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PELA DEMOCRACIA

OAB-BA defende exclusão de advogados


envolvidos em atos antidemocráticos Twitter
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16 de janeiro de 2023, 13h43 Imprimir Enviar

Por Eduardo Velozo Fuccia Linkedin RSS

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"Advogada ou advogado que por ação ou omissão apoia, participa,


incentiva ou financia atentado contra o estado democrático de
direito ou contra o funcionamento de qualquer das instituições
republicanas, pratica ato que configura inidoneidade moral, nos
termos do artigo 34, inciso XXVII, do EAOAB."
Reprodução
Com essa interpretação da Lei
8.906/1994 (Estatuto da
Advocacia e a Ordem dos
Advogados do Brasil), a Seção
Bahia da OAB requereu ao
Conselho Federal que a
participação de advogados ou o
seu incentivo a atos e
movimentos contra a
democracia, como os ocorridos
com a invasão e a vandalização
das sedes dos Três Poderes, em Advogados participaram de atos
Brasília, no último dia 8, seja golpistas pela deposição do governo
eleito
reconhecida como
"inidoneidade moral".

De acordo com o artigo 34, inciso XXVII, do Estatuto, constitui


infração disciplinar “tornar-se moralmente inidôneo para o
exercício da advocacia”. As sanções para as infrações disciplinares
em geral consistem em censura, suspensão, exclusão e multa. À
hipótese do inciso XXVII, é prevista a exclusão dos quadros da
Ordem, punição mais severa, conforme o artigo 38, inciso II.

O requerimento da OAB-BA é assinado pela presidente, Daniela


Borges, e pelos conselheiros federais da seccional Luiz Viana,
Marilda Sampaio, Luiz Coutinho, Fabrício Castro, Mariana Oliveira
e Sílvia Cerqueira. O documento foi lido pelo presidente nacional
da OAB, Beto Simonetti, na sessão do Conselho Pleno do CFOAB
realizada na última sexta-feira (13).

Segundo os subscritores, idoneidade moral é condição essencial


para a primeira inscrição e permanência dos advogados na
Ordem. Eles justificam o pedido sob a alegação de que as ações
ocorridas em Brasília no dia 8 foram “chocantes” e objetivaram
desestabilizar o estado democrático de direito. Simonetti
submeteu o requerimento à Corregedoria Geral da OAB para que
seja levado à apreciação do Conselho Pleno.

"Desafio jurídico"
Questionada pela revista eletrônica Consultor Jurídico se o
requerimento da OAB-BA pode eventualmente desagradar alguns
inscritos, Daniela Borges foi enfática: "Nós vivemos um desafio no
campo jurídico de não deixar movimentos golpistas sequestrarem
os princípios constitucionais, tão caros em uma democracia,
deturpando-os e alterando seus conteúdos com o propósito de
legitimar atos que buscam acabar com o próprio regime
democrático."

A presidente da seccional baiana acrescentou que, para a


advocacia, a democracia é premissa. "É como o oxigênio que a
gente respira. Dentro de um estado democrático de direito é
possível a diversidade, a divergência, é possível a construção de
uma sociedade mais justa e igualitária. Sem um estado
democrático de direito, temos a imposição de uma única forma de
ver o mundo. Por isso, constituem crimes os atos atentatórios ao
estado democrático de direito."

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Eduardo Velozo Fuccia é jornalista.

Revista Consultor Jurídico, 16 de janeiro de 2023, 13h43


COMENTÁRIOS DE LEITORES
1 comentário

É UMA PENA QUE SEJA APENAS OAB-BA


Andre Avila (Outro)
16 de janeiro de 2023, 17h18

Está demorando para CFOAB se posicionar e atuar com rigor em


advogados envolvidos em depredação de espaços e repartições
públicas, com maior gravidade ainda envolvendo a nossa memória
nacional.

Aquele que é advogado e está envolvido nisso, deixa a advocacia e o


Direito e parte para violência - advogado, na prática, já não o é. É
apenas alguém segurando os punhos.

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