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Etnicidades Renegociadas: práticas socioculturais no Oeste de Santa Catarina

Book · January 2009

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Eunice Sueli Nodari


Federal University of Santa Catarina
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Eunice Sueli Nodari é Até poucos anos atrás, a região Oeste e
meio-oeste de Santa Catarina era
professora do Departamento de considerada um “vazio historiográfico”.

Eunice Sueli Nodari


Essa não é mais a realidade, haja vista os
História da Universidade Federal vários trabalhos desenvolvidos que
analisam a região com consistência
de Santa Catarina. É mestre em

O
O
acadêmica. Dentre estes, destaca-se o
que vemos com a narrativa de presente trabalho da Profª Drª Eunice Sueli
História Européia pela University
Eunice Sueli Nodari é, Nodari. Fruto de sólida pesquisa, traz à
of California-Davis (EUA) e
certamente, um fenômeno de Eunice Sueli Nodari tona sólida contribuição para os que lidam
profissionalmente com a História , assim
doutora em História do Brasil pela mistura cultural, presente no Oeste como para os que se aproximam dela por
diletantismo.
PUC/RS. Leciona no Programa de catarinense. Lá, a contingência histórica
Ao analisar sob vários ângulos como foi
Pós-Graduação em História e na constituiu uma cultura híbrida. Elementos constituída a sociedade catarinense para
culturais de origem alemã, italiana, além do Rio do Peixe, Eunice S. Nodari
Graduação. Foi Pró-Reitora de oferece ao leitor uma história que ainda
Cultura e Extensão da UFSC
portuguesa e indígena realizaram uma
mistura criativa; e não foi apenas pela
E T N I C I DA D E S pulsa, pois, mais que reunir documentos
diversos, são ouvidas pessoas que

ETNICIDADES RENEGOCIADAS
(2004-2008) e Presidente do
Fórum de Pró-Reitores de
miscigenação das famílias, através de
casamentos interétnicos – estes também
RENEGOCIADAS participaram do processo. Declarações
como “no início aqui não havia nada, só
mato”, apontam para a intensa atividade de
homens e mulheres que se deslocaram
Extensão das IES Públicas (2007- ocorreram –, mas também por aquilo que especialmente das chamadas “colônias
Eunice chama de “renegociação cultural”. PRÁTICAS SOCIOCULTURAIS velhas” do Rio Grande do Sul para
2008). Atua na pesquisa e na
A autora localiza esta “renegociação” no NO OESTE DE SANTA CATARINA reconstruir sua existência na região.
extensão com temas relacionados a A autora evidencia em seu texto que,
período da nacionalização – a partir dos
nesse processo, foi necessário renegociar.
migrações, construções socio- anos 1930 – e, especialmente, durante a Numa clara relação de alteridade, era
culturais e, especialmente, na área Segunda Guerra Mundial, quando, após a necessário ceder, adaptar-se para construir
o novo e não apenas transplantar o antigo.
de História Ambiental em suas entrada do Brasil na guerra ao lado dos Sociabilidade, etnia, religião, modos de ser,
aliados, intensificou-se a perseguição a precisavam ser mantidos; no entanto, o
diferentes interações. colono neo-oestense logo percebeu que a
todos os que não falavam a língua nacional realidade exigia novas estratégias, a partir
e que podiam ser identificados com a das quais construiu sua identidade.

cultura teuta ou ítala. Assim, é dado ao leitor um texto que


simultaneamente apresenta densidade
acadêmica com uma linguagem agradável,
contribuindo para o avanço da
historiografia regional e nacional.

O leitor é convidado a viajar pelas


ISBN 978-85-328-0464-8
estradas de barro do meio-oeste catarinense
e conhecer como se estabeleceu o perfil
daquela gente e daquela região.
EDITORA
9 788 532 80 464 8

Prof. Dr. João Klug


DA UFSC Depto. de História/UFSC
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