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De longe, se escuta “um grito do E ninguém tem o direito São viveiros de mosquito.

rio Capibaribe” De torná-lo mutilante. DE LONGE, SE ESCUTA “UM


Eu chamo aqui atenção GRITO
Quem passa pelo Recife Pra comunidade, então, DO RIO CAPIBARIBE”.
Encanta-se com a beleza Que se espelhe no Caribe
Desta cidade Veneza, Bem alto digo e repito: De tanta poluição,
Famosa por sua grife. DE LONGE, SE ESCUTA “UM A sujeira é sem medida.
Mas, a sujeira do rio GRITO CAPIBARIBE que vida,
Desmerece um elogio. DO RIO CAPIBARIBE”. Não pode tombar no chão.
O que já foi um algibe Com um pouquinho de ajuda
Deixa o recifense aflito. Capibaribe tão forte Quando Deus quer tudo muda.
DE LONGE, SE ESCUTA “UM Não pode ser desprezado Eu vejo, em Camaragibe,
GRITO E, tampouco, assoreado Um triste rio em conflito.
DO RIO CAPIBARIBE”. Por qualquer um vento norte DE LONGE, SE ESCUTA “UM
Não jogar lixos nos rios, GRITO
Este rio tão formoso Enfrentar os desafios, DO RIO CAPIBARIBE”.
Tem cabeceira em Poção. Nem permitir que se adibe
Em toda sua extensão, Essa extensão do delito. Antônio Neto
Tem um leito caudaloso. DE LONGE, SE ESCUTA “UM
Cidades lançam esgotos, GRITO
Usinas jogam vinhotos, DO RIO CAPIBARIBE”. GLOSSÁRIO
Não pousa mais a abibe Algibe: cisterna onde se recolhe
De tanto lixo e detrito. As pessoas das cidades água, geralmente da chuva.
DE LONGE, SE ESCUTA “UM Estão hoje ameaçadas. Adibe: acréscimo, adjunção,
GRITO As águas contaminadas ampliação.
DO RIO CAPIBARIBE”. Causando enfermidades. Abibe: ave caradriíforme,
O rio virou lixeira eurasiática, da família dos
O rio pede socorro, caradriídeos.
De tudo quanto é sujeira.
Implora por caridade, Assoreado: o acúmulo de terra,
Até mesmo o Jaguaribe
Mas, os homens, na maldade, lixo e matéria orgânica no fundo
Está morrendo constrito. de um rio.
Não dão bolas para o jorro DE LONGE, SE ESCUTA “UM Constrito: apertado, comprimido,
Que causa poluição GRITO
contraído.
Levando a vida à extinção DO RIO CAPIBARIBE”.
Delito: crime.
Digo em minha diatribe
Diatribe: crítica severa.
Condeno esse ato maldito. No Recife, a coisa é feia,
Pujante: que tem grande força.
DE LONGE, SE ESCUTA “UM Não se pode respirar,
GRITO A catinga é de lascar.
DO RIO CAPIBARIBE”. De mau cheiro a venta é cheia,
O rio tem água imunda,
Curso d’água tão pujante Podridão, também, abunda.
Merece todo respeito, As águas do Beberibe

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