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DECISÃO DO PLENÁRIO

Não existe prerrogativa de foro para ações


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de improbidade, decide STF
10 de maio de 2018, 20h05 Imprimir Enviar NOVO ENTENDIMENTO
Com limite a foro, Marco Aurélio
A única autoridade que tem prerrogativa de foro para ações de improbidade envia 17 inquéritos à 1ª instância
administrativa é o presidente da República, por previsão constitucional
expressa. Foi o que reafirmou nesta quinta-feira (11/5), por maioria de votos, o ALCANCE LIMITADO

Plenário do Supremo Tribunal Federal. Toffoli propõe súmulas vinculantes


para restringir foro especial

JULGAMENTO ENCERRADO
Parlamentar só tem foro especial em
fato ocorrido durante mandato

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Venceu o voto do ministro Luís Roberto Barroso, para quem o foro especial
para crimes comuns não pode ser estendido às ações de improbidade, que não
são penais.

O ministro destacou que a única hipótese da Constituição é no caso do


presidente da República. “Não há lacuna constitucional, mas legítima opção do
poder constituinte originário em não instituir foro privilegiado para o processo
de julgamento de agentes políticos pela prática de atos de improbidade na
esfera civil”, disse.

Ele afirmou que o próprio Supremo já declarou inconstitucional (ADI 2.797) a


Lei 10.628/2002, que equiparava a ação por improbidade administrativa, de
natureza cível, à ação penal e estendia aos casos daquela espécie de ação o foro
por prerrogativa.
Nelson Jr./SCO/STF

Barroso foi seguido pelos ministros


Luiz Edson Fachin, Rosa Weber, Luiz
Barroso diz que foi opção constitucional não Fux, Ricardo Lewandowski, Gilmar
instituir foro especial em ação cível.
Mendes, Marco Aurélio e pela
presidente do STF, ministra Cármen
Lúcia. O ministro Celso de Mello não participou da sessão.

Com a decisão, foi mantida decisão liminar do ministro Ayres Britto, já


aposentado, que enviou para a primeira instância, em 2007, uma ação civil
pública contra o atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha — aberta há 14
anos, em 2004.

Padilha é acusado de improbidade quando era ministro dos Transportes do


governo Fernando Henrique Cardoso. Ele recorreu contra o envio do caso para
a primeira instância, alegando que ministros só poderiam ser julgados por
crime de responsabilidade, exclusivamente, no Supremo, de acordo com a
Constituição.

Divergência
O julgamento havia sido iniciado em 2014, quando o então relator, ministro
Teori Zavascki (morto em 2017) votou a favor da prerrogativa de foro para
ações de improbidade. Para ele, o foro especial de ministros de Estado deveria
ser equiparado aos dos ministros do Supremo, que tem ações de improbidade
ajuizadas contra eles julgadas pelo Plenário do tribunal.

Segundo Teori, em 2014 a questão não estava “inteiramente resolvida pela


jurisprudência do STF”, motivo pelo qual havia mantido o foro da improbidade
na corte. O ministro Alexandre de Moraes não votou nesta quinta porque foi o
sucessor de Teori.

Carlos Moura/SCO/STF
Em seu voto, Gilmar Mendes criticou
o que chamou de “abuso” do
Ministério Público no uso das ações
de improbidade, por entender que
muitas vezes são ajuizadas de forma
genérica, com enquadramento
aleatório, sem base em fatos concretos
ou condutas supostamente irregulares.

“O sistema não tem contracautelas ou


Gilmar Mendes declarou que é comum o
regime de responsabilidades contra o Ministério Público ajuizar acusar agentes
agente que propõe ações públicos de forma genérica e aleatória.
irresponsáveis”, disse. Para ele, no
Brasil existe um “festival de abuso de autoridade” nessa área. Com
informações da Agência Brasil e da Assessoria de Imprensa do STF.

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Revista Consultor Jurídico, 10 de maio de 2018, 20h05

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