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2022
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Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da Biblioteca Anton Dakitsch do IFF com os
dados fornecidos pelo(a) autor(a).
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27 09 2022
Aprovado em: ___/___/______.
BANCA EXAMINADORA:
__________________________________________________________________
Prof. Esp. Diego Crespo Diogo – Orientador
__________________________________________________________________
Prof. Dr. Thomas Fontes Saboga Cardoso – Membro da banca
__________________________________________________________________
Prof. Me. Henrique Gonçalves da Costa - Membro da banca
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AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Manoel Júnior e Cláudia Márcia, em especial minha mãe,
também educadora e professora, através da qual escolhi seguir os passos no âmbito
profissional. Obrigado pelo incentivo!
Aos professores que passaram pela minha trajetória estudantil, desde quando
comecei a aprender o instrumento. Aos professores do Instituto Federal Fluminense
Campus Guarus, tanto da área Musical quanto da Pedagógica, pelo conhecimento
que me foi transmitido, me direcionando a outras dimensões.
RESUMO
Este trabalho traz a reflexão acerca do ensino de música a distância e remoto para
alunos de música particulares, mais precisamente o ensino de guitarra em suas
diferentes formas como curso livre, aulas on-line, cursos em plataformas e tutoriais de
ensino via site de vídeos. Haverá discussões acerca das vias pelas quais estas
tecnologias de ensino-aprendizagem conduzem o aluno na sua formação, bem como
influências comuns que o aluno recebe nestes meios de aprendizagem e como ele se
comporta em sua forma autônoma de desenvolvimento do saber. Algumas
dificuldades se apresentam para o professor e o aluno, dificuldades estas que fazem
toda a diferença em algumas situações que acontecem no decorrer da caminhada de
estudos e de prática instrumental. Na revisão teórica serão trazidos autores que
discutem a questão da autonomia nestes ensinos, apontando para o fato de que a
avaliação que o próprio aluno faz de si e também da sua própria produção são fatores
que influenciam em sua aprendizagem.
Palavras-Chave: Ensino a distância; Ensino Remoto; Iniciante de guitarra
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ABSTRACT
This work brings a reflection about distance and remote music teaching for private
music students, more precisely guitar teaching in its different forms such as free
course, online classes, courses on platforms and teaching tutorials via video site.
There will be discussions about the ways in which these teaching-learning
technologies lead the student in their training, as well as common influences that the
student receives in these learning environments and how he behaves in his
autonomous form of knowledge development. Some difficulties present themselves to
the teacher and the student, difficulties that make all the difference in some situations
that happen during the course of studies and instrumental practice. In the theoretical
review, authors will be brought who discuss the issue of autonomy in these teachings,
pointing to the fact that the evaluation that the student makes of himself and also of his
own production are factors that influence his learning.
Key words: Distance learning; Remote Teaching; Guitar Beginner
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TABELA DE SIGLAS
COVID-19 - Coronavírus
LISTA DE FIGURAS
Figura 26: Transcrição parcial de “Forró Brasil” (Hermeto Pascoal), feita pelo autor..61
Figura 41: Quadro mostrando as notas naturais contadas por intervalos. ...............85
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LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 14
2.1.1.1. Moodle.................................................................. 24
2.1.1.2. Hotmart................................................................. 27
2.1.3.2. Whatsapp............................................................. 36
5 CONCLUSÃO................................................................................................. 89
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 92
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1. INTRODUÇÃO.
Para se inserir nesta nova forma de ensino digital é preciso conhecer um pouco
das tecnologias digitais de ensino bem como elas funcionam nas formas EaD (Ensino
a Distância) e Ensino Remoto, pois foram as formas utilizadas neste tempo de
pandemia. No trabalho foi preciso também contextualizar os acontecimentos com os
números referentes à adesão destes meios de ensino no Brasil e no mundo para
constatar o aumento exponencial de adesão desde antes da pandemia. Foi importante
trazer exemplos de plataformas ou aplicativos utilizados como ferramentas
educacionais, porque devido ao período de pandemia, houve uma necessidade de se
investigar, dentro dos avanços tecnológicos, ferramentas que fossem úteis na
manutenção das aulas, assim também apresentando sugestões para os profissionais
que adentrarem o mundo digital de ensino.
numa história recente, necessita ainda de mais estudos. Para isso foi feito um paralelo
entre o violão e a guitarra: o violão, por sua vez, é um dos antecessores da guitarra
juntamente com outros instrumentos, pertencentes à mesma família de cordas
dedilhadas, assim constatando que os dois, tanto guitarra quanto violão, apesar de
diferentes em diversos aspectos técnicos, possuem inúmeras semelhanças,
principalmente pela comparação de suas formas anatômicas, fazendo com que sejam
os mais semelhantes da família genealógica instrumental que fazem parte.
1O termo “pandemia” se refere à distribuição geográfica de uma doença e não à sua gravidade.
Fonte: Página Oficial da OMS (Organização Mundial da Saúde).
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2 Lockdown significa bloqueio total ou confinamento total. É a medida preventiva obrigatória que
consiste no bloqueio total. Muitos países adotaram essa estratégia com o objetivo de desacelerar a
propagação do Coronavírus, visto que as medidas de quarentena e isolamento social não foram
suficientes para controlar a infecção.
Fonte. Página Oficial da OMS
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científicos que diziam que, para contenção dos casos de infecção, era necessário a
sua paralisação.
A visão dos caminhos educacionais começa a mudar bastante nesta nova era
que se instaura devido o estado pandêmico enfrentado. Nunca se viu tão necessária
a utilização dos meios tecnológicos e tudo isso trouxe exigências que são pensadas
por nós educadores: como todos os alunos terão acesso pleno aos equipamentos e
transmissões necessárias ao ensino EaD? Quais os parâmetros de avaliação a serem
utilizados no processo de ensino-aprendizagem e como acompanhar? Como se
comunicar de acordo com as demandas exigidas e no tempo adequado? Como avaliar
o progresso destes alunos, como ensiná-los a aprender e buscar conhecimento nesta
nova realidade?
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3 A palavra Síncrona tem uma etimologia feminino de síncrono, do grego synkronos, os, on; pelo latim
synchronus, ela é bem abrangente, significa que acontece exatamente ao mesmo tempo que outra
coisa.
Fonte: Site Educador do Futuro
4 Etimologia (origem da palavra assíncrona). Feminino de assíncrono, a + síncrono.
enviada e que não precisa ser respondida naquele exato momento, geralmente se
efetiva por cartas, e-mails etc. É feito em tempos diferentes e não simultâneos entre
professor e aluno.
O Ensino a Distância (EaD) vem de muito tempo, não necessariamente foi feito
só em ambiente virtual, ele também é feito por outras vias materiais, como postagens
em correios por exemplo ou um simples manual de ensino, mas trazendo para a
realidade digital, é basicamente uma modalidade que se utiliza nas Tecnologias da
Informação e da Comunicação (TIC) desenvolvidas nos Ambientes Virtuais de
Aprendizagem (AVA), que são softwares que auxiliam no gerenciamento de conteúdo
entre professor e alunos.
O AVA por sua vez é na prática uma plataforma digital que tem papel de
mediadora da comunicação e traz a ambientalização necessária entre a instituição de
ensino e seus coparticipantes. É um processo de ensino/aprendizagem em que o
aluno e o professor estão separados fisicamente total ou parcialmente. Logo, a
organização institucional é transferida para o ambiente digital que por sua vez propõe
as etapas que deveriam ser feitas na maneira física assim substituídas por atividades
digitais. Por ser virtual a mediação, as atividades propostas e avaliações são feitas de
maneira diferente da forma presencial, logo requer uma adaptação no seu manejo se
comparado à maneira da rotina e comportamentos dos agentes no Ensino Presencial.
Costa e Franco (2005) afirmam que para Dillebourg existe um ponto que mostra
esta diferença entre um website ou um AVA, que é a produção do conteúdo. Ele
salienta que a produção de conteúdo é uma característica particular de ambientes
virtuais, em função das particularidades da Internet. Segundo ele, os estudantes não
estão restritos a consultar as informações da rede, eles se tornam produtores da
informação, participantes do jogo. A utilização de portfólios virtuais para que os alunos
registrem as suas produções ao longo do curso, consiste numa atividade diferente do
que entregar um trabalho apenas para o professor, pois, no primeiro caso, as
informações estarão disponíveis para qualquer pessoa que tenha possibilidade de
acessar a Internet.
5Nome dado à ligação que leva a outras unidades de informação em um documento hipertexto. O
hiperlink pode fazer referência à outra parte do mesmo documento ou a outros documentos.
Fonte: Site Origiweb
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Outra teoria que Costa e Franco (2005) trazem em seu artigo é a que Loiselle
descreve a participação do aluno no desenvolvimento do produto, em que
2.1.1.1. Moodle
O Moodle é uma plataforma de ensino que traz uma sala virtual que é o
ambiente para desenvolvimento de atividades de quaisquer cursos específicos. A sigla
vem do inglês que é Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment, que
significa Ambiente de Aprendizado Modular Orientado ao Objeto. Criada em 2001, sua
proposta principal é disponibilizar um ambiente comunitário em que é possível
desenvolver atividades e fóruns. Professor e aluno se integram similarmente a uma
sala de aula convencional.
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e utilizar suas ferramentas. Torres (2013) é autora de um artigo escrito para revista
ABEM sobre ensino a distância em uma experiência de curso superior, que traz uma
abordagem acerca da pedagogia musical online que ela defende, que está
inteiramente inserida neste ambiente que ela chama no artigo de ciberespaço.
Temos o segundo agente, que é o professor, que por sua vez tem um papel
importante de gestão dos conteúdos, então ele é quem vai formatar as atividades, os
fóruns, bem como as programações de aula e seus calendários de atividades. Ele tem
a opção de inserir arquivos de muitos tipos como exemplos .doc e .pdf. Ele vai inserir
as notas das atividades e provas que os alunos farão, logicamente disponibilizada por
ele na ferramenta. As questões das provas podem ser feitas como múltipla escolha
ou forma dissertativa, ou até pode dar instruções para que o aluno carregue um
ficheiro de arquivo naquela atividade e o professor posteriormente o baixa e faz sua
avaliação. O agente professor tem possibilidade de também disponibilizar via chats e
fóruns links externos de comunicação como por exemplo uma aula feita através de
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2.1.1.2. Hotmart
Temos então duas opções de ferramentas EaD muito eficazes como solução
digital para o ensino/aprendizagem e muito diferentes entre si: o Moodle por sua vez
simula muito bem o ambiente institucional de uma escola bem como as formas mais
tradicionais de ensino e as interações via chats, blog e fóruns, já a proposta do
Hotmart, bem diferente da anterior, vem como solução para a comercialização de
cursos livres e em contrapartida não tem a interação professor/aluno do Moodle,
porém se torna boa na gestão financeira de um negócio digital, opção que o Moodle
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não traz consigo. Mas ambas dispõem de ótimos meios de ensino, especialmente na
forma assíncrona.
Lévy (2005) diz que não se trata aqui de utilizar as tecnologias a qualquer custo,
mas sim de acompanhar consciente e deliberadamente uma mudança de civilização
que questiona profundamente as formas institucionais, as mentalidades e a cultura
dos sistemas educacionais tradicionais e, sobretudo, os papéis de professor e de
aluno.
que é anterior a todo desenvolvimento tecnológico decorrente do século XX. Até então
o ensino de música e a formação do profissional eram feitos por conservatórios de
música, escolas, igrejas, professores particulares e também por legados familiares.
Com o advindo da popularização da internet e das redes virtuais, estes tipos de
centros de ensino foram se tornando apenas uma das opções, sendo cada vez mais
substituídos por ensinos a distância virtuais, que se consolidaram de vez na vida
acadêmica da sociedade.
Estes elementos intuitivos, que para este professor eram essenciais, não
apresentam mais a possibilidade de serem utilizados. Aquela interação professor
aluno presencialmente nas quais as conversas e interações mútuas fluem, são
perdidas. O professor se vê então obrigado a adaptar-se e umas das principais
mudanças nesta nova realidade são a linguagem utilizada e a forma de
relacionamento com o aluno.
do ensino, que são as plataformas de ensino, por isso o tutor tem a função de
alimentar os conteúdos nestas ferramentas, além da função de editoração e
formatação da página digital.
Cordeiro (2020) destaca que nesse sentido, o uso das ferramentas tecnológicas
na educação deve ser visto sob a ótica de uma nova metodologia de ensino,
possibilitando a interação digital dos educandos com os conteúdos, isto é, o aluno
passa a interagir com diversas ferramentas que o possibilitam utilizar os seus
esquemas mentais a partir do uso racional e mediado da informação.
No entanto, muitos professores ainda veem a tecnologia em sala de aula como
mais uma ferramenta de ensino, à qual, por muitas vezes, aplicam manutenção da
mesma forma de posicionamento didático no presencial sendo utilizada no mundo
online de ensino, o que pode significar um retrocesso diante dos avanços tecnológicos
no qual vivemos.
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Outro fator importante para ter sido escolhido por muitos educadores é sua
segurança. Foi possível através de cadastros limitar acesso de alunos, assim podendo
restringir seu uso para somente membros de determinada turma ou disciplina pois seu
compartilhamento era via link e a porta de entrada então seria a permissão do
administrador, no caso o professor. Outro ponto positivo da ferramenta é sua
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2.1.3.2. Whatsapp
Outro serviço muito utilizado no contexto de ensino remoto foi o Whatsapp. Este
aplicativo é mais utilizado via smartphones, porém também tem sua versão Web
utilizada em navegadores de internet para computador. É uma ferramenta mais
simplificada pois o contato é direto via chamada de vídeo por número de celular. A
chamada pode ser feita de maneira individual ou coletiva. Então professor e aluno
podem interagir também por chamadas em horários previamente marcados.
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Videoconferências gratuitas em grupo no Google Meet têm limite de 1 hora. A rede limita as videoconferências
com três ou mais participantes a apenas 60 minutos.
O plano Business Standart disponibiliza videochamadas com 150 participantes + gravação e o tempo é ilimitado.
Fonte: Site Workspace do Google.
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A história da guitarra no mundo tem início na Ásia, onde era conhecida como
Guitarra Mourisca ou Sarracena, pertencendo à família do Alaúde, cuja caixa acústica
era arredondada. Durante a Idade Média, esta guitarra se espalhou por toda a Europa.
Há referências desse instrumento por volta de 1300, apresentando inclusive dois tipos
de guitarra: A Mourisca e a Latina (esta com a diferença de ter sua caixa acústica
chata, provavelmente uma das precursoras do violão português e a Espanha foi o país
que mais se identificou com essa guitarra; daí o nome conhecido como Guitarra
Espanhola). Podemos apontar alguns dos maiores guitarristas internacionais da
história, dentre eles Francisco Tarrega e Andrés Segóvia. Tarrega, nascido em 1893
e falecido em 1909, criou técnicas e posições especiais para os dedos, para o pulso
e também para a maneira de tanger as cordas. Por sua vez, Segóvia, nascido em
1893 e falecido em 1909, é considerado por alguns do meio o maior de todos os
tempos. Podemos citar numa história recente também o Paco de Lucia, entres tantos
outros que revolucionaram a forma de se tocar este instrumento originário.
7 “A história do violão começa com a vihuela, que surgiu no século 15, na Península Ibérica, primeiro
instrumento dedilhado com formato de 8 da história ocidental. Além da vihuela, os precursores do violão
também são: a guitarra renascentista, com quatro cordas, a guitarra barroca, com cinco e, finalmente,
a guitarra romântica, com seis. Esta é considerada o precursor direto do violão.”
Fonte: Site Musica Brasilis
8 “Em outros países de língua não portuguesa o nome do Violão é guitarra, como pode se ver em inglês
(Guitar), francês (Guitare), alemão (Gitarre), italiano (Chitarra), espanhol (Guitarra). Aqui no Brasil
especificamente quando se fala em guitarra quer se denominar o instrumento elétrico chamado Guitarra
Elétrica. Isso ocorre porque os portugueses possuem um instrumento que se assemelha muito ao
Violão e que seria atualmente equivalente à nossa " Viola Caipira ". A Viola portuguesa possui as
mesmas formas e características do Violão, sendo apenas pouco menor, portanto, quando os
portugueses se depararam com a guitarra (Espanhol), que era igual a sua viola sendo apenas maior,
colocaram o nome do instrumento no aumentativo, ou seja, Viola para Violão.”
Fonte: Site da Escola de Música Fabíula Mugnol
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Temos também como expoente do violão no Brasil o Baden Pawell9 que introduziu de
maneira peculiar um jeito diferente de tocar através de sua identidade musical,
difundindo meios, se utilizando das técnicas eruditas e inserindo-as ao jeito popular
de se tocar o violão. Entre os nomes dessa difusão temos Garoto, Dilhermando Reis,
Raphael Rabello, dentre tantos outros que influenciaram novos músicos violonistas no
decorrer do tempo.
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Baden Powell de Aquino nasceu em 6 de agosto de 1937 na cidade de Varre-Sai, estado do Rio de
Janeiro, filho de Lilo de Aquino (conhecido como Tic) e de Adelina Gonçalves, a Neném. Tic era
fabricante de calçados e músico amador: tocava violino nos bailes e tuba na banda da cidade, fundada
por seu pai. Também era chefe dos escoteiros de Varre-Sai e admirador do fundador do escotismo, o
britânico Robert Stephenson Smyth Baden Powell, daí a homenagem ao batizar o terceiro filho. Aos 9
anos recebeu o prêmio de Melhor Violão Solo, na Rádio Nacional. Na maioridade, passou a compor e
tocar jazz em boates. Sua música rompeu as barreiras que separam a música erudita da música
popular, trazendo consigo as raízes afro-brasileiras e o regional brasileiro. Pelo conjunto da obra,
ganhou o XV Prêmio Shell da Música Brasileira.
Fonte: Site do Instituto Moreira Salles e Musicabrasilis.
10 Impedância elétrica ou simplesmente impedância é a medida da capacidade de um circuito de resistir
ao fluxo de uma determinada corrente elétrica quando se aplica uma certa tensão elétrica em seus
terminais. Em outras palavras, impedância elétrica é uma forma de medir a maneira como a eletricidade
"viaja" em cada elemento químico. Todo elemento, do isopor ao titânio, possui uma diferente
impedância elétrica, que é determinada pelos átomos que compõem o material em questão.
Obviamente, alguns materiais terão maior impedância comparado a outros, de menor impedância.
Fonte: Site do Infoescola
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A solução seria captar o instrumento de forma mais clara evitando todos ruídos,
interferências e distorções sonoras. Foi então, paralelamente, após um
aperfeiçoamento do projeto similiar do engenheiro acústico Lloyd Loar, que a empresa
Rickenbaker inseriu o componente que faltava na estruturação do projeto de seu
projeto pioneiro de guitarra, criando o captador magnético por bobina elétrica.
Por volta de 1944, Osmar desenvolveu um instrumento que nem corpo tinha,
era apenas um braço de cavaquinho com captador, chamado de pau elétrico. Essa
invenção atraiu a atenção de marinheiros americanos que passavam pela Bahia e
segundo relatos que ela chegou às mãos de inventores americanos, influenciando
também o desenvolvimento da guitarra.
Então, por definição, a guitarra elétrica utiliza cristais ou captadores para enviar
os sons das cordas para as caixas amplificadas, por isso, diferentemente do violão,
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não possui caixa acústica mas sim uma caixa sólida (de maneira geral, pois existem
hoje as guitarras chamadas semiacústicas e semissólidas).
O corpo da guitarra é um fator muito importante para sua sonoridade, que muito
difere do violão acústico, quanto mais madeira, mais sustentação se obtém das notas
que são tocadas na guitarra elétrica. A afinação e a disposição das cordas na guitarra
é a mesma do violão, apenas o seu braço é maior e mais estreito e as técnicas de
execução e dedilhado são bem particulares, abrangendo algumas novas habilidades
nestes quesitos. As técnicas utilizadas pela mão direita para tocar o violão, de maneira
geral, são o dedilhado e a batida, que têm como ferramenta de movimento para o
tanger de cordas a mão direita, sendo executado movimentos com munheca, a palma
do dedo e as unhas.
A ponte proporcionou uma nova técnica chamada Palm Mute: essa habilidade
consiste em um abafamento com a palma da mão das cordas no momento da
execução com mão direita, trazendo um efeito de abafamento ao som. Essa técnica
também tem a função de segurar o som da guitarra, pelo fato de possuir um alto ganho
de amplificação, principalmente utilizando o efeito de distorção.
todas as músicas de sua banda chamada Freak Kitchen usa e abusa da alavanca,
simulando sons de muitos objetos como furadeira, liquidificador, telefone, entre outros.
A alavanca também é utilizada como um simulador da técnica de Slide, que é um
pequeno objeto de formato cilíndrico que é segurado com a mão esquerda e deslizado
pelo braço do instrumento. Para que haja precisão das notas, precisa-se sempre
repousá-lo em cima dos trastes do braço, senão não se consegue obter afinação. O
guitarrista Eduardo Ardanuy se utiliza bastante da alavanca simulando o slide,
trazendo uma sonoridade da música country.
No meio da música popular não era diferente, nas ruas eram utilizados
instrumentos acústicos. Em se tratando da música erudita, que era a mais
sistematizada da época, nota-se que os compositores escreviam suas músicas para
estes instrumentos em repertórios-cânone, que eram estudos para os instrumentistas,
e os prelúdios também exerciam este papel de desenvolvimento técnico instrumental.
De certa forma, existia uma metodologia para os instrumentos eruditos, que por sua
vez os mestres aplicavam aos alunos.
Segundo afirma Lopes (2013) em seu trabalho, com o passar do tempo chega
então a guitarra elétrica, um instrumento muito experimental, até então sem nenhuma
metodologia de estudo, sem quaisquer sistematizações técnicas, pois ainda estava
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sendo conhecida por seus criadores e adeptos. Assim, no período dos anos 60, junto
à famosa escola Berklee College of Music, conhecida por ser uma escola muito
procurada por músicos e instrumentistas no mundo, até os dias de hoje, aparece a
primeira tentativa de implementação de uma metodologia de guitarra.
Ricardo Silveira, entre outros. Depois surge uma importante escola em São Paulo na
década de 1980, a CLAM (Centro Livre de Aprendizagem Musical). Esta instituição
teve como grande destaque de educador o mestre Mozart Mello, que até os dias atuais
forma gerações de guitarristas, dentre alguns de seus discípulos pontuamos Tomati,
Kiko Loureiro, Andreas Kisser, Eduardo Ardanuy, Juninho Afram, entre outros.
Um dos alunos da GIT nos Estados Unidos, o guitarrista Nelson Faria, grande
expoente do ensino de música no Brasil até os dias atuais, lançou o livro Arte da
Improvisação (1991), material este muito emblemático e muito utilizado até por
músicos de outros instrumentos, por trazer uma metodologia inteiramente aplicada na
GIT, que apresenta situações harmônicas diversas e dentro destas situações há
acordes estáticos ou progressões, relações de modos e acordes, entre outros. Para
cada situação dessa é sugerida um determinada frase já pronta, em que o aluno
copiando licks recorrentes naquelas ocasiões aplica e assim mergulha no universo
improvisador, que vem a ser a característica mais forte da guitarra no decorrer do
tempo desde seu surgimento.
Deve-se lembrar, neste sentido, que a prática da cópia de solos parece natural
no ensino de música norte-americano, assim como parece adequado a um estudante
dedicado de guitarra procurar aprender trechos ou solos inteiros de seus
instrumentistas de referência, algo que remete ao conceito de competência de
Benjamin Bloom, onde se fundem os domínios cognitivo, afetivo e psicomotor
(BLOOM apud GOMES, 2005, p.106). Ademais, como o livro apresentava seu assunto
de forma concisa e estimulava ao estudante a prática de estudar trechos de solos,
pode ter dado margem à ideia de que improvisar seria tão somente copiar solos.
11Tablatura: sistema de notação alternativo para quem vai ler e escrever música para instrumentos de
cordas trastejadas, exemplo guitarra, violão, contrabaixo. Ela representa linhas e cada linha representa
uma corda do instrumento.
Fonte: Livro Guitarra para Leigos
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Lopes (2013) trouxe como um bom exemplo de obra para trabalhar este
aspecto técnico de digitação no braço da guitarra, a música “A Ginga do Mané”, do
bandolinista Jacob do Bandolim (Jacob Bittencourt, Rio de Janeiro, 1918-1969). Este
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12Digitação da mão esquerda (mão oposta à do uso da palheta): 1-dedo indicador; 2-dedo médio; 3-
dedo anular; 4-dedo mínimo
Fonte: Livro Guitarra para Leigos
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Outro ponto é que a guitarra vinha como substituta do violão e então os músicos
utilizavam técnicas do violão e nos fonogramas da época nota-se pelas sonoridades
uma performance utilizando-se da técnica de dedilhado, por exemplo, característica
do violão. Então a palheta não é utilizada por muitos guitarristas brasileiros, em suas
formas de tocar e gravar. Note-se que o repertório brasileiro (em especial o
instrumental na forma solista) da época favorecia o uso de palheta pelo fato de a
guitarra se assemelhar aos instrumentos solistas como exemplo do cavaquinho e
bandolim. Estes por sua vez são executados pelos músicos com palheta. Porém, o
violão já detinha os dois papéis: solista e acompanhador, e os músicos guitarristas em
sua maioria vinham do violão, que era tocado utilizando a mão. A guitarra já veio desde
seu surgimento com padrões de tocar utilizando palheta tanto na forma solista quanto
na forma acompanhador.
Então algumas décadas antes das primeiras escolas de guitarra, junto com o
surgimento do choro, samba, entre tantos outros estilos, muitas composições destes
já poderiam ser incorporadas pelos educadores brasileiros em suas aulas e
consequentemente adaptadas para a guitarra. O repertório é imenso e pode
enriquecer ainda mais os estudos para o instrumento, bastaria fazer as devidas
transcrições.
Figura 26: Transcrição parcial de “Forró Brasil” (Hermeto Pascoal), feita pelo autor
Lopes (2013) lembra em sua dissertação que Piaget (apud BORDENAVE &
PEREIRA, 1997, p.28) nos mostrou que a aprendizagem se dá através de dois
processos simultâneos e integrados, mas de sentido contrário: assimilação e
acomodação. Na assimilação, o organismo explora o ambiente, toma parte dele,
transformando-o e incorporando-o a si. Para isto, a mente possui esquemas de
assimilação: ações previamente realizadas, conceitos previamente aprendidos,
configuram esquemas mentais que permitem assimilar novos conceitos. Estes
esquemas se desenvolvem pela estimulação que o ambiente exerce sobre o
organismo. Consequentemente, uma criança que cresce num ambiente rico em
estímulos desenvolverá mais ativamente seus esquemas de assimilação.
Lopes (2013) então traz uma possível resposta, que pode ter sido teorizada
pelo educador José Carlos Libâneo e sua pedagogia crítico-social dos conteúdos, uma
proposta pedagógica pensada fundamentalmente para aplicações no ensino
formativo, escolar, mas que ideologicamente se encaixa de forma muito adequada ao
nosso objeto de estudo.
O aluno Frederico não era iniciado em música, era sua primeira experiência
nos estudos, já o aluno Júnior tinha tido experiências anteriores de estudo e já toca
em grupo na sua igreja o instrumento contrabaixo elétrico e a guitarra quando
necessário pela falta de músico.
Mello (2013) diz que é vital adotar uma postura forte da mão esquerda e colocar
os dedos em uma posição que permita o máximo alcance e flexibilidade. Ele traz uma
ilustração que traz a indicação correta dos dedos da mão esquerda. Demonstra que
não são todos que encostam a ponta central do dedo no braço. Pelo contrário, a
posição mais vantajosa da mão esquerda é a seguinte:
Pela postura do braço esquerdo foi verificada a não realização de uma posição
perpendicular deste braço do aluno em relação ao braço do instrumento, gerando um
ângulo de 90º que, feita corretamente, alivia as tensões musculares e facilita a sua
execução. Uma outra consequência também deste efeito é a posição errada do
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polegar na parte de trás do braço do instrumento e, assim, sem dar o devido o apoio
à execução de inúmeros movimentos. A maneira correta de execução deve ser
utilizando o polegar o mais centralizado possível no meio do braço acompanhando até
mesmo a marcação quando existente. Deixar o polegar fixo atrás do braço do
instrumento permite ao guitarrista uma maior abertura nas mãos e velocidade para
tocar certos trechos, principalmente solos. O jeito observado como ele acomodava a
palma da mão esquerda no braço contribuía para que sua postura no geral ficasse
incorreta.
Mello (2013) diz que outro fator relacionado aos dedos da mão esquerda é a
pressão, isto é, a força que eles devem fazer contra as cordas. Esta força não deve
ser muito forte nem muito fraca, sendo ideal que se ajuste num equilíbrio que imponha
apenas a pressão necessária para que o som saia limpo. Para descobrir o quanto de
força a ser utilizado, deve-se colocar os dedos levemente sobre as cordas e então ir
pressionando pouco a pouco, enquanto toca a corda com a mão direita. À medida em
que vão sendo pressionadas as cordas, chegará um ponto em que já não será mais
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necessário impor mais força, pois o som obtido já é satisfatório. Qualquer força além
disso é totalmente desnecessária e só vai atrapalhar o desenvolvimento da agilidade
e flexibilidade dos dedos.
Figura: 31 (a) - 32 (b) – 33 (c): Demonstração de Movimentos da mão direita no Toque com Apoio
Poderíamos dizer que o toque com apoio é o mesmo que um toque sem apoio
interrompido pela corda em que apoiamos o dedo. No toque sem apoio continuamos
usando a articulação superior do dedo para fazer o movimento, porém prestamos
atenção porque o pulso deve estar um pouco mais levantado, e o movimento do dedo
deve ser em direção à palma da mão.
Figura 34: Demonstração de Posicionamento e Movimento da mão direita no Toque sem Apoio
Último ponto abordado por Mello (2013) em seu caderno de postura é o polegar,
que também tem esses dois toques básicos, com e sem apoio. No toque com apoio,
o polegar passa pela corda até encostar na corda inferior, e no toque sem apoio a
direção é para baixo, sem apoiar em nenhuma corda. É bom salientar que existem
outras maneiras de tocar com o polegar, isto dependo do timbre que desejamos obter.
Com o polegar é possível produzir vários timbres, por exemplo: só com a unha, só
com a polpa, ou com a unha e a polpa ao mesmo tempo, entre outros efeitos. O toque
do polegar deve partir da articulação superior, da mesma maneira que os demais
dedos. Meu método de ensino de guitarra traz abordagens do violão clássico como as
descritas por Mello (2013) nas aulas iniciais, pois acredito que são de extrema
importância seus fundamentos e exercícios nesta etapa, e sugiro que o uso delas e o
condicionamento adquirido é necessário em diversas técnicas intermediarias e
avançadas de guitarra.
72
De fato os dois estilos, tanto o violão clássico quanto o fingerstyle, parecem ser
irmãos, mas são opostos, não são iguais pelo fator repertório, o fingerstyle se utiliza
de músicas populares e o clássico de peças eruditas escritas para violão.
13 Fingerstyle consiste em fazer a base e o solo ao mesmo tempo no violão, explorando, além das
cordas, os recursos percussivos que o instrumento oferece. Esta técnica de dedilhar as cordas veio do
alaúde e da vihuela, primos distantes do violão.
Fonte: Site Universo do Violão
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Outro fator é pelo violão clássico se utilizar do toque com apoio e o fingerstyle
não se utilizar obrigatoriamente, o som do violão clássico é o mais limpo possível em
contrapartida ao fingerstyle, em que o som é sem dinâmicas. Já no fator arranjo, o
violão clássico toca notas em legato e a melodia original é preservada e no fingerstyle
não é permitido fazer mudanças rítmicas para uma nova releitura, o violão clássico
leva em consideração a condução das vozes para harmonizar a melodia, já no
fingerstyle a melodia é harmonizada preferencialmente por blocos de acordes.
Outro trabalho feito foi com relação à palhetada na guitarra. Algumas literaturas
trazem um padrão de posicionamento, outras não trazem, deixando de forma mais
livre e confortável a opção de escolher o jeito de se tocar, mas basicamente a forma
diverge de instrumento para instrumento. Um pouco diferente de outros instrumentos
de cordas trasteadas, a guitarra tem seu jeito peculiar de se tocar com palheta pois
leva-se em consideração a distância entre as cordas.
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Mesmo com tal dica, na hora de escolher a palheta, o fator mais relevante deve
ser o conforto com a palheta durante a execução. Em palavras mais claras, o melhor
é tocar e experimentar todos os modelos possíveis pra encontrar aquele que mais se
adapta ao seu estilo pessoal e ao som que deseja fazer.
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“Nesta direção, educação musical não deve somente ser direcionada para a
aquisição de competência técnica; ela deve contemplar a prática cultural que cria e
recria significados que conferem sentido à realidade” (Arroyo, 2000, p.19 apud
Rodrigues, 2018).
Foi neste momento que tive esta constatação de que a guitarra organicamente
remete o músico que a possui a privilegiar o ambiente estilístico no qual ela foi criada,
ou seja, restringe o aluno àquela finalidade cultural somente. Neste caso especifico,
cabe ao educador mostrar outras possibilidades de se tocar guitarra e de se ter uma
escuta sensível a outros caminhos musicais.
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O aluno Júnior desde o início demonstrou que seu intuito com as aulas era
adquirir uma capacidade tal que lhe proporcionasse a autonomia no instrumento para
que pudesse caminhar sozinho, pois devido seu autodidatismo pude perceber uma
disposição para tal. Podemos constatar que um dos estímulos para tal condição seja
conhecer diferentes estilos musicais. O comportamento autônomo, no caso da
música, seria ter vontade de beber de diversas fontes, mesmo que não utilizando-as
em muitas situações, porém possuir estas ferramentas técnicas para quando precise
utilizá-las.
Como estava num jeito novo de ensinar devido à situação da pandemia, que
fez com que ficasse distante do aluno, pensei logo neste primeiro momento que o
autodidatismo do Júnior seria bom para que disseminasse conteúdos digitais nas
aulas e passasse este caminho para ele, assim encurtando os objetivos.
Constatei que ele não havia estudado mais uma vez (pois houve trabalhos
anteriores de digitação via exercícios em aulas anteriores e estes por sua vez
necessários aquela condição de estudo).
A eficácia do ensino “real” neste sentido é mais difícil de ser questionada, porém
no meio digital de ensino as possibilidades de questionamento são bem maiores,
talvez por não haver uma instrução assistida presencialmente, logo a informação está
contida lá porém de forma desfragmentada e solta, incentiva que o aluno busque
informações desnecessárias a sua real condição de aprendizagem.
Acredito que pelo fato do aluno Júnior trazer muitas questões relacionadas a
tirar músicas que senti serem demasiadas em contrapartida aos estudos sugeridos,
verifiquei que o mesmo se dispersou do objetivo e foco de estudo presente naquele
momento.
Macedo (2018) traz em sua dissertação mais um gráfico (este colocado aqui
em forma de tabela) que ilustra características próprias dos ensinos das instituições
formal e informal:
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SITUAÇÃO
Instituição Formal Informal (Fora da Instituição)
Estilo de Aprendizagem
Baseado em uma notação formal Informal= oral/auditiva
Propriedade
O professor conduz O estudante conduz
Intencionalidade
Aprender Tocar
Fonte: Macedo (2018).
Por regra, nas aulas presenciais utilizo elementos físicos no suporte das aulas:
a) os exercícios geralmente são impressos (isso faz com que o aluno possa manipular
melhor aquele elemento educativo, mudar de lugar e canse menos seus olhos pois a
visão é de elementos sem emissão de brilho e luz, fenômeno das telas dos aparelhos
eletrônicos).
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b) é utilizada uma estante musical que dá suporte no posicionamento dos livros, folhas
e materiais inerentes a atividade executada naquele momento assim facilitando o
acesso e troca de assuntos pois os mesmo podem ser pegos com mais agilidade.
c) utilizo a lousa, pois a mesma ajuda na explanação de uma ideia intuitiva que surge
num lapso rápido do cérebro e do inconsciente, e assim colocamos a ideia no quadro
de forma escrita e muitas vezes ilustrando uma situação específica do momento.
musical na escola, afirmou ter tido nenhuma mas que onde estudava se formavam
grupos musicais para apresentações de datas comemorativas, mas nunca se
interessou pelos mesmos.
Na aula seguinte o plano de aula trazia uma parte de conteúdo mais prática,
em que iriamos discorrer sobre o parâmetro do som de alturas musicais. Apresentei
para ele o conceito de notas musicais, juntamente com a parte de afinação do
instrumento. Como o ocorrido com o aluno Júnior, percebi que o panorama de
observação no celular do aluno apresentaria dificuldades de mostra, posicionamento
não eficaz para que apontasse alguns erros de postura ao instrumento bem como
pensei, como pedir que o aluno tocasse as cordas sem que estivesse próximo a ele
para levar seu dedo a corda pedida?
Nesta parte do conteúdo peço que o aluno toque corda por corda solta e
apresento o nome das notas afinadas de forma padrão: E- Mi, B- Si, G- Sol, D- Ré, A-
Lá e E- Mi. E concomitantemente vou apresentando o restante das notas não
existentes ali na afinação padrão (C- Dó e F- Fá) juntamente com o mapeamento do
braço na localização de notas, assim ele já começa a prática do toque no instrumento
e também uma parte inconsciente de intervalos.
Figura 42: Diagrama demonstrando as notas naturais nas 12 primeiras casas do braço da guitarra
Figura 43: Diagrama demonstrando as notas naturais e acidentes nas 12 primeiras casas do braço
da guitarra
Gohn (2007) ainda ressalta que com esta nova situação, um aprendiz da
música, que anteriormente iria concentrar seus estudos na produção de sons, deveria
também aprender a interpretar os sinais gráficos que representavam aqueles sons.
Toda uma nova gama de exercícios deveria ser posta em prática, envolvendo não
somente os ouvidos e os instrumentos musicais, mas também os olhos. Há músicos
que preferem aprender uma nova peça escutando-a, enquanto outros têm mais
facilidade lendo a partitura. De qualquer maneira, mais uma habilidade passou a ser
frequentemente exigida e foi integrada à rotina de estudos dos aprendizes.
5. CONCLUSÃO.
REFERÊNCIAS
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Desafios da Educação.02.04.2020. Disponível em:
https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/coronavirus-ensino-remoto> Acesso em:
02 maio 2020.
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Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education, 2009a. p. 282-
288.
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L. e José Antônio B. Zille, orgs. Música e educação. Barbacena: EdUEMG, 2015. pp.
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da ABEM, Porto Alegre, V. 19, 113-119, mar. 2008.
GREEN, Lucy. How popular musicians learn: a way ahead for music education.
London, Ashgate, 2008.
LEAVITT, William. A Modern Method For The Guitar, Vols. 1, 2 & 3. Berklee Press,
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SUZUKI, Shiniki. Educação é amor. 2 ed. rev. Santa Maria: Pallotti, 1994.
SWANWICK, Keith. A basis for music education. London: Nfer- Nelson, 1979.