Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
APOSTILA PPR (Material Complementar)
APOSTILA PPR (Material Complementar)
Removível
Frank Kaiser
A PPR é conhecida como “a prótese que estraga os dentes”. Alguns estudos relatam que
cerca de 50% das PPRs realizadas não são utilizadas pelos pacientes, porque eles não se
"acostumam" com elas.
Isto resulta da falta de planejamento biomecânico correto, da falta de preparo da boca para
receber a prótese e da qualidade técnica insatisfatória das próteses parciais removíveis, em geral.
O planejamento não é obtido por fórmulas matemáticas, mas por princípios biológicos e
muito bom senso. (Dr. Cláudio Kliemann)
É difícil prever o comportamento exato das reações biológicas frente ao tratamento
realizado.
Quando se aplica uma força sobre uma estrutura não-viva, o problema é saber se ela
suportará, ao passo que se for aplicada a mesma força sobre uma estrutura viva, o problema é
outro: como reagirá? (Dr. Todescan)
A experiência clínica do dentista e laboratorial do protético são fatores de real importância,
porque não é possível determinar leis rígidas e precisas para as ciências biológicas, tais como as
usadas nas ciências exatas.
Definição
Estrutura metálica fundida para suporte de dentes artificiais, destinada a restabelecer as
seguintes principais funções orais:
• Mastigação
• Estética
• Fonética
• Prevenção da inclinação, migração ou
extrusão dos dentes remanescentes
• Estabilização de dentes enfraquecidos
• Balanceio muscular no complexo oro-facial
Classe IV:
• Desdentado anterior
Classe III:
• Modificações
Retenção Suporte
É a resistência às forças que atuam É a resistência às forças que atuam
sobre uma prótese no sentido cérvico- sobre uma prótese no sentido ocluso-
oclusal, durante a mastigação de alimentos cervical, durante a mastigação de alimentos
pegajosos. duros.
Estabilidade
É a resistência às forças que atuam
sobre uma prótese no plano horizontal,
decorrentes de contatos oclusais em planos
inclinados.
Micromovimentos
Durante a mastigação, a inserção ou a remoção, as próteses parciais removíveis e as selas
sofrem dois tipos de movimentos: rotação e translação.
A rotação A translação
É o movimento de um corpo em torno É o movimento de deslizamento de
de um de seus eixos. todas as partes de um corpo.
Plano horizontal
Plano sagital
Plano frontal
Área expulsiva
Equador
Área retentiva
Forma do grampo
A medida ideal do grampo prevê que ele seja afilado, meia-cana, adelgaçando-se
suavemente até atingir a metade de sua espessura inicial, na área da ponta ativa.
Partes do grampo
A ponta ativa, delgada e flexível, tem a função de retenção. Secundariamente, o corpo do
grampo, mais espesso e menos flexível, tem a função de estabilização da prótese.
Corpo
Ponta ativa Corpo
Equador
Braço de oposição
Distal
Mesial
Vista distal
Apoio
I Placa proximal
A Grampo em “I”
Grampos diversos
Grampo de contenção
Os grampos de contenção, ou “unhas-de-gato”, têm como função principal a estabilização
de dentes com mobilidade.
Apoio de cíngulo
O apoio de cíngulo é o apoio mais indicado sobre caninos. Ele tem prioridade de indicação
sobre os apoios incisais quando as características anatômicas do cíngulo são favoráveis.
Apoio incisal
A única indicação do apoio incisal é sobre os dentes anteriores. Pouco utilizado, ele tem a
grande desvantagem de criar uma alavanca muito grande sobre os dentes suportes.
Outro aspecto negativo deste grampo é a estética desfavorável.
Macroapoio
O macroapoio restabelece o equilíbrio,
evitando o deslocamento dos dentes opostos, e
normalizando a curva de Spee.
0,01 mm
0,1 mm
Alívios
Um espaço mínimo de 0,5 mm será deixado sob as redes metálicas, para que a resina tenha
uma resistência adequada.
Na presença de implantes ou no
planejamento de futura colocação de implantes,
será deixado um espaço maior, de 2 a 3 mm,
embaixo das retenções.
Dentes artificiais isolados são sempre mais
frágeis que um grupo de dentes, por causa do
pouco volume de resina que os envolve.
Uma retenção adicional, em forma de pino retentivo, será colocada em tais casos.
Dentes artificiais anteriores receberão um pino retentivo em cada elemento, mesmo que
sejam vários dentes unidos.
Oclusal metálica
A falta de espaço deixa a resina muito fina, sem resistência às forças matigatórias. Nestes
casos, a realização de oclusais metálicas seria uma solução.
Estas oclusais metálicas não são necessariamente dentes maciços, mas podem ter o lado
vestibular em resina, melhorando assim a estética (Veneer).
Conectores menores
Além de unir os apoios e os grampos nas selas e nos conectores maiores, eles servem de via
de transmissão das cargas oclusais para os dentes suportes, por meio dos apoios.
Eles têm também a função de estabilizar a prótese, e de guiá-la durante sua inserção e
remoção.
Conectores menores diretos
Os conectores menores diretos são localizados ao lado dos espaços protéticos.
Superior
Placa palatina simples Placa palatina ampla
Indicada para desdentados da Classe III Mais estendida que a placa palatina
ou IV de Kennedy. simples, ela é indicada para desdentados da
Classe I e II de Kennedy, quando a prótese é
mucodentossuportada (maior suporte pela
mucosa).
Inferior
A barra lingual, em forma de meia pêra, pode ser diminuída na espessura, mas deverá ser
aumentada em altura para ter a rigidez adequada.
A distância mínima a respeitar entre o limite superior da barra lingual e o colo dos dentes
anteriores ou posteriores é de 4 mm.
Calibradores de retenção
Três medidores de retenção podem ser utilizados para calibrar ou medir uma retenção.
A calibragem de uma retenção depende da liga a ser utilizada. Para as ligas de Co-Cr por
exemplo, utilizadas em 95% da confecção das PPR, o grau de retenção ideal é de 0,25 mm.
0,50 mm para as ligas de Ouro e 0,75 mm para fio ortodôntico.
De FIORI, S. R. Atlas de prótese parcial removível. 4 ed. São Paulo: Pancast, 1993.
DITTMAR, K. Sistematiche moderne nella tecnica dello scheletrato. Villa Carcina: Teamwork
media, 2000.
KLIEMANN, C.; OLIVEIRA, W. de. Manual de prótese parcial removível. São Paulo: Santos,
1999.
MILLER, E. L.; GRASSO, J. E. Prótese parcial removível. São Paulo: Santos, 1990.
NALLY, J.-N. La prothèse partielle amovible à chassis coulé, principes et techniques. 2 éd.
Genève: Médecine et hygiène, 1979.
PHILLIPS, R.W. Materiais dentários. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
TODESCAN, R. et al. Atlas de prótese parcial removível. São Paulo: Santos, 1998.
ZACH, G. A. Advantages of mesial rests for removable partial dentures. J Prosthet Dent, v.33,
n.1, p.32-35, 1975.