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Eletromagnetismo Clássico I - Prof.

Marcelo Lima
Perı́odo 2023.4
1a. lista de problemas
Ánálise vetorial - Eletrostática - Problemas de Valor de Contorno

1. Mostre que a divergência e o rotacional dos campos planares

⃗ φ) = κ ŝ ,
G(s, ⃗ φ) = κ φ̂ ,
Ω(s,
sn sn
são
∇·G ⃗ = κ(1 − n) , ∇×G ⃗ = ⃗0 e ∇·Ω ⃗ = 0, ∇×Ω ⃗ = κ(1 − n) ẑ .
s (n+1) s(n+1)
Nas expressões acima (s, φ) são coordenadas polares planas e (ŝ, φ̂) a base local ortonormal associada a elas
e (κ, n) são constantes reais.
2. Demonstre as identidades vetoriais relativas às regras de produto (ou de Leibniz), a saber:

(a) ∇(ϕψ) , (b) ∇ · (ψ F⃗ ) , (c) ∇ × (ψ F⃗ ) ,


(d) ⃗ ⃗
∇(F · G) , (e) ∇ · (F⃗ × G)
⃗ , (f ) ∇ × (F⃗ × G) ⃗ .

3. Demonstre as identidades
∇ × (∇Φ) = ⃗0 , ⃗ = 0,
∇ · (∇ × A) ⃗ = ∇(∇ · A)
∇×∇×A ⃗ − ∇2 A
⃗.

4. Sejam ⃗r = (x, y, z) e ⃗r ′ = (x′ , y ′ , z ′ ) os vetores posição de dois pontos distintos, e seja R⃗ = ⃗r − ⃗r ′ o vetor
posição relativa. Mostre que
 
1
 
1 ⃗
R R̂
∇ = −∇′ =− 3 =− 2 ,
R R R R
em que R = |R| ⃗ = |⃗r − ⃗r ′ |, R̂ = R/R,⃗ ∇ o gradiente com relação às variáveis (x, y, z) e ∇′ o gradiente
′ ′ ′
tomado com relação às variáveis (x , y , z ).
5. Seja r = |⃗r| a distância à origem, f (r) uma função desta distância e F⃗ (r), um campo vetorial que depende
somente de r. Mostre que, nestas condições:
⃗r df ⃗r dF⃗ ⃗r dF⃗
(a) ∇f (r) = (b) ∇ · F⃗ (r) = · (c)∇ × F⃗ (r) = ×
r dr r dr r dr
( Sugestão: No item (c), demonstre o resultado para uma das componentes generalizando então)
6. Considere o campo planar no R3
κ
ω
⃗ =s φ̂ ,
2
o qual usamos, em sala de aula, para ilustrar o teorema de Stokes. Verifique novamente o teorema de Stokes
usando como caminho, para o cálculo da circuitação, um cı́rculo de raio a centrado na origem, no plano xy,
e como área a calota esférica de raio a, da qual o referido cı́rculo é o equador.
7. Deduza a expressão cartesiana do gradiente a partir da definição
H 
S
φ n̂ dS
∇φ := lim ,
∆V →0 ∆V
em que S é a superfı́cie que delimita o volume V .
8. A partir da igualdade dψ = ∇ψ · d⃗l, que é válida independentemente de sistema de coordenadas, é possı́vel
obter, de forma prática, a expressão do gradiente em outros sistemas de coordenadas que não o cartesiano.
Considerando o vetor deslocamento infinitesimal d⃗l nos sistemas de coordenadas cilindrico (s, φ, z) e esférico
(r, θ, φ)
d⃗l = ds ŝ + s dφ φ̂ + dz ẑ d⃗l = dr r̂ + r dθ θ̂ + r senθ dφ φ̂ ,
mostre então que as expressões do gradiente nestes sistemas de coordenadas são, respectivamente,
∂ψ φ̂ ∂ψ ∂ψ ∂ψ θ̂ ∂ψ φ̂ ∂ψ
∇ ψ = ŝ + + ẑ ∇ ψ = r̂ + +
∂s s ∂φ ∂z ∂r r ∂θ r sin θ ∂ φ

1
⃗ é irrotacional e, portanto, admite uma função primitiva escalar (ψ):
9. Do enunciado do problema 1. se vê que G

⃗ = ∇ψ .
G
⃗ é solenoidal e, portanto, admite uma funcão primitiva vetorial (A):
Exiba ψ. Vê-se também que Ω ⃗

⃗ =∇×A
Ω ⃗.


Exiba A.
10. Considere uma bola de carga total Q, de raio a. (A) Uniformemente carregada de densidade ρ = ρ0 . (B)
Não uniforme de densidade ρ(r) = κ r. Mostre que o campo elétrico produzido tem a forma, conforme o caso,

⃗ = Q r ⃗ = Q 1
(A) E r̂ (0 < r < a), E r̂ (r > a)
4πε0 a3 4πε0 r2

⃗ = Q r2 ⃗ = Q 1
(B) E r̂ (0 < r < a), E r̂ (r > a)
4πε0 a4 4πε0 r2
11. Considere um tronco cilı́ndrico reto, infinito, coaxial com o eixo z, cujo raio da seção reta é a, uniformemente
carregado, de densidade volumétrica ρ0 . Mostre que o campo, E(⃗ ⃗ r), bem como um possı́vel potencial ϕ(⃗r)
são dados, em coordenadas cilı́ndricas (s, φ, z), por

s2 − a2 , 0 < s < a
 
⃗ ρ0 s , 0<s<a ρ0
E(⃗r) = ŝ 2 ϕ(⃗r) = − 2
2ε0 a /s , a < s < ∞ 4ε0 2 a ln(s/a) , a < s < ∞

12. Em uma abordagem clássica, o potencial de Coulomb externo ao núcleo atômico pode ser pensado como devido
a um caroço central na origem, de carga q, atenuado pela presença dos elétrons, pensados como uma nuvem
que se estende em todo espaço a volta. Matematicamente este é:

q e−r/λ
ϕ(r) = , λ = cte.
4πε0 r
Mostre que a densidade de carga associada a este potencial é

1 q e−r/λ
ρ(⃗r) = q δ 3 (⃗r) − ,
4π λ2 r
e - como era de se esperar em virtude da neutralidade do átomo como um todo - que a carga total associada é
identicamente nula.
R
13. Mostre que a definição para o momento de dipolo total de uma distribuição p⃗ = V ρ ⃗r dV reproduz o
resultado p⃗ = q⃗l quando a distribuição em questão for de fato duas cargas puntuais iguais e opostas, estando
−q localizada em ⃗r0 e +q localizada em ⃗r0 + ⃗l.
14. A rigor, um dipolo puntual p⃗ sofre a ação do campo externo E ⃗ ext se este for suficientemente não homogêneo.
Se este for o caso, mostre que força atuante no dipolo é F = (⃗⃗ p · ∇)E⃗ ext . Mostre também que, nestas

circunstâncias, o torque atuante neste dipolo é ⃗τ = p⃗ × Eext + ⃗r × [(⃗ ⃗
p · ∇)Eext ] .
15. Duas cascas esféricas condutoras, de raios ra e rb são dispostas de forma concentrica e carregadas de tal forma
que seus potenciais são ϕa e ϕb respectivamente. Sendo rb > ra , determine o potencial para 0 < r < ra ,
ra < r < rb e r > rb . A condição de contorno no infinito (r → ∞) é ϕ = 0.
16. Duas cascas cilı́ndricas condutoras, de raios sa e sb são dispostas de forma concêntrica e carregadas de tal
forma que seus potenciais são ϕa e ϕb respectivamente. Sendo sb > sa , determine o potencial para 0 < s < sa ,
sa < s < sb e s > sb .
17. Suponha que Φ satisfaça a equação de Laplace em um domı́nio V0 . Prove que o valor de Φ em um ponto P
é a média de seus valores sobre uma esfera qualquer centrada em P que se situa em V0 , ou seja
I
1
Φ(P ) = Φ(r) da
4πR2

2
18. Dois planos condutores semi-infinitos, conectados a Terra, unen-se sobre o eixo z, formando-se entre eles um
ângulo reto. Uma carga puntual q é situada entre eles, a uma distância a do primeiro e b do segundo, medidas
perpendicularmente aos respectivos planos. Determine o potencial na região entre os planos condutores.
19. Considere o problema da carga puntual q a uma distância d da esfera condutora de raio a, conectada a
Terra, discutido em sala de aula. Obtenha (a) a densidade de carga induzida σ sobre a esfera. (b) carga total
induzida na esfera (c) o momento de dipolo total induzido na esfera.
20. Determine a força entre uma carga q a esfera condutora ligada à Terra, de raio a. Compare esta força com a
força coulombiana entre q e a sua imagem −q ′ .

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