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DANIEL SOUZA BRAGA
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Graduado em História (Lic. Plena – UESPI/ Parnaíba). Membro do Grupo de Pesquisa: Trabalho, Cultura e
Migrações no Piauí (UESPI/ Parnaíba). Contato eletrônico: danielphb.historia@hotmail.com
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está relacionado aos modos ser, viver e trabalhar no mangue, surgindo dai experiências,
culturas e visões de mundo compartilhado pelo grupo.
A nova história, de fato, proporcionou o estudo de novos sujeitos e objetos, surgindo,
com isso, novas abordagens e dimensões. A história que, como diz Marc Bloch (2001, p. 7) é
o estudo do homem no tempo, escutou vozes, até então, desprezadas e esquecidas nas
pesquisas históricas. Diante de todo esse avanço o historiador não pode, contudo, se
desvencilhar de certas condições que são inerentes ao seu oficio, mas não podemos fugir da
temporalidade e, sobretudo, da analise das fontes e dos artefatos. Ora, como estudar, então,
um grupo de trabalhadores que, por hora, quase nada foi escrito e, se não bastasse, 79,4% -
segundo um perfil traçado por Jefferson Alves (ALVES, Jefferson, 2008) – são analfabetos?
Pois bem; é aí que surge a memória que nos ajuda no recolhimento de fatos, causos e casos;
fazendo vir à tona trajetórias de vidas e memórias ressentidas; e a história oral que, por sua
vez, colabora de forma técnica na produção de fontes e objetos de análises.
Entendo a memória como um processo individual que desagua no mar das narrativas
coletivas; portanto, resolvemos, assim, dialogar com todo esse manancial de histórias que
afloram das memórias dos catadores de caranguejo, pois diversas comunidades do Delta se
estruturam nas margens dos rios e mares. A vida de muitos ribeirinhos tem relação direta com
águas e os mangues, dependendo, exclusivamente, da extração do crustáceo, da pescaria para,
assim, garantirem a sobrevivência. Os catadores de caranguejo, entretanto, inventaram
técnicas, estratégias, práticas e vivências, ensinadas e sentidas de maneira individual e
coletivas. Pois, como diz Pollak (1992, p. 200-212), a memória é um fenômeno construído
individualmente e socialmente. Le Goff (1994, p. 345-346), por sua vez, afirma que a
memória é um elemento essencial do que se costuma chamar de identidade individual e
coletiva.
Para efetivar a pesquisa utilizei a metodologia da história oral. O uso das narrativas
orais na investigação histórica me permitiu dialogar e reconstituir as memórias sobre o
trabalho da cata do caranguejo, procurando, com isso, analisar as trajetórias de vida, assim
como os modos de ser e trabalhar desses sujeitos. Recorri, contudo, à história oral como
metodologia porque através dela pude apreender os vestígios da vida cotidiana desses
trabalhadores. A partir de narrativas, contos, cantos e fabulações consegui, de fato, produzir
fontes, e, por conseguinte, analisa-las.
Desse modo, entendo as narrativas orais como textos que carregam em seu bojo
experiências e elementos culturais dos sujeitos em questão. É interessante, porém, analisar
como esses trabalhadores narram e, principalmente, atribuem sentido e significado a seu
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trabalho e suas experiências, como esses modos de trabalhar e viver são interpretados e
analisados por esses trabalhadores. No decorrer das entrevistas e, sobretudo, na visita de
campo até os mangues do Delta pude aprender e crescer enquanto historiador e pesquisador,
na medida em que fui desenvolvendo habilidades e sensibilidades e, ao mesmo tempo, novos
canais de comunicação com esses sujeitos. Pois, como diz Yara (2001, p.87), o pesquisador
que lança mão da história oral deve ser sensível para captar os sentidos dos enredos, as
tensões e conflitos, resistências e transgressões, sujeições e acomodações, realidade e fantasia.
Assim, todavia, pude tirá-los do mangue para história.
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Fato extraído do livro No Piauí, na Terra dos Tremembés de Diderot Mavignier.
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Criada em agosto de 1996 com a intenção não só de proteger os recursos hídricos e a mata aluvial, mas também
incentivar o turismo ecológico e conscientizar a população da área. A APA do Delta do Parnaíba se estende
desde os municípios de Parnaíba, Luiz Correia, Ilha Grande e Cajueiro da Praia no Piauí. Paulino Neves, Tutóia,
Araiosés e Água Doce no Maranhão. Chaval e Barroquinha no Ceará.
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Caranguejo-Uçá
Caranguejo- Uça
Não se esconde muito fundo
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desgastante, já que não usavam nenhum tipo de apetrecho. Os seus corpos e braços eram, por
certo, os seus únicos instrumentos de trabalho. Acordavam cedo, arrumavam seus sacos – não
podiam esquecer o rancho, farinha, rapadura, lamparinas etc. –, e, assim, madrugando, faziam
longas viagens de canoas. Veja o que diz senhor Quajirú em relação ao trabalho de outros
tempos:
Entravamos no mangue com um calçãozinho. Muitos entravam nus. Saiamos 5 horas
da manhã e voltávamos a 5 horas da tarde. Tínhamos que pegar a maré cheia, e,
muitas das vezes, esperávamos horas e horas para voltar. O mangue de manhã é frio
que dói. Enfiávamos a mão na loca mesmo, pois esse era único jeito. A volta era
mais difícil. O corpo cansado. Muitas vezes carregávamos o caranguejo no ombro
por longos caminhos. Tinha vez que lama chegava à cintura. O pé descalço passava
por cima de espinho, raízes, pedações de ponta de pau. Era muito esforço. Porem,
quando começamos era muito caranguejo e pouco caranguejeiro. Os caranguejos
eram maiores e mais bonitos. Naquela época, rapaz, eles se escondiam em buracos
rasos. Qualquer criança conseguia extrair sem dificuldade. Hoje, no entanto, o Delta
está sendo sugado por um grande número de catadores vindo de todo o canto, desde
o Passarim, da Caiçara, Canarias (QUAJIRÚ, 2012).
Esse relato é muito interessante porque nos transporta para o mundo interior do catador
de caranguejo, uma vez que expressa seus sentimentos, opiniões e ideias em relação ao seu
trabalho, tecendo, através da linha tênue entre o passado e o presente, um apanhado de
narrativas. O senhor Quajirú, neste relato magnífico, nos leva a entender que em outros
tempos o catador não necessitava de apetrechos e nem mesmo de recursos para enfrentar o
mangue. É fato, também, a importância e o apego ao tempo da natureza, pois, o fluxo
incessante da maré, como tempo que passa, é uma constante em todos os relatos. Ela
desempenhava um papel fundamental, já que só poderiam avançar pelo rio de acordo com seu
fluxo. Dentro do mangue as horas eram contadas através dos sentidos. O sol, por sua vez,
desempenhava o papel de relógio, pois indicava, de acordo com sua altura, a hora de comer,
voltar para casa, etc. O barulho dos bichos podia indicar desgraça, chuva, ou um bom dia de
trabalho. Segundo senhor Quajirú “as horas eram sentidas pelas subidas e descida da maré”;
isso só vem ao encontro das teses de Thompson (1998, p. 271) sobre a cultura popular, onde
dizia que o descaso pelo relógio só era possível numa comunidade de pequenos agricultores e
pescadores, cuja à estrutura de mercado e administração é mínima. É visceral a forma como
ele fala do cansaço, da dor, e, ao mesmo tempo, dos perigos e dificuldades encontrados no
interior do mangue, exigindo, contudo, a elaboração e, principalmente, a reelaboração dessas
estratégias no decorrer do tempo. Por um lado Quajirú, inconscientemente, tenta demonstrar o
quanto é doloroso ser catador, por outro demonstra o deslumbramento com a quantidade de
caranguejo em outros tempos, contrapondo-se com os dias de hoje.
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Nos dias atuais, porém, os filhos e descendentes desses catadores mais velhos usam
diversos apetrechos técnicos. Isso, portanto, só vem confirmar a tese de que, de acordo com
novas dificuldades que a vegetação impõe, surgem, por certo, novas formas de vencê-la.
Sempre que aparecem dificuldades ou novos perigos os catadores buscam novas formas de
resistência e sobrevivência.
O mangue, segundo as palavras de outro catador, o senhor Marcos (2012), foi invadido
por um grande número de catadores de caranguejo que não respeitam o ciclo reprodutor do
crustáceo e, muito menos, a vegetação. O resultado disso tudo é a diminuição do caranguejo
que, quando não são extraídos, se escondem em buracos cada vez mais profundos. Isso, de
certo modo, exige novas formas de trabalhar e explorar o mangue. O braço do catador já não
alcança o fundo das locas, obrigando-os a usar uma compensação para o braço chamado
cambito. O risco desse recurso é que, muitas vezes, o catador acaba estraçalhando o
caranguejo. No entanto, atualmente, se o catador esquecer esse bendito instrumento é melhor
voltar pra casa, pois seu trabalho está condenado ao fracasso.
Hoje em dia, outros recursos são de extrema importância para sucesso do trabalho no
mangue. Podemos citar as luvas/braçadeiras, que visam proteger os braços dos catadores
contra cascas de mariscos, raízes e pedaços de pau que se escondem no interior do buraco –
loca do caranguejo. Podemos mencionar também os dedais que protegerem os catadores dos
beliscões das patas – que mais parecem presas – dos caranguejos na hora de puxá-lo para fora
do buraco. Além disso, as botas e os sapatos são de fundamental importância para locomoção
no seio do manguezal.
Ao cabo dos anos 70 e começo dos 80 o catador tinha certa autonomia no que se
restringe a captura e, sobretudo, a comercialização do caranguejo. Nessa época ainda não
existiam estradas, por isso levavam os caranguejos nas costas ou no lombo de animais até a
Feira de Parnaíba – local onde vendiam seus produtos. Chegando próximo ao destino ainda
tinham que atravessar o Rio Parnaíba de balsa ou de canoa, pois a Ponte Simplício Dias ainda
não havia sido construída. “Chegávamos à feira de madrugada; sentávamos no chão e, assim,
ficávamos esperando os compradores. Inúmeras vezes já fomos de canoa até Parnaíba no
remo; duas marés até chegar a nosso destino”, diz Julinho (2012).
No entanto, essa autonomia e estrutura livre de mercado, veio passar por uma
transformação em meados dos anos 80 com a entrada de uma figura que mudaria a cena do
comercio do caranguejo: o “atravessador”. Esse sujeito é o responsável em comprar os
caranguejos da mão dos catadores e revender a bares e restaurantes do litoral do nordeste. O
surgimento desse personagem acabou gerando um impacto no modo de trabalhar desses
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catadores que, a partir de agora, se viram explorados, limitados, e cooptados por esses
indivíduos. Veja o que diz senhor Julinho:
Ninguém nunca ouviu falar em atravessador. De repente, aparece esse tal Chaga
Cambista prometendo para nós o mundo e os fundos. Agente acreditou. Esse
atravessador esperava a gente na vala para comprar e levar nosso caranguejo. A
gente trabalhava o dia todo para esses caras. Até porque tínhamos que esperar o
motor deles nos pegar no mangue. Não parávamos um só momento. A gente saia
segunda feira e só voltávamos sábado à noite. Isso aí foi o que fez nós pensar um
pouco que estávamos sendo humilhados demais. Foi que resolvemos nos desligar
desses caras e, assim, organizamos um grupo para vender nossos próprios
caranguejos na Praia do Futuro (Sr. JULINHO, 2012).
que comprometeram o equilíbrio ecológico do ecossistema costeiro. Observe o que diz senhor
Abrão sobre isso:
presenciar a destruição do mangue. Contam com muito pesar sobre áreas que eram robustas,
viçosas, fechadas e que hoje quase não existe mais. O desmatamento, todavia, é fruto de
madeireiros que cortam o mangue, como também por catadores irresponsáveis. Os
caranguejos diminuem na mesma proporção dos mangues – uma vez que os caranguejos
buscam a sombra e folhas para se alimentar –, enquanto os caranguejeiros triplicam. Os mais
jovens, por exemplo, não respeitam o ciclo de reprodução do caranguejo e extraem, sem
distinção, o pequeno e o grande, o mancho e fêmea. Isso, portanto, acaba ocasionado um
estado de escassez.
Os catadores de caranguejo, entretanto, ainda vivem em situações um tanto
desconfortável, principalmente depois desse processo de intensificação da captura do
caranguejo que acarretou, de certa forma, a uma precarização do trabalho no mangue. Hoje,
segundos dados de Ana Helena (2005, p.171), em torno de 2.500 famílias da região do Delta
do Parnaíba sobrevivem exclusivamente da cata do caranguejo. Em uma pesquisa feita pela
EMBRAPA4 em parceria com UFPI – campus Reis Veloso –, sobre o perfil socioeconômico
do catador de caranguejo, acabou tirando esses trabalhadores do anonimato através de dados
providenciais. Os resultados, porém, foram alarmantes na medida em que constataram que
66% dos catadores entrevistados não conseguem ter uma renda mensal equivalente a um
salário mínimo. Grande parte desses entrevistados é, portanto, composta por analfabetos e a
maioria diz não participar de organizações associativas. Em pesquisa realizada pela Codevasfi
(2012, p. 29) realizada nos meses de julho de 2008 e maio de 2009, evidenciaram que os
catadores de caranguejo da região do Delta estavam sendo remunerados por cada corda
extraída por preços que ficavam entre R$0,80 a R$1,00.
No entanto, os catadores entrevistados para essa pesquisa relataram que, por hipótese
nenhuma, o caranguejo hoje é vendido por menos de R$2,00, inclusive chega a preços em
épocas de veraneio entre R$6,00 a R$7,00. Entretanto, essa sensação de melhoria das
condições de renda e, consequentemente, de vida é resultado de uma conjuntura econômica e
social que o Brasil vem passando nas ultimas décadas, fruto principalmente de politicas de
transferência de renda como Bolsa Família ou de reajustes de aposentadorias que vêm
contribuindo de forma efetiva na melhoria das condições de vida de muitas famílias da região
do Delta do Parnaíba.
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Para ler o artigo na integra é só acessar o site disponível em: htttp://www.embrapa.br/imprensa/artigos/2008
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Considerações finais
Não sei se consegui tirar os catadores do mangue para história, muito menos se fui uma
boa ponte entre as memórias narradas até a escrita destas. O que sei, é que fui contagiado por
essas trajetórias de vida ora repletas de dor, alegria; ora de angústia e felicidade. Diante dos
erros comuns a todo aspirante a pesquisador queria, no entanto, que a vida pulsasse no meu
trabalho. Para tanto, tive que fazer o caminho inverso: do curso de história fui aos mangues.
Chegando lá, senti na pele as vicissitudes da natureza. Em um estado simbiótico com ela
pude, assim, perceber o quanto é dificílimo esse trabalho. As estratégias vão desde a subida
no barranco, a locomoção dentro do manguezal até as maneiras de afugentar os mosquitos.
Fora a plasticidade, o contorcionismo, a técnica e habilidade para tirar o caranguejo do
buraco. Diferente de Tião das Galinhas – o catador de caranguejo da novela Renascer – que
tinha dor e desolação no rosto, o que vi nos semblantes dos companheiros Julinho e Quajirú
era uma alegria e satisfação por desempenhar tão bem um oficio, mesmo com aquela idade.
Eu não consegui catar nenhum caranguejo, mas catei homens, catei histórias e percebi que o
mangue também é um lugar de memória.
O que acho que é digno de nota são as diversas formas de trabalhar elaboradas e
reelaboradas por esses catadores de caranguejo. Como são engenhosas as criações de técnicas
e apetrechos para vencer as dificuldades impostas pela natureza e como a transmitem para as
novas gerações de catadores. O interessante, também, é entender que cada tempo histórico
exige um novo arsenal de formas de trabalhar. Isso é muito notório quando percebemos as
formas de catar o caranguejo em décadas atrás, que exigiam poucos recursos, até a época de
hoje em que a necessidade do cambito, dedais, botas é imprescindível.
Ao mesmo tempo, a comercialização do caranguejo, junto com o aparecimento do
atravessador, acabou imponto um novo ritmo histórico aos mangues. Hoje, muito diferente do
tempo das marés, o tempo é dinheiro, e mais, e mais caranguejo é sinônimo de lucro. O
resultado disso foi uma despolitização e cooptação do catador de caranguejo e, sobretudo, a
precarização do trabalho nos mangues do Delta do Parnaíba.
Entretanto, acredito que minha maior contribuição estar em por esses catadores de
caranguejo dentro das discussões historiográficas. E, sobretudo, em demonstrar as formas
como esses homens pensam, compreendem e interpretam as diversas maneiras com que se
apropriam do mangue. Isso, por sua vez, gera estratégias, culturas e visões de mundo. E essa
forma de olhar dos catadores que tentei expressar neste trabalho.
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Pois bem; ainda em relação à visita ao mangue, pude perceber o quanto o Sr. Julinho e o
Sr. Quajirú se compadeciam com cada pedaço de mangue quebrado, com cada espaço
devastado. Apontavam com tamanha lucidez áreas tomadas pelo avanço desenfreado das
dunas, e outras devastadas pelo desenfreado avanço dos homens. Seria bom que levássemos
em conta as suas sabedorias e, juntos, fizéssemos uma rede de proteção aos mangues do Delta
do Parnaíba.
Por fim, que esse trabalho seja um pontapé inicial para muitos outros estudos que
envolvam trabalhadores que vivem na margem; não só das margens dos rios como também da
academia.
FONTES ORAIS
Abrão Cristiano Marques dos Santos, 65 anos, aposentado. Entrevista concedida ao autor
no dia 26 de julho de 2012.
Antônio Júlio Marques Araújo, 59 anos, ainda atua como catador, é o atual presidente da
Associação dos catadores de Caranguejo Delta-Uçá de Ilha Grande. Entrevista cedida ao autor
em 14 de abril de 2012.
Raimundo Nonato Ferreira da Conceição, mais conhecido como Sr. Quajirú. Tem 70
anos, catador ainda em atividade. Entrevista concedida ao autor no dia 22 de junho de 2012.
Manuel Pereira, 67 anos, catador de caranguejo. Entrevista concedida ao autor em 22 de
junho de 2012.
Marcos Antônio dos Santos Costa, 45 anos, catador de caranguejo desde o 5 anos de idade.
É ex-presidente da associação dos catadores de caranguejo da Ilha Grande. Entrevista
concedida ao autor em 05 de janeiro de 2013.
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