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DICAS DE OURO
para ser um bom
vendedor
dicas de grandes especialistas em vendas.
1
Este livro irá auxiliar os profissionais de Vendas no seu dia-a-dia,
como um guia prático. É composto por dicas de mercado, mensagens
e pensamentos motivacionais. Uma excelente ferramenta de trabalho
para profissionais que buscam EVOLUIR PARA CRESCER.
Junho . 2012
2 19ª Convenção Unifort 2012 | Evoluir para Crescer
• ÍNDICE
4 Passos eficazes para apoiar a sua equipe 16 Você sabe por que sua empresa está
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perdendo vendas?
5 Coisas que as pessoas felizes (e as que
19 Crise não. Oportunidade! 40
estão prestes a morrer) têm em comum
5 Ferramentas poderosas em vendas 19 O que está errado nas empresas: os
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processos ou as pessoas contratadas?
5 Maneiras de apresentar uma proposta
20 O que eu não falo, mas o outro
vencedora em vendas 43
interpreta!
5 Maneiras de se tornar um vendedor
21 Quais são os segredos do sucesso
persuasivo
dos profissionais considerados 44
5 Sensações para vender mais 21
extraordinários?
6 Maneiras de competir por valor com os
22 Por que muitas empresas têm vida curta? 45
seus concorrentes
Como vender nas redes sociais 46
6 Maneiras para conquistar novos clientes 22
A melhor das opções é perseguir um
7 Convicções que podem alavancar sua 47
23 sonho
carreira
3
• ÍNDICE
Como é bom poder realizar! 49 Pós-venda, essencial para vender mais! 144
Prospecção 50 Prometa e cumpra as suas promessas! 145
Carteira de clientes 66 O QUE ELES DIZEM SOBRE... PÁG.
Conhecer os clientes 66
Ação 148
Vender é coisa séria! 67
Aprendizado 148
Verso e reverso 68
Atitude 149
Você é um profissional determinado? 73
Comunicação 149
Como você quer gerenciar o seu trabalho
74 Concorrência 150
– e levar a sua vida
Confiança 150
Estamos pensando diferente mesmo? 75
Coragem 151
Cuidado com os burros motivados 77
Criatividade 151
Nós temos duas opções: o medo ou a
79 Disciplina 152
maestria
Dúvida 152
Novos tempos. Hora de ser diferente 80
Empreendedores 153
Sua carreira é você quem faz 82
Estratégia 153
Você tem motivação para fazer do seu
83 Expressão 154
trabalho uma paixão?
Seu ego cabe na sala de reuniões? 84 Fracasso 154
O sucesso
depende de sua atitude.
Para desenvolver uma
atitude mentalmente
positiva, tenha objetivos
pessoais e profissionais
claros.”
5
3 DICAS PARA MELHORAR O ATENDIMENTO DO CLIENTE POR
TELEFONE
4. Solução: quando o cliente faz contato com a sua empresa para fazer uma cotação,
em 80% dos casos ele não está procurando apenas preço, ele precisa resolver os
seus problemas de uma forma ágil e segura, concorda? O comprador busca uma
empresa e um vendedor que ofereçam agilidade na prestação de serviços e solução
para as suas necessidades. Você sabe como pesquisar isso? A melhor maneira é
fazendo perguntas relevantes. Entenda o problema, atenda e ofereça uma solução
sob medida para cada cliente.
5. Tapete vermelho: o comandante Rolim, da TAM, recebia os tripulantes com um
aperto de mão entusiástico servindo tapete vermelho para todos que embarcavam
Pessoal, promover mudanças nas empresas trata-se de um desafio e tanto. Desafio esse
que aumenta conforme o tamanho da organização e o quão forte está fundamentada
sua cultura. No entanto, mudar é preciso.
São apresentadas quatro dicas para condução de mudanças nas empresas, as quais
relaciono abaixo com alguns comentários:
• Defina as expectativas com clareza desde cedo e obtenha o aval do seu chefe
A primeira coisa a se fazer é firmar um contrato com seu chefe especificando o que você
poderia ou não fazer e o que teria que aprender para implementar a proposta. O mais
importante é definir por onde começar e, no caso da Procter & Gamble – e eu concordo,
foi começar pelas áreas onde já havia interesse pelo Design Thinking e não pelas áreas
em que a necessidade era maior, pois não seria uma boa estratégia começar por uma
área onde as pessoas não querem o Design Thinking. Outra boa prática é definir prazos
com antecedência. No caso da Procter & Gamble, a referência foi a Philips, que se
transformou de uma indústria manufatureira em uma organização de design centrado
no consumidor em um projeto que levou 10 anos. Isso foi importante para mostrar que
nada iria acontecer da noite para o dia.
• Procure ajuda (você vai precisar)
Talvez a mais importante de todas as dicas. A gerente de projeto da Procter & Gamble
recorreu à ajuda de especialistas externos, como a IDEO, para complementar suas
habilidades e expertise, mas também contratou os melhores talentos em Design que
conseguiu encontrar.
• Acredite: os obstáculos são inevitáveis
A cultura corporativa é um dos maiores obstáculos e muitos dos sistemas internos da
empresa refletem a cultura. No caso da Procter & Gamble, tudo precisou mudar – do
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processo de recrutamento ao ambiente de trabalho fisico, passando pela maneira como
as pesquisas de mercado eram realizadas – para permitir que o Design Thinking fosse
implementado na organização.
• Fale menos e faça mais
Pequenas vitórias são muito importantes nesse processo. No caso do Design Thinking,
e acredito que em qualquer processo de mudança, a importância e seus efeitos
transformadores não poderia ser explicada, apenas vivenciada. A gerente do projeto
teve que validar lentamente a nova abordagem ao longo de alguns anos. Ela enviava
executivos seniores com os designers para que pudessem vivenciar, em primeira mão,
como o designer observa, questiona e investiga as dimensões ocultas da experiência do
usuário. “Eles precisavam, precisavam vivenciar”, resumiu a gerente do projeto.
A forma como as empresas se organizam e se estruturam favorecem a manutenção
do status quo, a operar como sempre o fizeram; elas resistem estruturalmente à ideia
de desenhar e redesenhar a si e seu negócio de forma dinâmica ao longo do tempo,
apegando-se ao que já foi testado e aprovado.
Nos tempos atuais, caracterizados pela abundância de oferta e pela comoditização,
irão se destacar as empresas que assumirem a tarefa de continuamente redesenhar seus
negócios com o olhar voltado para criação de avanços tanto em termos de inovação
quanto em termos de eficiência.
1. Visão – Seja vendedor, gerente ou dono de empresa, sem visão de longo prazo, não
há empresa sólida, sustentável. Se a visão da empresa é a de crescer, melhorar seus
lucros e resultados, deve repassar essa visão aos colaboradores desde o momento
da seleção de pessoal ao dia a dia destes na empresa. Começa-se a criar valor numa
companhia muito antes de os clientes adentrarem nela.
2. Amor – É importante contratar pessoas que se alinhem aos valores e à missão da
empresa. É claro que isso é praticamente impossível acertar em 100% das vezes,
mas, para criar valor, é preciso ter gente boa, competente, capaz e, sobretudo, que
ame o que faz para que o realize tão benfeito a ponto de os clientes desejarem estar
ali, adquirindo seus produtos/serviços.
3. Lealdade – As pessoas dentro de uma organização têm de ser leais umas com as
outras, do contrário não conseguirão repassar isso aos clientes. Se elas notarem
lealdade por parte da empresa e de seus líderes, certamente compreenderão
a importância de fazerem o mesmo com os clientes. Entenderão que ser leal
aos consumidores é atendê-los bem, sorrir por sua presença e apresentar
entusiasticamente produtos e serviços.
4. Originalidade – Temos de ser originais quando estamos atendendo. Técnicas são
importantíssimas, mas elas não superam uma cara feia, um ar de má vontade ao
atender. Por isso a importância de contratar pessoas que gostam do que fazem e
dar a elas oportunidades de progresso para que, ao atender, mostrem entusiasmo
verdadeiro aos clientes.
Em síntese, não é complicado criar valor para os clientes quando ele é criado,
primeiramente, na empresa, pelo respeito desta com as pessoas que nela laboram e
pelo alinhamento de quem dela faz parte com os objetivos empresariais.
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suas atividades, ganhou confiança, adquiriu experiência e percebeu que era capaz
de conseguir cumprir seus objetivos profissionais. No decorrer de todo esse tempo,
você aprendeu muitas coisas e, hoje, existe uma trajetória que espero que seja de
conquistas, tanto pessoais como profissionais. E isso deve servir de muito orgulho
e satisfação para que você tenha na balança da motivação os aspectos positivos que
foram alcançados no decorrer da sua vida.
1. Estude os campeões – Não perca tempo com pessoas negativas que vivem dizendo
que o mercado está ruim, pesquise quem são os verdadeiros campeões e procure
saber quais são os seus diferenciais e como fazem para se manter no topo.
2. Planeje-se – Investir um determinado tempo para planejar as suas vendas vai
proporcionar mais foco e concentração para atingir suas metas. Planejamento é
investimento, e não perda de tempo.
3. Descubra o desejo de compra do cliente – Esse é o grande segredo para se tornar um
vendedor de sucesso, esqueça o que é mais importante para você e descubra o que
é indispensável para o cliente, use perguntas que ajudem a revelar as necessidades
e os desejos deles. Fale 30% e escute 70%, você está fazendo isso?
4. Autoanalise-se – Reserve, diariamente, um local para refletir sobre o seu dia e liste
num papel todos os pontos em que você acredita que está errando, logo depois,
monte um plano de melhoria para cada item e comece aplicá-lo no dia seguinte.
Você pretende ser um vendedor alpinista? Então, melhore todos os dias.
5. Decida-se – Pare de olhar para trás, visualize o futuro, busque o sucesso, utilize os
seus diferenciais, trabalhe mais, leia livros, participe de cursos e coloque-se como
meta ser o número um.
6. Confie em si mesmo – Analise todas as vitórias que você atingiu na sua carreira
profissional. Qual é a sensação de uma meta cumprida? De atender um cliente
exigente e resolver o seu problema? Conquistar um novo cliente? Não é a
autoconfiança que traz o sucesso, é o sucesso que traz a autoconfiança.
7. Estabeleça metas – Tenha por escrito as metas pessoais e profissionais e monte um
plano para atingir cada uma delas.
8. Cuide-se – A pessoa mais importante é você, então seja o seu próprio anjo da
guarda, pratique exercícios, faça novas amizades, tenha uma alimentação
balanceada, durma bem e invista na sua imagem. Assim, com certeza, o cliente vai
perceber que você é a melhor opção.
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5 DICAS PARA POUPAR DINHEIRO
1. Tenha uma atitude milionária – A maioria das pessoas associa dinheiro a prazer
imediato, quando, na verdade, ele deve ser acumulado para proporcionar liberdade.
Segundo Harv Eker, autor da obra Os segredos da mente milionária, da editora
Sextante, existem alguns hábitos e pensamentos de quem é rico, entre eles:
Se você tem dez minutos, utilize-os eficazmente. Muitos avanços ocorreram em dez
minutos. Grandes acordos foram selados. Muitas decisões poderosas para o progresso
foram tomadas e muitos problemas (aparentemente sem solução) foram solucionados
em dez minutos.
Dica: tenha o firme propósito de, ao acordar pela manhã, gastar os primeiros dez
minutos de seu dia para fazer um esvaziamento (interiorização). Faça um debate
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lúcido consigo mesmo. Critique, duvide e determine não aceitar seus medos, fobias,
etc. Jogue fora todos os seus pensamentos negativos, até mesmos aqueles que te
assaltarem nesse momento único, neutralize-os. Em nenhum recipiente cheio dá
para acrescentar algo. Portanto, esteja todos os dias esvaziado para poder receber,
de maneira nova, tudo aquilo que a vida lhe oferecer.
Todos nós, que estamos ativos no mercado de trabalho, desejamos alcançar o sucesso.
Para isso acontecer, precisamos pagar o preço, ou seja, precisamos nos preparar o
tempo todo para as mudanças que vão acontecendo normalmente em nossa vida.
E, para não retardar o tão desejado sucesso profissional, veja a seguir dez motivos que
atrapalham o seu avanço rumo ao sucesso:
1. Não saber o que se quer.
2. Não estipular metas alcançáveis.
3. Procrastinar atitudes.
4. Não se especializar em sua área de atuação.
5. Não se atualizar com frequência.
6. Querer atuar em áreas desconhecidas, sem buscar novos conhecimentos.
7. Não se relacionar bem com as pessoas.
8. Esquecer-se de ser proativo.
9. Não trabalhar bem em equipe.
10. Esperar o sucesso cair do céu.
Analisando item por item, perceba se neste momento da sua carreira profissional você
está negligenciando algo em que precisa prestar mais atenção, corrigir erros e seguir
mais confiante para alcançar o tão desejado sucesso profissional. Afinal de contas, ele
acontece para quem suporta a pressão e se prepara muito bem para merecê-lo!
Não saia de casa para o trabalho sem ter as respostas para essas perguntas.
10 SEGREDOS DO SUCESSO
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11 PERGUNTAS QUE SOLUCIONAM PROBLEMAS
Lembre-se: as perguntas que deixamos de fazer também podem nos impedir de crescer.
A condição de gestor requer mais do que emitir orientações. Dentro de uma empresa,
um gestor deve conduzir sua equipe de forma a apoiá-la para conseguir resultados
coletivos e individuais. Isto já foi falado.
Mas, o que não fica claro e confunde muitos gerentes na hora “H” é: como apoiar na
prática? Um aperto de mão basta? Um voto de boa sorte? Um tapinha nas costas? É
óbvio que não.
Embora um aperto de mãos sincero seja importante e faça toda a diferença, apoiar é
prestar auxílio, é ajudar. Trata-se de uma etapa efetiva no processo de fortalecimento de
uma relação e, por isso, é crucial que seja feita com inteligência e definição. Darei aqui
quatro dicas simples que, pelas vezes que já as vi funcionar, deixam-me encorajado a
compartilhá-las.
Em seguida, pergunte: “O que você espera alcançar?”. Leve em conta, agora, a visão
particular que ele tem da área em si, dos clientes e dos representantes. Por esta questão
você avalia “se ele está” e “quanto está” engajado nos objetivos da viagem.
Em terceiro lugar, firme a sua posição de gestor e faça uma nova pergunta a ele: “Quais
problemas você calcula que irá enfrentar nesta visita?” Deixe-o falar livremente e
enumerar os possíveis obstáculos. Trate dos que forem reais. Elimine os que forem
imaginários, mas não sem antes escutar tudo o que o seu supervisor vê.
Finalmente, é chegada a hora de você colocar-se na sua real condição de líder. Pergunte:
“O que eu posso fazer para lhe ajudar?”. Ouça bem, e auxilie naquilo que for necessidade
real.
• O que fazer após dar apoio?
Muito bem, posso garantir que os 4 Passos realmente funcionam. Entretanto, uma
ressalva muito importante precisa ser feita, oferecer apoio não significa desempenhar
o trabalho que compete ao seu colaborador. Preste atenção e tome cuidado com isto.
Você jamais deve fazer pelo funcionário o que somente ele tem de fazer. É ponto
definitivo. Apoiar é sinônimo de ajudar, disponibilizar recursos extras para fortalecer
uma determinada ação em que ele pode vir a ter dificuldade. Não significa livrá-lo de
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enfrentar as dificuldades que só a ele cabem superar.
Vamos seguir adiante. O colaborador já executou a tarefa sobre a qual você o apoiou.
O que fazer agora, quando ele retorna com os resultados? É hora de avaliação. Verifique
se ele conseguiu os resultados que planejava alcançar. Se sim, mensure, ou seja, saiba
objetivamente que sucesso foi este. Se não, calcule – também objetivamente – quanto
ficou distante do alvo calculado.
Estas avaliações são fundamentais para você saber quanto o seu colaborador está
conseguindo planejar e pôr em prática as ações. Se, as visões que ele tem, correspondem
com frequência ao que estabelece, cabe a você reconhecer seu sucesso e garantir que ele
progrida em sua carreira.
Caso você constate ser ele um míope, treine-o, desenvolva-o e verifique se sua visão
evolui. Caso nada mude, mude-o, isto é, substitua-o. Não gaste energia demais com
quem não responde a estímulos positivos de treinamento e desenvolvimento humano.
Ele não é seu filho para que você o suporte pelo resto da vida. Há outros profissionais
no mercado em quem vale investir para se conseguir uma equipe de campeões.
Acostume-se a dar apoio, e em breve, você terá uma fila de pessoas querendo trabalhar
com você.
Encontrei uma lista muito interessante de cinco coisas em comum que pessoas que se
definiam como felizes compartilhavam.Veja:
1. Relacionamento: ser um participante ativo em muitas redes de relacionamento
(chamadas de “comunidades”) tanto sociais quanto profissionais.
2. Alto nível de empatia: ou seja, não ser apenas um participante ativo das redes
de relacionamento, mas relacionar-se com as pessoas dessas redes de maneira
construtiva e positiva.
3. Alto nível de expressão pessoal: música, pintura, oratória e literatura são as
principais.
4. Gratidão e doação: agradecer pelo que se tem e dar de volta, ajudando a quem
precisa.
5. Crença: articular e acreditar que existe uma missão maior na sua vida.
Outra lista muito interessante foi feita por uma enfermeira australiana, Bronnie Ware,
a qual lançou recentemente um livro sobre suas experiências com pacientes terminais,
pessoas sem chance de se recuperar das doenças e que sabiam que poderiam morrer
a qualquer momento. São os cinco arrependimentos mais comuns das pessoas à beira
da morte:
1. Não ter tido coragem para fazer o que realmente queria fazer, em vez de fazer que
esperavam que fizesse.
2. Ter trabalhado tanto.
3. Não ter tido coragem de falar o que realmente sentia.
4. Não ter retomado o contato com os amigos.
5. Não ter sido mais feliz.
Não acredito que exista a “fórmula mágica da felicidade”, mas essas duas listas parecem
ser realmente universais. E você, se fosse incluir algo na sua lista da felicidade, o que
colocaria?
1. Histórico – A informação é o elemento mais precioso que você pode ter quando se
relaciona com os clientes, concorda? Se você não registra detalhes importantes da
negociação, corre o risco de perder um cliente por falta de organização. Monte um
histórico detalhado das visitas, dos clientes antigos e de todos os contatos, depois,
desenvolva uma estratégia para fechar cada negociação.
2. Mente – Mande para bem longe todos os pensamentos negativos antes de sair para
o trabalho. Assim como você limpa a sua casa deixando-a bem perfumada, a sua
mente precisa ser higienizada com pensamentos positivos e vencedores para que o
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seu dia seja contemplado com novas conquistas.
3. Disciplina – Acordar cedo, planejar o dia, cuidar da imagem, chegar no horário
marcado com o cliente, ter foco nas metas, buscar autoconhecimento diário,
prometer e cumprir, essas e outras atitudes tornam você um vendedor de sucesso,
por isso, faça o que tem de ser feito, evite procrastinar e, no futuro, você estará
colhendo frutos maduros e saborosos.
4. Paixão – Faça o seu trabalho com satisfação e carinho, pense no dom que você
recebeu, a sua essência é única e ninguém pode roubar esse tesouro. Há quanto
tempo você não pensa nisso?
5. Comemoração – Quando atingir uma meta, mesmo que em sua concepção ela seja
pequena, comemore, vibre, divida essa vitória com as pessoas da sua confiança.
Essa atitude vai aumentar o seu entusiasmo, deixando você sempre automotivado.
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otimismo na hora de atender o cliente.
4. Sensação de conquista – Essa é a mais prazerosa sensação que o vendedor pode
experimentar, é quando o seu trabalho é coroado com a conquista de um novo
cliente e todo o seu esforço é recompensado. Então, vibre quando isso acontecer,
mas depois que você sair da frente do cliente, combinado?
5. Sensação de determinação – Colocar foco nas prioridades e usar a concentração
são muito importantes para não se desviar do caminho a ser percorrido. Portanto,
mesmo que apareçam muitas rejeições, não desanime. Pense apenas no cliente
que irá dizer um sim, a sua motivação vai permanecer em alta e a sensação de
determinação aumentará a cada visita.
Se você tiver essas convicções, se acreditar e vivê-las, pode ter certeza de que sua carreira
estará sempre em melhoria constante e incessante, porque creio que a felicidade e o
sucesso vitalício estão nessa melhoria contínua.
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arsenal sucateado por novas armas de conquista, e uma delas é, sem dúvida, um
cumprimento adequado.
4. Carinho é bom, mas nem tanto – “Meu bem”, “meu amor”, “querida”, “anjo”,
“flor”, “fofa”, “bacana”, “doutor”, “irmão”, “amigo”, “colega”… ai!, chega a doer
nossos ouvidos. Essas expressões muitas vezes transmitem falsidade e pouco
profissionalismo. Chame o cliente pelo nome: é mais fácil, prático e torna o
vendedor um ser genuíno.
5. Faça perguntas inteligentes – Para descobrir do que o cliente precisa, basta
perguntar-lhe. Porém, tais perguntas precisam ser feitas de maneira natural.
O cliente não deve se sentir ameaçado, como se estivesse em um interrogatório
policial. Use perguntas abertas, por exemplo: “Qual tipo de sapato você prefere?”;
“Qual marca você costuma usar?”. E também faça perguntas fechadas, como: “É
para você ou é para presentear?”; “A pessoa para quem você está comprando gosta
de brincos grandes ou pequenos?”.
6. E se o cliente estiver só olhando? – Se esse for o caso, qual é o problema? As lojas
estão com as portas abertas para o cliente ter a liberdade de entrar e sair quando
quiser. Se não fosse assim, colocaríamos grades, portas blindadas com interfones,
seguranças armados nas lojas, e só entraria nelas quem realmente fosse comprar.
Mas, como as coisas não são assim, deixe o cliente olhar, tocar, experimentar e,
se não levar, isso é um direito dele. O mínimo que você, vendedor, deve fazer é
entregar um cartão seu ou da loja, agradecer-lhe a visita e colocar-se à disposição
para novas consultas. Fazer cara feia, abandonar o cliente e desfazer-se dele é um
comportamento muito infantil e um convite para que ele jamais volte à sua loja.
7. Cuidado, a última impressão é a que fica – Despedir-se do cliente, desejar-lhe
um bom Carnaval, um excelente fim de semana, um bom feriado e agradecer-lhe
pela compra é, no mínimo, elegante e educado. Dependendo da situação, deve-se
ajudá-lo a levar as compras até o carro, encaminhá-lo corretamente ao caixa e/
ou entregar o produto nas mãos dele. Cabe ao caixa entregar o troco, o cartão
e o carnê nas mãos do cliente, e não simplesmente jogá-los no balcão. O cliente
percebe essas delicadezas e se torna fã da loja.
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não pedindo indicações, então você não tem certeza de quão bom é o trabalho
que está fazendo. Empresas que são lembradas sempre pedem indicações, não
simplesmente para fazer novos negócios, mas também para oferecer a outras
pessoas o que de bom elas têm ou fazem”, acredita Jantsch.
OS 7 SENTIDOS DA MOTIVAÇÃO
1. Sentido de desafio – Trace desafios diários, semanais, mensais e anuais, essa é uma
excelente fonte de inspiração para você alcançar os seus objetivos.
2. Sentido de vitória – Todos querem vencer, mas apenas alguns conseguem. A
vontade de se preparar para vencer deve ser “superior” à vontade de vencer.
3. Sentido de sucesso – Esse é o sentido mais complicado de dominar, porque você
deve senti-lo antes mesmo de alcançá-lo. Mentalize com entusiasmo tudo aquilo
que você deseja, procure sentir isso acontecendo no campo mental e o sucesso
baterá na sua porta, você está preparado para recebê-lo?
4. Sentido de família – A fonte mais rica para você recarregar as pilhas é seus familiares,
eles estão sempre torcendo por você. Pare de falar um pouco de trabalho, ofereça
mais atenção, relaxe e mostre a importância deles em sua vida.
5. Sentido dos motivos – Determine os principais motivos que fazem você levantar
diariamente para trabalhar, por exemplo: ser o número um em vendas, fazer a
faculdade de gestão, conquistar novos clientes, programar as férias, ser um pai
(uma mãe) melhor, etc. O importante é você tê-los por escrito e lê-los todos os dias
antes de sair da cama.
Qualidades de vencedores
“Autoestima nada mais é do que acreditar em sua capacidade de fazer aquilo
que se propôs. Motivação é a capacidade de colocar em prática suas ideias,
independentemente das adversidades ou dificuldades.”
Luís Alves, personal coach
“Nós todos vivemos sob o mesmo céu, mas não temos todos o mesmo horizonte.”
Konrad Adenauer – político e chanceler alemão (1876-1976)
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28 19ª Convenção Unifort 2012 | Evoluir para Crescer
Dicas de Ouro Para Ser Um Bom Vendedor
ARTIGOS
Ser criativo
e audaz : Ser criativo
significa ter jogo de
cintura para transpor
certos obstáculos.
Audácia significa coragem
e força de vontade para
transpor esses mesmos
obstáculos.”
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A ÁGUA DA VIDA
A água da vida é uma fábula dos Irmãos Grimm que conta a história de um rei que
adoece. Seus três filhos, todos príncipes, ficam preocupados com a saúde do pai já
idoso, mas dos três irmãos, os dois mais velhos são egoístas e prepotentes. Somente o
mais jovem é bom.
Certo dia, um velho sábio, vendo os três irmãos em silêncio no jardim do palácio,
diz: “Ah, eu sei de algo que pode curar seu pai: a água da vida”. O mais velho pensa
imediatamente: “Se eu trouxer essa poção mágica, papai certamente me fará rei e não
terei de compartilhar o reino com meus irmãos”. Em seguida, manda preparar seu
cavalo e sai em busca da tal poção mágica.
Logo, encontra um duende que lhe pergunta: “Aonde vai com tanta pressa?”. “E o que
você tem a ver com isso, seu pequeno feioso?”, responde o príncipe, que sai a galope,
deixando-o para trás. O duende, furioso, roga uma praga e o príncipe se perde em uma
floresta próxima. O caminho começa a ficar cada vez mais estreito, até que termina – e
o príncipe fica preso, sem poder se virar nem ir para frente ou para trás.
Enquanto isso, os irmãos que ficaram no palácio começam a se preocupar com a demora
do príncipe mais velho. Então, o segundo irmão decide partir em busca da água da vida
(secretamente, pois também queria ser o primeiro a encontrá-la para poder virar rei).
Logo, encontra o mesmo duende, que lhe faz a mesma pergunta. Arrogante como o
irmão, também responde de maneira mal-educada e acaba preso da mesma forma.
Obviamente, o terceiro irmão também precisa sair para a aventura (do contrário, a
história não teria graça). Como já é previsível, ele, bondoso, também encontra o
duende, mas, em vez de debochar de sua feiura, desce do cavalo e conta sua história.
Admite que não tinha a mínima ideia de aonde estava indo, só sabia que precisava
encontrar a água da vida. O duende (surpresa!) diz que sabe onde fica a água da vida e
lhe aponta o caminho.
Vamos ficar com os ensinamentos finais sobre como lidar com as dificuldades da vida:
metas claras, humildade para aceitar conselhos, iniciativa, persistência e criatividade
para superar os desafios.
Você é líder de vendas e não está satisfeito com o índice de fechamento da sua equipe?
Você é consultor de vendas e não entende a razão da sua taxa de conversão não ser
melhor? Você é empresário e deseja otimizar a taxa de fechamento de vendas?
Caso tenha respondido “sim” para alguma das questões acima, recomendo que leia com
atenção este artigo, pois ele poderá lhe trazer grandes benefícios. Muitos gestores não
entendem como consultores de vendas experientes não conseguem ótimas taxas de
fechamento. Muitos vendedores fogem deste assunto e, quando ele é inevitável, passam
horas a fio pensando em uma explicação convincente.
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• Ter um modelo de fechamento e treiná-lo com rigor.
• Vender valor, e não descontos.
• Após cada negociação, refletir sobre os pontos que precisam ser aprimorados.
Seguir as dicas acima pode não garantir o seu sucesso no fechamento das vendas, mas
ignorá-las será fracasso na certa. Pense nisso!
O que você mais valoriza, a convicção ou o interesse? Se tivesse que optar entre os dois,
qual escolheria? Pois saiba que uma pessoa com forte convicção fará mais do que uma
centena de pessoas que só tenham interesse. O compromisso é a chave para realizar
projetos e vencer, mas a convicção quase sempre precede ao compromisso.
Veja, por exemplo, quando nos convencemos de que estamos vendendo um produto
maravilhoso, o que acontece? Normalmente, o nosso comportamento, linguagem
corporal, inflexão da voz, expressões faciais e tudo mais comunicam a perspectiva de
que acreditamos, fervorosamente, que estamos oferecendo algo de valor. Provavelmente,
o cliente não vai comprar em virtude da descrição do produto ou serviço, mas da
convicção do vendedor a respeito daquilo que está oferecendo.
A convicção é uma persuasão íntima que precisa ser desenvolvida como qualquer outra
habilidade. Daí, vale lembrar que os nossos sentimentos são transferíveis, logo, tanto a
coragem quanto a convicção podem ser transferidas. Quando, por exemplo, o professor
acredita fervorosamente na sua mensagem, acaba transferindo as suas crenças ao aluno.
Há um conhecido ditado popular que revela: “Muitas pessoas têm ido muito mais longe
do que pensavam que podiam porque alguém pensou que podia”.
Portanto, precisamos lembrar sempre que a nossa confiança nasce da convicção, que
permite adquirir novos conhecimentos e habilidades capazes de desenvolver em nós
sentimentos de vencedores. Então, treine “vender” as suas convicções aos seus colegas
de trabalho, amigos e a todos aqueles que estiverem à sua volta, pois agindo assim
estará treinando a sua capacidade de influenciar e conquistar admiradores à medida
que pavimenta seu caminho para o topo.
Alterar, transformar, modificar, deslocar e variar. Todas essas palavras podem ter o
mesmo significado de mudar, o qual é ainda o verbo mais usado no diálogo corporativo.
Mudar processos, atitudes, produtos, conceitos, tecnologias... xiii, lá vem confusão.
Mudar não é fácil, e mais difícil ainda é descobrir a hora certa de fazer e como fazê-lo.
Vejamos esses pontos com um pouco mais de atenção e como utilizá-los em favor da
As pessoas até são bacanas, mas a empresa… Neste caso, creio que os seus valores
não são condizentes com os de sua empresa. O seu pique, sua forma de atuar e seu
grau de competitividade não estão no mesmo patamar. Sendo assim, você deve pensar
seriamente em uma nova colocação, mesmo porque a tendência é que o grau de
insatisfação só aumente, e a cultura da empresa não irá mudar só para atendê-lo.
Creio que mereço mais. Há quanto tempo você está no mesmo cargo? Há quanto
tempo não recebe uma promoção? Pois é, se faz muito tempo, está na hora de tentar
começar a galgar novos postos no trabalho. Descubra, na empresa, se existem cargos
em aberto para os quais você possa se candidatar, ou tente negociar um aumento no
seu salário ou algum tipo de premiação ao atingir metas. Também está na hora de se
preparar para ter aquela conversa com seu chefe e ter uma visão mais clara sobre como
conduzir a carreira dentro da empresa. Peça um feedback e busque orientação de um
coach ou mentor. São ações que sempre podem ajudá-lo. Outra opção é buscar uma
nova atividade em conjunto com seu trabalho. Ser sócio de alguma empresa, dar aulas
em alguma faculdade, enfim, buscar outras opções que possam aumentar a sua renda.
Mudar não é fácil, exige muita análise, percepção e também crença na intuição.
Não mude apenas por mudar. Normalmente, antes de a mudança estar efetivamente
implementada e de a situação melhorar, temos a sensação de que tudo piorou. Não se
assuste e tenha a convicção de que a mudança irá trazer benefícios.
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POR QUE MUDAR?
Quando falamos em mudança dentro de uma empresa, pode significar desde uma
alteração de posição no mercado em que ela está inserida, mudanças em sua função
social, modificação em seu direcionamento estratégico com possível alteração em sua
missão, até uma mudança em sua cultura, com reavaliação de seus valores e práticas em
diferentes níveis de autoridade e responsabilidade.
1. Ter objetivos bem definidos – Só desta forma sabemos exatamente o rumo que
queremos dar às nossas vidas e, consequentemente, o que precisamos fazer para
chegar lá.
2. Ser ambicioso e ajudar os clientes a satisfazer as ambições – Ambições são sonhos
que precisam ser realizados. O profissional de vendas precisa sonhar e ajudar seus
clientes a também concretizá-los.
3. Gostar do que faz – Esta é a grande diferença entre o bom e o mau profissional.
Quem, na sua opinião, entrega-se mais a uma causa: aquele que por ela sente amor
ou quem a executa por não ter nada mais a fazer?
4. Conhecer – Estamos em plena era do conhecimento. Cada vez mais, as pessoas de
35
modo geral, e de forma muito especial os profissionais de vendas, valerão pelo que
sabem e pelo que são capazes de fazer com o que sabem.
5. Gostar de se relacionar com gente – Vender é puro relacionamento. Clientes gostam
de respeito e atenção. Eles dividem seus salários com os diversos vendedores que
satisfazem suas necessidades.
6. Ser criativo e audaz – Ser criativo significa ter jogo de cintura para transpor certos
obstáculos. Audácia significa coragem e força de vontade para transpor esses
mesmos obstáculos.
7. Ser capaz de evoluir de acordo com o mundo que o cerca – Por que ainda há
vendedor que não utiliza o computador e os meios de comunicação para estreitar
o relacionamento com os seus clientes? Por que lutar contra a evolução? O que
seríamos se não tivéssemos evoluído? Macacos? Ou, no máximo, homens da
caverna?
8. Assumir responsabilidades – O bom profissional não tem hora. Deve estar sempre
disponível para atender seus clientes e resolver seus problemas. Por outro lado,
precisa assumir a responsabilidade pelo que promete e entrega. Para muitos
vendedores, os problemas terminam quando entregam o produto ao cliente. Mas,
para o cliente, muitas vezes é a partir daí que começam seus problemas.
9. Ter visão empresarial – As pessoas que apenas fazem aquilo para o qual são pagas
não merecem o que ganham. É preciso ir além, vestir a camisa, estar comprometido
com os resultados globais da empresa, sugerir, participar, dar ideias e trabalhar em
equipe.
10. Ser capaz de pensar – A diferença entre um bom e um mau profissional é que o
primeiro pensa e o segundo não. É comum ver profissionais de vendas agirem
exatamente da mesma forma, qualquer que seja o cliente. Pensar significa analisar
o cliente e suas necessidades, definir a melhor forma de com ele se relacionar para,
enfim, tomar a decisão correta.
Os vendedores influentes atraem facilmente a atenção das pessoas à sua volta. Eles
andam de maneira decidida, falam “para fora”, pronunciam corretamente as palavras e
demonstram segurança.
Então, não passe despercebido, conquiste mais clientes utilizando como principal
ferramenta de vendas a sua presença marcante. Sucesso!
AUTOMOTIVAÇÃO
Quando falamos em motivação, podemos pensar nela sob diferentes pontos de vista,
pois nenhuma palavra ganhou tanto espaço no mundo corporativo, nos últimos anos,
quanto essa. Aqui na VendaMais, definimos motivação como a grande força propulsora
do comportamento humano, tanto na esfera pessoal quanto na profissional.
As pessoas são motivadas a agir e obter resultados pela vontade de satisfazer seus
próprios desejos e suas necessidades, ou seja, o potencial motivacional está em cada
um. É por isso que você já deve ter ouvido muito que ninguém motiva ninguém – e
isso é a mais pura verdade!
Então, enquanto líderes têm como uma de suas principais atribuições fazer o possível
para motivar suas equipes, os profissionais de sucesso desenvolvem sua automotivação;
afinal, se ela está dentro de cada um, ninguém melhor que você mesmo para dar um UP
em seu astral e vender mais, não é mesmo?
É claro que os benefícios concedidos pela empresa, sejam eles tangíveis ou não,
motivam seus profissionais, mas há pequenas coisas que muitas pessoas fazem e que as
ajudam a manter-se automotivadas, como: ler livros que não têm nada (ou têm tudo)
a ver com suas ocupações; ficar um fim de semana isoladas dos outros para pensar e
refletir sobre a vida; sair da “zona de choque” e fumar um cigarro (não recomendo isso,
mas sei que tem gente que faz!); tomar um banho mais longo e relaxante ao chegar em
casa; ou mentalizar um mantra sempre que a situação estiver difícil.
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CLÍNICA DE VENDAS
O processo é bastante simples e nos leva a uma análise das questões que impedem um
melhor desempenho da companhia.
Leia com atenção e anote os itens que considera aplicável à atual situação de sua
empresa:
• Precisamos encontrar mais clientes.
• Precisamos melhorar a abordagem de vendas com nossos clientes e prospects.
• Precisamos aprender mais sobre nossos clientes e prospects.
• Precisamos usar o que sabemos sobre nossos clientes e prospects para melhorar
nosso processo de venda.
• Precisamos reduzir o ciclo de nossas vendas e evitar estocagem.
• Precisamos vender mais determinados produtos aos nossos clientes.
• Poderíamos vender mais se nossos vendedores estivessem mais bem preparados.
• Poderíamos vender mais se nossos vendedores pudessem contatar as pessoas
certas nas empresas.
• Precisamos aprender mais sobre o mercado para que o potencial de nossa equipe
seja melhor aproveitado.
• Precisamos aprender mais sobre nossos produtos.
• Nossos vendedores não estão preparados para fazer previsões de vendas para
períodos maiores que 15 dias.
• Nossos clientes costumam encurralar nossos vendedores com frequência.
• Costumamos perder oportunidades de negócios porque nosso time de vendas
apresenta falhas na comunicação e coordenação de suas tarefas.
• Os novos vendedores que contratamos se mostram mais informados e têm
apresentado desempenhos superiores aos antigos.
Cada item selecionado mostra um problema a ser resolvido.
Para cada item que você escolher, deverá buscar respostas para as seguintes perguntas:
• Por que essa situação se apresenta dessa forma?
• Qual é a solução proposta?
• A quem será delegada a tarefa de solução do problema?
• Quando as medidas serão tomadas?
• Como serão conduzidas?
• Quem fará o monitoramento?
A identificação dos problemas e o encaminhamento das soluções vão fazer com que
sua empresa tenha mais determinação na conquista de resultados melhores. Você pode
mudar a sua empresa com atitude, portanto, mãos à obra.
Caso essa seja também a sua posição, sugiro que repense o seu ponto de vista. Como
profissional de vendas com quase quatro décadas de experiência, posso afirmar que o
grande culpado pela falta de vendas pode estar entre a sua própria equipe.
Não está convencido? Então, como você explica o fato de que, confrontados com
as mesmas condições econômicas e mercadológicas, alguns dos seus vendedores
raramente dão descontos, enquanto outros dizem só ser possível vender concedendo o
máximo de benefícios para os clientes?
Como explicar que alguns dos seus melhores vendedores, diante do cliente, são
capazes de defender a proposição de valor, enquanto outros juram que, se não tivessem
concedido o desconto máximo, o negócio teria sido perdido?
Os líderes de vendas precisam se conscientizar de que sua meta é garantir que a empresa
venda mais e com mais freqüência para muitas pessoas. Além disso, diante de queda do
número de vendas, em vez de pedir à equipe que encontre novos caminhos para reduzir
os custos, o líder deve solicitar a ela que descubra meios de vender mais e melhor.
O verdadeiro líder de vendas não se preocupa tanto com as razões pelas quais o
mercado está mais competitivo. Em vez disso, ele concentra suas energias e as direciona
para desenvolver novas estratégias de prospecção de negócios, elevar o faturamento e,
com isso, lucrar mais.
É preciso, também, ter uma boa “inteligência de negócios” e treinar a equipe para
identificar oportunidades e atuar com otimismo e motivação. Conscientize o vendedor
de que a capacidade de vendas dele é do tamanho de suas crenças e possibilidades.
Gerir uma equipe de vendas pode parecer simples, mas nem sempre é, pois requer muita
disciplina e capacidade de interagir com as pessoas. Muitos líderes concentram-se no
desenvolvimento de melhores estratégias e se esquecem daqueles que irão executá-las.
Além disso, considere que a atitude em vendas sempre conta muito. Quando foi, por
exemplo, a última vez que você reuniu a sua equipe para encontrar novos caminhos
de venda e avaliar desempenhos? Uma avaliação inteligente e sincera da equipe pode
trazer benefícios para o esforço individual e coletivo. É possível que isso provoque
alguma inquietação, mas também proporcionará reflexões importantes para elucidar
questões como estas:
• Até que ponto os melhores vendedores estão dando uma real contribuição para
os lucros?
• Os vendedores novatos estão evoluindo satisfatoriamente?
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• Os clientes (inclusive os de menor potencial de compras) estão recebendo a devida
atenção dos vendedores?
• A equipe está prospectando clientes ou apenas atendendo àqueles que a procura?
No corre-corre diário nem sempre paramos para pensar no assunto. Vejo alguns
empresários se queixarem de que as vendas da empresa estão em baixa e, quando
pergunto o que eles têm feito para reverter o quadro, quase por unanimidade
respondem: “Estou baixando os preços para ver se faço caixa para pelo menos empatar
no fim do mês”.
Entendo que cada caso é um caso, porém, acho um ato simplista apenas baixar preço,
acredito que outras atitudes podem ser tomadas, por exemplo:
• Melhorar o astral da empresa.
• Fazer uma pesquisa de satisfação com seus principais clientes.
• Promover campanhas inteligentes que chamem atenção da sua clientela.
• Treinar sua equipe de frente para melhorarem o desempenho.
• Investir no layout e no site da empresa.
Essas são apenas algumas atitudes que você pode tomar sem que necessariamente
precise derrubar os preços dos seus produtos ou serviços para aumentar as vendas.
Portanto, mãos à obra. Ficar de braços cruzados não vai adiantar em nada.
Todas as situações em nossas vidas têm no mínimo dois lados. Um positivo e outro
negativo. Como percebemos, e mais do que isso, de que maneira lidamos com elas é
que fará toda a diferença.
Crises representam momentos especiais para renovação, para se desfazer do velho que
não funciona mais e para que surja o novo. Podemos olhar a situação sendo vítima das
A questão não é a crise, senão o que fazemos com ela. Que aprendizado podemos tirar
desses momentos.
Comparo crises com as dores de cólicas. São cíclicas e fazem parte da vida. A pior é
sempre aquela que a gente está vivendo agora. As que já passaram já foram superadas,
bem ou mal. Se o problema não tem solução, já está solucionado. Agora, se tem, vamos
arregaçar as mangas e começar a fazer. Ficar sentado, reclamando da vida e não fazer
nada, não vai mudar nada mesmo! É preciso ter coragem e AGIR.
Você poderá se sentir refém e imaginar que não pode fazer nada. Mas pode! Todos
nós podemos fazer alguma coisa, por mínima que seja para reduzir custos, melhorar o
ambiente de trabalho, propor melhorias, encontrar alternativas. A necessidade é mãe
da criatividade.
Outro dia mesmo, conversando com colegas, profissionais liberais, discutia-se a troca
de serviços entre eles. A ideia nem é nova, pois isso é escambo, e já era praticado na
idade média, mas era interessante para ambas as partes. Outra situação que vi, foi
reduzir o tempo de trabalho, sem demitir, o que permite que a pessoa possa se dedicar
a outras atividades no tempo que sobra e às vezes até melhora a qualidade de vida,
aumentar o convívio com a família e os amigos, geralmente prejudicado pela alta carga
de trabalho. Há muitas outras possibilidades surgindo. Negociações que antes pareciam
pouco prováveis de acontecer são boas saídas agora. Estamos falando de adaptação,
seleção natural. Viva Darwin!
Trabalho com pessoas há mais de 20 anos e posso garantir que as pessoas são capazes
de fazer coisas extraordinárias. Quando definem seus objetivos, investem suas
energias nesse propósito e acreditam que conseguirão, perseguem seus objetivos
obstinadamente. A paralisia acontece diante do medo. O medo, portanto, é seu maior
inimigo, não a crise. A crise está fora e o medo está dentro.
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estamos diretores, estamos supervisores). Rever a questão do ser/ estar, pois as
pessoas costumam se esconder sob seus papéis sociais e muitas vezes transformam
o papel profissional no único papel a ser desempenhado na vida.
• Entrar em contato com a humildade para reconhecer que novas oportunidades,
mesmo que muito diferentes das que já foram vividas são chances para aprender e
conhecer coisas e pessoas novas.
• Estar mais aberto a rever paradigmas. Problemas novos ou antigos, hoje, exigem
soluções novas e isso implica em sair da zona de conforto.
• Por isso, pense em que lugar você deseja estar nessa hora de grandes chances. Se
como vítima reclamando que o mundo está difícil e que o melhor é esperar para ver
como fica, ou ser agente e participar desse grande movimento de transformação
e de revisão da nossa sociedade contribuindo com o melhor que você tem para
tornar nosso mundo e o seu cada vez melhor. Não esqueça, depois de pensar,
comece a agir. Pensar sem agir é devaneio, não muda nada!
Mãos à obra!
Se o que determina o sucesso de uma empresa é ter funcionários alocados onde rendem
mais, podemos analisar, pelo estudo da Catho, que as empresas estão errando no
primeiro processo: o da contratação.
Então, como contratar a pessoa mais indicada para um determinado cargo? Primeiro,
Todo mundo, sem exceção, deixa um rastro na vida. Esse rastro do passado dá
indícios fortes sobre as tendências futuras. Por isso, se você é a pessoa responsável
pela contratação, coloque uma lupa no histórico dos candidatos. Faça as perguntas
relevantes, verifique as respostas e as chances de acertar aumentarão muito. Com oito
perguntas básicas, você já terá uma noção do rastro do candidato. São elas:
1. Resuma sua vida até os 18 anos de idade.
2. Resuma sua vida dos 18 anos até hoje.
3. Descreva seu histórico escolar.
4. Quantos empregos teve? Por que saiu de cada um deles?
5. Você já foi promovido? Explique os porquês.
6. Que trabalhos voluntários fez? Descreva-os.
7. Descreva seus pontos fortes.
8. Descreva seus pontos fracos.
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de modelos, ideários e impressões.
• O contexto – Em muitas de nossas falas, deixamos de maneira subliminar uma
série de valores e emoções. Costumamos passar preconceitos (todos nós temos
alguns, de uma forma ou de outra), crenças, costumes sociais, preferências, etc.
Isso tudo acontece comigo, com você, com nossos amigos, inimigos, ou seja, com todas
as pessoas. E, todos nós, em maior ou menor grau, percebemos esses elementos de
comunicação mais ou menos como se houvesse quatro pessoas em uma conversa de
duas. Dá impressão de que há um cara comigo dentro da minha cabeça e outro com
a pessoa com a qual acontece a conversa. Portanto, uma comunicação fica melhor se
“fecharmos” a quatro. Todo ser humano é um comunicador por natureza, logo, quanto
mais elementos aprender a utilizar, melhor ele conseguirá ser.
Em uma visão geral, sabemos que o mundo globalizado está forçando o profissional
moderno a estar em constante evolução. Não há mais espaço para “reclamadores de
plantão”. O mercado de trabalho, hoje, principalmente na área de vendas, está exigindo
profissionais altamente qualificados e comprometidos com a função que exercem.
Segundo pesquisas, cerca de 60% das micro e pequenas empresas fecham suas portas
após o terceiro ano de existência. Mesmo assim, o sonho de muita gente é ter o seu
próprio negócio.
Administrar uma empresa não é tão fácil como se imagina, pois requer bem mais do
empresário do que apenas abri-la e esperar que as coisas fluam naturalmente. Por falta
desse conhecimento é que muitas delas morrem cedo.
Relacionamos, a seguir, alguns motivos, entre os vários, que levam uma empresa a
encerrar precocemente suas atividades:
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também? Ter vendedores despreparados é uma ótima maneira para atender mal e
perder vendas e clientes.
Não cumprir com as promessas feitas: prometer muito e fazer pouco é um péssimo
negócio, mas, infelizmente, isso não é tão incomum em muitas empresas. Mesmo assim,
elas ainda falam em fidelizar clientes. Há, no mercado, empresas que são especialistas
em frequentar órgãos de defesa do consumidor, por não atenderem às reclamações dos
seus clientes.
Vender nas redes sociais. Você acha que isso é possível? A gente tem certeza de que
sim. Tanto que nos especializamos no assunto para preparar o mais novo produto da
Quantum, a newsletter Expert.
Mas isso é outro assunto. O que importa agora é ajudá-lo a dar o pontapé inicial na
atuação da sua empresa em duas das redes sociais que mais crescem no Brasil: Twitter
e Facebook. Para isso, preparamos cinco dicas básicas, mas muito importantes nesse
momento inicial. Acompanhe:
1. Faça um planejamento – Defina metas, crie regras de postagem e estabeleça
critérios para tudo o que for feito dentro do seu perfil corporativo nas redes sociais.
É o primeiro passo para que o trabalho no Facebook e no Twitter traga retorno
financeiro para sua empresa.
2. Preocupe-se com os mínimos detalhes – Criou seu perfil no Facebook e no Twitter
e já quer começar a falar tudo o que tem para dizer? Calma! Antes disso, preocupe-
se com o visual da sua página. Coloque sua logo na foto do perfil, faça um fundo
simples e direto – com sua marca, site e outros contatos (nas redes sociais ou não)
– e só então “ponha a boca no trombone”.
3. Leve o trabalho a sério – Quando entrar nas redes sociais, engaje-se nelas. Se você
quer fazer um trabalho eficiente, não adianta postar algo hoje e só lembrar das
redes sociais de novo na semana que vem. Vale muito a máxima: “Quem não é visto
não é lembrado”. Você pode perder seguidores no Twitter e deixar de conquistar
fãs no Facebook abandonando (mesmo que temporariamente) sua conta.
4. Não exagere – Twittar ou postar no Facebook tudo o que vê pela frente também
não é uma boa prática. Seus seguidores e leitores (seus clientes!) podem (e vão)
considerá-lo spammer a partir do momento que só virem você em sua timeline
(como chama a página com os tweets das pessoas que você segue) ou na sua página
inicial do Facebook.
5. Cresça devagar e com qualidade – É melhor demorar para ter uma base grande
e constituí-la de forma mais “honesta” (postando informações interessantes para
É possível que alguns, entre nossos leitores, conheçam esta narrativa que me foi
mostrada há pelo menos uns dez anos e, com sinceridade, não me perdoaria se deixasse
de compartilhá-la com todos. Mesmos com os mais novos que, um dia, desejamos,
serão mais velhos. E poderão ser os melhores entre os brasileiros! Vamos à história:
Logo depois de se apresentar aos alunos, no primeiro dia de aula o professor pediu-lhes
para indicar alguém da nova classe que ainda não conhecesse. Um deles levantou-se
para, de pé, olhar ao redor. Nesse momento, sentiu uma mão suave tocando no seu
ombro. Olhando para trás, viu uma pequena senhora, velhinha e enrugada, estampando
um largo sorriso, parecendo que algo radiante iluminava todo o seu ser, e disse: “Ei,
bonitão. Meu nome é Rosa. Eu tenho 87 anos de idade. Posso lhe dar um abraço?’’.
Sem hesitação, ela se aproximou e lhe deu um gigantesco apertão. Curioso, perguntou
em tom de brincadeira: “Por que você está no colégio em tão tenra e inocente idade?”.
No fim do semestre Rose foi convidada para falar no banquete de futebol, algo
tradicional na faculdade. Os alunos jamais se esqueceram do que ela lhes ensinou. O
evento se iniciou com a apresentação de Rose, agora vista como oradora. Aproximou-
se do pódio e começou a ler a sua fala preparada, porém, inadvertidamente, deixou
cair três das cinco folhas no chão. Frustrada e um pouco embaraçada, ela pegou o
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microfone e disse simplesmente:
“Desculpem-me, eu estou tão nervosa! Parei de beber por causa da Quaresma, pois o
uísque está me matando! Nunca conseguirei colocar meus papéis em ordem de novo,
então, deixem-me apenas falar para vocês sobre aquilo que eu sei”. Enquanto todos
riam, ela limpou sua garganta e começou:
“Nós não paramos de jogar porque ficamos velhos; nós nos tornamos velhos porque
paramos de jogar. Existem uns poucos segredos para continuarmos jovens, felizes e
conseguindo sucesso. Precisamos encontrar humor em cada dia. Precisamos ter um
sonho. Quando perdemos nossos sonhos, morremos. Há tantas pessoas caminhando
por aí que estão mortas e nem desconfiam! Há uma enorme diferença entre ficar velho
e crescer. Se você tem 19 anos de idade e ficar deitado na cama por um ano inteiro,
sem fazer nada de produtivo, você ficará com 20 anos. Se eu tenho 87 e ficar na cama
por um ano e não fizer coisa alguma, ficarei com 88. Qualquer um consegue ficar mais
velho. Isso não exige talento nem habilidade. A idéia é crescer sempre e encontrar
a oportunidade na novidade. Não tenham remorsos. Os velhos geralmente não se
arrependem por aquilo que fizeram, mas sim por aquelas coisas que deixaram de fazer.
As únicas pessoas que têm medo da morte são as que têm remorsos”.
Ela concluiu seu discurso cantando corajosamente, uma linda canção, “A Rosa”.
Finalizando, desafiou cada um para estudar poesia e vivê-la na vida diária. Ela foi até
o final do curso e, quando terminou o último ano, parece ter conseguido a felicidade
completa, recebendo seu diploma irradiando alegria e entusiasmo. Uma semana
depois da formatura, Rose morreu tranqüilamente em seu sono. Mais de 2 mil alunos
da faculdade foram ao seu funeral, em tributo à maravilhosa mulher que muito pôde
ensinar, por meio do seu exemplo, assinalando que nunca é tarde demais para ser tudo
aquilo que cada um pode ser!
Quando você terminar de ler esta mensagem, pense nos seus dias de hoje, no que
faz e no que gostaria ou deveria fazer. Pense nos seus amigos e lhes envie este texto,
produzido em razão de uma pessoa que soube viver e desfrutar a vida. Certamente eles
realmente apreciarão!
Muitos alunos, que tiveram o privilégio de conhecer Rose, nela pensam com carinho e
não podem se esquecer das grandes mensagens que deixou. Guarde uma delas em sua
memória: ficar velho é obrigatório. Crescer é opcional!
Os velhos não se arrependem do que fizeram, mas do que deixaram de fazer na vida
Nos dias de hoje, quantos de nós ainda nutrem esses sentimentos que tínhamos daquela
época da infância? Quantos de nós ainda conseguem nutrir seus corações de ansiedade
positiva pelo novo desafio e o sentimento de satisfação de ter feito algo a contento, de
ter realizado alguma coisa importante de fato?
Com a morte de Steve Jobs, li em uma revista a seguinte frase de autoria dele: “Lembrar
que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me
ajudar a tomar grandes decisões. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que
eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está
nu. Não há razão para não seguir seu coração”.
Após a leitura, fiquei impressionado com a força que ele encontrou e, melhor ainda,
com que deixou-nos um imenso legado para que aprendamos.
Existem estudos que demonstram que as maiores tristezas dos seres humanos, no
momento dos seus epitáfios, não são as coisas que fizeram, e sim as coisas que deixaram
de fazer. Alguns lamentam os amores não vividos, outros as oportunidades perdidas
em nome da estabilidade.
A pergunta que acredito que devamos fazer a nós mesmos é: “Quanto estou disposto a
arriscar, de fato, para encarar um novo desafio em minha vida ou carreira?”.
Um velho tio me disse certa vez: “As oportunidades são como cavalos que passam em
nossa frente, nos quais cada um decide se monta ou não, porém eles não passam mais
de uma vez!”. Reflita: quantos “cavalos” já passaram na sua frente? Quais foram as suas
decisões em cada uma dessas oportunidades?
Não tenho a vivência e a inteligência de um homem como Steve Jobs nem a sabedoria
daquele tio, entretanto, estou tentando. Já “quebrei” por duas vezes por buscar as
oportunidades que surgiram. Em ambas as vezes, a “culpa” foi somente minha. Faltou
visão, faltou conhecimento e faltou vivência.
Hoje, depois de cada trabalho que realizo e vejo as respostas das pessoas, entendo que
cada dia que chorei, que cada dia que sofri valeu a pena. Foram apenas momentos de
crescimento e aprendizado que serviram para algo maior: meu próprio desenvolvimento.
Sei que ainda tenho muito a fazer para merecer reverência, entretanto aprendi uma
coisa: “É melhor arriscar e errar do que ficar no ostracismo da área de conforto!”
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PROSPECÇÃO
• 5 Passos para entender melhor o sistema de prospecção ideal para a sua empresa
Eis aqui cinco passos de prospecção que vão mudar dramaticamente o modo de pensar
da maioria dos vendedores e de seus gerentes, que parecem acreditar que vender
depende simples- mente de sentar-se na frente de qualquer um e aplicar técnicas
superiores e infalíveis de venda.
4. O objetivo de estreitar esses laços é criar condições para que os prospects queiram
se transformar em clientes. Neste ponto alguém pode perguntar: “Por que passar
por tudo isto? Por que não simplesmente efetuar a venda de maneira direta, e
pronto?”. Porque estamos falando de construir relacionamentos em primeiro lugar,
e não de vender. Vender é consequência da confiança de um cliente num vende-
dor. Uma vez que o relacionamento exista, o prospect quer se transformar num
cliente. Ele se torna um comprador motivado. Mas, mesmo assim, a venda deve
fazer sentido para o possível cliente.
5. Finalmente, você deve dar aos seus prospects a chance de se tornarem clientes.
Como prospectar
» Clientes inativos - São aqueles que não compram há algum tempo, dependendo do
produto vendido. Assuma essa carteira de clientes abandonados. Muitos vendedores
ficam à procura de novas empresas ou pessoas para visitar, quando existe uma
imensidão de clientes inativos.
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contar com o poder da influência pessoal é difícil passar credibilidade e capacidade de
soluções de seus produtos e da empresa. Estou falando de produtos e serviços que o
canal de distribuição é por meio de representantes ou vendedores externos.
» Visita - Aqui toda a atenção do cliente está voltada para o encontro, deixando a
situação ideal para influência pessoal e esclarecimento de dúvidas, sempre passando
credibilidade e poder de solução. Entretanto, existem desvantagens como o custo de
deslocamento, o tempo investido e a incerteza do resulta- do. Se houvesse garantia
de vender em todas as visitas, não seria necessário um profissional de vendas, bastava
mandar a campo apenas pessoas com conhecimento técnico. Mas de todas as formas
de encon- tro o mais eficiente do ponto de vista de percepção, influência e resultados
ainda é e será por muitos e muitos anos a visita pessoal.
1. Indicações
São a melhor maneira de você encontrar novos clientes. Sempre pergunte a seus clientes
atuais, ex- clientes e para o pessoal da sua empresa. Todo mundo tem um vizinho,
conhecido ou cunhado que pode usar o que você vende.
2. Associações
Todos os ramos têm suas associações de classe. Faça sua empresa entrar em uma.
Participe ativamente das discussões e projetos. Assim, sua empresa fica conhecida e
ganha o respeito dos seus possíveis clientes.
3. Cursos
Você participa de algum curso? Aulas de língua, de computação ou outro qualquer,
principalmente se for para executivos? Nesses ambientes, você encontra-se cercado
de prospects da melhor qualidade. E você não precisa nem estar presente em todos
esses cursos. Se você vende utilidades domésticas, por exemplo, faça uma mala direta
e promova uma parceria com o clube Tupperware local, por exemplo, para distribuí-la
(mala direta) às (aos) participantes.
4. Mídia impressa
Escreva para revistas técnicas, jornais e quaisquer outras que seu público possa ler.
Você poderá ter um grande retorno de possíveis clientes. Com uma grande vantagem:
meses depois de haver escrito algum artigo, você ainda poderá receber ligações de
prospects. Grande parte das pessoas coleciona revistas, ou seja, o que você escreveu
se torna um anúncio quase permanente. Se você não tem jeito para escrever, não se
preocupe. Comece escrevendo para as seções de “Cartas dos leitores” e, então, passe a
artigos.
5. Palestras
Sempre há alguém querendo ouvir sobre o seu ramo de atividade. Associações
comerciais, faculdades, Sebraes. Esses são alguns dos locais onde você pode se oferecer
para dar uma palestra e, de quebra, fazer sua propaganda. Essa ordem de fatores é
importante. Fale algo que seja do interesse da sua audiência. Faça disso a tônica principal
do seu discurso. Ninguém gosta de perder uma hora ouvindo um “comercialzão”. Dessa
maneira, você será convidado para falar em outros locais e encontrará mais prospects.
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outros. Pense na sua cidade. Você provavelmente poderá identificar cinco ou seis locais
para encontrar esse pessoal.
7. Leilões beneficentes
Procure doar seu produto ou serviço para leilões beneficentes. Além de você
desenvolver uma imagem simpática perante a comunidade, o vencedor se torna um
usuário superssatisfeito do que você vende. E vai falar do produto ou serviço para todo
mundo que ele conhece: “Ô, cara! Que bom te encontrar. Olha só o que eu ganhei no
bingo da Apae. Baita sorte, heim? A criançada adorou, vou ligar para você ver... Você
tem que arranjar um desses”.
8. Páginas amarelas
Mais óbvio impossível, não? Você recebe todo ano uma lista atualizada com nome,
endereço e telefone da grande maioria das pessoas que podem comprar o que você
vende na sua cidade. E já vem segmen- tado! Você só pega quem realmente interessa.
No espírito das páginas amarelas, fique de olho também na listagem de participantes
de feiras e simpósios. Ou vá até um site de busca na internet (tipo Cadê? e Surf ) e peça
para ele procurar seus prospects.
3. Rejeições
Bom, um prospect ao menos vai dizer não para você, um dia. É inevitável. A diferença
entre um vende- dor de sucesso e um tirador de pedidos é que o primeiro continua
acreditando no que vende e vai para o próximo prospect rapidamente. Isso não significa
que você não deva lutar para manter as objeções baixas. Qualifique bem seus prospects
para ter certeza de oferecer o item certo à pessoa certa.
5. Foque no cliente
Um verdadeiro profissional de vendas sabe que sua prioridade não é vender a qualquer
custo, é ajudar o cliente. Mostre a ele como usar o equipamento e, se a roupa não ficar
bem na cliente, diga a verdade. Inverta sua maneira de pensar. Não é que você está
precisando do dinheiro dos seus prospects. São eles que necessitam de sua ajuda.
Bala na agulha
É muito comum os vendedores cometerem erros na hora de calcular o poder de compra
daquele cliente. Algumas dicas para você:
E-mail a e-mail
Muitas vezes você envia uma informação relevante a seu cliente: textos, números,
descrição do produto, etc. Você pode fazer esse simples e-mail se transformar em uma
propaganda: simplesmente coloque no final, em destaque, seu nome, e-mail e telefone
e uma mensagem incentivando seu cliente a enviar aquele e-mail para outras pessoas
que possam o considerar útil.
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2. Pague o preço para ser o chefe
Do céu só cai chuva e avião sem combustível. É preciso pagar o preço do sucesso. E o
preço, muitas vezes, passa por terríveis sacrifícios pessoais, em que as pessoas precisam
abrir mão de uma série de confortos e comodidades, além de batalhar alucinadamente.
4. Seja um especialista
O mínimo que você pode ambicionar é ser o melhor em seu campo de atuação. Para ter
a chance de ser o melhor, você precisa dedicar toda a sua inteligência, esforço físico e
todos os demais recursos nesse sentido.
Aumentando o moral
Uma equipe feliz vende mais, não há novidade nisso. Algumas dicas para levantar o
moral dos vendedores:
1. Marque uma reunião para o final do dia em que o único item na agenda seja pipoca
e refrigerante.
2. Faça uma troca de frases motivadoras. Peça a cada vendedor para apresentar sua
frase preferida e ouvir as de seus colegas.
3. Experimente dizer “obrigado” mais vezes do que você normalmente diz.
4. Caso seus vendedores tenham filhos pequenos, peça que perguntem a gurizada o
que seus pais fazem. Algumas respostas vão ser engraçadas, outras farão pensar.
Mostre-se
Uma das melhores maneiras de espantar qualquer crise que apareça no seu caminho é
mostrar o que você faz. Há um antigo ditado que diz: “Quem é visto é lembrado”. Siga
essas dicas para melhorar a sua visibilidade:
1. Escreva e publique artigos: isso é mais fácil do que parece. Os grandes jornais
estão sempre correndo atrás de matérias interessantes. Escreva sobre seu trabalho,
algum fato interessante, algo que vocês fazem e que difere da maneira com que
outras pessoas fazem o mesmo serviço.
2. Fala aí: da mesma maneira, ofereça-se para dar aulas em faculdades e cursos
profissionalizantes, ou em cursos e simpósios profissionais. As pessoas que fazem
isso adquirem na hora um status mais profissional do que os outros.
3. Vá atrás dos clientes: falar com seus antigos clientes vai lhe trazer inúmeros
benefícios. Você poderá ver o quanto eles gostaram de seu serviço, o que pode ser
melhorado, se você pode resolver algum problema dele ali mesmo. E, mais do que
tudo, ele pode lhe indicar um conhecido que possa precisar do que você vende.
Seus clientes são um documentário vivo da sua carreira e garantia de negócios
5. Ache seu espaço: certo, há vários vendedores por aí, faça com que as pessoas pensem
em você de maneira diferente. Encontre seu nicho, apresente-se como especialista
em soluções de determinado setor, aquele que tem os últimos lançamentos antes,
entre outros.
• Criatividade em vendas
A sacada de criatividade em vendas desse mês veio do leitor Rodrigo J. Santos Belo
Horizonte/ MG. Acompanhe:
Tanto fizemos que ele decidiu nos testar, dando-nos os transportes para a região
nordeste. Meses depois, já éramos seu principal fornecedor de transporte nacional.
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que eu estava falando grego. Alguns minutos depois, um fato caiu como uma bomba
na sala. Alguém trouxe a notícia de que a rede O Barateiro, de São Paulo, havia sido
comprada pelo Grupo Pão de Açúcar. Todos ali sabiam que isso poderia acontecer, e
conheciam também o impacto que esse fato causaria a um colega presente, que era o
representante que atendia O Barateiro.
Na hora em que a notícia foi dada, ele ficou branco, saiu da sala, começou a passar mal
e teve de ser levado para um pronto-socorro cardíaco. Felizmente, tudo não passou de
um susto, isto é, apenas para sua saúde física, porque, para a financeira, foi um desastre.
Explico o motivo dessa apreensão toda: esse era um representante que já trabalhava
há muitos anos nesse ramo e, consequentemente, havia parado de prospectar. Foi
deixando seus clientes pequenos de lado, ficando com apenas seis que “valiam a pena
atender”. Com menos de meio-dia de trabalho, dava conta deles. O maior e mais fiel,
que representava 70% de suas vendas, era O Barateiro. Agora, com o Pão de Açúcar
comprando-o, as compras passaram a ser centralizadas e quem iria atendê-las era
outro colega. Portanto, ele perdera de uma só vez 70% de suas comissões. Todos os
seus colegas diziam: “Puxa, que azar!”, mas nenhum falava: “Puxa, que imprudência!”
Todo bom investidor sabe que não é prudente sobrecarregar uma só aplicação, mas
é muito cômodo, confortável o suficiente para que se esqueça dos riscos e fique na
esperança de que nada vai acontecer.
Os gerentes de vendas vivem se perguntando o que fazer para que a prospecção não
deixe de ser realizada. Para benefício dos próprios representantes, tenho orientado que
os gestores criem metas e remuneração a fim de possibilitar uma abertura de novos
clientes. Quando isso não funciona, o melhor caminho é restringir o território em que
o profissional atua, deixando-o com seus consumidores atuais, e dar chance para que
outro também prospecte naquela área. Eu disse “em benefício do próprio representante”,
isso mesmo, para que ele não caia na tentação do colega que vendia arroz.
Já os maiores problemas das empresas acontecem com as que têm poucos representantes.
Os territórios geralmente são verdadeiros latifúndios. Quando um desses representantes
sai, o mais antigo acaba ficando com os clientes “filés” e, com o passar do tempo, isso só
aumenta. A alegação de que não dá tempo para fazer novas prospecções impera, o que
cria uma armadilha para ambos, empresa e representante.
Diz a metáfora que, se você jogar uma rã em água quente, ela reage imediatamente
pulando para fora. Entretanto, se colocá-la em uma panela com água retirada de seu
ambiente natural e levá-la ao fogo, por esquentar lentamente, o adaptável organismo da
A natureza, em geral, mas principalmente o homem, busca uma maneira mais fácil e
agradável de viver. Se alguém quer que ele faça algo que é mais difícil, como prospectar
quando parece não precisar, terá de fazê-lo sentir rapidamente a perda por não fazer.
O que mais vemos por aí são gerentes apelando, dando bronca, e nada mais efetivo. Se
eles acham que a simples cobrança funciona na gestão de vendedores, é provável que
tenham sonhado que são Alice e que vivem no país da maravilhas.
O bom líder nem sempre é amado por seus subordinados, mas, invariavelmente, é
respeitado. Especialmente porque é ele quem os faz ganhar dinheiro e estabilidade
financeira.
• Prospectando com sucesso
Seu sucesso na vida depende das escolhas que você faz. Onde você está hoje depende
em grande parte das escolhas que você fez até hoje. Quantas vezes você disse: “Se eu
tivesse a chance de co- meçar tudo de novo, com certeza eu faria tudo diferente?”. Será
que isso é realmente verdade?
Como um profissional de vendas, você deve ter a tendência de se acomodar, como têm
todos os seres humanos, em um momento ou outro da vida. Assim, você passa a fazer
sempre as mesmas coisas, do mesmo jeito, com os mesmos resultados.
Você deve estar tão acostumado com estas opções que nem as reconhece mais como
opções. Preste atenção em como você dirige para ir para casa ou o posto onde coloca
gasolina. A maioria das pessoas tende a estabelecer e depois continuar com esse tipo
de hábitos.
Agora mesmo você pode querer mudar os resultados dos seus esforços, melhorar a sua
performance, aumentar sua renda, ou simplesmente mudar a maneira como você está
prospectando, porque não está funcionando da maneira que você quer.
Recentemente, escutei uma grande definição sobre loucura. Loucura é “fazer e fazer
várias vezes a mesma coisa e esperar cada vez um resultado diferente”.
Dificilmente alguém discordaria dessa definição. Veja o problema que temos com o
controle de peso, por exemplo. Todos sabemos que, para perder peso, basta diminuir
o número de calorias ingeridas e fazer mais exercício. Mas isso requer uma decisão
difícil: mudar. Nós sempre queremos fazer aquilo que sempre fizemos, mas obter um
resultado diferente. De acordo com nossa definição, isso é loucura.
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Eu vejo isso o tempo inteiro com profissionais de vendas na área de prospecção. Muitos
querem aumentar a sua base de clientes, expandir para novos mercados e territórios,
mas continuam a fazer as mesmas coisas que sempre fizeram.
Para ganhar no jogo da prospecção, você vai precisar decidir-se a escolher fazer
algumas coisas de manei- ra diferente. Não existem mudanças grandiosas na vida,
apenas mudanças simples.
A primeira coisa é aprender um sistema de prospecção que possa ser repetido. É para
isso que o sistema “Blitz Call” foi desenvolvido. Independentemente do sistema que
você use, ele deve poder ser utilizado de maneira regular e repetitiva.
A única maneira de ficar bom em alguma coisa é repeti-la várias e várias vezes, como os
atores ou atletas profissionais. Por que não aplicar esta mesma lógica para a prospecção?
Simplesmente por usar as mes- mas palavras e postura diante da prospecção, você
brevemente ficará muito bom na área. Se você não usar um sistema repetitivo, você
pode até ter sucesso de vez em quando, mas provavelmente não será consistente e terá
dificuldades de se manter no topo.
Nossa teoria sobre prospecção é que nossos prospects comprarão numa grande
variedade de ocasiões. Alguns vão comprar mais cedo, alguns um pouco mais tarde,
outros ainda mais tarde ou no futuro. Como um profissional de vendas, você nunca vai
poder saber quem vai comprar (nem quando), então você deveria visitar ou telefonar
para todo mundo.
Para muitos isto é simplesmente a lei dos grandes números. A lei dos grandes números
é aquela que diz que, quanto mais visitas ou telefonemas você fizer, mais vai vender.
Muitos dos profissionais da “velha guarda” vão concordar com isso. Tenho visto que
muitos vendedores conhecem a lei dos grandes números, mas mesmo assim não a
seguem. Eles estão fazendo e fazendo a mesma coisa...
Uma vez que você comece um sistema regular e repetitivo, você pode usar seu sistema
de “follow-up” para ter certeza do relacionamento com cada um dos seus clientes. Você
vai estar sempre pronto quando eles estiverem.
A maioria de nós que trabalha com vendas necessita constantemente aumentar a base
de clientes ou conquistar novos territórios. Uma das melhores maneiras de fazer isto
efetivamente é prospectando.
Mas prospectar é uma atividade muito desconfortável. Sempre nos mandam prospectar,
mas quase nunca nos ensinam como prospectar.
Muitos estudos provam que raramente uma venda é feita na primeira tentativa, mas
a maioria das empresas espera que seus vendedores vendam em todas as visitas que
fazem.
Logo, existe um conflito evidente: sabe-se que raramente se vende da primeira vez,
mas mesmo assim espera-se que a venda seja efetuada. Some a esse conflito o medo da
rejeição e que quase ninguém é ensinado a prospectar e você entenderá por que tantos
profissionais de vendas farão qualquer coisa para evitar o processo de prospecção.
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O sistema Blitz Call foi desenhado simplesmente para iniciar um relacionamento com
o prospect. Veja quais são as nossas sugestões para você adicionar à sua rotina semanal.
Vou usar meu próprio nome para exemplificar melhor.
• A próxima vez que você estiver dirigindo por aí e vir uma empresa potencial-
mente prospect...
Estacione o carro e entre na empresa. Quando você encontrar o seu prospect diga isto:
(não copie minhas frases, apenas use-as como guia):
“Oi, meu nome é Bill Truax, trabalho numa empresa chamada Trufield Enterprises.
Nós nos especializamos em treinamento e desenvolvimento de técnicas específicas para
profissionais de vendas e seus supervisores. Eu sei que você não estava esperando que
aparecesse hoje, por isso não vou tomar o seu tempo. O que eu gostaria de fazer é de
marcar um encontro com você, para que possa me contar com calma quais são os
objetivos que você traçou para a sua equipe de vendas. Quem sabe se um dos nossos
programas não pode ajudá-lo, um dia desses, a atingir esses objetivos? Quando seria
mais conveniente para você marcar uma nova reunião - no começo ou no meio da
semana? De manhã ou de tarde? O que é melhor para você?”.
Por favor note que tudo isto é dito antes que eu dê ao prospect a chance de falar. Eu não
pergunto como ele vai nem fico jogando papo fora. Eu tenho percebido que assim que o
prospect nota que você não está tentando lhe vender nada ele geralmente relaxa. Além
disso, são só 30 segundos.
Mais um bônus do sistema Blitz Call. Uma vez que você ficar bom de verdade na venda
face a face, você vai se transformar num verdadeiro craque da prospecção ao telefone
(telemarketing).
Bill Truax - Você já ouviu algum dos seus vendedores darem as seguintes desculpas?
1) Não tenho tempo; 2) Não sei mais para quem vender; 3) Não consigo marcar visitas.
62 19ª Convenção Unifort 2012 | Evoluir para Crescer
A chamada “venda fria”, que pode ser tanto por telefone quanto uma visita pessoal,
Visite sites de press releases - as notícias que as empresas soltam referentes a lançamentos
de produtos, serviços e promoções. Além de encontrar prospects, você já aprende muito
sobre eles lendo as notícias. Exemplo de site de press release: www.maxpressnet.com.
Fale com frotas terceirizadas. Quem passou a contratar muitos caminhões, de repente,
possivelmente está passando por uma ótima fase de negócios. Fale com os proprietários
dessas frotas a fim de conseguir bons prospects.
• A prospecção em feiras de negócios
Uma das maiores dificuldades em um processo de vendas é encontrar pessoas que
queiram comprar o que você tem a oferecer. Entretanto, se isso é verdadeiro, então elas
se escondem sempre nos mesmos locais. É só procurar.
Por ser um ambiente informal, no qual as pessoas presentes nem sempre estão dispostas
a adquirir novos produtos ou serviços, a prospecção de novos clientes em feiras de
negócios pode ser complicada. Segundo o gestor de eventos Paulo Celso Bruin, para
dar início à prospecção em uma feira, em primeiro lugar, existem quatro detalhes como
os quais o expositor deve se preocupar:
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as precauções dos tópicos acima, o expositor deve analisar os possíveis prospects do
evento. “Antigamente, você batia o olho no crachá da pessoa e já sabia o nome dela, a
empresa e o cargo. Isso facilitava a prospecção. Hoje, o credenciamento informatizado
dificulta esse processo, pois acaba abreviando algumas informações que vão na
etiqueta”, comenta. Para esses casos, a troca de cartões de visita é muito importante.
Bruin explica que, para realizar uma abordagem eficaz em feiras, a equipe de atendimento
do estande deve tomar cuidado em dois aspectos. Primeiro, não deve insistir em
mostrar o que o visitante não quer ver. Segundo, não se pode fazer abordagem de “beira
de estande”, em que o recepcionista fica convocando
as pessoas para entrarem de qualquer maneira. É preciso ter um critério de análise e
seleção. Paulo Bruin acredita que no treinamento do pessoal, que deve ser anterior ao
evento, essas situações devem ficar bem esclarecidas para evitar futuros transtornos.
A verdade é que é mais do que uma fase importante da venda e de diversos sinônimos
como perspectiva, que seria quase que uma tradução literal, e oxigenação.
Vamos lá:
1. O processo de venda tem início no desenvolvimento de uma estratégia que
proporcione o acesso ao cliente. Nunca saia a campo sem antes estudar a lição.
2. Quando você estiver indeciso, pegue sua pasta e saia a campo. Converse
com clientes, visite fornecedores e fique de olhos bem abertos na atuação da
concorrência. É lá, no campo, que as coisas acontecem.
3. Você não poderá ser excepcional para todos os clientes, mas se insistir nessa
estratégia conseguirá ser regular para alguns e péssimo para a maioria. Descobrir
um nicho de mercado em que sua empresa possa ser a melhor é o seu grande
desafio.
4. Quando sentar para elaborar suas táticas e estratégias lembre-se: você está
64 19ª Convenção Unifort 2012 | Evoluir para Crescer
metido em uma guerra que tem três objetivos básicos - preservar seu mercado
5. Mostre a sua agressividade na hora de contra-atacar. Adote a tática três por um:
conquiste três novos clientes para cada cliente “roubado” pela concorrência.
8. Como vendedor, o seu grande desafio é fazer com que as pessoas parem para
escutar o que você tem a dizer. E para que isso aconteça é preciso que você tenha
algo muito importante para falar.
9. Antes de pegar a pasta e sair a campo, você precisa encontrar respostas para três
perguntas importantes: quem são meus clientes? Do que precisam? Como posso
chegar até eles? Sem essas respostas, suas ações não passarão de uma grande
aventura.
10. Competência e amizade formam uma parceria difícil de combater. Para aproveitar
essa sinergia na hora de prospectar novos clientes, lembre-se: “O amigo do seu
amigo é seu amigo também!”. Sabe o que isso significa? Solicitar indicações.
11. Seu sucesso é proporcional à quantidade de clientes que você possui em sua
carteira. A prospecção de novos clientes está apoiada em um tripé que precisa
ser muito bem explorado - competência, criatividade e bom uso da tecnologia da
informação.
12. Como um detetive, o seu objetivo é determinar o que está, de fato, preocupando
o cliente para desenvolver e apresentar uma solução. Para isso, utilize as cinco
perguntas tradicionais - Quem? O quê? Quando? Onde? Por quê?
13. Dois clientes podem comprar o mesmo produto por necessidades completamente
diferentes. Você compra sapatos para proteger os pés ou para combinar com
um terno novo ou tailleur - no caso das mulheres? Motivos diferentes exigem
estratégias de vendas diferentes e também proporcionam oportunidades de vendas
diferentes.
14. Não saia de uma visita sem, no mínimo, solicitar três indicações. Na pior das
hipóteses, poderá não conseguir nada. Entretanto, se conseguir, na hora de
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procurar a pessoa indicada, você não será mais um ilustre desconhecido, mas um
amigo do amigo.
15. O ato de prospectar tem como objetivo encontrar seus “clientes heróis”. O
economista Pareto descobriu que 80% das suas vendas são feitas por 20% dos seus
clientes. Esses são os heróis para quem você deverá direcionar a maior parte do seu
tempo e recursos.
CARTEIRA DE CLIENTES
Seus resultados e desgaste pessoal serão consequência do tipo de carteira que você
construir. A decisão de conquistar, manter e excluir os clientes da carteira é sua. Nesse
sentido, algumas sugestões podem ser úteis:
• Dedique parte do tempo, de preferência no início do dia e do mês, ao contato com
os clientes parceiros.
• Crie barreiras a seus concorrentes. Garanta a satisfação de seus parceiros.
Surpreenda-os. Não espere ser chamado, tome a iniciativa de identificar suas
necessidades futuras.
• Eduque seus clientes problemáticos. Saiba impor seus interesses. Estabeleça
limites. Considere a possibilidade de excluir os indesejáveis.
• Aprenda com a experiência. Solucione os problemas mais frequentes e aprenda
como evitá-los. Seja mais criterioso na prospecção de clientes.
CONHECER OS CLIENTES
Como faço para estar mais próximo do meu cliente? O modo mais natural de estar
perto dele é conhecendo-o. Vamos às dicas de como realizar essa tarefa.
• A razão da existência de sua empresa é para servir o cliente. O retorno conquistado
é consequência. As pessoas gostam de ser bem atendidas, respeitadas e,
principalmente, surpreendidas com boas notícias.
• Toda a estrutura de sua empresa tem de agir em função de conquistar a confiança
e o respeito do seu consumidor.
• Invista no atendimento de sua empresa. O bom atendimento refere-se à imagem
que o cliente tem de sua organização. Dedique tempo a arrumar o layout, a vitrine
e os produtos expostos para vendas.
• Preocupe-se com a qualidade de seus produtos e se o estoque está correto em
relação à sua demanda. Limpeza é fundamental. Deixe sua empresa arrumada e
organizada.
• Formalize o uniforme de seus colaboradores e o seu. Use cores que reflitam o clima
que sua empresa deseja imprimir.
• Treine seus funcionários na arte do atendimento ao cliente, dê treinamentos
técnicos sobre os seus produtos e diversifique o perfil profissional deles para
Energia – Sem entusiasmo, não convencemos nem uma criança a comer um doce.
Vendedores profissionais, que fazem da venda um grande momento, acordam
energizados. Eles fazem uma blindagem mental contra o pessimismo, contra as
reclamações, agradecem pelo trabalho e seguem em frente.
Amor – Sem amor, nada é tão benfeito. Quem faz o que faz simplesmente para poder
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pagar as contas não dará o seu melhor. É impossível não se tornar mediano, ao longo
do tempo, se estivermos fazendo o que não amamos.
Venda é coisa SÉRIA. Isso não significa que você não possa se divertir vendendo. Leve
a venda a sério, mas, a todo momento, esteja sorrindo, feliz da vida, contagiando,
ajudando a fazer do mundo um lugar melhor para se viver. Vendedores têm nas mãos a
possibilidade de ajudar os clientes a sentirem-se bem; não a perca!
VERSO E REVERSO
Ouvi dizer que a máxima “pensar globalmente, atuar localmente” já ficou superada
[risos]. É isso mesmo? Por favor, me explique como.
Ela já fez sentido, foi a grande ideia da década de 1990. Empresas de atuação mundial
inovaram em seus mercados domésticos, que é o mundo desenvolvido, e levaram esses
produtos aos países em desenvolvimento. Mas agora o que está acontecendo é inovar
nos mercados emergentes e, então, levar essas inovações para os países desenvolvidos.
É o oposto da “glocalização” [termo que une as palavras “globalização” e “local”], que
foi definida como “pensar globalmente, atuar localmente”. Nós escrevemos sobre a
inovação reversa, que é, simplesmente, fazer o contrário.
Isso significa que muitas mudanças grandes acontecerão, certo? Por exemplo, onde as
empresas desenvolverão suas pesquisas no futuro?
O maior desafio para empresas europeias e norte-americanas será mudar seu centro
gravitacional para onde a inovação acontecerá. Trata-se de um desafio organizacional,
de tornar local tanto o desenvolvimento de produtos como o fornecimento, e também
as capacidades estratégicas de marketing. Isso representa, provavelmente, a maior
69
mudança exigida na maneira de pensar dos líderes de multinacionais.
É um conceito relativamente novo lá dentro; eu diria que teve início nos últimos cinco
anos. A Índia e a China abriram suas fronteiras faz 15 anos, mas foi somente de 2005
para cá que as empresas ocidentais se deram conta de que precisavam de produtos
baseados naquilo que os mercados emergentes necessitam, querem e pelos quais
conseguem pagar.
Não percebo que toda grande empresa esteja indo nessa direção. O que as retém?
É provável que o maior problema da inovação reversa para grandes empresas seja
o sucesso obtido com o paradigma “pensar globalmente, atuar localmente”. A
“glocalização”, isto é, pegar os produtos globais e vendê-los em mercados locais com
alguma adaptação, requer uma arquitetura organizacional diferente. E, quanto mais
você tem sucesso na “glocalização” e dedica a maior parte de seus recursos a ela, mais
você achará difícil ser bem-sucedido na inovação reversa. Isso parece ser o grande
gargalo, o sucesso histórico. As empresas se direcionarão para a inovação reversa
à medida que aumentarem os cases de sucesso, tais como o do aparelho portátil de
ultrassom.
Sim, sem dúvida. Eis um exemplo: há cinco anos, dentro do modelo de “glocalização” da
GE, a principal responsabilidade do líder da divisão de saúde da empresa na Índia era
distribuir produtos globais. Se ele tivesse de elaborar um novo conceito para solucionar
os problemas do consumidor indiano com cuidados médicos, ele teria de fazê-lo nos
fins de semana, porque estaria
muito ocupado vendendo produtos globais nos dias úteis. Mais ainda: se esse diretor
da área de saúde houvesse escrito uma proposta durante o fim de semana, ele teria de
vendê-la para o chefe dos produtos globais em Milwaukee, alguém que provavelmente
nunca visitara a Índia nem entendia os problemas dos habitantes de áreas rurais. E,
mesmo que conseguisse convencer essa pessoa, ele teria uma série de outras para
convencer também. Então, implementar a inovação reversa representou um gigantesco
desafio organizacional.
Verdade. Cada vez mais, os líderes de empresas ocidentais precisam reconhecer que têm
um papel diferente dentro das empresas. Eles devem favorecer um novo “olhar global”
em suas organizações. Penso que grandes empresas cujos líderes tenham essa visão
serão muito mais capazes de vencer nesta nova era em que a oportunidade mudou-se
dos países desenvolvidos para os em desenvolvimento. Há 15 anos, quando as empresas
avaliavam uma estratégia global, pensavam em Europa, Estados Unidos, Japão e no
resto do mundo. Daqui por diante, terão de julgar sua estratégia global levando em
conta os países BRIC [Brasil, Rússia, Índia e China], o Oriente Médio, a África e o resto
do mundo. Europa, Estados Unidos e Japão tornaram-se “o resto do mundo”. Essa é a
mudança de perspectiva que permitirá que todos os líderes de negócios pensem como
a GE de agora.
Você identificou o que talvez seja o desafio mais significativo para as multinacionais
norte-americanas. Elas possuêm muitos talentos, mas têm eles a perspectiva global?
Então, afirmo que o maior desafio para os CEOs norte-americanos e outros é incorporar
tal perspectiva.
Jeff Immelt ainda é relativamente novo como CEO da GE, mas o sr. acha que o foco
nos emergentes e na inovação reversa será seu legado?
Um dos aspectos notáveis a respeito da GE é que é uma empresa de mais de cem anos,
e o único modo de uma empresa sobreviver tanto tempo é tornar obsoleta a si própria
quanto a produtos e soluções. Esta é a verdadeira marca da GE: está disposta a mudar,
a acolher novos modos de concorrer. Nesse sentido, todo CEO eficaz define um novo
esquema estratégico para a empresa que lidera –não porque o velho esquema seja
irrelevante, mas porque é um novo ambiente, um novo mundo. O modelo estratégico
que Immelt está implantando, sem perder o desempenho e a disciplina que Jack Welch
implantou, está adicionando a inovação à oferta. O legado de Immelt será julgado em
termos de se ele foi capaz de incorporar a inovação dentro de uma empresa conhecida
pela eficiência.
Há cerca de dez anos fiz uma palestra no seminário em que Susan Peters, chief
learning officer [principal executiva de aprendizado] da GE também se apresentou.
71
Eu realmente gostei do que ela disse, então fui cumprimentá-la. Ela me perguntou
em que eu trabalhava e eu lhe contei sobre meu trabalho em inovação reversa. Cinco
anos mais tarde, encontrei-me com Immelt, quando discursou em uma formatura do
Dartmouth College, onde sou professor há algum tempo. Em uma reunião de meia
hora, eu lhe contei sobre meu trabalho em inovação. Então, quando Immelt e Susan
estavam conversando sobre “instalar” um acadêmico dentro da empresa para conduzir
o pensamento organizacional como um todo, meu nome surgiu. Foi uma série de
eventos de sorte, e acho que bem poucos acadêmicos conseguem uma oportunidade
como essa.
Meu papel consiste em três coisas: ensinar, guiar e dar consultoria. Ministro aulas para
os 600 mais altos executivos da GE acerca das melhores ideias em inovação. A diferença
entre meus papéis de guia e consultor é que eu trabalho em mais profundidade em
poucos projetos quando atuo como consultor, enquanto, como guia, converso com
diversos executivos da GE sobre questões de sua alçada. Não há um dia igual ao outro.
Essa é a beleza desse trabalho. É, provavelmente, a oportunidade de crescimento mais
desafiadora, em termos intelectuais, que jamais tive.
Isso o surpreendeu?
O que realmente me surpreendeu é que eu nunca havia pensado que uma pessoa
sozinha pudesse impactar uma empresa, especialmente uma com mais de 300 mil
funcionários. Surpreendentemente, descobri que, como estranho, tenho uma força que
uma pessoa de dentro não tem, ainda que eu não tenha um alto cargo lá, nem um
orçamento grande ou um negócio a dirigir. Penso que posso fazer a diferença na GE,
principalmente porque entrei como acadêmico. As pessoas sabem que meu ponto de
vista, portanto, não tem vieses.
O Sr. se sentiria tentado a assumir um posto em período integral, se lhe fosse oferecido?
Os grandes títulos e orçamentos o seduzem de alguma maneira?
Na verdade, esse meu papel simplesmente me convenceu de que não quero coisas como
essas. Como diz o ditado: “Aqueles que podem fazem; aqueles que não conseguem
ensinam”. Eu não consigo, daí por que comecei a ensinar. De alguma maneira, se você
se torna uma pessoa interna, perde sua base de poder. Como alguém de fora, não tenho
de amolar machados, então as pessoas me escutam. Um indivíduo de dentro não goza
desse luxo.
Os anos de formação de todos nós são importantes para nos guiar e moldar. Meu
avô exerceu enorme ascendência sobre mim e sua maior influência foi elevar minha
ambição. Ele realmente me fez acreditar que eu poderia fazer qualquer coisa com que
O sr. consta de todas as listas Thinkers 50 desde 2005. O que pensa sobre essa
conquista?
E o sr. deve ter pesquisado e aprendido muito escrevendo seu livro Great Idea, What’s
Next [Grande ideia, e o próximo passo?], seu próximo lançamento...
A ideia por trás de Great Idea, What’s Next é que a maioria das empresas não carece
de ideias. O que acontece é que se confunde inovação com criatividade. A inovação
tem pouco que ver com quão criativo se é. Ela está relacionada com a comercialização
da criatividade. Como destacou o grande inovador Thomas Edison, a inovação é 1%
inspiração e 99% transpiração. O livro fala desses 99%.
“Agora o que está acontecendo é inovar nos mercados emerge ntes e, então, levar essas
inovações para os países desenvolvidos”
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ótimas chances de alcançar o tão desejado sucesso. Acredito que somente com uma
determinação fora do comum é que o profissional moderno pode avançar mais sem
temer o inesperado.
Somente com força de vontade e a mente aberta para novas experiências é que o ser
humano consegue ir bem mais longe.
Neste momento da sua trajetória profissional, o que está impedindo-o de avançar mais?
Existe algo que você possa fazer para ter mais sucesso em sua profissão ou mesmo nos
seus projetos pessoais?
Seja como for, tenha sempre muita determinação em tudo o que se prestar a fazer, pois
o sucesso só chega para quem não desiste facilmente.
Sabe quando tudo à sua volta dá a impressão de caminhar numa velocidade que você
parece não acompanhar? E você tenta de todas as formas dar conta de tudo, sem
grande sucesso, em todas as coisas? Qual foi a última vez que chegou em casa e, de
verdade, relaxou, não pensou nos muitos telefonemas de vendas que não conseguiu
dar, enquanto seu colega fez o dobro da meta diária?
Por que será que o campeão de vendas consegue finalizar todas as suas atividades, fazer
networking com seus clientes, lembrar-se de mandar aquele bilhete de agradecimento/
aniversário aos seus parceiros de negócios, organizar sua rota de visitas e, ainda por
cima, chegar em casa e curtir a família, a tempo de brincar com o filho e colocá-lo para
dormir sem se preocupar com o que deixou para trás no trabalho?
Primeiro, é por isso que ele é o campeão de vendas. Segundo, ele consegue ser eficaz
porque equilibra sua vida pessoal e profissional, sendo produtivo enquanto está no
trabalho. E aí está a chave da questão: ser produtivo dentro das suas 24 horas diárias,
conseguir êxito em tudo o que faz, sabendo gerenciar o tempo de que dispõe – porque
você não consegue “esticar o dia” ou enganar as horas, elas passam na mesma velocidade
de sempre, o que faz a diferença é como você as gerencia.
E, para tal produtividade acontecer, é necessário compreender muito bem duas nuances
em relação ao tempo. Uma é que “tempo é dinheiro”, o jargão não é popular à toa.
Quer ver como? Pegue, por exemplo, o tempo perdido com conversas improdutivas,
navegação na internet, falta de planejamento de visitas, mais o tempo gasto no
trânsito e some tudo isso. Você vai se assustar como o resultado pode impactar no
seu faturamento, porque todo o tempo perdido poderia ser revertido em muito mais
vendas.
O segundo fator a se ter em mente é que “tempo é vida”, pois ganhar tempo na vida é
importante, porém, mais importante ainda é ganhar mais vida no tempo. Ih, complicou,
Além disso, pesquisas revelam que pessoas que têm maior qualidade de vida são mais
produtivas e obtêm melhores resultados para ela e para a empresa – lembra-se da tão
sonhada produtividade?
Então, o segredo é saber distribuir bem o tempo entre a família, o lazer e o trabalho,
assim você ganhará mais tempo, produtividade e qualidade de vida. E como fazer isso?
Bem, basta se organizar e procurar algumas ferramentas que podem ajudá-lo – se tiver
tempo.
Eu gosto de contar histórias, pois elas de alguma forma inspiram e nos fazem refletir
acerca do meio em que estamos envolvidos. Também gosto de colocar algumas pitadas
dos assuntos que estudo e provar que a teoria, na prática, funciona sim.
Estou lendo neste momento o livro “Design Thinking” de Tim Brown, CEO da IDEO,
uma empresa de design industrial que fica em Palo Alto, Vale do Silício, EUA. Para
ser mais específico, estou no capítulo 4 (Construindo para pensar – O poder da
prototipagem), que nos ensina algumas ferramentas sobre como construir uma ideia
por meio de protótipos.
Pois bem. Em uma das minhas experiências profissionais atuando com projetos
de engenharia, mais especificamente na área de automação industrial, por vezes fui
considerado o cara “chato” no que dizia respeito à criação do plano do projeto. E
realmente eu era, mas simplesmente porque eu observava que alguns profissionais, por
mais que fossem extremamente competentes em suas atividades, sempre deixavam para
trás detalhes importantes do projeto pressionados pelas principais restrições (tempo,
escopo e custo).
Essa afirmação pode ser um pouco categórica e nem estou tentando estereotipar, mas
tenho certeza que muitos irão concordar comigo.
Em empresas que vendem projetos, estes costumam nascer na mão da área comercial,
e, em alguns casos, os profissionais que atuam nessa área não são técnicos para poder
75
dar a solução mais adequada ao cliente final, o que pode prejudicar a entrega. Não
estou julgando a equipe comercial, pois entendo que muitos profissionais altamente
competentes na técnica não têm aptidão para ser bons vendedores e, felizmente,
precisamos de pessoas com tino e atitudes comerciais nos negócios.
Lembro que o principal guia para a montagem dos projetos que produzíamos era uma
especificação técnica e alguns desenhos em Autocad. Desses documentos e reuniões,
nasciam outros documentos, muito maiores e mais detalhados, alguns destes em
Autocad também, que englobavam todas as informações que a equipe de execução
(montagem) iria utilizar como guia.
Os desenhos aqui comentados podem ser comparados aos protótipos de que falei
acima, e por que estou dizendo isso? “Protótipo não é isso, você está viajando!”
Pois é, pode ser que, em alguns casos, os protótipos sejam caixas de papelão, peças de
Lego, ou um monte de ferros soldados, mas, especificamente neste caso, a projeção em
Autocad já nos permitia a prototipagem.
Eu participava de grande parte das reuniões junto às equipes comerciais para entender
tecnicamente o projeto com o objetivo de ajudá-los na concepção técnica da proposta
comercial. Naquele estágio, eu já criava um “esboço”, ou “protótipo”, para apresentar ao
cliente final, pois entendia que visualmente era mais fácil o entendimento de todos os
envolvidos.
Vocês já pensaram que uma interface de software ou um site pode ser construído
com vários post-it antes mesmo de alguma linha de código ser escrita? O que eu
estou querendo dizer é que, independente da forma com que desenvolvemos projetos,
podemos utilizar e motivar a criatividade para a criação de “coisas diferentes”.
As expressões “pensar fora da caixa” e “think different” estão sendo muito utilizadas
hoje em dia. Viraram até slogan de empresas e estão inspirando muitos executivos e
empreendedores, mas eu vejo que isso tudo ainda é muito difícil de ser utilizado na
prática.
Será que é o medo das mudanças? Medo do novo? Medo de arriscar? Falta de tempo?
Falta de criatividade? Falta de conhecimento técnico?
Recentemente vi um vídeo no TED que passa uma mensagem muito clara sobre isto.
Todos nós nascemos criativos, mas a escola e o nosso trabalho nos ensinam a perder a
nossa criatividade.
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ISTOÉ - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki - Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que
não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento.
Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência.
ISTOÉ -Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em
tudo e de valorizar a aparência?
Shinyashiki -- Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis.
Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar
meu casamento? O terapeuta.
O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia:
“Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth
com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham”. Pode parecer
incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de
dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo.
A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a
onda, todo mundo o considera um fracassado.
ISTOÉ - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas
coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Shinyashiki - Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir
facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui. Jogar na Seleção Brasileira,
tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje
tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é
ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando
olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas
e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me
perguntou: “ Quem decidiu publicar esse livro?” Eu respondi que tinha sido eu. O erro
foi meu. Não preciso mentir.
Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São TRÊS loucuras da sociedade.
A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados
individuais.
A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias.
A terceira é: Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo
absurdo.
“Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o
sucesso, mas não para a felicidade.”
“Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não
será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa
do casamento. Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou
com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema.”
“Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte
diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter
esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.”
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realmente sente medo – e quem está bem emocionalmente não o sente, ou seja, está
vivendo na maestria emocional.
Nós temos duas opções: o medo ou a maestria. Decida viver com maestria emocional,
assuma o controle da sua vida. Para isso, você precisa saber e lembrar:
• Quem você é.
• Qual é o seu objetivo inspirador e quando irá realizá-lo.
• Qual é a sua pergunta primordial.
• Quem é a fonte do seu estado emocional.
• Que tipo de ser humano você tem de se tornar para realizar seu objetivo inspirador.
• O que realmente você tem de fazer sabendo que não pode falhar para realizar seu
objetivo inspirador.
• Quais são suas prioridades daqui em diante, ou seja, seus cinco primeiros valores
(a bússola, o GPS para chegar lá).
• Qual é a sua missão de vida.
• Qual é a sua regra.
A mensagem é curta, mas contundente na fala de Edith Pierce: “Nós abriremos o livro
e suas páginas estarão em branco. Nós vamos pôr palavras nele. O livro chama-se
oportunidade e seu primeiro capítulo é o dia de ano novo.”
Se nos dizemos éticos precisamos ser, prioritariamente, justos. E onde existem dois, um
não pode responder sozinho. Enquanto nos furtarmos de assumir a responsabilidade
pelo que vivemos hoje, não podemos falar de parceria, trabalho conjunto e muito
menos de construção de alianças.
Quer uma dica? Pense na sua vida como se fosse um trem. Quais pessoas você gostaria
que saltassem na próxima estação e quais aquelas que você gostaria que ficassem ao seu
lado? Qual o motivo o leva a querer que essas pessoas saiam da sua vida?
E, honestamente, no que depende de você, o que pode ser feito para que você dê o seu
salto de qualidade e consiga conviver com essas pessoas sem necessariamente ter de
expulsá-las do seu entorno? Nesse contexto, quais dos seus traços de personalidade
precisariam ser trabalhados para que você conseguisse, então, manter-se ao lado dessas
pessoas?
Se nessa reflexão você se dispuser a fazer a sua parte e conseguir manter ao menos
uma dessas pessoas ao seu lado, por reconhecer que ainda vale a pena tentar fazer
diferente, faça agora o que precisa ser feito. As oportunidades surgem para aqueles que
estão despertos. Amanhã pode ser tarde demais. E nesse caso os dividendos são seus,
acredite.
Em relação às pessoas que você considera melhor manter fora do seu vagão, se “estar
junto” não é mais possível, dê uma saída honrosa para você e para ela e saia ou deixe-a
sair pela porta da frente. Afinal, mesmo as pessoas que nos oferecem desconforto
nos proporcionam, também, grandes oportunidades de visualizar nossas próprias
resistências e obter excelente aprendizado.
No trato com o outro, o “como” faz toda a diferença e diz muito a seu respeito. Se nas
suas relações pessoais ou profissionais? Independe, pois como digo no livro “O Líder
Integral”: O bom ser humano precede o bom líder.
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SUA CARREIRA É VOCÊ QUEM FAZ
Existe uma receita para o sucesso? Eu não acredito nisso. Existem bons exemplos, mas
cada um tem uma história pessoal que fará seu caminho ser único e diferente de todos
os outros. Por isso, acredito que cada um tem um potencial singular para ser explorado
dentro de si, e, tomando consciência disso e de seus sonhos, achará o caminho para
chegar lá.
Alguns ingredientes podem ser usados para fazer a sua própria receita de sucesso.
Confira alguns deles para facilitar o processo:
Reconheça seu momento atual – Muitas vezes, pensa-se que o trabalho atual não é o
que vale a pena, e que outro que reconhecesse o real talento de cada um seria melhor.
Esse tipo de pensamento causa desgaste, tira sua energia e produtividade. Mas se em
vez disso você pensar: “Esse emprego é o melhor que posso ter no momento e é uma
ponte para chegar ao futuro que almejo”, ficará mais leve e bem mais fácil reconhecer
que o lugar onde você está é o primeiro passo para planejar o futuro.
Construa a sua ponte – O que você conquistou até aqui é o que faz você ser quem
é. Essa é a sua porta de entrada, seu passe para onde você quiser ir, sua ponte para o
destino almejado. Então, para chegar ao novo destino, você precisa de um bom mapa,
de uma bússola e do equipamento adequado. Quais são eles? O que você já tem hoje?
Quanto tempo vai levar para você adquirir os novos conhecimentos e as competências
de que precisa? Qual seriam os caminhos e os novos desafios que gerariam a
experiência e a maturidade necessárias para atingir a carreira que você almeja? Explore
o tema, faça um plano de ação, crie metas e objetivos, estipule prazos, levante custos.
Principalmente, trabalhe com a realidade para estar sempre superando e conquistando
resultados tangíveis e concretos. Dê um passo de cada vez.
Então, o que você está esperando? Não deixe para amanhã, você pode começar agora!
Mãos na massa e boa sorte!
Mas há outras pequenas coisas que podem ser feitas, no âmbito do trabalho, e que
contribuem para que as pessoas fiquem mais motivadas, ou, pelo menos, que se
engajem mais com a empresa. Então, segue abaixo algumas idéias para que você possa
motivar sua equipe:
Sirene – Instale uma sirene ou um sino que possa ser tocado cada vez que alguém
atingir uma determinada meta.
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Música – Deixe os funcionários escutarem música no ambiente de trabalho, mas
cuidado com essa ideia, porque muitas vezes acaba em bagunça. Estabeleça algumas
regras e faça que sejam respeitadas, sem exceções.
Agradecimento – Diga obrigado! Antes de ir embora, tente agradecer pelo menos uma
pessoa dentro da empresa por ter ajudado você durante o dia. Com o passar do tempo,
isso trará resultados fantásticos.
Trabalho em equipe – Premie todos na empresa com dinheiro e com outros incentivos,
não apenas quem está diretamente ligado às vendas. Afinal, sem o suporte do restante
dos funcinários, os vendedores dificilmente teriam sucesso. Esse apoio precisa ser
reconhecido, se você quiser que os outros departamentos continuem motivados para
dar o suporte necessário a uma equipe de vendas campeã.
Presentes – Aproveite feriados para dar presentes baratos para a equipe. Panetone no
Natal ou na Páscoa, bolas antiestresse em aniversários, enfim, simples lembranças que
são dadas para que a equipe saiba que a empresa se importa com ela. Outra coisa muito
popular é o “vale-descanso”. Como o nome diz, são vales que podem ser trocados por
benefícios – entrar mais tarde uma hora em uma manhã, ter uma tarde de folga ou um
dia inteiro... tudo depende das metas estabelecidas.
Essas são algumas idéias simples, mas que podem fazer uma grande diferença no dia a
dia quando colocadas em prática de maneira verdadeira.
Tempo é algo precioso – Ao participar de uma reunião, note que o tempo é algo
primoroso. Outras pessoas abriram mão de atividades para estar ouvindo, opinando e
corrigindo equívocos de questões que fazem parte da pauta. Se você está com o uso da
palavra, evite ficar enaltecendo suas conquistas ou fazer expressivos elogios a si mesmo.
Busque tornar o tempo de uma reunião um debate amistoso, produtivo e rentável.
O ego pode ser um aliado positivo para contribuir com a autoestima e a motivação,
entretanto, é algo prejudicial quando usado para demonstrar autoritarismo, prepotência
e arrogância. Agora responda: como está o tamanho de seu ego? Você controla seu ego
durante uma reunião?
Os mercados estão com as fronteiras abertas e a oferta de produtos tem sido bastante
significativa. Não concorremos apenas com o vizinho de cerca e algumas organizações
de outros estados. Nossos concorrentes vêm dos quatros cantos do mundo.
Havendo diferenças irrelevantes nas respostas fornecidas pelos seus clientes a respeito
dos produtos, suas chances de conseguir preços maiores são remotas. O produto vale
a percepção do serviço que presta. Na compra de iguais, busca-se o menor preço. Para
uma vasta oferta, em que o referencial é o preço, o mercado tomou emprestado o termo
commodity, palavra inglesa que significa mercadoria.
85
transparentes, destacando no rótulo o serviço adicional que seu produto prestará a
quem adquiri-lo.
Essa mudança no produto deve ser resultado de sua experiência com marketing e
capacidade perceptiva para entender a leitura que o público fará das mensagens que
está passando. Um produto sem uma diferenciação visível e uma empresa focada só em
vendas, sem cultura e vocação para o marketing, ocuparão lugares comuns no mercado.
ESTRATÉGIA
Ele queria virar a terra de seu jardim para plantar flores, mas era um trabalho muito
pesado. Seu único filho, que o ajudava nesta tarefa, estava na prisão.
O homem então escreveu a seguinte carta ao filho: ‘Querido Filho, estou triste, pois
não vou poder plantar meu jardim este ano. Detesto não poder fazê-lo, porque sua mãe
sempre adorava as flores, esta é a época do plantio. Mas eu estou velho demais para
cavar a terra. Se você estivesse aqui, eu não teria esse problema, mas sei que você não
pode me ajudar, pois estás na prisão. Com amor, Seu pai.’
Pouco depois, o pai recebeu o seguinte telegrama: “PELO AMOR DE DEUS, pai, não
escave o jardim! Foi lá que eu escondi os corpos.”
Confuso, o velho escreveu uma carta para o filho contando o que acontecera.
Esta foi a resposta: ‘Pode plantar seu jardim agora, pai. Isso é o máximo que eu posso
fazer no momento.’ Te amo.
Estratégia é tudo!!!
Nada como uma boa estratégia para conseguir coisas que parecem impossíveis.
Assim, é importante repensar sobre as pequenas coisas que muitas vezes nós mesmos
colocamos como obstáculos em nossas vidas.
Você já sabe o que quer conseguir em 5 ou 10 anos? Isso já é um grande passo. Mas o
que ainda é raro é a prática de pensar algo muito simples mas muito importante: e se
esse plano der errado? Pouca gente sabe a sua segunda preferência e, principalmente, o
que fazer agora para se precaver caso a primeira opção falhe.
Esse texto existe para convencê-lo e ajudá-lo a fazer um “plano B” - uma alternativa
caso seu desejo não se concretizasse. Parece simples, mas todos ficam tão ocupados
e, principalmente, confiantes com o seu “plano A” que se acomodam. Quando ele dá
errado, o mundo desaba e nasce o arrependimento de não ter colocado uma proteção
para não cair no chão.
Se você está despreocupado, confiante apenas no “plano A”, cuidado! Fazer um “plano
B” é tão essencial quanto fazer exames preventivos de saúde, um seguro de automóvel
ou um hedge financeiro. Porque ainda não planejamos bem a nossa própria carreira?
Se você não sabe por onde começar, uma boa dica é pensar no que você faria caso
perdesse o emprego amanhã. As duas respostas mais comuns para essa pergunta são:
procuraria outro emprego (mandando currículos para todo mundo); ou abriria um
negócio próprio.
Vamos aos fatos: pesquisas indicam que, em geral, executivos demoram mais de seis
meses para arrumar uma recolocação e que, em ao menos metade dos casos eles, no
desespero, conseguem uma posição pior que a anterior (em termos financeiros e/ou de
responsabilidade). Ao mesmo tempo, o Sebrae demonstra que a maioria dos negócios
que são abertos baseados na “necessidade” (abri porque fiquei desempregado) e não
pela “oportunidade” (investi porque tenho vocação e quero viver disso) fecham as
portas nos primeiros três anos de vida.
Mas tenho boas notícias. E a maior delas é que o seu futuro pode ser influenciado por
você. Tome as rédeas da sua carreira e planeje também as situações adversas. Está nas
suas mãos evitar essas situações de frustração ou criar um escape com antecedência.
Desenvolva já uma alternativa e comece a agir sobre ela. Em alguns casos isso pode
87
significar que você terá que fazer uma pós-graduação (seu “plano B” pode ser a carreira
acadêmica). Em outros, você talvez decida abrir um pequeno negócio em paralelo,
fazer uma outra faculdade, estudar sobre outros setores ou, simplesmente, fazer alguns
contatos que poderão ajudá-lo no futuro. O risco sempre existe, mesmo que você não o
veja. Prepare-se e mantenha a sua carreira sob o seu controle.
PLANEJAR É PRECISO
Não adianta nada ter milhares de iniciativas e não colocá-las em prática. Para evitar
que isso aconteça e o profissional crie expectativas em seus superiores ou colegas,
que depois serão frustradas, existe uma única fórmula, que não tem nada de segredo:
planejamento.
Vários profissionais acreditam que já se planejam e dão de ombros para essa etapa do
processo. Entretanto, não é só a primeira etapa do processo, mas a mais importante —
somente com um bom planejamento é possível prever problemas e adiantar-se a eles!
Sabe o famoso provérbio: ‘É melhor prevenir do que remediar’?
Pois é, no trabalho é possível se prevenir, mas remediar muitas vezes custa um emprego.
Por isso, é praticamente impossível concretizar ações e atingir bons resultados sem
planejamento. Para planejar ações corretamente é necessário pensamento estratégico,
dedicação e poder de análise.
Quando isso corre, muitas vezes é no método top down, ou seja, dos superiores e
gestores para os subordinados, sendo que esses últimos não adquirem o hábito de
planejar sozinhos, já que recebem as estratégias de seus superiores. Se algo der errado,
a responsabilidade é imediatamente conferida aos níveis superiores. Mas aí, que fim
levam as iniciativas?
Planejar é realizar profunda análise do passado, presente e futuro. Não restam dúvidas
de que o futuro só pode ser construído quando se conhece o passado. Cada profissional,
em seu cargo e setor, pode apresentar proatividade no quesito planejamento. Em vez
de aguardar as metas propostas de cima, por que não adiantar-se e analisar o mercado
diretamente do seu ponto de vista?
As pessoas estão descrentes em relação à previsão, mas ainda assim está no centro da
estratégia de marketing e do posicionamento competitivo. Portanto, a maneira mais
segura de trabalhar com o futuro é por meio da análise de tendências, que podemos
definir como a direção ou sequência de eventos que ocorrem em determinado momento.
Previsão de futuro não é só para gurus. Veja como exemplo os tempos de crise
financeira. A crise gera uma demanda por gurus da economia e analistas de mercado,
pois são eles os profissionais habituados a fazer o levantamento das probabilidades
de acordo com uma análise do passado e do presente do mercado. Seja o mercado
financeiro, econômico, consumidor, o que for.
Ao planejar, estamos decidindo com antecedência o que fazer, como e quando fazer.
Ao elaborar um planejamento pessoal, estamos disciplinando nossos esforços e
racionalizando nossas atividades e atitudes e temos que estar cientes de que o processo
de planejamento nunca finda - é uma seqüência sempre dinâmica, que sofre ajustes e
adaptações enquanto está sendo implantada, com variações que podem ser constantes
(variáveis que vão sendo adaptadas). Podemos dizer que todo planejamento convive
89
com riscos e incertezas.
Como o próprio nome diz, o planejamento é pessoal e isso implica uma reflexão sobre
sua própria vida. Para tanto, nada melhor do que um lugar calmo, de preferência sem
interrupções, para que você pense e visualize o que deseja alcançar, visualize seus
ideais, visualize seu futuro. E raciocine: onde estou?, para onde quero ir? e como vou
ir?, fazendo um verdadeiro “raio X” da sua situação pessoal, da sua vida.
Comece listando seus desejos, o que quer ver concretizado, então liste suas intenções,
suas vontades, seus objetivos de vida. Veja: se estamos tratando de um planejamento
pessoal, vamos pensar em objetivos realizáveis – estabeleça um prazo e programe-
se dentro dele, um ano, por exemplo. Mas se queremos estender nossos horizontes e
pensar em um ou mais objetivos em longo prazo, como comprar uma casa, fazer um
MBA no exterior, por exemplo, também podemos fazê-lo, mas, tratando-se de uma
meta que será alcançada mais adiante, podemos já estabelecer para este ano o que fazer
para chegar lá (como, por exemplo, estabelecer o início de uma poupança).
E como fazer para que os planos sejam realizados e não fiquem só no campo das idéias?
É importante ter muita persistência e organização, características fundamentais para
seguir o que foi planejado, pois, se foi escrito e planejado significa que é possível e
viável. E, a cada conquista, comemore de alguma forma, faça valer, para si mesmo, o
esforço e a luta para alcançar determinado objetivo.
Na prática, podemos definir etapas que facilitam nosso planejamento, ou seja, podemos
planejar para nossa vida pessoal ou profissional, o que queremos atingir na família,
no trabalho, nos relacionamentos, nos aspectos financeiro, físico, espiritual, etc., mas
temos que estar organizados para tal.
Um terceiro momento diz respeito a estabelecer como vamos chegar lá. E para isso
vamos definir estratégias para cada meta traçada, dizer de que forma, como vai ser, o
que precisamos fazer concretamente para atingir aquele objetivo traçado. Neste item,
vamos orientar nossas ações, vamos definir nossas prioridades e estabelecer o que fazer
em um primeiro momento, no segundo, terceiro e assim por diante. Nesta fase listamos
as providências que devem ser seguidas.
Agora que já sabemos nossos objetivos, nossa(s) meta(s) e como vamos fazer, já
podemos estabelecer quais os recursos que serão necessários, ou seja, de quanto recurso
Então até aqui já temos estabelecido nossos objetivos (o quê), nossas metas (quando
vamos chegar lá ou quanto vamos atingir), nossas estratégias e providências (como
vai ser), nossos recursos (do que precisamos) e nosso cronograma (o que vai ser feito
e quando) e podemos passar a fase de implantação do que foi planejado, tratando de
realizar o que planejamos para nossa vida.
Quer dizer, precisamos manter o controle da situação e ter ciência do que deu certo e
do que não deu e, principalmente, por que não deu, para que seja possível ajustar as
estratégias e corrigir os desvios. E, ao mesmo tempo, em que controlamos nossas ações,
estamos falando de avaliação do que foi planejado – durante toda a execução do nosso
plano vamos avaliando o que está sendo positivo e o que é negativo, a fim de eliminar
as incorreções atuais e do futuro (o futuro pode ser já amanhã) e essa avaliação pode
ser feita semanal, quinzenal ou mensalmente, dependendo das prioridades de cada um
de nós. Podemos perguntar:
• O que alcancei?
• Como fiz uso de meu tempo? Quanto tempo demorei em cada ação/estratégia?
• Quais os fatores que interferiram na ação prática? Quais os imprevistos?
• Que decisões tomei?
• Quais as conseqüências disto?
Para aqueles que não conseguem planejar sua vida uma boa dica é permitir-se um
tempo de reflexão para sua vida, pensar em qual é sua filosofia de vida, quais são seus
valores, seus princípios.
Por fim, outra dica importante é que cada um sabe de si, de suas características, de suas
dificuldades, de suas potencialidades e, o mais importante neste processo todo, é ter
muita autenticidade e coerência consigo próprio - o planejamento pessoal só interessa
a si mesmo, diz respeito aos sonhos e ao futuro de cada um e, portanto, ser sincero e
honesto e ter ciência de suas potencialidades é o primeiro passo.
E mais: assim como nenhum planejamento é estático e no seu todo deve ser ajustado
conforme os acontecimentos, também o planejamento pessoal pode sofrer variações
no seu modelo, o que significa dizer que cada um de nós pode desenvolver a sua forma
própria, o “desenho” do seu plano.
91
INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE: COMO UNIR ESSES DOIS PÓLOS?
O gigante norte-americano Wal Mart sempre foi conhecido por ser um dos principais
varejistas do mundo e por estar focado na eficiência da sua operação, crescimento e
lucro. Tendo como principal diferencial a estratégia de preço baixo, até pouco tempo
aparentava não se preocupar com mais nada além disso. Não demostrava nenhuma
preocupação com a sociedade ou o meio ambiente e, assim, não dava motivos para ser
considerada extremamente diferenciada de sua concorrência.
Porém, com o passar dos anos ficou evidente para os líderes do Wal Mart que a situação
deveria mudar se a empresa desejasse se manter no topo do seu ramo de atuação.
Afinal, depois de fazer algumas pesquisas com clientes e ex-clientes, a companhia
descobriu que uma boa parcela de consumidores deixava de comprar lá por causa de
certas “atitudes” (ou falta delas).
Na prática
De lá para cá, três grandes metas foram estabelecidas:
• Ser alimentado com 100% de energia renovável;
• Não desperdiçar nada em toda a cadeia de produção e vendas;
• Vender produtos que mantenham os recursos próprios e o meio ambiente.
Para conseguir isso, o Wal Mart fechou parcerias com fornecedores dos mais diferentes
segmentos que puderam contribuir para que os objetivos fossem alcançados.
Para alcançar o segundo objetivo, o Wal Mart repensou a forma como embala o que
vende e repensou seus departamentos de operações e aquisições.
A ideia
Este exemplo de uma empresa de grande porte mostra que é possível mudar
comportamentos “tradicionais” e passar a se preocupar mais com a inovação e a
sustentabilidade dentro de uma organização. O importante é, antes de mais nada,
entender que não basta simplesmente inovar ou se preocupar com a sustentabilidade. É
preciso levar os dois conceitos juntos.
92 19ª Convenção Unifort 2012 | Evoluir para Crescer
Como afirmou a publicitária Christina Carvalho Pinto no 1º Debate de Sustentabilidade
Não separe o que deve estar unido. Lembre-se disso e faça da inovação e da
sustentabilidade dois pilares fundamentais para o sucesso da sua organização.
Dicas práticas
• Identifique quais são os problemas na sua cadeia de produção no que diz respeito
à sustentabilidade;
• Debata com seus colaboradores possíveis soluções para esses problemas;
• Encontre fornecedores que tenham as mesmas preocupações que você;
• Estabeleça metas que, ao cumpridas, farão a sua empresa mais sustentável e
inovadora;
• Incentive seus colaboradores a compartilharem ideias que podem tornar sua
empresa ainda mais sustentável – e, porque não, inovadora;
• Esteja sempre atento ao que seus concorrentes ou até mesmo empresas de outros
segmentos estão fazendo para se tornar mais sustentáveis e procure aprender com
elas;
• Lembre-se sempre dos motivos que o levaram a começar essa mudança. Assim,
não vai ser uma dificuldade qualquer que vai fazê-lo desistir.
Com isso em mente é começar a agir. Os resultados desse trabalho serão evidentes.
Sua empresa se tornará uma organização melhor e com isso até mesmo os resultados
financeiros melhorarão. Não custa tentar, não é mesmo?
O instinto materno de delicadeza e a atenção aos detalhes fazem das mulheres mais
flexíveis quando lidam com perfis diferentes de clientes
O professor diz que a mulher tem melhor visão periférica, em contraste à visão focada
do homem. Isso acontece em virtude de a mulher ser biologicamente programada para
cuidar de sua prole. Por causa disso, elas são muito boas para ampliar o networking.
“As mulheres são capazes de identificar oportunidades em todo o seu redor, dosando
conversas e otimizando o tempo de contato com cada interlocutor”, diz Tomanini. Além
disso, o instinto materno de delicadeza e a atenção aos detalhes fazem das mulheres
93
mais flexíveis quando lidam com perfis diferentes de clientes. A dedicação às regras
também profissionalizam mais a sua atividade.
NEGOCIAÇÃO
Foi assim que George Kohlrieser, autor do livro Hostage at the table (ainda sem
tradução para o português, mas seria algo como Refém à mesa), iniciou sua carreira
de negociador no departamento de polícia norte-americano. E seu conselho é: inicie
o “ciclo da afinidade” com o sequestrador perguntando: “O que está acontecendo com
você?”, “O que eu posso fazer por você?” ou “Que problemas você tem e como faço para
te ajudar?”.
De todas essas etapas, estabelecer um diálogo talvez seja uma das mais difíceis. Sabe por
quê? Quando você está conversando com alguém que demonstra passividade, descaso,
é muito detalhista, bastante emocional ou racional, prolixo, subjetivo ou mostra falta
de franqueza e honestidade, sua capacidade de manter o foco no objetivo praticamente
Construir um elo de respeito é outro fator determinante. Esses elos podem ser tão
fortes que você já deve ter ouvido histórias de pessoas que foram mantidas reféns
durante longos anos e se perguntado:
“Como, em tantos anos, a pessoa não teve a oportunidade de reagir ou fugir?”.
A questão é que aproximadamente 80% das pessoas decidem por medo de perder algo
ou para evitar sofrimento, enquanto apenas 20% pensam no que podem ganhar ao
tomar uma decisão. Por isso, quando é sequestrado, o refém tem poucas esperanças.
Ao conseguir algumas concessões, como: continuar vivo, receber comida e água, ser
tratado decentemente, etc., já se cria um elo de respeito entre as partes. E a pessoa, por
medo de perder o que ela conquistou, acomoda-se naquela situação.
Você está ficando com raiva do sequestrador? Não fique... na maioria das vezes, nosso
maior inimigo somos nós mesmos. Quantas vezes você já ficou refém dos seus próprios
pensamentos negativos e medos? Quantas vezes perdeu oportunidades de ganhar por
só conseguir enxergar o que poderia perder?
Geralmente, pensamos em tudo de ruim que uma decisão pode acarretar.
Por isso, para finalizar bem suas negociações, evite esses pensamentos
negativos e suas respectivas perdas. Em vez disso, preste atenção em:
• Vínculos – O que me liga ao cliente? O que temos em comum, experiências,
expectativas?
• Território – Quanto avancei na negociação? O que foi conquistado, em que pontos
cada um cedeu?
• Estrutura – Qual é a minha função? Sou um consultor, um vendedor ou um simples
atendente para meu cliente?
• Identidade – Quem sou? Meu cliente me considera profissional, atencioso, eficiente e
sincero?
• Futuro – Para onde estou indo? Estou levando a venda para um fechamento ou perdi
o foco e estou confundindo meu cliente?
• Significado – Qual é o objetivo? O que estou oferecendo faz sentido para a vida do
cliente?
• Controle – Estou ficando sem opções? Nesse caso, não se desespere nem acredite que
baixar seu preço é a única alternativa. Seja criativo!
E bons negócios!
95
qual participei em setembro de 2009, em São Paulo, SP.
Apesar da forma diferente com que cada um dos palestrantes tratou os assuntos, dois
pontos foram evidenciados como sendo muito importantes:
1. Enquadrar as questões.
2. Coletar as informações.
3. Tirar conclusões.
4. Aprender com a experiência e assim sucessivamente.Para ilustrar esse processo,
ele utilizou seus dados de pesquisa sobre o campo de visão humana, no qual se
sabe que 95% das células da retina são da visão periférica. E é exatamente essa
qualidade física pouco conhecida do público em geral que podemos utilizar para
ampliar nosso foco de negociação e perceber novas oportunidades. Dica: use a
visão periférica e descubra o que está fora do foco da negociação, ali pode estar a
solução do impasse.
Willian Ury também seguiu essa linha com suas seis fases da negociação:
1. Afastar-se do processo para ter uma visão mais ampla e achar uma nova perspectiva.
2. Pensar no Mapan – a Melhor Alternativa Para um Acordo Negociado.
3. Descobrir, entender e respeitar o lado deles, a outra parte.
4. Reformular sua proposta para desviar a atenção dos interesses, opções e critérios
deles.
5. Não positivo, é dizer um não respeitoso e neutro a tudo o que você não quer, como
descontos altos, prazos elevados, etc., estabelecendo limites claros. Em seguida,
propor um sim, sugerindo um acordo que atenda aos seus objetivos, levando em
consideração os deles, que seja possível e realista.
6. Ponte dourada é como Willian Ury chama a construção dessa relação, que deve
ser duradoura e ir além. Ao seu ver, caso o comprador decida por determinado
produto/serviço, é papel do vendedor ajudá-lo a elaborar os argumentos e
justificativas do porquê daquela escolha, caso aquele precise defender a compra
perante seu gerente ou líder.
Cuide para não tomar decisões puramente emocionais, faça seu roteiro e bons negócio
• O preço nunca é tudo numa negociação
Desde o começo da crise financeira mundial, temos visto que os preços voltaram a se
tornar o centro das atenções em muitas negociações. Diariamente, perguntam-me se o
preço não é tudo numa negociação. É claro que não, reafirmo! Principalmente porque
o preço é, acima de tudo, o valor que você atribui ao seu produto e que seu cliente
concorda em pagar. Nada mais, nada menos. Então, vamos ver algumas informações
importantes que reforçam essa ideia.
Uma pesquisa realizada pelo norte-americano Tom Reilly descobriu que, entre 0 e
10, vendedores dão peso de 8,3 para preço enquanto os clientes dão 6,9, ou seja, os
vendedores estão muito mais preocupados com o preço que os compradores.
Então, como uma primeira dica, entenda que o comprador sempre vai dizer que está
caro e insinuar que sem desconto a negociação naufraga, por mais que ele queira muito
aquele produto ou serviço. Isso faz parte de seu papel, mas nem por isso é verdade.
Muitas vezes, quando o cliente começa a negociar preço, é porque ele já decidiu a
compra, porém ainda precisa ter a sensação de que fez um excelente negócio.
Mas já sei, sempre há aqueles vendedores que vão insistir que não adianta pontuar
todos os benefícios dos produtos que os compradores sempre acabam leiloando
com a concorrência ou pressionando pelo desconto máximo de tabela, O.k.! Então,
vamos admitir que o preço tem sim sua importância e que precisamos enfrentar isso
numa negociação claramente. Portanto, o passo seguinte na gestão do preço em uma
negociação é protegê-lo. Como?
97
percepção caso a caso, como o prazo, o valor da parcela e os descontos, por exemplo:
há clientes que consideram o prazo de entrega muito mais importante que o preço e
outros que valorizam mais a forma de pagamento. Muitas vezes, o valor da parcela
que o comprador irá pagar é muito mais importante que o preço final do produto ou
serviço. Em outros casos, os descontos são uma ferramenta estratégica de fechamento
para quem prefere pagar à vista.
A melhor alternativa
Acredito que você, mesmo imbuído da melhor das intenções de chegar a um acordo
mutuamente satisfatório, terá de tomar a iniciativa de buscar o melhor ganho possível,
otimizando seu resultado, não se contentando com um ganha-ganha linear. Você deverá
separar as pessoas dos problemas, trabalhar interesses do encontro e não posições
pessoais, buscando sua melhor alternativa para um acordo negociado, mas a verdade é
que a realidade fará com que você proceda no mínimo como espera que a outra parte
o faça: buscar ganhar, ganhando!
Contra a parede
Convém lembrar que essa filosofia de negociação não induz o outro lado a perder
nem considera a negociação uma contenda. Você usará todo o seu planejamento para
ganhar, mas deverá ter a habilidade de não colocar o outro lado contra a parede e
mostrará ser do seu mais profundo interesse que essa negociação seja uma dentre
outras tantas legitimadas por sua ação, visando mútuos benefícios e um permanente
relacionamento. Mas, na prática, como conseguir isso?
O simples ganha-ganha é bom, mas ganha-ganha gera mais valor e melhores resultados.
E para alcançar o seu nível de ganha você já dispõe do principal: seu talento!
• Negociação - Leve na carteira e consulte sempre
Prepare-se
1. Aprenda tudo sobre seu produto ou serviço. Não se limite à literatura e manuais
“oficiais”. Converse com clientes para descobrir a opinião deles, como eles usam
aquilo.
2. Consiga informações sobre seu cliente. É mais fácil do que parece. Procure os sites
deles, as informações divulgadas pela imprensa, ou simplesmente pergunte a ele.
3. Antes do encontro, imagine-se respondendo todas as perguntas com segurança,
negociando bem e saindo dali com um belo contrato. Diga a seu cérebro o que ele
deve fazer e ele o fará.
99
Comece com o pé direito
1. Não encare a negociação como uma batalha, mas como uma busca para uma
solução boa para todos. Para isso, apresente-se profissionalmente, sorria, seja
educado e ético.
2. Encare o negócio como único. “Enxertar” coisas que deram certo com outras
pessoas na sua negociação antes de ouvir o cliente é criar um “Frankenstein”. Faça
uma proposta harmoniosa e coerente a partir das necessidades da pessoa à sua
frente.
3. Não negocie contra o relógio; pegar um atalho e queimar etapas de venda significa
perder um negócio ou, pior, aceitar algo que dificilmente trará lucro.
Dê e consiga responsabilidade
1. Assegure a seu cliente que você é a empresa para ele, e que espera o mesmo dele.
Nada de transferir responsabilidades, durante ou depois da venda. Risque o? “Isso
não é comigo” do vocabulário de ambos.
2. Caso não saiba ou não possa garantir algo, peça licença, fale com o pessoal da sua
empresa, consiga uma resposta definitiva e só então siga em frente.
3. Se você sentir que aquela não é a pessoa com quem você deveria falar, descubra
quem realmente manda e peça ao seu interlocutor ajuda para falarem juntos com
o chefão e discutirem a compra. Não deixe os peixes pequenos de lado, consiga o
apoio deles.
Adicione valor
1. O que você vende não é só um produto ou serviço. É uma série de experiências,
fatores e emoções que afetam a vida e o bolso de seu cliente. Use isso tudo para
tornar o que você vende mais desejável.
2. Pessoas compram soluções para problemas e conveniências. Traduza cada
característica de seu produto ou serviço em vantagens para o cliente.
3. Lembre se de que seu cliente não vai usar o que você vende só hoje. Os fatores
tempo, durabilidade e confiança também são muito importantes.
Fuja do precinho/prazão
1. Se o cliente reclamar do preço, pergunte-lhe por que acha que é caro. Você
descobrirá objeções escondidas que podem ser resolvidas sem desconto.
2. Negociação não é discussão de preço. Direcione seu cliente para as vantagens do
Sob ataque
1. Se o cliente parecer irritado, mantenha a calma. Tenha em mente que ele está
nervoso com alguma coisa a respeito de seu produto ou serviço, e não contra
você. Espere que ele fale o que tem a falar. Olhe no olho do cliente e mantenha a
expressão neutra.
2. Evite dizer algo como: “O senhor está nervoso” ou “Você não entendeu”. Isso pode
levar a mais discussão.
3. Consiga um “sim”. Traga de volta à negociação um ponto sob o qual vocês
concordaram e continue a dali. Quando você e seu cliente encontram-se em
posições antagônicas, a venda pode ser salva se ambos olharem novamente para o
mesmo ponto.
Concessões
1. Faça concessões com conta-gotas. Ofereça um pouco de cada vez, em vez de um
grande lote de benefícios ao cliente para que ele feche logo. Assim, ele pode acertar
o negócio na primeira ou na segunda “gotinha” de concessão.
2. Não se apresse. O silêncio em uma negociação pode incomodar mais o cliente do
que o vendedor. Deixe que ele pense, reflita, expresse seus pensamentos.
3. Só discuta um ponto quando você estiver preparado para discuti-lo. Evite a
tentação de improvisar. Reflita antes de oferecer algo.
101
4. Nunca aceite a primeira oferta; deixe o vendedor implorar, pois isso dá margem
para maior barganha.
5. Use sempre o lema: “Você pode fazer melhor do que isto!”.
6. Cadastre no computador o menor preço possível e sempre peça mais, até o
vendedor parar de dar.
7. Mostre que você é subordinado de alguém e que o vendedor também tem um
superior que sempre tem desconto a mais para dar.
8. Seja inteligente, finja-se de idiota!
9. Não faça concessões sem contrapartida.
10. O vendedor que chega pedindo sabe que tem de dar.
11. O vendedor que procura razões sólidas para contra-argumentar, em geral, é
mais organizado e esclarecido. Use seu tempo para explorar os vendedores
desorganizados.
12. Não tenha dó dos vendedores; jogue o jogo dos maus.
13. Não hesite em usar argumentos falsos, como o de que os concorrentes do vendedor
sempre têm oferta melhor, maior giro, prazo...
14. Repita as mesmas objeções, mesmo que sejam absurdas de tanto ouvi-las, o
vendedor acaba acreditando.
15. Lembre se de que 80% das condições são obtidas na última etapa das negociações.
Deixe o vendedor com medo de perder.
16. Obtenha o máximo de informações sobre a personalidade e as necessidades dos
vendedores. Descubra o ponto fraco deles.
17. Sempre convide o vendedor a participar de uma grande promoção. Acene com
volumes altos e consiga o maior desconto que puder.
18. Peça coisas impossíveis. Deixe-o esperando. Não cumpra os horários. Passe o
outro vendedor na frente dele. Ameace romper a negociação a qualquer momento.
19. Lembre-se de que desconto tem outros nomes como bonificação, cortesias,
brindes, patrocínios, inserção no tablóide, indenização de encalhe..
20. Se o vendedor demorar para dar a resposta, diga que já fechou com o concorrente.
21. Quanto mais desinformado o vendedor for, mais ele acreditará em você.
22. Não se impressione com os novos equipamentos dos vendedores; isso não quer
dizer que ele esteja preparado para negociar.
23. Os vendedores do tipo “antigo” ou “jovem” são os que mais cedem. O antigo
porque acha que sabe tudo; o jovem porque é inexperiente.
24. Se o vendedor estiver acompanhado de um superior, exija mais desconto, mais
participação nas promoções, ameace tirar o produto de linha. O supervisor não vai
querer perder o pedido na frente do vendedor.
25. Siga sempre o lema: “Vendo tudo o que compro; nem sempre compro o que vendo”.
26. Finalmente lembre-se sempre da regra de ouro de um bom comprador: “Não perca
tempo com vendedores profissionais. Invista seu tempo no vendedor despreparado.
Não se assuste com as grandes marcas. Por trás de uma grande marca pode estar
um vendedor despreparado, que só conta com a marca. Invista seu tempo no
vendedor que não faz cálculos, que cede facilmente, que quer entrar ou que tem
medo de perder o cliente”.
Graduado em antropologia por Yale e com Ph.D. por Harvard, Ury conduz, há duas
décadas, desde negociações empresariais e governamentais a conflitos entre diferentes
grupos étnicos. Tem recebido por seu trabalho inúmeros prêmios, do American
Arbitration Association Award até uma medalha do Parlamento Russo por seus
préstimos àquele país.
Clientes, além disso, estão se tornando mais sofisticados e estão querendo soluções
especiais que são únicas às necessidades deles. Isto requer customizar cada venda e
chamadas para a companhia para dar mais abertura para o vendedor, fazendo com que
ele possa negociar a mútua e lucrativa venda. Não existe mais perícia vitalícia para o
vendedor que faz a negociação cooperativa (ou seja, ele tem de estar constantemente
reciclando e aprimorando-se).
103
TV – Existem certos executivos e empresários que usam como estilo gritar e
defender sua posição com agressividade. Porém, se você mantiver sua postura
também firme e argumentar, ele acaba mudando de opinião. Isso contraria até que
ponto sua maneira de encarar a negociação?
Não há nada de errado em ser firme ao negociar. Todo negociador tem a obrigação de
ser firme - firme em ir atrás de seus interesses e firme em tentar resolver o problema
justamente de uma maneira que junte os interesses de ambos os lados. Contudo, se
você simplesmente fica em sua posição, há uma grande probabilidade de um impasse.
Criam-se as questões: quem irá entrar? Quem irá afastar-se? Se você fizer isso, você não
irá gostar. Se o outro lado o fizer, eles se lembrarão e tentarão dar a volta por cima mais
tarde. Se ninguém o fizer, não haverá acordo. Existem formas mais funcionais para
negociar do que esta.
A melhor maneira de se colocar na pele dela é ouvir. Isto explica por que, se observar
negociadores de sucesso, você percebe que eles falam muito menos do que escutam.
Nós sempre achamos que o negociador de sucesso é um bom “falador” mas ser um bom
“ouvinte” é ainda mais importante.
Em negociação, nós tendemos a focar em “o que” iremos falar - é difícil estar ouvindo
ao mesmo tempo em que se está prestando grande atenção nas reações da outra
pessoa. Portanto é sempre bom trazer alguém junto à negociação para prestar atenção
nos interesses reais e sentimentos da outra pessoa. Quando estamos negociando em
grupos, geralmente apontamos um porta-voz. É tão importante quanto apontar alguém
para ouvir.
O segundo passo é achar uma maneira de difundir a tensão. Use a força da surpresa.
Faça ao outro lado o que ele espera. Ao invés de falar primeiro, escute - com respeito.
Entenda sua própria contribuição à tensão. Desculpe-se quando apropriado. Nenhum
TV – Que outras dicas poderia dar-nos para encarar as negociações deforma mais
eficaz?
Foque-se não em sua posição, mas nos seus interesses, nas preocupações, necessidades
e desejos básicos. Você pode não obter sua posição, mas pode usualmente encontrar
uma maneira de satisfazer seus interesses. Você pode não conseguir aquele aumento
completo que pediu para seu chefe, mas pode ter uma chance de ganhar muito mais
dinheiro num sistema de comissão, e você pode ganhar mais responsabilidade e desafio,
que irão te levar a futuros aumentos.
Use sua criatividade para inventar opiniões que possam satisfazer os interesses seus
e deles. Suspenda seu julgamento por um momento sobre o que é real e o que é
brainstorm. Algumas das melhores ideias no mundo começaram como ideias “loucas”.
Veja sua tarefa em negociação não simplesmente como chegar a um acordo, mas como
chegar a um acordo perfeito, um que capte totalmente todo o potencial ganha-ganha
inerente à situação. Não trate a negociação como um bolo fixo, que você só pode vencer
se chegar ao outro lado. Tente expandir este bolo, mesmo antes de dividi-lo.
Perceba que o acordo não é o fim, mas apenas o meio da negociação. O acordo é inválido
se não é implementado. Veja seu trabalho como um meio de criar uma relação com
o outro lado que irá levar à completa implementação do acordo, assim como várias
futuras chances de ganho mútuo.
TV – A ênfase dada à negociação está ligada à preocupação com uma nova ética dos
negócios e com as parcerias desenvolvidas pelas empresas?
Sem ética de negócios, é muito difícil alcançar a cooperação a longo prazo. Se você
tem a reputação de ser uma companhia ética, outras empresas irão acreditar em você e
querer formar mútuas e valiosas parcerias contigo. Uma reputação por justas e honestas
105
trata de fazer transação com diferenças, brasileiros, eu acho, naturalmente preferem
negociação à confronto. O desafio-chave será pegar a ingenuidade natural e as perícias
das pessoas e aplicá-las criativamente para negociar para o ganho mútuo. Seria tratar
a negociação da maneira que se trata futebol, não só como um talento inerente, mas
como uma perícia que precisa de prática constante, treinamento e melhoramento.
• O poder da negociação
O poder nas negociações, assim como na vida, é um fator decisivo. O que nem todos
sabem é que ele está ao alcance de qualquer pessoa.
Pode parecer estranho, mas existe poder em não ter poder. Quando uma pessoa bem
preparada e mais poderosa tem um oponente obviamente menos preparado e menos
poderoso, a tendência é que ela tenha complacência com o menos poderoso. No
entanto, isso não ocorre quando ambos estão despreparados e um tem mais poder que
o outro.
Outra situação de inversão de poder: imagine que você deva dez mil reais a uma pessoa
muito mais rica, mas não consiga pagar da forma que planejou. A princípio, quem lhe
emprestou o dinheiro deve ser mais poderoso que você, porém, a partir do momento
que você não consegue pagar, as coisas mudam de cenário.
Nesses casos, o ideal é ser sincero e comunicar a seu credor a condição econômica
indesejada em que se encontra. A situação do credor também é desconfortável. A
princípio, ele tentará uma posição rígida de “não aceito nada além dos dez mil reais,
em dinheiro”; em seguida, passará por um momento de irritação e frustração, em que a
tendência é fazer ameaças. Se você passar por essas fases de cabeça erguida, mantendo
a calma e transmitindo credibilidade por meio da sua posição e dos seus argumentos,
poderá se beneficiar da última fase, ou seja, a de compreensão e cooperação. Em casos
como esses, já vi pessoas e até mesmo instituições aceitarem 20% do valor da dívida.
Lógico que sua credibilidade acaba ali mesmo, com o fim da sua negociação, mas é uma
possibilidade.
Momentos de poder
Existem também “momentos de poder”, que Robert Cialdini, autor do livro O poder
O preparo deve ser feito com calma e antecedência. Lembra quando era estudante e lhe
diziam que estudar na véspera das provas era desespero? Pois é, esse ditado vale aqui
também. Aqui estão alguns pontos que você deve ter muito claros, antes de iniciar uma
negociação:
1. Quais são os seus objetivos? – Tenha objetivos claros e tangíveis. Não diga: “Vou
fazer o melhor que eu puder”, isso é muito subjetivo. Estabeleça três objetivos,
no máximo, para cada negociação, pois se tiver mais que isso perderá o seu foco
e é grande a probabilidade de sair de lá sem ter cumprido nenhum. Precisando,
deixe os outros para futuras reuniões. Escreva os seus objetivos. Quando você os
107
escreve, o seu comprometimento com eles aumenta consideravelmente. E não se
esqueça de ser ousado. O resultado que atingirá está diretamente relacionado com
o objetivo que colocar, então, seja realista, mas pense grande.
2. Alternativas de escape – Faça uma lista das objeções mais frequentes. Ela ficará
ainda mais rica se os outros vendedores da sua empresa participarem e pensarem
em respostas para todas elas, de preferência mais de uma. Por exemplo, quando o
seu cliente diz: “Tá caro!” (já ouviu isso antes?), você pode responder: “Seria uma
possibilidade um modelo com menos potência?” ou “Seria uma possibilidade que
fosse de outra cor?”. Quando você pergunta, descobre o que o seu cliente valoriza
e qual é, realmente, a objeção, além de deixar claro que existe uma vontade sua em
cooperar e tentar resolver de forma satisfatória o problema dele.
3. Valores – Quando falamos em “valor” logo pensamos em dinheiro, mas o
importante aqui é saber o que mais a outra pessoa valoriza. Prazo de entrega, de
pagamento, cor, modelo, localização, qualidade, atendimento, status, marca, etc.
Existem muitas outraspossibilidades de moedas de troca. Pense nisso e certamente
descobrirá formas de diminuir a necessidade de dar desconto.
4. Piso mínimo/máximo – É um valor de referência para saber até onde vale a pena
comprar ou vender. Sugiro que você estipule o valor desejado para a negociação e
garanto uma coisa: o valor final vai ficar entre os dois valores que se colocar como
meta, o desejado e o mínimo (para quem vende) ou máximo (para quem compra).
Utilize o valor mínimo apenas como referência. Se a diretoria determinou que
você pode dar até 20% de desconto, esse é o seu piso mínimo. Não comece com
os 20%, pois existem 19 números entre o 0 e o 20. Mostre a sua habilidade em
negociar e feche sem precisar chegar ao seu piso mínimo.
5. Seja positivo – Compradores, muitas vezes, tentam fragilizar o seu estado mental;
se isso é uma estratégia ou não, é questionável, mas sem dúvida acontece. Como?
Existem várias maneiras, vou listar algumas e veja se já passou por isso: fazer
o vendedor ligar muitas vezes até conseguir ser atendido e, quando finalmente
marcam uma reunião, o comprador o deixa esperando na recepção por longos
minutos; ao iniciar a reunião acontecem várias interrupções, o telefone toca –
falando em telefone, por favor, nunca se esqueça de desligar o seu quando entrar
em uma reunião, ele é o seu maior inimigo em uma apresentação – e assim vai.
Nessas horas, não se deixe contaminar, concentre-se no que você está pensando,
foque em coisas boas, mantenha o bom astral e comente notícias positivas.
6. Gerencie o seu tempo – O problema normalmente ocorre quando o vendedor
percebe que o seu tempo-limite está no fim e o comprador dá sinais claros de que
vai deixar a negociação sem um fechamento. O vendedor sabe da dificuldade que
foi chegar até ali e tende a querer finalizar a negociação “de qualquer jeito”. Esse
é o momento em que o vendedor vai precisar lembrar os seus objetivos e cuidar
para não fazer concessões impensadas. Na dúvida, use esses últimos minutos da
reunião para agendar um novo contato e finalizar com mais tempo.
109
o conhece bem, mas não comece com sua apresentação. O melhor início sempre é
você conhecendo seu possível cliente. Faça perguntas abertas que o levem a descobrir
como o seu produto/serviço pode ser útil àquela pessoa. Com mais informações sobre
seu possível cliente, seu estilo de vida, suas necessidades e, logicamente, conhecendo
muito bem os benefícios que o seu produto/serviço pode proporcionar, você vai fazer
uma apresentação “sob medida”, aumentando consideravelmente as possibilidades de
que o possível comprador comece a se interessar. Nesse caso, não tenha muita pressa, o
“namoro” entre o cliente e o novo produto/serviço pode precisar de um tempo maior,
mas ainda assim tem grandes chances de progredir para um fechamento.
OS PONTOS-CHAVE DA NEGOCIAÇÃO
Meu estilo de fazer negócios é bem simples e direto. Eu miro muito alto e então
fico tentando, tentando, até conseguir o que quero. As vezes consigo menos do que
pretendia, mas, na maioria dos casos, consigo o que quero. Acima de tudo, acho que
negociar é uma habilidade inata. Está nos genes. , Não me refiro a mim, e isso também
não tem nada a ver com o fato de ser brilhante.E preciso uma certa inteligência,
mas principalmente intuição. Você pode pegar o cara mais inteligente da Wharton,
aquele que só recebe notas A e tem um QI de 170: se ele não tiver intuição, nunca
será um empresário bem-sucedido. Além do mais, muitas pessoas que realmente têm
intuição nunca saberão disso, porque não têm coragem ou a felicidade de descobrirem
seu potencial. Em algum lugar por aí existem alguns homens com mais talento nato
para o golfe que Jack Nicklaus, ou mulheres com maior habilidade no tênis que Chris
Evert ou Martina Navratilova, mas eles nunca pegaram num taco ou numa raquete e,
portanto, nunca descobrirão o que poderiam ter sido. Pelo contrário, sentem-se felizes
em sentar e ver essas estrelas na televisão. Quando penso nos negócios que já fiz- e
nos que perdi ou deixei de fazer- vejo alguns elementos comuns. Mas, ao contrário dos
pregadores do mercado imobiliário que vemos na televisão nos dias de hoje, não posso
prometer que, seguindo estes preceitos, alguém se torne milionário da noite para o
dia. Infelizmente, é raro as coisas acontecerem assim, e a maioria das pessoas que tenta
enriquecer rapidamente termina no buraco. Para aqueles que possuem os genes, que
realmente têm intuição e que poderiam ser muitíssimo bem-sucedidos, bem . . . mesmo
assim espero que não sigam meus conselhos. Porque isso tornaria as coisas muito mais
difíceis para mim.
• Pense Grande
Gosto de pensar grande. Sempre gostei. Para mim, é muito simples: se você tem
mesmo de pensar, pense grande. Muitas pessoas pensam pequeno porque têm medo
do sucesso, medo de tomar decisões, medo de ganhar. E isso traz uma vantagem muito
grande para pessoas como eu. Meu pai construía imóveis para pessoas de baixa e
média rendas no Brooklyn e no Queens. Quanto a mim, já me sentia atraído por locais
mais sofisticados. Enquanto trabalhei no Queens, sempre desejei trabalhar em Forest
Hills. E quando fiquei mais velho, e talvez mais esperto, percebi que Forest Hills era
111
ofereceu para reembolsar o dinheiro que eu já havia gasto até então para financiar toda
a construção, e para me garantir contra prejuízos durante cinco anos. Minha escolha
estava entre arcar sozinho com todos os riscos e possuir cem por cento do cassino ou
aceitar cinqüenta por cento de participação sem desembolsar nem um centavo. Era
uma decisão fácil. Barron Hilton, ao contrário, foi um tanto imprudente ao construir
seu cassino em Atlantic City. Com o intuito de inaugurar o mais rápido possível, ele
solicitou a licença e, ao mesmo tempo, começou a construir uma instalação de 400
milhões de dólares. Então, dois meses antes da data prevista para a inauguração do
hotel, a licença de Hilton foi negada. Ele acabou me vendendo o hotel, de última hora,
sofrendo grandes pressões e sem muitas outras opções. Rebatizei o cassino de Trump’s
Castle e hoje ele é um dos hotéis-cassino mais bem-sucedidos de todo o mundo.
113
também não escolhi o nome porque acho bonito. Fiz isso para chegar a algum lugar.
Uma coisa que a Prefeitura quer muito é manter as redes de televisão em New York,
principalmente a NBC. Perder uma rede de televisão para New Jersey poderia ser um
desastre psicológico e econômico. Alavancagem: não faça negócios sem isso.
• Faça Propaganda
Você pode ter o melhor produto do mundo, mas se as pessoas não souberem disso, ele
não terá muito valor. Existem cantores no mundo com uma voz tão bonita quanto a de
Frank Sinatra, mas eles estão cantando no banheiro, porque ninguém jamais os ouviu.
É preciso despertar interesse, criar entusiasmo. Uma solução é contratar um relações
públicas e pagar-lhe um bocado de dinheiro para vender seu produto. Mas para mim,
isso é como contratar consultores externos para fazer uma pesquisa de mercado.
O resultado nunca é tão bom como quando feito por você. Uma coisa que aprendi
sobre a imprensa é que ela está sempre ávida por uma boa história. E quanto mais
sensacional, melhor. Faz parte da natureza do trabalho, e entendo isso. A questão é: se
você é um pouco diferente ou um pouco escandaloso, ou se faz coisas audaciosas ou
controvertidas, a imprensa vai falar de você. Sempre fiz coisas um pouco diferentes, não
• Reaja!
Por mais que velha a pena enfatizar o positivo, há horas em que o único caminho
é o confronto. Na maioria das vezes isso é fácil para mim. Sou muito bom com as
pessoas que são boas para mim. Mas quando me tratam mal ou injustamente, ou
tentam tirar vantagem, minha atitude, em toda a minha vida, sempre foi reagir. O
115
risco é tornar uma situação ruim, ainda pior. Certamente, não recomendo essa atitude
para todo mundo. Mas minha experiência diz que, se você está brigando por algo em
que realmente acredita, mesmo que isso signifique afastar algumas pessoas, as coisas
sempre acabam dando certo. Quando a Prefeitura, injustamente, negou o parcelamento
padrão de impostos para o Trump Tower, briguei com ela em seis tribunais diferentes.
Custou-me um bocado de dinheiro, todos achavam que eu ia perder e diziam que era
uma atitude inadequada politicamente. Eu achava que valia a pena, independente do
resultado. Neste caso específico eu ganhei, o que tornou as coisas muito mais fáceis.
Quando o Holiday Inn, meu antigo sócio no Trump Plaza Hotel e no Cassino de
Atlantic City, dirigia um cassino que tinha um desempenho constantemente abaixo de
50% em relação aos outros cassinos da cidade, briguei feio com eles, que acabaram por
me vender sua parte no negócio. Então comecei a pensar em tentar obter o controle
de todo o Holiday Inn. Mesmo que eu não esteja sempre na ofensiva, existe um monte
de gente no meu pé. Um dos problemas de ser bem-sucedido é que inevitavelmente
você é alvo de ciúmes e inveja. Existem pessoas - eu as classifico de perdedores - que
só se realizam na vida tentando atrapalhar as demais. No que me diz respeito, se elas
tivessem alguma capacidade não estariam lutando contra mim, estariam é fazendo
alguma coisa construtiva.
• Reduza os Custos
Acredito em gastar o que se tem de gastar, mas não acredito em gastar mais do que
se deve gastar. Na época em que construía imóveis para a classe de baixa renda, o
mais importante era construí-los rapidamente, fazê-los baratos e adequados, para
que pudessem ser alugados logo e render alguns trocados. Foi quando aprendi a ter
consciência do custo. Nunca joguei dinheiro fora. Aprendi com meu pai que cada
centavo conta, porque não demora muito e os centavos se transformam em dólares.
Até hoje, se acho que uma empresa contratada está cobrando a mais, pego o telefone
mesmo que seja apenas por causa de 5 ou 10 mil dólares, e reclamo. As pessoas
costumam me perguntar: “Por que se preocupar com alguns poucos dólares?” Minha
resposta é: no dia em que eu não puder pegar o telefone e gastar vinte e cinco centavos
num telefonema para economizar 10 mil dólares, fecho o escritório . A questão é que
você pode sonhar alto, mas seus sonhos nunca serão muito grandes se não puder torná-
los realidade a um custo razoável. Quando construí o Trump Plaza em Atlantic City,
os bancos estavam relutantes em financiar uma nova construção, porque os custos de
quase todos os cassinos, até então, tinham ultrapassado em dezenas de milhares de
dólares o custo previsto. Construímos o Trump Plaza dentro do orçamento e dentro
do prazo. Conseguimos inaugurá-lo para o fim de semana do Memorial Day, no início
da temporada. Bob Guccione, da Penthouse, ao contrário, vem tentando, nos últimos
sete anos, construir um cassino na Boardwalk, bem ao lado do nosso. Tudo o que ele
conseguiu com seus esforços foi uma estrutura enferrujada, dezenas de milhares de
dólares de prejuízo e custos de manutenção desperdiçados. Mesmo pequenos negócios
podem fugir ao controle se você não estiver atento. Durante quase sete anos fiquei
observando, pela janela do escritório, as tentativas da Prefeitura para reconstruir o
Wollman Rink no Central Park. No final desses sete anos, milhões de dólares tinham
sido gastos e o trabalho ainda estava longe de ser completado. Eles já estavam prontos
para arrebentar todo o concreto e começar tudo de novo quando, sem conseguir
me conter, ofereci-me para fazer o serviço. O trabalho levou quatro meses para ser
concluído, com um custo muitíssimo inferior ao previsto pela Prefeitura.
• Divirta-se
Não me iludo. A vida é muito frágil e o sucesso não muda esse fato. Pelo contrário, o
sucesso torna-a ainda mais frágil. Tudo pode mudar de uma hora para outra, e é por
isso que procuro não levar muito a sério as coisas que acontecem. Dinheiro nunca foi
minha grande motivação, exceto como uma forma de manter a posição. O divertido
mesmo é participar do jogo. Não perco muito tempo pensando no que eu poderia ter
feito de modo diferente ou no que vai acontecer. Se me perguntarem exatamente a que
levam os negócios que faço, não sei se vou ter uma resposta convincente. Exceto que
sempre me diverti muito fazendo isso.
117
OS SEGREDOS DA BOA NEGOCIAÇÃO
Diante da provável vitória de Reagan, Carter ficaria em excelente posição para negociar
um bom acordo- e isso ocorreria, como sugeriu então Cohen. se o presidente eleito
deixasse claro que haveria mudança radical na política norte-americana em relação a
governos patrocinadores do terrorismo. Os iranianos saberiam que o dia da posse seria
o prazo final. Prefeririam, então, negociar com Carter. Reagan, que seria realmente
eleito, passou a fazer declarações contundentes, de acordo com as recomendações de
Cohen, e os reféns foram libertados no final da administração Carter.
Por quê? Cohen responde com outra pergunta: para qual pessoa você negocia da pior
maneira? A resposta, evidentemente, é você mesmo. O distanciamento leva à melhor
negociação. à capacidade de enxergar a situação mais claramente. Cohen se lembra de
há 25 anos ter sido contratado por um executivo de Chicago para ajudá-lo a concluir
um acordo com o governo francês. Cohen fala minuciosamente de seu distanciamento
e tranqüilidade mesmo em momentos tensos da negociação, em contraste com a
preocupação constante do executivo.
No final, o acordo foi fechado em condições duas vezes mais favoráveis do que as
melhores expectativas do cliente.
• Negociação em família
Ao voltar para casa, sentindo-se triunfante, Cohen esperava ser recebido como herói. Ao
contrário, viu-se envolvido em uma “revolta” familiar: todos queriam que ele forçasse
o caçula dos três filhos a arrumar o quarto. As sugestões de Cohen para chegar a um
acordo foram rechaçadas em meio a queixas da família quanto a seu distanciamento.
“Já não se tratava mais de um simples jogo’; diz Cohen. “Eram minha vida e meu
legado. Da maneira como tudo se desenrolou, imiscuí-me tão emocionalmente com
essa criança e com o resto da ninhada que não só fui derrotado nas negociações, mas
também fui humilhado no processo.”
No jogo da negociação, é sempre bom não esquecer, as decisões são voluntárias- uma
maneira de livre escolha para reconciliar diferenças. O objetivo é levar a outra parte do
“não” ao “sim’: Vai contra uma tendência em franco crescimento nos tempos atuais, o
contencioso judicial. A negociação exige que as duas partes digam “sim”. A negociação
é também algo transcultural - significa entrar no mundo de outra pessoa, compreender
preocupações, interesses, necessidades, valores, prioridades e contexto.
Quando se pretende um impacto favorável, é preciso voltar-se para o outro, compreender
seus valores, crenças, experiências e mentalidade. “O natural é atribuir nossos valores,
crenças, preocupações e aspirações às pessoas com quem negociamos”, afirma Cohen.
É preciso cuidado: essa imagem refletida- a projeção de um em outroredunda
em desconforto e discórdia.
Deve-se começar com mais perguntas do que respostas, ouvir mais do que falar e
deixar claro que se está prestando atenção. “Sorria e acene com a cabeça, nos momentos
oportunos”, aconselha Cohen. Outra sugestão: anotar o que se diz -e ler em seguida
para conferir-, sinal da importância da conversa. As pessoas gostam de se relacionar
com quem respeita seus pontos de vista. É preciso controlar palavras e reações e
119
atenuar possíveis discordâncias sobre o que foi dito. Enfim, uma regra prática de Cohen
é encarar todas as negociações, na família ou nos negócios, como um encontro entre
representantes de diferentes culturas, em que se esforça para ser sensível a diferentes
perspectivas.
Nas negociações, as propostas devem ser feitas com base em “postura comedida de
humildade e incompetência calculada” e com “uma pose de ignorância’: A ignorância,
mesmo fingida, gera curiosidade, humildade, abertura mental e, por fim, idéias
inovadoras que podem reunir as pessoas.
• Calma e controle das reações
Há cinco anos, Cohen foi chamado a Milwaukee, Wisconsin, para ajudar a resolver um
conflito trabalhista. Depois de um tempo ouvindo as duas partes, de dizer “puxa, agora
compreendo por que estão aborrecidos e como devem se sentir”, Cohen fez um gesto
de desânimo e disse “não sei” quando lhe perguntaram o que achava de tudo. Em um
dia, contudo, as pendências estavam resolvidas. Feito o acerto, um sindicalista puxou
Cohen de lado: “Sabe, Herb, em um dia aprendi a gostar de você e a confiar em você.
Sabe por quê? Você é um cara muito modesto’: Se “a ignorância é uma bênção’; diz
Cohen, por que fingir ser sábio?
Outros conselhos: ter calma e controlar reações- “Se alguém fizer uma pergunta, não
responda imediatamente”; aprender a aceitar o silêncio e a persistir calmamente
em meio à ambigüidade e à incerteza; pedir ajuda- “Uma verdade é inquestionável:
as pessoas gostam de ouvir as palavras “me ajude’. A outra parte tem informações,
expertise, conhecimentos ou experiência. “Precisamos que o interlocutor compartilhe
de boa vontade o que tem, para facilitar a conquista do sim.”
Para, enfim, coroar com sucesso uma negociação, é preciso, em primeiro lugar, investir
suficientemente no processodespender tempo e energia. Em segundo lugar, fornecer
bases de comparação. Se os dois lados tiverem acesso a dados objetivos, terão condições
de avaliar melhor a oferta. Em terceiro lugar, começar com concessões relativamente
grandes e terminar com as menores, de modo a indicar a proximidade da posição
final. E, em quarto lugar, conseguir o envolvimento da outra parte e oferecer opções
ou escolhas - como as pessoas sempre apóiam aquilo quesempre ajudaram a criar, é
sempre desejável que o outro lado participe do processo.
• A arte de negociar, segundo Herb Cohen
Em seu livro e nas exposições, Cohen coloca com muita pertinência experiências
pessoais e profissionais para chegar ao melhor roteiro da negociação - que, portanto,
não é meramente teórico, mas prático. Essa qualidade fica patente também na entrevista
concedida, com exclusividade, à KPMG Business Magazine.
Não foi a negociação mais difícil, mas talvez a mais frustrante, porque os reféns foram
mantidos em cativeiro por 444 dias e o problema era que os Estados Unidos tinham
um presidente que não entendia a cultura iraniana. No Irã, as pessoas não apenas se
sentem à vontade para negociar, como também tudo é pechinchado. E então, no fim,
os iranianos se viram com 52 reféns que eram como preciosos tapetes persas numa
liquidação. E estavam tentando receber a maior quantia possível pela mercadoria obtida
de maneira ilícita. De repente, o presidente Carter adentra o bazar dos vendedores de
tapetes e declara: “Eu quero os reféns, preciso deles de qualquer forma, e, se eu não os
recuperar imediatamente, não iniciarei minha campanha para a presidência’: E ele tem
de começar a campanha. Em outras palavras, ele quer os reféns desesperadamente,
preocupa-se demais, há muita demanda e, como a oferta é limitada, o valor dos reféns
aumenta aos olhos dos iranianos. Mesmo inadvertidamente, o presidente Carter acaba
121
prolongando a permanência dos reféns em cativeiro. Eu digo que foi frustrante porque
o Departamento de Estado tinha idéias próprias sobre a situação; o Conselho de
Segurança Nacional não concordava com elas e havia, ainda, os assessores do presidente.
Por isso, era muito difícil administrar a situação entre as entidades governamentais;
então, você termina perdendo mais tempo negociando com as organizações de seu
próprio país do que com o outro lado, nesse caso, os iranianos.
O senhor acredita que, com o processo mais acentuado de globalização nos últimos
anos, as negociações entre empresas tenham ficado mais complexas?
Tenho quase certeza de que existem mais fatores envolvidos. Além disso, à medida que
as empresas se envolvem internacionalmente, reconhecem a existência de mais de uma
maneira de enxergar a situação. Uma das atitudes que você deve tomar é trazer pessoas
com muita experiência para sua equipe de negociadores. Em muitos países, incluindo
o Brasil, é comum colocar pessoas com certo prestigio em um grupo de negociação.
Sugerem, por exemplo: “Vamos convidar esse professor-doutor da universidade”
ou “Vamos convidar essa pessoa que vem de uma família influente, tem credenciais
fantásticas, criou os filhos tão direitinho”e tais pessoas não seriam, necessariamente, os
melhores negociadores. A melhor maneira de ser um bom negociador é ter experiência
e abertura para aprender com a própria experiência. Por isso, se eu tivesse um problema
que quisesse resolver, ou melhor, se eu estivesse num país que deve dinheiro aos bancos
internacionais, organizaria uma equipe de negociadores, liderada por uma pessoa
muito firme e determinada, com grande experiência em negociações. Assim, essa
equipe seria uma grande equipe de negociadores e se reportaria ao mais alto escalão
do governo, talvez até mesmo ao presidente da República. E, por falar em presidente da
República, algo que você não deve fazer é ter pessoas com muita autoridade envolvidas
numa negociação, aquelas pessoas que não demoram a dizer: “Claro, eu farei o que
você quer”. Por conseguinte, a pessoa menos indicada para negociar por um chefe de
Estado é o próprio chefe de Estado, mesmo que seja brilhante. Por quê? Porque vai
tomar decisões precipitadas. Por isso, você precisa restringir sua própria autoridade
quando está negociando, aprender a dizer: “Parece bom para mim, mas, claro, esse é
um assunto que deve ser aprovado pela minha diretoria, é um assunto que precisa ser
123
aprovado pelos bancos, ou até mesmo um assunto que deve ser aprovado pela minha
mulher”- você diz isso mesmo que não seja casado, porque sempre vai querer ter uma
posição de apoio. Duas razões pelas quais as pessoas negociam de forma precária:
primeira, quando detêm muita autoridade e podem tomar decisõesrelâmpago;
segunda, quando se tornam por demais emocionalmente envolvidas e começam: “Isso
afetará a civilização ocidental’; “vai destruir a economia do nosso país’: E é por isso que
você deve abordar tais situações com a sensação de ter opções, pois esse não é o fim da
civilização ocidental e a vida continua. E é por isso que eu sempre digo para as pessoas:
se você quer se importar, importe-se, mas não tanto, e tudo ficará mais fácil.
Claro! As relações culturais apresentam muitas barreiras se você não entende a outra
cultura. Por exemplo, as pessoas me perguntam quem negocia como os americanos,
e isso não é um elogio, muito ao contrário, é algo do tipo: “Os americanos são tão
agressivos, diretos, autoritários e ríspidos, quem mais pode ser como eles?!”. E eu
respondo: canadenses e australianos - não tenho nada contra canadenses e australianos-
e as pessoas reagem: “Os canadenses eu até entendo, porque são vizinhos dos Estados
Unidos, mas a Austrália?! É tão longe, e eles têm outros planos por lá”. Veja, o que faz
com que as pessoas negociem de forma parecida - e isso é interessante porque um
país como o Brasil que não está em nenhum dos extremos- tem algumas semelhanças
com os Estados Unidos. Por exemplo, há muitos imigrantes aqui; o pais foi colonizado
por europeus, que, ao chegarem, encontraram povos indígenas, meio dispersados. Nos
Estados Unidos você tem uma população considerável, se comparada à do Japão. E aí
você tem um país como o Brasil, onde, se houver um conflito, você pode se deslocar
por causa do tamanho do pais- e isso afeta a maneira de as pessoas negociarem. Já
no caso do Japão, da China, de Taiwan, pelo fato de serem culturas mais antigas,
relacionam-se com o tempo de maneira diferente, tendem a ser mais pacientes. Porém
o Brasil, assim como os Estados Unidos, é mais novo e tende a querer que as coisas
aconteçam mais rapidamente. E isso é muito importante quando você negocia com
outras culturas. Tente conhecer a cultura do país, entenda como a economia daquele
país funciona, porque esses fatores afetam a maneira pela qual as pessoas negociam.
Por isso há tantos desentendimentos- pressupõe-se que o outro lado tem a mesma visão
de mundo, “porque isso é lógico e já foi um método que deu certo”, pensa-se. “Afinal,
sou o presidente da empresa. Posso me sair bem melhor.” Esses negociadores tendem
a ficar confusos e perdidos. E é nesse momento que me contratam, e é assim que pago
minhas contas, graças a essas pessoas perdidas.
Entre os povos das principais nações do mundo, quais o senhor diria que são os
melhores negociadores? Por quê?
Os melhores negociadores, talvez por serem os povos mais antigos, são os descendentes
de chineses que já não vivem mais na China. Eles agora estão em Hong Kong, Cingapura,
etc. São bons negociadores porque, além de se preocuparem em alcançar resultados e
objetivos específicos, são sensíveis aos sentimentos da outra parte envolvida. São ótimos
125
Regidos pelo tempo. O tempo consiste em recurso a ser testado e
aproveitado.
Impacientes- pensam no futuro com ênfase no Pacientes- pensam no presente e no passado (um
vira ser. tanto fatalfstico), de modo que a ênfase está em
ser.
Afetados pelo cronograma e pelos prazos. Menos influenciados pelos prazos.
Negociam em ritmo acelerado, considerando cada Deixam que os assuntos se desenvolvam
assunto por vez. lentamente, inicialmente sem enfoque em
detalhes.
Tomadores de decisão, geralmente participando de Sociedade hierárquica, em que o tomador de
discussões. decisão talvez não esteja na mesa de negociações.
Mais determinação para assumir riscos. Mais aversão ao risco.
O estilo de comunicação é direto, questionador e Apreciam a capacidade verbal, a inteligência e a
desafiador, até mesmo confrontador. eloqüência- tanto que podem reagir antes que a
outra parte conclua o discurso. Os desacordos
devem ser tratados com delicadeza.
Por meio da discussão, chega-se a uma conclusão Para um brasileiro, a discussão não deve somente
(produtiva). avançar, mas ser uma experiência agradável.
Os norte-americanos são persuadidos com base Os brasileiros são mais persuadidos por
em estatísticas, fatos e números. argumentos com base no senso comum,
apresentados com entusiasmo e sinceridade (as
maiores procuras nas universidades brasileiras são
para cursos como história e filosofia).
Um contrato é obrigatório, uma vez assinado. Um contrato pode ser sempre revisado e
revisitado.
“Nas negociações, as propostas devem ser feitas com base em “postura comedida de
humildade e incompetência calculada” e com “uma pose de ignorância’: A ignorância,
mesmo fingida, gera curiosidade, humildade, abertura mental.”
“Se você começa colaborando, são boas as chances de que o outro lado reaja da
mesma maneira -a razão é que na maioria das culturas civilizadas prevalece uma
norma imperiosa de reciprocidade.”
“Os maus negociadores tendem a pensar que sabem tudo e não precisam de ninguém
e, na maioria dos casos, aliam duas qualidades interessantes: não são só burros, como
também arrogantes.”
“Tente conhecer a cultura do país, entenda como a economia daquele país funciona,
porque esses fatores afetam a maneira pela qual as pessoas negociam”.
“A negociação envolve blefes e dissimulações, mas não deve ser levada ao extremo,
porque abrange relacionamentos contínuos e seu papel é tentar resolver os problemas
de maneira tal que ambas as partes se beneficiem.”
RESISTÊNCIAS E OBJEÇÕES
127
• Satisfação com as condições atuais
• Custo de implementar as
• mudanças
• Críticas implícitas e explícitas
129
A . CARO OU BARATO?
Todos os assuntos ligados a preço e custo são de percepção. O que é caro para um
pode não ser para outro. Nessa questão existem preconceitos, opiniões, expectativas
e julgamentos embutidos, por isso qualquer pressuposição é errônea. O conceito de
caro ou barato é, portanto, extremamente relativo. Um artigo parecerá mais barato
quando se aproximar do desejo do cliente. No entanto, qualquer preço é muito alto se
o prospect não estiver convencido de que quer e precisa do que você oferece. Ele irá
considerar o preço caro quando considerar o produto/serviço um “mal necessário”. Há
menor resistência ao preço quando o produto/serviço é de alta demanda e escasso ou
difícil de ser obtido. Um produto é caro quando:
• é desconhecido,
• não interessa,
• não é compreendido,
• é mal-apresentado, ou
• não é desejado.
Qualquer alteração no preço/taxa, seja esta um aumento ou uma redução, deverá ser
sustentada por explicações, caso contrário poderá afetar a credibilidade do produto/
serviço ou gerar desconfiança. Estatísticas mostram que a maioria das reduções de
preço vem diretamente dos vendedores, e as maiores resistências estão centralizadas
nos vendedores e não nos compradores. Todo vendedor tem uma assunção errada
de que se recusar a negociar o preço vai acabar perdendo o cliente, e com isso acaba
baixando o preço para fechar a venda.
131
frente do preço. Mas de onde vem essa objeção constante? É normal que o cliente reaja
à informação sobre o preço, mas antes que você possa lidar com ele é fundamental
descobrir o que essa objeção, realmente, significa. Toda objeção ao preço é, na realidade,
um convite à informação. Diante da reação: “É caro demais” ou “É muito alto”, é preciso
perguntar “Alto/Caro em relação ao quê?” O custo pode ser alto demais em relação aos
seguintes fatores:
OBJEÇÃO
1. A situação financeira do cliente.
2. A atual situação financeira do cliente.
3. A quantia alocada pelo cliente ao produto/serviço.
4. A quantia que o cliente está preparado para gastar.
5. Quanto o cliente acha que seu produto/serviço deveria custar.
6. O preço dos concorrentes para produtos/serviços similares.
7. Preço de produtos semelhantes, alternativos ou substitutos.
8. Quanto o cliente acha que você deve cobrar em função de negócios passados ou
futuros.
ESTRATÉGIA
Essa objeção raramente é genuína; é mais provável que o desejo de comprar não
tenha sido criado. Venda a idéia subjacente a sua oferta. Descubra que prazo o cliente
necessita para facilitarlhe a aquisição do produto/serviço do qual ele tem necessidade.
Procure ajudar o cliente a reavaliar esta quantia, ou buscar alternativas na forma de
pagamento. Conduza a sua apresentação de vendas de forma a fazer com que o cliente
deseje o seu produto/serviço, e o priorize sobre outros. Ajude seu cliente a mudar de
idéia através da apresentação de explicações factuais concretas. Conscientize-o do valor
de seu produto/serviço. Pergunte ao prospect quanto ele acha que deveria pagar; isto
otimiza o tempo de ambos. Compare as possibilidades de forma imparcial e objetiva e
enfatize as vantagens de sua proposta, se forem reais. Não induza o cliente a adquirir
um substituto mais barato que não atenda as suas necessidades. Quando um prospect
estiver comparando-o a alguém com preço muito mais baixo, pergunte-o que outras
despesas ele considerou a médio e longo prazo ao optar pela opção mais barata. Descubra
a validade desta objeção. Concentre a sua apresentação no valor, não necessariamente,
do produto/serviço em si, mas na totalidade de sua proposição. Focalize a diferença de
preço e não o preço. Descubra qual o outro referencial que o prospect tem e focalize-o
na diferença. Com este motivo o cliente lhe pede para fazer-lhe um favor e não um
negócio. Você deve mostrar-lhe que o negócio deve ser bom para ambas as partes. Você
poderá, ainda, oferecer-lhe algum outro benefício ou vantagem marginal, que não a
redução do preço.
9. O cliente opõe-se a qualquer preço que você menciona, por mero hábito.
10. O cliente pressiona você para que ofereça um preço menor, ou está testando-o
para ver se existe um preço mais baixo.
11. O cliente não pode efetuar a transação naquele momento.
12. O cliente não quer comprar e usa o preço como desculpa.
13. O cliente não quer comprar mas não deseja lhe revelar o real motivo.
É fácil reconhecer este tipo de cliente. Suas objeções, no entanto, indicam que
querem que a negociação continue. Não desista, não discuta com ele, mas continue
negociando com base nos méritos de sua proposição. Caso ele realmente deseje o
produto/serviço, em algum momento, deixará esta atitude de lado. Mantenha uma
atitude educada, porém firme. Demonstre por meios objetivos que o preço é justo. Se
precisar negociar o preço, o cliente necessita saber que isto está sendo feito dentro
de uma política de preços da empresa, onde a renegociação do preço encontra-se,
por exemplo, condicionada a concessões por parte do cliente. (e.g. Maior volume de
recursos investidos). É fundamental não abrir precedentes diante deste tipo de pressão.
Muitas vezes essa objeção é uma desculpa. Caso seja e você desista, outro fornecedor
poderá fechar a transação meia hora mais tarde. Assim sendo, você deve continuar
apresentando as vantagens de sua proposição. Caso o cliente tenha que consultar outra
pessoa para concluir a transação, você pode oferecer-se para apresentar a proposição
a esta outra pessoa, ou marcar uma nova reunião de fechamento da transação com
todos os envolvidos. Nesta situação, qualquer preço ou taxa parecerá alta demais, pois o
cliente ainda não resolveu efetuar a transação. Apresente a sua proposição sob a forma
da venda de uma idéia e do atendimento de alguma necessidade primária do cliente,
para estimular o seu desejo de compra. O cliente que usa objeções ao preço para ocultar
seu verdadeiro motivo para não efetuar a transação, não quer comprar. Você pode
tentar descobrir o verdadeiro motivo de sua resistência, pois sem esta informação não
terá a mínima chance de efetuar a transação.
Esta lista está longe de ser completa. Você encontrará muitas outras objeções as
suas proposições. Muitas vezes o cliente não quer comprar, mas deseja somente
“praticar” o esporte da negociação. É interessante observar que, em muitos casos, o
cliente fica satisfeito com a simples obtenção de um desconto, sendo o percentual de
menor relevância. Este é um exemplo no qual verificamos a necessidade de descobrir
as motivações reais, e muitas vezes ocultas, das objeções ao preço. O cliente quer,
simplesmente, comprar por um preço menor do que seu concorrente ou do que outros
clientes? Ele quer vencer a discussão sobre o preço e provar as suas habilidades de
negociador? Quer usar a discussão como uma tática para obter outras vantagens? Quer
mostrar aos seus superiores o que pode fazer? Ele tem medo de ser passado para trás?
Considera uma concessão um sinal de consideração? Acha que vale a pena pechinchar?
Não entende o valor de sua proposição? Quer descobrir o valor genuíno? Oculta outras
objeções importantes? Qualquer que seja a objeção ao preço, tente descobrir os motivos
ocultos de seu cliente. Não entre em pânico ao ser questionado e jamais acredite que
o preço determinará a venda. O seu sucesso em lidar com objeções encontra-se no
seu desempenho, consistência e confiabilidade, sustentados por uma política de preços
133
justa.
F. DICAS FINAIS
Outras dicas para diminuir as objeções ao preço ou taxas são:
• Justifique o seu preço/taxa.
• Use recursos táticos como: a menor unidade de preço, use material para comparações
com produtos inferiores de preço menor, apresente todas as compensações pelo
valor que está sendo cobrado, minimize a diferença de preços pelas vantagens de sua
proposição, estique o preço, compare com um custo equivalente, fale do “alto custo” de
não efetuar a transação. Crie a sensação de urgência, apontando para benefícios que
estejam sendo perdidos.
• Faça com que o preço pareça menor; mostre a vida útil do mesmo, os benefícios, o
retorno que ele trará, etc..
• Faça com que seja um investimento e não uma despesa. Ao focalizar os benefícios
você estará ajudando seu prospect a enxergar o valor agregado de trabalhar com você.
• Compare resultados e não preços. O que importa são os resultados finais.
• Não entre em guerra de preços. A única forma de fugir desta ciranda é elaborar
perguntas específicas para levantar as necessidades.
• Explique problemas potenciais que o prospect pode vir a encontrar se adquirir
produtos/serviços de qualidade inferior. É correto fazer comparações com a
concorrência, mas nunca falar mal dela.
• Faça comparações com produtos e serviços mais caros. Assim, você fará com que seu
produto pareça mais baixo, além de agregar valor ao que vende.
• Facilite o pagamento. Muitas vezes você pode resolver um impasse mudando as
condições de pagamento.
• Tenha sempre benefícios extras, “na manga”, para ocasiões especiais.
• Qualidade, confiabilidade, histórico no mercado, carteira de clientes e qualificação
de funcionários são benefícios muitas vezes invisíveis, portanto, apresente sua empresa
e produto/serviço, adequadamente, pois assim transmitirá confiança e aumentará as
chances de fazer negócios.
• Tenha certeza de que seu prospect está comparando maçãs com maçãs. Peçalhe para
comparar qualidade.
• Não encoraje reduções de preço. Não se venda por pouco. Não se desculpe.
• Não diga que vocês são melhores em tudo menos no preço. Quanto mais importantes
forem a qualidade e segurança em obter os resultados finais, menor importância terá
o preço.
• Não se concentre exclusivamente em análise de custos. A análise de valores é ainda
mais importante.
• Segundo Jeffrey Gitomer não se deve dar o preço antes de o prospect perguntar. Deixe-o
perguntar quanto é, pois esse é o maior sinal de interesse que alguém pode demonstrar.
A resposta para tal pergunta deve ser iniciada com a colocação da qualidade, excelência
no atendimento, etc., para então apresentar o preço.
• O preço deve ser negociado ou diminuído, como uma das últimas opções. O princípio
é manter a pose, ou seja, baixar o preço sem que o prospect questione a integridade da
estrutura de preços.
Um profissional de vendas de sucesso quando ouve uma objeção, sabe que achou o
mapa da mina, e quando não ouve objeção alguma começa a ficar preocupado. Isto
porque uma negociação na qual um cliente não expressa as suas objeções dificilmente
termina em uma venda. É raro encontrarmos uma transação na qual o cliente não
levante objeção alguma. Um cliente que não levanta objeções normalmente não tem
interesse em comprar. Na maioria das vezes, existem detalhes de uma proposição
que um cliente gostaria de mudar ou melhorar, se estiver interessado. É fundamental
permitir que o cliente participe do processo através de suas objeções. As objeções são
sinais de interesse, pedidos de informações adicionais e, muitas vezes, pedidos de
tempo para pensar, tornando-se uma ajuda se puderem ser articuladas e superadas.
São marcos que indicam a posição do cliente e refletem uma atitude com a qual você
pode aprender a lidar. Se você perceber uma objeção assim, então o seu desafio será:
• ver uma objeção de forma positiva,
• descobrir com quais objeções você tem mais dificuldade de lidar e por quê,
• montar estratégias para desarmar objeções e
• desenvolver um método para lidar com as resistências mais comuns.
•
Convidamos você, a partir deste momento, a encarar resistências e objeções como
oportunidades para mostrar o seu conhecimento e profissionalismo.
A. OBJEÇÕES BÁSICAS
Existem dois tipos de objeções que são perigosas:
• a objeção à qual não se dá uma resposta satisfatória e
• a objeção que não é expressa.
135
Para lidar, adequadamente, com as objeções é preciso saber:
• que abordagem utilizar,
• quando responder e
• como responder.
6. Objeções para satisfazer o ego – são, geralmente, sem motivo e visam demonstrar
a importância ou conhecimento do cliente.
2. Desculpas ou pretextos. Não perca tempo com elas, pois não são reais. Podem
ser facilmente identificadas por não terem conexão direta com a linha geral da
argumentação do cliente. Se o cliente insistir volte a elas mais tarde, mas não
permita que tirem o seu foco principal.
4. Objeções maliciosas. Não se sinta ofendido por elas. Muitas vezes esse tipo de
objeção é um pretexto e pode-se lidar com ela de forma semelhante. Se puder
fingir não ter escutado, faça-o.
6. Objeções para satisfazer o ego. Estas objeções podem ter a sua origem no desejo de
o cliente mostrar que tem opinião própria, que é independente. Objeções baseadas
na obstinação e na satisfação do ego estão em proporção inversa às vantagens de
sua proposição. Nesta situação, em particular, evite afirmações, use perguntas, faça
com que o cliente possa encontrar confirmação de suas próprias opiniões. Torne-o
o seu parceiro, fazendo com que dê opiniões e apresente sugestões.
137
7. Objeções subjetivas. Centre a sua conversa menos na proposição e mais no cliente.
Obtenha o máximo de conhecimento que puder sobre ele e seus problemas. Leve
a venda para o nível interpessoal. Quanto mais o cliente sentir que você conhece
os seus problemas e que é um especialista, mais deixará de lado as suas objeções
subjetivas.
8. Objeções objetivas. Antes de corrigir uma impressão errada do cliente, faça com
que ele saiba que você entendeu o seu ponto de vista e poderia compartilhá-lo se
estivesse em seu lugar.
9. Resistência geral à venda. Esta é, geralmente, uma atitude e não uma objeção
identificável. Na maioria das vezes se apresenta no início da conversa, quando o
cliente mal consegue formular uma objeção específica. Lidar, diretamente, com a
resistência expressa em vagas objeções pode ser infrutífero e transformar a situação
em uma conversa controvertida. Permita que o cliente conheça o seu produto/
serviço e ajude-o a expressar objeções reais e específicas. Ele sentirá que você está
atuando como alguém que deseja orientálo, aconselhá-lo e não, simplesmente,
vender algo.
10. O “último esforço”. É a última tentativa antes de o cliente dizer “Sim “. Toda
decisão de compra é acompanhada de uma sensação desagradável. São
apreensões e sentimentos naturais, que funcionam como uma repetição de algo
trazido anteriormente. Pode ser, também, um sinal de que você não respondeu
adequadamente à objeção anterior. Uma análise cuidadosa do contexto emocional
da objeção lhe dirá se você deve procurar a raiz da mesma, ou reforçar a confiança
do cliente, em sua orientação.
3. Você pode responder a objeção mais tarde. Esta é uma atitude correta em sete
situações:
• Caso não possa responder, de modo satisfatório, naquele momento.
• Se a resposta perturbar a sequência de sua apresentação ou desviar a atenção de
um foco importante.
• Se for uma contradição direta a algo que o cliente disse.
• Se a objeção perder peso na medida em que a apresentação progride.
• Caso você não tenha o que responder.
4. Você nunca poderá responder a uma objeção quando ela não necessita ser
respondida ou quando ela se justifica.
3. Questione o cliente para obter uma melhor compreensão do que ele quer dizer,
exatamente, e do porquê de ele estar levantando a objeção em questão. Peça
ao cliente que seja mais específico, pois quanto mais você descobrir melhores
condições terá de dar-lhe uma resposta adequada. Equipado com informações
precisas e uma compreensão completa você poderá responder à objeção com um
posicionamento significativo.
139
se comprometer com a compra. Uma vez respondida a objeção utilize a linguagem
não-verbal para sinalizar que essa etapa acabou e que você está passando adiante.
2. Mudança de foco.
Produto/serviço alternativo.
Comparação e contraste - use comparações ao invés de ir direto ao ponto.
Reconhecimento e apresentação de opiniões de outros clientes (Feel, felt, found).
4. Bumerangue - use o método bumerangue, onde uma objeção negativa pode levar
a uma reação positiva para a compra. Diga: “Que bom que você levantou esta
questão...”.
5. Negação direta ou indireta - você pode, também, negar a objeção. Se esta for
obviamente falsa, sorria e diga: “É claro que não posso acreditar nisso”. Mostre
ao prospect que você colocou todas as cartas na mesa, e que espera que ele faça o
mesmo.
• Nunca diga a alguém que ele está errado - mesmo que esteja. Assuma a
responsabilidade colocando que você se expressou mal, que não foi suficientemente
claro ou algo parecido.
• Transforme objeções em razões para comprar. Mostre ao prospect que essa objeção
é, na verdade, mais uma razão para ele comprar, assim você esvaziará a objeção.
• Quando um prospect disser que está satisfeito com seu atual fornecedor pergunte
quais serão os principais motivos que o farão repor/rever o produto/serviço. Ao
fazer está pergunta você remeterá o prospect a pensar em problemas/dificuldades.
É hora, então, de você ter uma atitude pró-ativa.
Se você escutar algo parecido com: “Acho que nós não precisamos disso.”, responda:
“Eu também não tenho certeza, por isso gostaria de fazer mais algumas perguntas para
identificar ..., se você permitir.”
• Quando alguém insistir no “quero pensar no assunto”, pergunte se ainda existe
alguma dúvida que você não respondeu.
• Não mande informações pelo correio só para parecer que está fazendo alguma
141
coisa.
• Se, numa conversa de follow-up seu prospect disser que não teve chance de ler
o que você mandou, diga que então gostaria de aproveitar a oportunidade para
cobrir os pontos principais, o que lhe facilitará a leitura.
• Você está ali prestando um serviço, por isso, faça reforços positivos durante todo
o processo de venda.
Após muitas conversas com os maiores especialistas em vendas que tive a honra
de conhecer, após a leitura de diversos estudos e também com um pouquinho das
minhas próprias observações, pude concluir que uma das coisas que mais “mata”
um negociador é não estar atento às objeções que os clientes apresentam durante as
entrevistas de negociação.
A objeção mais difícil de ser tratada é quando o seu produto ou serviço tem alguma
desvantagem em relação ao concorrente ou a uma situação vivencial qualquer. A técnica
adequada é a de incutir necessidades na mente do cliente que “compensem” essa falha
hipotética. Dessa forma, mesmo que o seu preço seja maior, por exemplo, valerá a pena
adquirir seu produto porque existem vantagens compensadoras.
Se você não quer que uma objeção vire um “bicho papão”, reconheça-a imediatamente
e, em seguida, contorne-a de maneira adequada e definitiva.
PÓS-VENDA!
Para você não se sentir em um mato sem cachorro na hora de realizar a pós-venda,
separamos algumas dicas que o auxiliarão nessa missão:
O cliente nem sempre tem razão, mas dificilmente está completamente errado –
Trate-o com respeito e aproveite o momento para levantar opiniões sobre os produtos
e serviços da empresa.
• Questione valores – Após perceber o motivo da insatisfação do cliente, questione
que valores o levaram a consumir o produto ou serviço. Sonde quais eram as
expectativas, ouça com atenção e aproveite para ressaltar alguns atributos da
marca – mas cuidado para não se tornar do contra nem deixar o cliente tonto com
tantas informações.
• O cliente deve ser bem atendido – Embora essa regra pareça óbvia, na prática,
ela pode ser influenciada por problemas pessoais do vendedor ou prestador de
serviço, o horário do dia e a data do mês. São vários os motivos que podem – mas
não devem – comprometer a experiência do cliente.
• Treinamento – A empresa deve incentivar o treinamento, não só entre os que estão
entrando, mas até mesmo com os profissionais que estão para se aposentar. Uma
equipe bem formada e informada atende melhor. Tal exercício, entretanto, deve
aliar o que o grupo “quer fazer” com maneiras práticas de “como fazer”.
• Não empurre com a barriga – Se o cliente por algum motivo foi até você, resolva o
problema dele. Não fique transferindo o pepino.
• Não dificulte negócios – Procure estar sempre disponível e em hipótese alguma
faça o cliente sentir-se inferiorizado, como se a empresa estivesse fazendo um favor
em atendê-lo.
• Funcionários também são clientes – Os profissionais da sua empresa também
influenciam o comportamento de compra. Além disso, falhas no processo
143
interno certamente comprometerão o andamento da empresa. Se todos estiverem
engajados em ajudar uns aos outros, o espaço para a burocracia diminui.
• Tecnologia a serviço do consumidor – Se a sua empresa adota atendimento
eletrônico, por exemplo, cuide para que ele seja cortês e fácil de ser utilizado. Nada
de 19 opções de teclas para falar com cada setor. Cuidado também com os recursos
de voz, que muitas vezes dificultam para o cliente pronunciar a uma máquina
exatamente o que deseja.
• Diga o que pretende fazer e cumpra o prometido – Honre compromissos e
mantenha os clientes informados.
• Não leve problemas ao cliente – Não troque confidências pessoais e muito menos
profissionais com os consumidores. Não há tempo – nem utilidade – para isso.
• Procure ser um visionário – Tente pensar sobre as necessidades e os desejos futuros
dos clientes, assim como problemas e possíveis soluções.
A pós-venda tem o poder de transformar a sua empresa. Veja agora três das muitas
vantagens que essa ferramenta pode trazer:
1. Relacionamento com o consumidor – Fica muito mais respeitoso quando o cliente
recebe uma ligação para ser questionado se o produto foi entregue na data e
conforme prometido. Ele sente-se lisonjeado e muitas vezes assustado. Por que
isso ocorre?
Conhece a frase: “Em terra de cego, quem tem olho é rei”? Num mercado no qual as
empresas não praticam pós-venda, isso se torna um grande diferencial competitivo.
Práticas como essa geram a famosa propaganda boca a boca, o efeito surpresa faz com
que os clientes comentem para os seus próximos o ocorrido, gerando uma imagem
positiva da empresa.
A GE descobriu, em 1991, que havia problemas em uma peça nos seus ferros de passar
roupa por meio da pós-venda e conseguiu inteligentemente fazer com que os próximos
clientes não passassem pelo mesmo problema.
É importante dar atenção às sugestões, principalmente àquelas que são apontadas por
vários clientes. O melhor de tudo é quando o cliente volta à loja e percebe que sua
sugestão foi atendida, a fidelização é isso. Em um relacionamento, precisamos ouvir o
outro lado, agradar, tornar pública a atenção que ele merece.
Prometa ser um bom pai, uma boa mãe, um bom filho, um bom amigo, um bom
profissional, e realmente seja! Faça a diferença na vida das pessoas nos momentos mais
simples, e não apenas em datas festivas ou para manter as aparências.
Lembre-se dos amigos em meio à correria do dia a dia, ligue para eles nos dias de seus
aniversários e, preferencialmente, faça uma visita a eles. Quando alguém se afastar de
você, aproxime-se. Siga apenas os bons exemplos.
Peça emprestado e devolva – o que quer que seja. Seja pontual em seus compromissos.
Não brinque com o tempo das pessoas. Olhe nos olhos dos outros e sinta a emoção.
A comunicação por telefone ou por e-mail não substitui o contato físico, o abraço, o
aperto de mão.
Elogie e valorize o bom trabalho, critique quando achar necessário e importante. Faça-
se verdadeiramente presente na vida das pessoas e cumpra as suas promessas.
Preocupe-se com o bem-estar do outro e faça algo por ele.
Não podemos nos iludir pensando que as coisas por si só se ajeitarão; se não fizermos
algo para mudar a situação, tudo continuará igual. Por isso, é de coragem e atitude que
precisamos para ter um ano melhor. Pessoas de ação escrevem sua própria história e
mudam seu próprio destino, e não apenas o aceitam!
145
146 19ª Convenção Unifort 2012 | Evoluir para Crescer
Dicas de Ouro Para Ser Um Bom Vendedor
O QUE ELES DIZEM SOBRE...
Os líderes
devem mobilizar as
pessoas. Devem fazê-las
apaixonar-se por algo
que nunca viram; às
vezes, por algo que
ainda não existe.”
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AÇÃO
“A viela acontece nos fatos, não nas palavras. Confie apenas nos fatos.”
Alfred Adler, psicólogo austríaco (1870-1926)
“O mundo é um lugar perigoso; não somente por aqueles que fazem o mal, mas
também pelos que olham e não fazem nada.”
Albert Einstein, físico alemão (1879-1955)
“Se quiser que se diga algo, peça a um homem; se quiser que se faça algo, peça a uma
mulher.”
Margaret Thatcher, política britânica
A ação nem sempre traz a felicidade, mas não existe felicidade sem ação.”
Benjamin Disraeli, político britânico (1804-1881)
APRENDIZADO
“Os analfabetos deste século não são os que não sabem ler e escrever, mas os que não
podem aprender, desaprender e tornar a aprender.”
Alvin Toffler, futurólogo norte-americano
“Experiência não é o que acontece com uma pessoa; é o que ela faz com o que lhe
acontece.”
Aldous Huxley (1894-1963), escritor inglês
“Sempre estou disposto a aprender, mas nem sempre gosto que me ensinem.”
Winston Churchill (187 4-1965), estadista inglês
“Todo momento é especial para quem tem a capacidade de reconhecê-lo como tal.”
Henry miller (1891-1980), escritor norte-americano
COMUNICAÇÃO
“O que comunicamos é muito mais eloquente do que tudo que dizemos ou fazemos.”
Stephen R. Covey, especialista em liderança
“Se você diz o que pensa, não espere ouvir só o que lhe agrada.”
Malcolm Forbes, publisher da revista Forbes, dos EUA (1919-1990)
“Se somos fortes, nossa força falará por si mesma. Se somos fracos, palavras de nada
adiantarão.”
John Fitzgerald Kennedy, presidente dos EUA (1917 -1963)
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CONCORRÊNCIA
“Aprender mais rápido que seus concorrentes pode ser sua única vantagem competitiva
sustentável.”
Arie de Geus, especialista em estratégia
“Há dois tipos de pessoas: as que fazem o trabalho e as que reivindicam o mérito.
Procure estar no primeiro grupo. Há menos concorrência.”
lndira Gandhi (1917 -1984), primeira-ministra da Índia
“A concorrência não deveria ser por uma participação maior no mercado, e sim para
expandi-lo.”
W. Edwards Deming (1900-1993), pioneiro da qualidade total
CONFIANÇA
“A força é confiante por natureza. Não existe sinal mais patente de debilidade do que
desconfiar instintivamente de tudo e de todos.”
Arturo graf (1848-1913), poeta italiano
“Não poder confiar nos amigos é uma espécie de enfermidade comum entre os
poderosos.’”
Ésquilo (525-456 a.c.), dramaturgo grego
“Quem perde a saúde perde muito; quem perde um amigo perde mais ainda; mas
aquele que perde a coragem perde tudo.”
Miguel de cervantes (1547-1616), escritor espanhol
“Olhe o mundo com a coragem do cego, entenda as palavras com a atenção dos
surdos, fale com as mãos e com os olhos, como fazem os mudos.”
Cazuza (1958-1990), compositor e cantor brasileiro
“Onde vemos uma empresa de sucesso, houve, em algum momento, uma decisão
corajosa.”
Peter drucker (1909-2005), pai da administração moderna
“Há, no homem, três faculdades: a razão, que esclarece e domina; a coragem, que
atua; e os sentidos, que obedecem.”
Platão (428 a.c.-347 a.c.), filósofo grego
CRIATIVIDADE
“Estamos em uma era propícia para quem quebra regras, para aqueles que imaginam
o que até agora era impossível.”
Tom Peters, consultor e especialista em administração
“As coisas que mais tememos que aconteçam nas empresas -distúrbios, desequilíbrios,
flutuações- são as fontes primárias da criatividade.”
Margaret J. Wheatley, consultora norte-americana, especializada em comportamento
organizacional
“Tudo o que uma pessoa pode imaginar, outras podem tornar realidade.”
Julio Verne (1828-1905), escritor francês
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“A criatividade é uma atitude mental que pode ser praticada até virar um hábito
como outro qualquer.”
Edward De Bano, psicólogo maltês
DISCIPLINA
“Estudar pressupõe criar, recriar, e não apenas repetir o que os outros dizem. Estudar
exige disciplina.”
Paulo Freire (1921-1997), educador brasileiro
“Ao ler sobre a vida dos grandes homens, descobri que sua primeira vitória foi sobre
si mesmos. A autodisciplina sempre foi o principal.”
Harry Truman (1884-1972), ex-presidente dos estados unidos
“A natureza faz poucas pessoas fortes, mas esforço, treinamento e disciplina fazem
muitas.”
Nicolau Maquiavel (1469-1527), pensador italiano
“O talento sem disciplina é como um polvo sobre patins. Há muito movimento, mas é
impossível saber se vai se deslocar para frente, para trás ou para os lados.”
H. Jackson Brown Jr., escritor norte-americano
“Quando obtemos uma vitória, temos de ser muito disciplinados para não perder o
equilíbrio, a humildade e o compromisso.”
Ross Perot, empresário norte-americano
DÚVIDA
“É preferível confiar em um homem que se engana muitas vezes a naquele que nunca
duvida.”
Francis scott fitzgerald (1896-1940), escritor norte-americano
“Aquele que duvida e não investiga torna-se não apenas infeliz, como também injusto.”
Blaise pascal ( 1623-1662), filósofo, matemático e físico francês
EMPREENDEDORES
“A experiência me ensinou que os melhores investimentos são aqueles que a gente não
faz.”
Donald Trump, empresário norte-americano, cujo grupo atua em negócios imobiliários
de hotelaria e cassinos
ESTRATÉGIA
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“O homem sensato se adapta ao mundo. Por isso, o progresso depende dos insensatos.”
George Bernard Shaw (1856-1950), dramaturgo irlandês e ganhador do prêmio Nobel
de Literatura
EXPRESSÃO
“É melhor calar e deixar que duvidem de sua pouca sabedoria que falar e eliminar
qualquer dúvida sobre ela.”
Abraham Lincoln (1809-1865), presidente dos Estados Unidos
“O mais valioso de todos os talentos é não usar duas palavras quando só uma basta.”
Thomas Jefferson (1743-1826), presidente dos Estados Unidos
“Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a
face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível , que lhe deres:
‘Trouxeste a chave?’”
Carlos Drummond de Andrade (1902- 1987), poeta brasileiro
“Muitas pessoas são educadas o suficiente para não falar com a boca cheia, mas não
se preocupam se falam com a cabeça vazia”
Orson Welles (1915-1985), cineasta norte-americano
“Se o que você vai dizer no é mais belo que o silêncio, então não o diga”
Provérbio árabe
FRACASSO
“Existe na vida algo pior que o fracasso: não haver tentado nada.”
Franklin Delano Roosevelt (1882-1945), presidente dos Estados Unidos entre 1933
IGNORÂNCIA
“Somos todos muito ignorantes, mas nem todos ignoramos as mesmas coisas.”
Albert Einstein (1879-1955), cientista alemão naturalizado norte-americano
“Costuma-se até dizer que não há cegueiras, mas cegos, quando a experiência dos
tempos não tem feito outra coisa que dizer-nos que não há cegos, mas cegueiras.”
José Saramago (1922-2010), escritor português
“Há três caminhos para o sucesso: ensinar o que se sabe, praticar o que se ensina e
perguntar o que se ignora.”
Mário Sérgio Cortella, filósofo brasileiro, adaptando os três caminhos para o fracasso
de Buda o Venerável
155
IMAGINAÇÃO
INICIATIVA
“Somos o que fazemos. Nos dias em que fazemos, realmente existimos; nos outros,
apenas duramos?”
Padre Antônio Vieira (1608-1697), jesuíta português, orador e líder político no Brasil
Colônia
“Começa tua obra; começar é fazer a metade; começa de novo e a obra estará
terminada?’
Jacinto Benavente (1866-1954), dramaturgo espanhol, ganhador do Prêmio Nobel de
Literatura
“O futuro pertence àqueles que vêem as oportunidades antes que se tornem óbvias.”
LIDERANÇA
“O carisma pode levar o líder à ruína, pois o torna inflexível, faz com que ele acredite
nunca cometer enganos e o impede de mudar.”
Peter Drucker, especialista em management e economista
“No dia em que as pessoas não o procurarem mais com seus problemas, será porque
perderam a confiança ou porque suspeitam que você não lhes dá importância. Seja
qual for o caso, você terá fracassado como líder.”
Karl Popper, filósofo
“Sua excelência como líder terá sido alcançada quando as pessoas o seguirem a todas
as partes, mesmo que seja apenas por curiosidade.”
Colin Powell, ex-secretário de Estado dos EUA
“Os líderes devem mobilizar as pessoas. Devem fazê-las apaixonar-se por algo que
nunca viram; às vezes, por algo que ainda não existe.”
Rosabeth Moss Kanter, professora da Harvard Business School
MOTIVAÇÃO
“Você nunca terá o melhor de seus colaboradores se atear fogo sob seus pés; deve
acender esse fogo em seu interior.”
Bob Nelson, empreendedor e fundador da UCS, empresa de software
“Fale com as pessoas usando a própria linguagem delas. Se conseguir, dirão: ‘Meu
Deus! Ele disse exatamente o que eu estava pensando’. E, quando começarem a
respeitá-lo, o seguirão para qualquer parte.”
Lee J. Iacocca, empresário norte-americano
“Se quiser que alguém faça um bom trabalho, dê a ele um bom trabalho para fazer.”
Frederick Herzberg (1923-2000), acadêmico norte-americano
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MUDANÇA
“Não são as espécies mais fortes que sobrevivem, nem as mais inteligentes, e sim as
que respondem melhor à mudança.”
Charles Darwin (1809-1892), naturalista inglês
“Dizem que o tempo muda tudo, mas, na verdade, é você que tem de fazer as
mudanças.”
Andy Warhol (1928-1987), artista norte-americano da pop art
O TEMPO
“Há ladrões a quem não se castiga, mas que roubam o que há de mais valioso: o
tempo.”
Napoleão bonaparte ( 1769-1821 ), imperador francês
“Há pessoas que não sabem perder seu tempo totalmente sozinhas. São o açoite das
pessoas ocupadas ...”
Louis de bonald (1754-1840), fllósofo e político francês
OPORTUNIDADES
“Há três coisas que nunca voltam atrás: a palavra proferida, a flecha desferida e a
oportunidade perdida.’’
Provérbio chinês
PACIÊNCIA
“A paciência é a mais heroica das virtudes, precisamente por não ter nenhuma
aparência de heroísmo.”
Giacomo Leopardi (1798-1837), poeta e erudito italiano
“Aquele que sobe uma escada deve começar pelo primeiro degrau.”
Walter Scott ( 1771-1832), escritor escocês
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“A paciência é amarga, mas seus frutos são doces.’’
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), filósofo francês
PENSAMENTO
“Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por essa razão tão poucas pessoas
o façam!’
Henry Ford (1863-1947), empreendedor norte-americano
“É melhor saber depois de ter pensado e discutido que aceitar os conhecimentos que
ninguém discute para não ter de pensar.”
Fernando Savater, ensaísta, romancista e dramaturgo espanhol
PROBLEMAS
“Se é de sua natureza, pegue problemas emprestados, mas não os empreste a seus
vizinhos.”
Rudyard Kipling (1865-1956), escritor e poeta britânico
“A maioria das pessoas gasta mais tempo e energia falando dos problemas que os
enfrentando.”
Henry Ford (1865-1947), empresário norte-americano
“Os problemas significativos que enfrentamos não podem ser resolvidos no mesmo
nível de pensamento em que estávamos quando os criamos.”
Albert Einstein (1879-1955), fisico alemão
“O problema não é inventar . É ser inventado hora após hora e nunca ficar pronta
nossa edição convincente.”
Carlos Drummond de andrade (1902-1987), poeta brasileiro
“Viver é enfrentar um problema atrás do outro. O modo como você os encara é que
faz a diferença.”
Benjamin Franklin (1706-1790), cientista e estadista norte-americano
PROGRESSO
“Só é possível progredir quando se pensa grande; só é possível avançar quando se olha
longe.”
José Ortegaygasset(1883-1955), filósofo e escritor espanhol
“De nada serve ao homem conquistar a lua se acaba por perder a terra.”
François Mauriac (1885-1970), escritor francês
“Duas coisas ajudam a avançar: ir mais depressa que os outros ou ir pelo bom
caminho.”
René Descartes (1596-1650), filósofo, fisico e matemático francês
‘’Ninguém descobre terras novas se não estiver disposto a perder de vista a costa por
muito tempo.”
André Gide (1869-1951), escritor francês
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“Não se pode esquecer que para dar um salto para frente é sempre preciso dar uma
corridinha para trás.”
Paco Rabanne, estilista espanhol
RAZÃO
“Não há nada distribuído de forma mais igualitária do que a razão: todos estão
convencidos de possuí-la.”
René Descartes (1596-1650), filósofo e matemático francês
“Ter razão é tão perigoso que muitos acham conveniente não ter nenhuma.”
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), poeta brasileiro
SONHOS
“Para conseguir grandes coisas, é necessário não apenas planejar, mas também
sonhar.”
Anatole France (1844-1924), escritor francês
TRABALHO
“Se você quiser trabalhadores criativos, certifique-se de que tenham tempo suficiente
para se divertir.”
John Cleese, escritor, ator e humorista britânico
“Sempre que lhe perguntarem se você pode fazer um trabalho, diga sim e,
imediatamente, concentre-se em aprender como se faz.”
Franklin D. Roosevelt (1882-1945), ex-presidente dos Estados Unidos
“Escolha um trabalho de que você goste e não terá de trabalhar um único dia de sua
vida.”
Confúcio (551-479 a.C.), filósofo chinês
TRABALHO EM EQUIPE
“As equipes brilhantes são formadas por pessoas especiais que, em geral, se irritam
umas com as outras. Mas, com a ajuda ‘espiritual’ de um líder ‘iluminado’, encontram
a forma de serem elas mesmas e ao mesmo tempo consagrarem-se como equipe.”
Tom Peters, especialista em administração de empresas
“Se todos se empenharem em ser solistas, nunca será possível formar uma orquestra.”
Robert Schumann (1810-1856), compositor e pianista
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“Com talento ganhamos partidas; com trabalho em equipe e inteligência ganhamos
campeonatos.”
Michael Jordan, jogador de basquete
VALOR
“Não nos atrevemos a muitas coisas porque são difíceis, mas são difíceis porque nos
falta valor para empreendê-las.”
Lúcio Aneu Sêneca (c. 3 a.c.-65 d.c.), filósofo estóico, estadista e dramaturgo latino
“Valor é o que é preciso para levantar e falar, mas também o que é necessário para
sentar e escutar.”
Winston Churchi/1 (187 4-1965), político inglês
VONTADE
“Existe uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia
atômica: a vontade.”
Albert Einstein (1879-1955), físico alemão radicado nos Estados Unidos, criador da
teoria da relatividade
BRANCO, João Marcos ; SILVA, OZIRES; XAVIER, Aline; VIEIRA, Tiago Lira;
BUHRER, Paulo Sérgio; COSTA, Evaldo; VIEL, Fernando; SILVA, André; COLLE,
Graciela Oliveira Roth; MACHADO, Cersi; BASEGGIO, Ana; TOMANINI, Cláudio;
GOVINDARAJAN,Vijay; TRUMP, Donald J.; SCHWARTZ, Tony; CURTIS, Cyrus
H.K.; SANT’ANNA, Dalmir; ALVES, Luís; SHAKESPEARE, William; ADENAUER,
Konrad; ROMÃO, César; TOMANINI, Cláudio.