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MANUAL DE TRABALHO PARA O SEGUNDO TRIMESTRE DO ANO LECTIVO 2022-2023

“Não é que eu procure falar difícil, é que as coisas têm nome”

João Guimarães Rosa

Compilado por: Ayrton Nóbrega, 2023.


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MODELO DE TRABALHO
A Pedagogia de Projetos é uma forma de organização curricular em que os alunos são instigados a explorar a realidade, por meio das relações
entre as áreas de conhecimentos. É, ainda, uma metodologia de ensino com o objetivo de educar por meio da experiência, transformando o
aluno no protagonista do processo de ensino-aprendizagem enquanto o professor atua como um guia e mentor. Dessa forma, educadores e
alunos compartilham indagações, hipóteses, estratégias de pesquisa e alternativas de solução. Assim, um colégio que tem como proposta
pedagógica a Pedagogia de Projetos busca estimular um processo de ensino-aprendizagem significativo com a capacidade de engajar os
estudantes e favorecer o desenvolvimento de habilidades necessárias para a formação integral.

O segundo trimestre contempla 13 semanas educativas, sendo 12 semanas utéis de trabalho para realização de 6 projectos prácticos. Onde cada
projecto envolverá duas semanas de trabalho no seguinte modelo:

 1ª SEMANA: apresentação e demonstração do projecto pelo professor;

 2ª SEMANA: avaliação dos projectos e experiências realizadas pelos estudantes. M

METODOLOGIAS APLICADAS: BENEFÍCIOS EM PRESPECTIVA:

 MÉTODO EXPOSITIVO;  Desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade;


 MÉTODO EXPLICATIVO;  Estímulo ao trabalho em grupo e respeito aos pares;
 MÉTODO SOCRÁTICO;  Formação de senso-crítico;
 MÉTODO CONSTRUTIVO;  Aprimoramento das capacidades socio emocionais;
 MÉTODO SOCIOINTERACIONISTA;  Prazer em aprender;
 MÉTODO DE FREIRE, ETC.  Desenvolvimento de capacidades cognitivas e sociais;
 Desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas.

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“O PRESENTE MANUAL FOI CONCEBIDO PARA OS MEUS QUERIDOS
ESTUDANTES, E TODO AQUELE QUE TENHA INTERESSE EM
AGREGAR CONHECIMENTO SOBRE A INSTRUMENTAÇÃO E
CONTROLO DE PROCESSOS”

LEMBRE-SE SEMPRE: TUDO PODEMOS NAQUELE QUE NOS FORTALECE.

COM CARINHO: AYRTON GIAN NÓBREGA DA COSTA

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Simbologia e Identificação
As normas de instrumentação estabelecem símbolos gráficos e codificações para a identificação alfanumérica de
instrumentos que deverão ser utilizadas nos diagramas e malhas de controle de projetos de instrumentação.

O propósito dos símbolos gráficos e codificações estabelecidos pelas normas é estabelecer uma maneira uniforme de
identificação dos instrumentos e sistemas de instrumentação, facilitar o entendimento dos diagramas e malhas de
instrumentação e viabilizar a comunicação entre usuários, projetistas e fornecedores.

Simbologia e Identificação
A simbologia mais utilizada mundialmente na área de instrumentação de processos é a padronizada na norma S 5.1 da
ISA (The Instrumentation Systems and Automation Society).
A padronização da ISA considera que cada instrumento será identificado por um conjunto de letras e um conjunto de
algarismos.

Exemplo: PCV-31005A

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Simbologia e Identificação
P CV 31 005 A
Área de No Seqüencial
Variável Função Sufixo
Atividades da Malha
Identificação Funcional (Letras) Identificação da Malha (Algarismos)
Identificação do Instrumento

A primeira letra do conjunto de letras indica a variável medida.


As letras subsequentes indicam a função que o instrumento desempenha na malha de controle.
O primeiro conjunto de algarismos indica a área de atividade.
O segundo conjunto indica a malha à qual o instrumento pertence

Para completar a identificação, poderá ser acrescido um sufixo.

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PRIMEIRA LETRA LETRAS SUBSEQUENTES
Variável Medida Ou Iniciadora Função
Passiva ou de
Primeira letra Modificadora Ativa ou de saída Modificadora
informação
A Analisador Alarme

B Chama de queimador

C Condutividade elétrica Controlador

Densidade ou massa
D Diferencial
específica (Density)

Sensor (Elemento
E Tensão elétrica
primário)

F Vazão (Flow) Razão (fração)

G Escolha do Usuário Visor

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H Comando Manual (Hand) Alto

I Corrente Elétrica Indicador

Varredura ou seletor
J Potência manual

Taxa de variação com


K Tempo ou Temporização Estação de Controle
o Tempo

L Nível (Level) Lâmpada piloto Baixo

Médio ou
M Umidade (Moisture) Instantâneo Intermediário

N Escolha do Usuário

O Escolha do Usuário Orifício de restrição

P Pressão ou Vácuo Ponto de teste

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Integrador ou
Q Quantidade ou Evento totalizador

Registrador ou Impressor
R Radioatividade

Velocidade ou freqüência
S (Speed) Segurança Chave

T Temperatura Transmissor

U Multivariável Multifunção

V Viscosidade Válvula ou defletor

W Peso ou Força (weigh) Poço ou ponta de prova

X Não classificada Eixo dos X Não classificada Não classificada Não classificada
Estado, presença ou Relé ou
Y seqüência de eventos Eixo dos Y
computação

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Elemento final de
Z Posição Eixo dos Z controle não
classificado

Simbologia e Identificação
Em uma malha, a primeira letra de identificação funcional é selecionada de acordo com a variável medida ou controlada
e não de acordo com a variável manipulada.

Adicionalmente, a identificação funcional de um instrumento é feita de acordo com a função por ele executada e não de
acordo com sua construção.

Simbologia e Identificação
A sequência de letras de identificação funcional de um instrumento começa com a primeira letra da variável.
As letras de funções passivas ou de informação devem seguir em qualquer ordem.

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As letras de funções ativas ou de saída seguem-nas também em qualquer ordem, com exceção da letra de função de saída
C (controle), que deve preceder a letra V (válvula), quando ambas coexistirem.
Se forem utilizadas letras modificadoras, estas deverão ser interpostas de forma que fiquem posicionadas seguindo
imediatamente as letras que elas modificam.

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Simbologia e Identificação

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Simbologia e Identificação

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Simbologia e Identificação

Simbologia Instrumentos de Vazão

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Simbologia e Identificação
Simbologia Instrumentos de Nível

Simbologia e Identificação
Simbologia Instrumentos de Pressão

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Simbologia e Identificação
Simbologia Instrumentos de Temperatura

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Simbologia e Identificação

Simbologia Válvulas

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Visualização de equipamentos instrumentalizados

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Exercício de aplicação

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Identificação (
Função Instalação Tipo Local
Tag )
Instrumento
FIT-001 Transmissor e Indicador de Vazão Tubulação de Óleo Montado no Campo
Discreto
Instrumento
FIT-002 Transmissor e Indicador de Vazão Tubulação de Gás Montado no Campo
Discreto
Instrumento
TIT-001 Transmissor e Indicador de Temperatura Tubulação de Óleo Montado no Campo
Discreto
Instrumento
TIT-002 Transmissor e Indicador de Temperatura Tubulação de Gás Montado no Campo
Discreto
Instrumento
PIT-001 Transmissor e Indicador de Pressão Tubulação de Óleo Montado no Campo
Discreto
Instrumento
PIT-002 Transmissor e Indicador de Pressão Tubulação de Gás Montado no Campo
Discreto
Instrumento
PIT-003 Transmissor e Indicador de Pressão Tanque Separador Montado no Campo
Discreto
Instrumento
LIT-001 Transmissor e Indicador de Nível Tanque Separador Montado no Campo
Discreto
Instrumento
LV-001 Válvula de Controle de Nível Tubulação de Óleo Montado no Campo
Discreto
Instrumento
PV-003 Válvula de Controle de Pressão Tubulação de Gás Montado no Campo
Discreto
Instrumento
LG-002 Visor de Nível Tanque Separador Montado no Campo
Discreto
Alimentação Instrumento
PI-004 Indicado de Pressão Montado no Campo
Pneumática Discreto
Instrumento
PSV-001 Válvula de Segurança de Pressão Tanque Separador Montado no Campo
Discreto

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Instrumento
PS-V002 Válvula de Segurança de Pressão Tanque Separador Montado no Campo
Discreto
Instrumento
TE-001 Elemento Primário de Temperatura Tubulação de Óleo Montado no Campo
Discreto
Instrumento
TE-002 Elemento Primário de Temperatura Tubulação de Gás Montado no Campo
Discreto
Instrumento
FE-001 Elemento Primário de Vazão Tubulação de Óleo Montado no Campo
Discreto
Instrumento
FE-002 Elemento Primário de Vazão Tubulação de Gás Montado no Campo
Discreto
Montado no Painel
UC-01 Controlador Multifuncional Painel de Controle PLC
de Controle
Executado no Montado no Painel
FIR-001 Indicador e Registrador de Vazão Painel de Controle
Computador de Controle
Executado no Montado no Painel
FIR-002 Indicador e Registrador de Vazão Painel de Controle
Computador de Controle
Executado no Montado no Painel
TI-001 Indicador de Temperatura Painel de Controle
Computador de Controle
Executado no Montado no Painel
TI-002 Indicador de Temperatura Painel de Controle
Computador de Controle
Executado no Montado no Painel
PI-001 Indicador de Pressão Painel de Controle
Computador de Controle
Executado no Montado no Painel
PI-002 Indicador de Pressão Painel de Controle
Computador de Controle
Executado no Montado no Painel
PIC-003 Indicador e Controlador de Pressão Painel de Controle
Computador de Controle
Executado no Montado no Painel
PAH-003 Alarme de Pressão Alta Painel de Controle
Computador de Controle

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Executado no Montado no Painel
PAL-003 Alarme de Pressão Baixa Painel de Controle
Computador de Controle
Executado no Montado no Painel
LIRC-001 Indicador, Registrador e Controlador de Nível Painel de Controle
Computador de Controle
Executado no Montado no Painel
LAH-001 Alarme de Nível Alto Painel de Controle
Computador de Controle
Executado no Montado no Painel
LAL-001 Alarme de Nível Baixo Painel de Controle
Computador de Controle

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NOÇÕES BÁSICAS DOS FUNDAMENTOS DA ELETRICIDADE

Noções básicas dos fundamentos da eletricidade Geralmente, despertamos com o toque do despertador de um rádio relógio ou de um celular.
Levantamos, acendemos a luz. Tomamos um banho quente, quase sempre em chuveiro elétrico. Preparamos um lanche com o auxílio de uma
torradeira. Alguma coisa nos ajuda no dia-a-dia, desde a hora em que acordamos: a eletricidade.

Você já imaginou o mundo sem eletricidade? Não existiria nenhum dos equipamentos que precisamos no dia-a-dia. Nem o rádio, nem a televisão
ou as máquinas comandadas por computadores e robôs. Para imaginarmos o mundo sem eletricidade, temos de regredir mais de cem anos. Foi em
1875 que os primeiros geradores de eletricidade, os dínamos, foram aperfeiçoados para se tornarem fontes de suprimento, fornecendo eletricidade
para as lâmpadas de uma estação na França. Mas o que é eletricidade?

Eletricidade Eletricidade é a manifestação de uma forma de energia associada a cargas elétricas paradas ou em movimento. Os detentores das
cargas elétricas são os elétrons, partículas minúsculas que giram em volta do núcleo dos átomos que formam as substâncias. A figura a seguir
representa um átomo de hidrogênio, um dos elementos químicos mais simples da natureza.
Na Grécia antiga, já se conhecia a propriedade do âmbar de atrair partículas de pó ao ser esfregado em outro material. O âmbar é uma resina fóssil
amarela, semitransparente e quebradiça, que na língua grega é chamado de elektron. Talvez tenha saído daí o nome da eletricidade.
Ocorre que certos materiais perdem cargas elétricas (elétrons) quando atritados com outros ou, dependendo do material atritado, ganham cargas
elétricas ao invés de perdê-las.

Quando ganham, dizemos que ficam carregados negativamente, pois convencionou-se dizer que os elétrons possuem cargas negativas. Quando
perdem elétrons, ficam carregados positivamente. Estando eletricamente carregado, o material é capaz de atrair corpos eletricamente neutros e
cargas com sinais opostos. Este fato pode ser verificado facilmente. Por exemplo, um pente depois de ser atritado várias vezes contra o cabelo atrai
pedaços pequenos de papel picado. Esta forma de eletricidade chama-se eletrostática.

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Tensão, corrente e resistência elétrica Em 1800, o italiano Alessandro Volta inventou a pilha elétrica. Ele observou que dois metais diferentes,
em contato com as pernas de uma rã morta, fizeram a perna da rã se movimentar. Concluiu então, acertadamente, que o movimento da perna da rã
se devia à passagem de elétrons, a que ele denominou corrente elétrica. Mais tarde, Volta descobriu que os elétrons se movimentavam de um metal
para outro, através da perna da rã, impulsionados por uma diferença de cargas elétricas entre os metais. Essa diferença, capaz de provocar o
movimento ordenado dos elétrons de um metal para outro, é chamada hoje de tensão elétrica ou diferença de potencial elétrico. A unidade de
medida de tensão elétrica é o volt, em homenagem a Alessandro Volta.

Tensão elétrica é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos, capaz de gerar movimento ordenado dos elétrons entre um ponto e outro.

A pilha de Volta, ou pilha voltaica, ou qualquer gerador de tensão elétrica são capazes de manter entre seus pólos uma diferença de potencial. Há
o pólo positivo, que tem menos elétrons, e o negativo, que tem mais elétrons. Um material condutor (como o fio de cobre, no qual os elétrons se
movimentam de um átomo a outro com mais facilidade), quando é ligado entre os dois pólos do gerador, permite a passagem de corrente elétrica
no sentido do negativo para o positivo. O corpo que tem menos elétrons tende a atrair os elétrons do corpo que tem mais

Em outras palavras, corrente elétrica é o deslocamento de cargas dentro de um condutor quando existe uma diferença de potencial elétrico
entre suas extremidades. Então, a corrente elétrica é a quantidade de cargas que atravessa a seção reta de um condutor, na unidade de tempo.

Um gerador elétrico é uma máquina que funciona como se fosse uma bomba, criando ener gia potencial. Esta energia potencial acumula cargas
em um pólo. Dessa forma, um pólo fica com excesso de cargas e o outro com déficit de cargas. O gerador provoca uma diferença de potencial
entre seus terminais. Se o terminal for um circuito fechado, teremos uma corrente elétrica. É assim que funciona um circuito elétrico: temos o
“gerador” de energia elétrica, que vem da concessionária da cidade, os “condutores”, que são os fios elétricos, e o circuito é “fechado” quando
acionamos o interruptor para acender uma lâmpada, por exemplo, criando uma diferença de potencial, “passando” então a corrente e acendendo a
luz. A corrente elétrica provocada por uma pilha é chamada corrente contínua, pois sempre percorre o circuito no mesmo sentido. Assim também
é a corrente gerada pelas baterias dos automóveis. Corrente contínua é o movimento ordenado de cargas elétricas que ocorre sempre no mesmo

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sentido, do pólo negativo de uma fonte para o pólo positivo. Convencionou-se, no entanto, que o sentido da corrente, para efeito de análise dos
circuitos, é o sentido do pólo positivo para o negativo.
As máquinas utilizadas na automação necessitam de corrente contínua para movimentar certos tipos de motores e grande parte dos componentes
eletrônicos. Em 1831, Michael Faraday observou que ímãs em movimento dentro de circuitos fechados dão origem à corrente elétrica.

As máquinas utilizadas na automação necessitam de corrente contínua para movimentar certos tipos de motores e grande parte dos componentes
eletrônicos. Em 1831, Michael Faraday observou que ímãs em movimento dentro de circuitos fechados dão origem à corrente elétrica.
Outra coisa que Faraday percebeu, usando instrumentos sensíveis ao movimento dos elétrons, foi que, afastando-se o ímã do circuito, o sentido da
corrente mudava. Assim, com movimentos de aproximação e afastamento do ímã, produziu-se, pela primeira vez, uma corrente elétrica que mudava
de sentido. Isto recebeu o nome de corrente alternada. Corrente alternada corresponde ao movimento ordenado de cargas elétricas, porém com
sentido que muda de um instante para outro. A freqüência com que a corrente alternada muda de sentido depende do tipo de gerador utilizado. As
usinas geradoras de energia elétrica produzem tensão e correntes alternadas. O símbolo de um gerador de tensão alternada é mostrado na figura
abaixo. Este é o tipo de tensão que encontramos nas tomadas de nossas residências e fábrica.
Observe que não existe definição de qual seja o pólo positivo ou negativo. O que de fato ocorre é que a polaridade da tensão alternada se inverte
várias vezes a cada segundo. No Brasil, em razão da velocidade com que giram as turbinas das nossas hidrelétricas, a polaridade da tensão alternada
inverte-se sessenta vezes a cada segundo. As máquinas que necessitam de corrente contínua devem possuir um dispositivo capaz de converter a
tensão alternada recebida da rede elétrica para a tensão contínua necessária.

Para distribuir a eletricidade, foram inicialmente utilizados condutores de ferro, depois eles foram substituídos pelos de cobre, que é um melhor
condutor elétrico. Elétrons em movimento chocam-se com os átomos do material condutor. Isto dificulta a passagem de corrente elétrica. A esta
oposição à passagem de corrente elétrica dá-se o nome de resistência elétrica, Sua unidade de medida é o ohm.

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Foi o cientista alemão Georg Simeon Ohm quem estabeleceu a lei que tem o seu nome, Lei de Ohm, e inter-relaciona as grandezas tensão, corrente
e resistência. Esta relação é dada pela equação: U = R x i, onde:
U = tensão ou diferença de potencial, em volts;
R = resistência, em ohms;
i = intensidade de corrente, em amperes.

Potência elétrica: Para se executar qualquer movimento ou produzir calor, luz, radiação, etc., é preciso despender energia. A energia aplicada
por segundo em qualquer dessas atividades é denominada potência.

A eletricidade, convertida em outra forma de energia, pode ser utilizada em diversas situações comuns. É o caso, por exemplo, do chuveiro elétrico,
que aquece a água que passa pela sua resistência elétrica. Dizemos que o chuveiro converte energia elétrica em energia térmica. Os motores
elétricos, como por exemplo, o motor de um liquidificador, quando recebem tensão, giram seu eixo. Dizemos que os motores convertem energia
elétrica em energia mecânica, possibilitando que outros corpos sejam movimentados por meio do giro de seu eixo. Os gases das lâmpadas
fluorescentes emitem luz ao serem percorridos pela corrente elétrica. Dizemos que as lâmpadas convertem energia elétrica em energia luminosa.

A quantidade de energia que um sistema elétrico é capaz de fornecer depende da tensão e da corrente do sistema elétrico. Mais precisamente,
chamamos de potência elétrica, cujo símbolo é a letra P, a capacidade de fornecimento de energia num certo intervalo de tempo. A unidade de
medida da potência elétrica é o watt, em homenagem ao inventor de motores, o escocês James Watt (1736– 1819). Assim, potência elétrica é a
capacidade de fornecimento de energia elétrica por unidade de tempo. Para o sistema que recebe a energia elétrica e a converte em outra forma de
energia, a potência elétrica representa a capacidade de absorção e conversão de energia num dado intervalo de tempo. Em eletricidade, a potência
é o produto da tensão pela corrente, ou seja, P = U x i, sendo: P = potência, em watts; U = tensão, em volts; i = intensidade de corrente, em amperes.

Como a unidade watt é, muitas vezes, pequena para exprimir os valores de um circuito, usamos o quilowatt (kW): 1 kW = 1000 watts. A potência
fornecida por uma hidrelétrica é muito elevada e por isso utilizamos o GW (giga= 109, ou seja, 1 bilhão).

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Qual a potência necessária para fazer girar um motor elétrico cuja tensão é de 220 volts e a corrente necessária é de 20 amperes?

Energia elétrica
Energia é tudo aquilo capaz de produzir calor, trabalho mecânico, luz, radiação, etc. A energia elétrica é um tipo especial de energia, por meio da
qual podemos obter esses efeitos. Ela é usada para transmitir e transformar a energia primária da fonte produtora que aciona os geradores em outros
tipos de energia. Com o simples acionamento de um interruptor de uma lâmpada, temos à nossa disposição a energia elétrica. A energia é a potência
utilizada ao longo do tempo. No exemplo anterior, se o motor ficar ligado durante 2 horas, a energia consumida ser á a potência vezes o tempo, ou
seja, a potência necessária seria de 220 x 20 = 4400 W ou 4,4 kW. E a energia consumida seria 4,4 x 2 (tempo de funcionamento em horas) = 8,8
kWh .
Então, o quilowatt-hora (KWh) é a unidade que exprime o consumo de energia na sua escola. Por esta razão na “conta de luz” que sua escola
recebe no fim do mês, está registrado o número de kWh gasto, o valor a ser pago dependendo do preço do kWh e de outras taxas que são incluídas
na conta.

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COMANDOS ELÉTRICOS OU ACIONAMENTOS ELÉTRICOS

Em eletricidade, comandos elétricos ou acionamentos elétricos é uma disciplina que lida com projetos de circuitos elétricos para o acionamento
e controle de máquinas elétricas. A formação nesta disciplina visa conhecer e dimensionar os principais dispositivos de comando e proteção
utilizados nestes circuitos, ler e interpretar os circuitos de comandos de máquinas elétricas ou até mesmo máquinas com acionamentos pneumáticos
e hidráulicos e conhecer os principais métodos de acionamento destas máquinas.

O conhecimento sobre comandos elétricos é bastante importante, pois em qualquer sistema elétrico industrial e/ou residencial, há sempre algum
tipo de máquina ou equipamento acionado de alguma forma, por exemplo, através de um motor elétrico, que é a forma mais utilizada para obtenção
de energia mecânica.

Como funcionam os comandos elétricos?


Ele possui uma combinação de elementos que executam o acionamento das cargas e sinaleiros através de uma combinação lógica de elementos
deste circuito. Ou seja, em oposição ao circuito de cargas, em circuito de comandos é onde passa e suporta a menor corrente elétrica do circuito.

Os comandos elétricos mais comuns são compostos por um circuito de força, que pode ser monofásico, bifásico ou trifásico, onde ficam suas
cargas (como os motores e transformadores); e por um circuito de comando, onde ficam as lógicas de acionamento dos dispositivos de
sinalização e acionamento (como botoeiras).

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Para que serve um multímetro?

Como dissemos, para medir grandezas elétricas, como corrente,


potência, tensão e resistência.

Amplamente utilizado por técnicos em eletrotécnica e eletrônica,


Instrumentação, por sua simplicidade de uso e por ser fácil de
carregar, o multímetro une as funções do amperímetro, ohmímetro
e voltímetro.

Essas funcionalidades permitem que o aparelho seja usado com


bastante agilidade na montagem de circuitos e manutenções
preventivas, dentre outros tipos de operações.

Alguns fabricantes disponibilizam opcionais ao equipamento.


Dessa forma, se consegue ter um aparelho que também tenha as
funções de frequencímetro, termômetro e capacímetro.

Uma das funcionalidades muito útil é a capacidade de medir a


continuidade.

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Exercícios Prácticos

1. Necessita-se de um sistema de acionamento (sistema de controlo) para um motor monofásico que alimenta um
ventilador. Este sistema de controlo pretende-se que seja simples e que incorpore as seguintes condições:
 Dispositivo de manobra e proteção do circuito (DJ);
 Dispositivo de manobra para o motor (contactor KM1);
 Botão de acionamento (B1);
 Botão de paragem de emergência (BO);
 Indicador de tensão luminoso amarelo (Ei) na entrada do sistema;
 Indicador de tensão luminoso verde (Ei) na alimentação do motor;
 Condutores elétricos;

Instrução:

DJ1 B1 B0

Ei-0101 Ei-0201

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a) Tenha em posse os respectivos instrumentos e verifique o estado técnico dos mesmos, preencha a tabela abaixo:
Estado do instrumento
Instrumento Bom Mau
DJ
KM1
B1
BO
Ei-0101
Ei-0201
b) Elabore o diagrama de força e de comando para o projecto.
c) Execute a montagem do projecto, e antes de energizar o circuito o grupo deve medir a continuidade em todos
pontos conectados no sistema.
Ex:
Teste de continuidade
Pontos medidos Sim Não
Entrada da F do Dj –
entrada Ei-0101

Nota:
1. Se a medição da continuidade não indicar nenhum problema, energize o circuito e faça a observação.
2. Se a medição da continuidade indicar algum problema, tecnicamente solucione e relate o mesmo. E só depois de
superar e verificar a sua superação energize o circuito.

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d) Faça a medição das seguintes variáveis no projecto:
Local Tensão alternada Corrente elétrica Potência Energia elétrica
Saída do DJ
Ei-0101
Ei-0201
Terminais do Motor
Terminais do KM1
Fonte de tensão

2. Verifique na conta de energia da casa de um membro do grupo (ou realizem individualmente), quantos kWh são
consumidos de energia por mês. Compare com alguma conta anterior.
a) Procure identificar os equipamentos que consomem energia;
b) Crie uma tabela para todos aparelhos consumidores de energia estime o consumo elétrico dos mesmos em 8h;
c) Elabore alternativas que envolvam a instrumentação dos equipamentos com maior consumo para minimizar essa
situação;
d) Apresente os dados ao seu encarregado e questione a sua opinião e apresente ao professor o seu relatório.

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3. Construa um medidor de nível por condutividade eléctrica a ser utilizado em um reservatório de 20 litros de água,
capaz de informar as seguintes condições: LLL = 3L; LL = 5L; LH = 15L e LAH = 18L.

a) Identifique os meios para construção do medidor de nível solicitado.


b) Por que razão se optou por este tipo de medidor?
c) Calcule a área e o volume por altura do reservatório.
d) Mediante o cálculo acima, construa o medidor.
e) Identifique a VC.
f) Elabore uma malha de controlo aberta (open loop) que permita o operador
visualizar por meio de pilotos (sinalizadores) as informações do processo e
tomar decisões sobre o mesmo.
Nota: LLL = LALL; LL = SPmin; LH = SPmáx; LHH = LAHH
g) Elabore o P&ID deste processo.
h) Explique o funcionamento deste sistema de medição.

4. Construa um visor de Nivel (LG) para se aplicar em um reservatório de 20 litros.

a) Identifique os meios para construção do medidor de nível solicitado.


b) Por que razão se optou por este tipo de medidor?
c) Calcule a área e o volume por altura do reservatório.
LG d) Mediante o cálculo acima, construa o medidor.
e) Identifique a VC.
f) Explique o funcionamento deste sistema de medição.

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5. De forma a drenar o fluido do reservatório A para um ponto B, foi instalada uma tubulação na lateral inferior do
reservatório, conectada a uma válvula de globo manual. Por característica do processo foi instalado um transmissor de
fluxo a jusante a válvula manual.

a) Identifique os meios para elaboração do projecto.


b) Por que razão se optou por aplicar um transmissor de fluxo após a válvula?
c) Identifique as características do transmissor.
d) Elabore uma malha de controlo aberta para que o transmissor de fluxo por
meio de um piloto indique a presença de fluxo.
e) Identifique a VC.
f) Elabore o P&ID deste processo.
g) Explique o funcionamento deste sistema de medição.

6. Observe:

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Elabore um PCS (sistema de controlo de processo) com as seguintes instruções:
a) Reservatório A: deve possuir um LC por condutividade elétrica, capaz de alarmar sonoramente LLL & LHH;
Deve possuir indicadores luminosos para LL & LH;
b) LCV-0101: deve estar aberta sempre que o L do reservatório A estiver alto (H);
Deve estar fechada sempre que o L do reservatório A estiver baixo (L);
c) LCV-0201: deve ser aberta eletricamente sempre que o Ft-0101 verificar a passagem de fluxo;
Deve ser encerrada eletricamente sempre que o Ft-0101 não verificar a passagem de fluxo;
d) Reservatório B: deve possuir um LC por condutividade elétrica, capaz de alarmar sonoramente LLL & LHH;
Deve possuir indicadores luminosos para LL & LH;
e) Bomba-0102: Deve ligar automaticamente quando o L do reservatório B estiver alto;
Deve desligar automaticamente quando o L do reservatório B estiver baixo;
f) LCV-0102: deve ser aberta eletricamente sempre que o Ft-0102 verificar a passagem de fluxo após a bomba-
0102;
Deve ser encerrada eletricamente sempre que o Ft-0102 não verificar a passagem de fluxo após a
bomba-0102;

g) Realize um relatório do projecto, onde consta os testes feitos em todos malhas aplicadas e todos pontos de
conexão.

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