GABRIELA FERREIRA LIMA

HISTÓRIA – LICENCIATURA / 6º SEMESTRE

PRÁTICAS E POLÍTICAS PEDAGÓGICAS II

Penso que é sim possível haver a um intercambio entre a universidade e a escola por
meio do estágio supervisionado, uma vez que ambos os lados estivessem abertos as
possibilidades. Muitos professores e escolas que aceitam receber estagiários em suas salas
de aula sentem-se observados de uma maneira negativa, o que por muitas vezes acaba
afetando a experiência tanto da instituição quanto do estagiário de licenciatura. Muitos
estagiários chegam com um olhar romantizado acerca da educação em seus estágios e
logo se decepcionam com as situações que encontram dentro da realidade do ambiente
escolar.

Eu entendo que estou em um lugar privilegiado, em uma escola onde sou muito bem-
vinda para estagiar e tenho o apoio dos professores, que me ajudam, seja com a sugestão
de como trabalhar determinado tema em sala de aula ou como fazer as burocracias que
estão relacionadas a ser professor da rede estadual de ensino, mas sei que essa não é a
realidade de muitos colegas, que se deparam com professores que desmotivam e escolas
que estão totalmente desinteressadas em fazer parte da contribuição para a formação
docente.

Muitos estudantes de licenciatura tem o desejo de realizar uma transformação, mesmo

que mínima, dentro do ambiente educacional. Acredito que essa pequena transformação
seja possível, desde que a escola que tem estagiários esteja aberta à essa boa intervenção.
É possível que esses estudantes ministrem minicursos de formação continuada em
conjunto com a instituição de ensino superior, bem como compartilhar seus aprendizados
sobre novas temáticas dentro das práticas pedagógicas para os professores que já se
formaram há algum tempo e tem esse desejo de se atualizar.

Dessa forma, com a abertura de portas, de ambos os lados, é possível trazer novas
reflexões para esses professores que estão há tempo na profissão, e é possível
proporcionar ao estagiário um papel ativo dentro de seu estágio supervisionado. Assim,
o estágio passa a visar a melhoria de formação dos estudantes e traz condições a
construção de um olhar crítico da realidade da educação, dessa forma podendo ter como
consequência uma prática, de fato, transformadora.