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Aulas de DIPRI II Tribunal brasileiro é competência para apurar eventual responsabilidade

Ato celebrado no Brasil, ato júridico, ato formal, entendida em sentido amplo
Aula dia 21/08

Doutrina e jurisprudência - casamento, adoção, interdição

Artigo 21 ao Artigo 23 do CPC


Fórum delict e fórum act

21 e 22 - Competência Concorrente ou Relativa


Artigo 22 hipóteses novas

23 - Competência Exclusiva
I - competência internacional para ação de alimentos - Princípio da Efetividade - Hipóteses
novas - Compilado do que a jurisprudência da fazia em nome do princípio da proteção e da
21,
efetividade.

I - réu domiciliado no Brasil, mas jurisprudência e doutrina admitem residência habitual;


1ª hipótese - residência ou domicílio - prestígio ao acesso à justiça para beneficiar o interessado

doutrina e jurisprudência entende que na hipótese de pluralidade de réus, contenta-se com


2ª hipótese - ideia da efetividade - o que se quer é lastro financeiro.
apenas um tendo domicílio no Brasil;

II - muito positivo, mas dependendo da parte ré não dá em nada.


Actor sector fórum rei - preferência ao foro do réu em homenagem ao princípio da ampla defesa

III - princípio da autonomia da vontade - Cláusula de eleição de foro em que o foro escolhido é o
Parágrafo primeiro - princípio da efetividade - para pessoa jurídica é válido o local da sede no
Brasil. (Artigo 25 e £1º - tem que respeitar o foro de outro país )
Brasil. Jurisprudência diz que só para atividades exercidas no Brasil.

Artigo 23 - Competência exclusiva - Monopólio


II - fórum obrigacionis- doutrina e juris - obrigações extracontratuais entram no inciso III, o inciso
II vale mais para obrigações contratuais.
I - exclusividade para ações que versem sobre bens imóveis

Contrato com obrigações alternativa - ajuízo no Brasil ou no estrangeiro por conta do caráter
Princípio da soberania, da territorialidade e até efetividade(próprio Juiz do local que se
alternativo da obrigação.
manifeste sobre a causa)

Contrato com obrigações principais e subsidiárias - doutrina e jurisprudência: só vou ajuizar no


Todas as questões referentes aos bens imóveis se encaixam no inciso I( possessória, interdito
Brasil se o Brasil for o foro da obrigação principal
proibitorio, ação de nunciação de obra nova) - Fórum rei sitae

III -
II - matéria sucessória - relativo a herança, recolhimento de tributo, não pode inventariar bens
situados no exterior. Seja inventário judicial ou extrajudicial, entra neste inciso, doutrina e
ato - ato jurídico celebrado - homologação de decisão de separação no estrangeiro foi
jurisprudência já consolidou entendimento.
considerado ato celebrado no Brasil e o divórcio pôde ser decidido no Brasil.

Já existiam no CPC anterior, mas foi alterada para ser mais detalhada.
Ato ilícito que gera o dever de indenizar no campo das obrigações

STJ já reconheceu decisão do exterior sobre sucessão. Já foi flexibilizado em alguns momentos.
Ilícito ocorre no Rio Grande do Sul, hipótese clara de competência do Brasil.
@hipóteses de competência CPC não são exaustivas, hipóteses de jurisdição direta dos tribunais decreto.
brasileiros@
Como é feita a homóloga:
Doutrina e júris já disseram que as hipóteses não são exaustivas.
Sistema de delibação
Aula dia 28/08 Quando a decisão vem do exterior, não se entra no mérito da causa, por respeito a autoridade do
outro país e porque o Brasil adota o sistema delibatório. Só se analisa questões de ordem
Hipótese nos slides pública. Maioria imensa dos países utilizam o sistema de delibação.
Países de common law costumam entrar no mérito, podem fazer a revisão total ou revisão parcial
Hipóteses de direito marítimo… do mérito.

—Homologação de Decisão estrangeira— Artigo 960 CPC

Primeiro diferença entre: Caput - Decisão sobre adoção não exige homologação pelo STJ, mas ainda assim exige-se
formalidades previstas no tratado internacional.
_Decisão nacional
Via de regra, vale somente no Brasil Parágrafo 1º - Mercosul tem regra específica por tratado que define que o reconhecimento de
decisões se façam por meio de carta rogatória como meio de facilitação, pois é mais barata que
_Decisão estrangeira o método de homologação tradicional.
Via de regra é a que provém de uma outra soberania que não a nossa, não se confunde com a
decisão internacional. Decisão equivalente a nossa, mas de outro país. Parágrafo 2º - Utiliza-se a lei doméstica, mas tem que dar prevalência aos tratados por serem
normas específicas.
_Tipos de decisões estrangeiras_
Parágrafo 3º- A lei de arbitragem é muito avançada e vale nos casos de arbitragem.
-Mais tradicionais são as decisões judiciais, inclui-se os chamados tribunais religiosos. Sistema
multiconfessional em muitos países do oriente médio. Questões de família e estatuto pessoal são Artigo 961 CPC
julgados por um tribunal religioso.
Artigo 963 CPC - Requisitos para homologação de decisão estrangeira
-Também tem as decisões arbitrais(consideradas estrangeiras pelo critério geográfico-territorial,
busca-se onde a decisão(laudo) foi prolatada. Lista de requisitos formais
Como são aplicados
-Também tem as decisões executivas/administrativas
Só se reconhecia decisão de Juiz togado, mas esse paradigma foi quebrado. Agora exige-se que I - Autoridade que prolatou a sentença tem que ser competente
a decisão venha de uma autoridade competente. Se é decreto real de divórcio, a legislação local prevê, também está de acordo com a legislação
do país
Em algumas situações não precisa homologar por meio da circulação Se é decisão arbitral, verifica-se a competência dos árbitros pelo documentos: Cláusula
compromissoria ou do compromisso arbitral. Precisa-se saber a extensão da arbitragem, bem
_Decisão internacional como do modo de citação, conforme previsão do contrato de arbitragem.
Decisão da corte internacional de direitos humanos, por exemplo. A autoridade estrangeira competente não pode entrar na competência exclusiva do Brasil.
Brasil foi condenado a fazer um monte de coisa, ela não vai para o STJ para ser homologada, Esse inciso é um somatório de muitas coisas, precisa ter o trânsito em julgado.
pois o país faz parte da jurisdição daquela corte. Brasil cumpre normalmente por meio de Necessita que a sentença seja líquida, ou seja, pronto para que seja procedida a sua execução. O

STJ não vai fazer a conversão. Outra exigência é a tradução juramentada, excetuadas as do 963( atenção parar o parágrafo único)
decisões de países que falam português. Não pode entrar em choque – Rogatória ativa é a que o Brasil roga, passiva é no que o Brasil é rogado.
– Podem ser:
II - Isso vem da época da homologação no stf. Vários estados norte-americanos mandam – ordinatórias(citação)
somente uma carta. Tem que comprovar o efetivo contraditório. – probatórias/instrutórias (produção de provas)
– Informativa (específica para obter provas sobre o sistema jurídico de outro país)
III- precisa ter trânsito em julgado – Executória (o Brasil não aceitava até uns 15 anos atrás, num primeiro momento só aceitava
do Mercosul, depois abriu para outros países quando passou do STF para o STJ)
IV - Não ofender a coisa julgado brasileiro

Aula 11/09 Caso de 2018 pra frente de homologação de decisão estrangeira

Art. 963. Constituem requisitos indispensáveis à homologação da decisão: Só vale caso de decisão colegiada, monocrática não tem oposição.
Requisitos Formais:
Fazer descrição suscinta da decisão, não copiar relatório
I - ser proferida por autoridade competente;
– Não pode ter havido usurpação de competência Verificar cada um dos requisitos do artigo 963
– Se for rogatória sobre algo de competência exclusiva, o STJ não vai homologar.
– Se for competência concorrente, e a parte argui exceção declinatória fori (de Verificar a peculiaridade do caso.
incompetência de foro em NY), o STJ não vai homologar. Apresentada a exceção, a parte
está declarando que não se submete ao foro estrangeiro. Com isto a parte consegue Tem que se apoiar em doutrina
bloquear a homologação da decisão estrangeira. Insubmissão expressa ao foro
estrangeiro. Aula dia 18/09
– Os dois tratados com a Argentina são anteriores ao mercosul, mas não se usa muita coisa.
Usa-se mais as regras do mercosul, pois se usa os tratados quando não se tem disposição
no Mercosul. Divórcio no Mercosul se faz por rogatória, pois é mais rápido, barato e
simples. Mercosul se usa o protocolo de Las Leñas.

II - ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia;

III - ser eficaz no país em que foi proferida;


IV - não ofender a coisa julgada brasileira;
V - estar acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense prevista em tratado;
VI - não conter manifesta ofensa à ordem pública.
Parágrafo único. Para a concessão do exequatur às cartas rogatórias, observar-se-ão os
pressupostos previstos no caput deste artigo e no art. 962, § 2º .

Rogatórias

– Rogatória também serve para concessão de exequatur e precisa preencher os requisitos


HDE se pede o reconhecimento e execução da sentença (ainda que seja por rogatória) De família: de adoção, de sequestro de menores, de alimentos(vem junto com um protocolo)
Processuais: uma de acesso à justiça, outra sobre apostila que o Brasil só se associou em 2016,
Rogatória se pede a concessão do exequatur e o cumprimento da diligência uma sobre produção de provas, uma sobre notificação, informações relativas ao
processo( citação de um país para outro)
Reconhecimento de laudo arbitral se usa rogatória quando é Mercosul (não sendo Mercosul se
usa lei específica ou tratado) Muito comum os tratados da Haia

auxílio-direto fica próximo da rogatória OEA


Os países usam mais a convenção da Haia do que as convenções regionais.
AGU que ajuíza ação de busca e apreensão de menor aqui no Brasil em auxílio-direto. Convenção Interamericana(CIDIP)
Não funcionou, não deram em muita coisa. A convenção interamericana de rogatórias foi a que
emplacou, pois ela é prática. A rogatória tem que ir nos 4 idiomas : Inglês, Português, Francês e
Aula dia 25/09 Espanhol.
Existe uma convenção interamericana de adoção e de alimentos, mas raramente são usadas.
Divórcio pode cair na regra do artigo 23, inciso I. Normalmente se usam a da Haia.

Homologação de sentença arbitral estrangeira Mercosul

Requisitos: ONU
Quando a ONU que faz, tem uma pista : Convenção de Nova York
Convenção de arbitragem - artigo IV e V
Protocolo de lãs lenas
Artigo 37 e 38 da lei de arbitragem
Convenção de Adoção
– Artigo 83 CPC - Caução nos processos de autor estrangeiro ou residente fora do país
Instituto antiquíssimo. Havia uma preocupação com a transmissão para o herdeiro. Expansão do
DIPRI se usa autonomia da vontade para 3 coisas: direito canônico e cristianismo reduziram a força da adoção, pois incentivava a reprodução no
casamento.
Lei aplicável
Foro Convenção Internacional ganhou força com a segunda guerra mundial, órfãos da guerra.
Arbitragem internacional Acabaram com muitas restrições à adoção. Reduziram com a primeira guerra mundial, mas a
adoção internacional foi com a segunda guerra mundial. Havia uma convenção da Haia dos anos
Aula dia 02/10 60, mas ela não deu muito certo. Os países não aderiram.

Convenções Criaram a nova convenção de de adoção internacional em 93. Boa convenção. Foi pensada na
época que tinha muito tráfico de criança para pedófilos, tráfico de órgãos. Pensou-se na adoção
Haia segura, evitando-se fraudes. Padronizaram a adoção via instituições, para haver controle e
São as principais convenções regras. Pode ter seis defeitos, mas é muito boa. Focou no procedimento e nas medidas a fazer a
Existem 40 convenções da Haia adoção mais segura.
Brasil é signatário de 7
Brasil tem dois focos : Família e Processuais Aula 16/10
sucessório, pede a autoridade de cooperação do país estrangeiro que enviar um relatório
Convenção de alimentos de Haia 2007 foi feita de forma bem geral. A ideia foi ela ser mais de direito comparado. Menor no Brasil precisando de alimentos. Através de toda a
aberta. Serve para alimentos de vários tipos. As antigas serviam para relações familiares documentação a autoridade daqui manda pra autoridade da Irlanda e a autoridade de lá
providência uma ação judicial no país estrangeiro, a autoridade de lá que vai adotar as
tradicionais.
providências necessárias para obtenção dos alimentos. No caso de divórcio já tem
cláusula de alimentos é só precisa executar o título. Então a autoridade pode prove
Protocolo ficou especificamente na questão da lei aplicável. Tem pais que só se vincula a mecanismos de obtenção e também a execução de direitos que já existem. A regra
convenção ou só ao protocolo, ou aos dois. processual é a do local onde se exigirá os alimentos.

O Brasil usa da Haia - Área de familia - adoção, sequestro de menor e de alimentos. A convenção de 56 por mais que seja antiga, foi muito bem feita e ainda é muito usada, mas era
muito restrita à relações específicas. A convenção de 2007 já é mais ampla e admite a cobrança
Foco processual o Brasil usa - acesso à justiça, a da apostila( 1 grande regra - junta o certificado de alimentos para filhos oriundos de relações menos tradicionais, inclusive para casais
que é chamado de apostila, vem nas línguas oficiais da Haia - cada país tem a sua autonomia, homoafetivos, algo impensado para a convenção de 56. A de 2007 também facilitou a circulação
suas regras), sobre produção de provas, relativa à notificação. de documentos.

Hoje - área de alimentos Artigos 1, 2, 5, 8, 9 e 10 da convenção de 56 (leitura)

Há duas grandes convenções de alimentos(uma de 56 que o Brasil ratificou em 65)- Foi uma Artigo 1, 2 e 19 da convenção de 2007(leitura)
inovação nos anos 50. DIPRI era aristocrático. Eram muitos problemas de dote, de herança,
empresas. O DIPRI se popularizou depois da segunda guerra mundial.

Imagine-se uma brasileira que casou com um italiano que foi embora para a Itália. Como iria
cobrar alimentos? Não havia como, havia pouco acesso. Escritórios sofisticados e caros.

A segunda guerra trouxe uma mudança de paradigmas, pois após a guerra havia um total de 10
milhões de órfaos. Criaram o Unicef e pensaram também em providências jurídicas.

Pensaram em dois tratados um sobre alimentos que é a convém de 56 que a onu pos a mão. O
outro sobre adoção que não deu muito certo e foi substituído pela convenção de adoção de 93.

O de alimentos trouxe 3 inovações:

Gratuidade de justiça no plano internacional. Meus assistidos precisam que o seu país
garanta a gratuidade de justiça. Ela tem um detalhe em DIPRI. O estado requerido onde vai
se pleitear é quem vai oferecer e custear a assistência judiciária gratuita. A concessão vai
ser dada de acordo com a regra do país que vai custear a assistência. Na Alemanha é bem
rigorosa a aferição. Está convenção estava no momento jurídico em que estava muito em
voga o direito de acesso à justiça.

Outro ponto é a ideia de rede de autoridades de cooperação. Ideia de rede social. Cada
país indica um órgão seu que vai servir de autoridade de cooperação. A ideia da
autoridade de cooperação é eficiência. Vai haver uma equipe especializada na matéria
dentro daquele órgão. Ex Interpol funciona por um tratado. Na área de adoção o casal
recebe uma certidão de habilitação, quando o Juiz quer saber informações sobre direito

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