Mandado Segurança - Carlos

Deus é Fiel!
LUCIANO PEREIRA DA COSTA – SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA

CNPJ Nº 40.699.123/0001-87
Luciano Pereira da Costa-OAB/GO Nº 19968
AO JUIZ DE DIREITO DAS FAZENDAS PUBLICAS DA COMARCA DE GOIÂNIA/GO.
PEDIDO LIMINAR
URGENTE – RISCO DE VIDA
TRATAMENTO CANCER – AMILOIDOSE e MIOLEMA MULTIPLO
CARLOS ADOLFO FERREIRA, brasileiro, nascido em 22/06/1954, filho de Albertino

Ferreira Dias e Irene Camasmie maior, autônomo, portador do CPF nº :219.684.031-91 e
RG nº 414194 SSP/GO, residente e domiciliada na Rua 240, nº 80, Setor Coimbra,
Goiânia/GO, Fone 64 99695-9081 WhatsApp e email: rosecamasmie@gmail.com
qualificação e endereçamento completos, neste ato representadas pelo advogado que
esta subscreve, com procuração anexa, endereço profissional descrito no rodapé, vêm,
perante Vossa Excelência, com o devido respeito e vênia, com fundamento no
artigo 5, LXIX, da Constituição Federal e na Lei 12.016/2009, impetrar a presente ordem
de
MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL COM PEDIDO LIMINAR, em desfavor das

autoridades coatoras das,
MUNICÍPIO DE GOIÂNIA/GO, pessoa jurídica de direito público interno, inscrito no CNPJ

sob o n° 01.612.092/0001-23 neste ato representado pelo Prefeito Municipal e/ou PGM
com serventia judicial, com endereço eletrônico para citações, Sistema Projudi/GO, Paço
Municipal - Avenida do Cerrado, n° 999 - Bloco D, 2º andar, Parque Lozandes - Goiânia –
Rua José Caetano de Almeida nº 324, Setor Central Mossâmedes/Go CEP – 76150-000
Fone: (62) 98132-2868 Email: luciano19968@hotmail.com WhatsApp 62-98132-2868
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CNPJ Nº 40.699.123/0001-87
GO CEP 74.884-900, sms@goiania.go.gov.br no tocante ao ato vergastado, figurando
como Autoridade Coatora (Lei n°. 12.016/09, art. 6°, § 3°), seu Secretário de Saúde, o Sr.
Durval Ferreira Fonseca Pedroso, dvex.smsgoiania@gmail.com representante, na
hipótese, da Impetrada (Lei n°. 12.016/09, art. 6°, caput), e, como litisconsorte
passivo, ESTADO DE GOIÁS – SECRETARIA DA SAÚDE, pessoa jurídica de direito
publico, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 02.529.964/0001-57, representado pelo procurador
– Geral do Estado Murilo Nunes Magalhaes, com endereço na Praça doutor Pedro
Ludovico Teixeira nº 03, setor Central , Goiânia - GO, t, no tocante ao ato vergastado,
figurando como Autoridade Coatora (Lei n°. 12.016/09, art. 6°, § 3°), Secretário de Saúde
do Estado de Goiás Sr. Ismael Alexandrino Junior, gestor estadual do Sistema Único de
Saúde (SUS), domiciliado na Avenida SC1 n° 299, Parque Santa Cruz - Goiânia - GO.
CEP: 74860-260 - Telefone (62) 3201-3479, representante, igualmente, na espécie, da
Impetrada (Lei n°. 12.016/09, art. 6°, caput), FUNDAÇÃO DE APOIO AO HOSPITAL DAS
CLÍNICAS DA UFG - FUNDAHC. Pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº
02.918.347/0001-43, com sede na 1ª Avenida nº 545, Setor Leste Universitário,
Goiânia/GO, CEP 74.605-020, convenio com SUS, (Sistema Único de Saúde), neste ato
representado pela autoridade coatora o Diretor Executivo o Sr. Jose Antônio de Morais, RG
nº 714072 SSP/GO e CPF nº 234.138.081-68, Email:
secretariaexecutiva@fundahc.com.br, e Fone 62 (62) 98423-8684 como se verá na
exposição fática e de direito, a seguir delineadas., pelos motivos que passará a expor:
A TÍTULO DE INTROITO

( a ) Benefícios da gratuidade da justiça (CPC, art. 98, caput)

O Impetrante não tem condições de arcar com as despesas do processo. São insuficientes
seus recursos financeiros para pagar todas as despesas processuais, até mesmo as
custas iniciais.
DECLAROU o impetrante, para todos os fins de direito e sob as penas da lei, que não
tenho condições de arcar com as despesas decorrentes do presente processo, bem
como de honorários advocatícios, sem prejuízo do meu próprio sustento e da minha
família, pois aposentado pelo INSS percebendo aposentadoria rural de R$ 1.147,00 (hum
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mil cento e quarenta e sete reais), conforme comprovante em anexo, e estou afastado
de qualquer atividade laborativa sem renda no momento sem rendimentos fixos, morando
momentaneamente dependo de ajuda da família para sobreviver necessitando, assim,
necessitando da Gratuidade de Justiça.
Dessarte, formula pleito de gratuidade da justiça, o que faz por declaração de seu patrono,
sob a égide do art. 99, § 4º c/c 105, in fine, ambos do CPC, quando tal prerrogativa se
encontra inserta no instrumento procuratório acostado.

( b ) Prioridade na tramitação do processo (CPC, art. 1.048, inc. I)

A querela traz caso no qual se pede apreciação de quadro CLÍNICO GRAVE DE DOENÇA
TRATAMENTO CANCER – MIELOMA MULTIPLO E AMILOIDOSE – documentos
comprobatórios anexo --, fazendo jus, portanto, à PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO do
presente processo, o que de logo assim o requer.
O mieloma múltiplo é o câncer de um tipo de células da medula óssea

chamadas de plasmócitos, responsáveis pela produção de
anticorpos que combatem vírus e bactérias. No mieloma múltiplo, os
plasmócitos são anormais e se multiplicam rapidamente,
comprometendo a produção das outras células do sangue.
O mieloma múltiplo e a amiloidose de cadeias leves (AL) de imuno-
globulina são doenças proliferativas plasmocitárias incuráveis que
raramente coexistem. Cerca de 10 a 15% dos doentes com mieloma
múltiplo desenvolvem amiloidose AL clinicamente sintomática, sendo
a situação inversa muito rara (0,4%).

( d ) Legitimidade passiva - Litisconsórcio (CPC, art. 114)

No que diz respeito ao fornecimento de tratamentos, internações e
ainda procedimentos cirúrgicos e fármacos, às pessoas necessitadas, cabível pedi-los a
qualquer dos Entes Públicos. É dizer, esses são solidariamente responsáveis pela
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disponibilidade do direito fundamental à saúde. (CF, art. 196) Inexiste obrigação isolada de
um deles. (CF, art. 23, inc. II)
Com esse enfoque, é altamente ilustrativo transcrever as lições
de Alexandre de Moraes:

A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário a
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (CF,
art. 196), sendo de relevância pública as ações e serviços de saúde,
cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua
regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser
feita diretamente ou por meio de terceiros e, também, por pessoa
física ou jurídica de direito privado (CF, art. 197). [ ... ]

Nesse diapasão, respeitante à solidariedade passiva, com enfoque
na disponibilização de, internação imediata, tratamentos, procedimentos cirúrgicos e
demais procedimentos e medicamentos aos hipossuficientes financeiramente, insta
transcrever entendimento jurisprudencial, já consolidado no Superior Tribunal de Justiça.
Confira-se:

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. FORNECIMENTO DE
MEDICAMENTOS REGISTRADOS NA ANVISA. SOLIDARIEDADE
PASSIVA FACULTATIVA DOS ENTES FEDERADOS. AFASTADA A
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. SÚMULAS NºS 150, 224 E
254/STJ. PRECEDENTES DO STJ.
1. Trata-se de Conflito Negativo de Competência entre o Juízo de
Direito do Juizado Especial da Fazenda Pública de Arvorezinha-RS e
o Juízo Federal da 1ª Vara de Lajeado (SJ/RS), nos autos de Ação em
que se pleiteia o fornecimento de medicamentos registrados na
ANVISA. 2. Consoante a jurisprudência do STJ, "no âmbito do
conflito de competência, não se discute o mérito da ação, tampouco
qual seria o rol de responsabilidades atribuído a cada ente federativo
em relação ao Sistema Único de Saúde. Cumpre apenas a análise do
juízo competente para o exame do litígio, nos termos em que
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apresentados o pedido e a causa de pedir. " 3. No caso em exame, o
Juízo Federal reconheceu, expressamente, a inexistência de
litisconsórcio passivo necessário da União, concluindo pela sua
ilegitimidade passiva, razão pela qual deve ser declarada a
competência do Juízo Estadual para o processamento e o julgamento
da demanda, nos termos das Súmulas nºs 150, 224 e 254 do STJ. 4.
Agravo Interno não provido. [ ... ]

Por esse ângulo, eventual deliberação, a respeito da repartição da
responsabilidade, isso compete unicamente aos Entes federativos. Assim, descabe limitar
o particular ao seu direito à saúde, garantido constitucionalmente.
1 – DA TEMPESTIVIDADE
O ato coator, aqui hostilizado, revela-se em face da negativa

internação imediata no setor de Hematologia dos Hospital das Clinicas da UFG, conforme
pedido feito pelo Dr. Renato S. Tavares em 21/03/2022, essencial à saúde da Impetrante,
onde não foi atendido e encontra-se em regulação .
Lado outro, tal acontecido se sucedera em 21/03/2022, acontece
que até presente data não foi acolhido para tratamento, segundo informações por falta de
vaga.
Dessa sorte, para efeitos de contagem do início de prazo para
impetração deste Remédio Heroico, esse fora o único e primeiro ato coator, pois até a
presente data não foi internado e nem iniciado o tratamento de emergência solicitado pelo
medico conforme documentos em anexo.
Nesse diapasão, este writ há de ser tido por tempestivo, mormente
quando impetrado dentro do prazo decadencial. (Lei n° 12.016/09, art. 23)

I- DOS FATOS
AUTOR, ora Impetrante, tem 68 anos de idade (idoso) e sofre de Câncer com
diagnostico de TRATAMENTO CANCER – MIELOMA MULTIPLO E AMILOIDOSE,
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conforme relatórios em anexo, além de já ter tido problemas cardíacos e esta sob
cuidados no CAIS DE CAMPINAS, sendo encaminhado para a Santa Casa de
Misericórdia para acompanhamentos emergências, ocasionados por seu agravamento do
Estado de Saúde, (documentos anexos), ocasião que necessita de URGENTEMENTE
de, internação, tratamentos, cuidados médicos, medicamentos bem como a realização de
exames necessários para sua sobrevivência.
No entanto, por não possuir boas condições financeiras (já que se encontra em regime
regulação para tratamento com na setor de Hematologia dos Hospital das Clinicas da
UFG, conforme pedido feito pelo Dr. Renato S. Tavares em 21/03/2022, essencial à
saúde da Impetrante, onde não foi atendido e encontra-se em regulação sem previs~çao
de vaga e inicio do tratamento) não goza dos benefícios de um plano de saúde pago.
Logo, fica mercê da utilização do sistema de saúde pública, que muitas vezes deixa a
desejar (como no presente caso), pois até esperar uma vaga publica no na setor de
Hematologia dos Hospital das Clinicas da UFG, especializado para o tratamento especifico
do impetrante, poderá agravar sua saúde dado a agressividade da doença, a qual
começou desencadear inúmeros outros problemas como as arritmias cardíacas
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provocadas neste final de semana que levou sua internação emergencial, conforme
documentos em anexo.
O impetrante por várias vezes tentou a internação e inicio de tratamento na na setor de

Hematologia dos Hospital das Clinicas da UFG, porém não logrou êxito, visto que está na
fila por vaga o que sua condição não possibilita a espera dado a grave situação que pode
levar a sua morte por complicações de sua enfermidade devidamente atestada. Uma vez
que o impetrante.
A Administração Municipal e Estadual, bem como a Fundação do Hospital da Clinicas

questionadas sobre o ocorrido informou que não é possível a realização fazer nada
senão aguardar o surgimento de vagas para tratamento e procedimentos para inicio do
tratamento especializado, uma vez que é necessário aguardar todos procedimentos
definidos em regulação sem sequer mencionar qualquer data e/ou solução diferente,
ficando o impetrante a mercê da fila de regulação e/ou surgimento de vaga na Rede
Publica de Saúde.
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Diante disso, o impetrante procurou um advogado de sua confiança e através do

presente instrumento pretende fazer valer seus direitos, conforma argumentação legal
abaixo demonstrada, visto a fila existente da Defensoria Publica e ainda no Ministério
Publico da Comarca de Goiânia/GO.
II- DO DIREITO
II.I. DO DIREITO À SAÚDE E A RESPONSABILIDADE DO MUNICÍPIO e ESTADO
A Constituição da Republica Federativa do Brasil estabelece em seu Art. 196, que:
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“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
Nesse sentido ressalta-se que é pacífico o entendimento do disposto no

artigo 196 da Carta Magna, que reconhece a saúde como “direito de todos e dever do
Estado”, devendo o mesmo garanti-la de forma efetiva, não só “mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos”, como também que proporcionem o “acesso universal e igualitário às ações
e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
Além disso, a nossa Carta Magna estabelece em demais artigos que garantem o direito a

saúde. Basta a leitura da Constituição Federal, em especial dos artigos 1º, inciso III[3] (“a
República Federativa do Brasil ... tem como fundamentos: a dignidade da pessoa
humana”), 5º, caput (“... garantindo-se aos brasileiro ... o direito à vida”), e inciso
XXXV [4] (“a lei não excluíra da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de
direito”), 6º [5] (“são direitos sociais a educação, a saúde ...”) e 196 [6] seguintes. […].
[7]
O conteúdo acima descrito demostra de maneira objetiva que o direito a saúde é

constitucionalmente inquestionável, sendo dever do Estado (Poder Público) garantir o
exposto na Constituição Federal de 1988.
Nesse contexto, o direito à saúde encontra base no princípio da dignidade da pessoa

humana, figura entre os direitos fundamentais e está positivado no art. 5º, § 1º,
da Constituição Federal, o qual estatui que “as normas definidoras dos direitos e
garantias fundamentais têm aplicabilidade imediata.”[8]
Em relação a responsabilidade do Poder Público (União, Estados ou Município),

ressalta-se que a mesma é solidária. Então, antes mesmo que a municipalidade tente
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repassar a responsabilidade para o Governo Estadual ou Federal, frisa-se que “há entre
as entidades de direito público interno responsabilidade solidária no que tange ao
funcionamento do Sistema Único de Saúde – SUS (art. 198, da CF).”
Assim, é indiferente ao cidadão necessitado distinguir a qual dos entes públicos deve se
dirigir preferencialmente, isto porque a Constituição Federal dispõe no art. 23, II, sobre a
competência comum dos entes federados em prestar atendimento à saúde da população.
APELAÇÃO E REMESSA NECESSÁRIA. DIREITO À SAÚDE.

OBRIGAÇÃO DE FAZER. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO
E REALIZAÇÃO DE EXAME MÉDICO. DILAÇÃO DE PRAZO PARA
CUMPRIMENTO DA DECISÃO. ASTREINTES. POSSIBILIDADE.
REDUÇÃO E LIMITAÇÃO DA INCIDÊNCIA. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. REEXAME NECESSÁRIO NA MESMA
EXTENSÃO. 1. O tema encontra guarida no
art. 196 da Constituição que dispõe "A saúde é direito de todos e
dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas
que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação"; 2. Esse direito tem por
destinatários todos os entes políticos que compõem, no plano
institucional, a organização federativa do Estado brasileiro. Já
consolidado que os entes federativos, em face da responsabilidade
solidária, não podem se furtar em atender demandas que garantam
o acesso à saúde e preservem o direito à vida dos necessitados,
significando dizer que o ajuizamento da ação pode ser efetivado em
face de um, alguns ou todos os entes estatais., tema objeto de
repercussão geral no Supremo Tribunal Federal; 3. O exame objeto
da lide não pode ser recusado pelo Estado sob o argumento de não
constarem no Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas da (SUS),
porquanto sendo normas de inferior hierarquia, não podem
prevalecer em relação ao direito constitucional à saúde e à vida. 4.
A Carta Política de 1988 prevê orçamento de seguridade social, com
recursos originários das três fontes que integram o sistema
unificado de saúde, que devem ser organizados de forma a atender
a demanda; 5.Não há que se falar em desarazoabilidade quanto à
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aplicação de medida coercitiva para o caso de descumprimento da
obrigação de fazer, na medida em que esta se mostra cabível, por
causar mais temor à Fazenda Pública, impulsionando-a a assumir
um comportamento tendente à satisfação de sua obrigação,
mormente quando sua quase imanente inércia implica em risco à
integridade de cidadão que não consegue ter acesso à fármaco que
lhe assegure a dignidade e o direito à saúde; 6.Se é certo que a
fixação de astreintes pelo descumprimento de determinação judicial
deve basear-se nos princípios da proporcionalidade e razoabilidade
- e, ainda, ter como objetivo desestimular a inércia injustificada do
sujeito passivo em cumprir a determinação do juízo, certo é também
que tal ônus não se converta em meio de enriquecimento sem causa
do autor; 7.Cotejados o direito à saúde da parte e a duração regular
do processo administrativo para aquisição emergencial de
medicamento e/ou realização de exame médico, mostra-se legítima
a pretensão recursal consubstanciada na dilação do prazo para
cumprimento da obrigação de fazer imposta; 8. Apelo parcialmente
provido. Reexame necessário julgado na mesma extensão.
(TJ-AC - APL: 07004153420168010015 AC 0700415-

34.2016.8.01.0015, Relator: Roberto Barros, Data de Julgamento:
06/11/2018, Segunda Câmara Cível, Data de Publicação: 07/11/2018)
Dessa feita, ainda que a organização do Sistema Único de Saúde seja estruturada de
forma descentralizada, o Poder Público pode ser compelido, pelo Poder Judiciário, à
disponibilização do procedimento médico necessário para resguardar a saúde de paciente
individualizado, pois, encontrando-se a substituída sob a tutela do Sistema Único de Saúde
– SUS, deve o Poder Público oferecer o medicamento prescrito, de modo que a ausência
de padronização no âmbito do SUS ou de recursos públicos suficientes não pode ser
utilizada como argumento para respaldar a omissão estatal. Pontue-se, ainda, que o
Supremo Tribunal Federal atribui ao direito à saúde o aspecto de essencialidade, tendo em
vista seu teor indisponível e inerente à vida humana (grifou-se): PACIENTES COM
ESQUIZOFRENIA PARANÓIDE E DOENÇA MANÍACODEPRESSIVA CRÔNICA, COM
EPISÓDIOS DE TENTATIVA DE SUICÍDIO - PESSOAS DESTITUÍDAS DE RECURSOS
FINANCEIROS - DIREITO À VIDA E À SAÚDE - NECESSIDADE IMPERIOSA DE SE
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PRESERVAR, POR RAZÕES DE CARÁTER ÉTICO-JURÍDICO, A INTEGRIDADE
DESSE DIREITO ESSENCIAL - FORNECIMENTO GRATUITO DE MEDICAMENTOS
INDISPENSÁVEIS EM FAVOR DE PESSOAS CARENTES - DEVER CONSTITUCIONAL
DO ESTADO (CF, ARTS. 5º, "CAPUT", E 196) - PRECEDENTES (STF) - ABUSO DO
DIREITO DE RECORRER - IMPOSIÇÃO DE MULTA - RECURSO DE AGRAVO
IMPROVIDO. O DIREITO À SAÚDE REPRESENTA CONSEQÜÊNCIA
CONSTITUCIONAL INDISSOCIÁVEL DO DIREITO À VIDA. - O direito público subjetivo à
saúde representa prerrogativa jurídica indisponível assegurada à generalidade das
pessoas pela própria Constituição da República (art. 196).
Traduz bem jurídico constitucionalmente tutelado, por cuja integridade deve velar, de
maneira responsável, o Poder Público, a quem incumbe formular - e implementar - políticas
sociais e econômicas idôneas que visem a garantir, aos cidadãos, o acesso universal e
igualitário à assistência farmacêutica e médico-hospitalar. - O direito à saúde - além de
qualificar-se como direito fundamental que assiste a todas as pessoas - representa
conseqüência constitucional indissociável do direito à vida.
O Poder Público, qualquer que seja a esfera institucional de sua atuação no plano da
organização federativa brasileira, não pode mostrar-se indiferente ao problema da saúde
da população, sob pena de incidir, ainda que por censurável omissão, em grave
comportamento inconstitucional.
A INTERPRETAÇÃO DA NORMA PROGRAMÁTICA NÃO PODE TRANSFORMÁ-LA EM

PROMESSA CONSTITUCIONAL INCONSEQÜENTE. - O caráter programático da regra
inscrita no art. 196 da Carta Política - que tem por destinatários todos os entes políticos
que compõem, no plano institucional, a organização federativa do Estado brasileiro - não
pode converter-se em promessa constitucional inconseqüente, sob pena de o Poder
Público, fraudando justas expectativas nele depositadas pela coletividade, substituir, de
maneira ilegítima, o cumprimento de seu impostergável dever, por um gesto irresponsável
de infidelidade governamental ao que determina a própria Lei Fundamental do Estado.
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA, A PESSOAS CARENTES, DE MEDICAMENTOS

ESSENCIAIS À PRESERVAÇÃO DE SUA VIDA E/OU DE SUA SAÚDE: UM DEVER
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CONSTITUCIONAL QUE O ESTADO NÃO PODE DEIXAR DE CUMPRIR. - O
reconhecimento judicial da validade jurídica de programas de distribuição gratuita de
medicamentos a pessoas carentes dá efetividade a preceitos fundamentais da Constituição
da República (arts. 5º, "caput", e 196) e representa, na concreção do seu alcance, um
gesto reverente e solidário de apreço à vida e à saúde das pessoas, especialmente
daquelas que nada têm e nada possuem, a não ser a consciência de sua própria
humanidade e de sua essencial dignidade. Precedentes do STF.
MULTA E EXERCÍCIO ABUSIVO DO DIREITO DE RECORRER. - O abuso do direito de

recorrer - por qualificar-se como prática incompatível com o postulado ético-jurídico da
lealdade processual - constitui ato de litigância maliciosa repelido pelo ordenamento
positivo, especialmente nos casos em que a parte interpõe recurso com intuito
evidentemente protelatório, hipótese em que se legitima a imposição de multa. A multa a
que se refere o art. 557, § 2º, do CPC possui função inibitória, pois visa a impedir o
exercício abusivo do direito de recorrer e a obstar a indevida utilização do processo como
instrumento de retardamento da solução jurisdicional do conflito de interesses.
Precedentes. (RE 393175 AgR, Relator(a): Min. Celso de Mello, Segunda Turma, julgado
em 12/12/2006, DJ 02-02- 2007 PP-00140 EMENT VOL-02262-08 PP-01524)
Consigna-se, ainda, que a Constituição Federal determina aos Municípios, Estados e

União a responsabilidade solidária pelo fornecimento dos serviços de saúde, mediante a
imprescindível cooperação técnica e financeira dos Poderes Públicos, os quais são
corresponsáveis, nos limites das respectivas competências, conforme dispõem os artigos
23, II, e 30, VII, ambos da Constituição Federal:
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios:
[...]
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das

pessoas portadoras de deficiência;
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Art. 30. Compete aos Municípios: [...] VII - prestar, com a cooperação
técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à
saúde da população;
No mesmo sentido, prevê o artigo 15, § 2º, da Lei n. 10.741/2003 (Estatuto do Idoso):
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por

intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o
acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das
ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e
recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que
afetam preferencialmente os idosos.
[...]
§ 2º Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos, gratuitamente,

medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como
próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento,
habilitação ou reabilitação.
Nessa perspectiva, considerada a essencialidade do direito à saúde e sopesadas as

particularidades do caso concreto – o qual demanda atendimento em caráter de urgência,
não compatível com as burocracias indevidamente impostas pelo Estado –, as demandas
referentes a pedidos de dispensação de medicamentos de alto custo – caso da paciente
substituída – ou procedimentos em geral na área da saúde devem ser dirigidas ao ente
que, diante das necessidades concretas da paciente, apresentar melhores condições para
efetivar o direito à saúde constitucionalmente assegurado.
Diante disso, conclui-se que o município e o Estado tem responsabilidade no que tange á
realização de todo tratamento médico, procedimentos e medicamentos para garantir o
direito a saúde dos cidadãos, assim, espera-se que Vossa Excelência entenda dessa
forma e defira os pedidos existentes na presente ação, e a fundação por ser vinculada e
conveniada ao SUS, deve imediatamente abrir uma vaga no setor de Hematologia dos
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Hospital das Clinicas da UFG, para tratamento emergencial do impetrante, custeada pelas
fazendas publicas impetradas, nos termos da legislação pertinente.
II.II. DO CABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA
Conforme o Artigo 5º, LXIX, da Constituição da Republica Federativa do Brasil,

“conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por “habeas-corpus” ou “habeas-data”, quando o responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público.” Nesse mesmo sentido é a redação do artigo 1º da
Lei 12.016 de 2009 ao assegurar que “conceder-se-á mandado de segurança para
proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data,
sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica
sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que
categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.” Registre-se que, para fins de
Mandado de Segurança, equiparam-se às autoridades os representantes ou órgãos de
partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes
de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder
público, somente no que disser respeito a essas atribuições.
III- DO PEDIDO DE LIMINAR
Conforme o art. 7º, III da Lei 12.016/09, ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se

suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato
impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida. Diante
do exposto, vê-se que o fundamento da presente impetração é relevante e que encontra
amparo no texto da Constituição e na jurisprudência atual sinal de bom direito.
De igual modo, há risco na demora da prestação jurisdicional. Observa-se que o

impetrante é detentor de CLÍNICO GRAVE DE DOENÇA TRATAMENTO CANCER –
MIELOMA MULTIPLO E AMILOIDOSE – documentos comprobatórios anexo, e por essa
razão necessita urgentemente de tratamento e medicamentos específicos para
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tratamento de saúde, conforme laudo do especialista pedido feito pelo Dr. Renato S.
Tavares em 21/03/2022, Especialista no Estado pelo diagnostico do impetrante.
Sendo certo que o não tratamento (e a continuidade deste) ocasionará complicações em

sua saúde podendo chegar a óbito, conforme devidamente relatado pelo especialista ao
requer sua vaga com urgência.
Por esse motivo necessita em caráter de urgência do tratamento, internação,

quimioterapia e tratamento de complicações mencionados (conforme documentos em
anexo), conforme neste final de semana já foi a emergência e encontra-se internado por
suspeita de infarto de miocárdio no CAIS DE CAMPINAS e agora transferido para Santa
Casa de Misericórdia de Goiânia/GO, mas dever urgentemente iniciar o tratamento de
sua enfermidade no setor de Hematologia dos Hospital das Clinicas da UFG.
Assim, presentes os requisitos, pede a Vossa Excelência que, LIMINARMENTE,

assegure ao Impetrante o direito de obter do Município e Estado o tratamento da
enfermidade CLÍNICO GRAVE DE DOENÇA TRATAMENTO CANCER – MIELOMA
MULTIPLO E AMILOIDOSE – documentos comprobatórios anexo, conforme laudo do
especialista pedido feito pelo Dr. Renato S. Tavares em 21/03/2022, Especialista no
Estado pelo diagnostico do impetrante necessita em caráter de urgência do
tratamento, internação, quimioterapia e tratamento de complicações mencionados
(conforme documentos em anexo), sendo direcionado a no setor de Hematologia dos
Hospital das Clinicas da UFG, devendo ser determinado a criação da vaga urgentemente
pela FUNDAÇÃO DE APOIO AO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFG - FUNDAHC, uma
vez ser gestora do hospital e devidamente conveniado com o SUS, com ônus as
impetradas gestoras do SUS no Estado de Goiás e em nossa capital, não sendo criado a
vaga seja as impetradas obrigadas a custear todas as despesas do tratamento e
medicamentos necessários por (tempo indeterminado) na rede particular do Estado,
tendo em vista a urgência do presente caso.
Importante frisar que o Câncer como é publico e notório, conforme relatado precisa de
cuidados contínuos, logo requer-se que os acompanhamentos médicos sejam
permanentes, ou seja, até que se conclua o tratamento ou sane a doença conforme
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orientação médica, até recuperação total do impetrante, nos termos da legislação
pertinente.
O Pedido liminar no presente Mandado de Segurança é medida de justiça, uma vez que
presente os seus requisitos autorizadores:
Fumus Boni Iuris: O direito do impetrante em realizar inicio de seu tratamento

internação, quimioterapia e tratamento de complicações por ineficiência do poder publico
está sendo violado, pois o mesmo tem urgência no tratamento, já que sua vida corre
risco, pois o próprio especialista que atende no Hospital das Clinicas e que vai atender o
impetrante, colocou em seu relatório a urgência do caso e ainda o risco iminente da vida
do impetrante pela gravidade de seu diagnostico.
Periculun In mora: Tal liminar é necessária tendo em vista que a liberação imediata da
vaga no no setor de Hematologia dos Hospital das Clinicas da UFG são necessários para
o início do tratamento e caso não haja a procedência desta liminar, o impetrante estaria
com a saúde em risco, perdendo seu direito líquido e certo de acesso a saúde e direito a
vida, podendo sofrer consequências irreversíveis pelas complicações provocadas pela
agressividade da enfermidade que esta acometendo o impetrante, não sendo deferida a
liminar poderá ser tarde demais e vir a óbito o impetrante, onde o estado tem condições
e deveres legais de garantir esse direito constitucional ao impetrante.
IV- DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Ante o exposte, requer-se a este D. Juízo:
a) a concessão de medida LIMINAR a fim de ordenar as autoridade impetradas

para imediatamente iniciar a prestação de serviço de saúde ao impetrante, bem
como o fornecimento de medicamento especifico para o tratamento do impetrante,
o tratamento da enfermidade CLÍNICO GRAVE DE DOENÇA TRATAMENTO
CANCER – MIELOMA MULTIPLO E AMILOIDOSE – documentos comprobatórios
anexo, conforme laudo do especialista pedido feito pelo Dr. Renato S. Tavares
em 21/03/2022, Especialista no Estado pelo diagnostico do impetrante
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necessita em caráter de urgência do tratamento, internação, quimioterapia e
tratamento de complicações mencionados (conforme documentos em anexo),
sendo direcionado a no setor de Hematologia dos Hospital das Clinicas da UFG,
devendo ser determinado a criação da vaga urgentemente pela FUNDAÇÃO DE
APOIO AO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFG - FUNDAHC, uma vez ser gestora
do hospital e devidamente conveniado com o SUS, ou havendo a necessidade de
tratamento que a Administração Pública municipal e Estadual arque com essa
despesa fornecendo o devido tratamento e medicamentos necessários por (tempo
indeterminado) na rede particular do Estado, tendo em vista a urgência do
presente caso.
b) em caráter liminar, a imposição de multa diária, pessoal e individual, no valor de R$
10.000,00 (dez mil reais) por dia de atraso, em face da pessoa física do secretário
de saúde do Município de Goiânia, o Sr. Durval Ferreira Fonseca Pedroso, do
Secretário de Saúde do Estado de Goiás Sr. Ismael Alexandrino Junior, gestor
estadual do Sistema Único de Saúde (SUS), e do representante legal da
FUNDAÇÃO DE APOIO AO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFG - FUNDAHC, o
Diretor Executivo o Sr. Jose Antônio de Morais, RG nº 714072 SSP/GO e CPF nº
234.138.081-68, ambas requeridas nesta ação mandamental, a ser aplicada em
caso de descumprimento de ordem judicial e revertida no custeio do tratamento
necessário ao impetrante, na ocasião de ser deferida a medida liminar pleiteada;
c) Sejam notificadas as autoridades coatoras, em seus respectivos endereços
residencial e profissional indicados na qualificação, inclusive durante a noite e ainda
nesta semana, em razão da urgência demandada pelo caso concreto, conforme
permite o artigo 4º, § 1º, da Lei n. 12.016/2009 (Lei do Mandado de Segurança) , a
considerar que o setor administrativo da Secretarias de Saúde do Município e de
Estado não funcionam em sistema de plantão durante os finais de semana e
feriados;
d) A notificação das impetradas para prestar informações, caso lhe aprouver,
advertindo-a das consequências de eventual revelia;
e) Requer seja dada ciência do feito ao órgão de representação judicial das pessoas
jurídicas interessadas;
f) Requer seja ouvido o representante do Ministério Público;
g) Reitera o pedido liminar nos termos formulados;
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h) ao final, a PROCEDÊNCIA DO PEDIDO, com confirmação da medida liminar, para
condenar as impetradas a disponibilizar ao impetrante, CARLOS ADOLFO
FERREIRA, todo o tratamento do impetrante, o tratamento da enfermidade
CLÍNICO GRAVE DE DOENÇA TRATAMENTO CANCER – MIELOMA
MULTIPLO E AMILOIDOSE – documentos comprobatórios anexo, conforme
laudo do especialista pedido feito pelo Dr. Renato S. Tavares em 21/03/2022,
Especialista no Estado pelo diagnostico do impetrante necessita em caráter de
urgência do tratamento, internação, quimioterapia e tratamento de complicações
mencionados (conforme documentos em anexo), sendo direcionado a no setor de
Hematologia dos Hospital das Clinicas da UFG, devendo ser determinado a criação
da vaga urgentemente pela FUNDAÇÃO DE APOIO AO HOSPITAL DAS
CLÍNICAS DA UFG - FUNDAHC, uma vez ser gestora do hospital e devidamente
conveniado com o SUS, ou havendo a necessidade de tratamento que a
Administração Pública municipal e Estadual arque com essas despesas devido
tratamento e medicamentos necessários por (tempo indeterminado) na rede
particular do Estado, tendo em vista a urgência do presente caso.
i) A produção de todos os tipos de provas cabíveis, em especial a prova
documental, médico pericial e todas as outras provas que se fizerem necessárias
à busca da verdade;
j) Seja confirmada a imposição de multa diária, pessoal e individual, no valor de R$
10.000,00 (dez mil reais) por dia de atraso, em face da pessoa física do secretário
de saúde do Município de Goiânia, o Sr. Durval Ferreira Fonseca Pedroso, do
Secretário de Saúde do Estado de Goiás Sr. Ismael Alexandrino Junior, gestor
estadual do Sistema Único de Saúde (SUS), e do representante legal da
FUNDAÇÃO DE APOIO AO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFG - FUNDAHC, o
Diretor Executivo o Sr. Jose Antônio de Morais, RG nº 714072 SSP/GO e CPF nº
234.138.081-68, ambas requeridas nesta ação mandamental, a ser aplicada em
caso de descumprimento de ordem judicial e revertida no custeio do tratamento
necessário ao impetrante, na ocasião de ser deferida a medida liminar doravante
confirmada, no mérito do presente mandado.
k) Dessarte, formula pleito de gratuidade da justiça, o que faz por declaração própria e
de hipossuficiência, sob a égide do art. 99, § 4º c/c 105, in fine, ambos do CPC,
quando tal prerrogativa se encontra inserta no instrumento procuratório acostado, e
ainda pelo comprovante de aposentadoria rural do INSS em anexo.
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V – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$1.000,00 (mil reais).

Termos em que, pede deferimento.
Pede Justo Deferimento.

Goiânia/Goiás, 24 de março de 2.022.
LUCIANO PEREIRA DA COSTA

OAB/GO 19.968
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IV- DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Ante o exposte, requer-se a este D. Juízo:

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V – DO VALOR DA CAUSA

Dá-se a causa o valor de R$1.000,00 (mil reais).

Pede Justo Deferimento.

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