Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MICROECONOMIA I
DOCENTES
Josimar Manuel
• E-mail: josimarcaf12@gmail.com
• Telef.: +244 923 724 894
AULA Nº.1
Sumário
Apresentação da disciplina e dos professores
CAP. I – INTRODUÇÃO
1.1 - Aspectos preliminares
1.1.1- Os 10 Princípios da Economia
1.1.2 - Porque estudar a Microeconomia
# 10 Princípios da Economia
# Divisões da Economia
1- Macroeconomia:
a) Estuda a evolução dos mercados de forma global;
b) Analise e determinação dos grandes agregados económicos
c) Ex: Inflação; Procura agregada; Oferta Agregada; Desempego; Taxa de juros.
2- Microeconomia :
a) Estuda as unidades de produção (empresas) e as unidades de consumo (famílias)
individualmente ou em grupo
b) Ex: Famílias; Empresas;
Economia positiva
a) o investigador não emite opinião moral sobre o fenómeno (se a Natureza está bem ou mal);
b) o conhecimento é um modelo (matemático) da realidade (e não a realidade);
c) resultam dos modelos predições que podem ser testadas empiricamente e;
d) apenas as hipóteses explicativas que estão em acordo com a realidade é que podem ser aceites
como válidas (não basta não poder provar que são falsas).
Economia normativa
A acção obriga a classificar as situações como boas ou más e saber o sentido de evolução que melhora as
situações. Se eu dizer que a pobreza tem que ser combatida pressupõe que é uma coisa má. Então, estou a
adoptar uma perspectiva normativa: o que fazer para transformar a realidade no sentido que eu penso ser
bom.
Actividade
A) Se a EU liberalizar a politica de vistos para os indivíduos de elevada escolaridade, os países africanos
ficam sem médicos; “Economia Positiva”
B) Quando a temperatura desce, o preço das verduras aumenta; “Economia Positiva”
C) Os subsídios agrícolas da EU são prejudiciais às economias dos países africanos; “Economia
Normativa”
D) O investimento das autarquias deve ser canalizado para os espaços públicos (e.g., jardins e vias de
comunicação) em desfavor dos espaços privados (e.g., habitação e estacionamento). “Economia
Normativa”
Paradigma
Um das característica marcante da Microeconomia
é a sua relação com a matemática e os gráficos.
AULA Nº.2
Sumário
CAP. I – INTRODUÇÃO (Cont.)
1.2- Mercado
1.2.1 - Procura
1.2.2 - Oferta
MERCADO
O Mercado é um sistema através do qual
compradores e vendedores interagem para
DEBATE
determinar o preço e a quantidade de uma
mercadoria.
PROCURA
Suponha que você vá ao Restaurante Arte-Doce para almoçar com
seus parentes ou amigos e o garçom lhe entrega o cardápio.
Como irá determinar a sua escolha?
DEBATE
# Procura
Demanda ou procura de um bem, quantidade deste bem que os
consumidores/compradores desejam adquirir a determinado preço, em determinado
período de tempo; Obrigação1: Representar graficamente
Descrição Preço Qd
a 300 24
b 600 20
c 900 16 Quando o preço de um bem aumenta, mantendo-se todo o resto
constante, os compradores tendem a consumir menos desse
d 1200 12 bem. De forma similar, quando o preço de um bem diminui,
e 1500 8 mantendo-se tudo o resto constante, a quantidade procurada
desse bem aumenta.
f 1800 4 (Lei da Demanda)
Exceção a lei da demanda – bens de Giffen
Ariana da Silva e Josimar Manuel
FACULDADE DE ECONOMIA - UMN
# Determinantes da Procura
1- Rendimento, ↑ Rendimento médio; ↑ Consumo. Obs.: mesmo que os preços não se alteram;
2- Dimensão do mercado, ↑ indivíduos conduzem a ↑ consumo;
3- Preços de bens relacionados, A procura de um dado bem tende a ↓ (↑) quando ↓(↑) o preço de bens substitutos; (Carne
Branca vs. carne Vermelha; Manteiga vs. Margarina)
4- Preferências, As preferências (gostos) dos consumidores representam uma variedade de influências culturais e
históricas e afectam a curva da procura;
5-Influências específicas, A procura de determinados bens é influenciada por factores específicos como seja a venda de
chapéus de chuva em dias chuvosos;
6-Preço do Próprio bem, ↓ preço do bem; ↑ quantidades. Do mesmo modo que um ↑ preço, traduz-se numa ↓ quantidades
demandadas.
Dedução Algébrica da curva da procura
Qdx = f(Px, Pc, G, Y, M, . . .)
# Resolução
A procura por refrigerante aumentaria e toda a curva de procura se deslocaria para direita, no sentido aumento do
consumo.
OFERTA
Suponha que você é Proprietário da Empresa Mercla, Lda.. Como irá
orientar a sua decisão de produzir?
# Oferta
Oferta de um bem, quantidade deste bem que os produtores desejam oferecer ou vender
a determinado preço, em determinado período de tempo;
A relação existente entre o preço de
um bem e a quantidade vendida desse
bem é designada função oferta ou
curva da oferta
(Curva da Oferta)
Descrição Preço Qd
a 300 24
b 600 20
c 900 16 Quando o preço de um bem aumenta, mantendo-se
d 1200 12 todo o resto constante, os produtores tendem a
ofertar mais desse bem. De forma similar, quando o
e 1500 8 preço de um bem diminui, mantendo-se todo o resto
f 1800 4 constante, a quantidade ofertada desse bem diminui.
(Lei da Oferta)
Ariana da Silva e Josimar Manuel
FACULDADE DE ECONOMIA - UMN
# Determinantes da Oferta
1- Custos de Produção, ↑ Custo de produção; ↓ Menor Produção. Vice-versa Obs.: mesmo que os preços
não se alteram;
2- Tecnologia, ↑ Tecnologia ↑ Oferta; Isto porque desenvolvimento tecnológico impulsiona a ↓ dos
custos e ↑ produtividade.
3- Preços de outros bens, se o preço de outros bens (que usam o mesmo método de produção) subirem
enquanto o preço do bem X não se altera, obviamente, os produtores procurarão ofertar aquele bem que
possui maior preço e lhe trará maiores lucros.
4- Outros Factores, Política do governo; Preços de bens relacionados; Expectativa de aumento da
demanda;
Dedução algébrica da curva da oferta
QsX = f(Px, Pi, Pf, T, …)
5- Preço do bem, ↑ Preço do bem (ceteris paribus), ↑ quantidade que os produtores gostariam oferecer
no mercado. QsX = c + dPx Dedução algébrica da curva da oferta de Mercado
QsX = f(Px)
QsX = -c+ dPx Obrigação2: Dedução Tabular da curva da oferta
# Actividade Interna
Visto que o método de raciocino é idêntico ao apresentado na curva da procura, ilustra graficamente o
efeito do corte dos impostos por parte do governo na curva da oferta.
Resolução
Ex.: Corte dos impostos por parte do Governo
AULA Nº.3
Sumário
CAP. I – INTRODUÇÃO (Cont.)
1.2- Mercado
1.2.3 - Equilíbrio de Mercado
# Equilíbrio de Mercado
## Conceito de Equilíbrio
O equilíbrio de mercado ocorre no preço a que a quantidade procurada é igual à quantidade
ofertada.
Ponto de situação:
Num mercado competitivo “Microeconomia II – Estruturas de Mercado”, este equilíbrio resulta da
intersecção das curvas da oferta e da procura e nele não há tendência para o preço descer ou
subir.
O preço de equilíbrio é também designado por preço de fecho do mercado. Isto significa que
todas as ordens de compra foram satisfeitas e a produção toda vendida, ou seja, fecharam-se as
posições de compra e de venda.
Na situação de equilíbrio:
Qd = Qs
Ariana da Silva e Josimar Manuel
FACULDADE DE ECONOMIA - UMN
# Equilíbrio de Mercado
## Representação Gráfica do equilíbrio de mercado
Preço Qd Qs Obs.1 Obs.2
A 5 9 18 Excedente Desce
B 4 10 16 Excedente Desce
C 3 12 12 Equilibrio Neutro
D 2 15 7 Escassez Sobe
E 1 20 0 Escassez Sobe
Nota: Obs.1 – Situação no mercado
Obs.2 – Pressão sobre o preço
# Actividade Interna
TERMOS: Usando a tabela do slide nº 23, realiza as seguintes acções
# Equilíbrio de Mercado Não aconselhamos a decorar nada do que será dito, mas aprender ou desenvolver o
método de raciocínio em microeconomia para analise gráfica. Ver Samuelson.
## Alternância no Equilíbrio de mercado Exemplo: Qual o efeito sobre o preço e a quantidade de equilíbrio de
um bem (X), transacionado em um mercado competitivo, após o
As curvas de demanda e de oferta podem aumento do preço do bem substituto (y)?
se deslocar positivamente e negativamente,
em decorrência, com a exceção do preço do
bem, de possíveis modificações que possam
ocorrer nos seus factores determinantes.
Nesse sentido, estando o mercado em
equilíbrio, qualquer que seja o
deslocamento da curva de procura ou de
oferta, isoladamente ou simultaneamente,
modificará o ponto de equilíbrio do Leitura: Após o aumento de preço de (Y), pela lei da Procura, a quantidade procurada de (y)
diminui. Como (X) e (Y) são substitutos, os consumidores aumentam, provocando o
mercado. deslocamento de toda a curva da procura de (X) para a direita (D1 para D2). Como
consequência desse deslocamento temos um novo ponto de equilíbrio, um novo preço de
equilíbrio e nova quantidade de equilíbrio.
Conclusão: o aumento de preço de um bem substituto (Y) provoca aumento de preços e
quantidades transacionadas do bem (X)
Ariana da Silva e Josimar Manuel
FACULDADE DE ECONOMIA - UMN
EXERCÍCIOS
# Actividade Externa
## Representa graficamente os seguintes casos.
1- Qual o efeito sobre o preço e quantidade de equilíbrio de um bem (X), após o aumento do preço de
um bem (Y), complementar de (X)?
2- Qual o efeito sobre o preço e a quantidade de equilíbrio do bem (X), após o desenvolvimento de uma
nova tecnologia de produção?
Dica:
Admita que estamos em presença de mercados competitivos;
Verifique se os acontecimentos são simples alterações de preços, se for estamos em presença de deslocamentos ao longo da
curva;
Verifique se os acontecimentos afectam a procura ou a oferta;
Verifique para onde vai determinada curva;
Após deslocar as curvas verifique as consequências sobre o novo preço e quantidade de equilíbrio
Ariana da Silva e Josimar Manuel
FACULDADE DE ECONOMIA - UMN
# Actividade Externa
##
Admitindo que as funções de procura e oferta sejam respectivamente especificadas por:
a) Qd = 14 − 2p
b) Qs = − 1+8p
Então se pode afirmar que um aumento de 10% da quantidade procurada, acompanhado de um
aumento de 20% da quantidade ofertada, reduzirá o preço de equilíbrio em 6,2%.
AULA Nº.4
Sumário
CAP. I – INTRODUÇÃO (Cont.)
1.2- Mercado
1.2.4 - Excedente do consumidor
1.2.5 - Excedente do Produtor
1.2.6 - Eficiência e Bem-Estar
Ariana da Silva
Ariana SilvaeeJosimar
JosimarManuel
Manuel
FACULDADE DE ECONOMIA - UMN
O excedente do consumidor é a
diferença entre o valor que os
consumidores estariam dispostos a
pagar (altura da curva de demanda) Curva de Procura do Mercado
O excedente do produtor é a
diferença entre o valor que os
produtores efetivamente recebem
(preço de equilíbrio de mercado) e
o valor que eles estariam dispostos
a receber (altura da curva de
oferta).
# Eficiência e Bem-Estar
O equilíbrio num mercado perfeitamente competitivo garante a maximização do bem-estar dos
agentes económicos, na medida em que é maximizada a somo do excedente do consumidor e do
excedente do produtor
# Variações no bem-Estar
• Como vimos, o excedente do produtor mede o benefício total dos produtores, assim como
o excedente do consumidor mede o benefício total dos consumidores. Dessa forma
podemos medir os ganhos ou perdas de ambos decorrentes das intervenções
governamentais, observando as variações dos excedentes. Dito de outra forma, o conceito
de excedente pode ser interpretado como uma medida de bem- estar, e podemos utilizá-la
para avaliarmos os impactos das intervenções governamentais sobre os produtores,
consumidores e sobre a sociedade, à medida que podemos dividí-la entre consumidores e
produtores.
Ariana da Silva e Josimar Manuel
FACULDADE DE ECONOMIA - UMN
AULA Nº.5
Sumário
CAP. I – INTRODUÇÃO (Cont.)
Intervenção do Estado
Preços Máximos
Preços mínimos
Tributação indirecta
Impostos específicos
Impostos Ad valorem
Alterações no bem-estar provocados por impostos indirectos
CONTROLO DE PREÇOS
# Controlo de preços
São aplicados, em geral, quando os formuladores de políticas
acreditam que o preço de mercado de um bem ou serviço é injusto
para o comprador ou para o vendedor. Resultam em preços fixados
pelo governo:
Preço Máximo
• Teto legal máximo para o preço de venda de um bem.
Preço Mínimo
• Preço legal mínimo para o preço de venda de um bem.
IMPOSTOS
# Cobrança de um imposto
• O imposto faz com que o preço que os compradores pagam seja superior ao
# Tipos de Impostos
## Impostos directos e indirectos
Rendimento
Bens
Impostos directos
Impostos Indiretos
Riqueza (Património)
Serviços
TRABALHO EM GRUPO:
Incidência de um imposto Ad valorem
# Alterações no bem-Estar
SUBSÍDIOS
# Subsídios
AULA Nº.6
Sumário
CAP. I – INTRODUÇÃO (Cont.)
Elasticidade
Elasticidade preço da procura
Elasticidade rendimento da procura
Elasticidade cruzada da procura
Elasticidade preço da oferta
Elasticidade: relevância
• É usual a seguinte pergunta entre homens e mulheres de negócio: se eu baixar o preço em 10% qual
vai ser o aumento no número de meus fregueses?
• Em outras palavras, você quer saber a resposta dos consumidores (seus clientes) a uma queda no
preço dos seus produtos.
• Ou seja, você precisa estimar quão sensíveis são os clientes à variação no preço.
•A renda da população está crescendo a uma taxa de 5% ao ano.: Você sabe que, com uma maior renda
para gastar, as pessoas irão mais vezes, por exemplo, a restaurantes.
## Conceito
Y
Y variação percentual em Y
E
X variação percentual em X
X
• Assim, sempre que houver duas variáveis inter-relacionadas, pode-se calcular a elasticidade.
Qd f ( P / Y , N , Ps , Pc , G, A)
• Onde a barra “/” significa que se mantêm constantes as variáveis que ficam à direita de
“/”, ou seja, elas não podem variar, pelo menos não no momento em que está fazendo a
análise.
• Para medir a variação na quantidade devido à variação em uma dessas variáveis, utiliza-se o
conceito de elasticidade.
## Elasticidade-Preço da Demanda
• Ela é definida como a mudança percentual na quantidade procurada dividida pela mudança
percentual no preço.
## Elasticidade-ponto
A elasticidade num determinado ponto da curva de demanda pode ser medida geométrica e
matematicamente.
Geometricamente, a inclinação da curva de procura linear é ML/MT. Portanto,
ΔQ/ΔP=MT/ML.
No ponto P, o preço é ML e a quantidade é OM. Assim, em L, a elasticidade é:
EP>1
Preço em Kz/unidade
dQ
EP=1, quando OM=MT
Q dQ P
Ep .
dP dP Q EP<1
P
Q
Ariana da Silva e Josimar Manuel 0 M T
FACULDADE DE ECONOMIA - UMN
## Elasticidade-ponto
Devido ao fato de a curva de demanda ser • Suponhamos que um economista
(quase sempre) inclinada para baixo, a tenha estimado (matematicamente) a
mudança na quantidade tem sinal oposto à curva de demanda para um determinado
produto e chagado à seguinte equação:
mudança no preço , o que significa que a
EP tem sinal negativo. Qd 1.000 1,25P
Por conveniência, será ignorado o sinal
negativo, considerando-se apenas seu valor Ele deseja calcular a elasticidade-preço da
absoluto. demanda para o nível de preço de R$ 400,00
por unidade
Uma vez que a derivada dQ/dP (reveja a
fórmula anterior) é -1,25, basta substituir os
valores de P=400 e de Qd=500 na fórmula
para concluir que a elasticidade é igual a -1.
Ariana da Silva e Josimar Manuel
FACULDADE DE ECONOMIA - UMN
## Elasticidade-arco
Geralmente, não se dispõe de uma função de procura (ou de oferta) devidamente estimada, mas apenas
de algumas observações de preços e respectivas quantidade adquiridas.
Suponhamos que se tenham disponíveis as duas seguintes combinações de preços e quantidades:
ao preço de Akz 2,00 por unidade, os consumidores adquirem 4 mil unidades de um determinado
produto (ponto A). Havendo queda no preço para Akz 1,25 por unidade, os consumidores passam a
comprar 5 mil unidade (ponto B).
Nesse caso, se for calculada a elasticidade entre os pontos A e B, movendo-se no sentido de A para B, o
resultado é o seguinte:
A para B B para A
Q 54 1 45 1
Q 4 4 0,25 0,20
EP 0,66 EP 5 5 0,33.
P 1,25 2,00 0,75 0,375 2 1,25 0,75 0,60
P 2,00 2 1,25 1,25
## Elasticidade-arco
Devido à diferença nos resultados da elasticidade, adota-se uma fórmula mais precisa, que é a
da elasticidade-arco.
Essa fórmula estima uma elasticidade no ponto médio entre as duas observações e envolve o
uso de uma média das quantidades e dos preços.
Algebricamente, a fórmula da elasticidade-arco é a seguinte:
Q2 Q1
Portanto, a elasticidade média entre os pontos A e B é de -
Q2 Q1 0,48, significado que um decréscimo de 1 % no preço deve
EP 2 provocar um aumento na quantidade demandada de
P2 P1 (apenas) 0,48%.
P2 P1
2
## Interpretação
Valor da Ed A demanda é:
> 1(ou <-1) Elástica
= 1(ou =1) Unitária
< 1 (ou >-1) Inelástica
P D P
### Exemplos
Por exemplo, se a EP para a carne bovina é estimada em 1,2 (o que, na realidade, é -1,2), isso
significa que a porcentagem de mudança na quantidade demandada é maior do que a
porcentagem de mudança em seu preço ou, mais especificamente, um aumento de 1 % no
preço da carne deve resultar na redução de 1,2% na quantidade adquirida de carne.
Se a EP para a carne fosse 1,0 (-1,0), então uma redução no preço provocaria um aumento de
mesma magnitude na quantidade.
Novamente, utilizando o exemplo da EP para carne, se o valor for 0,7 (-0,7), uma elevação no
preço de 1% resultará na diminuição de apenas 0,7% na quantidade demandada
## Comentarios
É fundamental para produtores, consumidores e governo o conhecimento sobre o valor da
elasticidade da curva de procura:
De um modo geral, tem-se o seguinte:
a) Os produtos agrícolas têm demanda inelástica a preços, ou seja, os preços podem variar
muito, mas a quantidades demandada variam muito pouco.:
Em geral, o valor da elasticidade-preço da demanda de alimentos in natura varia entre -0,10 e -
0,50.
b) Os produtos industrializados (eletrodomésticos, automóveis e alimentos processados) são,
quase sempre, muito sensíveis a variações de preços (elásticos a preços).
Isto é, uma “liquidação” (por exemplo, uma redução de 40% nos preços) pode provocar uma
“explosão” nas vendas.
É importante destacar que, mesmo que a curva de demanda seja
linear, a elasticidade-preço da demanda não é a mesma em todos
os pontos da curva de demanda
Ariana da Silva e Josimar Manuel
FACULDADE DE ECONOMIA - UMN
## Elasticidade Cruzada
No ambiente de crescente concorrência, em que o mínimo de bons substitutos é maior, é
importante para o empresário conhecer o impacto da variação no preço do produto concorrente
sobre a curva de demanda do seu produto.
A elasticidade cruzada da demanda é uma medida da sensibilidade de resposta na quantidade
demandada do produto X, devido à mudança no preço do produto Y (concorrente).
O coeficiente da elasticidade-cruzada mede a extensão da relação de demanda entre dois
diferentes produtos.
## Elasticidade Cruzada
Q Q
1
x
0
x Q1x quantidade de X após a mudança de preço em Y.
Q 0x quantidade de X antes da mudança de preço em Y.
Qx Q1 Q 0 Py1 preço de Y após a mudança.
x x
Qx Py0 preço de Y antes da mudança.
Exy 12 0
Py Py Py De outra maneira, pode - se escrever assim :
Py P1 P 0 E xy
Percentage m de mudança na quantidade de demanda de X
y y Percentage m de mudança no preço de Y
## Elasticidade Cruzada
## Elasticidade Cruzada
•Por exemplo, um aumento no preço da maçã pode aumentar a demanda por pêssego, pois os
consumidores substituem maçã (que ficou mais cara) por pêssego (que mesmo sem reduzir o
preço, ficou relativamente mais barato).
## Elasticidade Cruzada
Introdução
A teoria do consumidor é a parte da ciência económica que estuda o
comportamento do consumidor durante as suas decisões de
consumo. Para isso, os economistas partem do pressuposto de que os
consumidores escolhem as melhores coisas dentro daquilo que eles
podem adquirir.
RESTRIÇÃO ORÇAMENTAL
## Restrição Orçamental
Os consumidores não podem consumir tudo o que querem de todos os bens e isso acontece porque eles são
limitados pelo seu rendimento. Assim, qualquer consumidor só consegue comprar as quantidades de bens que
o seu rendimento ou orçamento permite.
Px.x + Py.y≤R
## Restrição Orçamental
### Recta Orçamental
## Restrição Orçamental
### Recta Orçamental
O custo de oportunidade da obtenção de uma unidade adicional de X é a quantidade de Y
que o consumidor tem de abdicar para obter essa unidade adicional de consumo de X. O
custo de oportunidade da obtenção de uma unidade adicional de x é dado pelo valor
absoluto da inclinação da recta do orçamento.
## Restrição Orçamental
### Recta Orçamental
#### Aplicação
R = 150 Kz 1- As cestas localizadas abaixo da
Py = 10 Kz
Com 150 Kz por mês, o Pedro pode
Px= 30 Kz recta de orçamento , incluindo os
adquirir 15 unidades do bem Y e
nenhuma do bem X pontos sobre a recta
representarão o conjunto
orçamentário do consumidor;
2- O custo de oportunidade de
adquirir uma unidade adicional
de x é igual a 3.
## Restrição Orçamental
### Recta Orçamental
#### Mudanças na recta orçamental
##### Variações no rendimento
Um aumento no rendimento faz deslocar
R=150 kz
a recta do orçamento para a direita, sem
PY= 10 Kz
Px= 30 Kz alteração da inclinação (os preços
relativos não se alteram).
## Restrição Orçamental
### Recta Orçamental
#### Mudanças na recta orçamental
##### Variação no preço de um dos bens
R= 150 Kz
Py= 10 Kz
Px= 30 Kz
R= 150 Kz R= 150 Kz
Py= 10 Kz Py= 10 Kz
Px= 30 Kz Px= 10 Kz
R=150 Kz
Py= 5 Kz A alteração no preço
Px= 30 Kz de um dos bens dá
origem a uma rotação
da recta do
orçamento.
Ariana da Silva e Josimar Manuel
FACULDADE DE ECONOMIA - UMN
UTILIDADE
Imagine que você passou a semana toda trabalhando 15 horas por dia e, quando chega o fim de
semana, tudo que você quer é tomar um sumo gelado para relaxar.
Ao tomar o primeiro copo de sumo, certamente este copo trará uma grande satisfação/utilidade. No
segundo copo de sumo, ainda haverá bastante utilidade adicional.
Se formos aumentando a quantidade de sumo, chegaremos ao ponto em que um copo adicional
representará um beneficio adicional tão pequeno que, será quase indiferente adquirir ou não está
unidade adicional de consumo.
Ariana da Silva e Josimar Manuel
FACULDADE DE ECONOMIA - UMN
## Utilidade
### Utilidade Total A utilidade total cresce com o aumento do
consumo. Por exemplo quanto mais sumos
tomados, maior é a utilidade total. Todavia,
o valor acrescentado à utilidade total pela
última unidade de consumo (é tão menor
quanto maior for o total consumido).
Em outras palavras, quanto mais se consome
de um bem , maior é a utilidade total.
PREFERÊNCIAS
No estudo das preferências, a todo momento, comparamos diversas cestas de consumo, de modo
que o consumidor tenha a possibilidade de classifica-las de acordo com o grau de satisfação que
cada uma delas traz.
Nesse sentido, será bastante comum ouvirmos, por exemplo, que a cesta X é preferível a cesta Y, ou
ainda que o consumidor é indiferente entre o consumo da cesta X e o consumo da cesta Y.
No primeiro caso X traz maior prazer ou utilidade do que Y.
No segundo caso X ou Y traz o mesmo grau de satisfação ou utilidade
1- Integridade ou Exaustividade: as preferências são completas. Isso quer dizer que os consumidores podem
comparar e ordenar todas as cestas de mercado. Assim, para quaisquer cestas que existam, o consumidor é
capaz de ordená-las em uma ordem de preferência e dizer se ele prefere uma ou outra.
2- Transitividade: as preferências são transitivas, a transitividade quer dizer que se, um consumidor prefere a
cesta de mercado A a cesta B e prefere B a C, então ele também prefere A a C. Por exemplo, se ele prefere
Sumo a Leite e prefere Leite a Cerveja, também necessariamente prefere Sumo a Cerveja.
3- Quanto mais melhor: a maior quantidade de um bem é sempre preferível a menor quantidade do mesmo
bem. Este principio também é chamado de principio da não saciedade. Essa suposição também é as vezes
chamada de monotonicidade de preferências, o que significa dizer que as preferências são monotônicas (mais
é melhor).
4- Reflexividade: as preferências são reflexivas. Em outras palavras, uma cesta de mercadoria é tão quanto ela
mesma. Isto quer dizer que uma cesta X proporciona o mesmo prazer que outra cesta que seja exatamente
igual à cesta X.
## Curva de indiferença
Curva de indiferença é o lugar geométrico de todas as combinações possíveis de 2 bens que proporcionam
o mesmo nível de satisfação (utilidade total constante).
## Curva de indiferença
### Propriedades
## Curva de indiferença
### Propriedades
## Curva de indiferença
### Propriedades
Cada situação de aprovisionamento diz respeito a uma e só uma curva
## Curva de indiferença
### Taxa marginal de substituição
Taxa marginal de substituição de Y por X, para um dado nível de utilidade, é a quantidade de Y que o
consumidor se dispõe a sacrificar por uma unidade adicional de consumo de X. Em cada ponto da
curva de indiferença a taxa marginal de substituição de y por x é dada pelo valor absoluto da medida
da inclinação da recta tangente à curva de indiferença no ponto referido.
## A curva consumo-rendimento
A Curva Consumo-Rendimento é o lugar geométrico dos pontos que maximizam a utilidade, dada uma
estrutura de preferências, admitindo que os preços relativos permanecem invariáveis e que o
rendimento varia continuamente.
## A curva consumo-preço
A Curva Consumo-Preço é o lugar geométrico dos pontos que maximizam a utilidade, dada uma estrutura
de preferências, admitindo que o rendimento nominal permanece invariável e o preço de um dos bens
varia
EFEITO RENDIMENTO : Uma diminui Uma diminuição do preço de um bem significa que o consumidor
fica a dispor de mais poder de compra para gastar em todos os produtos (o seu para gastar em todos os
EFEITO SUBSTITUIÇÃO: A diminui A diminuição do preço (relativo) incentiva uma maior compra do
produto, uma vez que este fica relativamente mais barato.
TEORIA DA PRODUÇÃO
## Conceito de Empresa
TEORIA DA PRODUÇÃO
## Conceito de Empresa
Mão-de-obra (N)
Capital Físico (K)
INPUTS
Processo de
Área, Terra (T) Produção Produto (q)
Matérias-primas (MP)
TRABALHO
FACTORES PRODUTIVOS
CAPITAL
RECURSOS NATURAIS
PT q
Produtividade Média (PMe) é a relação entre o nível de produto e a quantidade do factor de produção, em
determinado período de tempo.
PMeN PT PMeK PT
N K
Produtividade Marginal (PMg) é a variação do produto, dada uma variação de uma unidade na
quantidade do fator de produção, em determinado período de tempo.
PT q dq PT q dq
PMg N ou PMg K ou
N N dN K K dK
Sendo dq/dN e dq/dK as derivadas do produto em relação aos insumos, mão-de-obra e capital aplicável
quando a função de produção é contínua e diferenciável.
Exemplo: q f (N, K )
10 1 6 6,0 6
10 2 14 7,0 8
10 3 24 8,0 10
10 4 32 8,0 8
10 5 38 7,6 6
10 6 42 7,0 4
10 7 44 6,2 2
10 8 44 5,4 0
10 9 42 4,6 -2
3 Produtos Total,
Médio e Marginal
2
PT
1 e 4 – Inflexão PT e Máximo PMg
2 e 5 – Máximo PMe
1 3 e 6 – Máximo PT e PMg = 0
4
6 PMe
PT
Estágio I: economicamente ineficiente, muito insumo fixo
para pouco insumo variável, PMg>PMe.
Estágio II: onde deve ocorrer eficiência econômica em
concorrência perfeita, maximização de lucro
Estágio III: economicamente ineficiente, PMg negativo
PMe=PMg
PMe
PMg
UNIDADES DO INSUMO VARIAVEL
Imaginemos uma empresa cuja função de produção vem definida pela seguinte expressão :
Isto significa que se a empresa utiliza 5 unidades de trabalho, produzirá 208,3 unidades de produto. Em
média cada unidade de factor trabalho produz 41,6 unidades de produto e o quinto trabalhador contratado
produz exactamento 75 unidades.
Neste caso a 5ª unidade utilizada pela empresa é mais produtiva que as demais , já que produz mais uniaddes
que as que fabricam em média as restantes uniaddes de factor
A análise da produção a longo prazo considera que todos os fatores de produção (mão-de-obra, capital,
instalações, matérias-primas) variam.
Isoquantas de Produção
Isoquanta linha na qual todos os pontos representam combinações dos factores que indicam a
mesma quantidade produzida.
Ela expressa os vários métodos ou processos alternativos de produção, que proporcionam a mesma
quantidade produzida.
q 3000
q 1000 q 2000
q 1000
L L
Capital(K)
TMgST= PMgL A
q1
PMgK
q0
B
Trabalho (L)
TMgST = DL/DK
Relação entre a redução no emprego de um fator de produção e o
aumento do outro fator de produção necessário para manter a
mesma isoquanta.
f(aK,aN) = ag f(K,L)
Custos de produção
No curto prazo, os custos totais de produção (CT) são geralmente divididos em duas parcelas: Custos
fixos (CF) e Custos variáveis (CV). Portanto CT=CF+CV.
Os custos variáveis são aqueles que variam em correspondência com as quantidades produzidas.
Representam as despesas realizadas com os fatores variáveis de produção.
Os custos fixos são aqueles que se mantêm constantes, independentemente das variações das
quantidades produzidas, isto é, qualquer que seja o nível de utilização da capacidade produtiva da
empresa.
Como exemplo, podem ser citados os gastos com juros sobre empréstimos de longo prazo, contrato
de aluguel, seguros, salários de mão-de-obra indireta (contador, administrativos, zelador, equipe de
manutenção, etc.).
Entre esses custos contemplam-se também os chamados custos de oportunidades que consideram, por
exemplo, os melhores ganhos que se poderiam obter empregando-se o capital próprio em outras actividades.
Sempre que falamos em custos, estamos a falar não de custos contabilísticos, mas de oportunidade: o valor de um
recurso na sua melhor utilização alternativa (rever Micro I)
Exemplo: Custo de Produção na Metalosul
A empresa gastou 1 milhão de kz em aço factor a ser utilizado na produção de 1000 armaduras. No período existente
entre a aquisição do aço e a sua utilização, o seu preço subiu 20%, graças à crescente procura desse factor pela China.
Se a melhor utilização alternativa for a revenda do aço, os custos de produção dessas 1000 armaduras, inerentes à
utilização do aço, serão não de 1 milhão de kz (meros custos contabilísticos), mas de 1 milhão e 200 mil kz.
CFT
Custo Fixo Médio (CFMe): CFMe
q
CVT
Custo Variável Médio (CVMe): CVMe
q
CT
Custo Médio (CMe ou CTMe): CTMe
q
Qtd Prod. C. Fixo C. Variável C. Total C.F. Médio C.V. Médio C. Médio
(q) (CFT) (CVT) (CT) (CFMe) (CVMe) (CTMe)
(1) (2) (3) (4)=(2)+(3) (5)=((2)/(1) (6)=((3)/(1) (7)=(5)/(6)
0 15 0 15,00
1 15 2,00 17,00 15,00 2,00 17,00
2 15 3,50 18,50 7,50 1,75 9,25
3 15 4,50 19,50 5,00 1,50 6,50
4 15 5,75 20,75 3,75 1,44 5,19
5 15 7,25 22,25 3,00 1,45 4,45
6 15 9,25 24,25 2,50 1,54 4,04
7 15 12,51 27,51 2,14 1,79 3,93
8 15 17,50 32,50 1,88 2,19 4,06
9 15 25,50 40,50 1,67 2,83 4,50
10 15 37,50 52,50 1,50 3,75 5,25
CVT
CFT
OBS:
Lei dos Rendimentos Decrescentes = Lei dos Custos Crescentes
100
80
CV
60 custo fixo obtemos a curva de custo variável.
40 CF
20 Pelo fato de o custo fixo ser constante, a distância
0 Q
vertical entre as curvas de custo total e de custo
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
variável é sempre $40.
CFMe
CT dCT
CMg ou CMg
q dq OBS:
Os custos marginais
Custos Mg ($) CMg não são
influenciados pelos
custos fixos
(invariáveis a curto
prazo).