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Curso de Especialização
Aplicações pedagógicas
do audiovisual
Reitora
Profa. Dra. Wanda Hoffmann
Vice-Reitor
Prof. Dr. Walter Libardi
Líderes do Grupo
Daniel Mill
Glauber Santiago
Conheça o Curso
Especialização em Educação e Tecnologias – UFSCar
Educação aberta, flexível e híbrida, com habilitação em:
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Curso de Especialização em Educação e Tecnologias 3
Grupo Horizonte – UFSCar
Sumário
Caro Aluno,
Objetivos
Espera-se que ao final do componente curricular o
estudante desenvolva:
▪ conhecimento sobre as modalidades de aplicação pedagógica
do audiovisual e suas dimensões político-culturais de ensino;
▪ habilidade para ampliar os processos reflexivos a partir de
produtos audiovisuais em ambientes educativos;
▪ preparação para o trabalho experimental com o audiovisual
em espaços escolares.
Unidade 1.
Audiovisual e Educação:
reflexões, perspectivas e propostas
1.1. Apresentação
1
Lembramos, ainda, que as músicas que o grupo musical Madredeus executa
em cena foram gravadas em estúdio, separadamente, e apenas na montagem
são adicionadas às respectivas imagens, construindo a sensação audiovisual de
que imagens e sons foram captados ao mesmo tempo e no mesmo local.
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Grupo Horizonte – UFSCar
Efeito Sequência
Intervalos Significativos
Imagens Agentes
2
Testiculi sugere testes (testemunha). Do escroto do carneiro foram feitas
bolsas; desta forma o dinheiro usado para subornar a testemunha poderia ser
também sugerido (nota do tradutor na edição inglesa do Ad Herennium).
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Efeito Kuleshov
Unidade 2.
O audiovisual tensiona a educação
Caro Aluno,
Nesta unidade refletiremos sobre o audiovisual como
laboratório de relações educacionais e pedagógicas. Assumimos
as seguintes provocações, emprestadas de Jaques Aumont
(1995): no período histórico de maior produção e difusão de
imagens, o homem estaria perdendo a capacidade de imaginar e
de narrar histórias? Seria a produção de imagens e sons com
sentido pré-constituído a maior causa dessa falta de imaginação?
O surgimento de determinadas tecnologias audiovisuais a partir
da segunda metade do século XIX – com a invenção da fotografia
e do cinema e, mais recentemente, do vídeo e do computador –
alteraria as formas de perceptibilidade e, consequentemente, os
modos de experiência na relação do sujeito contemporâneo com
seu universo circundante, decorrendo no empobrecimento da
faculdade da imaginação? Evidentemente, a resposta a essas
questões não é simples nem imediatista.
Seguindo a sugestão, imaginemos. Diante de qualquer obra
audiovisual ou objeto artístico, nós vemos, ouvimos, em alguns
casos tocamos e até mesmo saboreamos. Nossos sentidos
tomam contato visual, auditivo, tátil, e imediatamente essas
impressões formulam sensações, entendimento e pensamentos
sobre o que está diante de nós.
Se nos colocarmos novamente diante dessa mesma obra ou
de outras semelhantes, nossa relação com ela não será
exatamente a mesma, mas algumas informações, percepções e
intuições a esse respeito saltarão de pronto em nossa memória
sensorial e intelectual. Mesmo que as sensações sejam diferentes
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Grupo Horizonte – UFSCar
Caro Aluno,
A análise audiovisual orientada pelo professor ao invés de
ser direcionada abre um universo de possibilidades de temáticas
a serem levantas e discutidas pelos próprios estudantes. O
mesmo vale para a relação entre pais e filhos, ou qualquer outra
relação de caráter educacional. O importante, em qualquer um
desses casos, é que ambos os lados da relação se deixem
envolver pelas potencialidades do que é visto/ouvido, tanto em
termos de conteúdo quanto em termos formais.
Nesta unidade, demos maior atenção a possibilidades de
trabalho pedagógico reflexivo a partir de um suporte audiovisual.
Na próxima, iniciaremos um percurso que propõe uma resposta a
esta reflexão analítica que seja repleta de possibilidades de
criação e intervenção.
Unidade 3.
Audiovisual como conhecimento e invenção do
mundo
3.1. Apresentação
Os planos de enquadramento
Plano de câmera é o nome dado a uma imagem capturada
por uma câmera de cinema ou vídeo, que enquadre algo,
geralmente um ser humano, de uma forma previamente
definida.
Enquadra todo o
ambiente onde está
o objeto da
Plano
filmagem, com este
geral
pouco definido em
função da
abrangência.
3
Por respeito à Lei de Direitos Autorais, optamos por não divulgar fotogramas
de filmes. As imagens aqui disponibilizadas são de autoria própria.
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Muito usado em
Hollywood nos anos
Plano 1940/1950. Mostra
americano aproximadamente
dois terços do
objeto.
Os planos próximos
Plano mostram menos da
próximo metade das
personagens.
Mostra parte
Close significativa do
objeto.
Mostra detalhe de
Plano parte significativa do
detalhe
objeto.
Profundidade de campo
Síntese
Caros Alunos,
Com este componente curricular, esperamos o surgimento
de um novo mediador cultural sobre a figura tradicional do
professor. Seria, então, este um agente no entremeio da ciência
da educação, da arte e da comunicação que as situe além da
simples aquisição de conhecimentos escolares. Essa figura
intermediária vê nos meios de comunicação uma riqueza de
conteúdos informativos, sim, mas também farta pela maneira
como fornece uma representação de mundo da qual surge a
necessidade de análise e reflexão sobre seu lugar em sociedade.
O educador, nesse contexto, não objetiva fazer do aluno um tipo
de jornalista mirim ou aprendiz de apresentador televisivo, mas
se utiliza desses recursos para ensiná-lo a problematizar o poder
midiático do ponto de vista estético e político como montagens
do discurso e da cena, bem como dos artifícios empregados para
dar-lhes sentido.
O mais importante deste componente talvez esteja em
propor a ampliação da relação professor-aluno a ponto de que
ambos, durante as atividades, se misturem em seus papéis e
aprendam com essa troca de relações. O aluno pode ensinar ao
mestre (principalmente quando se refere às novas tecnologias
que ele domina e aprende com facilidade), os professores
também podem ensinar aos alunos, confrontando seus pontos de
vista ou suas fontes de informações ou suas soluções para o
problema proposto, em diálogo direto, por correio eletrônico ou
fórum mediado. Por fim, esperamos sensibilizar nossos
professores a aceitarem que entrem na escola outros universos e
outras modalidades de apropriação da realidade, em particular a
partir das emoções provocadas pela televisão, a trabalharem
sobre diversas abordagens do real e construírem
progressivamente um pensamento rigoroso.
Que não sejamos mais os donos do posto de
monopolizadores da transmissão do conhecimento e detentores
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Referências