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CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO
MUNICIPIO DE INHUMAS - GO
05/Outubro/2009
MUNICIPIO DE INHUMAS - GO
PROGRAMA:
ESTATÍSTICAS E AVALIAÇÕES EDUCACIONAIS
AÇÃO:
CENSO ESCOLAR DA EDUCACAO BASICA - NACIONAL
QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: Não se aplica
PROGRAMA:
ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE
AÇÃO:
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 2
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
ATENDIMENTO ASSISTENCIAL BaSICO NOS MUNICiPIOS BRASILEI
ROS
QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 1.265.352,29
AÇÃO:
PISO DE ATENCAO BASICA VARIAVEL - SAUDE DA FAMILIA - NA
CIONAL
QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 3.379.085,00
AÇÃO:
ESTRUTURACAO DA REDE DE SERVICOS DE ATENCAO BASICA DE S
AUDE - NACIONAL
QUANTIDADE DE O.S.: 9 VALOR: R$ 960.005,00
PROGRAMA:
SANEAMENTO RURAL
AÇÃO:
IMPLANTACAO DE MELHORIAS HABITACIONAIS PARA CONTROLE DA
DOENCA DE CHAGAS - NACIONAL
QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 143.217,85
PROGRAMA:
SERVIÇOS URBANOS DE ÁGUA E ESGOTO
AÇÃO:
IMPLANTACAO DE MELHORIAS SANITARIAS DOMICILIARES PARA P
REVENCAO E CONTROLE DE AGRAVOS - NACIONAL
QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 330.000,00
PROGRAMA:
VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS E AGRAVOS
AÇÃO:
INCENTIVO FINANCEIRO AOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MU
NICIPIOS CERTIFICADOS PARA A VIGILANCIA EM SAUDE - NACI
ONAL
QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 262.545,12
PROGRAMA:
GESTÃO DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOM
AÇÃO:
APOIO A ORGANIZACAO DO SISTEMA UNICO DE ASSISTENCIA SOC
IAL - SUAS - NACIONAL
QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: Não se aplica
AÇÃO:
FUNCIONAMENTO DOS CONSELHOS DE ASSISTENCIA SOCIAL - NAC
IONAL
QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: Não se aplica
PROGRAMA:
TRANSFERÊNCIA DE RENDA COM CONDICIONALIDADES - BOLSA FAMÍLIA
AÇÃO:
TRANSFERENCIA DE RENDA DIRETAMENTE AS FAMILIAS EM CONDI
CAO DE POBREZA E EXTREMA POBREZA (LEI Nº 10.836, DE 200
4) - NA REGIAO CENTRO-OESTE
QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 3.854.103,00
AÇÃO:
SERVICO DE APOIO A GESTAO DESCENTRALIZADA DO PROGRAMA B
OLSA FAMILIA - NACIONAL
QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 90.268,40
PROGRAMA:
GESTAO DA POLITICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO
AÇÃO:
APOIO A POLITICA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO - N
ACIONAL (CREDITO EXTRAORDINAR
QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 987.600,00
AÇÃO:
APOIO A POLITICA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO - A
COES DE INFRA-ESTRUTURA URBAN
QUANTIDADE DE O.S.: 3 VALOR: R$ 1.479.300,00
PROGRAMA:
HABITACAO DE INTERESSE SOCIAL
AÇÃO:
APOIO AO PODER PUBLICO PARA CONSTRUCAO HABITACIONAL PAR
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 4
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
A FAMILIAS DE BAIXA RENDA - NACIONAL (CREDITO EXTRAORDI
NAR
QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 842.802,66
AÇÃO:
APOIO A PROVISAO HABITACIONAL DE INTERESSE SOCIAL - NA
REGIAO CENTRO-OESTE
QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 339.875,18
1.1 - PROGRAMA
1061
BRASIL ESCOLARIZADO
AÇÃO :
0509
APOIO AO DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO BASICA - NACIONAL
(CREDITO EXTRAORDINAR
OBJETIVO DA AÇÃO :
Contribuir para o desenvolvimento e a universalização do Ensino Básico
mediante aporte de recursos destinados à implementação de projetos
caracterizados por ações que visem priorizar a ampliação do
atendimento, bem como a melhoria e a qualidade da aprendizagem nas
escolas públicas
ORDEM DE SERVIÇO : 234425
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Este convenio tem por objeto conceder apoio financeiro para
o desenvolvimento de acoes que visam proporcionar a sociedade
a melhoria da infra-estrutura da rede fisica escolar, com a construçã
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 14
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
o de escola(s).
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
CONVÊNIO SIAFI 600433
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 700.000,00
1.1.1 CONSTATAÇÃO:
Falhas na formalização do procedimento licitatório.
FATO:
Para levar a efeito o objeto do Convênio n° 830332/2007 (SIAFI n°
600433) e respectivo Plano de Trabalho, o Município de Inhumas/GO
realizou o Pregão Presencial nº 15, de 31.07.08. A partir da análise
da documentação apresentada foram constatadas as seguintes falhas:
a) Não foi apresentado processo autuado e protocolado. O procedimento
foi apresentado em folhas numeradas compostas de 000018 a 00223;
b) O valor pactuado do convênio foi de R$ 707.070,71. No entanto, a
licitação realizada em 31/07/2008 foi de R$ 950.602,44, caracterizando
a realização da licitação sem adequação financeira, considerando que o
termo aditivo que alocou recursos complementares foi celebrado em
14/10/2009;
c) O projeto básico (necessário para obras e serviços de engenharia),
não constou da documentação apresentada;
d) As propostas constantes da documentação apresentada são cópias. A
empresa vencedora não apresentou carta-proposta, apenas a planilha
orçamentária idêntica à constante do edital;
e) Consta republicação do edital contendo informação de alteração da
planilha orçamentária e da data de abertura do pregão, contudo, não
consta Ata da deliberação sobre as alterações nem a planilha
retificada;
f) Falhas na confecção do edital: não constam do instrumento
convocatório o prazo e as condições para assinatura do contrato, o
prazo de execução dos serviços e para a conclusão e entrega do objeto
da licitação. Também não foram disciplinadas as sanções para o caso
de inadimplemento;
g) Falhas na publicação do edital: não consta da documentação
apresentada a identificação do jornal de grande circulação em que foi
veiculado o aviso da Licitação. A retificação do aviso de licitação
foi publicada apenas em um dos meios de comunicação exigido por Lei
(DOU, internet e jornal de grande circulação regional ou nacional),
sendo que a cópia da publicação também não identifica o jornal;
h) Qualificação econômico-financeira ficou limitada à apresentação
certidão negativa de falência ou concordata e de protestos.
EVIDÊNCIA:
A - Pregão Presencial nº 15, de 31.07.08 - procedimento apresentado em
folhas numeradas compostas de 000018 a 00223, não foi apresentado
processo autuado e protocolado).
AÇÃO :
0515
DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA PARA A EDUCACAO BASICA - NA REGIAO CENTRO-OESTE
OBJETIVO DA AÇÃO :
Atendimento, com recursos suplementares, a escolas públicas estaduais,
distritais e municipais que oferecem a educação básica nas diversas mo
dalidades, bem como as escolas de educação especial mantidas por enti-
dades privadas sem fins lucrativos, visando à melhoria da infra-estru-
tura física e pedagógica, à autonomia gerencial dos recursos e à parti
cipação coletiva na gestão e no controle social, melhorando o funciona
mento das unidades educacionais e propiciando ao aluno ambiente adequa
do, salutar e agradável para a permanência na escola, concorrendo para
o alcance da elevação do desempenho escolar.
ORDEM DE SERVIÇO : 234498
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
- Aquisição de materiais de consumo e permanente pela Prefeitura Muni-
cipal/SEDUC necessários ao funcionamento da escola e de serviços para
manutenção, conservação e pequenos reparos na Unidade Escolar.
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 10.234,38
1.1.2 CONSTATAÇÃO:
Falha na formalização dos procedimentos administrativos para as
compras diretas de materiais pedagógicos e de limpeza utilizados nas
escolas com recursos do PDDE.
EVIDÊNCIA:
A - Processos nºs 1167/2009, de 18/02/2008, 7174 e 7175/2008, de
15/09/2008 e 7568/2008 de 02/10/2008.
1.1.3 CONSTATAÇÃO:
Falta de controle de estoque e da distribuição dos materiais
adquiridos com recursos do PDDE.
FATO:
Com o fito de avaliar o planejamento de compras e o método de controle
utilizado na movimentação dos materiais adquiridos com recursos do
PDDE, visitamos as Escolas Municipais Monsenhor Angelino, Odilon José
Oliveira e Otávio Balestra, constantes da amostra encaminhada pela
DSEDU/SFC/CGU, ocasião em que verificamos que não é realizado o
controle de estoque dos materiais adquiridos e distribuídos. Os
registros dos quantitativos adquiridos constam apenas nas requisições
e notas fiscais, não havendo controle de entrada e saída dos itens, o
que impossibilita o conhecimento dos fluxos dos estoques. Constatamos,
ainda, que não consta indicação do Programa nas notas fiscais e que
não constam registros dos recebimentos dos materiais pelas escolas. No
que tange à programação de compras, não foi apresentada documentação
que comprove sua realização.
Oportuno registrar que a Escola Municipal Limeira também constava da
amostra supramencionada, contudo, a instituição não estava mais em
funcionamento, razão pela qual não foi objeto da fiscalização.
1.1.4 CONSTATAÇÃO:
Falta de aplicação financeira dos recursos do PDDE, enquanto não
utilizados.
FATO:
Mediante análise da documentação do PDDE das escolas municipais
beneficiárias, constatamos que não houve a aplicação financeira dos
recursos recebidos, desatendendo o disposto no art. 29 da
Resolução/FNDE/CD/ nº 9, de 24 de abril de 2007. A seguir demonstramos
a cronologia de execução das despesas:
Extrato Bancário de Execução Financeira do PDDE.
Data Histórico Valor Saldo
02/01/08 OB Eletrônica 1.201,30 1.201,30
16/01/08 Depósito Cheque 120,13 1.321,43
06/03/08 Cheque compensado 1.321,43 00,00
07/08/08 OB Eletrônica 1.590,20 1.590,20
07/08/08 OB Eletrônica 795,10 2.385,30
15/08/08 Depósito cheque 238,53 2.623,83
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 19
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
Extrato Bancário de Execução Financeira do PDDE.
Data Histórico Valor Saldo
29/09/08 Cheque compensado 1.476,88 1.146,95
15/10/08 Cheque compensado 1.146,95 00,00
EVIDÊNCIA:
A - Extrato bancário da c/c nº 415.000-4 - Ag.1251, CAIXA;
B - Ordem de Fornecimento e Notas fiscais.
1.1.5 CONSTATAÇÃO:
Falta da notificação dos recursos federais recebidos, prevista na Lei
nº 9.452/1997.
FATO:
Não obstante termos requerido ao gestor municipal, por meio da
Solicitação de Fiscalização nº. 01/2009, a comprovação das
notificações das liberações dos recursos do PDDE aos partidos
políticos, sindicatos de trabalhadores e entidades empresariais, não
foi apresentado nenhum documento nesse sentido,ficando caracterizado
o descumprimento ao art. 2º da Lei nº.9.452/1997.
EVIDÊNCIA:
A - Solicitação de Fiscalização nº. 01/2009, de 15.10.2009; e
B - Ofício PM Inhumas nº 250/2009 de 05/11/2009.
AÇÃO :
0969
APOIO AO TRANSPORTE ESCOLAR NA EDUCACAO BASICA - NACIONAL
OBJETIVO DA AÇÃO :
Garantir a oferta de transporte escolar aos alunos do ensino públi-
co, residentes em área rural, por meio de assistência financeira, em
caráter suplementar, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municí-
pios, de modo a garantir-lhes o acesso e a permanência na escola.
ORDEM DE SERVIÇO : 234436
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
- Aquisição, Prefeitura Municipal/SEDUC, de combustível para os veícu-
los escolares e de serviços contratados junto a terceiros para o trans
porte dos alunos; Pagamento de despesas com impostos e taxas, peças e
serviços mecânicos.
- Atuação do Conselho de Acompanhamento e Controle Social.
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 46.127,17
1.1.6 CONSTATAÇÃO:
Falha na formalização dos procedimentos licitatórios para a
contratação dos serviços de transporte escolar do PNATE.
FATO:
Da análise dos procedimentos licitatórios relativos à execução das
ações do PNATE no Município de Inhumas/GO, verificamos impropriedades
na formalização do procedimento e na elaboração do edital, conforme
abaixo discriminadas:
I - Procedimento: Pregão Presencial nº 02, de 24.01.08.
Objeto: Serviços de transporte escolar e transporte universitário para
o ano letivo de 2008 (21 linhas - 15 rurais e urbanas e 06 Goiânia,
Anicuns, Itaberaí e Goiás).
Impropriedades:
a) Não apresentação de processo autuado e protocolado, contrariando o
disposto no Art. 38, caput da Lei n° 8.666/93. O procedimento
licitatório apresentado estava numerado de 000004 a 000124;
b) Edital não estabelece as condições para a assinatura do contrato
por parte da licitante vencedora, não define prazo e condições para
execução da avença, não constando, tampouco, a minuta do ajuste a ser
firmado entre a administração e o licitante vencedor. Esses fatos
contrariam o disposto no Art. 40 da Lei n° 8.666/93.
EVIDÊNCIA:
A - Pregão Presencial nº 02, de 24.01.08, fls de 000004 a 000124;
B - Processo nº 1808-09 - Pregão Presencial nº 05, de 24.04.09, folhas
não numeradas.
1.1.7 CONSTATAÇÃO:
Prestação dos serviços de transporte escolar: desatendimento das
normas do Código Nacional de Trânsito.
FATO:
Visando a verificação da regularidade da prestação dos serviços do
transporte escolar, foram vistoriadas 5 (cinco) viaturas que atendem
ao município de Inhumas/GO, sendo constatadas impropriedades quanto as
condições condução de veículo, a falta do uso de cinto de segurança
pelos alunos e o transporte de alunos excedendo a capacidade do
viatura. As situações constatadas estão indicadas conforme a seguir:
I - Veículo modelo Kombi, placa JGG-0219: O motorista Edvaldo Firmino
Santana usava traje inadequado, vestindo bermuda e calçando chinelos.
No momento da vistoria o condutor não portava os documentos de
licenciamento do veículo;
II - Veículo modelo Kombi, placa JHJ-0387: O Motorista Vicente José
dos Santos informou que os cintos de segurança não eram utilizados por
todos os alunos em razão de a capacidade do veículo ser de oito
passageiros e, na oportunidade, o veículo transportava dezesseis
alunos.
Motorista: Vicente José dos Santos – linha 11 Motorista: Edvaldo Firmino Santana – linha 09
1.1.8 CONSTATAÇÃO:
Falha de atuação do Conselho de Acompanhamento e Controle Social -
CACS no acompanhamento das ações do PNATE no município.
EVIDÊNCIA:
A - Prestação de contas do PNATE de 2008.
B - Ausência de atas de reuniões do CACS de 2008 e Atas nº 07, de
02/03/2009 e nº 09, de 24/06/2009.
1.1.9 CONSTATAÇÃO:
Falta de notificação dos recursos federais recebidos, prevista na Lei
nº 9.452/1997.
FATO:
Não obstante termos requerido ao gestor municipal, por meio da
Solicitação de Fiscalização nº. 01/2009, a comprovação das
notificações das liberações dos recursos do PNATE aos partidos
políticos, sindicatos de trabalhadores e entidades empresariais,
não foi apresentado nenhum documento nesse sentido, ficando
caracterizado o descumprimento ao art. 2º da Lei nº.9.452/1997.
EVIDÊNCIA:
A - Solicitação de Fiscalização nº. 01/2009, de 15.10.2009 e Ofício PM
Inhumas nº 250/2009 de 05/11/2009.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 24
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA:
Por meio do Ofício nº 55/2010 - GAB , de 15.01.2010, a Prefeitura
Municipal de Inhumas/GO apresentou a seguinte manifestação: "Foram
tomadas as providências no sentido de atender ao disposto no artigo 2º
da Lei 9542/97, sendo que foram afixadas no placar da Prefeitura,
Câmara de Diretores Lojistas, Câmara Municipal de Inhumas onde há
representantes de várias agremiações partidárias, porém, apesar de
haver outros partidos políticos no Município, não foi possível
localizar os seus representantes. Mas com o intuito de transparência,
notificamos os Partidos: PP, PSDB, PV e formalmente a Câmara Municipal
de Inhumas, que na qual comportam vereadores e representantes dos
demais partidos".
AÇÃO :
4046
DISTRIBUICAO DE MATERIAIS E LIVROS DIDATICOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL -
NACIONAL
OBJETIVO DA AÇÃO :
Prover de livros e materiais didáticos e de referência as escolas pú-
blicas do ensino fundamental, das redes federal, estadual, municipal e
do Distrito Federal, visando garantir a equidade nas condições de
acesso e a qualidade do ensino público brasileiro e, quando possível,
distribuí-los aos alunos matriculados e professores de escolas na mo-
dalidade plurilíngue, no exterior, que cursem ou lecionem a língua
portuguesa como língua estrangeira, preferencialmente nos países do
Mercosul.
ORDEM DE SERVIÇO : 234077
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
- Atendimento a todos os alunos do Estado/Município;
- Escolha dos livros didáticos por parte da escola (prazos, formas,
normas etc);
- Avaliação do processo de distribuição, utilização, conservação e
remanejamento do livro didático;
- Gerenciamento do Programa do Livro Didático por parte da SEDUC/Pre-
feitura;
- Utilização do sistema SISCORT;
- Utilização da Reserva Técnica;
- Conservação do livro didático.
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: Não se aplica
1.1.10 CONSTATAÇÃO:
Não utilização do Sistema de Controle de Remanejamento e Reserva
Técnica - SISCORT.
EVIDÊNCIA:
A - Entrevista com as gestoras do programa PNLD no município;
B - Fiscalização in loco.
1.1.11 CONSTATAÇÃO:
Falta de controle do processo de distribuição, devolução e
remanejamento do livro didático.
FATO:
Avaliando o gerenciamento da distribuição de livros a cargo do
município, foi constatado que não há registro da efetiva entrega dos
livros às escolas beneficiadas - Escolas Municipais Senador João
Abrahão Sobrinho, Monsenhor Angelino, Odilon José de Oliveira e
Otávio Balestra, constantes da amostra encaminhada pela
DSEDU/SFC/CGU. Também não foi comprovado que no município sejam
realizados levantamento periódicos a respeito de carências ou sobras
de livros nas escolas, prejudicando, via de consequência, a
possibilidade da realização de remanejamento dos acervos excedentes.
Oportuno registrar que a Escola Municipal Limeira também constava da
amostra supramencionada, contudo, a instituição não estava mais em
funcionamento, razão pela qual não foi objeto da fiscalização.
EVIDÊNCIA:
A - Fiscalização in loco.
1.1.12 CONSTATAÇÃO:
Falta de controle da entrega dos livros aos alunos e insuficiência de
ações com vistas ao incentivo da conservação e devolução dos livros.
FATO:
Nas visitas às escolas, constatamos a falta de registros das entregas
dos livros didáticos aos alunos, embora os recebimentos dos livros
tenham sido confirmados pelos beneficiários durante a realização de
entrevistas. Além disso, foi confirmado que existe trabalho de
conscientização do aluno quanto os cuidados e devolução do livro
didático, contudo essa ação é realizada somente quando da entrega do
livro ao aluno. Assim, não foi comprovada a realização de outras
campanhas de conscientização específicas para este fim ao longo do
ano.
EVIDÊNCIA:
A - Entrevista com alunos das escolas visitadas;
B - Entrevista com os professores.
1.1.13 CONSTATAÇÃO:
Falta de infra-estrutura básica para guarda e conservação dos livros.
FATO:
Em visita à Escola Municipal Rural Otávio Balestra, constatamos a
inexistência de armários e/ou prateleiras para guarda e conservação
adequada dos livros, estando os livros empilhados num canto da única
sala de aula da escola.
1.1.14 CONSTATAÇÃO:
Incompatibilidade entre as guias de recebimento dos livros com as
informações obtidas no sistema de distribuição de livros, no sítio do
FNDE.
FATO:
Comparando os dados de distribuição de livros relativos ao ano de 2009
constantes do sítio do FNDE, com a carta circular nº 21, de
27/08/2008, que encaminhou livros para as escolas Agropecuária João
Abrahão Sobrinho, Odilon José Alves e Otávio Balestra, foram
constatadas divergências em relação ao quantitativo de livros
distribuídos as escolas municipais. Cabe registrar que, de acordo com
informações obtidas da Secretaria Municipal da Educação, os
quantitativos e livros efetivamente recebidos guardavam estrita
correspondência com as quantidades relacionadas na Carta Circular.
EVIDÊNCIA:
A - Relação de distribuição dos livros extraída do sítio FNDE;
B - Cartas circular nº 21, de 27/08/2008, das escolas Agropecuária
João Abrahão Sobrinho, Odilon José Alves e Otávio Balestra;
C - Visita nas escolas.
1.1.15 CONSTATAÇÃO:
Existência de alunos sem livros nas Escolas Municipais Senador João
Abrahão Sobrinho e Monsenhor Angelino.
FATO:
Com o intuito de verificar a execução do Programa Nacional do Livro
Didático-PNLD, visitamos as escolas municipais: Senador João Abrahão
Sobrinho, Monsenhor Angelino, Odilon José de Oliveira e Otávio
Balestra, das quais constatamos a existência de alunos sem livros em
duas das escolas. Na Escola Municipal Senador João Abrahão Sobrinho,
foi identificada carência de livros no 6º, 7º, 8 e 9º ano, sendo dez
unidades de cada livro das disciplinas de Português, História,
Geografia, Ciências e Matemática. Na Escola Monsenhor Angelino foram
identificadas carências no 3º e 5º ano, do livro de História, e no 2º
ano dos livros de Ciência, História e Geografia.
EVIDÊNCIA:
A - Lista de livros didáticos fornecida pela Escola Municipal
Agropecuária de Inhumas, Senador João Abrahão Sobrinho;
B - Entrevista com os alunos da Escola Monsenhor Angelino.
AÇÃO :
8744
APOIO A ALIMENTACAO ESCOLAR NA EDUCACAO BASICA - NO ESTADO DE GOIAS
OBJETIVO DA AÇÃO :
Garantir a oferta da alimentação escolar, de forma a suprir, no míni-
mo, 15% das necessidades nutricionais dos alunos matriculados em esta-
belecimentos públicos nos Estados, Municípios e Distrito Federal, nos
estabelecimentos mantidos pela União e excepcionalmente, nas entidades
filantrópicas, com a oferta de, no mínimo uma refeição diária, durante
o período de permanência na escola. Essa ação visa a contribuir para o
crescimento do aluno, para a melhoria da sua aprendizagem e para a
formação de bons hábitos alimentares.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 29
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
ORDEM DE SERVIÇO : 234525
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Aquisição, armazenagem e distribuição dos gêneros alimentícios pela
Prefeitura Municipal/SEDUC/Escolas Executoras/Empresas Terceirizadas;
- Recebimento e armazenagem dos gêneros, elaboração da merenda e ofer-
ta da refeição aos alunos pelas escolas e empresas terceirizadas;
- Atuação do Conselho de Alimentação Escolar - CAE.
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 390.808,00
1.1.16 CONSTATAÇÃO:
Irregularidades nos procedimentos licitatórios para a aquisição dos
gêneros alimentícios relativos ao PNAE.
FATO:
Dos procedimentos licitatórios examinados, referentes à aquisição de
gêneros alimentícios para o PNAE, foram verificadas as seguintes
irregularidades, conforme o respectivo procedimento:
I - Convite nº 007/2008 - Proc. Nº 283/2008 de 17/01/2008.
Empresas constantes da ata de julgamento como participantes: Neto e
Soares Neto Ltda. - CNPJ 33.606.492/0001-12; Supermercado Ki-Jóia
(Osmiro Qualhato) - CNPJ 00490541000145; e Panificadora Santana
Granner Vaz Ltda. (CNPJ 37.347.218/0001-27).
Vencedora: Panificadora Santana Granner Vaz Ltda. (CNPJ
37.347.218/0001-27)
a)Desrespeito ao prazo mínimo entre a entrega do último convite e a
realização da sessão de abertura do certame, contrariando o disposto
no Art. 21, §2°, do inciso IV da Lei 8.666/93 - Os convites entregues
às empresas Neto e Soares Neto Ltda. e Supermercado Ki-Jóia registram
como data de entrega o dia 21/01/2008, e a licitação foi realizada no
dia 25/01/2008.
b)Propostas comerciais apresentadas sem carimbo e sem assinatura dos
responsáveis pelas empresas - das propostas das empresas Neto
Soares Neto e Supermercado Ki Jóia não constam carimbo e assinatura
dos responsáveis pelas empresas. Ademais, as propostas foram
apresentadas em cópias de papel timbrado das empresas.
c)Empresas indicadas como participantes não confirmam participação
no certame - instado a confirmar, por meio de circularização, a
participação no Convite n° 007/2008, o proprietário da empresa Neto
Soares Neto declarou que não participou da licitação. Já o
proprietário do Supermercado Ki Jóia se negou a assinar o anexo do
Ofício Circular, confirmando ou negando sua participação.
d) Proposta comercial da licitante vencedora apresentada por meio de
aposição manual do preço oferecido no próprio instrumento do convite
para participar do certame, contrariando o item 6.4 do edital de
licitação, que previa que o documento fosse apresentado em formulário
próprio da empresa.
e) Sobrepreço no valor do kilograma do pão francês - a proposta da
empresa vencedora previu o fornecimento de 6.300 kg de pão, ao preço
de R$ 4,80/kg, totalizando R$ 30.240,00. Os comprovantes de despesas
registram o fornecimento de 5.625 kg de pães, ao preço de R$ 6,00,
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 30
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
totalizando de R$ 33.750,00. Respeitado o valor do kg do pão constante
da proposta, o montante a ser pago deveria totalizar R$
27.000,00, o que resultou no pagamento, a maior, de R$ 6.750,00.
f) Não constam do processo instrumento de contrato ou eventual termo
aditivo de reajustamento de preços.
1.1.17 CONSTATAÇÃO:
Divergências entre os dados informados na prestação de contas e os
constantes no sítio do FNDE relativas ao PNAE.
FATO:
Em análise da Prestação de Contas de 2008, constatamos que os valores
lançados pela Prefeitura relativos às receitas do FNDE e à
contrapartida divergem dos recursos financeiros transferidos pelo
FNDE, constantes do seu sítio na internet, e dos extratos bancários,
os quais demonstram que os valores efetivamente transferidos são
superiores aos informados, conforme demonstrado abaixo:
1.1.18 CONSTATAÇÃO:
Falta da apresentação das notas fiscais relativas aos pagamentos
realizados na conta 11991-1, Ag.496-0, Banco do Brasil.
FATO:
Dos extratos bancários da aplicação dos recursos do PNAE de 2008,
verificamos que não foram apresentadas pela Prefeitura as notas
fiscais dos pagamentos realizados na conta 11991-1, Ag.496-0,
relativamente aos cheques abaixo relacionados:
BANCO DO BRASIL - AG. 496-0 C/C 11991-1
Nº CHEQUE VALOR (R$) DATA
850049 2.188,41 02/01/2008
850050 1.995,15 23/04/2008
850051 1896,00 25/04/2008
850052 1.999,50 16/05/2008
850053 1.999,50 20/06/2008
850054 2.076,00 22/07/2008
850055 1.999,50 18/08/2008
850057 132,00 30/10/2008
TOTAL 14.282,06
EVIDÊNCIA:
A - Extrato bancário conta nº 11991-1, Ag.496-0, Banco do Brasil.
1.1.19 CONSTATAÇÃO:
Falta de apresentação de documentação comprobatória da aplicação dos
recursos do PNAE de 2009.
EVIDÊNCIA:
A - Extrato bancário da conta-corrente nº 23315-X, Agência 0496-0,
Banco do Brasil;
B - Notas fiscais, cópias de cheques, nota de empenho e ordens de
pagamento apresentados pela Prefeitura de Inhumas.
1.1.20 CONSTATAÇÃO:
Escolas Municipais com infra-estrutura inadequada para o preparo e a
distribuição da merenda escolar.
FATO:
Em visita às Escolas Municipais Peralta, Uni Duni Tê e Otávio
Balestra, e Escolas Rurais Odilon José Oliveira e Monsenhor Angelino,
verificamos que as cantinas apresentam condições inadequadas para o
preparo e a distribuição de lanches aos alunos. As situações
constatadas foram as seguintes:
a) portas e janelas das cantinas não possuem proteção contra insetos e
roedores;
b) os tetos das cantinas não possuem forro;
c) a estocagem e o cozimento dos alimentos são realizados no mesmo
local.
EVIDÊNCIA:
A - Fotos das escolas municipais visitadas:
Teto sem forro da Escola Municipal Odilon Janela da Escola Municipal Odilon
1.1.21 CONSTATAÇÃO:
Falha no controle da distribuição de gêneros alimentícios do PNAE às
escolas.
FATO:
Em visita às escolas Peralta, Uni Duni Tê e Otávio Balestra; e às
Escolas Rurais Odilon José Oliveira e Monsenhor Angelino, constatamos
que a entrega de gêneros alimentícios perecíveis é feita
semanalmente, não havendo controle documental desse recebimento. O
controle da quantidade recebida somente é feito na guia de remessa do
consumo mensal.
EVIDÊNCIA:
A - Guias de remessas de gêneros alimentícios das escolas Peralta, Uni
Duni Tê, Otávio Balestra, Escola Rural Odilon José Oliveira, Escola
Rural Monsenhor Angelino;
B - Inspeção "in loco".
1.1.22 CONSTATAÇÃO:
Fracionamento de despesas nas aquisições de gêneros alimentícios do
PNAE em 2008.
FATO:
Da análise dos procedimentos licitatórios relativos à execução das
ações do PNAE no Município de Inhumas/GO, verificamos que as
aquisições de gêneros alimentícios realizadas no decorrer de 2008
totalizaram R$ 521.402,59. Nas licitações realizadas não foi observado
a modalidade pertinente ao valor anual estimado da contratação. As
compras foram parceladas e realizadas por meio de 6 (seis) licitações
na modalidade convite, em desacordo com estabelecido no inciso II,
letra a e b, e § 1 e 2º, do Artigo 23, da Lei nº 8.666/93.
EVIDÊNCIA:
A - Processo: 282-08, Convite Nº 006, de 24.01.08
B - Processo: 283-08, Convite Nº 007, de 25.01.08
C - Processo: 3874-08, Convite Nº 041, de 29.05.08
D - Processo: 6525-08, Convite Nº 056, de 27.08.08
E - Processo: 6526-08, Convite Nº 057, de 27.08.08
F - Processo: 7155-08, Convite Nº 061, de 11.09.08
1.2 - PROGRAMA
1449
ESTATÍSTICAS E AVALIAÇÕES EDUCACIONAIS
AÇÃO :
4014
CENSO ESCOLAR DA EDUCACAO BASICA - NACIONAL
OBJETIVO DA AÇÃO :
Realizar, anualmente, em parceria com as Secretarias de Educação dos
Estados e do Distrito Federal, por escola, a coleta de informações
estatístico-educacionais referentes a matrículas e docência,para
subsidiar o planejamento e a gestão da Educação nas esferas
governamentais.
ORDEM DE SERVIÇO : 233986
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Levantamento detalhado das escolas e do aluno da educação infantil, do
ensino fundamental e do ensino médio.
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
FUNDO A FUNDO OU CONCESSãO
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: Não se aplica
1.2.1 CONSTATAÇÃO:
Divergência entre os dados do Censo Escolar e dos Diários de Classe da
rede municipal de ensino de Inhumas/GO.
FATO:
Por meio da análise dos diários de classe do mês de maio/2008 das
Escolas Municipais Peralta, Uni Duni Tê e Monsenhor Angelino, e
Escolas Rurais Odilon José Oliveira e Otávio Balestra, definidas em
amostra pela DSEDU/SFC/CGU, constatamos a seguinte situação:
Quadro Comparativo – Censo X Diários de Classe - Inhumas/GO
Educação Infantil Educação Fundamental
Escola Municipal
Censo Diário Dif. Censo Diário Dif.
Peralta 164 162 2 - - -
Uni Duni Tê 133 132 1 387 399 -12
Odilon J Oliveira 8 8 0 16 16 0
Otávio Balestra 3 3 0 9 11 -2
Monsenhor Angelino 6 3 3 25 23 2
Fonte: Censo/MEC e Diários de Classe das escolas municipais
EVIDÊNCIA:
A - dados do Censo de 2008;
B - diários de classe do mês de maio/2008 das Escolas Municipais
Peralta, Uni Duni Tê, Monsenhor Angelino, Escola Rural Odilon José
Oliveira, Escola Rural Otávio Balestra.
2.1 - PROGRAMA
1214
ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE
AÇÃO :
0587
ATENDIMENTO ASSISTENCIAL BaSICO NOS MUNICiPIOS BRASILEIROS
OBJETIVO DA AÇÃO :
Ampliar o acesso da população rural e urbana à atenção básica, por
meio da transferência de recursos federais, com base em um valor
per capita, para a prestação da assistência básica, de caráter
individual ou coletivo, para a prevenção de agravos, tratamento
e reabilitação, levando em consideração as disparidades regionais.
ORDEM DE SERVIÇO : 233626
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Os municípios e o Distrito Federal, como gestores dos sistemas locais
de saúde, são responsáveis pelo cumprimento dos princípios da Atenção
Básica, pela organização e execução das ações em seu território, compe
tindo-lhes, entre outros:
I-organizar,executar e gerenciar os serviços e ações de Atenção Básica
dentro do seu território;
II-Incluir a proposta de organização da Atenção Básica e da forma de
utilização dos recursos do PAB Fixo e Variável, nos Planos de Saúde;
III-Inserir preferencialmente a estratégia de Saúde da Família em sua
rede de serviços, visando à organização sistêmica da atenção à saúde;
IV-Organizar o fluxo de usuários;
V-Garantir infra-estrutura necessária ao funcionamento das Unidades Bá
sicas de Saúde (recursos materiais, equipamentos e insumos);
VI-Selecionar, contratar e remunerar os profissionais de saúde.
(As demais competências dos municípios constam da Portaria 648/2006).
AGENTE EXECUTOR :
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 40
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
FUNDO MUNICIPAL DE SAUDE DE INHUMAS
AUTARQUIA MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
FUNDO A FUNDO OU CONCESSãO
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 1.265.352,29
2.1.1 CONSTATAÇÃO:
Plano Municipal de Saúde não abrange o ano de 2009.
FATO:
Em atenção à Solicitação de Fiscalização nº
001/2009/SM30/Inhumas/Saúde/CGU-Regional/GO, a Secretaria Municipal de
Saúde encaminhou à equipe de fiscalização o Plano Municipal de Saúde
do Município de Inhumas para a gestão 2005 a 2008, ao contrário do que
determina a Portaria MS nº 3085/GM, de 01/12/2006, em seu artigo 4º, §
2º, conforme transcrito a seguir: "Estes instrumentos, em cada esfera
de gestão do SUS, deverão ser compatíveis com os respectivos Planos
Plurianuais (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei
Orçamentária Anual (LOA), conforme dispositivos constitucionais e
legais acerca destes instrumentos". Assim, formalmente, não há no PMS
dados referentes ao ano de 2009, deixando as ações do corrente período
sem o devido suporte de planejamento prévio. Ainda em campo, a
Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Coordenadora do Controle e
Avaliação, em seu Ofício nº 164/2009, manifestou-se da seguinte
maneira acerca do problema apontado: " Vimos através deste, justificar
que por engano a data do Plano Municipal de 2005 a 2008 foi digitada
erroneamente, pois esta data não pode coincidir com o período de
gestão, ela deve-se prolongar por mais um ano, ou seja, 2006 a 2009."
Em análise ao conteúdo do referido Plano Municipal de Saúde, não se
vislumbra que a questão da data tenha sido apenas um erro de
digitação, pois além do período "2005 a 2008" ter sua citação repetida
em mais de uma situação no referido documento, não houve nenhuma
atitude promovida pela Secretaria Municipal de Saúde no sentido de se
retificar os eventuais erros de data e de conteúdo encontrados no PMS.
EVIDÊNCIA:
SF nº 001/2009/SM30/Inhumas/Saúde/CGU-Regional/GO;
Plano Municipal de Saúde 2005 - 2008;
Ofício nº 164/2009, de 19/10/2009.
2.1.2 CONSTATAÇÃO:
Conselho Municipal de Saúde não possui autonomia financeira e
administrativa para seu funcionamento.
FATO:
Questionada por meio da Solicitação de Fiscalização n.º
001/2009/SM30/Inhumas/Saúde/CGU-Regional/GO acerca da estruturação e
funcionamento do Conselho Municipal de Saúde, o Secretário Municipal
de Saúde, em documento assinado pelo mesmo, informou o seguinte:
"Atesto que o conselho municipal de saúde de Inhumas utiliza as
dependências da secretaria municipal de saúde do município para as
reuniões, discussões e pesquisas inerentes ás atividades do conselho,
sendo destinado espaço físico com mesa para reuniões, arquivo próprio
e exclusivo além de computador e internet. Atesto ainda que as
eventuais despesas com refeições, deslocamentos, material de
expediente entre outros, correm por conta das dotações orçamentárias
do fundo municipal de saúde."(sic). Desta forma, a Prefeitura
Municipal não cumpre com o determinado pelo Conselho Nacional de
Saúde, em sua resolução n.º 333/2003, quarta diretriz, transcrita a
seguir, ao não conceder autonomia para o funcionamento do Conselho
Municipal de Saúde: "Os Governos garantirão autonomia para o pleno
funcionamento do Conselho de Saúde, dotação orçamentária, secretaria
executiva e estrutura administrativa."
EVIDÊNCIA:
A - SF n.º 001/2009/SM30/Inhumas/Saúde/CGU-Regional/GO;
B - Documento assinado pelo Secretário Municipal de Saúde;
C - Visita in loco.
2.1.3 CONSTATAÇÃO:
Composição do Conselho Municipal de Saúde incompatível com o
determinado pelo Conselho Nacional de Saúde.
FATO:
De acordo com a Lei n.º 2.492/2001, que reformulou lei anterior que
havia instituído o Conselho Municipal de Saúde de Inhumas/GO, este
passou a ser composto por 14 integrantes, com a seguinte distribuição
sintética de representação:
Dos usuários: 35,71 %;
Entidades dos trabalhadores de Saúde: 14,29%;
Representantes de governo, prestadores de serviços privados
conveniados, ou sem fins lucrativos: 50%.
No entanto, a Resolução n.º 333/2003 do Conselho Nacional de Saúde,
determina, em sua Terceira Diretriz, II, que a composição dos
Conselhos Municipais de Saúde siga a seguinte distribuição:
Dos usuários: 50%;
Entidades dos trabalhadores de Saúde: 25%;
Representantes de governo, prestadores de serviços privados
conveniados, ou sem fins lucrativos: 25%.
Desta forma, a referida lei que regulamenta a distribuição de vagas
junto ao Conselho Municipal de Saúde de Inhumas/GO está em
desconformidade com determinação superior, com a conseqüente
fragilização do controle social na área da saúde.
EVIDÊNCIA:
A) Lei n.º 2.492, de 24/09/01.
2.1.4 CONSTATAÇÃO:
Conselho Municipal de Saúde não se reúne conforme periodicidade
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 43
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
estabelecida em resolução do Conselho Nacional de Saúde.
FATO:
Conforme verificou-se em análise às atas disponibilizadas à equipe de
fiscalização pela Secretaria Municipal de Saúde, as reuniões
ordinárias não têm acontecido a cada 30 dias, conforme determina a
Resolução CNS n.º 333/2003, Quarta Diretriz, V e ratificado pelo
artigo 6, II, da Lei Municipal n.º 2.492, de 24/09/01, sendo que as
reuniões foram realizadas nas seguintes datas: 05/03/08, 14/05/08,
26/11/08, 28/01/09, 29/04/09 e 24/06/09. Tal modo de ação, em
desacordo com os citados dispositivos legais, possui respaldo no
Regimento Interno do Conselho Municipal de Saúde, em seu artigo 12,
cujo texto informa que "O Conselho se reunirá sempre que for
necessário, para desempenhar suas atribuições, mediante convocação do
Presidente, do seu substituto legal ou a requerimento da maioria de
seus membros." Assim, a periodicidade estipulada pelo Conselho
Nacional de Saúde e ratificada em lei específica encontra-se
formalmente desobedecida pelo Regimento Interno do Conselho Municipal
de Saúde e, consequentemente, fragilizando o controle social junto às
ações de saúde desenvolvidas no Município.
EVIDÊNCIA:
Lei n.º 2.492, de 24/09/01;
Regimento Interno do Conselho Municipal de Saúde
Cópia das atas das reuniões ordinárias e extraordinárias do Conselho
Municipal de Saúde.
2.1.5 CONSTATAÇÃO:
Pagamento de taxas bancárias com recursos do PAB-FIXO.
FATO:
De acordo com informações da Prefeitura Municipal de Inhumas/GO, esta
mantém convênio com o Banco do Brasil para a realização da folha de
pagamento de todos os seus servidores efetivos, além dos prestadores
de serviços, por meio da Agência n.º 496-0, Conta-corrente n.º 73145-
5, concentrando, assim, os recursos de diversas áreas para o pagamento
salarial de seu quadro funcional. Especificamente em relação aos
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 44
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
prestadores de serviços pagos com recursos do PAB-FIXO, cujos créditos
do Fundo Nacional de Saúde são vinculados à Conta-corrente n.º 19457-
3, Agência n.º 496, a Secretaria Municipal de Saúde, gestora das
contas da saúde, efetua pagamento de taxa estipulada no referido
convênio, cobrada pelo Banco do Brasil, com os recursos específicos do
citado Programa, conforme descrito abaixo:
EVIDÊNCIA:
A- Extratos bancários de janeiro de 2008 a agosto de 2009, com seus
respectivos extratos contábeis.
AÇÃO :
20AD
PISO DE ATENCAO BASICA VARIAVEL - SAUDE DA FAMILIA - NACIONAL
OBJETIVO DA AÇÃO :
Verificar a atuação das equipes do PSF, a participação do gestor muni
cipal na implementação e desenvolvimento do programa e o controle
realizado pelo gestor federal quanto à observância de critérios e
requisitos.
ORDEM DE SERVIÇO : 233142
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Propostas de implantação de equipes do PSF inseridas no Plano
Municipal de Saúde, propostas analisadas pelos conselhos municipais
de saúde, unidades básicas de saúde adequadamente estruturadas,
materiais e equipamentos disponibilizados aos profissionais,
profissionais selecionados e contratados conforme a legislação,
contrapartida municipal efetivada, dados inseridos corretamente no
SIAB, equipes capacitadas, prestação de contas analisada pelo conselho
municipal de saúde, atendimento prestado adequadamente às famílias,
carga horária semanal cumprida pelos profissionais do PSF/PACS.
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
FUNDO A FUNDO OU CONCESSãO
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 3.379.085,00
2.1.6 CONSTATAÇÃO:
Ausência de realização do curso introdutório.
FATO:
Em entrevista com os Agentes Comunitários de Saúde constatou-se a
existência de uma servidora, concursada, cuja nomeação ocorreu em
16/07/2008, que ainda não participou do curso introdutório, em
desacordo com o contido na Portaria nº 648-GM, de 28/03/2006. A
Coordenadora do PSF no município informou que os profissionais das
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 46
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
equipes 301 e 308 ainda não participaram do curso introdutório, pois
estão aguardando o fechamento de novas turmas, haja vista que o
chamamento dos profissionais aprovados no concurso público realizado
em fevereiro de 2008 ocorreu em janeiro de 2009.
EVIDÊNCIA:
a - Entrevista com ACS;
b - Decreto nº 161, de 16/07/2008;
c - Declaração da Coordenadora do PSF, datada de 21/10/09.
FATO:
Os Agentes Comunitários de Saúde entrevistados afirmaram que dispõem
de
recursos materiais/equipamentos/insumos necessários à realização das
suas atividades. No entanto, questionaram sobre a obrigatoriedade da
disponibilização de camisetas, por parte da Secretaria Municipal de
Saúde, uma vez que, segundo eles, o último fornecimento ocorreu no
exercício de 2006, ocasião em que foram distríbuídas duas por ACS.
EVIDÊNCIA:
a - Entrevistas realizadas com quinze ACS.
2.1.8 CONSTATAÇÃO:
Número de famílias cadastradas por Equipe superior ao previsto.
FATO:
De acordo com os dados extraídos do Sistema SIAB, por meio do
Relatório "Consolidado das Famílias Cadastradas no Ano de 2009",
constatou-se que as equipes 308, 309 e 314, atendem, respectivamente,
4.403, 4.446 e 4.288 pessoas, portanto em número superior ao
recomendado na Portaria GM/MS nº 648, qual seja, de 4.000 pessoas por
equipe.
EVIDÊNCIA:
a - Relatório SIAB - Consolidado das Famílias Cadastradas no Ano de
2009.
2.1.9 CONSTATAÇÃO:
Atendimento odontológico insuficiente.
FATO:
Das 39 famílias entrevistadas, sete informaram que aguardam
atendimento odontológico, enquanto que outras 15 afirmaram que não
utilizam os serviços do PSF, sendo que, a maioria delas, motivadas
pelo longo período de espera para serem chamadas.
Constatamos, também, que a Unidade de Saúde da Família Genesy Vieira
Soyer, onde atuam as equipes 312 e 313, ambas com equipe de Saúde
Bucal na Modalidade 1, possui apenas um equipamento odontológico,
conforme relatado em item específico deste Relatório.
Ressalte-se que os Agentes Comunitários de Saúde entrevistados
afirmaram que o atendimento é realizado concomitantemente com duas
pessoas de cada microárea. Dessa forma, e de acordo com o tempo de
duração de cada tratamento, grande parte da população não é atendida.
EVIDÊNCIA:
a - Verificação in loco;
b - Entrevistas realizadas com 39 famílias beneficiárias do Programa.
2.1.10 CONSTATAÇÃO:
Existência de Unidades Básicas de Saúde não adequadas,
estruturalmente, para o atendimento da população.
FATO:
Durante visita a quatro Unidades Básicas de Saúde, onde atuam oito
Equipes de Saúde da Família, constatou-se que três delas não atendem
aos dispositivos estabelecidos no Manual de Estrutura Física da
UBS/USF e no item 3, subitem III (Da Infra-estrutura e dos recursos
necessários) da Portaria nº 648/2006, já que foram detectadas as
seguintes situações:
- Inexistência de sanitários anexos aos consultórios das Unidades Dr.
Tufi Sahium, Dr. João Severino de Araújo e Genesy Vieira Soyer;
- Inexistência de abrigo de resíduos sólidos (expurgo) na Unidade Dr.
João Severino de Araújo - Ressalte-se que o lixo encontrava-se
depositado no sanitário masculino, quando da nossa visita;
- Inexistência de área de escovação nas Unidades Dr. Tufi Sahium, Dr.
João Severino de Araújo e Genesy Vieira Soyer;
- Falta de manutenção, com paredes danificadas por infiltrações e
mofo, nas Unidades Dr. João Severino de Araújo e Genesy Vieira Soyer.
Constatamos, também, que a Unidade de Saúde da Família Genesy Vieira
Soyer, onde atuam as equipes 312 e 313, ambas com equipe de Saúde
Bucal na Modalidade 1, possui apenas um equipamento odontológico.
Segundo a Coordenadora do PSF, um dos equipamentos foi instalado em
uma Unidade de apoio na zona rural, visando o atendimento daquela
comunidade, o que prejudica o atendimento às famílias residentes na
zona urbana, uma vez que duas equipes utilizam, em escala de
revezamento, um mesmo equipamento.
EVIDÊNCIA:
a - Visita in loco;
b - Fotos a seguir:
2.1.11 CONSTATAÇÃO:
Pagamento de taxas bancárias com recursos do PSF, PACS e Saúde Bucal.
FATO:
De acordo com informações da Prefeitura Municipal de Inhumas/GO, esta
mantém convênio com o Banco do Brasil para a realização da folha de
pagamento de todos os seus servidores efetivos, além dos prestadores
de serviços, por meio da Agência nº 496-0, Conta-corrente nº 73145-5,
concentrando, assim, os recursos de diversas áreas para o pagamento
salarial de seu quadro funcional.
Especificamente em relação aos prestadores de serviços pagos com
recursos do PSF, cujos créditos do Fundo Nacional de Saúde são
vinculados à Conta-corrente nº 6949-3, Agência nº 496, a Secretaria
Municipal de Saúde, gestora das contas da saúde, efetua pagamento de
taxa estipulada no referido convênio, cobrada pelo Banco do Brasil,
com os recursos específicos do citado Programa, conforme descrito no
quadro a seguir:
Total 1319,31
Fonte: Extratos bancários e Contábeis de janeiro de 2008 a agosto de 2009.
EVIDÊNCIA:
a - Extratos bancários de janeiro de 2008 a agosto de 2009, com seus
respectivos extratos contábeis.
FATO:
Em análise às despesas efetuadas com os recursos financeiros relativos
ao Piso da Atenção Básica Variável - PAB Variável, destinados ao
custeio da estratégia de Saúde da Família, relativos ao meses de
janeiro e março de 2009, constatamos o pagamento de servidores não
vinculados às equipes do PSF, quais sejam:
- Servidor CMP - Técnico em Enfermagem - Cais
- Servidor JPS - Nutricionista - Cais
- Servidor GBCG - Assistente Social
Conforme o artigo 6º da Portaria GM nº 698/2006, transcrito abaixo, os
recursos destinados às referidas contas específicas devem ser gastos,
exclusivamente, em atividades correlatas a cada bloco e coerentes com
as diretrizes do Plano Municipal de Saúde: "Os recursos de cada Bloco
de Financiamento devem ser aplicados, exclusivamente, nas ações e
serviços de saúde relacionados ao Bloco". Desta forma, o pagamento de
servidores, embora da área da saúde, que não estejam vinculados às
Equipes de Saúde da Família, está fora do rol de despesas elegíveis.
EVIDÊNCIA:
a - Análise das despesas realizadas com recursos do PSF, nos meses de
janeiro, fevereiro e março de 2009.
2.1.13 CONSTATAÇÃO:
Inexistência de proposta de expansão de equipes do PSF no Plano
Municipal de Saúde.
FATO:
Conforme relatado em item específico deste Relatório, o Plano
Municipal de Saúde existente abrange o período de 2005 a 2008. Nele
não há previsão de expansão de equipes do PSF no município. Não há,
também, planejamento para o exercício de 2009.
Ressaltamos, no entanto, que a Secretaria Municipal de Saúde
apresentou, à equipe da CGU/GO, um "Projeto de Implementação do PSF de
Inhumas" datado de fevereiro/2009, onde está prevista a implantação de
três novas equipes. Quanto à aprovação destas pelo Conselho Municipal
de Saúde, constatamos que, em Ata do dia 14/05/2008, foi aprovada a
construção de uma Unidade do PSF no Setor Jardim Raio de Sol, a
Unidade Joviano Lobo. Não foram identificadas reuniões para aprovação
de implementação de outras novas equipes.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 56
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
A Secretaria Municipal de Saúde apresentou, ainda, uma Declaração da
Regional de Saúde - Central, datada de 21/10/2009, onde consta que a
Unidade de Saúde da Família Joviano Lobo teve o Projeto homologado
pela Resolução CIB nº 026/2009. A referida Unidade já se encontra em
funcionamento. Quanto às outras duas Unidades, a citada Declaração
informa que, na data da supervisão, não estavam devidamente
estruturadas, contando apenas com Unidade de Apoio, e que um novo
Parecer Técnico será emitido após serem sanadas as pendências
existentes.
EVIDÊNCIA:
a - Projeto de implementação do PSF de Inhumas;
b - Declaração da Regional de Saúde à Central;
c - Atas de reuniões do CMS.
AÇÃO :
8581
ESTRUTURACAO DA REDE DE SERVICOS DE ATENCAO BASICA DE SAUDE - NACIONAL
OBJETIVO DA AÇÃO :
Financiamento para a adequação e ampliação da rede de serviços de a-
tenção básica de saúde; apoio técnico e financiamento para melhoria a-
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 57
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
dequação da rede de serviços caracterizada como de primeira referência
para a atenção básica.
ORDEM DE SERVIÇO : 233055
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Aquisição de Equipamentos Médico-Hospitalares.
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
CONVÊNIO SIAFI 618287
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 103.110,00
2.1.14 CONSTATAÇÃO:
Ausência de registro patrimonial dos equipamentos adquiridos.
FATO:
Evidenciamos que o gestor não havia providenciado, até o momento de
nossa inspeção in loco, o devido registro patrimonial dos bens
adquiridos com recursos do convênio n. 1001/2007, não tendo sido
averiguado sequer um deles portando sua identificação patrimonial.
Asseveramos que tal situação se afigura prejudicial ao controle desses
bens, não somente para o gestor municipal, como também aos órgãos de
fiscalização externa, por ocasião de sua atuação.
EVIDÊNCIA:
Inspeção física por nós realizada na Unidade de Saúde Parque Santa
Marta, em Inhumas/GO.
2.1.15 CONSTATAÇÃO:
Ausência de destinação adequada a alguns dos equipamentos adquiridos
para prover as necessidades da Unidade de saúde da Família Parque
Santa Marta.
EVIDÊNCIA:
Inspeção realizada "in loco", cujo objeto refere-se aos equipamentos
adquiridos pelo gestor municipal, em função da celebração do convênio
n. 1001/2007, e que foram destinados à Unidade de Saúde da Família
Parque Santa Marta, em Inhumas/GO.
2.1.16 CONSTATAÇÃO:
Irregularidade verificada quanto à correta localização de equipamentos
adquiridos e que segundo constante do correspondente Plano de
Trabalho, devidamente aprovado, deveriam estar sendo utilizados nas
dependências da Unidade de Saúde da Família Parque Santa Marta, em
Inhumas/GO.
FATO:
Cumpre-nos relatar que ao longo de nossa inspeção realizada nas
dependências da Unidade de Saúde beneficiada pelo objeto do Convênio
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 59
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
n. 1001/2007, constatamos a ausência de um aparelho de ar-condicionado
"split", o qual foi adquirido mediante emissão de nota fiscal n. 1643,
datada de 11/08/2008, oriunda da empresa SKALA MEDH Produtos Médicos e
Hospitalares Ltda., sendo o presente item composto de Unid. Ext. CA
SPLIT SE18F 220/60, no valor de R$ 1.140,00 e Unid. Int. CA SPLIT
SI18F 220/60, no valor de R$ 500,00.
Ademais, deve-se aduzir que além do mencionado aparelho de ar-
condicionado, também não encontramos no local outros materiais
adquiridos por força do mesmo convênio, como: um bisturi eletrônico
mod. BP 100 plus, no valor de R$ 510,00; um dos dois negatoscópios
adquiridos, no valor unitário de R$ 180,00; um projetor data show no
valor de R$ 2.300,00; um suporte para soro fixo com 4 ganchos, no
valor de R$ 94,00; uma cadeira de rodas, no valor de R$ 345,00; uma
impressora multifuncional, ao preço de R$ 650,00; um microcomputador
completo, no valor de R$ 1.450,00; um aparelho fotopolimerizador, ao
preço de R$ 455,00; um armário de aço, tipo roupeiro, no valor de R$
1.560,00; um criocautério (o qual segundo informações estaria na
Unidade de Saúde Joviano Lobo), no valor de R$ 2.249,00 e uma câmara
de refrigeração, no valor de R$ 14.200,00.
Além disso, deve ser acrescido que em outra inspeção por nós realizada
naquela municipalidade, mais especificamente na Unidade de Saúde
Teodoro Alves, acabamos por nos deparar com o supradito aparelho de
ar-condicionado, o qual encontrava-se juntamente com mais 3
negatoscópios, 1 gabinete torre ATX e uma impressora multifuncional
HP, todos embalados no interior de um de seus banheiros, não se
encontrando no atendimento da finalidade para os quais foram
adquiridos.
Importante consignar o redimensionamento de tal constatação a qual
acaba por adquirir maior gravame na medida em que se conjuga à
irregularidade da localização do equipamento ora em apreço, o fato de
o mesmo sequer contar com o seu devido registro patrimonial, além de
permanecer sem utilização efetiva, mesmo já transcorridos mais de 1
ano e 3 meses de sua aquisição.
EVIDÊNCIA:
Constatações por nós realizadas, mediante inspeção "in loco".
Segue relatório fotográfico do que fora por nós constatado por ocasião
da inspeção realizada.
2.1.17 CONSTATAÇÃO:
Ausência de registro patrimonial dos materiais/equipamentos adquiridos
por meio do Convênio nº 1661/2007.
FATO:
Evidenciamos que os bens adquiridos pelo Fundo Municipal de Saúde de
Inhumas/GO, em razão do Convênio nº 1661/2007, cujo objeto consistia
na aquisição de equipamentos e materiais permanentes para Unidade
Básica de Saúde, não foram, até o momento da realização de nossa
fiscalização "in loco", submetidos ao devido registro patrimonial, não
tendo sido verificado, em nenhum deles, qualquer indicação de que
foram incorporados ao patrimônio da Administração local.
EVIDÊNCIA:
Inspeção realizada "in loco", tendo por objeto os
materiais/equipamentos adquiridos pelo gestor municipal, em
cumprimento ao estabelecido no Convênio nº 1661/2007.
2.1.18 CONSTATAÇÃO:
Não localização de alguns dos equipamentos/materiais adquiridos por
meio do Convênio nº 1661/2007.
FATO:
Pudemos constatar que, dos bens adquiridos pelo Fundo Municipal de
Saúde de Inhumas/GO, mediante utilização dos recursos repassados em
função do Convênio nº 1661/2007, os quais se destinariam a suprir as
necessidades da Unidade de Saúde Teodoro Alves, alguns deles não foram
por nós encontrados naquele local. Destacamos que tais bens
compreendem um DVD player DV361K KARAOKE-V.Cassete (no valor de R$
430,00); uma cadeira odontológica Ecoflex Odontomedic (no valor de R$
5.020,00); uma balança eletrônica AD. Ref.M200 Welmy (no valor de R$
845,00); um micromotor sistema Duriot D-X (no valor de R$ 222,00); um
colposcópio CP-14 Microem (no valor de R$ 9.100,00); um esteto Litiman
Classic II preto-2201 (no valor de R$ 1.900,00) e um esteto Litiman
pediátrico preto-2113 (no valor de 950,00).
EVIDÊNCIA:
Inspeção "in loco", levada a efeito por está equipe de fiscalização.
Segue, abaixo, relatório fotográfico pertinente ao objeto do convênio
em apreço.
AÇÃO :
8581
ESTRUTURACAO DA REDE DE SERVICOS DE ATENCAO BASICA DE SAUDE - NACIONAL
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 64
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
OBJETIVO DA AÇÃO :
Financiamento para a adequação e ampliação da rede de serviços de a-
tenção básica de saúde; apoio técnico e financiamento para melhoria a-
dequação da rede de serviços caracterizada como de primeira referência
para a atenção básica.
ORDEM DE SERVIÇO : 233063
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Construção/Reforma de Unidade de saúde.
AGENTE EXECUTOR :
ASSOCIACAO LAR DE SANTANA DE INHUMAS
*** TIPO DE ADMINISTRACAO NAO IDENTIFICADA ***
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
CONVÊNIO SIAFI 544612
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 50.000,00
2.1.19 CONSTATAÇÃO:
Pagamentos realizados em pecúnia, mediante saque em conta corrente.
FATO:
Observamos que os pagamentos realizados pela Associação Lar de Santana
de Inhumas/GO à empresa ESSA Engenharia Ltda., contratada para
realização da reforma de suas instalações, relativos às Notas Fiscais
nºs 151, 152 e 154, respectivamente nos valores de R$ 21.146,93; R$
15.419,47 e R$ 13.399,23, foram feitos diretamente da primeira para
a segunda, em pecúnia, mediante saque em conta corrente dos recursos
financeiros repassados por força do Convênio nº 3752/05, contrariando
o Art. 20 da IN STN 01/1997.
EVIDÊNCIA:
Análise do extrato de conta corrente específica do convênio nº
3752/05, bem como reconhecimento do próprio responsável pela despesa,
mediante declaração constante à folha 196, do Processo
MS25005.002516/2005-92.
AÇÃO :
8581
ESTRUTURACAO DA REDE DE SERVICOS DE ATENCAO BASICA DE SAUDE - NACIONAL
OBJETIVO DA AÇÃO :
Financiamento para a adequação e ampliação da rede de serviços de a-
tenção básica de saúde; apoio técnico e financiamento para melhoria a-
dequação da rede de serviços caracterizada como de primeira referência
para a atenção básica.
ORDEM DE SERVIÇO : 233108
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Aquisição de Unidade Móvel de Saúde.
AGENTE EXECUTOR :
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 65
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
CONVÊNIO SIAFI 541961
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 94.500,00
2.1.20 CONSTATAÇÃO:
Ausência de parecer jurídico prévio à realização do procedimento
licitatório.
FATO:
A PM de Inhumas não apresentou as minutas dos Editais de Licitação e
dos consequentes Contratos Administrativos relativos ao Pregão nº
003/2006 e ao Convite nº 004/2007, acompanhadas do devido despacho de
exame e aprovação elaborado previamente pela Assessoria Jurídica.
Em relação ao Pregão nº 003/2006, foi disponibilizado, pela
Prefeitura, o Despacho s/nº, de 05/07/2006, elaborado pelo seu
Assessor Jurídico (OAB/GO 9882), opinando pelo prosseguimento da
licitação. Ocorre que tal Despacho foi exarado na mesma data da
aprovação do Edital pelo Sr. Prefeito e pela Srª. Pregoeira, indicando
que houve apenas análise 'pro forma' das minutas.
Quanto ao Convite nº 004/2007, o fato descrito anteriormente se
repetiu, pois o Despacho s/nº, de 05/01/2007, elaborado pela
Assessoria Jurídica da Prefeitura, opinou pelo prosseguimento da
licitação, na mesma data em que o Edital do Convite foi aprovado pelo
Presidente da Comissão de Licitação, donde se pode inferir que não
houve análise prévia das minutas.
A prática descrita acima está em desacordo com o estabelecido no
Parágrafo Único do artigo 38 da Lei nº 8.666/93.
EVIDÊNCIA:
- Despacho s/nº de 05/07/2006, elaborado pelo seu Assessor Jurídico
(OAB/GO 9882);
- Despacho s/nº de 05/01/2007, elaborado pela Assessoria Jurídica da
Prefeitura(OAB/GO 9882.
- Ausência de Minutas previamente analisadas e aprovadas.
2.1.21 CONSTATAÇÃO:
Inexistência de pesquisa de preços para a aquisição de Unidade
Móvel de Saúde.
FATO:
Ao analisar os documentos disponibilizados à equipe de fiscalização
relativos ao procedimento licitatório para a aquisição da
Unidade Móvel de Saúde (Pregão Presencial nº 003/2006), não se
localizou a documentação que demonstre a realização de pesquisa de
preços, conforme estipulado nos artigos 15 e 43 da Lei n.º
8.666/93. A necessidade de pesquisa de preços serve como critério de
avaliação se as futuras propostas estarão de acordo com os preços de
mercado, bem como possibilitará averiguar se há ou não sobrepreço.
Esse entendimento já foi confirmado pelo Tribunal de Contas da União,
conforme os Acórdãos TCU n.º 301/2005 - Plenário, n.º 1544/2004
- Segunda Câmara e n.º 1182/2004 - Plenário.
EVIDÊNCIA:
Verificação 'in locu'.
2.1.22 CONSTATAÇÃO:
Ausência de critérios de aceitabilidade de preços unitários e preços
máximos no Edital de Pregão nº 003/2006 e Carta Convite nº 004/2007.
FATO:
Ao proceder à análise dos instrumentos convocatórios relativos às
licitações realizadas através do Edital de Pregão nº 003/2006 e
Convite nº 004/2007, verificou-se a ausência de cláusulas que
estabeleçam critérios de aceitabilidade de preços unitários, com a
fixação de preços máximos, conforme determina o art. 40, inciso X, da
Lei 8.666/93. A fixação desse limite constitui fator ordenador da
licitação, ao evitar a disparidade exagerada dos preços unitários e
global constantes das propostas, inclusive possibilitando a
desclassificação de propostas inexeqüíveis ou com preços acima dos
praticados no mercado, conforme vasta jurisprudência do TCU, em
especial o Acórdão 1941/2006 - Plenário.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 67
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
EVIDÊNCIA:
- Edital do Pregão Presencial nº 003/2006;
- Edital do Convite nº 004/2007.
2.1.23 CONSTATAÇÃO:
Não aplicação dos recursos do Convênio no mercado financeiro.
FATO:
De acordo com os extratos bancários relativos à conta específica do
Convênio, a PM de Inhumas deixou de aplicar os recursos financeiros do
Convênio pelo período de 85 (oitenta e cinco) dias, haja vista que os
mesmos foram liberados e depositados na conta específica em 15/02/2006
e somente aplicados em 09/05/2006. Referido atraso contraria o
disposto no art. 20 da IN/STN nº 001/97. A irregularidade também foi
apontada no Relatório de Visita nº 99-a/2006 e ratificado no Parecer
GESCON nº 3360, de 12/09/2007, que apontou um montante a devolver aos
cofres da União no valor de R$ 963,05. A PM de Inhumas efetuou a
devolução dos recursos em 13/03/2009. Em que pese a Prefeitura ter
efetuado a devolução dos recursos devidamente atualizados, isso não
elide a falha acima apontada, haja vista que a finalidade de referida
obrigação é manter o poder aquisitivo dos valores a serem empregados
no objeto do Convênio e não obter ganho financeiro por parte da União.
EVIDÊNCIA:
- Relatório de Visita nº 99-1/2006, de 25/10/2006;
- Demonstrativo de Débito anexo ao Parecer GESCON nº 3360, de
12/09/2007, que apontou um montante a devolver aos cofres da União no
valor de R$ 963,05;
- Ofício nº 097/2006/SEF/Prefeitura de Inhumas, de 08/05/2006.
- Guia de Recolhimento da União de 13/03/2009, no valor de R$ 963,05.
FATO:
A Prefeitura de Inhumas efetuou pagamentos através de cheques
nominativos aos fornecedores dos equipamentos licitados através do
Convite nº 004/2007, conforme demonstra os extratos bancários da conta
específica e a relação de pagamentos efetuados apresentada por ocasião
da Prestação de Contas, contrariando, assim, o disposto no art. 114 da
Lei nº 11.49/2006 (LDO 2007), que determina que os pagamentos serão
realizados obrigatoriamente mediante crédito na conta-corrente de
titularidade do fornecedor ou prestador de serviços. A falha
mencionada também foi apontada através do Parecer GESCON/MS nº 1073,
de 16/03/2009.
EVIDÊNCIA:
- Extratos bancários da conta-corrente específica do Convênio;
- Relação de Pagamentos anexo a Prestação Contas;
- Parecer GESCON/MS nº 1073, de 16/03/2009.
2.1.25 CONSTATAÇÃO:
Não utilização da modalidade Pregão Eletrônico para as aquisições no
âmbito do Convênio.
FATO:
A Prefeitura de Inhumas realizou 02 (dois) procedimentos licitatórios
para a aquisição dos equipamentos previstos no Plano de Trabalho do
Convênio SIAFI Nº 541961.
A aquisição da unidade móvel de saúde (ambulância), foi precedida do
Pregão Presencial nº 003/2006, de forma que atendeu parcialmente o
Decreto nº 5.504/05, haja vista que tal diploma normativo determina
que as compras de bens e serviços comuns deverão ser realizadas
preferencialmente através do Pregão Eletrônico e a impossibilidade de
sua utilização deverá ser devidamente justificada. Ao analisar a
documentação referente à aquisição da Unidade Móvel de Saúde, não foi
localizada qualquer justificativa para a não utilização da forma
eletrônica.
Já a aquisição dos equipamentos médicos-hospitalares para UMS foram
adquiridos através do Convite nº 004/2007. A adoção da modalidade
Convite e a não utilização do Pregão, preferencialmente na sua forma
eletrônica, contrariou o § 1º, art. 1º do Decreto nº 5.504/05.
EVIDÊNCIA:
- Edital do Pregão Presencial nº 003/2006 e Convite nº 004/2007.
2.2 - PROGRAMA
1287
SANEAMENTO RURAL
AÇÃO :
3921
IMPLANTACAO DE MELHORIAS HABITACIONAIS PARA CONTROLE DA
DOENCA DE CHAGAS - NACIONAL
OBJETIVO DA AÇÃO :
Implantação de Melhorias Habitacionais para Controle da Doença de
Chagas.
ORDEM DE SERVIÇO : 233227
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Melhorar as condições físicas e sanitárias das habitações por meio de
restauração (reforma) ou reconstrução. A restauração compreende os
seguintes serviços: reboco das paredes internas e externas e pintura
das mesmas; calçada de proteção em torno da casa; cobertura com
materiais adequados; piso cimentado ou de madeira; recuperação de
abrigo de animais e depósitos; substituição de cercas e implantação
e/ou recuperação de instalações sanitárias. Nos casos em que as
habitações não suportarem reformas, serão demolidas e reconstruídas.
AGENTE EXECUTOR :
INHUMAS
ADMINISTRACAO DIRETA MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
CONVÊNIO SIAFI 555078
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 143.217,85
2.2.1 CONSTATAÇÃO:
Casas antigas não demolidas.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 70
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
FATO:
As novas casas construídas e localizadas nas regiões de incidência da
Doença de Chagas no Município de Inhumas-GO visam combater e diminuir
esse tipo de enfermidade. Para que esse objetivo possa ser alcançado,
é mister que as habitações antigas, que já não tinham condições de
serem reformadas, sejam demolidas. Em visita aos locais onde as casas
foram construídas, verificou-se que a maior parte das habitações
antigas ainda não foram demolidas, contrariando, desta forma, os
objetivos da ação e o disposto na Portaria FUNANA nº 106, de
04/03/2004.
EVIDÊNCIA:
- Visita in loco;
- Fotos
- Declaração firmada pela PM de Inhumas-GO, de 22/08/2005,
comprometendo-se a demolir as casa antigas.
2.2.2 CONSTATAÇÃO:
Não comprovação do exercício pleno dos poderes inerentes à propriedade
imóvel onde foram construídas as casas.
FATO:
Conforme disposições inscritas na IN STN nº 01/97, o Plano de Trabalho
conterá informações quanto à comprovação, pelo convenente, do
exercício
pleno dos poderes inerentes à propriedade do imóvel. Ao proceder a
análise à documentação que deu suporte à assinatura do Convênio SIAFI
nº 555078, não se localizou documentação que comprove o exercício dos
poderes inerentes à propriedade imóvel pela PM de Inhumas ou pelos
beneficiários, contrariando, assim, o disposto no art. 2º, incisos
VIII e IX da IN STN nº 01/97.
EVIDÊNCIA:
- Cópia do Processo FUNASA nº 25160.003.109/2005-18
2.2.3 CONSTATAÇÃO:
Ocupação irregular de moradia construída com recursos do Convênio.
FATO:
Conforme informações colhidas na região, o beneficiário H.A.O teria
falecido e a casa construída com os recursos do Convênio
encontra-se ocupada por B.P.C.N, que não tem qualquer vínculo de
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 71
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
parentesco com o beneficiário. O novo ocupante seria o proprietário da
Fazenda onde está localizada a habitação construída com os recursos do
Convênio. O atual ocupante reside em Goiânia-GO, utilizando a moradia
apenas como casa de campo.
EVIDÊNCIA:
- Visita in locu
- Relação de beneficiários elaborada em 21/09/2009 pela PM de Inhumas;
2.3 - PROGRAMA
1293
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E INSUMOS ESTRATÉGICOS
AÇÃO :
20AE
PROMOCAO DA ASSISTENCIA FARMACEUTICA E INSUMOS ESTRATEG
ICOS NA ATENCAO BASICA EM SAUDE - NO ESTADO DE GOIAS
OBJETIVO DA AÇÃO :
Visa garantir o acesso dos pacientes aos medicamentos básicos por in-
termedio da racionalização e otimização da programação, armazenamento
controle de estoques e distribuição em todos os níveis de gestão.
ORDEM DE SERVIÇO : 233158
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Medicamentos pactuados no Plano Estadual de Assistência Farmacêutica-
PEAF para atendimento à Farmácia básica.
AGENTE EXECUTOR :
FUNDO MUNICIPAL DE SAUDE DE INHUMAS
AUTARQUIA MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
FUNDO A FUNDO OU CONCESSãO
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 297.606,68
2.3.1 CONSTATAÇÃO:
Falta de efetivação da Contrapartida Estadual.
FATO:
De acordo com a Resolução nº 015/2008-CIB, de 21/02/2008, o repasse da
contrapartida Estadual previsto é de R$ 2,00 (dois reais) por
hab/ano, transferidos em medicamentos, pela Indústria Química do
Estado de Goiás (IQUEGO).
Dos dados extraídos do site do Ministério da Saúde, constatamos que a
população do município de Inhumas é de 47.984 habitantes, dessa forma,
o repasse estadual, em medicamentos, no exercício de 2008, deveria ser
no valor de R$ 95.968,00 (noventa e cinco mil, novecentos e sessenta e
oito reais).
No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Ofício nº
03/09, datado de 21/10/2009, informou que a medicação referente à
Contrapartida Estadual do ano de 2008 não foi entregue ao município.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 72
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
Forneceu, ainda, relações relativas a medicamentos recebidos em
2008 e 2009, referentes à contrapartida Estadual do ano de 2007.
Dessa forma, evidendenciou-se que não houve a aplicação dos valores
devidos pelo Estado de Goiás no ano de 2008.
EVIDÊNCIA:
a - Resolução nº 015/2008-CIB, de 21/02/2008;
b - Ofício nº 03/09 SMS/Inhumas, de 21/10/2009;
c - Relação de medicamentos recebidos em 2008, referentes à
contrapartida estadual de 2007;
d - Relação de medicamentos recebidos em 2009, referentes à
contrapartida estadual de 2007.
2.3.2 CONSTATAÇÃO:
Não comprovação da integralização da Contrapartida Municipal.
FATO:
A Prefeitura Municipal de Inhumas não apresentou os comprovantes de
integralização da contrapartida municipal, apesar do contido na
SOLICITAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO nº 001/2009/SM30/Inhumas/SAÚDE/CGU-
Regional/GO, de 15/10/2009, e reiterado nas Solicitações nº
002/2009/SM30/Inhumas/SAÚDE/CGU-Regional/GO, de 20/10/2009, e
003/2009/SM30/Inhumas/GO/GER/CGU-Regional/GO, de 03/11/2009.
Ressaltamos que foi fornecida uma relação, contendo o "Quantitativo de
Medicamentos da Farmácia Básica Adquiridos pela Secretaria Municipal
de Saúde de Janeiro a Agosto de 2009", no entanto, não há indicação da
fonte dos recursos utilizados para tais aquisições, bem como os
valores pagos pelos medicamentos relacionados.
Por fim, em análise aos extratos bancários relativos ao período de
abril/2008 a agosto/2009, da conta-corrente nº 19906-0, da Agência
496-0, do Banco do Brasil, onde são movimentados os recursos do
Programa, não vislumbramos a existência de outros créditos, que não o
valor repassado pela União.
EVIDÊNCIA:
a - SOLICITAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO nº 001/2009/SM30/Inhumas/SAÚDE/CGU-
Regional/GO, de 15/10/2009;
b - SOLICITAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO nº 002/2009/SM30/Inhumas/SAÚDE/CGU-
Regional/GO, de 20/10/2009;
c - SOLICITAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO nº 003/2009/SM30/Inhumas/GO/GER/CGU-
Regional/GO, de 03/11/2009;
d - Relatório "Quantitativo de Medicamentos da Farmácia Básica
Adquiridos pela Secretaria Municipal de Saúde de Janeiro a Agosto de
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 73
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
2009";
e - Extratos bancários da conta-corrente nº 19906-0, da Agência 496-0,
do Banco do Brasil.
2.3.3 CONSTATAÇÃO:
Controle de estoque de medicamentos ineficaz.
FATO:
Em visita ao Almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde e às
Unidades de Saúde que recebem os medicamentos básicos, constatou-se
que os relatórios contendo os saldos dos medicamentos existentes são
preenchidos mediante a contagem dos estoques. O sistema não é
informatizado e inexistem fichas de prateleiras.
No intuito de verificarmos o controle da distribuição de medicamentos
básicos às Unidades de Saúde, solicitamos uma relação contendo o
quantitativo de medicamentos básicos distribuídos às Unidades, de
01/01/2008 a 31/08/2009, mediante a SOLICITAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO nº
001/2009/SM30/Inhumas/SAÚDE/CGU-Regional/GO, de 15/10/2009. Reiteramos
o pedido por meio das Solicitações nº 002/2009/SM30/Inhumas/SAÚDE/CGU-
Regional/GO, de 20/10/2009, e 003/2009/SM30/Inhumas/GO/GER/CGU-
Regional/GO, de 03/11/2009, no entanto, tal relação não nos foi
fornecida.
EVIDÊNCIA:
a - Vistoria in loco;
b - SOLICITAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO nº 001/2009/SM30/Inhumas/SAÚDE/CGU-
Regional/GO, de 15/10/2009;
c - SOLICITAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO nº 002/2009/SM30/Inhumas/SAÚDE/CGU-
Regional/GO, de 20/10/2009;
d - SOLICITAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO nº 003/2009/SM30/Inhumas/GO/GER/CGU-
Regional/GO, de 03/11/2009.
2.3.4 CONSTATAÇÃO:
Descarte de medicamentos por prazo de validade expirado.
FATO:
O município de Inhumas procedeu ao descarte de medicamentos básicos
nos
exercícios de 2008 e 2009. Os medicamentos descartados em 2008
encontram-se relacionados em uma listagem, fornecida pela farmacêutica
responsável, que contém o nome dos medicamentos sem, no entanto,
indicar as quantidades. Em relação ao descarte ocorrido em 2009, não
há
registro dos medicamentos, bem como as quantidades. A informação do
descarte foi obtida junto à farmacêutica responsável pelo almoxarifado
da Secretaria Municipal de Saúde e pelas enfermeiras de quatro
Unidades de Saúde visitadas.
EVIDÊNCIA:
a - Lista dos medicamentos e insumos a serem incinerados - 2008;
b - Informação fornecida pela farmacêutica responsável pelo
almoxarifado da SMS e por enfermeiras de 4 Unidades de Saúde
visitadas.
2.4 - PROGRAMA
1444
VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS E AGRAVOS
AÇÃO :
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 75
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
20AL
INCENTIVO FINANCEIRO AOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MU
NICIPIOS CERTIFICADOS PARA A VIGILANCIA EM SAUDE - NACI
ONAL
OBJETIVO DA AÇÃO :
Promover ações de notificação, investigação, vigilância ambiental,
controle de doenças, imunizações, sistemas de informação, supervisão,
educação em saúde, comunicação e mobilização social na área de epide-
miologia e controle de doenças.
ORDEM DE SERVIÇO : 233214
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Execução das diversas ações do programa, pactuadas na Programação Pac-
tuada Integrada de Vigilância em Saúde - PPI/VS.
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
FUNDO A FUNDO OU CONCESSãO
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 262.545,12
2.4.1 CONSTATAÇÃO:
Execução parcial das metas pactuadas em 2008 para o PPI-VS no
município de Inhumas/GO.
FATO:
Da análise do relatório de acompanhamento das metas de 2008 (PPI-VS)
pactuadas pelo município, constatou-se que algumas ações não foram
totalmente executadas se comparadas com o que havia sido previsto, não
tendo sido apresentado justificativas ou, quando apresentadas, sem a
devida comprovação, conforme quadros a seguir:
Acompanhamento das metas físicas da PPI-VS
Ação Previsto Realizado %
Executado
5. Vigilância de Doenças
Transmitidas por Vetores e
Antropozoonoses
5.1. Vigilância entomológica
5.1.4. Realizar ações de
124254 119394 96,08
eliminação de focos e/ou
criadouros de Aedes aegypti
e/ou Aedes albopictus nos
imóveis.
Justificativa: inexistente
Fonte: PPI-VS 2008.
EVIDÊNCIA:
A - Relatório de acompanhamento das metas pactuadas na PAP-VS de 2008.
2.4.2 CONSTATAÇÃO:
Pagamento de combustível para os veículos da vigilância epidemiológica
por meio de contrato julgado irregular pelo TCM/GO.
FATO:
Em 10 de janeiro de 2008, por meio do Pregão Presencial n.º 001/2008,
a Prefeitura Municipal de Inhumas/GO deu início à contratação de
empresa fornecedora de gasolina comum e óleo diesel para a frota
pertencente ao município, da qual fazem parte, também, os carros e
motocicletas do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, cuja dotação
orçamentária estava sob o registro 10.305.0245.2.059-3.3.90.30.00. Em
23 de janeiro de 2008, então, houve a homologação e adjudicação das
empresas vencedoras, Auto Posto R5 Ltda. e Combustíveis Santa
Terezinha Ltda, sendo a primeira responsável pelo fornecimento de
gasolina comum à frota municipal, enquanto a segunda empresa ficou
responsável pelo fornecimento do óleo diesel. Ainda na referida data,
houve a assinatura dos contratos administrativos entre os
representantes da Prefeitura Municipal e as empresas vencedoras do
certame. Como os veículos do Núcleo de Vigilância Epidemiológica são
abastecidos apenas com gasolina comum, os mesmos foram atendidos pela
empresa Auto Posto R5 Ltda., cujo contrato de fornecimento foi
assinado pelo Secretário Municipal de Saúde, também em 23/01/2008.
A Prefeitura Municipal, então, encaminhou o referido Pregão Presencial
ao TCM/GO, por exigência legal, para que fosse feita a avaliação
regular de todo o processo, a fim de se ratificar, ou não, os atos ali
emanados. Em consequência da referida análise, em 09/12/2008, a Corte
de Contas dos Municípios do Estado de Goiás, por intermédio da
Resolução n.º 07872-08, julgou como irregulares os contratos
celebrados entre as diversas áreas da Prefeitura de Inhumas/GO e as
empresas Auto Posto R5 Ltda. e Combustíveis Santa Terezinha Ltda.,
abrangendo, portanto, os veículos automotores vinculados ao Núcleo
de
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 79
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
Vigilância Epidemiológica - NVE do
município. Tal decisão foi ratificada, em 20/05/2009, por meio da
Resolução n.º 02588-09.
Por meio dos extratos bancários e contábeis da conta-corrente
específica para crédito dos recursos do Teto Financeiro de Vigilância
em Saúde, oriundos do Fundo Nacional de Saúde, verificou-se o regular
pagamento à empresa Auto Posto R5 Ltda. relativo ao abastecimento da
frota da Vigilância Epidemiológica em Inhumas/GO no período de
janeiro/2008 a dezembro de 2008.
Registra-se, ainda, que, após a emissão da Resolução TCM/GO n.º
2588/09, o único documento encontrado no processo relativo ao Pregão
Presencial n.º 01/2008 trata-se do Certificado de Auditoria TCM/GO n.º
0175/2009, cujo conteúdo não acata os embargos de declaração da
Prefeitura Municipal de Inhumas/GO e mantém a irregularidade de todo o
processo citado. Não se vislumbrou, portanto, nenhuma atitude
administrativa da referida Prefeitura Municipal após a ratificação da
irregularidade do citado Pregão Presencial pelo Tribunal de Contas dos
Municípios do Estado de Goiás.
Lista-se, a seguir, as irregularidades apontadas pelo TCM/GO
como
argumentos para julgar o referido pregão presencial irregular:
- Participação do assessor jurídico da Prefeitura Municipal
de
Inhumas/GO na Comissão de Licitação;
- Publicação irregular do Edital do Pregão presencial n.º 01/2008;
- Excesso de gastos previstos no Edital, 40,57% acima da média dos
anos
de 2005, 2006 e 2007.
Finalmente, a seguir, tem-se a relação de pagamentos efetuados pela
Secretaria Municipal de Saúde para o Auto Posto R5 Ltda., relativos
aos abastecimentos da frota de veículos vinculada ao Núcleo de
Vigilância Epidemiológica:
Data Cheque Valor(R$)
21/01/2008 850330 146,42
11/02/2008 850340 93,66
19/02/2008 850344 197,23
11/03/2008 850354 110,46
24/03/2008 850361 92,78
16/04/2008 850394 639,76
30/04/2008 850425 76,03
12/05/2008 850437 179,99
19/05/2008 850441 19,84
04/06/2008 850473 184,81
11/06/2008 850481 154,00
23/06/2008 850484 78,21
02/07/2008 850492 189,05
09/07/2008 850498 86,62
23/07/2008 850504 81,56
30/07/2008 850506 55,57
11/08/2008 850516 84,32
18/08/2008 850524 142,00
11/09/2008 180121 169,33
07/10/2008 180139 293,72
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 80
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
Data Cheque Valor(R$)
22/10/2008 180150 127,49
30/10/2008 180151 330,31
10/11/2008 850543 165,38
19/11/2008 850551 318,09
10/12/2008 850562 308,38
16/12/2008 850572 280,96
30/12/2008 850594 60,24
Total 4.666,21
Fonte:Extratos bancários e contábeis da conta do TFVS
EVIDÊNCIA:
A - Extratos bancários e contábeis da Conta-corrente n.º 19458-1,
Agência n.º 496-0, no período de janeiro/2008 a janeiro/2009;
B - Pregão Presencial n.º 01/2008;
C - Resoluções TCM/GO n.º 7878/08 e n.º 2588/09;
D - Ofício TCM/GO n.º 3424/2008-SR, que comunica à P.M. de Inhumas/GO
sobre a decisão de irregularidade relativa ao Pregão n.º 01/2008 e dos
contratos por ele gerados;
E - Certificado de Auditoria n.º 0175/2009, de 27/06/2009.
F - Relação de veículos automotores do Núcleo de Vigilância
Epidemiológica de Inhumas/GO fornecida pela SMS local;
G - Ordens de Pagamento, notas fiscais e cheques, referentes à empresa
Auto Posto R5 Ltda, relativos ao corte amostra de novembro/2008 a
fevereiro/2009.
2.4.3 CONSTATAÇÃO:
Veículo utilizado pelo núcleo de vigilância epidemiológica em
condições impróprias de utilização.
FATO:
Em vistoria in loco aos veículos disponibilizados para transporte dos
Agentes Comunitários de Endemias, materiais e equipamentos vinculados
às ações de Vigilância em Saúde no município de Inhumas/GO, verificou-
se a existência da caminhonete Chevrolet A-10, ano 1984, placa JFO-
8350, conforme registro fotográfico disponibilizado mais adiante,
funcionando à base de gás liquefeito de petróleo (gás de cozinha), o
que é expressamente proibido pela Lei Federal n.º 8.176/91, artigo 1º,
II, transcrito a seguir, o que constitui crime contra a ordem
econômica: "Usar gás liqüefeito de petróleo em motores de qualquer
espécie, saunas, caldeiras e aquecimento de piscinas, ou para fins
automotivos, em desacordo com as normas estabelecidas na forma da
lei".
Além da irregularidade apontada acima, frisa-se que o referido veículo
automotor encontra-se completamente sucateado, sem itens de segurança
básica, sendo, ainda, utilizado para transporte de Agentes
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 82
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
Comunitários de Endemias, em determinadas situações, às regiões
atendidas pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica.
Registra-se, por fim, que esta equipe de fiscalização presenciou,
durante os trabalhos de campo, o funcionamento do veículo,
transportando ACE, em pelo menos uma oportunidade.
EVIDÊNCIA:
A) Vistoria in loco;
B) Relação de veículos do NVE fornecida pela SES/GO
C) Registro fotográfico abaixo:
2.4.4 CONSTATAÇÃO:
Motocicletas utilizadas pela vigilância epidemiológica sem a devida
identificação de suas vinculações de utilização.
EVIDÊNCIA:
A - Vistoria in loco;
B - Relação de veículos automotores fornecidos pela SES/GO;
C - Relação de veículos automotores fornecidos pela SMS/Inhumas;
D - Registro fotográfico abaixo:
2.4.5 CONSTATAÇÃO:
Contratação de Agentes Comunitários de Endemias sem a devida seleção
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 85
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
pública.
FATO:
Em análise às folhas de pagamentos dos Agentes Comunitários de
Endemias, em conjunto com os extratos contábeis do período de janeiro
de 2008 a agosto de 2009, verificou-se a ocorrência de contratação
de 6 (seis) profissionais sem a devida seleção pública exigida pela
Emenda
Constitucional n.º 51/2006, sendo que os seus vínculos com a
Prefeitura Municipal de Inhumas/GO regem-se pela simples prestação de
serviços na área de endemias. A seguir, estão listados os
profissionais
contratados nessa condição de prestadores de serviços, cujos
vencimentos são pagos com recursos do Teto Financeiro da Vigilância em
Saúde creditados pela União em conta-corrente específica gerida pela
Secretaria Municipal de Saúde:
Agentes de Combate de Endemias – Prestação de Serviços
Nome Data do Função Vencimento
Contrato líquido
A.S.M. 15/06/2009 Agente de 569,30
Combate de
Endemias
D.D.H. 15/06/2009 Agente de 569,30
Combate de
Endemias
E.S.R. 15/06/2009 Agente de 569,30
Combate de
Endemias
P.R.C.L. 15/06/2009 Agente de 569,30
Combate de
Endemias
R.P.B. 15/06/2009 Agente de 569,30
Combate de
Endemias
W.J.S. 15/06/2009 Agente de 569,30
Combate de
Endemias
Fonte: Folhas de pagamentos fornecidas pelo RH/Inhumas.
EVIDÊNCIA:
A - Folhas de Pagamentos dos meses de julho e agosto de 2009;
B - Extratos contábeis dos meses de julho e agosto de 2009.
FATO:
Em atendimento à Solicitação de Fiscalização n.º 001/2009, por meio do
Ofício n.º 177/09, foi entregue à equipe de fiscalização, pelo setor
de Recursos Humanos da Prefeitura Municipal de Inhumas/GO, a relação
de profissionais vinculados ao Programa de Vigilância em Saúde da
FUNASA. Em análise à referida listagem, verificou-se a existência de
pagamento a profissional cuja função é denominada "Fiscal Arrecadador
- O", que, a princípio, não guarda relação com as atividades
desempenhadas pelos Agentes Comunitários de Endemias e,
consequentemente, não deveria ter seus vencimentos pagos com recursos
do orçamento municipal destinados às ações de Vigilância em Saúde.
Além disso, a vinculação do referido profissional, segundo disposto na
descrição encontrada na folha de pagamento, dá-se junto à Secretaria
Municipal de Saúde.
Verificou-se, por fim, a ocorrência da referida situação por todo o
período de escopo do presente trabalho, de janeiro/2008 a agosto/2009,
gerando um montante líquido recebido pelo "Fiscal Arrecadador - O",
CPF 015.907.581-53, de R$ 58.665,90.
EVIDÊNCIA:
A - Solicitação de Fiscalização n.º 001/2009;
B - Ofício n.º 177/09;
C - Folhas de pagamentos entre janeiro/2008 a agosto/2009.
2.4.7 CONSTATAÇÃO:
Pagamento de taxas bancárias com recursos do Teto Financeiro de
Vigilância em Saúde.
FATO:
De acordo com informações da Prefeitura Municipal de Inhumas/GO, esta
mantém convênio com o Banco do Brasil para a realização da folha de
pagamento de todos os seus servidores efetivos, além dos prestadores
de serviços, por meio da Agência n.º 496-0, Conta-corrente n.º 73145-
5, concentrando, assim, os recursos de diversas áreas para o pagamento
salarial de seu quadro funcional. Especificamente em relação aos
Agentes Comunitários de Endemias, cujos créditos do Fundo Nacional de
Saúde são vinculados à Conta-corrente n.º 19458-1, Agência n.º 496-0,
a Secretaria Municipal de Saúde, gestora das contas da saúde, efetua
pagamento de taxa estipulada no referido convênio, cobrada pelo Banco
do Brasil, com os recursos específicos do citado Programa, conforme
descrito a seguir:
EVIDÊNCIA:
A- Extratos bancários de janeiro de 2008 a agosto de 2009, com seus
respectivos extratos contábeis.
2.4.8 CONSTATAÇÃO:
Indícios de irregularidade em licitação para contratação de empresa
fornecedora de combustível para a frota municipal para o ano de 2009.
FATO:
Assim como em 2008, a Prefeitura Municipal de Inhumas/GO promoveu um
Pregão Presencial, no final do referido período, para contratar
empresas fornecedoras de gasolina comum e óleo diesel para a frota
municipal, incluindo os veículos da vigilância epidemiológica, para o
ano de 2009. Assim, em 12/12/2008, o Secretário de Administração
concedeu autorização para a realização da licitação e, em 17/12/2008,
a então Pregoeira Oficial tornou público o Edital do Pregão Presencial
n.º 16/2008, cujo item 01 relacionava-se à gasolina comum e o item 02
estava relacionado ao diesel. No entanto, relatamos a seguir
indícios
que dão margem à interpretação de suposto acordo entre as empresas
concorrentes e a Prefeitura Municipal de Inhumas/GO com o intuito de
cercear a participação de mais empresas, bem como o de promover
ajuste acerca dos itens a serem vencidos por cada uma das empresas
participantes:
Assim como no Pregão Presencial n.º 01/2008, julgado irregular pelo
TCM/GO, dentre outros motivos, devido à fragilidade da publicidade da
licitação, o Pregão Presencial n.º 16/2008 apresentou o mesmo
problema, não se evidenciando, nas cópias fornecidas à equipe de
fiscalização, a publicidade do processo licitatório conforme determina
a Lei n.º 10.520/02, artigo 4º.
Conforme se verificou no Pregão Presencial n.º 01/2008, apenas as
empresas Auto Posto R5 Ltda. e Combustíveis Santa Terezinha Ltda.
apresentaram interesse em participar de uma licitação que visava à
contratação de 251.000 litros de gasolina comum e 465.000 litros de
diesel e que chegou ao valor final de R$ 1.611.150,00. Não há indício
algum da participação de outras empresas da cidade, mesmo sendo
evidenciado, conforme registro fotográfico, a existência de pelo menos
mais 3 (três) postos de combustíveis na mesma avenida em que se
encontram as duas empresas participantes do certame.
Ainda em coincidência com o verificado no Pregão Presencial anterior
ao de n.º 16/2008, não houve disputa de lances entre as empresas
participantes, conforme evidenciado na ata de 08/01/2009, assinada
pela então Pregoeira, transformando o processo licitatório em
praticamente uma concorrência pública, fugindo à principal
característica do pregão que é a disputa entre as empresas para gerar
economia aos cofres públicos. Além disso, devido ao grande volume de
produto a ser contratado, as empresas tinham condições de melhorar
seus preços, não sendo aceitável a argumentação encontrada na referida
ata do certame, em que é relatado que as empresas não fariam lances
devido ao fato dos preços já estarem abaixo do encontrado no mercado.
As empresas Auto Posto R5 Ltda. e Combustíveis Santa Terezinha Ltda.
venceram, nos Pregões Presenciais realizados para a contratação de
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 89
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
combustíveis para 2008, e depois para 2009, nos mesmos itens, ou seja,
o Auto Posto R5 venceu o item gasolina comum e o Posto Santa Terezinha
Ltda. venceu o item diesel, sem que houvesse, em ambos os Pregões,
lances entre as empresas em relação ao item vencido pela sua
concorrente. Assim, cada empresa venceu seu item sem que a empresa
concorrente fizesse qualquer tipo de lance sobre o mesmo. No Pregão
Presencial n.º 01/2008, as ofertas foram as seguintes:
Pregão Presencial n.º 01/2008
Item 01 – Gasolina C. Auto Posto R5 Ltda. Posto Santa Terezinha
251.000 L 2,48 2,49
Negociação Sem lance Sem lance
Item 02 – Diesel Auto Posto R5 Ltda. Posto Santa Terezinha
465.000 L 1,91 1,89
Negociação Sem lance Sem lance
Fonte: Ata do Pregão Presencial n.º 01/2008.
EVIDÊNCIA:
A - Pregão Presencial n.º 01/2008;
B - Processo do Pregão Presencial n.º 16/2008;
C - Telas do CNPJ, sistema vinculado à Receita Federal;
D - Registro fotográfico abaixo:
Foto 01: Posto Santa Terezinha e Foto 02: Posto Santa Terezinha –
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 90
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
sua placa de preços em que se visão panorâmica.
evidencia a oferta de gasolina
comum, item não disputado pela
empresa na fase de lances do
Pregão Presencial n.º 16/2008
3.1 - PROGRAMA
1142
ENGENHO DAS ARTES
AÇÃO :
1611
INSTALACAO DE ESPACOS CULTURAIS - NACIONAL
OBJETIVO DA AÇÃO :
Destina-se a implantar e modernizar espaços culturais, permanentes ou
provisórios (itinerantes), por meio da disponibilização de infra-
estruturas física, técnica e operacional necessárias à realização de
suas atividades, culturais ou de formação, no intuito de proporcionar,
ao público e aos artistas, ambientes adequados, ampliando a oferta
desses espaços, o barateamento dos custos de produção, bem como o
acesso da comunidade à produção, difusão e intercâmbio dos bens e dos
serviços culturais.
ORDEM DE SERVIÇO : 233351
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Realização do objeto ajustado, conforme plano de trabalho e termo de
convênio, bem como cumprimento dos dispositivos legais que
regulamentam a transferência e a regularidade na aplicação de
recursos públicos.
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
CONVÊNIO SIAFI
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 390.179,60
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 94
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
3.1.1 CONSTATAÇÃO:
Gestor Municipal não depositou o valor da contrapartida na conta
específica do convênio SICONV nº 703125 conforme estipulado no
cronograma de desembolso.
FATO:
Em análise aos extratos bancários da conta específica nº 26.468-7,
agência 496-0, do Banco do Brasil, verificou-se que, até 23.10.2009, a
Prefeitura Municipal de Inhumas não havia depositado o valor de R$
78.035,92 referente à contrapartida do convênio SICONV nº 703125.
Conforme o termo de convênio celebrado, em seu item II, alínea "a", da
cláusula terceira, compete ao convenente: "depositar, se for o caso, o
valor correspondente a contrapartida na conta bancária específica do
convênio em conformidade com o cronograma de desembolso". Em consulta
ao SICONV, pode-se constatar que o cronograma de desembolso prevê o
depósito da contrapartida na conta específica em maio de 2009.
EVIDÊNCIA:
A) Extratos bancários da conta nº 26.468-7, agência 496-0, do Banco do
Brasil de Abril a Outubro/2009;
B) Cronograma de desembolso do convênio SICONV nº 703125;
C) Termo de celebração do convênio SICONV nº 703125.
3.1.2 CONSTATAÇÃO:
Gestor Municipal não cadastrou processo licitatório no SICONV.
FATO:
A equipe de fiscalização verificou que, para a contratação de empresa
de fornecimento de móveis e equipamentos para o Centro Cultural de
Inhumas, aquela Prefeitura Municipal efetuou o pregão presencial nº
12/2009, sendo que o termo de homologação e adjudicação foi assinado
em 27.08.2009.
Entretanto, em consulta ao SICONV em 03.12.2009, constatou-se que o
Gestor Municipal ainda não havia cadastrado as informações sobre o
referido pregão no Portal de Convênios do Governo Federal
contrariando, o disposto no § 3º, art. 49 da Portaria Interministerial
nº 127, de 29 de Maio de 2008.
EVIDÊNCIA:
A) Termo de Homologação e Adjudicação do pregão presencial 12/2009;
B) Consulta as informações do convênio no SICONV em 03.12.2009.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 95
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA:
Manifestação já transcrita no item anterior.
3.1.3 CONSTATAÇÃO:
Descumprimento de obrigação determinada pela Portaria 127/2009 quanto
à formalização do instrumento.
FATO:
A partir da verificação do termo de celebração do convênio SICONV nº
703125/2009, constatou-se que o Ministério da Cultura descumpriu o
disposto no item X, do art. 30, da Portaria Interministerial nº 127,
de 29 de Maio de 2008, o qual determina que, na formalização do
instrumento de convênio, haja cláusula estabelecendo a obrigatoriedade
de o convenente incluir regularmente no SICONV as informações e os
documentos exigidos pela Portaria 127/2009, mantendo-o atualizado.
EVIDÊNCIA:
A) Termo de celebração do convênio SICONV nº 703125.
3.1.4 CONSTATAÇÃO:
Ausência de motivação para aceitabilidade de relevante item do Pregão
Presencial nº 12/2009 com valor 16,57% maior que o orçamento inicial.
FATO:
No item 60 do plano de trabalho do convênio SICONV nº 703125/2009, há
previsão de aquisição de 250 poltronas para auditório no valor total
de R$ 131.250,00. Esse item representa 33,6% do valor total deste
convênio. As informações apresentadas no plano de trabalho orientaram
a definição do orçamento apresentado para abertura do pregão
presencial nº 12/2009, o qual teve como objeto a aquisição de
equipamentos e móveis para o Centro Cultural de Inhumas, incluindo a
aquisição dessas poltronas para auditório.
Durante a realização do processo licitatório, o menor lance
apresentado para as poltronas foi R$ 153.000,00, valor 16,57% maior do
que o previsto e onerando o orçamento do convênio em R$ 21.750,00.
Apesar da relevância deste item no valor total do convênio, o
pregoeiro justificou a aceitação do valor afirmando, na ata do pregão,
apenas que: "os preços foram tidos como aceitáveis". Dessa forma,
infringiu-se o inciso XI, do art. 4º, da Lei 10.520/2002, que
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 96
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
determina que examinada a proposta classificada em primeiro lugar,
quanto ao objeto e valor, caberá ao pregoeiro decidir motivadamente a
respeito da sua aceitabilidade.
EVIDÊNCIA:
A) Autos do procedimento referente ao pregão presencial nº 12/2009
(orçamento inicial, mapa de lances e ata do pregão);
B) Plano de trabalho do convênio SICONV nº 703125.
AÇÃO :
1611
INSTALACAO DE ESPACOS CULTURAIS - EM MUNICIPIOS DO ESTADO DE GOI
OBJETIVO DA AÇÃO :
Destina-se a implantar e modernizar espaços culturais, permanentes ou
provisórios (itinerantes), por meio da disponibilização de infra-
estruturas física, técnica e operacional necessárias à realização de
suas atividades, culturais ou de formação, no intuito de proporcionar,
ao público e aos artistas, ambientes adequados, ampliando a oferta
desses espaços, o barateamento dos custos de produção, bem como o
acesso da comunidade à produção, difusão e intercâmbio dos bens e dos
serviços culturais.
ORDEM DE SERVIÇO : 233349
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Realização do objeto ajustado, conforme plano de trabalho e termo de
convênio, bem como cumprimento dos dispositivos legais que
regulamentam a transferência e a regularidade na aplicação de
recursos públicos.
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
CONVÊNIO SIAFI 556136
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 550.000,00
3.1.5 CONSTATAÇÃO:
Realização de despesas com taxas bancárias no Convênio nº 556136.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 97
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
FATO:
Na análise da execução financeira do referido convênio, constatou-se
que o Banco do Brasil descontou, da conta específica da transferência
voluntária, conta 19225-2, agência 496-0, tarifas de cheque compensado
nos valores de R$ 157,43, em 03.01.2007, e R$ 117,53, em 07.02.2007.
Tal desconto contraria o estabelecido no inciso VII, do art. 8º, da IN
STN nº 01/1997, que veda a realização de despesas com taxas bancárias
na execução financeira dos convênios federais.
EVIDÊNCIA:
A) Extrato bancário do Banco do Brasil, conta 19225-2, agência 496-0,
de janeiro e fevereiro de 2007.
3.1.6 CONSTATAÇÃO:
Realização de despesas em data posterior à vigência do Convênio nº
556136.
FATO:
O convênio para construção da 1ª etapa do Centro Cultura de Inhumas
foi celebrado em 31.12.2005, com previsão de vigência até 27.07.2006.
Essa data final foi alterada para 22.11.2006 por meio do termo aditivo
nº 001/2006, publicado no DOU em 05.05.2006.
No entanto, conforme pode ser visualizado na tabela a seguir, todas as
notas fiscais apresentadas pelo contratado registram data após
22.11.2006, portanto, após o término da vigência do convênio.
EVIDÊNCIA:
A) Extrato bancário do Banco do Brasil, conta 19225-2, agência 496-0,
de janeiro a dezembro de 2007;
B) Termo de Celebração do Convênio nº 556136 e aditivo;
C) Notas fiscais nº 234, 235, 239, 241 e 242 da WDC Projetos e
Construções Ltda.
3.1.7 CONSTATAÇÃO:
Ausência de descrição qualitativa das metas a serem atingidas pelos
Convênios nº 556136 e 623745.
FATO:
Para construção e aquisição dos equipamentos pertinentes ao Centro
Cultural de Inhumas (GO), aquela Prefeitura Municipal celebrou 03
convênios com o Ministério da Cultura. A tabela, a seguir, sintetiza
as informações essenciais de cada convênio.
Data de
Nº Convênio Celebração
Objeto
EVIDÊNCIA:
A) Termo de Celebração do Convênio nº 556136 e 623745;
B) Fotos apresentadas pelo Gestor Municipal;
2ª Etapa 1ª Etapa
AÇÃO :
1611
INSTALACAO DE ESPACOS CULTURAIS - NO ESTADO DE GOIAS
OBJETIVO DA AÇÃO :
Destina-se a implantar e modernizar espaços culturais, permanentes ou
provisórios (itinerantes), por meio da disponibilização de infra-
estruturas física, técnica e operacional necessárias à realização de
suas atividades, culturais ou de formação, no intuito de proporcionar,
ao público e aos artistas, ambientes adequados, ampliando a oferta
desses espaços, o barateamento dos custos de produção, bem como o
acesso da comunidade à produção, difusão e intercâmbio dos bens e dos
serviços culturais.
ORDEM DE SERVIÇO : 233350
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Realização do objeto ajustado, conforme plano de trabalho e termo de
convênio, bem como cumprimento dos dispositivos legais que
regulamentam a transferência e a regularidade na aplicação de
recursos públicos.
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
CONVÊNIO SIAFI 623745
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 550.775,00
3.1.8 CONSTATAÇÃO:
Ausência de descrição qualitativa das metas a serem atingidas pelos
Convênios nº 556136 e 623745.
FATO:
Para construção e aquisição dos equipamentos pertinentes ao Centro
Cultural de Inhumas (GO), aquela Prefeitura Municipal celebrou 03
convênios com o Ministério da Cultura. A tabela, a seguir, sintetiza
as informações essenciais de cada convênio.
Data de
Nº Convênio Celebração
Objeto
EVIDÊNCIA:
A) Termo de Celebração do Convênio nº 556136 e 623745;
B) Fotos apresentadas pelo Gestor Municipal;
3.1.9 CONSTATAÇÃO:
Ausência de prestação de contas do convênio nº 623745, ensejando
abertura de tomada de contas especial.
FATO:
O convênio para construção da 2ª etapa do Centro Cultural de Inhumas
foi celebrado em 31.12.2007 com previsão inicial de término da
vigência para 31.12.2008. Essa data final foi alterada, de ofício,
para 15.05.2009, por meio do termo aditivo nº 001/2008, publicado no
DOU em 29.05.2008. Considerando o prazo de 60 dias determinado pelo
termo de convênio, o prazo de prestação de contas encerrou-se em
14.07.2009.
No entanto, até 04.11.2009, data do último dia de fiscalização em
campo, o Gestor Municipal não havia prestado contas desse convênio ao
Ministério da Cultura. Verificou-se que, na conta específica do
convênio, nº 15-6, agência 1251, da CAIXA, até 26.10.2009, havia um
saldo remanescente de R$ 76.762,01.
Cabe ressaltar, ainda, que o Centro Cultural de Inhumas não está
pronto e nem foi entregue pela construtora responsável pela obra.
Constata-se, por exemplo, que não foram concluídas as instalações
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 103
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
elétricas, visto que, conforme pode-se observar nas fotos retiradas
pela equipe de fiscalização, a subestação de energia ainda não foi
ativada.
Por meio da Solicitação de Fiscalização n.º
002/2009/SM30/Inhumas/GO/GER/CGU-Regional/GO, questionou-se, ao
Gestor, o motivo do atraso no cronograma de execução da 2ª etapa do
Centro Cultural. A Prefeitura Municipal afirmou, pelo Ofício 340/2009
- GAB, de 03.11.2009, que "o atraso no cronograma de execução da 2ª
Etapa do Centro Cultural, se deu por vários motivos, dentre eles,
período chuvoso e falta de mão de obra especializada na região".
Não acatamos a justificativa apresentada, pois é inerente a toda obra
o seu devido planejamento, inclusive na definição das atividades que
podem ou não serem realizadas em período chuvoso e, quanto à falta de
mão-de-obra especializada, cabe destacar que Inhumas(GO) está a,
apenas, 45 quilômetros de Goiânia, capital do Estado, portanto, a
alegação não procede.
Por fim, apontamos que o parágrafo 2-A, do art. 31, da IN STN nº
01/1997, determina que o descumprimento do prazo de prestação de
contas obriga o ordenador de despesa da unidade concedente à imediata
instauração de tomada de contas especial e ao registro do fato no
cadastro de convênios do SIAFI.
EVIDÊNCIA:
A) Solicitação de Fiscalização n.º 002/2009/SM30/Inhumas/GO/GER/CGU-
Regional/GO;
B) Ofício 340/2009 de 03.11.2009 da Prefeitura Municipal de Inhumas em
resposta à Solicitação de Fiscalização n.º 002/2009/SM30/ Inhumas
/GO/GER/CGU-Regional/GO;
C) Termo de Celebração do Convênio nº 623745 e aditivo.
D) Fotos realizadas pela equipe de fiscalização.
3.1.10 CONSTATAÇÃO:
Emissão de nota de empenho, tendo como fonte recursos federais, sem a
devida descentralização total dos recursos.
FATO:
Como já apontado em item anterior deste relatório, a construção do
Centro Cultural de Inhumas ocorreu mediante dois convênios federais,
556136 e 623745, que representam, respectivamente, a construção da 1ª
e da 2ª etapa da obra.
Cabe observar que o convênio nº 623745 teve início da sua vigência em
31.12.2007, e sua execução financeira foi sustentada pela Tomada de
Preços nº 03/2006, cujo Termo de Homologação e Adjudicação foi
assinado em 20.09.2006, ou seja, antes da vigência do convênio, cujo
objeto é a construção da 2ª etapa do Centro Cultural.
Em que pese não haver normativo que vede, expressamente, a realização
de despesas em convênios federais sustentadas em licitações realizadas
antes da vigência do termo de transferência, apontamos que a nota de
empenho, no valor de R$ 1.048.138,81, emitida em 25.09.2009 para o
licitante vencedor do referido certame, descreve como fonte de
recursos os convênios, ajustes e acordos com órgãos federais. Ora, em
25.09.2009, o Gestor Municipal não tinha valores orçamentários de R$
1.048,138,81 provenientes de recursos federais que sustentassem a
emissão da nota de empenho, o que determina infração às normas
contábeis e orçamentárias da administração pública.
EVIDÊNCIA:
A) Nota de empenho no valor de R$ 1.048.138,81 emitida em 25.09.2009
(Autos da Tomada de Preços nº 003/2006).
B) Termo de Celebração do Convênio nº 623745.
3.1.11 CONSTATAÇÃO:
Má conservação da obra, denotando falta de acompanhamento e
fiscalização do contrato firmado com a WDC Projetos e Construções
Ltda.
EVIDÊNCIA:
A) Verificação in loco;
B) Fotos retiradas pela equipe de fiscalização.
4.1 - PROGRAMA
0516
BRASIL JOGA LIMPO
AÇÃO :
7989
PROJETOS DEMONSTRATIVOS DE GESTAO INTEGRADA DE RESIDUOS
SOLIDOS E SANEAMENTO AMBIENTAL-NACIONAL
OBJETIVO DA AÇÃO :
Promover o aumento da capacidade de gestão ambiental urbana, atenuando
os impactos negativos decorrentes das atividades humanas e melhorando
a qualidade de vida em cidades selecionadas, por meio da gestão inte-
grada de resíduos sólidos, do saneamento ambiental e dos transportes
urbanos.
ORDEM DE SERVIÇO : 236893
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Apoiar a implantação de Aterro Sanitário no município de Inhumas/GO,
conforme plano de trabalho.
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
CONVÊNIO SIAFI 429992
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 400.000,00
4.1.1 CONSTATAÇÃO:
Ausência de depósito do valor da contrapartida na conta específica do
Convênio nº 429992.
FATO:
Pela análise de cópia da prestação de contas e dos extratos bancários
relativos à movimentação dos recursos na conta específica do convênio,
conta 9081-6, agência 496-0, do Banco do Brasil, verificamos que o
Gestor Municipal não depositou o valor da contrapartida, no valor de R
$ 40.000,00, na referida conta. Para fins de contrapartida, a
Prefeitura Municipal realizou um pagamento direto, no valor de R$
40.000,00, à GAE Construção e Comércio Ltda., em 20.06.2002,
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 107
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
liquidando com recursos próprios a Nota Fiscal nº 3226. Desta forma, o
Gestor Municipal descumpriu o cronograma de desembolso determinado
pelo Termo de Celebração do Convênio e reduziu os ganhos de
rendimentos de aplicação que poderiam ser, adicionalmente, somados a
realização do objeto do convênio.
A tabela a seguir sintetiza a execução financeira do convênio em
questão.
Contratada Data Fonte de recursos Valor R$
GAE Const. e Comer. Ltda. (NF 3203) 10.05.2002 Conta específica 350.940,26
GAE Const. e Comer. Ltda. (NF 3225) 21.06.2002 Conta específica 49.059,74
GAE Const. e Comer. Ltda. (NF 3225) 20.06.2002 Contrapartida 40.000,00
GAE Const. e Comer. Ltda. (NF 3320) 25.10.2002 Conta específica 10.430,00
Devolução de recursos (GRU) 22.10.2002 Conta específica 6,44
Total 450.436,44*
Tabela – Execução financeira do Convênio nº 429992.
*Obs.: O valor total é obtido pela soma de R$ 440.000,00 (valor do convênio) mais R$
10.436,44 (rendimentos de aplicação).
EVIDÊNCIA:
A)Cópia da prestação de contas do Convênio nº 429992;
B)Extratos bancários da conta específica do Convênio nº 429992;
C)Notas fiscais da GAE Construção e Comércio Ltda. relativas ao
Convênio nº 429992.
4.1.2 CONSTATAÇÃO:
Ausência de garantia de qualificação técnica para execução do Convênio
nº 429992.
FATO:
Constatamos que o edital da Concorrência nº 002/1999 não
exigiu qualificação técnica dos licitantes para construção de aterro
sanitário, já que o enfoque maior da qualificação exigida restringiu-
se à pavimentação asfáltica, construção de meio-fio, rede coletora e
estação de tratamento de esgotos.
Dessa forma, para execução do Convênio nº 429992, além de se dispor de
um contrato sem a definição exata do objeto a ser executado, não houve
qualquer garantia de que a contratada tivesse qualificação técnica
para construção de aterro sanitário.
4.1.3 CONSTATAÇÃO:
O aterro sanitário não está em funcionamento.
FATO:
Em inspeção física, realizada em 03.11.2009, ao local onde deveria ter
sido construído o aterro sanitário em Inhumas, verificamos que
as ações executadas em 2002 encontram-se em situação de abandono e
tomadas pelo mato, o que, inclusive, dificultou a realização da ação
de fiscalização. De imediato, notamos que o objetivo do Convênio nº
429992 não foi cumprido, ressaltando-se, ainda, pela observação, que
na mesma área encontra-se em funcionamento um "lixão", ou seja, um
depósito de lixo domiciliar diretamente no solo sem qualquer tipo de
tratamento.
Constatamos que há indícios de construção inicial da célula de
resíduos sólidos e da lagoa de tratamento de chorume. No entanto,
observa-se que a lona de impermeabilização, que deveria proteger o
solo de infiltrações, encontra-se à vista e rasgada. Na base da célula
de resíduos sólidos, nota-se a presença de lixo antigo sem qualquer
ação de compactação e cobertura, indício de tentativa de utilização.
Em entrevista ao servidor municipal responsável pelo "lixão", fomos
informados que não é possível a movimentação das máquinas (trator de
esteira) sobre a área do aterro sanitário, visto que o equipamento,
fatalmente, atolaria. Deduzi-se desse fato que o não funcionamento do
aterro sanitário decorre de problemas, essencialmente, na construção
e/ou manutenção do sistema de drenagem de chorume e de contenção de
água das chuvas.
EVIDÊNCIA:
A) Verificação in loco;
B) Fotos tiradas pela equipe de fiscalização.
4.1.4 CONSTATAÇÃO:
Ausência de programa social para retirada de catadores da área de
construção do aterro sanitário.
FATO:
A alínea u, do item II, da cláusula segunda do Termo de Convênio nº
429992 determinou à Prefeitura Municipal de Inhumas o gerenciamento
integrado de resíduos sólidos urbanos, controlando a presença de
catadores e promovendo a organização em cooperativas.
No entanto, durante a verificação in loco, realizada em 03.11.2009,
constatamos a presença de catadores sem qualquer equipamento de
proteção ou indícios de organização em cooperativas.
Tal fato é agravado pela presença de vetores de doenças,
principalmente urubus, no local.
EVIDÊNCIA:
A) Verificação in loco;
B) Fotos tiradas pela equipe de fiscalização.
4.1.5 CONSTATAÇÃO:
Utilização de licitação sem definição exata do objeto a ser executado.
FATO:
A licitação utilizada para a execução do Convênio nº 429992 foi a
Concorrência nº 02/1999, de 27/12/1999, que resultou na assinatura, em
26/04/2000, de Contrato de Empreitada firmado entre a Prefeitura de
Inhumas e a empresa GAE Construção e Comércio Ltda. (CNPJ:
02.083.764/0001-13), no valor de R$ 19.390.554,81. O objeto definido
no edital foi a contratação de empresa para a execução das obras de
infra-estrutura urbana e saneamento básico no município de Inhumas.
Com essa definição genérica, a Prefeitura passou a dispor de um
instrumento, comumente denominado "contrato guarda-chuva", para
realização de grande parte dos serviços de infra-estrutura. Esta
prática expressamente infringe o art. 23, § 1º, da Lei n. 8.666/1993:
"As obras, serviços e compras efetuadas pela administração serão
divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e
economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor
aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da
competitividade, sem perda da economia de escala."
EVIDÊNCIA:
A) Edital da Concorrência nº 002/1999.
5.1 - PROGRAMA
0068
ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL
AÇÃO :
2060
ACOES SOCIOEDUCATIVAS E DE CONVIVENCIA PARA CRIANCAS E
ADOLESCENTES EM SITUACAO DE TRABALHO
OBJETIVO DA AÇÃO :
Ação referente ao Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI,
destinada ao oferecimento de atividades socioeducativas com o fim de
garantir o direito ao não trabalho às crianças e adolescentes
com idade inferior a 16 anos e que se encontram em situação de traba-/
lho conforme identificado pelo Cadastro Único do Governo Federal.
ORDEM DE SERVIÇO : 234177
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Atuação do gestor municipal no planejamento, execução e acompanhamento
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 112
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
das atividades socioeducativas, principalmente quanto ao oferecimento
de infra-estrutura adequada para realização do serviço socioeducativo
e quanto à qualidade dos gastos realizados para custeio do serviço, --
assim como a gestão e o controle das frequências dos beneficiários.///
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
FUNDO A FUNDO OU CONCESSãO
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 209.240,00
5.1.1 CONSTATAÇÃO:
Recursos aplicados em despesas não relacionadas aos objetivos do
Programa.
FATO:
Em análise do extrato bancário da conta do PETI n° 19534-0 - Ag.
496-0, verificamos que no período sob análise foram repassados pelo
Gestor Federal recursos no montante de R$ 101.240,00.
Mediante exame da documentação comprobatória das despesas realizadas
com recursos do Programa, constatamos despesa com locação de
imóvel situado na Rua Cedro, Qd-01, Lt-04, Setor Tarumã, para
execução das ações socioeducativas, no valor mensal de R$ 800,00,
totalizando o pagamento de R$ 12.000,00 - período de janeiro/2008 a
março/2009, em desacordo com as orientações previstas na Cartilha
PETI/MDS/2004.
EVIDÊNCIA:
A - Documentação comprobatória de despesas realizadas com recursos do
Programa.
B - Contrato de Locação de imóvel - Cedro Qd-01 Lt-04 - Setor Tarumã.
C - Extrato Bancário da conta do PETI.
5.1.2 CONSTATAÇÃO:
Instalações inadequadas e mal conservadas, mobiliário e material de
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 113
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
apoio insuficientes.
FATO:
Em visita realizada ao local de execução das ações socioeducativas do
Núcleo Vila América, verificamos que as instalações físicas são
inadequadas e mal conservadas, assim como a insuficiência de
mobiliário e material de apoio, conforme relatado a seguir: teto com
infiltração; paredes internas e portas descascadas e sem pintura;
área aproveitada para refeição, inapropriada; sanitários para uso
comum dos executores das atividades e crianças/ adolescentes; e
falta de copos descartáveis e/ou canecas para uso individual,
visto não haver bebedouro e sim filtro nas salas de aulas.
Constatamos, ainda, que não há armários suficientes para guarda de
material pedagógico, gêneros alimentícios, utensílios de limpeza e
cozinha.
Sobre o fato constatado, a Coordenadora do PETI apresentou através
de comunicação escrita, durante os trabalhos de campo, o seguinte: "O
PETI Vila América possui prédio próprio, com os seguintes ambientes:
secretaria, cozinha, 02 salas, 01 galpão e 02 banheiros, sendo um
feminino e outro masculino. Seu pátio é concretado, e cercado
com muro e um portão de entrada. Seu espaço físico não está em
boas condições, porém já existe uma reforma prevista para janeiro,
que ofereça condições adequadas que garanta um melhor atendimento às
crianças".
EVIDÊNCIA:
A- Visita "in loco".
B- Fotos do local.
PETI – VILA MUTIRÃO
5.1.3 CONSTATAÇÃO:
Inadequação e insuficiência dos materiais disponibilizados para a
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 116
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
execução das atividades socioeducativas.
FATO:
Em visita aos Núcleos de execução das atividades socioeducativas da
Vila América e Mutirão, entrevistamos os responsáveis pelos
Núcleos, monitores e crianças/adolescentes, havendo uniformidade
de opinião quanto à inadequação e insuficiência de materiais
pedagógicos e lúdicos necessários ao desenvolvimento das atividades
socioeducativas, tais como: jogos educativos, bola de futebol e livros
literários.
EVIDÊNCIA:
A- Visita aos Núcleos do PETI da Vila Mutirão e América e entrevista
junto aos monitores, alunos e responsáveis pela execução local do
Programa.
5.1.4 CONSTATAÇÃO:
Divergência entre os dados do SISPETI e as informações do gestor em
relação ao número de monitores.
FATO:
Confrontando as informações apresentadas pela Coordenadora do PETI,
através de comunicação escrita dirigida à equipe de fiscalização
durante os trabalhos em campo, com os registros do SISPETI,
verificamos as seguintes divergências:
- Vila América: O SISPETI registra 08 monitores, enquanto
que a Coordenação do PETI informa 04.
- Vila Mutirão: O SISPETI registra 07 monitores, enquanto
que a Coordenação do PETI informa 03.
Diante do exposto, concluímos que não houve atualização dos
dados pertinentes ao número de monitores no SISPETI.
EVIDÊNCIA:
A - Comunicação escrita da Coordenadora do PETI dirigida à Equipe de
Fiscalização.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 117
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
B - Registros do SISPETI, extraídos em 15.10.09.
5.1.5 CONSTATAÇÃO:
Núcleo cadastrado no SISPETI inoperante.
FATO:
Verificamos que no SISPETI encontra-se registrado o Núcleo - PETI
Setor Amélio Alves, com 39 usuários e 12 monitores, no Espaço Shallon
do Setor Tarumã.
Sobre o Núcleo em questão, o Gestor emitiu o Ofício nº 41, de
11/11/09, informando: " 3. O Núcleo do PETI Amélio Alves,
situado no Setor Tarumã, foi criado em 2001, tendo seu
funcionamento até 31.07.2008, data em que ocorreu sua desativação. Em
relação às crianças vinculadas a este Núcleo, estas foram
remanejadas para as demais unidades do Programa PETI. "
Diante da documentação comprobatória das despesas realizadas no
período de janeiro/2008 à agosto/2009, verificamos a existência de
contrato de locação, assim especificado: Galpão coberto 720,00 m2 na
Rua Cedro Qd-01 lt-04 - Setor Tarumã, para funcionamento do PETI -
período de 02/01/08 a 31/dez/08 e 05/01/09 a 31/12/09.
Conforme análise, evidenciamos pagamento equivalente a R$ 6.400,00,
posterior à data de desativação informada pela gestora, conforme
cheques nºs 850389, 850395, 100218, 100209, 100230, 100233 e 100235 -
da C/corrente nº 19534-0, denominada PINHUMASFMASCPETI, da Agência
496-0 do Banco 001.
Ressaltamos que na documentação apresentada não ficou demonstrada a
rescisão contratual pertinente à locação em questão.
EVIDÊNCIA:
A- Entrevista com a Gestora do Programa.
B- Ofício nº 41, de 11/11/09.
C- Extrato da c/corrente nº 19534-0, denominada PINHUMASFMASCPETI -
Agência: 496-0 - Banco 001.
5.1.6 CONSTATAÇÃO:
Divergências entre os registros de frequência contidos no SISPETI e os
apresentados nos Núcleos de Ações Socioeducativas.
FATO:
Em confronto dos registros contidos no SISPETI e nas folhas de
frequência dos núcleos de execução das ações socioeducativas,
relativos aos beneficiários selecionados em amostra disponibilizada
pela CGU/PR, referentes ao mês de agosto de 2009, deparamos com as
seguinte situações:
- Vila América: Dos 10 beneficiários selecionados, 03 não
atingiram a frequência mínima estabelecida na legislação do
Programa: NIS nº 16090015602, 16412422073 e 16117150483. E ainda, os
beneficiários de NIS nº 16245698856 e 16568639460 não se encontravam
relacionados na Folha de Frequência apresentada.
- Vila Mutirão: Dos 10 beneficiários selecionados, 08 não se
relacionados na folha de frequência apresentada: NIS nº 16097096837,
16127038635, 16437033399, 16469701400, 16604652131, 16575644539,
16637845133 e 16245865345. E ainda, o beneficiário de NIS nº
16568426777 não atingiu a frequência mínima estabelecida na legislação
do Programa.
Vale ressaltar, que o campo "frequência igual ou superior a 85%" do
SISPETI, registra que todos os beneficiários cadastrados estão com a
frequência em conformidade com as normas do Programa, contudo, a
partir das constatações relativas à amostra analisada, verificamos que
há divergências nesses registros.
EVIDÊNCIA:
A - Registros do SISPETI - mês agosto, extraídos em 15.10.09.
B - Folhas de Frequência - mês de agosto - das Vilas Mutirão e
América.
5.1.7 CONSTATAÇÃO:
Divergência entre os registros relativos aos beneficiários cadastrados
no SISPETI e os relacionados nas Folhas de Frequência.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 119
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
FATO:
Do confronto realizado entre os registros do SISPETI e das Folhas
de Frequência dos Núcleos de Ações Socioeducativas visitados,
constatamos o seguinte:
-Beneficiários cadastrados no SISPETI que não estão na Folha de
Frequência dos Núcleos de Ações Socioeducativas:
VILA MUTIRÃO
16089801497 16089946371 16118559156 16097096837 16091214315
16117166800 16110327930 16127038635 16255259502 16230328918
21228838153 20459229702 20459291275 16493786909 20697876513
16397371760 16437033399 16437034166 16428778468 16493609608
16373382118 20459301416 20459284376 20459297419 16419346909
16493321574 16469292691 16494277811 16469701400 20459308941
20459292212 16501250871 16399882231 16392623125 16568168417
16568168417 21048344314 16639424976 16604652131 16604652565
16634164577 16646767972 16612926253 16604689000 16625657590
20419725738 16568505332 16617048858 16668614540 16625029794
16645052562 16637845133 16595274060 16604112544 16604766730
16588605707 20094387057 16614221486 16668672680 16294663149
16245865345
VILA AMÉRICA
16137314252 16142655674 16117284552 16168803263 16145732017
20419725061 20697876777 16123635310 16392460463 20370527814
16117188693 16097277920 16167344583 20459306663 16263479885
16286783599 16295591982 16245633061 20703405076 16295334696
16225783319 16298289292 16245698856 20419706873 16252194531
16295457127 16265528689 16218850006 16412422073 16392557769
16392614746 16399892369 16573189222 16654394276 20419725053
16601552209 16575465820 16623960873 16568639460 16645055812
16588605707 16630978111
Com relação ao Núcleo Amélio Alves, que não se encontra mais em
operacionalização, verificamos beneficiários que não foram localizados
nos Núcleos da Vila América ou Vila Mutirão, portanto, não estão mais
participando das ações socioeducativas promovidas, conforme
relacionado a seguir:
16126905203 16153564365 16167747130 16139330134 21066531236
21221559445 20459306647 16246790691 16392394282 16438986128
16392462024 16137628168 16090063941 16090175715 16218638252
16291308860 16267665551 20459290236 16256817649 16218670806
16255332757 16270460663 16439550501 20459289963 21048344527
16604634109 20964007236 21046367376 21066531015 20419678543
16617057601
Ainda, sobre o Núcleo Amélio Alves, verificamos que os beneficiários
abaixo relacionados que integravam este Núcleo continuam frequentando
as ações do PETI, mas ainda não foram vinculados ao atual Núcleo
que participam:
21222717230 20419683016 21212346043 16117361263 16255276385
16255282814 16255300499
Outrossim, do total de 70 registros que estão na situação de "não
vinculados" no SISPETI, constatamos que os beneficiários abaixo
relacionados estão efetivamente participando das ações do PETI:
20690248576 16419391734 16117164891 16247100818 16252206939
16168625721 20459304326 16255372627 16247172606 16425645300
20097876351 20697876378 20419681412 16460428590 16419366888
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 120
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
20459291291 16631914249 16631921776 20697876416 16669363738
16580444410 16637097900 16595294371
Por fim, verificamos que 185 beneficiários estão registrados no
SISPETI, vinculados a um Núcleo de Ações Socioeducativas, no entanto,
somente 53 destes constam relacionados nas Folhas de Frequência do
Núcleo ao qual encontra-se vinculado.
Diante do exposto, concluímos que os registros do SISPETI estão
desatualizados e não refletem o atual quantitativo de crianças
que efetivamente participam e integram o Programa sob análise.
EVIDÊNCIA:
A - Registros do SISPETI - mês agosto, extraídos em 15.10.09.
B - Folhas de Frequência - mês de agosto - das Vilas Mutirão e
América.
5.1.8 CONSTATAÇÃO:
Irregularidades nos procedimentos licitatórios para a aquisição de
gêneros alimentícios destinados aos beneficiários do PETI.
FATO:
Verificamos que foram realizados procedimentos licitatórios destinados
à aquisição de gêneros alimentícios, os quais visaram atender a
clientela beneficiária do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil
- PETI e Programa Nacional de Alimentação - PNAE em 2008 e 2009, sendo
constatadas as seguintes irregularidades, conforme o respectivo
procedimento:
I - Convite nº 007/2008 - Proc. Nº 283/2008 de 17/01/2008.
Empresas constantes da ata de julgamento como participantes: Neto e
Soares Neto Ltda. - CNPJ 33.606.492/0001-12; Supermercado Ki-Jóia
(Osmiro Qualhato) - CNPJ 00490541000145; e Panificadora Santana
Granner Vaz Ltda. (CNPJ 37.347.218/0001-27).
Vencedora: Panificadora Santana Granner Vaz Ltda. (CNPJ
37.347.218/0001-27)
a)Desrespeito ao prazo mínimo entre a entrega do último convite e a
realização da sessão de abertura do certame, contrariando o disposto
no Art. 21, §2°, do inciso IV da Lei 8.666/93 - Os convites entregues
à empresas Neto e Soares Neto Ltda. e Supermercado Ki-Jóia registram
como data de entrega o dia 21/01/2008, e a licitação foi realizada no
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 121
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
dia 25/01/2008.
b)Propostas comerciais apresentadas sem carimbo e sem assinatura dos
responsáveis pelas empresas - das propostas das empresas Neto Soares
Neto e Supermercado Ki Jóia não constam carimbo e assinatura dos
responsáveis pelas empresas. Ademais, as propostas foram apresentadas
em cópias de papel timbrado das empresas.
c)Empresas indicadas como participantes não confirmam participação no
certame - instado a confirmar, por meio de circularização, a
participação no Convite n° 007/2008, o proprietário da empresa Neto
Soares Neto declarou que não participou da licitação. Já o
proprietário do Supermercado Ki Jóia se negou a assinar o anexo do
Ofício Circular, confirmando ou negando sua participação.
d) Proposta comercial da licitante vencedora apresentada por meio de
aposição manual do preço oferecido no próprio instrumento do convite
para participar do certame, contrariando o item 6.4 do edital de
licitação, que previa que o documento fosse apresentado em formulário
próprio da empresa.
e) Sobrepreço no valor do kilograma do pão francês - a proposta da
empresa vencedora previu o fornecimento de 6.300 kg de pão, ao preço
de R$ 4,80/kg, totalizando R$ 30.240,00. Os comprovantes de despesas
registram o fornecimento de 5.625 kg de pães, ao preço de R$ 6,00,
totalizando de R$ 33.750,00. Respeitado o valor do kg do pão constante
da proposta, o montante a ser pago deveria totalizar R$
27.000,00, o que resultou no pagamento, a maior, de R$ 6.750,00.
f) Não constam do processo instrumento de contrato ou eventual termo
aditivo de reajustamento de preços.
EVIDÊNCIA:
A - Processo: 283-08,Convite Nº 007, de 25.01.08 (Aquisição de 6.300
kg de pães e 15.000 litros de leite pasteurizado);
B - Processo: 6526-08, Convite Nº 057, de 27.08.08 (Aquisição de pão e
leite pasteurizado);
C - Processo: 7155-08, Convite Nº 061, de 11.09.08 (Aquisição de
carnes (carne bovina, frango e lingüiça.
5.1.9 CONSTATAÇÃO:
Falhas comuns aos procedimentos licitatórios para a aquisição dos
gêneros alimentícios destinados aos beneficiários do PETI.
FATO:
Dos Convites realizados para aquisição de gêneros alimentícios
destinados aos beneficiários do PETI e Programa Nacional de
Alimentação Escolar - PNAE, verificamos as seguintes falhas:
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 124
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
A)Na formalização dos processos:
01 - Não constam dos processos os atos de designação das comissões de
licitação ou dos responsáveis pelos convites, em desacordo com o
estabelecido no art. 38, III, da Lei n° 8.666/93, e Decreto nº
3.555/00, Anexo I, art. 21, VI.
02 - As folhas dos processos não se encontravam numeradas, em
desacordo com o estabelecido no art. 38, caput da Lei n° 8.666/93.
03 - Não constam dos processos as minutas dos contratos
administrativos, em desacordo com o estabelecido na Lei n°
8.666/93,art.39, § único - Decreto nº 3.555/00, Anexo I, art. 21, VII.
04 - Não constam dos processos os comprovantes da publicação dos
resultados das licitações, em desacordo com o estabelecido no Decreto
nº 3.555/00, Anexo I, art. 21, XII.
05 - Não constam dos processos os comprovantes da publicação dos
extratos dos Contratos, em desacordo com o estabelecido na Lei n°
8.666/93,art.61, parágrafo único -Decreto nº 3.555/00, Anexo I,
art.21, XII.
06 - Não constam das Atas de Julgamento o relato dos critérios de
desempate das propostas de preços.
B) Na elaboração do edital (legislação - art. 40 da Lei n° 8.666/93).
01 - As folhas dos editais não foram rubricadas.
02 - Não consta nos Editais cláusula estabelecendo prazo p/recursos.
03 - Não consta nos Editais cláusula especificando as sanções para o
caso de inadimplemento após a contratação do objeto.
04 - Não constam dos editais previsões dos prazos e condições para a
assinatura, vigência e execução do contratos, e para as entregas dos
objetos das licitações.
EVIDÊNCIA:
A - Processo: 282-08, Convite Nº 006, de 24.01.08
Objeto Licitado: Aquisição de gêneros alimentícios.
B - Processo: 283-08,Convite Nº 007, de 25.01.08
Objeto Licitado: Aquisição de 6.300 kg de pães e 15.000 litros de
leite pasteurizado.
C - Processo: 3874-08,Convite Nº 041, de 29.05.08
Objeto Licitado: Aquisição de gêneros alimentícios.
D - Processo:6525-08, Convite Nº 056, de 27.08.08
Objeto Licitado: Aquisição de gêneros alimentícios.
E - Processo: 6526-08, Convite Nº 057, de 27.08.08
Objeto Licitado: Aquisição de pão e leite pasteurizado.
F - Processo: 7155-08, Convite Nº 061, de 11.09.08
Objeto Licitado: Aquisição de carnes (carne bovina, frango e
lingüiça).
G - Processo: 1470-09, Pregão Presencial Nº 04, de 28.04.09
Objeto Licitado: Aquisição de gêneros alimentícios.
5.1.10 CONSTATAÇÃO:
Sonegação de documentos referentes às licitações para a equipe de
fiscalização.
FATO:
Instado a apresentar a documentação referente à execução dos recursos
financeiros do PETI, o Município de Inhumas/GO não apresentou a
documentação relativa a todos os procedimentos licitatórios
deflagrados para realização das despesas. Além disso, mesmo quando a
equipe de fiscalização da CGU teve acesso à documentação, ela não foi
disponibilizada de pronto. Somente na medida em que, durante os
trabalhos de campo, era obtida a informação de que havia ocorrido um
procedimento licitatório - por meio de menções, por exemplo, em
comprovantes de despesas - é que a prefeitura disponibilizava a
documentação pertinente. Essas circunstâncias impediram o exame da
legalidade dos autos que não foram apresentados e obstaram à atuação
regular da equipe de fiscalização, configurando, desse modo, afronta
ao disposto no Art. 26 da Lei n° 10.180/2001.
Cabe registrar que, examinando os documentos que foram
disponibilizados, verificou-se que os procedimentos licitatórios
referentes ao PETI disseram respeito também às aquisições relativas ao
Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE. Desse modo, as
constatações aqui registradas se estendem à execução do PNAE em
Inhumas/GO.
EVIDÊNCIA:
A - Solicitação de Fiscalização nº. 01/2009, de 15.10.2009
5.2 - PROGRAMA
1006
GESTÃO DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOM
AÇÃO :
0A28
APOIO A ORGANIZACAO DO SISTEMA UNICO DE ASSISTENCIA SOCIAL - SUAS
- NACIONAL
OBJETIVO DA AÇÃO :
Coordenar a gestão do Sistema Único de Assistência Social - SUAS e a-
poiar sua implementação nos estados, Distrito Federal e municípios,
tendo em vista as diretrizes da primazia do Estado, descentralização
político-administrativa, participação da população e centralidade na
família.
ORDEM DE SERVIÇO : 234100
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Atuação do gestor municipal no tocante ao cumprimento das condicionali
dades previstas pela NOB - Norma Operacional Básica da Assistência So-
cial com relacao ao níveis de gestao dos recursos assistenciais.
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
FUNDO A FUNDO OU CONCESSãO
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: Não se aplica
5.2.1 CONSTATAÇÃO:
Município não possui estrutura para atendimento ao beneficiário do
BPC.
FATO:
O município fiscalizado está habilitado na Gestão Básica. Em
entrevista com a gestora da Assistência Social, constatou-se que o
município não possui estrutura para recepção, identificação e
encaminhamento dos beneficiários do BPC - Benefício de Prestação
Continuada. Conforme informação da Gestora, duas servidoras estão
designadas para o atendimento desta clientela.
5.2.2 CONSTATAÇÃO:
Inexistência de diagnóstico das áreas de vulnerabilidade e risco
social.
FATO:
Mediante a Solicitação de Fiscalização nº 02, de 21/10/09, requeremos
informações sobre o Diagnóstico de Áreas de Risco e Vulnerabilidade
Social. O Gestor emitiu o Ofício nº 051, de 22/10/09, informando:
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 128
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
"O trabalho de Diagnóstico de Áreas de Risco e Vulnerabilidade Social
do Município ainda não foi feito. Existe um cadastro das famílias que
residem na três principais áreas de risco do Município, as quais serão
removidas destas áreas, pois já estão em fase de conclusão 65
(sessenta e cinco) unidades habitacionais, construídas através do
Programa de Habitação de Interesse Social em parceria com o Governo
Federal."
Portanto, não foi atendido o requisito previsto na Norma Operacional
Básica que estabelece para habilitação no nível básico de gestão a
realização de Diagnóstico de Áreas de Risco e Vulnerabilidade Social.
EVIDÊNCIA:
A - Ofício/Inhumas nº 51, de 22/10/09.
AÇÃO :
8249
FUNCIONAMENTO DOS CONSELHOS DE ASSISTENCIA SOCIAL - NACIONAL
OBJETIVO DA AÇÃO :
Assegurar o funcionamento do Conselho Nacional de Assistência Social
(CNAS) e a realização de conferências nacionais, assim como apoiar
técnica e financeiramente a manutenção dos conselhos estaduais, do
Distrito Federal (DF) e municipal de assistência social, em virtude
de constituírem-se em instâncias deliberativas e de controle social
no Sistema Único de Assistência Social.
ORDEM DE SERVIÇO : 234346
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Instâncias de Controle Social do Programa Bolsa Família e das àreas de
assistência social criadas atendendo aos critérios de paridade e sua
atuação.
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 129
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
FUNDO A FUNDO OU CONCESSãO
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: Não se aplica
5.2.3 CONSTATAÇÃO:
Inoperância do Conselho Municipal de Assistência Social.
FATO:
O Conselho Municipal de Assistência Social foi criado mediante a Lei
nº 2.300, de 15/12/95 e sua última composição se deu pelo Decreto nº
080, de 07/05/09. A Presidência do Conselho na composição anterior e
atual coube a Gestora de Promoção Social.
Quanto a sua atuação, o Gestor informou no Ofício nº 051, de 22/10/09
que todas as ações pertinentes ao CMAS estão lavradas em atas.
Tendo em vista não haver relatórios de fiscalização, ou outro
documento semelhante, que comprovasse ações de fiscalização e
controle desencadeadas pelo aludido conselho, procedemos a análise
consubstanciada na leitura das atas de reunião. Diante das
quais, verificamos a ineficiência da atuação do órgão no cumprimento
de suas atribuições regulamentares, dispostas na Lei nº 8.742/1991, no
Decreto nº 4.675/2003 e na Portaria MDS nº 660/2004,
especialmente no que concerne ao controle, à fiscalização e ao
acompanhamento dos programas sociais, financiados com recursos
federais, bem como no que se refere à gestão do Fundo Municipal de
Assistência Social.
EVIDÊNCIA:
A - Atas nºs 17 a 22 e 25 a 29 apresentadas pelo representante do
CMAS.
FATO:
A Comissão Municipal do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil
vigente em 2008 foi nomeada mediante o Decreto nº 74, de 16/03/05.
A atual composição foi delegada pelo Decreto nº 081, de
07/05/2009, sendo que a coordenadora e uma das assistentes sociais
nomeadas já não integram mais a Comissão.
Para fins de comprovação de sua atuação, foi apresentado o Livro
de Atas comum aos registros pertinentes ao Conselho Municipal
de Assistência Social e ao CMETI, pelo que verificamos apenas um
registro na Ata nº 26, de 26/06/09, que trata da posse da
última comissão nomeada. Conforme entrevista com a integrante da
Comissão, ela não soube precisar o quantitativo de reuniões
realizadas, informando que talvez em torno de três reuniões neste
ano, e que sua participação se restringiu ao comparecimento às
reuniões.
Tendo em vista que o Gestor não apresentou outro documento e/ou
relatório que comprove sua atuação, e diante da Ata
apresentada, constatamos que a Comissão está inoperante no tocante
ao cumprimento da competência prevista no item 6.5 - Anexo I da
Portaria nº 458, de 04/10/01.
EVIDÊNCIA:
A - Ata nº 26, de 26/06/09
5.2.5 CONSTATAÇÃO:
Inoperância da Instância de Controle Social.
FATO:
Verificamos que a Instância de Controle Social do Programa Bolsa
Família possui doze integrantes, no entanto, os assuntos pertinentes a
sua atuação se concentra na servidora que exerce a função de
Responsável Municipal pelo Programa Bolsa Família. Mediante
entrevista verificamos que as funções se confundem tendo em vista
que a mesma servidora exerce função de operacionalizar os sistemas
utilizados, responder pela Instancia de Controle Social e ainda pela
execução do Programa.
Verificamos que no Ofício nº 08, de 28/01/08, dirigido ao Diretor de
Departamento de Operação do MDS, em resposta ao Relatório de
Fiscalização do MDS nº 02/2007, o Gestor menciona no item 10: "Com a
mudança da gestora do Programa Bolsa Família neste Município, notou-se
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 131
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
a necessidade de uma nova estruturação da Instância de Controle Social
do Programa Bolsa Família para atender sua função social. Em reunião
datada do dia quatorze do mês de dezembro do ano de 2007, foram
realizadas algumas modificações no Conselho, promovendo substituições
de conselheiros e suplentes. Na mesma oportunidade, também iniciou a
discussão do Regimento Interno da Instância de Controle Social deste
Município, enfatizando que todas a alterações serão encaminhadas ao
Ministério do Desenvolvimento Social, juntamente com o Decreto
Municipal de nomeação dos novos conselheiros e o Regimento Interno
aprovado pelo Conselho Municipal."
Não obstante as mudanças informadas ao Gestor Federal, constatamos que
foi promovida apenas uma reunião da ICS, em que se elegeu a
Presidente. Quanto a sua atuação não foi apresentada documentação que
comprove a atuação do órgão de controle social nas ações previstas nos
Incisos I, II, III,IV, V e VII do art. 8 - IN/MDS nº 01, de
20/05/2005.
EVIDÊNCIA:
A - Ata da Instância de Controle Social.
B - Ofício nº 08, de 28/01/08.
5.3 - PROGRAMA
1335
TRANSFERÊNCIA DE RENDA COM CONDICIONALIDADES - BOLSA FAMÍLIA
AÇÃO :
8442
TRANSFERENCIA DE RENDA DIRETAMENTE AS FAMILIAS EM CONDI
CAO DE POBREZA E EXTREMA POBREZA (LEI Nº 10.836, DE 200
4) - NA REGIAO CENTRO-OESTE
OBJETIVO DA AÇÃO :
Melhorar as condições socioeconômicas das famílias pobres e extrema-
mente pobres por meio de transferência direta de renda.
ORDEM DE SERVIÇO : 234247
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Dados cadastrais dos beneficiários atualizados; renda per capita das
famílias em conformidade com a estabelecida na legislação do Programa;
cumprimento das condicionalidades das áreas da educação e saúde; e Pro
gramas/Ações municipais complementares ao Bolsa Família.
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
FUNDO A FUNDO OU CONCESSãO
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 3.854.103,00
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 132
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
5.3.1 CONSTATAÇÃO:
Ausência de criação da coordenação municipal do Programa.
FATO:
Não há coordenação constituída nos moldes do inciso I, art.
14, Decreto n. 5.209, de 17 de setembro de 2004, não existindo
estrutura formal que gerencie as implementações e ações do programa.
Por conseguinte, não houve a designação de técnico responsável pelo
acompanhamento da condicionalidade da educação e saúde, para o
exercício da competência estabelecida no inciso I e III, da Portaria
interministerial nº 2.509, de 18.11.04.
Conforme documentação e entrevista realizada, verificamos a existência
de servidora responsável pelo Programa Bolsa Família, a qual acumula
as funções de coordenação, acompanhamento da condicionalidade da área
de educação e saúde, além de Presidente da Instância de Controle
Social do Programa.
EVIDÊNCIA:
A- Ausência de Coordenação Municipal do Programa devidamente
formalizado em conformidade com o Decreto n. 5.209, de 17 de setembro
de 2004.
B- Documento de "Formalização da Instância de Controle Social do
Programa Bolsa Família", de 28.05.08.
5.3.2 CONSTATAÇÃO:
Ausência de implementação de programas/ações complementares ao Bolsa
Família.
FATO:
Conforme entrevista com a responsável pela execução do Programa Bolsa
Família no Município e entrevista junto aos beneficiários selecionados
por amostragem, constatamos que não estão sendo executados
programas/ações complementares, tendo como público alvo as famílias
beneficiárias do PBF, contrariando o inciso VII, Cláusula Quarta do
Termo de Adesão ao Programa Bolsa família e o art. 2º, inciso V da
Portaria nº 148, de 27.04.2006.
5.3.3 CONSTATAÇÃO:
Alunos beneficiários do Programa Bolsa Família não localizados.
FATO:
Conforme visita ao Colégio Estadual Manoel Vilaverde, constatamos a
seguinte situação: os alunos de NIS 16198959741, 16549030677 e
20419699184 são alunos desistentes, os de NIS 16245694796 e
16549847673 não foram encontrados na escola e o aluno de NIS
16199070101 já concluiu o 3º ano. Verificamos nos registros do Projeto
Presença - Ficha de Preenchimento da Frequência Escolar, que a escola
informou ao Gestor Municipal a situação dos alunos referenciados.
Outrossim, analisando a folha de pagamento emitido pela CAIXA,
referente ao mês de agosto/2009 - Bolsa Família, constatamos que os
beneficiários acima listados tiveram seus benefícios liberados,
denotando que não houve atuação do gestor municipal quanto ao bloqueio
e/ou cancelamento do benefícios em questão.
EVIDÊNCIA:
A- Frequência escolar referente aos meses de junho e julho/2009.
B- Projeto Presença - Ficha de Preenchimento da Frequência Escolar.
C- folha de pagamento emitido pela CAIXA, referente ao mês de
agosto/2009 - Bolsa Família.
D - Entrevista com a gestora do Colégio Estadual Manoel Vilaverde.
5.3.4 CONSTATAÇÃO:
Desatualização Cadastral.
FATO:
Mediante visita às famílias beneficiárias, selecionada por amostragem,
constatamos que os beneficiários de NIS nº 16614905954, 12508453937,
12587342319, 16399559716, 16568322580 e 20945152552 mudaram para
endereço desconhecido.
Outrossim, ressaltamos que os beneficiários de NIS nº 20954193843,
16469510087, 20945114216, 16645890754 e 16645063939 não se encontravam
em casa na ocasião da visita, portanto não foram entrevistados.
EVIDÊNCIA:
A- Verificação "in loco" .
5.3.5 CONSTATAÇÃO:
Beneficiários com indícios de renda per capita superior à estabelecida
na legislação do Programa.
FATO:
Visitamos as famílias beneficiárias do Programa Bolsa família
selecionadas por amostragem.
Conforme declaração dos responsáveis entrevistados e análise dos
registros contidos no cadastro único fornecido pela Prefeitura,
relacionamos os seguintes indícios de renda per capita superior à
estabelecida na legislação:
1- NIS 12594062970 - Verificamos que a beneficiária possui casa em
construção e local onde funciona uma facção.
2- NIS 16127018901 - A beneficiária declarou que ganha 465,00, o
esposo recebe uma renda mensal de R$ 749,00 e possui 2 dependentes
menores, portanto a renda per capita da família atinge R$ 303,50.
3- NIS 16252228495 - A beneficiária declarou que ganha 465,00, o
esposo recebe uma renda mensal de R$ 930,00 e possui 3 dependentes
menores, e ainda, uma agregada que possui rendimentos de R$ 465,00,
portanto a renda per capita da família atinge R$ 310,00.
4- NIS 16024324880 - A beneficiária declarou que ganha 465,00, o
esposo recebe uma renda mensal de R$ 640,00 e possui 3 dependentes
menores, portanto a renda per capita da família atinge R$ 221,00.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 135
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
5- NIS 16024324880 - A beneficiária declarou que ganha 465,00, o
esposo recebe uma renda mensal de R$ 465,00 e possui 2 dependentes
menores, portanto a renda per capita da família atinge R$ 232,50.
6- NIS 16549096295 - A beneficiária declarou ganhar em torno de R$
697,50, renda originária de um lava-jato, possui 2 dependentes
menores, portanto a renda per capita da família atinge R$ 232,50.
7- NIS 12747440313 - A beneficiária declarou que ganha 465,00 e possui
1 dependente menor, portanto a renda per capita da família atinge R$
232,50.
8- NIS 16374791488 - A beneficiária recebe pensão no valor de 465,00
e possui 2 dependentes menores, portanto a renda per capita da família
atinge R$ 155,00.
EVIDÊNCIA:
A- Declaração prestada pelo responsável beneficiário do Programa,
quando da visita realizada aos beneficiários da amostra selecionada e
disponibilizada pela CUG/SFC/DSDES.
B- Cadastro Único fornecido pela Prefeitura.
C- Registro fotográfico.
5.3.6 CONSTATAÇÃO:
Servidores municipais beneficiários com renda per capita superior à
estabelecida na legislação do programa.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 136
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
FATO:
Do confronto entre a lista de beneficiários do Programa, extraída do
SIBEC/CAIXA e contracheques dos servidores municipais, referentes
ao mês de agosto de 2009, fornecidos pela Prefeitura, verificamos
a ocorrência de servidores que constam da relação de pagamentos
do Bolsa Família e que não atendem aos critérios do Programa, tendo
em vista possuírem renda "per capita" familiar superior à estipulada
para o Programa.
Relacionamos a seguir os valores apurados, ressaltando que
consideramos o total de rendimentos constante do contracheque do
servidor e os registros dos demais componentes da família, declarados
no Cadastro Único:
1- NIS 16289896343 - Servidora municipal com salário de R$ 769,73.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 3 pessoas,
ou seja, renda "per capita" R$ 256,60;
2- NIS 17029036903 - Servidor municipal com renda total no valor de R
$ 1.400,16, assim dividida: salário da Prefeitura de R$ 935,16, mais
a renda do componente da família no valor de R$ 465,00.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta de 04, ou seja,
renda "per capita" de R$ 350,00;
3- NIS 16218788661 - Servidora municipal com salário de R$ 993,25.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 03 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 331,10;
4- NIS 19010369784 - Servidora municipal com salário de R$ 1.610,56.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 05 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 322,10;
5- NIS 19015080154 - Servidora municipal com salário de R$ 953,25.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 03
pessoas, ou seja, renda "per capita" de R$ 317,80;
6- NIS 12229600690 - Servidora municipal com salário de R$ 558,00.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 03 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 186,00;
7- NIS 12765380319 - Servidora municipal com salário de R$ 1.023,00.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 04 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 255,80;
8- NIS 16478054021 - Servidora municipal com renda total no valor de
R$ 1.240,70, assim dividida: salário da Prefeitura de R$ 1.100,70,
mais a renda do componente da família no valor de R$ 310,20;
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta de 04 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 310,20;
9- NIS 12088907728 - Servidora municipal com salário de R$ 953,25.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 04 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 238,00;
10- NIS 16399701237 - Servidora municipal com salário de R$ 635,42.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 02 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 317,70;
11- NIS 16373799868 - Servidora municipal com salário de R$ 953,25.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 05 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 190,70;
12- NIS 13460612311 - Servidora municipal com salário de R$ 809,02.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 02 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 404,50;
13- NIS 16568653668 - Servidora municipal com renda total no valor de
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 137
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
R$ 1.152,25, assim dividida: salário da Prefeitura de R$ 952,25,
mais a renda do componente da família no valor de R$ 200,00. Consta
no CADÚNICO que a unidade familiar é composta de 06 pessoas, ou seja,
renda "per capita" de R$ 192,00;
14- NIS 16644726888 - Servidora municipal com renda total no valor de
R$ 742,08, assim dividida: salário da Prefeitura de R$ 562,08, mais a
renda do componente da família no valor de R$ 180,00.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta de 03 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 247,40;
15- NIS 16294838348 - Servidora municipal com salário de R$ 529,58.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 03
pessoas, ou seja, renda "per capita" de R$ 176,50;
16- NIS 12290229689 - Servidora municipal com salário de R$ 513,91.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 03 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 171,30;
17- NIS 16428795257 - Servidora municipal com renda total no valor de
R$ 695,06, assim dividida: salário da Prefeitura de R$ 615,06, mais a
renda do componente da família no valor de R$ 80,00.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta de 04 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 173,80;
18- NIS 12670094319 - Servidora municipal com renda total no valor de
R$ 932,93, assim dividida: salário da Prefeitura de R$ 732,93, mais a
renda do componente da família no valor de R$ 200,00.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta de 04 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 155,50;
19- NIS 12290229689 - Servidora municipal com salário de R$ 516,32.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 03 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 172,10;
20- NIS 17032351385 - Servidora municipal com salário de R$ 671,86.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 03 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 167,96;
21- NIS 12304852922 - Servidora municipal com renda total no valor de
R$ 719,33, assim dividida: salário da Prefeitura de R$ 599,33, mais a
renda do componente da família no valor de R$ 120,00. Consta no
CADÚNICO que a unidade familiar é composta de 04 pessoas, ou seja,
renda "per capita" de R$ 239,77;
22- NIS 12696655318 - Servidora municipal com salário de R$ 2.049,60.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 04 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 512,40;
23- NIS 16137669816 - Servidor municipal com renda total no valor de
R$ 1.120,85, assim dividida: salário da Prefeitura de R$ 770,85, mais
a renda do componente da família no valor de R$ 350,00. Consta no
CADÚNICO que a unidade familiar é composta de 04 pessoas, ou seja,
renda "per capita" de R$ 280,21;
24- NIS 12389476491 - Servidora municipal com salário de R$ 2.091,30.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 05 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 418,26;
25- NIS 16218474977 - Servidora municipal com salário de R$ 787,17.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 04 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 196,79;
26- NIS 16025404837 - Servidora municipal com salário de R$ 1.023,00.
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 03 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 341,00;
27- NIS 16033300727 - Servidora municipal com salário de R$ 635,42.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 138
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
Consta no CADÚNICO que a unidade familiar é composta por 04 pessoas,
ou seja, renda "per capita" de R$ 158,85.
EVIDÊNCIA:
A- Lista de beneficiários do Programa do Município de Inhumas,
extraído do SIBEC/CAIXA.
B- Contracheque dos servidores municipais, referente ao mês de
agosto de 2009, fornecida pela Prefeitura.
C- Formulário de cadastramento Único para Programas Sociais do Governo
Federal.
5.3.7 CONSTATAÇÃO:
Pagamento de benefício em nome de beneficiários falecidos.
FATO:
Constatamos a ocorrência de pagamento de benefício referente aos NIS
16645063939 e 20945152552, cujos beneficiários são falecidos
EVIDÊNCIA:
Visita às famílias constantes da amostra.
5.3.8 CONSTATAÇÃO:
Recursos do Índice de Gestão Descentralizada do Programa Bolsa Família
- IGD não incorporados ao orçamento municipal.
FATO:
Verificamos, com base na análise do Orçamento Municipal referente aos
exercícios de 2008 e 2009, que não houve previsão dos recursos do
Índice de Gestão Descentralizada do Programa Bolsa Família - IGD
consignada em rubrica própria.
EVIDÊNCIA:
A - Orçamento Municipal de Inhumas/GO referente aos exercícios de 2008
e 2009.
6.1 - PROGRAMA
0310
GESTAO DA POLITICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO
AÇÃO :
0B16
APOIO A POLITICA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO - NACIONAL (CREDITO
EXTRAORDINAR
OBJETIVO DA AÇÃO :
Apoio a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano
ORDEM DE SERVIÇO : 234618
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Execução de galerias pluviais com recomposição asfáltica
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
CONTRATO DE REPASSE
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 987.600,00
6.1.1 CONSTATAÇÃO:
Exigência de número máximo de atestados de capacidade técnica para
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 140
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
participação na Tomada de Preços 04/2008, incorrendo em restrição à
competitividade do certame.
FATO:
O Contrato de Repasse n° 243.566-60 foi celebrado em 28/12/2007, entre
a Prefeitura Municipal de Inhumas e o Ministério das Cidades, com
interveniência da CAIXA, tendo como objeto a "execução de galerias
pluviais com recomposição asfáltica".
Nos itens 4.4.2 e 4.4.3 do Edital foi estabelecida a exigência de
comprovação de experiência prévia do responsável técnico pela obra e
do licitante a partir de um único contrato, o que equivale a
restringir tal comprovação à apresentação de um único atestado técnico
referente a obras semelhantes às previstas na licitação.
O órgão licitante, conforme se observa, estabeleceu o limite máximo de
um atestado técnico, entretanto, não evidenciamos motivos para tal
exigência.
A exigência da apresentação de mais de um atestado ou da limitação do
seu número não é admissível, exceto em casos devidamente justificados.
A limitação de número de atestados é exceção e deve ser devidamente
justificada no processo, o que não foi feito pelo órgão licitante.
No que se refere à limitação do número de atestados, como foi o caso,
o Tribunal de Contas da União, conforme item 9.2.1 do Acórdão n.º
2.359/2007 - TCU - Plenário, expressa o entendimento de que tal
exigência deve ser evitada, a não ser que seja devidamente justificada
e vise garantir que a empresa contratada "detenha o conhecimento
técnico e a capacidade operacional inerentes à metodologia construtiva
a ser aplicada, sem prejuízo de esclarecer que é vedada a imposição do
referido limite quando o seu objetivo for, tão-somente, verificar se
os empreendimentos anteriormente realizados pela licitante têm
dimensão semelhante à do objeto do certame".
Ora, obras de construção de galerias pluviais são corriqueiras,
realizadas rotineiramente por centenas de empresas no País e, no caso
sob análise, não demandavam nenhum conhecimento técnico e capacidade
operacional especial inerente à metodologia construtiva, que
justificasse a imposição de limitação do número de atestados.
Diante desses fatos, concluímos pela infringência ao estabelecido no
inciso I do § 1º do art. 3º da Lei de Licitações.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Tomada de Preços 04/2008/Inhumas.
6.1.2 CONSTATAÇÃO:
Exigência de visita técnica, em data única, marcada para quatro dias
antes da abertura das propostas, com a presença obrigatória de
responsável técnico detentor do atestado de experiência prévia, como
condição de participação Tomada de Preços 04/2008, incorrendo em
restrição à competitividade do certame.
FATO:
A Prefeitura de Inhumas, no item 4.4.8 do Edital, exigiu, como
condição para participação no Tomada de Preços 04/2008, a comprovação
de visita aos locais das obras, mediante atestado fornecido pela
municipalidade, entretanto, restringiu a visita ao dia 05/06/2008, com
início às 09:00 horas.
Ao determinar a necessidade de vistoria obrigatória, em data única, e
com a presença do responsável técnico, a Comissão Permanente de
Licitação, não só onerou, por sua própria conta, a participação dos
proponentes, como alijou da disputa possíveis interessados que, por
qualquer motivo, não pudessem estar presentes, com o seu responsável
técnico, na data marcada.
No que se refere à exigência de que o representante legal na vistoria
fosse o responsável técnico, entendemos que seria responsabilidade da
empresa proponente declarar estar ciente do local e da complexidade
dos serviços, cabendo somente a ela nomear o seu representante na
vistoria. Não obstante a irregularidade da intromissão na definição
dos representantes das empresas na vistoria, não se trata de
questionar a exigência de que os licitantes visitassem previamente o
local dos serviços, mas a definição de regras inflexíveis para tal
visita.
Como a participação na vistoria, em data fixa, foi definida como
condição obrigatória para a habilitação, resta claro que a estratégia
adotada pela Comissão de Licitação alijou da disputa quaisquer outros
interessados que, porventura, tivessem tomado conhecimento da
licitação após a 05/06/2008 ou tomassem a decisão de participar do
processo após essa data. Cabe ressaltar que até o dia 09/06/2008,
nada deveria impedir a participação de qualquer interessado na
disputa, pois se tratava do prazo legal previsto para o recebimento
dos documentos de habilitação, a qual somente poderia ser julgada após
essa data.
O efeito prático dessa estratégia foi a antecipação do início da fase
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 143
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
de habilitação em quatro dias e infringência ao estabelecido no inciso
I do § 1º do art. 3º da Lei de Licitações.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Tomada de Preços 04/2008/Inhumas.
6.1.3 CONSTATAÇÃO:
Exigência de prestação de garantia previamente ao julgamento da
habilitação do licitante, como condição obrigatória para a
participação na licitação, caracterizando infringência ao Artigo 31 da
Lei 8.666/93 e limitação à competitividade.
FATO:
O item 4.5.7 do Edital estabelece que a participação na licitação
estaria condicionada à apresentação de comprovação de prestação de
garantia no valor de 1% do valor estimado para a licitação (R$
1.036.980,00), a ser efetivada até o 30/05/2008, portanto antes da
data da entrega da documentação de habilitação.
A Seção II da Lei 8.666/93 estabelece as condições de habilitação nas
licitações. O Artigo 31, constante da referida Seção II, estabelece a
documentação que pode ser exigida como qualificação econômico-
financeira para fins de habilitação. O inciso III do referido Artigo
define que poderá ser exigida "garantia, nas mesmas modalidades e
critérios previstos no "caput" e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a
1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação".
Pelo que consta do texto legal mencionado, nos parece claro que a
comprovação da prestação de garantia, como condição de participação na
licitação, somente poderia ter sido exigida no momento da entrega da
documentação de habilitação, tendo a Comissão de Licitação a obrigação
de julgar a sua validade e adequação aos termos do edital quando da
análise de tais documentos, ou seja após a abertura dos envelopes
apresentados pelos licitantes, contendo os documentos de habilitação,
conforme definido no inciso I do Artigo 43 da Lei 8.666/93.
Cabe lembrar que a análise e julgamento dos documentos de habilitação
não necessitam ser realizados imediatamente após a abertura dos
envelopes contendo a documentação dos participantes, haja vista que o
§ 3º do Artigo 43 da Lei 8.666/93 dispõe que: "É facultada à Comissão
ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de
diligência destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do
processo, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que
deveria constar originariamente da proposta".
O efeito prático da exigência editalícia foi a antecipação do início
da fase de habilitação em, pelo menos, 3 dias úteis e, por
conseqüência, o descumprimento do prazo legal de 15 dias que deve
separar a publicação do Edital do recebimento dos documentos de
habilitação e das propostas ou da realização do evento, conforme
consta no inciso III do § 2º do Artigo 21 da Lei 8.666/93.
Ao exigir a apresentação da garantia antes da data marcada para
apresentação do restante da documentação de habilitação, a Comissão de
Licitação diminuiu, sem previsão legal que a respaldasse, o prazo para
que os possíveis interessados pudessem conseguir os recursos ou o aval
financeiro para o cumprimento da exigência.
Diante do exposto, concluímos pela ilegalidade da exigência editalícia
de prestação de garantia previamente à fase de habilitação, bem como
consideramos que a exigência constituiu-se em fator limitante à
competitividade do certame.
6.1.4 CONSTATAÇÃO:
Exigência concomitante de capital social mínimo e de prestação de
garantia como condição de participação na licitação, caracterizando
limitação à competitividade.
FATO:
Conforme consta do item 4.5.9 do Edital, foi exigido dos interessados
na licitação que apresentassem, como parte da documentação necessária
à habilitação na licitação, comprovação de possuir capital social
mínimo integralizado na data de apresentação da proposta,
correspondente a 10% do valor estimado para a contratação. Já o item
4.5.7 do Edital estabelece que a participação na licitação estaria
condicionada à apresentação de comprovação de prestação de garantia no
valor 1% do valor estimado para a licitação a ser efetivada até o
30/05/2008.
A jurisprudência do Tribunal de Contas da União e a doutrina jurídica
apontam no sentido de que a exigência concomitante de comprovação de
capital social e de prestação de garantia prévia, como condição de
habilitação de interessados na licitação, configura-se como fator
limitante à competitividade do certame, conforme argumentação a
seguir:
- Decisão nº 681/1998/Plenário - O TCU se manifestou em sentido
contrário acerca de exigência simultânea de capital social mínimo e
garantia de proposta (caução), em confronto com o que especifica o
art. 31, parágrafo 2º, da Lei nº 8.666/93. Da referida Decisão
ressaltamos o seguinte trecho:
"A matéria versada (ilegalidade de exigência simultânea de capital
social e garantia caução) permite revelar a extensão do conflito que
freqüentemente se observa entre a Administração Pública no uso da
amplitude e envergadura com que busca dimensionar as garantias
assecuratórias para o sucesso do processo licitatório, maximização do
negócio e resguardo do interesse público, e o atendimento à exegese da
Lei no sentido de assegurar o amplo caráter participativo e
competitivo aos interessados na licitação (art. 3º, § 1º, inciso I, da
Lei nº 8.666/93). No caso vertente, ainda que expostas as razões para
a exigência simultânea do capital mínimo integralizado e da prestação
de garantia caução, é interativo o entendimento interpretativo de que
na fase para habilitação não pode ser exigido ônus dessa espécie
(prestação de garantia) o que poderia ser exigível para a fase de
execução do objeto licitado."
- Decisão 1.521/2002/Plenário - O TCU se manifestou no sentido de que
se atente para as disposições contidas no art. 31, § 2º, da Lei nº
8.666/93, com alterações, de forma a não exigir simultaneamente, nos
instrumentos convocatórios de licitações, requisitos de capital social
mínimo e garantias para a comprovação da qualificação econômico-
financeira dos licitantes.
No mesmo sentido das Decisões do TCU, é o ensinamento de Marçal Justen
Filho (Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 8ª
edição, DIALÉTICA, São Paulo, 2000, página 359), conforme
transcrevemos:
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 149
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
"... A Garantia ... Em épocas passadas, era usual a Administração
condicionar a habilitação ao depósito de valores ou ao caucionamento
de bens. Isso acarretava indevida restrição à participação dos
interessados. Consagrou-se, por isso, o princípio de que a habilitação
não pode ser condicionada ao pagamento de valores ou cauções etc. O
princípio foi alçado ao nível constitucional. A exigência de
'garantias' para participação na licitação é incompatível com o
disposto no art. 37, inc. XXI, da CF/88. Por isso, o inc. III do art.
31 é inconstitucional. Além do mais, não acrescenta qualquer vantagem
ou benefício à Administração. Existe, ainda, evidente
incompatibilidade entre o inc. III e o espírito da Lei, retratado no
art. 32, § 5º."
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Tomada de Preços 04/2008/Inhumas.
6.1.5 CONSTATAÇÃO:
Bocas de lobo danificadas, denotando falta de manutenção.
FATO:
Durante a verificação in loco, observamos a existência de 4 bocas de
lobo danificadas, indicando situações de falta de manutenção e/ou
falhas construtivas.
As bocas de lobo danificadas são as seguintes:
- boca situada na Rua Áureo Bento Xavier, conectada ao PV-2 -
assoreamento do interior da caixa coletora por detritos, erosão na
calçada pavimentada e destruição parcial de partes superiores da
estrutura das paredes da caixa;
- 2 bocas situadas na Rua 14, conectadas aos PV-11A e PV-11B - erosões
nas calçadas de terra e destruição parcial de partes superiores da
estrutura das paredes das caixas coletoras;
- boca situada na Rua 14, conectada ao PV-11D - erosão na sarjeta e em
parte do pavimento a jusante da entrada da boca de lobo, indicando
ineficiência na captação do fluxo de águas pluviais ou falhas na
recomposição da sarjeta e do pavimento, posteriores à cobertura da
valeta escavada para colocação da tubulação do ramal de ligação da
caixa coletora ao PV-11D.
Cabe ressaltar que a manutenção e conservação das bocas de lobo é
responsabilidade da Prefeitura de Inhumas, conforme declaração exarada
pela administração municipal em 26/03/2008 (fls. 47 do Volume Técnico
I/CAIXA).
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Medições realizadas in loco; Fotos.
AÇÃO :
1D73
APOIO A POLITICA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO - ACOES DE INFRA-
ESTRUTURA URBAN
OBJETIVO DA AÇÃO :
Apoio à Política Nacional de Desenvolvimento Urbano
ORDEM DE SERVIÇO : 234621
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Execução de pavimentação e recapeamento de vias incluídas em regiões m
metropolitanas em risco ou criticas
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
CONTRATO DE REPASSE
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 493.100,00
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 153
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
6.1.6 CONSTATAÇÃO:
Restrição à competitividade decorrente da licitação de forma global de
três obras distintas, em locais diferentes, como se fossem um único
objeto.
FATO:
O Contrato de Repasse n° 255.402-42 foi celebrado em 03/11/2008, entre
a Prefeitura Municipal de Inhumas e o Ministério das Cidades,com
interveniência da CAIXA, tendo como objeto a "pavimentação e
recapeamento de vias no município de Inhumas".
Da análise do Pregão Presencial 12/2008 e da inspeção realizada in
loco, verificamos que o objeto licitado trata de três diferentes
obras:
- Implantação e asfaltamento de continuação da Av. Universitária;
- Asfaltamento de ruas do Setor Quilombo;
- Recapeamento da Avenida Radial Sul e da Rua Joaquim Pedro Vaz.
No que se refere aos locais dessas obras, pode ser observado que
tratam-se de locais distantes entre si, não trazendo nenhuma
interdependência entre as obras. No entanto, as obras foram licitadas
como se fossem uma só, com tamanho e vulto financeiro além do que
seria exigível para cada lote.
Essa situação inviabilizou a participação de pequenas empresas,
sobretudo em face da exigência de comprovação de desempenho prévio de
atividades compatíveis, em termos de características e quantidades,
com o objeto licitado considerado de forma global.
Importante ressaltar que tais obras não envolvem complexidade técnica
relevante e são realizadas cotidianamente no País inteiro. Portanto,
não foi a complexidade, ou qualquer outro fator de ordem técnica, o
fato motivador da licitação das obras de forma global. Restariam,
assim, supostamente, apenas motivos de ordem econômica.
Com efeito, a Prefeitura não demonstrou, tecnicamente, o motivo da
preferência pela adjudicação por preço global, em detrimento da
adjudicação por item, obrigatória no caso, conforme Súmula n.º 247 do
Tribunal de Contas da União:
"Súmula n.º 247 do TCU
É obrigatória a admissão da adjudicação por item e não por preço
global, nos editais das licitações para a contratação de obras,
serviços, compras e alienações, cujo objeto seja divisível, desde que
não haja prejuízo para o conjunto ou complexo ou perda de economia de
escala, tendo em vista o objetivo de propiciar a ampla participação de
licitantes que, embora não dispondo de capacidade para a execução,
fornecimento ou aquisição da totalidade do objeto, possam fazê-lo com
relação a itens ou unidades autônomas, devendo as exigências de
habilitação adequar-se a essa divisibilidade".
Como fato motivador de ordem econômica, restaria uma suposta economia
de escala, que, além de não ter sido justificada no processo
licitatório, ficou comprometida pela proibição da formação de
consórcios. Além disso, ainda que tal argumentação - economia de
escala - fosse correta no caso sob análise, a prática mais usual e
comumente aceita deveria ser a de que todas as obras das prefeituras
fossem licitadas como se fossem uma só e, obviamente, não é essa
prática mais usual e não é esse o espírito embutido no ordenamento
legal.
Uma provável economia de escala, que justificasse a reunião das
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 154
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
diversas obras em um só objeto, não impediria ou afastaria a
participação das pequenas empresas, se houvesse a possibilidade de
formação de consórcios. No entanto, sem justificativas ou estudos
técnicos balizadores, o órgão licitante também infringiu o previsto no
inciso I do §1º do art. 3º da Lei n.º 8.666/93, referente à restrição
ao caráter competitivo da licitação, ao vedar a participação de
consórcios. A vedação consta do subitem 4.2.1 do Edital.
Destacamos que a proibição de formação de consórcios seria justificada
caso as obras tivessem sido consideradas objetos distintos e dividida
em lotes, em locais distintos, passíveis de serem executadas por
diferentes empresas.
Diante desses fatos, concluímos pela infringência ao estabelecido no
inciso I do § 1º do art. 3º da Lei de Licitações.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Pregão Presencial 12/2008/Inhumas.
6.1.7 CONSTATAÇÃO:
Exigência de número máximo de atestados de capacidade técnica para
participação no Pregão Presencial 12/2008, incorrendo em restrição à
competitividade do certame.
FATO:
No item 9.3.2 do Edital foi estabelecida a exigência de comprovação de
experiência prévia do responsável técnico pela obra a partir de um
único contrato, o que equivale a restringir tal comprovação à
apresentação de um único atestado técnico referente a obras
semelhantes às previstas na licitação.
O órgão licitante, conforme se observa, estabeleceu o limite máximo de
um atestado técnico, entretanto, não evidenciamos motivos para tal
exigência.
A exigência da apresentação de mais de um atestado ou da limitação do
seu número não é admissível, exceto em casos devidamente justificados.
A limitação de número de atestados é exceção e deve ser devidamente
justificada no processo, o que não foi feito pelo órgão licitante.
No que se refere à limitação do número de atestados, como foi o caso,
o Tribunal de Contas da União, conforme item 9.2.1 do Acórdão n.º
2.359/2007 - TCU - Plenário, expressa o entendimento de que tal
exigência deve ser evitada, a não ser que seja devidamente justificada
e vise garantir que a empresa contratada "detenha o conhecimento
técnico e a capacidade operacional inerentes à metodologia construtiva
a ser aplicada, sem prejuízo de esclarecer que é vedada a imposição do
referido limite quando o seu objetivo for, tão-somente, verificar se
os empreendimentos anteriormente realizados pela licitante têm
dimensão semelhante à do objeto do certame".
Ora, obras de pavimentação e recapeamento asfáltico são corriqueiras,
realizadas rotineiramente por centenas de empresas no País e, no caso
sob análise, não demandavam nenhum conhecimento técnico e capacidade
operacional especial inerente à metodologia construtiva, que
justifique a imposição de limitação do número de atestados.
Diante desses fatos, concluímos pela infringência ao estabelecido no
inciso I do § 1º do art. 3º da Lei de Licitações.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Pregão Presencial 12/2008/Inhumas.
6.1.8 CONSTATAÇÃO:
Exigência de visita técnica, em data única, marcada para dois dias
antes da abertura das propostas, com a presença obrigatória de
responsável técnico detentor do atestado de experiência prévia, como
condição de participação no Pregão Presencial 12/2008, incorrendo em
restrição à competitividade do certame.
FATO:
A Prefeitura de Inhumas, no item 9.3.5 do Edital, exigiu, como
condição para participação no Pregão Presencial 12/2008, a comprovação
de visita aos locais das obras, mediante atestado fornecido pela
municipalidade, entretanto, restringiu a visita ao dia 18/06/2008, com
início às 09:00 horas.
Ao determinar a necessidade de vistoria obrigatória, em data única, e
com a presença do responsável técnico, a Comissão Permanente de
Licitação, não só onerou, por sua própria conta, a participação dos
proponentes, como alijou da disputa possíveis interessados que, por
qualquer motivo, não pudessem estar presentes, com o seu responsável
técnico, na data marcada.
No que se refere à exigência de que o representante legal na vistoria
fosse o responsável técnico, entendemos que seria responsabilidade da
empresa proponente declarar estar ciente do local e da complexidade
dos serviços, cabendo somente a ela nomear o seu representante na
vistoria. Não obstante a irregularidade da intromissão na definição
dos representantes das empresas na vistoria, não se trata de
questionar a exigência de que os licitantes visitassem previamente o
local dos serviços, mas a definição de regras inflexíveis para tal
visita.
Como a participação na vistoria, em data fixa, foi definida como
condição obrigatória para a habilitação, resta claro que a estratégia
adotada pela Comissão de Licitação alijou da disputa quaisquer outros
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 160
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
interessados que, porventura, tivessem tomado conhecimento da
licitação após a 18/06/2008 ou tomassem a decisão de participar do
processo após essa data. Cabe ressaltar que até o dia 20/06/2008,
nada deveria impedir a participação de qualquer interessado na
disputa, pois se tratava do prazo legal previsto para o recebimento
dos documentos de habilitação, a qual somente poderia ser julgada após
essa data.
O efeito prático dessa estratégia foi a antecipação do início da fase
de habilitação em dois dias e infringência ao estabelecido no inciso
I do § 1º do art. 3º da Lei de Licitações.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Pregão Presencial 12/2008/Inhumas.
6.1.9 CONSTATAÇÃO:
Obra licitada e contratada sem a abertura dos componentes do BDI
utilizado.
FATO:
Não consta do edital do Pregão Presencial 12/2008 nenhuma menção às
condições de apresentação do BDI incluído nos preços propostos pelos
licitantes.
Da proposta vencedora da licitação, consta apenas a indicação de que
o BDI seria de 25%, não fazendo diferenciação entre serviços e
materiais.
Diante do exposto, como o BDI não foi apresentado de forma a detalhar
os seus componentes, nem na planilha orçamentária apresentada na
licitação, nem na planilha contendo os preços atualizados da proposta
vencedora, ficamos impossibilitados de verificar a adequação dos itens
incluídos como despesas indiretas.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Pregão Presencial 12/2008/Inhumas.
6.1.10 CONSTATAÇÃO:
Superfaturamento quantitativo dos serviços de recapeamento realizado
na Avenida Radial Sul e na Rua Joaquim Pedro Vaz.
FATO:
Considerando que a única medição até agora apresentada à CAIXA detalha
apenas a execução dos serviços de recapeamento, durante a verificação
in loco percorremos 100% das áreas que passariam por este tipo de
intervenção, com foco na verificação da existência dos revestimentos
asfálticos. Foram conferidos os comprimentos e larguras da cobertura
asfáltica dos logradouros, bem como o estado geral de conservação.
A conferência das medidas de comprimento e largura foi realizada pela
Equipe de Fiscalização em 21/10/2009 e em 05/11/2009, com a
utilização de aparelho GPS, modelo Garmin E-Trex Legend, e de trena de
50 metros, respectivamente.
Chama a atenção a diferença a menor de 20,24% em relação ao total
pactuado de 9.800,74m² para os serviços de recapeamento. As medidas
por nós observadas in loco encontram-se demonstradas a seguir:
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Medições realizadas in loco.
6.2 - PROGRAMA
6001
APOIO AO DESENVOLVIMENTO URBANO DE MUNICIPIOS DE PEQUEN
AÇÃO :
109A
IMPLANTACAO OU MELHORIA DE OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA URB
ANA EM MUNICIPIOS COM ATE 100.000 HABITANTES - ACOES DE
INFRA-ESTRUTURA EM MU
OBJETIVO DA AÇÃO :
Implantação ou Melhoria de obras de Infra-Estrutura Urbana em Municípi
ios com até 100.000 habitantes
ORDEM DE SERVIÇO : 234617
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Implantação de calçamentos em vias do município
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
CONTRATO DE REPASSE
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 245.850,00
6.2.1 CONSTATAÇÃO:
Exigência de número máximo de atestados de capacidade técnica para
participação no Tomada de Preços 01/2008, incorrendo em restrição à
competitividade do certame.
FATO:
O Contrato de Repasse n° 242.955-52 foi celebrado em 31/12/2007,
entre a Prefeitura Municipal de Inhumas e o Ministério das Cidades,
com interveniência da CAIXA, tendo como objeto a "implantação de
calçamentos no município de Inhumas".
No item 04.04.04 do Edital foi estabelecida a exigência de comprovação
de experiência prévia do licitante e do responsável técnico pela obra
a partir de um único contrato, o que equivale a restringir tal
comprovação à apresentação de um único atestado técnico referente a
obras semelhantes às previstas na licitação.
O órgão licitante, conforme se observa, estabeleceu o limite máximo de
um atestado técnico, entretanto, não evidenciamos motivos para tal
exigência.
A exigência da apresentação de mais de um atestado ou da limitação do
seu número não é admissível, exceto em casos devidamente justificados.
A limitação de número de atestados é exceção e deve ser devidamente
justificada no processo, o que não foi feito pelo órgão licitante.
No que se refere à limitação do número de atestados, como foi o caso,
o Tribunal de Contas da União, conforme item 9.2.1 do Acórdão n.º
2.359/2007 - TCU - Plenário, expressa o entendimento de que tal
exigência deve ser evitada, a não ser que seja devidamente justificada
e vise garantir que a empresa contratada "detenha o conhecimento
técnico e a capacidade operacional inerentes à metodologia construtiva
a ser aplicada, sem prejuízo de esclarecer que é vedada a imposição do
referido limite quando o seu objetivo for, tão-somente, verificar se
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 168
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
os empreendimentos anteriormente realizados pela licitante têm
dimensão semelhante à do objeto do certame".
Ora, obras de construção de calçadas são corriqueiras, realizadas
rotineiramente por centenas de empresas no País e, no caso sob
análise, não demandavam nenhum conhecimento técnico e capacidade
operacional especial inerente à metodologia construtiva, que
justificasse a imposição de limitação do número de atestados.
Diante desses fatos, concluímos pela infringência ao estabelecido no
inciso I do § 1º do art. 3º da Lei de Licitações.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Tomada de Preços 01/2008/Inhumas.
6.2.2 CONSTATAÇÃO:
Exigência de visita técnica, em data única, marcada para três dias
antes da abertura das propostas, com a presença obrigatória de
responsável técnico detentor do atestado de experiência prévia, como
condição de participação na Tomada de Preços 01/2008, incorrendo em
restrição à competitividade do certame.
FATO:
A Prefeitura de Inhumas, no item 04.04.04.02 do Edital, exigiu, como
condição para participação no Tomada de Preços 01/2008, a comprovação
de visita aos locais das obras, mediante atestado fornecido pela
municipalidade, entretanto, restringiu a visita ao dia 12/05/2008, com
início às 09:00 horas.
Ao determinar a necessidade de vistoria obrigatória, em data única, e
com a presença do responsável técnico, a Comissão Permanente de
Licitação, não só onerou, por sua própria conta, a participação dos
proponentes, como alijou da disputa possíveis interessados que, por
qualquer motivo, não pudessem estar presentes, com o seu responsável
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 170
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
técnico, na data marcada.
No que se refere à exigência de que o representante legal na vistoria
fosse o responsável técnico, entendemos que seria responsabilidade da
empresa proponente declarar estar ciente do local e da complexidade
dos serviços, cabendo somente a ela nomear o seu representante na
vistoria. Não obstante a irregularidade da intromissão na definição
dos representantes das empresas na vistoria, não se trata de
questionar a exigência de que os licitantes visitassem previamente o
local dos serviços, mas a definição de regras inflexíveis para tal
visita.
Como a participação na vistoria, em data fixa, foi definida como
condição obrigatória para a habilitação, resta claro que a estratégia
adotada pela Comissão de Licitação alijou da disputa quaisquer outros
interessados que, porventura, tivessem tomado conhecimento da
licitação após a 12/05/2008 ou tomassem a decisão de participar do
processo após essa data. Cabe ressaltar que até o dia 15/05/2008,
nada deveria impedir a participação de qualquer interessado na
disputa, pois se tratava do prazo legal previsto para o recebimento
dos documentos de habilitação, a qual somente poderia ser julgada após
essa data.
O efeito prático dessa estratégia foi a antecipação do início da fase
de habilitação em três dias e infringência ao estabelecido no inciso
I do § 1º do art. 3º da Lei de Licitações.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Tomada de Preços 01/2008/Inhumas.
6.2.3 CONSTATAÇÃO:
Exigência de prestação de garantia previamente ao julgamento da
habilitação do licitante, como condição obrigatória para a
participação na licitação, caracterizando infringência ao Artigo 31 da
Lei 8.666/93 e limitação à competitividade.
FATO:
O item 04.05.02 do Edital estabelece que a participação na licitação
estaria condicionada à apresentação de comprovação de prestação de
garantia no valor de R$ 2.581,42, a ser efetivada até o 09/05/2008,
portanto antes da data da entrega da documentação de habilitação.
A Seção II da Lei 8.666/93 estabelece as condições de habilitação nas
licitações. O Artigo 31, constante da referida Seção II, estabelece a
documentação que pode ser exigida como qualificação econômico-
financeira para fins de habilitação. O inciso III do referido Artigo
define que poderá ser exigida "garantia, nas mesmas modalidades e
critérios previstos no "caput" e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a
1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação".
Pelo que consta do texto legal mencionado, nos parece claro que a
comprovação da prestação de garantia, como condição de participação na
licitação, somente poderia ter sido exigida no momento da entrega da
documentação de habilitação, tendo a Comissão de Licitação a obrigação
de julgar a sua validade e adequação aos termos do edital quando da
análise de tais documentos, ou seja após a abertura dos envelopes
apresentados pelos licitantes, contendo os documentos de habilitação,
conforme definido no inciso I do Artigo 43 da Lei 8.666/93.
Cabe lembrar que a análise e julgamento dos documentos de habilitação
não necessitam ser realizados imediatamente após a abertura dos
envelopes contendo a documentação dos participantes, haja vista que o
§ 3º do Artigo 43 da Lei 8.666/93 dispõe que: "É facultada à Comissão
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 174
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de
diligência destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do
processo, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que
deveria constar originariamente da proposta".
O efeito prático da exigência editalícia foi a antecipação do início
da fase de habilitação em, pelo menos, 3 dias úteis e, por
conseqüência, o descumprimento do prazo legal de 15 dias que deve
separar a publicação do Edital do recebimento dos documentos de
habilitação e das propostas ou da realização do evento, conforme
consta no inciso III do § 2º do Artigo 21 da Lei 8.666/93.
Ao exigir a apresentação da garantia antes da data marcada para
apresentação do restante da documentação de habilitação, a Comissão de
Licitação diminuiu, sem previsão legal que a respaldasse, o prazo para
que os possíveis interessados pudessem conseguir os recursos ou o aval
financeiro para o cumprimento da exigência.
Diante do exposto, concluímos pela ilegalidade da exigência editalícia
de prestação de garantia previamente à fase de habilitação, bem como
consideramos que a exigência constituiu-se em fator limitante à
competitividade do certame.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Tomada de Preços 01/2008/Inhumas.
6.2.4 CONSTATAÇÃO:
Exigência concomitante de capital social mínimo e de prestação de
garantia como condição de participação na licitação, caracterizando
limitação à competitividade.
FATO:
Conforme consta do item 04.05.03 do Edital da Tomada de Preços
01/2008, foi exigido dos interessados na licitação que apresentassem,
como parte da documentação necessária à habilitação na licitação,
comprovação de possuir, na data de apresentação da proposta, capital
social mínimo de R$ 25.814,20 integralizado. Já o item 04.05.02 do
Edital estabelece que a participação na licitação estaria condicionada
à apresentação de comprovação de prestação de garantia no valor R$
2.581,42, a ser efetivada até o 09/05/2008.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 176
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
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A jurisprudência do Tribunal de Contas da União e a doutrina jurídica
apontam no sentido de que a exigência concomitante de comprovação de
capital social e de prestação de garantia prévia, como condição de
habilitação de interessados na licitação, configura-se como fator
limitante à competitividade do certame, conforme argumentação a
seguir:
- Decisão nº 681/1998/Plenário - O TCU se manifestou em sentido
contrário acerca de exigência simultânea de capital social mínimo e
garantia de proposta (caução), em confronto com o que especifica o
art. 31, parágrafo 2º, da Lei nº 8.666/93. Da referida Decisão
ressaltamos o seguinte trecho:
"A matéria versada (ilegalidade de exigência simultânea de capital
social e garantia caução) permite revelar a extensão do conflito que
freqüentemente se observa entre a Administração Pública no uso da
amplitude e envergadura com que busca dimensionar as garantias
assecuratórias para o sucesso do processo licitatório, maximização do
negócio e resguardo do interesse público, e o atendimento à exegese da
Lei no sentido de assegurar o amplo caráter participativo e
competitivo aos interessados na licitação (art. 3º, § 1º, inciso I, da
Lei nº 8.666/93). No caso vertente, ainda que expostas as razões para
a exigência simultânea do capital mínimo integralizado e da prestação
de garantia caução, é interativo o entendimento interpretativo de que
na fase para habilitação não pode ser exigido ônus dessa espécie
(prestação de garantia) o que poderia ser exigível para a fase de
execução do objeto licitado."
- Decisão 1.521/2002/Plenário - O TCU se manifestou no sentido de que
se atente para as disposições contidas no art. 31, § 2º, da Lei nº
8.666/93, com alterações, de forma a não exigir simultaneamente, nos
instrumentos convocatórios de licitações, requisitos de capital social
mínimo e garantias para a comprovação da qualificação econômico-
financeira dos licitantes.
No mesmo sentido das Decisões do TCU, é o ensinamento de Marçal Justen
Filho (Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 8ª
edição, DIALÉTICA, São Paulo, 2000, página 359), conforme
transcrevemos:
"... A Garantia ... Em épocas passadas, era usual a Administração
condicionar a habilitação ao depósito de valores ou ao caucionamento
de bens. Isso acarretava indevida restrição à participação dos
interessados. Consagrou-se, por isso, o princípio de que a habilitação
não pode ser condicionada ao pagamento de valores ou cauções etc. O
princípio foi alçado ao nível constitucional. A exigência de
'garantias' para participação na licitação é incompatível com o
disposto no art. 37, inc. XXI, da CF/88. Por isso, o inc. III do art.
31 é inconstitucional. Além do mais, não acrescenta qualquer vantagem
ou benefício à Administração. Existe, ainda, evidente
incompatibilidade entre o inc. III e o espírito da Lei, retratado no
art. 32, § 5º."
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Tomada de Preços 01/2008/Inhumas.
6.2.5 CONSTATAÇÃO:
Obra licitada e contratada sem a abertura dos componentes do BDI
utilizado.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Tomada de Preços 01/2008/Inhumas.
6.2.6 CONSTATAÇÃO:
Pagamento indevido por serviços glosados nos Relatórios de
Acompanhamento de Empreendimento - RAE da CAIXA (placa de obra).
FATO:
Verificamos a existência das seguintes Medições de Obra e respectivos
Relatórios de Acompanhamento de Empreendimento - RAE na documentação
em poder da CAIXA e na documentação apresentada pela Prefeitura:
- 1ª Medição, no valor de R$ 93.028,97;
- RAE de 11/07/2008, aprovando o valor de R$ 92.193,09, correspondendo
a 35,73% do valor total pactuado. Neste RAE foram glosados R$ 835,88,
referentes à placa de obra inadequada (R$ 683,76) e pequenos serviços
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 180
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não executados (R$ 152,12);
- 2ª Medição, no valor de R$ 165.029,67;
- RAE de 15/09/2008, aprovando o valor de R$ 137.399,90,
correspondendo a 53,24% do valor total pactuado. Neste RAE foram
glosados R$ 27.781,89, referentes a 927,49m² de calçadas não
executadas. Diferença essa que deveria ser compensada com obras na Av.
Pedro Alves Teixeira. Também neste RAE foram liberados R$ 152,12 que
haviam sido glosados no RAE de 11/07/2008;
- 3ª Medição, no valor de R$ 27.781,89;
- RAE de 16/01/2009, aprovando o valor de R$ 27.547,04, correspondendo
a 10,67% do valor total pactuado. Neste RAE foram glosados R$ 234,85,
referentes a rampas de acessibilidade não executadas e confirmada a
glosa da placa de obra.
Observa-se, então, que o valor total aprovado pelos RAE foi de R$
257.140,03, correspondendo a uma glosa total de R$ 918,61 (placa de
obra no valor de R$ 683,76 e rampas no valor de R$ 234,85).
Conferindo, por meio dos extratos bancários e das notas fiscais, os
pagamentos realizados, observa-se que foram efetuados pagamentos no
valor de R$ 257.823,79, conforme detalhamos:
Medição Nota Fiscal Data do Valor (R$)
Pagamento
1ª Medição 263 13/08/2008 53.821,45
1ª Medição 270 29/09/2008 39.055,40
2ª Medição 273 19/11/2008 137.399,90
3ª Medição 277 02/02/2009 27.547,04
TOTAL 257.823,79
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Prestação de Contas apresenta em 02/05/2009 pela Prefeitura de
Inhumas.
6.2.7 CONSTATAÇÃO:
Superfaturamento quantitativo dos serviços de construção de calçadas,
objeto do CR 242.955-52.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 181
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
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FATO:
Durante a inspeção in loco, percorremos 100% das áreas que seriam
beneficiadas com a construção de calçadas, com foco na verificação da
existência dos revestimentos nos passeios públicos. Foram conferidos
os comprimentos e larguras das calçadas, bem como as suas
características e o estado geral de conservação.
Os áreas calçadas foram identificadas por meio das planilhas e plantas
disponibilizadas pela CAIXA e medidas pela Equipe de Fiscalização em
21/10/2009, com a utilização de trena de 50 metros. Os resultados das
verificações in loco foram comparados com valores obtidos nas três
fontes abaixo e estão apresentados na tabela a seguir:
- Medições da Prefeitura, presentes nas páginas 90 e 91 do Volume
Técnico/CAIXA;
- Plantas da Prefeitura (croquis de medição), presentes nas páginas 92
a 107 do Volume Técnico/CAIXA;
- Termo de Aceitação Definitiva de Obra, integrante da prestação de
contas final, encaminhada pela Prefeitura de Inhumas à CAIXA em
02/05/2009 e ainda não incorporada aos volumes do contrato analisado.
Logradouros de implantação Áreas de implantação dos calçamentos (m2)
dos calçamentos Medições da Plantas da Termo de Medições da
Prefeitura Prefeitura Aceitação Fiscalização
Avs. Radial Norte e 5.219,58 4.924,01 4.953,29 4.989,13
Wilson Quirino
Av. Bernardo Sayão e R. 2.757,94 2.532,94 2.470,94 2.476,93
Cezário Silva
Av. Pedro Alves Teixeira 365,40 365,40 927,59 365,40
Área total dos 8.342,92 7.822,35 8.351,82 7.831,46
calçamentos
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Medições realizadas in loco.
6.2.8 CONSTATAÇÃO:
Superfaturamento qualitativo dos serviços de construção de calçadas,
objeto do CR 242.955-52.
FATO:
Conforme consta da documentação apresentada pela Prefeitura de Inhumas
e pela CAIXA, as calçadas deveriam ser construídas em concreto
desempenado com espessura mínima de 5 cm.
Durante a verificação in loco, ao nos depararmos com trechos de
calçadas quebrados ou nos quais a espessura do calçamento podia ser
verificada a partir de suas bordas internas (na divisa com os lotes ou
em rachaduras no passeio), constatamos que a espessura das calçadas
não chega aos 5 cm, ficando em no máximo 3 cm.
O fato caracteriza superfaturamento qualitativo, haja vista que, tanto
na análise técnica da CAIXA, quanto na Tomada de Preços
01/2008/Inhumas, usada para a contratar a empresa executora da obra, o
objeto foi especificado como sendo calçadas com 5 cm de espessura. A
própria proposta vencedora da licitação é clara neste sentido.
O custo unitário contratado pela Prefeitura para o metro quadrado do
item de serviço "Passeio Público de Proteção c/ Concreto Desempenado 5
cm" foi de R$ 24,24, perfazendo um total de R$ 202.200,25, para os
8.341,72m² de calçadas.
Considerando que não consta das planilhas SINAPI o custo estimado para
calçadas em concreto desempenado com espessura inferior a 5 cm, para
estimar o prejuízo, partimos da composição do item de serviço "Passeio
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 184
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de Proteção em Concreto Desempenado 5cm", código SINAPI 41727,
referente ao mês de maio/2008, e calculamos o valor dos materiais
utilizados em termos proporcionais à espessura (redução de 5cm para 3
cm, correspondendo a 60%). Quanto à mão de obra, ante a falta de
informação sobre a proporcionalidade entre esta e a espessura da
calçada, optamos por manter o valor que cada item da mão de obra
representa no preço unitário do item de serviço, conforme segue:
Composição Unitária Custo % sobre o Preço Fator de Valor
do Serviço por m² de SINAPI Total Contratado Ajuste de 5cm Ajustado
calçada (R$) (R$) para 3cm para 3cm
(R$)
Areia média 2,35 11,70% 2,84 x 0,6 1,70
Cimento Portland 7,53 37,48% 9,08 x 0,6 5,45
comum
Pedra britada 2 ou 25 0,95 4,73% 1,15 x 0,6 0,69
mm
Pedra britada 05 ou 0,65 3,24% 0,79 x 0,6 0,47
75 mm
Tábua de madeira de 0,30 1,49% 0,36 x 0,6 0,22
3ª - 2,5 X 30,0 cm
Material - TOTAL 11,78 58,64% 14,22 x 0,6 8,32
Pedreiro 4,72 23,49% 5,69 x 1,0 5,69
Servente 3,59 17,87% 4,33 x 1,0 4,33
Serviço - TOTAL 8,31 41,36% 10,02 x 1,0 10,02
TOTAIS 20,09 100,00% 24,24 - 18,34
Fonte: Planilha SINAPI - Analítico de maio/2008 e Planilhas de Medição
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Medições realizadas in loco; Fotos.
6.2.9 CONSTATAÇÃO:
Calçadas danificadas, em função da utilização indevida, da falta de
manutenção e de falhas na construção (espessura inferior ao previsto).
FATO:
Durante a verificação in loco, observamos a existência de três trechos
danificados nos calçamentos que foram objeto do Contrato de Repasse
242.955-52, indicando situações de falta de manutenção e de uso
indevido do passeio público. Situação esta, certamente agravada pelo
fato de que as calçadas não possuem a espessura contratada, sendo mais
finas do que os 5 cm pactuados.
Os trechos danificados são os seguintes:
- Avenida Wilson Quirino, Quadra 3, Setor Raio de Sol - a parte
interna do calçamento apresentava afundamento, provavelmente devido à
movimentação de veículos utilizados em serviços relativos ao cartaz
publicitário instalado no lote vago defronte à calçada;
- Avenida Wilson Quirino, Quadra 2, Setor Tarumã - o calçamento
implantado em frente ao lote vago situado ao lado de loja de material
de construção apresentava trincas e afundamentos, certamente
ocasionados pelo tráfego de veículos pesados, em decorrência da
utilização do lote para armazenamento de materiais da referida loja;
- Avenida Wilson Quirino, Quadra 1, Residencial Watanabe - o
calçamento estava com a parte interna destruída por serviço que
envolveu movimentação de terra no local.
Cabe ressaltar que a manutenção e conservação das calçadas é
responsabilidade da Prefeitura de Inhumas, conforme declaração exarada
pela administração municipal em 25/02/2008 (fl. 31 do Volume
Técnico/CAIXA). Além da conservação e manutenção, também é
responsabilidade da Prefeitura fiscalizar o uso das calçadas para fins
indevidos, como o tráfego de veículos pesados.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Medições realizadas in loco; Fotos.
AÇÃO :
109A
IMPLANTACAO OU MELHORIA DE OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA URBANA EM MUNICIPIOS
COM ATE 100.000 HABITANTES - ACOES DE INFRA-ESTRUTURA URBAN
OBJETIVO DA AÇÃO :
Implantação ou Melhoria de obras de Infra-Estrutura Urbana em Municípi
ios com até 100.000 habitantes
ORDEM DE SERVIÇO : 234604
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Drenagem pluvial meio fio guias sarjetas no Vale das Goiabeiras
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
CONTRATO DE REPASSE
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 600.000,00
6.2.10 CONSTATAÇÃO:
Processo licitatório não disponibilizado pela Prefeitura de Inhumas.
FATO:
O Contrato de Repasse n° 165.542-26 foi celebrado em 18/06/2004, entre
a Prefeitura Municipal de Inhumas e o Ministério das Cidades, com
interveniência da CAIXA, tendo como objeto a "execução de ações de
infraestrutura urbana no município de Inhumas".
A licitação utilizada para a execução do Contrato de Repasse 165.542-
26 foi a Concorrência 02/1999, de 27/12/1999, que resultou na
assinatura, em 26/04/2000, de Contrato de Empreitada, firmado entre a
Prefeitura de Inhumas e a empresa GAE Construção e Comércio Ltda.
(CNPJ: 02.083.764/0001-13), no valor de R$ 19.390.554,81.
A licitação foi do tipo menor preço, sob regime de empreitada global.
O seu objeto foi a contratação, pelo Município de Inhumas, ao preço
orçamentário estimado em R$ 20.000.000,00, de empresa para a execução
das obras de infraestrutura no município.
Em 04/08/2004 a CAIXA emitiu o documento "Verificação de Resultado de
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 190
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30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
Processo Licitatório", considerando apto o processo licitatório e os
serviços licitados compatíveis com o objeto do CR 165.542-26.
Apesar da análise da CAIXA, por meio da Solicitação de Fiscalização
01/2009/SM30/Inhumas/CGU-Regional/GO, de 15/10/2009, solicitamos à
Prefeitura que apresentasse as licitações realizadas para execução dos
contratos de repasse sob análise neste 30º Sorteio de Municípios,
entre eles o CR 165.542-26.
Em 03/11/2009 a Prefeitura, por meio do Ofício 340/2009, informou que
"até o presente momento não foi localizado o Processo Licitatório ...
pois já faz mais de oito anos e que provavelmente encontra-se em poder
da Câmara Municipal de Inhumas ...". Diante disso, resta
inviabilizada, ao menos por enquanto, uma análise mais completa dos
aspectos legais e formais e da licitação.
Não obstante a ausência do processo licitatório, da documentação em
poder da CAIXA constam cópias do edital, da proposta vencedora, da ata
de julgamento, do termo de homologação, do contrato e dos termos
aditivos celebrados. Com base nessa documentação, alguns aspectos da
licitação puderam ser abordados nas constatações a seguir.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Ofício 340/2009, de 03/11/2009, da Prefeitura de Inhumas.
6.2.11 CONSTATAÇÃO:
Utilização de licitação "guarda-chuva" para a execução das obras do
Contrato de Repasse 165.542-26.
FATO:
A Prefeitura de Inhumas reuniu diversas obras de infraestrutura,
previstas para diversas localidades do município, em um só objeto,
adjudicado à empresa GAE - Construção e Comércio Ltda., por meio do
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 191
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30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
contrato originado da Concorrência 002/1999, no valor de R$
19.390.554,81.
Dessa forma, a Prefeitura passou a dispor de um instrumento, comumente
denominado "Contrato Guarda-Chuva", para realização de grande parte
dos serviços de infraestrutura urbana, contando, entretanto, com a
possibilidade potencial, do financiamento das obras a partir da
celebração futura de convênios.
De acordo com o item 1.8 do Edital, as obras "serão complementadas por
verbas Federal e Estadual", em vez de "são complementadas". Não
constam, pois, do Edital, os convênios ou contratos de repasse
firmados entre o Município e a União até a publicação da Concorrência
n.º 002/1999, bem como não houve referência expressa, no processo
licitatório, sobre a inserção do Contrato de Repasse n.º 165.542-26,
ou de qualquer outro.
Por meio deste artifício, licitação "guarda-chuva", convênios,
contratos de repasse, ou outros instrumentos congêneres, firmados, até
mesmo, depois da Concorrência n.º 002/1999, para execução de quaisquer
obras de infraestrutura, já teriam como destinatária a empresa GAE
Construção e Comércio Ltda., sem necessidade de licitação específica.
Os procedimentos licitatórios adotados contrariam disposição expressa
da Lei de Licitações, em especial o disposto no inciso III do § 2º e
no § 3º, sem prejuízo do previsto no § 6º, todos, do art. 7º da Lei de
Licitações, "in litteris":
" § 2o As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:
III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o
pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem
executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o
respectivo cronograma;
§ 3o É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção de recursos
financeiros para sua execução, qualquer que seja a sua origem, exceto
nos casos de empreendimentos executados e explorados sob o regime de
concessão, nos termos da legislação específica.
§ 6o A infringência do disposto neste artigo implica a nulidade dos
atos ou contratos realizados e a responsabilidade de quem lhes tenha
dado causa."
Ciente da irregularidade, a CAIXA, inicialmente, vetou a utilização do
contrato decorrente da licitação (Ofício 3-298/2004/GIDUR/GO, de
21/10/2004). Entretanto, a pedido da Prefeitura de Inhumas, a CAIXA
solicitou pronunciamento do Ministério das Cidades. Por meio do
Parecer Jurídico 216/2005, de 13/06/2005, o referido Ministério, a
despeito da evidente característica de licitação "guarda-chuva",
entendeu que o processo atendia aos requisitos legais e às exigências
do Acórdão 2.068/2004/TCU, propugnando pela sua validade para a
execução do CR 165.542-26.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA.
6.2.12 CONSTATAÇÃO:
Restrição à competitividade decorrente da licitação de forma global de
obras distintas, em locais distintos, como se fossem um único objeto.
FATO:
Da análise do Edital da Concorrência 02/1999/Inhumas, verificamos que
o objeto licitado é por demais genérico, podendo abarcar dezenas de
diferentes obras. Tal constatação é reforçada por meio do Termo
Aditivo de Re-Ratificação, de 07/12/2004. O referido Termo Aditivo
lista, nada menos, do que seis tipos diferentes de obras e, pelo
menos, 30 diferentes bairros.
No que se refere aos locais dessas obras, pode ser observado que, via
de regra, tratam-se de locais distantes entre si, não trazendo
interdependência entre as obras. No entanto, as obras foram licitadas
como se fossem uma só, tornando-as, para efeito da licitação, uma
única obra, com tamanho e vulto financeiro além do que seria exigível
para cada possível lote. Essa situação inviabilizou a participação de
pequenas e médias empresas, sobretudo em face da exigência de
comprovação de desempenho prévio de atividades compatíveis, em termos
de características e quantidades, com o objeto licitado considerado de
forma global.
Importante ressaltar que a maioria das obras de infraestrutura
licitadas não envolvem complexidade técnica relevante e são realizadas
cotidianamente no País inteiro. Portanto, não foi a complexidade, ou
qualquer outro fator de ordem técnica, o fato motivador da licitação
das obras de forma global. Restariam, assim, supostamente, apenas
motivos de ordem econômica.
Não consta que a Prefeitura tenha demonstrado, tecnicamente, o motivo
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 193
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da preferência pela adjudicação por preço global, em detrimento da
adjudicação por item, obrigatória no caso, conforme Súmula n.º 247 do
Tribunal de Contas da União:
"Súmula n.º 247 do TCU
É obrigatória a admissão da adjudicação por item e não por preço
global, nos editais das licitações para a contratação de obras,
serviços, compras e alienações, cujo objeto seja divisível, desde que
não haja prejuízo para o conjunto ou complexo ou perda de economia de
escala, tendo em vista o objetivo de propiciar a ampla participação de
licitantes que, embora não dispondo de capacidade para a execução,
fornecimento ou aquisição da totalidade do objeto, possam fazê-lo com
relação a itens ou unidades autônomas, devendo as exigências de
habilitação adequar-se a essa divisibilidade".
Como fato motivador de ordem econômica, restaria uma suposta economia
de escala, que ficou comprometida pela proibição da formação de
consórcios, além de, ao que parece, não ter sido justificada no
processo licitatório. Além disso, ainda que tal argumentação -
economia de escala - fosse correta no caso sob análise, a prática mais
usual e comumente aceita deveria ser a de que todas as obras das
prefeituras fossem licitadas como se fossem uma só e, obviamente, não
é essa prática mais usual e não é esse o espírito embutido no
ordenamento legal.
Uma provável economia de escala, que justificasse a reunião das
diversas obras em um só objeto, não impediria ou afastaria a
participação das pequenas empresas, se houvesse a possibilidade de
formação de consórcios. No entanto, sem justificativas ou estudos
técnicos balizadores, o órgão licitante também infringiu o previsto no
inciso I do §1º do art. 3º da Lei n.º 8.666/93, referente à restrição
ao caráter competitivo da licitação, ao vedar a participação de
consórcios. A vedação consta do subitem 4.2.1 do Edital.
Destacamos que a proibição de formação de consórcios seria justificada
caso as obras tivessem sido consideradas objetos distintos e dividida
em lotes, em locais distintos, passíveis de serem executadas por
diferentes empresas.
Diante desses fatos, concluímos pela infringência ao estabelecido no
inciso I do § 1º do art. 3º da Lei de Licitações.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Concorrência 002/1998/Inhumas.
6.2.13 CONSTATAÇÃO:
Exigência de visita técnica, em data única, marcada para sete dias
antes da abertura das propostas, com a presença obrigatória de
responsável técnico detentor dos atestados de experiência prévia, como
condição de participação Concorrência 02/1999, incorrendo em restrição
à competitividade do certame.
FATO:
A Prefeitura de Inhumas, na alínea "e" do item 6.2.3 do Edital,
exigiu, como condição para participação no Concorrência 02/1999, a
comprovação de visita aos locais das obras, mediante atestado
fornecido pela municipalidade, entretanto, restringiu a visita ao dia
20/12/1999, com início às 08:00 horas.
Ao determinar a necessidade de vistoria obrigatória, em data única, e
com a presença do responsável técnico, a Comissão Permanente de
Licitação, não só onerou, por sua própria conta, a participação dos
proponentes, como alijou da disputa possíveis interessados que, por
qualquer motivo, não pudessem estar presentes, com o seu responsável
técnico, na data marcada.
No que se refere à exigência de que o representante legal na vistoria
fosse o responsável técnico, entendemos que seria responsabilidade da
empresa proponente declarar estar ciente do local e da complexidade
dos serviços, cabendo somente a ela nomear o seu representante na
vistoria. Não obstante a irregularidade da intromissão na definição
dos representantes das empresas na vistoria, não se trata de
questionar a exigência de que os licitantes visitassem previamente o
local dos serviços, mas a definição de regras inflexíveis para tal
visita.
Como a participação na vistoria, em data fixa, foi definida como
condição obrigatória para a habilitação, resta claro que a estratégia
adotada pela Comissão de Licitação alijou da disputa quaisquer outros
interessados que, porventura, tivessem tomado conhecimento da
licitação após 20/12/1999 ou tomassem a decisão de participar do
processo após essa data. Cabe ressaltar que até o dia 27/12/1999,
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 195
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nada deveria impedir a participação de qualquer interessado na
disputa, pois se tratava do prazo legal previsto para o recebimento
dos documentos de habilitação, a qual somente poderia ser julgada após
essa data.
O efeito prático dessa estratégia foi a antecipação do início da fase
de habilitação em quatro dias e infringência ao estabelecido no
inciso I do § 1º do art. 3º da Lei de Licitações.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Concorrência 02/1999/Inhumas.
6.2.14 CONSTATAÇÃO:
Exigência de prestação de garantia previamente ao julgamento da
habilitação do licitante, como condição obrigatória para a
participação na licitação, caracterizando infringência ao Artigo 31 da
Lei 8.666/93 e limitação à competitividade.
FATO:
A alínea "e" do item 6.2.4 do Edital estabelece que a participação na
licitação estaria condicionada à apresentação de comprovação de
prestação de garantia correspondente a R$ 200.000,00 do valor estimado
para a contratação, a ser efetivada até o dia 20/12/1999, portanto,
anterior à data da entrega dos documentos de habilitação.
A Seção II da Lei 8.666/93 estabelece as condições de habilitação nas
licitações. O Artigo 31, constante da referida Seção II, estabelece a
documentação que pode ser exigida como qualificação econômico-
financeira para fins de habilitação. O inciso III do referido Artigo
define que poderá ser exigida "garantia, nas mesmas modalidades e
critérios previstos no "caput" e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a
1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação".
Pelo que consta do texto legal mencionado, nos parece claro que a
comprovação da prestação de garantia, como condição de participação na
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 196
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
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licitação, somente poderia ter sido exigida no momento da entrega da
documentação de habilitação, tendo a Comissão de Licitação a obrigação
de julgar a sua validade e adequação aos termos do edital quando da
análise de tais documentos, ou seja após a abertura dos envelopes
apresentados pelos licitantes, contendo os documentos de habilitação,
conforme definido no inciso I do Artigo 43 da Lei 8.666/93.
Cabe lembrar que a análise e julgamento dos documentos de habilitação
não necessitam ser realizados imediatamente após a abertura dos
envelopes contendo a documentação dos participantes, haja vista que o
§ 3º do Artigo 43 da Lei 8.666/93 dispõe que: "É facultada à Comissão
ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de
diligência destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do
processo, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que
deveria constar originariamente da proposta".
O efeito prático da exigência editalícia foi a antecipação do início
da fase de habilitação em, pelo menos, 5 dias úteis e, por
conseqüência, o descumprimento do prazo legal de 15 dias que deve
separar a publicação do Edital do recebimento dos documentos de
habilitação e das propostas ou da realização do evento, conforme
consta no inciso III do § 2º do Artigo 21 da Lei 8.666/93.
Ao exigir a apresentação da garantia antes da data marcada para
apresentação do restante da documentação de habilitação, a Comissão de
Licitação diminuiu, sem previsão legal que a respaldasse, o prazo para
que os possíveis interessados pudessem conseguir os recursos ou o aval
financeiro para o cumprimento da exigência.
Diante do exposto, concluímos pela ilegalidade da exigência editalícia
de prestação de garantia previamente à fase de habilitação, bem como
consideramos que a exigência constituiu-se em fator limitante à
competitividade do certame.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Concorrência 02/1999/Inhumas.
FATO:
Conforme consta da alínea "c" do item 6.2.4 do Edital, foi exigido dos
interessados na licitação que apresentassem, como parte da
documentação necessária à habilitação na licitação, comprovação de
possuir capital social mínimo integralizado na data de apresentação da
proposta, correspondente a R$ 2.000.000,00. Já a alínea "e" do item
6.2.4 do Edital estabelece que a participação na licitação estaria
condicionada à apresentação de comprovação de prestação de garantia,
correspondente a R$ 200.000,00.
A jurisprudência do Tribunal de Contas da União e a doutrina jurídica
apontam no sentido de que a exigência concomitante de comprovação de
capital social e de prestação de garantia prévia, como condição de
habilitação de interessados na licitação, configura-se como fator
limitante à competitividade do certame, conforme argumentação a
seguir:
- Decisão nº 681/1998/Plenário - O TCU se manifestou em sentido
contrário acerca de exigência simultânea de capital social mínimo e
garantia de proposta (caução), em confronto com o que especifica o
art. 31, parágrafo 2º, da Lei nº 8.666/93. Da referida Decisão,
ressaltamos o seguinte trecho:
"A matéria versada (ilegalidade de exigência simultânea de capital
social e garantia caução) permite revelar a extensão do conflito que
freqüentemente se observa entre a Administração Pública no uso da
amplitude e envergadura com que busca dimensionar as garantias
assecuratórias para o sucesso do processo licitatório, maximização do
negócio e resguardo do interesse público, e o atendimento à exegese da
Lei no sentido de assegurar o amplo caráter participativo e
competitivo aos interessados na licitação (art. 3º, § 1º, inciso I, da
Lei nº 8.666/93). No caso vertente, ainda que expostas as razões para
a exigência simultânea do capital mínimo integralizado e da prestação
de garantia caução, é interativo o entendimento interpretativo de que
na fase para habilitação não pode ser exigido ônus dessa espécie
(prestação de garantia) o que poderia ser exigível para a fase de
execução do objeto licitado."
- Decisão 1.521/2002/Plenário - O TCU se manifestou no sentido de que
se atente para as disposições contidas no art. 31, § 2º, da Lei nº
8.666/93, com alterações, de forma a não exigir simultaneamente, nos
instrumentos convocatórios de licitações, requisitos de capital social
mínimo e garantias para a comprovação da qualificação econômico-
financeira dos licitantes.
No mesmo sentido das Decisões do TCU, é o ensinamento de Marçal Justen
Filho (Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 8ª
edição, DIALÉTICA, São Paulo, 2000, página 359), conforme
transcrevemos:
"... A Garantia ... Em épocas passadas, era usual a Administração
condicionar a habilitação ao depósito de valores ou ao caucionamento
de bens. Isso acarretava indevida restrição à participação dos
interessados. Consagrou-se, por isso, o princípio de que a habilitação
não pode ser condicionada ao pagamento de valores ou cauções etc. O
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 198
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
princípio foi alçado ao nível constitucional. A exigência de
'garantias' para participação na licitação é incompatível com o
disposto no art. 37, inc. XXI, da CF/88. Por isso, o inc. III do art.
31 é inconstitucional. Além do mais, não acrescenta qualquer vantagem
ou benefício à Administração. Existe, ainda, evidente
incompatibilidade entre o inc. III e o espírito da Lei, retratado no
art. 32, § 5º.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Concorrência 02/1999/Inhumas.
6.2.16 CONSTATAÇÃO:
Exigência de que o profissional detentor de atestados de experiência
em obras compatíveis com o objeto licitado possuísse vínculo
empregatício com a empresa, como condição de participação na
Concorrência 002/1999, incorrendo em restrição à competitividade do
certame.
FATO:
No item 6.2.3 - Da Qualificação técnica, alínea "b.1", o órgão
licitante exigiu, com fundamento no § 1º do art. 30 da Lei 8.666/93,
que a empresa comprovasse possuir em seu quadro permanente, na data da
proposta, profissional de nível superior, detentor de atestados de
responsabilidade técnica devidamente registrados no CREA, referentes à
execução de serviços e obras em características e semelhantes com as
do objeto dessa licitação.
A comprovação do vínculo ao quadro permanente somente seria admissível
por meio da carteira de trabalho devidamente preenchida ou por meio do
contrato social da empresa. Ou seja, o responsável técnico deveria,
obrigatoriamente, ser empregado da empresa ou sócio dela.
Esse dispositivo legal, bastante questionado administrativa e
judicialmente, abriga interpretações diversas, tendo em vista que na
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 199
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30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
Lei de Licitações não foi definido o significado de quadro permanente.
Na Decisão n.º 2.297/2005 - TCU - Plenário, o Ministro Relator
demonstrou com clareza a fragilidade dessa exigência. Não obstante a
extensão da citação de grande parte do voto do Sr. Ministro, ela é
necessária para o deslinde da questão:
"8. O artigo 30, § 1º, inciso I, da Lei nº 8.666/93, utiliza a
expressão "qualificação técnico-profissional" para indicar a
existência, nos quadros permanentes de uma empresa, de profissionais
em cujo acervo técnico conste a responsabilidade pela execução de
obras ou serviços similares àqueles aspirados pelo órgão ou entidade
da Administração.
9. Todavia, há que se atentar para o fato de que a Lei nº 8.666/93 não
define o que seja "quadro permanente". Assim, essa expressão poderia
ser compreendida como o conjunto de pessoas ligadas à empresa de modo
permanente, sem natureza eventual, por meio de vínculos de natureza
trabalhista e/ou societária. Esse conceito, entretanto, reclama certa
ampliação nas hipóteses em que a autonomia no exercício da profissão
descaracteriza o vínculo empregatício sem afastar a qualificação do
sujeito como integrante do quadro permanente, como é o caso dos
profissionais da área de engenharia.
10. A exigência de que as empresas concorrentes possuam vínculo
empregatício, por meio de carteira de trabalho assinada, com o
profissional técnico qualificado mostra-se, ao meu ver, excessiva e
limitadora à participação de eventuais interessados no certame, uma
vez que o essencial, para a Administração, é que o profissional esteja
em condições de efetivamente desempenhar seus serviços no momento da
execução de um possível contrato. Em outros termos, o sujeito não
integrará o quadro permanente quando não estiver disponível para
prestar seus serviços de modo permanente durante a execução do objeto
do licitado.
11. A regra contida no artigo 30, § 1º, inciso I, da Lei nº 8.666/93,
não pode ser tomada em caráter absoluto, devendo-se sopesá-la diante
dos objetivos que se busca alcançar com a realização das licitações,
quais sejam, a garantia de observância ao princípio da isonomia e a
seleção da proposta mais vantajosa para a Administração.
12. Assim, se o profissional assume os deveres de desempenhar suas
atividades de modo a assegurar a execução satisfatória do objeto
licitado, o correto é entender que os requisitos de qualificação
profissional foram atendidos. Não se pode conceber que as empresas
licitantes sejam obrigadas a manter profissionais de alta
qualificação, sob vínculo empregatício, apenas para participar da
licitação, pois a interpretação ampliativa e rigorosa da exigência de
vínculo trabalhista se configuraria como uma modalidade de distorção.
13. Atender, no caso em tela, à letra fria desse dispositivo, sem
considerar os objetivos da Administração e os limites de exigência de
qualificação técnica, suficientes para a garantia do cumprimento das
obrigações, seria desbordar para o formalismo que se basta em si
mesmo, sem ter em vista qualquer outro objetivo consentâneo com o
interesse público.
14. As exigências de qualificação técnica, sejam elas de caráter
técnico profissional ou técnico operacional, portanto, não devem ser
desarrazoadas a ponto de comprometer a natureza de competição que deve
permear os processos licitatórios realizados pela Administração
Pública. Devem constituir tão somente garantia mínima suficiente para
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 200
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30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
que o futuro contratado demonstre, previamente, capacidade para
cumprir as obrigações contratuais.
15. Nesse sentido, entendo que seria suficiente, segundo alega a
representante, a comprovação da existência de um contrato de prestação
de serviços, sem vínculo trabalhista e regido pela legislação civil
comum.
16. Esse posicionamento encontra guarida no entendimento segundo o
qual a Constituição Federal somente autoriza exigências que configurem
um mínimo de segurança. Portanto, não há de se admitir exigências que
vão além disso com base no argumento de que a segurança da
Administração restaria ampliada, na medida em que o máximo de
segurança corresponderia, inequivocamente, ao máximo da restrição. E
essa não é a solução proclamada pela Carta Magna.
17. Desse modo, os fatos noticiados pela representante refletem, ao
meu ver, a prática de ato contrário aos princípios norteadores e ao
caráter competitivo dos procedimentos licitatórios".
De acordo com o voto do Ministro Relator, seria suficiente a exigência
de comprovação da existência de contrato de prestação de serviços, por
meio do qual o profissional assumisse os deveres de desempenhar suas
atividades de modo a assegurar a execução satisfatória do objeto
licitado. A exigência, conforme demonstrado, possuiu potencial
restritivo à competitividade do certame.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Concorrência 02/1999/Inhumas.
6.2.17 CONSTATAÇÃO:
Superfaturamento quantitativo dos serviços de pavimentação, objeto do
CR 165.542-26.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Medições realizadas in loco.
FATO:
Durante a verificação in loco da boca de lobo tripla conectada ao PV-
76, situada na Rua Rio de Janeiro, observamos que o interior da caixa
coletora se apresentava erodido e com acúmulo de detritos na junção
com a tubulação do ramal.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Medições realizadas in loco; Fotos.
AÇÃO :
109A
IMPLANTACAO OU MELHORIA DE OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA URB
ANA EM MUNICIPIOS COM ATE 100.000 HABITANTES - INFRA-ES
TRUTURA URBANA EM MUNI
OBJETIVO DA AÇÃO :
Implantação ou Melhoria de obras de Infra-Estrutura Urbana em Municípi
ios com até 100.000 habitantes
ORDEM DE SERVIÇO : 234616
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Implantação ou melhoria de obras de infraestrutura urbana em município
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 206
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30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
os com até 100.000 habitantes - infraestrutura ur
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
CONTRATO DE REPASSE
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 1.482.100,00
6.2.19 CONSTATAÇÃO:
Restrição à competitividade decorrente da licitação de forma global de
três obras distintas, em locais distintos, como se fossem um único
objeto.
FATO:
O Contrato de Repasse n° 241.815-30 foi celebrado em 27/12/2007, entre
a Prefeitura Municipal de Inhumas e o Ministério das Cidades, com
interveniência da CAIXA, tendo como objeto a "execução de pavimentação
asfáltica com drenagem superficial"
Da análise da Concorrência 01/2008/Inhumas e da verificação realizada
in loco, verificamos que o objeto licitado trata de três diferentes
obras:
- Asfaltamento de ruas no Setor Alegrino Lélis;
- Asfaltamento de ruas no Setor Eldorado;
- Recapeamento na Avenida Wilson Quirino e Rua Joaquim Pedro.
No que se refere aos locais dessas obras, pode ser observado que
tratam-se de locais distantes entre si, não trazendo nenhuma
interdependência entre as obras. No entanto, as obras foram licitadas
como se fossem uma só, tornando-as, indevidamente, uma única obra, com
tamanho e vulto financeiro além do que seria exigível para cada lote.
Essa situação inviabilizou a participação de pequenas empresas,
sobretudo em face da exigência de comprovação de desempenho prévio de
atividades compatíveis, em termos de características e quantidades,
com o objeto licitado considerado de forma global.
Importante ressaltar que tais obras não envolvem complexidade técnica
relevante e são realizadas cotidianamente no País inteiro. Portanto,
não foi a complexidade, ou qualquer outro fator de ordem técnica, o
fato motivador da licitação das obras de forma global. Restariam,
assim, supostamente, apenas motivos de ordem econômica.
Com efeito, a Prefeitura não demonstrou, tecnicamente, o motivo da
preferência pela adjudicação por preço global, em detrimento da
adjudicação por item, obrigatória no caso, conforme Súmula n.º 247 do
Tribunal de Contas da União:
"Súmula n.º 247 do TCU
É obrigatória a admissão da adjudicação por item e não por preço
global, nos editais das licitações para a contratação de obras,
serviços, compras e alienações, cujo objeto seja divisível, desde que
não haja prejuízo para o conjunto ou complexo ou perda de economia de
escala, tendo em vista o objetivo de propiciar a ampla participação de
licitantes que, embora não dispondo de capacidade para a execução,
fornecimento ou aquisição da totalidade do objeto, possam fazê-lo com
relação a itens ou unidades autônomas, devendo as exigências de
habilitação adequar-se a essa divisibilidade".
Como fato motivador de ordem econômica, restaria uma suposta economia
de escala, que, além de não ter sido justificada no processo
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 207
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30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
licitatório, ficou comprometida pela proibição da formação de
consórcios. Além disso, ainda que tal argumentação - economia de
escala - fosse correta no caso sob análise, a prática mais usual e
comumente aceita deveria ser a de que todas as obras das prefeituras
fossem licitadas como se fossem uma só e, obviamente, não é essa
prática mais usual e não é esse o espírito embutido no ordenamento
legal.
Uma provável economia de escala, que justificasse a reunião das
diversas obras em um só objeto, não impediria ou afastaria a
participação das pequenas empresas, se houvesse a possibilidade de
formação de consórcios. No entanto, sem justificativas ou estudos
técnicos balizadores, o órgão licitante também infringiu o previsto no
inciso I do §1º do art. 3º da Lei n.º 8.666/93, referente à restrição
ao caráter competitivo da licitação, ao vedar a participação de
consórcios. A vedação consta do subitem 3.3 do Edital.
Destacamos que a proibição de formação de consórcios seria justificada
caso as obras tivessem sido consideradas objetos distintos e dividida
em lotes, em locais distintos, passíveis de serem executadas por
diferentes empresas.
Diante desses fatos, concluímos pela infringência ao estabelecido no
inciso I do § 1º do art. 3º da Lei de Licitações.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Pregão Presencial 12/2008/Inhumas.
6.2.20 CONSTATAÇÃO:
Exigência de número máximo de atestados de capacidade técnica para
participação na Concorrência 01/2008, incorrendo em restrição à
competitividade do certame.
FATO:
Nos itens 4.4.2 e 4.4.3 do Edital foi estabelecida a exigência de
comprovação de experiência prévia do licitante e do responsável
técnico pela obra a partir de, no máximo, dois contratos, o que
equivale a restringir tal comprovação à apresentação de, no máximo,
dois atestados técnicos referentes a obras semelhantes às previstas na
licitação.
O órgão licitante, conforme se observa, estabeleceu o limite máximo de
dois atestados técnicos, entretanto, não evidenciamos motivos para tal
exigência.
A exigência da apresentação de mais de um atestado ou da limitação do
seu número não é admissível, exceto em casos devidamente justificados.
A limitação de número de atestados é exceção e deve ser devidamente
justificada no processo, o que não foi feito pelo órgão licitante.
No que se refere à limitação do número de atestados, como foi o caso,
o Tribunal de Contas da União, conforme item 9.2.1 do Acórdão n.º
2.359/2007 - TCU - Plenário, expressa o entendimento de que tal
exigência deve ser evitada, a não ser que seja devidamente justificada
e vise garantir que a empresa contratada "detenha o conhecimento
técnico e a capacidade operacional inerentes à metodologia construtiva
a ser aplicada, sem prejuízo de esclarecer que é vedada a imposição do
referido limite quando o seu objetivo for, tão-somente, verificar se
os empreendimentos anteriormente realizados pela licitante têm
dimensão semelhante à do objeto do certame".
Ora, obras de pavimentação são corriqueiras, realizadas rotineiramente
por centenas de empresas no País e, no caso sob análise, não
demandavam nenhum conhecimento técnico e capacidade operacional
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 211
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
especial inerente à metodologia construtiva, que justificasse a
imposição de limitação do número de atestados.
Diante desses fatos, concluímos pela infringência ao estabelecido no
inciso I do § 1º do art. 3º da Lei de Licitações.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Concorrência 01/2008/Inhumas.
6.2.21 CONSTATAÇÃO:
Exigência de visita técnica, em data única, marcada para quatro dias
antes da abertura das propostas, com a presença obrigatória de
responsável técnico detentor dos atestados de experiência prévia, como
condição de participação Concorrência 01/2008, incorrendo em restrição
à competitividade do certame.
FATO:
A Prefeitura de Inhumas, no item 4.4.5 do Edital, exigiu, como
condição para participação na Concorrência 01/2008, a comprovação de
visita aos locais das obras, mediante atestado fornecido pela
municipalidade, entretanto, restringiu a visita ao dia 05/05/2008, com
início às 09:00 horas.
Ao determinar a necessidade de vistoria obrigatória, em data única, e
com a presença do responsável técnico, a Comissão Permanente de
Licitação, não só onerou, por sua própria conta, a participação dos
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 213
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30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
proponentes, como alijou da disputa possíveis interessados que, por
qualquer motivo, não pudessem estar presentes, com o seu responsável
técnico, na data marcada.
No que se refere à exigência de que o representante legal na vistoria
fosse o responsável técnico, entendemos que seria responsabilidade da
empresa proponente declarar estar ciente do local e da complexidade
dos serviços, cabendo somente a ela nomear o seu representante na
vistoria. Não obstante a irregularidade da intromissão na definição
dos representantes das empresas na vistoria, não se trata de
questionar a exigência de que os licitantes visitassem previamente o
local dos serviços, mas a definição de regras inflexíveis para tal
visita.
Como a participação na vistoria, em data fixa, foi definida como
condição obrigatória para a habilitação, resta claro que a estratégia
adotada pela Comissão de Licitação alijou da disputa quaisquer outros
interessados que, porventura, tivessem tomado conhecimento da
licitação após a 05/05/2008 ou tomassem a decisão de participar do
processo após essa data. Cabe ressaltar que até o dia 09/05/2008,
nada deveria impedir a participação de qualquer interessado na
disputa, pois se tratava do prazo legal previsto para o recebimento
dos documentos de habilitação, a qual somente poderia ser julgada após
essa data.
O efeito prático dessa estratégia foi a antecipação do início da fase
de habilitação em quatro dias e infringência ao estabelecido no
inciso I do § 1º do art. 3º da Lei de Licitações.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Concorrência 01/2008/Inhumas.
6.2.22 CONSTATAÇÃO:
Exigência de prestação de garantia previamente ao julgamento da
habilitação do licitante, como condição obrigatória para a
participação na licitação, caracterizando infringência ao Artigo 31 da
Lei 8.666/93 e limitação à competitividade.
FATO:
O item 4.5.5 do Edital estabelece que a participação na licitação
estaria condicionada à apresentação de comprovação de prestação de
garantia correspondente a 1% do valor estimado para a contratação, a
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 217
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
ser efetivada até o quinto dia útil anterior à data da entrega dos
documentos de habilitação.
A Seção II da Lei 8.666/93 estabelece as condições de habilitação nas
licitações. O Artigo 31, constante da referida Seção II, estabelece a
documentação que pode ser exigida como qualificação econômico-
financeira para fins de habilitação. O inciso III do referido Artigo
define que poderá ser exigida "garantia, nas mesmas modalidades e
critérios previstos no "caput" e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a
1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação".
Pelo que consta do texto legal mencionado, nos parece claro que a
comprovação da prestação de garantia, como condição de participação na
licitação, somente poderia ter sido exigida no momento da entrega da
documentação de habilitação, tendo a Comissão de Licitação a obrigação
de julgar a sua validade e adequação aos termos do edital quando da
análise de tais documentos, ou seja após a abertura dos envelopes
apresentados pelos licitantes, contendo os documentos de habilitação,
conforme definido no inciso I do Artigo 43 da Lei 8.666/93.
Cabe lembrar que a análise e o julgamento dos documentos de
habilitação não necessitam ser realizados imediatamente após a
abertura dos envelopes contendo a documentação dos participantes, haja
vista que o § 3º do Artigo 43 da Lei 8.666/93 dispõe que: "É facultada
à Comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a
promoção de diligência destinada a esclarecer ou a complementar a
instrução do processo, vedada a inclusão posterior de documento ou
informação que deveria constar originariamente da proposta".
O efeito prático da exigência editalícia foi a antecipação do início
da fase de habilitação em, pelo menos, 5 dias úteis e, por
conseqüência, o descumprimento do prazo legal de 15 dias que deve
separar a publicação do Edital do recebimento dos documentos de
habilitação e das propostas ou da realização do evento, conforme
consta no inciso III do § 2º do Artigo 21 da Lei 8.666/93.
Ao exigir a apresentação da garantia antes da data marcada para
apresentação do restante da documentação de habilitação, a Comissão de
Licitação diminuiu, sem previsão legal que a respaldasse, o prazo para
que os possíveis interessados pudessem conseguir os recursos ou o aval
financeiro para o cumprimento da exigência.
Diante do exposto, concluímos pela ilegalidade da exigência editalícia
de prestação de garantia previamente à fase de habilitação, bem como
consideramos que a exigência constituiu-se em fator limitante à
competitividade do certame.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Concorrência 01/2008/Inhumas.
6.2.23 CONSTATAÇÃO:
Exigência concomitante de capital social mínimo e de prestação de
garantia como condição de participação na licitação, caracterizando
limitação à competitividade.
FATO:
Conforme consta do item 4.5.7 do Edital, foi exigido dos interessados
na licitação que apresentassem, como parte da documentação necessária
à habilitação na licitação, comprovação de possuir capital social
mínimo integralizado na data de apresentação da proposta,
correspondente a 10% do valor estimado para a contratação. Já o item
4.5.5 do Edital estabelece que a participação na licitação estaria
condicionada à apresentação de comprovação de prestação de garantia,
correspondente a 1% do valor estimado para a contratação.
A jurisprudência do Tribunal de Contas da União e a doutrina jurídica
apontam no sentido de que a exigência concomitante de comprovação de
capital social e de prestação de garantia prévia, como condição de
habilitação de interessados na licitação, configura-se como fator
limitante à competitividade do certame, conforme argumentação a
seguir:
- Decisão nº 681/1998/Plenário - O TCU se manifestou em sentido
contrário acerca de exigência simultânea de capital social mínimo e
garantia de proposta (caução), em confronto com o que especifica o
art. 31, parágrafo 2º, da Lei nº 8.666/93. Da referida Decisão
ressaltamos o seguinte trecho:
"A matéria versada (ilegalidade de exigência simultânea de capital
social e garantia caução) permite revelar a extensão do conflito que
freqüentemente se observa entre a Administração Pública no uso da
amplitude e envergadura com que busca dimensionar as garantias
assecuratórias para o sucesso do processo licitatório, maximização do
negócio e resguardo do interesse público, e o atendimento à exegese da
Lei no sentido de assegurar o amplo caráter participativo e
competitivo aos interessados na licitação (art. 3º, § 1º, inciso I, da
Lei nº 8.666/93). No caso vertente, ainda que expostas as razões para
a exigência simultânea do capital mínimo integralizado e da prestação
de garantia caução, é interativo o entendimento interpretativo de que
na fase para habilitação não pode ser exigido ônus dessa espécie
(prestação de garantia) o que poderia ser exigível para a fase de
execução do objeto licitado."
- Decisão 1.521/2002/Plenário - O TCU se manifestou no sentido de que
se atente para as disposições contidas no art. 31, § 2º, da Lei nº
8.666/93, com alterações, de forma a não exigir simultaneamente, nos
instrumentos convocatórios de licitações, requisitos de capital social
mínimo e garantias para a comprovação da qualificação econômico-
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 220
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
financeira dos licitantes.
No mesmo sentido das Decisões do TCU, é o ensinamento de Marçal Justen
Filho (Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 8ª
edição, DIALÉTICA, São Paulo, 2000, página 359), conforme
transcrevemos:
"... A Garantia ... Em épocas passadas, era usual a Administração
condicionar a habilitação ao depósito de valores ou ao caucionamento
de bens. Isso acarretava indevida restrição à participação dos
interessados. Consagrou-se, por isso, o princípio de que a habilitação
não pode ser condicionada ao pagamento de valores ou cauções etc. O
princípio foi alçado ao nível constitucional. A exigência de
'garantias' para participação na licitação é incompatível com o
disposto no art. 37, inc. XXI, da CF/88. Por isso, o inc. III do art.
31 é inconstitucional. Além do mais, não acrescenta qualquer vantagem
ou benefício à Administração. Existe, ainda, evidente
incompatibilidade entre o inc. III e o espírito da Lei, retratado no
art. 32, § 5º.'
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Concorrência 01/2008/Inhumas.
6.2.24 CONSTATAÇÃO:
Superfaturamento quantitativo dos serviços de pavimentação, objeto do
CR 241.815-30.
FATO:
Durante a inspeção in loco, percorremos 100% das áreas que seriam
beneficiadas com a pavimentação e com as galerias pluviais, com foco
na verificação da existência dos revestimentos asfálticos, das obras
de drenagem superficial (meio fio) e das galerias pluviais. Foram
conferidos os comprimentos e larguras das ruas asfaltadas, bem como as
suas características e o estado geral de conservação.
Os ruas asfaltadas foram identificadas por meio das planilhas e
plantas disponibilizadas pela CAIXA e medidas pela Equipe de
Fiscalização em 22/10/2009, com a utilização de aparelho GPS, modelo
Garmin E-Trex Legend, e de trena de 50 metros.
Os resultados das verificações in loco foram comparados com os
quantitativos medidos pela Prefeitura e aprovados pela CAIXA. Não
identificamos diferenças significativas em relação à drenagem
superficial e à rede de galerias pluviais. Entretanto, em relação à
pavimentação, a nossa medição indicou a existência de superfaturamento
quantitativo.
Em relação à nossa medição, cabe esclarecer que, os comprimentos das
ruas asfaltadas, conforme verificado in loco, apresentaram, em relação
às medidas constantes da planilha de medição da Prefeitura (fls. 170
do Volume Técnico I/CAIXA), uma diferença consistente com o grau de
precisão do aparelho de medição utilizado (GPS), variando entre 10 e
15 metros em cada rua medida. Diante disso, para o cálculo da área
asfaltada com TSD, optamos por considerar como válidas as medidas de
comprimento informadas pela Prefeitura.
Já as medições da largura da camada asfáltica apresentadas pela
Prefeitura e aprovadas pela CAIXA, as quais foram conferidas pela
Equipe de Fiscalização com o uso de trena, indicam uma variação muito
além do aceitável, quando considerado o grau de precisão da trena.
Assim, por exemplo, ruas que a Prefeitura informou com tendo 7,00 m de
largura de camada asfáltica apresentaram variações de até 15% em
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 223
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
relação à nossa medição.
O quadro a seguir apresenta o superfaturamento encontrado:
Serviço Previsto Verificado in loco Diferença %
Pavimentação TSD 55.465,98 m² 50.897,32 m² - 4.568,66 -8,23%
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Medições realizadas in loco.
AÇÃO :
109A
IMPLANTACAO OU MELHORIA DE OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA URB
ANA EM MUNICIPIOS COM ATE 100.000 HABITANTES - ACOES DE
INFRA-ESTRUTURA URBAN
OBJETIVO DA AÇÃO :
Implantação ou Melhoria de obras de Infra-Estrutura Urbana em Municípi
ios com até 100.000 habitantes
ORDEM DE SERVIÇO : 234610
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Execução de recapeamento em várias ruas do município de Inhumas
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 226
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
CONTRATO DE REPASSE
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 585.000,00
6.2.25 CONSTATAÇÃO:
Processo licitatório não disponibilizado pela Prefeitura de Inhumas.
FATO:
O Contrato de Repasse n° 230.121-10 foi celebrado em 11/10/2007,
entre a Prefeitura Municipal de Inhumas e o Ministério das Cidades,
com interveniência da CAIXA, tendo como objeto o "recapeamento de vias
no município de Inhumas".
Inicialmente, a licitação apresentada para a execução do Contrato de
Repasse 230.121-10 foi a Concorrência 01/2008, de 09/05/2008.
A licitação foi do tipo menor preço, sob regime de empreitada global.
O seu objeto foi a contratação, pelo Município de Inhumas, ao preço
orçamentário estimado em R$ 2.203.668,00, de empresa para a execução
das obras de pavimentação e drenagem que foram objeto dos Contratos de
Repasse 241.815-30 e 230.121-10.
Posteriormente, em 02/06/2008, a parte do objeto da licitação que
dizia respeito ao CR 230.121-10 foi revogada, por não atender ao
requisitos do programa financiador da obra.
Conforme documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da
CAIXA, nova licitação foi apresentada para a execução do Contrato de
Repasse 230.121-10. Trata-se do o Pregão Presencial 008/2008, de
06/06/2008, que resultou na assinatura, em 09/06/2008, de Contrato de
Execução de Obras e Serviços, firmado entre a Prefeitura de Inhumas e
a empresa Interenge Construção Ltda. (CNPJ: 01.994.990/0001-93), no
valor de R$ 677.337,77.
Em 17/06/2008 a CAIXA emitiu o documento "Verificação de Resultado de
Processo Licitatório", considerando apto o processo licitatório e os
serviços licitados compatíveis com o objeto do CR 230.121-10.
Não obstante a análise da CAIXA, por meio da Solicitação de
Fiscalização 01/2009/SM30/Inhumas/CGU-Regional/GO, de 15/10/2009,
solicitamos à Prefeitura que apresentasse as licitações realizadas
para execução dos contratos de repasse sob análise neste 30º Sorteio
de Municípios, entre eles o CR 230.121-10.
Em, 26/10/2009 a Prefeitura disponibilizou uma série de procedimentos
licitatórios para análise, entretanto, entre eles, não constava o
Pregão Presencial 008/2008. Diante disso, resta inviabilizada, ao
menos por enquanto, a análise dos aspectos legais e formais e da
licitação.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Documento de 26/10/2009 da Prefeitura de Inhumas.
6.2.26 CONSTATAÇÃO:
Superfaturamento quantitativo dos serviços de recapeamento realizado
na Avenida Wilson Quirino e na Rua Joaquim Vaz.
FATO:
Durante a inspeção in loco percorremos 100% das áreas que passariam
por restauração e por recapeamento, com foco na verificação da
existência dos revestimentos asfálticos. Foram conferidos os
comprimentos e larguras da cobertura asfáltica dos logradouros, bem
como o estado geral de conservação.
A conferência das medidas de comprimento e largura foi realizada pela
Equipe de Fiscalização em 21/10/2009, com a utilização de aparelho
GPS, modelo Garmin E-Trex Legend, e de trena de 50 metros,
respectivamente.
Em relação aos trechos restaurados, a diferença de 1,53% verificada em
relação ao total previsto de 5.791,44 m² não foi significativa,
podendo ser imputada ao erro decorrente da precisão e do manuseio dos
instrumentos de medição utilizados. Entretanto, o mesmo não pode ser
afirmado em relação aos trechos recapeados, pois chama a atenção a
diferença a menor de 12,65% em relação ao total pactuado de 33.260,94
m². As medidas por nós observadas in loco encontram-se demonstradas a
seguir:
Logradouro - Restauração Largura Comprimento Área
Verificada Verificado (m²)
in loco in loco
(m) (m)
Pista esquerda da Avenida Wilson 6,40¹ 420,00 2.688,00
Quirino (entre Rua Bartolomeu
Bueno e Rua Jequitibá)
Rua Joaquim Pedro Vaz (entre Rua 7,98² 400,00 3.192,
da Getúlio Vargas e Rua José P.
Alvarenga)
TOTAL verificado in loco (m²) 5.880,00
Total Previsto (m²) 5.791,44
Diferença (m²) +88,56
Variação em relação ao previsto +1,53%
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Medições realizadas in loco.
6.3 - PROGRAMA
9991
HABITACAO DE INTERESSE SOCIAL
AÇÃO :
0648
APOIO AO PODER PUBLICO PARA CONSTRUCAO HABITACIONAL PAR
A FAMILIAS DE BAIXA RENDA - NACIONAL (CREDITO EXTRAORDI
NAR
OBJETIVO DA AÇÃO :
Apoio ao Poder Público para construção habitacional para fámilias de b
baixa renda
ORDEM DE SERVIÇO : 234619
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Produção habitacional - Inhumas/GO - setor Sol Nascente
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
CONTRATO DE REPASSE
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 842.802,66
6.3.1 CONSTATAÇÃO:
Descumprimento do cronograma de execução.
FATO:
O Contrato de Repasse n° 233.301-54 foi celebrado em 30/12/2007, entre
a Prefeitura Municipal de Inhumas e o Ministério das Cidades, com
interveniência da CAIXA, tendo como objeto a "produção de unidades
habitacionais".
O cronograma de execução aprovado previa a execução das obras em 150
dias. Por meio do RAE de 06/07/2009 é possível verificar que a obra
teve início em 04/07/2008 e que a última medição de obra encaminhada
pela Prefeitura data de 19/06/2009. Na verificação in loco por nós
realizada em 21/10/2009, portanto depois de mais de um ano do início
das obras, verificamos que os serviços de construção das casas ainda
não estavam concluídos.
O atraso na execução da obra vem propiciando que serviços já
executados se deteriorem e facilitando a ação de vândalos que destroem
portas e esquadrias, demandando novos serviços. Com efeito, duas
casas, situadas de frente para a Rua Sebastião Inácio Vieira, no
Residencial Morada do Sol, foram arrombadas e tiveram parte de suas
esquadrias, portas e janelas, depredadas, demonstrando problemas
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 233
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
quanto à vigilância do patrimônio.
Diante disso, concluímos pelo descumprimento do cronograma de
execução, com prejuízo potencial na qualidade da obra.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA.
6.3.2 CONSTATAÇÃO:
Exigência de número máximo de atestados de capacidade técnica para
participação no Tomada de Preços 02/2008, incorrendo em restrição à
competitividade do certame.
FATO:
No item 04.04.04 do Edital foi estabelecida a exigência de comprovação
de experiência prévia do licitante e do responsável técnico pela obra
a partir de um único contrato, o que equivale a restringir tal
comprovação à apresentação de um único atestado técnico referente a
obras semelhantes às previstas na licitação.
O órgão licitante, conforme se observa, estabeleceu o limite máximo de
um atestado técnico, entretanto, não evidenciamos motivos para tal
exigência.
A exigência da apresentação de mais de um atestado ou da limitação do
seu número não é admissível, exceto em casos devidamente justificados.
A limitação de número de atestados é exceção e deve ser devidamente
justificada no processo, o que não foi feito pelo órgão licitante.
No que se refere à limitação do número de atestados, como foi o caso,
o Tribunal de Contas da União, conforme item 9.2.1 do Acórdão n.º
2.359/2007 - TCU - Plenário, expressa o entendimento de que tal
exigência deve ser evitada, a não ser que seja devidamente justificada
e vise garantir que a empresa contratada "detenha o conhecimento
técnico e a capacidade operacional inerentes à metodologia construtiva
a ser aplicada, sem prejuízo de esclarecer que é vedada a imposição do
referido limite quando o seu objetivo for, tão-somente, verificar se
os empreendimentos anteriormente realizados pela licitante têm
dimensão semelhante à do objeto do certame".
Ora, obras de construção de casas populares, com apenas 33,52m² são
corriqueiras, realizadas rotineiramente por centenas de empresas no
País e, no caso sob análise, não demandavam nenhum conhecimento
técnico e capacidade operacional especial inerente à metodologia
construtiva, que justificasse a imposição de limitação do número de
atestados.
Diante desses fatos, concluímos pela infringência ao estabelecido no
inciso I do § 1º do art. 3º da Lei de Licitações.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Tomada de Preços 02/2008/Inhumas.
6.3.3 CONSTATAÇÃO:
Exigência de visita técnica, em data única, marcada para seis dias
antes da abertura das propostas, com a presença obrigatória de
responsável técnico detentor do atestado de experiência prévia, como
condição de participação Tomada de Preços 02/2008, incorrendo em
restrição à competitividade do certame.
FATO:
A Prefeitura de Inhumas, no item 04.04.04.02 do Edital, exigiu, como
condição para participação no Tomada de Preços 02/2008, a comprovação
de visita aos locais das obras, mediante atestado fornecido pela
municipalidade, entretanto, restringiu a visita ao dia 21/05/2008, com
início às 09:00 horas.
Ao determinar a necessidade de vistoria obrigatória, em data única, e
com a presença do responsável técnico, a Comissão Permanente de
Licitação, não só onerou, por sua própria conta, a participação dos
proponentes, como alijou da disputa possíveis interessados que, por
qualquer motivo, não pudessem estar presentes, com o seu responsável
técnico, na data marcada.
No que se refere à exigência de que o representante legal na vistoria
fosse o responsável técnico, entendemos que seria responsabilidade da
empresa proponente declarar estar ciente do local e da complexidade
dos serviços, cabendo somente a ela nomear o seu representante na
vistoria. Não obstante a irregularidade da intromissão na definição
dos representantes das empresas na vistoria, não se trata de
questionar a exigência de que os licitantes visitassem previamente o
local dos serviços, mas a definição de regras inflexíveis para tal
visita.
Como a participação na vistoria, em data fixa, foi definida como
condição obrigatória para a habilitação, resta claro que a estratégia
adotada pela Comissão de Licitação alijou da disputa quaisquer outros
interessados que, porventura, tivessem tomado conhecimento da
licitação após a 21/05/2008 ou tomassem a decisão de participar do
processo após essa data. Cabe ressaltar que até o dia 27/05/2008,
nada deveria impedir a participação de qualquer interessado na
disputa, pois se tratava do prazo legal previsto para o recebimento
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 237
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
dos documentos de habilitação, a qual somente poderia ser julgada após
essa data.
O efeito prático dessa estratégia foi a antecipação do início da fase
de habilitação em dois dias e infringência ao estabelecido no inciso
I do § 1º do art. 3º da Lei de Licitações.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Tomada de Preços 02/2008/Inhumas.
6.3.4 CONSTATAÇÃO:
Exigência de prestação de garantia previamente ao julgamento da
habilitação do licitante, como condição obrigatória para a
participação na licitação, caracterizando infringência ao Artigo 31 da
Lei 8.666/93 e limitação à competitividade.
FATO:
O item 04.05.02 do Edital estabelece que a participação na licitação
estaria condicionada à apresentação de comprovação de prestação de
garantia no valor de R$ 10.257,56, a ser efetivada até o 20/05/2008,
portanto antes da data da entrega da documentação de habilitação.
A Seção II da Lei 8.666/93 estabelece as condições de habilitação nas
licitações. O Artigo 31, constante da referida Seção II, estabelece a
documentação que pode ser exigida como qualificação econômico-
financeira para fins de habilitação. O inciso III do referido Artigo
define que poderá ser exigida "garantia, nas mesmas modalidades e
critérios previstos no "caput" e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a
1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação".
Pelo que consta do texto legal mencionado, nos parece claro que a
comprovação da prestação de garantia, como condição de participação na
licitação, somente poderia ter sido exigida no momento da entrega da
documentação de habilitação, tendo a Comissão de Licitação a obrigação
de julgar a sua validade e adequação aos termos do edital quando da
análise de tais documentos, ou seja após a abertura dos envelopes
apresentados pelos licitantes, contendo os documentos de habilitação,
conforme definido no inciso I do Artigo 43 da Lei 8.666/93.
Cabe lembrar que a análise e julgamento dos documentos de habilitação
não necessitam ser realizados imediatamente após a abertura dos
envelopes contendo a documentação dos participantes, haja vista que o
§ 3º do Artigo 43 da Lei 8.666/93 dispõe que: "É facultada à Comissão
ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de
diligência destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do
processo, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que
deveria constar originariamente da proposta".
O efeito prático da exigência editalícia foi a antecipação do início
da fase de habilitação em, pelo menos, 5 dias úteis e, por
conseqüência, o descumprimento do prazo legal de 15 dias que deve
separar a publicação do Edital do recebimento dos documentos de
habilitação e das propostas ou da realização do evento, conforme
consta no inciso III do § 2º do Artigo 21 da Lei 8.666/93.
Ao exigir a apresentação da garantia antes da data marcada para
apresentação do restante da documentação de habilitação, a Comissão de
Licitação diminuiu, sem previsão legal que a respaldasse, o prazo para
que os possíveis interessados pudessem conseguir os recursos ou o aval
financeiro para o cumprimento da exigência.
Diante do exposto, concluímos pela ilegalidade da exigência editalícia
de prestação de garantia previamente à fase de habilitação, bem como
consideramos que a exigência constituiu-se em fator limitante à
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 241
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
competitividade do certame.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Tomada de Preços 02/2008/Inhumas.
6.3.5 CONSTATAÇÃO:
Exigência concomitante de capital social mínimo e de prestação de
garantia como condição de participação na licitação, caracterizando
limitação à competitividade.
FATO:
Conforme consta do item 04.05.03 do Edital da Tomada de Preços
02/2008, foi exigido dos interessados que apresentassem, como parte da
documentação necessária à habilitação na licitação, comprovação de
possuir, na data de apresentação da proposta, capital social mínimo
integralizado. Já o item 04.05.02 do Edital estabelece que a
participação na licitação estaria condicionada à apresentação de
comprovação de prestação de garantia no valor R$ 10.257,56, a ser
efetivada até o 20/05/2008.
A jurisprudência do Tribunal de Contas da União e a doutrina jurídica
apontam no sentido de que a exigência concomitante de comprovação de
capital social e de prestação de garantia prévia, como condição de
habilitação de interessados na licitação, configura-se como fator
limitante à competitividade do certame, conforme argumentação a
seguir:
- Decisão nº 681/1998/Plenário - O TCU se manifestou em sentido
contrário acerca de exigência simultânea de capital social mínimo e
garantia de proposta (caução), em confronto com o que especifica o
art. 31, parágrafo 2º, da Lei nº 8.666/93. Da referida Decisão
ressaltamos o seguinte trecho:
"A matéria versada (ilegalidade de exigência simultânea de capital
social e garantia caução) permite revelar a extensão do conflito que
freqüentemente se observa entre a Administração Pública no uso da
amplitude e envergadura com que busca dimensionar as garantias
assecuratórias para o sucesso do processo licitatório, maximização do
negócio e resguardo do interesse público, e o atendimento à exegese da
Lei no sentido de assegurar o amplo caráter participativo e
competitivo aos interessados na licitação (art. 3º, § 1º, inciso I, da
Lei nº 8.666/93). No caso vertente, ainda que expostas as razões para
a exigência simultânea do capital mínimo integralizado e da prestação
de garantia caução, é interativo o entendimento interpretativo de que
na fase para habilitação não pode ser exigido ônus dessa espécie
(prestação de garantia) o que poderia ser exigível para a fase de
execução do objeto licitado."
- Decisão 1.521/2002/Plenário - O TCU se manifestou no sentido de que
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 243
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
se atente para as disposições contidas no art. 31, § 2º, da Lei nº
8.666/93, com alterações, de forma a não exigir simultaneamente, nos
instrumentos convocatórios de licitações, requisitos de capital social
mínimo e garantias para a comprovação da qualificação econômico-
financeira dos licitantes.
No mesmo sentido das Decisões do TCU, é o ensinamento de Marçal Justen
Filho (Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 8ª
edição, DIALÉTICA, São Paulo, 2000, página 359), conforme
transcrevemos:
"... A Garantia ... Em épocas passadas, era usual a Administração
condicionar a habilitação ao depósito de valores ou ao caucionamento
de bens. Isso acarretava indevida restrição à participação dos
interessados. Consagrou-se, por isso, o princípio de que a habilitação
não pode ser condicionada ao pagamento de valores ou cauções etc. O
princípio foi alçado ao nível constitucional. A exigência de
'garantias' para participação na licitação é incompatível com o
disposto no art. 37, inc. XXI, da CF/88. Por isso, o inc. III do art.
31 é inconstitucional. Além do mais, não acrescenta qualquer vantagem
ou benefício à Administração. Existe, ainda, evidente
incompatibilidade entre o inc. III e o espírito da Lei, retratado no
art. 32, § 5º."
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Tomada de Preços 02/2008/Inhumas.
6.3.6 CONSTATAÇÃO:
Obra licitada e contratada sem a abertura dos componentes do BDI
utilizado.
FATO:
Não consta do edital do Tomada de Preços 02/2008 nenhuma menção às
condições de apresentação do BDI incluído nos preços propostos pelos
licitantes.
Da proposta vencedora da licitação também não consta menção ao BDI.
Diante do exposto, como o BDI não foi apresentado de forma a detalhar
os seus componentes, nem na planilha orçamentária apresentada na
licitação, nem na planilha contendo os preços da proposta vencedora,
ficamos impossibilitados de verificar a adequação dos itens incluídos
como despesas indiretas.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Tomada de Preços 02/2008/Inhumas.
AÇÃO :
10SJ
APOIO A PROVISAO HABITACIONAL DE INTERESSE SOCIAL – NA REGIAO CENTRO-
OESTE
OBJETIVO DA AÇÃO :
Apoio a provisão habitacional de interesse Social
ORDEM DE SERVIÇO : 234620
OBJETO FISCALIZAÇÃO:
Produção ou Aquisição de Unidades Habitacionais
AGENTE EXECUTOR :
PREFEITURA MUNICIPAL DE INHUMAS-GO
ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL
QUALIF. DO INSTRUMENTO DE TRANSF.:
CONTRATO DE REPASSE
MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 339.875,18
6.3.7 CONSTATAÇÃO:
Descumprimento do cronograma de execução.
FATO:
O Contrato de Repasse n° 249.832-19 foi celebrado em 30/04/2008,
entre a Prefeitura Municipal de Inhumas e o Ministério das Cidades,
com interveniência da CAIXA, tendo como objeto o "apoio ao Poder
Público para
construção habitacional".
O cronograma de execução aprovado previa a execução das obras em 120
dias. Por meio do RAE de 20/05/2009 é possível verificar que a obra
teve início em 07/11/2008 e que a última medição de obra encaminhada
pela Prefeitura data de 24/04/2009. Na inspeção in loco por nós
realizada em 21/10/2009, portanto depois de quase um ano do início das
obras, verificamos que os serviços de construção das casas ainda
não estavam concluídos.
O atraso na execução da obra vem propiciando que serviços já
executados se deteriorem e facilitando a ação de vândalos que destroem
portas e esquadrias, demandando novos serviços.
Diante disso, concluímos pelo descumprimento do cronograma de
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 247
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
execução, com prejuízo potencial na qualidade da obra.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
fotos.
6.3.8 CONSTATAÇÃO:
Exigência de número máximo de atestados de capacidade técnica para
participação no Tomada de Preços 02/2008, incorrendo em restrição à
competitividade do certame.
FATO:
No item 04.04.04 do Edital foi estabelecida a exigência de comprovação
de experiência prévia do licitante e do responsável técnico pela obra
a partir de um único contrato, o que equivale a restringir tal
comprovação à apresentação de um único atestado técnico referente a
obras semelhantes às previstas na licitação.
O órgão licitante, conforme se observa, estabeleceu o limite máximo de
um atestado técnico, entretanto, não evidenciamos motivos para tal
exigência.
A exigência da apresentação de mais de um atestado ou da limitação do
seu número não é admissível, exceto em casos devidamente justificados.
A limitação de número de atestados é exceção e deve ser devidamente
justificada no processo, o que não foi feito pelo órgão licitante.
No que se refere à limitação do número de atestados, como foi o caso,
o Tribunal de Contas da União, conforme item 9.2.1 do Acórdão n.º
2.359/2007 - TCU - Plenário, expressa o entendimento de que tal
exigência deve ser evitada, a não ser que seja devidamente justificada
e vise garantir que a empresa contratada "detenha o conhecimento
técnico e a capacidade operacional inerentes à metodologia construtiva
a ser aplicada, sem prejuízo de esclarecer que é vedada a imposição do
referido limite quando o seu objetivo for, tão-somente, verificar se
os empreendimentos anteriormente realizados pela licitante têm
dimensão semelhante à do objeto do certame".
Ora, obras de construção de casas populares, com apenas 33,52m² são
corriqueiras, realizadas rotineiramente por centenas de empresas no
País e, no caso sob análise, não demandavam nenhum conhecimento
técnico e capacidade operacional especial inerente à metodologia
construtiva, que justificasse a imposição de limitação do número de
atestados.
Diante desses fatos, concluímos pela infringência ao estabelecido no
inciso I do § 1º do art. 3º da Lei de Licitações.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Tomada de Preços 02/2008/Inhumas.
6.3.9 CONSTATAÇÃO:
Exigência de visita técnica, em data única, marcada para seis dias
antes da abertura das propostas, com a presença obrigatória de
responsável técnico detentor do atestado de experiência prévia, como
condição de participação Tomada de Preços 02/2008, incorrendo em
restrição à competitividade do certame.
FATO:
A Prefeitura de Inhumas, no item 04.04.04.02 do Edital, exigiu, como
condição para participação no Tomada de Preços 02/2008, a comprovação
de visita aos locais das obras, mediante atestado fornecido pela
municipalidade, entretanto, restringiu a visita ao dia 21/05/2008, com
início às 09:00 horas.
Ao determinar a necessidade de vistoria obrigatória, em data única, e
com a presença do responsável técnico, a Comissão Permanente de
Licitação, não só onerou, por sua própria conta, a participação dos
proponentes, como alijou da disputa possíveis interessados que, por
qualquer motivo, não pudessem estar presentes, com o seu responsável
técnico, na data marcada.
No que se refere à exigência de que o representante legal na vistoria
fosse o responsável técnico, entendemos que seria responsabilidade da
empresa proponente declarar estar ciente do local e da complexidade
dos serviços, cabendo somente a ela nomear o seu representante na
vistoria. Não obstante a irregularidade da intromissão na definição
dos representantes das empresas na vistoria, não se trata de
questionar a exigência de que os licitantes visitassem previamente o
local dos serviços, mas a definição de regras inflexíveis para tal
visita.
Como a participação na vistoria, em data fixa, foi definida como
condição obrigatória para a habilitação, resta claro que a estratégia
adotada pela Comissão de Licitação alijou da disputa quaisquer outros
interessados que, porventura, tivessem tomado conhecimento da
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licitação após a 21/05/2008 ou tomassem a decisão de participar do
processo após essa data. Cabe ressaltar que até o dia 27/05/2008,
nada deveria impedir a participação de qualquer interessado na
disputa, pois se tratava do prazo legal previsto para o recebimento
dos documentos de habilitação, a qual somente poderia ser julgada após
essa data.
O efeito prático dessa estratégia foi a antecipação do início da fase
de habilitação em seis dias e infringência ao estabelecido no inciso
I do § 1º do art. 3º da Lei de Licitações.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Tomada de Preços 02/2008/Inhumas.
6.3.10 CONSTATAÇÃO:
Exigência de prestação de garantia previamente ao julgamento da
habilitação do licitante, como condição obrigatória para a
participação na licitação, caracterizando infringência ao Artigo 31 da
Lei 8.666/93 e limitação à competitividade.
FATO:
O item 04.05.02 do Edital estabelece que a participação na licitação
estaria condicionada à apresentação de comprovação de prestação de
garantia no valor de R$ 10.257,56, a ser efetivada até o 20/05/2008,
portanto antes da data da entrega da documentação de habilitação.
A Seção II da Lei 8.666/93 estabelece as condições de habilitação nas
licitações. O Artigo 31, constante da referida Seção II, estabelece a
documentação que pode ser exigida como qualificação econômico-
financeira para fins de habilitação. O inciso III do referido Artigo
define que poderá ser exigida "garantia, nas mesmas modalidades e
critérios previstos no "caput" e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a
1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação".
Pelo que consta do texto legal mencionado, nos parece claro que a
comprovação da prestação de garantia, como condição de participação na
licitação, somente poderia ter sido exigida no momento da entrega da
documentação de habilitação, tendo a Comissão de Licitação a obrigação
de julgar a sua validade e adequação aos termos do edital quando da
análise de tais documentos, ou seja após a abertura dos envelopes
apresentados pelos licitantes, contendo os documentos de habilitação,
conforme definido no inciso I do Artigo 43 da Lei 8.666/93.
Cabe lembrar que a análise e julgamento dos documentos de habilitação
não necessitam ser realizados imediatamente após a abertura dos
envelopes contendo a documentação dos participantes, haja vista que o
§ 3º do Artigo 43 da Lei 8.666/93 dispõe que: "É facultada à Comissão
ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de
diligência destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do
processo, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que
deveria constar originariamente da proposta".
O efeito prático da exigência editalícia foi a antecipação do início
da fase de habilitação em, pelo menos, 5 dias úteis e, por
conseqüência, o descumprimento do prazo legal de 15 dias que deve
separar a publicação do Edital do recebimento dos documentos de
habilitação e das propostas ou da realização do evento, conforme
consta no inciso III do § 2º do Artigo 21 da Lei 8.666/93.
Ao exigir a apresentação da garantia antes da data marcada para
apresentação do restante da documentação de habilitação, a Comissão de
Licitação diminuiu, sem previsão legal que a respaldasse, o prazo para
que os possíveis interessados pudessem conseguir os recursos ou o aval
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financeiro para o cumprimento da exigência.
Diante do exposto, concluímos pela ilegalidade da exigência editalícia
de prestação de garantia previamente à fase de habilitação, bem como
consideramos que a exigência constituiu-se em fator limitante à
competitividade do certame.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Tomada de Preços 02/2008/Inhumas.
6.3.11 CONSTATAÇÃO:
Exigência concomitante de capital social mínimo e de prestação de
garantia como condição de participação na licitação, caracterizando
limitação à competitividade.
FATO:
Conforme consta do item 04.05.03 do Edital da Tomada de Preços
02/2008, foi exigido dos interessados que apresentassem, como parte da
documentação necessária à habilitação na licitação, comprovação de
possuir, na data de apresentação da proposta, capital social mínimo
integralizado. Já o item 04.05.02 do Edital estabelece que a
participação na licitação estaria condicionada à apresentação de
comprovação de prestação de garantia no valor R$ 10.257,56, a ser
efetivada até o 20/05/2008.
A jurisprudência do Tribunal de Contas da União e a doutrina jurídica
apontam no sentido de que a exigência concomitante de comprovação de
capital social e de prestação de garantia prévia, como condição de
habilitação de interessados na licitação, configura-se como fator
limitante à competitividade do certame, conforme argumentação a
seguir:
- Decisão nº 681/1998/Plenário - O TCU se manifestou em sentido
contrário acerca de exigência simultânea de capital social mínimo e
garantia de proposta (caução), em confronto com o que especifica o
art. 31, parágrafo 2º, da Lei nº 8.666/93. Da referida Decisão
ressaltamos o seguinte trecho:
"A matéria versada (ilegalidade de exigência simultânea de capital
social e garantia caução) permite revelar a extensão do conflito que
freqüentemente se observa entre a Administração Pública no uso da
amplitude e envergadura com que busca dimensionar as garantias
assecuratórias para o sucesso do processo licitatório, maximização do
negócio e resguardo do interesse público, e o atendimento à exegese da
Lei no sentido de assegurar o amplo caráter participativo e
competitivo aos interessados na licitação (art. 3º, § 1º, inciso I, da
Lei nº 8.666/93). No caso vertente, ainda que expostas as razões para
a exigência simultânea do capital mínimo integralizado e da prestação
de garantia caução, é interativo o entendimento interpretativo de que
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na fase para habilitação não pode ser exigido ônus dessa espécie
(prestação de garantia) o que poderia ser exigível para a fase de
execução do objeto licitado."
- Decisão 1.521/2002/Plenário - O TCU se manifestou no sentido de que
se atente para as disposições contidas no art. 31, § 2º, da Lei nº
8.666/93, com alterações, de forma a não exigir simultaneamente, nos
instrumentos convocatórios de licitações, requisitos de capital social
mínimo e garantias para a comprovação da qualificação econômico-
financeira dos licitantes.
No mesmo sentido das Decisões do TCU, é o ensinamento de Marçal Justen
Filho (Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 8ª
edição, DIALÉTICA, São Paulo, 2000, página 359), conforme
transcrevemos:
"... A Garantia ... Em épocas passadas, era usual a Administração
condicionar a habilitação ao depósito de valores ou ao caucionamento
de bens. Isso acarretava indevida restrição à participação dos
interessados. Consagrou-se, por isso, o princípio de que a habilitação
não pode ser condicionada ao pagamento de valores ou cauções etc. O
princípio foi alçado ao nível constitucional. A exigência de
'garantias' para participação na licitação é incompatível com o
disposto no art. 37, inc. XXI, da CF/88. Por isso, o inc. III do art.
31 é inconstitucional. Além do mais, não acrescenta qualquer vantagem
ou benefício à Administração. Existe, ainda, evidente
incompatibilidade entre o inc. III e o espírito da Lei, retratado no
art. 32, § 5º."
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Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
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6.3.12 CONSTATAÇÃO:
Obra licitada e contratada sem a abertura dos componentes do BDI
utilizado.
FATO:
Não consta do edital do Tomada de Preços 02/2008 nenhuma menção às
condições de apresentação do BDI incluído nos preços propostos pelos
licitantes.
Da proposta vencedora da licitação também não consta menção ao BDI.
Diante do exposto, como o BDI não foi apresentado de forma a detalhar
os seus componentes, nem na planilha orçamentária apresentada na
licitação, nem na planilha contendo os preços da proposta vencedora,
ficamos impossibilitados de verificar a adequação dos itens incluídos
como despesas indiretas.
EVIDÊNCIA:
Documentação constante dos Volumes Principal e Técnico da CAIXA;
Tomada de Preços 02/2008/Inhumas.
ITENS:
1.1.1 1.1.2 1.1.3 1.1.4 1.1.5 1.1.6 1.1.7 1.1.8
1.1.9 1.1.10 1.1.11 1.1.12 1.1.13 1.1.14 1.1.15 1.1.16
1.1.17 1.1.18 1.1.19 1.1.20 1.1.21 1.1.22 1.2.1
ITENS:
2.1.1 2.1.2 2.1.3 2.1.4 2.1.5 2.1.6 2.1.7 2.1.8
2.1.9 2.1.10 2.1.11 2.1.12 2.1.13 2.1.14 2.1.15 2.1.16
2.1.17 2.1.18 2.1.19 2.1.20 2.1.21 2.1.22 2.1.23 2.1.24
2.1.25 2.2.1 2.2.2 2.2.3 2.3.1 2.3.2 2.3.3 2.3.4
2.4.1 2.4.2 2.4.3 2.4.4 2.4.5 2.4.6 2.4.7 2.4.8
ITENS:
3.1.1 3.1.2 3.1.3 3.1.4 3.1.5 3.1.6 3.1.7 3.1.8
3.1.9 3.1.10 3.1.11
ITENS:
4.1.1 4.1.2 4.1.3 4.1.4 4.1.5
ITENS:
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 260
Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
30º Sorteio de Unidades Municipais – Inhumas - GO
5.1.1 5.1.2 5.1.3 5.1.4 5.1.5 5.1.6 5.1.7 5.1.8
5.1.9 5.1.10 5.2.1 5.2.2 5.2.3 5.2.4 5.2.5 5.3.1
5.3.2 5.3.3 5.3.4 5.3.5 5.3.6 5.3.7 5.3.8
ITENS:
6.1.1 6.1.2 6.1.3 6.1.4 6.1.5 6.1.6 6.1.7 6.1.8
6.1.9 6.1.10 6.2.1 6.2.2 6.2.3 6.2.4 6.2.5 6.2.6
6.2.7 6.2.8 6.2.9 6.2.10 6.2.11 6.2.12 6.2.13 6.2.14
6.2.15 6.2.16 6.2.17 6.2.18 6.2.19 6.2.20 6.2.21 6.2.22
6.2.23 6.2.24 6.2.25 6.2.26 6.3.1 6.3.2 6.3.3 6.3.4
6.3.5 6.3.6 6.3.7 6.3.8 6.3.9 6.3.10 6.3.11 6.3.12