídica, após todos os documentos estarem


organizados será dada a entrada no procedimento de homologação de sentença
estrangeira STJ ( Superior Tribunal Judicial).

Em sexto lugar temos o acompahamento que dada a entrada no superior


tribunal da justiça, ou em cartórios de registos civis de pessoas naturais, o advogado
responsável estará acompanhando cautelosamente o processo para sua conclusão com
celeridade e êxito.

Em sétimo lugar e último temos a finalização após a sentença, ser devidamente


homologada perante o STJ e expedida a carta de sentença, o advogado poderá proceder
a execução da sentença estrangeira na justiça federal competente.

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Reconhecimento de uma Sentença Estrangeira
É um procedimento judicial que tem o objetivo de dar executariedade interna à
sentenças proferidas em outros países, ou seja, é a decisão revestida de força, do caso
julgado, ou causa julgada, não sujeito à recurso, sobre matéria civil e/ou comercial,
qualquer que seja a natureza do órgão que a proferiu árbitros no estrangeiro.

O reconhecimento das sentenças estrangeiras em Portugal dá-se por via do


procedimento judicial de revisão, o qual não de mérito, mas simplesmente formal.
Assim, confirmar uma sentença estrangeira é reconhecer internamente os efeitos que lhe
cabem no Estado de Origem, como Ato Jurisdicional, segundo a lei desse mesmo
Estado.

Podemos citar como alguns desses efeitos, o efeito do caso julgado e o efeito do
título executivo, embora, se possa existir efeitos constitutivos, secundários ou efeitos de
sentença estrangeira como simples meio de prova.

Quanto as matérias sujeitas à revisão, de especial interesse em casos de dupla


nacionalidade, podemos citar o Divórcio, a Adoção, a Perfilhação (reconhecimento de
paternidade) e o reconhecimento de União Estável; Para todos os procedimentos citados
é necessário a Ação Judicial, para que possam ser produzidas efeitos na órbitra
portuguesa, quais sejam, alteração do Estado Civil, averbação de filiação, nacionalidade
e até mesmo efeitos patrimoniais decorrentes de fixação de alimentos.

Segundo o art.1094º cpc:

I. Sem prejuízo do que se ache estabelecido em tratados, convenções,


regulamentos comunitários e leis especiais, nenhuma decisão sobre
direitos privados, proferida por tribunal estrangeiro ou por árbitros no
estrangeiro, tem eficácia em Portugal, seja qual for a nacionalidade das
partes, sem estar revista e confirmada.
II. Não é necessária a revisão quando a decisão seja invocada em processo
pendente nos tribunais portugueses, como simples meio de prova, sujeito
à apreciação de quem haja de julgar a causa.

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Requisitos necessários para a confirmação de sentença
segundo o art.1096º cpc:

a) Que não haja dúvidas sobre a autenticidade do documento de que conste


a sentença, nem sobre a inteligência de decisão.
b) Que tenha transitado em julgado segundo a lei do país em que foi
proferida.
c) Que provenha de tribunal estrangeiro cuja competência não tenha sido
provocada em fraude à lei e não verse sobre matéria de exclusiva
competência dos tribunais portugueses.
d) Que não possa invocar-se a exceção de litispendência ou de caso julgado
com fundamento em causa efectiva a tribunal porto-português, excepto
se foi o tribunal estrangeiro que preveniu a jurisdição.
e) Que o Réu tenha sido regularmente citado para a ação nos termos da lei
do país do tribunal de origem, e que no processo, hajam sido observados
os princípios do contraditório e da igualdade das partes.
f) Que não contenha decisão cujo reconhecimento conduza a um resultado
manifestante incompatível com os princípios da ordem pública
internacional do Estado Português.

A homologação de uma sentença em casos de separação judicial de pessoas e


bens, e divórcio, recorrem-se aquilo que é o artigo 55 conjulgado com o artigo 56 do
código civil.

A separação judicial de pessoas e bens e ao divórcio é aplicável o disposto no


artigo 52; Se porém, na constância do matrimónio houver mudança de lei competente,
se pode fundamentar a separação ou o divórcio, algum facto relevante ao tempo de sua
verificação.

A determinação da legitimidade da filiação compete à lei nacional comum da


mãe e do marido desta, ou na sua falta, a lei da residência habitual comum, ao tempo,
quer num caso quer noutro, do nascimento do filho, ou ao tempo da dissolução,
declaração nulo ou anulado.

Na falta da nacionalidade ou residência habitual comum, é aplicável a lei pessoal


do marido nos momentos a que o número anteriror se refere.

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Tribunal Competente
Para a revisão e confirmação é competente a relação do direito judiscial em que
esteja domiciliado a pessoa contra quem se pretende fazer valer a sentença observando-
se com as necessárias adaptações o disposto nos artigos 85º à 87º cpc. Segundo o art.
1095º cpc.

Segundo a contextação e resposta, apresentado com a petição o documento de


que conste a decisão a rever é a parte contrária citada para, dentro de dez dias, deduzir a
sua oposição. O requerente pode responder nos oito dias seguintes ao termo do prazo
fixado para a oposição. A discussão e julgamento findos os articulados e realizadas as
diligências que o relator tenha por indispensáveis, é o exame do processo facultado,
para alegações, às partes e ao Ministério Público, por dez dias cada um.

O julgamento faz-se segundo as regras próprias dos agravos, mas o vencimento


exige três votos conformes, seguindo o processo para novos vistos, quando necessário.
Artigos 1098º e 1099º cpc.

Documentos necessários para o processo de revisão de sentenças


estrangeiras, nomeadamente nos casos de Divórcio, Adoção e Regulação das
reponsabilidades parentais:

1. Certidão de decisão a rever/confirmar, com menção de trânsito em


julgado devidamente traduzida e legalizada (apostilada) no caso dos
países que aderirem à Convenção de Haia ou (certificado) no consulado
de portual no país proveniente (para o caso dos países que não aderiram à
Convenção de Haia).
2. Certidão de nascimento dos intervenientes (apostilada do interveniente
que não tenha a nacionalidade portuguesa).
3. Cópia certificada dos documentos dos intervenientes.
4. Identificação e morada das partes.
5. Procuração forense.
6. Além disso, se ambas as partes forem requerentes (se ambos outorgarem
a procuração) evita-se a citação e o processo é tramitado bem mais
rápido. Como não se trata de um processo urgente suspende-se em férias
judiciais.
7. Mais importante, como cada caso, é necessária a consulta do escritório
para pré-análise do processo e informação relativa aos documentos
necessários para o caso concreto.

O Reconhecimento de uma sentença estrangeira pode ser feito, pelo notário ou


por um advogado.

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Ações de Reconhecimento de Sentenças
Essa homologação de sentença estrangeira em Portugal, para atualização do
Estado Civil de seus Nacionais, ocorre mediante as chamadas Ações de Revisão e
Reconhecimento de Sentença.

A partir desse processo judicial de homologação de sentença estrangeira em


Portugal poderá ser feita a averbação do ato no respectivo Registro Civil do Nacional
Português.

Mas, antes da averbação, as decisões emitidas por tribunais estrangeiros, neste


caso, os não pertencentes a um Estado perto da União Europeia devem primeiro, de
forma obrigatória, serem revistos e reconhecidos pelo tribunal de Relação em Portugal.

Em dois casos muito comuns haverá a necessdidade de um processo de revisão e


reconhecimento em Portugal, ou seja, da homologação de sentenças estrangeiras e de
decisões emitidas no estrangeiro e que afetam a vida: Divórcio e a Adoção.

Logo se a nacionalidade for portuguesa, ou seja, se é nacional Português, se


divorciou no Brasil, precisará homologar sentença estrangeira em Portugal. Isso também
será importante para a aquisição da nacionalidade portuguesa por seus filhos ou novo
cônjuge.

Em processo de nacionalidade, por exempo, são exigidos documentos que


atestam o estado civil atual do cidadão Português. Este será o caso para novos cônjuges
e filhos de novo casamento, de nacional Português que tenha sido divorciado em país
estrangeiro.

Da mesma maneira, só é reconhecido o direito à nacionalidade daqueles que


comprovem possuir vínculo com nacionais portugueses.

Então, no caso dos filhos adotados por cidadãos portugueses, cujas adoções
tenham ocorrido fora de Portugal, também será necessária a homologação de sentença
estrangeira em Portugal.

Para além de processos de nacionalidade, até mesmo para autorizações de


residências em Portugal como familiar Português, é necessário o estado civil do
nacional esteja autorizado.

Esta análise formal do processo ocorrido no estrangeiro deve ter a representação


obrigatória de Advogado inscrito na Ordem dos Advogados Portugueses.

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Conclusão
Viemos por meio desta concluir que diante do exposto, vimos que são
diversas as hipóteses em que a revisão de sentença estrangeira é necessária ou
até mesmo obrigatória para assegurar direitos individuais, razão pela qual a
orientação de um profissional da área jurídica se torna indispensável para a
correta obtenção das pretensões do interessado.

À revisão de especial interesse em casos de dupla nacionalidade,


podemos citar o Divórcio, a Adoção, a Perfilhação e o Reconhecimento da
União Estável.

Para todos os procedimentos citados é necessário a ação judicial, para


que possam ser produzidos efeitos na órbita do Réus em causa, quais sejam,
alteração do estado civil, averbação de filiação, nacionalidade e até mesmo
efeitos patrimoniais decorrentes da fixação de Alimentos. Muitos são os atos
judiciais que podem ser homologados, sendo importante ressaltar que não
somente sentenças propriamente ditas podem ser homologadasa, como também
acórdãos, decisões e outros. As sentenças no exterior podem vir de atos judiciais
ou não judiciais, porém deverão, segundo a lei do país em causa ter natureza de
sentença.

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Parecer nº xxxx/2022

Processo nº xxxx

O reconhecimento de sentença estrangeira  corre normalmente, no TS,


mormente, na câmara do cível administrativo, aduaneiro e fiscal, por conta da alçada do
Tribunal, e por ser o tribunal competente em razão da matéria da hierarquia e da alçada,
por um lado, por outro lado, segundo o CPC nas suas alíneas f, g do artigo 1096º à
acção tramita no âmbito do processo ordinário segundo os princípios emanados pela
regular tramitação de um processo ordinário comum. O reconhecimento de sentença
estrangeira, é um importante instrumento de cooperação jurídica internacional, tal como
define os artigos 51º,52º do CC.

1. A taxa de justiça dos processos das acções de reconhecimento de sentença


estrangeira é a respeitante no número.
2. Do artigo 3º da Lei nº 5A/21 de 05 de Março. A sua tramitação começa com
a petição inicial (nela o Requerente ou Autor alegara que obteve sentença
estrangeira já transitada). Surge também um Despacho que pode ser de
indeferimento ou aperfeiçoamento.
3. Citação a secretaria do tribunal efectua a citação do Réu.
4. Contestação o Réu pode opor-se a revisão e confirmação de sentença
estrangeira invocando a falta de algum requisito consignado no CPC.
5. Resposta se não haver contestação e não haver diligência a realizar, daí
segue-se a fase das alegações.
6. Havendo contestação segue-se a resposta no prazo de 8 dias que poderá dizer
sobre os fundamentos da oposição.
7. Diligências a pedido das partes ou oficiosamente pode o relator do processo
ordenar diligências que se considere indispensáveis a uma boa decisão.
8. Alegações segue-se a fase de discussão e julgamento o processo é facultado
para exame e alegações às partes.
9. O Ministério Público intervém porque estão em causa interesses de ordem
pública que a revisão da sentença pode afectar.
10. Vistos e julgamento findo o prazo para as alegações o processo vai aos vistos
do Juíz. Por fim o relator elabora o projecto de acórdão que carece de três
votos conformes para vencimento, caso contrário, o processo vai a novos
vistos até se obter a maioria de 3 votos conformes. O julgamento corre
segundo as regras próprias dos agravos regulados pelos artigos 749º a 752º
do CPC.
Referências Bibliográficas

Martins e Olivia-Sociedade de Advogados em Portugal

Miraldina Trigueirão

Galvão e Sílvia- Escritório de Advocacia do Brasil

Código do Processo Civil

Código Civil

Parecer Jurídico/Jerusa Van-dunem

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