O requerente pede sua transferência da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu para a Penitenciária Estadual de Londrina alegando que mora mais perto desta última, tornando as visitas da família, incluindo dois filhos menores, menos onerosas. Ele argumenta que o direito à dignidade da pessoa humana e à individualização da pena justificam sua transferência para unidade mais próxima de sua residência e família.
O requerente pede sua transferência da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu para a Penitenciária Estadual de Londrina alegando que mora mais perto desta última, tornando as visitas da família, incluindo dois filhos menores, menos onerosas. Ele argumenta que o direito à dignidade da pessoa humana e à individualização da pena justificam sua transferência para unidade mais próxima de sua residência e família.
O requerente pede sua transferência da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu para a Penitenciária Estadual de Londrina alegando que mora mais perto desta última, tornando as visitas da família, incluindo dois filhos menores, menos onerosas. Ele argumenta que o direito à dignidade da pessoa humana e à individualização da pena justificam sua transferência para unidade mais próxima de sua residência e família.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA VARA DE
EXECUÇÕES PENAIS DA COMARCA DE FOZ DO IGUAÇÚ - PR
Processo número: 0079684-XX.20XX.8.16.00XX
_________, já qualificado nos autos do processo de execução nº
_________, por seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer:
PEDIDO DE TRANSFERÊNCIA PRISIONAL
I) DOS FATOS:
O requerente encontra-se cumprindo sentença de pena de reclusão na
Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçú, Paraná, desde 00/00/0000, município distante da residência familiar, que residem na Rua xxxx, nº xx, Bro. xxx (vide comprovante de residência anexo), cidade de Londrina, Paraná, CEP XXXXX-XXX. Quando da sentença, o requerente iniciou o cumprimento na Penitenciária Estadual de Londrina, Paraná, onde os familiares podiam visita-lo frequentemente e após a transferência para penitenciária atual tornou extremamente dificultoso e oneroso a visita por seus familiares. O requerente tem x filhos, dos quais, 2 são menores de idade (vide certidões de nascimento, anexo) e carecem de estar perto do seu genitor, e o custo de viagem torna-se muito dispendioso e tendo em vista a realidade financeira da família, não está sendo possível visitá-lo, gerando assim, problemas afetivos entre os membros da família, principalmente os menores que certamente não entendem a realidade do fato do seu genitor estar encarcerado e ainda em município distante. E, ainda, o requerente não recebendo visita, acaba por não receber materiais necessários como o de higiene para viver condições mínimas de dignidade dentro do estabelecimento prisional.
II) DOS DIREITOS:
Conforme o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana
(art. 1º, III, CF) e o princípio constitucional da individualização da pena (art. 5º, XLVI, CF), os termos dos artigos 1º, 86 e 90 da Lei nº 7.210/84 - Lei de Execução Penal, a execução penal visa a reinserção social do condenado e não pode, pela distância da unidade prisional, restringir a visitação pela família. Por esse motivo, a Resolução CNPCP nº 16, de 17 de dezembro de 2003, do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária que Dispõe sobre as Diretrizes Básicas de Política Criminal e Penitenciária, quanto à prevenção do delito, administração da justiça criminal e execução das penas e das medidas de segurança.
Art. 6º - São diretrizes referentes à administração penitenciária:
(...) II - cumprimento de pena privativa de liberdade em estabelecimentos prisionais próximos à residência da família do condenado; (grifos nossos)
Vejamos o que dispõe a jurisprudência majoritária em nosso
ordenamento jurídico:
Pena - Cumprimento - Transferência de preso - Natureza.
Tanto quanto possível, incumbe ao Estado adotar medidas preparatórias ao retorno do condenado ao convívio social. Os valores humanos fulminam os enfoques segregacionistas. A ordem jurídica em vigor consagra o direito do preso de ser transferido para local em que possua raízes, visando à indispensável assistência pelos familiares. Os óbices ao acolhimento do pleito devem ser inafastáveis e exsurgir ao primeiro exame, consideradas as precárias condições do sistema carcerário pátrio. Eficácia do disposto nos artigos 1º e 86 da Lei de Execução Penal - Lei n.º 7.210/84 - Precedentes: HC 62.411-DF, julgado na Segunda Turma, relatado pelo Ministro Aldir Passarinho, tendo sido o acórdão publicado na Revista Trimestral de Jurisprudência n.º 113, à página 1.049. (JSTF 190/395-6).
[...] Em regra, deve ser assegurada ao preso provisório a
permanência em estabelecimento próximo ao seu meio social e familiar, ex vi do art. 103 3 da Lei de Execuções Penais s. Entretanto, é possível sua transferência para Comarca diversa do distrito da culpa, se houver fundadas razões para tanto. (Precedentes). (Recurso Ordinário em Habeas Corpus nº 18272/RN (2005/0133116-7), 5ª Turma do STJ, Rel. Min. Félix Fischer. J. 25.10.2005, unânime, DJ 21.11.2005).
III) DO PEDIDO:
Diante do exposto, requer o condenado ____________ pugnar a este
douto juízo com o fim de deferir o presente pedido de TRANSFERÊNCIA PARA A PENITENCIÁRIA ESTADUAL DE LONDRINA – PR, com o fim de cumprimento da sentença penal perto de sua residência familiar. Nestes Termos,
Da não violação ao princípio constitucional da presunção de inocência (art. 5º, LVII, CF/88) em face da execução provisória da pena após condenação em segunda instância