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Assmá Cassam
Pemba, 2020
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Índice
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO............................................................................................. 6
MICOLOGIA .......................................................................................................................... 9
BACTERIOLOGIA .............................................................................................................. 26
VIROLOGIA ........................................................................................................................ 40
PARASITOLOGIA .............................................................................................................. 54
3.4 Parasitologia.................................................................................................................... 55
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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1 Introdução
Embora sejam muito pequenos, os microorganismos são de extrema importância para a vida
no planeta, assim como têm um grande impacto sobre as actividades humanas.
Em geral os associamos somente às doenças que eles causam nas plantas e nos animais,
incluindo os homens, porém, não diminuindo a sua importância, os microorganismos
patogênicos são uma minoria.
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1.2 Objectivos
1.2.1 Gerais
Estudar sobre a micologia, bacteriologia, virologia e parasitologia.
1.2.2 Específicos
Definir a micologia, bacteriologia, virologia e parasitologia
Conceituar os fungos, bactérias, vírus e parasitas
Mencionar as características gerais dos fungos, bactérias, vírus e parasitas
Explicar sobre a morfologia dos fungos, bactérias, vírus e parasitas
Intender como são classificados os fungos, bactérias, vírus e parasitas
Citar os tipos de fungos, bactérias, vírus e parasitas já estudados
Falar da importância dos fungos, bactérias, vírus e parasitas
Conhecer as doenças que estes microorganismos causam nos seres humanos
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A pesquisa a ser realizada neste trabalho pode ser classificada quanto à natureza como
pesquisa básica, objectiva que gera conhecimentos úteis, que envolve verdades e interesses
universais.
Pesquisa do tipo descritiva, indutiva de abordagem indireta bibliográfica que permite que o
pesquisador reconheça em detalhes as características do trabalho a ser realizado.
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MICOLOGIA
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3.1 Micologia
Também conhecido por micetologia é a ciência que estuda os fungos nos seus aspectos
taxonómicos, sistemáticos, morfológicos, fisiológicos e bioquímicos, bem como suas
utilidades e efeitos benéficos ou maléficos. (ALENCAR, 2015).
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MICOSES
OPORTUNÍSTICAS:
ZIGOMICOSES
HIALOHIFOMICOSE
FEOHIFOMICOSE
CANDIDIASE
CRIPTOCOCOSE
ASPERGILOSE
PNEUMOCISTOSE
LEVEDUROSES
Malassezia furfur, Hortae werneckii, Trichosporon spp., Piedraia hortae são os fungos
envolvidos nessas micoses.
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– Hortae werneckii: agente da tinha negra, lesão que se caracteriza pela formação de
mancha pouca descamativas de coloração castanha a preta, principalmente nas palmas das
mãos. Essas lesões vão aumentando de tamanho, durante meses ou anos. Amostra: escamas
de pele.
– Trichosporon spp: causa piedra branca, que consiste em nódulos castanho-claros e macios
em torno de pêlos da região genital, axilar e do couro cabeludo. Os nódulos são menos
aderentes que os da piedra negra. Nos pacientes com imunodeficiência, pode ocorrer invasão
do sangue, dos rins, dos pulmões e da pele. Amostra: cabelo.
- Piedraia hortae: produz piedra negra, que consiste em nódulos duros, pretos e firmes em
torno dos cabelos. São usados pêlos das genitais, axilas para estudo. (JUNIOR. COLOMBO,
et al).
Os dermatófitos são fungos relacionados entre si que invadem a queratina morta. Pertencem
aos gêneros Microsporum, Epidermophyton e Trichophyton. As espécies geofílicas vivem
principalmente no solo; as zoofílicas, em animais; as antropofílicas, nos seres humanos.
Esses fungos infectam locais específicos do corpo, que servem de base para o diagnóstico
clínico. A localização da dermatofitose pode ajudar na identificação preliminar do fungo.
(JUNIOR. COLOMBO, et al).
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+ +(raro) + -
Microsporum
Epidermophyton + - - -
T.mentagrophytes + + + -
T.rubrum + + + (raro) -
T. verrucosum + + + -
T.tonsurans + + - +
T.shoenleinii + + - +
T.violaceum + + - +
Cultura: material deve ser semeado em ASD, com auxílio de uma alça em “L”, de forma a
ficar em perfeito contato com o meio de cultura.
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– Trichophyton tonsurans: causa tinha do couro cabeludo, tinha capilar com pontos pretos e
às vezes dermatofitose do corpo, dos pés e das unhas.
– Candidíases
São causadas primordialmente por C. albicans, embora outras espécies de Candida estejam se
tornando cada vez mais importantes como agentes etiológicos. A C. albicans existe como
normal no trato gastrointestinal, na área vulvovaginal, na pele e fezes. Em casos de
comprometimento imunológico e consequente queda da resistência causados por AIDS,
neoplasias, lúpus eritematoso, tuberculose ou terapias com esteróides ou agentes citotóxicos,
as leveduras podem proliferar e causar auto-infecções.
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A levedura aparece como células arredondadas, com brotamentos com ou sem hifas.
Pequenas células podem ter diâmetro de 2-6µm, mas formas maiores são também
observadas.
– Micetomas: geralmente se restringe aos pés, mas pode ser visto em outras regiões como
mãos e nádegas.
Os nódulos, que periodicamente exsudam um líquido oleoso contem grãos que podem ser
brancos, amarelos, vermelhos ou pretos. Aos poucos as lesões comprometem toda a perna. A
infecção causada pelos fungos superiores (micetoma eumicótico) produz lesões fistulosas,
com pouca dor ou destruição óssea, enquanto a causada por bactérias fungiformes (micetoma
actinomicótico) apresenta lesões tumorosas cônicas semelhantes às erupções de acne, com
grande exsudação e comprometimento ósseo com dor.
Principais agentes de micetoma eumicótico: Scedosporium apiospermum,
Acremonium falciforme, Acremonium recifei, Exophiala jeanselmei, Madurella
mycetomatis, Madurella grisea.
Principais agentes de micetoma actinomicótico: Nocardia asteroides, Nocardia
brasiliensis, Nocardia otitidiscavarium, Actinomadura madurae, Actinomadura pelletierii,
Streptomyces somaliensis, Actinomyces israelii e Actinomyces bovis.
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– Coccidioides immitis: por inalação dos conídios após 14 dias, 60% dos pacientes
apresentam infecção respiratória assintomática. O restante 40% apresenta sintomas da doença
respiratória gripal leve ou raramente grave. Complicações pulmonares, na forma de cavidades
ou de pneumonia ocorrem em 5%. Pode ocorrer disseminação por via hematogênica dos
pulmões para os ossos, as articulações, a pele, os tecidos subcutâneos, etc.
– Zigomicose: infecção fúngica aguda causada por fungos da divisão Zigomycota, os esporos
desses fungos podem infectar os seios paranasais e a área peri-orbital. A infecção rapidamente
se dissemina para os vasos sanguíneos vizinhos, causando necrose e trombose, vascular
(CID). A partir daí se difunde para o encéfalo e para as meninges, produzindo
meningoencefalíte, rapidamente fatal. Essa doença pode se disseminar para os pulmões e para
o tubo digestivo. (JUNIOR. COLOMBO, et al).
Principais agentes envolvidos: Absidia sp., Apophysomyces sp., Mucor sp., Rhizopus
sp., Saksenaea sp., Cunninghamella sp..
– Feohifomicoses: infecções causadas por fungos demáceos que apresentam hifas escuras nos
tecidos. O número de agentes envolvidas é, em geral, muito grande e tende a aumentar.
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– Acremonium sp.: pode causar ceratomicose, lesões do palato duro, meningite, artrite e
doenças sistêmicas.
Cultura: secreção do trato respiratório, líquor e tecidos podem ser cultivados em ASD
ou qualquer outro meio, desde que não contenham cicloheximida.
O agente cresce rápido (< 7 dias) entre 25°C e 37°C, sob forma de colônias
mucóides de coloração creme à parda. A identificação de gênero e espécie é feita
através de provas bioquímicas como teste da urease e auxanograma.
(RODRIGUES & NICOLAS, 2017).
– Candidíase
– Trichosporonose
– Malasseziose
Leveduroses por:
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BACTERIOLOGIA
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3.2 Bacteriologia
É a ciência que estuda as bactérias, é uma parte da microbiologia que estuda a acção
patogénica das bactérias, seu metabolismo, sua genética, (MORALES, 2014)
Bactérias são seres unicelulares microscópicos. Podem ser encontradas no ar, na água, no solo
e no corpo humano.
São seres unicelulares, aparentemente simples, sem carioteca, ou seja, sem membrana
delimitante do núcleo. Há um único compartimento, o citoplasma.
Usualmente se dividem por fissão binária. Durante este processo, o DNA é duplicado
e a célula se divide em duas. (CARVALHO, 2010).
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3.2.2 Morfologia
1. Cocos
São células geralmente arredondadas, mas podem ser ovoides ou achatadas em um dos lados
quando estão aderidas a outras células.
Os cocos quando se dividem para se reproduzir, podem permanecer unidos uns aos outros, o
que os classificam em:
c) Tétrades – são aqueles que se dividem em dois planos e permanecem em grupos de quatro.
d) Estafilococos – são aqueles que se dividem em múltiplos planos e formam cachos (forma
de arranjo).
e) Sarcinas – são os que se dividem em três planos, permanecendo unidos em forma de cubo
com oito bactérias. (CARVALHO, 2010).
2. Bacilos
3. Espirilos
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4. Vibriões
Tem a forma de vírgula. (Escola Técnica de Saúde Evangélica)
3.2.3 Tamanho
Invisíveis a olho nu, só podendo ser visualizada com o auxílio do microscópio, as bactérias
são normalmente medidas em micrômetros (μm), que são equivalentes a 1/1000mm (10-
3mm). As células bacterianas variam de tamanho dependendo da espécie, mas a maioria tem
aproximadamente de 0,5 a 1μm de diâmetro ou largura. (CARVALHO, 2010).
Parede celular
A parede celular é uma estrutura rígida que mantém a forma característica de cada célula
bacteriana. A estrutura é tão rígida que mesmo altas pressões ou condições físicas adversas
raramente mudam a forma das células bacterianas.
É essencial para o crescimento e divisão da célula. As paredes celulares das células
bacterianas não são estruturas homogêneas, apresentam camadas de diferentes substâncias que
variam de acordo com o tipo de bactéria. Elas diferem em espessura e em composição. Além
de dar forma à bactéria, a parede celular serve como barreira para algumas substâncias,
previne a evasão de certas enzimas, assim como a entrada de certas substâncias químicas e
enzimas indesejáveis, que poderiam causar danos à célula. Nutrientes líquidos necessários à
célula têm passagem permitida. (CISTIA, 2015).
Membrana citoplasmática
Localiza-se imediatamente abaixo da parede celular. A membrana citoplasmática é o local
onde ocorre a atividade enzimática e do transporte de moléculas para dentro e para fora da
célula. É muito mais seletiva à passagem de substâncias externas que a parede celular.
(CISTIA, 2015).
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1. Glicocálice
Significa revestimento de açúcar – é um envoltório externo à membrana plasmática que ajuda
a proteger a superfície celular contra lesões mecânicas e químicas. (CISTIA, 2015).
2. Flagelos e cílios
Flagelo significa chicote – longo apêndice filamentoso que serve para locomoção. Se as
projeções são poucas e longas em relação ao tamanho da célula, são denominados flagelos. Se
as projeções são numerosas e curtas lembrando pelos, são denominados cílios.
Existem quatro tipos de arranjos de flagelos, que são:
Monotríquio (um único flagelo polar).
Anfitríquio (um único flagelo em cada extremidade da célula).
Lofotríquio (dois ou mais flagelos em cada extremidade da célula).
Peritríquio (flagelos distribuídos por toda célula). (CISTIA, 2015).
3. Filamentos axiais
São feixes de fibrilas que se originam nas extremidades das células e fazem uma espiral em
torno destas. A rotação dos filamentos produz um movimento que propele as espiroquetas
(bactérias que possuem estrutura e motilidade exclusiva) como a Treponema pallidum, o
agente causador da sífilis, em um movimento espiral. Este movimento é semelhante ao modo
como o saca-rolha se move, permitindo que as bactérias se movam efetivamente através dos
tecidos corporais. (CISTIA, 2015).
4. Fimbrias e pili
São apêndices semelhantes a pelos mais curtos, mais retos e mais finos que os flagelos, são
usados para fixação em vez de motilidade. As fimbrias de bactérias Neisseria gonorhoeae, o
agente causador da gonorreia, auxiliam o micróbio a colonizar as membranas mucosas e uma
vez que a colonização ocorre, as bactérias podem causar doenças. (CISTIA, 2015).
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6. Ribossomos
Servem como locais de síntese proteica. São compostos de duas subunidades, cada qual
consistindo de proteínas e de um tipo de RNA denominado ribossômico (RNAr). Os
ribossomos procarióticos diferem dos eucarióticos no número de proteínas e de moléculas de
RNA. Devido a essa diferença, a célula microbiana pode ser morta pelo antibiótico, enquanto
a célula do hospedeiro eucariótico permanece intacta. (CISTIA, 2015).
7. Esporos
Os esporos se formam dentro da célula bacteriana, chamada de endósporos, são exclusivos de
bactérias. São células desidratadas altamente duráveis, com paredes espessas e camadas
adicionais.
Os gêneros Bacillus e Clostridium podem apresentar esporos, estruturas que constituem
formas de defesa e não devem ser confundidas com unidades reprodutivas. Na forma de
esporos, essas bactérias têm a capacidade de resistir à ação de agentes químicos diversos, às
temperaturas inadequadas, aos meios de radiação, ácidos e outras condições desfavoráveis.
(CISTIA, 2015).
8. Plasmídeos
São moléculas de DNA de dupla fita pequenas e circulares. Não estão conectados ao
cromossomo bacteriano principal e replicam-se, independentemente, do DNA cromossômico.
Podem transportar genes para atividades como a resistência aos antibióticos, tolerância aos
metais tóxicos, produção de toxinas e síntese de enzimas. Quanto mais alto o peso molecular
maior será sua importância. Cada plasmídeo tem uma função própria, os que não têm função
são crípticos e apresentam baixo peso molecular. (CISTIA, 2015).
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O uso indiscriminado (abusivo) dos antibióticos desde sua industrialização promoveu uma
seleção natural das bactérias patogênicas (causadoras de doenças). Por isso as populações
actuais desses micróbios são bastante resistentes aos medicamentos. Muitas vezes torna-se
quase impossível combatê-las e para tanto é preciso usar antibióticos tão poderosos que
causam problemas ao próprio paciente, como danos ao fígado ou tecido ósseo. (CISTIA,
2015).
Considerados como uma das maiores conquistas da ciência moderna, os antibióticos, assim
como as vacinas e os soros, têm salvado muitas vidas. Os antibióticos actuam na parede
celular das bactérias, e sua escolha está relacionada à resistência bacteriana. Podem atuar de
diferentes maneiras sobre as células bacterianas: como, por exemplo, bloquear a síntese da
parede celular, desorganizar estruturalmente a membrana plasmática e inibir a duplicação do
DNA. (Campbell e Reece, 2010).
Contudo, algumas espécies manifestam resistência aos antibióticos, o que geralmente decorre
de mutações que proporcionam a síntese de enzimas capazes de inativar tais substâncias. Essa
tolerância com princípio genético se estabiliza à medida que as alterações gênicas vão
surgindo em benefício da sobrevivência e da manutenção de uma linhagem bacteriana.
Nas bactérias, os genes que conferem resistência aos antibióticos encontram-se geralmente em
pequenos filamentos de DNA extra cromossômico (os plasmídeos), transferidos de um
organismo ao outro (mesmo de espécies diferentes) durante a conjugação. De geração em
geração, essa característica é então repassada, aumentando proporcionalmente o número de
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bactérias que a possui e reduzindo a concentração dos organismos não portadores desse
incremento adaptativo. (Campbell e Reece, 2010).
Quando esse tipo de problema ocorre, as bactérias ficam parcialmente submetidas à eficácia
do antibiótico, ou seu efeito em situações de uso correto afeta apenas as bactérias não
resistentes. Desse modo, persistem as bactérias resistentes (selecionadas pela existência de um
genótipo favorável), permanecendo a infecção, o que justifica a medicação somente após a
análise de um antibiograma. (Campbell e Reece, 2010).
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Bactérias como lactobacilos, estreptococos láticos e bífido bactérias adaptaram para o bem-
estar do homem através de vários mecanismos, como aumento da resistência à colonização,
produto de vitaminas, implementação de defesa. As enterobacterias e os enterococos podem,
ao mesmo tempo, apresentar atividades benéficas nocivas, favorecendo o aumento das defesas
imunológicas, mas também podem causar infecções extraintestinais. Os clostrídios, por
exemplo, causam apenas danos ao hospedeiro.
1. Recolha de amostras: faz-se pela recolha de amostras a partir dos tecidos ou secreções
infectadas do doente. Assim, numa enterite usam-se amostras fecais, numa pneumonia
expectoração, em órgãos internos biópsia e em muitas amostras de sangue.
3. São retiradas colónias bacterianas e espalhadas numa lâmina, onde são fixadas e
coloridas (por exemplo com a técnica de Gram ou a técnica de Ziehl-Neelsen).
5. O tipo de colônia pode sugerir o organismo em questão: de uma forma geral, os bacilos
gram negativos apresentam colônias brilhantes, húmidas ou cremosas; os estafilococos
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a. Cultura bacteriana
Necessidade da Cultura
Na maior parte das vezes, o estudo da morfologia, arranjo e a interpretação das propriedades
de coloração são insuficientes para a identificação do agente bacteriano. Recorre-se então à
cultura, para se conseguir um elevado número de microorganismos, para estudar as
características culturais da bactéria como a capacidade de crescer em meio selectivo e o
aspecto das colônias. Através da cultura em meios sólidos, pode-se também quantificar a
presença bacteriana no material analisado (importante para diferenciar infecção de
colonização em determinadas situações), obter colônias para a realização de testes de
identificação, bem como obter inóculo para suspensão (em solução salina) para a realização
de antibiograma.
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Staphylococcus saprophyticus
Tabela 2: Doenças causadas por bactérias e seu agente etiológico. (Campbell e Reece,
2010).
A forma das bactérias é mantida principalmente pela parede celular rígida e espessa, presente
na maioria desses seres vivos. Em 1884, o bioquímico dinamarquês Hans Gram (1853 – 1938)
descobriu que as bactérias que não tinham uma camada de lipídeos associados a
polissacarídeos na parede celular absorviam o corante violeta de genciana. As bactérias com
essa camada não absorvem esse corante.
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VIROLOGIA
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3.3 Virologia
Vírus – estão entre os menores e mais simples agentes infecciosos e normalmente são agentes
infecciosos específicos ao tipo de célula que parasitam.
Os vírus possuem muitas características particulares. Pelo facto de serem acelulares, ou seja,
não serem formados por células, muitos cientistas não os consideram seres vivos.
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metabólicas básicas de um ser vivo (nutrição e reprodução), dizemos que os vírus não
possuem autonomia. Para sobreviver, eles devem parasitar as células de diversos organismos.
A estrutura do vírus é muito simples, com dois componentes principais: a parte central, na
qual se encontra o material genético viral, que pode ser DNA, RNA ou os dois tipos de ácidos
nucleicos, associados a uma capa proteica denominada capsídeo ou cápsula, formando ambos
o nucleocapsídeo. Alguns vírus contêm também lipídeos e carbohidratos em sua composição.
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• Vírus helicoidais – o genoma viral está no interior de um capsídeo cilíndrico oco com
estrutura helicoidal.
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Rubéola Togavírus
Sarampo Paramixovírus
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Poliomielite Picornavírus
Raiva Rabdovírus
Dengue Flavivírus
Gripe Ortomixovírus
Caxumba Paramixovírus
Gastroenterite Reovírus
A transmissão ocorre pelo contacto de fluidos corporais (sangue, leite materno, esperma,
secreções vaginais) de uma pessoa infectada com o sangue de outra pessoa, por meio de lesões
na pele ou em mucosas.
O alvo principal do HIV é o leucócito chamado linfócito T4 auxiliar (helper) ou célula CD4,
que comanda e estimula outras células do sistema imunológico. Com a infecção pelo HIV, as
células CD4 são destruídas até um ponto em que o sistema imunológico enfraquece. Como
resultado, o organismo fica sujeito a doenças oportunistas. Desse modo, quando a quantidade
de células CD4 cai a um número determinado (menos de 200 linfócitos T4 por milímetro
cúbico de sangue) ou quando surgem infecções oportunistas, dizemos que uma pessoa com
infecção pelo HIV tem AIDS, pois o sistema imune está suprimido. (Campbell e Reece,
2010).
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Os sintomas mais frequentemente apresentados por pacientes com AIDS são fadiga, mal-
estar, perda de peso, febre, dificuldade respiratória, diarreia crônica e aparecimento de
sarcomas de kaposi (manchas róseas, vermelhas ou arroxeadas na pele e nas mucosas).
Transfusões sanguíneas;
Transplante de órgãos.
Além disso, o vírus pode ser transmitido de mãe para filho durante a gestação,
---- Mesmo assintomático, um adulto soropositivo deve ser responsável, uma vez que pode
transmitir o vírus para outras pessoas. Deve usar preservativo (camisinha) ou exigir que o
parceiro use a cada relação sexual. Caso seja usuário de drogas, não deve compartilhar
agulhas utilizadas por ele. Deve também informar o seu médico e o seu dentista para
garantir melhor tratamento a si próprio e permitir que sejam tomadas precauções que
protejam as outras pessoas. Também não pode doar sangue, esperma ou órgãos. (Campbell e
Reece, 2010).
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As hepatites nem sempre apresentam sintomas, mas, quando estes aparecem, incluem
cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados
(icterícia), urina escura e fezes claras.
As hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus
D e E, este último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no mundo são
portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem
(tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer.
A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. Os vírus A e E apresentam apenas
formas agudas, não possuindo potencial para formas crônicas. Isso quer dizer que, após uma
hepatite A ou E, o indivíduo consegue se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu
organismo. A principal forma de transmissão é a ingestão de alimentos e/ou água
contaminada com fezes dos portadores do vírus. (Campbell e Reece, 2010).
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Utilização de sangue devidamente testado para transfusões. As hepatites virais são doenças de
notificação compulsória. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no país
e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas no sector. Os profissionais de saúde estão
muito expostos à contaminação por esses agentes virais (risco biológico) nas instituições de
saúde. Medidas de proteção, como o uso de equipamentos de proteção individual, devem ser
tomadas para evitar que isso aconteça. (Campbell e Reece, 2010).
Hepatite A - hepatotropicos
Transmissão: fecal-oral
NÃO-ENVELOPADA
Hepatite E - hepatotropicos
Transmissão: fecal-oral
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Tratamento: não existe tratamento específico para a forma aguda. Não tem vacina
com vírus inativo
NÃO-ENVELOPADA
3.3.6.3 Dengue
Dengue é uma doença causada por um vírus, o vírus da dengue, transmitida de uma pessoa
doente para uma pessoa sadia por meio de um mosquito, o Aedes aegypti. A doença pode se
manifestar de duas formas:
Dengue clássico
Dengue se inicia de maneira súbita com febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores
nas costas. Às vezes aparecem exantemas (manchas vermelhas no corpo). A febre dura cerca
de cinco dias com melhora progressiva dos sintomas em 10 dias. Em alguns poucos pacientes
podem ocorrer hemorragias discretas na boca, na urina ou no nariz. Raramente há
complicações.
Dengue hemorrágica
Dengue hemorrágica é uma forma grave de dengue. No início os sintomas são iguais à dengue
clássica, mas após o 5º dia da doença alguns pacientes começam a apresentar sangramento e
choque. Os sangramentos ocorrem em vários órgãos. Alguns doentes apresentam choque
circulatório. Este tipo de dengue pode levar a pessoa à morte.
Dengue hemorrágica necessita sempre de avaliação médica de modo que uma unidade de
saúde deve sempre ser procurada pelo paciente. O médico irá avaliar a condição do doente e
indicar o tratamento correto.
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Prevenção
3.3.6.4 Varicela
Transmissão: se dá pelo contacto directo das lesões com a pele ou a mucosa de uma pessoa
não infectada. O vírus de herpes humano pode permanecer latente no organismo e provocar
recidivas de tempos em tempos.
Sintomas: pequenas bolhas cheias de líquido claro ou amarelado que formam crostas quando
se rompem - é precedida por alguns sintomas locais como coceira, ardor, agulhadas,
formigamento e que desaparecem em uma semana aproximadamente.
No caso específico do herpes genital, podem ocorrer febre e ardor ao urinar. Algumas pessoas
se referem também à sensação de choque, sintoma explicado pela afinidade desse vírus com
as terminações nervosas.
A primeira infecção costuma ser mais grave e o restabelecimento completo, mais demorado.
Nas recidivas, os sintomas são os mesmos, mas menos intensos.
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Evitar contacto directo ou indirecto com as feridas que surgem nas manifestações herpéticas.
3.3.6.6 Gripe
Transmissão: dissemina pelo a (respirra, tosse ou fala- gotículas com o vírus ficam dispersas
no ar).
Sintomas: febre, calafrios, suor excessivo, tosse seca - pode durar mais de duas semanas
dores musculares e articulares (dores no corpo) - podem durar de 3 a 5 dias fadiga - pode
levar mais de duas semanas para desaparecer mal-estar ,dor de cabeça ,nariz obstruído,
irritação na garganta.
3.3.6.7 Variola
Transmissão: gotículas de saliva e uso de objectos contaminados pelo vírus.
Sintomas: doença caracterizada por feridas grandes e numerosas na pele, que deixam
cicatrizes.hoje é considerada erradicada, mas causou numerosas mortes e deixou sequelas em
muitas pessoas em todo mundo na década de 1950.
Profilaxia: vacinação
3.3.6.8 Rubeola
Doença begnina, que acometem tanto crianças como adultos;
Sintomas: dor de cabeça, mal estar, febre e etc. Após esses sintomas surgem as
manchas;
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Incubação: 14 a 21 dias;
Não-envelopado
Importância dos vírus: apesar da maioria dos vírus ser prejudicial, alguns deles podem ser
usados em benefício do ser humano. Existem alguns projectos chamados geneterapia, com o
objectivo de curar doenças genéticas; a técnica de se utilizar vírus com a finalidade de
substituir genes alterados por genes normais, baseando-se no uso de vírus geneticamente
modificados e que transportariam genes normais para dentro das células doentes.
Outra importância, a produção de vacinas e medicamentos, a partir de vírus para impedir as
doenças virais.
Bacteriófago, o vírus infecta bactérias ( procariontes).
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PARASITOLOGIA
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3.4 Parasitologia
Os protistas são seres vivos unicelulares cuja célula possui núcleo organizado, ou seja, está
separado do citoplasma pela membrana nuclear.
Eucarióticos, unicelulares
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3.4.2 Classificação
3.4.2.1 Os flagelados
Apresentam um ou mais de um flagelo. Os flagelos são longos filamentos que este tipo de
protozoário utiliza para se locomover, vibrando-os num líquido. Muitos flagelados tem vida
livre, outros são parasitas e ocasionam doenças no homem. O tripanossomo, a Leishmania e
a giárdia são exemplos de flagelados parasitas.
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que há benefício para ambas as partes é chamada mutualismo. (Escola Técnica de Saúde
Evangélica).
3.4.2.2 Os rizópodes
Há milhões de anos existia grande quantidade desses seres no fundo dos mares. Seus restos
foram sofrendo transformações durante milhões de anos e contribuíram para a formação de
petróleo. (Escola Técnica de Saúde Evangélica).
Actualmente, a descoberta de suas carapaças é muito importante, pois indica que pode haver
petróleo no local. Há técnicos em geologia - pessoas que estudam a origem e as
transformações do globo terrestre - que procuram descobrir, na terra ou no mar, os locais onde
se encontram carapaças fósseis desses protozoários. (Escola Técnica de Saúde Evangélica).
3.4.2.3 Os ciliados
3.4.2.4 Os esporozoários
São parasitas e não se locomovem. Um dos mais conhecidos é o plasmódio, protozoário que
provoca nos seres humanos a doença conhecida como malária ou maleita.
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Muitos protozoários causam doenças nos seres humanos. Entre elas, estão a amebíase ou
disenteria amebiana, a doença de Chagas, a úlcera de Bauru, a giardíase e a malária.
(Escola Técnica de Saúde Evangélica).
3.4.3.1 Amebíase
As pessoas com amebíase eliminam fezes líquidas, às vezes com sangue e quase sempre
acompanhadas de fortes dores abdominais.
Para evitar essa doença é necessário ferver a água que se vai beber e lavar muito bem as
verduras e frutas, além de cuidados higiênicos, como a lavagem de mãos, principalmente
antes das refeições. (Escola Técnica de Saúde Evangélica).
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Coçando o local da picada, a pessoa espalha as fezes do barbeiro e introduz o parasita em seu
organismo, através do pequeno orifício feito pela picada. Uma vez na corrente sangüínea, o
tripanossomo atinge o coração. Ali ele se fixa, podendo causar a morte da vítima.
- Substituir moradias de barro e de madeira por outras de tijolos, que não tenham frestas onde
o barbeiro possa se esconder;
- Exigir, em transfusões de sangue, a garantia de que o sangue doado não esteja contaminado
com tripanossomos. (Escola Técnica de Saúde Evangélica).
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Doença que ataca a pele e as mucosas dos lábios e do nariz produzindo muitas feridas, a
úlcera de Bauru é provocada pela Leishmania brasiliensis, um protozoário parecido com o
tripanossomo. Transmitida pela picada do mosquito flebótomo, a doença é conhecida com
esse nome, porque foi muito comum na cidade de Bauru, em anos passados.
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3.4.3.4 Malária
Então o parasita entra no sangue da pessoa e se instala em órgãos diversos, como o fígado e o
baço, onde se multiplica. Após um certo período, os parasitas retornam ao sangue e penetram
nos glóbulos vermelhos, onde voltam a se multiplicar. Os glóbulos parasitados se rompem
libertando novos protozoários que passam a infectar outros glóbulos vermelhos.
A malária provoca febre muito alta, que coincide com os períodos em que os parasitas
arrebentam os glóbulos vermelhos, libertando toxinas na corrente sanguínea. Se não for
combatida pode causar a morte do doente.
A pulverização de córregos, lagoas e poças de água parada, com inseticida, é uma das
maneiras de combater os mosquitos transmissores da malária. É na água que os mosquitos
põem seus ovos para se reproduzirem. (Escola Técnica de Saúde Evangélica).
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3.4.3.5 Toxoplasmose
As fezes dos gatos podem conter cistos (formas resistentes) do parasita, que são disseminados
por animais, como moscas e baratas. O homem adquire a doença quando ingere diretamente o
cisto ou carne mal cozida que o contenha.
Os sintomas da doença são, na maioria das vezes, muito semelhantes aos de várias outras
doenças: mal-estar, febre, dores de cabeça e musculares, prostração e febre que pode durar
semanas ou meses. Após alguns dias há também aumento dos gânglios linfáticos em todo o
corpo.
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4.1 Conclusão
Nosso corpo é habitado por milhares de microorganismos, quando são inofensivos, são
chamados de flora normal ou microbiota normal. O número e as espécies que formam a flora
microbiana normal variam de acordo com a região do corpo e com a idade do hospedeiro.
Porém algumas regiões como útero, ouvido médio, rins, seios paranasais, trompas, fluidos
cérebro-espinhal habitam microorganismos.
Quando os membros da flora são encontrados regularmente em um dado local ou idade
determinada do hospedeiro eles podem ser considerados como flora residente. Quando outros
microorganismos permanecem por um curto período de tempo, como horas, dias ou semanas
e, então desaparecem sem causar danos à flora normal, recebem o nome de flora transitória.
Caso haja alteração da flora normal, como diminuição da quantidade, os membros da flora
transitória podem reproduzir, colonizar e causar doenças ao hospedeiro.
Já os vírus não são considerados organismos vivos porque são inertes fora das células
hospedeiras. Diferem dos demais seres vivos pela ausência de organização celular, por não
possuírem metabolismo próprio e por necessitarem de uma célula hospedeira. No entanto,
quando penetram em uma célula hospedeira, o ácido nucleico viral torna-se activo ocorrendo
a multiplicação.
Desse modo, os vírus das diversas hepatites (A, B, C) são específicos das células do fígado, o
vírus da caxumba actua especificamente nas células das glândulas salivares parótidas, o vírus
da raiva afecta as células nervosas, e assim por diante.
Como os vírus não têm organização celular, não possuem parede celular nem membrana
plasmática e se mostram absolutamente inertes fora de células vivas, os antibióticos não têm
qualquer efeito sobre eles. Contudo, graças à natureza proteica da cápsula viral, que actua
como antígeno, um organismo infectado pode se defender contra os vírus produzindo
anticorpos específicos, como acontece com a gripe.
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