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SEXOLOGIA MODERNA

HISTÓRIA DA TÉCNICA SEXOLÓGICA

Prof Ocir Andreata


ROTEIRO
1. HISTÓRIA DA SEXUALIDADE ANTIGA
2. HISTÓRIA DA SEXOLOGIA MODERNA
3. HISTÓRIA DA TÉCNICA SEXOLÓGICA
REFERÊNCIAS

1. SENEM & CARAMASCHI: Concepção de sexo e sexualidade no


Ocidente: origem, história e atualidade. Barbaroi, S. C do Sul/RS, 2017.
2. ANDRADE E SILVA, M. C. Principais sistemas para uso em terapia
sexual. Revista Sexologia UGF, 1997, RJ.
3. LAQUEUR, T: Inventando o sexo: corpo e genero dos gregos a
Freud. Relume Dumara, 201, RJ.
4. CAVALCANTI & CAVALCANTI: Tratamento clínico das inadequações
sexuais. 4.ed. SP: Roca, 2012.
5. GIDDENS, A: A transformação da intimidade: sexualidade, amor e
erotismo nas sociedades modernas. Unesp, 1993.
1) ANTIGUIDADE, 5.000 – 500 AC: MITO
- “Sexo Mítico-Sagrado”, deuses agrícolas, ritos de fertilidade,
cultos sexuais pelo modelo do casamento dos deuses, orientam
os grandes impérios.
- O divino-sagrado fica separado e é intermediado pelos ritos e
símbolo mágicos de transmissão.
- A religião tende a virar arte (teatro), surge a subjetivação com
o monoteísmo e moralidade.
- O mito guarda a história e o rito repete o modelo no social.
2) M.ANTIGO, 500 aC-100 dC: PRAZER
Gradual distanciamento da consciência pela reflexão faz
a “subjetivação” traduz o sexo em arte e desejo. O desejo
como falta e busca.
A crescente liberdade de “uso e fruição” do prazer
transfere o sexo do templo para o prostíbulo e o público.
Literatura Ars Poética: Gênesis, Cantares, Kama Sutra.
3) M.OCIDENTAL, .100 – 500 DC: MORAL
- “Sexo Moral”, da poligamia à monogamia, sacerdotisas e
hetaíras e a arte erótica; política normativa e educação.
- Monoteísmo antecipa a transcendência e a monogamia,
cristianismo c/ religião global e fé moral contra o sexo.
Controle político dos corpos.
- Gregos propõem a ética: “autoconhecimento”, “nada em
excesso” e o “cuidado de si”; cristianismo propõe listas
de “pecados da carne” e a “conjugalidade”.
ARS ERÓTICA: DESCOBERTA DO DESEJO

Safo, em Lesbos Prostíbulos em Pompéia Pederastia, Grécia

Culto de Isis Hetaíra, na Grécia Culto de Dioníso


EROS: DESEJO COMO ARTE, PRAZER E FALTA
1ª descoberta, a sexualidade ocidental dividida/dialética
PLATÃO: Banquete, Discursos do Eros
1. Disc de Fedro: Eros é o Ser Dialético e a Vida da Natureza
2. Disc de Pausânias: Eros é o deus do Prazer e da Dor
3. Disc de Erixímaco: Eros é Arte e Harmonia (gerar no belo)
4. Disc de Aristófanes: Eros é o princípio Andrógino cindido
5. Disc de Ágaton: Eros é Virtude e Beleza (bem mais belo)
6. Disc de Sócrates: Eros é o desejo que vem da falta
7. Disc de Alcibíades: Eros é a paixão do amado-amante

Descoberta do “belo sexo”, masculino; culto fálico e ars erótica.


Dioníso – Apolo - Afrodite
ÉDIPO, O DRAMA DO HERÓI TRÁGICO:
2ª descoberta: AQUELE QUE SABE DE SI
Enigma da Esfinge:
“Decifra-me ou te devoro”
Maldição de Édipo:
“És tu o assassino que
procuras”
Enigma Edípico:
“Um outro em mim”
MORAL: TRANSCENDÊNCIA E REPRESSÃO
3ª descoberta, o prazer preso à culpa
Cântico dos Cânticos:
“Eu desfaleço de amor”
Santo matrimônio:
Castidade e continência
MASCULINO E FEMININO: A DIFERENÇA
4ª) o falo c/belo sexo, mulher c/ homem invert
Falo, o belo sexo: Vagina, falo invertido e frágil:
“Descoberta do masculino” “descoberto do sexo frágil”
Hipocrates, III aC; Galeno, II dC Vesalius, 1560

LAQUEUR, 2001, p.109s


MÉDICO-FILOSÓFICO: DISCURSO INVESTIG
5ª) a ‘hipótese repressiva’ através do saber
Triunfo psicofísico: A mente no corpo-máquina:
“Estrutura e funcionalidade” “paixões x cogito ergo sum”
Leonardo da Vinci, Sec. XV René Descartes, Sec. XVI
MEDIEVALIDADE, 500 – 1500:
TRANSCENDÊNCIA E REPRESSÃO
“Sexo Repressão”, da continência à confissão e
à penitência; sexo do casal para procriação.
 Magistério da Igreja, manuais de confissão e
penitência, inferno x renascimento humanístico.
 As artes humanísticas mostram o corpo nu
doente; práticas de povos orientais estimulam o
sexo de amantes
MODERNIDADE, SEC XV – XIX:
IDEAL DO AMOR ROMÂNTICO
- “Sexo Romântico”, do casamento tradicional aos
amantes; domínio do discurso médico patológico.
- O Iluminismo entroniza a Razão e a medicina recorta o
corpo e patologiza o sexo pelo discurso moralista.
- Reforma, Contra-reforma e inquisição reduzem o sexo
ao marital em luta contra adultério e masturbação.
- Literatura romântica e descoberta científica do corpo.
MODERNIDADE - CONCEPÇÕES
 Luta da razão contra as paixões do corpo-
máquina coloca o sexo e a repressão em crise.
 Filosofia, artes, ciências e revoluções forçam a
elasticidade dos limites da cultura social.
 Democracia (América) reivindica nova
compreensão ao sexo, o discurso médico
(Foucault).
CONTEMPORANEIDADE, SEC XX:
A SCIENTIA SEXUALIS
- “Sexo Livre”, do discurso médica às pesquisas da loucura, da
separação à solidão e ao pornográfico.
- Freud, as tramas subjetivas do desejo e da linguagem.
- Scientia sexualis e discurso médico psicopatologista;
pesquisas, revoluções culturais e tratamentos.
- Filosofias existencialista e o homem só e por si, preso à
técnica e sem metafísica; família: de “nó” a “nuclear” e “ninho”.
- Lutas libertárias feministas, culturais e de direitos humanos.
HIPER-MODERNIDADE: EXPERIÊNCIA DIFUSA
6ª) o impasse da ‘hipótese repressiva’ à pulsão
Pulsão e compulsão: A experiência difusa:
“Freud (não mais) explica” “tudo se dilui no ar” (Marx) e
Sec. XXI “o liquido-fluido não tem forma”
Prospecção de Aion
HISTÓRIA DA SEXOLOGIA
Visão Geral:
1. Discurso patológico médico-científico (Kraft-
Ebing)
2. Teorias psicanalíticas e sexológicas (S. Freud)
3. Pesquisas científicas (A. Kinsey)
4. Tratamento e desrrepressão ao prazer (Reich)
5. Clínica sexológica (Masters&Jonhson)
6. Discurso crítico contra a política (Foucault)
7. O lugar do desejo na clínica (H. Kaplan)
DISCURSO MÉDICO-CIENTÍFICO
A pesquisa sexual inicia com a Psychopathia Sexualis, de
Kraftt-Ebing (1886-1902), onde lista como pathias vários
comportamentos “desviantes” e “jogos sexuais”.
Havelock Ellis, sexólogo inglês em Estudos sobre a
psicologia do sexo (1896 e 1928) divide a atividade sexual
em: tumescência e detumescência.
 Magnus Hirschfeld e T. van de Velde, alemães, descrevem
comportamentos que interferem na atividade sexual.
TEORIAS PSICANALÍTICAS E SEXOLÓGICAS
 Sigmund Freud (1856-1939), além da teoria da repressão
em A Interpretação dos Sonhos (1900), lança Três Ensaios
sobre Sexualidade (1905) sua teoria geral da sexualidade,
libido e repressão, e com Ellis, Hirschfeld, Velde e Charcot
denuncia o moralismo vitoriano como adoecedor.
Carl G. Jung (1875-1961), reintegra o sagrado ao processo
simbólico da significação do corpo e sexualidade.
Melanie Klein, Jacques Lacan e Erich Fromm, etc.
DESAFIO DE CONHECER A SUBJETIVIDADE
Sigmund Freud (1856-1939): Pulsão de Vida e Pulsão de
Morte; a subjetividade é uma dialética entre Eros e Thánatos
Carl G. Jung (1875-1961): fundo da alma é constituído de
sagrado e pelos princípios Masculino (Animus) e Feminino
(Anima). A libido é significada pelo simbólico.
Jacques Lacan (1901-1981): o inconsciente é estruturado
como linguagem e se faz em ato na palavra (significante).
PESQUISAS CIENTÍFICAS
Alfred Kinsey e sua equipe, nos anos 30 a 60 inovou em
pesquisas empíricas entrevistando mais de 16.000 pessoas
sobre sexualidade americana: Comportamento Sexual do
Homem (1948) e Comportamento Sexual da Mulher (1953).
Wilhelm Reich (1897-1957), psicanalista austríaco, inovou
ao eleger o orgasmo como potencia curadora da psique e
propor uma clínica da bioenergia sexual; A Função do
Orgasmo, A Revolução Sexual e a Biopatia do Câncer.
DESAFIO DA PESQUISA E DA INFORMAÇÃO

Alfred Kinsey (1894-1956): informações baseadas em


dados amplos e precisos do real vivido.
Wilhelm Reich (1897-1957): o orgasmo como potencia
curadora da psique e a bioenergia sexual.
TRATAMENTO DO SEXO E PRAZER
W. Masters e V. Johnson, nos EUA, desde 1954 até final de
70, revolucionaram as pesquisas e tratamentos como
comportamental-cognitiva, mais 10000 casos atendidos e
analisados em clínica especial para observação e
experimentos sexuais; Resposta Sexual Humana (1966), a
Conduta Sexual Humana, Vínculo do Prazer, entre outras.
Helen Kaplan, renovou a clínica da sexologia com A Nova
Terapia do Sexo (1975), psicanalista, focando o desejo
como fonte de transtornos como a anorgasmia feminina.
DESAFIO DO TRATAMENTO ADEQUADO

Masters & Johnson, nos EUA, de 1954-79: revolução nas pesquisas


médicas e tratamentos psicológicos cognitivo comportamental na
clinica experimental.
Helen Kaplan, renovou a clínica da sexologia com A Nova Terapia
do Sexo (1975), focando o desejo c/ fonte de transtornos c/ a
anorgasmia feminina.
Neurofisiologia (1980-2000): bioquímica do desejo, áreas do prazer e
terapias da sexualidade.
DISCURSO CRÍTICO CONTRA A POLÍTICA
O filósofo alemão Herbert Marcuse (1898-1979) foi um
crítico da repressão da sexualidade moderna juntando o
existencialismo com a psicanálise, em Eros e Civização
(1955), Psicanálise e Política (1968), entre outras obras.
Mas foi o pensador francês Michael Foucault (1926-84)
que inovou a pesquisa e o olhar à sexualidade com seu
método de arqueologia do saber, em História da Loucura,
História da Clínica e História da Sexualidade I-III, e crítica a
toda forma de poder repressor abrindo espaço à liberdade.
PARADIGMA DE MASTER E JOHNSON - M &J
• DISFUNÇÃO SEXUAL: FUNCIONALIDADE OU DISFUNCIONALIDADE
• INADEQUAÇÃO SEXUAL: FALTA DE HABILIDADE ASSERTIVA
• A SEXUALIDADE EM SI DEVE SER PRAZEROSA E ESSE PRAZER
DEVE TER UMA RELAÇÃO DIRETA COM O ORGASMO.

1. EXCITAÇÃO
2. PLATEAU
3. ORGASMO
4. RESOLUÇÃO
PROTOCOLO M & J
CONCEITOS:
- TERAPIA CONJUNTO DA UNIDADE CONJUGAL
- EQUIPE MASCULINA-FEMININA DE TERAPIA
- MEDO DESEMPENHO, COMUNICAÇÃO MÚTUA
- ISOLAMENTO SOCIAL PARA O TRATAMENTO

PROTOCOLO:
1. ANAMNESE: HISTÓRIA MÉDICA E
PSICOSSOCIAL DA PESSOA INTEGRAL.
2. QUEIXA: ETIOLOGIA E DESCRIÇÃO EFEITOS.
3. DESENVOLVIMENTO: FATOS CICLOS VITAIS.
4. EXAMES MÉDICOS: EXAME FÍSICO GERAL.
5. PROJETO TERAPÊUTICO INTEGRADO:
MÉDICO E PSICOLÓGICO (HOJE,
FISIOTERÁPICO), INDIVIDUAL E CASAL, COM
DISCUSSÃO MESA REDONDA.
TRATAMENTO DAS INADEQUAÇÕES SEXUAIS,
DISFUNÇÕES SEXUAIS:
• EJACULAÇÃO PREMATURA
• EJACULATÓRIA RETARDADA
• IMPOTÊNCIA PRIMÁRIA (DESDE SEMPRE) E SECUNDÁRIA (EPISÓDICA)
• DISFUNÇÃO ORGÁSMICA (ANORGASMIA, E/OU, AUSÊNCIA DE DESEJO)
• VAGINISMO (DIFICULDADE DE PENETRAÇÃO)
• DISPAREUNIA (DOR NA RELAÇÃO)

PREMISSAS TERAPÊUTICAS:
• A DISFUNÇÃO SEXUAL É UM PROBLEMA DA UNIDADE CONJUGAL
• A ABORDAGEM CLÍNICA DEVE SER FEITA INTERDISCIPLINARMENTE
• EQUIPE FUNCIONANDO EM CO-TERAPIA (TERAPEUTA E OBSERVADOR)
• PROCESSO TERAPÊUTICO DEVE SER SEMANAL (EM DUAS SEMANAS)
• O TRATAMENTO DEVERÁ LEVAR EM CONTA O VÍNCULO CONJUGAL
PROTOCOLO DE HELEN KAPLAN

CONCEITOS:
• BORDAGENS PSICANALÍTICAS E COMPORTAMENTAIS
• INIBIÇÃO E DIMINUIÇÃO DO DESEJO SEXUAL MAIORES QUEIXAS
• FALTA DE INFORMAÇÃO DE FISIOLOGIA DO DESEJO
• RESPOSTA BIFÁSICA DA EXCITAÇÃO: VASOCONGESTÃO E
MIOTONIA

FASES:
1. DESEJO
2. EXCITAÇÃO (INCLUI PLATEAU)
3. ORGASMO

IMPORTÂNCIA DA LUBRIFICAÇÃO
VAGINAL E TEMPO ENTUMESCENCIA
TÉCNICAS TERAPEUTICAS - KAPLAN
SISTEMA TRIFÁSICO: DESEJO – EXCITAÇÃO – ORGASMO
• ESTIMULO DO ORGASMO PELO DESEJO, COM FANTASIAS.
• EXCITAÇÃO SENSORIAL DO CORPO/GENITAIS NEUROFISIOLÓGICA
DE CADA NATUREZA, TEMPOS E RITMOS.
• ORGASMO COMO REFLEXO SENSÓRIO E MOTOR, QUE SE
EXPRESSA PELAS CONTRAÇÕES MUSCULARES E SENSAÇÕES
PSÍQUICAS DE SATISFAÇÕES INTENSAS.

SINTONIA DO PRAZER: DESEJO - GENITAIS – CLITÓRIS – EREÇÃO


• ALIMENTAÇÃO E INUNDAÇÃO POR FORTES DESEJOS; TEMPO ÀS
RESPOSTAS ESPECÍFICAS DOS CORPOS; ESTIMULAÇÃO
CLITORIANA E CONTROLE EJACULATORIO.
ABORDAGEM TERAPÊUTICA DE KAPLAN

1. NATUREZA E CAUSAS DAS DISFUNÇÕES SEXUAIS


HOMEM: VASOCONGESTÃO GENITAL, ESTÍMULO BIOELÉTRICO, EREÇÃO, EJACULAÇÃO
MULHER: LUBRIFICAÇÃO VAGINAL, INTUMESCÊNCIA, ABERTURA E CONTRAÇÕES
AMBOS: COMUNICAÇÃO, APRENDIZAGEM, ATIVIDADE SEXUAL E INOVAÇÕES

2. PSICOSSOMÁTICA DA DISFUNÇÃO SEXUAL


- NEUROTRANSMISSORES E ESTADO DE ÂNIMO (PREPARAÇÃO)
- QUÍMICA E SUBJETIVIDADE (ENVOLVIMENTO FÍSICOAFETIVO)
- ESTADO PSÍQUICO-FÍSICO E EXCITAÇÃO (ALIMENTAR O SEXO)
PROTOCOLO CLÍNICO KAPLAN
AVALIAÇÃO SEXUAL (RECEPTIVIDADE):
• AVALIAÇÃO MÉDICA E PSIQUIÁTRICA (HISTÓRIA E EXAME)
• HISTÓRIA MÉDICA E EXAME PSIQUIÁTRICO (ENCAMINHAMENTOS)
• PSICOPATOLOGIAS, SINTOMAS SEXUAIS E CONFLITOS RELACIONAIS

• EXAME PSICOSSEXUAL (INDIVIDUAL E RELACIONAL)


• HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL E DO RELACIONAMENTO
• DESPERTAR SEXUAL, EXPERIÊNCIAS, FANTASIA, DESEJOS, TEMORES

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL (FLUXOGRAMA):


- O PROBLEMA É ORGÂNICO, PSICOLÓGICO OU AMBOS
- EFEITOS DE ALGUMA DOENÇA, DROGAS OU ESTADOS PSICOFISIOLOGICOS?
- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: CAUSAS ORGÂNICAS, PSÍCOLÓGICAS, RELACIONAIS
- PROGNÓSTICO DE TRATAMENTO: OFERECIMENTO DE TODAS AS POSSIBILIDADES
- ENCAMINHAMENTOS E ACOMPANHAMENTO: INTERAÇÃO INTERDISCIPLINAR
EDUCAÇÃO SEXUAL PARA O PRAZER (PLEASURING, CASAL)

CRÍTICA À M&J: NÃO “FOCO SENSÍVEL” MECÂNICO E SEPARADO,


MAS PLEASURING (PRAZER) DE CARÍCIA E AFETO COMPARTILHADO.

EXERCÍCIOS:
• FOCO SENSÍVEL I (PLEASURING CORPORAL):
• FUNDAMENTAÇÃO: VISÃO DE PSICOLOGIA CORPORAL E ORIENTAL (REICHIANA)
• ORIENTAÇÕES: DESINIBIÇÃO DO TERAPEUTA, LIBERDADE EXP. PARA O CASAL
• REAÇÕES: RELATOS DE EFEITOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA “CARÍCIA MÚTUA”
• TERAPIA: ELABORAÇÕES E TÉCNICAS ESPECÍFICAS

• FOCO SENSÍVEL II (PLEASURING GENITAL):


• ESTIMULAÇÃO DELICADA E CONSTANTE DOS GENITAIS, SEM ORGASMO
• EXPLORAÇÃO E MÚTUO CONHECIMENTO DAS REAÇÕES DO CORPO DO OUTRO
• EROTIZAÇÃO E EXCITAÇÃO DE ÁREAS ERÓGENAS E SEXO ORAL-GENITAL
• CONSTÂNCIA E PERMANÊNCIA DA EXCITAÇÃO ENTRE PLATÔ E CLÍMAX
NOVO MODELO DO CICLO DE RESPOSTA SEXUAL

SEDUÇÃO Desejo – Excitação/Platô – Orgasmo(s) – Repouso ACONCHEGO

• A QUESTÃO DA LIBIDO:

PRAZER DESEJO IMAGEM

SENSORIAL PULSÃO POÉTICO / IMAGINÁRIO


PROTOCOLO GERAL (Mannocci, 1996)
1. IDENTIFICAÇÃO DO CLIENTE: Masc, Fem, Trans, como pc se identifica

2. ANÁLISE DO PROBLEMA:
• IDENTIFICAÇÃO: QUEIXA PRINCIPAL, OUTRAS QUEIXAS
• DEFINIÇÃO OPERACIONAL DO PROBLEMA: COMO, QUANDO OCORRE?
• AVALIAÇÃO SUBJETIVA: ATITUDES, METAS, MOTIVAÇÕES.
3.ABORDAGEM DAS ÁREAS DE PERSONALIDADE:
• ÁREAS – VARIÁVEIS – PROCEDIMENTOS
• EMOÇÃO – COGNIÇÃO - ASSERTIVIDADE
4. RESULTADOS DE EXAMES:
5. FORMULAÇÃO DO DIAGNÓSTICO:
6. ANÁLISE ETIOLÓGICA: CAUSAS ORGÃNICAS, PSICOGÊNICAS, SOCIAIS.
7. PLANEJAMENTO DA TERAPIA: ABORDAGENS DO COMPTO E DO SEXO
DISFUNÇÕES SEXUAIS – DSM-5, 2014, p.431-450
- Ejaculação Retardada (302.74/F 52.32) (2014, p.423-450)
- Transtorno Erétil (302.72/F 52.21)
- Transtorno do Orgasmo Feminino (302.73/F 52.31)
- Transtorno do Interesse/Excitação Sexual Feminino (302.72/F52.22)
- Transtorno da Dor Gênito-pélvica/Penetração (302.76/F 52.6)
- Transtorno do Desejo Sexual Masculino Hipoativo (302.71/ F52.0)
- Ejaculação Prematura (Precoce) (302.75/F 52.4)
- Disfunção Sexual Induzida por Substância/Medicamento
- Outra Disfunção Sexual Específica (302.79/F 52.8)
- Disfunção Sexual Não Específica (302.70/F 52.9)
PROBLEMAS DIÁDICOS (CASAL)

OS PROBLEMAS DIÁDICOS DECORREM DOS


LIAMES E DAS FORÇAS DINÂMICAS DAS
MÚTUAS RELAÇÕES EM JOGO,
CONSCIENTES E INCONSCIENTES
(COMPLEXOS E ARQUÉTIPOS), SAUDÁVEIS
OU DOENTIAS (EGO, PERSONA, PODER,
SOMBRA), QUE SE ATRAEM, SE REPULSAM E
SE REFORÇAM AO LONGO DO TEMPO.

O PRIMEIRO ELEMENTO A PERECER É O


PRAZER E ISTO AFETA TODO AMBIENTE.
ENFOQUE PSICODINÂMICO NA RELAÇÃO SEXUAL:
• PERCEPÇÃO DO NÍVEL DO CONHECIMENTO, COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO
• INTUIÇÃO DA TRAMA PSICODINÃMICA CONSCIENTE-INCONSCIENTE
• FEEDBACK DA RESISTÊNCIA À TERAPIA, PROCESSO E RESULTADO
• COMBINAÇÃO DE MODOS DIFERENCIADOS DE ATENDIMENTO AO CASAL
• PROGNÓSTICO: FATORES INTRAPSÍQUICOS, RELACIONAMENTO E PRAZER

“Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é
forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de
fogo, labaredas divinas” (Cântico dos Cânticos, Salomão, Bíblia CNBB).
CASOS CLÍNICOS
CASO I (nomes fictícios):
João e Maria são um casal jovem, religiosos cristãos e envolvidos numa
intensa rotina de trabalho e família. João procura a terapia com uma queixa de
insatisfação na vida conjugal e familiar. Na anamnese inicial, João não
identifica de modo claro um problema especificamente sexual, tendo em vista
que sua relação é frequente e satisfatória para ambos. João e Maria estão
casados há sete anos e têm uma filha de seis anos, um menino de três e outra
menina de dois anos. Trabalham juntos numa empresa familiar que funciona no
mesmo ambiente residencial. Maria confirma também que a relação é
satisfatória, tudo funciona normal. Também segundo relato de ambos as
condições físicas são boas sem nenhuma situação sintomática ou médica que
observassem. A investigação é combinada num modelo de atendimentos
individuais. No decorrer das sessões, João revela sua condição de
homossexualidade desde a infância, a qual Maria conhece, mas que considera
resolvida pela fé e o casamento. João tem encontros fugazes semanais com
parceiros para sexos casuais, que a esposa não sabe. Maria, após várias
sessões, expõe o sofrimento de sua história de abusos sexuais na infância e
adolescência; passa a presentar sintomas de ansiedade.
CASO 2 (nomes fictícios):
Miguel é um jovem de vinte e seis anos, que procura a terapia junto com
Luana, sua esposa, a qual tomou a iniciativa e insistiu em vir. Ambos
inicialmente mostram-se um pouco inibidos, mas bastante próximos e em
seguida passam a expor diretamente o que lhes traz. A queixa é de que há
tempos Miguel sente dores e uma grande sensibilidade no pênis na relação
sexual, desde a penetração, fato que se repete e inibe sua sexualidade, sem
causa médica. Luana demonstra inibição e que não há nenhum problema com
sua sexualidade, que aliás tem bastante desejo e mostra-se interessada no
tratamento do esposo. Todavia, Miguel mostra-se ansioso e preocupado em
atender e satisfazer Luana. Relata que no começo do casamento conseguia
realizar o ato sexual, mas que, em dado momento começou a sentir dores
crescentes, que passaram a impedir a relação. Nas sessões seguintes Miguel
descreve o que sente como se fosse machucar Luana com a relação sexual, ao
que ela insiste em afirmar-lhe que não. Durante a exploração do sintoma,
Miguel relata que vem de uma família religiosa tradicional casal e que tem
ejaculação precoce, e a esposa confirma. Ambos se engajam no tratamento.
CASO 3 (nomes fictícios):
Fernando vem ao consultório juntamente com sua esposa Isabel e desde o
início apresenta-se muito ansioso, reiterando que há tempos quer vir à terapia,
a que Isabel sempre resistia. Ambos são religiosos cristãos desde solteiros. Ele
tem quarenta o nove anos e ela quarenta e seis e estão casados há vinte e dois
anos. Fernando quase não deixa Isabel falar, interrompendo-a contínua e
bruscamente, demostrando um forte poder de controle sobre ela, que espera
pacientemente a oportunidade de falar. Têm dois filhos já casados. Ele, de
origem alemã tradicional, vem de uma longa história de trabalhos e êxitos
empresariais, mas que após perdas no momento está passando por
dificuldades financeiras e novo trabalho; ela é funcionária de uma empresa há
mais de vinte anos. Ambos se engajam na proposta de terapia sexual. No
decorrer das sessões, Fernando revela muita energia física e vontade de sexo,
e queixa-se de que Isabel não tem desejo e não corresponde. Ela, de origem
cristã tradicional, após algum tempo e falando de sua dificuldade em estar ali
expondo sua intimidade relata que não teve satisfação sexual desde a
juventude, mas que mesmo assim gosta de fazer sexo com Fernando e quer
aprender a ajudá-lo.
TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS COMUNS
(Manocci, cap.10, p.54s; Cavalcanti, cap.9, p.163s)
EXERCÍCIOS DE RELAXAMENTO:
• Sob sugestão de atenção corporal concentrada com fala
monótona relaxa-se cada grupos de músculos.
DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA:
• Sob sugestão de imaginação, postura e olhos fechados,
conduz-se o pc pela vivência de um teatro imaginário e vai de
encontro ao que dá medo substituindo por imagem boa.
AUTOCONSCIÊNCIA CORPORAL:
• Sob um espelho, a pc treina sua auto-aceitação pela auto-
observação de vários ângulos, primeiro vestida depois nua,
com aproximações sucessivas até o auto-exame genital.
Exercício de intimidade, após o banho.
“O que gosto em mim?” “Se pudesse, o que mudaria?”
(TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS COMUNS)

DISTRAÇÃO COGNITIVA CONDICIONADA:


• Técnica de Kaplan de condicionamento da consciência (“distração
da distração”) a indivíduos dispersos para condicionar sentir e
viver o “aqui e agora” do momento; fixar a mente numa imagem.

TREINO DE ASSERTIVIDADE – COMUNICAÇÃO/COMPTO:


• Exercício de falar e comportar-se de modo verdadeiro porém
emocionalmente controlado, compto “diplomático”, sem agressão.

PARADA DO PENSAMENTO:
• Estimula-se o pc a pensar na situação de ansiedade e depois dá-
se a ordem: “Pare!”. Stop-Start várias vezes. Crítica ao ideal.
• IDENTIFIFAÇÃO/CONFRONTAÇÃO CRENÇAS IRRACIONAI
TÉCNICAS TERAPÊUTICAS SEXUAIS COMUNS

EXERCÍCIOS DE KEGEL:
• Preconizados por Arnold Kegel, exercícios vaginais e
pélvicos para incontinência urinária, tonificação muscular,
irrigação sanguínea e sensorialidade, próprios para
anorgasmia, vaginismo e diminuição de desejo.
• a) Contração; b) Tremulação; c) Sucção; d) Expulsão

FOCO SENSORIAL I e II: sob “proibição do coito”


I – CORPO: erotizar e poetizar o corpo do outro c/ massagem
II – GENITAL: massagem e excitação genital sem coito
Treino masculino de conter a ansiedade de penetração, treino feminino
de relaxamento, recepção e participação erótica.
EROTIZAÇÃO VISUAL:
• Estimulação pelo emprego de materiais visuais, literatura e
vídeos eróticos (# pornográfico), para casos de diminuição
de desejo, com cuidado dentro da permissão do casal.
Visualização acrítica e comedida para não tornar comum.

TREINO DE FANTASIA:
• Antes, conversa assertiva sobre permissão do imaginário
como elemento terapêutico cognitivo de excitação; depois,
criar fantasias de personagens , sem obrigação de revelar.
• Foco, descobrir, pelo tato, sutileza ou conversa, “proibidos” e
“secretos” de desejos e fantasias de adolescência.
• Sintonia, pode-se também a compartilhar as fantasias.
AUTOFOCAGEM CORPORAL:
• 1. Percepção corporal: após banho, autoviagem caricial do
próprio corpo, com privacidade, cremes e massagens,
exploração total do corpo, contornos e detalhes; perceber e
anotar sentimentos de culpa, nojo, desprezo, inibição.
• 2. Autofocagem genital: Técnica de Lo Pícolo e Lobitz, de
exploração genital com espelho, com toques e exerc Kegel
• 3. Dessensibilização masturbatória: treino tempo/ritmo
• Feminino: fantasia+platô+orgasmos (criação mental de
excitação rápida)
• Masculino: energia+ritmo+injaculação (segurar a ejaculação)
• 4. Lubrificação/dilatação vaginal: uso objetos/instr eróticos
• 5. Focagem das sensações: temporalizar-espacializar
TÉCNICAS DIÁDICAS:
• COITO NÃO EXIGENTE: INIBIÇÃO DESEJO, EJACUL PREMATURA
• mulher por cima controla a penetração, sem obrigação de orgasmo +
fantasia
• MANOBRA DA PONTE: ANORGASMIA, EJACUL PREMATURA
• Penetração com manuseio rítmico do clitóris + toque anal sensível
• STOP-START: EJACULAÇÃO PREMATURA
• Mulher por cima controla time/ritmo da penetração, parceiro avisa r
percepção do “limiar ejaculatório”, pára e recomeça, três ou várias vezes.
• SQUEEZE: EJACULAÇÃO PREMATURA
• Aviso do “limiar ejaculatório”, parceira retira o pênis da vagina, espera
/recomeça
• MODELAGEM MASTURBATÓRIA: ANORGASMIA, EJAC PREMATURA
• Compressão basilar (glande pênis); perineal (períneo) = EJACULAÇÃO
PREMATURA
• Integração kundalínica (parceiro na parceira); abraço sustentador do
pescoço, olhar fixo nos olhos, toques de sensibilização genital, manuseio do
clitóris.
• Massagem mútua, energização corporal e excitação de platô.
TRATAMENTOS MAIS COMUNS
1. DISTÚRBIOS DO DESEJO:
• MODELO QUADRIFÁSICO DA RESPOSTA SEXUAL (M&J e KAPLAN):
• Sedução - Desejo – Excitação/Platô – Orgasmo(s) – Repouso

• QUESTÃO DO DESEJO (EROS):


• Moldagem da natureza pela cultura (família, escola, grupos, trabalho);
• Organização erótica da personalidade (Apegos de afetos edípicos, registros);
• Instinto, Cultura e Registros de experiências, Cultivo de energia e imaginação;
• Desenvolvimento individual dos arquétipos-complexos de Anima e Animus.
• Banalização e mecanização do sexo, (des)imaginação pelo Tinder-Pornô.
• Rotinização de casamento, circunstância de família, trabalho, finanças, etc.

• CLASSIFICAÇÃO:
• Primário: estrutural, nunca teve desejo sexual nenhum gênero (assexualidade?)
• Secundário: episódico, experiência normal c/ interrupção abruta (acidental)
• Natural: consequente, motivada por mudanças naturais nos ciclos vitais (fásico)
TRATAMENTO:
• Foco sensorial
• Erotização visual (uso de videos eróticos, sozinhos e juntos)
• Treino (e partilha) de fantasia (imaginação ativa)
• Autofocagem (autotoque) corporal e genital
• Condicionamento orgásmico (coito não exigente)
• Reestruturação cognitiva, esclarecimento, relaxamento
• Ansiolítico

2. DISTÚRBIOS DA EXCITAÇÃO:
• CAUSAS:
• Peri ou pós-menopausa (insuficiência estrogênica) ou castração cirúrgica
• Educação sexual distorcida, sentimento de culpa, rejeição à figura de
gênero, diminuição hormonal de antropausa, envelhecimento, etc.

• TRATAMENTO:
• Mesmas técnicas usadas na inibição do desejo
3. DISTÚRBIOS DO ORGASMO:
• QUESTÃO DO ORGASMO: natureza e cultura
• MASCULINO (ou PARCEIRO):
• Está ligado biológica e culturalmente à ereção e ejaculação
• Tem função biologica de descarga, e simbólica de potência viril
• Rítmo e tempo psicossomático organizados pela prática masturb
• Distúrbios ejaculatórios: precoce ou retardada
• Ansiedade de descarga e performance; relação viril mente-corpo
 HOMEM TREINA SEGURAR O ORGASMO PARA A PARCEIRA

• FEMININO (ou PARCEIRA):


• Treino de estímulo clitoriano, toque e autotoque
• Conhecimento do complexo sistema subjetivo e emocional
• Histórico de liberdade, pessoal, familiar e coletiva
 MULHER TREINA ACELERAR A EXCITAÇÃO EM ORGASMOS

• W. REICH, E A TRADIÇÃO ORIENTAL, PRECONIZAM A FUNÇÃO


ORGÁSMICA PELA QUALIDADE DA SINTONIA CORPO-MENTE-OUTRO
ANORGASMIA - TRATAMENTO:
• HISTÓRIA DE VIDA, IDENTIFICAÇÕES, EXPERIÊNCIAS ERÓTICAS
POSITIVAS E NEGATIVAS, SITUAÇÕES ATUAIS GRATIFICANTES.
• DURANTE FOCO SENSÍVEL I DE ESTIMULAÇÃO GERAL EM
PARTICIPAÇÃO DO PARCEIRO, DE FORMA NÃO EXIGENTE;
DEPOIS, FOCO SENSÍVEL II COM MANIPULAÇÃO GENITAL
PROPRIA/ DITA, PERCEBER SENSAÇÕES E CRIAR MEMÓRIA.
• PENETRAÇÃO COM A MULHER NA POSIÇÃO SUPERIOR E COM
MOVIMENTOS LEVES E CONTROLADOS EXPLORANDO
SENSAÇÕES. A MULHER CONTROLA A PRÓPRIA PENETRAÇÃO.
• ORGASMO FEMININO DEVE USAR O CLITÓRIS NO INTERCURSO.
• TÉCNICAS:
• Relaxamento, sensorialidade e autotoque
• Treino de fantasia e distração cognitiva condicionada (substituição da
fantasia pela pessoa real da relação, transferir)
• Parada do pensamento, focagem sensorial e reforçamento positivo
 MANOBRA DA PONTE.
EJACULAÇÃO PREMATURA - TRATAMENTO:
CAUSAS/EFEITOS:
• Na herança primata, a ejaculação em função da procriação é rápida
• Para Kinsey (1948; 1954), há prematurização em 75% dos homens
• Na tradição oriental, o treino de injaculação é a retenção da energia
O PHARMAKON ESTÁ NA MENTE AUTOCONFIANTE E VIRILIDADE.

TRATAMENTO/TÉCNICAS:
•Foco Sensível I, treino sozinho pela masturbação, parar-e-recomeçar;
•Foco Sensível II, a parceira masturba até o “limiar ejaculatório”;
•Técnica: vagina parada, retirada do pênis, pressão no frênulo, recomeço;
•Espera de 15-30 segundos e repete por 3-5 vezes no rítmo do parceiro;
•Posições: penetração sem exigência, posição por cima, sem lubrificação,
sem fantasia, stop-start, squeeze, penetração lateral, etc.
HABILIDADE A SER APREENDIDA E USADA POR TODA A VIDA.
INIBIÇÃO EJACULATÓRIA (EJAC. RETARDADA):
CAUSAS/EFEITOS:
• Dificuldade de ejacular durante intercurso, concluir a relação de gozo.
• Poucas estatísticas, raras ocorrências na clínica sexual.
• Lowen: do intercurso normal de 3-20 minutos, excede até 60 minutos.
• Geralmente não considerado pelos homens; comum em artista pornô.
ETIOLOGIA MAIS COMUM ESTÁ NO DESENV. DA PERSONALIDADE.

TRATAMENTO/TÉCNICAS:
• Foco Sensível I, treino sozinho pela masturbação, início-sem-parar;
• Foco Sensível II, parceira masturba com “máxima estimulação”;
• Técnica: autoestimulação fantasia; estimulação física + fala erotizante;
masturbação contínua acelerada com fantasia, sozinho ou p/parceira.
• Ver fantasias, palavras, áreas e formas excitantes (estimulação anal);
HABILIDADE MENTAL E COMPORTAMENTAL APRENDIDA.
4. DISTÚRBIOS VAGINAIS – VAGINISMO E DISPANEUNIA:
VAGINISMO:
• Definição: Síndrome psicofisiológica (sintoma) de contração muscular
que impede parcial ou totalmente a penetração, com ou sem dor.
• Classificação: a) Primária: sempre ocorreu; b) Secundária: houve antes;
c) Situacional: episódica, relacionada a fator ou parceiro específico.
• Etiologia: educação sexual repressora; agressão/abuso; culpa religiosa;
dispareunia ou trauma de experiência anterior (primeira vez!); excessivo
sentimento de fragilidade; hostilidade à figura masculina; disfunção erétil;
homossexualidade não assumida; pós-traição conjugal ou prostituição.
• Diagnóstico: Relato próprio e do parceiro + Exame médico + autoexame
• Tratamento:
• Análise causas psicológicas e diádicas, Esclarecimento; Lubrificação
sensível; autotoque e carícia essencial consigo mesmo e com parceiro(a).
• Relaxamento, dessensibilização genital psicoterápica e com o parceiro.
• Aproximação sucessiva de abertura com dedos e instrumentos eróticos.
DISPAREUNIA:
• Definição: Dor durante ou após a penetração vaginal.
• Causas orgânicas: a) Vulvite: processo inflamatório da vulva; b) vaginite:
processo inflamatório da vagina; c) Inperfuração himenal: consistência do
hímen; d) Processo cicatriciais: pós-parto ou cirúrgicos; e) Processos
alérgicos: agentes químicos ou físicos; f) Bartholinite: Inflamação
Glândulas Bartholim; g) Estados hipoestrogênicos: vaginite atrófica ou
pós-menopausa; .h) Endometriose; i) Varizes vaginais; j) Ejac. Retardada
• Causas psicogênicas: - quadros fóbicos de gravidez, IST, AIDS, Câncer;
- dor diádica (fuga inconsciente da relação); - conflito de identidade ou
papel sexual; - repulsa à figura masculina; - autopunição.

• Tratamento:
• Identificação das causas psicológicas e diádicas. Esclarecer o normal.
• Relaxamento e dessensibilização genital psicoterápica e com o parceiro.
• Treino de aproximação sucessiva em terapia de casal.
• Introdução gradual de dedos e/ou falos eróticos de vários tamanhos.
5. DISTÚRBIOS DA EREÇÃO:
DISFUNÇÃO ERÉTIL:
Classificação: a) Primária: nunca teve ereção; b) Secundária: teve e
perdeu; c) Situacional: episódica ou relacionada a algo.
Causas: a) Orgânicas: arteriopatia, neuropatia, hormonais; b)
Psicogências: traumas, episódios,;c) Diádica: tipo de parceira.
Testes: - avaliação orgânica: observar ereção espontânea à noite ou
pela manhã; - Testes clínicos: fármaco-índuzido, arteriografia, exame
eletrofisiológico, hormonal etc.
Tratamento: - Medico-medicamentoso ou artificial; psicoterapia
analítico-comportamental, relaxamento e dessensibilização para
ansiedade, fantasia e treino assertivo pela masturbação.

* Caso seja de origem psicogência, pode-se iniciar com medicação


provisória e treino de fantasia. Exercícios de masturbação ritmica
sozinho e depois com a parceira, mesmo em estado de flacidez.
FORMAÇÕES CLÍNICAS RECENTES
Autosexo egóico: egoísmo reforçado pela inibição social e pelo uso
excessivo da tecnologia e autosatisfação.

Assexualidade: desinteresse estrutural pela sexualidade próprio e


relacional; indeterminação da questões de gênero.

Vicio pornográfico e masturbação compulsiva: próprio do masculino,


nas mesmos mecanismos psíquicos dos vícios.

Compulsividade sexual (Síndrome de Hipersexo e de Lulu): efeitos do


uso relacional de sexo casual via aplicativo (Tnder), com
empobrecimento de sentimento e efemeridade afetiva.
Criações de “disfunção sexual”, proliferação de “clínicas” e
“codificações”, de “medicalização” e busca de “droga para tratar desejo”,
em função da indústria farmacológica.

A critério de “tratamento”, criou-se o espírito científico da


“problematização” de “disfucionalidade” da sexualidade e desnudou-se a
crise de instabilidade da virilidade masculina.

O problema da vulnerabilidade corporal e mental masculina desloca o


homem da cultura de virilidade para a instabilidade, historicamente
associado ao feminino, implicando no gênero.

A critério de “tratamento”, criou-se o espírito científico da


“problematização” de “disfucionalidade” da sexualidade e desnudou-se a
crise de instabilidade da virilidade masculina.

O problema da vulnerabilidade corporal e mental masculina desloca o


homem da cultura de virilidade para a instabilidade, historicamente
associado ao feminino, implicando no gênero.
ESCREVENDO A HISTÓRIA DA SEXUALIDADE HOJE:
EXERCÍCIO DIALOGADO DE PERCEPÇÃO E PERSPECTIVA - TEMAS

1. COMUNICAÇÃO E ACESSIBILIDADE: NARMORO E COMPROMISSO

2. BRINQUEDOS ERÓTICOS E IA: INTEGRAÇÃO E DISTOPIA SEXUAL

3. EDUCAÇÃO SEXUAL PARA PRAZER: LIBERDADE OU RESTRIÇÃO

4. SITES E ENCONTROS: CONTROLE DA PULSÃO E PROTEÇÃO À


AGRESSÃO

5. CARACTERISTICAS SEXUAIS DE GERAÇÕES: Y E Z

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