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Barbacena, MG – Brasil
novembro de 2011
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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE
CURSO SUBMETIDO AO CORPO
DOCENTE DO INSTITUTO SUPERIOR
DE EDUCAÇÃO “DONA ITÁLIA
FRANCO” – UNIVERSIDADE DO
ESTADO DE MINAS GERAIS /
BARBACENA – COMO PARTE DAS
EXIGÊNCIAS PARA OBTENÇÃO DO
TÍTULO DE GRADUAÇÃO EM
PEDAGOGIA.
Barbacena, MG – Brasil
novembro de 2011
BARBACENA
Aprovado por
__________________________________________________
Orientadora: Professor Orientador
_________________________________________________
Convidado: Professor 1
_________________________________________________
Convidado: Professor 2
Barbacena, MG – Brasil
(novembro) de 2011
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me educadora.
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que faço.
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AGRADECIMENTOS
Mal acredito que cheguei à fase de agradecer a todos que tornaram este
sonho possível. Meu Deus está comigo nesta caminhada, sempre mostrando que os
escolhidos são capacitados por Ele. É para sua honra e sua glória meu Pai que hoje
posso agradecer a meu filho Max Sumak que por várias noites destes quatro anos
consciente de seus direitos e mais ainda, deu-me forças para lutar por aqueles que
precisam reconhecer seu espaço na sociedade. Á Sueli que tomou conta do meu
filho como se fosse seu, para que assim eu pudesse trabalhar e estudar, este mérito
é seu Sueli, meu anjo da guarda. Agradeço a toda minha família de sangue que sei
o quanto oraram por mim e pela minha vitória, meus irmãos: Rosana, Robson,
presente em todos os processos desta jornada, e de tudo que passei pra chegar até
aqui, meu muito obrigada. Betinha amiga de todas as horas sei que está feliz por
mim, não tenho como agradecer tanto carinho, Diva e Sédicla as duas melhores
Ederlaine que insiste em não querer ser uma educadora, mas que já é e
desempenha seu papel com muita competência. Darlian por sua alegria e seus
Agradeço a todas as crianças que vi nascer, crescer, e ser educada por nós.
para o final o maior presente que esta universidade pode me dar: Alíona (linda e
furacão), Flávia Renata (as nerds não são mais como antigamente, rsrsrs), Luci
Helena (essa mulher é guerreira, quantas Lucis cabem dentro desta Helena...), Cida
super “G8”. Amigas e irmãs de alma, a família escolhida para completar nossas
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................00
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 00
ANEXOS....................................................................................................................00
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INTRODUÇÃO
"Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos
sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com
Andrade).
Entendo que educar é levar conhecimento; fazer o aluno descobrir o valor das
idéias, suas e a dos outros; explorar e construir conceitos próprios; desenvolver uma
docente aberto a adquirir conhecimento, também aprende com o aluno, mesmo que
ensinamento. Este tipo de didática não cabe mais no tipo de educação que
na idéia de educação por trocas de culturas. A educação deve fazer com que a alma
se solte para o essencial, ou seja, para o ser. Concebendo assim uma educação o
Adolescente - ECA (Lei n.° 8.069/1990) A LDB cita a educação infantil como
primeira etapa da educação básica, com a finalidade de uma educação para todos:
brasileiros a noção de seus direitos políticos, e direitos sociais, que vão desde o
suas necessidades de saúde, lazer, seguro social, dentre outros. Parece óbvio, a
execução destes direitos, mas ainda estamos muito longe de começar a concretizar
esta jornada. Este capítulo abordará a questão da educação infantil como ponto de
participação ativa da comunidade na vida política e social, uma vez que não tem
Plaisance:
educação infantil no Brasil registrou muitos avanços nos últimos vinte anos. A
de 1996 a definiram como primeira etapa da educação básica. Porém, para que
todos e em apoio significativo ás famílias com crianças até seis anos de idade, é
preciso que as creches e as pré-escolas, que agora fazem parte integrante dos
Educação Infantil que tem como finalidade “... o desenvolvimento integral da criança
Educação Infantil.
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Criança e do Adolescente - ECA (Lei n.° 8.069/1990) cita a educação infantil como
primeira etapa da educação básica, com a finalidade de uma educação para todos:A
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em
seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a
ação da família e da comunidade.
21, recomenda que a Educação Infantil faça parte do sistema de ensino compondo a
Educação Básica como primeira etapa, e propõe ainda que a proposta pedagógica
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Kishimoto (1988):
essencial a pesquisa pedagógica que tenha a criança como seu dependente para
com outras crianças é estimulada nos jogos, na exploração de seu meio e de seus
movimentos.
53 assim dispõe-se:
objetivo geral para escola de 0 a 3 anos deve ser o de “formar pessoas para
comunicar-se, sentir segurança, amar, ser feliz, ter autodomínio e compreender seu
um grande desafio. Como garantir tanto o cuidado quanto a educação nessa faixa
compartilhadas.
cidadania, trago assim a proposta da Pedagogia Social como arcabouço teórico, que
uma educação assistida para seus aspectos físico, psicológico, intelectual, social e
"O termo é de origem alemã e foi utilizado inicialmente por K. F. Magwer em 1844,
segundos estudos dos organizadores do livro Pedagogia Social, (NETO < SILVA e
Pedagogia Social data de 1900 tendo grande importância para o trabalho social
profissional. No século XX, muitas teorias sobre pedagogia Social foram criadas por
outros alemães.O autor ainda afirma,o mais expressivo dentre esses teóricos foi
como possível solução à institucionalização destas, onde não raro, havia denúncias
Paulo Freire defende este ideal declarando que não há prática educativa ou
podendo tudo, a prática educativa pode alguma coisa.” (FREIRE, 1992, p.47).
assim o que poderia ser representado por Freire como uma Pedagogia de
Libertação.
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conhecimento e o que lhes foi negado pelos opressores aos oprimidos e o direito de
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levou Paulo Freire a falar sobre ela. Viajamos no tempo , em 1968, onde se exilava
num mundo preparado pelo seu opressor, imaginamos assim, que o papel da
aqueles que com tanto a dizer seriam forçados a se calar. Parte então a dualidade
seus ideais, a sua força de comando, e principalmente, o medo de ser livre, de não
saber o que fazer quando sair da caverna e de tanto medo do insucesso acabar
regredindo.
oprimido uma luta interna que precisa deixar de ser individual para se tornar coletiva.
Freire não via a pedagogia apenas como uma relação, professor aluno em sala de
aula, para ele a pedagogia está relacionada com um contexto de opressão social,
uma vez que toda educação seria política então, toda política seria educativa.
sociedade.
A pedagogia tem de ser forjada com ele (o oprimido) e não para ele,
enquanto homens ou povos, na luta incessante de recuperação de sua
humanidade. Pedagogia que faça da opressão e de suas causas objeto da
reflexão dos oprimidos, de que resultará o seu engajamento necessário na
luta por sua libertação, em que esta pedagogia se fará e refará."
(FREIRE,1987)
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vigorável a partir do momento que a educação libertadora se validar. Mas o que esta
de um mesmo processo. Ela deverá ser feita dentro do de uma formação dialética,
desta maneira o educador não apenas educa, porém é também educado. Esta
então passa a investigar hipóteses, trabalhar o cognitivo como uma nova descoberta
O difícil agora é trabalhar para que esta teoria sobreviva na prática, porque a
bancário de ensino deverá problematizar uma situação em seu âmbito didático que
levará o aluno alienado a se ver em uma situação, onde, é obrigado a pensar por si
mais difícil de ser superado, passar para o sistema de ensino esta nova visão de
educação.
legisladas, se não houver incentivo na formação dos educadores e dos alunos. Falta
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sistema educacional. Paulo Freire pagou um preço muito alto por ser um formador
de opinião, com causas engajadas na educação do país, foi expulso de sua terra, e
Nosso desafio com relação à educação Infantil é inserir a criança desde cedo
em seu espaço de direito. É inegável que sempre haverá barreiras à frente daqueles
vida. Um lugar diferente de quem espera exercer sua condição de sujeito no mundo
e não ficar a mercê das políticas internacionais porque "o ser humano é maior do
segmentos populares, quando em 1970 , o educador Paulo freire intitula sua obra
sociedade. Contudo, segundo Marques (2004), foi a partir de julho de 1990, com a
consolidação de uma Pedagogia Social comprometida com a luta por uma educação
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daqueles que participarão do tomar nas mãos o que transforma o rumo e o destino
mercado de trabalho criando a preocupação do cuidado com seus filhos, o que criou
Silveira:
uma concepção histórica e social, que precisa ser revista por todos os envolvidos
profissionais.
desde os primeiros meses de vida até os 6 anos de idade como uma prática
também a identidade da criança que a freqüenta e dos adultos que dela se ocupam
nesse espaço.
teórico e legal. De acordo com Silva (2009), isto implica em uma compreensão
famílias das crianças. No plano legal e da produção teórica, não há duvidas sobre o
Silva(2009):
as pessoas envolvidas.
ensino Aprende Brasil (2008), a visão atual sobre a infância retira as crianças do
incontestáveis, construídos a partir das trocas que estabelecem com o meio, das
mundo trago pela criança desde seu nascimento. Eixos estes apontados pelo RCNEI
Assim se pode dizer que cada pessoa é sujeito pleno de seu próprio
conhecimento. Do modo como ninguém pode beber água por mim,
embora possa me estender um copo com água, assim também
ninguém pode me ensinar, embora colocar um conhecimento novo á
minha disposição. Conhecer é sempre um nascer-de-novo com aquilo
que - agora - se aprendeu e se sabe. Este nascer de novo acontece
tantas vezes, de tantas maneiras, que acabamos por nos tornar
insensíveis ao seu milagre. (BRANDÃO, 2002, p.389).
Desta forma, Brandão expõe o aprender como uma busca sem fim de uma fonte
através de citações feitas por Paulo Freire em diversas publicações, entre elas:
Desta forma, Paulo freire (1979) coloca o homem como um ser inacabado, sempre
CONSIDERAÇÕES FINAIS
para a nova filosofia da educação onde entre o educador e o educando não há mais
ARISTÓTELES. Ética a Nicômano; poética. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 197-229.