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ACÓRDÃO
Documento: 1452459 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 03/11/2015 Página 1 de 4
Superior Tribunal de Justiça
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP)
Relator
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Superior Tribunal de Justiça
RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº 61.347 - SP (2015/0160829-0)
RELATOR : MINISTRO ERICSON MARANHO (DESEMBARGADOR
CONVOCADO DO TJ/SP)
RECORRENTE : DOUGLAS BATISTA DA SILVA (PRESO)
ADVOGADO : NILSON ALVES CLEMENTINO
RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
RELATÓRIO
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Superior Tribunal de Justiça
Liminar indeferida às fls. 128-131. Solicitadas informações, estas foram
devidamente prestadas às fls. 139-166.
O Ministério Público Federal opinou pelo provimento do recurso, "para
determinar a imediata remoção do paciente a hospital de custódia ou, na sua
impossibilidade, para indicar sua transferência para outro estabelecimento adequado ao
cumprimento da medida de segurança de internação, ou, em caso de total
impossibilidade, com as cautelas devidas, para permitir a substituição da medida
aplicada por tratamento ambulatorial" (fl. 117).
É o relatório.
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RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº 61.347 - SP (2015/0160829-0)
VOTO
(...)
A necessidade do aguardo da ordem cronológica para a
remoção do PACIENTE a estabelecimento hospitalar adequado, embora
espelhe o caótico quadro de nosso sistema prisional, não caracteriza o
constrangimento legalmente vetado.
Ademais, não seria possível aguardar a internação em
liberdade, pois, em se tratando de medida de segurança, a liberação do
sentenciado é condicionada à cessação da periculosidade, o que não se
constata no caso em tela.
Por tal quadro, não se pode falar na presença de
constrangimento ilegal a ser reparado por intermédio desta ORDEM, posto
que a sua remoção já foi determinada pela Autoridade Judiciária apontada
como coatora.
A remoção depende de providências do Poder Executivo e a
demora em sua efetivação não pode ser debitada ao Poder Judiciário, que,
por intermédio do Juizo das Execuções, determinou a sua transferência
para Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico.
No tocante à extinção da punibilidade, pelo cumprimento da
pena durante a instrução processual a mesma deve ser apurada e julgada
em Primeiro Grau, no processo competente, em especial pela falta de
elementos nesta ORDEM para tanto (fls. 90-91).
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nos autos – reformar o acórdão, reconhecendo a dupla penalidade "bis in idem" e,
dando por extinta a punibilidade em razão do cumprimento da pena –, ressaltando que a
matéria deveria ter sido submetida antes à apreciação do Juízo das Execuções
Criminais. Desse modo, não compete a esta Corte Superior sua análise, sob pena de
se incorrer em indevida supressão de instância.
Todavia, esta Corte Superior tem posicionamento pacífico no sentido de
ser inadmissível a segregação de inimputável submetido à medida de segurança de
internação em estabelecimento prisional comum, enquanto aguarda o surgimento de
vaga em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico.
Nesse sentido, trago à colação os seguintes precedentes:
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
SEXTA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro ERICSON MARANHO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP)
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. CARLOS FREDERICO SANTOS
Secretário
Bel. ELISEU AUGUSTO NUNES DE SANTANA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : DOUGLAS BATISTA DA SILVA (PRESO)
ADVOGADO : NILSON ALVES CLEMENTINO
RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
ASSUNTO: DIREITO PENAL - Crimes Previstos na Legislação Extravagante - Crimes de Tráfico Ilícito e
Uso Indevido de Drogas
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEXTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Sexta Turma, por unanimidade, não conheceu do recurso, expedindo, contudo, ordem
de ofício, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Sebastião Reis Júnior, Rogerio Schietti Cruz e Nefi Cordeiro votaram
com o Sr. Ministro Relator.
Ausente, justificadamente, a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura.
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