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UNIÃO LATINO-AMERICANA DE TECNOLOGIA

RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

JAGUARIAÍVA
2018
RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

Trabalho Acadêmico apresentado no Curso de


Engenharia Florestal da União Latino Americana
de Tecnologia, como requisito parcial para
obtenção de nota na disciplina de Recuperação de
Ecossistemas Florestais Degradados.

Professor:

JAGUARIAÍVA
2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................4
2. RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS...............................................................5
2.1. CAPÍTULO 6 – ETAPAS DE UM PROJETO DE RECUPERAÇÃO FLORESTAL........5
2.2. CAPÍTULO 7 - TÉCNICAS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL E DE ÁREAS
DEGRADADAS......................................................................................................................6
2.3 MODELOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL............................................................11
2.4. FLUXOGRAMA DE ATIVIDADES E OPERAÇÕES PARA REALIZAÇÃO FLORESTAL
.............................................................................................................................................14
REFERÊNCIAS...................................................................................................................15
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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata-se de um resumo dos Capítulos 6, 7 e 8 do Livro:


Recuperação de Áreas Degradadas do Autor Sebastiao Venâncio Martins, os capítulos
mencionados são de extrema importância, pois descrevem passo-a-passo como se deve
proceder para fazer um projeto de restauração florestal.
O Capítulo 6 refere-se às Etapas de um projeto de recuperação florestal; O
Capítulo 7: Técnicas de restauração florestal de áreas degradadas e o Capítulo 8:
Modelos de restauração florestal.
O trabalho ainda apresenta um fluxograma de atividades e operações que devem
ser realizadas na Restauração Florestal a partir dos Capítulos 6 e 7.
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2. RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

A recuperação de áreas degradadas tem por objetivo fornecer ao ambiente


degradado, condições favoráveis a reestruturação da vida num ambiente que não tem
condições físicas, químicas e/ou biológicas de se regenerar por si só. Através de obras no
terreno como a construção de terraços, banquetas, etc., ou ainda, da implantação de
espécies vegetais, podemos conduzir a recuperação de uma área degradada.

2.1. CAPÍTULO 6 – ETAPAS DE UM PROJETO DE RECUPERAÇÃO FLORESTAL

A definição da escala é acompanhada da definição dos objetivos da recuperação


ou dos efeitos que se espera com a sua aplicação. Diferentes objetivos podem ser
definidos como restauração florestal, indicada principalmente para Áreas de Preservação
Permanente (APPs) e de Reserva Legal, a revegetação de tabules, o controle e
revegetação de voçorocas, a redefinição do uso da área degradada, etc.
O zoneamento ambiental é necessário quando o projeto envolve uma escala
média ou Ampla em nível de propriedade rural, município, microbacia, etc. Para grandes
áreas o zoneamento é iniciado através da interpretação de imagens de satélite ou de
fotografias aéreas, com posterior secagem de campo. Através desse método, é possível
identificar diferentes classes de cobertura do solo, bem como definir os limites da mesma
(BRITTO et al,2007).
Definidas as áreas de APP, em que a cobertura vegetal nativa necessita ser
restaurada e, ou, as áreas com degradação do solo, o passo seguinte consiste em avaliar
o potencial de autorregeneração dessas áreas, isto é, se elas ainda possuem resiliência.
Essa avaliação é feita através da caracterização do banco de sementes do solo da
capacidade de rebrota indivíduos remanescentes e do estrato de regeneração.
Uma vez finalizado, o zoneamento facilita a definição das melhores técnicas de
recuperação para as diferentes situações ambientais ou de degradação identificadas,
visando reduzir os custos do projeto e aumentar sua eficiência em termos ecológicos.
Outra vantagem do saneamento é a possibilidade de definição de áreas para formação de
corredores florestais ligando fragmentos isolados numa propriedade rural, microbacia,
município, etc.
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2.2. CAPÍTULO 7 - TÉCNICAS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL E DE ÁREAS


DEGRADADAS

As técnicas aqui apresentadas aplicam-se principalmente para os biomas, Mata


Atlântica e Floresta Amazônica, mas podem ser adaptadas para a restauração da
vegetação de outros biomas como o Cerrado.
Através do processo de regeneração as florestas apresentam capacidade de se
recuperar de distúrbios naturais ou antrópicos. Quando uma determinada a floresta sofre
um distúrbio como um desmatamento ou incêndio, a sucessão secundária se encarrega
de promover a colonização da área aberta e conduzir a revegetação através de uma série
de Estágios sucessionais, caracterizados o grupo de plantas que vão ser substituído ao
longo do tempo, modificando as condições ecológicas locais até chegar a uma
comunidade bem estruturada e ecologicamente mais estável.
Um aspecto importante a ser considerado ao se planejar a recuperação de uma
determinada área degradada, diz respeito à matriz vegetacional onde essa área está
inserida. Numa matriz vegetacional caracterizada por culturas agrícolas, como extensas
plantações de soja ou algodão, por exemplo, comuns em alguns estados do centro-oeste,
ou por pastagens, dependendo do tipo de degradação e histórico de uso a que a área foi
submetida, o processo de regeneração florestal tende a ser extremamente lento ou
mesmo não ocorrer. Mas a regeneração pode ser rápida e resultar numa floresta
secundária com razoável diversidade de espécies, quando a matriz vegetacional for
predominantemente composta por remanescentes florestais.
Se o objetivo é formar uma floresta com razoável diversidade no tempo
relativamente curto, visando a proteção do solo do curso d’ água, determinadas técnicas
que acelerem a sucessão devem ser adotadas. Entre as técnicas para estimular a
regeneração florestal em áreas degradadas, pode-se destacar a incorporação de
sementes de espécies arbóreas ao banco de sementes do solo, através de uma
semeadura direta, técnica também conhecida como enriquecimento e adensamento do
banco de sementes, em algumas áreas ou simples revolvimento do solo, através da
abertura de sulcos de pequenas profundidades, é o suficiente para estimular a
germinação de sementes do banco e desencadear o processo de regeneração natural. É
também possível estimular o crescimento de plântulas de espécie arbóreas suprimidas
em áreas invadidas por gramíneas, ou em pastagens abandonadas.
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Essas técnicas são indicadas apenas quando a regeneração florestal já se iniciou


o que é facilmente avaliado em campo pela observação da presença de arbustos,
plântulas e indivíduos jovens de espécies arbóreas.
Na escolha de espécies a serem plantadas em áreas degradadas, é
imprescindível levar em consideração a variação de umidade do solo desde a margem
dos cursos d'água, até as áreas mais altas como encostas e topos de morro. Para as
áreas permanentemente encharcadas, as margens de rios e riachos, recomendam-se
espécies adaptadas a esses ambientes, como aquelas típicas de florestas de brejo e
florestas inundáveis.
Para áreas de transição, são indicadas espécies com capacidade de
sobrevivência em condições de inundações temporárias. já para as áreas livres de
inundação, como as mais altas do terreno, as encostas e os topos de morro e as
marginais ao curso d'água, porém, compondo barrancos muito altos, recomendam-se as
espécies adaptadas a solos bem drenados, comuns nas florestas estacionais
semideciduais.
A grande vegetação topográfica e atitudinal no território brasileiro, com as mais
variadas extensões e sob a influência de uma ampla gama de variáveis ambientais,
resultam em florestas muito variadas, quanto à composição florística e estrutura
fitossociológica, apesar de alguns padrões poderem ser identificados em escalas locais.
Muitos são os casos de projetos de recuperação de áreas degradadas que não
obtiveram sucesso, justamente pela utilização de poucas espécies que, após ataques
sucessivos de pragas, cederam espaço para gramíneas e trepadeiras agressivas.
A combinação de espécies diferentes grupos ecológicos ou categorias
sucessionais é extremamente importante nos projetos de recuperação. São apresentados
220 espécies nativas indicadas para restauração florestal em Apps e Reserva Legal, com
os respectivos nomes vulgares, o grupo ecológico a que pertencem e a tolerância à
umidade do solo. Portanto, o elevado número de espécies dessa relação possibilita na
elaboração dos projetos de recuperação de áreas degradadas, a seleção das espécies
mais adaptadas a situações específicas de umidade do solo, luz, etc.
Para facilitar o entendimento das exigências das espécies quanto aos níveis de
luz, neste trabalho, foram adotados apenas dois grupos: pioneiras e não pioneiras. O
grupo das pioneiras é representado por espécies pioneiras e secundárias iniciais, que
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devem ser plantadas de maneira a crescer rapidamente e fornecer sombra para as


espécies não pioneiras, ou seja, as secundárias tardias e a clímax foram incluídos na lista
aquelas espécies que aparecem na maioria dos estudos dos estudos fitossociológicos em
florestas nativas principalmente da região Sudeste, e as que a experimentação científica
tem comprovado sua capacidade para recuperar essas áreas.
O número e a distribuição das árvores que serão utilizados com matrizes são
extremamente importantes. A coleta de sementes em uma ou poucas árvores, localizadas
próximas uma das outras, tende a restringir a diversidade genética, podendo, no futuro
resultar em problemas de conservação da espécie na floresta que foi plantada.
As matrizes devem ter bom porte, forma e estado fitossanitário. Após a coleta, as
sementes são beneficiadas, retirando-se toda impureza como as poucas sementes
quebradas e ou bloqueadas etc. A técnica de beneficiamento a ser adotada é
determinada em função do tipo de fruto. Para as espécies com frutos secos deiscentes,
apenas secagem desses, a meia sombra, pode ser suficiente para liberação de sementes.
Para frutos carnosos, com sementes pequenas é necessária uma maceração e lavagem
em peneira. Frutos duros exigem abertura mecânica e posterior extração das sementes,
seguida de lavagem, se necessário.
Muitas espécies clímax apresentam sementes recalcitrantes e devem,
preferencialmente, ser semeadas logo após beneficiamento.
A tendência atual dos projetos de restauração florestal em formar florestas com
elevada diversidade de espécies nativas tem esbarrado na dificuldade de se encontrar
nos viveiros de mudas de uma gama variada de espécies. na prática, o que se vê em
muitos viveiros florestais, salvo algumas exceções, é a disponibilidade de mudas de
poucas espécies .
O saco plástico tem sido o principal recipiente utilizado na produção de mudas de
espécies nativas.
Para espécies clímax, com sementes grandes e crescimento lento, são
recomendados sacos plásticos de 10 cm de diâmetro e 24 cm de altura. Quando se
desejam mudas maiores, para operações de replantio o plantio de enriquecimento, são
indicados recipientes grandes com cerca de 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura.
Os tubetes são recipientes em formato de cone com tamanhos variados e
confeccionados com plástico rígido. Esse tipo de recipiente é usado na produção de
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mudas menores. Alguns recipientes alternativos foram utilizados no passado e alguns


ainda são empregados na produção de mudas em pequena escala. Na produção de
mudas grandes, podem ser empregadas as latas de 20 litros, porém elas apresentam
uma série de vantagens como apodrecimento dificuldade e transporte ocupação de
grandes áreas no viveiro etc. Recipientes confeccionados com laminados de madeira
foram empregados, principalmente por empresas que executam o processamento da
madeira de Pinnus spp. aproveitando as sobras para confecção das embalagens.
Um aspecto importante diz respeito ao tipo de substrato utilizado nos recipientes.
É comum a utilização de misturas de substratos, principalmente quando se utiliza a terra
de subsolo, que é muito pobre em nutrientes. Nesse caso, recomenda-se utilizar duas
partes de terra e uma de material orgânico. Um substrato bastante empregado é a mistura
de 60% de esterco de gado curtido mais 40% de palha de arroz carbonizada. Quando se
utiliza tubetes recomenda-se um substrato leve de boa drenagem e de boa retenção de
nutrientes como vermiculita, palha de arroz carbonizada, acícula de pinus picada, turfa,
terra arenosa, palha de café, etc.
A Produção de mudas através das sementes é dividida em semeadura direta no
recipiente e repicagem. Na semeadura direta no recipiente, são colocadas para germinar
diretamente nos recipientes, na repicagem, as sementes são semeadas em canteiros
contendo areia grossa ou lavada denominados de sementeiras.
O enraizamento de estacas tem sido amplamente utilizado para espécies
florestais empregadas e reflorestamento homogêneos como eucalyptus spp. Como é um
tipo de propagação assexuada apresenta a vantagem de reproduzir nas mudas as
mesmas características favoráveis da matriz.
No resgate de plântulas, essas devem ser cuidadosamente retiradas do solo,
procurando se danificar o mínimo o sistema radicular, que deve ser mantido em água até
o momento do transplante para recipientes com substratos normalmente utilizados para
produção de mudas em viveiro. Para reduzir a perda de água por transpiração é
recomendado cortar as folhas pela metade. O resgate direto corresponde ao transplante
das plântulas diretamente para o campo e que apresenta como vantagem pular algumas
etapas de viveiro, ou seja, a repicagem para sacos plásticos e o crescimento das mudas
em casa de sombra.
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No resgate de plântulas do banco de sementes do solo, tem-se nessa técnica há


possibilidade da produção de grande quantidade de mudas a baixo custo, uma vez que no
solo das florestas geralmente existe uma elevada densidade de sementes com
capacidade de germinação de sementes de espécies pioneiras. A repetição das coletas
do banco ao longo do ano possibilita mostrar sementes tanto de espécies formadoras de
banco persistente como das formadoras de banco transitório, aumentando a diversidade
de espécies.
Através da rustificação, as mudas tornam-se mais resistentes às condições
adversas do local de plantio. Existem várias técnicas de rustificação, porém, a
movimentação das mudas no viveiro e a redução gradativa de irrigação, no período que
antecede ao plantio, são procedimentos mais usados para justificação das mudas por
serem os mais práticos e baratos.
O sombreamento das mudas no viveiro é obtido instalando-se nos canteiros
coberturas de tela sombrite ou de folhas de palmeiras ou mantendo-se as mudas em
casas de sombra ou de aclimatação.
Para implantação de projetos de restauração florestal deve-se levar em
consideração aspectos como: fertilidade e estado de conservação do solo, presença de
vegetação arbórea nativa remanescente na área ou nas proximidades, topografia, regime
hídrico, largura do curso d'água e tipo de atividade agrícola no entorno da área a ser
recuperada.
A limpeza da área deve preferencialmente restringir-se a roçada da vegetação
herbácea e subarbustiva daninha, que pode competir com as mudas das espécies
arbóreas em busca de luz, de umidade e de nutrientes.
O combate às formigas cortadeiras deve ser realizado antes do plantio na área a
ser recuperada e numa faixa de 100m adjacente a esta. O monitoramento mensal da área
pode indicar a necessidade de se repetir o combate às formigas um problema comum à
aplicação das iscas granuladas é a perda das mesmas pelo contato com umidade da
chuva ou mesmo do solo úmido.
Antes das aberturas das covas realiza-se a marcação das mesmas nas linhas de
plantio conforme modelo de recuperação adotado. A abertura das covas é normalmente
realizada com enxadão ou escavadeira, mas para agilizar o plantio e reduzir os custos
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dessa operação recomenda-se o uso de perfuradora mecanizada que pode ser manual ou
acoplada no trator.
O empobrecimento do solo pelas atividades agrícolas e a necessidade de
crescimento rápido das mudas para escapar da competição com ervas daninhas, tornam-
se necessárias em muitas situações a calagem e adubação química.
O plantio de mudas deve ser realizado no início da estação chuvosa,
normalmente nos meses de outubro e novembro, dessa forma as mudas terão umidade
suficiente para seu estabelecimento Inicial, no caso de ocorrência de intervalo de seca na
ocasião do plantio, deve se realizar irrigação manual, mecanizada ou por gotejamento.
A adoção de práticas de manutenção sempre que o monitoramento indicar a
necessidade garante o sucesso do projeto de recuperação de área degradada. Essa
necessidade diminui à medida que o plantio adquiri uma estrutura florestal, ou seja ,atingir
o real objetivo do projeto. Após alguns anos da implantação, a cobertura formada pelas
plantas arbóreas fornece um nível de sombreamento do solo que praticamente inibe a
infestação por gramíneas agressivas no sistema radicular das plantas, também se torna
profundo o suficiente para garantir a sobrevivência, mesmo Nos períodos de estiagem
prolongada.

2.3. CAPÍTULO 8 - MODELOS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL

A escolha do modelo mais adequado para restauração florestal de uma área


degradada Depende de uma série de fatores como informações sobre condições
ecológicas da área, estado de degradação, aspectos de paisagem regional de
solubilidade de mudas de sementes, e nível de conhecimento ecológico e silvicultural das
espécies a serem utilizadas.
A nucleação baseia-se em estudos que mostram que a vegetação remanescente
em uma área degradada representada por pequenos fragmentos ou até mesmo por
árvores isoladas atua como núcleo de expansão da vegetação por atrair animais que
participam da dispersão de sementes. Uma boa estratégia para formação de núcleos de
alta diversidade é introdução de plantas de sub-bosque como essas são normalmente
espécies de sombra para que sejam introduzidas e necessárias em um determinado nível
de cobertura do solo já esteja sendo fornecido pelas espécies arbóreas.
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A transposição de galhada deve ser obtida em áreas curso licenciamento


ambiental para atividades de mineração, represamento de cursos d'água e outros, permite
que a vegetação seja suprimida. Parte-se do pressuposto de que esses restos vegetais
são fontes de sementes de espécies arbustivo-arbóreas e de outras formas de vida como
plantas epífitas de nutrientes e de matéria orgânica dessa forma após a germinação as
plântulas encontraram condições mais adequadas para o seu estabelecimento.
A transposição do banco de sementes do solo é indicada como técnica de
restauração ecológica de áreas degradadas e deve ser adotada como medidas
mitigadoras ou compensatórias e o impacto ambiental. Para evitar elevada mortalidade de
plântulas por falta de umidade do solo a transposição do banco deve ser realizada
preferencialmente no início da estação chuvosa e na maioria das regiões brasileiras em
outubro e novembro.
A transposição da chuva de sementes é uma técnica pouco utilizada no Brasil,
mas que pode promover bons resultados em recuperação de áreas degradadas, a chuva
de sementes é quantidade de sementes que chega até um determinado local via
dispersão e representa a principal forma de entrada de sementes no banco do
solo,assim,para a transposição é necessário coletar as sementes antes que essas atinjam
o chão da floresta o que é feito através de coletores.
A utilização de poleiros para atração de aves e morcegos dispersores de
sementes tem sido indicada como alternativa viável para nucleação florestal em áreas
degradadas. Os poleiros podem ser naturais ou artificiais, os naturais são obtidos através
do plantio de espécies arbóreas de rápido crescimento e arquitetura de copa e favorece o
pouso das aves ou da conservação de indivíduos remanescentes na área degradada. Os
poleiros artificiais podem ser confeccionados com varas de bambu gigante ou postes de
eucalipto nas quais são fixadas varas finas de madeira a altura do poleiro deve ser
suficiente para facilitar o pouso de aves e morcegos podendo ser indicada uma altura
variando de 5 a 10 m.
O plantio aleatório baseia-se no fato de que a regeneração natural das espécies
arbóreas não obedece nenhum tipo de espaçamento pré-determinado.
Os modelos sucessionais são os que normalmente geram os melhores resultados
em termos de sobrevivência e de crescimento das mudas e consequentemente na
proteção dos fatores edáficos e hídricos.
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O plantio de espécies pioneiras e não pioneiras pode ser realizado


simultaneamente ou em diferentes épocas, o sucesso desses modelos pode ser avaliado
em dois aspectos: o primeiro diz respeito à efetiva proteção do solo contra processos
erosivos, o segundo engloba recuperação de fatores essenciais para sustentabilidade do
sistema, ou seja, a diversidade de espécies, a atração e conservação da fauna, a
ciclagem de nutrientes.
O modelo de plantio em módulos é indicado para áreas muito heterogêneas nas
quais ocorrem variações marcantes dos fatores fisiográficos comunidade e fertilidade do
solo, por exemplo, assim a distribuição dos módulos de plantio deve ser baseada nas
características adaptativas e biológicas das espécies que irão compor cada módulo.
O modelo de plantio adensado é indicado para recuperação de áreas degradadas
que apresentam infestação de gramíneas agressivas o plantio e efetuado de forma
alienada com espaçamento de 1,0 x 1,0 m com linhas de espécies pioneiras seguidas de
linhas onde são intercaladas pioneiras e não pioneiras.
O chamado os sistemas agroflorestais compreendem o cultivo consorciado de
espécies arbóreas com culturas agrícolas e ou animais são classificados em silviagrícolas
quando envolvem apenas um consórcio de espécies arbóreas e culturas, agrícolas
silvipastoris quando consórcio entre espécies arbóreas e animais além do uso zona de
amortecimento para minimizar impactos atividades agrícolas intensivas nos fragmentos
florestais os sistemas agroflorestais podem também ser utilizados na própria restauração
Florestal como, por exemplo, em matas ciliares desde que respeitados alguns critérios
definidos na resolução 369 do CONAMA de março de 2006.
O modelo SAF Temporário em área total esse modelo o sistema agroflorestal é
praticado temporariamente em toda a faixa ciliar cuja legislação define como área de
preservação permanente (APP) a área a ser ocupada como SAF varia de acordo com a
largura do rio e da respectiva e da respectiva faixa definida como APP.
Os SAFs, particularmente aqueles baseados em espécies florestais nativas, são
formas de uso do solo consideradas como promissoras, pois do ponto de vista
socioeconômico, são capazes de gerar alternativas de renda mais interessantes,
particularmente para a produção familiar, do que os sistemas de uso tradicional do solo,
tais como a criação de gado extensiva ou a tradicional agricultura de “roça e queima”. E
do ponto de vista da biodiversidade e de outros serviços ambientais, os SAFs são
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capazes, em maior ou menor grau, de prover parte destes serviços, não da mesma forma
que os ecossistemas primários, mas sem dúvida, de maneira muito mais expressiva do
que os sistemas agrícolas ou florestais tradicionais, baseados em monoculturas de
espécies exóticas.

2.4. FLUXOGRAMA DE ATIVIDADES E OPERAÇÕES PARA REALIZAÇÃO FLORESTAL

DEFINIÇÃO DA ESCALA E OBJETIVOS


ZONEAMENTO AMBIENTAL

Regeneração Natural
Definição das Técnicas de Recuperação
TÉCNICAS DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL DE ÁREAS DEGRADADAS

Seleção de Espécies para Restauração Florestal


Produção de Sementes de Espécies Arbóreas
Produção de Mudas de Espécies Arbóreas Nat

Escolha do Recipiente Preenchimento dos Recipientes


Produção de Mudas
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REFERÊNCIAS

MARTINS, S.V: Recuperação de Áreas Degradadas. Biblioteca (631.64M379r)

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