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ISBN: 978-65-5965-073-6

Realização

CADERNO DO PROFESSOR
4° ANO ENSINO FUNDAMENTAL 1 0 BIMESTRE

CADERNO DO PROFESSOR - 4º ANO - 1º BIMESTRE

Parceiros da Associação Nova Escola Apoio Parceiros do Estado do Ceará

Importante ter um adulto


acompanhando as crianças

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CADERNO DO PROFESSOR
4° ANO ENSINO FUNDAMENTAL 1 0 BIMESTRE

Parceiros da Associação Nova Escola Apoio Parceiros do Estado do Ceará

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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ Orientador da Célula de Fortalecimento da Produção editorial
Governador Alfabetização e Ensino Fundamental – Anos Finais Ofício do Texto
Camilo Sobreira de Santana Izabelle de Vasconcelos Costa Edição
Vice-Governadora Equipe da Célula de Fortalecimento da Andreia Carvalho Maciel Barbosa, Cecília Beatriz
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho Alfabetização e Ensino Fundamental Alves Teixeira, Denisia Moraes, Fabio Rizzo de
Antônio Elder Monteiro de Sales, Caniggia Aguiar, Marina Candido, Rosana Oliveira, Thais
Secretária da Educação Carneiro Pereira (Gerente Anos Iniciais – 4o e 5o), Albieri e Silvana Fortes
Eliana Nunes Estrela Ednalva Menezes da Rocha, Galça Freire Costa Preparação e revisão
Secretário Executivo de Cooperação com os de Vasconcelos Carneiro, Izabelle de Vasconcelos Andrea Vidal, Juliana Biggi, Kátia Cardoso,
Municípios Costa (Orientadora Anos Finais), Karine Figueredo Lilian Vismari, Lucas Torrisi, Luciene Lima,
Márcio Pereira de Brito Gomes (Orientadora Anos Iniciais), Luiza Helena Lucila Segóvia, Márcio Della Rosa, Mônica d'Almeida
Secretário Executivo de Ensino Médio e da Martins Lima, Maria Fabiana Skeff de Paula Miranda e Sônia Galindo Melo
Educação Profissional (Gerente do Eixo de Literatura), Maria Valdenice de
Sousa, Rafaella Fernandes de Araújo, Raimundo Diagramação
Maria Jucineide da Costa Fernandes Bruna Marchi, Marcio Penna e Regina Marcondes
Elson Mesquita Viana, Rakell Leiry Cunha Brito
Secretária Executiva de Gestão Pedagógica Revisão técnica
(Gerente Anos Iniciais – 1o ao 3o), Sammya Santos
Maria Oderlânia Torquato Leite Alan Mazoni Alves, Anna Carolina da Costa
Araújo, Tábita Viana Cavalcante (Gerente Anos Finais)
Secretário Executivo de Planejamento e Gestão Avelheda Bandeira, Gabriela Duarte,
Revisão técnica
Interna Gisele Amorim, Jezreel Gabriel Lopes, Marcel
Antonia Varele da Silva Gama, Antônio Elder
Stella Cavalcante Fernandes Gugoni, Solange Hassan Fernandes
Monteiro de Sales, Caniggia Carneiro Pereira,
Ednalva Menezes da Rocha, Galça Freire Costa de e Tatiana Ferrari D'Addio
COEPS – Coordenadoria de Educação Vasconcelos Carneiro, Luiza Helena Martins Lima, Leitura crítica
e Promoção Social Maria Angélica Sales da Silva, Maria Valdenice de Mônica de Souza Serafim, Juscileide Braga de
Coordenadora de Educação e Promoção Social Sousa, Raquel Almeida de Carvalho Kokay e Castro, Gustava Bezerril Cavalcante, Luiz Raphael
Francisca Aparecida Prado Pinto Rakell Leiry Cunha Brito. Teixeira da Silva, Francisco Rony Gomes Barroso
Articuladora da Coordenadora de Educação e Capa
Promoção Social UNDIME Carlitos Pinheiros
Antônia Araújo de Sousa Presidente da União Nacional dos Dirigentes Ilustrações
Orientadora da Célula de Integração Família, Municipais de Educação Estúdio Calamares Design Editorial: Mari Heffner,
Escola, Comunidades Luiz Miguel Martins Garcia Carla Viana, Kayna Melloh, Luis Leal, Luiza Dora,
e Rede de Proteção Presidente da União Nacional dos Dirigentes Pedro Nogueira, Pedro Ribeiro, Rafael Vilarino,
Maria Katiane Liberato Furtado Municipais de Educação do Estado do Ceará Suellen Machado
Orientadora da Célula de Apoio e Luiza Aurélia Costa dos Santos Teixeira Iconografia e licenciamento
Desenvolvimento da Educação Infantil Barra Editorial
Aline Matos de Amorim APRECE Colaboração técnica
Equipe da Célula de Apoio e Desenvolvimento da Presidente da Associação dos Municípios Elisa Vilata, Gerviz Fernandes, Juliana Gregorutti,
Educação Infantil e Prefeitos do Estado do Ceará Priscila Pulgrossi Câmara e Thainara de Souza Lima
Daniel Marinho Almeida, Ellen Damares Felipe de Francisco de Castro Menezes Junior
Queiroz, Francisca Aline Teixeira da Silva Barbosa, O conteúdo deste livro é, em sua maioria, uma
Genivaldo Macário de Castro, Iêda Maria Maia Pires, ASSOCIAÇÃO NOVA ESCOLA adaptação do Material Educacional Nacional. Esse
Maria Katiane Liberato Furtado, Mirtes Moreira Direção executiva material foi adaptado dos Planos de Aula publicados
da Costa, Rosiane Ferreira da Costa, Rebouças, Raquel Gehling no site da Nova Escola em 2019, produzidos por
Santana Vilma Rodrigues, Temis Jeanne Filizola mais de 600 educadores do Brasil inteiro que
Gerência pedagógica
Brandão dos Santos e Wandelcy Peres Pinto fizeram parte dos nossos times de autores.
Ana Ligia Scachetti e Tatiana Martin
Os nomes dos autores dos projetos dos Planos de
COPEM – Coordenadoria de Equipe de conteúdo Aula e do Material Educacional Nacional não foram
Cooperação com os Municípios para Alessandra Borges, Amanda Chalegre, Carla incluídos na íntegra aqui por uma questão
Fernanda Nascimento, Dayse Oliveira, Felipe Holler,
Desenvolvimento da Aprendizagem de espaço.
Isabela Sued, Karoline Cussolim, Marília Malheiros
na Idade Certa Munhoz, Marcela Muniz e Pedro Annunciato
Coordenadora de Cooperação com os Municípios Equipe de arte e projeto gráfico
para Desenvolvimento da Aprendizagem na Andréa Ayer, Débora Alberti e Leandro Faustino
Idade Certa
Bruna Alves Leão Equipe de relacionamento
Lohan Ventura, Luciana Campos, Pedro Alcantara Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Articuladora da Coordenadoria de Cooperação e Rodrigo Petrola (BENITEZ Catalogação Ass. Editorial, MS, Brasil)
com os Municípios para Desenvolvimento da
Aprendizagem na Idade Certa Professores-autores Material Educacional Nova Escola : 4o ano : 1o bimestre
Marília Gaspar Alan e Silva Amanda Bazilio Sousa Cavalcante, Ezequiel de : Ensino Fundamental : Caderno do Professor : Ceará /
Oliveira Meneses, Francisca Andréia do Nascimento [organização Associação Nova Escola]. – 1.ed. –
Orientador da Célula de Fortalecimento da Silva, Gleice Nascimento, Godofrêdo Sólon, José São Paulo : Associação Nova Escola : Governo do Estado
Gestão Municipal e Planejamento de Rede Edicarlos Araújo, Karine Emanuelle Santos Falcão, do Ceará, 2021.
Ana Paula Silva Vieira Leda Matos, Maria Jocyara Albuquerque Alves ISBN : 978-65-5965-073-6
Orientador da Célula de Cooperação Financeira Carvalho, Maria Lindaiane Ricardo dos Santos,
1. Língua Portuguesa (Ensino Fundamental). 2. Matemática
de Programas e Projetos Maria Neilza Lima Vieira Pinheiro, Maria Zilmar
(Ensino Fundamental). I. Associação Nova Escola.
Francisco Bruno Freire Timbó Teixeira Aragão, Reginaldo de Sousa
Orientador da Célula de Fortalecimento Venâncio 11-2021 /206 CDD 372.19
da Alfabetização e Ensino Fundamental – Especialistas pedagógicas Índice para catálogo sistemático
Anos Iniciais Andréa Padeti, Kátia Chiaradia e Sônia Pereira 1. Ensino integrado : Ensino Fundamental 372.19
Karine Figueredo Gomes Vidigal Bibliotecária : Aline Graziele Benitez CRB-1 / 3129

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APRESENTAÇÃO

Estimados professores,
A Secretaria da Educação do Estado do Ceará – SEDUC, por meio da Secretaria
Executiva de Cooperação com os Municípios, através da Coordenadoria de Coope-
ração com os Municípios para o Desenvolvimento da Aprendizagem na Idade Certa
(COPEM), tem a satisfação de continuamente elaborar ações e políticas que contribu-
am com o aprimoramento do ensino-aprendizagem e com a elevação da qualidade da
educação ofertada no Ensino Fundamental.
Na busca de somar esforços, a Secretaria Executiva de Cooperação com os Mu-
nicípios estabeleceu parceria com a Associação Nova Escola em prol da produção de
materiais cada vez mais adequados ao princípio do apoio ao professor para o melhor
desenvolvimento de nossos estudantes.
Dessa forma, SEDUC, Associação Nova Escola, UNDIME-CE, consultores, técni-
cos e professores cearenses, com muita responsabilidade, empenho e dedicação tra-
balham para oferecer um material que promova o direito de aprendizagem das crian-
ças na idade certa, idealizado à luz do Documento Curricular Referencial do Ceará
(DCRC) e com ênfase na valorização da cultura do Ceará.
Por fim, todos os elementos aqui agregados têm como objetivo precípuo subsi-
diar o trabalho docente e cooperar efetivamente no desenvolvimento de nossos es-
tudantes, com vistas a uma educação que oportunize a todos a mesma qualidade de
ensino, com um aprendizado mais significativo e equânime.
Márcio Pereira de Brito
Secretário Executivo de Cooperação com os Municípios

Cara professora e caro professor cearense,


Este material nas suas mãos é especial. Ele concretiza nosso desejo de apoiar
sua prática e é a maneira que encontramos de estar sempre ao seu lado. Do planeja-
mento individual às reflexões depois de cada aula, você não está só.
Estão com você os mais de 600 professores e especialistas que contribuíram
para a criação das propostas dos projetos dos Planos de Aula Nova Escola, do Mate-
rial Educacional Nacional e do Material Educacional Regional. Os professores-autores
regionais, que são de diversos municípios cearenses, trouxeram suas experiências e
histórias para adaptar as aulas à identidade cultural do estado e ao Documento Curri-
cular Referencial do Ceará (DCRC).
O conteúdo foi feito de professor para professor porque, para nós da Nova Es-
cola, são esses os profissionais que entendem como criar as situações e atividades
ideais de ensino e aprendizagem. Temos em comum o mesmo objetivo: fazer com que
todos os alunos cearenses, sem exceção, aprendam e tenham a mais bonita trajetória
pela frente. Vamos juntos encarar esse desafio diário e encantador.
Equipe Associação Nova Escola

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CONHEÇA SEU MATERIAL
Nas próximas páginas, convidamos você a conhecer a proposta didática e a estrutura deste material, que foi cuida-
dosamente pensado para lhe apoiar em seu planejamento.
Nos textos a seguir, você encontrará aspectos fundamentais sobre a rotina didática do seu estado, bem como uma
breve apresentação da organização proposta em cada um dos componentes curriculares aqui presentes: Língua Portu-
guesa e Matemática. Por fim, você poderá conhecer a estrutura da coleção, de modo a explorar ao máximo o material
com os seus alunos... Vamos lá?

Rotina didática
O estabelecimento de uma rotina contribui para a previsibilidade e para a constância de ações didáticas voltadas
à promoção da aprendizagem e do desenvolvimento dos alunos, em consonância com as competências e habilidades
previstas no planejamento de ensino – “processo de decisão sobre atuação concreta dos professores no cotidiano de
seu trabalho pedagógico, envolvendo as ações e situações, em constante interações entre professor e aluno e entre os
próprios alunos” (DCRC, 2019, p.80).
A construção de uma rotina didática, concebida como prática do desenvolvimento do planejamento, favorece a
autonomia dos alunos. Ao antever os desafios, os estudantes, inseridos como protagonistas, terão a sua ansiedade
minimizada, fato que possibilita o envolvimento e a participação ativa e reflexiva (sugerindo a ampliação de atividades,
uso de materiais, dentre outros) no cumprimento satisfatório das atividades.
É importante que o professor reconheça a importância que a rotina assume, compreendendo o porquê de sua orga-
nização e o que é levado em conta ao se propor uma rotina no cotidiano escolar.
Dessa forma, a rotina didática constitui-se de uma estrutura organizacional que articula vários elementos, no intuito
de potencializar as ações pedagógicas voltadas para o processo de ensino e aprendizagem.
Dentre os elementos que estruturam e apoiam a operacionalização das rotinas, podemos citar:
• Conteúdos e propostas de atividades: os conteúdos são definidos a partir dos objetivos de aprendizagem, ou seja,
o que o professor deseja que os alunos aprendam com foco nas habilidades que se espera consolidar, visando ao
desenvolvimento das competências. Em virtude disso, o professor planeja as atividades, centradas nas modalida-
des organizativas e nas estratégias que serão utilizadas para cumprir os objetivos pedagógicos.
• Seleção e oferta de materiais didáticos: os materiais didáticos são importantes instrumentos de ensino. Quando
falamos de materiais didáticos, estamos considerando livros didáticos para os alunos, material de formação do
professor e outros recursos, como cartazes, jogos, suportes eletrônicos, internet, jornais etc. A escolha desses
recursos deve levar em consideração: os interesses das crianças, a pertinência das estratégias selecionadas e a
importância da mediação, dentre outros.
• Organização do espaço: a organização do espaço deve se adequar em razão da intencionalidade da atividade,
favorecendo o trabalho cooperativo e as interações, bem como os agrupamentos produtivos.
• Uso do tempo: o tempo previsto para iniciar, desenvolver e concluir cada um dos capítulos é de uma a duas aulas.
Contudo, o professor, com base no conhecimento do ritmo e da realidade de sua turma, faz as alterações que
considerar pertinentes.

Língua Portuguesa
A rotina didática de Língua Portuguesa sugerida para as turmas das escolas públicas do estado do Ceará está
estruturada a partir de modalidades organizativas denominadas: Atividades permanentes, Sequência de Ativida-
des e Atividades de Sistematização.

Modalidades organizativas:
As modalidades organizativas, sugeridas como estratégias metodológicas, atendem às demandas do DCRC,
tanto em relação às competências e habilidades como às práticas de linguagem (práticas de oralidade, práticas
de leitura, práticas de análise linguística e semiótica e práticas de escrita).
• Atividades permanentes: propostas de atividades realizadas com regularidades: diariamente, semanalmen-
te ou quinzenalmente. As atividades permanentes estão disponíveis na versão digital do material.
• Sequências de atividades: sequências didáticas de 16 capítulos, constituídas por blocos de três capítulos
sequenciados para uma das práticas de linguagem.
• Atividades de sistematização: constituídas por unidades de três capítulos, visando consolidar um determi-
nado conjunto de habilidades ou uma única habilidade.

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Matemática
A proposta de trabalho com a Matemática está alinhada ao DCRC, considerando a integração das unidades
temáticas da Matemática com outras áreas de conhecimento, apreciando a compreensão e a apreensão do sig-
nificado e de aplicações de objetos matemáticos. Nesse sentido, buscamos propiciar aos alunos uma visão inte-
grada da Matemática a partir do desenvolvimento das relações existentes entre os conceitos e os procedimentos
matemáticos.
A rotina de Matemática sugere a realização dos capítulos e atividades divididos em três etapas: analisar;
comunicar; e (re) formular.
• A etapa 1, analisar, é um momento para a mobilização dos conhecimentos matemáticos, ou seja, dos conhe-
cimentos prévios, com o objetivo de relacioná-los com os que serão construídos.
• A etapa 2, de comunicar, corresponde ao momento de registro da linguagem matemática, sendo um impor-
tante momento para verificar raciocínios e esquemas de pensamento.
• A etapa 3, de (re)formular, se inicia com as discussões e socialização dos registros feitos pelos estudantes.
Neste momento é importante permitir que troquem ideias e acrescentem detalhes importantes a seus pró-
prios registros, reorganizem seu raciocínio e defendam seus pontos de vista.
A rotina de Matemática valoriza e estimula a participação mais ativa dos estudantes.

Este material é composto por quatro volumes,


com uma versão para os alunos e outra para
você, professor. Cada volume corresponde a
um bimestre do ano letivo e inclui unidades
de Língua Portuguesa e Matemática. Na
versão digital do material, você encontra
unidades de Ciências, Geografia e História.
Os componentes curriculares estão
identificados por cores e por uma página
de capa, que mostra quando os respectivos
capítulos começam.

SEÇÕES
Indicam a etapa do capítulo.

ÍCONES
Indicam como as atividades PRATICANDO
devem ser realizadas. É hora de aprender fazendo!
Vamos praticar por meio de
Atividade oral atividades individuais ou
MÃO NA MASSA em grupo?
Atividade em dupla

Atividade em grupo
DISCUTINDO Vamos conversar com a turma
Atividade com anexo somente para Matemática sobre o que praticamos?
Atividade de recorte

Atividade no caderno RETOMANDO Momento de rever e registrar


o que foi visto no capítulo.

RAIO X Que tal relembrar o que você


somente para Matemática aprendeu?

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa 7
Unidade 1 – Narrativas indígenas...................................................................................................8
1 Enigmas e histórias ........................................................................................................................................................ 10
2 Narrativas indígenas: o que eu conheço? .................................................................................................................14
3 De onde veio a noite?................................................................................................................................................... 18
4 Entre grafismos e histórias ......................................................................................................................................... 22
5 Histórias indígenas: qual é o foco narrativo? ......................................................................................................... 26
6 Concordâncias e discordâncias... .............................................................................................................................30
7 Narrativas indígenas: uma reescrita divertida ........................................................................................................34
8 Contos da floresta: uma história de assombração ................................................................................................38
9 Que confusão! Vamos organizar os sinais? .............................................................................................................42
10 Aprendendo com a sabedoria dos avós ..................................................................................................................46
11 Conto, reconto e encontros ........................................................................................................................................ 50
12 Som, contação e diversão ............................................................................................................................................54
13 O espetáculo vai começar .......................................................................................................................................... 58
14 Vamos criar uma fanpage? ..........................................................................................................................................62
15 Colocando no papel: escrita de uma narrativa ...................................................................................................... 66
16 Revisar, corrigir, aprimorar… É hora de publicar! ....................................................................................................70

Unidade 2 – Representação do fonema /s/ (som cê)..................................................................75


1 Descobrindo os usos de S, SS, C, Ç, SC, X .............................................................................................................76
2 Explorando os usos de S, SS, C, Ç, SC, X ............................................................................................................... 80
3 Revisando palavras escritas com S, SS, C, Ç, SC, X ..............................................................................................84

Matemática 88
Unidade 1 – Explorando números de até cinco ordens............................................................ 89
1 Contando e escrevendo grandes quantidades ..................................................................................................... 90
2 Quem é o maior? ............................................................................................................................................................94
3 Códigos e numeração decimal................................................................................................................................... 98

Unidade 2 – Ocupando posições diferentes ................................................................ 101


1 Em que posição?............................................................................................................................................................102
2 Compondo e decompondo números.......................................................................................................................105
3 Representado números...............................................................................................................................................109

Unidade 3 – Representação e características de sólidos geométricos..................................113


1 Investigando prismas e pirâmides ............................................................................................................................ 114
2 Vamos desmontar? ....................................................................................................................................................... 118
3 Planificando prismas e pirâmides ............................................................................................................................ 122

Unidade 4 – Operando de diferentes maneiras .......................................................................125


1 Operações inversas ..................................................................................................................................................... 126
2 Somar ou subtrair? ....................................................................................................................................................... 130
3 Multiplicando de diferentes maneiras ..................................................................................................................... 134

Unidade 5 – Investigando padrões das operações ................................................................. 137


1 Adição e subtração juntas? ........................................................................................................................................ 138
2 Multiplicação e divisão: qual a relação? ................................................................................................................. 142
3 Qual operação resolve o problema? ....................................................................................................................... 146

Unidade 6 – Medidas de tempo .................................................................................................149


1 Vamos ler as horas? .....................................................................................................................................................150
2 Horas, minutos e segundos ....................................................................................................................................... 154

Anexo 158

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LÍNGUA
PORTUGUESA

7 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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UNIDADE 1

NARRATIVAS INDÍGENAS

COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

1; 3; 6.

HABILIDADES DO DCRC

Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram
produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.

Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma
e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e
EF15LP02 recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos
gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas
antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.

EF15LP03 Localizar informações explícitas em textos.

Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os
interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação
EF15LP05 (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto
e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à
produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
EF15LP06
aprimorálo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.
Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando
EF15LP07
for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.
Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar
EF15LP13
opiniões, informar, relatar experiências etc.).

EF15LP19 Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.

EF35LP03 Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.

EF35LP04 Inferir informações implícitas nos textos lidos.

EF35LP05 Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto.

Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por sinônimos)
EF35LP06 ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem para a
continuidade do texto.
Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de
EF35LP07 concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas
em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.
Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais,
possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes
EF35LP08
anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível
suficiente de informatividade.
Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo
EF35LP09
com as características do gênero textual.

8 4 o ANO

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Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas características
linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica, entrevistas pessoais,
EF35LP10
entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos no rádio e TV, aula,
debate etc.).
Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens
EF35LP25
apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de personagens.
Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens, observando
EF35LP26 os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso
indireto e discurso direto.
Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e ponto de vista com base
EF35LP29
no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.

OBJETOS DE CONHECIMENTO

• R
 econstrução das condições de produção e recepção • Construção do sistema alfabético/Convenções da escrita;
de textos; • Construção do sistema alfabético/ Estabelecimento de
• Formação do leitor literário; relações anafóricas na referenciação e construção da
• Pontuação; Relato oral/Registro formal e informal; coesão;
• Produção de textos; • Revisão de textos; Edição de textos.

INFORMAÇÕES SOBRE O GÊNERO

Narrativas indígenas pertencem à tradição oral e costumam tratar de questões vinculadas à existência e a senti-
mentos inerentes a todos os seres humanos, como o medo, a coragem, a dúvida, o amor etc. Mais do que isso, tais
narrativas servem — como todo mito — para explicar os fenômenos naturais e a cosmogonia de um povo. Em geral,
discorrem sobre enfrentamentos da existência humana, nem sempre fáceis de serem elaborados. No Brasil, essas
narrativas inicialmente foram registradas por não indígenas. Entretanto, esses primeiros escritos, de caráter folcló-
rico, muitas vezes trouxeram ideias genéricas sobre os indígenas. Desde os anos 1990, a literatura indígena, aquela
escrita pelos próprios indígenas, passou a ter maior relevância, e é por meio dela que buscaremos proporcionar aos
alunos o conhecimento da pluralidade cultural do país, além do distanciamento de prejulgamentos baseados em
visões estereotipadas e pejorativas.

PRÁTICAS DE LINGUAGEM

Leitura/escuta (compartilhada e autônoma); Análise linguística/semiótica (ortografização); Oralidade; Produção de


textos (escrita compartilhada e autônoma).

PARA SABER MAIS

• ARAÚJO, D. D. Lendas na sala de aula: resgatando a cultura popular. In: Diversidade textual: propostas para a sala
de aula. Recife: MEC/CEEL, 2008. p. 79-90. Disponível em: http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/
arquivos/35.pdf. Acesso em: 30 maio 2021
• JECUPÉ, K. W. História indígena do Brasil contada por um índio. São Paulo: Peirópolis, 1998.
• SÃO PAULO (SP). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Recuperação Língua Portuguesa
– Aprender os padrões da linguagem escrita de modo reflexivo. São Paulo: SME/DOT, 2011. Disponível em: http://
portal.sme. prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/16464.pdf. Acesso em: 2 jun. 2021.
• THIÉL, J. C. A literatura dos povos indígenas e a formação do leitor multicultural. Educação & Realidade, Porto
Alegre, v. 38, n. 4, p. 1175-1189, out./dez. 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/edreal/v38n4/09.pdf. Acesso
em: 30 maio 2021
• YAMÃ, Y. Sehaypóri: O livro sagrado do povo Saterê-Mawé. São Paulo: Peirópolis, 2007.

9 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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1. Enigmas e histórias
PÁGINA 10 PÁGINA 11

UNIDADE 1
PRATICANDO

NARRATIVAS INDÍGENAS 1. Leia os enigmas. Será que você consegue identificar quem são os personagens?
⊲ Escreva os nomes dos personagens nos espaços a seguir, resolvendo os enig-
mas apresentados.

Enigma 1 Enigma 2 Enigma 3

1. Enigmas e histórias
1. Observe as imagens a seguir e converse com os colegas e com o professor.

Acervo Daniel Munduruku


Gerson Gerloff/Pulsar

Moça linda que vive nas Serpente de fogo que protege Onde tem floresta, ele
águas. Gosta de brincar com as matas e os animais. Com está presente. Aparece e
os peixinhos, tem longos seu olhar penetrante, pode desaparece de repente. Gosta
cabelos, canta e encanta cegar e deixar uma pessoa de proteger as matas e os
os moços que a veem. As louca. Surge nas noites de lua animais. Quem tenta seguir
indígenas de mais idade cheia e vive entre os rios e esse personagem acaba indo
pedem aos filhos que não se florestas. para o lado oposto, porque
aproximem dela, pois a moça seus pés são virados para trás.
gosta de afogar os jovens.
Renato Soares/Pulsar

2. Com relação aos personagens dos enigmas, reflita sobre os questionamentos a


seguir e compartilhe suas impressões com os colegas.

⊲ Em que gênero textual esses personagens costumam aparecer?


⊲ Você já conhecia esse tipo de narrativa? O que você sabe sobre textos desse
gênero? Eles “nasceram” escritos? Qual é o ambiente onde essas histórias cos-
tumam ser narradas? O que elas contam?

Escreva o que você sabe sobre esse tipo de narrativa.

⊲ Quais características você identifica nas pessoas retratadas?


⊲ Como elas estão vestidas?
⊲ Alguma característica nas imagens chamou especialmente sua atenção?

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Vamos ler uma lenda sobre um desses personagens? ⊲ Você sabia que existe um famoso escritor cearense que tratou de temáticas indianis-
tas em suas obras? Conheça mais sobre ele.
O Curupira
Onde tem floresta, o Curupira está presente.
José de Alencar
Podem-se ouvir suas batidas: toc… toc! É ele, verificando cada árvore da mata, para saber se elas vão su-
José Martiniano de Alencar foi um escritor cearense, nascido em Fortaleza,
Por Jose de Alencar. Alberto Henschel(1827–1882)

portar a tempestade que já vai cair. Também procura assim os arcos, flechas e [...], que os índios escondem
nos ocos dos troncos para agradá-lo. e um dos primeiros escritores a ganhar reconhecimento nacional. Suas
obras variam entre romances e peças teatrais. Sua
Série Prazer de Ler
Domínio público

Os caçadores morrem de medo do Curupira. É ele que avisa os animais da chegada de seus matadores.
Série Prazer de Ler

Corre pelo arvoredo, assobiando, fazendo uma algazarra tão grande que até o mais valente dos valentões temática predominante é a indianista, que utiliza
estremece. elementos da cultura indígena para a composição
Pequeno, feio, de olhos grandes e arregalados, unhas azuladas afiadíssimas, seus pés são invertidos: cal-
de romances com estrutura mais tradicionalista.
canhar para frente, dedos para trás! Assim, quem tenta segui-lo nunca sabe direito para onde ele está indo.
Seus livros mais conhecidos são Iracema: lenda do
Ele aparece e desaparece de repente, deixando seus perseguidores perdidos.
O Curupira nunca anda só. Tem sempre uma turma de porcos-do-mato acompanhando-o. Se os homens Ceará e O Guarani.
que derrubam as árvores ou matam os animais são pegos por ele, levam uma surra tão feia, que não acham
mais o caminho de casa. Ficam perdidos na mata. Castigo de Curupira!
Mas quando os amantes da natureza, os protetores das matas e dos rios, dos índios e das crianças preci- RETOMANDO
sam do Curupira, ele os ajuda com a maior boa vontade.
Se estão perdidos na mata, com fome e sede, o Curupira os socorre. Facilita a caça, indica os rios de água
cristalina. [...]
Agora, chegou sua hora de escrever! Você conhece outro personagem de lendas indí-
Então, [...] assobia satisfeito e se despede, pedindo que ninguém conte que o viu e o que ele fez. É segredo!
genas brasileiras? Reconte a lenda de sua preferência e, posteriormente, faça a autoa-
E ai de quem contar!
valiação preenchendo a ficha a seguir.
DUMONT, Sávia. Os meninos que viraram estrelas. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2002. p. 09-11.

3. Como você imagina o Curupira? Faça uma ilustração desse personagem. Perguntas Sim Parcialmente Não
Quanto às características das lendas indígenas
O título dado é típico de uma narrativa indígena?

O personagem apresenta características típicas de


personagens de narrativas indígenas?
A temática é própria de narrativas indígenas?

A narrativa explora elementos da visão de mundo indígena?

A descrição do ambiente apresenta riqueza de


elementos associados à visão de mundo indígena?
O desfecho envolveu a resolução do conflito, segundo a
visão de mundo indígena?
Quanto à estrutura
O texto manteve o mesmo tipo de narração (primeira
pessoa ou terceira pessoa)?
4. Leia as afirmativas sobre a lenda do Curupira com um colega e indique se são A repetição de palavras foi evitada?
verdadeiras V ou falsas F.
Houve diálogo entre os personagens?
( ) O texto foi escrito e publicado por povos indígenas. O texto utilizou verbos de enunciação?
( ) A história foi passada oralmente de geração em geração.
A pontuação aplicada foi adequada?
( ) O texto foi publicado por pessoas não indígenas que ouviram e registraram a
história a seu modo. A concordância verbal e a concordância nominal foram
( ) Essas histórias podem ser encontradas em livros, em sites e em vídeos. utilizadas corretamente?

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10 4 ANO
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Habilidades da DCRC
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que
foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da
forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
EF15LP02 produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os
interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação
EF15LP05 (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto
e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias
à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
EF15LP06
aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.
Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando
EF15LP07
for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.
Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar
EF15LP13
opiniões, informar, relatar experiências etc.).
EF15LP19 Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.
EF35LP03 Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
EF35LP04 Inferir informações implícitas nos textos lidos.
Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou
EF35LP05
do texto.
Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por sinônimos)
EF35LP06 ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem para
a continuidade do texto.
Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas
EF35LP07 de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação,
vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.
Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais,
possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes
EF35LP08
anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com
nível suficiente de informatividade.
Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo
EF35LP09
com as características do gênero textual.
Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas
características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica,
EF35LP10
entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos
esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).
Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos
EF35LP25 e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de
personagens.
Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens,
EF35LP26 observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção
do discurso indireto e discurso direto.
Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com
EF35LP29
base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.
Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de enunciação e
EF35LP30
explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.

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Prática de linguagem • Canetas hidrográficas.
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma).
Contexto prévio
Sobre o capítulo Os alunos devem apresentar conhecimentos
• Contextualizando: descrever e discutir o cotidiano prévios sobre personagens de narrativas indígenas
de comunidades indígenas. que compõem o imaginário brasileiro, passadas de
• Praticando: descobrir personagens de lendas geração em geração.
indígenas por meio de enigmas; ler uma narrativa
indígena e refletir sobre sua autoria. Dificuldades antecipadas
• Retomando: registrar descobertas sobre o gênero Caberá ao professor proporcionar o engajamento
e alguma lenda de conhecimento prévio. dos alunos quanto ao gênero trabalhado, consideran-
do-se que, muito provavelmente, a maioria deles já
Objetivos de aprendizagem teve algum contato com narrativas indígenas. Mesmo
Identificar, conhecer e apreciar narrativas indí- que esse contato tenha tido um viés estereotipado e
genas, reconhecendo para que foram produzidas, folclórico, não deixa de ser um passo para a exploração
sua função social, seu meio de circulação e a quem da cultura indígena de maneira menos estereotipada,
se destinam, atribuindo-lhes o devido valor literário. por meio das narrativas dos povos tradicionais.

Materiais
• Lápis de cor.

CONTEXTUALIZANDO os povos indígenas valorizarem sua cultura ancestral,


não pararam no tempo e estão envolvidos com tecno-
Orientações logias digitais como qualquer pessoa.
Apresente as imagens aos alunos, faça os ques-
tionamentos e, depois, dê mais informações sobre as Expectativas de respostas
situações retratadas. Os alunos devem explorá-las Resposta pessoal.
livremente, levantando o máximo de informações e
formulando hipóteses sobre o que veem.
É importante valorizar todas as respostas e impres- PRATICANDO
sões dos alunos,­mesmo as inadequadas — de modo
que se sintam à vontade para interagir. Oriente-os, em Orientações
seguida, a fazer as correções necessárias. Peça aos alunos que leiam os enigmas e tentem
Imagem 1: é possível que, diante dessa imagem, descobrir quem são os personagens neles descritos.
os alunos digam que a mulher e a criança estão com Deixe que os próprios alunos cheguem à conclusão
roupas típicas ou que estão na floresta. Explique que, de que se trata de personagens do folclore brasileiro.
em geral, essa indumentária é usada apenas em oca- Realize uma avaliação diagnóstica e faça um levan-
siões importantes e que o local, apesar de ser aberto
tamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o
e próximo à natureza, pode também não ser uma flo-
gênero que será trabalhado na unidade: lendas indígenas.
resta. Muitos indígenas atualmente vivem em reservas
Peça aos alunos que compartilhem suas conclusões
indígenas, enquanto outros vivem também nos campos
com os colegas da turma, orientando-os e auxiliando-os
ou nas cidades.
Imagem 2: é possível que as imagens 2 e 3 causem a chegar às conclusões adequadas.
estranhamento. Deixe que comentem livremente, mas, É possível que os alunos digam que são histórias
depois, explique a eles que, na imagem 2, vemos o au- criadas por indígenas, mas talvez não tenham a di-
tor indígena Daniel Munduruku, formado em Filosofia, mensão de que, em se tratando de uma cultura oral,
com mestrado em Antropologia pela Universidade de essas lendas foram registradas de forma escrita por não
São Paulo e autor de mais de 50 livros. indígenas e que, somente depois, com o maior contato
Imagem 3: na imagem, há dois indígenas utilizando com a cultura escrita, é que os indígenas começaram
computadores. Reforce com os alunos que, apesar de a registrar suas histórias.

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Expectativas de respostas suas respostas e que discutam a questão central:
1. Iara, Boitatá e Curupira. Quem escreveu essa história?
2. Espera-se que os alunos percebam que a moça Ao final da discussão, revele a eles que essa história
descrita no enigma 1, que gosta de afogar ra- não foi escrita por autores indígenas, apesar de a ori-
pazes indígenas, é a Iara. Caso algum aluno gem do personagem ser atribuída à tradição indígena.
diga que é uma sereia, chame a atenção para Conduza a conversa para que, ao final da discussão,
o fato de o texto citar mulheres indígenas mais tenham clareza de que tanto autores indígenas como
velhas, indicando tratar-se de um personagem autores não indígenas têm suas peculiaridades, suas
também indígena. Para o enigma 2, espera-se marcas ao escrever, o que configura seu estilo pessoal.
que os alunos descubram, pela descrição da Assim, da mesma forma que existe muita variedade de
serpente de fogo, que se trata do Boitatá. É estilo na escrita de autores não indígenas, também
possível que, pelo nome, achem que se trata encontramos muita variedade de estilos em textos de
de um boi, propriamente dito. Esclareça as dú- autores indígenas. Para reafirmar essa ideia, outra
vidas que surgirem nesse sentido. No enigma pergunta pode ser feita aos alunos:
3, espera-se que os alunos descubram que o • Autores indígenas escrevem apenas lendas indígenas?
personagem é o Curupira, o protetor da floresta, Espera-se que os alunos digam que eles podem
pela característica dos pés virados para trás. escrever e publicar os mais variados gêneros, literários
4. Resposta pessoal. ou não. Entretanto, tem sido mais comum que publi-
5. quem histórias de sua tradição cultural ou que recontem
a. (F) O texto foi escrito por uma autora não indíge- os mitos de outras nações indígenas. Aproveite para
na, como pode ser verificado nas referências do esclarecer que existem diferentes nações indígenas,
texto. cada uma com traços culturais distintos.
b. (V) As lendas indígenas são textos passados oral-
mente de geração a geração.
c. (V) O texto foi publicado por Sávia Dumont, uma RETOMANDO
autora não indígena, que transcreveu uma lenda
popular usando as próprias palavras. Orientações
d. (V) Esses textos se popularizaram, então conse- Essa atividade objetiva uma avaliação diagnóstica
guimos encontrá-los em diversos meios e mídias. do que os alunos já sabem sobre lendas indígenas e
sobre a escrita desse gênero textual. No final dessa
Orientações unidade, os alunos serão convidados a produzir uma
Peça aos alunos que iniciem a atividade fazendo narrativa com características próprias das narrativas
uma leitura silenciosa do texto. Pergunte-lhes como indígenas estudadas. Trata-se de um processo de ava-
imaginam o Curupira, sabendo que podem utilizar a liação formativa, por meio do qual será possível com-
descrição que aparece no texto (“Pequeno, feio, de olhos parar a produção inicial e a produção final, permitindo
grandes e arregalados, unhas azuladas afiadíssimas, verificar o progresso dos alunos. Apresente a eles a
seus pés são invertidos”) ou usar seus conhecimentos proposta e peça-lhes que escrevam livremente. Não
prévios, como acrescentar que os cabelos são verme- é necessário produzir um texto longo, que lhe permita
lhos. Os alunos podem compartilhar seus desenhos analisar a escrita deles.
com os colegas.
Peça aos alunos que se reúnam em duplas e que Expectativas de respostas
reflitam sobre as afirmativas apresentadas na ati- Resposta pessoal.
vidade. Depois, peça às duplas que compartilhem

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2. Narrativas indígenas: o que eu conheço?
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PRATICANDO
2. Narrativas indígenas: o que eu conheço?
1. Ouça atentamente à lenda que o professor irá ler.
1. Observe as imagens a seguir e discuta sobre elas com os colegas e com o professor.
Como nasceu a primeira mandioca
Era uma vez uma índia chamada Atiolô. Quando o chão começou a ficar coberto de frutinhas de murici,
ela se casou com Zatiamarê.
As frutinhas desapareceram, as águas do rio subiram apodrecendo o chão. Depois, o sol queimou a terra,
um ventinho molhado começou a chegar do alto da serra.
Quando os muricis começaram outra vez a cair, numa chuvinha amarela, Atiolô começou a rir sozinha.
Estava esperando uma menininha.
Zatiamarê, porém, vivia resmungando:
— Quero um menino. Para crescer feito o pai. Flechar capivara feito o pai. Pintar o rosto assim de urucum
feito o pai.
O que nasceu mesmo foi uma menina. Zatiamarê ficou tão aborrecido que nem lhe deu um nome. E ficou
muitas luas sem olhar a sua cara. A mãe, por sua própria conta, começou a chamar a menininha de Mani.
O único presente que Zatiamarê deu a Mani foi um teiú de rabo amarelo. Mas não conversava com ela. Se
Mani perguntava alguma coisa, ele respondia com um assobio.
— Por que você não fala com sua filha? — Perguntava Atiolô, muito triste.
— Porque essa filha eu não pedi — respondia ele. — Pra mim é como se fosse de vento.
Até que Atiolô ficou esperando criança de novo.
— Se dessa vez não for um homem, feito o pai — jurava Zatiamarê —, vou botar em cima de uma árvore.
E nem por assobio vou falar com ela.
Foi, porém, um menininho que chegou: Tarumã.
Com ele, o pai conversava, carregava nas costas pra atravessar o rio, empoleirava no joelho pra con-
tar história.
Mani pediu à mãe que a enterrasse viva. Assim, o pai ficaria mais feliz. E talvez ela servisse para alguma coisa.
Atiolô chorou muitos dias com o desejo da filha. Mas, tanto Mani, pediu que ela fez.
Fez um buraco no alto do morro e enterrou Mani.
— Se eu precisar de alguma coisa — explicou ela —, você saberá.
Atiolô voltou para casa. De noite, sonhou que a filha sentia muito calor. De manhãzinha foi até lá e a
desenterrou.
— Onde você quer ficar enterrada? — perguntou.
— Onde tiver mais água — pediu Mani. — Me leva pra beira do rio. Se eu não estiver satisfeita, você saberá.
Na primeira noite, Atiolô não sonhou nadinha. Achou que a filha estava alegrinha no novo lugar. De tar-
⊲ Você já tinha visto imagens parecidas? dinha, porém, quando tomava banho no rio, não é que recebeu um recado?
⊲ Você sabe os nomes desses personagens? Boiando na água, era a voz de Mani:
⊲ — Me tira da beira do rio. O frio não me deixa dormir.
Você conhece alguma lenda indígena? Qual?
Atiolô obedeceu. Levou a filha pra bem longe, na mata.
— Quando você pensar em mim — disse a menina — e não se lembrar mais do meu rosto, está na hora de
De acordo com as considerações da turma, faça o registro das características de cada
me visitar. Aí, você vem.
um dos personagens.
Passou muito tempo. Bastante que bastante. Um dia, Atiolô sentiu saudade da filha, mas cadê que lem-
brou da cara que ela tinha?! Foi à mata.
Em vez de Mani, encontrou uma planta muito alta e muito verde.
— Uma planta tão comprida não pode ser a minha filha! — resmungou.
Na mesma hora a planta se dividiu. Uma parte foi ficando rasteirinha, rasteirinha e virou raiz. Sua mãe
achou que podia levar aquela raiz pra casa.
Era a mandioca.
ABREU, Ana Rosa et al. (org.). Alfabetização: livro do aluno. Brasília: FUNDESCOLA/SEF-MEC, 2000.
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001614.pdf. Acesso em: 28 out. 2021.

14 4 o ANO 15 L Í N G UA P O RT U G U ESA

PÁGINA 16 PÁGINA 17

2. Junto com um colega, responda ao que se pede.


⊲ Com base na leitura da lenda, identifiquem as partes que compõem o enredo RETOMANDO
da narrativa.

Agora, chegou sua vez de produzir o reconto de uma lenda indígena! Escolha um trecho
Enredo: é o fato narrado, também chamado de trama, ação ou da lenda sobre a origem da mandioca e dê continuidade a ela. Use a criatividade e lem-
história. É composto por começo, desenvolvimento e clímax, fim bre-se das características de uma lenda indígena que você já aprendeu. Mãos à obra!
ou desfecho.

Como nasceu a mandioca

Começo

Desenvolvimento
e clímax

Desfecho

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Habilidades da DCRC
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que
foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da
forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
EF15LP02 produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os
interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação
EF15LP05 (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto
e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias
à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
EF15LP06
aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.
Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando
EF15LP07
for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.
Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar
EF15LP13
opiniões, informar, relatar experiências etc.).
EF15LP19 Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.
EF35LP03 Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
EF35LP04 Inferir informações implícitas nos textos lidos.
Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou
EF35LP05
do texto.
Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por sinônimos)
EF35LP06 ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem para
a continuidade do texto.
Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas
EF35LP07 de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação,
vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.
Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais,
possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes
EF35LP08
anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com
nível suficiente de informatividade.
Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo
EF35LP09
com as características do gênero textual.
Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas
características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica,
EF35LP10
entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos
esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).
Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos
EF35LP25 e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de
personagens.
Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens,
EF35LP26 observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção
do discurso indireto e discurso direto.
Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com
EF35LP29
base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.
Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de enunciação e
EF35LP30
explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.

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Prática de linguagem • O
 bservar, nas lendas, as partes constitutivas de
Produção de textos (escrita compartilhada e uma narrativa.
autônoma).
Contexto prévio
Sobre o capítulo Os alunos devem estar familiarizados com o gê-
• Contextualizando: identificar personagens de nero lenda indígena. A partir daí, pode-se instigar
lendas indígenas por meio de leitura imagética seus conhecimentos prévios acerca dessas narrativas
e registrar suas conclusões sobre eles. fazendo um aprofundamento sobre tema, trabalhando
• Praticando: conhecer a lenda Como nasceu a a leitura e a produção escrita.
primeira mandioca.
• Retomando: escolher uma das partes que Dificuldades antecipadas
compõem a narrativa (começo, meio e fim) para Os alunos podem apresentar insegurança quan-
reescrever, fazendo modificações no enredo que to ao reconhecimento de alguns personagens das
estejam alinhadas às características do gênero lendas indígenas brasileiras. Eles podem, também,
lenda indígena. demonstrar dificuldades em identificar os elementos
constitutivos do gênero lenda indígena.
Objetivos de aprendizagem
• Identificar o que já conhecem sobre narrativas
indígenas.

CONTEXTUALIZANDO a turma em duplas produtivas para que possam res-


ponder ao que se pede.
Orientações
Apresente as imagens aos alunos. Eles devem explo- Expectativas de respostas
rá-las livremente, levantando o máximo de informações 2. Começo: de “Era uma vez uma índia” até “... em-
e formulando hipóteses. poleirava no joelho para contar história”.
Diga a eles que a primeira imagem faz referência Desenvolvimento e clímax: de “Mani pediu à mãe
à lenda da vitória-régia. que a enterrasse viva” até “... e não se lembrar
A segunda imagem é um Saci, figura mitológica de mais do meu rosto, está na hora de me visitar.
uma perna só, com um capuz vermelho e que gosta Aí, você vem”.
de pregar peças nas pessoas. Desfecho: de “Passou muito tempo...” até “Era a
A terceira imagem refere-se à lenda do boto-cor- mandioca”.
-de-rosa, figura mitológica de um homem sedutor, que
atrai jovens mulheres a seu bel-prazer. Ele mora nos
rios e assume a forma de boto durante o dia. É provável RETOMANDO
que não saibam do que trata a quarta imagem (Mani).
Diga a eles que ela se refere à lenda que eles lerão Orientações
em seguida. O objetivo é fazer uma avaliação diagnóstica do que
os alunos já sabem sobre lendas indígenas e sobre a
Expectativas de respostas escrita desse gênero textual. No fim desta unidade,
Respostas pessoais. os alunos serão convidados a produzir uma narrativa
com características próprias das narrativas indígenas
estudadas. Trata-se de um processo de avaliação for-
PRATICANDO mativa, por meio do qual será possível comparar a
produção inicial e final, permitindo verificar o progresso
Leia em voz alta a lenda Como surgiu a mandioca. dos alunos. Não é necessário que seja um texto longo,
Questione, por exemplo: Vocês gostaram da história? mas que permita uma avaliação docente.
Há alguma palavra que não entenderam? Qual? Quem Use o quadro disposto no Manual do Capítulo 1,
são os personagens? Onde a história se passa? Divida com os descritores, para analisar as produções dos

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alunos. O mesmo quadro será utilizado para avaliar
a produção final.
Faça as correções necessárias, individual ou co-
letivamente, e peça aos alunos que registrem essas
correções no material. Valorize as produções e reserve
um tempo para que eles compartilhem seus recontos
com a turma.

Expectativas de respostas
Respostas pessoais.

ANOTAÇÕES

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3. De onde veio a noite?
PÁGINA 18 PÁGINA 19

3. De onde veio a noite? PRATICANDO


1. Vamos explorar a capa do livro?
1. Leia com um colega uma das histórias do livro Irakisu: o menino criador.
Reprodução/Peirópolis

No anexo, há uma história que está fora de ordem. Sua tarefa é organizá-la. Recorte
cada uma das partes do texto e cole-as no espaço adequado.

a. Qual é o título do livro e o nome do autor?


b. Que tipo de história você acha que esse livro conta?
c. Como você descreveria o personagem representado na capa?

2. Leia a apresentação do autor desse livro.

As histórias do meu povo


Queridos amigos, meu nome é Renê Kithãulu e pertenço ao povo
Fotos Gustavo Stephan / Agência O Globo.

Waikutesu dos Nambikwara, que moram em sua maioria no estado do


Mato Grosso e uma pequena parte no estado de Rondônia. Quero con-
tar, neste livro, algumas histórias do meu povo para vocês, histórias que
escrevo com todo o coração. É uma maneira de eu chegar até sua escola
ou casa e começarmos uma amizade. Quem sabe um dia a gente se en-
contra na sua escola ou no sítio onde eu trabalho com as crianças.
Quero também dizer obrigado por vocês lerem este livro.
Sabe, existem livros que ensinam coisas verdadeiras sobre os povos indígenas, mas há também aqueles
que não mostram as coisas como elas são. Por isso, vocês podem pensar que todos os índios do Brasil são
iguais, falam a mesma língua e moram em ocas. No nosso país existem mais de 180 línguas indígenas. Meu
povo, por exemplo, só fala a língua nambikwara e somos várias etnias diferentes. Quando vocês veem uma
casa indígena, chamam sempre de “oca”. Mas essa é uma palavra tupi. Os Nambikwara chamam de “sxisu”.
E quem dança fazendo aquele “uh, uh, uh” com a mão na boca são nossos parentes índios da América do
Norte. Como vocês veem, há muitas diferenças… [...]
KITHÃULU, Renê. Irakisu: o menino criador. São Paulo: Peirópolis, 2002. p. 7.

a. O que o autor diz sobre os livros que tratam dos povos indígenas? Você concor-
da com ele?
b. Como são os povos indígenas, de acordo com o autor?

18 4 o ANO 19 L Í N G UA P O RT U G U ESA

PÁGINA 20 PÁGINA 21

2. Responda às questões a seguir sobre o que você compreendeu da história. 4. E o dia? Você acha que ele voltou a ocupar sua posição no fim da história? Como
essa história poderia continuar?
a. Sobre o que ela fala?
Escreva um parágrafo criando sua continuação para a história e faça uma ilustração
para seu texto.

b. Como o dia e a noite eram controlados na história?

c. Quem era responsável por controlar o dia e a noite?

RETOMANDO
d. O que Sanerakisu sentiu ao perceber que não existia mais dia e que havia ape-
nas noite?
Vamos registrar o que aprendemos hoje sobre a cultura indígena e sobre as narrativas
indígenas?

Cultura indígena Narrativas indígenas

e. Qual transformação ocorreu com o pajé mais novo quando deixou de existir o
dia e havia apenas noite?

3. Compartilhe suas respostas com dois colegas e observe se vocês chegaram às


mesmas conclusões.

20 4 o ANO 21 L Í N G UA P O RT U G U ESA

18 4 ANO
o

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Habilidades da DCRC
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que
foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da
forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
EF15LP02 produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
EF15LP03 Localizar informações explícitas em textos.
Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os
interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação
EF15LP05 (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto
e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias
à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
EF15LP06
aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.
Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando
EF15LP07
for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.
Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar
EF15LP13
opiniões, informar, relatar experiências etc.).
EF15LP19 Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.
EF35LP03 Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
EF35LP04 Inferir informações implícitas nos textos lidos.
Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou
EF35LP05
do texto.
Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por sinônimos)
EF35LP06 ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem para
a continuidade do texto.
Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas
EF35LP07 de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação,
vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.
Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais,
possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes
EF35LP08
anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com
nível suficiente de informatividade.
Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo
EF35LP09
com as características do gênero textual.
Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas
características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica,
EF35LP10
entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos
esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).
Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos
EF35LP25 e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de
personagens.
Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens,
EF35LP26 observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção
do discurso indireto e discurso direto.
Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com
EF35LP29
base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.

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Prática de linguagem Materiais
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma). • Lápis de cor.
• Canetas hidrográficas.
Sobre o capítulo • Tesoura.
• Contextualizando: explorar a capa do livro Irakisu: • Cola.
o menino criador, de Renê Kithãulu.
• Praticando: ordenar uma narrativa indígena e Contexto prévio
interpretá-la. No capítulo anterior, os alunos discutiram sobre
• Retomando: anotar as conclusões sobre a cultura narrativas indígenas registradas por não indígenas e
indígena e as narrativas indígenas. sobre como elas são produzidas. Neste capítulo, eles
vão ler uma narrativa indígena, que contém palavras
Objetivos de aprendizagem de línguas indígenas que serão exploradas com base
• Ler e compreender uma narrativa indígena. em um glossário.
• Realizar antecipações sobre narrativas indígenas,
com base no conhecimento prévio acerca do gênero, Dificuldades antecipadas
e verificar a adequação das hipóteses após a leitura. Podem-se notar dificuldades em estabelecer rela-
ções entre as partes de um texto desordenado, levando
em conta que não conhecem a sequência da história.

CONTEXTUALIZANDO que variam de acordo com a etnia ou a região


de origem desses povos.
Orientações
Explore com os alunos a capa do livro, localizando o
nome do autor e o título. Peça aos alunos que levantem PRATICANDO
hipóteses a partir do título e da ilustração da capa.
Leia para os alunos o trecho da introdução “As his- Orientações
tórias do meu povo”. Após a leitura, faça uma breve Chame a atenção dos alunos para as características
reflexão sobre o autor e seu povo, partindo das questões do título em negrito), mostrando-lhes que o título tam-
norteadoras, a fim de desconstruir visões estereotipadas bém está escrito em duas línguas. Questione a intenção
e pejorativas dos povos indígenas. Na primeira questão, do autor ao colocá-lo dessa maneira. Ressalte que
os alunos devem destacar que o autor relata que nem ser bilíngue é uma característica de muitos autores
todas as histórias sobre os povos indígenas ensinam indígenas.
as coisas como elas são, pois muitos não indígenas
pensam que todos os indígenas são iguais, falam a Expectativas de respostas
mesma língua e moram em ocas. 1. Kanata Wenjausu
A origem da noite
Expectativas de respostas 2.
1. Havia dois pajés: um, o mais velho, era mais sábio
a. Título: Irakisu: o menino criador. Renê Kithãulu. e se chamava Waninjalosu; o outro, o mais novo,
b. Resposta pessoal. chamado Sanerakisu, era um pouco atrapalhado.
c. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno comente O mais sábio era o dono e cuidava das duas caba-
as características físicas do personagem retratado ças, walxusu, onde ficavam guardados a noite e o
na capa do livro. dia. Ele controlava a abertura das cabaças, mas a
2. cabaça da noite ele controlava mais, para que o
a. O autor afirma existirem livros que ensinam fatos dia surgisse mais longo do que a noite.
verdadeiros sobre os povos indígenas, mas que 3.
também existem os que não mostram tais fatos Certa vez, Waninjalosu foi à casa de Sanerakisu
como eles são. e disse:
b. De acordo com o autor, os povos indígenas são – Eu vou passar um tempo no campo e quero que
muito diversos, apresentando língua e costumes você cuide das outras walxusu. A cabaça do dia você

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pode destampar e deixar toda aberta, mas a da noite Orientações
abra só um pouquinho. Tome cuidado para que a Para os itens da atividade 2, peça aos alunos que
noite não escape. trabalhem individualmente e que façam os registros
no Livro do aluno.
Orientações Depois das correções, incentive-os a realizar a con-
Esses dois trechos podem gerar dúvida quanto ao tinuação da lenda e também a ilustrá-la. Propicie um
início da narrativa, pois os alunos podem achar que a momento de socialização dessas produções, de modo
história começa no trecho em que consta a frase “Certa que os alunos se sintam valorizados.
vez”, ficando em dúvida entre esse trecho e o primeiro,
que começa com “Havia dois pajés”. Como orientação, Expectativas de respostas
2.
explique a eles que a apresentação dos personagens,
a. O texto explica como surgiu a noite, de acordo com
em geral, aparece antes dos acontecimentos.
a tradição do povo Waikutesu dos Nambikwara.
4.
b. O dia e a noite ficavam guardados em duas ca-
Sanerakisu se confundiu e trocou as walxusu de baças e os pajés controlavam a abertura delas.
lugar. Na hora de abrir uma delas, pensou: “E ago- c. O pajé Waninjalosu era o responsável por con-
ra? O que eu faço? Preciso continuar a fazer o dia trolar as cabaças, mas, certa vez, deixou o pajé
e a noite aparecerem, senão, quando Waninjalosu mais novo e atrapalhado, chamado Senerakisu,
voltar, vai ficar bravo comigo”. a cargo de controlá-las.
5. d. Sanerakisu ficou triste e não sabia o que fazer.
Então, destampou totalmente uma das walxusu e… e. Sanerakisu subiu em uma árvore e ficou gritando.
o mundo escureceu! Sua voz foi mudando e ele se transformou em
Na mesma hora ele tampou a cabaça outra vez, mas um passarinho que canta com o bico voltado
de nada adiantou: estava tudo escuro, não existia para cima. Esse pássaro espera o Sol nascer e
mais dia, era só noite, kanâtisu. canta apenas à noite, na época das chuvas.
6.
Sanerakisu ficou triste e não sabia o que fazer.
Então, subiu numa árvore e ficou gritando para ver RETOMANDO
se alguém ouvia:
— Hu, u, u, u... Foi mudando um pouquinho a voz, Orientações
virando passarinho, esticando a voz. Sistematize com os alunos o que aprenderam durante
esse capítulo. Eles devem preencher os quadros sobre
7.
a cultura e as narrativas indígenas. Na coluna sobre
Ainda hoje ele fica de bico para cima esperando
a cultura, por exemplo, pode constar como relato a
o sol nascer. Só anda e canta à noite, na época
conclusão de que descobriram que cada povo indígena
da chuva. É o pássaro chorão chamado uhsu, que tem uma língua distinta, enquanto, na coluna sobre os
significa “bico para cima”. Ele se parece com casca textos, pode ser compartilhado que estes geralmente
de árvore, por isso é muito difícil vê-lo. trazem palavras de alguma língua indígena.
8.
KITHÃULU, Renê. IRAKISU: o menino criador. São Expectativas de respostas
Paulo: Peirópolis, 2002. p. 13 Resposta pessoal.

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4. Entre grafismos e histórias
PÁGINA 22 PÁGINA 23

⊲ Qual é a importância do puratig para o povo Saterê-Mawé?


4. Entre grafismos e histórias
2. Conheça agora uma das histórias da obra Sehaypóri. Leia o texto e circule as pa-
1. Observe as imagens a seguir e, depois, converse sobre elas com seus colegas e
lavras que você não conhece.
com o professor.
A história dos cachorros
Ricardo Lima/Moment/Getty images

Gabriel Perez/Moment/Getty images


Como os cachorros perderam o dom da fala
Antigamente, os cachorros falavam como gente; porém, um dia, depois de levarem um susto, nunca
mais falaram.
Isso aconteceu quando um homem que tinha dois cachorros maltratou-os.
Os cachorros e o dono deles iam sempre caçar juntos. Para todo lado que ele fosse, os cachorros o se-
guiam e o aconselhavam sobre o jeito de caçar e pegar os bichos do mato.
Os cachorros corriam atrás da caça e entravam nos buracos dos paus onde moram cotias, mukuras e
tatus. Assim, o dono sempre conseguia apanhar a caça.
Quem trabalhava mais eram os cachorros, mas quem comia descansado era o dono. E os cachorros, coi-
tados, depois de correrem muito pelo mato atrás dos bichos, apesar de cansados, só recebiam ossos e um
caldo ralo de seu dono.
Certo dia, o dono dos cachorros quis sair para caçar, mas os cachorros recusaram-se a acompanhá-lo,
pois estavam muito decepcionados. Porém, o dono bateu neles e ordenou que o seguissem. Não tiveram
outra saída senão obedecer.
Já na mata, estavam completamente apáticos. Um dos cachorros tentou fazer alguma coisa, mas ficou so-
mente na tentativa; outro nem se mexeu, ficou deitado, observando saúbas e carieiros que carregavam folhas
de maniçoba para o reino dos insetos. “Elas fazem isso sem ninguém mandar e comem tanto quanto os outros”,
⊲ O que você vê nessas imagens? pensou. “Eu estou certo, não pode ser assim. Bem que merecíamos mais respeito e consideração do nosso dono.”
⊲ O que você acha que os desenhos representam? O dono, vendo aquela situação, ficou preocupado e disse:
⊲ Essas imagens têm algo em comum? — O que será que está acontecendo com esses cachorros? Vou já descobrir!
⊲ De onde você acha que são cada uma das imagens? À tardinha, os três tomaram o caminho de casa sem nenhuma caça.
Os cachorros vieram atrás, mas não disseram nada ao dono.
O dono apressou o passo, chegou bem antes, escondeu-se atrás de uma casola de trepadeiras que descia
de uma árvore de karapãnã-úba e ficou prestando atenção na conversa dos cachorros:
PRATICANDO — Por que você não quis caçar hoje?
— Porque, quando pegávamos muita caça, nosso dono não nos dava nada para comer. Ele pensa que não
temos sentimentos. Nunca mais vou ajudá-lo a caçar. Havia muita comida, mas dormíamos com fome. E
1. Leia a introdução do livro Sehaypóri: o livro sagrado do povo Saterê-Mawé, do você? Por que não quis caçar?
autor Yaguarê Yamã. — Eu quis, mas não consegui pegar nada. E, apesar de estar também decepcionado com o nosso dono,
tenho muito medo de apanhar dele outra vez.
Depois de ouvir isso, o dono dos cachorros decidiu dar um susto neles.
O Sehaypóri Quando eles estavam passando pela árvore onde estava escondido, o dono saiu de lá com tanta rapidez
[...] Sehaypóri, na língua Saterê, significa literalmente “coleção de mitos”, que são histórias, mitos e len- que os cachorros se assustaram e perderam a fala. Foi esse susto que fez os cachorros perderem a voz, mas
das gravados no Puratig, remo sagrado e símbolo maior da identidade cultural do povo Saterê-Mawé, que eles entendem tudo o que os humanos dizem.
tem a forma de bastão e é ornamentado com grafismos que simbolizam o Sehaypóri. Nesse instrumento YAMÃ, Yaguarê. A história dos cachorros. In: Sehaypóri: o livro sagrado do povo Saterê-Mawé.
estão registradas as histórias tradicionais da nossa nação, ao longo dos séculos. São pintados com as cores São Paulo: Peirópolis, 2007. p. 150-151.

branca e vermelha — cores extraídas do barro-branco taguatinga e das plantas urucum e jenipapo, respec-
tivamente, cujas tonalidades realçam a importância de cada conto. Glossário
É um escrito tão importante quanto a Bíblia para os cristãos ou a Torá para os judeus, pois orienta cada
Mukura: gambá amazônico.
um daqueles que buscam ajuda e conselhos. Assim, os Mawé o definem como “Urutóhary, Urutó ywot”
(“Nosso avô, nosso pai”), o livro da sabedoria, para ler e para crer; para entender o significado da vida huma- Saúba: sinônimo de saúva; nome de uma mesma família de formigas.
na e o significado mais profundo: o de ser Mawé. [...]
Casola: esconderijo; lugar coberto com trepadeiras e capins.
YAMÃ, Yaguarê. Sehaypóri: o livro sagrado do povo Saterê-Mawé. São Paulo: Peirópolis, 2007. p. 11.
Karapãnã'ubá: também conhecida como árvore-de-mosquito, possui grande porte.

22 4 o ANO 23 L Í N G UA P O RT U G U ESA

PÁGINA 24 PÁGINA 25

3. Vamos refletir sobre o texto? Em duplas, leiam os trechos retirados da história,


reflitam e respondam ao que se pede. RETOMANDO
Trecho 1
[...] Já na mata, estavam completamente apáticos. Um dos cachorros tentou fazer alguma coisa, mas ficou
somente na tentativa; outro nem se mexeu, ficou deitado, observando saúbas e carieiros que carregavam
1. Vamos registrar nossas descobertas em uma ficha.
folhas de maniçoba para o reino dos insetos. “Elas fazem isso sem ninguém mandar e comem tanto quanto
os outros”, pensou. “Eu estou certo, não pode ser assim. Bem que merecíamos mais respeito e consideração Nossas descobertas
do nosso dono.”
O dono, vendo aquela situação, ficou preocupado e disse:
— O que será que está acontecendo com esses cachorros? Vou já descobrir!
• Povo indígena que estudamos:
a. Pinte de amarelo o pensamento do cachorro e de verde a fala do dono.
• O que significa Sehaypóri?
b. Quais sinais de pontuação foram utilizados em cada um dos casos?

c. Por que esses sinais de pontuação foram utilizados? • Como o povo Saterê-Mawé contava e registrava suas histórias?

Trecho 2
[...] Quem trabalhava mais eram os cachorros, mas quem comia descansado era o dono. E os cachorros,
coitados, depois de correrem muito pelo mato atrás dos bichos, apesar de cansados, só recebiam ossos e um • Qual é o título da narrativa do livro Sehaypóri que foi estudada?
caldo ralo de seu dono.
Certo dia, o dono dos Cachorros quis sair para caçar [...]

• Qual é o gênero do texto?


a. Para evitar repetições desnecessárias, quais palavras poderíamos usar para
substituir o substantivo “dono”? • Para que utilizamos o dicionário?

b. Quais substituições poderíamos fazer para a palavra “cachorros”?

c. Observe em cada uma das frases a seguir os pronomes em destaque e indique


a que personagem eles se referem.
AUTOAVALIAÇÃO
I – Certo dia, o dono dos Cachorros quis sair para caçar, mas os Cachorros recusa-
ram-se a acompanhá-lo.
Pensando a respeito do que aprendeu sobre narrativas indígenas, você diria que:

II – Porque, quando pegávamos muita caça, nosso dono não nos dava nada para comer. Ainda não compreendi e Compreendi em partes Compreendi tudo, mas não Compreendi tudo o que
preciso de ajuda. e ainda preciso rever me sinto capaz de explicar fiz e sou capaz de explicar
alguns assuntos. a outras pessoas. a outras pessoas.

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22 4 o ANO

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Habilidades do DCRC
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que
foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.

Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da
forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
EF15LP02 produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.

EF15LP03 Localizar informações explícitas em textos.

EF35LP03 Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.

EF35LP04 Inferir informações implícitas nos textos lidos.

Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou
EF35LP05
do texto.

Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por sinônimos)
EF35LP06 ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem para
a continuidade do texto.

Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas
EF35LP07 de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação,
vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.

Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais,
possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes
EF35LP08
anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com
nível suficiente de informatividade.

Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas
características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica,
EF35LP10
entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos
esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).

Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for
EF35LP22
o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.

Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens,
EF35LP26 observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção
do discurso indireto e discurso direto.

Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com
EF35LP29
base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.

Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de enunciação e
EF35LP30
explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.

23 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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Práticas de linguagem Materiais
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma). • Lápis de cor.
• Canetas hidrográficas.
Sobre o capítulo
• Contextualizando: explorar imagens de grafismos Contexto prévio
indígenas de etnias de diferentes países e ler a Nos dois primeiros capítulos, os alunos apren-
deram e discutiram sobre a cultura e as narrativas
introdução do livro Sehaypóri: o livro sagrado do
indígenas. Nesse capítulo, eles terão a oportunidade
povo Saterê-Mawé, do autor Yaguaré Yamã.
de aprofundar-se no tema.
• Praticando: ler e interpretar uma das histórias da
obra Sehaypóri. Dificuldades antecipadas
• Retomando: preencher uma ficha com as descobertas Alguns alunos podem não conhecer os grafismos
do capítulo sobre o povo Saterê-Mawé. (padronagens tradicionais nessa cultura), o que poderá
dificultar a leitura de tais imagens. Neste capítulo
Objetivos de aprendizagem os alunos também podem apresentar dificuldade no
• Compreender a narrativa indígena, refletindo sobre uso da pontuação nos diálogos e no reconhecimento
como cada cultura interpreta o mundo e conta suas da substituição lexical como recurso de progressão
histórias a partir de suas vivências. textual, pois o emprego de sinônimos no texto pode
• Identificar diferentes vozes em um mesmo texto e tornar-se mais complexo quando há limitação do vo-
reconhecer substituições lexicais ou pronominais cabulário. Da mesma forma, pode haver incerteza
que contribuem para a progressão textual. quanto à utilização dos pronomes.

CONTEXTUALIZANDO todas as partes do mundo, cada grupo é detentor de


uma padronagem específica, geralmente bastante de-
Orientações talhadas e com significados diversos. Caso considere
Apresente as imagens aos alunos, fazendo os questio- pertinente, apresente à turma uma encenação Caiapó
namentos. Eles devem explorá-las livremente, levantando tradicional que dramatiza a luta dos indígenas para
o máximo de informações sobre o que observam. Em recuperar uma criança sequestrada por bandeirantes,
seguida, dê mais esclarecimentos sobre os grafismos. disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RA8
Diga que a primeira imagem é de um ornamento indí- paocQVlU. Acesso em: 2 dez. 2021.
gena da etnia Caiapó, que vive majoritariamente na
região do Xingu. A segunda, por sua vez, é um tecido Expectativas de respostas
feito por indígenas do estado de Chiapas, no México 1. Respostas pessoais.
(que faz fronteira com a Guatemala).
Leve-os a analisar a padronagem nas duas imagens
do Livro do aluno. Aponte para as linhas retas e curvas, PRATICANDO
cores, repetições, formas geométricas e demais ele-
mentos. Diga-lhes que os grafismos indígenas podem Apresente aos alunos a introdução do livro Sehaypóri: o
estar representados em adornos (como as tornozelei- livro sagrado do povo Saterê-Mawé, do autor Yaguarê Yamã.
ras Caiapó) e em objetos funcionais, como tapetes, Faça a leitura em voz alta do trecho disponibilizado.
redes e utensílios de uso cotidiano, como jarras, vasos Reflita com os alunos sobre a importância do puratig
e similares. Informe, também, que, muitas vezes, os para seu povo e reforce que essas histórias fazem parte
grafismos também são feitos em objetos sagrados e da literatura oral dos Mawés e estão registradas em
para uso bélico (lanças e flechas, por exemplo) como um livro ilustrado com grafismos característicos dessa
sinal de boa sorte. etnia, o Sehaypóri. Além do sentido simbólico, essas
É provável que os alunos fiquem em dúvida sobre a histórias mostram claramente o costume Mawé de
procedência das imagens, se foram ou não feitas pela educar os filhos por meio de mitos e lendas.
mesma pessoa ou etnia. Reforce com eles que, apesar Explique aos alunos que os grafismos indígenas
de haver semelhanças entre grafismos indígenas de podem fazer parte da estrutura das narrativas.

24 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 24 20/12/2021 14:41


Expectativas de respostas No item C, os alunos vão refletir sobre as substituições
1. Segundo o autor, ele é o símbolo maior da identi- pronominais, que também contribuem para a progressão
dade cultural do povo Saterê-Mawé, pois se trata textual, por meio da recuperação do referente.
do suporte em que estão registradas histórias
tradicionais desse povo. Expectativas de respostas
Trecho 1
Orientações a. Amarelo: “Elas fazem isso sem ninguém mandar e
Apresente aos alunos a lenda A história dos cachor- comem tanto quanto os outros”; “Eu estou certo,
ros: como os cachorros perderam a fala, anunciando não pode ser assim. Bem que merecíamos mais
que a história que vão ler faz parte da obra Sehaypóri, respeito e consideração do nosso dono”. Verde:
da cultura Saterê-Mawé. “O que será que está acontecendo com esses
Peça aos alunos que façam a leitura silenciosa da cachorros? Vou já descobrir!”.
narrativa e, depois, faça a leitura em voz alta. Questione b. No primeiro caso, aspas; no segundo, dois-pontos
se eles gostaram da história e se eles acham que ela e travessão.
poderia ser real ou apenas imaginária. c. Estão sinalizando o discurso direto dos cachorros
Peça aos alunos que circulem as palavras desconheci- e de seu dono.
das e explique que as palavras mukuras, saúba, carieiros, Trecho 2
maniçoba, casola e karapãnã´úba são todas de origem a. Possuidor, proprietário.
indígena. Os significados de algumas delas aparecem b. Cães, animais.
no glossário. Diga que o povo saterê-mawé pertence ao c. I – Dono.
tronco linguístico Tupi e que, além da língua própria, os II – Cachorros.
saterê-mawé falam também o português e a Língua Geral
Amazônica, também conhecida como Nheengatu.
Peça aos alunos que procurem no dicionário outras RETOMANDO
palavras desconhecidas. É possível que não encontrem
o significado da palavra “carieiros”, então explique que, Orientações
apesar de não haver explicação sobre seu significado, Divida a turma em grupos de quatro alunos e peça
é provável que se trate de uma espécie de formiga. a eles que completem a ficha juntos.
A palavra “maniçoba” é uma das que aparecem no Depois, os grupos devem compartilhar suas con-
dicionário como uma planta de origem amazônica, ve- clusões com a turma.
nenosa, muito popular, que deve ser cozida por vários Na atividade 2, auxilie os alunos a preencher a
dias para ser consumida. autoavaliação, a respeito do que foi tratado até aqui
sobre a cultura indígena e as narrativas indígenas.
Expectativas de respostas
1. Resposta pessoal. É provável que os alunos cir- Expectativas de respostas
culem as palavras de origem indígena. • Povo indígena que estudamos: Saterê-Mawé.
• O que significa sehaypóri: na língua saterê-mawé,
Orientações significa, literalmente, “coleção de mitos”.
Peça aos alunos que realizem a atividade em duplas. • Como o povo Saterê-Mawé contava e registrava
Para o trecho 1, é importante que os alunos per- suas histórias? Contava-as de forma oral e re-
cebam a distinção entre a voz do narrador e as vozes gistrava-as no puratig, remo sagrado e símbolo
dos personagens. maior da identidade cultural do povo Saterê-Mawé,
No trecho 2, são trabalhados os substantivos e composto de grafismos que representam sua co-
seus sinônimos. Os alunos deverão refletir sobre as leção de mitos, o Sehaypóri.
substituições lexicais que visam evitar repetições e que • Título da narrativa: A história dos cachorros: como
contribuem para a progressão textual. os cachorros perderam o dom da fala.
Na leitura, é importante que não haja substituição das • Gênero textual: lendas indígenas.
primeiras menções às palavras “dono” e “cachorros”, já que • Para que utilizamos o dicionário? Para descobrir o
substituições lexicais podem desempenhar função anafóri- significado de palavras desconhecidas no texto e
ca, recuperando palavras ditas anteriormente no discurso. para substituir palavras repetidas por sinônimos.

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5. Histórias indígenas: qual é o foco narrativo?
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5. Histórias indígenas: qual é o foco narrativo?


PRATICANDO
1. Vamos ler juntos o trecho do livro Histórias de índio, de Daniel Munduruku.

É índio ou não é índio? 1. Leia com atenção uma das histórias do livro As fabulosas fábulas de Iauaretê.
Certa feita tomei um metrô rumo à praça da Sé. Eram meus primeiros dias em São Paulo e eu gostava de
Juruá e Anhangá
andar de metrô ou ônibus. [...] Queria poder ter a certeza de que as pessoas me identificavam como índio a
fim de formar minha autoimagem. Kamakuã era a mulher mais bela da aldeia. Mas também era a mais respei-

Editora Peirópolis
Nessa ocasião a que me refiro, ouvi o seguinte diálogo entre duas senhoras que me olhavam de cima a tada – afinal de contas, ela tinha um marido que, além de guerreiro, era onça.
baixo quando entrei no metrô. Kamakuã teve dois filhos: Juruá e Iauaretê-mirim. [...]
— Você viu aquele moço que entrou no metrô? Parece que é índio — disse a primeira senhora.. Juruá tornou-se excelente caçador.
— É, parece. Mas eu não tenho tanta certeza assim. Não viu que ele usa calça jeans? Não é possível que ele Vinha com caça farta e presenteava seu irmão, seu pai, sua mãe e todos
seja índio usando roupa de branco. Acho que ele não é índio de verdade — retrucou a segunda senhora. [...] da aldeia.
— Mas ele tem o olho puxado — disse a primeira senhora. Juruá, infelizmente, tornou-se também exibicionista. Caçava além das
— E também usa sapatos e camisa — ironizou a segunda senhora. [...] necessidades e muitas vezes deixou animais apodrecerem na floresta pelo
— Você viu o colar que ele está usando? Parece que é de dentes. Será que é de dentes de gente? prazer de matar.
— De repente até é. Ouvi dizer que ainda existem índios que comem gente — medrou a segunda senhora. Um dia, Anhangá, o espírito protetor das florestas, se apresentou a ele
— O que você acha de falarmos com ele? na forma de uma branca borboleta:
— E se ele não gostar? — Juruá, que tal buscar o alimento somente para suprir a fome?!
— Paciência... Ao menos nós teremos informações mais precisas, você não acha? Juruá não deu ouvidos à borboleta. [...]
— É, eu acho, mas confesso que não tenho muita coragem de iniciar um diálogo com ele. [...] Então, Anhangá apareceu novamente diante de Juruá na forma de um beija-flor:
— Eu pergunto. — Juruá! Pare rápido! Tupã não está gostando disso e me deu autoridade para fazê-lo parar de uma vez!
Eu estava ouvindo a conversa de costas para as duas e de vez em quan- [...]
do ria com vontade. De repente senti um leve toque de dedos em meu Uma lua se passou.
ombro. Virei-me. Infelizmente, elas demoraram a chamar-me. Uma noite, Anhangá apareceu como coruja diante de Juruá e disse:
Meu ponto de desembarque estava chegando: — Escute, Juruá, se você não parar com tanta desordem, uma tragédia pode acontecer.
Olhei para elas, sorri e disse: — Isso é uma ameaça?
— Sim! — Não. Isso é uma visão.
Outra lua se passou.
Era o tempo em que as flores saem das árvores e das plantas.
Juruá caminhava pela floresta quando viu um belo animal na sua frente. Era o mais arisco e o mais difícil de
caçar. Era um lindo cervo. Era de um branco raro e seus pés eram como as mais rápidas flechas em disparada.
Juruá também era ágil e rápido. Armou o arco e atirou. Acertou em cheio. O cervo caiu. Juruá se aproxi-
mou. O cervo foi se transformando, se transformando e foi virando gente. Foi virando uma mulher.
Era sua mãe.
A lua cheia brilhou avermelhada naquele dia.
A coruja assobiou. Juruá chorou. Anhangá havia transformado Kamakuã em cervo para dar uma lição ao
MUNDURUKU, Daniel. Histórias de índio. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2001. p. 34. jovem guerreiro.
JECUPÉ, Kaká Werá. As fabulosas fábulas de Iauaretê. São Paulo: Peirópolis, 2007. p. 38-43.
Agora, converse com os colegas sobre as questões a seguir.

⊲ Quando e onde essa história se passa? Kaká Werá Jecupé é índio de origem tapuia, escritor, ambientalista,
⊲ Quem são os personagens principais da narrativa? conferencista; fundador do Instituto Arapoty, organização voltada
Acervo Kaká Werá Jecupé/Editora Peirópolis

⊲ Qual trecho do texto podemos identificar como o conflito inicial, que permitiu o para a difusão dos valores sagrados e éticos da cultura indígena.
[...] Tem como missão ajudar na construção e no desenvolvimento de
desenrolar da narrativa?
uma cultura de paz pela promoção do respeito à diversidade cultural
⊲ Quem contou essa história? Que elementos no texto confirmam sua hipótese? e ecológica. [...]
⊲ Você concorda com a visão dessas senhoras sobre os indígenas? Como você acha
JECUPÉ, Kaká Werá. As fabulosas fábulas de Iauaretê.
que os indígenas se vestem atualmente? São Paulo: Peirópolis, 2007. p. 86.

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2. Leia novamente, em grupo, o texto “Juruá e Anhangá”. Depois, preencha o quadro


a seguir.
RETOMANDO
Juruá e Anhangá

1. Leia os trechos a seguir e reflita sobre o que se pede com seus colegas e com o
Quando e onde a professor.
história se passa?

Juruá tornou-se excelente caçador. Vinha com caça farta e presenteava seu
irmão, seu pai, sua mãe e todos da aldeia.
Quais são os
personagens Juruá, infelizmente, tornou-se também exibicionista. Caçava além das
principais? necessidades e muitas vezes deixou animais apodrecerem na floresta pelo
prazer de matar.

Qual é o conflito
gerador?
Tornei-me um excelente caçador e, para que todos me reconhecessem
como tal, sempre presenteava meu irmão, meus pais e o povo de minha
aldeia com as minhas caçadas. O problema é que às vezes eu exagerava
Qual o desfecho da
narrativa? e mesmo que ninguém mais precisasse comer, com gosto, seguia caçando.
Deixei muitas vezes os animais mortos para trás.

Quem conta a história? a. Quem contou a história no primeiro trecho? Que efeitos de sentido são alcança-
dos com essa escolha?

3. O texto a seguir é uma adaptação de um trecho da história original. Leia-o e fique


atento às mudanças.
b. Quem contou a história no segundo trecho? Que efeitos de sentido são alcança-
[...] Certo dia, encontrei uma borboleta branca muito bonita. Ela disse para eu parar de matar animais à
dos com essa escolha?
toa e que fizesse isso somente quando sentisse fome. Entretanto, eu não quis dar ouvidos a uma simples
borboleta.
Em outro dia, apareceu um beija-flor e me alertou da mesma maneira. Mas ele era apenas um beija-flor,
e eu ignorei suas palavras.
Uma lua se passou. E então, em outra noite de caçada, apareceu uma coruja dizendo que Tupã não estava
gostando do meu comportamento. 2. Na composição das narrativas, que informações não podem faltar? Marque X nas
Outra lua se passou. Era chegado o tempo em que as flores saem das árvores e das plantas, e eu caminha- opções que julgar adequadas.
va pela floresta quando vi um animal muito arisco e difícil de caçar, um lindo cervo. Armei meu arco e atirei,
acertei o animal em cheio e ele caiu. Quando e onde se passa uma história.
Cheguei próximo e não estava acreditando no que vi: o cervo estava virando gente, se transformando em
uma bela mulher. Eu conhecia aquela mulher, era minha própria mãe! Quem vivencia as histórias.

Agora, reflita e responda: O fato que gera o desenrolar da história.

⊲ Que semelhanças e diferenças percebem-se entre o texto original "Juruá e Anhanguá" Como a história termina.
e o texto adaptado?
Quem pode contar as histórias.

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Habilidades do DCRC
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para
que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da
forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
EF15LP02 produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações,
EF15LP13
apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).
EF35LP03 Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
EF35LP04 Inferir informações implícitas nos textos lidos.
Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou
EF35LP05
do texto.
Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por
EF35LP06 sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que
contribuem para a continuidade do texto.
Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas
características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica,
EF35LP10
entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos
esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).
Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens,
EF35LP26 observando os elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a
construção do discurso indireto e discurso direto.
Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com
EF35LP29
base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.
Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de enunciação
EF35LP30
e explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.

Práticas de linguagem Materiais


Análise linguística/semiótica (ortografização). • Uma cartolina por aluno.
• Canetas hidrográficas.
Sobre o capítulo • Lápis de cor.
• Contextualizando: ler e explorar o texto “É índio
ou não é índio?”. Contexto prévio
• Praticando: analisar o foco narrativo no texto Os alunos fizeram a leitura de algumas narrativas
“Juruá e Anhangá”. indígenas, de modo a exercitar a identificação do
• Retomando: registrar suas conclusões sobre a foco narrativo.
forma de composição das narrativas.
Dificuldades antecipadas
Objetivo de aprendizagem Alguns alunos podem apresentar dificuldade para
Identificar a organização estrutural de narrativas identificar os elementos estruturais de uma narrativa,
indígenas e os diferentes efeitos de sentido ocasio- como personagens, enredo, tempo, espaço e narrador,
nados pela mudança de ponto de vista do narrador. por não apresentarem fluência de leitura.

CONTEXTUALIZANDO por um escritor indígena. Por enquanto, guarde esta


informação, pois os alunos deverão identificar quem
Orientações conta a história.
Inicie o capítulo dizendo aos alunos que fará a leitura Leia o texto em voz alta e, depois, peça aos alunos
em voz alta do trecho do texto “É índio ou não é indio?”, que respondam às questões propostas e que as discu-
de Daniel Munduruku. Ele foi escrito em primeira pessoa tam com os colegas.

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A história foi escrita pelo indígena, que é um narra- • Desfecho: Anhangá, buscando dar uma lição em
dor-personagem, que a escreve em primeira pessoa, Juruá, transforma a mãe do caçador em cervo. Em
haja vista as formas verbais “tomei”, ouvi” e “entrei”, uma caçada, ele mata o cervo, só se dando conta
por exemplo, que confirmam essa hipótese. Informe de que era sua mãe após a tragédia.
que o texto é o relato de uma história real vivida pelo • Quem conta a história: O narrador é observador,
próprio autor, Daniel Munduruku. conforme é possível perceber pela forma como são
Pergunte aos alunos o posicionamento deles a respeito narrados os acontecimentos vividos por Juruá, já
do ponto de vista das duas senhoras sobre o indígena. que são empregados o pronome “ele” e verbos
É esperado que os alunos não concordem com as conjugados em terceira pessoa.
personagens. Eles devem reconhecer que elas repro-
duzem estereótipos ultrapassados e equivocados sobre Orientações
os indígenas, especialmente nos trechos em que dizem Divida a turma em grupos de, no máximo, quatro alu-
que jeans, sapatos e camisa são peças de vestuário nos, pedindo a eles que façam a releitura e que, juntos,
de branco e, quando insinuam que o colar de dentes completem o quadro. Depois, os grupos devem socializar
utilizado pelo indígena poderia ser uma peça produzida suas respostas. Observe se conseguiram identificar cada
com dentes humanos. um dos elementos da narrativa. Caso os alunos ainda
Questione como o indígena da narrativa pôde relatar apresentem dúvidas sobre esse tema, explique que, em
o diálogo das outras duas personagens da história. Ouça geral, uma narrativa se estrutura em cinco elementos:
as hipóteses dos alunos, que devem constatar o fato de tempo, espaço, personagens, enredo e narrador.
o narrador ter testemunhado o diálogo como ouvinte. Na história de Juruá e Anhangá, bem como em outras
histórias, o desequilíbrio é anunciado com um novo mar-
Expectativas de respostas cador temporal “Um dia, Anhangá, o espírito protetor das
A história se passa no tempo passado, em um trem florestas, se apresentou[...]” Por fim, temos o desfecho,
metroviário rumo à praça da Sé, em São Paulo. que pode ser bem-sucedido ou malsucedido. Quando
O autor da narrativa é o personagem principal. O tudo corre bem, há a solução do problema e o equilíbrio
conflito gerador é a dúvida das senhoras sobre a inicial é recuperado. Na segunda opção, o problema,
identidade indígena do narrador (autor). não é resolvido e o equilíbrio inicial não é recuperado.
O narrador é o próprio autor. Sabemos disso pela Expectativas de respostas
escrita em primeira pessoa. 2. É provável que os alunos digam que se trata da mesma
história (já que o conteúdo da narrativa é o mesmo),
mas que ela, agora, é contada por um narrador-per-
PRATICANDO sonagem, que também participa da narrativa.

Orientações
Mostre a eles a capa da obra e diga que ela apresenta
RETOMANDO
várias histórias interligadas. Além disso, a ilustradora
é a própria filha do autor e se chama Sawara.
Faça a leitura do texto com a entonação adequada. Orientações
Depois, leia a biografia de Kaká Werá Jecupé e informe Os alunos devem fazer, dessa vez, uma leitura in-
aos alunos que Daniel Munduruku e Kaká Werá Jecupé. dividual da adaptação do texto. Pergunte o que eles
encontraram de diferente nas duas narrativas.
Expectativas de respostas Abra a discussão sobre cada uma das questões,
1. pedindo aos alunos que socializem suas respostas.
• Quando e onde essa história se passa: No tempo Observe o gabarito e faça as intervenções sugeridas.
passado, em uma floresta. Destaque a figura do narrador em cada um dos textos.
• Personagens principais: Juruá, um excelente ca-
çador, e Anhangá, o espírito da floresta. Expectativas de respostas
• Conflito gerador: A oposição entre Juruá, caçador 1.
imprudente, e Anhangá, o espírito protetor das a) O narrador contou a história. A narrativa é menos
florestas. pessoal, mais imparcial, e os julgamentos podem

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ser inferidos apenas a partir da leitura global do versões. No segundo trecho, Juruá explica que queria
texto, por seu aspecto didático e moralizante. ser reconhecido como excelente caçador e que “às
b) O próprio personagem contou a história. A nar- vezes exagerava”. Peça a eles que tentem perceber
rativa é mais pessoal, apresenta ponto de vista como é diferente o efeito quando outro personagem o
específico e aproxima mais o leitor do personagem. classifica como “exibicionista”, que caça pelo “prazer de
matar”, deixando os animais apodrecerem na floresta.
Orientações As informações nos dois trechos são semelhantes, mas
Sistematize, então, por meio de perguntas, a dife- a escolha das palavras alcança diferentes resultados,
rença entre os focos narrativos nos diferentes textos. mostrando divergência entre dois pontos de vista.
Apresente os dois trechos e faça as perguntas aos alunos. De modo a expandir a atividade, utilize perguntas
• Quem contou a história no primeiro trecho? de apoio, sistematizando a colaboração dos alunos.
• Que efeitos de sentido são provocados por essa • Quando e onde se passa uma história.
escolha? Em um tempo e um espaço determinados. Quando
• Quem contou a história no segundo trecho? carregado de sentido, o espaço em que é desenvolvida
• Que efeitos de sentido são provocados por essa a narrativa pode ser entendido também como lugar
escolha? ou ambiente.
Espera-se que, nesse momento, os conceitos de • Quem vivencia as histórias.
narrador observador e narrador-personagem estejam Os personagens. Informe aos alunos que, em histó-
claros para os alunos. Ressalte que, quando o narrador rias maiores, é comum haver personagens principais
conta e não participa de uma história, considera-se que e secundários.
essa narrativa foi contada em terceira pessoa. Quando • Qual o fato que gera o desenrolar da história.
o narrador participa da história, considera-se que a O conflito inicial ou conflito gerador.
narrativa está em primeira pessoa. Destaque como as • Como a história termina.
formas verbais no pretérito perfeito são conjugadas Em geral, com a resolução do conflito inicial.
distintamente na primeira pessoa – “tornei-me”, “deixei” • Quem pode contar as histórias.
– e na terceira pessoa – “tornou-se”, “deixou”. Isso não Narrador-observador, em terceira pessoa, ou nar-
ocorre com as formas verbais no pretérito imperfeito, rador-personagem, que participa da história e narra
pois, nesse tempo verbal, não há diferenças entre as os fatos em primeira pessoa.
conjugações em primeira e em terceira pessoa: (eu/
ele) “vinha”, (eu/ele) “presenteava” e (eu/ele) “caçava”. Expectativas de respostas
Você pode chamar a atenção dos alunos para a 2.
diferença entre os pontos de vista em cada uma das Todos os aspectos deverão ser assinalados.

ANOTAÇÕES

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6. Concordâncias e discordâncias
PÁGINA 30 PÁGINA 31

6. Concordâncias e discordâncias PRATICANDO

1. Vamos retomar o trecho do livro de Daniel Munduruku, Histórias de índio.


1. Leia com atenção mais uma das histórias do livro As fabulosas fábulas de Iauaretê.

Juruá vira peixe


Juruá tornou-se um guerreiro muito zombador e muito rancoroso. Dizia:
— Quem é esse Anhangá, que ninguém nunca viu? Aparece disfarçado de bicho, de inseto, de coisa. Ou
deve ser muito feio ou muito covarde.
Os amigos diziam:
— Para, Juruá. Para de jogar palavras ao vento. Anhangá é sábio, mas também é severo. E, se o vento conta
a ele essas coisas que anda falando, você pode se dar mal! [...]
Juruá dizia que Anhangá era assassino e que havia matado Kamakuã, sua mãe.
O fato é que o vento foi assobiando bem baixinho, de ouvido a ouvido, até as palavras malditas de Juruá
chegarem aos ouvidos de Anhangá. [...]
Então Anhangá se transformou no inseto mais insignificante, a muriçoca, e
procurou Juruá.
É índio ou não é índio? — Eu vim te ajudar — disse a muriçoca no pé do ouvido de Juruá.
Paf, fez Juruá, dando um tapa para matá-la, mas acabou acertando o pró-
Certa feita tomamos um metrô rumo à praça da Sé. Eram meus primeiros dias em São Paulo e eu gos- prio rosto.
távamos de andar de metrô ou ônibus. [...] Queria poder ter a certeza de que as pessoas me identificavam — Eu vim te ajudar — disse a muriçoca no outro ouvido.
como índio a fim de formar minha autoimagem. Paf, fez de novo Juruá, dando outro tapa no outro ouvido.
Nessa ocasião a que me referimos, ouvimos o seguinte diálogo entre duas senhoras que me olhavam de — Eu te mato, muriçoca falante! Sai, Anhangá assassino!
cima a baixo quando entramos no metrô. Então Anhangá foi embora e esperou um dia.
— Você viu aquele moço? Parece que é índio — disse a primeira senhora. Juruá espalhou pela aldeia que Anhangá era mau e assassino, pois havia
— É, parece, mas eu não tenho tanta certeza assim. Não viu que ele usa calça jeans? Não é possível que ele matado sua mãe.
seja índio usando roupa de branco. Acho que ele não é índio de verdade — retrucou a segunda senhora. [...] Foi quando Anhangá apareceu de novo [...] — dessa vez como um gigante
— Mas ele tem o olho puxado — disse a primeira senhora. com voz de trovão para impor respeito.
— E também usa sapatos e camisa — ironizou a segunda senhora. [...] — Escute, Juruá, você sabe que não matei sua mãe. Você sabe também que
— Você viu o colar que ele está usando? Parece que é de dentes. Será que é de dentes de gente? a mentira tem perna curta. Na verdade, salvei sua vida e de seus futuros filhos
— De repente até é. Ouvi dizer que ainda existem índios que comem gente — disse a segunda senhora. e netos. [...] Você foi avisado várias vezes. A natureza tem um limite, as nossas
— O que você acha de falarmos com ele? ações têm um limite.
— E se ele não gostar? — Você é que não tem limite nos seus castigos idiotas! Só porque sabe alguns
— Paciência… Ao menos nós teremos informações mais precisas, você não acha? truques, pensa que manda na floresta! [...]
— É, eu acho, mas confesso que não tenho muita coragem de iniciar um diálogo com ele. [...] A paciência de Anhangá havia se esgotado. E Juruá continuou esbravejando [...]
— Eu pergunto. Até que Anhangá, do alto de sua gigantice, soltou um raio e puf! Juruá virou um peixe.
Eu estávamos ouvindo a conversa de costas para as duas e de vez em quando ríamos com vontade. De Anhangá pegou o peixe, colocou-o no rio e disse:
repente, sentimos um leve toque de dedos em meu ombro. Virei-me. Infelizmente, elas demoraram a cha- — Pronto, pode esbravejar à vontade, o máximo que vai acontecer é sair
mar-me. Meu ponto de desembarque estava chegando. bolhinha!
Olhamos para elas, sorrimos e dissemos: E, de hoje em diante, tome muito cuidado: “o peixe morre pela boca!”.
— Sim!
MUNDURUKU, Daniel. Histórias de índio. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2001. p. 34. JECUPÉ, Kaká Werá. As fabulosas fábulas de Iauaretê.
São Paulo: Peirópolis, 2007. p. 44-46.

⊲ Esse texto apresenta diferenças em relação ao que você leu no capítulo anterior?
Se sim, quais?
⊲ Quem está narrando essa história?
⊲ Que outros verbos poderíamos utilizar para tornar o texto mais harmônico?
⊲ O narrador é o mesmo nos dois textos?
⊲ Quais diferenças você identifica com relação ao verbos usados em cada um deles?

30 4 o ANO
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PÁGINA 32 PÁGINA 33

Sobre o texto “Juruá vira peixe”, converse com um colega e preencha o quadro a seguir.
3. Quem é o personagem que narra os trechos em primeira pessoa da atividade an-
terior? Escreva o nome do personagem e faça uma ilustração para representá-lo.
Título do texto

Gênero textual

Enredo da história

Tempo e espaço

Personagens principais

Conflito gerador

Desfecho

RETOMANDO
Narrador

2. A seguir, leia alguns trechos retirados da história. Você vai perceber que eles fo- 1. Vamos completar o texto a seguir, com a ajuda do banco de palavras?
ram modificados. Descubra, pelo contexto, se os verbos deverão ser conjugados
em primeira pessoa ou em terceira pessoa. Preencha as lacunas e assinale a alter-
nativa correta em cada item. narrador observador – relato pessoal – narrador-personagem – espaço –
conflito inicial – tempo – conflito gerador – desfecho – personagens
a. (ouvir) que Juruá andava falando mal de mim. Então,

eu me (transformar) no inseto mais insignificante, a mu- ⊲ Uma história se passa em um e em um


riçoca, e, humildemente, (procurar) Juruá para conversar.
determinados.
( ) Primeira pessoa. ( ) Terceira pessoa.
⊲ Os vivenciam as histórias, podendo ser principais ou
b. Anhangá, o espírito da floresta, (afirmar) para Juruá que
secundários.
não era culpado pela morte de sua mãe e (pedir) para que
⊲ O ou é o que dispara a história.
ele parasse de mentir, pois mentira tem perna curta. Ele

(contar) que fez o que fez para salvar a vida de Juruá e de seus futuros filhos e netos. ⊲ A história termina com o do conflito inicial.
( ) Primeira pessoa. ( ) Terceira pessoa.
⊲ Quem conta a história em primeira pessoa é o .
c. Juruá (dar) um tapa na muriçoca para matá-la, mas
Em terceira pessoa é o .
(acertar) o próprio rosto. (imaginar)

que era Anhangá e o (mandar) embora. ⊲ Neste capítulo, outro gênero textual: o , feito
( ) Primeira pessoa. ( ) Terceira pessoa. em primeira pessoa, sobre um fato ocorrido com o narrador no passado.

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Habilidades do DCRC
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para
que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da
forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
EF15LP02 produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
EF15LP03 Localizar informações explícitas em textos.
Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira
EF15LP16 autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração
etc.) e crônicas.
EF15LP19 Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.
EF35LP03 Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre substantivo ou pronome pessoal e
EF04LP06
verbo (concordância verbal).
Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas
EF35LP07 de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação,
vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.
Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for
EF35LP22
o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.
Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com
EF35LP29
base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.
Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de enunciação
EF35LP30
e explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.

Práticas de linguagem Contexto prévio


Análise linguística/semiótica (ortografização). Neste capítulo, os alunos retomarão os conteúdos
estudados no capítulo anterior acerca do foco narrativo.
Sobre o capítulo
• Contextualizando: analisar uma adaptação do Dificuldades antecipadas
texto “É índio ou não é índio?”. Os alunos podem apresentar dificuldade para iden-
• Praticando: ler uma narrativa indígena e identificar tificar narrativas em primeira ou em terceira pessoa,
os elementos que a compõem e seu foco narrativo. principalmente se não estiverem familiarizados com
• Retomando: registrar as conclusões sobre a a ideia de concordância verbal, que prevê a flexão
composição das narrativas. do verbo em número e pessoa para concordar com o
sujeito da frase. Pode ser que os alunos confundam
Objetivos de aprendizagem a concordância verbal com a noção de conjugação
• Analisar as regularidades estruturantes do gênero verbal, em que o verbo se flexiona para indicar não
e a organização de uma narrativa indígena. só a pessoa da enunciação (primeira, segunda ou
• Diferenciar narrativas em primeira pessoa de terceira) e o número (singular ou plural), mas tam-
narrativas em terceira pessoa. bém o tempo (presente, passado ou futuro) e o modo
(indicativo, subjuntivo ou imperativo).
Materiais
• Papel kraft.
• Lápis de cor.
• Canetas hidrográficas.

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CONTEXTUALIZANDO Expectativas de respostas
1. Título do texto: “Juruá vira peixe”,
Orientações Gênero textual: lenda indígena.
Convide os alunos a realizar uma leitura silencio- Enredo: A história de Juruá, um guerreiro indígena
sa do texto “É índio ou não é índio?” e peça atenção que virou peixe.
especial aos verbos destacados. Tempo e espaço: No passado, em uma floresta. Os
Após a leitura silenciosa, peça aos alunos que reflitam: alunos podem inferir que se passa também em uma
• Esse texto apresenta diferenças em relação ao que aldeia, pois, na parte inicial, o narrador conta que
você leu no capítulo anterior? Se sim, quais? Juruá espalhou maledicências a respeito de Anhangá
Certamente perceberão que há algo estranho, pois entre os amigos.
algumas formas verbais tiveram sua flexão em núme- Personagens principais: Juruá e Anhangá.
ro modificadas, estando na primeira pessoa do plural Conflito gerador: Juruá conta aos amigos que Anhangá
enquanto o sujeito da enunciação é singular. era assassino e que havia matado Kamakuã, a sua
• Quem está narrando essa história? mãe. O vento foi assobiando bem baixinho, até as
O próprio autor, um indígena que conta uma situação palavras de Juruá chegarem aos ouvidos de Anhangá.
vivenciada em um metrô de São Paulo. Desfecho: A paciência de Anhangá se esgotou, ele
• Vocês acham que podemos usar outros verbos mais transformou Juruá em peixe e o colocou no rio, aler-
adequados para dar harmonia ao texto? Vamos reler tando-o de que os peixes morrem pela boca.
o trecho com concordância verbal? Narrador: Um narrador-observador, ou seja, que não
“Certa feita tomei um metrô… eu gostava de andar participa da história.
de metrô ou ônibus...”; “eu estava ouvindo…”
Conclua esse momento ressaltando a importância Orientações
da concordância entre sujeito e verbo, a fim de garantir Divida a turma em duplas e peça aos alunos que
que, ao ser estabelecida a concordância verbal, são leiam novamente o texto e completem as lacunas da
estabelecidas relações entre segmentos do texto, de atividade 2 com as formas verbais corretas.
modo a promover sua unidade semântica.
Saliente que tudo, no texto, está interligado, e que Expectativas de respostas
essa relação favorece a expressão dos sentidos e das 2.
intenções pretendidas pelo autor. a. Primeira pessoa.
b. Terceira pessoa.
Expectativas de respostas c. Terceira pessoa.
Respostas pessoais.
Orientações
Peça aos alunos que realizem a atividade
PRATICANDO individualmente.
Explique-lhes que devem ler os trechos da história,
Orientações observar as formas verbais que estão no infinitivo entre
Pergunte aos alunos o que eles sabem sobre con- parênteses e preencher as lacunas corretamente, com
cordância entre sujeito e verbo. É possível, também, atenção à concordância verbal, pois ela auxilia a dar
que falem da concordância nominal – entre núcleo sentido ao que escrevemos.
nominal e adjuntos. Depois, eles deverão assinalar se o foco narrativo
Reforce a diferença entre concordância verbal e tempo está em primeira pessoa, ou seja, se o é um narrador-
verbal da narrativa, explicando a eles que a concordância -personagem, que e participa dos fatos; ou se está em
é estabelecida entre o sujeito e o verbo, enquanto o tempo terceira pessoa, ou seja, se é um narrador-observador,
verbal expressa o momento (presente, passado ou futuro) que não participa da história.
em que as ações expressas pelos verbos se realizam. Em seguida, peça aos alunos que compartilhem
Conte aos alunos que agora conhecerão a história suas respostas com os colegas.
“Juruá vira peixe”, do livro As fabulosas fábulas de
Expectativas de respostas
Iauaretê, de Kaká Werá Jecupé. Esse texto é continua-
3. Anhangá.
ção da história “Juruá e Anhangá”, que foi trabalhada
no capítulo anterior.

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Orientações Faça a leitura de cada frase e pergunte aos alunos
Na discussão da atividade 3, pergunte aos alunos: qual dupla tem a palavra que completa as lacunas. Peça
• Quem é o personagem que narra os trechos em a eles que registrem as respostas no Livro do aluno.
primeira pessoa?
Espera-se que os alunos respondam que é Anhangá, Expectativas de respostas
pelo contexto das falas do personagem. Eles devem 1.
fazer uma ilustração que represente esse personagem • Uma história se passa em um espaço e em um
e compartilhá-la com os colegas. tempo determinados.
• Os personagens vivenciam as histórias, podendo
ser principais ou secundários.
RETOMANDO • O conflito inicial ou conflito gerador é o que dis-
para a história.
• A história termina com o desfecho do conflito inicial.
Orientações • Quem conta a história em primeira pessoa é o
Escreva a atividade em papel kraft, deixando as narrador-personagem. Em terceira pessoa, é o
lacunas para os alunos preencherem. Divida a turma
narrador-observador.
em duplas, escreva as palavras do banco em tiras de
• Neste capítulo, conhecemos outro gênero textual:
papel e distribua-as, solicitando aos alunos que as
o relato pessoal feito em primeira pessoa sobre
colem nas lacunas apropriadas.
um fato ocorrido com o narrador no passado.

ANOTAÇÕES

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7. Narrativas indígenas: uma reescrita divertida
PÁGINA 34 PÁGINA 35

7. Narrativas indígenas: uma reescrita divertida PRATICANDO


1. Observe a imagem a seguir. Ela faz parte da história que você vai conhecer neste
capítulo. Converse com os colegas e reflita sobre as questões propostas. Ouça com atenção a história do livro As fabulosas fábulas de Iauaretê, que tem a ilus-
tração que você observou.

Editora Peirópolis
1. A narrativa estava de acordo com o que você havia imaginado, observando a ilus-
tração? Responda às questões a seguir e, depois, compartilhe suas impressões.

a. Quando e onde essa história se passa?

b. Quais são os personagens principais?

c. Que fato da história você destaca como o conflito gerador da narrativa?

d. Qual é o desfecho dessa história?

e. Quem narra participa dela ou é apenas um narrador observador? Como você


percebeu isso?

⊲ O que você vê nessa imagem?


⊲ Analisando a imagem, é possível saber do que a história trata?
⊲ É possível saber quando e onde se passa a história?
⊲ O que você acha que vai acontecer na narrativa? 2. Agora é sua vez! Assim como Sawara, faça uma ilustração para a história. Não se
esqueça de descrever sua ilustração.
Conheça mais sobre a pessoa que fez a ilustração que você acabou de ver
Sawara tem 11 anos e, desde muito pequena, acompanha seu pai, Kaká Werá, em
Acervo Kaká Werá Jecupé/Editora Peirópolis

visitas a aldeias indígenas e matas. Assim, aprendeu a amar os animais e as florestas


e já plantou muitas árvores com seus amiguinhos no Projeto Oca-Escola. Adora ouvir
histórias, assim como inventá-las e desenhá-las. Estuda no Colégio Waldorf Micael,
onde, entre tantas coisas boas, aprendeu algumas técnicas para colorir sua imagina-
ção no papel [...]
JECUPÉ, Kaká Werá. As fabulosas fábulas de Iauaretê.
São Paulo: Peirópolis, 2007. p. 86.

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3. Vamos desvendar o foco narrativo?


RETOMANDO
Junto com um colega, leia os trechos do texto "Iauaretê-Mirim e o rio" e assinale o foco
narrativo em cada um deles.

Em seguida, transcreva os trechos, modificando o foco narrativo: se estiver com foco 1. Se você fosse produzir uma narrativa indígena, que foco narrativo escolheria:
em primeira pessoa, mudar para terceira pessoa; se estiver em terceira pessoa, mudar para escreveria em primeira pessoa, ou em terceira pessoa? Por quê?
primeira pessoa.

a. Iauaretê foi à beira do rio beber água e começou a observar nas águas a sua
imagem. Ficou olhando, olhando, olhando.
( ) Primeira pessoa. ( ) Terceira pessoa.

2. O que você já aprendeu sobre o foco narrativo em primeira e em terceira pessoas?


Anote as características no quadro a seguir.

b. Às vezes, sinto vontade de onça, às vezes, penso como onça. Às vezes, também
Primeira pessoa Terceira pessoa
fico matraqueando como um papagaio. Acho que é porque engoli um.
( ) Primeira pessoa. ( ) Terceira pessoa.

4. De quem é o ponto de vista? Faça a leitura dos textos a seguir e indique quem está
narrando cada um deles.

a. Como era uma dessas manhãs de ouro e prata com que a Mãe do dia presen-
teia de vez em quando nossos olhos e estava quente, eu fui à beira do rio beber
água e comecei a observar nas águas minha imagem. Mas estava tudo muito
estranho, de criança aparecia um menino, de menino aparecia um homem, de
homem para velho. Fiquei intrigado e perguntei à Mãe Cobra Grande o que ela
queria me dizer...

3. Leia os trechos a seguir e responda às questões.

b. Do alto daquele jatobá, Iauaretê-mirim olhou e viu o rio de cima. Era verdadeira- Trecho 1 Trecho 2
mente parecido com uma cobra enorme. Do alto daquele jatobá, ele Do alto daquele jatobá, eu
olhou e viu o rio de cima. Era olhei e vi o rio de cima. Era ver-
verdadeiramente parecido com dadeiramente parecido com
uma cobra enorme. uma cobra enorme.

c. Aquele índio queria encontrar Wahutedewá, o espírito do tempo, mas falei para
ele que talvez não fosse bom encontrá-lo. A melhor coisa é não se preocupar a. Qual dos trechos é narrado em primeira pessoa?
com ele e brincar a vida. b. Qual é narrado em terceira pessoa?
c. Eles apresentam o mesmo ponto de vista?

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Habilidades do DCRC
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para
que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da
forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
EF15LP02 produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
EF15LP03 Localizar informações explícitas em textos.
Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações,
EF15LP13
apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).
Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira
EF15LP16 autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração
etc.) e crônicas.
EF35LP03 Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for
EF35LP22
o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.
Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com
EF35LP29
base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.
Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de enunciação
EF35LP30
e explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.

Práticas de linguagem Materiais


Análise linguística/semiótica (ortografização). • Papel kraft.
• Lápis de cor.
Sobre o capítulo • Canetas hidrográficas.
• Contextualizando: relacionar imagem e texto em
uma narrativa indígena. Contexto prévio
• Praticando: ouvir uma narrativa indígena e No capítulo anterior, os alunos tiveram o pri-
identificar o foco narrativo. meiro contato sistematizado com foco narrativo
• Retomando: realizar atividade de avaliação formal e aprenderam que há dois tipos de narrador: ob-
sobre os objetos de conhecimento tratados no servador e personagem. Puderam perceber que
capítulo. as narrativas podem ser feitas em primeira ou em
terceira pessoa. Neste capítulo, eles vão exercitar
Objetivos de aprendizagem mais detidamente o que aprenderam sobre esses
• Diferenciar narrativas em primeira e terceira pessoas conteúdos.
e reescrevê-las de acordo com o foco sugerido.
• Identificar diferentes pontos de vista sobre a Dificuldades antecipadas
mesma história. Muitos alunos apresentam dificuldades para expor
suas ideias por meio da escrita e, assim, podem fazer
trocas pronominais ou verbais, produzindo textos
sem concordância.

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CONTEXTUALIZANDO — Então é ele que está trabalhando. Eu só rio.
— Será que ele pode me ajudar a saber quem
Orientações eu sou?
Peça aos alunos que observem a ilustração e faça — Oras, você é Iauaretê-mirim, pronto. Assim
os questionamentos, para que a turma responda co- como eu sou um rio que corre e canta.
letivamente às questões. — Sabe, é que às vezes sinto vontade de onça,
às vezes penso como onça. Às vezes também fico
Expectativas de respostas
matraqueando como um papagaio. Acho que é porque
Respostas pessoais.
engoli um. Será que as coisas que a gente come
fazem com que sejamos como elas?
— Bom, dizem alguns sábios que cada um é o
PRATICANDO
que come.
— E a senhora, Mãe Cobra Grande, o que pode
Orientações
me dizer?
Leia em voz alta o texto “Iauretê-mirim e o rio” para
— Eu digo que cada um também é o que sente.
os alunos.
Já os pajés dizem que cada um é o que pensa que é.
Iauaretê-mirim e o rio — (...) Dona Cobra Grande, depois que engoli o
Do alto daquele jatobá, Iauaretê-mirim olhou e papagaio, eu só sei perguntar, perguntar, perguntar.
viu o rio de cima. Falando nisso, onde eu posso encontrar Wahutedewá,
Era verdadeiramente parecido com uma cobra o espírito do tempo?
enorme. Deve ser por isso que o Kamaiurá chama — Eu não sei onde ele mora, mas ele acorda no
de Cobra Grande o espírito Mãe do rio. nascente e dorme no poente. Às vezes, ele acorda
Como era uma dessas manhãs de ouro e prata de mau humor e talvez não queira muita conversa.
com que a Mãe do dia presenteia de vez em quando Talvez não seja bom você se encontrar com ele.
nossos olhos, e estava quente, Iauaretê foi à beira do — Por quê?
rio beber água e começou a observar nas águas sua — Dizem que ele devora gente.
imagem. Ficou olhando, olhando, olhando. Enquanto — Ah, ele é onça também?
as águas corriam bem suavemente cantando uma — Não. Ele também devora árvore, planta, bicho.
canção ancestral, a imagem mudava de criança para Tudo o que vê pela frente.
menino e de menino para homem e de homem para — Nossa!
velho e de velho para um tom dourado de prata, — Sim. A melhor coisa é não se preocupar com
e assim ia circulando entre o silêncio e o som dos ele e brincar a vida. Dizem que, quando a gente não
hábitos das manhãs, mudando, mudando, mudando. liga pra ele e brinca a vida, ele não fica manchando
— O que está acontecendo, Mãe Cobra Grande? e desmanchando, manchando e desmanchando. Ele
O que você quer me dizer?! esquece.
— Eu, nada. Somente canto. Então, é quando a vida acontece no sempre e
— (...) Quem é essa imagem? no agora.
JECUPÉ, Kaká Werá. As fabulosas fábulas de Iauaretê.
— Que imagem? São Paulo: Peirópolis, 2007. p. 62-65.
— A que eu vejo em ti?
— Não sei, você é que vê. Expectativas de respostas
— (...) Como elas aparecem? 1.
— Escute! Está ouvindo? a. No passado, em uma floresta.
— Sim. b. Iauaretê-mirim e a Mãe Cobra Grande.
— Então, esse som é de Wahutedewá, o espírito c. Em uma manhã de ouro e prata, Iauaretê-mirim foi
do tempo. É ele que fabrica imagens, mas dizem à beira do rio beber água e começou a observar
que ele é muito insatisfeito, muito perfeccionista, seu reflexo, mas, enquanto observava, sua imagem
fica mudando a toda hora: mancha e desmancha, mudava de criança para menino, de menino para
mancha e desmancha, mancha e desmancha. homem, de homem para velho, e de velho para
— É isso mesmo que está acontecendo! um tom dourado de prata. Então, ele pergunta à

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Mãe Cobra Grande o que estava acontecendo, o Expectativas de respostas
que ela queria dizer a ele. 1. Resposta pessoal.
d. Iauaretê-mirim queria encontrar Wahutedewá, o 2.
espírito do tempo, que produz o som e fabrica
imagens. A Mãe Cobra Grande diz que é melhor Primeira pessoa Terceira pessoa
não se preocupar com ele e brincar a vida, porque
a vida acontece no sempre e no agora. Narrador-personagem. Narrador observador.
e. Nessa história, o narrador não é personagem:
trata-se de um narrador em terceira pessoa, o Narrativa mais pessoal Narrativa impessoal e
que podemos perceber já no início da história — e subjetiva. objetiva.
“Do alto daquele jatobá, Iauaretê-mirim olhou e
viu o rio de cima”. Ainda que não participe
Orientações das ações apresenta-
Narrador participa das
Para a atividade 3, peça aos alunos que façam a das, pode fazer uma
ações apresentadas.
leitura dos dois trechos retirados do texto e que indi- narrativa mais compro-
quem qual é o foco narrativo de cada um deles. Após metida com o ocorrido.
a indicação, sugira que façam a reescrita dos dois tre-
chos, transcrevendo-os para o foco narrativo proposto. Permite que haja mais
Na atividade 4, os alunos deverão ler os trechos e Permite que haja mais
confiança do leitor/
indicar quem é o narrador. conexão entre narrador
ouvinte em relação às
e leitor/ouvinte, já que
ações narradas, pois,
3. a perspectiva torna o
geralmente, apresenta
a. Terceira pessoa. texto mais próximo de
Eu fui à beira do rio beber água e comecei a ob- as ações com mais
quem o lê/ouve.
servar nas águas minha imagem. Fiquei olhando, imparcialidade.
olhando, olhando.
b. Primeira pessoa.
Às vezes ele sentia vontade de onça; às vezes, Formas verbais flexiona- Formas verbais flexiona-
pensava como onça. Às vezes também ficava ma- das na primeira pessoa das na terceira pessoa
traqueando como um papagaio, talvez porque da enunciação. da enunciação.
ele tenha engolido um.
4.
a. Iauaretê-mirim. Ocorrência de verbos
b. Narrador-observador. Ocorrência profícua de de enunciação – verbos
c. Cobra Grande. classificadores quali- dicendi, como: “falar”,
ficativos, que demos- “perguntar”, “afirmar”,
tram juízo de valor do “responder”, “indagar”,
RETOMANDO narrador a respeito dos “replicar”, “argumen-
elementos narrados. tar”, “pedir”, “implorar”,
“comentar”, “exclamar”.
Orientações
É importante que cheguem à conclusão de que,
quando escrevemos um texto em terceira pessoa, o 3.
narrador não participa dos fatos narrados e, por isso, a. O trecho 2, cujo narrador é o indígena
seu ponto de vista tende a ser mais imparcial. Iauaretê-mirim.
Já em um texto narrado em primeira pessoa, o narrador b. O trecho 1, em que temos um narrador-observador.
participa do enredo como qualquer outro personagem e c. Não. Cada trecho apresenta a história sob um
tem seu campo de visão limitado, ou seja, não é onisciente ponto de vista diferente.
nem onipresente. Além disso, o narrador-personagem
nem sempre é o personagem principal.

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8. Contos da floresta: uma história de assombração
PÁGINA 38 PÁGINA 39

8. Contos da floresta: uma história de No início, estava imóvel, mas, depois, deslocou-se na direção do porto. O velho sentou em sua rede e

assombração ficou prestando atenção.


Ao observar a luz, notou que ela ficava mais forte a cada minuto. Por um instante, apagou-se, mas logo
voltou com mais intensidade, iluminando o caminho, já perto de casa.
1. Observe a imagem que ilustra a capa de um livro de con- Assustado, o velho pegou na beira da rede de sua mulher e murmurou:

Editora Peirópolis
tos, converse sobre ela com os colegas e reflita sobre a — Velha, tem alguém focando ali.
Mais que depressa, ela se sentou e, sem entender o que o velho dizia, perguntou:
questão a seguir.
— O que está acontecendo?
⊲ Como ele não a ouviu, falou novamente:
Analisando a imagem de capa dessa obra, onde você
— VELHA, TEM ALGUÉM FOCANDO ALI.
acha que as histórias desse livro se passam? Ela continuou a perguntar:
— O QUE DISSE?
O velho voltou a falar:
— TEM ALGUÉM FOCANDO ALI.
Finalmente, a velha entendeu. E, quando olhou, o fogo já estava perto. Então, sem poder fugir, trancaram

PRATICANDO a porta do quarto, abraçaram-se e ficaram esperando para ver o que aconteceria.
Eram duas visajes, que começaram a bater na porta.
— Abram esta porta, senão vamos arrombá-la e comer vocês!
Os velhos, como não escutavam, continuaram em total silêncio.
Acompanhe a leitura da narrativa de assombração “Dois velhos surdos”, do povo Maraguá, A visaje continuou batendo: pá, pá, pá…
do livro Contos da floresta, de Yaguarê Yamã. — Estamos famintos, se não abrirem a porta, vamos comer vocês.
(...) nada de os velhos ouvirem.
Dois velhos surdos As visajes já estavam em dúvida: “Será que tem alguém aqui?”
— Vamos tentar pela última vez. Se ninguém atender, vamos embora.
Numa aldeia distante, onde havia moradores, as pessoas conheciam histórias de visaje, mas nem tanto. Os velhos não abriram e as visajes partiram.
Ninguém naquele lugar tinha visto nenhuma manifestação sobrenatural. O pajé dizia que a aldeia era aben- Bem devagar, o marido olhou para o porto, pela brecha da janela do quarto, e viu o fogo indo longe.
çoada e, por isso, impossível nela aparecerem visajes. A maioria sabia de casos acontecidos noutros lugares, — VELHA, VENHA VER, OS BICHOS ESTÃO INDO.
que as pessoas contavam ao pôr do sol, como é o costume do povo indígena maraguá. Mas era só. A mulher, sem ouvir nada, perguntou:
Até que, de certo dia em diante, o que parecia impossível aconteceu. — O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
Visajes de todos os tipos e espécies passaram a rondar a aldeia e a assombrar os moradores. [...] Todo dia, Para que ela entendesse rápido, o marido a pegou pelas mãos e a levou para ver com ele. Feliz da vida, a
circulavam casos de fantasmas, bichos que apareciam no porto, na roça, dentro de casa à meia-noite. E cada mulher se empolgou e, com voz bem alta, falou:
vez que alguém ficava sabendo de uma visaje, mudava-se dali para outro lugar, uma outra aldeia. Família — OLHA, MARIDO, FORAM EMBORA.
por família, todas foram indo embora. Aos poucos, a aldeia ficou vazia. — FOI O QUE EU DISSE, MINHA VELHA. OS BICHOS FORAM EMBORA!
Nessa aldeia, morava um casal de velhinhos muito bondosos. Tratavam bem as pessoas, faziam remé- Nisso, as visajes, que já iam longe, ouviram as vozes dos dois.
dios e curas de pajelança. Porém, quase surdos, conversavam em voz alta e tinham dificuldade de ouvir as — Vamos voltar, tem gente naquela casa.
notícias que corriam. [...] E, como não ouviam as histórias de visajes como os demais, no que perceberam, Os velhos continuavam olhando, quando notaram que os fogos se aproximavam novamente. O velho,
estavam sozinhos. [...] assustado, avisou à mulher:
Então, o velho falou para a velha: — VELHA, ESTÃO VOLTANDO. SERÁ QUE OUVIRAM NOSSAS VOZES?
— NÃO SEI POR QUE TODOS FORAM EMBORA, MAS NÃO VAMOS SAIR DAQUI. ESSE É NOSSO LUGAR E — (...) ESTAMOS FALANDO TÃO BAIXO...
ONDE MORREREMOS, QUANDO CHEGAR NOSSA HORA. E, com voz bem alta, o velho mandou:
— SIM, MEU VELHO, VOCÊ TEM RAZÃO. NADA NOS FARÁ SAIR DAQUI. — VAMOS NOS ESCONDER.
E continuaram a morar na aldeia. Os bichos, impacientes, chegaram e empurraram a porta com força. Os velhinhos ainda tentaram se es-
Um dia, o velho convidou: conder no canto do quarto, mas foram pegos e mortos pelas visajes.
— VAMOS À BEIRA DO RIO TOMAR UM BANHO? Dias depois, pescadores chegaram à aldeia para visitar os velhinhos.
Banharam-se no porto da aldeia e voltaram para casa, alegres como sempre. O velho, sentindo fome, Entraram na casa e viram tudo desarrumado. Chamaram por eles, mas os encontraram torrados pela
perguntou: quentura das visajes.
— O QUE TEMOS PARA COMER? Foram embora assustados e nunca mais ninguém voltou a morar naquela comunidade, que passou a ser
— NÃO TEMOS NADA! — respondeu ela. chamada de “a comunidade assombrada dos velhinhos”.
— ENTÃO, VOU PEGAR ALGUNS PEIXES PARA O JANTAR. FIQUE FAZENDO O FOGO, POIS VOLTAREI LOGO!
YAMÃ, Yaguarê. Contos da floresta. São Paulo: Peirópolis, 2012. p. 47-53.
[...]
Jantaram, lavaram as mãos e sentaram em suas redes. [...]
⊲ Converse com os colegas:
De repente, surgiu um brilho um pouco distante.
Por que essa é considerada uma narrativa de assombração?

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1. Em dupla com um colega, analise o trecho a seguir, retirado da narrativa, e com-


Sinais de pontuação Funções
pare-o à sua reescrita.
Antecede a fala de um personagem e costuma
aparecer depois do verbo dicendi (no caso do
Trecho 1 trecho, as formas verbais perguntou e falou).
Então, o velho falou para a velha: Introduz a fala dos personagens no diálogo
— NÃO SEI POR QUE TODOS FORAM EMBORA, MAS NÃO VAMOS SAIR DAQUI. ESSE e também é usado para separar uma oração
É NOSSO LUGAR E ONDE MORREREMOS, QUANDO CHEGAR NOSSA HORA. intercalada, como no caso de “— respondeu ela”.
YAMÃ, Yaguarê. Contos da floresta. São Paulo: Peirópolis, 2012. p. 48.
É utilizado para formular perguntas diretas.

Indica uma ordem, como em “Fique fazendo o


fogo, pois voltarei logo!”, ou entusiasmo, como em
Trecho 2
“Velha, aqui estão os peixes!”.
O velho falou para a velha que não sabia por que todos tinham ido embora,
mas que não queria sair de lá. Disse-lhe que aquele era o lugar deles, onde Utilizado para marcar fim de frases e sentenças,
morreriam quando chegasse a hora. indicando pausa.

b. Quais foram os verbos de enunciação utilizados antes dos dois-pontos?


a. Que diferenças e semelhanças há entre os dois trechos?

3. Identifique os trechos em que as aspas foram utilizadas e transcreva-as, de acordo


com sua função.
b. Que sinais de pontuação há no primeiro trecho?

Função das aspas Uso das aspas

As aspas foram utilizadas para indicar a


fala das "visajes".
c. Em que trecho foi utilizado o discurso direto? E em que trecho foi utilizado o dis-
curso indireto? As aspas foram utilizadas para indicar
como a comunidade ficou conhecida
após o ocorrido com os velhinhos.

2. Leia com atenção outro trecho do texto “Dois velhos surdos” e faça o que se pede. RETOMANDO
Banharam-se no porto da aldeia e voltaram para casa, alegres como sempre. O velho, sentindo fome,
perguntou: 1. Agora, vamos registrar o que descobrimos?
— O QUE TEMOS PARA COMER?
— NÃO TEMOS NADA! — respondeu ela. a. Como identificar o discurso direto em um texto? E o discurso indireto?
— ENTÃO VOU PEGAR ALGUNS PEIXES PARA O JANTAR. FIQUE FAZENDO O FOGO, POIS VOLTAREI LOGO!
Pegou sua canoa e foi. Chegou ao lago, flechou dois tucunarés, ficou contente e voltou para casa. Colocou
os peixes em um jirau próximo e falou com voz bem alta:
— VELHA, AQUI ESTÃO OS PEIXES!
b. Que efeitos de sentido são alcançados com a marcação de discurso utilizada
a. Circule todos os sinais de pontuação que foram utilizados no texto. Em seguida, pelo autor do texto?
reflita sobre eles e complete o quadro a seguir.

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Habilidades do DCRC
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para
que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da
forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
EF15LP02 produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
EF15LP03 Localizar informações explícitas em textos.
Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira
EF15LP16 autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração
etc.) e crônicas.
Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre substantivo ou pronome pessoal e
EF04LP06
verbo (concordância verbal).
Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for
EF35LP22
o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.
Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de enunciação
EF35LP30
e explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.
Identificar a função na leitura e usar, adequadamente, na escrita ponto final, de interrogação, de exclamação,
EF04LP05 dois-pontos e travessão em diálogos (discurso direto), vírgula em enumerações e em separação de vocativo
e de aposto.
Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando
EF15LP10
esclarecimentos sempre que necessário.

Práticas de linguagem Contexto prévio


Análise linguística/semiótica (ortografização). Nos capítulos anteriores, os alunos trabalharam
com o discurso em primeira e em terceira pessoa.
Sobre o capítulo Neste capítulo, eles utilizarão esses conhecimentos
• Contextualizando: analisar a capa de um livro para levantar hipóteses sobre o discurso direto e o
de narrativas indígenas. discurso indireto, relacionando todos esses conceitos.
• Praticando: ouvir uma narrativa indígena e
Os alunos também já devem conhecer os sinais de
analisar e comparar trechos em discurso direto
pontuação, de modo a fazer inferências sobre o uso
e indireto, identificando os sinais de pontuação
de cada um deles.
utilizados.
• Retomando: registrar as descobertas do capítulo. Dificuldades antecipadas
Objetivo de aprendizagem Muitos alunos escrevem seus textos sem utilizar
Verificar a diferença entre discurso direto e indi- a pontuação ou a utilizam de maneira inadequada.
reto por meio da leitura, percebendo e identificando Em geral, apresentam dificuldades para compreen-
regularidades na presença dos sinais de pontuação. der a função de cada sinal. Por isso, acabam omitin-
do-os em suas produções, além de escreverem os
Materiais diálogos sem a organização prevista para o discurso
• Papel kraft. direto (uso de dois-pontos, parágrafo e travessão),
• Lápis de cor. por não conseguirem diferenciar o discurso direto
• Canetas hidrográficas. do indireto.

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CONTEXTUALIZANDO c. O primeiro trecho apresenta discurso direto. O
segundo trecho apresenta discurso indireto.
Orientações
Apresente, em uma roda de conversa, a capa do Orientações
livro Contos da floresta, do autor Yaguarê Yamã. Então, Peça aos alunos que se reúnam em duplas para
pergunte aos alunos: realizar a atividade. Eles devem ler os dois trechos e
• Onde vocês acham que as histórias desse livro se responder às perguntas em conjunto. Espera-se que
passam? percebam a estrutura dos trechos: em um, há diálogo
Espera-se que eles concluam que o espaço é a floresta. entre os personagens, com uso da primeira pessoa; no
Todos os contos desse livro são da cultura Maraguá. outro, contado pelo narrador, usa-se a terceira pessoa.
Essa etnia é conhecida pelos ribeirinhos como o povo Retome com os alunos esses conceitos, trabalhados
das histórias de assombração, pois os indígenas des- nos últimos três capítulos. Eles devem perceber que
sa etnia gostam muito de contar casos de fantasmas. ambos os trechos contam os mesmos fatos, mas com
Diga aos alunos que o povo Maraguá tem uma cultura diferentes estruturas e pontos de vista.
muito parecida com a do povo Sateré-Mawé, que eles
já conheceram. Expectativas de respostas
Muitos fatores fazem com que esses dois povos se- 2.
jam povos irmãos, como o lugar onde vivem – região a) É esperado que os alunos circulem todos os si-
do Baixo Amazonas, entre os estados do Amazonas e nais de pontuação no trecho e que preencham o
Pará. Houve, também, miscigenação entre os integrantes quadro relacionando cada sinal de pontuação à
dessas duas etnias — o próprio autor do livro é filho de respectiva função no trecho apresentado.
pai Sateré e mãe Maraguá. Os maraguás sobrevivem • Dois-pontos.
da pesca, da caça e da agricultura. • Travessão.
• Ponto de interrogação.
Expectativas de respostas • Ponto de exclamação.
Resposta pessoal. • Ponto final.
b) Os verbos de enunciação (dicendi) são “pergun-
tou” e “falou”.
PRATICANDO
Orientações
Orientações Divida a turma em duplas e peça que leiam as fun-
Leia para os alunos, em voz alta e com entonação ções apresentadas, reflitam sobre elas e respondam
adequada, o texto “Dois velhos surdos”. às questões.
• Por que essa narrativa pode ser considerada de É importante que os alunos percebam que, nesse
assombração? Você já ouviu outras histórias de gênero textual (narrativas indígenas) e em narrativas
assombração? Quais? em geral, os diálogos são muito recorrentes e, portanto,
Os alunos podem considerar que é de assombração sinais como dois-pontos, travessão, exclamação e in-
porque apresenta as “visajes”, seres monstruosos que terrogação aparecem com frequência. Esse uso ocorre
assombram e matam o casal de velhinhos surdos. menos frequentemente em outros gêneros, como notícias,
Espera-se que os alunos mencionem histórias que poemas e textos de divulgação científica.
ouviram de seus familiares ou em outros contextos Expectativas de respostas
comunitários e até mesmo escolares. 3.
Espera-se que o aluno transcreva o trecho: As visajes
Expectativas de respostas já estavam em dúvida:
1. “Será que tem alguém aqui?”
a. No primeiro trecho, há diálogo entre os dois per- Para a segunda indicação, espera-se que eles trans-
sonagens; no segundo, ocorre somente a fala crevam: Foram embora assustados e nunca mais
do narrador. Os dois trechos narram os mesmos ninguém voltou a morar naquela comunidade, que
fatos. passou a ser chamada de “a comunidade assom-
b. Dois-pontos, travessão, ponto final e vírgula. brada dos velhinhos”.

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Orientações parágrafo e travessão. A fala do personagem é
Ainda em duplas, os alunos vão analisar o uso das apresentada diretamente, sem a interferência do
aspas em duas situações. Depois da atividade, inicie uma narrador. Nesse caso, essa fala pode ser registrada
conversa sobre como o mesmo sinal de pontuação pode de maneira diferente do texto do narrador. Isso
cumprir diferentes funções na mesma narrativa. A excla- acontece, no texto, com o uso das letras maiús-
mação, por exemplo, pode expressar raiva, alegria, ordem culas para caracterizar a fala dos personagens
ou entusiamo, tendo sua função definida pelo contexto. e suas características (falar alto por conta da
surdez). Quando há o registro indireto da fala
do personagem, por meio do narrador, ele atua
RETOMANDO como intermediário entre o instante da fala do
personagem e o momento da leitura. No discurso
Orientações indireto, portanto, é o narrador quem reproduz
Sistematize com os alunos o que aprenderam duran- as falas dos personagens.
te este capítulo por meio das perguntas norteadoras. b) A escolha do discurso direto para os personagens,
Organize-os em uma roda de conversa, para que, em especialmente com o uso das letras maiúsculas,
conjunto, respondam aos questionamentos acerca do ajuda a reforçar a característica do casal, de
que foi estudado no capítulo e façam os registros no falar alto em razão da surdez. Esse é um dado
Livro do aluno. importante para o enredo da história, que só
ocorre em virtude dessa condição física dos per-
Expectativas de respostas sonagens. Do mesmo modo, ajuda a dar ênfase
a) Quando há o registro integral da fala do per- à fala direta das visajes, aproximando o leitor
sonagem. A organização desse discurso se dá dessas entidades assustadoras e aumentando
por meio da pontuação de diálogo: dois-pontos, o potencial assombroso da narrativa.

ANOTAÇÕES

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9. Q
 ue confusão! Vamos organizar os sinais?
PÁGINA 42 PÁGINA 43

9. Que confusão! Vamos organizar os sinais?


⊲ Você percebeu algo de estranho no trecho? O quê?
1. Leia o trecho a seguir, retirado da narrativa indígena “Dois velhos surdos”, de ⊲ O que pode ser observado acerca dos sinais de pontuação?
⊲ Qual seria a pontuação mais adequada para iniciar um diálogo e para organizar as
Yaguarê Yamã.
falas dos personagens?
⊲ O que pode ser observado acerca das formas verbais e da expressão destacadas?
[...] Banharam-se no porto da aldeia e voltaram para casa, alegres como sempre. O velho, sentindo fome,
⊲ Que verbos de enunciação e quais expressões seriam mais indicados para o
respondeu
: O QUE TEMOS PARA COMER — trecho? Por quê?
NÃO TEMOS NADA! — perguntou a velha.
Junto com seus colegas, organize os sinais de pontuação e os verbos de enunciação da
? ENTÃO VOU PEGAR ALGUNS PEIXES PARA O JANTAR. FIQUE FAZENDO O FOGO, POIS VOLTAREI LOGO!
forma mais adequada ao contexto do trecho lido. Registre o texto ajustado no caderno.
Pegou sua canoa e foi. Chegou ao lago, flechou dois tucunarés, ficou contente e voltou para casa. Colocou
os peixes em um jirau próximo e falou com voz bem baixa: —
VELHA, AQUI ESTÃO OS PEIXES!
Como ouvia cada vez menos, ela murmurou:
O QUÊÊÊÊÊ??!!! PRATICANDO
YAMÃ, Yaguarê. Contos da floresta. São Paulo: Peirópolis, 2012. p. 48.

1. Leia atentamente os trechos a seguir e complete-os com os sinais de pontuação


adequados.

a. VELHA VENHA VER OS BICHOS ESTÃO INDO

A mulher sem ouvir nada perguntou

O QUE ESTÁ ACONTECENDO

b. VELHA ESTÃO VOLTANDO SERÁ QUE OUVIRAM

NOSSAS VOZES

(...) ESTAMOS FALANDO TÃO BAIXO

2. Quais sinais de pontuação você utilizou para completar os trechos da questão


anterior?

43 LÍ NG UA P ORT U G U ESA

42 4 o ANO

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3. Junto com um colega, descubra quais verbos do quadro a seguir preenchem ade-
quadamente cada lacuna das frases. RETOMANDO

1. É hora de registrar o que aprendemos!


perguntou – convidou – respondeu – murmurou

a. Para que servem os sinais de pontuação em um texto?

a. Um dia, o velho :
— VAMOS À BEIRA DO RIO TOMAR UM BANHO?

b. Assustado, o velho pegou na beira da rede de sua mulher e


b. Quando utilizamos cada um dos sinais de pontuação a seguir?
:

— Velha, tem alguém focando ali. ⊲ Dois-pontos.

c. Banharam-se no porto da aldeia e voltaram para casa, alegres como sempre.

O velho, sentindo fome, : ⊲ Travessão.

— O QUE TEMOS PARA COMER?

d. VELHA, AQUI ESTÃO OS PEIXES! ⊲ Vírgula.

Como ouvia cada vez menos, ela :


— O QUÊÊÊÊÊ??!!!
⊲ Ponto final.
4. Identifique o tipo de discurso utilizado em cada um dos trechos a seguir.

a. [...] Banharam-se no porto da aldeia e voltaram para casa, alegres como sempre.
⊲ Ponto de interrogação.
O velho, sentindo fome, respondeu:
( ) Discurso direto. ( ) Discurso indireto.

⊲ Ponto de exclamação.
b. – VELHA, AQUI ESTÃO OS PEIXES!
( ) Discurso direto. ( ) Discurso indireto.

44 4 o ANO 45 L Í N G UA P O RT U G U ESA

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EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 42 20/12/2021 15:04


Habilidades do DCRC
EF15LP03 Localizar informações explícitas em textos.
Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira
EF15LP16 autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração
etc.) e crônicas.
Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por
EF35LP06 sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que
contribuem para a continuidade do texto.
Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for
EF35LP22
o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.
Identificar a função na leitura e usar, adequadamente, na escrita ponto final, de interrogação, de exclamação,
EF04LP05 dois-pontos e travessão em diálogos (discurso direto), vírgula em enumerações e em separação de vocativo
e de aposto.

Práticas de linguagem Contexto prévio


Análise linguística/semiótica (ortografização). No capítulo anterior, os alunos exploraram o uso
do discurso direto e do discurso indireto, bem como
Sobre o capítulo
• Contextualizando: ler um trecho da narrativa verificaram a pontuação utilizada nos textos. Esse co-
indígena “Dois velhos surdos”. nhecimento será utilizado nas atividades deste capítulo.
• Praticando: organizar a pontuação de um texto
Dificuldades antecipadas
e realizar atividades sobre pontuação e verbos
de enunciação. Muitos alunos escrevem textos sem utilizar a pon-
• Retomando: registrar as conclusões a que chegaram tuação ou a utilizam de maneira inadequada.
sobre os tópicos estudados. A falta de conhecimento e a incerteza sobre como
usar a pontuação podem decorrer, também, da difi-
Objetivos de aprendizagem culdade na interpretação textual e na decodificação
• Completar trechos de uma narrativa indígena, das palavras, graças à provável recente aquisição
utilizando a pontuação adequada. da escrita alfabética. Em geral, na organização e na
• Compreender os efeitos de sentido decorrentes do
elaboração do texto, alguns alunos podem apresentar
uso de discurso direto e de verbos de enunciação.
maior dificuldade em reconhecer o uso de cada sinal
Materiais de pontuação, já que, muitas vezes, estará atrelado
• Uma folha de cartolina, papel kraft ou papel a metro. aos efeitos de sentido pretendidos.

CONTEXTUALIZANDO promovendo a reflexão.


• Que sinais estão empregados fora de contexto?
Orientações É esperado que os alunos percebam os dois-pon-
Convide os alunos a realizar a leitura silenciosa do tos em início de frase; o travessão no fim; o ponto de
trecho do texto “Dois velhos surdos” e pergunte a eles interrogação no início; o travessão após dois-pontos,
se perceberam algo de estranho nele. É esperado que em fim de frase
percebam que alguns dos sinais de pontuação estão • Qual seria a pontuação mais adequada para iniciar um
fora de lugar. Dois-pontos e interrogação em contexto diálogo e para organizar as falas dos personagens?
em que deveria ocorrer travessão, travessão em con- É esperado que digam que os dois-pontos devem
texto de interrogação, travessão logo após dois-pon- vir depois da forma verbal de enunciação e, na linha
tos, sem paragrafação. Há, também, formas verbais seguinte, o travessão, antes da fala dos personagens.
de enunciação e expressões que não condizem com o • Em vez de travessão, no fim da frase “O que temos
conteúdo e com a forma do texto: “respondeu” no lugar para comer?”, qual seria o sinal mais adequado?
de “perguntou”, “voz bem baixa” no lugar de “voz bem Por quê?
alta”, “murmurou” em vez de “respondeu” ou “gritou”. Ponto de interrogação, porque é uma pergunta que
Dirija os questionamentos a seguir aos alunos, o velho faz para a velha.

43 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 43 20/12/2021 15:04


• O que pode ser observado acerca das formas verbais Aproveite para comentar detidamente com os alunos
e da expressão destacadas? a função da vírgula nesses trechos. No caso do trecho
Uma pergunta é introduzida pela forma verbal respon- “— VELHA, VENHA VER (...)”, a vírgula isola o vocativo
deu; com voz bem baixa “respondeu”; a expressão “com “velha”. Em “A mulher, sem ouvir nada, perguntou (...)”,
voz bem baixa” antecede a inserção de uma fala cujo a vírgula isola a oração “sem ouvir nada”. Em “— Velha,
estilo representa um grito; e a forma verbal “murmurou” estão voltando (...)”, a vírgula também isola o vocativo
antecede uma fala cujo estilo também representa um “velha”.
grito. Ou seja, as formas verbais e a expressão estão
empregadas fora de contexto. Expectativas de respostas
• O que poderia ser feito para adequar a esse trecho? 1.
Trocar “respondeu” por “perguntou”; “voz bem a. — VELHA, VENHA VER, OS BICHOS ESTÃO INDO.
baixa” por “voz bem alta”, que anuncia mais adequa- A mulher, sem ouvir nada, perguntou:
damente a fala com letras maiúsculas e à exclamação; — O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
e trocar, por fim, “murmurou” por “respondeu” ou b. — VELHA, ESTÃO VOLTANDO. SERÁ QUE OUVIRAM
“gritou”, que parece se ajustar mais ao trecho “O NOSSAS VOZES?
QUÊÊÊÊÊ??!!!”, já que o verbo “murmurar” indica que — (...) ESTAMOS FALANDO TÃO BAIXO.
ela falou baixo, mas as letras maiúsculas represen-
Na atividade 3, é importante ressaltar que os verbos
tam grito ou voz alta.
dicendi, de enunciação, aparecem anunciando a fala
Leve os alunos a refletir sobre a função dos verbos
de algum personagem. Mostre aos alunos que, depois
de enunciação, que devem se ajustar ao conteúdo da
desses verbos, ocorrem dois-pontos (:), seguidos da
fala, e sobre o emprego de pontuação correspondente,
fala propriamente dita, introduzida por um travessão
pois indica como a fala do personagem deve ser lida/
(—). No caso de o verbo dicendi ocorrer depois da fala,
interpretada.
é possível usar outro travessão, como em “— Vamos
Depois, peça aos alunos que, em grupo, reescrevam
tomar banho de rio? — convidou o velho”.
o texto no caderno, fazendo as adequações necessárias.
Na atividade 4, ajude os alunos a compreender que
Em seguida, peça a eles que leiam o trecho reescrito.
o item A corresponde à fala de um narrador-observador,
Expectativas de respostas característica do discurso indireto.
Banharam-se no porto da aldeia e voltaram para No item B, chame a atenção para o uso do travessão,
casa, alegres como sempre. O velho, sentindo fome, que indica que o trecho é um discurso direto.
perguntou:
Expectativas de respostas
— O QUE TEMOS PARA COMER?
3.
— NÃO TEMOS NADA! — respondeu ela.
a. É esperado que os alunos percebam que o velho
— ENTÃO VOU PEGAR ALGUNS PEIXES PARA O JANTAR.
convidou a velha para tomar um banho no rio.
FIQUE FAZENDO O FOGO, POIS VOLTAREI LOGO!
b. A forma verbal "murmurou" fica mais adequada
Pegou sua canoa e foi. Chegou ao lago, flechou
ao contexto. Espera-se que os alunos percebam
dois tucunarés, ficou contente e voltou para casa.
que as falas estão em letras minúsculas.
Colocou os peixes em um jirau próximo e falou com
c. Precedendo dois-pontos, seguidos de paragrafação
voz bem alta:
e travessão, espera-se que os alunos percebam
— VELHA, AQUI ESTÃO OS PEIXES!
que se trata de uma pergunta em discurso direto,
Como ouvia cada vez menos, ela respondeu:
de modo que a forma verbal mais adequada ao
— O QUÊÊÊÊÊ??!!!
contexto é "perguntou".
d. Precedendo dois-pontos, seguidos de paragrafação
PRATICANDO e travessão, espera-se que os alunos percebam
que se trata de uma resposta, ainda que em forma
Orientações de pergunta, em discurso direto.
Para a atividade 1, divida a turma em duplas e peça 4.
aos alunos que leiam os trechos, reflitam sobre eles e a. Discurso indireto.
completem as lacunas. b. Discurso direto.

44 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 44 20/12/2021 15:04


RETOMANDO para a construção de sentido pretendida e aju-
dando na melhor compreensão da mensagem.
Orientações É importante que os alunos percebam, também,
Sistematize com os alunos o que aprenderam du- que eles sinalizam a entonação das frases, isto
rante este capítulo. é, funcionam como recursos rítmicos e melódicos
Prepare uma cartolina (papel kraft ou papel a me- que emulam a linguagem falada.
tro) com as mesmas anotações do quadro, a fim de b.
registrar algumas respostas e de deixar a produção • Dois-pontos: Antecedem a fala de um personagem
afixada, preferencialmente, no painel da sala de aula, e costumam aparecer depois do verbo dicendi.
para futuras consultas. Solicite aos alunos que regis- • Travessão: Introduz a fala dos personagens no
trem as descobertas, para que possam resgatar essas diálogo e também é usado no fim da fala, quando
o verbo dicendi ocorrer posteriormente, como no
informações quando for necessário.
trecho “— Não temos nada! — respondeu ela”.
Caso julgue interessante, compartilhe com os alunos
• Vírgula: Tem muitas funções, como isolar o vo-
uma lista de verbos dicendi (de enunciação): “pergun-
cativo e isolar aposto ou oração e organizar
tar”, “murmurar”, “convidar”, “responder”, “chamar”,
enumerações.
“dizer”, entre outros. • Ponto final: Finaliza frases, indicando encerra-
mento do sentido.
Expectativas de respostas
• Ponto de interrogação: Indica perguntas diretas.
1.
a. É provável que respondam que os sinais de pon-
tuação organizam melhor o texto, colaborando

ANOTAÇÕES

45 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 45 20/12/2021 15:04


10. Aprendendo com a sabedoria dos avós
PÁGINA 46 PÁGINA 47

10. Aprendendo com a sabedoria dos avós


PRATICANDO
⊲ Ouça a leitura que o professor vai fazer.

Meus tempos de criança Ouça com atenção a história “O saber das avós”, de Daniel Munduruku.
Recordo-me sempre dos meus tempos de menino, quando meu bisavô me colocava em seu colo para O saber das avós
contar as histórias do meu povo. Embora entendesse pouco da narrativa, ficava deslumbrado com a inten-
sidade de sua rouca voz amaciada pelo tempo. É que parecia que meu velho bisavô se transfigurava ao dizer Às mulheres velhas chamamos avós. Todas são nossas avós e temos muito respeito por elas. São pes-
o indizível retratado nos contos que narrava com tamanha convicção. Era como se visse o invisível… Contava soas especiais, experientes, bondosas. Sabem acolher como ninguém e nada passa despercebido a elas.
as histórias que deram origem ao nosso povo; os mitos primordiais que estruturaram a visão do universo Funcionam como “antenas” da comunidade, pois sabem ouvir e dar conselhos a todas as pessoas.
habitado pela “minha gente”. Elas têm um carinho especial pelas crianças. Gostam de ensinar, contar histórias enquanto tecem os
[...] Sentávamos no terreiro em frente às nossas casas e, muitas vezes, só levantávamos quando o sol se cestos ou confeccionam artefatos de barro.
apresentava para nos saudar. [...] Quantas vezes vaguei em meio às estrelas, embalado ao som da música Lembro de um dia em que cheguei junto de minha avó enquanto ela confeccionava um cesto novo. Seus
que ouvia na narração do velho bisavô. Quantas vezes fui arrebatado para os confins longínquos do universo dedos ágeis teciam as talas de bambu com tanta velocidade que era difícil acompanhá-la. Quando notou
por imaginar-me o herói civilizador do meu povo! Nessa época, tinha pouco mais de cinco anos! minha presença, convidou-me para sentar.
Hoje, tantos anos depois daquela experiência e já curtido pelo contato com outras culturas, posso refletir — Como vai o meu neto hoje?
sobre o que vi e vivi durante aqueles anos e dizer o que me fez e faz calar quando recordo, com saudades, das — Estou bem, minha avó.
narrativas que meu bisavô contava. — Não diga que está bem quando você não está. O que aconteceu?
Parece-me que hoje posso dizer que as histórias que aquele velho contava eram seus próprios sonhos — Briguei com meu melhor amigo. Não foi por querer, mas ele me chateou muito.
ou, ao menos, eram como sonhos que não diziam nada acerca deste mundo externo em que nos movemos, — O que aconteceu para você ficar tão magoado?
mas, por outro lado, dizem muito de um mundo que mexe em nossas entranhas. Aprendi, depois, que as — Ele disse que eu não era corajoso como ele.
histórias são falsas, porém muitas vezes, deparei-me com pessoas que choravam por causa delas e, estra- Ao ouvir minhas palavras, minha avó levantou-se da esteira onde estava e veio ao meu encontro. Sentou-se
nhamente, que esse choro as tornava verdadeiras! O mistério estava resolvido, porque notei que as histórias no banquinho de toco de árvore e pediu-me para sentar no seu colo, pois queria ver se eu tinha piolhos.
delimitam os contornos de uma grande ausência que mora em nós. [...] Obedeci.
Tudo isso é poesia pura! E é por meio dela que eu consigo compreender o que é ter uma identidade que — O que você acha que levou seu amigo a dizer isso a seu respeito?
se formalize na tradição oral. Não dá para ser diferente. Se alguém quiser compreender minha cultura, co- — Não sei. Acho que pode ter sido por causa da menina Kaamá.
mece a ler nossas histórias, comece a sintonizar com os nossos heróis, comece a vivenciar nossa poesia! — Ele disse isso para você na frente de Kaamá?
— Disse, sim. Eu fiquei envergonhado e muito bravo com ele.
MUNDURUKU, Daniel. Histórias de índio. Il. Maté. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2016. p. 30-40.
— Compreendo. Apenas acho que ele não fez por mal, ou porque não gosta de você. Ele apenas viveu um
momento infeliz. Você precisa procurar seu amigo e conversar com ele.
1. Converse com o professor e com seus colegas. — Não estou com vontade de conversar com ele nunca mais.
⊲ Assim como Munduruku, você já ouviu alguma história contada por seu avô ou — Você está crescendo, meu neto. Já é quase um homem e precisa encarar os desafios de frente, sem
correr ou se esconder deles. Precisa entender que as pessoas erram. Algumas vezes, erram sem ter noção
por algum idoso da família?
de que estão fazendo algo ruim. Os amigos, às vezes, cometem erros também.
⊲ Que tipo de histórias ele costuma contar?
— Mas, vó, ele sabe que eu gosto de Kaamá. Por que ele foi dizer isso logo perto dela? Assim, ela vai achar
⊲ Assim como na cultura dos indígenas, existem momentos em sua família para que não sirvo para ser seu namorado.
compartilhar ensinamentos? Com quem você mais gosta de conversar? Minha avó deve ter sorrido por sobre minha cabeça. Senti seu peito sacudir meu corpo. Era um sorriso de
compreensão. Ela já devia ter ouvido tantas vezes essas conversas que pensava como a história das pessoas
2. Forme dupla com um colega e tente imaginar um diálogo entre Munduruku e o se repete. Afagou meu cabelo comprido com muito carinho.
bisavô dele. — Nada há que lhe diga que possa diminuir sua desconfiança. Só você poderá resolver isso junto com seu
⊲ Qual seria o assunto do diálogo? amigo e com Kaamá. Se fizer isso, nada ficará entre vocês, e aí verão que a melhor coisa é resolver o conflito
que se instalou. Se não quiser fazer isso, tudo bem, mas lembre-se de que é dessa forma que demonstramos
⊲ Que sinais de pontuação você usaria?
coragem. É porque coragem não é só enfrentar onças e surucucus, bichos ferozes ou espíritos da floresta.
⊲ O que eles poderiam falar um para o outro?
Coragem é a gente olhar para dentro de si mesmo e ser capaz de tomar as atitudes mais adequadas para
viver bem. Compreendeu, meu neto?
Fiz que sim com a cabeça e percebi que era hora de ir embora. No caminho, topei com meu amigo. Ele
me olhou, desconfiado. Talvez achasse que eu ia brigar com ele. Não fiz isso. Eu o abracei e fomos brincar
no igarapé.
MUNDURUKU, Daniel. Catando piolhos, contando histórias. Il. Maté. São Paulo: Escarlate, 2014. p. 36-39.

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PÁGINA 48 PÁGINA 49

1. Agora, releia com sua dupla o trecho a seguir. 2. Preparado para um desafio? Imagine que você se desentendeu com um colega de
[...] quem gosta muito e que foi contar o caso para sua avó. Elabore um pequeno diá-
— Como vai o meu neto hoje? logo entre você e ela, registrando os conselhos que imagina que ela daria a você.
— Estou bem, minha avó. Não se esqueça de usar a pontuação adequada e os verbos dicendi.
— Não diga que está bem quando você não está. O que aconteceu?
— Briguei com meu melhor amigo. Não foi por querer, mas ele me chateou muito.
— O que aconteceu para você ficar tão magoado?
— Ele disse que eu não era corajoso como ele. [...]
MUNDURUKU, Daniel. Catando piolhos, contando histórias. Il. Maté. São Paulo: Escarlate, 2014. p. 36.

a. O trecho apresenta discurso direto ou discurso indireto?

b. Como você chegou a essa conclusão?

c. Que sinais de pontuação foram usados?

2. Reescreva o trecho do texto da questão anterior, fazendo as adequações necessá-


rias na forma do discurso indireto.

3. Quando terminar sua escrita, troque seu texto com um colega. Você vai analisar o
texto dele e ele vai analisar o seu. Complete o quadro do livro do colega com suas
observações, segundo as afirmações a seguir.

Muito bom Bom Pode


Afirmações melhorar

⊲ Que mudanças você fez na estrutura do texto?


Apresenta as falas dos personagens em discurso direto.

Usa um narrador para introduzir a fala dos personagens.

RETOMANDO Muda de linha para indicar alternância de fala de


personagens.

É hora de registrar tudo o que você aprendeu!


Usa sinais de pontuação adequados, como dois-pontos
1. Que diferenças você observou entre o discurso direto e o discurso indireto? e travessão.

Usa verbos de enunciação.

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Habilidades do DCRC
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para
que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da
forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
EF15LP02 produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
EF15LP03 Localizar informações explícitas em textos.
Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa,
os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a
EF15LP05 circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização
e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso,
informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
EF15LP06
aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.
Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando,
EF15LP07
quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.
Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira
EF15LP16 autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração
etc.) e crônicas.
EF35LP03 Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por
EF35LP06 sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que
contribuem para a continuidade do texto.
Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas
EF35LP07 de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação,
vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.
Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais,
possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes
EF35LP08
anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com
nível suficiente de informatividade.
Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de
EF35LP09
acordo com as características do gênero textual.
Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for
EF35LP22
o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.
Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com
EF35LP29
base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.
Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de enunciação
EF35LP30
e explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.
Identificar a função na leitura e usar, adequadamente, na escrita ponto final, de interrogação, de exclamação,
EF04LP05 dois-pontos e travessão em diálogos (discurso direto), vírgula em enumerações e em separação de vocativo
e de aposto.

Práticas de linguagem • Praticando: escrever a continuação de uma


Análise linguística/semiótica (ortografização). narrativa indígena.
• Retomando: registrar as descobertas e realizar
Sobre o capítulo uma atividade de avaliação em pares.
• Contextualizando: analisar narrativas indígenas
e transformar trechos de discurso direto em
discurso indireto.

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Objetivos de aprendizagem acordo com ocorrência de discurso direto ou de discurso
• Comparar discurso direto e discurso indireto, indireto, conceitos trabalhados nos capítulos anteriores.
recordando os sinais de pontuação presentes no
discurso direto e aplicando-os adequadamente, Dificuldades antecipadas
por meio da reescrita de trechos de narrativas As atividades requerem atenção dos alunos para as
conhecidas. diferenças entre discurso direto e discurso indireto em
narrativa ficcional. Os alunos podem apresentar dificuldade
Contexto prévio para identificar as diferentes formas de apresentação
Os alunos devem ser capazes de reconhecer os sinais do discurso em razão de pouca familiaridade com esse
de pontuação e perceber características das narrativas de recurso da língua e com o gênero textual.

CONTEXTUALIZANDO Então, peça a eles que imaginem um diálogo entre


Munduruku e seu bisavô. Depois, pergunte aos alunos:
Orientações • Assim como Munduruku, você já ouviu alguma história
Leia pausadamente o trecho do texto para os alu- contada por seu avô ou por uma pessoa mais velha
nos e ressalte que eles já tiveram contato com o autor de sua família?
em capítulos anteriores. Em seguida, leve-os a refletir • Que tipo de histórias essa pessoa costuma contar?
sobre um possível diálogo entre o autor e seu bisavô. Existem momentos em sua família para compartilhar
No que diz respeito à tradição, há uma preocupação ensinamentos? Com quem você mais gosta de conversar?
dos indígenas mais velhos em ensinar a cultura de seu Essas perguntas têm o intuito de ativar conheci-
povo às crianças e aos jovens. Eles se reúnem com filhos mentos prévios dos alunos acerca do uso do discurso
e netos para contar histórias, a fim de que os mais jovens direto, em oposição ao discurso indireto, presente no
possam conhecer a memória ancestral de seu povo e dar relato lido. Durante a escrita, incentive-os a explorar
continuidade a ela. As histórias repassadas estabelecem criativamente as possibilidades dialógicas e chame a
um vínculo entre gerações, especialmente pelas narrativas atenção deles para as escolhas que fazem, como o
míticas, sobre a origem do mundo, dos deuses e das pes- eventual apoio em um narrador, assim como em verbos
soas. As histórias tradicionalmente orais são capazes de de enunciação. Peça a alguns alunos que compartilhem
levar os ouvintes para um universo imaginário, localizado os diálogos que criaram.
no início dos tempos, despertando a curiosidade por meio
de enigmas, parábolas, metáforas e soluções de mistérios,
componentes muito presentes nessas narrativas. PRATICANDO
O autor valoriza muito a sabedoria do bisavô.
Munduruku recorda com saudades as histórias que o Orientações
faziam se sentir até herói de seu povo, relatando que Divida a turma em duplas e leia em voz alta, pau-
seu bisavô contava seus sonhos, que diziam muito a sadamente, o texto “O saber das avós”.
respeito de seu povo. Depois da leitura, peça aos alunos que, em duplas,
Munduruku comenta, também, que as narrativas respondam às questões. Eles devem compartilhar suas
indígenas, ora consideradas fictícias, ao despertarem conclusões com os colegas, bem como perceber que o
sentimentos e emoções profundas em seus ouvintes, trecho apresenta narrativa em discurso direto, pois traz
tornam-se verdadeiras. um diálogo com as falas dos personagens, indicado
pela utilização do travessão.
Expectativas de respostas
1. Resposta pessoal. Expectativas de respostas
1.
Orientações a. Discurso direto.
Faça os questionamentos a seguir aos alunos. b. Apresenta um diálogo, reproduzindo as falas das
• Vocês observaram diálogo nesse texto? personagens.
Certamente, os alunos dirão que não há diálogo, c. Foram utilizados travessão e dois-pontos para
porque se trata de um relato de Daniel Munduruku sobre indicar a fala dos personagens, o que caracteriza
sua infância e não há falas de personagens. o discurso direto.

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Orientações sem a interferência do narrador. Ocorre mudança
Solicite aos alunos, ainda em duplas, que façam de linha para indicar mudança de personagem.
a releitura do trecho narrado em discurso direto. Eles Aparecem sinais de pontuação como dois-pontos,
deverão adaptá-lo para o discurso indireto. Peça a travessão, ponto de interrogação, exclamação,
algumas duplas que leiam em voz alta sua resposta vírgula e ponto-final. Há verbos dicendi mais
e registre a mais adequada no quadro, a fim de que neutros como “falou”, “respondeu” e “disse”, ou
todos visualizem as diferenças entre os dois discursos. mais expressivos, como “gritou”, “murmurou” e
Pergunte aos alunos, então, o que eles perceberam “lamentou”.
na estrutura dos dois textos. Espera-se que tenham • Características do discurso indireto: O narrador
percebido que, no discurso indireto, o narrador conta reproduz, com suas palavras, o que os personagens
os fatos que ocorreram e que reproduz, com suas pa- disseram. Prevalecem o ponto-final e a vírgula.
lavras, o que os personagens disseram, prevalecendo, No discurso indireto, por não haver a fala direta
principalmente, a vírgula e o ponto-final. No discurso do personagem, não identificamos os dois-pontos
indireto, por não haver reprodução direta da fala do e o travessão. É possível o uso de exclamação e
personagem, não identificamos dois-pontos e nem tra- de interrogação na fala do narrador.
vessão. Os pontos de interrogação ou de exclamação,
eventualmente, podem aparecer. Orientações
Para a atividade 2, peça aos alunos que trabalhem
Expectativas de respostas individualmente. Ressalte a necessidade da elaboração
2. Resposta pessoal. de um diálogo e reforce a importância da estrutura do
discurso direto, respeitando suas características.
Ressalte que esta atividade prevê a elaboração de
RETOMANDO um diálogo e que, portanto, eles devem prestar atenção
à estrutura do texto.
Durante a atividade, circule pela sala para verificar
Orientações
se todos estão trabalhando no texto e se algum aluno
Peça aos alunos que reflitam sobre o que aprenderam
apresenta mais dificuldades de escrita.
nos capítulos 7, 8 e 9 desta unidade e que preencham
A atividade 3 é um momento para a avaliação entre
o quadro, listando as características do discurso direto
pares. Quando terminarem, peça a eles que troquem o
e do discurso indireto. Oriente-os a preencher o quadro
texto com um colega e que analisem os textos, seguin-
individualmente, pois este é o momento de obter infor-
do os descritores do quadro como guia. Explique-lhes
mações sobre os avanços individuais. Por meio dessa
esses descritores e o significado das estrelas, para que
avaliação, será possível focar nos aprimoramentos ne-
cada aluno saiba o que precisa avaliar no trabalho do
cessários nos marcos seguintes do percurso escolar.
colega. Ao observar os descritores e a avaliação do
Os alunos que desejarem poderão ler suas respostas
colega, os alunos podem revisitar seu texto e perceber
em voz alta.
se as observações do colega são pertinentes.
Expectativas de respostas
Expectativas de respostas
• Características do discurso direto: Registro da fala
3. Resposta pessoal.
dos personagens. O personagem fala diretamente,

ANOTAÇÕES

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11. Conto, reconto e encontros
PÁGINA 50 PÁGINA 51

11. Conto, reconto e encontros


Ouça novamente a narrativa indígena “Juruá e Anhangá”, lida no capítulo 4 desta unidade. Quem narrou essa
história?
Juruá e Anhangá
Kamakuã era a mulher mais bela da aldeia, mas também era a mais respeitada – afinal de contas, ela
tinha um marido que, além de guerreiro, era onça.
Kamakuã teve dois filhos: Juruá e Iauaretê-mirim. [...] Juruá tornou-se excelente caçador.
Vinha com caça farta e presenteava seu irmão, seu pai, sua mãe e todos da aldeia.
Juruá, infelizmente, tornou-se também exibicionista. Caçava além das necessidades e muitas vezes dei-
xou animais apodrecerem na floresta pelo prazer de matar. Quando e onde se
Um dia, Anhangá, o espírito protetor das florestas, se apresentou a ele na forma de uma branca borboleta: passa essa história?
– Juruá, que tal buscar o alimento somente para suprir a fome?!
Juruá não deu ouvidos à borboleta. [...]
Então, Anhangá apareceu novamente diante de Juruá na forma de um beija-flor:
– Juruá! Pare rápido! Tupã não está gostando disso e me deu autoridade para fazê-lo parar de uma vez!
[...]
Uma lua se passou.
Uma noite, Anhangá apareceu como coruja diante de Juruá e disse:
Quais são seus
– Escute, Juruá, se você não parar com tanta desordem, uma tragédia pode acontecer. personagens principais?
– Isso é uma ameaça?
– Não. Isso é uma visão.
Outra lua se passou.
Era o tempo em que as flores saem das árvores e das plantas.
Juruá caminhava pela floresta quando viu um belo animal na sua frente.
Era o mais arisco e o mais difícil de caçar. Era um lindo cervo. Era de um branco raro e seus pés eram
como as mais rápidas flechas em disparada.
Juruá também era ágil e rápido. Armou o arco e atirou. Acertou em cheio. Qual é o conflito
gerador?
O cervo caiu. Juruá se aproximou. O cervo foi se transformando, se transformando e foi virando gente.
Foi virando uma mulher.
Era sua mãe.
A lua cheia brilhou avermelhada naquele dia.
A coruja assobiou. Juruá chorou. Anhangá havia transformado Kamakuã em cervo para dar uma lição ao
jovem guerreiro.
JECUPÉ, Kaká Werá. As fabulosas fábulas d.e Iauaretê. São Paulo: Peirópolis, 2007. p. 38-43.
Qual é a resolução
do conflito?
1. Faça anotações sobre a narrativa no quadro a seguir.

Qual é a origem das 2. Converse com os colegas sobre as questões a seguir.


narrativas indígenas? ⊲ Em sua comunidade, existem pessoas que gostam de contar histórias?
⊲ Que tipos de histórias elas costumam contar?
⊲ O que é necessário para recontar uma narrativa indígena?

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⊲ O que precisamos melhorar nos próximos recontos?


PRATICANDO

1. Vamos fazer um reconto oral coletivo?


Imagine que a turma foi passear em uma floresta e, de repente, encontrou Juruá.
Nesse encontro, ele relatou como perdeu sua amada mãe, Kamakuã. Como Juruá
contaria essa história? Cada um contará uma parte da história.
Vamos começar?
RETOMANDO
Lembre-se de que, para recontar a história, precisamos:
⊲ dizer onde e quando ela aconteceu; 1. Por que contamos histórias?
⊲ narrar como encontramos Juruá;
⊲ recontar todos os acontecimentos que ele relatou;
⊲ dizer como nos despedimos dele.

Também precisamos:
⊲ manter o tom de voz adequado, a postura e a concentração;
⊲ evitar a repetição de palavras e de ideias, para que a narrativa não fique
cansativa; 2. Qual história você mais gosta de ouvir?
⊲ fazer acréscimos ao que foi contado por Juruá, para dar andamento à
sequência de acontecimentos.

2. Vamos analisar nosso reconto?

Pode
Afirmações. Muito bom Bom
melhorar
3. Que elementos não podem faltar no reconto de uma narrativa indígena?

Nossa história teve início, meio e fim.

Todos conseguiram fazer o reconto sem repetir


muitas palavras.

4. Você conhece outras formas de contar histórias? Se sim, quais?


Conseguimos atingir o objetivo proposto.

Trocamos palavras como “né” e “daí” ou outras que


tornam o relato cansativo por palavras ou expressões
como “então”, “de repente”, “em seguida”, “porque”,
“pois”, “como” etc., deixando o texto mais coeso.

O tom de voz de todos estava adequado.

52 4 o ANO 53 L Í N G UA P O RT U G U ESA

50 4 o ANO

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Habilidades do DCRC
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para
que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da
forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
EF15LP02 produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
EF15LP03 Localizar informações explícitas em textos.
Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa,
os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a
EF15LP05 circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização
e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso,
informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
EF15LP06
aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.
Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações,
EF15LP13
apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).
Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira
EF15LP16 autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração
etc.) e crônicas.
EF15LP19 Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.
EF35LP03 Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por
EF35LP06 sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que
contribuem para a continuidade do texto.
Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas
EF35LP07 de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação,
vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.
Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais,
possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes
EF35LP08
anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com
nível suficiente de informatividade.
Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de
EF35LP09
acordo com as características do gênero textual.
Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for
EF35LP22
o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.
Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com
EF35LP29
base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.

Práticas de linguagem Objetivos de aprendizagem


Oralidade. • 
Apreciar alguns recontos orais de narrativas
indígenas, identificando as condições de produção,
Sobre o capítulo circulação e recepção do gênero.
• Contextualizando: ouvir novamente a história • Expressar oralmente ideias e opiniões.
indígena “Juruá e Anhangá” e anotar os elementos • Reconhecer as narrativas indígenas como patrimônio
presentes nessa narrativa. cultural.
• Praticando: recontar coletivamente a narrativa
e analisar o reconto da turma. Materiais
• Retomando: anotar as conclusões da turma • Canetas hidrográficas.
sobre o reconto de narrativas indígenas. • Duas cartolinas ou duas folhas de papel kraft.

51 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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Contexto prévio Dificuldades antecipadas
Neste capítulo, os alunos começam a trabalhar com Muitos alunos podem apresentar dificuldades em
a oralidade relacionada às narrativas indígenas. Nesse fazer um reconto oral de narrativas indígenas e de
sentido, espera-se que, neste momento do percurso es- textos literários em geral. Isso pode ocorrer devido
colar, já tenham tido experiências de reconto de textos à pouca familiaridade com a forma composicional
que leram ou ouviram. e com o estilo do gênero em questão. Dificuldades
com a compreensão da trama da narrativa também
podem prejudicar o reconto.

CONTEXTUALIZANDO
PRATICANDO
Orientações
Pergunte aos alunos se eles se lembram da lenda Orientações
indígena “Juruá e Anhangá”. Leia o texto em voz alta. Escolha um lugar aconchegante – pode ser na
Dirija os questionamentos aos alunos e registre própria sala de aula, em uma biblioteca que tenha
as respostas no quadro, orientando-os a registrá-las, espaço adequado ou em algum ambiente externo da
também, no Livro do aluno. escola. Solicite aos alunos que se sentem dispostos
Pergunte aos alunos se, na comunidade em que vivem, em uma roda.
existem pessoas que gostam de contar histórias. Se sim, Leia a proposta. Reforce com eles a importância
quais. É possível que eles digam que as pessoas mais de recontar uma história com foco na sequência dos
velhas da comunidade costumam contar histórias de as- fatos narrados, na entonação e na postura. Também é
sombrações relacionadas aos contos populares. Durante muito importante que, ao recontar uma história, evitem
a conversa, ressalte que, ao ler ou recontar uma narrativa a repetição desnecessária de palavras e de ideias,
indígena, características que fazem parte de seu estilo e de para que não se torne cansativa. Além disso, devem
sua forma composicional deverão ser consideradas, como evitar o uso excessivo de marcadores conversacionais
a presença de narrador, o espaço e o tempo em que se típicos dos textos orais não planejados, como “tipo”,
passa a história, os personagens principais e secundários, “né” e “daí”.
o conflito e o desfecho (ou resolução). É importante que os alunos reconheçam que há um
planejamento ao realizar o reconto – o que não ocorre
Expectativas de respostas em uma conversa espontânea, por exemplo –, pois ele
1.
é parte de um texto conhecido, estudado e com uma
• Essas histórias foram contadas oralmente pelos
estrutura típica, que poderá auxiliá-los na organização
indígenas e para os indígenas. Atualmente mui-
das ideias para a realização da performance oral.
tas histórias estão escritas e chegam aos mais
Reforce que eles serão os narradores e que também
diversos públicos.
participarão do enredo.
• Um narrador que não participa da história, um
É importante que os alunos saibam que podem fazer
narrador-observador.
adaptações na história, acrescentando elementos. Diga
• No passado, em uma floresta.
a eles que poderão ser bem criativos, mas que não
• O indígena Juruá e Anhangá, o espírito da floresta.
podem se esquecer de que Juruá vai relatar o conflito
• A oposição entre Juruá, caçador imprudente, e
entre ele e Anhangá.
Anhangá, o espírito protetor das florestas.
Peça a um aluno que dê início à história e oriente
• Anhangá, buscando dar uma lição em Juruá, trans-
os demais a dar continuidade, seguindo a ordem.
forma sua mãe em cervo, levando o caçador a
É importante definir se a história será contada em
abatê-lo e descobrir, em seguida, que se tratava
primeira pessoa do singular (eu encontrei) ou em primeira
da própria mãe.
pessoa do plural (nós encontramos) e definir o tempo
2. Respostas pessoais.
verbal (sugerimos o pretérito). Observe que deve haver
flexão verbal de acordo com a escolha do narrador,
assim como deve haver manutenção do tempo verbal
selecionado, até o fim da história.

52 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 52 20/12/2021 15:18


Ainda em roda, comunique aos alunos que eles vão
fazer uma análise do reconto da turma. Peça a eles RETOMANDO
que, primeiramente, façam uma avaliação individual,
utilizando os descritores, e que, depois, compartilhem Orientações
com a turma suas impressões, justificando suas escolhas. Sistematize com os alunos o que aprenderam du-
• Anote as respostas em uma cartolina, para que os rante este capítulo por meio das perguntas propostas.
alunos possam consultar essas anotações nos próximos Providencie papel kraft para registrar algumas
capítulos. respostas e afixá-las para futuras consultas. Solicite
aos alunos que registrem suas descobertas no Livro
Expectativas de respostas do aluno.
1. Respostas pessoais. Informe aos alunos que, nos próximos capítulos,
2. Respostas pessoais. eles vão se preparar para um reconto oral, que vão
3. Respostas pessoais. apresentar aos outros alunos da escola.

Expectativas de respostas
Respostas pessoais.

ANOTAÇÕES

53 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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12. Som,
 contação e diversão
PÁGINA 54 PÁGINA 55

12. Som, contação e diversão PRATICANDO


1. Ouça a contação de uma narrativa indígena e faça anotações sobre a história no
quadro a seguir. 1. Observe os personagens a seguir e marque com um X aqueles que você conhece.

fjmoura/DigitalVision Vectors/Getty Images


Título da narrativa
indígena.

Quem a contou?

Materiais
utilizados.

Personagens.

Conflito.

a. Compartilhe com os colegas os nomes desses personagens.


b. Eles fazem parte de histórias reais ou fictícias?
c. Essas histórias são narrativas de que tipo?
De que mais
2. A turma será dividida em grupos e cada um deverá sortear, dentre as opções da
gostou na história?
atividade 1, uma narrativa indígena que deverá ser recontada.

3. Com um colega, faça a leitura da narrativa indígena sorteada e preencha o roteiro


a seguir, para recontar a história.

54 4 o ANO 55 L Í N G UA P O RT U G U ESA

PÁGINA 56 PÁGINA 57

Roteiro para a contação de histórias


RETOMANDO
Qual é o título da
narrativa indígena?
1. O que é necessário para planejar uma contação de histórias?

Quando e onde essa


história se passa?

Qual é o início da
história?
2. Vamos convidar outras turmas para escutar nossa contação de narrativas
indígenas?
Qual é o conflito
gerador?

CONVITE
Qual é o fim da
história (resolução do Nome do evento:
conflito ou desfecho)?

Quais são os
personagens?
Convidados:

Que materiais são


necessários?

Local:
Onde a narrativa
indígena será
recontada?

Para quem? Data:

4. Vamos ensaiar?
⊲ Escolha os materiais necessários para a contação da história sorteada.
⊲ Faça a divisão do reconto, de modo que cada aluno fique responsável por uma Horário:
parte da narrativa.
⊲ É importante que cada um memorize sua parte, para que façam a contação na-
turalmente, sem necessidade de leitura do texto.
⊲ Fique à vontade para fazer adaptações, mas não se esqueça de recontar a his-
tória seguindo a ordem dos fatos mais importantes da narrativa original.

56 4 o ANO 57 L Í N G UA P O RT U G U ESA

54 4 o ANO

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Habilidades do DCRC
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para
que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da
forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
EF15LP02 produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
EF15LP03 Localizar informações explícitas em textos.
Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações,
EF15LP13
apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).
Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais tarde, de maneira
EF15LP16 autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração
etc.) e crônicas.
EF15LP19 Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.
EF35LP03 Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.

Práticas de linguagem Materiais


Oralidade. • Caixas de papelão; tesouras sem ponta; chocalhos;
instrumentos diversos; vasos com tampas; papel
Sobre o capítulo preto ou escuro; imagens de indígenas ou fantoches;
• Contextualizando: escutar o reconto de uma cocar; cola e demais materiais gráficos para
narrativa indígena e anotar os elementos nela produção prévia de cenários.
presentes.
• Praticando: reconhecer personagens de narrativas Contexto prévio
indígenas. Em grupos, reler uma narrativa indígena, No capítulo anterior, os alunos recontaram uma
anotando seus elementos principais e ensaiar o história coletivamente e levantaram ações que de-
reconto do grupo. vem ser realizadas no exercício do reconto. Essa lista
• Retomando: preparar um convite para outras de ações poderá ser necessária neste capítulo para
turmas assistirem aos recontos. retomada das descobertas já realizadas.

Objetivos de aprendizagem Dificuldades antecipadas


• Apreciar contações de histórias; planejar uma Muitos alunos podem apresentar dificuldades
contação de narrativas indígenas de acordo com a para organizar um reconto oral. Isso pode ocorrer
história sorteada pelo grupo; elaborar um roteiro devido à falta de repertórios e de um planejamento
para o reconto oral e ensaiar a apresentação. adequado. É possível que não se atentem para a
organização temporal dos fatos ou para a articulação
de acontecimentos da narrativa, causando
falta de coesão e coerência textual.

CONTEXTUALIZANDO por Bia Bedran, na série Lá vem história: Histórias do


folclore brasileiro, da TV Cultura. Disponível em: https://
Orientações www.youtube.com/watch?v=qEEmmguGPuI. Acesso em:
Inicie o capítulo informando aos alunos que eles vão 19 jun. 2021.
escutar a contação de uma narrativa indígena e que Caso você não consiga reproduzir o vídeo para os
deverão tomar notas para fazer a análise de elementos alunos, prepare-se para contar a história. A ideia é
estruturantes dessa contação. que o reconto seja feito sem o apoio da leitura. Além
Leia cada um dos itens do quadro em voz alta e disso, use objetos e instrumentos musicais para fazer
explique aos alunos que eles deverão completá-lo con- a sonoplastia da contação.
forme escutam a narrativa “O Lago Palaná”, interpretada

55 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 55 20/12/2021 15:18


Ao final, disponibilize um tempo para que concluam Expectativas de respostas
suas anotações. 1.
Segue um resumo dessa narrativa indígena: • “O Lago Palaná”.
Essa história aconteceu há muito tempo, no tempo • Professor/Bia Bedran.
em que os bichos moravam aqui e namoravam ali, e o • Instrumentos musicais (xilofone, tambor de mão
mundo não estava muito bem organizado. Nesse tempo, chinesa, carrilhão e reco-reco).
os rios não sabiam como chegar ao mar. • Siri, Arara, Rio, Polvo, Cação, Sapo.
Nasciam na serra, iam desembocar em uma lagoa ou • O Siri cismou que queria conhecer a Lagoa Palaná
em outra. Mas um siri muito espertinho ficou sabendo, (nesse caso, não há um conflito propriamente, mas
em uma conversa que teve com a Arara, que existia esse trecho marca o início da aventura).
uma lagoa enorme, que parecia não ter fim. Essa lagoa • Resposta pessoal.
ficou conhecida como Lagoa Palaná, o nome que o Siri
espertinho deu para o que a gente hoje sabe que é o
mar. Os indígenas que moravam perto de onde o Siri PRATICANDO
morava também não conheciam o mar e acreditavam
que era uma lagoa grande e, durante muito tempo, Orientações
também chamaram o mar de Lagoa Palaná. Peça aos alunos que observem as imagens e mar-
Um dia, o Siri espertinho cismou que queria conhecer quem os personagens que conhecem. Dialogue com a
a Lagoa Palaná e perguntou para o Rio: “Rio, se você turma, fazendo com que compreendam que as narrativas
é meu amigo, me leve para conhecer a Lagoa Palaná.” indígenas são transmitidas de geração a geração e
E o Rio respondeu: “Se você me mostrar o caminho, eu constituem um patrimônio cultural.
levo, sim.” E o Siri entrou no Rio e foi apontando para cá
e para lá, e o Rio foi indo, foi indo… Lá adiante, eles en- Expectativas de respostas
contraram o Polvo, que, naquela época, morava em uma 1.
lagoa. “Aonde vocês estão indo?”, perguntou. “Nós vamos a. Saci, Curupira, Iara e Cobra Honorato.
conhecer a Lagoa Palaná”, eles responderam. “Posso ir b. São narrativas fictícias.
junto?”, perguntou o Polvo. “Pode”, disse o Siri. E o Polvo c. São narrativas indígenas.
entrou no Rio. O Siri foi apontando o caminho e o Rio foi
Leia o comando da atividade 2 para a turma e diga
indo, foi indo...Lá adiante, eles encontraram um cação que
aos alunos que, agora, com os colegas, eles devem
morava em um lago. “Aonde vocês estão indo?”, perguntou.
preparar um reconto para um evento na escola, cujos
“Vamos conhecer a Lagoa Palaná”, disse o Siri. “Posso
convidados serão os alunos menores – sugere-se que
ir junto?”, perguntou o Cação. “Pode”, responderam. E o
sejam alunos do 1o Ano e/ou do 2o Ano.
Cação entrou no Rio. O Siri foi apontando para cá e para
Divida-os em três ou seis grupos, dependendo da
lá e o Rio foi indo, foi indo... Mais adiante, encontraram
quantidade de alunos em sala. Caso sejam seis grupos,
um sapo que morava em um lago. “Aonde vocês estão
as narrativas devem ser distribuídas de dois em dois
indo?”, perguntou. “Vamos conhecer a Lagoa Palaná”,
grupos, de modo que dois grupos de alunos ficarão
responderam. “Posso ir junto?”, perguntou o Sapo.
responsáveis pelas mesmas narrativas.
“Pode”, responderam. E o Sapo também entrou no
Rio. O Siri foi apontando para cá e para lá e o Rio foi Orientações
indo, foi innnndo… E tanto foi, que acabou chegan- Providencie caixas ou sacolas com materiais va-
do na Lagoa Palaná e ficou muito feliz em jogar suas riados, distribua uma para cada grupo e peça aos
águas nela. alunos que escolham os objetos que vão utilizar. Esses
O Siri, o Polvo e o Cação gostaram tanto da Lagoa objetos podem ser previamente produzidos para as
Palaná que nunca mais quiseram voltar para o lugar apresentações, utilizando materiais recicláveis para
de onde vieram e ficaram morando lá, onde estão até sua confecção.
hoje. Já o Sapo ficou com saudade de sua lagoa e Oriente os alunos a fazer uma divisão do reconto,
voltou, mas espalhou a novidade e ensinou o caminho para que cada aluno fique responsável por uma par-
para os outros rios, que até hoje vão indo, vão indo, te. Com certeza, existirão alunos mais tímidos. Caso
vão innnndo... vão indo para o mar. não queiram participar, estimule-os a recontar, pelo

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menos, uma pequena parte da história, a fim de que
todos participem da atividade, pedindo aos alunos mais RETOMANDO
extrovertidos que incentivem os mais retraídos.
É importante que memorizem sua parte da história
e que façam a contação espontaneamente, utilizando Orientações
objetos, gestos e expressões faciais. Distribua uma tira de papel para cada grupo e peça
Lembre aos alunos que o tom de voz é muito im- aos alunos que escrevam um item que não pode faltar
portante nesse momento, além de evitar expressões na preparação de uma contação de histórias.
como “né”, “tipo”, “daí” etc. Reforce a importância da Depois que todos responderem, peça aos alunos
utilização de expressões que dão coesão ao texto, como que colem as tiras na cartolina ou no papel kraft e
“então”, “de repente”, “em seguida”, “porque”, “pois”, oriente-os a registrar as respostas no Livro do aluno.
“como”, dentre outras.
Dê-lhes um tempo para ensaiar e circule pelos grupos, Expectativas de respostas
oferecendo-lhes apoio, quando necessário. 1. Entre as respostas dos alunos, é esperado que
Seguem algumas sugestões de materiais específicos constem:
que poderão ser utilizados para cada narrativa: • Ler e conhecer a narrativa indígena que será
1. “Kanata Wenjausu: a origem da noite” — Dois contada.
vasos pequenos com tampas; papel preto ou de • Seguir a sequência narrativa e ensaiá-la.
outra cor escura para representar a noite; ima- • Utilizar materiais variados para deixar o reconto
mais interessante.
gens de indígenas (ou fantoches); cocar; árvore
• Fazer um roteiro.
de papel; passarinho de brinquedo ou de papel;
• Definir para quem, quando e onde será realizado
Sol de papel.
o reconto.
2. “A história dos cachorros: como os cachorros
perderam o dom da fala” — Dois cachorros de Orientações
pelúcia ou de papel; gravetos; osso artificial; cor- Na atividade 2, apresente o convite em cartolina,
da; plantas artificiais; casa de papel; imagens de papel kraft ou papel a metro já com os itens escritos, e
tatus, formigas e outros insetos. preencha-os com os alunos. Depois, eles devem anotar
3. “Juruá vira peixe” — Fantoches ou personagem todas as informações no Livro do aluno.
indígena feito de papel; cocar; arco e flecha
de brinquedo ou de papel; imagem de uma
muriçoca; imagem de um gigante; peixe de
brinquedo ou de papel; papel celofane azul
ou transparente.

ANOTAÇÕES

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13. O espetáculo vai começar
PÁGINA 58 PÁGINA 59

13. O espetáculo vai começar


PRATICANDO
1. Vamos confirmar se está tudo pronto para nossa apresentação dos recontos?
1. Últimos preparativos para a apresentação!

Klaus Vedfelt/DigitalVision/Getty Images


⊲ O professor fará o sorteio da ordem em que os grupos vão se apresentar.
⊲ Cada grupo deverá separar o material que vai utilizar e organizar o espaço onde
serão feitas as apresentações.
⊲ Avisem aos convidados que o espetáculo vai começar.

Luz, câmera... Apresentação!

FatCamera/E+/Getty Images
Assinale cada item já preparado.

Ensaios

Materiais

Organização da ordem em que os alunos vão falar

Efeitos sonoros

Preparação geral

Vamos relembrar o que é importante para uma contação?

⊲ Utilizar entonação de voz adequada a cada momento da narrativa.


⊲ Utilizar gestos e expressões para engajar os ouvintes.
⊲ Utilizar efeitos sonoros para tornar a contação mais interessante.
⊲ Evitar o uso de palavras como “aí”, “daí” e “né”.
⊲ Respeitar a contação dos colegas, evitando falar e fazer barulhos.

58 4 o ANO
59 L Í N G UA P O RT U G U ESA

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4. Escolha a apresentação que mais lhe chamou a atenção e faça uma ilustração
RETOMANDO referente a ela no quadro a seguir. Em seguida, justifique por escrito sua escolha.

1. Avalie o desempenho da turma.


⊲ De que apresentação vocês mais gostaram? Por quê?
⊲ O que mais chamou a atenção dos convidados durante as apresentações?
⊲ Vocês têm alguma sugestão a dar aos outros grupos para melhorarem sua con-
tação de história?
⊲ Ao assistirem às apresentações, vocês perceberam características comuns em
todas as lendas? Quais?
⊲ O que é fundamental em uma exposição oral de lenda indígena?

2. Agora, em conjunto, faça uma avaliação do desempenho de seu grupo.

Como foi a apresentação do meu grupo?

Pode
Elementos desenvolvidos Muito bom Bom
melhorar

Volume de voz e entonação.

Postura corporal e gestual.

Sequência de episódios da história


(início, meio e fim).
Evitou-se o uso de marcadores de oralidade
espontânea, como “tipo”, “né”, “daí” etc.
Uso de articuladores de coesão, como “então”, “de
repente”, “por fim” etc.
Uso de recursos sonoros e visuais para apoiar a
contação da história.

⊲ Em que pontos precisamos melhorar?

3. Você sentiu alguma dificuldade para recontar a narrativa? Qual? Do que você mais
gostou nessa experiência?

61 L Í N G UA P O RT U G U ESA
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Habilidades do DCRC
Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações,
EF15LP13
apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).
EF15LP19 Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.

Práticas de linguagem Contexto prévio


Oralidade. Para a apresentação do reconto para outras turmas,
os alunos devem ter ensaiado e providenciado os
Sobre o capítulo materiais e os instrumentos musicais que irão utilizar
• Contextualizando: verificar se está tudo pronto durante a contação.
para a apresentação da contação de narrativas
indígenas e organizá-la, separando os materiais Dificuldades antecipadas
necessários. Muitos alunos podem apresentar dificuldades em
• Praticando: apresentar a narrativa para outras turmas fazer um reconto oral de lendas indígenas para um
e assistir às apresentações dos outros grupos. público específico, mesmo sendo colegas de faixa
• Retomando: avaliar a apresentação dos grupos. etária próxima. Isso pode ocorrer devido à insegu-
Fazer uma autoavaliação e verificar pontos de rança com a proposta de reconto, por não estarem
melhoria. Escolher um item das apresentações habituados com situações em que sua fala está em
para representar por meio de desenho e explicar evidência. Se os alunos estiverem inseguros ou tími-
a motivação da sua escolha de forma escrita. dos, pode acontecer de se confundirem, omitindo ou
invertendo algumas partes das histórias. Para deixar
Objetivos de aprendizagem
o clima mais tranquilo, ofereça tempo de preparação
• Recontar lendas indígenas para outros alunos,
considerando a sequência da história, a entonação, e esclareça que o reconto é como uma brincadeira,
os recursos expressivos e a gestualidade. que eles devem se divertir ao se apresentar e que,
• Avaliar coletivamente a produção dos alunos, por mesmo não saindo tudo conforme o planejado, é
meio de indicadores estabelecidos, tendo em vista importante experimentarem essa forma de oralidade
características do gênero em sua modalidade oral. para poder se aperfeiçoar. Mencione que ensaiar e
fazer apresentações será algo frequente ao longo da
Materiais vida escolar, e que se divertir nesses momentos pode
• Materiais diversos para a apresentação e para o diminuir o nervosismo ou as inseguranças quando
desenho. há outras pessoas prestando atenção na fala deles.

CONTEXTUALIZANDO PRATICANDO
Orientações Orientações
Com os alunos divididos em grupos, peça a eles que Verifique se todos os grupos estão preparados. Leia
façam uma lista do que não pode faltar na contação de a atividade 1 para os alunos e sorteie a ordem dos
histórias. Cada um dos grupos deve fazer a confirmação grupos para a apresentação. Peça a eles que se orga-
em seu material, assinalando cada um dos itens. nizem e arrumem o espaço de acordo com os itens da
Depois, confirme com eles se está tudo preparado. lista dessa atividade, garantindo que as preparações
Caso os alunos apresentem dúvidas sobre o preparo permitam um bom início de reconto. Caso note alguma
do material ou tenham mais ideias do que pode ser dificuldade relativa à insegurança e à inquietação dos
usado para o momento de contar histórias, acolha essas alunos que farão a primeira apresentação, envolva-se na
questões e sugestões e os ajude na organização do brincadeira e tente participar da organização com eles.
que se provar difícil. O professor pode ser o apresentador, que vai avisar aos
convidados que as apresentações vão começar.
Expectativas de respostas
Se for possível, grave as apresentações em vídeo,
Resposta pessoal.
para que possam analisá-las, posteriormente, em grupo.

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Para esse momento, é possível propor uma análise estar presentes na fala no momento de recontar histórias.
descontraída das apresentações quanto à criativida- Nesse caso, converse e, se necessário, explique que cada
de dos efeitos sonoros e da fala, quais foram as re- pessoa tem seu próprio estilo de fala e personalidade.
presentações favoritas de animais ou cenários, quais É importante naturalizar as diferentes estratégias de
sensações os alunos puderam reconhecer com cada fala – com mais ou menos detalhes, mais ou menos
história e qual é a parte preferida da turma em cada entonação ou gestos etc. Peça a cada grupo que re-
vídeo. Incentive-os a falarem sobre cores, texturas e gistre alguns pontos de melhoria. Depois, oriente os
como itens do dia a dia foram usados para representar alunos a escrever, individualmente, as dificuldades que
elementos das histórias. sentiram no decorrer das dinâmicas, bem como aquilo
O fechamento dessa atividade deverá ser realizado de que mais gostaram. Para finalizar, peça aos alunos
no capítulo seguinte. Solicite aos alunos que organizem que representem, por meio de desenho, a história da
os materiais e o espaço ao término das apresentações. apresentação de que mais gostaram. Incentive-os a
Caso as apresentações tenham sido gravadas, re- justificarem, por escrito, suas escolhas.
produza tais gravações ao final do trabalho ou na aula Caso surjam dúvidas sobre como explicar sua escolha,
seguinte. assegure-os de que as respostas são pessoais e podem
incluir, por exemplo, preferência por cores, texturas ou
Expectativas de respostas materiais utilizados. Se houver tempo, peça aos alunos
Resposta pessoal. que formem duplas e mostrem seus desenhos um para
o outro, conversem sobre suas escolhas e comentem
sobre o desenho de sua dupla.
RETOMANDO Para aprofundamento e fundamentação teórico-me-
todológica a respeito dos assuntos trabalhados neste
capítulo, as obras e os materiais a seguir podem ser
Orientações consultados:
Peça aos alunos que avaliem o desempenho dos • Vários autores; NEGRO, Maurício. Nós: uma antologia
grupos e faça o registro das conclusões no quadro. As de literatura indígena. Companhia das Letrinhas, 2019.
três primeiras perguntas terão respostas mais pessoais. Tratando dos mais diversos temas ― dos mitos de
Questione-os: origem às histórias de amor impossível ―, as narrativas
• Ao assistirem às apresentações, vocês perceberam conduzem o leitor por situações e desenlaces muito
características comuns a todas as narrativas? Quais? próprios, sempre acompanhadas por um glossário e
É importante que os alunos percebam as caracte- um texto informativo sobre o povo indígena da origem
rísticas do gênero lenda indígena, como a participação de cada autor. Essa é uma chance preciosa para todos
dos indígenas na história, a presença da natureza e aqueles que desejam entrar em contato com as raízes
dos animais, a realização das ações na floresta ou na mais profundas de nossa cultura, ainda pouco conhe-
aldeia, a presença de conflito e de desfecho. cidas, valorizadas e respeitadas.
• O que é fundamental em uma exposição oral de • BRITO, Clebson Luiz de. A Organização do Sentido
narrativa indígena? nas Narrativas Míticas Indígenas. Appris, 2018.
Converse com os alunos sobre como fizeram a ex- Na obra, os mitos são tomados como objetos repre-
posição das narrativas, a importância da entonação, sentativos da sociedade em que circulam, objetos que
o uso de objetos adequados ao trecho da história e a veiculam uma voz coletiva que fala de si e para si e sobre
necessidade de seguir a sequência da narrativa e de a realidade que lhe é própria. Nessa perspectiva, cada
contá-la sem repetições desnecessárias. narrativa individualmente tende a expressar elementos
A seguir, peça aos alunos que escolham, individual- da visão de mundo, das experiências coletivas e da rea-
mente, o item que mais chamou a atenção nas apre- lidade de modo geral do grupo em cujo seio circula. Ao
sentações. Peça que desenhem esse item no espaço mesmo tempo, a obra não perde de vista a concepção
previsto e expliquem a sua escolha por escrito. de gênero discursivo, ou seja, de regularidades em dife-
Peça aos alunos que, juntos, preencham o quadro, rentes narrativas para que cada uma delas seja tomada
pensando na performance durante a contação da nar- como exemplar do que se conhece como mito indígena.
rativa. Informe aos grupos que, se quiserem, podem
comentar a autoavaliação. É possível que os alunos Expectativas de respostas
discordem sobre a quantidade de detalhes que devem Resposta pessoal.

60 4 o ANO

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ANOTAÇÕES

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14. Vamos criar uma fanpage?
PÁGINA 62 PÁGINA 63

14. Vamos criar uma fanpage? PRATICANDO


1. Observe a imagem a seguir e converse com seus colegas.
1. Ouça novamente a narrativa indígena “Como nasceu a primeira mandioca”.
Depois, converse com os colegas.
⊲ Quando e onde essa história se passa?
⊲ Quais são os personagens principais?
⊲ Quais são o conflito gerador e o desfecho?
⊲ No texto, há animais com nome de origem tupi. Quais?
⊲ Vamos pesquisar outros animais com nome de origem tupi?

2. Vamos pensar em uma continuação para essa narrativa?

⊲ Vamos planejar nosso texto?

Quem vai escrever o


texto?

Para quem ele será


escrito?

Qual é a finalidade
dessa produção?
Pensando no contexto das redes sociais, reflita:

⊲ Você sabe o que é uma fanpage?


⊲ Você possui algum perfil pessoal em alguma rede social?
⊲ Você sabe qual é a diferença entre fanpage e perfil pessoal?
Em que suporte o texto
2. Pesquise o significado da palavra fanpage e registre-o no espaço a seguir. será escrito?

Onde os textos vão


circular?

62 4 o ANO 63 L Í N G UA P O RT U G U ESA

PÁGINA 64 PÁGINA 65

3. Em duplas, imaginem uma nova continuação para a lenda indígena “Como surgiu
a mandioca”. RETOMANDO

Zatiamarê não gostou de


saber que Atiolô estava

martinedoucet/E+/Getty Images
grávida de uma menina.
Por qual motivo?

Em sua versão,
Zatiamarê vai agir da
mesma forma?

Como Zatiamarê irá agir


com Mani?

Vamos analisar o que deve ser considerado para a escrita do texto?

Em sua versão, ao 1. O que devemos considerar para fazer a escrita desse texto no próximo capítulo?
descobrir a segunda
gravidez de Atiolô, a. Características do gênero lenda indígena.
Zatiamarê terá a mesma
reação da lenda original? ( ) Sim ( ) Não

b. Inclusão de palavras de origem indígena.


Como será o desfecho?
Você deve escolher ( ) Sim ( ) Não
se Mani fará o mesmo
pedido à mãe. Se for c. Diálogo entre os personagens.
um pedido diferente,
qual será?
( ) Sim ( ) Não

d. Início e conflito gerador devem ser coerentes com a narrativa original.


O título poderá ( ) Sim ( ) Não
permanecer o mesmo?
Por quê? Dê outra
sugestão.

⊲ Socialize com os colegas seu planejamento e escute a opinião deles sobre o


que você pensou.

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Habilidades do DCRC
EF15LP03 Localizar informações explícitas em textos.
Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo
EF15LP09
interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.
Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações,
EF15LP13
apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).
EF15LP19 Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.
EF35LP03 Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por
EF35LP06 sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que
contribuem para a continuidade do texto.
Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas
EF35LP07 de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação,
vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.
Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais,
possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes
EF35LP08
anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com
nível suficiente de informatividade.
Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for
EF35LP22
o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.
Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos
EF35LP25 e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de
personagens.
Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com
EF35LP29
base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.
Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de enunciação
EF35LP30
e explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.

Práticas de linguagem um desfecho alternativo, para ser publicado em


Produção de textos (escrita compartilhada e uma fanpage da turma.
autônoma).
Materiais
Sobre o capítulo Uma folha de cartolina, de papel kraft ou de papel
• Contextualizando: compreender o que é uma a metro.
fanpage, diferenciando-a de um perfil pessoal
em rede social. Contexto prévio
• Praticando: escutar novamente a narrativa indígena Para fazer a escrita da continuação de uma lenda
“Como nasceu a primeira mandioca”, planejar uma indígena, os alunos devem retomar as características
continuação para ela e preencher um esquema desse gênero textual, como foco narrativo, persona-
de planejamento para o texto que vai escrever. gens, ambiente e visão de mundo indígena.
• Retomando: listar elementos que devem ser
considerados para a posterior escrita do texto. Dificuldades antecipadas
Antes de escrever um texto, é muito importante plane-
Objetivos de aprendizagem já-lo. Os alunos podem não estar familiarizados com essa
• Relembrar narrativas indígenas já trabalhadas, etapa da produção textual, que prevê coleta de informa-
coletar os dados relevantes e organizá-los para ções, levantamento de ideias e organização delas. Neste
a produção do gênero estudado. capítulo, como os alunos vão planejar um desfecho para
• Com base em uma narrativa indígena conhecida, uma narrativa indígena conhecida, devem estar atentos
planejar, com auxílio de um quadro esquemático, também à coerência entre a trama e seu desfecho.

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CONTEXTUALIZANDO Peça aos alunos que pesquisem exemplos de outros
animais cujo nome tenha origem indígena. Os alunos
Orientações podem citar “jacaré”, “jiboia”, “tamanduá” etc. Anote
Faça o questionamento aos alunos para incentivar esses nomes de animais no quadro.
a reflexão.
É esperado que identifiquem que se trata de pági- Orientações
nas feitas por marcas ou personalidades para divulgar Comente com os alunos que eles deverão planejar
produtos, serviços e o próprio trabalho. uma nova continuação para a história “Como nasceu a
Em seguida, pergunte a eles se sabem diferenciar primeira mandioca” e que, para isso, eles vão preencher
fanpage de perfil pessoal. Ouça as respostas dos alunos, o quadro com as considerações importantes para esse
orientando-os a identificar que as fanpages, apesar de planejamento. Após este capítulo, serão desenvolvi-
poderem ser usadas por indivíduos, são páginas mais das mais duas atividades com esse texto, uma para a
profissionais, com objetivos distintos em relação aos escrita, em duplas, e outra para a revisão, a edição
perfis pessoais. Inclusive, muitas pessoas possuem um e a publicação dos textos. Discuta as questões cole-
perfil pessoal e uma fanpage na mesma rede social. tivamente, mas solicite aos alunos que as registrem
Em seguida, peça a eles que façam uma pesquisa
individualmente.
sobre o termo e oriente-os a, depois de compreender
o significado da palavra, compartilhá-lo com a turma. Expectativas de respostas
Segue uma sugestão de definição. 2.
Uma fanpage (ou página do Facebook) é uma • Quem vai escrever o texto?
página criada especialmente para ser um canal Os alunos do 4o ano.
de comunicação com fãs dentro da rede social • Para quem ele será escrito?
(fan page = página para fãs, em tradução literal). Para os leitores da fanpage da turma, que será
Diferente de perfis, as fanpages são espaços que criada: podem ser professores, outros alunos,
reúnem pessoas interessadas sobre um assunto, em- familiares, internautas em geral etc.
presa, causa ou personalidade em comum. • Qual é a finalidade dessa produção?
Por que sua empresa precisa de uma fanpage no Facebook. Divulgação, na fanpage da turma, dos textos pro-
Agência S3, 2018. Disponível em: https://www.agencias3.com.br/
blog/porque-sua-empresa-precisa-de-uma-fanpage-no-facebook.
duzidos pelos alunos, como finalização da unidade
Acesso em: 20 jul. 2021. sobre narrativas indígenas.
• Em que suporte o texto será escrito?
Comente que o objetivo dos três capítulos finais O texto será escrito à mão e, depois, digitado,
da unidade é escrever uma nova continuação para para poder circular na internet.
uma narrativa indígena conhecida. Este capítulo será • Onde os textos vão circular?
dedicado ao planejamento do texto, o capítulo seguinte Na internet.
será destinado à produção dessa reescrita, e o último 3. Respostas pessoais.
capítulo da unidade será dedicado à revisão e à edi-
ção da continuação, com o apoio do professor e dos Orientações
colegas. Essas produções textuais serão publicadas Para a atividade 3, leia o roteiro do quadro esque-
em uma fanpage da turma, que deverá ser lançada e mático em voz alta e peça aos alunos que o preencham
divulgada em um evento ao fim da unidade. em duplas.
Sugira a eles que utilizem os animais com nomes
indígenas que citaram na atividade anterior para fazer
PRATICANDO as modificações.
Conduza o planejamento por meio de perguntas.
Orientações • Zatiamarê não gostou de saber que Atiolô estava
Converse com os alunos e diga que você fará uma grávida de uma menina. Por qual motivo?
releitura em voz alta do texto “Como nasceu a pri- Porque queria um menino, para ensiná-lo a flechar
meira mandioca”, que eles já conhecem. Antes de e a caçar capivara como o pai.
ler o texto, retome os principais pontos da narrativa • Na sua versão, Zatiamarê vai agir da mesma forma?
com os alunos. Diga aos alunos que podem escolher as reações de

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Zatiamarê diante do nascimento da filha. Eles podem Após o preenchimento do quadro, peça a alguns
manter o enredo e modificar apenas algumas ações alunos que socializem seus planejamentos, a fim de
ou algumas reações dos personagens. inspirar aqueles que tiverem dúvidas ou que estiverem
• Como Zatiamarê agirá com Mani? sem muitas ideias.
Os alunos podem escolher as ações de Zatiamarê, É importante que os alunos escutem os colegas,
mas elas deverão ser coerentes com o início e o conflito conversando e interagindo nesse momento. O diálogo
gerador do texto original. é uma forma de captar ideias, desenvolvê-las e apri-
• Em sua versão, ao descobrir a segunda gravidez de Atiolô, morá-las, trocando impressões sobre planejamentos, o
Zatiamarê terá a mesma reação da narrativa original? que pode apoiar todo o grupo no momento da escrita.
Resposta pessoal.
• Mani fará o mesmo pedido à mãe? Se for um pedido
diferente, qual será? RETOMANDO
Peça aos alunos que elaborem um desfecho coerente
com o conflito inicial.
• O título poderá permanecer o mesmo? Por quê? Dê Orientações
outra sugestão. Para finalizar o capítulo, pergunte aos alunos o que
Circule pela sala e oriente os alunos, fazendo-lhes deve ser considerado no próximo capítulo para a es-
alguns questionamentos, como: crita do texto. Registre as respostas em papel kraft ou
• Você tem certeza de que Zatiamarê deveria ter essa em cartolina para fixar esse cartaz no painel da sala.
reação? Peça a eles que registrem essas conclusões também
• Esse desfecho tem relação com o conflito inicial? no Livro do aluno.
• Há resolução ou explicação sobre o destino de cada
Expectativas de respostas
um dos personagens?
1. Os alunos deverão chegar à conclusão de que
• O título está relacionado com sua história?
todos os itens devem ser levados em consideração
Aproveite esse momento para instigar a criatividade
para a produção.
dos alunos.
Explique à turma que, no próximo capítulo, ainda
em duplas, eles vão utilizar o quadro preenchido para
produzir a continuação da história.

ANOTAÇÕES

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15. Colocando no papel: escrita de uma narrativa
PÁGINA 66 PÁGINA 67

15. Colocando no papel: escrita de uma narrativa


PRATICANDO
Vamos relembrar como elaborar uma boa narrativa?
A narrativa precisa continuar.

Jose Luis Pelaez Inc/DigitalVision/Getty Images


1. Vamos produzir uma nova continuação para a história?

⊲ Ouça atentamente a leitura de um trecho do texto “Como nasceu a primeira man-


dioca”.
⊲ Com um colega, consulte o planejamento elaborado no capítulo anterior e inicie a
reescrita.
⊲ Faça um desenho para ilustrar sua narrativa.
⊲ O texto deverá conter diálogos entre os personagens e verbos de enunciação.
⊲ Utilize os sinais de pontuação quando necessário.
⊲ Elabore um desfecho coerente com o conflito inicial do texto.
⊲ Substitua o título, adequando-o às transformações dos personagens.

1. O que é importante considerar para produzirmos uma boa narrativa quanto à:

kali9/E+/Getty Images
a. estrutura da narrativa?

b. organização da escrita?

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Título:

Quando os muricis começaram outra vez a cair, numa chuvinha amarela, Atiolô começou a rir sozinha.
RETOMANDO
Estava esperando uma menininha.
Zatiamarê, porém, vivia resmungando:
fstop123/Getty Images

— Quero um menino. Para crescer feito o pai. Flechar capivara feito o pai. Pintar o rosto assim de urucum
feito o pai.
O que nasceu mesmo foi uma menina. Zatiamarê ficou tão aborrecido que nem lhe deu um nome. E ficou
muitas luas sem olhar a sua cara. A mãe, por sua própria conta, começou a chamar a menininha de Mani.
ABREU, Ana Rosa et al. (Org.). Alfabetização: livro do aluno. Brasília: FUNDESCOLA/SEF-MEC, 2000. p. 116.. Domínio público.
Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001614.pdf> Acesso em: 22 set. 2021.

Agora, é hora de revisar o texto.

1. Elabore um roteiro para a de revisão dos textos.

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EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 66 20/12/2021 15:19


Habilidades do DCRC

EF15LP03 Localizar informações explícitas em textos.

Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os
interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação
EF15LP05 (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto
e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias
à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
EF15LP06
aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.
Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar
EF15LP13
opiniões, informar, relatar experiências etc.).

EF15LP19 Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários lidos pelo professor.

EF35LP03 Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.

Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas
EF35LP07 de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação,
vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.
Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais,
possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes
EF35LP08
anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com
nível suficiente de informatividade.
Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de
EF35LP09
acordo com as características do gênero textual.
Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for
EF35LP22
o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.
Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos
EF35LP25 e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de
personagens.
Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito gerador, resolução e o ponto de vista com
EF35LP29
base no qual histórias são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.
Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de enunciação e
EF35LP30
explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.
Identificar a função na leitura e usar, adequadamente, na escrita ponto final, de interrogação, de exclamação,
EF04LP05 dois-pontos e travessão em diálogos (discurso direto), vírgula em enumerações e em separação de vocativo
e de aposto.

Práticas de linguagem Objetivos de aprendizagem


Produção de textos (escrita compartilhada e • Produzir nova continuação para uma narrativa já
autônoma). conhecida, que será publicada em uma fanpage
da turma.
Sobre o capítulo • Utilizar conhecimentos sobre o gênero em estudo.
• Contextualizando: retomar o que é necessário
Materiais
para produzir uma boa narrativa.
• Cartolina ou papel kraft.
• Praticando: produzir a continuação da história
“Como nasceu a primeira mandioca”. Contexto prévio
• Retomando: fazer o levantamento dos quesitos Para a escrita do texto, os alunos devem se apoiar
para revisar a produção escrita. no quadro de planejamento elaborado no capítulo

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anterior e nos conhecimentos que já possuem sobre apresentar uma escrita com muita repetição de pala-
a estrutura de uma narrativa indígena. vras, sem utilização de pronomes para substituições
lexicais, além de não organizar devidamente as falas
Dificuldades antecipadas de personagens e narrador e de não usar os sinais
Para produzir a narrativa, pode ser que os alu- de pontuação adequadamente. Isso acontece devido
nos sintam dificuldades em organizar as ideias com à falta de indicadores importantes para a produção
escrita, à incerteza quanto a quando os utilizar e à
coesão e coerência, especialmente entre o conflito
incompreensão acerca de sua importância para
gerador e o desfecho da história. Alguns alunos podem a coesão e coerência textuais.

CONTEXTUALIZANDO a primeira mandioca”, utilizando o esquema de plane-


jamento elaborado no capítulo anterior. Relembre aos
Orientações alunos que esse texto será revisado, editado e publicado
Inicie o capítulo apresentando os questionamentos por eles em uma fanpage da turma no próximo capítulo.
a seguir à turma. Peça aos alunos que retomem as duplas da aula
• O que é importante para produzirmos uma boa anterior e que acessem o planejamento.
narrativa? Faça a leitura do texto até a parte indicada na atividade
Explique aos alunos que precisarão levantar infor- quantas vezes forem necessárias e peça aos alunos que
mações importantes para produzir uma narrativa coesa continuem a história com o colega, seguindo as ideias
e coerente. já indicadas no planejamento feito no capítulo anterior.
Esclareça as dúvidas dos alunos, registre as informa- Nesse momento, é importante que troquem impressões,
ções levantadas por eles no quadro em papel kraft ou busquem articular as ideias do planejamento e pensem
em papel a metro, para que eles possam visualizá-las nos detalhes que vão compor essa narrativa.
sempre que for necessário, e peça a eles que registrem Esclareça que, na continuação, deverão incluir diá-
individualmente as respostas no Livro do aluno. logos entre os personagens, não se esquecendo dos
verbos de enunciação, como “disse”, “falou”, “perguntou”,
Expectativas de respostas “respondeu”, entre outros. Os sinais de pontuação são
1. Sobre a estrutura da narrativa: Considerar quando fundamentais quando escrevemos os diálogos. Por isso,
e onde se passa a história, definir personagem os alunos devem atentar à elaboração de um desfecho
principal (protagonista) e personagens secundários, coerente com o conflito inicial do texto, assim como o
elaborar um conflito gerador, apresentar desfecho título deve ser coerente com o desfecho apresentado.
e definir se haverá narrador em primeira ou em Circule pela sala, tire as dúvidas e dê as orientações,
terceira pessoa. O desfecho deve envolver os conforme a necessidade dos alunos.
personagens principais da história e ser coerente O tempo necessário para a escrita, possivelmente,
com o conflito gerador. vai variar entre as duplas. Solicite aos alunos que fina-
2. Sobre a organização da escrita: Deve haver concor- lizem a atividade. Se não houver tempo de ilustrar o
dância nominal e verbal, deve evitar-se repetição texto em sala, peça aos alunos que o façam em casa
ou em outro momento.
de palavras por meio das substituições lexicais
necessárias, assim como do uso de pronomes. Expectativas de respostas
É preciso adequar o registro do diálogo entre 1. Respostas pessoais.
os personagens ao foco narrativo, empregando
pontuação adequada e não se esquecendo de
utilizar os verbos de enunciação.
RETOMANDO

PRATICANDO Orientações
Informe que, no próximo capítulo, haverá tempo
Explique aos alunos que, neste capítulo, será produ- para revisão e edição dos textos. Diga que levantem
zida a continuação da narrativa indígena “Como nasceu ideias para preencher um roteiro de revisão.

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Incentive cada dupla a citar pelo menos um item. momento de contação de lendas indígenas, de modo
Vá registrando o que dizem no quadro ou em papel a ampliar o repertório imagético cultural dos alunos.
kraft, de modo que possam consultar esse roteiro no Algumas sugestões são:
próximo capítulo. • “A lenda do guaraná”, que, assim como a lenda da
É esperado que os alunos apresentem itens como: mandioca, pretende explicar o surgimento de um
• O narrador escolhido foi mantido ao longo de toda importante alimento dos povos nativos.
a narrativa? • No mesmo estilo, pode-se compartilhar a “A lenda
• Fez-se uso da concordância verbal e nominal? do pequi”, mais difundida entre as etnias da região
• Evitou-se a repetição de palavras, fazendo uso de do Cerrado brasileiro.
pronomes? • Há, ainda a “Lenda do açaí”, também apresenta uma
• Houve diálogo entre os personagens, com pontuação mãe lamuriosa pela filha morta. Porém, todo esse luto
adequada e verbos de enunciação? dá origem a algo bom, graças à sensibilidade de Tupã.
• O texto foi organizado em parágrafos e com o uso No canal Turma do Folclore, é possível conhecer
adequado de pontuação? outras lendas e mitos brasileiros. Disponível em: https://
• O desfecho envolveu os personagens principais da www.youtube.com/channel/UCD-Rh7fnSL2aeF9xviJ4LGw.
história e foi coerente com o conflito inicial? Acesso em: 23 set. 2021.
Caso algum item não seja levantado pela turma,
pergunte aos alunos se faltou algum indicador impor- Expectativas de respostas
tante na lista. Caso considere interessante, fomente um 1. Respostas pessoais.

ANOTAÇÕES

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16. Revisar, corrigir, aprimorar… É hora de publicar!
PÁGINA 70 PÁGINA 71

16. Revisar, corrigir, aprimorar… É hora de publicar! PRATICANDO

SDI Productions/E+/Getty Images


1. O que devemos considerar na revisão e na correção de uma lenda indígena?
Volte ao capítulo anterior e retome os indicadores elencados por você e pelos
colegas.

2. Ouça atentamente a leitura do trecho do texto “Juruá vira peixe”. Depois, com um
colega, crie um desfecho e um novo título para a narrativa.

Título:

Juruá tornou-se um guerreiro muito zombador e muito rancoroso.


Dizia:
— Quem é esse Anhangá, que ninguém nunca viu? Aparece disfarçado de bicho, de inseto, de coisa. Ou
deve ser muito feio ou muito covarde. Os amigos diziam:
— Para, Juruá. Para de jogar palavras ao vento. Anhangá é sábio, mas também é severo. E, se o vento conta
a ele essas coisas que anda falando, você pode se dar mal! [...]
1. Pensando no planejamento, produção e, agora, na publicação das lendas indíge- Juruá dizia que Anhangá era assassino e que havia matado Kamakuã, sua mãe.
O fato é que o vento foi assobiando bem baixinho, de ouvido a ouvido, até as palavras malditas de Juruá
nas, reflita sobre as questões a seguir com seus colegas e com o professor.
chegarem aos ouvidos de Anhangá. [...]
⊲ O que poderemos publicar na fanpage da turma, além dos textos narrativos? Então Anhangá se transformou
⊲ O que é necessário fazer para publicarmos os textos produzidos pelas duplas? JECUPÉ, Kaká Werá. As fabulosas fábulas de Iauaretê. São Paulo: Peirópolis, 2007. p. 44-46.

⊲ Poderíamos criar um álbum de personagens de narrativas indígenas?


⊲ Que personagens de narrativas indígenas nós conhecemos?
⊲ Há outros personagens indígenas que vocês gostariam de desenhar?

2. Junte-se a um colega, escolha um personagem das narrativas indígenas que você


estudou ou já conhecia, desenhe-o e escreva algumas características dele.

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3. Revise o texto que você escreveu com seu colega, utilizando o quadro a seguir.
RETOMANDO
Indicadores Sim Não Às vezes

O narrador escolhido foi mantido ao longo de toda a narrativa.


1. Lançamento da fanpage da turma.
A concordância verbal e a concordância nominal foram

Pollyana Ventura/E+/Getty Images


estabelecidas. ⊲ Data para edição dos textos.
A repetição de palavras foi evitada.

Houve diálogo entre os personagens.


⊲ Data do evento com as famílias.
Fez-se uso de parágrafos e da pontuação adequada.

Foram utilizados verbos de enunciação (dicendi).

Os personagens principais aparecem no desfecho. ⊲ O que faremos durante o evento?

O desfecho foi coerente com o conflito proposto.

⊲ Agora, reescreva o texto revisado.


2. Agora que você já aprendeu bastante sobre lendas indígenas, é sua vez de
escrever uma. Mãos à obra!

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Habilidades do DCRC
Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa,
os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a
EF15LP05 circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização
e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso,
informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
EF15LP06
aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.
Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando,
EF15LP07
quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.
Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por
EF35LP06 sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que
contribuem para a continuidade do texto.
Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas
EF35LP07 de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação,
vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.
Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais,
possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes
EF35LP08
anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com
nível suficiente de informatividade.
Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de
EF35LP09
acordo com as características do gênero textual.
Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos
EF35LP25 e imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de
personagens.
Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito de sentido de verbos de enunciação
EF35LP30
e explicando o uso de variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso.
Identificar a função na leitura e usar, adequadamente, na escrita ponto final, de interrogação, de exclamação,
EF04LP05 dois-pontos e travessão em diálogos (discurso direto), vírgula em enumerações e em separação de vocativo
e de aposto.

Práticas de linguagem Materiais


Produção de textos (escrita compartilhada e • Folhas de cartolina ou papel kraft; canetas
autônoma). hidrográficas coloridas.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: refletir sobre a criação e Os alunos devem ter escrito seu texto no capítulo
publicação do texto produzido. anterior e levantado os itens que serão considerados
• Praticando: relembrar os itens que devem ser
para realizar a revisão e edição antes da publicação.
considerados para a revisão e para a correção da
narrativa, escrever em duplas uma nova continuação Dificuldades antecipadas
para a narrativa e revisar e corrigir o texto dos colegas. Ao revisar e corrigir uma produção textual, é
• Retomando: escrever individualmente uma possível que os alunos sintam dificuldades em ler
narrativa indígena completamente original.
e observar aspectos do texto para aprimorá-lo, me-
Objetivos de aprendizagem diante a presença de aspectos a serem considerados.
• Ler, revisar e corrigir textos, aprimorando-os. Isso pode acontecer devido à falta de foco ou
• Planejar a publicação na fanpage e a finalização ao pouco entendimento dos indicadores que foram
dessa unidade junto aos familiares. desenvolvidos no capítulo anterior.

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CONTEXTUALIZANDO aparecer no diálogo, como: “disse”, “falou”, “respon-
deu”, “murmurou”, “gritou”, entre outros.
Orientações • O desfecho envolveu os personagens principais da
Inicie o capítulo fazendo os questionamentos pre- história e foi coerente com o conflito inicial.
sentes no Livro do aluno. Para a narrativa ser coerente, o desfecho deverá
Espera-se que os alunos citem as ilustrações que envolver os personagens principais e correspondência
fizeram após a produção e a filmagem da contação com o conflito inicial da história.
das narrativas feitas como atividades da unidade, bem • O título e o enredo ficaram coerentes.
como poderão citar curiosidades e informações sobre É importante que os alunos percebam a necessidade
os povos indígenas. Sugira que criem um título para o
de o título ser coerente com as alterações feitas por eles.
álbum de personagens que vão desenhar.
Após a retomada dos itens do roteiro, leia o tex-
Caso optem por publicar as filmagens de contação
to para os alunos em voz alta. O trecho em negrito
de narrativas, é imprescindível solicitar autorização de
marca a articulação do início da história original com
divulgação de imagem aos responsáveis pelos alunos.
a recontada. Faça a atividade oralmente, com os alu-
• O que é necessário fazer para publicarmos os textos
nos. Você poderá registrar o texto em papel kraft ou
produzidos pelas duplas?
em cartolina e fazer as correções no próprio suporte,
É provável que os alunos percebam a importância
da revisão e da correção de um texto. Para que seja utilizando canetas hidrográficas coloridas.
bem compreendido, um texto deve ser bem escrito, Enquanto fazem a análise, peça aos alunos que
apresentando coesão, coerência etc. também façam as anotações no Livro do aluno, usando
canetas hidrográficas coloridas. Direcione as perguntas
indicadas – similares às que nortearão a revisão do
PRATICANDO texto das duplas, posteriormente.

Expectativas de respostas
Leia a narrativa para os alunos e, em seguida, ex-
Resposta pessoal.
plique que deverão formar duplas para dar uma nova
continuação à historia, ou seja, produzir uma continuação Logo após preencherem o quadro, solicite aos alu-
diferente para a narrativa indígena “Juruá vira peixe”, nos que façam a reescrita de sua produção, realizando
seguindo o esquema de planejamento. Explique-lhes,
as devidas correções, de acordo com as respostas do
ainda, que, para fazer a revisão e a correção, eles de-
quadro.
verão levar em consideração os indicadores elencados
anteriormente.
Relembre-os com a turma:
• O mesmo tipo de narrador foi mantido ao longo de RETOMANDO
toda narrativa?
Reforce com os alunos que precisam verificar se o Orientações
texto foi iniciado em primeira ou em terceira pessoa e Explique à turma que este é o momento de planeja-
se isso permanece até o fim. rem as próximas ações para a finalização do capítulo.
• Há concordância verbal e nominal. Agende uma data para edição de uma data para
• A repetição de palavras foi evitada. o evento com outras pessoas da comunidade escolar.
• Há diálogo entre os personagens. Essa aula deverá ser reservada exclusivamente para o
Saliente que não poderá faltar diálogo entre os lançamento da fanpage da turma e para comemorar o
personagens. encerramento da unidade sobre lendas indígenas.
• Fez-se uso de parágrafos e de pontuação adequada Pergunte:
para organizar o texto. • O que faremos durante o evento?
Para compreendermos o diálogo entre os perso- É provável que os alunos digam que vão lançar a
nagens é essencial o uso da pontuação adequada, fanpage da turma para os familiares e fazer a leitura
bem como a separação das falas dos personagens dos textos que foram publicados.
em parágrafos. Peça a eles que apresentem outras sugestões e aju-
• Foram utilizados verbos de enunciação (dicendi). de-os nessa organização. O evento pode ser aprimorado
Dê exemplos de verbos de enunciação que podem

72 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 72 20/12/2021 15:19


com a presença de comidas de origem indígena e de
Descritores   
músicas tradicionais.
Esta atividade tem o objetivo de fazer uma avalia- Quanto às características das lendas indígenas
ção final do que os alunos aprenderam sobre lendas
O título dado é típico de uma
indígenas e sobre a estrutura desse gênero textual. Os
narrativa indígena?
alunos realizaram uma produção no início da unidade,
O(s) personagem(s) apresen-
que deverá ser retomada nesse momento. Trata-se de
ta(m) características típicas
um processo de avaliação comparativa, avaliando o
de personagens de narrati-
progresso de cada aluno.
vas indígenas?
Use o mesmo quadro de descritores utilizado nas
A temática é própria de nar-
produções iniciais para analisar as produções finais.
rativas indígenas?
Reserve um momento particular e mais longo para
a devolutiva dos alunos que apresentaram mais A narrativa explora ele-
dificuldade em alcançar os objetivos ao longo da mentos da visão de mundo
execução das atividades da unidade, sempre tomando indígena?
o cuidado para não os expor desnecessariamente. A descrição do ambiente
apresenta riqueza de ele-
mentos associados à cosmo-
visão indígena?
O desfecho envolveu a reso-
lução do conflito segundo a
cosmovisão indígena?
Quanto à estrutura
O texto manteve a narração
escolhida (primeira ou tercei-
ra pessoa)?
Evitou-se a repetição de
palavras?
Houve diálogo entre os
personagens?
Utilizou-se pontuação
adequada?
Utilizaram-se corretamen-
te concordância verbal e
nominal?
Os parágrafos foram indica-
dos de forma adequada?

73 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 73 20/12/2021 15:19


EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 74 20/12/2021 15:20
UNIDADE 2

REPRESENTAÇÃO DO FONEMA /S/ (SOM CÊ)

COMPETÊNCIA GERAL DA BNCC

4.

HABILIDADES DO DCRC

EF04LP01 Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares diretas e contextuais.

Recorrer ao dicionário para esclarecer dúvida sobre a escrita de palavras, especialmente no caso de palavras
EF35LP12
com relações irregulares fonema-grafema.

OBJETO DE CONHECIMENTO

Construção do sistema alfabético e da ortografia.

PRÁTICAS DE LINGUAGEM

Análise linguística/semiótica (ortografização).

PARA SABER MAIS

• N
 ÓBREGA, Maria José. O Sistema Ortográfico. In: Ortografia. São Paulo: Melhoramentos, 2013. Disponível em: http://
homo.plataformadoletramento.org.br/hotsite/especial-ortografia-reflexiva/#cap1. Acesso em: 14 jul. 2021.
• 
MONROE, Camila. Como ensinar as irregularidades ortográficas. In: Nova Escola, 2011. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/2566/como-ensinar-as-irregularidades-ortograficas. Acesso em: 14 jul. 2021.

75 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 75 20/12/2021 15:20


1. Descobrindo os usos de S, SS, C, Ç, SC, X

PÁGINA 74 PÁGINA 75

UNIDADE 2

Images Plus k / Getty


Ekaterina79/iStoc
REPRESENTAÇÃO DO
FONEMA /S/ (SOM CÊ)

1. Descobrindo os usos de S, SS, C, Ç, SC, X

Images
MASSINHA

Moskow/Moment/Getty
Fui à Lua e levei…
Images Plus
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ACEROLAS

t/Getty Images
osas imagens!/Momen
com suas maravilh
PISCINA

O Ceará e o Brasil,
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Marcos Amend/Pulsar
AÇUDE

EXTINTOR
SUCO

75 L Í N G UA P O RT U G U ESA

74 4 o ANO
PÁGINA 76 PÁGINA 77


PRATICANDO RETOMANDO

1. Como você viu anteriormente, em alguns casos, as letras S, SS, C, Ç, SC, X


representam um mesmo som. Vamos dar continuidade à brincadeira, agora es- 1. Leia o boxe a seguir, que apresenta uma curiosidade sobre a origem da palavra
crevendo essas palavras com esse som? Reúna-se com seu grupo para continuar “pêssego”. Em seguida, responda: por que essa palavra é escrita com S e, não,
jogando “Fui à Lua…”. com C?

2. Com o uso do dicionário, verifique como o outro grupo escreveu essas palavras.
A palavra pêssego é originária do latim persicum pommum, que significava “fruto
3. É hora de organizar as palavras em um quadro! persa”. Veja como essa palavra foi sendo transformada ao longo do tempo.

4. Pesquise palavras com S, SS, C, Ç, SC e X que representem o som cê e cole-as no PERSICUM POMMUM > PERSICUM > PERSIGO > PÊSSIGO > PÊSSEGO
quadro abaixo. ÁLVARES, Teresa. Pêssego ou “pêcego”? Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, 1997.
Disponível em: https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/pessego-ou-pecego/163.
Acesso em: 13 jul. 2021.

76 4 o ANO 77 L Í N G UA P O RT U G U ESA

76 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 76 20/12/2021 15:20


Habilidades do DCRC

EF04LP01 Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares diretas e contextuais.

Recorrer ao dicionário para esclarecer dúvida sobre a escrita de palavras, especialmente no caso de palavras
EF35LP12
com relações irregulares fonema-grafema.

Prática de linguagem Materiais


• Análise linguística/semiótica (ortografização). • Fichas de papel A4, dicionários (um para cada
grupo), papel kraft, fita dupla-face, tesoura.
Sobre o capítulo
• Contextualizando: compartilhar oralmente diferentes Contexto prévio
palavras com o fonema /s/. Os alunos devem escrever convencionalmente, além
• Praticando: exercer a escrita de diferentes palavras de já estarem familiarizados com o uso de dicionário.
com o fonema /s/ e corrigi-las a partir do uso do
dicionário. Dificuldades antecipadas
• Retomando: perceber a relação entre grafia de Os alunos podem sentir dificuldades em usar os
palavras e etimologia. grafemas S, SS, C, Ç, SC, X na representação do fone-
ma /s/ (som cê) em contextos regulares e irregulares.
Objetivos de aprendizagem Para alguns, também pode ser difícil realizar a busca
• Descobrir os usos dos grafemas S, SS, C, Ç, SC, X por palavras no dicionário, por não estarem muito
para representar o fonema /s/ (som cê) em contextos habituados a manusear esse material.
regulares e irregulares.
• Utilizar o dicionário como ferramenta para verificação
da ortografia.

CONTEXTUALIZANDO PRATICANDO
Orientações Organize a turma em grupos produtivos, mesclando
Proponha aos alunos a brincadeira “Fui à Lua”. Diga alunos com diferentes habilidades.
que após pronunciarem “Fui à Lua e levei…”, eles deverão Diga aos alunos que, em grupo, eles continuarão
propor diferentes palavras. Peça para que analisem as pa- brincando de “Fui à Lua…”. Entretanto, a ideia, agora, é
lavras e indiquem o que há em comum entre elas. Ouça as
que eles escrevam as palavras com som /s/ em fichas.
hipóteses levantadas pelos alunos e evite apresentar res-
Entregue fichas produzidas com papel A4 para a turma,
postas no momento introdutório do capítulo. Caso os alunos
não respondam ao que se espera, direcione-os: “Qual som lembrando que a brincadeira é focada em palavras que
aparece em todas as palavras?”. Espera-se que percebam apresentam o som /s/ representado de diferentes formas.
o fonema /s/, representado em cada palavra por diferentes Diga que devem escrever o máximo de palavras que
grafemas. Disponibilize um tempo para que participem da conseguir em determinado intervalo de tempo. Durante
dinâmica, sugerindo outras palavras com o som /s/. Valide a realização da atividade, circule entre os alunos para
as respostas, perguntando: “Essa palavra apresenta o som auxiliá-los, evitando fornecer respostas e trazendo per-
/s/? Como ela é escrita? Todos concordam?”. guntas que os levem a confrontar suas hipóteses.
Solicite novamente a análise das palavras do quadro
e pergunte: “A qual conclusão sobre o som /s/ podemos Expectativas de respostas
chegar?”. 1. Espera-se que as respostas apresentem palavras
com o fonema /s/.
Expectativas de respostas
1. Espera-se que os alunos percebam que, na escrita, Orientações
esse som pode ser representado por S, SS, C, Ç, Ao final da atividade, recolha as palavras de um
SC e X. grupo e entregue-as a outro. Distribua um dicionário

77 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 77 20/12/2021 15:20


para cada grupo, de modo que os alunos façam a ve- de uma palavra é explicada por sua origem e que a
rificação da ortografia das palavras do outro grupo. escrita pode mudar ao longo do tempo. Caso isso não
Diga que, em caso de escrita incorreta, eles devem ocorra, direcione o olhar dos alunos para o termo latino,
fazer a correção, apagando as letras que estiverem mostrando que o grafema S foi transformado em SS
erradas e inserindo as letras corretas. e que o grafema C se transformou em G. Para apro-
Acompanhe as correções e, principalmente, auxilie fundamento e fundamentação teórico-metodológica a
os alunos que apresentarem dúvidas no manuseio do respeito dos assuntos trabalhados neste capítulo, as
dicionário.
obras e os materiais a seguir podem ser consultados:
Expectativas de respostas • CÂMARA Jr, Joaquim Mattoso. Para o estudo da
2. Respostas pessoais. fonêmica portuguesa. Vozes, 2008.
Neste estudo pioneiro, o linguista ordena o sistema
Orientações fonêmico português por um embasamento científico
Pergunte aos alunos: “Como podemos organizar conseguido pela delimitação dos campos da Fonética
todas as palavras que vocês escreveram em um qua- e da Fonologia.
dro?”. Ouça as diferentes respostas. Caso nenhum aluno • CAGLIARI, Luiz Carlos. Análise Fonológica: Introdução
mencione a separação de acordo com os grafemas S, à Teoria e à Prática com Especial Destaque Para o
SS, C, Ç, SC, X, apresente essa possibilidade. Modelo Fonêmico. Mercado das Letras, 2002.
Faça colunas em uma folha de papel kraft, de modo
Em linguagem clara e objetiva, o livro configura-se
que as palavras escritas com o mesmo grafema sejam
como uma obra ao mesmo tempo introdutória e abran-
reunidas na mesma coluna. Solicite que, um grupo por
vez, apresente as palavras que corrigiu e pergunte à gente, que, a partir do quadro teórico da Fonêmica
turma: “A palavra trazida pelo grupo apresenta o som estruturalista e de outras teorias, descreve fenômenos
/s/?”. Em caso positivo, diga então, que ela deverá ser do Português do Brasil, reinterpretando processos fo-
inserida no quadro. Questione: “Em qual coluna deve- nológicos como a nasalização, a palatalização e as
mos colocá-la? Por quê?”. Valide as respostas entre a alterações na qualidade vocálica.
turma. Para favorecer a ação dos alunos, disponibilize • BECHARA, Evanildo. Gramática Escolar da Língua
uma tesoura e uma fita dupla-face para que possam Portuguesa. Nova Fronteira, 2020.
fixar a palavra no quadro. Repita o procedimento até A nova edição da Gramática Escolar da Língua
que todas as palavras escritas estejam no cartaz. Deixe Portuguesa, revista e atualizada pelo autor, um dos
o cartaz em espaço visível na sala de aula, para que maiores gramáticos de nossa língua, vem enriquecida
os alunos possam recorrer a ele quando necessário. de numerosos acréscimos em todo o seu conteúdo,
mais observações sobre possibilidades gramaticais,
Expectativas de respostas
exemplos e abonações de autores clássicos e contem-
3. Respostas pessoais.
porâneos, para retratar a língua dos dias de hoje nos
Orientações mais diversos espaços sociais. Permanece o objetivo de
Pergunte aos alunos: “Vocês conhecem outras pa- oferecer o maior número de informações pertinentes e
lavras escritas com S, SS, C, Ç, SC e X?” Em seguida, confiáveis, a mais completa soma de fatos gramaticais
disponibilize jornais e revistas para recorte e instigue-os e soluções de dúvidas de português, conforme a evo-
a identificar palavras com o fonema /s/. Peça a elas lução da língua, buscando atender às expectativas de
que recortem essas palavras e que as colem no local alunos e professores, sem descuidar da boa didática.
indicado no Livro do aluno. • BECHARA, Evanildo. Gramática fácil. Nova Fronteira,
2021.
Expectativas de respostas
A obra aborda os temas fundamentais a todos os
4. Respostas pessoais.
estudantes e profissionais que desejam utilizar, com
eficiência e correção, falando ou escrevendo, a nossa
língua. Por isso, não se destina apenas à sala de aula,
RETOMANDO mas serve de apoio a todos que querem um material
para consulta rápida e segura, em conformidade com
Orientações o novo Acordo Ortográfico.
Guie o compartilhamento de hipóteses dos alunos. • CUNHA, Celso. Nova Gramática do Português
Espera-se que percebam que, em alguns casos, a grafia Contemporâneo. Lexikon, 2021.

78 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 78 20/12/2021 15:20


Uma das gramáticas mais prestigiadas e consulta- áudio. Constitui-se, portanto, em um livro essencial para
das do Brasil, a obra é item essencial aos estudiosos, os cursos de Letras e também extremamente relevante
professores e apreciadores da Língua Portuguesa. para alfabetizadores, fonoaudiólogos, estrangeiros que
• SILVA, Thais Cristófaro. Fonética e fonologia do estão aprendendo português e para as pessoas inte-
português: Roteiro de estudos e guia de exercícios ressadas na variação dialetal do português brasileiro.
(nova edição). Contexto, 2019.
Este roteiro de estudos e guia de exercícios, além Expectativas de respostas
de expor objetivamente aspectos teóricos da Fonética 1. Espera-se que os alunos percebam que a grafia
e Fonologia, permite ao estudante exercitar os conheci- de algumas palavras é justificada por sua origem.
mentos adquiridos contando com o auxílio de arquivos de

ANOTAÇÕES

79 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 79 20/12/2021 15:20


2. Explorando os usos de S, SS, C, Ç, SC, X
PÁGINA 78 PÁGINA 79

2. Complete o trava-língua. Em seguida, converse sobre ele com a turma.


2. Explorando os usos de S, SS, C, Ç, SC, X Quais fatores podem influenciar na escrita de uma palavra? Por quê? Converse sobre
isso com o professor e os colegas.
1. Observe o texto abaixo e converse com um colega.

⊲ 3. Agora, leia as palavras indicadas a seguir.


Você conhece este trava-língua?
⊲ Que letras você usaria para preenchê-lo? a. Pinte de verde as que você conhece e de vermelho as que você não conhece.

ÍVEL
PRÓXIMO ACESS

ADOLESCENTE
EXATAMENTE SEMPRE
Te elão te e o te ido
MÁXIMO

DIF
ÃO
em ete edas de ião.

Ç
ATEN
Tem ido a eda te ida

ICIL
na orte do te elão.

ME
NECESSIDADE
Trava-língua popular.

CARACO PISCINA

NTE
L
SO
SA BORO
ASSOCIAÇÃO
CASA

b. Responda as questões a seguir e depois compare os seus resultados com os de


um colega.

⊲ Anote as palavras que você conhece.

⊲ Qual você acredita ser o significado das palavras pintadas de vermelho?

⊲ Que fatores podem influenciar a escrita de uma palavra? Por quê?

78 4 o ANO
79 L Í N G UA P O RT U G U ESA

PÁGINA 80 PÁGINA 81

2. É hora de conferir as palavras escritas pelo colega com o auxílio do dicionário e


PRATICANDO calcular quantos pontos ele fez. Sublinhe as palavras que não apresentarem o
som estudado (som cê).

1. Vamos brincar de uma Adedonha diferente? Escreva o máximo de palavras com as 3. Com o auxílio do dicionário, realize as correções indicadas por seu colega.
letras S, SS, C, Ç, SC ou X, representando o som cê.

Palavras bônus
Comidas Objetos Animais Lugares
(livre)

RETOMANDO

1. Quais fatores podem influenciar na escrita de uma palavra? Por quê?

2. Você explorou palavras escritas com S, SS, C, Ç, SC ou X que têm o som de /cê/.
Agora, siga o passo a passo e desafie um colega.
⊲ Escolha uma palavra que seja escrita com S, SS, C, Ç, SC ou X e que tenha som
de /cê/.
⊲ Faça um desenho dela.
⊲ Troque de livros com um colega. Ele deverá tentar adivinhar o seu desenho e
você, o dele.
⊲ Escreva a sua resposta abaixo do desenho do colega.
TOTAL: TOTAL: TOTAL: TOTAL: TOTAL: ⊲ No fim, peça ao seu colega que corrija a sua resposta, confirmando se você
acertou a palavra e se você a escreveu corretamente.
⊲ pontos da coluna “Comidas”
⊲ pontos da coluna “Objetos”
⊲ pontos da coluna “Animais”
⊲ pontos da coluna “Lugares”
⊲ pontos da coluna “Palavras bônus”
⊲ Pontuação final:

80 4 o ANO 81 L Í N G UA P O RT U G U ESA

80 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 80 20/12/2021 15:20


Habilidades do DCRC
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que
foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Recorrer ao dicionário para esclarecer dúvida sobre a escrita de palavras, especialmente no caso de palavras
EF35LP12
com relações irregulares fonema-grafema.

Prática de linguagem Materiais


Análise linguística/semiótica (ortografização). • Dicionários (um para cada aluno) e cronômetro
(muitos celulares possuem esse recurso).
Sobre o capítulo • Lápis vermelhos e verdes (um de cada cor por
• Contextualizando: reconhecer as diferentes aluno).
formas de se representar o fonema /s/ e retomar
a relação entre a grafia das palavras e sua origem Contexto prévio
etimológica. Os alunos já devem escrever convencionalmente
• Praticando: exercitar a escrita de palavras com e estar familiarizados com as possíveis grafias para
os grafemas S, SS, C, Ç, SC, X para representar o representação do fonema /s/. Recomenda-se que es-
fonema /s/ (som cê), com o uso do dicionário como tejam também familiarizados com procedimentos de
estratégia de verificação. busca básicos para uso do dicionário.
• Retomando: sistematizar, por escrito, as
descobertas da aula. Dificuldades antecipadas
Os alunos podem sentir dificuldades em usar os
Objetivos de aprendizagem grafemas S, SS, C, Ç, SC, X para representar o fonema
• Explorar os usos dos grafemas S, SS, C, Ç, SC, X /s/ (som cê) em contextos regulares e irregulares.
para representar o fonema /s/ (som cê) em contextos Para alguns, também pode ser difícil realizar a busca
regulares e irregulares. por palavras no dicionário, por não estarem muito
• Usar o dicionário como ferramenta para verificação habituados a manusear esse material.
da ortografia.

CONTEXTUALIZANDO Depois do compartilhamento de todas as respostas,


questione: “Como podemos conferir se essas palavras
Orientações estão escritas de maneira correta?”. Espera-se que os
Diga aos alunos que, individualmente, eles de- alunos já reconheçam o dicionário como ferramenta
verão preencher o trava-língua utilizando letras de verificação da ortografia.
que representem o fonema em estudo (som cê). Para otimização do tempo, designe algumas pa-
Circule entre eles para verificar as dificuldades lavras para determinados grupos de alunos. Alguns
que encontrarem durante a realização da atividade, deverão buscar a palavra tecelão, outros, tecer etc.
evitando trazer respostas no momento introdutório do Para os alunos que trabalharão com verbos, diga que
capítulo. Posteriormente, guie o compartilhamento é possível que, no dicionário, eles não encontrem os
das respostas, com perguntas como: Qual letra vocês termos “tece” e “sido” e que, nesse caso, deverão pro-
inseriram na palavra “tecelão”? Por quê?. Ouça- curar pelo verbo no infinitivo. Pergunte: “De qual verbo
os e valide as respostas, mas ainda não realize a vem a forma ‘tecer’? E ‘sido’?”. Quando os alunos chegarem
correção, que deverá ser feita posteriormente, com às respostas “tecer” e “ser”, solicite a eles que façam a
busca por esses verbos. Diga que algo semelhante ocorre
o uso do dicionário. Repita o procedimento para
com a palavra “tecida”, forma nominal do verbo tecer.
todas as palavras do trava-língua. Explique a eles que o primeiro aluno a encontrar a pala-
Atenção: a palavra mais difícil para os alunos com- vra pela qual ficou responsável deverá levantar a mão.
preenderem talvez seja “Sião”, nome de uma fortaleza Nesse momento, os demais alunos interromperão suas
próxima de Jerusalém. No contexto, também pode ser pesquisas. O aluno que levantou a mão deverá ler o
identificada como a própria cidade de Jerusalém, a significado de sua palavra para toda a turma e, depois,
Terra Prometida do Sião. deverá soletrá-la. Depois disso, disponibilize um tempo

81 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 81 20/12/2021 15:20


para que os alunos confirmem ou corrijam a palavra na apresentam, nas partes em destaque, som de /cê/. Ao
atividade realizada. Repita o procedimento até que todo fim, pergunte aos alunos por que eles acreditam que
o trava-língua esteja concluído e corrigido. Em seguida, essas palavras são escritas dessa forma. Instigue-os
promova uma leitura coletiva do texto. a pensar sobre a “família” da palavra e, se possível,
Posteriormente, escreva no quadro a seguinte per- sua etimologia. Por exemplo, eles poderão dizer que a
gunta: Por que as palavras “tecelão”, “tece”, “tecido” palavra “dificilmente” é escrita dessa forma por conta
e “tecida” são escritas com C? da palavra “difícil”.
Diga aos alunos que eles deverão refletir sobre o
desafio exposto no quadro e disponibilize tempo para Expectativas de respostas
que eles possam analisar as palavras. Depois, peça a 3. 
eles que compartilhem suas hipóteses oralmente. Nesse a. Respostas pessoais.
momento, o esperado é que mencionem que essas pala-
b. Respostas pessoais.
vras são muito semelhantes ou que pertencem à mesma
“família”. Essa percepção pode ajudá-los quando sentirem c. As palavras que apresentam som de /cê/ nas
dificuldades na escrita de palavras. partes destacadas são:
ÍVEL
PRÓXIMO ACESS

ADOLESCENTE
EXATAMENTE SEMPRE
Expectativas de respostas
1. Tecelão tece o tecido MÁXIMO

DIF
Ç ÃO
ATEN
em sete sedas de Sião

ICIL
Tem sido a seda tecida

ME
NECESSIDADE

CARACO PISCINA
na sorte do tecelão

NTE
L

ROSO
Trava-língua popular
SABO
ASSOCIAÇÃO
CASA
Orientações
Na atividade 3, proponha aos alunos que leiam as
palavras e tentem identificá-las. Na letra A, eles devem
PRATICANDO
pintar de verde as que conhecem e de vermelho as que
não conhecem. Permita a eles algum tempo para realizar
Orientações
a atividade. Após a conclusão, na letra B, os alunos
Organize os alunos em pequenos grupos e explique
devem formar duplas para discutir as questões propos-
as regras do jogo “Adedonha”, adaptado ao objeto de
tas. Você pode propor que eles utilizem os dicionários
estudo do capítulo. Nessa adaptação, os alunos só
para confirmar suas hipóteses a respeito das palavras poderão escrever palavras que apresentem, em sua
que não conheciam. Em seguida, peça aos alunos que grafia, os grafemas S, C, SC, X, Ç ou SS representando o
compartilhem suas ideias com a turma toda. Na última fonema /s/ (som cê). Cada palavra deverá ser inserida na
pergunta da discussão (“Que fatores podem influenciar coluna correspondente e o tempo para preenchimento
a escrita de uma palavra? Por quê?”), é importante que das colunas será cronometrado. Evidencie que, nesse
os alunos percebam que a língua apresenta regularida- momento, o dicionário não poderá ser consultado, pois
des e irregularidades e entendam que algumas regras a atividade visa à utilização dos conhecimentos já cons-
podem ajudar a aprender a maneira correta de escrever truídos por eles. Assim, os alunos poderão exercitar o
uma palavra, mas elas nem sempre serão suficientes, que já sabem a respeito das diferentes grafias possíveis
pois há irregularidades. Faça perguntas disparadoras, para a representação do mesmo fonema.
a partir das considerações levantadas pela turma. É Para melhor compreensão, apresente exemplos de
importante fortalecer as reflexões a respeito de ques- palavras para cada coluna. Diga que, na coluna “comi-
tões ortográficas e da importância do dicionário para da”, podem colocar palavras como “cebola”, pois, nela,
o trabalho com palavras que geram dúvidas na gra- encontramos a letra C representando o fonema /s/. Repita
fia. Por fim, para a letra D, indique uma das palavras o procedimento para os temas das outras colunas. Para
do esquema e diga: Que parte está destacada nesta a coluna “objetos”, você pode sugerir “piscina”; para
palavra? Que som ela tem? É esperado que os alunos a coluna “animais”, “cisne” e, para “lugares”, “Ceará”.
identifiquem que o destaque apresenta o som de /cê/. Aproveite para mencionar que, na coluna de palavras
Então, peça que escrevam, em duplas, as palavras que bônus, eles poderão inserir qualquer termo, desde que

82 4 o ANO

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o fonema /s/ apareça em sua pronúncia, como “nascer”. Orientações
Assegure-se de que todos compreenderam a proposta Disponibilize um tempo para que os alunos façam
e dê início ao jogo. Somente no final da atividade eles a correção das palavras destacadas pelo colega em
deverão preencher a quantidade de pontos, na etapa seu material. Acompanhe as correções, fornecendo
de correção. suporte para os que apresentaram mais dificuldades.
Expectativas de respostas Expectativas de respostas
1. Espera-se que os alunos escrevam palavras
3. Espera-se que os alunos corrijam a inadequação
que pertençam às categorias selecionadas e que
identificada pelos colegas, substituindo a palavra
apresentem os grafemas S, C, SC, X, Ç ou SS re-
por outra que tenha o fonema /s/ ou modificando
presentando o fonema /s/.
sua grafia.
Orientações
Aqui, cada aluno deverá utilizar o próprio dicionário.
Organize a troca de livros entre os alunos. Um aluno RETOMANDO
ficará responsável por corrigir as palavras inseridas no
quadro de um colega e terá as palavras que registrou Orientações
corrigidas por esse colega. Diga que há dois aspectos Na atividade 1, proponha aos alunos que sistematizem
que precisam ser considerados: a presença do fonema o que aprenderam ao longo do capítulo por meio de
/s/ e a escrita correta, segundo o dicionário. Reforce um registro escrito de uma reflexão iniciada por eles e
que, caso as palavras inseridas não apresentem o fo- compartilhada de maneira oral no momento introdutório
nema /s/, o aluno revisor deverá sublinhá-la e que, caso do capítulo. Circule entre eles e perceba se as hipóte-
não estejam escritas corretamente, deverá circulá-la. ses trazidas no momento inicial foram confirmadas ou
Oriente que a revisão seja feita coluna por coluna e confrontadas. Na atividade 2, leia as instruções com
que, ao final, eles registrem a pontuação específica os alunos, garantindo que todos entenderam o que
daquela coluna. Depois de todas as colunas corrigidas, devem fazer. Peça que, inicialmente, façam os dese-
solicite que a pontuação seja somada. Atenção: caso a nhos individualmente, sem que os colegas saibam as
inadequação ortográfica ocorra em contexto diferente palavras que escolheram. Em seguida, proponha que
do fonema /s/, o aluno não perderá a pontuação. Diga
formem duplas e desafiem uns aos outros a adivinhar
aos alunos que o foco é a grafia desse som. Cada
que palavra foi desenhada e a escrevê-la da forma
palavra que atenda aos requisitos receberá 1 ponto.
correta. Por fim, incentive os alunos a compartilhar as
Circule entre os alunos para acompanhar o trabalho
palavras que adivinharam. Você pode desenhar um
e verificar quem está apresentando mais dificuldades.
Isso pode ser útil para ajudar a traçar estratégias de quadro, com uma coluna para cada tipo de escrita (S,
acompanhamento da turma. SS, C, Ç, SC ou X). À medida que os alunos compartilham
as palavras, você pode pedir a eles que indiquem em
Expectativas de respostas qual coluna a palavra deve entrar.
2. Espera-se que os alunos escrevam palavras que
pertençam às categorias selecionadas e que apre- Expectativas de respostas
sentem o fonema /s/ representado por algum dos 1. A “família” a que pertence uma palavra e sua eti-
grafemas em estudo, escrevendo-as corretamente, mologia podem influenciar a grafia de uma palavra,
de acordo com o registro no dicionário. pois é provável que ela siga o mesmo padrão.

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3. Revisando palavras escritas com S, SS, C, Ç, SC, X
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3. Analise seu trabalho nas atividades anteriores e observe as palavras que você cor-
3. Revisando palavras escritas com S, SS, C, Ç, SC, X rigiu. Em seguida, complete as lacunas das frases a seguir para descobrir algumas
regras ortográficas.
1. Revise os trava-línguas a seguir e reescreva-os de maneira

The Waverley Book Company, Limited, W. & R. Chambers, Limited,


London & Edinburgh, 1910] Artist: George James Rankin. (Photo by
Print Collector/Getty Images)
adequada.
a. A letra não é usada em início de palavra. Por isso, a escrita ade-
a. O çabiá não sabia que o ssábio sabia que o çabiá não sabia açobiar.
Trava-língua popular. quada não é abiá, mas abiá. A mesma regra vale para a

palavra ucesso.

b. As letras não são usadas em início de palavra. Por isso, a escrita adequa-
b. A vida é uma sucesiva suxessão de sucesções que se suce-

FatCamera/E+/Getty Images
da não é ábio, mas ábio.
dem sucesivamente, sem susseder o çucesso.
Trava-língua popular.

c. O entre vogais apresenta som de Z. O entre vogais apresenta

som de S. Por isso, a escrita não é suce iva, mas suce iva. Como são

2. Escreva as palavras que você corrigiu. da mesma família, as palavras suce ivamente e suce ões seguem a

mesma regra.

d. Usa-se com som de S quando há formação de sílaba com E. Por isso, a

escrita não é su essão, mas su essão.

skynesher/E+/Getty Images
82 4 o ANO
83 L Í N G UA P O RT U G U ESA

PÁGINA 84 PÁGINA 85

Escreva as palavras adequadamente, de acordo com as regras.


PRATICANDO
A letra Ç não é usada em início de palavra.
1. Seja um detetive das palavras! Identifique os erros das palavras a seguir com a
ajuda do dicionário. Corrija a escrita dessas palavras para, posteriormente, organi-
As letras SS não são usadas em início de palavra.
zá-las de acordo com as regras.
selimaksan/iStock / Getty Images Plus

O SS entre vogais apresenta som de S.

Muitas palavras de origens árabe, africana e


tupi são escritas com Ç.

RETOMANDO

1. O que você aprendeu sobre os usos de S, SS, C, Ç, SC e X?

Espectativa felisidade assude

esplosão fócil esctinção

permisão mixanga cossar

oso acaí ssaco AUTOAVALIAÇÃO

Pensando a respeito do que aprendeu sobre a escrita das palavras com S, SS, C, Ç, SC,
X para representar o som cê (/s/), você diria que:

traveceiro dinoçauro búçola


Ainda não compreendi Compreendi em partes, Compreendi tudo, mas Compreendi tudo o
e preciso de ajuda. e ainda preciso rever não me sinto capaz de que fiz e sou capaz de
alguns assuntos. explicar a outras pessoas. explicar a outras pessoas.

84 4 o ANO 85 L Í N G UA P O RT U G U ESA

84 4 o ANO

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Habilidades do DCRC

EF04LP01 Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares diretas e contextuais.

Recorrer ao dicionário para esclarecer dúvida sobre a escrita de palavras, especialmente no caso de palavras
EF35LP12
com relações irregulares fonema-grafema.

Prática de linguagem • Usar o dicionário como ferramenta para verificação


Análise linguística/semiótica (ortografização). da ortografia.

Sobre o capítulo Materiais


• Contextualizando: corrigir trava-línguas populares • Dicionários (um para cada aluno).
e conhecer algumas convenções de escrita de
palavras em que os grafemas S, SS, C, Ç, SC ou Contexto prévio
X representam o fonema /s/ (som cê). Os alunos já devem escrever convencionalmente.
• Praticando: revisar palavras com os usos dos Recomenda-se que estejam familiarizados com pro-
grafemas S, SS, C, Ç, SC ou X representam o cedimentos de busca em dicionário e que já tenham
fonema /s/ (som cê), relacionando-as às regras exercitado a escrita de palavras com os grafemas S,
e à convenção de escrita. SS, C, Ç, SC, X para representar o fonema /s/ (som cê),
• Retomando: sistematizar e autoavaliar seus além de já terem iniciado reflexões sobre a relação
conhecimentos sobre a escrita de palavras em entre som (fonema) e letra (grafema).
que os grafemas S, SS, C, Ç, SC ou X representam
Dificuldades antecipadas
o fonema /s/ (som cê).
Os alunos podem sentir dificuldades em usar os
Objetivos de aprendizagem grafemas S, SS, C, Ç, SC, X para representar o fonema
• Revisar os usos dos grafemas S, SS, C, Ç, SC, X para /s/ (som cê) em contextos regulares e irregulares.
representar o fonema /s/ (som cê) em contextos Para alguns, também pode ser difícil realizar a busca
regulares e irregulares. pelas palavras no dicionário.

CONTEXTUALIZANDO Expectativas de respostas


1.
Orientações a. O sabiá não sabia que o sábio sabia que o sabiá
Organize os alunos em duplas produtivas e dispo- não sabia assobiar.
nibilize um tempo para que eles completem as regras b. A vida é uma sucessiva sucessão de sucessões
com as percepções que obtiveram durante a reali-
que se sucedem sucessivamente, sem suceder
zação da primeira atividade. Logo, guie a correção.
o sucesso.
Peça para um voluntário ler a regra que descobriu e
Orientações
questione: Todos concordam? Alguém fez diferente?
Organize os alunos em duplas produtivas, mesclan-
Como? Por quê? Valide as respostas com a turma e
do integrantes com diferentes habilidades e níveis
siga procedimento semelhante para todos os itens.
Nesse momento, apresente a resposta correta, caso de compreensão do conteúdo. Diga às duplas que
os alunos não cheguem à conclusão esperada, pois elas farão a correção das palavras que compõem os
a ideia não é que eles decorem ou aprendam todas trava-línguas. Posteriormente, guie a socialização das
as convenções, mas que percebam que as palavras respostas, solicitando a participação de voluntários.
não são grafadas aleatoriamente. Uma palavra pode Pergunte: “Alguém fez diferente? Por quê?”. Ouça a
ser grafada de determinada maneira de acordo com turma, mas não apresente as respostas adequadas.
motivações etimológicas, como eles já viram nos ca- Distribua as palavras que apresentam o fonema /s/
pítulos anteriores, ou de acordo com convenções mais entre os alunos, para otimizar o tempo de pesquisa
arbitrárias de escrita. Em ambos os casos, a utilização no dicionário. São elas: “çabiá”, “sabia”, “ssábio”,
do dicionário pode prestar um grande auxílio para a “assobiar”, “sucesiva”, “suxessão”, “sucesções”, “se”,
verificação da ortografia. “sucedem”, “sucesivamente”, “sem”, “suceder” e “çucesso”.

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Explique que o primeiro aluno a encontrar a palavra a revisão das palavras, nesse momento, a maior difi-
que ficou responsável por buscar deverá levantar a mão. culdade será analisá-las de acordo com as regras. As
Nesse momento, os demais interromperão suas pesquisas. palavras “açude”, “miçanga” e “açaí”, por exemplo,
O aluno que levantou a mão deverá ler o significado servem tanto para a regra “a letra Ç não é usada em
de sua palavra para toda a turma e, depois, deverá início de palavra” (primeiro item), quanto para “muitas
soletrá-la, para que fique clara a forma adequada de palavras de origens árabe, africana e tupi são escritas
escrita. Depois disso, você disponibilize um tempo para com Ç” (último item). Nesse caso, quando essas pala-
que os alunos confirmem ou corrijam todas as pala- vras forem apresentadas como respostas para o último
vras dos trava-línguas e, então, promova uma leitura item, acrescente explicações que indiquem a origem
coletiva dos textos. de cada uma: árabe, africana e tupi, respectivamente.
3. Isso também vale para as palavras inseridas nas regras
a. A letra Ç não é usada em início de palavra. Por isso, a “as letras SS não são usadas em início de palavra” e
escrita adequada não é “çabiá”, mas “sabiá”. A “o SS entre vogais representa o fonema /s/”.
mesma regra vale para a palavra “sucesso”.
Expectativas de respostas
b. As letras SS não são usadas em início de palavra.
a. A letra Ç não é usada em início de palavra: açude,
Por isso, a escrita adequada não é “ssábio”, mas
miçanga, açaí.
“sábio”.
b. As letras SS não são usadas em início de palavra:
c. O S entre vogais representa o fonema /z/. O SS
osso, bússola, fóssil.
entre vogais apresenta som de S. Por isso, a escrita
c. O SS entre vogais representa o fonema /s/: osso,
não é “sucesiva”, mas “sucessiva”. Como são da
bússola, fóssil, permissão, travesseiro.
mesma família, as palavras “sucessivamente” e
d. Muitas palavras de origens árabe, africana e tupi
“sucessões” seguem a mesma regra.
são escritas com Ç: açude (árabe), miçanga (afri-
d. Usa-se para representar o fonema /s/ quando há
cana) e açaí (tupi).
formação de sílaba com E. Por isso, a escrita não
é “suxessão”, mas “sucessão”.

RETOMANDO
Orientações
PRATICANDO
Durante esse momento, você guiará a sistematização
oral dos conhecimentos adquiridos pelos alunos, para que,
Orientações
posteriormente, registrem no Livro do Aluno. Pergunte
Peça aos alunos que, primeiro, verifiquem a escrita
aos alunos o que aprenderam sobre o uso de S, SS, C,
de palavras utilizando dicionários para, posteriormen-
Ç, SC e X. As expectativas de respostas contemplam
te, relacioná-las às regras apresentadas no quadro.
Novamente, a ideia não é que os alunos decorem ou os objetos de conhecimento trabalhados na unidade.
aprendam todas as regras, mas que percebam que, Expectativas de respostas
em alguns casos, a ortografia é regida por convenções
Em alguns contextos, os grafemas S, SS, C, Ç, SC
de escrita. Acompanhe a realização da atividade, cir-
e X representam um mesmo fonema /s/ (som cê); o
culando entre os alunos e fazendo perguntas que os
dicionário pode ajudar a identificar se uma palavra
levem a observar as palavras e analisá-las. Pode-se
é escrita com S, SS, C, Ç, SC ou X; apesar de regras
estimular comparações entre duas palavras inseridas
ajudarem na escrita, há palavras que apresentam
na mesma regra, por exemplo, questionando os alunos
sobre semelhanças e diferenças entre elas. grafias que não se justificam por nenhuma regra;
Ao finalizar a tarefa, guie a correção coletiva. Comece a grafia de algumas palavras é justificada por sua
perguntando aos alunos quais foram as palavras in- origem (motivação etimológica); a escrita de palavras
seridas no primeiro quadro. Espera-se que respondam pode ser modificada no decorrer do tempo; a “famí-
“açude”, “miçanga”, “coçar” e “açaí”. Peça que sole- lia” a que pertence uma palavra pode influenciar a
trem cada uma dessas palavras e, se quiser, solicite escrita; a letra Ç não é usada em início de palavra;
a ajuda de voluntários para grafá-las no quadro da muitas palavras de origens árabe, africana e tupi
sala de aula. Como já utilizaram dicionários durante são escritas com Ç; as letras SS não são usadas

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em início de palavra; o SS entre vogais representa
o fonema /s/.

Orientações
Oriente os alunos a realizar a autoavaliação que
encerra a unidade. Posteriormente, colete os resultados
das autoavaliações para verificar como os alunos iden-
tificam seus aprendizados ao longo do percurso escolar.

Expectativas de respostas
Respostas pessoais.
ANOTAÇÕES

87 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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MATEMÁTICA

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UNIDADE 1

EXPLORANDO NÚMEROS DE ATÉ CINCO ORDENS


COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

1, 2 e 5.

HABILIDADE DO DCRC

EF04MA01 Ler, escrever e ordenar números naturais até a ordem de dezenas de milhar.

OBJETOS DE CONHECIMENTO

• Sistema de numeração decimal: leitura, escrita, comparação e ordenação de números naturais de até cinco ordens.

UNIDADE TEMÁTICA

Números.

PARA SABER MAIS

• D
 E WALLE, John A. Van. O desenvolvimento do valor posicional com números naturais. In: Matemática no Ensino
Fundamental: formação de professores e aplicação em sala de aula. São Paulo: Artmed, 2009. p. 214-241.
• DIVERSOS jeitos de ensinar números. Nova Escola, 1o set. 2009. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/174/
diversos-jeitos-de-ensinar-os-numeros. Acesso em: 11 ago. 2021.

89 M AT E M ÁT I CA

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1. Contando e escrevendo grandes quantidades
PÁGINA 88 PÁGINA 89

UNIDADE 1
Você sabia que, no Brasil, são faladas várias línguas, além da

Edson Sato/Pûlsar
língua oficial, o português?
De acordo com o Censo 2010, há, no Brasil, 274 línguas indíge-

EXPLORANDO NÚMEROS DE nas diferentes, faladas por 305 etnias.

ATÉ CINCO ORDENS 4. Você conhece, é ou tem raízes indígenas?


5. Já escutou alguma língua indígena?
6. Sabe qual é a população indígena na região em que você mora?

MÃO NA MASSA
1. Contando e escrevendo grandes quantidades
Junte-se a um colega e analise o infográfico a seguir. Ele apresenta dados referentes às
Você já deve ter aprendido muitas coisas em Matemática, não é? populações indígenas no Brasil. Observe-o com atenção e responda às perguntas a seguir.
E vai aprender muito mais!
O que você sabe sobre números com muitos algarismos?
Responda aos itens a seguir.

1. Em um grande evento, os organizadores estimaram o número do público presen-


te. Eles acreditam que lá estiveram entre 15 000 e 20 000 pessoas. Proponha um
número que represente o público desse evento e escreva-o em algarismo e por
extenso.

2. Represente os números abaixo utilizando algarismos:

a. Dois mil, trezentos e quarenta e quatro.

b. Sessenta mil, cento e vinte e três.

IBGE. Distribuição da população indígena no Brasil. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/


c. Nove mil, novecentos e nove. populacao/20506-indigenas.html. Acesso em: 11 ago. 2021.

1. Escreva um parágrafo apontando as principais informações que você e seu colega


observaram no infográfico.
d. Dez mil e um.

3. Escreva o maior número que você conheça e que saiba ler e escrever usando al-
garismos e por extenso.

89 M AT EM ÁT I CA
88 4 o ANO

PÁGINA 90 PÁGINA 91

RETOMANDO
2. Informe, em algarismo e por extenso, as populações indígenas das cidades a
seguir:
Você sabe o que são classes? E ordens?
a. São Gabriel da Cachoeira Considere a estimativa possível de população indígena para o estado do Maranhão
(38 476) e para o estado do Acre (6 038) e preencha o quadro.

Classe dos milhares Classe das unidades simples


b. São Paulo de Olivença
Dezena de milhar Unidade de milhar Centena Dezena Unidade

5a ordem 4a ordem 3a ordem 2a ordem 1a ordem


c. Tabatinga

3. Estime uma população indígena possível para os estados a seguir, observando os


intervalos presentes no infográfico. Esses números são lidos assim: Trinta e oito mil e quatrocentos e setenta e seis e Seis
mil e trinta e oito.
a. Pernambuco: A dica é válida! Lemos os números separando-os por classes, mesmo que, na escrita,
não apareça a separação, como em 5 400 (cinco mil e quatrocentos).
b. Acre:

c. Ceará: As classes e ordens auxiliam na decomposição de números. Assim, 38 476 represen-


ta: 3 dezenas de milhar (30 000) + 8 unidades de milhar (8 000) + 4 centenas (400) +
d. Espírito Santo:
7 dezenas (700) + 6 unidades (6).
e. Amazonas:

DISCUTINDO RAIO X
Você tem dificuldades para escrever números com muitos algarismos? Veja o diálogo entre Observe os algarismos nas fichas ao lado. 2 5 0 3 8
dois amigos.
– Eu sempre me confundo ao ler os números, Marina. Veja! Esse número é mil duzentos 1. Escreva números (com os cinco algarismos e por extenso) que atendam às
e oito? características a seguir:
– Isso é fácil, Felipe. Você lê o número que vem antes do espaço (ou do pontinho) e de-
pois lê o resto do número. O espaço (ou pontinho) indica a divisão de classes. Nesse a. Seja o maior número possível.
caso, é: doze mil e oito. Ou seja, falamos mil (a classe) onde tem o espaço. Entendeu?

b. Seja o menor número possível.


Dica: Nem sempre os números aparecem com a separação de
classes com pontinho ou espaço. Mas não se preocupe! Se isso
acontecer, você mesmo pode fazer essa separação (mentalmente
ou de forma escrita) para facilitar a leitura. Nesse livro, usaremos, c. Seja maior que 50 000 e menor que 60 000.
preferencialmente, o espaço.

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90 4 o ANO

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Habilidades do DCRC

EF04MA01 Ler, escrever e ordenar números naturais até a ordem de dezenas de milhar.

Sobre o capítulo conteúdos prévios, e haja espaço no planeja-


• Contextualizando: Ler e escrever números de mento de aula, considere retomar alguns desses
cinco ordens. assuntos.
• Mão na massa: Identificar e compreender
informações em infográfico. Dificuldades antecipadas
• Discutindo: Compreender a leitura e a escrita Inicialmente, números que apresentam o alga-
de números naturais. rismo zero nas ordens internas são sempre mais
• Retomando: Sistematizar a ideia de classes e difíceis para os alunos lerem. Assim, é mais difícil
ordens dos números naturais até a 5a ordem. para os estudantes escreverem, em algarismos, o
• Raio X: Formar números com até cinco ordens. número 10 008 ou 38 007, por exemplo. É neces-
sário ampla compreensão de ordens e classes
Objetivos de aprendizagem para se evitar escritas numéricas equivocadas.
• Ler e escrever números até 99 999. Ao longo das atividades, reforce a escrita e
• Identificar ordens e classes até dezena de milhar. a leitura dessas numerações, para garantir que
• Decompor números com até cinco ordens. os alunos conseguirão avançar nos conteúdos
• Estimar números de até cinco ordens. posteriores.
A realização de estimativas pode não ser simples
Contexto prévio para os alunos. Se situar em relação a um parâme-
É importante que os alunos já possuam conhe- tro numérico alto pode requerer experiência com
cimentos prévios sobre ordens e classes, além de estimativas de valores menores.
já terem tido acesso a números com quatro ordens. Caso seja necessário, busque estratégias como
É desejável também que haja um mínimo de expe- a construção de um quadro de valor e sua expo-
riência com gráficos e infográficos. sição para auxiliar os alunos na aprendizagem de
Caso perceba alguma defasagem desses conceitos necessários.

CONTEXTUALIZAÇÃO 2.
a) 2 344
Orientações b) 60 123
Inicialmente, realize a avaliação diagnóstica para ma- c) 9 909
pear as compreensões dos alunos sobre leitura e escrita d) 10 001
de números com até cinco ordens. Atente para o fato de 3. Resposta pessoal.
que as ordens com zero são mais difíceis para as crianças. 4. Resposta pessoal.
Esclareça aos estudantes o que é o Censo e o signifi- 5. Resposta pessoal.
cado da palavra etnia. Faça uma roda de conversa para 6. Resposta pessoal.
discutir a opinião dos estudantes e traga informações
adicionais para contextualizar o tema.
Dados disponíveis em: https://educa.ibge.gov.br/ MÃO NA MASSA
jovens/conheca-o-brasil/populacao/20506-indigenas.
html. Acesso em: 11 jul. 2021.
Orientações
Expectativas de respostas Se possível, projete o infográfico para realizar as
1. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno registre discussões. Deixe os alunos refletirem sobre as informa-
um número qualquer dentro do intervalo de 15 000 ções por um tempo. Crie um ambiente para que todos
a 20 000. os alunos se sintam confortáveis para compartilhar

91 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 91 20/12/2021 15:23


suas reflexões e considere todas as respostas. Caso
verifique que alguns alunos não compreenderam corre- RETOMANDO
tamente a leitura do infográfico, reserve um momento
da aula para explicar o que são infográficos e qual
é a função deles. Reforce que o infográfico organiza Orientações
as informações a serem transmitidas de uma maneira Esse é um importante exercício que pode ser com-
mais visual (e também verbal), ou seja, transmite as plementado com novas explorações de composição
informações de maneira mais fácil e mais compreen- e decomposição. Utilizando um quadro de valor, po-
siva. Comente também que os infográficos podem sicione alguns números e peça aos alunos que leiam
apresentar textos, imagens, sons, ilustrações, ícones em voz alta (de preferência aos números que estão na
e diversos outros tipos de mídia. Caso haja tempo em atividade, como 38 476 e 6 038).
seu planejamento de aula, considere trazer outros Pergunte:
infográficos para exibir aos alunos, fazendo as mes- • Como podemos ler esses números?
mas perguntas a seguir. • Quantas ordens tem cada número?
• De que trata o infográfico? Veja a resposta e, caso seja necessário, reforce a
• Quais as principais informações? leitura e a escrita dos números por meio de uma ativida-
• Há algo que você não entenda ou seja difícil de de complementar de sua preferência. Caso haja tempo
interpretar? de planejamento de aula, essa é uma ótima atividade
para ser replicada com outros números.
Expectativas de respostas
1. Resposta pessoal. Expectativas de respostas
2.
a. 29 017 – vinte e nove mil e dezessete. Classe dos Classe das unidades
b. 14 947 – quatorze mil, novecentos e quarenta e milhares simples
sete.
Dezena Unidade
c. 14 855 – quatorze mil, oitocentos e cinquenta e
de de Centena Dezena Unidade
cinco.
milhar milhar
3.
a. um número entre 40 000 e 80 000 5ª 4ª 3ª 2ª 1ª
b. um número entre 10 000 e 20 000 ordem ordem ordem ordem ordem
c. um número entre 20 000 e 40 000
d. um número entre 2 000 e 10 000 3 8 4 7 6
e. mais de 80 000 6 0 3 8

DISCUTINDO
RAIO X

Orientações
Discuta com os alunos a importância de se observar Orientações
as classes para ler adequadamente os números. Uma Leia a questão com os alunos e reserve um tempo
sugestão seria construir uma escala com as ordens (em para que eles elaborem as possíveis respostas.
que devem estar escritas e identificadas), e os alunos Verifique se eles conseguem perceber que para es-
devem ler alguns algarismos. crever o maior número, é preciso inciar com o maior
Exemplo: 25 431. Faça perguntas que ajudem os número das fichas mostras. Da mesma maneira, para
alunos a compreender a ordem dos números, como: escrever o menor número, deve-se iniciar com o menor
• Que número ocupa a 5a ordem? número das fichas mostradas.
• Qual número ocupa a 1a ordem? Após esse tempo, socialize as respostas dos alu-
Leia números distintos e, caso seja necessário, mostre nos e deixe-os confortáveis para compartilharem suas
como são escritos por extenso. respostas com os demais colegas.

92 4 o ANO

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Expectativas de respostas
1.
a. 85 320.
b. 20 358.
c. Há mais de uma resposta, como:
53 052, 58 032.
d. Há mais de uma resposta, como:
30 852, 38 052.

ANOTAÇÕES

93 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 93 20/12/2021 15:23


2. Quem é o maior?
PÁGINA 92 PÁGINA 93

2. Quem é o maior? MÃO NA MASSA

Podemos comparar inúmeras situações no dia a dia: 1. Observe o quadro a seguir, que apresenta as cinco maiores médias de torcedores nos
jogos do Campeonato Brasileiro de 2016. Depois, responda às questões.
⊲ Um irmão mais velho do que outro.
⊲ Um amigo mais alto ou mais baixo do que outro.
⊲ Um filme que tem duração maior ou menor que a de outro.
⊲ Um componente curricular de que gostamos mais do que outro.

Reprodução/SEP

Reprodução/SPFC
Reprodução/SCI

Reprodução/CRF
Reprodução/SCCP
Time
1. Que comparações você costuma fazer no seu dia a dia? Faça o desenho de uma delas.
Corinthians São Paulo Palmeiras Flamengo Internacional

Média de
público
nos 28 764 22 512 32 470 24 542 25 421
joogos

Guilherme Maniaudet, Leandro Silva; Wilson Hebert. Veja o ranking de média de público dos 128 clubes das Séries A, B, C e D.
Globo Esporte, 14 dez. 2016. Disponível em: http://globoesporte.globo.com/numerologos/noticia/2016/12/veja-o-ranking-de-media-
de-publico-dos-128-clubes-das-series-b-c-e-d.html. Acesso em: 11 ago. 2021.

a. Qual time apresentou o maior número de torcedores nos jogos do Campeonato


Brasileiro de 2016? Quantos foram?

b. Observe o exemplo. Escreva frases para comparar o número de torcedores nos


jogos dos times indicados.

Corinthians e Palmeiras
28 764 < 32 470
Corinthians teve menos torcedores nos jogos do que o Palmeiras.

Palmeiras e Internacional
32 470 > 25 421
Palmeiras
.

São Paulo e Flamengo


22 512 < 24 542
São Paulo
2. Discuta as perguntas com um colega. .

a. Os números também podem ser comparados? Como? Corinthians e Internacional


28 764 > 25 421
b. Você conhece os sinais usados para comparar números? Como podemos chamá-los? Corinthians
.

92 4 o ANO
93 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 94 PÁGINA 95

c. Se os algarismos iniciais forem iguais, e os números tiverem a mesma quantida-


DISCUTINDO de de ordens, compara-se os valores posteriores.

1. Discuta as perguntas com um colega.

a. Você comparou a quantidade de torcedores nos jogos por meio de frases. Existe
outra forma de comparar números? Qual?
RAIO X
b. Observe os sinais < e > utilizados na seção Mão na massa. Por que eles foram utili- A professora entregou algumas fichas com os algarismos abaixo e solicitou que os alu-
zados dessa forma? nos formassem números com elas seguindo as orientações que ela daria. Para cada aluno,
ela deu uma orientação diferente.
c. Quando podemos usar o sinal < ?

d. Quando podemos usar o sinal > ?

2. Preencha as lacunas com as suas conclusões.

O sinal > indica que um número é que o outro. 8 2 0


O sinal < indica que um número é que o outro.

RETOMANDO

7 9
1. Agora que você já discutiu com a turma como pode usar os sinais < e >, preencha
o quadro com as suas conclusões.

> <
Como chamar?
Veja as dicas e complete o quadro.
Quando usar?

Exemplo Aluno Dica da professora Número formado

Menor número possível de cinco ordens formado


2. Leia as dicas a seguir e dê um exemplo para cada uma delas. Karina
com todos os algarismos, sem repetição.

a. Se os números tiverem quantidades de ordens diferentes, o maior será sempre Maior número ímpar possível com os algarismos,
Amanda
o que tiver maior quantidade de algarismos. sem repetição.

Menor número par possível, com cinco ordens


Antônio
com todos os algarismos, sem repetição.
b. Se os números tiverem a mesma quantidade de ordens, ou seja, a mesma
quantidade de algarismos, basta olhar para os algarismos mais à esquerda e Maior número possível com cinco ordens, com
Pedro
compará-los. repetição.

94 4 o ANO 95 M AT EM ÁT I CA

94 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 94 20/12/2021 15:24


Habilidades do DCRC

EF04MA01 Ler, escrever e ordenar números naturais até a ordem de dezenas de milhar.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: Discutir qual é a diferença Conhecimento acerca de números envolvendo
entre os sinais maior que (>) e menor que (<). unidades de milhar, além de compreensão de or-
• Mão na massa: Identificar quais números são dens e classes.
maiores e quais são menores.
• Discutindo: Identificar como utilizamos os sinais Dificuldades antecipadas
maior que (>) e menor que (<). Normalmente, os alunos não têm dificuldades para
• Retomando: Sistematizar a ideia de diferentes comparar números naturais. No entanto, números
possibilidades em que podemos diferenciar que possuem zero intermediário podem ser um difi-
quantidades maiores das menores. cultador. É muito comum os alunos confundirem os
• Raio X: Verificar as estratégias para identificar
sinais > e <. Deixe exposto um cartaz com os sinais na
os números e formá-los com base nas dicas da
sala para facilitar a memorização dos alunos. Utilize
atividade.
alguns métodos que propiciem ao aluno memorizar
a posição desses sinais, como, por exemplo: o sinal
Objetivos de aprendizagem
• Comparar números com até cinco ordens. de maior é quando se faz um V com a mão direita, e
o sinal de menor é quando se faz um V com a mão
Materiais esquerda. Quando o aluno olhar para suas próprias
• Fichas com numeração (opcional). mãos, irá identificar a posição dos sinais.

CONTEXTUALIZAÇÃO MÃO NA MASSA

Orientações
Neste momento, procure identificar potencialidades e Orientações
fragilidades nas aprendizagens, reconhecendo tanto os Organize a turma em duplas para que, juntos, discutam
conhecimentos prévios, bem como as lacunas de apren- e busquem estratégias coletivamente para responder às
dizagem que os alunos apresentam em relação às ideias questões propostas. Essa resolução se baseia em fazer
dos sinais de maior e menor. com que os alunos analisem os dados, identifiquem os
Converse com a turma sobre as diversas comparações valores e possam compará-los.
que fazemos o tempo todo em nosso dia a dia. Permita que exponham seus pensamentos, suas re-
soluções e estratégias, promova o debate entre eles.
Expectativas de respostas Você pode perguntar:
1. Respostas pessoais. Espera-se que os alunos façam O que a tabela mostra?
um desenho para representar uma comparação O que significam os valores em cada coluna?
que costumam fazer em seu dia a dia (como a E o que significam os nomes escritos?
quantidade de canetas que têm). O propósito dessa atividade é que o aluno possa
2. Respostas pessoais. Espera-se que os alunos di- comparar as quantidades e reconhecer como essas
gam que é possível comparar a quantidade dos
comparações podem ser feitas.
números, identificando quando um é maior ou
O desenvolvimento da atividade se dará a partir da
menor que o outro. É possível que alguns alunos
observação, investigação e comparação dos valores
reconheçam e outros não os sinais indicados.
numéricos.

95 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 95 20/12/2021 15:24


Expectativas de respostas Crescente: 22 < 27 < 45 < 65.
1. Decrescente: 65 > 45 > 45 > 27 > 22.
a. Palmeiras. 32 470.
Peça aos alunos que expliquem por que usaram os
b. sinais que utilizaram e verifique se todos compreen-
Corinthians e Palmeiras deram como usá-los.
28 764 < 32 470
Corinthians teve menos torcedores no jogo que o
Palmeiras. Expectativas de respostas
1.
Palmeiras e Internacional a. Espera-se que os alunos digam que é possível
comparar os números de outra forma. Alguns
32 470 > 25 421
poderão identificar quais sinais podem ser utiliza-
Palmeiras teve mais torcedores no jogo que o
dos, outros não.
Internacional.
b. Espera-se que os alunos identifiquem que os
sinais foram utilizados para mostrar quando um
São Paulo e Flamengo
número é maior ou menor que outro.
22 512 < 24 542
c. Espera-se que os alunos digam, com suas
São Paulo teve menos torcedores no jogo que o
próprias palavras, que, quando dois números
Flamengo.
aparecem em ordem crescente, podemos usar o
sinal < para indicar que o primeiro é menor que o
Corinthians e Internacional
segundo.
28 764 > 25 421 c. Espera-se que os alunos digam, com suas
Corinthians teve mais torcedores no jogo que o próprias palavras, que, quando dois números
Internacional. aparecem em ordem decrescente, podemos usar
o sinal > para indicar que o primeiro é maior que
DISCUTINDO o segundo.
2.
O sinal > indica que um número é maior que o
Orientações outro.
É o momento de promover discussões referentes às O sinal < indica que um número é menor que o
estratégias e resoluções apresentadas pelos alunos. outro.
Na atividade 1, solicite aos alunos que discutam as
perguntas a respeito da atividade realizada na seção
Mão na massa. Incentive-os a compartilhar suas ideias RETOMANDO
com toda a turma, expondo suas estratégias.
Na atividade 2, proponha aos alunos que tentem Orientações
preencher as colunas com as respostas adequadas. Você Na atividade 1, leia o quadro com a turma e propo-
pode registrar suas hipóteses no quadro e incentivar nha aos alunos que preencham com as informações
os alunos a argumentar sobre por que acreditam que a respeito do que constataram no uso dos sinais <
suas respostas estão corretas. Então, corrija a atividade. e >. Após a realização da atividade, faça a correção
Em seguida, faça um exercício com a turma. Escreva coletiva, registrando as respostas no quadro da sala.
alguns números no quadro e permita que alguns alu- Então, prossiga para a atividade 2. Normalmente.
nos coloquem-nos em ordem crescente e decrescen- os alunos não presentam dificuldades para comparar
te. Depois, peça aos demais alunos que coloquem os números. De qualquer forma, as dicas são importan-
sinais de maior que (>) e menor que (<) nas posições tes para aqueles que ainda não conseguem comparar
adequadas. Comece com números pequenos como: números formados por dezenas de milhares ou cinco
22, 45, 65, 27. ordens. É possível que eles apresentem dificuldades

96 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 96 20/12/2021 15:24


ou tenham esquecido o que significa “ordens”, por de sua turma. Solicite a eles que façam suas fichas,
isso, retome o significado do termo. escrevendo em uma folha de papel e a recortando,
por exemplo. Nessa atividade, o aluno deve ler e, com
Expectativas de respostas base nas dicas, criar novos números. Para isso, utilize
1. Respostas pessoais. Sugestões: as fichas para levar os alunos a criar estratégias que
Como chamar? Maior que. | Menor que. possibilitem identificar quais são os números deles
Quando usar? Quando os números aparecem em (Karina, Amanda, Antônio e Pedro).
ordem decrescente. | Quando os números aparecem Caso algum aluno tenha dúvida, permita que ele
em ordem crescente. realize a atividade em dupla ou trio. Depois, peça-lhes
Exemplo: 45 012 > 43 000 > 4 300 | 32 007 < 32 que debatam entre si quais podem ser os números
017 < 32 170 encontrados pelos personagens da atividade.
2.
a) Por exemplo: 10 042 > 9 676. Quanto maior é a Expectativas de respostas
quantidade de ordens (ou algarismos ou dígitos), Dica da Número
maior é o número natural. Aluno
professora formado
b) Assim: 45 067 > 39 067
c) Por exemplo: 27 472 > 27 247 Menor número
possível de cinco
ordens formado
Karina 20 789
com todos os
RAIO X
algarismos, sem
repetição.
Orientações Maior número
O propósito desta atividade é verificar se os alunos ímpar possível com
compreenderam como identificar números e conseguem Amanda 98 207
os algarismos, sem
formá-los com base nas dicas dadas. repetição.
Os alunos devem resolver o problema individualmente. Menor número
Peça-lhes que pensem nas maneiras como podem obter par possível, com
a resolução. Ao final, solicite aos alunos que compar- cinco ordens
Antônio 20 798
tilhem suas respostas, e então faça suas intervenções, envolvendo todos
levando em conta que mesmo os erros são estruturas os algarismos, sem
de resolução. Peça aos alunos que expliquem seus repetição.
erros e pensamentos e como podem corrigi-los. Maior número
Se achar interessante, opte por distribuir fichas para possível com
Pedro 99 999
os alunos com os números que aparecem nesse item. O cinco ordens, com
manuseio do material pode facilitar as compreensões repetição.

ANOTAÇÕES

97 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 97 20/12/2021 15:24


3. Códigos e numeração decimal
PÁGINA 96 PÁGINA 97

3. Códigos e numeração decimal Ela segue um padrão de numeração que aumenta duas dezenas a cada imóvel.

1. Complete as numerações que estão faltando nas casas da rua. Em seguida, escre-
va-as abaixo.
Você sabe como são organizadas as numerações das casas?
Massimo Borchi/Atlantide Phototravel/Corbis
Documentary/Getty Images

2. Divida as numerações das casas que você completou em lado esquerdo e lado
direito.

3. Você acha que essa rua pertence a uma cidade grande ou pequena?

Normalmente, os números das casas e prédios em uma rua seguem uma sequência
crescente, considerando o Marco Zero da cidade. Do lado direito, ficam os imóveis com nú- 4. Escreva, por extenso, o número do posto médico.
meros pares, e, do lado esquerdo, ficam os de numeração ímpar. Nem sempre as sequências
possuem um padrão observável, porque dependem do tamanho do terreno e da quantidade
de imóveis que vai sendo construída ao longo do tempo. 5. Considere o esquema a seguir e complete a sequência escrevendo os números nos
⊲ retângulos.
Qual é o número da sua casa? Explique como é a sua rua.

34 568
MÃO NA MASSA
Aumenta 1 centena Diminui 1 dezena

Observe a rua a seguir.

Aumenta 1 dezena
de milhar

Aumenta 1 unidade Diminui 1 unidade de milhar

a. Escreva todos os números do esquema em ordem decrescente.

b. Escreva o maior e o menor número da sequência por extenso.

c. Qual seria a sequência se, a partir do número 34 568, fossem diminuídas 5 uni-
dades de milhar em cada número formado?

96 4 o ANO
97 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 98 PÁGINA 99

DISCUTINDO RAIO X

Você deve ter percebido que sequências numéricas com muitos ou poucos algarismos po-
dem ter um padrão, como no caso do exemplo inicial da numeração das casas, mas podem não
We Are/DigitalVision/Getty images

apresentar nenhuma padronização, como o público dos jogos de futebol.

1. Dê um exemplo de uma sequência de números com até 5 ordens.

a. Com um padrão definido;

b. Sem padrão nenhum.

RETOMANDO
1. Observe o exemplo da sequência a seguir e descubra o segredo das demais
Vamos resumir o que aprendemos com exemplos?
sequências.
Com um colega, faça um texto resumindo os principais conceitos aprendidos neste ca-
pítulo. Se desejar, coloque exemplos para ilustrar as compreensões. Na sequência 12 004 – 12 000 – 11 966 – 11 962 – 11 958, o segredo é
que, a cada novo número, 4 unidades vão sendo diminuídas.

a. 1 008 – 1 108 – 1 208 – 1 308 – 1 408

b. 2 450 – 12 450 – 22 450 – 32 450 – 42 450

c. 5 – 50 – 500 – 5 000 – 50 000

d. Ordene, de forma decrescente, a sequência do item b. Use o sinal adequado


(> ou <).

98 4 o ANO
99 M AT EM ÁT I CA

98 4 o ANO

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Habilidade do DCRC
EF04MA01 Ler, escrever e ordenar números naturais até a ordem de dezenas de milhar.

Sobre o capítulo Material


• Contextualizando: Compreender o uso de • Fichas (opcionais).
números como códigos.
• Mão na massa: Produzir sequências numéricas Contexto prévio
que se desenvolvam de acordo com um padrão. É importante conhecer ordens e classes e fazer
• Discutindo: Refletir sobre sequência numéricas análises comparativas de informações numéricas
com e sem padrão. para avaliar e determinar padrões e regularida-
• Retomando: Sistematizar a construção de des de números com até cinco ordens. Operações
sequências numéricas com números naturais matemáticas básicas de adição, subtração e mul-
de cinco ordens.
tiplicação, especialmente.
• Raio X: Identificar padrões em sequências
numéricas com números naturais de cinco ordens.
Dificuldades antecipadas
Objetivos de aprendizagem A linguagem matemática pode ser um entrave
• Interpretar padrões em sequências numéricas. para os alunos, por exemplo, em entender expressões
• Produzir sequências numéricas a partir de um como: “aumentar uma dezena de milhar” ou “diminuir
padrão. uma centena”. Operar com números tão grandes
• Reconhecer sequências com e sem padrão. também pode ser uma dificuldade para os alunos.

CONTEXTUALIZANDO 3. Cidade grande, pela numeração alta. Dificilmente


uma cidade pequena teria essa numeração.
Orientações Entretanto, outros detalhes podem indicar cida-
Esclareça à turma o significado de “Marco Zero” e de grande, como semáforo, prédio etc.
“imóvel”. Dê exemplos de numeração de imóveis em ruas 4. Três mil, cento e oitenta.
de grandes metrópoles e ruas de cidades do interior. Peça 5. Na ordem do esquema: 34 568, 34 668, 34 658,
aos alunos que observem como é a numeração na rua em 44 658, 43 658, 43 659.
que moram. Atente para o fato de que pode haver alunos a) 44 658 > 43 659 > 43 658 > 34 668 > 34 658 >
que morem em regiões rurais cujas casas podem ter nu- 34 568.
b) • Quarenta e quatro mil e seiscentos e cinquenta
meração diferenciada ou, até mesmo, não ter numeração.
e oito.
• Trinta e quatro mil e quinhentos e sessenta e oito.
Expectativas de respostas c) 34 568 – 29 568 – 24 568 – 19 568 – 14 568 – 9 568.
Respostas pessoais.

DISCUTINDO
MÃO NA MASSA
Orientações
Orientações
Retome os conceitos de padrão e regularidades.
Explore o mapa com os alunos. Peça a eles que leiam
É importante que os alunos compreendam e possam
e questionem o que não entendem. Faça perguntas criar sequências com padrões, mas que reconheçam,
que os ajudem a refletir sobre os conceitos presentes também, as que não os tenham.
na imagem. Sempre que possível, questione os alunos sobre
como a sequência foi encontrada e peça a eles que
Expectativas de respostas expliquem da forma que acharem melhor. E ajude-os a
1. 3060 – 3100 – 3120 – 3140 – 3160 – 3180 – 3200. expandir suas formas de pensamento sobre o conteúdo
2. Do lado direito, pois os números são pares. ensinado nesta unidade.

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Expectativas de respostas RAIO X
1.
a) Resposta pessoal. Orientações
b) Resposta pessoal. Qualquer sequência com nú- Incentive os alunos a expor suas opiniões sobre os
meros de até cinco ordens que não apresente segredos das sequências. Solicite que façam registros
regularidade. para descobrir o comportamento da sequência de nú-
meros. Esse é um exercício de investigação que requer
tempo e discussão.
RETOMANDO
Expectativas de resposta
Orientações 1.
Reserve um tempo para que os alunos escrevam o a) Aumenta uma centena.
texto pedido na questão. No final, verifique se eles se b) Aumenta 5 unidades e, em seguida, diminui 1
sentem confortáveis para socializar seus textos, incen- unidade.
tive-os a lê-los em voz alta. c) Aumenta uma dezena de milhar.
d) Aumentos sucessivos × 10.
Expectativas de respostas 2. 13 393 – 13 392 – 13 389 – 13 388 – 13 385 –
Respostas pessoais. 13 384 – 13 380.

ANOTAÇÕES

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UNIDADE 2

OCUPANDO POSIÇÕES DIFERENTES


COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

1; 2; 4; 5; 7

HABILIDADE DO DCRC

Mostrar, por decomposição e composição, que todo número natural pode ser escrito por meio de adições
(EF04MA02) e multiplicações por potências de dez, para compreender o sistema de numeração decimal e desenvolver
estratégias de cálculo.

OBJETOS DE CONHECIMENTO

Composição e decomposição de um número natural de até cinco ordens, por meio de adições e multiplicações de
potências de 10.

UNIDADES TEMÁTICAS

Números.

PARA SABER MAIS

• V
 AN DE WALLE, J. A. Matemática no Ensino Fundamental: formação de professores e aplicação em sala de aula.
6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.

101 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 101 20/12/2021 15:24


1. Em que posição?
PÁGINA 100 PÁGINA 101

UNIDADE 2

MÃO NA MASSA
OCUPANDO POSIÇÕES
DIFERENTES
Você sabia que um dos mais importantes poetas populares do Ceará é Antônio
Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré? Ele é natural de Assaré,
cidade do interior do estado, com cerca de vinte e três mil, quatrocentos e setenta e oito
habitantes. Ícone da literatura de cordel, o poeta e cantor cearense escreveu “Inspiração
Nordestina”, no ano de mil novecentos e cinquenta e seis, e “Cante Lá que Eu Canto
Cá”, em mil novecentos e setenta e oito. Seus versos falam sobre a marginalização do
1. Em que posição? migrante nordestino, a violência e a relação com a terra.

Há inúmeras situações do cotidiano que envolvem números de diferentes ordens, não é Agora é com você!
mesmo? Acompanhe os exemplos a seguir.
1. Escreva os números que aparecem no quadro de ordens. Como você faria
⊲ O filme cearense Cine Holliúdy teve, em 2013, a 10a maior bilheteira do Brasil. Em para compor esses números a partir da adição dos valores posicionais dos
um único final de semana, a obra, que mistura comédia e artes marciais, foi vista por algarismos?
quase 23 mil pessoas.
⊲ A cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, é a terceira cidade mais populosa do es-
tado, com duzentos e setenta e seis mil, duzentos e sessenta e quatro habitantes,

Dezena de milhar
segundo o IBGE.

Agora, responda às atividades.

Unidade
Centena

Dezena
Milhar
1. Escreva os números com cinco ordens ou mais citados nos exemplos com todos os
algarismos.
+ + + + =

+ + + + =
2. Qual é a diferença entre a ordem dos dois números apresentados acima?
+ + + + =

3. Os números que estão escritos nos cartões coloridos são compostos pelos valores pre- DISCUTINDO
sentes no quadro, porém eles estão todos misturados. Encontre os valores posicio-
nais dos algarismos que formam cada número e pinte-os com a cor correspondente.
Observe a decomposição dos grupos a seguir:

51 493 15 732 93 241


GRUPO 1 GRUPO 2
40 000 = 40 000 40 + 1 000 = 40 000
40 000 + 70 + 5 = 40 075 40 000 + 1 000 + 75 = 40 075
400 1 000 10 000 1 2 40 000 + 8 = 40 008 40 000 + 1 000 + 8 = 40 008
GRUPO 3 GRUPO 4
90 30 40 3 50 000 40 000 + 0 + 0 + 0 + 0 = 40 000 4 + 0 + 0 + 0 + 0 = 40 000
40 000 + 0 + 0 + 70 + 5 = 40 075 4 + 0 + 0 + 7 + 5 = 40 075
90 000 5 000 200 700 3 000 40 000 + 0 + 0 + 0 + 0 + 8 = 40 008 4 + 0 + 0 + 0 + 8 = 40 008

100 5 o ANO
101 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 102 PÁGINA 103

Agora é com você!


Agora, responda às perguntas.
1. Decomponha os números a seguir.
1. Quais as diferenças entre a resposta dos grupos 1 e 3? E quais as semelhanças?
a. 67 302
Você considera que somente uma das duas respostas está certa? Por quê?

b. 30 001
2. Como o grupo 4 realizou a decomposição dos números? Como você ajudaria o
grupo a corrigir suas respostas?

2. Que número é esse? Siga os passos para descobrir qual é o número.

Passo 1: pense em um número de 5 ordens.


3. O grupo 2 realizou a decomposição corretamente? Como você explicaria o raciocí-
Passo 2: a 5a ordem é formada por 5 dezenas de milhar.
nio que levou o grupo a esse resultado?
Passo 3: a 4a ordem é formada por 8 unidades de milhar.
Passo 4: a 3a ordem é formada por 300 unidades.
Passo 5: a 2a ordem é formada por 20 unidades.
Passo 6: a 1a ordem é formada por 9 unidades.
4. Por que, no grupo 1, a decomposição do número 40 000 é o próprio número?

RAIO X
RETOMANDO
1. Utilize os algarismos escritos por extenso e represente-os no quadro de ordens
Uma das características do Sistema de Numeração Decimal é que ele é posicional, ou a seguir.
⊲ Oitenta e dois mil e doze.
seja, o valor que o algarismo representa depende da posição que ele ocupa. Podemos com-
⊲ Trinta e cinco mil e quinze.
por e decompor os números naturais a partir dos valores posicionais de seus algarismos.
⊲ Cinquenta mil e dez.
Podemos decompor, por exemplo, o número 57 002 da seguinte forma:

57 002 = 50 000 + 7 000 + 2 ou 50 000 + 7 000 + 0 + 0 + 2 Dezena Unidade


Centena Dezena Unidade
de milhar de milhar
E podemos compor um número que é formado por 7 dezenas de milhar, 3 centenas e
5 unidades:

70 305

É importante observar o valor posicional que cada algarismo representa na posição que
ele ocupa, e que ordens vazias devem ser completadas com zero.

102 4 o ANO 103 M AT EM ÁT I CA

102 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 102 20/12/2021 15:25


Habilidades do DCRC
Registrar as temperaturas máxima e mínima diárias, em locais do seu cotidiano, e elaborar gráficos de colunas
EF04MA24
com as variações diárias da temperatura, utilizando, inclusive, planilhas eletrônicas.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualização: identificar e escrever os Para esse capítulo, os alunos precisam com-
algarismos que formam o número representado. preender as características do nosso Sistema de
• Mão na massa: identificar os números que Numeração Decimal.
aparecem por extenso para representá-los no Dificuldades antecipadas
Quadro de Ordens. Caso o aluno tenha dificuldade em identificar o valor
• Discutindo: avaliar diferentes formas de posicional de um algarismo, apresente um número e
decomposição dos números. faça-o refletir acerca das ordens para então identifi-
• Retomando: sistematização dos conceitos e car o valor posicional dos algarismos. Outra situação
características do nosso sistema de numeração que pode ocorrer é a dúvida sobre como preencher o
decimal. Quadro de Ordens. Faça perguntas, com um exemplo
• Raio X: validação das resoluções propostas no numérico, sobre o valor posicional de cada algarismo.
capítulo. Comente que a forma como lemos o número nos indica
a relação posicional dos algarismos e mostre a eles
Objetivos de aprendizagem os algarismos que compõem o número apresentado.
• Compor e decompor um número de até cinco Relacione cada ordem ao quadro. Outra dúvida que
ordens identificando o valor posicional dos poderá surgir é referente à presença ou função do zero.
algarismos. Alguns alunos, na decomposição do número, ignoram
• Identificar o valor posicional dos algarismos sua presença e acabam por diminuir a ordem do mes-
representados nos números e representá-los mo. Para isso, utilize esses questionamentos durante
no Quadro de Ordens. a mediação: No número 32 105, qual algarismo está
posicionado na ordem das dezenas? O que esse alga-
Materiais rismo representa? Os números 40 000, 5 000, 800, 20
• Canetas hidrográficas ou lápis de cor (individual). e 9 compõem o número? Explique como você chegou
a esse resultado. Essa mediação é importante para
que o aluno compreenda a função do zero.

CONTEXTUALIZANDO Expectativas de respostas


1. 23 000 pessoas e 276 276 habitantes.
Orientações Espera-se que os alunos percebam que os números
Dê alguns minutos para que os alunos pensem são de ordens diferentes.
individualmente. Peça a eles que socializem com 2. Resposta esperada: Os dois números pertencem à
a turma suas respostas e que apresentem a forma classe dos milhares. O primeiro é da 6a ordem, e
como pensaram. Em seguida, solicite que registrem o segundo número é da 5a ordem. Explore outros
em seus cadernos a forma de decomposição de cada contextos em que aparecem números de diferentes
um dos três números da atividade 3. ordens, priorizando números de até 5 ordens.
Abra um espaço para o diálogo e faça as seguintes 3.
perguntas aos alunos: 51 493 = 50 000 + 1 000 + 400 + 90 + 3
15 732 = 10 000 + 5 000 + 700 + 30 + 2
• O algarismo das dezenas é aumentado em quantas 93 241 = 90 000 + 3 000+ 200 + 40 + 1
vezes para que se possa encontrar seu valor posicional?
• E o algarismo das centenas?
• Partindo desse raciocínio, em quantas vezes MÃO NA MASSA
o algarismo da ordem das unidades de milhar
precisa ser aumentado para se chegar ao seu Orientações
valor posicional?
Converse com os alunos sobre o que entenderam
• Quais os valores posicionais do número 15 732?
ao lerem o texto. Na sequência, questione-os:

103 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 103 20/12/2021 15:25


• Que informações é possível retirar do texto? explicar o motivo pelo qual concordam com ela. Esclareça
• Quais números vocês conseguem identificar? eventuais dúvidas. Se necessário, retome a atividade
• O que esses números indicam? com outros exemplos.
• Esses números estão escritos por extenso?
• Como vocês os escreveriam, utilizando algarismos? Expectativas de respostas
Tenha uma escuta ativa e socialize com a turma. Em Resposta pessoais.
seguida, com o registro no quadro, peça que observem
quantos algarismos cada número tem, a posição que cada
um ocupa e as semelhanças e diferenças entre eles. Caso RETOMANDO
haja dúvida quanto ao valor posicional do zero, indepen-
dentemente da ordem na qual ele esteja localizado, reforce Orientações
que o zero também possui valor posicional. Na retomada relembre com os alunos os conceitos
estudados na aula e sugira que eles façam um registro
Expectativas de respostas das aprendizagens. Solicite que façam as composições
Possível resposta: e decomposições acima e troquem com os colegas. Em
Vinte e três mil, quatrocentos e setenta e oito: 20 000 seguida, compartilhem com a turma as observações.
+ 3 000 + 400 + 70 + 8 = 23 478. Sistematize ao final no quadro.
Mil novecentos e cinquenta e seis:
1 000 + 900 + 50 +6 = 1 956. Expectativas de respostas
Mil novecentos e setenta e oito: 1 000 + 900 + 70 + 1. Possíveis respostas:
+ 8 = 1 978 a. 60000 + 7000 + 300 + 2 ou 60000 + 7000 + 302
Lembre-se que apesar de tendermos a apresentar b. 30 000 + 1
a decomposição de um número partindo dos al- 2. 58 329
garismos com maior valor posicional, podemos ter
outros tipos de decomposição, desde que o aluno
apresente os valores posicionais de todos eles. RAIO X

Orientações
DISCUTINDO A proposta é que eles identifiquem primeiro o valor
posicional dos números descritos para que possam
Orientações realizar o registro numérico, atentando-se para o fato
A interação e a troca nesse momento é de fundamental de que algumas ordens possuem valor posicional igual
importância. É esperado que os alunos percebam que o a zero.
grupo 1 realizou a decomposição corretamente, porém, Avalie se todos os alunos compreenderam e avança-
sem atribuir os valores posicionais ao algarismo zero, ram no conteúdo proposto. Permita que eles realizem
já que ele é elemento neutro da adição. Essa ação não a atividade individualmente.
invalida a resposta. Faça perguntas sobre o valor posicional dos números
O grupo 2 respondeu a atividade sem atribuir valor sugeridos e procure identificar e anotar comentários
posicional do algarismo da dezena de milhar em todos dos alunos. Reserve um tempo para propor um debate
os números e agrupando a dezena e a unidade no nú- coletivo e faça o registro das soluções no quadro.
mero 40 075.
O grupo 3, assim como o grupo 1, realizou correta- Expectativas de respostas
mente a decomposição, porém, nesse caso, atribuindo 82 012; 35 015; 50 010
valor posicional do algarismo zero, que é zero.
Por fim, o grupo 4 simplesmente somou todos os DEZENA UNIDADE
algarismos dos números, não atribuindo valor posicional DE DE CENTENA DEZENA UNIDADE
a eles, portanto, sem realizar a decomposição. MILHAR MILHAR
Nesse momento, é importante que você verifique se
todos os alunos compreenderam corretamente a ope- 8 2 0 1 2
ração feita pelo grupo 4. Dê espaço para os alunos que 3 5 0 1 5
concordarem com essa operação a fim de que possam 5 0 0 1 0

104 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 104 20/12/2021 15:25


2. Compondo e decompondo números
PÁGINA 104 PÁGINA 105

b. Que estratégia você utilizou para fazer essa comparação?


2. Compondo e decompondo números
Você conhece o ábaco?
Ele foi um dos primeiros instrumentos de contagem utilizado pela humanidade, antes
mesmo da escrita dos números como conhecemos hoje. MÃO NA MASSA
Existem vários tipos de ábaco, mas o que vamos utilizar para representar números e
fazer agrupamentos e trocas será o ábaco de pinos. No Sistema de Numeração Decimal, há uma regra: a cada 10 unidades, formamos
uma dezena; a cada dez dezenas, formamos uma centena; a cada dez centenas, forma-
mos uma unidade de milhar, e assim sucessivamente. No ábaco, essa regra vale! Observe
o número que Pedro Henrique montou no ábaco a seguir.

No ábaco, cada pino equivale a uma posição do Sistema de Numeração Decimal, sendo
que o 1o, da direita para a esquerda, representa a unidade, e os imediatamente posteriores
representam, respectivamente, a dezena, a centena, a unidade de milhar, e assim por diante.

Agora é com você!


1. Responda às questões a seguir. 1. Agora, responda às seguintes perguntas.
a. O que representa cada argola presente nos pinos?
b. Como é possível identificar um número representado em um ábaco? Explique. a. É possível identificar o número que Pedro Henrique gostaria de representar?
c. Qual é o número máximo de argolas em cada pino? Por quê? b. O que há de errado com o número representado no ábaco?
d. Qual é o valor posicional de cada argola vermelha? Como chegou a essa c. Como você ajudaria Pedro Henrique a resolver essa situação?
conclusão?
e. Cinco argolas vermelhas no pino da dezena de milhar devem representar que 2. Pegue seu ábaco e coloque as mesmas quantidades que Pedro Henrique colocou,
valor posicional no número? seguindo os passos.
Passo 1: represente o número conforme Pedro Henrique.
2. Observe os números representados nos ábacos abaixo e relacione-os aos Passo 2: retire as 10 argolas da unidade e acrescente uma argola na ordem da dezena.
escritos abaixo.

Troca dez
unidades por
uma dezena.

A B C
42 051 ( ) 25 436 ( ) 60 315 ( ) Passo 3: retire 10 argolas da ordem da dezena e acrescente na ordem da centena.

a. Qual é o maior número representado? E o menor?

105 M AT EM ÁT I CA
104 4 o ANO

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DISCUTINDO
Troca dez
dezenas por
uma centena. Como podemos representar um número utilizando o ábaco?

⊲ Quantas argolas amarelas precisamos reunir para fazermos trocas?


⊲ E verdes? E azuis?
⊲ Por que não conseguimos identificar o número representado por Pedro Henrique?
⊲ Qual é o valor posicional dos algarismos de cada ordem ao final das trocas?

Passo 4: verifique o que aconteceu com a ordem da centena.


RETOMANDO
Troca dez
dezenas por
uma centena.
Para compreender a estrutura do Sistema de Numeração Decimal, utilizamos o ábaco
para identificarmos a necessidade dos agrupamentos e trocas para a composição de núme-
ros naturais.

⊲ Inicialmente, apresentamos um número representado no ábaco, com mais do que


dez argolas em determinadas ordens.
⊲ Em seguida, agrupamos dez argolas de cada ordem, iniciando pelas unidades e
Passo 5: retire da ordem da unidade de milhar 10 argolas e troque-as por uma argo- trocando-as por uma argola da ordem seguinte.
la na ordem da dezena de milhar. ⊲ Demos continuidade a essa ação em cada ordem, verificando o número sendo for-
mado a partir disso.

Troca dez
Ao final da atividade, conseguimos compreender como ocorre a composição de um número
unidades de no Sistema de Numeração Decimal, além de identificar a necessidade dos agrupamentos e tro-
milhar por cas, fazendo uso dessa estratégia para a leitura adequada do número representado no ábaco.
uma dezena
de milhar.

RAIO X

1. Observe os ábacos a seguir e registre os números representados em cada um


Agora, responda às perguntas: deles.

⊲ É preciso fazer mais alguma troca?

⊲ Conseguimos identificar o número que Pedro Henrique gostaria de representar?

⊲ Qual é esse número? Escreva-o por extenso.


⊲ Quanto falta para ser representado o número 10 000 em cada ábaco?

106 4 o ANO 107 M AT EM ÁT I CA

105 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 105 20/12/2021 15:25


Habilidades do DCRC
Mostrar, por decomposição e composição, que todo número natural pode ser escrito por meio de adições
EF04MA02 e multiplicações por potências de dez, para compreender o sistema de numeração decimal e desenvolver
estratégias de cálculo.

Sobre o capítulo Materiais


• Contextualização: identificar o que representa • Ábaco (um para cada dupla ou trio). O ábaco
cada pino do ábaco. pode ser construído pelos alunos.
• Mão na massa: realizar trocas para representar
números no ábaco. Contexto prévio
• Discutindo: apresentar soluções e discussões Conhecer as características do Sistema de
da atividade da seção Mão na Massa. Numeração Decimal.
• Retomando: sistematizar os conceitos e objetivos
Dificuldades antecipadas
das atividades propostas.
Caso o aluno tenha dificuldade em identificar
• Raio X: ampliar e validar os conceitos
o valor posicional de um algarismo, apresente um
apresentados no capítulo.
número e faça-o refletir acerca das ordens do número
Objetivos de aprendizagem para, então, identificar o valor posicional dos alga-
• Identificar o valor posicional dos algarismos rismos. Se o aluno não souber representar números
representados nos números e representá-los utilizando o ábaco, apresente o instrumento e faça
no Quadro de Ordens. uma demonstração para a turma. Em seguida, anote
• Compreender a função do zero na representação alguns números no quadro e peça aos alunos que
de números no Sistema de Numeração Decimal representem no ábaco de forma coletiva. É impor-
e utilizá-lo adequadamente. tante também que sejam feitas representações com
números como 10, 100, 1000 e 10000 para mostrar
como ficam as ordens quando são feitas essas re-
presentações, apresentando a importância do zero.

CONTEXTUALIZANDO d. 100 000, pois ela está na ordem da centena de


milhar.
Orientações e. 50 000.
Converse sobre a relação de cada pino com uma 2.
ordem do Sistema de Numeração Decimal, identifi- a. Maior: 60 315; menor: 25 436.
cando o valor posicional de cada argola e, a partir b. Resposta pessoal.
disso, relacionando-a com os respectivos números.
É possível que alguns alunos simplesmente contem
a quantidade de argolas em cada pino e escrevam MÃO NA MASSA
o algarismo correspondente, chegando ao resulta-
do esperado, porém, é necessário que eles reflitam Orientações
sobre as posições em que as argolas se encontram No decorrer de cada etapa da atividade, é importante
e seu valor posicional. a observação e o questionamento junto aos alunos.
Faça algumas perguntas, como:
Expectativas de respostas • O que levou Pedro Henrique a esse tipo de registro?
1. • Por que devemos fazer as trocas para identificar o
a. Os algarismos de cada ordem. número a ser representado no ábaco?
b. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno responda • Por onde começamos a realizar as trocas?
que é possível contar a quantidade de argolas • O que aconteceu com as argolas amarelas na troca?
referente a cada ordem. • O que houve após a primeira troca?
c. Cada pino pode ter até 9 argolas. Quando chegar • O que aconteceu com as argolas verdes?
a 10 argolas, temos de fazer a troca. • Por que precisamos reunir as argolas em grupos
de dez?

106 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 106 20/12/2021 15:25


• O que está acontecendo em cada etapa? RETOMANDO
• Por que restou uma argola azul?
Eles vão perceber que não sobrará nenhuma argola Orientações
laranja e, nesse momento, é importante refletir sobre o Verifique se ainda há alguma dúvida entre os alunos
uso e a função do zero. Ao final das trocas, questione-os sobre os procedimentos feitos na atividade proposta.
por que não é necessário a realização de mais trocas. Caso necessário, pegue o ábaco e repita cada parte da
Disponibilize um momento para que os alunos jus- atividade com a turma.
tifiquem, levantem hipóteses sobre todas as etapas,
Este é um momento importante para verificar se os
dúvidas e estratégias utilizadas no processo. Ao final,
alunos compreenderam as atividades feitas. Faça interfe-
é importante que a turma tenha percebido a forma
como se estabelecem os agrupamentos e as trocas rências durante a atividade, caso perceba que algum aluno
no Sistema de Numeração Decimal. ainda não a compreendeu totalmente, o que facilitará o
entendimento dos próximos conteúdos.
Expectativas de respostas
a. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno respon-
da que dessa forma é difícil, pois é necessário RAIO X
reorganizar as argolas.
b. Há mais de dez argolas em um mesmo pino. Orientações
c. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno respon- Os alunos devem realizar a atividade individual-
da que é possível fazer trocas para identificar o mente. Ao final, compartilhe as respostas com a turma
número a ser representado. e faça alguns questionamentos para a sistematização
2. dos conceitos:
• Resposta pessoal.
• Qual é o valor posicional de cada algarismo
• Resposta pessoal.
representado no primeiro ábaco?
• 90 122 (noventa mil, cento e vinte e dois).
• E no segundo?
• E no terceiro?
DISCUTINDO • Qual é o valor representado na ordem das dezenas
no último ábaco?
Orientações • O que esse valor representa?
Converse com os alunos sobre a necessidade da reali- • Como você faria para descobrir quanto falta para
zação das trocas para a leitura do número representado por cada ábaco representar o número 10 000?
Pedro Henrique. De acordo com o Sistema de Numeração • Como representamos 10 000 em um ábaco?
Decimal, a cada dez unidades é preciso agrupar em 1 deze- • Essa representação ajuda a descobrir quanto falta
na; a cada dez dezenas, em 1 centena, e assim por diante. para cada ábaco representar esse valor?
Discuta cada etapa da atividade e demonstre as trocas
• Se sim, como?
no ábaco de forma detalhada. Retire todas as argolas
• Se não, por quê?
de cada pino e relacione o algarismo a ser trocado e
coloque no pino correspondente. • Como lemos cada número representado nos ábacos?
Propicie um ambiente em que os alunos se sintam
Expectativas de respostas: confortáveis para compartilhar suas produções. Assim,
• 10 argolas amarelas. a aprendizagem pode ser mais significativa, uma vez
• 10 argolas verdes; 10 argolas azuis. que todos poderão debater as respostas dadas.
• As argolas não estavam distribuídas corretamente Caso sinta necessidade de remediar defasagens,
nos pinos.
organize uma aula, se for possível, para retomar nú-
• Resposta possível:
meros menores e trabalhar com o material dourado.
5a ordem é formada por 90 000 unidades.
4a ordem é formada por 0 unidade de milhar. Expectativas de respostas
3a ordem é formada por 100 unidades
2a ordem é formada por 20 unidades. Ábaco 1: 3 517; faltam 6 483.
1a ordem é formada por 2 unidades. Ábaco 2: 6 432; faltam 3 568.
Ábaco 3: 1 406; faltam 8 594.

107 M AT E M ÁT I CA

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Para aprofundamento e fundamentação teórico-me-
todológica a respeito dos assuntos trabalhados neste
capítulo, o vídeo a seguir pode ser consultado:
• Boletim escolar on-line. Composição e decomposição
de números. 2021. Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=ASsp2ihY-JY. Acesso em: 20 out. 2021.
• Ábaco virtual. Disponível em: https://www.
nossoclubinho.com.br/abaco-virtual-2-0/. Acesso
em: 18 nov. 2021.

ANOTAÇÕES

108 4 o ANO

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3. Representando números
PÁGINA 108 PÁGINA 109

3. Representando números
MÃO NA MASSA
1. Discuta, com seus colegas, as informações representadas nas retas e na tabela a
seguir. 1. Uma empresa de pesquisas fez um levantamento do número de habitantes de
algumas cidades do Ceará, em junho de 2020, e lançou-os em uma tabela.
Para nomear uma nova ponte, Noé, o prefeito de Pássaro Laranja, decidiu organizar
uma competição entre as granjas da cidade. Assim, a estrutura receberia o nome da granja Determine os pontos que cada cidade ocuparia em uma reta numérica.
que fosse capaz de produzir mais ovos durante o mês de julho. Observe a tabela a seguir.
Número de habitantes de algumas cidades do Ceará
Granjas participantes da competição e quantidade de ovos produzidos Cidade População
Granja Quantidade de ovos produzidos no mês Quixeramobim 82 455
Galinha rosa 27 745 Aquiraz 81 581
Penas brancas 45 521 Cascavel 72 706
Ovo bom 62 258 Icó 68 303
Cacarejo 76 023 Brejo Santo 50 195
Ovos mil 78 604 São Gonçalo do Amarante 49 306
Dados fictícios. Dados: IBGE.

Noé ficou em dúvida sobre a granja vencedora e pediu ajuda às suas filhas, Andressa
e Vanessa, alunas do 4o ano. As garotas tiveram a ideia de organizar o resultado da com-
petição em uma reta numérica. Cada uma das meninas fez sua própria reta, apresentadas

20

50

60

80
25

30

40

55

65
35

45
anteriormente.

70

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0

0
s
sa ca
ro an jo mil
ha br m
as bo re 2. Veja o número digitado por Isadora no visor da calculadora.
Andressa lin n vo ca vos
Ga Pe O Ca O

Agora, responda:
20

50

60

80
65
40

55
25

30

35

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00
00

a. Quais teclas ela precisa digitar, sem apagar o número, de


0

0
0

0
0

Tanya St/iStock / Getty Images Plus


forma que apareça o número 50 300 no visor?
50195
s
sa n ca
ro ra m jo il
ha b re m
Vanessa as bo ca os b. Qual o valor posicional do algarismo 5 no número 50 300?
lin n vo
Ga Pe O Ca Ov
20

50

60

80
55

65
25

30

40
35

45

70

75
00

00

c. Qual o valor posicional do algarismo 3 no número 50 300?


00
00

00
00

00

00

00

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00
00

00
0

0
0
0

0
0

0
0

Que reta representa as informações da maneira mais adequada? Por quê? Você sabe
dizer qual foi a granja vencedora? Se sim, qual?

108 4 o ANO
109 M AT EM ÁT I CA

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DISCUTINDO RAIO X

1. Observe como Aldair representou o número de habilitantes da cidade de Brejo 1. Você sabe quais são os municípios com a maior extensão territorial do estado do Ceará?
Santo na reta numérica.
No quadro a seguir estão medidas, em quilômetros, da área dos municípios cearenses
com as maiores extensões territoriais.
45 000 50 000 55 000 60 000 65 000
Extensão territorial de alguns municípios do Ceará
⊲ Com base na tabela da seção Mão na Massa, o registro de Aldair está correto?
⊲ Todas as retas da turma foram representadas com o mesmo intervalo numérico? Extensão territorial
Município
(quilômetros quadrados)
⊲ O fato de não serem iguais deixa a resolução errada?
⊲ Santa Quitéria 42 260
Qual é o maior intervalo feito pelos colegas? E o menor?
⊲ Alguma reta apresentou um registro semelhante ao de Aldair? Tatuá 4 018
Quixeramobim 3 275
Independência 3 218
RETOMANDO Crateús 2 985
Fonte: IBGE. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ce.html.
Acesso em: 19 out. 2021.
1. Imagine que um de seus colegas faltou à aula sobre retas numéricas. Escreva um
bilhete no espaço abaixo explicando o conteúdo que ele perdeu. Agora, organize as informações em uma reta numérica.

2. Observe o número apresentado no visor da calculadora a seguir.


Tanya St/iStock / Getty Images Plus

4206

Sem apagar o número digitado, uma pessoa quer fazer aparecer os algarismos
4 e 8 no lugar dos algarismos 2 e 6, respectivamente.

a. É possível fazer essa transformação utilizando uma única operação? Como?

b. Em quais ordens estão posicionados os algarismos 2 e 6 no número


representado?

110 4 o ANO 111 M AT EM ÁT I CA

109 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 109 20/12/2021 15:26


Habilidade do DCRC
Mostrar, por decomposição e composição, que todo número natural pode ser escrito por meio de adições
EF04MA02 e multiplicações por potências de dez, para compreender o sistema de numeração decimal e desenvolver
estratégias de cálculo.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: comparar duas retas numéricas Este é o último capítulo da unidade em que
representando uma mesma situação. discutimos com a turma reta numérica envolvendo
• Mão na massa: localizar pontos em uma números de cinco ordens. Espera-se que os alunos
reta numérica e analisar valor posicional de possam explorar outros contextos que evidenciem
algarismos. o uso da reta numérica como recurso na resolução
• Discutindo: debater os intervalos regulares de problemas.
em uma reta numérica em que os pontos estão
registrados. Dificuldades antecipadas
Trabalhe a noção de estimativa com os alunos
• Retomando: escrever um bilhete a fim de que
para suprir eventuais dificuldades.
um colega explique o que foi estudado.
Outro ponto que requer atenção são as áreas terri-
• Raio x: avaliar a aprendizagem com base em
toriais de alguns municípios cearenses. Se necessário,
uma rubrica simples.
utilize quadros numéricos para explicar o conceito.
Objetivos de aprendizagem
• Compor e decompor números naturais, baseando-se
em seu valor posicional, que pode ser descrito
por meio de adições e multiplicações.

CONTEXTUALIZANDO MÃO NA MASSA

Orientações Orientações
Inicie o capítulo apresentando o problema à tur- Peça aos alunos que se organizem em duplas e resol-
ma. Permita que os alunos reflitam alguns minutos, vam o problema proposto. Permita que eles discutam e
individualmente, na resolução. Depois, discuta e faça
registrem os pontos e os intervalos. Dê um tempo para
resoluções de forma coletiva. Registre as hipóteses
que isso aconteça. Caminhe na sala, observe como
no quadro.
analisam os dados do problema e faça intervenções
Expectativas de respostas para que avancem nas suas propostas. Certifique-se
1. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno iden- de que os estudantes colocarão os pontos de forma
tifique os dados da tabela nas duas retas nu- proporcional em suas localizações.
méricas, com a diferença entre os intervalos, Faça questões a toda a turma enquanto resolvem
utilizados na construção de ambas, assim como
o problema, a fim de promover a reflexão sobre
as posições incorretas de alguns pontos na
a atividade:
reta de Vanessa.
A reta de Andressa é mais adequada, enquanto a • A reta apresentada traz quais informações?
de Vanessa apresenta alguns erros na posição • O que é preciso fazer?
dos pontos e uma divisão do espaço incoerente. • Como podemos determinar o intervalo dos
A granja vencedora foi “Ovos mil”. pontos?

110 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 110 20/12/2021 15:26


Expectativas de respostas DISCUTINDO
1. Resposta pessoal. Existem várias possibilida-
des de resposta: a primeira com intervalos de Orientações
10 000 e a segunda com intervalos de 20 000 Após esse momento, peça a três duplas que se juntem
entre os pontos da reta numérica. Por ser apenas e que cada uma apresente às outras duas a solução
um exemplo, não estão todas as cidades nesse
pensada para a reta, explicando suas estratégias. Os
exemplo de resposta.
alunos devem comparar as retas que fizeram.
Proponha a eles que analisem a situação de Aldair
Cidade População
e promova uma discussão pautada nas questões apre-
Quixeramobim 82 455 sentadas nesta seção.
Aquiraz 81 581

Cascavel 72 706
RETOMANDO
Icó 68 303

Brejo Santo 50 195 Orientações


Oriente a turma a retomar o que eles estudaram
São Gonçalo do Amarante 49 306
neste e nos capítulos anteriores desta unidade, para
que possam escrever o bilhete da forma mais completa
ra nte possível.
Ama
l o do Expectativas de respostas
a
onç anto
G S vel Resposta pessoal. Espera-se que os alunos indiquem
São rejo Icó sca
B Ca as informações sobre a regularidade das marcações
em uma reta numérica, as possibilidades de mar-
40

50

60

70

80

cações com intervalos diferentes e também o fato


00
00

00
00

00

de as retas poderem começar em qualquer número.


0
0

0
0

Valide as respostas dos alunos e faça perguntas de


ra nte modo que eles escrevam o bilhete da forma mais
Ama clara e completa possível.
l o do
a
G onç Santo
São Brejo Icó
RAIO X
65 0

70 0
50 0

55 0

60 0
40 0

45 0

Orientações
00
00
0

00

00
00

00
0

Apresente a situação para a turma e peça aos alunos


2. que a resolvam individualmente. Este é um momento
a. Espera-se que os alunos indiquem que é necessário importante para você avaliar se todos os alunos conse-
apertar o sinal de mais e depois os números 1, 0 guiram avançar no conteúdo estudado. Faça registros
e 5. sobre as resoluções deles a partir da rubrica a seguir
b. Dezena de milhar. (ou de uma rubrica adaptada a partir desta).
c. Centena.

111 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 111 20/12/2021 15:26


SIM NÃO
O aluno divide a reta numérica em
intervalos regulares?
O aluno inicia a reta numérica de
um valor diferente do zero?
O aluno localiza os pontos na reta
sem o auxílio de uma tabela prévia?

Expectativas de respostas
1. Resposta pessoal. Existem algumas possibilidades
de resposta. É importante observar se o aluno
mantém atenção quanto aos valores dos pontos
na reta, seguindo um mesmo intervalo.
cia
im

ia
endên

Quitér
ramob
s
Crateú
Indep

Santa
Quixe

Tauá
2 00

3 00

4 00

5 00
0
0
0

2.
a. Basta acionar a tecla + e depois os números 220.
b. Centena e dezena.

ANOTAÇÕES

112 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 112 20/12/2021 15:26


UNIDADE 3

REPRESENTAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DE SÓLIDOS GEOMÉTRICOS


COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

1, 2 e 4.

HABILIDADE DO DCRC

Associar figuras espaciais a suas planificações (prismas, pirâmides, cilindros e cones) e analisar, nomear e
EF04MA16
comparar seus atributos.

OBJETO DE CONHECIMENTO

• Figuras geométricas espaciais: reconhecimento, representações, planificações e características

UNIDADE TEMÁTICA

Geometria

PARA SABER MAIS

• C ECÍLIO, C. BNCC: como trabalhar Geometria no Fundamental 1. Revista Nova Escola, 29 set. 2020. Disponível em: https://
novaescola.org.br/conteudo/19776/bncc-como-trabalhar-geometria-no-fundamental-1. Acesso em: 2 ago. 2021.
• CHAVES, J. O. Geometria espacial no Ensino Fundamental: uma reflexão sobre as propostas metodológicas. Viçosa:
Universidade Federal de Viçosa. Dissertação. Disponível em: https://www.locus.ufv.br/bitstream/123456789/5879/1/
texto%20completo.pdf. Acesso em: 2 ago. 2021.
• VAN DE WALLE, J. A. Matemática no Ensino Fundamental: formação de professores e aplicação em sala de aula.
6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.

113 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 113 20/12/2021 15:26


1. Investigando prismas e pirâmides
PÁGINA 112 PÁGINA 113

UNIDADE 3 Você sabia que os sólidos geométricos estão presentes em nosso dia a dia?

REPRESENTAÇÃO E ⊲ Você conhece os objetos retratados a seguir?

CARACTERÍSTICAS DE

assalve/Getty Images
kyoshino/Getty Images

clubfoto/Getty Images
SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

1. Investigando prismas e pirâmides


⊲ Você sabe o nome do sólido geométrico a que corresponde cada uma das figuras
acima?
1. Observe as figuras a seguir. ⊲ Que semelhanças você identifica entre os objetos representados?
⊲ Que diferenças você identifica entre esses objetos?

Converse com os colegas e o professor sobre essas questões.

MÃO NA MASSA

Você já ouviu falar da palavra prisma? E da palavra pirâmide?

1. Converse com os colegas sobre o que vocês se lembram a respeito das caracterís-
paralelepípedo ticas de um prisma e de uma pirâmide.

2. Façam uma pesquisa no dicionário, em livros ou na internet, para verificar o que


vocês encontram sobre essas duas palavras.

3. Com base no que você estudou anteriormente, assinale com um A os sólidos que
representam prismas e com B os sólidos que representam pirâmides.

( ) ( )

cubo pirâmide
( )

Você se lembra do nome das figuras representadas acima?


⊲ Converse com os colegas sobre os nomes de cada uma delas.

113 M AT EM ÁT I CA
112 4 o ANO

PÁGINA 114 PÁGINA 115

DISCUTINDO RETOMANDO

Preencha o quadro a seguir com o nome de cada sólido geométrico. Em seguida, indi- Os prismas são sólidos geométricos quando apresentam:
que se a figura é um prisma ou uma pirâmide e, depois, justifique sua resposta.
⊲ bases paralelas (ou opostas) formadas por polígonos iguais;

Nome:

É prisma ou pirâmide?

Prisma triangular. Prisma quadrangular. Prisma pentagonal. Prisma hexagonal.


Justificativa
⊲ faces laterais, que são paralelogramos.

Nome:

É prisma ou pirâmide? face lateral base

RAIO X
Justificativa

1. Observe o diagrama seguir e, depois, faça o que se pede.

Q U A D R A D O I P F A S D F B
Ç S L K J E S P A C I A L H G A
Nome: Z O P A R A L E L O G R A M O S
X L L V B N M Q W E U R T Y U T
S I A L A D O S F G R H J K I S
É prisma ou pirâmide? Z D N C V B N M Q W A E R L O P
U O I P A S P O L I G O N O S A

Marque as palavras-chave no diagrama e, depois, escreva o conceito de prisma


Justificativa nas linhas a seguir.

114 4 o ANO 115 M AT EM ÁT I CA

114 5 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 114 20/12/2021 15:26


Habilidades do DCRC
EF04MA16 Paralelismo e perpendicularismo e aplicação em situações de localização espacial.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: Propor aos alunos uma Para este capítulo, é interessante que os alunos
discussão sobre a forma dos objetos do dia a tenham aprendido sobre sólidos geométricos em
dia que lembram sólidos geométricos. anos anteriores.
• Mão na Massa: Identificar características
de um sólido geométrico que lembram um Dificuldades antecipadas
prisma, um corpo redondo ou uma figura Neste capítulo, os alunos podem encontrar di-
bidimensional. ficuldades na utilização da linguagem matemática
• Discutindo: Nesse momento, os alunos deverão apropriada à Geometria. São muitos os conceitos
realizar a apresentação da resolução e discutir envolvidos que não fazem parte da linguagem co-
acerca das estratégias utilizadas. tidiana do aluno (prisma, sólido, base, polígono,
• Retomando: Sistematizar e estruturar os objetivos paralelogramo etc.). Por essa razão, eles vão ne-
de aprendizagem propostos. cessitar de tempo para se apropriar e utilizar o novo
• Raio X: Elaborar frases com o conceito de prisma vocabulário com precisão e desenvoltura. Nesse
usando um diagrama. momento, aproveite para utilizar com regularidade
os termos da Geometria em sala de aula, tanto
Objetivos de aprendizagem em atividades orais como escritas. Outro ponto de
• Reconhecer figuras em forma de prisma e de atenção é os alunos confundirem o prisma com
pirâmide. outros sólidos geométricos. Caso isso aconteça,
• Analisar figuras em forma de prismas e de será importante comparar e buscar exemplos para
pirâmides e identificar propriedades que as diferenciar esses sólidos entre si, destacando a pre-
caracterizam. sença de superfícies curvas ou superfícies planas.
• Identificar diferenças entre prismas e pirâmides. Pode ser necessário levar para a sala de aula vários
objetos no formato de prisma e de corpos redondos
Materiais para que os alunos possam se apropriar melhor dos
• Livros/dicionários para pesquisa ou acesso à
conceitos. É importante ouvi-los e fazer as devidas
internet.
interferências. Assim, eles se sentirão participantes
• Objetos que lembram a forma de um prisma
do processo e aprenderão significativamente.
(opcional).

CONTEXTUALIZANDO vértice, etc., ou seja, conceitos estudados no 3o ano.


Verifique quanto eles se recordam desse conteúdo.
Orientações Pergunte aos alunos se eles conhecem os objetos
Esta atividade visa a levantar os conhecimentos e os sólidos geométricos representados nas figuras. É
prévios dos alunos, buscando perceber o que eles já natural que eles respondam “caixa” para identificar um
sabem e o que não sabem sobre o que será estudado. paralelepípedo ou bloco retangular. Nesse momento,
Faça perguntas como: não é necessário corrigi-los: apenas auxilie-os com-
• Quais são as diferenças que podemos perceber entre plementando e instigando-os a refletir, comentando
essas figuras?
que uma caixa é um conceito muito amplo, e o sóli-
• Vamos formar dois grupos de figuras? Como vocês
do geométrico, identificado no primeiro objeto, é um
propõem esses agrupamentos?
paralelepípedo. A mesma observação vale para os
• Alguém saberia citar alguns componentes das figuras
outros objetos. Comente com a turma que serão estu-
geométricas?
dadas características desses sólidos geométricos ainda
Os alunos podem se referir a base, lado, face, aresta,
neste capítulo.

115 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 115 20/12/2021 15:26


MÃO NA MASSA DISCUTINDO

Orientações Orientações
Esta atividade é importante, pois possibilita identificar Desenhe em um cartaz o quadro proposto na atividade,
o que os alunos sabem sobre prisma, e se já ouviram que pode ficar exposto na sala posteriormente. Convide
essa palavra. Por meio desta atividade, será possível alguns alunos para preenchê-lo com as conclusões da
compreender o que os alunos entendem quando ou- turma durante o debate.
vem a palavra prisma e se lembram algum objeto em Ao longo da atividade, procure favorecer a partici-
específico. Em grupos, peça aos alunos que resolvam pação de todos. Leve-os a perceber que o importante é
o item 1. Faça-lhes perguntas como: validar suas ideias iniciais de acordo com o conhecimento
• Alguém já ouviu essa palavra? formal sobre o conteúdo. Caso algum aluno caracteri-
• Quem já ouviu, escreva o que sabe. Quem nunca ze o cubo como um paralelepípedo, vale observar que
ouviu ou não se lembra, escreva o que acha que a
essa caracterização está correta, uma vez que o cubo
palavra significa.
é um paralelepípedo cujas arestas têm medidas iguais.
Em seguida, escreva na lousa a palavra prisma e
Proponha um debate entre os alunos para que justifiquem
monte um quadro de duas colunas. Na coluna da es-
suas respostas.
querda, coloque o título “Nossas ideias” e, na coluna
da direita, “Nossa pesquisa”.
Peça a alguns alunos que se dirijam à lousa e preen-
RETOMANDO
cham nesse quadro as ideias discutidas em grupo na
coluna da esquerda.
Orientações
Após o preenchimento da primeira coluna, os alunos
Nesta seção, alguns conceitos explorados ao longo
devem fazer uma pesquisa sobre a palavra prisma em
livros, dicionários ou na internet. É importante que o do capítulo são sistematizados.
acesso à internet seja verificado com antecedência. Verifique, neste momento, se os alunos conseguem
Caso não seja possível acessar a internet, separe pre- diferenciar os prismas das pirâmides. Verifique também
viamente alguns livros na biblioteca e dicionários para se eles diferenciam face, base e se conseguem com-
que os alunos possam fazer a consulta. preender e identificar as faces paralelas de um polígono.
Estipule um tempo para que a pesquisa seja reali-
zada. Após a conclusão, faça observações como:
• Descobrimos que a palavra prisma tem mais de RAIO X
um significado. Qual deles podemos usar em nossa
aula de Matemática? Por quê? Orientações
Se houver tempo, faça uma correção coletiva. Peça Incentive os alunos a elaborar o conceito por meio
a um representante de cada grupo que leia o que es- de, ao menos, quatro palavras identificadas no diagra-
creveu nas duas colunas. Anote na lousa o resultado ma, resgatando as ideias estudadas neste capítulo.
das pesquisas dos alunos e aproveite esse momento
para corrigir equívocos e perguntar a eles quais foram Expectativas de resposta
as descobertas que fizeram durante a pesquisa. 1. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno utilize as
Por fim, peça aos alunos que respondam ao item 3 palavras-chave indicadas no diagrama a seguir.
e identifiquem quais sólidos representam prismas. Exemplos de palavras que podem ser agrupadas
Faça interferências e também esclareça o nome e utilizadas na elaboração do conceito:
das outras figuras, pontuando as diferenças entre elas. sólido, polígonos, bases, paralelogramos;
figura, espacial, bases, polígonos, paralelogramos;
Expectativas de resposta sólido, bases, lados, quadrados.
1. Resposta pessoal.
2. Resposta pessoal.
3. Bloco retangular e cubo.

116 5 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 116 20/12/2021 15:26


Por fim, caso considere pertinente, você também
pode verificar se os alunos conseguem encontrar todas
as palavras do diagrama, e se formam frases coerentes
com o que foi estudado.
Q U A D R A D O I P F A S D F B
Ç S L K J E S P A C I A L H G A
Z O P A R A L E L O G R A M O S
X L L V B N M Q W E U R T Y U T
S I A L A D O S F G R H J K I S
Z D N C V B N M Q W A E R L O P
U O I P A S P O L I G O N O S A

ANOTAÇÕES

117 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 117 20/12/2021 15:26


2. Vamos desmontar?
PÁGINA 116 PÁGINA 117

Pinte de:
2. Vamos desmontar? ⊲ vermelho as figuras que formam o poliedro de Carlos;
⊲ azul as figuras que formam o poliedro de Maria;
⊲ verde as figuras que formam o poliedro de Karina.
Anteriormente, estudamos que os prismas e as pirâmides têm algumas características
semelhantes, e uma delas é o fato de que ambas pertencem a um grupo de sólidos geomé-
tricos chamados poliedros.

Poliedros são sólidos geométricos limitados por polígonos.

Porém, há outras características que os diferenciam. Observe as planificações a seguir.

1. Como você pode diferenciar quais das planificações representadas acima são de
pirâmides e quais são de prismas?

Explique seu raciocínio.

MÃO NA MASSA

2. Veja abaixo como os colegas Carlos, Maria e Karina descreveram as característi-


cas de diferentes poliedros.

Ah! O poliedro em que pensei tem


uma base pentagonal e todas as suas
outras faces são triangulares.
Imaginei um O poliedro
poliedro com em que
duas bases pensei tem
triangulares duas bases
e três faces e 6 faces
laterais. laterais.
Ilustrações: virtute/DigitalVision Vectors

Em grupos, utilizem os polígonos representados acima e construam no caderno uma


CARLOS MARIA KARINA das planificações dos poliedros descritos por Carlos, Maria ou Karina.

116 4 o ANO 117 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 118 PÁGINA 119

DISCUTINDO RAIO X
Observe as planificações dos poliedros e compartilhe com a turma as diferenças e as 1. Relacione o nome do poliedro indicado na coluna da esquerda do quadro com sua
semelhanças que você observa entre elas. planificação representada na coluna da direita.

( )
RETOMANDO

Neste capítulo, estudamos as planificações de alguns prismas e pirâmides, identifican-


(1) Pirâmide pentagonal
do semelhanças e diferenças entre essas figuras. Vimos também que há várias maneiras de
representar a planificação de um mesmo poliedro.

( )

(2) Prisma pentagonal

( )

(3) Pirâmide hexagonal

( )

(4) Prisma hexagonal

118 4 o ANO
119 M AT EM ÁT I CA

118 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 118 20/12/2021 15:27


Habilidade do DCRC
EF04MA16 Paralelismo e perpendicularismo e aplicação em situações de localização espacial.

Sobre o capítulo Se julgar necessário, faça as intervenções sugeridas


• Contextualizando: Identificar a planificação de a seguir.
prismas e de pirâmides por meio de desenhos. • Se você desenhasse o poliedro que foi descrito
• Mão na Massa: Representar a planificação
no diálogo, será que ajudaria a descobrir qual é?
de um prisma e de uma pirâmide por meio da
descrição de um sólido. Ao desenhar, os alunos são capazes de visualizar
• Discutindo: Discutir as semelhanças e as a planificação, o que torna mais fácil a inferência
diferenças entre as planificações elaboradas em relação ao poliedro descrito. Outras intervenções
por eles. podem auxiliá-los durante a tarefa, como:
• Retomando: Sistematizar e estruturar os objetivos • Quantas bases tem o poliedro descrito?
de aprendizagem propostos neste capítulo. • O poliedro descrito no diálogo tem duas bases.
• Raio X: Associar as planificações dos prismas
Por esse motivo, podemos dizer que esse poliedro
com os nomes correspondentes.
é um prisma?
Objetivos de aprendizagem • Qual é o nome desse poliedro?
• Identificar características que permitam a • Se você contasse o número de lados dos polígonos,
planificação de um poliedro. seria possível encontrar as partes que formam o
• Planificar uma pirâmide. poliedro descrito?
• Planificar um prisma.
É possível que os alunos construam as planifica-
Material ções utilizando os polígonos que não representam o
• Objetos que representem prismas e pirâmides poliedro descrito. Caso isso ocorra, é possível fazer
(opcional) as intervenções sugeridas a seguir.
• Por que essa planificação representa o poliedro
Contexto prévio
Conhecer as características de um prisma e de descrito?
uma pirâmide. • Você montou essa planificação para verificar se
ela forma o poliedro?
Dificuldades antecipadas • Deu certo? Se não deu certo, por que você acha
É possível que os alunos tenham dificuldade que não o formou?
para identificar o poliedro a ser descrito, pois al-
• Você conferiu se os polígonos selecionados cor-
guns apresentam apenas algumas características.
respondem ao poliedro descrito?

CONTEXTUALIZANDO • Como você sabe que essa figura tem duas bases?
• Você concorda com a explicação do seu colega?
Orientações • Alguém tem uma explicação diferente da relatada
Peça aos alunos que observem as planificações
pelo colega?
apresentadas na figura e agrupem-nas de acordo
com as características de prismas e de pirâmides.
Questione-os sobre os elementos utilizados para fazer MÃO NA MASSA
esses agrupamentos, observando se eles utilizam as
propriedades existentes nas planificações. Aproveite o
momento para incentivá-los a expor suas estratégias. Orientações
Faça-lhes perguntas como: As descrições de Carlos, Maria e Karina correspon-
• Por que essa planificação não pertence ao outro dem a poliedros não planificados. Dessa maneira, os
grupo de figuras? alunos precisam descobrir, por meio da descrição, a

119 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 119 20/12/2021 15:27


forma poligonal das bases do poliedro para que possam Divida o espaço em seis partes, de modo que cada
construir as figuras planificadas. grupo possa expor as representações que fizeram das
Organize os alunos em seis grupos e escolha uma planificações dos poliedros.
das figuras descritas para dois grupos diferentes. É importante que os grupos compartilhem com os
Exemplo: dois grupos devem representar a planifi- demais alunos as estratégias utilizadas para elaborar
cação do poliedro descrito por Carlos; dois grupos, o a planificação por meio dos polígonos da imagem. Em
poliedro de Maria; dois grupos, o poliedro de Karina. seguida, discuta com os alunos quais são as diferenças
Essa dinâmica vai permitir uma discussão com os alu- e semelhanças entre as planificações representadas por
nos sobre duas formas diferentes de planificar cada eles, remetendo-os à classificação desses poliedros.
poliedro. Mesmo que a planificação desenhada seja Algumas perguntas, como as sugeridas a seguir, podem
igual, é provável que as estratégias utilizadas pelos auxiliar no enriquecimento da discussão.
grupos sejam diferentes, enriquecendo a aula com • Esses poliedros são classificados como pirâmides
trocas significativas. ou prismas?
Uma sugestão para que os alunos iniciem seus de- • Como você sabe?
senhos é deixar que eles coloquem a folha do caderno • As bases também são faces?
sobre as imagens ilustradas no livro, fazendo-as de • Por quê?
molde para elaborar suas figuras.
Algumas perguntas, como as sugeridas a seguir,
podem auxiliá-los. RETOMANDO
• Os poliedros descritos pelas personagens são de
fato diferentes como diz o enunciado? Orientações
Note que os poliedros são diferentes, pois Carlos cita Nesta seção, são sistematizados alguns conceitos que
algumas características do prisma triangular, Maria se refere foram explorados ao longo do capítulo, mostrando aos
à pirâmide pentagonal, e Karina, ao prisma hexagonal. alunos que há várias formas de planificar um poliedro.
• É possível planificar os poliedros descritos pelas Neste momento, é importante verificar se todos os
personagens? alunos compreenderam que é possível planificar um
Caso não tenha ficado evidente para os alunos, poliedro. Caso perceba alguma dificuldade, e houver
reforce o fato de que sempre é possível planificar os espaço no planejamento das aulas, considere trazer
poliedros. outros poliedro para a aula para serem planificados.
• Que informação descrita foi essencial para que vocês Dessa forma, o conteúdo poderá ser mais bem fixado
iniciassem a planificação do poliedro? pelos alunos.
Geralmente, os alunos iniciam o desenho por meio Considere, também, como atividade para casa, o
da base, pois ela dará o formato ao poliedro escolhido recorte e a montagem de outros poliedros.
para a planificação.

Expectativas de resposta RAIO X


Resposta pessoal. Espera-se que os alunos consigam
imaginar diferentes planificações para os poliedros Orientações
descritos por Carlos, Maria e Karina. Esta tarefa deverá ser realizada individualmen-
te. Pode ser que algum aluno apresente dificuldade
no momento de fazer a associação, devido a algum
DISCUTINDO problema relacionado à nomenclatura dos poliedros.
Nessa situação, relembre com a turma que as bases
Orientações triangulares, quadrangulares, pentagonais e hexagonais
Prepare um espaço na sala de aula para que ocorra têm 3, 4, 5 e 6 lados, respectivamente. Para auxiliar os
o compartilhamento das construções planificadas dos alunos na identificação, proponha a eles que imaginem
poliedros. os sólidos montados.
Esse espaço pode ser um mural, painel feito de Caso identifique que alguns alunos não compreende-
cartolina, papel Kraft ou o próprio quadro. ram corretamente o conteúdo, retome algumas figuras

120 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 120 20/12/2021 15:27


e trabalhe-as novamente com eles. Como atividade
complementar, você pode pedir-lhes como tarefa para
casa que pesquisem outros poliedros e polígonos para
os planificarem.

Expectativas de resposta
Os números com a associação correta são os seguintes:
• Prisma hexagonal  quarta figura.
• Pirâmide hexagonal  terceira figura.
• Pirâmide pentagonal  primeira figura.
• Prisma pentagonal  segunda figura.

ANOTAÇÕES

121 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 121 20/12/2021 15:27


3. Planificando prismas e pirâmides
PÁGINA 120 PÁGINA 121

3. Planificando prismas e pirâmides

Estudamos anteriormente as propriedades relacionadas aos prismas e às pirâmides,


além de suas planificações. Observe as figuras a seguir.

É possível que essas imagens representem as planificações de algum poliedro? Podemos


construir poliedros a partir delas? Explique.

MÃO NA MASSA

Com o auxílio de uma régua, construa as planificações, relacionadas aos poliedros


descritos pelas crianças, na malha pontilhada da página seguinte.

Meu poliedro
tem duas bases
quadradas e faces Meu poliedro tem
um vértice oposto a
uma base quadrada
e faces triangulares.

120 4 o ANO 121 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 122 PÁGINA 123

DISCUTINDO RAIO X
Observe as planificações a seguir.
Janaína foi desafiada por sua colega Gabriela a fazer uma representação da planifica-
ção de um poliedro descrito por ela.

Meu poliedro tem um vértice Já sei! Como só tem uma


oposto a uma base hexagonal base, é uma pirâmide
e faces triangulares. hexagonal!

Discuta com seus colegas as estratégias que você utilizou para desenhar as planifica-
ções e compare seu desenho com as planificações apresentadas na atividade anterior.

1. Qual das planificações a seguir pode representar corretamente a planificação da


figura descrita por Gabriela? Marque com um X sua resposta.
RETOMANDO

A malha pontilhada pode ser utilizada como ferramenta para a construção de polígo-
nos. Neste capítulo, observamos como utilizá-la para representar as planificações de alguns
poliedros. Os pontos podem servir para marcar os vértices e, com o auxílio de uma régua, é
possível construir os lados.

( ) ( ) ( )

2. Qual é o nome do poliedro descrito por Gabriela?

122 4 o ANO 123 M AT EM ÁT I CA

122 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 122 20/12/2021 15:27


Habilidade do DCRC
EF04MA16 Paralelismo e perpendicularismo e aplicação em situações de localização espacial.

Sobre o capítulo Dificuldades antecipadas


• Contextualizando: Identificar imagens de Os alunos podem apresentar dificuldade ao
planificações e caracterizá-las como planificação utilizar a régua para fazer os desenhos na malha
de prismas ou não. pontilhada. Se julgar necessário, faça uma malha
• Mão na massa: Utilizar a malha pontilhada para pontilhada no quadro e mostre a eles que, para
desenhar planificações de poliedros. fazer o desenho com a régua, é necessário contar
• Discutindo: Discutir as estratégias utilizadas para os pontos e ligá-los traçando com a régua, deixando
construir planificações de poliedros descritos, a base ou a face lateral do poliedro mais nítida.
por meio de polígonos. É possível que os alunos tenham dificuldade em
• Retomando: Sistematizar e estruturar os objetivos identificar a planificação do poliedro descrito pelas
de aprendizagem propostos. personagens, pois eles foram descritos de acordo
• Raio X: Realizar a identificação de um poliedro com suas características tridimensionais, e não pla-
com base na sua descrição tridimensional. nificadas. Nesse caso, os alunos podem construir
poliedros que não correspondam às planificações
Objetivos de aprendizagem dos poliedros descritos. Peça a um aluno que expli-
• Compreender a planificação de prismas. que por que o conjunto de polígonos desenhados
• Compreender a planificação de pirâmides. na malha pontilhada representa a planificação do
poliedro descrito.
Material
Régua.

Contexto prévio
Observar com outra perspectiva a planificação
de um prisma e de uma pirâmide.

CONTEXTUALIZANDO MÃO NA MASSA

Orientações Orientações
Peça aos alunos que observem as planificações re- Mantenha os alunos nos grupos formados na
presentadas na atividade e discutam com os colegas, em seção Contextualizando e peça a eles que realizem
pequenos grupos, se essas imagens podem representar a atividade proposta. Como as descrições realiza-
a planificação de algum poliedro. Se necessário, retome das pelas personagens correspondem a poliedros
a definição de poliedro e dê exemplos que envolvam os não planificados, os alunos precisam representar
prismas e as pirâmides. Observe se eles notam que as as planificações com base na construção das faces
planificações apresentadas na atividade estão incom- poligonais na malha pontilhada utilizando uma régua.
pletas, ou seja, os “poliedros não fecham”. Para que Permita que eles socializem suas construções com
essas planificações formem um poliedro, elas devem a turma e comparem a quantidade e a forma das
apresentar pelo menos um quadrilátero na primeira bases, das faces e dos vértices. Para enriquecer
imagem e um triângulo na segunda. Permita que os a discussão, utilize os questionamentos sugeridos
alunos expliquem as estratégias utilizadas e discutam a seguir.
as maneiras possíveis para completar as imagens, de • Quantas faces tem a planificação de cada poliedro?
modo que possam representar a planificação de um • Você consegue imaginar esse poliedro montado?
poliedro. • Qual é o nome de cada um dos poliedros descritos?

123 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 123 20/12/2021 15:27


• Como você imaginou os polígonos para representá- RETOMANDO
los na malha pontilhada, com base na descrição?
Orientações
Expectativas de resposta Nesta seção, alguns conceitos que foram explorados
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos consigam ao longo do capítulo são sistematizados, mostrando
montar as planificações do prisma e da pirâmide, aos alunos como a malha pontilhada pode ser usada
descritas pelas personagens, na malha pontilhada. A para representar as planificações dos poliedros.
planificação do prisma deve conter 6 quadriláteros,
2 quadrados e 4 retângulos. Caso sejam desenhados
6 quadrados, considere a figura correta, tendo em RAIO X
vista que o quadrado é um retângulo. A planificação
da pirâmide deve conter 1 quadrado e 4 triângulos. Orientações
Esta atividade deve ser realizada individualmente.
É importante que os alunos utilizem o aprendizado
DISCUTINDO desenvolvido durante este capítulo. Se possível, ca-
minhe pela sala de aula e observe como eles reali-
Orientações zam a atividade, identificando se apresentam alguma
É importante que os grupos apresentem suas pla- dificuldade e a compreenderam. Se necessário, faça
nificações e socializem com os colegas as estratégias perguntas como as sugeridas a seguir.
utilizadas. Nesse momento, é necessário compartilhar • Como podemos identificar a planificação correta
e sanar as dificuldades encontradas pelos alunos du- para o polígono descrito por Gabriela?
rante a construção dos polígonos na malha pontilhada. • Como é possível saber se a figura descrita é um
Proponha a eles que comparem suas resoluções com prisma ou uma pirâmide?
as figuras apresentadas nesta seção e identifiquem as • Você consegue imaginar esse sólido tridimensionalmente?
semelhanças e as diferenças entre elas. As questões
sugeridas a seguir, visam enriquecer a discussão. Expectativas de resposta
• Os polígonos representados na malha formam o 1. A terceira imagem é a correta.
poliedro descrito? 2. Pirâmide de base hexagonal.
• É possível fazer as planificações solicitadas de
outras formas?
• Como é possível classificar os poliedros descritos
em prismas e pirâmides?
• Quais foram suas principais dificuldades durante
a atividade?

ANOTAÇÕES

124 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 124 20/12/2021 15:27


UNIDADE 4

OPERANDO DE DIFERENTES MANEIRAS


COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

1, 4 e 7.

HABILIDADES DO DCRC

Resolver e elaborar problemas com números naturais envolvendo adição e subtração, utilizando estratégias
EF04MA03
diversas, como cálculo, cálculo mental e algoritmos, além de fazer estimativas do resultado.

Utilizar as relações entre adição e subtração, bem como entre multiplicação e divisão, para ampliar as estratégias
EF04MA04
de cálculo.

EF04MA05 Utilizar as propriedades das operações para desenvolver estratégias de cálculo.

OBJETO DE CONHECIMENTO

• Propriedades das operações para o desenvolvimento de diferentes estratégias de cálculo com números naturais

UNIDADE TEMÁTICA

Números

PARA SABER MAIS

• C HIBLI, F.; ARAÚJO, Paulo; GENTILE, Paola. A base das operações matemáticas. Revista Nova Escola, 1o set. 2009.
Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/2654/a-base-das-operacoes-matematicas. Acesso em: 31 out. 2021.
O artigo trata das características do Sistema de Numeração Decimal.
• SANTOMAURO, B. Um novo jeito de ensinar a tabuada. Revista Nova Escola, 1o dez. 2011. Disponível em: https://
novaescola.org.br/conteudo/162/novo-jeito-ensinar-tabuada. Acesso em: 31 out. 2021.
O artigo aborda a relação entre o produto e as propriedades da multiplicação no ensino das tabuadas.
Professor, caso tenha disponível em sua escola tablets educacionais ou computadores, você pode propor a utilização
dos Recursos:
• Ilha das Operações: em busca das pedras Somartius e Subtrartius, disponível em: https://plataformaintegrada.mec.
gov.br/recurso/357852
• Ilha das operações: quantum comparare, disponível em: https://plataformaintegrada.mec.gov.br/recurso/358884

125 M AT E M ÁT I CA

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1. Operações inversas
PÁGINA 124 PÁGINA 125

UNIDADE 4
Valquíria decidiu aproveitar os descontos da loja Eletro Top para presentear sua filha no
aniversário dela. Entretanto, ao analisar as opções de produtos eletrônicos disponíveis, ela

OPERANDO DE
ficou em dúvida quanto ao que comprar. Então, resolveu fazer alguns cálculos que poderiam
ajudá-la a tomar essa decisão.

DIFERENTES MANEIRAS a.
b.
Com R$ 2 000,00 é possível que Valquíria compre três desses itens? Se sim, quais?
Caso decida comprar somente a televisão e o celular, quantos reais ela vai gastar?
c. Quantos reais a bicicleta é mais barata que o laptop?
d. Valquíria conseguiu a quantia de dinheiro para comprar os patins, mas resolveu
comprar o celular smartphone. Quanto dinheiro ela precisará juntar para realizar
1. Operações inversas a compra do celular smartphone?

2. Vamos decifrar uma situação-problema?


1. Para comemorar o aniversário de 3 anos do comércio de eletrônicos Eletro Top, o
gerente decidiu fazer uma promoção com os produtos mais vendidos nesse período. a. Paulo adora colecionar figurinhas adesivas de álbuns de futebol. Após dar 23 fi-
Observe os produtos no quadro a seguir. gurinhas a Bruno, seu melhor amigo, ele ficou com 74 figurinhas. Antes de dar a
Bruno, quantas figurinhas Paulo possuía?
Produto Preço b. Adicionando 32 a um número, obtemos 87 como resultado. Qual é esse número?

1. Smart TV de 40 polegadas R$ 880,00 Reúna-se com um colega e conversem sobre os tópicos a seguir. Depois, registre no
caderno as conclusões a que vocês chegaram.
2. Celular smartphone de 32 GB R$ 530,00
⊲ Como vocês fariam para descobrir o resultado?
3. Notebook (laptop) de 1 TB R$ 1 250,00
⊲ É possível resolver utilizando algum tipo de cálculo? Se sim, qual? Por quê?
4. Bicicleta R$ 1 000,00 Como podemos ter certeza disso?
⊲ De que maneira podemos pensar na solução?
5. Patins R$ 370,00
Dados obtidos pelo gerente da loja Eletro Top.

MÃO NA MASSA

Fernando e Caio colecionam bilas. Para aumentar a coleção deles, eles sempre partici-
pam de campeonatos. Como em toda competição, algumas vezes perdem e outras ganham.
Por isso, a quantidade de bilas sempre muda, seja aumentando ou diminuindo a quantidade.

a. Nesta semana, Fernando e Caio participaram de um campeonato e ganharam um


kit com 6 bilas coloridas. Então, agora eles possuem 18 bilas. É possível saber
quantas bilas Fernando e Caio tinham antes do campeonato? Se sim, quantas?
b. Na semana seguinte, o avô de Caio deu de presente a eles uma caixa com mais
bilas coloridas. Agora, eles têm 30 bilas. Ficou combinado que, no próximo mês,
ganharão outra caixa com a mesma quantidade de bilas que a anterior. Caso isso
aconteça, com quantas bilas eles ficarão?
c. André, amigo dos meninos, os desafiou para uma partida. Ao final do jogo todos
ficaram com 27 bilas. Sabendo que os vencedores foram Fernando e Caio, que
Fonte: Dados fictícios
receberam de André 5 bilas novas para a coleção, quantas bilas André tinha ao
iniciar o jogo?

124 4 o ANO 125 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 126 PÁGINA 127

⊲ Como você responderia a cada uma dessas questões? Agora que sabemos a quantidade de bilas que havia na caixa (12), basta adicionar
o resultado obtido ao número total de bilas que Fernando e Caio têm. Fazendo 30 + 12,
Registre no caderno a resolução de cada uma das situações anteriores, explicando o descobrimos que, se eles se comportarem de maneira exemplar novamente, terão 42 bilas
passo a passo de cada etapa. na coleção.
Terceira situação: quando André perdeu as bilas.
Se desenharmos a quantidade de bilas de André depois da competição (27) e adicionar-
DISCUTINDO mos a quantidade de bilas que ele perdeu durante o jogo (5), teremos a quantidade de bilas
que André tinha antes da competição. Observe a ilustração a seguir.
Veja como podemos representar por meio de esquemas ou de desenhos as situações
expressas na seção anterior.
Primeira situação: quando Fernando e Caio ganharam um kit com 6 bilas.
Podemos representar por meio de desenho a quantidade de bilas que os meninos ti-
nham, no total, após participar da competição e circular apenas as 6 bilas obtidas no jogo.
Assim, contando quantas bilas estão fora do círculo, é possível saber a quantidade de bilas
que eles tinham antes. Observe.
Bilas perdidas na
competição

Por que você acha que, para cada operação que desejamos realizar, há uma operação
inversa? Como pensamos para resolver os problemas acima? Converse com os colegas so-
bre isso.
Quantidade de bilas
obtidas após participarem
do campeonato

Se, após ganharem 6 bilas no campeonato, Fernando e Caio passaram a ter 18 bilas, RETOMANDO
uma forma de descobrir quantas bilas eles tinham antes é subtrair do número final (18) a
quantidade de bilas que foram adicionadas depois da vitória no campeonato (6).
Segunda situação: quando Fernando e Caio receberam uma caixa de bilas de presen- Na situação sobre Fernando e Caio retratada, utilizamos as relações inversas entre
te do avô e a quantidade de bilas que eles teriam, caso ganhassem novamente a mesma as adições e as subtrações para resolver os problemas. Dizemos que essas operações são
quantidade. inversas porque uma desfaz o que a outra fez. Para saber qual é a situação anterior a uma
Se desenharmos as 30 bilas que os meninos tinham após receberem o presente do avô adição, devemos subtrair e, se quisermos saber qual é a situação anterior a uma subtração,
e circularmos só as 18 bilas que eles tinham antes, basta contar as bilas fora do círculo para devemos adicionar, pois as operações são inversas.
descobrir a quantidade de bilas que havia na caixa de presente.

RAIO X
1. Júlio está começando a colecionar piões. Ele tinha 11 piões e, quando participou de
um jogo, ganhou mais alguns. Agora, ele tem 24 piões. É possível saber quantos
piões ele ganhou no jogo? Se sim, como? Explique.

Coleção dos garotos antes


de receberem o presente

126 4 o ANO 127 M AT EM ÁT I CA

126 4 o ANO

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Habilidades do DCRC
Utilizar as relações entre adição e subtração, bem como entre multiplicação e divisão, para ampliar as estratégias
EF04MA04
de cálculo.
EF04MA05 Utilizar as propriedades das operações para desenvolver estratégias de cálculo.

Sobre o capítulo Dificuldades antecipadas


• Contextualizando: avaliar conhecimentos prévios Caso os alunos encontrem dificuldades na
e decifrar enigmas. interpretação das situações propostas, ajude-os
• Mão na massa: resolver problemas envolvendo questionando:
operações inversas de adição e de subtração. • Pode me dizer o que você entendeu desta situação?
• Discutindo: apresentar e discutir acerca das • O que sabemos dela?
diferentes estratégias utilizadas. • O que precisamos saber?
• Retomando: sistematizar e estruturar os objetivos • Que informações temos e quais estão faltando?
de aprendizagem propostos. • Podemos fazer algum desenho ou esquema para
• Raio X: resolver problemas envolvendo operações representar isso?
inversas • O que aconteceu nesta situação com suas palavras?
Se os alunos encontrarem dificuldades em com-
Objetivos de aprendizagem preender as relações inversas entre a adição e a
• Compreender as relações inversas entre a adição subtração, chame a atenção deles para a pergunta
e a subtração a partir de situações-problema. feita. Talvez seja útil dizer explicitamente:
• Trabalhar as relações inversas entre a adição e • O que sabemos desta situação?
a subtração com base em situações-problema. • O que precisamos saber?
• Podemos fazer algum esquema ou desenho para
Material representar esta situação?
• Objetos que representem prismas e pirâmides Você pode formular outras questões pertinentes a
(opcional). fim de levá-los a construir os saberes apresentados.
Contexto prévio
Para este capítulo, os alunos devem realizar
adições e subtrações com números naturais.

CONTEXTUALIZANDO É importante ouvir as estratégias que os alunos


empregaram durante o desenvolvimento da ativida-
Orientações de. Não esqueça de pontuar que o “método” utilizado
Na atividade 1, incentive os alunos a explorar a ta- para resolver o item a também é válido para o item
bela e, assim, refletir sobre os produtos comprados e b, e vice-versa.
seus respectivos preços. Deixe-os explorarem as pos-
No primeiro caso, os alunos devem perceber que, se
sibilidades para descobrir o que pode ser comprado
23 foi subtraído do número oculto, basta fazer a opera-
com R$ 2 000,00. Talvez tenham dificuldade na última
ção inversa, ou seja, adicionar 23 ao resultado 74 para
pergunta em que precisam completar o preço dos patins
até chegar no preço do smartphone. identificar o número oculto: 74 + 23 = 97. No segundo
Quanto à atividade 2, os alunos provavelmente terão caso, eles devem perceber que, se 32 foi adicionado
mais facilidade em resolver o primeiro enigma que o ao número oculto, basta fazer a operação inversa,
segundo, pois esse está contextualizado. Peça que de- ou seja, subtrair 32 do resultado 87, para identificar
senvolvam individualmente seus raciocínios em relação o número oculto. Nos dois casos, o que desejamos é
às questões propostas, sem influenciá-los diretamente. saber a situação inicial antes de uma transformação ter
Por fim, quando apresentarem dúvidas, releia com eles acontecido. Nesses casos, precisamos fazer a inversão
os enigmas e questione-os: da situação: adicionar se foi subtraído e subtrair se foi
• É possível identificar os números ocultos? De que adicionado. Estaremos, assim, desfazendo a situação,
forma podemos fazer isso? para identificar como ela era anteriormente.

127 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 127 20/12/2021 15:28


Procure, ainda, dar outros exemplos para os alu- • Utilizaram desenhos ou esquemas?
nos, a fim de que todos compreendam o conteúdo de • Como isso foi útil?
maneira satisfatória. • Se André perdeu bilas, por que utilizamos a adição?

Expectativas de resposta Expectativas de resposta


1. 1.
a) Sim. Uma das respostas possíveis é que com essa a) Sim, por meio de uma subtração. A quantidade de
quantia Valquíria poderá adquirir a bicicleta, os bilas que Fernando e Caio possuíam anteriormente
patins e o celular smartphone. era 12.
b) R$ 1 410,00. b) 42 bilas.
c) R$ 250,00. c) 32 bilas.
d) R$ 160,00.
2.
a) 97 figurinhas. DISCUTINDO
b) 55
Orientações
Converse com os alunos sobre as diferentes formas
MÃO NA MASSA de registrar o mesmo problema. É importante que eles
percebam que utilizamos as operações inversas de
Orientações adição e de subtração para resolver o problema.
Questione os alunos sobre como pensaram para Chamamos de inversas porque, se quisermos saber
responder às questões. É importante que eles com- qual é a situação anterior à adição, devemos subtrair;
preendam o motivo da escolha de cada operação e se quisermos saber qual é a situação anterior à sub-
qual é a relação que as operações possuem com as tração, devemos adicionar, pois são operações “que
perguntas da atividade, em vez de apenas realizar os desfazem o que a outra fez”. Deixe-os à vontade para
exercícios propostos de maneira intuitiva. Destaque escolher a melhor forma de representar as situações.
que, apesar de a situação inicial ter sido modificada Faça perguntas para que eles confiram se o resultado
por um ganho ou acréscimo, utilizamos a subtração está correto e se faz sentido.
para resolver em função da pergunta feita. Caso perceba que nem todos os alunos compreen-
Caso algum aluno tenha resolvido de outra forma, deram completamente a atividade, procure dar exem-
abra espaço para que ele apresente a solução dele e plos de outras situações em que as operações inversas
a maneira como pensou. Se houver alguma solução podem ser utilizadas.
equivocada, utilize esse momento também para dis-
cutir com a turma onde ocorreu o engano, tentando
não constranger o aluno que o cometeu e mostrando RAIO X
que esses equívocos são naturais na aprendizagem.
Questione: Orientações
• No item a, se Fernando ganhou bilas, por que Para essa atividade, verifique se os alunos com-
utilizamos a subtração? preenderam corretamente as operações que devem
• Podemos resolver fazendo um desenho para ser realizadas.
representar essa situação? Caso verifique que alguns deles ainda não com-
• No item b, por que é importante saber a quantidade preenderam, procure dar mais exemplos de diversos
de bilas? contextos. Dessa forma, é possível que o conteúdo
• Como podemos identificar quantas bilas havia na seja melhor compreendido. A situação apresentada
caixa? na atividade é relativamente simples, portanto, outros
• Se ganhar é considerada uma situação positiva, exemplos podem ser dados.
em que o número aumenta, por que utilizamos a Se persistirem as dúvidas, recomenda-se que um
subtração? quadro seja desenhado na lousa, de maneira que os
Sobre o tem c, faça perguntas como: alunos possam ver claramente a divisão entre antes
• Como vocês pensaram para resolver? e depois do jogo.

128 4 o ANO

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Durante a atividade, e caso você apresente outros
exemplos, abra espaço para que os alunos se sintam
confortáveis em socializar suas respostas. Colabore com
as aprendizagens corrigindo as respostas incorretas.

Expectativas de resposta
Sim, é possível saber quantos piões André ganhou
no jogo. Uma forma de resolver isso consiste em
retirar da quantidade que ele tem agora a quanti-
dade que ele tinha inicialmente. Assim, saberemos
quanto ele ganhou no jogo. Então, vamos utilizar
a operação inversa da adição, a subtração, para
encontrar a resposta correta.
24 (após o jogo) – 11 (antes do jogo) = 13 piões ga-
nhados na competição.

ANOTAÇÕES

129 M AT E M ÁT I CA

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2. Somar ou subtrair?
PÁGINA 128 PÁGINA 129

2. Somar ou subtrair? MÃO NA MASSA

1. A festa cultural da Escola Patativa do Assaré recebeu diversas quadrilhas juninas


1. Durante a aula, a professora do 4o ano propôs a seus alunos que efetuassem a
em seu festival. No primeiro dia, ela recebeu 436 quadrilheiros; no segundo dia,
adição 345 + 244. João e Taíza foram os primeiros a terminar a atividade e, apesar
recebeu 303 quadrilheiros; e, no terceiro dia, recebeu 207 quadrilheiros.
de terem calculado de maneiras diferentes, ambos chegaram ao mesmo resultado.
Observe: a. Quantos quadrilheiros, no total, foram recebidos na escola?
João Taíza

345 + 244 345 + 244 b. Quantos quadrilheiros a mais havia no primeiro dia em relação ao terceiro dia?

300 + 40 + 5 + 200 + 40 + 4
345 + 200 + 40 +4
c. O que precisamos fazer para descobrir as respostas às perguntas anteriores?
500 + 80 + 5 + 4
545 + 40 + 4
500 + 80 + 9
585 + 4
580 + 9 d. Qual(is) operação(ões) devemos fazer para resolver os itens a e b?
589 589.

Agora, analisando as duas maneiras de calcular, discuta com a turma: João e Taíza re-
solveram a adição corretamente? e. Qual é o total de quadrilheiros nos dois últimos dias?
Por fim, registre no caderno as respostas para as seguintes questões:

⊲ Como Taíza preferiu efetuar seu cálculo? E João?


⊲ Quais são as operações que eles utilizaram? Existem outras formas de resolver esse
f. Elabore uma situação-problema com base no contexto apresentado.
problema?
⊲ Que estratégias foram usadas?

2. Agora é com você! Sabendo que uma caixa contém 298 bilas e a outra contém 126.

a. Quantas bilas essas caixas têm juntas? 2. Toda sexta-feira, Joana e a amiga dela saem para almoçar juntas no Delícias do
b. Qual é a diferença entre a quantidade de bilas dessas caixas? Sertão, restaurante especializado em comidas nordestinas. Joana sempre pede o
Combo Mágico ou o Cubo Combo e também um suco de laranja para acompanhar
a refeição. Naquele dia, entretanto, ela ficou em dúvida se deveria optar ou não por
um novo combo do restaurante — o Combo Supremo, que custa 46 reais e é cons-
tituído de uma tapioca com carne de sol, um pé de moleque, quatro docinhos de
caju e um caldo de cana. O Combo Mágico, por sua vez, custa 27 reais e é composto
de uma tapioca com carne de sol e um pé de moleque; e o Cubo Combo, que custa
29 reais, vem com uma tapioca com carne de sol, um pé de moleque e quatro do-
cinhos de caju. Sabendo que o caldo de cana custa 15 reais e que a porção de dois
docinhos de caju custa 1,50 real, verifique qual é a maneira mais barata de Joana
adquirir todas as suas comidas prediletas: tapioca, pé de moleque, quatro docinhos
de caju e um caldo de cana. Anote os cálculos no caderno.

128 4 o ANO
129 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 130 PÁGINA 131

2. Agora é com você! Efetue a adição 6 854 + 2 123 utilizando a estratégia que você
DISCUTINDO achar melhor.

1. Enquanto fazia sua lição de casa, Luna descobriu três formas diferentes de efetuar
a adição 6 206 + 2 725 + 210. Observe:

6 210 + 2 725 6 206 + (2 725 + 210)

8 935 + 210 = 9 145 6 206 + 2 935 = 9 141

9 145 – 4 = 9 141

(6 000 + 200 + 6) + (2 000 + 700 + 20 + 5)


RETOMANDO
8 000 + (200 + 6) + (700 + 20 + 5) =
Vimos que há diferentes maneiras de calcular uma operação matemática. Observe.
8 900 + (6 + 20 + 5) = 8 931
⊲ João preferiu decompor ambos os números.
⊲ Taíza preferiu decompor apenas um dos números.
8 931 + 210 = 9 141 ⊲ Outra possibilidade é usar o algoritmo da adição ou o da subtração.
⊲ Também podemos utilizar cálculo mental e estimativas próximas para obter a adi-
Há alguma outra maneira de calcular além das registradas por Luna? Se houver, qual é? ção ou a subtração.
⊲ Podemos ilustrar, por meio de outros desenhos, para representar os números e fazer as
operações.
⊲ E, claro, sempre há uma maneira nova esperando para ser descoberta!

RAIO X
Registre abaixo dois procedimentos para efetuar as operações propostas.

345 + 1 230 = 1 575 5 446 – 2 345 = 3 101

130 4 o ANO 131 M AT EM ÁT I CA

130 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 130 20/12/2021 15:28


Habilidades do DCRC
Resolver e elaborar problemas com números naturais envolvendo adição e subtração, utilizando
EF04MA03 estratégias diversas, como cálculo, cálculo mental e algoritmos, além de fazer estimativas
do resultado.
Utilizar as relações entre adição e subtração, bem como entre multiplicação e divisão, para
EF04MA04
ampliar as estratégias de cálculo.
EF04MA05 Utilizar as propriedades das operações para desenvolver estratégias de cálculo.

Sobre o capítulo tabela em ordem decrescente que mostre como fazer


• Contextualizando: analisar as diversas maneiras o arredondamento de 1 a 9, seguindo a estrutura
de efetuar uma adição e uma subtração. deste exemplo:
• Mão na massa: resolver situações-problema,
verificando a diferença de várias perguntas para 9+1 10
o mesmo texto.
8+2 10
• Discutindo: comparar diversas estratégias para
efetuar a mesma operação. 7+3 10
• Retomando: sistematizar vários procedimentos 6+4 10
possíveis para resolução de situações-problema. ... ...
• Raio X: resolver operações por meio de estratégias
pessoais.
Na realização da decomposição dos números,
é importante fazer uma revisão sobre Sistema de
Objetivos de aprendizagem
Numeração Decimal (agrupamento e valor posicio-
• Utilizar as ideias e as propriedades da adição
nal dos algarismos), realizando algumas questões
para ampliar as estratégias de cálculo não
pertinentes ao tema:
convencional.
• Que número é formado por 2 000 + 600 + 20 + 2?
• Fazer uso das ideias da subtração para desenvolver
• Vamos compor esse número?
estratégias não convencionais de cálculo.
Agora, trabalhe com sequências numéricas.
Contexto prévio Deixe que os alunos opinem sobre o conteúdo,
Para este capítulo, é importante que os alu- fazendo-lhes perguntas como:
nos já conheçam as características do Sistema de • O que é preciso fazer para completar essa sequência
Numeração Decimal, saibam compor e decompor numérica?
números e dominem o conceito de adição e de • Quanto você precisa adicionar para chegar ao
subtração com números naturais. próximo resultado, considerando, por exemplo,
que o primeiro número é 5 e o terceiro é 15?
Dificuldades antecipadas • Qual deve ser o número que fica entre 5 e 15?
Caso algum aluno tenha dificuldade na com- Por quê?
preensão do procedimento de arredondamento Em seguida, realize outras mediações semelhan-
dos cálculos, proponha a eles que montem uma tes a essas.

CONTEXTUALIZANDO que acharem melhor: pelo algoritmo, decompondo,


usando as propriedades, por meio de desenhos etc.
Orientações Sugira a algum aluno que vá até a lousa para demons-
Peça aos alunos que pensem nas estratégias usadas trar e explicar como resolveu cada cálculo. Aproveite
por Taíza e João para efetuar as operações. Questione: a oportunidade para fazer perguntas aos alunos e re-
• O que há em comum nas resoluções? lembrar as propriedades da adição, principalmente a
• Existem outras maneiras de calcular? comutativa e a associativa, e a decomposição, ou seja,
Nesse momento, os alunos podem resolver da forma faça-lhes perguntas como:

131 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 131 20/12/2021 15:28


• O resultado de 126 + 298 é diferente do resultado que escolherem. Solicite-lhes que, ao final, com-
de 298 + 126? (comutativa) partilhem com os colegas qual foi o modo que pen-
saram para efetuar a adição. A turma pode optar
Expectativas de resposta ou não pela adoção de algum dos procedimentos
1. Respostas pessoais. compartilhados, mas é importante que todos eles
2. Juntas elas têm 424 e a diferença é 172. sejam analisados coletivamente. Crie um ambiente
acolhedor para que os alunos se sintam confortáveis
para compartilhar suas resoluções.
MÃO NA MASSA
Expectativas de resposta:
Orientações 1. Resposta pessoal.
Verifique se os estudantes conseguem perceber que 2. Estratégia pessoal, resultado 8 977.
devem efetuar operações de adição e de subtração
para resolver os problemas apresentados.
Peça aos alunos que conversem entre si sobre a RETOMANDO
situação proposta. É importante que eles procurem
estratégias para efetuar a adição. Há várias formas Orientações
de pensar. Valorize todas elas e faça inferências É importante que os alunos se sintam à vontade
caso perceba que algum aluno não consiga resolver para escolher os procedimentos que acharem melhor.
a questão. Sugira-lhes que façam um mapa mental sintetizando
as diferentes estratégias de adicionar ou de subtrair,
Expectativas de respostas apresentando exemplos e utilizando cores diferentes
1. para melhor visualização. Você pode providenciar que
a. Adicionar a quantidade de pessoas que compareceram esses mapas sejam expostos no mural da sala de aula.
ao evento nos três dias, que, no total, são 946, e, em
seguida, efetuar a subtração 436 – 207 = 229
c. Adição e subtração. RAIO X
d. 510 visitantes.
e. Resposta pessoal. Por exemplo: “Quantos quadri- Orientações
lheiros havia a menos no segundo dia em relação Incentive os alunos a expor os procedimentos de
ao primeiro dia?”. cálculo utilizados. Esse é o momento de avaliar se todos
2. Valor total do Combo Mágico: 27 reais. os alunos compreenderam e avançaram no conteúdo
Valor total do Cubo Combo: 29 + 15 = 29 reais proposto. Peça a eles que realizem a atividade indivi-
Valor total do Combo Supremo: 46 reais. dualmente. Procure identificar e anotar os comentários
Portanto, podemos concluir que a solução mais dos alunos e reserve um tempo para um debate coletivo,
barata é a do Cubo Combo. registrando as soluções no quadro. Em seguida, realize
uma dinâmica na aula utilizando o quadro. Faça um
quadro na lousa e anote as respostas de cada aluno.
DISCUTINDO Para isso, verifique se eles se sentem confortáveis para
compartilhar o método de resolução que escolheram
Orientações e crie um ambiente acolhedor para isso, valorizando
Discuta com os alunos os procedimentos utiliza- a opinião de todos.
dos por Luna para efetuar as operações. Ela optou Caso deseje aprofundar o assunto, a seguir indica-
pela propriedade associativa da adição (que indica mos algumas leituras importantes que podem facilitar
que tanto faz quais parcelas “juntamos” primeiro) e e auxiliar no processo de ensino-aprendizagem.
pela decomposição. Além disso, utilizou a ideia de • SANTANA, E. R. dos S. Adição e subtração: o suporte
completar quantidades para realizar a subtração didático influencia a aprendizagem do estudante?
(adicionando 210 em vez de 206 e depois subtraindo Ilhéus: Editus, 2012.
4). Em seguida, sugira aos alunos que, em duplas, Por meio da mobilização da Teoria dos Campos
efetuem as operações propostas pelos procedimentos Conceituais e das Estruturas Aditivas construídas

132 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 132 20/12/2021 15:28


por Vergnaud, esse livro entrelaça teoria e prá- • CIRANDA CULTURAL. Adição e subtração. Jandira:
tica para oferecer ao professor subsídios para a Ciranda Cultural, 2020.
prática em sala de aula. Caso deseje fornecer uma leitura para os alunos,
• CURI, E. Matemática para crianças pequenas. São indicamos um livro de práticas de adição e subtração
Paulo: Melhoramentos, 2015. que pode ser muito divertido e estimulante para eles.
Nesse livro, é possível encontrar diversas propostas • MULTIRIO. Problemas de adição e subtração.
de jogos que auxiliam no processo de ensino-apren- 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/
dizagem nas aulas de Matemática. O objetivo do watch?v=QoZOt19FlUM. Acesso em: 19 out. 2021.
livro é desmistificar a Matemática e pôr fim ao mito Uma abordagem lúdica e interdisciplinar que aju-
de disciplina difícil. da os alunos a calcular problemas de adição e de
subtração.

ANOTAÇÕES

133 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 133 20/12/2021 15:28


3. Multiplicando de diferentes maneiras
PÁGINA 132 PÁGINA 133

3. Multiplicando de diferentes maneiras MÃO NA MASSA

1. Dona Cotinha comprou 3 bandejas de ovos na Granja Ovos Mil. Se em cada ban- 1. Seu Paulo é produtor de laranjas. Na semana passada, ele colheu laranjas de sua
deja vem 6 ovos, quantos ovos ela comprou no total? plantação para vender na feira e as organizou em 152 sacolas de papelão.

wundervisuals/E+/Getty Images
a. Se em cada sacola seu Paulo colocou 6 laranjas, quantas laranjas ele colheu
no total?

⊲ Discuta com seu professor e colegas como você chegou à resposta.

Multiplicador: o número que determina quantas vezes a multi-


plicação deve ocorrer.
Multiplicando: o número que é multiplicado.
Produto: o resultado da multiplicação.
O multiplicador e o multiplicando podem ser chamados de fator.
b. Que operações podemos fazer para resolver esse problema?

2. Em uma multiplicação, adicionamos parcelas iguais.


c. Existem outras maneiras de resolver?
a. Escreva no caderno quais são os termos da multiplicação 7 × 2, utilizando como
base o exemplo a seguir.

d. Resolva esse problema utilizando um método diferente do tradicional.

9 (multiplicador) × 8 (multiplicando) = 72 (produto)


ou
9 (fator) × 8 (fator) = 72 (produto)

b. Podemos inverter a posição dos fatores? Em vez de 12 × 4, podemos multiplicar


4 × 12? Se sim, o que acontece?

132 4 o ANO 133 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 134 PÁGINA 135

DISCUTINDO RETOMANDO

Veja como Gabriela e Kauê, alunos da professora Conceição, resolveram o problema Neste capítulo, aprendemos que há várias maneiras de multiplicar algo. Veja o que po-
da página anterior. demos fazer:

– Eu pensei assim: Se são 152 sacolas com 6 laranjas em cada uma, tenho de fazer uma ⊲ somar várias vezes a mesma quantidade;
multiplicação: 152 × 6. Para facilitar o cálculo, fiz assim: (100 + 50 + 2) × 6 = 600 + 300 + ⊲ decompor pela adição;
+ 12 = 912 ⊲ usar o algoritmo convencional;
– Para calcular 152 sacolas com 6 laranjas em cada uma delas, posso fazer assim: Sei
que se fossem 10 laranjas seria 152 × 10 = 1 520. Como são 6 sacolas, basta retirar a Além disso, percebemos que, se invertemos a ordem dos números (multiplicando e o
quantidade de 4 sacolas – (100 + 50 + 2) × 4 = 608 – do total de 10 sacolas. Assim: multiplicador) quando fizermos os cálculos, o resultado (produto) não mudará.
1 522 – 610 = 912
Agora é com você!
Agora, converse com os colegas a respeito das perguntas a seguir. Depois, utilize as
Escolha uma das formas citadas acima e resolva a multiplicação 42 × 14.
linhas abaixo para registrar as conclusões a que chegaram.

⊲ Qual das estratégias apresentadas você achou fácil de entender? Por quê?
⊲ Há alguma maneira mais rápida que a outra? Por quê?
⊲ É importante saber as tabuadas para realizar cálculos como esse?

RAIO X
1. Observe, na seção Retomando, as diversas maneiras de multiplicar um número.
Depois, escolha um método entre os diferentes citados e calcule, no caderno, as
seguintes multiplicações, sem repetir os métodos.

a. 9 × 6

b. 18 × 8

c. 36 × 17

134 4 o ANO 135 M AT EM ÁT I CA

134 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 134 20/12/2021 15:29


Habilidades do DRCR
Resolver e elaborar problemas com números naturais envolvendo adição e subtração, utilizando estratégias
EF04MA03
diversas, como cálculo, cálculo mental e algoritmos, além de fazer estimativas do resultado.
Utilizar as relações entre adição e subtração, bem como entre multiplicação e divisão, para ampliar as estratégias
EF04MA04
de cálculo.
EF04MA05 Utilizar as propriedades das operações para desenvolver estratégias de cálculo.

Sobre o capítulo • Compreender as estratégias não convencionais


• Contextualizando: discutir problemas envolvendo da multiplicação que servem como base para
multiplicação. o aprendizado do algoritmo.
• Mão na massa: elaborar estratégias que permitam
Contexto prévio
a resolução de problemas de multiplicação.
Para este capítulo, é importante que os alunos
• Discutindo: discutir diferentes estratégias
saibam as características do nosso Sistema de
apresentadas.
Numeração Decimal e dominem as tabuadas do
• Retomando: sistematizar e utilizar diferentes
1 ao 10 para a realização dos cálculos.
estratégias de multiplicação.
• Raio X: resolver operações envolvendo estratégias Dificuldades antecipadas
diferentes. Os alunos podem demonstrar alguma inseguran-
ça quanto às características e às regularidades do
Objetivos de aprendizagem Sistema de Numeração Decimal (valor posicional,
• Utilizar as ideias da multiplicação para ampliar composição e decomposição). Caso isso ocorra,
as estratégias de cálculo com números de até trabalhe com o quadro de ordens.
duas ordens no multiplicador.

CONTEXTUALIZANDO que invertam de posição e verifiquem o que acontece


com o resultado, se ele permanece igual.
Orientações
Faça um levantamento prévio da compreensão dos 2.
alunos acerca do problema e das operações que po- a) 7 (multiplicador) × 2 (multiplicando) = 14 (produto)
dem ser utilizadas para resolvê-lo. Peça aos alunos ou 7 (fator) × 2 (fator) = 72 (produto)
que discutam e sugira a um deles que vá até o quadro b) Sim. A ordem não altera a resposta: trata-se da
para mostrar como ele o resolveria. Não se esqueça propriedade comutativa da multiplicação, que indica
de adotar uma postura de interesse, questionando: que a ordem dos fatores não altera o produto.
• Como podemos resolver esse problema?
• Esse problema pode ser resolvido pela adição?
MÃO NA MASSA
• E pela multiplicação?

Expectativa de resposta Orientações


Solicite aos alunos que encontrem formas não con-
1. 18 ovos.
vencionais de resolver o cálculo. Circule pela sala de
Orientações aula para verificar as hipóteses levantadas por eles e
as estratégias de cálculo utilizadas. Certifique-se de que
Converse com os alunos sobre a resolução do pro-
todos entenderam quais são os dados do problema que
blema utilizando o algoritmo convencional. Recorde com indicam a operação que deve ser realizada. Converse
eles os termos: multiplicando, multiplicador e produto, sobre as possíveis maneiras de resolver a situação pro-
destacando que tanto o multiplicando quanto o mul- posta. Peça a eles que expliquem as estratégias utilizadas
tiplicador podem ser chamados de fator. Peça a eles para você ou a algum aluno.

135 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 135 20/12/2021 15:29


Expectativas de resposta RETOMANDO
1.
a) 912 laranjas. Orientações
b) Multiplicação ou adição de parcelas iguais. Discuta com os alunos como podem fazer a multipli-
c) Sim. cação por um número de dois algarismos. Se eles ainda
d) Resposta pessoal. tiverem dificuldade em usar o algoritmo tradicional,
proponha que decomponham o 14 e façam 10 × 42 e
4 × 42. Depois, discuta por que quando multiplicamos
DISCUTINDO
por uma dezena escrevemos 420 e não 42.
Relembre também os termos que usamos na multi-
Orientações
Converse com os alunos sobre as estratégias utili- plicação: fator e produto ou multiplicador, multiplicando
zadas por Gabriela e Kauê e questione: e produto.
• Como Kauê pensou? Expectativas de resposta
• Que estratégia ele usou para resolver o problema? 588; Resposta pessoal.
• Ele usou a tabuada?
• E Gabriela, apoiou-se em alguma tabuada que já
sabia? RAIO X
• Na verdade, quantas multiplicações ela fez?
• Depois, Gabriela só fez a adição ou fez a subtração Orientações
também? Converse com os alunos se há alguma relação entre
• Qual das maneiras apresentadas você achou mais as multiplicações propostas. Questione:
fácil? • Há alguma relação entre os números apresentados?
Pode ser que muitos alunos não compreendam por- • Como a relação entre dois números pode auxiliar
que Gabriela fez 1 522 – 610 e não 1 520 – 608. Solicite no cálculo da multiplicação?
a eles que realizem as duas operações e pensem se • Que estratégia de multiplicação é a sua preferida?
os resultados foram diferentes. Depois, questione-os Você pode fazer outras perguntas que julgar
como Gabriela poderia saber que os resultados seriam
pertinentes.
iguais. É esperado que cheguem à conclusão de que,
Leve alguns alunos a expressar na lousa suas so-
se adicionarmos 2 em ambos os números, a diferença
será a mesma. Por último, discuta por que a menina luções para as multiplicações. É importante que eles
escolheu adicionar 2 e não fazer a operação com os percebam as diferentes maneiras de multiplicar.
números originais. É esperado que cheguem à conclu-
Expectativas de resposta
são de que, da forma como Gabriela fez, a operação
fica mais fácil. a) 54
b) 144
Expectativa de resposta c) 612
Respostas pessoais. Resposta pessoal para os métodos.

ANOTAÇÕES

136 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 136 20/12/2021 15:29


UNIDADE 5

INVESTIGANDO PADRÕES DAS OPERAÇÕES


COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

2; 4; 7.

HABILIDADE DO DCRC

Reconhecer, por meio de investigações, utilizando a calculadora quando necessário, as relações inversas entre as
EF04MA13
operações de adição e de subtração e de multiplicação e de divisão, para aplicá-las na resolução de problemas.

OBJETOS DE CONHECIMENTO

• Relações entre adição e subtração e entre multiplicação e divisão.


• Utilização da calculadora para a compreensão das relações entre a multiplicação e a divisão.
• Utilização da complementação de quantidades na resolução de problemas.

UNIDADE TEMÁTICA

Álgebra.

PARA SABER MAIS

• F ERNANDES, Elisângela. Diferentes caminhos para entender e calcular problemas. Revista Nova Escola, 1o jul. 2011.
Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/2019/diferentes-caminhos-para-entender-e-calcular-problemas>.
Acesso em: 26 jun. 2021.
• PANIZZA, Mabel. Ensinar Matemática na Educação Infantil e séries iniciais: análise e propostas. Porto Alegre:
Artmed, 2006. p. 43-73.
• VAN DE WALLE, John A. O desenvolvimento do valor posicional com números naturais. Matemática no Ensino
Fundamental. Porto Alegre: Artmed, 2009. p. 214-241.

137 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 137 20/12/2021 15:29


1. Adição e subtração juntas?
PÁGINA 136 PÁGINA 137

UNIDADE 5
MÃO NA MASSA

INVESTIGANDO PADRÕES 1. Fernando tem uma coleção de carrinhos. Ele e seus amigos costumam emprestar
carrinhos entre si. Às vezes, Fernando empresta seus carrinhos e, em outras, pega
DAS OPERAÇÕES emprestado alguns.

a. Nesta semana, Fernando começou a brincar com alguns carrinhos. Após pegar
emprestado 6 carrinhos, ele ficou com 18 carrinhos. Descubra a quantidade de
carrinhos que Fernando tinha quando começou a brincar.

1. Adição e subtração juntas?

1. Leia os dois enigmas matemáticos que Rodrigo encontrou. Depois, converse com seus
colegas sobre as seguintes questões.
Ryan McVay/Photodisc/Getty images

b. André, amigo de Fernando, também coleciona carrinhos e emprestou 5 carri-


Enigma 1: Subtraindo 23 de um nhos de sua coleção a Fernando. Depois de emprestar, André ficou com 27 car-
número, obtemos como resultado 74. rinhos. Se não tivesse emprestado, quantos carrinhos André teria?
Qual é esse número?

Enigma 2: Adicionando 32 a um
número, encontramos 87 como
resultado. Que número é esse?

DISCUTINDO
⊲ Você sabe o que é um enigma numérico? Já resolveu algum desse? Se sim,
como ele era?
1. Vamos analisar duas maneiras diferentes de descobrir quantos carrinhos Fernando
⊲ Existe mais de uma maneira de resolver um enigma matemático?
pegou emprestado na primeira situação.
⊲ Como você faria para descobrir os números descritos nos enigmas que Rodrigo
⊲ encontrou? “Nesta semana, Fernando começou a brincar com alguns carrinhos. Após pegar em-
⊲ Quais operações matemáticas você usaria para resolver os enigmas que Rodrigo prestado 6 carrinhos, ele ficou com 18 carrinhos. Descubra a quantidade de carrinhos que
encontrou? Por quê? Fernando tinha quando começou a brincar.”
⊲ O que há em comum nesses enigmas matemáticos?
Resolução 1:
2. Agora, resolva cada enigma matemático encontrado por Rodrigo.

Andrew_Rybalko/iStock / Getty Images Plus/Barra Design


Pegou emprestado
6 carrinhos.

Carrinhos que tinha Após o empréstimo,


quando começou a ficou com
brincar. 18 carrinhos.

137 M AT EM ÁT I CA
136 4 o ANO

PÁGINA 138 PÁGINA 139

Resolução 2:
Se 25 + 43 é igual a 68, então 68 – 43 é igual a 25.
Quantidade de Também podemos dizer que 68 – 25 é igual a 43.
Quantidade de
carrinhos que tinha
18 carrinhos que ficou Repare como também podemos utilizar operações inversas para descobrir com quantos
quando começou a Se depois de pegar emprestado
6 carrinhos Fernando ficou após o empréstimo. carrinhos André ficou:
brincar. –
+ com 18 carrinhos, uma forma
Quantidade de de saber com quantos Quantidade de “André, amigo de Fernando, também coleciona carrinhos e emprestou 5 carrinhos de
6 carrinhos que carrinhos ele começou a 6 carrinhos que
pegou emprestado. pegou emprestado.
sua coleção a Fernando. Depois de emprestar, André ficou com 27 carrinhos. Se não tivesse
brincar é diminuir a quantidade
de carrinhos que pegou emprestado, quantos carrinhos ele teria?”
Quantidade de
Quantidade de emprestado da quantidade de
carrinhos que tinha
18 carrinhos que ficou carrinhos que ele tem agora. 12 Quantidade de
Quantidade de
quando começou a
após o empréstimo. carrinhos de
brincar. carrinhos de André 27
André depois de
antes de emprestar.
– + emprestar.
Após pegar emprestado 6 carrinhos, Fernando passou a ter 18 carrinhos. Quando sub- Quantidade de Utilizando a operação Quantidade de
trairmos dos 18 carrinhos os 6 carrinhos que foram adicionados, vamos obter a quantidade de 5 carrinhos que inversa da subtração: 5 carrinhos que
carrinhos que ele tinha inicialmente. emprestou. emprestou.

Quantidade de
Quantidade de
a. Você descobriu a quantidade de carrinhos que Fernando tinha quando começou a carrinhos de
27 32 carrinhos de André
brincar de uma das maneiras apresentadas? Explique como você fez. André depois de
antes de emprestar.
emprestar.

Portanto, se não tivesse emprestado, André teria 32 carrinhos.

RAIO X
b. Qual das duas resoluções apresentadas anteriormente você entendeu melhor? Por quê?
1. Carla está juntando tampinhas de suco para fazer artesanato. Sabendo que a
quantidade que ela tinha na semana passada mais as 25 tampinhas que juntou
nessa semana é igual a uma centena, quantas tampinhas Carla tinha na semana
passada?

RETOMANDO

Nas situações apresentadas anteriormente, utilizamos as relações inversas entre as


operações de adição e de subtração para resolver problemas.
Dizemos que essas operações são inversas porque uma desfaz o que a outra fez.
Observe o seguinte exemplo:

25 + 43 = 68

68 – 43 = 25

138 4 o ANO
139 M AT EM ÁT I CA

138 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 138 20/12/2021 15:29


Habilidades do DCRC
Reconhecer, por meio de investigações, utilizando a calculadora quando necessário, as relações inversas
EF04MA13 entre as operações de adição e de subtração e de multiplicação e de divisão, para aplicá-las na resolução
de problemas.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: discutir sobre enigmas que Os alunos devem ter como conhecimento prévio
remetem às operações inversas. as ideias de adição e de subtração para que, ao
• Mão na massa: elaborar estratégias para a trabalhar com a relação inversa entre essas duas
resolução de problemas que relacionem adição e operações, eles possam compreender como elas
subtração como operações inversas uma da outra. se relacionam. Neste capítulo, o conceito de ope-
• Discutindo: apresentar resoluções diferentes rações inversas aparece pela primeira vez, com
para os enigmas propostos na seção Mão na as operações de adição e de subtração por meio
massa e discutir sobre elas coletivamente. de situações-problema. A apresentação do tema
• Retomando: sistematizar e estruturar as deverá servir de motivação para que os alunos
aprendizagens sobre as operações inversas compreendam que estão ampliando seus conhe-
propostas no capítulo. cimentos matemáticos acerca das operações básicas
• Raio X: resolver problema relacionado às e mantenham-se engajados para descobrir se há
operações inversas estudadas ao longo do alguma relação inversa envolvendo a multiplicação
capítulo. e a divisão.

Objetivos de aprendizagem Dificuldades antecipadas


• Trabalhar as relações inversas entre adição e Caso os alunos tenham dificuldade em com-
subtração com base em situações-problema. preender ou identificar as operações nas situações
• Compreender que as operações de adição e apresentadas, retome as ideias da adição e de sub-
de subtração são inversas e que envolvem um tração utilizando outros exemplos para ajudá-los
significado. a diferenciar e a resolver as situações propostas.

CONTEXTUALIZANDO Para o segundo enigma, podemos pensar que, se foi


necessário adicionar 32 a um número para obter 87,
Orientações então, ao subtrair 32 de 87, o resultado é o número
Leia os enigmas com a turma, usando as perguntas desconhecido, ou seja, 55. Essa situação permite ex-
propostas para explorar a situação. Após a discussão plorar a relação de operação inversa entre a adição
sobre as perguntas iniciais, reserve um tempo para
e a subtração.
que os alunos decifrem os enigmas. Em seguida, veri-
fique quem chegou a alguma resposta e proponha que
apresentem os números encontrados, incentivando-os Expectativas de respostas
a explicar como chegaram a esses resultados. Observe 1. Respostas pessoais. Espera-se que os alunos
se eles pensaram em utilizar as relações inversas entre consigam pensar juntos em estratégias de reso-
adição e subtração como estratégias de solução, mes- lução para os enigmas apresentados e também
mo que de forma indireta. Uma maneira de resolver o para outros enigmas matemáticos, mesmo sem
primeiro enigma é pensar que, se 23 foi subtraído de resolvê-los efetivamente.
um número que resulte em 74, então, ao adicionar 23 2. No primeiro enigma, o número é 97 e, no se-
a 74, devemos encontrar o número inicial, ou seja, 97. gundo, 55.

139 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 139 20/12/2021 15:29


MÃO NA MASSA Organize as possibilidades de resolução para que
os alunos percebam as diferentes maneiras de resolver
Orientações um mesmo problema. Verifique qual das duas respostas
Leia as questões com os alunos e proponha que apresentadas foi a mais escolhida pela turma e peça
respondam, em duplas. Permita que utilizem diferentes a eles que expliquem o motivo da escolha. Esse mo-
estratégias para a encontrar a solução. Acompanhe o mento permite notar o algoritmo com o qual os alunos
trabalho das duplas, observando os caminhos utilizados se identificaram melhor e a razão dessa preferência,
para a resolução do problema. para que nas próximas atividades com esse tema seja
Faça questionamentos à turma para estimular a possível recorrer a esse modo de explicar, se necessário.
reflexão durante a resolução, enquanto circula pela sala: Amplie as discussões anteriores e promova um grande
• Quais são as formas que vocês utilizaram para painel com as resoluções apresentadas pela turma.
resolver cada questão? Isso pode ser feito no quadro, em sala de aula, ou
• Por que vocês escolheram essa forma de solução? usando recursos digitais para representar os esquemas
• É possível resolver de outra maneira? Se sim, qual? elaborados pelos alunos.
Desafie os alunos a montar um esquema para resol-
Expectativas de respostas ver a segunda situação, apresentada na seção Mão na
1. massa envolvendo Fernando e André, para verificar se
a. 12 carrinhos. aprenderam como utilizar as operações inversas para
b. 32 carrinhos. resolver situações desse tipo.
Os itens dessa atividade podem ser resolvidos
com representações em desenhos ou usando as
operações inversas nos algoritmos. Os alunos RETOMANDO
podem usar a informação de que a operação
inversa da adição é a subtração. Orientações
Apresente essa seção aos alunos para recordar como
usamos operações inversas à situação inicial devido
DISCUTINDO ao significado envolvido e ao que era necessário sa-
ber. Mostre que a interpretação da situação-problema
Orientações é muito importante para definir a melhor operação a
ser usada.
Antes de iniciar essa seção, questione as duplas sobre
Realize questionamentos que levem o aluno a pensar
como resolveram cada uma das questões. Em seguida,
de forma crítica, como:
apresente as maneiras que estão no Livro do Aluno.
• Como podemos verificar se realizamos a operação
Relacione a solução feita por meio de esquema ou de
correta?
desenhos com a solução que utilizou para resolver a
• Como posso utilizar a subtração para verificar se a
operação, para que os alunos compreendam o motivo quantidade de carrinhos está realmente correta?
da escolha de cada operação, qual é o significado das Não esqueça que é importante ler e analisar com
operações envolvidas e a relação com a pergunta feita. atenção cada problema para definir a estratégia de
Destaque que, apesar de a situação inicial ter sido solução mais adequada. Caso faça essa retomada com
modificada por um ganho ou acréscimo, utilizamos a os alunos usando exemplos, lembre-se de trabalhar as
subtração para resolver conforme a pergunta feita. diferentes ideias da adição (juntar e acrescentar) e da
Caso algum aluno tenha resolvido de outra maneira, subtração (retirar, comparar e completar).
permita que ele apresente sua solução e o modo como
pensou. Caso haja alguma solução equivocada, utilize
esse momento para discutir com a turma onde ocorreu RAIO X
o engano. É importante que os alunos compreendam
que o erro faz parte do processo de aprendizagem e Orientações
que devemos escutar as propostas dos colegas para Peça aos alunos que, individualmente, leiam a ati-
comparar os aspectos comuns e diferentes, realizando vidade e respondam à pergunta. Para isso, eles devem
a reflexão das respostas apresentadas e verificando refletir sobre o que foi estudado a respeito das rela-
se estão adequadas ou não. ções inversas entre adição e subtração. Caso surjam

140 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 140 20/12/2021 15:29


dúvidas, faça questionamentos que os levem a pensar Usando a operação inversa, temos:
na situação apresentada, como:
• Como podemos identificar qual operação podemos 100 Quantidade atual

usar para resolver o problema? 25 Nessa semana
• Qual será a operação que vamos utilizar para resolver 75 Na semana passada
essa situação?
Na semana passada, Carla tinha 75 tampinhas de
Expectativas de respostas suco. Também é possível resolver essa situação
utilizando desenhos e outras representações que
Primeiro, precisamos lembrar que uma centena é
usem a ideia da operação inversa.
igual a 100 unidades. Assim, podemos montar o
seguinte esquema:

Na semana passada
+
25 Essa semana
100 Quantidade atual

ANOTAÇÕES

141 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 141 20/12/2021 15:29


2. Multiplicação e divisão: qual a relação?
PÁGINA 140 PÁGINA 141

2. Multiplicação e divisão: qual a relação? MÃO NA MASSA


1. Um dos números da operação a seguir foi encoberto por um símbolo. Observe. Karina e Carolina estão organizando suas roupas e seus acessórios. Para organizar
as meias, por exemplo, elas vão comprar caixas com divisões. Vamos ajudá-las na
8 × ? = 32
arrumação?
a. Como você faria para identificar o número encoberto pelo símbolo?
1. Karina quer colocar 5 pares de meias em cada caixa. Se ela tem 15 pares, quantas
b. O número encoberto é maior que 32?
caixas precisa comprar?
c. Que cálculo você faria para descobrir esse valor? Explique abaixo.

2. Carolina só pode comprar duas caixas. Se ela tem 18 pares de meias, quantos pa-
res deve colocar em cada caixa?
2. Agora, vamos descobrir o número encoberto nos item a seguir.

a. 8 × ? = 32

Para organizar os brincos, Karina e Carolina compraram um porta-joias com divisórias.

3. Karina distribuiu igualmente 18 pares de brincos, organizando 6 pares em cada


b. ? × 5 = 45 divisória. Quantas divisórias tem o porta-joias de Karina?

4. Carolina dividiu seus brincos colocando 3 pares em cada uma das quatro partes
c. ? ÷ 3 = 7 de seu porta-joias. Quantos brincos Carolina tem? Qual das duas amigas tem mais
brincos?

140 4 o ANO 141 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 142 PÁGINA 143

RETOMANDO
DISCUTINDO
Após trabalhar com as situações apresentadas anteriormente, verificou-se que, assim
Para resolver o problema sobre os pares de meia de Karina, podemos pensar de dife- como ocorre com a adição e a subtração, a multiplicação e a divisão exata também são
rentes maneiras. Observe o problema a seguir e as estratégias usadas para resolvê-lo. operações inversas, porque uma desfaz o que a outra fez.
Para descobrir a quantidade de caixas necessárias para distribuir 15 pares de meias
1. Karina quer colocar 5 pares de meias em cada caixa. Se ela tem 15 pares, quantas
colocando 5 pares de meia em cada caixa, dividimos a quantidade total de pares de meias
caixas precisa comprar?
pela quantidade de pares de meias por caixas.
Observe duas estratégias para responder a essa pergunta.

⊲ Quantidade de caixas 5 pares de meia 15 pares de


Primeira estratégia: ?
×
por caixa
=
meias
Pares de meia Total de pares
Quantidade de caixas
por caixa de meia

? × 5 = 15 5 pares de meia
15 pares de meia ÷ = 3 caixas
por caixa

Uma maneira de resolver é:


Assim, são necessárias 3 caixas.
• em uma caixa cabem 5 pares de meia.
• em 2 caixas cabem: 5 pares + 5 pares = 10 pares de meia.
• em 3 caixas cabem: 5 pares + 5 pares + 5 pares = 15 pares de meia.
RAIO X
Ou seja:
Pares de meia Total de pares
Quantidade de caixas 1. Carolina quer distribuir balas para os colegas de turma após a apresentação do
por caixa de meia
seu trabalho na escola. Ao dividir as balas, ela fez 19 pacotinhos para os colegas
3 × 5 = 15 e um para a professora. Sabendo que cada pacote recebeu 3 balas, quantas balas
Carolina precisou comprar?
⊲ Segunda estratégia:
15 5
–15 3
0

Pares de meia Total de pares


Pares de meia
por caixa de meia

15 ÷ 5 = 3 2. A secretária da escola de Fabiana está organizando os cadernos que serão doa-


dos para os alunos, dividindo-os em caixas com 10 unidades cada. Se chegarem
150 cadernos para doação, de quantas caixas a secretária vai precisar?
a. Como vocês pensaram para resolver esse problema? Utilizaram desenhos ou
esquemas? Explique.

b. Como podemos ter certeza de que o resultado está correto?

143 M AT EM ÁT I CA
142 4 o ANO

142 4 o ANO

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Habilidades do DCRC
Reconhecer, por meio de investigações, utilizando a calculadora quando necessário, as relações inversas
EF04MA13 entre as operações de adição e de subtração e de multiplicação e de divisão, para aplicá-las na resolução
de problemas.

Sobre o capítulo e de divisão exata são inversas e envolvem um


• Contextualizando: discutir sobre números ocultos significado.
em operações de multiplicação e divisão.
• Mão na massa: elaborar estratégias para resolver Contexto prévio
problemas usando multiplicação e divisão. Até o momento, nos anos iniciais do Ensino
• Discutindo: apresentar resoluções distintas Fundamental, os alunos estabeleceram relações
mostrando que multiplicação e divisão exata entre adição e subtração, utilizando essa relação
são operações inversas. na resolução de problemas. A ideia é que eles
• Retomando: sistematizar e estruturar a relação possam estabelecer também essa relação entre
inversa entre a multiplicação e a divisão exata. multiplicação e divisão exata.
• Raio X: validar a compreensão da multiplicação
e da divisão exata como operações inversas, por Dificuldades antecipadas
meio de resolução dos problemas propostos. Caso os alunos não tenham compreendido o
que são as operações inversas nos capítulos an-
Objetivo de aprendizagem teriores, é importante retomar a ideia com adições
• Aplicar as relações inversas entre multiplicação e e subtrações simples e mostrar essa relação. Use
divisão exata com base em situações-problema. contextos que proporcionem situações de apren-
• Compreender que as operações de multiplicação dizado para os alunos.

CONTEXTUALIZANDO Alguns alunos podem pensar diretamente na tabuada


para responder aos enigmas.
Orientações
Leia as informações da página com a turma e ques- Expectativas de respostas
tione os alunos: 1. Respostas pessoais. Espera-se que os alunos pen-
• É possível identificar qual é o número que está sem nas possibilidades de resposta com base nas
faltando em cada uma das operações? questões apresentadas na atividade.
Reserve alguns minutos para que os alunos pensem e 2.
tentem resolver a atividade. Depois, pergunte coletivamente a. 4
quais foram as estratégias utilizadas para responder ao b. 9
que se pede. Peça a alguns deles que apresentem seu c. 21
raciocínio para os colegas e discuta-o com a turma. No
primeiro caso, os alunos devem perceber que, se 8 vezes
algum número resulta em 32; então, 32 dividido por 8 MÃO NA MASSA
nos indica qual é esse número. Nesse caso, como 32
dividido por 8 resulta em 4, o número oculto é 4. Seguindo Orientações
a mesma ideia, no segundo caso, um número vezes 5 é Proponha aos alunos que se organizem em duplas
igual a 45. Então, 45 dividido por 5 é igual a esse número. para tentar resolver. Faça perguntas sobre as estra-
Como 45 dividido por 5 é igual a 9, então 9 é o número tégias de resolução utilizadas enquanto circula pela
oculto. No terceiro caso, algum número dividido por 3 é sala de aula.
igual a 7. Então, podemos pensar que, em uma divisão,
foram formados 3 grupos com 7 elementos. Isso significa Expectativas de respostas
que 3 multiplicado por 7 é igual à quantidade dividida. 1. Karina precisa comprar 3 caixas.
Nesse caso, 3 × 7 = 21; portanto, 21 é o número oculto. 2. Carolina deve colocar 9 pares de meia em cada
caixa.

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Orientações RETOMANDO
Incentive os alunos a procurar a resolução para o
problema, valorizando as estratégias e questionando Orientações
as duplas sobre o modo como pensaram para chegar Retome com os alunos, por meio de alguns exemplos
às respostas. trabalhados durante a aula, que foi possível pensar
de diferentes maneiras para solucionar as questões.
Expectativas de respostas Reforce que é importante estar atento às informações
3. O porta-joias de Karina tem 3 divisórias. fornecidas e ao que desejamos saber. Assim, podemos
4. Carolina tem 12 pares de brincos. Karina tem mais elaborar diferentes estratégias de resolução. Pensar
brincos que Carolina. de maneira inversa é uma estratégia interessante em
muitos casos, pois pode ser uma forma mais rápida de
identificar a resposta.
DISCUTINDO

Orientações RAIO X
Antes de iniciar esta etapa, questione as duplas
sobre as estratégias que utilizaram para resolver a Orientações
atividade da seção Mão na massa. Depois, apresente Peça aos alunos que, individualmente, leiam as
as sugestões de resolução referentes ao primeiro pro- atividades e as realizem. Para isso, eles devem refle-
blema. Analise as respostas dadas pelos alunos sobre tir sobre o que foi estudado a respeito das relações
as questões apresentadas. inversas entre multiplicação e divisão exatas.
Questione a turma sobre o uso das estratégias: • Como vocês estão pensando em resolver o problema?
• Podemos usar as mesmas estratégias para descobrir • Como podemos identificar que operação devemos
quantos pares de meia Carolina poderá colocar em usar?
cada caixa? Proponha aos alunos que relembrem o que fizeram
Incentive os alunos a usar as mesmas estratégias ao longo do capítulo. Valide as estratégias diversas e
para resolver esse problema e valide as resoluções faça registros sobre os erros cometidos pelos alunos.
feitas anteriormente. Pela a eles que registrem no ca- A seção Raio X é uma oportunidade para avaliar os
derno as resoluções diferentes das utilizadas por eles. conhecimentos adquiridos por eles ao longo do capítulo.
Destaque que para cada questão é possível pensar
de várias formas e elaborar diferentes estratégias para Expectativas de respostas
encontrar a resposta, por meio de uma multiplicação 1. Primeiro, precisamos pensar que Carolina divi-
ou de uma divisão. Isso é possível devido às relações diu as balas que comprou entre 19 colegas e a
entre multiplicação e divisão exata. Relacione sempre professora. Portanto, as balas foram divididas
a resolução feita por meio de esquema ou de desenhos
entre 20 pessoas.
com a que utilizou na operação, para que os alunos
compreendam o motivo da escolha de cada operação,
Quantidade Balas para
qual é o significado da operação envolvida no problema Pessoas cada pessoa
de balas
e a relação com a pergunta feita. Caso haja alguma
resolução incorreta, utilize esse momento para discutir
com a turma em que parte ocorreu o erro. ? ÷ 20 = 3
• Há mais de uma forma de resolver a atividade?
• É possível resolver utilizando operações diferentes? Aplicando as relações inversas entre multiplicação
Expectativas de respostas e divisão exata, podemos pensar que, inversamente,
1. Respostas pessoais. Carolina fez 20 grupos, ou 20 pacotinhos, sendo
um para cada pessoa, com 3 balas cada um. Então:

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Quantidade Além disso, é possível resolver o problema por meio
Pessoas Balas da multiplicação, aumentando os fatores:
de balas
• 1 caixa → 1 × 10 = 10
20 × 3 = 60 • 2 caixas → 2 × 10 = 20

• 15 caixas → 15 × 10 = 150
2. Uma forma de resolver o problema é pensar que a Além disso, é possível fazer a distribuição dos ca-
secretária terá determinada quantidade de caixas. dernos, de 10 em 10:
Em cada caixa haverá 10 cadernos e o total de
cadernos é 150. Então, temos a seguinte situação: Total de Cadernos Total de
cadernos por caixa cadernos
Quantidade Cadernos Total de
de caixas por caixa cadernos
150 ÷ 10 = ?

? × 10 = 150
Assim, serão formados 15 grupos de 10 cadernos, o
que pode ser identificado com a operação de divisão.

ANOTAÇÕES

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3. Qual operação resolve o problema?
PÁGINA 144 PÁGINA 145

3. Qual operação resolve o problema? MÃO NA MASSA

1. A irmã mais velha de Rodrigo pediu a ele que resolvesse três cálculos. Observe a Agora, vamos realizar uma atividade com base nas regras apresentadas a seguir. Leia
dica que ele recebeu em forma de versos: com atenção e siga o passo a passo.

“Números decompostos 1o ) Organize-se em um grupo de três detetives para uma investigação matemática.
Quando organizados 2o) Seu grupo vai receber duas caixas com números misteriosos. Vocês devem sortear
Facilitam o cálculo um número de cada caixa para montar uma operação de multiplicação. Depois de
Nos deixando bem dispostos!” sorteado, o número não deve ser devolvido à caixa.
3 ) Anotem no quadro a seguir os números sorteados da seguinte maneira: se o número
o

⊲ O que esses versos querem dizer? tiver 1 algarismo, ele deve ser anotado na linha do multiplicador. Se o número tiver
2 ou mais algarismos, ele deve ser anotado na linha do multiplicando. Com o par de
números sorteados, deve-se montar a operação de multiplicação fazendo multipli-
⊲ Em quais operações essa dica se encaixa? cador x multiplicando. Não pode haver operações repetidas no quadro. Caso isso
aconteça, sorteiem outros números.
4 ) Preencha o quadro com as informações que faltam. Nesse momento, você pode
o

⊲ Você já resolveu problemas usando decomposições? utilizar a calculadora para ajudar a resolver essa investigação seguindo o exemplo.

Vamos investigar!

2. Lis, outra irmã de Rodrigo, escreveu em uma folha de caderno as três operações
para que ele as resolvesse. Observe cada operação e discuta com os colegas Multiplicador 3
como podemos ajudar Rodrigo a resolvê-las.

a. 24 × 0 =

b. 4 × 10 = Multiplicando 20

c. 5 × 20 =

Utilize o espaço a seguir para fazer os cálculos. Operação 3 × 20

Produto 60

Multiplicação que
gerou a parte não nula 3×2
do resultado

Quantidade de
algarismos zero no 1
multiplicando

Quantidade de
algarismos zero no 1
produto

144 4 o ANO 145 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 146 PÁGINA 147

DISCUTINDO RAIO X

Depois de fazer a investigação e preencher o quadro, discuta com seus colegas e 1. Descubra os valores que não aparecem nas operações a seguir. Faça os cálculos
responda às questões em seu caderno. mentalmente e, depois, registre como você pensou em seu caderno.

⊲ Existe alguma relação entre a linha “produto” e a linha “quantidade de algaris- a. 55 × = 5 500 d. × 790 = 0
mos zero no multiplicando”? Se sim, qual?
⊲ Compare o quadro do seu grupo com o dos outros grupos. Há alguma semelhan- b. × 20 = 280 e. 7 × 300 =
ça em relação à quantidade de algarismos zero do multiplicando e do produto?
c. × 4 = 4 000
⊲ Você sabe dizer se isso sempre acontece? Explique por que motivo isso acontece.
2. Encontre os números indicados em cada enigma.

a. Quando sou multiplicado pelo número 8 000, o produto é 24 000. Que número
RETOMANDO sou eu?

Ao multiplicar um número por zero, o resultado será zero. Isso ocorre porque estamos
adicionando o zero tantas vezes quanto o multiplicador indicar.
Por exemplo:

⊲ 3×0=0+0+0=0
⊲ 8×0=0+0+0+0+0+0+0+0=0

Ao multiplicar um número por 10, mantemos o número e adicionamos um zero à sua di- b. Sou o produto entre os números 15 e 500. Que número sou eu?
reita; assim como ao multiplicar um número por 100, mantemos o número e adicionamos dois
zeros à sua direita; e assim por diante.
Por exemplo:

⊲ 22 × 10 = 220
⊲ 9 × 100 = 900
⊲ 86 × 1 000 = 86 000
3. Sem efetuar cálculos, explique quantos algarismos iguais a zero há na multiplica-
Verifique as propriedades apresentadas, realizando outras multiplicações por 0, 10, 100,
ção de 40 por 300.
1 000 ou 10 000 no espaço a seguir.

4. Agora é a sua vez! Elabore um enigma, relacionando a quantidade de algarismos


zero em uma multiplicação. Registre-o nas linhas a seguir. Depois, troque com um
colega para que ele resolva o enigma que você criou e você possa fazer o dele.

146 4 o ANO 147 M AT EM ÁT I CA

146 4 o ANO

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Habilidades do DCRC
Reconhecer, por meio de investigações, utilizando a calculadora quando necessário, as relações inversas
EF04MA13 entre as operações de adição e de subtração e de multiplicação e de divisão, para aplicá-las na resolução
de problemas.

Sobre o capítulo dos números.


• Contextualizando: discutir sobre a operação • Folhas impressas com as fichas dos números
de multiplicação, relacionando-a com a adição que serão sorteados (disponíveis para impressão
e a subtração. nos materiais complementares).
• Mão na massa: elaborar estratégias que permitam
o cálculo de multiplicações usando diferentes Contexto prévio
propriedades e regras para multiplicar por Nos capítulos anteriores, os alunos trabalharam
múltiplos de 10. com a relação entre adição e subtração como
• Discutindo: apresentar a resolução da atividade operações inversas, assim como nas operações
da seção Mão na Massa e discutir acerca das de multiplicação e divisão exata. Nesse capítulo,
propriedades da multiplicação. consolida-se o estudo da multiplicação e da divi-
• Retomando: sistematizar as relações entre são envolvendo o algarismo zero. A seção Raio X
multiplicações de números e a quantidade de pode servir como recurso de avaliação do que foi
algarismos zero. estudado no capítulo. Retome a discussão sobre
• Raio X: verificar as habilidades desenvolvidas as propriedades da multiplicação e da divisão.
ao longo do capítulo, referentes às propriedades
da multiplicação e regras de multiplicações por Dificuldades antecipadas
múltiplos de 10. A multiplicação por zero permite o trabalho
com as propriedades associativa e comutativa.
Objetivo de aprendizagem Sistematizando a quantidade de zeros que have-
• Reconhecer relações inversas entre as operações rá no produto da multiplicação de números por 0,
fundamentais dos números naturais para aplicá-las 10, 100, 1 000 etc. Dessa forma, os alunos podem
na resolução de problemas. usar o dispositivo de multiplicação para resolver as
multiplicações apresentadas no capítulo. Incentive o
Materiais uso do cálculo mental para desenvolver os padrões
• Uma calculadora por grupo de três alunos. e a consolidação dos conceitos apresentados no
• Duas caixas por grupo de alunos para o sorteio capítulo.

CONTEXTUALIZANDO empregadas. Questione-os sobre a conclusão a que


chegaram para responder ao item a: o significado
Orientações dessa multiplicação introduz a ideia deste capítulo.
Espera-se que os alunos identifiquem que o verso Caso haja alguma solução equivocada, discuta com
está propondo a Rodrigo que trabalhe a decomposição os alunos onde aconteceu o erro. Questione a turma
dos números no momento de realizar as operações de se alguém utilizou a dica dada no verso da atividade
multiplicação propostas pela irmã dele. Verifique as 1 e, caso ninguém a tenha utilizado, pergunte como
respostas dos alunos e promova a discussão conduzindo seria se utilizassem a decomposição.
a turma com perguntas que permitam refletir sobre as Veja como a decomposição se faz presente nas mul-
decomposições e o Sistema de Numeração Decimal. tiplicações apresentadas para aplicar as dicas de Lis:
Leia a atividade 2 com os alunos e proponha que a) 24 × 0 = 0. Essa multiplicação pode ser interpretada
resolvam as operações em alguns minutos. Durante o como uma adição de 24 zeros, resultando em 0.
desenvolvimento, verifique como eles fazem o cálculo. b) Multiplicando 4 vezes uma dezena, temos 4 de-
Pode ser que alguns utilizem esquemas, desenhos, adição zenas, ou seja: 4 × 10 = 40.
repetida ou a técnica operatória da multiplicação. Em c) Podemos pensar em 20 como 2 dezenas, ou seja,
seguida, realize a discussão coletiva dos resultados, 2 × 10. Assim, podemos multiplicar 5 vezes 10
pedindo a alguns alunos que apresentem as estratégias dezenas duas vezes: 5 × 2 × 10 = 100.

147 M AT E M ÁT I CA

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Expectativas de respostas algarismos zero do multiplicando e do produto em to-
1. Respostas pessoais. dos os quadros porque estamos multiplicando números
2. que têm 0 unidade, 0 dezena ou 0 centena. E, nesses
a) 24 × 0 = 0 b) 4 × 10 = 40 c) 5 × 20 = 100 casos, o resultado também será zero nessas posições.

MÃO NA MASSA RETOMANDO

Orientações Orientações
Sobre as caixas a serem entregues para os grupos, Discuta as propriedades associativa e comutativa da
uma delas (a do multiplicador) deve conter apenas nú- multiplicação e as regras de multiplicação por múltiplos
meros de 1 a 9. A outra caixa (a do multiplicando) deve de 10. com os alunos. Retome a atividade de investi-
conter números que sejam dezenas completas, centenas gação realizada anteriormente para verificar alguns
completas, unidades de milhar completas e o zero. Nesse exemplos. Este é um momento de riqueza na consoli-
momento, cada grupo deve ter uma calculadora. A ideia dação da aprendizagem, pois os alunos devem criar
é exercitar o cálculo mental, mas também permitir que exemplos de multiplicações que utilizem as propriedades
os alunos verifiquem suas respostas. Portanto, oriente-os analisadas. Escolha algumas multiplicações propostas
para que a calculadora seja usada apenas na conferência pelos alunos para resolver no quadro, discutindo os
das multiplicações efetuadas. possíveis resultados com a turma.
Expectativas de respostas
A resposta é pessoal, observe alguns exemplos: RAIO X
Multiplicador 3 200 3 000 50 Orientações
Multiplicando 20 4 7 5 As atividades apresentadas trabalham as proprie-
Operação 3 × 20 4 × 200 7 × 3 000 5 × 50 dades estudadas no capítulo. Na atividade 3, os alunos
Produto 60 800 21 000 250
poderão associar a decomposição de números com a
Multiplicação
quantidade de zeros que haverá no produto. Escolha
que gerou a alguns alunos para ler em voz alta suas justificativas
3×2 4×2 7×3 5×5
parte não nula e, depois, conclua com a aplicação dos dois concei-
do resultado tos envolvidos. Ao final das atividades, proponha aos
Quantidade
de algaris-
alunos que verifiquem se as soluções dos problemas
1 2 3 1 elaborados na atividade 4 estão corretas.
mos zero no
multiplicando
Quantidade de Expectativas de respostas
algarismos zero 1 2 3 1 1.
no produto a) 55 × 100 = 5 500
b) 14 × 20 = 280
c) 1 000 × 4 = 4 000
DISCUTINDO d) 0 × 790 = 0
e) 7 × 300 = 7 × 3 × 100 = 21 × 100 = 2 100
Orientações 2.
Após preencherem o quadro da seção Mão na massa, a) 3 × 8 000 = 24 000. O número procurado é o 3.
espera-se que os alunos percebam que a quantidade de b) 15 × 500 = 7 500. O número procurado é o 7 500.
zeros do produto pode ser igual ou maior à quantidade 3. Como há um zero em 40 e dois zeros em 300,
de zeros do multiplicando. Assim, as duas últimas linhas espera-se que os alunos percebam que o produto
são iguais em quase todos os casos. terá três zeros, pois podemos reescrever 40 × 300
Mesmo com números e operações diferentes, po- como 4 × 3000 ou 4000 × 3.
demos encontrar semelhanças entre a quantidade de 4. Resposta pessoal.

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UNIDADE 6

MEDIDAS DE TEMPO
COMPETÊNCIA GERAL DA BNCC

HABILIDADE DO DCRC
Ler e registrar medidas e intervalos de tempo em horas, minutos e segundos em situações relacionadas ao seu
EF04MA22
cotidiano, como informar os horários de início e término de realização de uma tarefa e sua duração.

OBJETO DE CONHECIMENTO

• Leitura de horas em relógios digitais e analógicos, duração de eventos e relações entre unidades de medida de tempo.

UNIDADE TEMÁTICA

• Grandezas e medidas

PARA SABER MAIS

• D ORNELLAS, V. C. Medida de tempo: que horas são? Portal do Professor, 21 set. 2013. Disponível em: http://portal
doprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=52298. Acesso em: 10 nov. 2021.
• VAN DE WALLE, J. A. Matemática no Ensino Fundamental: formação de professores e aplicações em sala de aula.
Desenvolvendo conceito de medida. Porto Alegre: Artmed, 2009. p. 404-436.

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1. Vamos ler as horas?
PÁGINA 148 PÁGINA 149

UNIDADE 6

MÃO NA MASSA

MEDIDAS DE TEMPO Agora, vamos pensar em uma viagem.

Uma viagem de Fortaleza para Ubajara dura 7 horas. Sabendo que o motorista faz
5 paradas e que cada parada é de 15 minutos, faça o que se pede.

Herbert Pictures/iStock / Getty Images Plus


1. Vamos ler as horas?

Há inúmeras situações do dia a dia que envolvem unidades de medida de tempo, não é
mesmo? Por exemplo: a duração de um filme, de um jogo, de um passeio. Com base nisso, res-
ponda às questões a seguir.

a. O que você acha que é o tempo? É possível medi-lo?

a. Crie uma linha do tempo para representar o percurso da viagem destacando a


b. Quais unidades de medida de tempo você conhece? partida de Fortaleza, as paradas que devem ser feitas pelo motorista e a chega-
da a Ubajara.

c. Descreva alguma situação na qual é possível medir o tempo.


b. Qual é o tempo, em hora e minuto, que o motorista leva para realizar todas as
paradas?

d. Você sabe quantas horas tem um dia? E quantos minutos há em uma hora?
c. Qual é o tempo total da viagem em minutos? E em segundos?

d. Se a viagem teve início às 8 horas da manhã, em que horário o motorista chegou


e. Quantos segundos há em um minuto?
ao seu destino?

148 4 o ANO
149 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 150 PÁGINA 151

DISCUTINDO RETOMANDO
Vamos apresentar agora algumas maneiras de registrar a distribuição das 5 para-
Explique com suas palavras as relações entre a hora e os minutos e, também, entre os
das durante a viagem citada na atividade da seção Mão na massa.
minutos e os segundos. Depois, dê alguns exemplos de cálculos.
⊲ Por desenho:

percurso parada percurso parada percurso parada percurso parada percurso parada percurso
1a 2a 3a 4a 5a

⊲ Por explicação:
O motorista inicia seu percurso e, depois de algum tempo, realiza a primeira parada. Ao
passar 15 minutos, ele volta ao percurso, desloca-se certa distância e realiza a segunda para-
da. Mais uma vez, ao passar 15 minutos, volta ao percurso, desloca-se certa distância e realiza
a terceira parada. Depois de 15 minutos, volta ao percurso, desloca-se certa distância e realiza
a quarta parada. Após 15 minutos, volta ao percurso, desloca-se certa distância e realiza a
quinta e última parada. Por fim, volta ao percurso e finaliza a viagem.
RAIO X
⊲ Por estratégia própria:
início do percurso / 1a parada / 2o percurso / 2a parada / 3o percurso / 3a parada / Leo treina kitesurf na Lagoa da Torta, no estado do Ceará, das 8 às 10 horas da
4 percurso / 4a parada / 5o percurso / 5a parada / final do percurso
o manhã, de segunda-feira a sexta-feira. Quantos minutos ele treina por semana,
considerando que há dois intervalos de 10 minutos por dia?
Agora, responda:
Palê Zuppani/Pulsar

a. Há outra maneira para registrar a distribuição das paradas ao longo do percurso


da viagem?

b. Considere que o tempo total da viagem foi de 7 horas e cada parada foi de Kitesurf na Lagoa da Torta – Camocim, Ceará, Brasil.

15 minutos. Supondo que todos os trechos do percurso são iguais, faça uma
estimativa do tempo gasto no primeiro percurso.

150 4 o ANO
151 M AT EM ÁT I CA

150 4 o ANO

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Habilidade do DCRC
Ler e registrar medidas e intervalos de tempo em horas, minutos e segundos em situações relacionadas ao
EF04MA22
seu cotidiano, como informar os horários de início e término de realização de uma tarefa e sua duração.

Sobre o capítulo segundo) e saber realizar diferentes transformações


• Contextualizando: apresentar uma situação- de uma unidade de medida de tempo para outra.
-problema envolvendo a grandeza tempo.
• Mão na massa: elaborar diferentes estratégias Dificuldades antecipadas
que permitam a resolução de uma situação- Caso o aluno tenha dificuldade em realizar as
-problema envolvendo a conversão de unidades conversões de uma unidade para outra, como a
de medida de tempo. relação entre hora e minuto, apresente a imagem de
um relógio analógico e faça algumas explorações,
• Discutindo: apresentar a resolução de uma
iniciando com questionamentos simples, como:
atividade e discutir as possíveis estratégias
• O que significa os números do relógio (1, 2, 3,
apresentadas pelos alunos.
4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12)?
• Retomando: sistematizar e estruturar as relações
• Por que entre esses números temos tracinhos?
entre medidas de tempo.
• Você sabe o que eles significam?
• Raio X: checar, com base em uma situação- • Qual é a quantidade de tracinhos entre os
problema, a aprendizagem de relações entre números 1 e 2?
unidades de medida de tempo e de duração • E entre os números 3 e 4?
de eventos. • Que hora lemos no relógio?
• Quando o ponteiro grande percorrer 15 minutos,
Objetivos de aprendizagem qual será a posição dele?
• Identificar as unidades de medida de tempo • O que acontece com o ponteiro pequeno quando
(hora, minuto e segundo) e relacioná-las. o ponteiro grande dá uma volta completa?
• Compreender o tempo de duração de eventos. Esses são alguns exemplos, de intervenções que
podem ser feitas. Elabore outras de acordo com as
Contexto prévio características de sua turma. Suas intervenções são
Para este capítulo, os alunos devem conhecer fundamentais para o processo de aprendizagem
as unidades de medida de tempo (hora, minuto e de seus alunos.

CONTEXTUALIZANDO você mediar a discussão direcionando para o foco da


grandeza envolvida, que é o tempo. Após a socializa-
Orientações ção das respostas dos alunos, pode-se apresentar a
Este capítulo introduz uma nova unidade que se definição de tempo:
refere a medidas de tempo. período de momentos, de horas, de dias, de sema-
Esta seção constitui uma avaliação diagnóstica para nas, de meses, de anos etc., no qual os eventos se
verificar o que os alunos sabem sobre cálculos envol- sucedem, dando-se a noção de presente, passado
vendo as conversões entre as diferentes unidades de e futuro. (Disponível em: https://michaelis.uol.com.
medida de tempo e as dúvidas ou curiosidades podem br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/
surgir. Peça a eles que respondam individualmente a tempo/. Acesso em: 28 jun. 2021.)
cada questão para, depois, corrigi-las coletivamente. Analise as respostas dos alunos e perceba o modo
Dessa maneira, você consegue fazer o levantamento como cada aluno interpreta as situações propostas e
dos conhecimentos prévios deles que são importantes como eles utilizam o próprio conhecimento matemático
para o desenvolvimento de toda a unidade. para elaborá-las. É importante incentivar os alunos a
As três primeiras perguntas são mais amplas e podem fazer o registro por escrito para que você perceba se as
surgir diferentes possibilidades de respostas. Cabe a relações entre as unidades de medida estão corretas.

151 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 151 20/12/2021 15:31


Uma prática importante é analisar as respostas de cada b) Como são 5 paradas e cada uma é de 15 minutos,
um dos alunos para avaliar os conceitos que precisam basta efetuar 5 × 15 = 75, ou seja, 75 minutos.
ser mais discutidos. Para isso, considere trechos de Se uma hora tem 60 minutos, o tempo total de
registros que representam propostas ainda pouco in- parada foi de 60 minutos + 15 minutos, ou seja,
corporadas e falta de domínios essenciais. 1 hora e 15 minutos.
c) A viagem durou 7 horas. Como 1 hora equivale
Expectativas de respostas a 60 minutos, vamos primeiro transformar essa
a) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos res- medida em minutos: 7 × 60 minutos = 420 minutos
pondam que o tempo é um período de atividades Como 1 minuto equivale a 60 segundos, temos:
– manhã, tarde, noite, semana, meses, anos e 420 × 60 segundos = 25 200 segundos.
dias – e que pode ser medido. d) 8 horas + 7 horas = 15 horas, ou seja, o motorista
b) Hora, minuto, segundo, dia, semana, mês, ano etc. chegou ao seu destino às 15 horas.
c) Resposta pessoal. Podemos medir o tempo de um
filme, de um almoço, de uma festa, de uma viagem,
de uma música, de uma aula de natação etc. DISCUTINDO
d) 1 dia tem 24 horas e 1 hora tem 60 minutos.
e) 1 minuto tem 60 segundos. Orientações
Agora, você vai continuar e ampliar a discussão e
apresentar estratégias que não apareceram na resolução
MÃO NA MASSA dos alunos. É importante estimulá-los a comunicarem
suas ideias matemáticas oralmente e também a regis-
Orientações trar por escrito (por meio de desenhos, textos, diagra-
Dê alguns minutos para que os alunos pensem e mas, esquemas etc.) de suas ideias. Faça perguntas
registrem individualmente no caderno as respostas dos investigativas para relacionar o tema trabalhado com
itens a e b. Em seguida, reúna-os em grupos de 3 ou 4 a situação para promover a análise por parte da turma:
integrantes e peça que discutam o enunciado, expliquem • Você encontrou dificuldades para resolver esse
o que entenderam e socializem, com os colegas de problema? Se sim, quais foram?
grupo, como resolveram os itens a e b. Depois, peça • Você consegue imaginar essa situação?
a eles que, juntos, resolvam os itens c e d. • Você fez anotações dos dados do problema que o
Durante a realização das atividades, incentive os alunos ajudaram a compreendê-lo?
a questionar um ao outro e a envolver todos na discussão • O que o problema está querendo descobrir?
das estratégias. Nesse momento, circule pela sala de aula • Qual estratégia você usou para resolver esse
fazendo intervenções, quando necessário, para que avan- problema?
cem e não desanimem. Faça perguntas reflexivas para • Observe o desenho. Quais são os cálculos necessários
melhorar a compreensão sobre a situação apresentada, para descobrir o tempo do primeiro percurso?
a fim de promover a análise por parte da turma: • Há outra maneira de resolver esse mesmo problema?
• Você consegue me explicar esse enunciado? Se sim, qual?
• Qual é a relação entre as horas e os minutos? Você pode introduzir variações de modo que os
• O que devemos fazer para transformar as horas em alunos trabalhem em duplas, para que a interação
minutos? Dê um exemplo. seja mais ampla.
• Qual é a relação entre os minutos e os segundos?
Após os grupos finalizarem a atividade, abra para Expectativas de respostas
a correção chamando um voluntário de cada grupo. a) Resposta pessoal.
b) Primeiro, vamos considerar o tempo total de via-
Expectativas de respostas gem (7 horas) e transformá-lo em minutos para
a) facilitar os cálculos: 7 × 60 minutos = 720 minutos.
percurso parada percurso parada percurso parada percurso Agora, vamos retirar o tempo das 5 paradas, que
1a 2a 3a
é igual a 75 minutos, do tempo total de viagem:
parada percurso parada percurso 420 minutos – 75 minutos = 345 minutos.
4a 5a

152 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 152 20/12/2021 15:31


Como temos 6 percursos, basta dividir essa me- RAIO X
dida por 6. Assim: 345 ÷ 6 = 57,5.
Logo, o tempo gasto no primeiro percurso foi de Orientações
aproximadamente 58 minutos. Dê alguns minutos para que os alunos pensem e
registrem individualmente no caderno a resposta. Essa
atividade tem o intuito de conduzir a uma reflexão so-
RETOMANDO bre como foi a aprendizagem do aluno nessa aula.
No momento da correção, dê oportunidade para que
Orientações
Faça a sistematização no coletivo e escreva na lousa os alunos expliquem como resolveram e escutem as
os principais conceitos trabalhados para relembrar com explicações dos colegas. Dessa maneira, aprendem uns
os alunos o objetivo da aula, ou seja, compreender a com os outros. Utilize as respostas que não estiverem
conversão entre diferentes unidades de medidas de corretas para fazer com que toda a sala reflita.
tempo. Deixe claro que a medida do tempo pode ser
feita por meio de diferentes unidades: horas, minutos, Expectativa de resposta
segundos e também dias, semanas, meses, semestres, Tempo total gasto por dia:
bimestres, anos etc. As horas são divididas em uni- das 8 horas às 10 horas são duas horas; logo, são
dades menores, de medida, os minutos. Os minutos 120 minutos.
se dividem em unidades menores, os segundos, que Tempo total de intervalos por dia:
também podem ser divididos em unidades menores
10 minutos de intervalo × 2 = 20 minutos de intervalo
os milésimos de segundos, o mesmo acontece com os
Total de minutos treinados por dia:
anos, meses, semanas e dias, por exemplo.
Explique que toda atividade realizada no dia a dia 120 minutos – 20 minutos = 100 minutos
utiliza uma medida de tempo, como uma refeição, um Total de minutos treinados em uma semana:
jogo, um filme, entre outras. 100 minutos × 5 = 500 minutos por semana.
Expectativas de respostas 500 minutos × 60 segundos = 30 000 segundos
Resposta pessoal. por semana.

ANOTAÇÕES

153 M AT E M ÁT I CA

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2. Horas, minutos e segundos
PÁGINA 152 PÁGINA 153

MÃO NA MASSA
2. Horas, minutos e segundos
A figura geométrica representada abaixo é chamada de hexágono regular por ter 6 Na escola em que Ana estuda, os alunos têm aulas de segunda a sexta-feira durante 4
lados com a mesma medida. Usando uma régua, você poderá dividi-lo em 6 partes iguais. horas por dia. Parte do tempo é destinada a atividades diversificadas:

⊲ 20 minutos são reservados para a refeição;


⊲ 20 minutos são dedicados para práticas esportivas;
⊲ 20 minutos são reservados para atividades de leitura.
⊲ o restante é destinado para os estudos em sala de aula.

Considerando o total de horas que os alunos ficam diariamente na escola, que fração
do tempo é destinada aos estudos de sala de aula?

DISCUTINDO

Vamos apresentar algumas maneiras de registrar a resolução da atividade proposta na


seção Mão na massa.
Ao visualizar a figura dividida, você pode compreender o significado de fracionar.
⊲ Por desenho:
a. Explique, com suas palavras, o que você entende por fracionar.

esportivas

Refeição
Práticas
Estudos de sala de aula Estudos de sala de aula Estudos de sala de aula

Leitura
b. Imagine que o hexágono que você dividiu em partes iguais representa uma hora.
Cada uma das 6 partes do hexágono corresponde a quantos minutos?
3 horas 1 hora
Atividades diversificadas
20 min + 20 min + 20 min = 1 hora

c. Pegue uma folha de papel. Imagine que essa folha representa uma hora de nos-
so tempo. Ao dobrá-la ao meio, qual é a fração que representa cada parte da
folha? E cada parte representa quanto tempo? 1 hora 1 hora 1 hora 1 hora

Estudos de sala de aula Atividades diversificadas


3 1
4 4

4 horas – 1 hora = 3 horas

152 4 o ANO 153 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 154 PÁGINA 155

⊲ Por explicação:
O total de horas por dia na escola é 4 horas. RETOMANDO
O total de horas referente às atividades diversificadas é:
20 minutos + 20 minutos + 20 minutos = 60 minutos = 1 hora
Vamos refletir sobre o que aprendemos neste capítulo.
Subtraindo a quantidade total de horas atividades diversificadas do total de horas na Escreva a relação entre hora e minutos e entre minuto e segundos. Depois, faça a divisão
1
escola, obtemos: de 2 dia, o que corresponde a 12 horas em partes iguais; pinte as partes que correspondem ao
número de horas que você permanece na escola e escreva a fração correspondente.
4 horas – 1 hora = 3 horas

No caso das frações, precisamos dividir o total de horas que os alunos permanecem na
escola em partes iguais. Neste caso, podemos dividir as 4 horas em 4 partes iguais, nas quais
3 partes (3 horas) correspondem estudos em sala de aula. Portanto, a fração correspondente
é 3.
4

Agora, responda: Você teria outra estratégia de resolução para essa atividade? Registre
seu raciocínio a seguir.
RAIO X

A circunferência abaixo representa um relógio analógico. Divida a circunferência ao


meio na vertical e, depois, na horizontal. Após fazer essas divisões, desenhe o ponteiro dos
minutos quando o relógio marca 12:00. Em seguida, desenhe os ponteiros dos minutos quan-
do o relógio marcar 12:15. Pinte a menor região compreendida entre os ponteiros dos minutos
dos dois horários desenhados por você.

Agora, responda: os 15 minutos equivalem a que fração da hora?

154 4 o ANO 155 M AT EM ÁT I CA

154 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 154 20/12/2021 15:31


Habilidade do DCRC
Ler e registrar medidas e intervalos de tempo em horas, minutos e segundos em situações relacionadas ao
EF04MA22
seu cotidiano, como informar os horários de início e término de realização de uma tarefa e sua duração.

Sobre o capítulo representação parte-todo, assim como relacionar


• Contextualizando: discutir sobre como podemos as referidas representações com as unidades de
fracionar o tempo. medida de tempo.
• Mão na massa: elaborar estratégias que permitam
fazer a relação das medidas de tempo com as Dificuldades antecipadas
partes da hora escritas em forma de fração. Caso os alunos tenham dificuldade em com-
• Discutindo: apresentar a resolução de uma preender o sentido de fração como a representação
atividade e discutir possíveis estratégias de partes de algo que foi dividido em partes iguais,
apresentadas pelos alunos. você pode retomar o conceito com uma atividade
• Retomando: sistematizar e estruturar as simples. Entregue para cada aluno um pedaço de
estratégias para fracionar o tempo. barbante de 30 centímetros aproximadamente; na
• Raio X: verificar os saberes atribuídos à sequência, conduza a discussão, solicitando que
representação em frações das medidas de dobrem-no ao meio.
intervalos de tempo. • Você fez uma divisão que resultou em duas partes.
Como podemos chamar cada parte?
Objetivos de aprendizagem Agora dobre ao meio novamente.
• Relacionar frações com as medidas de tempo • Você dividiu pela segunda vez, originando quatro
e calcular frações de intervalos de tempo, partes iguais. Como podemos chamar cada parte?
transformando unidades de medida. Agora, dobre mais uma vez ao meio.
Materiais • Em quantas partes iguais você dividiu o seu
• Folhas de papel A4 (uma para cada aluno). barbante? Como podemos chamar cada uma
das partes?
Contexto prévio Você pode fazer adequações de acordo com
Neste capítulo, os estudantes devem aprender a realidade de sua turma. Mediar as atividades
a representar e a identificar fração a partir da é fundamental para a aprendizagem dos alunos.

CONTEXTUALIZANDO número 60, referente aos 60 minutos que formam


1 hora. Portanto, ao dividir 1 hora em quatro partes,
Orientações cada parte equivale a 15 minutos.
Inicie o diálogo com os alunos e faça com eles a Então, pode-se afirmar que:
divisão do hexágono em 6 partes iguais e a técnica • 15 minutos são 1 da hora;
de apresentação com a folha de papel da atividade. 4
Em seguida, peça que respondam individualmente a
• 30 minutos são 2 da hora, ou 1 da hora;
cada questão para, depois, corrigi-las por meio de uma 4 2
discussão envolvendo toda a turma. Ao dividir o he-
xágono com os alunos, destaque que uma boa opção • 45 minutos são 3 da hora;
4
para encontrar partes iguais é dividi-lo em 6 triângulos.
Explique que o tempo também é divisível e que • 60 minutos são 4 da hora, ou 1 inteiro.
4
vamos utilizar a fração para representar intervalos
de tempo. Você pode ampliar a atividade dobrando Expectativas de respostas
novamente ao meio a folha na direção inversa. Essa a) Espera-se que os alunos respondam que “dividir’’,
nova divisão divide 30 minutos em duas metades de 15 ou seja, fracionar é o mesmo que dividir um todo
minutos. Ao desdobrar, os alunos irão perceber que ela em certa quantidade de partes iguais.
está dividida em 4 partes iguais. Cada uma das quatro b) Espera-se que os alunos respondam que cada
partes corresponde a 15 minutos. Contando as quatro uma das 6 partes do hexágono corresponde a
vezes em que aparecem os 15 minutos, encontra-se o 10 minutos.

155 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 155 20/12/2021 15:31


c) Espera-se que os alunos respondam: “a fração DISCUTINDO
corresponde a 30 minutos” (1 hora = 60 minutos
e 60 minutos ÷ 2 = 30 minutos). Orientações
Agora, amplie a discussão e apresente estratégias
que não apareceram na resolução dos alunos. Estimule-
MÃO NA MASSA os a fazer registros por escrito (por meio de desenhos,
textos, esquemas, mentalmente etc.) de suas ideias
Orientações matemáticas. Incentive-os a resolver o mesmo problema
Organize os alunos em duplas e solicite que discu- de diversas maneiras. Faça perguntas investigativas
tam sobre o enunciado, expliquem o que entenderam e para promover a reflexão:
representem visualmente a situação. Nesse momento, • Você encontrou dificuldades para resolver esse
circule pelos grupos fazendo intervenções, quando ne- problema? Se sim, quais foram?
cessário, para que avancem e não desanimem. Faça • Você fez anotações dos dados do problema que o
perguntas reflexivas para melhorar a compreensão sobre ajudaram a compreendê-lo?
a situação apresentada: • O que o problema pede?
• Quais são os dados principais da pergunta? Finalize explicando que, para resolver a atividade,
• Quais são as atividades diversificadas? é essencial descobrir quantas partes iguais o tempo
• O que devemos fazer para calcular o total de horas total está dividido, sabendo que este será o número que
de atividades diversificadas? deverá ser colocado no denominador. Já o numerador
• Quanto tempo Ana fica na escola por dia?” apresentará a quantidade que queremos descobrir em
Após os grupos finalizarem a atividade, faça a correção cada situação.
coletiva, dando oportunidade para os alunos comparti-
lharem suas respostas.
RETOMANDO
Expectativa de respostas
Primeiro, interprete as informações dadas pelo pro- Dê alguns minutos para que os alunos pensem sobre
blema, identificando o total de tempo destinado a resposta e registrem-na individualmente. Incentive-os
às atividades diversificadas. Então, subtraia essa a representar visualmente as frações, pois isso facilita
medida do total de horas que os alunos frequentam a compreensão da divisão da hora e a escrita da fração
a escola diariamente. correspondente ao intervalo de tempo. Em seguida, faça
Sabendo que 20 minutos são destinados à refei- a sistematização coletiva e escreva na lousa os princi-
ção, 20 minutos a práticas esportivas e 20 minutos pais conceitos trabalhados para relembrar o objetivo da
à leitura, isso totalizará 60 minutos ou 1 hora. Os aula. Explique que as frações são compostas de divisões
alunos frequentam a escola durante 4 horas por dia. em partes iguais e que as medidas do tempo podem
Durante 1 hora, eles realizam atividades fora da sala ser fracionadas em vários denominadores diferentes.
de aula. Assim, sobram 3 horas de estudo em sala. Se dividirmos, por exemplo, a hora em grupos de 10
Considerando cada hora uma parte de um todo, temos minutos, teremos frações com denominador 6, já que
4 partes de período escolar e 3 dessas partes são temos 6 partes de 10 minutos em uma hora.
destinadas ao estudo em sala de aula, ou seja, 3 . Esclareça aos alunos que, neste capítulo, eles apren-
4 deram frações para representar passagens de tempo.
Com isso, eles podem entender as expressões cotidianas
Estudos Estudos Estudos “meia hora” ou “um quarto de hora”.
esportivas

Refeição
Práticas

de sala de sala de sala


Leitura

Expectativa de resposta
de aula de aula de aula
Resposta pessoal.

156 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 156 20/12/2021 15:31


RAIO X Expectativa de respostas
Como dividimos o círculo em quatro partes, os
Orientações 15 minutos equivalem a um quarto ( 1 ) de hora.
Dê alguns minutos para que os alunos pensem so- 4
bre a resposta e registrem-na, individualmente. Essa
atividade tem o intuito de provocar uma reflexão sobre
como foi a aprendizagem dos alunos neste capítulo.
No momento da correção, dê oportunidade para que
eles expliquem como resolveram a atividade. Oriente-
os a escutar as explicações dos colegas, pois, dessa
maneira, eles aprendem uns com os outros.

ANOTAÇÕES

157 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 157 20/12/2021 15:31


ANEXO

158 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 158 20/12/2021 15:31


ANEXO 1

Kanata Wenjausu – A origem da noite

Certa vez, Waninjalosu foi à casa de Sanerakisu e disse:


— Eu vou passar um tempo no campo e quero que você cuide das outras walxusu. A cabaça do dia
você pode destampar e deixar toda aberta, mas a da noite abra só um pouquinho. Tome cuidado para
que a noite não escape.

Havia dois pajés: um, o mais velho, era mais sábio e se chamava Waninjalosu; o outro, o mais novo,
chamado Sanerakisu, era um pouco atrapalhado. O mais sábio era o dono e cuidava das duas cabaças,
walxusu, onde ficavam guardados a noite e o dia. Ele controlava a abertura das cabaças, mas a cabaça da
noite ele controlava mais, para que o dia surgisse mais longo do que a noite.

Ainda hoje ele fica de bico para cima esperando o sol nascer. Só anda e canta à noite, na época da chu-
va. É o pássaro chorão chamado uhsu, que significa “bico para cima”. Ele se parece com casca de árvore,
por isso é muito difícil vê-lo.

Sanerakisu se confundiu e trocou as walxusu de lugar. Na hora de abrir uma delas, pensou: “E agora?
O que eu faço? Preciso continuar a fazer o dia e a noite aparecerem, senão, quando Waninjalosu voltar,
vai ficar bravo comigo”.

Sanerakisu ficou triste e não sabia o que fazer. Então, subiu numa árvore e ficou gritando para ver
se alguém ouvia: – Hu, u, u, u... Foi mudando um pouquinho a voz, virando passarinho, esticando a voz.

Então, destampou totalmente uma das walxusu e… o mundo escureceu! Na mesma hora ele tampou
a cabaça outra vez, mas de nada adiantou: estava tudo escuro, não existia mais dia, era só noite, kanâtisu.

KITHÃULU, Renê. IRAKISU: o menino criador. São Paulo: Peirópolis, 2002. p. 13.

A159 159LÍNGUA
M ATPORTUGUESA
E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 159 20/12/2021 15:31


EFAI_REG_CE_4ANO_1BI_LP_FINAL.indb 160 20/12/2021 15:31
ISBN: 978-65-5965-073-6
Realização

CADERNO DO PROFESSOR
4° ANO ENSINO FUNDAMENTAL 1 0 BIMESTRE

CADERNO DO PROFESSOR - 4º ANO - 1º BIMESTRE

Parceiros da Associação Nova Escola Apoio Parceiros do Estado do Ceará

Importante ter um adulto


acompanhando as crianças

EFAI_CE_4ANO_CAPAS_1BI.indd 5-6 20/12/2021 14:46


ISBN: 978-65-5965-062-0
Realização

CADERNO DO PROFESSOR
4° ANOENSINO FUNDAMENTAL 2 0 BIMESTRE

CADERNO DO PROFESSOR - 4º ANO - 2º BIMESTRE

Parceiros da Associação Nova Escola Apoio Parceiros do Estado do Ceará

EFAI_CE_4ANO_CAPAS_2BI.indd 5-6 20/12/2021 14:49


CADERNO DO PROFESSOR
4° ANO ENSINO FUNDAMENTAL 2 0 BIMESTRE

Parceiros da Associação Nova Escola Apoio Parceiros do Estado do Ceará

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 1 20/12/2021 18:06


GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ Orientador da Célula de Fortalecimento da Produção editorial
Governador Alfabetização e Ensino Fundamental – Anos Finais Ofício do Texto
Camilo Sobreira de Santana Izabelle de Vasconcelos Costa Edição
Vice-Governadora Equipe da Célula de Fortalecimento da Andreia Carvalho Maciel Barbosa, Cecília Beatriz
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho Alfabetização e Ensino Fundamental Alves Teixeira, Denisia Moraes, Fabio Rizzo de
Antônio Elder Monteiro de Sales, Caniggia Aguiar, Marina Candido, Rosana Oliveira, Thais
Secretária da Educação Carneiro Pereira (Gerente Anos Iniciais – 4o e 5o), Albieri e Silvana Fortes
Eliana Nunes Estrela Ednalva Menezes da Rocha, Galça Freire Costa Preparação e revisão
Secretário Executivo de Cooperação com os de Vasconcelos Carneiro, Izabelle de Vasconcelos Andrea Vidal, Juliana Biggi, Kátia Cardoso,
Municípios Costa (Orientadora Anos Finais), Karine Figueredo Lilian Vismari, Lucas Torrisi, Luciene Lima,
Márcio Pereira de Brito Gomes (Orientadora Anos Iniciais), Luiza Helena Lucila Segóvia, Márcio Della Rosa, Mônica d'Almeida
Secretário Executivo de Ensino Médio e da Martins Lima, Maria Fabiana Skeff de Paula Miranda e Sônia Galindo Melo
Educação Profissional (Gerente do Eixo de Literatura), Maria Valdenice de
Sousa, Rafaella Fernandes de Araújo, Raimundo Diagramação
Maria Jucineide da Costa Fernandes Bruna Marchi, Marcio Penna e Regina Marcondes
Elson Mesquita Viana, Rakell Leiry Cunha Brito
Secretária Executiva de Gestão Pedagógica Revisão técnica
(Gerente Anos Iniciais – 1o ao 3o), Sammya Santos
Maria Oderlânia Torquato Leite Alan Mazoni Alves, Anna Carolina da Costa
Araújo, Tábita Viana Cavalcante (Gerente Anos Finais)
Secretário Executivo de Planejamento e Gestão Avelheda Bandeira, Gabriela Duarte,
Revisão técnica
Interna Gisele Amorim, Jezreel Gabriel Lopes, Marcel
Antonia Varele da Silva Gama, Antônio Elder
Stella Cavalcante Fernandes Gugoni, Solange Hassan Fernandes
Monteiro de Sales, Caniggia Carneiro Pereira,
Ednalva Menezes da Rocha, Galça Freire Costa de e Tatiana Ferrari D'Addio
COEPS – Coordenadoria de Educação Vasconcelos Carneiro, Luiza Helena Martins Lima, Leitura crítica
e Promoção Social Maria Angélica Sales da Silva, Maria Valdenice de Mônica de Souza Serafim, Juscileide Braga de
Coordenadora de Educação e Promoção Social Sousa, Raquel Almeida de Carvalho Kokay e Castro, Gustava Bezerril Cavalcante, Luiz Raphael
Francisca Aparecida Prado Pinto Rakell Leiry Cunha Brito. Teixeira da Silva, Francisco Rony Gomes Barroso
Articuladora da Coordenadora de Educação e Capa
Promoção Social UNDIME Carlitos Pinheiros
Antônia Araújo de Sousa Presidente da União Nacional dos Dirigentes Ilustrações
Orientadora da Célula de Integração Família, Municipais de Educação Estúdio Calamares Design Editorial: Mari Heffner,
Escola, Comunidades Luiz Miguel Martins Garcia Carla Viana, Kayna Melloh, Luis Leal, Luiza Dora,
e Rede de Proteção Presidente da União Nacional dos Dirigentes Pedro Nogueira, Pedro Ribeiro, Rafael Vilarino,
Maria Katiane Liberato Furtado Municipais de Educação do Estado do Ceará Suellen Machado
Orientadora da Célula de Apoio e Luiza Aurélia Costa dos Santos Teixeira Iconografia e licenciamento
Desenvolvimento da Educação Infantil Barra Editorial
Aline Matos de Amorim APRECE Colaboração técnica
Equipe da Célula de Apoio e Desenvolvimento da Presidente da Associação dos Municípios Elisa Vilata, Gerviz Fernandes, Juliana Gregorutti,
Educação Infantil e Prefeitos do Estado do Ceará Priscila Pulgrossi Câmara e Thainara de Souza Lima
Daniel Marinho Almeida, Ellen Damares Felipe de Francisco de Castro Menezes Junior
Queiroz, Francisca Aline Teixeira da Silva Barbosa, O conteúdo deste livro é, em sua maioria, uma
Genivaldo Macário de Castro, Iêda Maria Maia Pires, ASSOCIAÇÃO NOVA ESCOLA adaptação do Material Educacional Nacional. Esse
Maria Katiane Liberato Furtado, Mirtes Moreira Direção executiva material foi adaptado dos Planos de Aula publicados
da Costa, Rosiane Ferreira da Costa, Rebouças, Raquel Gehling no site da Nova Escola em 2019, produzidos por
Santana Vilma Rodrigues, Temis Jeanne Filizola mais de 600 educadores do Brasil inteiro que
Gerência pedagógica
Brandão dos Santos e Wandelcy Peres Pinto fizeram parte dos nossos times de autores.
Ana Ligia Scachetti e Tatiana Martin
Os nomes dos autores dos projetos dos Planos de
COPEM – Coordenadoria de Equipe de conteúdo Aula e do Material Educacional Nacional não foram
Cooperação com os Municípios para Alessandra Borges, Amanda Chalegre, Carla incluídos na íntegra aqui por uma questão
Fernanda Nascimento, Dayse Oliveira, Felipe Holler, de espaço.
Desenvolvimento da Aprendizagem
Isabela Sued, Karoline Cussolim, Marília Malheiros
na Idade Certa Munhoz, Marcela Muniz e Pedro Annunciato
Coordenadora de Cooperação com os Municípios Equipe de arte e projeto gráfico
para Desenvolvimento da Aprendizagem na Andréa Ayer, Débora Alberti e Leandro Faustino
Idade Certa
Bruna Alves Leão Equipe de relacionamento
Lohan Ventura, Luciana Campos, Pedro Alcantara Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Articuladora da Coordenadoria de Cooperação e Rodrigo Petrola (BENITEZ Catalogação Ass. Editorial, MS, Brasil)
com os Municípios para Desenvolvimento da
Aprendizagem na Idade Certa Professores-autores Material Educacional Nova Escola : 4o ano : 2o bimestre
Marília Gaspar Alan e Silva Amanda Bazilio Sousa Cavalcante, Ezequiel de : Ensino Fundamental : Caderno do professor : Ceará /
Oliveira Meneses, Francisca Andréia do Nascimento [organização Associação Nova Escola]. – 1.ed. –
Orientador da Célula de Fortalecimento da Silva, Gleice Nascimento, Godofrêdo Sólon, José São Paulo : Associação Nova Escola : Governo do Estado
Gestão Municipal e Planejamento de Rede Edicarlos Araújo, Karine Emanuelle Santos Falcão, do Ceará, 2021.
Ana Paula Silva Vieira Leda Matos, Maria Jocyara Albuquerque Alves ISBN : 978-65-5965-062-0
Orientador da Célula de Cooperação Financeira Carvalho, Maria Lindaiane Ricardo dos Santos,
1. Língua Portuguesa (Ensino Fundamental). 2. Matemática
de Programas e Projetos Maria Neilza Lima Vieira Pinheiro, Maria Zilmar
(Ensino Fundamental). I. Associação Nova Escola.
Francisco Bruno Freire Timbó Teixeira Aragão, Reginaldo de Sousa
Orientador da Célula de Fortalecimento Venâncio 11-2021 /207 CDD 372.19
da Alfabetização e Ensino Fundamental – Especialistas pedagógicas Índice para catálogo sistemático
Anos Iniciais Andréa Padeti, Kátia Chiaradia e Sônia Pereira 1. Ensino integrado : Ensino Fundamental 372.19
Karine Figueredo Gomes Vidigal Bibliotecária : Aline Graziele Benitez CRB-1 / 3129

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APRESENTAÇÃO

Estimados professores,
A Secretaria da Educação do Estado do Ceará – SEDUC, por meio da Secretaria
Executiva de Cooperação com os Municípios, através da Coordenadoria de Coope-
ração com os Municípios para o Desenvolvimento da Aprendizagem na Idade Certa
(COPEM), tem a satisfação de continuamente elaborar ações e políticas que contribu-
am com o aprimoramento do ensino-aprendizagem e com a elevação da qualidade da
educação ofertada no Ensino Fundamental.
Na busca de somar esforços, a Secretaria Executiva de Cooperação com os Mu-
nicípios estabeleceu parceria com a Associação Nova Escola em prol da produção de
materiais cada vez mais adequados ao princípio do apoio ao professor para o melhor
desenvolvimento de nossos estudantes.
Dessa forma, SEDUC, Associação Nova Escola, UNDIME-CE, consultores, técni-
cos e professores cearenses, com muita responsabilidade, empenho e dedicação tra-
balham para oferecer um material que promova o direito de aprendizagem das crian-
ças na idade certa, idealizado à luz do Documento Curricular Referencial do Ceará
(DCRC) e com ênfase na valorização da cultura do Ceará.
Por fim, todos os elementos aqui agregados têm como objetivo precípuo subsi-
diar o trabalho docente e cooperar efetivamente no desenvolvimento de nossos es-
tudantes, com vistas a uma educação que oportunize a todos a mesma qualidade de
ensino, com um aprendizado mais significativo e equânime.
Márcio Pereira de Brito
Secretário Executivo de Cooperação com os Municípios

Cara professora e caro professor cearense,


Este material nas suas mãos é especial. Ele concretiza nosso desejo de apoiar
sua prática e é a maneira que encontramos de estar sempre ao seu lado. Do planeja-
mento individual às reflexões depois de cada aula, você não está só.
Estão com você os mais de 600 professores e especialistas que contribuíram
para a criação das propostas dos projetos dos Planos de Aula Nova Escola, do Mate-
rial Educacional Nacional e do Material Educacional Regional. Os professores-autores
regionais, que são de diversos municípios cearenses, trouxeram suas experiências e
histórias para adaptar as aulas à identidade cultural do estado e ao Documento Curri-
cular Referencial do Ceará (DCRC).
O conteúdo foi feito de professor para professor porque, para nós da Nova Es-
cola, são esses os profissionais que entendem como criar as situações e atividades
ideais de ensino e aprendizagem. Temos em comum o mesmo objetivo: fazer com que
todos os alunos cearenses, sem exceção, aprendam e tenham a mais bonita trajetória
pela frente. Vamos juntos encarar esse desafio diário e encantador.
Equipe Associação Nova Escola

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CONHEÇA SEU MATERIAL
Nas próximas páginas, convidamos você a conhecer a proposta didática e a estrutura deste material, que foi cuida-
dosamente pensado para lhe apoiar em seu planejamento.
Nos textos a seguir, você encontrará aspectos fundamentais sobre a rotina didática do seu estado, bem como uma
breve apresentação da organização proposta em cada um dos componentes curriculares aqui presentes: Língua Portu-
guesa e Matemática. Por fim, você poderá conhecer a estrutura da coleção, de modo a explorar ao máximo o material
com os seus alunos... Vamos lá?

Rotina didática
O estabelecimento de uma rotina contribui para a previsibilidade e para a constância de ações didáticas voltadas
à promoção da aprendizagem e do desenvolvimento dos alunos, em consonância com as competências e habilidades
previstas no planejamento de ensino – “processo de decisão sobre atuação concreta dos professores no cotidiano de
seu trabalho pedagógico, envolvendo as ações e situações, em constante interações entre professor e aluno e entre os
próprios alunos” (DCRC, 2019, p.80).
A construção de uma rotina didática, concebida como prática do desenvolvimento do planejamento, favorece a
autonomia dos alunos. Ao antever os desafios, os estudantes, inseridos como protagonistas, terão a sua ansiedade
minimizada, fato que possibilita o envolvimento e a participação ativa e reflexiva (sugerindo a ampliação de atividades,
uso de materiais, dentre outros) no cumprimento satisfatório das atividades.
É importante que o professor reconheça a importância que a rotina assume, compreendendo o porquê de sua orga-
nização e o que é levado em conta ao se propor uma rotina no cotidiano escolar.
Dessa forma, a rotina didática constitui-se de uma estrutura organizacional que articula vários elementos, no intuito
de potencializar as ações pedagógicas voltadas para o processo de ensino e aprendizagem.
Dentre os elementos que estruturam e apoiam a operacionalização das rotinas, podemos citar:
• Conteúdos e propostas de atividades: os conteúdos são definidos a partir dos objetivos de aprendizagem, ou seja,
o que o professor deseja que os alunos aprendam com foco nas habilidades que se espera consolidar, visando ao
desenvolvimento das competências. Em virtude disso, o professor planeja as atividades, centradas nas modalida-
des organizativas e nas estratégias que serão utilizadas para cumprir os objetivos pedagógicos.
• Seleção e oferta de materiais didáticos: os materiais didáticos são importantes instrumentos de ensino. Quando
falamos de materiais didáticos, estamos considerando livros didáticos para os alunos, material de formação do
professor e outros recursos, como cartazes, jogos, suportes eletrônicos, internet, jornais etc. A escolha desses
recursos deve levar em consideração: os interesses das crianças, a pertinência das estratégias selecionadas e a
importância da mediação, dentre outros.
• Organização do espaço: a organização do espaço deve se adequar em razão da intencionalidade da atividade,
favorecendo o trabalho cooperativo e as interações, bem como os agrupamentos produtivos.
• Uso do tempo: o tempo previsto para iniciar, desenvolver e concluir cada um dos capítulos é de uma a duas aulas.
Contudo, o professor, com base no conhecimento do ritmo e da realidade de sua turma, faz as alterações que
considerar pertinentes.

Língua Portuguesa
A rotina didática de Língua Portuguesa sugerida para as turmas das escolas públicas do estado do Ceará está
estruturada a partir de modalidades organizativas denominadas: Atividades permanentes, Sequência de Ativida-
des e Atividades de Sistematização.

Modalidades organizativas:
As modalidades organizativas, sugeridas como estratégias metodológicas, atendem às demandas do DCRC,
tanto em relação às competências e habilidades como às práticas de linguagem (práticas de oralidade, práticas
de leitura, práticas de análise linguística e semiótica e práticas de escrita).
• Atividades permanentes: propostas de atividades realizadas com regularidades: diariamente, semanalmen-
te ou quinzenalmente. As atividades permanentes estão disponíveis na versão digital do material.
• Sequências de atividades: sequências didáticas de 16 capítulos, constituídas por blocos de três capítulos
sequenciados para uma das práticas de linguagem.
• Atividades de sistematização: constituídas por unidades de três capítulos, visando consolidar um determi-
nado conjunto de habilidades ou uma única habilidade.

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Matemática
A proposta de trabalho com a Matemática está alinhada ao DCRC, considerando a integração das unidades
temáticas da Matemática com outras áreas de conhecimento, apreciando a compreensão e a apreensão do sig-
nificado e de aplicações de objetos matemáticos. Nesse sentido, buscamos propiciar aos alunos uma visão inte-
grada da Matemática a partir do desenvolvimento das relações existentes entre os conceitos e os procedimentos
matemáticos.
A rotina de Matemática sugere a realização dos capítulos e atividades divididos em três etapas: analisar;
comunicar; e (re) formular.
• A etapa 1, analisar, é um momento para a mobilização dos conhecimentos matemáticos, ou seja, dos conhe-
cimentos prévios, com o objetivo de relacioná-los com os que serão construídos.
• A etapa 2, de comunicar, corresponde ao momento de registro da linguagem matemática, sendo um impor-
tante momento para verificar raciocínios e esquemas de pensamento.
• A etapa 3, de (re)formular, se inicia com as discussões e socialização dos registros feitos pelos estudantes.
Neste momento é importante permitir que troquem ideias e acrescentem detalhes importantes a seus pró-
prios registros, reorganizem seu raciocínio e defendam seus pontos de vista.
A rotina de Matemática valoriza e estimula a participação mais ativa dos estudantes.

Este material é composto por quatro volumes,


com uma versão para os alunos e outra para
você, professor. Cada volume corresponde a
um bimestre do ano letivo e inclui unidades
de Língua Portuguesa e Matemática. Na
versão digital do material, você encontra
unidades de Ciências, Geografia e História.
Os componentes curriculares estão
identificados por cores e por uma página
de capa, que mostra quando os respectivos
capítulos começam.

SEÇÕES
Indicam a etapa do capítulo.

ÍCONES
Indicam como as atividades PRATICANDO
devem ser realizadas. É hora de aprender fazendo!
Vamos praticar por meio de
Atividade oral atividades individuais ou
MÃO NA MASSA em grupo?
Atividade em dupla

Atividade em grupo
DISCUTINDO Vamos conversar com a turma
Atividade com anexo somente para Matemática sobre o que praticamos?
Atividade de recorte

Atividade no caderno RETOMANDO Momento de rever e registrar


o que foi visto no capítulo.

RAIO X Que tal relembrar o que você


somente para Matemática aprendeu?

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa 7
Unidade 1 – Notícia.............................................................................................................. 8
1 Reconhecendo textos jornalísticos: a notícia........................................................................................................... 10
2 O que eu conheço sobre notícia?................................................................................................................................14
3 Lendo notícias...................................................................................................................................................................18
4 O que são fake news?....................................................................................................................................................22
5 Analisando notícias: descobrindo as diferentes linguagens.............................................................................. 26
6 Analisando notícias: explorando os recursos de linguagem...............................................................................30
7 Entrevistas que viram notícias .....................................................................................................................................34
8 Analisando meios de comunicação que veiculam notícias e reportagens .....................................................38
9 A construção de um radiojornal..................................................................................................................................42
10 O que são radiojornais?.................................................................................................................................................46
11 Que tal criar um telejornal?.......................................................................................................................................... 50
12 Planejando uma notícia audiovisual...........................................................................................................................54
13 Produzindo notícia audiovisual................................................................................................................................... 58
14 Planejando a escrita de uma notícia..........................................................................................................................62
15 Colocando no papel: escrita de notícia.................................................................................................................... 66
16 Revisando, editando e publicando notícias...............................................................................................................71

Unidade 2 – Pronomes pessoais ..................................................................................... 75


1 Estudo da língua escrita: descobrindo diferentes usos de pronomes .............................................................76
2 Estudo da língua escrita: explorando o uso de pronomes ................................................................................. 80
3 Estudo da língua escrita: revisando o uso de pronomes em textos..................................................................84

Matemática 89
Unidade 1 – Problemas de multiplicação e divisão....................................................... 90
1 Reunir quantidades iguais..............................................................................................................................................91
2 Repartir em partes iguais ............................................................................................................................................. 95
3 Resolvendo problemas................................................................................................................................................. 99
Unidade 2 – Cálculo mental sobre adição e subtração.............................................. 102
1 Somando e subtraindo................................................................................................................................................. 103
2 Relacionando adição e subtração.............................................................................................................................106
3 Resolvendo problemas ................................................................................................................................................110
Unidade 3 – Cálculo mental sobre multiplicação e divisão......................................... 113
1 Multiplicando e dividindo............................................................................................................................................. 114
2 Relacionando multiplicação e divisão....................................................................................................................... 117
3 Resolvendo problemas................................................................................................................................................. 121
Unidade 4 – Sistema Monetário Brasileiro....................................................................124
1 Conhecendo o Sistema Monetário Brasileiro........................................................................................................ 125
2 Caro ou barato?.............................................................................................................................................................. 129
3 Resolvendo problemas................................................................................................................................................ 133
Unidade 5 – Tabelas de dupla entrada e gráficos em barras múltiplas....................136
1 Lendo e interpretando dados..................................................................................................................................... 137
2 Resolvendo problemas................................................................................................................................................. 141
Unidade 6 – Localização e movimentação................................................................... 145
1 Meus caminhos.............................................................................................................................................................. 146
2 Como chego lá?.............................................................................................................................................................150
3 Paralelas ou perpendiculares?................................................................................................................................... 154

Lista de anexos do Caderno do Aluno 158

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LÍNGUA
PORTUGUESA

7 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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UNIDADE 1

NOTÍCIA
COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

2, 4, 5 e 7.

HABILIDADES DO DCRC

Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram
produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.

Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os
interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação
EF15LP05 (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto
e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à
produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.

Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo,
EF15LP06
fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.

Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando
EF15LP07
for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.

Utilizar software, inclusive programas de edição de texto, para editar e publicar os textos produzidos, explorando
EF15LP08
os recursos multissemióticos disponíveis.

Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples para público infantil e cartas de
EF35LP16 reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um desses
gêneros, inclusive em suas versões orais.

EF04LP14 Identificar, em notícias, fatos, participantes, local e momento/tempo da ocorrência do fato noticiado.

EF04LP15 Distinguir fatos de opiniões/sugestões em textos (informativos, jornalísticos, publicitários etc.).

Produzir notícias sobre fatos ocorridos no universo escolar, digitais ou impressas, para o jornal da escola, noticiando
EF04LP16 os fatos e seus atores e comentando decorrências, de acordo com as convenções do gênero notícia e considerando
a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

Produzir jornais radiofônicos ou televisivos e entrevistas veiculadas em rádio, TV e na internet, orientando-se por
EF04LP17
roteiro ou texto e demonstrando conhecimento dos gêneros jornal falado/televisivo e entrevista.

Analisar o padrão entonacional e a expressão facial e corporal de âncoras de jornais radiofônicos ou televisivos
EF04LP18
e de entrevistadores/entrevistados.

8 4 o ANO

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OBJETOS DE CONHECIMENTO

Reconstrução das condições de produção e recepção de textos; estratégia de leitura; compreensão


em leitura; forma de composição do texto / adequação do texto às normas de escrita; planejamento e
produção de texto oral; planejamento de texto / escrita colaborativa; construção do sistema alfabético /
convenções da escrita / estabelecimento de relações anafóricas na referenciação e construção da coesão;
revisão de textos; edição de textos; utilização de tecnologia digital.

INFORMAÇÕES SOBRE O GÊNERO

O gênero notícia pode ser entendido como um texto no qual se divulga um fato ou acontecimento, veicu-
lado principalmente por jornais, revistas e rádios, impressos, eletrônicos ou televisivos. Por ser um gênero
massivo de comunicação, atinge todas as camadas da população, trazendo informações e contribuindo
para a formação de opinião. Esses textos são dinâmicos, atuais e periódicos e, como não é qualquer fato
que vira notícia, devem ser marcados pelo ineditismo, despertar o interesse do leitor. Considerando os
diversos públicos que leem os jornais, cada linha editorial se adequa ao que entende que chamará mais a
atenção de seu público-alvo, determinando assim seu vocabulário, extensão do texto, temáticas e o nível
de parcialidade no tratamento das informações. A notícia é composta de três partes: título, lide e corpo. O
título e o subtítulo (quando houver) devem despertar o interesse no leitor, títulos com maior destaque em
uma publicação são conhecidos também como manchetes; o lide (1o parágrafo do texto) deve apresentar
as informações essenciais do fato: o que, quem, quando, onde, como, por quê; tais informações serão mais
detalhadas no corpo do texto. As fotos e as legendas também são marcas desse gênero e servem como
um resumo da notícia. Os alunos devem saber que, para se escolher a notícia que se vai ler, dentre tantas
em um jornal, é comum se ater ao título e à imagem, por isso essas escolhas são feitas com muito critério
pelos jornais.

PRÁTICAS DE LINGUAGEM

Leitura/escuta (compartilhada e autônoma); Análise linguística/semiótica (ortografização); Produção de textos (escrita


compartilhada e autônoma).

PARA SABER MAIS

• A
 RAUJO, Djario Dias. Extra! Extra! Notícias na sala de aula! In: MENDONÇA, Márcia (org.). Diversidade textual: pro-
postas para a sala de aula. Formação continuada de professores. Recife: MEC/CEEL, 2008. p. 197-206. Disponível
em: http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/35.pdf. Acesso em: 7 set. 2021.
• BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Outras mídias e linguagens na escola. In: FREIRE, Maria Angélica de Carvalho; MENDONÇA,
Rosa Helena (org.). Práticas de leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006. p. 174-180. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/grades/salto_ple.pdf. Acesso em: 7 set. 2021.
• DOLZ, J.; GAGNON, R. DECÂNDIO, F. Produção escrita e dificuldades de aprendizagem. Campinas, SP: Mercado de
Letras, 2010.
• MACIE, Débora Amorim. Coisas de entrevista: falo eu, fala você. In: MENDONÇA, Márcia (org.). Diversidade textual:
propostas para a sala de aula. Formação continuada de professores. Recife: MEC/CEEL, 2008. p. 179-196. Disponível
em: http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/35.pdf. Acesso em: 7 set. 2021.
• PREFEITURA DE SÃO PAULO. Recuperação Língua Portuguesa – Aprender os padrões da linguagem escrita de modo
reflexivo: unidade IV – Você sabia? – Livro do professor. São Paulo: SME/ DOT, 2011. 56p. Disponível em: http://
portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/16469.pdf. Acesso em: 7 set. 2021.

9 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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1. Reconhecendo textos jornalísticos: a notícia
PÁGINA 10 PÁGINA 11

UNIDADE 1
PRATICANDO

NOTÍCIA 1. Leia a seguir um trecho de notícia que trata do espetáculo infantil "Hora do re-
creio". Depois, responda às questões.

Menino cria um mundo sem limites em sua cadeira de rodas


28 de maio de 2021.

©Jeferson Medrado
1. Reconhecendo textos jornalísticos: a notícia

Você já deve ter ouvido falar que as notícias circulam em diferentes meios de comu-
nicação, como, por exemplo, nos jornais, nas rádios, na TV, em revistas, nas redes sociais.
Elas costumam apresentar informações sobre o que acontece em nossa volta, onde mora-
mos, em nossa cidade, em nosso estado, em nosso país e no mundo.
LueratSatichob/DigitalVision Vectors/Getty Images

Imagine ter que passar todos os intervalos dentro da sala de aula, sem poder ir para o pátio com os ami-
gos —sim, muitas escolas nem estão abrindo atualmente por causa da pandemia, mas tente pensar como
era aquela época antes de tudo mudar. Seria chato? Como será que é ficar sozinho e sem brincadeiras?
Pois a vida de Guilherme, um menino de dez anos, é exatamente assim. Porque sua escola não tem ram-
pas de acesso por onde sua cadeira de rodas possa circular livremente, Guilherme não pode descer quando
bate o sinal.
Guilherme é o personagem principal de “Hora do Recreio”, uma peça online gratuita que tem apresenta-
1. Responda às questões a seguir, com base em seus conhecimentos prévios sobre o ções neste sábado (29) e domingo (30). [...]
gênero notícia. FRANCO, Marcella. Menino cria um mundo sem limites em sua cadeira de rodas. Folha de S. Paulo, 28 maio 2021. Disponível em:
⊲ Como as notícias podem ser compartilhadas? https://www1.folha.uol.com.br/folhinha/2021/05/menino-cria-um-mundo-sem-limites-em-sua-cadeira-de-rodas.shtml. Acesso em: 11 ago. 2021.

⊲ Na sua opinião, o fato relatado é importante para os leitores do jornal? Por quê?
⊲ Identifique a data de publicação do texto. Qual é a importância dessa informação?

⊲ Como você acha que as notícias são produzidas? Justifique sua resposta. 2. Leia a seguir uma outra notícia. Depois, responda às questões.

Por que usar canudos de plástico faz mal ao meio ambiente?


Descubra o impacto deste item para o mundo e conheça opções sustentáveis para substituí-lo
Letícia Yazbek Publicado sexta 23 outubro, 2020

Por serem tão pequenos, os canudinhos de plástico podem parecer inofensivos. No en-
tanto, justamente pelo tamanho, eles costumam não ser aceitos nos centros de reciclagem,
⊲ De que maneira elas podem influenciar nosso modo de pensar e de tomar sendo retidos durante o processo de triagem.
decisões?

10 4 o ANO
11 L Í N G UA P O RT U G U ESA

PÁGINA 12 PÁGINA 13
EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LA.indb 11 17/12/2021 04:13

Feito a partir dos plásticos polipropileno e poliestireno, os canudos representam 4% de todo o lixo plásti-
co do mundo. O material não é biodegradável, e demora cerca de 450 anos para se decompor e desaparecer
no ambiente. Pense em todos os canudinhos que você já usou na sua vida – todos eles ainda estão na na- RETOMANDO
tureza! Se nós empilhássemos os canudos utilizados pelos brasileiros em um ano, formando um muro de
2,10 metros de altura, seria possível dar uma volta completa na Terra.
1. Com base na imagem a seguir, crie um texto para uma notícia. Escreva um título,
Oceanos em perigo um subtítulo e o lide (parágrafo com os principais tópicos da notícia: Com quem?
O quê? Onde? Quando? Como? Por quê?). Imagine que a garota que aparece na
Descartado indevidamente nas praias, os canudos de plástico acabam formando o microplástico, varia-
ção muito prejudicial do plástico. Ela está presente nos alimentos, no sal e na água que consumimos, e pode
imagem venceu um campeonato de xadrez na escola onde você estuda. Escolha
causar doenças e infecções. Mesmo quando é descartado corretamente, os canudos podem ser levados pela as informações que você considera importantes para o público da escola.
ação dos ventos e acabar em mares e rios, impactando a fauna aquática.
Os animais marinhos não conseguem distinguir o objeto de alimentos, e acabam ingerindo o canudo. O
Crédito da imagem

material pode causar hemorragia, comprometer o funcionamento dos órgãos e causar a morte dos animais.
Segundo os especialistas, 90% das espécies marinhas já ingeriram produtos plásticos em algum momento.
Além disso, a produção do canudo é feita a partir do petróleo, uma fonte de energia esgotável e não reno-
vável. A queima de canudos, alternativa utilizada para deteriorar o material, também produz gases nocivos
à saúde e ao meio ambiente.

Busque opções!
Atualmente, diversas redes de restaurantes e lanchonetes já oferecem canudos feitos de outros mate-
riais e não contam mais com a versão de plástico. O canudo de papel, por exemplo, também é descartável,
mas se decompõem mais facilmente do que o de plástico.
Também é possível adquirir sua versão reutilizável e levá-la sempre com você. Há opções de canudos fei-
tos de metal, vidro e bambu, por exemplo. Eles são laváveis e duram bastante tempo, substituindo centenas
de canudos de plástico!
YASBEK, Letícia. Por que usar canudos de plástico faz mal ao meio ambiente? Recreio Uol. 23 out. 2020. Disponível em:
https://recreio.uol.com.br/natureza/por-que-o-uso-de-canudos-de-plastico-prejudica-o-ambiente.phtml.
Acesso em: 2 out. 2021.

a. Qual é a finalidade, em geral, das notícias? E dessa que você leu?

b. Explique a importância de publicar um texto como esse em uma plataforma on-line


de jornal.

c. Você concorda com as soluções que vêm sendo adotadas por algumas instituições
para evitar o descarte indevido de canudos plásticos? Justifique sua resposta.

d. Identifique a fonte da notícia. Quem é o autor(a)? Quando a notícia foi publicada?

e. Copie trechos da notícia que apresentam dados numéricos. Depois, explique a im-
portância desses dados para a confiabilidade da notícia.

12 4 o ANO
13 L Í N G UA P O RT U G U ESA

10 4 o ANO

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Habilidades do DCRC
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que
foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da
forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
EF15LP02 produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.

Práticas de linguagem Materiais


Leitura/escuta (compartilhada e autônoma). • Notícias selecionadas de diferentes fontes digitais
ou impressas (opcional).
Sobre o capítulo
• Contextualizando: levantar hipótese sobre a Contexto prévio
função social do gênero notícia. Para este primeiro capítulo, os alunos devem
• Praticando: ler e analisar uma notícia veiculada apresentar conhecimentos prévios sobre como en-
pelos meios de comunicação digital. contrar informações de fatos noticiados ocorridos
• Retomando: produzir uma pequena notícia, no Brasil e no mundo.
demonstrando o que já se sabe sobre o gênero.
Dificuldades antecipadas
Objetivos de aprendizagem Alguns alunos do 4o ano ainda estão adquirindo
Identificar a função social de noticiar aconteci- fluência na leitura. Para aumentar a possibilidade de
mentos/fatos da sociedade, pelos meios de comu- compreensão sobre a notícia apresentada, sugere-
nicação impresso e digital. -se que essa leitura seja compartilhada. Para isso,
leia a notícia e peça aos alunos que acompanhem
o texto apresentado.

CONTEXTUALIZANDO da população, trazendo informações e contribuindo para


a formação de opinião. Esses textos são dinâmicos, atuais
Orientações e periódicos, e, como não é qualquer fato que vira notícia,
Inicie uma roda de conversa. Solicite aos alunos ele geralmente deve ser marcado pelo ineditismo, para
que justifiquem suas respostas estimulando a criação assim gerar interesse e a identificação no leitor. Tendo em
de hipóteses para as questões levantadas. vista que há diversos públicos que consomem notícias,
Converse com a turma sobre a importância de man- cada linha editorial se adapta ao que entende que cha-
ter-se informado. Uma pessoa bem-informada pode mará mais a atenção de seu público-alvo, determinando
tomar melhores decisões. Atualmente, é possível ter assim o vocabulário, a extensão do texto, as temáticas e
acesso a diversas informações com facilidade graças
o enviesamento no tratamento das informações.
ao alcance e à acessibilidade dos meios tecnológicos.
Porém, é preciso reforçar sempre a necessidade de
Expectativas de respostas
buscar fontes confiáveis para obter essas informações
de qualidade. Pergunte: Como a sociedade se organiza 1. Espera-se que os alunos registrem que as notícias
para partilhar informações? Junto com os alunos, liste informam as pessoas sobre os acontecimentos
os principais meios atuais de transmissão de informa- ocorridos em qualquer lugar do mundo, perto,
ções (internet, jornais, revistas, televisão, rádio etc.). longe ou onde elas vivem. Além disso, citam
Explique que o gênero notícia pode ser entendido como os nomes dos principais envolvidos, a data dos
um texto no qual se divulga um fato ou acontecimento, acontecimentos e o fato que aconteceu, além de
veiculado principalmente por jornais, revistas e rádios, serem veiculadas através de jornais impressos e
impressos, eletrônicos ou televisivos. Por ser um gênero on-line, revistas, sites, canais de televisão ou de
massivo de comunicação, ele atinge todas as camadas rádio, por exemplo.

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Pode ser que somente lendo as primeiras linhas
PRATICANDO das notícias já seja possível fazer essa relação, porém
incentive-os a ler as notícias por completo para que
tenham mais informações sobre o assunto.
Orientações
Após as leituras, chame atenção para os diferentes
Leia a notícia em voz alta para os alunos. Depois,
e semelhantes aspectos de cada notícia. Reforce que
faça a mediação em uma roda de conversa trazendo
é comum, nesse gênero textual, serem apresentadas
observações e descobertas sobre o texto lido.
informações essenciais logo no primeiro parágrafo e
Explique que a notícia é composta de três partes: título,
que mais detalhes sobre o objeto da notícia aparecem
lide e corpo. O título e o subtítulo (quando houver) devem
ao longo do texto. Faça com que observem como o
despertar o interesse no leitor. O lide (1o parágrafo do
texto está totalmente relacionado com o título e com
texto) geralmente apresenta as informações essenciais
a imagem, que estão destacados no corpo do texto
do fato: o que, quem, quando, onde, como, por quê;
para chamar a atenção do leitor.
tais informações serão mais detalhadas no corpo do
Explique também que as notícias apresentam acon-
texto. As fotos e as legendas também são marcas desse
tecimentos reais, porém que alguns textos podem ser
gênero e têm a função de ilustrar aspectos relevantes,
atemporais, diferentes da maioria desse tipo de gênero
além de auxiliar na compreensão do texto, chamando a
textual.
atenção do leitor e podendo trazer alguma informação
complementar. Os alunos devem saber que, para se Expectativas de respostas
escolher a notícia que se vai ler, dentre tantas em um 1.
jornal, é comum se ater ao título e aos textos visuais • Espera-se que os alunos respondam que a notícia
que acompanham a notícia, por isso essas escolhas chama a atenção para a importância de um
são feitas com muito critério pelos jornais. espetáculo on-line que trata da acessibilidade
É importante fazê-los refletir que o texto lido trouxe no mundo contemporâneo e, em especial, em
uma notícia, narrou um acontecimento da vida real. espaços escolares.
• Por que esse texto foi escrito? • Identifique com os alunos a data destacada na
Para contar um acontecimento. Continue estimulando reprodução da notícia; destaque que os fatos
os conhecimentos prévios dos alunos: veiculados podem ser atualizados a qualquer
• Textos que relatam um acontecimento possuem um momento, e, dessa forma, muitos veículos de
nome específico? informação mencionam, além da data, a hora
• Como são chamados? Alguém sabe? da publicação.
São as notícias. Caso os alunos não saibam, não 2.
responda por eles; explique que a pergunta será re- a. Espera-se que os alunos observem que as notícias
tomada no final da aula. relatam fatos de relevância para a população e,
• Por quem foi escrito? nesse caso, em especial, chamam a atenção dos
Por um jornalista. Pode ser que os alunos respon- leitores para o impacto negativo que um canudo
dam que foi escrito por um jornal. Pergunte quem são plástico causa no meio ambiente.
as pessoas que trabalham em uma redação de jornal: b. Espera-se que os alunos respondam que as no-
pode ser que digam jornalistas, repórteres, fotógrafos,
tícias veiculadas em jornais on-line podem ser
editor, revisor etc.
atualizadas a qualquer momento. Ao contrário
• Como essa história chegou até nós?
do que ocorre com as fake news, notícias falsas
Por meio de um jornal.
que, sem apresentar fonte de dados confiáveis,
• Para quem esse texto foi escrito?
circulam em redes sociais com o intuito de in-
É possível que nomeiem os diferentes públicos que
fluenciar a opinião dos leitores.
podem ter acesso a um jornal (idosos, adultos, crianças).
c. Respostas pessoais.
Organize a turma em duplas e oriente-os para que
d. Fonte: site Recreio Uol; Leticia Yazbek; publicada
leiam os dois títulos apresentados neste capítulo. Em
em 23 de maio de 2020.
seguida, peça que leiam as notícias e identifiquem os
e. Os dados numéricos denotam confiabilidade à
principais tópicos da notícia: Com quem? O quê? Onde?
notícia, visto que são obtidos por meio de pes-
Por quê? Quando?
quisas e estudos.

12 4 o ANO

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Pode
RETOMANDO Descritores Ótimo Bom
melhorar
O título está relacionado
Orientações com o que vai ser noticiado?
Os alunos serão desafiados a escrever um texto As informações necessárias
do gênero notícia. O intuito é realizar uma avaliação para compreensão da notí-
diagnóstica sobre as características mais elementares cia foram apresentadas?
que eles conhecem sobre o gênero. Utilize os descri- Possui imagem e legenda
tores no quadro a seguir para nortear a avaliação da complementando o texto?
produção inicial dos alunos e fornecer subsídios para o Foi empregado
processo de avaliação formativa. No final desta unida- vocabulário apropriado?
de, uma nova produção será solicitada para que possa Os fatos foram noticiados
analisar os avanços conquistados durante a sequência sem expressar opinião pró-
da atividade. pria do autor do texto?
Peça que eles realizem individualmente suas pro- A estrutura do gênero
duções, sanando possíveis dúvidas que possam ter em textual notícia foi respeitada?
relação à estrutura e às características mais essenciais
desse gênero textual. Expectativas de respostas
1. Retome com os alunos os aspectos principais que
compõem uma notícia: o título, o subtítulo e o
lide – ou seja, o parágrafo com os principais tó-
picos “o quê?”, “com quem?”, “onde?”, “quando?”
e “como?” de um fato. O efeito de objetividade
necessário na linguagem empregada no texto.

ANOTAÇÕES

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2. O que eu conheço sobre notícia?
PÁGINA 14 PÁGINA 15

PRATICANDO
2. O que eu conheço sobre notícia?
1. Leia o trecho de uma notícia publicada no site do G1.
Leia, a seguir, algumas características a respeito do que faz um repórter. Depois, siga as
instruções para realizar as atividades. Menino de 13 anos passa em primeiro lugar no vestibular de administração em
universidade do Ceará
1. Discuta as questões com um colega. Caio Temponi também passou em primeiro lugar no exame da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar) e
⊲ O que faz um repórter? foi medalhista de ouro na Olimpíada de Mayo em matemática.
⊲ O que são notícias? Por G1 CE
⊲ Em sua opinião, o repórter encara muitos desafios ao escrever uma notícia? Por quê? 28/08/2021 06h00
Aos 13 anos, Caio Temponi conseguiu ser aprovado em primeiro lugar em administração no vestibular
2. Leia as frases abaixo. Pinte de verde aquelas que poderiam ser usadas como título
2021.1 da Universidade Estadual do Ceará (Uece). É mais um feito na “carreira” do estudante, medalhista de
de uma notícia, considerando as características do gênero textual. ouro em olimpíada de matemática e dono de um canal no YouTube em que ajuda outros alunos nos estudos.
O garoto não se matriculou na Uece, pois quer cursar direito e ser juiz.
De acordo com a mãe, Laurismara Temponi, em 2020, o filho, que cursa o 1º ano, também passou em pri-
Ceará vence Cearense Feminino 2021 [...] meiro lugar no exame da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), em Barbacena (MG), acertando todas
Ceará vence Cearense Feminino 2021; assista aos gols. Globoplay. 6 dez. 2021. Disponível em: as questões. Caio foi o mais novo a passar no concurso da Epcar.
<https://globoplay.globo.com/v/10103468/>. Acesso em: 8 dez. 2021. O segredo, segundo a mãe, é a combinação de disciplina e estudos. “Disciplina e estudos. Ele vai ao colé-
gio à tarde e retorna à noite. Pela manhã ele vê aulas de olímpiadas de física e matemática. Essas aulas das
Menino de 13 anos passa em primeiro lugar no vestibular [...] olimpíadas não acontecem todos os dias. Fora isso ainda estuda inglês on-line. Tudo com disciplina e dedi-
MENINO DE 13 anos passa em primeiro lugar no vestibular de administração em universidade do Ceará. cação. E ainda dá tempo de brincar”, explica.
G1 CE, 28 ago. 2021. Neste ano, Caio também conquistou a medalha de ouro na Olimpíada de Mayo Nível 1 (até 13 anos),
Disponível em: <https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/08/28/menino-de-13-anos-passa-em- competição anual de matemática entre alunos do ensino fundamental e ensino médio. O estudante foi
primeirolugar-no-vestibularde-administracao-em-universidade-do-ceara.ghtml>. Acesso em: 27 nov. 2021. o único brasileiro a levar a medalha dourada desta edição, que contou com a participação de 12 países
da América Latina. "Caio não foi apenas o único brasileiro com a medalha de ouro como também tirou a
Contos de Perrault - Ruth Rocha maior nota do exame. Foram 44 pontos, enquanto os segundos colocados chegaram a 34 pontos", destaca
Contos de Perrault. Ruth Rocha. Disponível em: <http://www.ruthrocha.com.br/livro/contos-de- a mãe, com orgulho.
perrault>. Acesso em: 8 dez. 2021. Duas dicas de estudos do Caio:
• Qualidade não é quantidade. Estude de modo que você consiga produzir direito; que você consiga
Motorista perde controle da direção e caminhão carregado de madeira estudar o suficiente, fazer as horas trabalharem a seu favor;
atinge casa em Baturité • Deixe o celular, de preferência, em outro cômodo para não se desconcentrar e focar mais.
Motorista perde controle da direção e caminhão carregado de madeira atinge casa em Baturité. Diário Para participar do vestibular da Uece para administração, Laurismara Temponi, explica que o filho pulou
do Nordeste. 8 dez. 2021. Disponível em: <https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/regiao/motorista- três séries. “Para ele participar, ele pulou três séries. Passou por uma entrevista com uma psicóloga. Depois
perde-controle-e-caminhao-transportando-madeira-atinge-casa-em-baturite-1.3168788>. Acesso em: um teste de QI (Quociente de Inteligência) e uma prova de nível de série”.
8 dez. 2021.
‘Quero ser juiz federal’
Apesar de ter passado para administração, o garoto pretende fazer o curso de direito.
Policial doa comida a homem em situação de rua em Juazeiro do Norte,
“Eu quero ser juiz federal. Eu não decidi ainda o estado em que vou fazer a prova. Talvez na Universidade
no Ceará [...] de São Paulo (USP) ou por aqui mesmo em Fortaleza. Mas, o que eu quero mesmo é fazer direito”, diz.
Policial doa comida a homem em situação de rua em Juazeiro do Norte, no Ceará: 'O que me motivou foi o Caio tem ainda um canal nas redes sociais. Nele, ele ajuda outras crianças e adolescentes em matérias
olhar dele'; vídeo. G1. 8. dez. 2021. Disponível em: <https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/12/08/policial- nas áreas de exatas, com resoluções de questões e dúvidas.
doa-comida-a-homem-em-situacao-de-rua-em-juazeiro-do-norte-no-ceara-o-que-me-motivou-foi-o- “Eu tenho um canal no YouTube. Eu faço resoluções de questões para ajudar as pessoas. Aquelas que
olhar-dele-video.ghtml>. Acesso em: 8 dez. 2021. não possuem material educativo como apostilas e livros. Aquelas que participam de olimpíadas e ques-
tões do dia a dia de escola mesmo. Fico muito feliz em ajudar as pessoas. Me sinto muito realizado”.
Obras - Tarsila do Amaral. [...]
Obras. Tarsila do Amaral. Disponível em: <https://tarsiladoamaral.com.br/obras/>. Acesso em: 8 dez. 2021.
MENINO DE 13 anos passa em primeiro lugar no vestibular de administração em universidade do Ceará. G1 CE, 28 ago. 2021.
Disponível em: <https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/08/28/menino-de-13-anos-passa-em-primeiro-lugar-no-vestibular-
de-administracao-em-universidade-do-ceara.ghtml>. Acesso em: 27 nov. 2021.

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Releia, a seguir, trechos do texto lido e diferencie fato de opinião, marcando a coluna
adequada. RETOMANDO
a. Qual é o assunto abordado na notícia?
b. O que o garoto fez para obter sucesso no vestibular?
c. Em quais meios podemos encontrar esse tipo de texto? 1. Agora é a sua vez de elaborar uma notícia. Para começar, com sua dupla, descreva
os últimos acontecimentos da sua escola.
2. Releia trechos do texto a seguir e diferencie fato de opinião.

Trecho do texto Fato Opinião


2. Agora que você pontuou todos esses acontecimentos, escolha um deles e trans-
forme-o em uma notícia. Utilize os itens abaixo como referência para a produção
“Caio Temponi conseguiu ser aprovado em primeiro lugar em
administração no vestibular 2021.1” do texto.
⊲ Finalidade da notícia
⊲ Suporte em que ela será publicada
“Eu não decidi ainda o estado em que vou fazer a prova.” ⊲ Fonte

“Para ele participar, ele pulou três séries.”

“Fico muito feliz em ajudar as pessoas. Me sinto muito realizado.”

3. Complete o quadro de acordo com o texto lido.

Suporte em que a notícia foi


Finalidade da notícia Fonte
publicada

Após a produção do texto, troque de livro com um colega. Avalie o texto escrito por ele
e indique os pontos que necessitam de uma reescrita, justificando suas observações.

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Habilidade do DCRC
Produzir notícias sobre fatos ocorridos no universo escolar, digitais ou impressas, para o jornal da escola,
EF04LP16 noticiando os fatos e seus atores e comentando decorrências, de acordo com as convenções do gênero
notícia e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

Práticas de linguagem Materiais


Produção de textos (escrita compartilhada e • Notícias selecionadas de diferentes fontes digitais
autônoma). ou impressas (opcional).

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: reconhecer as características Para este capítulo, os alunos deverão reconhecer
do gênero notícia. as atribuições de um repórter e suas funções nos
• Praticando: ler e interpretar notícia, identificando espaços jornalísticos.
fato e opinião.
• Retomando: produzir uma notícia e avaliar a Dificuldades antecipadas
produção do colega. É possível que os alunos apresentem alguma
dificuldade na compreensão do gênero notícia.
Objetivos de aprendizagem Portanto, o professor poderá fazer uma breve ex-
• Definir o fato a ser noticiado, considerando o planação sobre as diferenças e as semelhanças
universo escolar. entre notícia e reportagem.
• Planejar notícias sobre fatos ocorridos no universo
escolar (digitais ou impressas), considerando as
convenções do gênero, a situação comunicativa,
o tema/assunto do texto e o suporte.
• Ler, interpretar e produzir notícias.

CONTEXTUALIZANDO justificar suas escolhas e reforce as características do


gênero notícia.
Orientações
Inicie a aula falando sobre o trabalho dos jornalistas Expectativas de respostas
e repórteres, essencial na apuração de fatos impor- 1. Espera-se que os alunos consigam identificar que
tantes. Se possível, leve para a sala de aula imagens o repórter é um jornalista que recolhe informações
e textos de diversas notícias e reportagens. Faça as para escrever uma notícia. Ele investiga algum
seguintes perguntas: evento e faz perguntas de interesse do público.
• Vocês saberiam dizer como esses textos chegam Também espera-se que – mesmo que não usem a
até nós? nomenclatura convencional – saibam expressar
• Como você imagina que eles são elaborados? o que é notícia: um gênero textual do campo da
Diante das perguntas propostas aos alunos, eles vida pública que circula em várias mídias e tem
podem dizer que os textos da esfera jornalística chegam a função de informar o público acerca de acon-
pelos meios de comunicação, como rádio, televisão e tecimentos de interesse geral.
principalmente através da internet e que, normalmente, 2. Os alunos devem pintar todos os títulos, exceto:
as notícias são criadas por jornalistas ou repórteres. Contos de Perrault - Ruth Rocha e Obras - Tarsila
Deixe que os alunos exponham suas ideias a res- do Amaral.
peito do assunto. É importante que neste momento
o professor já faça um levantamento do que eles já
PRATICANDO
conhecem sobre o gênero textual. Em seguida, divida
a turma em duplas produtivas e peça que discutam
sobre os questionamentos propostos na seção. Ainda Orientações
em duplas, os alunos deverão pintar os títulos que Realize a leitura do título da notícia: “Menino de
reconhecem como sendo de notícias. Incentive-os a 13 anos passa em primeiro lugar em vestibular em

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universidade do Ceará.”. Faça uma pequena aborda- Expectativas de respostas
gem com os alunos sobre o que acreditam que está 1.
sendo abordado no corpo da notícia. a) Menino de 13 anos passa em primeiro lugar no
• Como vocês imaginam que um garoto de 13 anos vestibular de administração em universidade do
conseguiu passar em um vestibular? Ceará.
• Vocês já ouviram falar em vestibular? b) Para participar do vestibular da Uece para admi-
• Conhecem alguém que já tenha obtido sucesso em nistração, o menino pulou três séries. Passou por
um vestibular? uma entrevista com uma psicóloga, fez um teste
Deixe que os alunos respondam aos questionamentos de QI (Quociente de Inteligência) e uma prova de
de acordo com os conhecimentos prévios e as opiniões nível de série.
deles. Eles podem apresentar alguma dificuldade para c) Em jornais e sites de notícias, entre outros meios
compreender o funcionamento do processo de um vesti- de comunicação.
bular. Realize com alunos uma breve explanação sobre 2.
a finalidade do vestibular. Aponte que normalmente as TRECHO DO TEXTO FATO OPINIÃO
universidades realizam vestibulares para que os estu-
dantes possam ingressar em um determinado curso. “Caio Temponi conseguiu ser
Futuramente, eles também passarão por esse processo. aprovado em primeiro lugar
X
Aproveite esse momento para perguntar aos alunos em administração no vestibular
se eles já imaginam ou se já sabem a profissão que 2021.1”
querem exercer na idade adulta. Realize a leitura do “Eu não decidi ainda o estado
X
texto com eles e proponha que destaquem os pontos em que vou fazer a prova.”
principais da notícia. “Para ele participar, ele pulou
Exponha no quadro da sala as palavras fato e opi- X
três séries.”
nião. Peça para que os alunos identifiquem duas frases
que possam expressar fato; e outras duas, opinião. “Fico muito feliz em ajudar
Solicite aos alunos que grifem as frases selecionadas. as pessoas. Me sinto muito X
Sugestões de frases que os alunos podem citar realizado.”
para fato:
3. Finalidade da notícia: informar sobre um meni-
• “Aos 13 anos, Caio Temponi conseguiu ser aprovado
no cearense que, com apenas 13 anos, passou
em primeiro lugar em administração no vestibular
em primeiro lugar em vestibular do curso de
2021.1”
administração.
• “Caio tem ainda um canal nas redes sociais. Nele, ele
Suporte em que a notícia foi publicada: ambiente
ajuda outras crianças e adolescentes em matérias
digital/portal de notícias.
nas áreas de exatas, com resoluções de questões Fonte: portal de notícia.
e dúvidas.”
Sugestão de frase que os alunos podem citar para
opinião: RETOMANDO
• “Fico muito feliz em ajudar as pessoas. Me sinto
muito realizado.” Orientações
É provável que os alunos apresentem alguma Os alunos deverão recorrer às experiências prévias
dificuldade na compreensão das diferenças existentes para registrar os acontecimentos ocorridos na escola
entre fato e opinião. Explique que fato é algo que já até então. Em seguida, eles serão desafiados a escrever
aconteceu, ou seja, uma informação a ser transmitida. Já um texto do gênero notícia. O intuito é realizar uma
a opinião é o que alguém pensa sobre um determinado avaliação diagnóstica sobre as características mais
assunto, ou seja, um ponto de vista. Caso os alunos elementares que eles conhecem sobre o gênero. No
fiquem confusos na realização da atividade proposta, final desta unidade, uma nova produção será solicitada
realize as devidas intervenções, apresentando as frases a fim de oferecer subsídios para uma análise dos avan-
apontadas acima. ços conquistados durante a sequência da atividade.

16 4 o ANO

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Leia o enunciado e garanta que todos compreen- observando se o texto apresenta de modo adequado
deram a proposta da atividade. Em seguida, peça a as características do gênero notícia. Estipule um tempo
eles que realizem individualmente suas produções, para a produção e para a avaliação em duplas. Após
sanando possíveis dúvidas que possam ter em relação esse período, peça a algumas duplas que apresentem
à estrutura e às características mais essenciais desse os pontos que podem melhorar nas produções da du-
gênero textual. pla e expliquem como chegaram a essa conclusão.
O professor deverá propor aos alunos que a cor- Exemplo: o título não tem vínculo com a notícia, fugiu
reção seja realizada em duplas. Solicite que troquem da proposta, apresentou muitas opiniões etc.
seus textos e preencham a tabela de avaliação do
texto. É importante ressaltar que os alunos avaliem, Expectativas de respostas
1 e 2. Respostas pessoais.

ANOTAÇÕES

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3. Lendo notícias
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PRATICANDO
3. Lendo notícias
⊲ Leia a notícia. Depois, responda às questões.
Você já ouviu falar em ponto de vista? Essa expressão também pode ser interpretada
como o modo particular de entender, julgar ou perceber alguma coisa. Lobo-guará é espécie inofensiva e desmistifica história do “lobo-mau”
Espécie tem comportamento dócil e é o único lobo que existe no Brasil.
⊲ Quando você está em uma roda de conversa, costuma ouvir com atenção a opinião
do colega?

Artur Keunecke/Pulsar
Já passou pela experiência de não concordar com o ponto de vista de um colega
sobre algum tema em discussão? Como foi essa experiência?

1. Para produzir uma notícia, são necessários recursos e estratégias utilizadas para
informar e transmitir um ponto de vista sobre os fatos relatados. Já discordou do
ponto de vista de um autor em uma notícia veiculada na TV ou nas redes sociais?
Por quê?

2. Você considera importante poder expressar seu ponto de vista sobre algum assun-
to em discussão? Explique.

©momcilog/E+/Getty images

Lobo-guará se difere principalmente pela plumagem avermelhada.

Quando pensamos em lobo, nos vem à cabeça a imagem de um cão selvagem, que vive em matilhas em
um frio intenso e tem por hábito uivar ao luar. Isto se dá principalmente pelo fato de espécies como o
lobo-cinzento, que ocorre apenas no hemisfério norte, terem sido protagonistas de várias histórias, contos,
filmes e documentários da vida selvagem.
Mas ao pensar em lobo, os brasileiros deveriam primeiramente se lembrar da única espécie que ocorre
no nosso país, o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus).
Este animal, que chama atenção pela pelagem avermelhada, é parente distante do lobo-cinzento do qual
se distingue em inúmeros fatores, a começar pela aparência. O lobo-guará tem uma fisionomia delgada,
com pernas finas e compridas. Não à toa é considerado o maior e mais distinto canídeo da América do Sul.
O corpo do lobo-guará mede em torno de 1,30 metros e a cauda pode atingir os 40 centímetros. Outras
características marcantes do lobo-guará são as orelhas grandes e as patas negras. Além disso, possui algu-
mas partes do corpo esbranquiçadas, como a garganta, e a ponta da cauda.
Apesar do lobo ser visto por muitas pessoas como um animal “malvado”, o nosso lobo-guará é um lobo
do bem, além de ser um bicho de comportamento dócil, inofensivo ao homem.
Devido à perda de hábitat e também a casos relacionados à caça ou atropelamento, o lobo-guará está
ameaçado de extinção. Porém, há muitos pesquisadores que lutam pela conservação da espécie. A equipe
do Terra da Gente já acompanhou de perto alguns trabalhos, como um realizado num refúgio natural do
bicho na Serra da Canastra.
O lobo-guará é um animal onívoro, se alimenta de pequenos roedores, répteis, aves e também de frutos.
Entre tantas variedades, os frutos da lobeira se destacam como fonte primária da dieta do lobo-guará.

18 4 o ANO 19 L Í N G UA P O RT U G U ESA

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Tem o hábito solitário. Macho e fêmea vivem juntos apenas no período de reprodução, de abril a junho. A Ceará lança lista inédita de animais encontrados no estado
gestação pode durar até 65 dias e a fêmea pode dar a luz a até cinco filhotes. A partir dos três meses de vida,
Estudo mostra como é diversa a fauna cearense
os filhotes aprendem a caçar com os pais. Os machos auxiliam no cuidado com a prole.
No Brasil o lobo-guará distribui-se pelo Cerrado até regiões de transição com a Caatinga. Pode ser en- Tatus, onças-pardas e baleias são alguns dos animais encontrados no Ceará e que integram um dos pri-
contrado também na região leste do Pantanal e em campos do sul do País. Ocorre ainda no sudoeste do Peru, meiros inventários de fauna realizados em âmbito estadual no Brasil.
norte e leste da Bolívia e no Chaco paraguaio. A iniciativa é a primeira etapa para um projeto maior, o Livro Vermelho, com a lista das espécies amea-
“Lobo-guará é espécie inofensiva e desmistifica história do “lobo-mau”. G1, 26 mar. 2018.
çadas de extinção no estado. Já em elaboração, esse documento deve ser lançado até 2022.
Disponível em: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/fauna/noticia/lobo-guara-e-especie- Nesta sexta-feira (26), o Inventário da Fauna Cearense foi oficialmente lançado e está disponível para
inofensiva-e-desmistifica-historia-do-lobo-mau.ghtml. Acesso em: 27 nov. 2021. consulta on-line. Ao todo, foram catalogados por pesquisadores 115 mamíferos continentais, 25 mamíferos
marinhos, 443 aves, 133 répteis, 57 anfíbios, 400 peixes marinhos e 102 peixes continentais, que totalizam
1. Para essa atividade, organizem-se em dupla e complete o mapa mental a seguir. uma lista de cerca de 1,3 mil espécies de vertebrados.
Para o coordenador do projeto, o professor da Universidade Estadual do Ceará (UECE) Hugo Fernandes, o
Qual é o foco da notícia? levantamento mostra como é diversa a fauna cearense e o quanto ela precisa ser preservada. Ele conta que
o estado abriga espécies que, fora dali, só são encontradas na Amazônia, como o tucaninho da serra.
“O Ceará está no Nordeste brasileiro e isso, infelizmente, faz com que o imaginário nacional julgue que aqui
é um local muito hostil à vida silvestre. Pensa-se em solo rachado, mas, na verdade, isso é um componente mui-
to pontual. Um componente natural é um ambiente extremamente heterogêneo, a caatinga é um ambiente
heterogêneo, você tem florestas na caatinga, tem campos abertos, tem matas úmidas. Tem Mata Atlântica no
Descreva algumas das suas características do lobo-guará, segundo o texto. Nordeste brasileiro. Aqui temos Mata Atlântica e uma influência amazônica nas nossas serras”, disse.
[...]
TOKARNIA, Mariana. Ceará lança lista inédita de animais encontrados no estado. Disponível em:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-02/ceara-lanca-lista-inedita-de-animais-encontrados-no-estado.
Acesso em: 3 dez. 2021.
1. Qual é o tema abordado pela notícia?

Onde essa espécie é comum? Por que ele é confundido com o lobo mau?
2. A notícia que você leu traz um ponto de vista sobre aspectos do Ceará. Pinte de
amarelo o trecho que informa esse ponto de vista.

3. Circule, no texto, o nome da pessoa que aborda esse ponto de vista e responda:

a. Segundo o texto, qual é o cargo dessa pessoa?


Qual é a importância social dessa notícia?

b. A opinião dele é importante? Justifique.

c. Se você pudesse editar o texto e expressar seu ponto de vista, o que escreveria
RETOMANDO para substituir o ponto de vista abordado?

⊲ Leia a seguir o trecho de uma notícia que fala sobre animais em extinção na fauna
cearense.

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Habilidades do DCRC
EF04LP14 Identificar, em notícias, fatos, participantes, local e momento/tempo da ocorrência do fato noticiado.
EF35LP03 Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
EF35LP04 Inferir informações implícitas nos textos lidos.
Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por sinônimos)
EF35LP06 ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem para
a continuidade do texto.

Práticas de linguagem Materiais


Leitura/escuta (compartilhada e autônoma). • Equipamento para reproduzir vídeo ou som.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: retomar o gênero textual Os alunos devem apresentar conhecimentos
notícia com foco na construção do ponto de vista. prévios sobre como encontrar informações de fa-
• Praticando: ler e analisar uma notícia sobre o tos ocorridos no Brasil e no Mundo.
lobo-guará.
• Retomando: ler uma notícia e identificar Dificuldades antecipadas
informações explícitas e implícitas no texto. Alguns alunos dessa faixa etária podem ter di-
ficuldades para interpretar e analisar os textos de
Objetivos de aprendizagem forma autônoma, ou porque estão em processo de
Ler e interpretar as ideias centrais e informações compreensão do sistema de escrita, ou porque estão
explícitas e implícitas nos textos e refletir sobre a aprendendo a opinar e articular suas ideias.
função de substituições lexicais.

CONTEXTUALIZANDO https://www.youtube.com/watch?v=MSVZsW8jTBM.
Acesso em: 29 jul. 2021.
Orientações Depois de assistirem ao vídeo ou ouvirem a história,
Inicie uma roda de conversa questionando os alunos questione os alunos:
sobre o que é um ponto de vista. • Quais as diferenças entre essa história e o conto
Espera-se que os alunos se expressem sobre o que Os três porquinhos que conhecemos?
eles consideram ser um ponto de vista. Caso eles não Respostas possíveis: nessa história, o lobo não é
saibam responder ou respondam apenas “é o que acha- mau. Ou, nessa história, o objetivo do lobo era diferente
mos”, complemente a resposta explicando que ponto do objetivo do lobo na história que conhecemos.
de vista se refere a uma opinião, pensamento que as • O que acharam do ponto de vista do Lobo?
pessoas podem ter sobre um determinado assunto ou Respostas possíveis: ele foi vítima de um porco mau,
acontecimento e que os pontos de vista podem ser de armação (ou de um mal-entendido) e de um repórter
diferentes. interessado em dar mais popularidade à sua notícia.
Como exemplo, pergunte aos alunos se eles conhe- Parece que o lobo está mentindo para se safar, pois
cem o conto Os três porquinhos. Leia em voz alta esse afinal comeu dois porquinhos e tentava invadir a casa
conto para eles. Depois, pergunte se eles conhecem do terceiro.
outra versão dessa história e se acham que esse pode • Por que os jornalistas acharam que a história de um
ser apenas “um ponto de vista” sobre a história. lobo resfriado pedindo açúcar não era emocionante?
Escute as versões que os alunos contarem e pergunte Respostas possíveis: porque esse não é nenhum
se o ponto de vista muda? grande acontecimento para virar notícia. Porque isso
Convide os alunos a assistir a um vídeo com essa é apenas uma situação corriqueira que pode acontecer
mesma história sendo contada por um outro persona- com qualquer um.
gem, de um outro “ponto de vista”. • Agora, se o lobo tivesse escrito a manchete da notícia,
Assistam ao vídeo ou escutem o áudio do livro: A como poderia ser?
verdadeira história dos três porquinhos, disponível em: Leve os alunos a refletirem que algumas notícias e

19 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 19 20/12/2021 18:07


jornais podem ser tendenciosos, tendo em vista gerar São muitas as características. Oriente que escolham
mais empatia em seu público-alvo. apenas algumas: “pelagem avermelhada”, “orelhas
grandes”, “patas negras”, “magro”, “distinto”, “dócil”,
Expectativas de resposta “inofensivo ao homem”.
Espera-se que os alunos se expressem sobre o que • Onde essa espécie é comum?
consideram ser um ponto de vista. Reforce com eles o O lobo-guará é comum no Brasil.
que significa ter opinião própria, um modo particular • Por que ele é confundido com o lobo mau?
de entender, julgar ou perceber alguma coisa. Porque o lobo é mau em algumas histórias infantis.
• Qual é a importância social dessa notícia?
Essa notícia adquire relevância social na medida
PRATICANDO em que divulga para o público leitor do jornal a
ameaça de extinção do lobo-guará.
Orientações
Orientações
Escolha um aluno para ler o título e o subtítulo da
RETOMANDO
notícia.
Pergunte aos alunos se eles identificam o nome do Orientações
site. Resposta esperada: G1. Caso não identifiquem o Realize a leitura compartilhada da notícia com os
nome do jornal, aponte para os alunos que o nome do alunos e, em seguida, questione-os: Vocês conhecem
jornal está nas referências da notícia. algum desses animais citados? Quais outros animais vocês
Inicie a leitura da notícia completa, compartilhada imaginam que poderiam estar nessa lista? Familiarize os
em voz alta e peça a cada criança que leia um trecho. alunos com o texto, para que possam retornar à leitura
Peça aos alunos que grifem na notícia palavras-chave no momento de responder às questões propostas. Para
ou ideias importantes, enquanto acompanham a leitura. a última atividade, convide cada aluno a ler o parágrafo
Em seguida, será o momento de sintetizar as principais reescrito com o seu ponto de vista. Espera-se que eles
ideias da notícia, identificando a ideia central do texto, compreendam que pode haver diversos pontos de vista
participantes da notícia e relevância do fato noticiado. sobre um mesmo assunto. Ajude os alunos a compreen-
Organize os alunos em duplas e peça a eles que derem que é natural surgirem opiniões e pontos de vista
preencham o “mapa mental”. Eles devem reler o texto diferentes em uma roda de conversa, por exemplo, ou
e buscar as informações para completarem o mapa ainda com relação ao gênero textual, estudado neste
capítulo, quando um autor de uma notícia emite sua
respondendo às perguntas.
opinião pessoal.
Diga que é importante que eles busquem as infor-
Para aprofundamento e fundamentação teórico-me-
mações no texto e as sublinhem enquanto estão lendo
todológica a respeito dos assuntos trabalhados neste
para facilitar a resposta no mapa.
capítulo, as obras e os materiais a seguir podem ser
Quando terminarem, eles devem socializar os mapas
consultados:
feitos, comparando suas respostas e complementando-as
D’ANCONA, Matthew. Pós-verdade: a nova guerra
se for necessário. Questione as escolhas que fizeram:
contra os fatos em tempos de fake news. Faro Editorial,
• O que consideraram mais relevante na notícia?
2018.
Peça ainda uma devolutiva sobre a construção de
Neste livro, a pós-verdade é diferenciada de uma
um mapa conceitual.
longa tradição de mentiras políticas, mostrando o poder
• O que acharam de sintetizar informações dessa
das novas tecnologias e das mídias sociais de manipu-
maneira?
larem, polarizarem e enraizarem opiniões.
• Facilita a visualização do que é mais importante?
BARBOSA, Mariana. Pós-verdade e fake news: re-
Expectativas de resposta flexões sobre a guerra de narrativas. Cobogó, 2018.
1. Qual é o foco nessa notícia? O livro traz um panorama para o entendimento sobre
O lobo-guará. o funcionamento de elementos como os bots, a indústria
• Descreva algumas características do lobo-guará, de notícias falsas e os algoritmos e sobre os primeiros
segundo o texto. passos para deter a avalanche de obscurantismo e
manipulação que atinge o Brasil e o mundo.

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Expectativas de resposta b) Sim, pois ele é um dos idealizadores do projeto
1. A notícia traz informações sobre a fauna cearense. e, como coordenador, possui conhecimento
2. Pintar o último parágrafo. sobre o assunto.
3. Circular o nome: Hugo Fernandes. c) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
a) O coordenador do projeto, que é professor destaquem qualidades da região do estado do
da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Ceará, que são propícias para a diversidade
de fauna e flora.

ANOTAÇÕES

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4. O que são fake news?
PÁGINA 22 PÁGINA 23

4. O que são fake news? Jornalistas

1. Todos os dias somos bombardeados por notícias por meio de vários meios de co-
municação e redes sociais. Será que todas as notícias que recebemos são verdade?
O que fazem? Como trabalham?

VioletaStoimenova/E+/Getty Images
2. Nós não somos jornalistas, mas será que conseguimos refletir sobre as informa-
ções que recebemos? Leia as duas notícias e responda às questões.

Notícia 1
Ataque cibernético e grande reset mundial vão acontecer em 2021
[...]
De acordo com um grande texto que circula em redes sociais, o mundo sofrerá um ataque cibernético
por meio de “redes sociais populares” que fará a internet ser desligada e dispositivos tecnológicos perderem
todo o histórico. Ele seria o “grande reset” que está sendo planejado “por eles”. [...]

Disponível em: https://www.boatos.org/tecnologia/ataque-cibernetico-grande-reset-mundial-vao-acontecer-2021.html.


Acesso em: 30 nov. 2021.
⊲ Você já ouviu falar sobre fake news? Notícia 2
⊲ O que esse termo significa? "Apagão" no Facebook foi erro interno e não ataque informático
⊲ Onde circulam as fake news? Afirmação é do vice-presidente de Infraestruturas, Santosh Janardhan
⊲ Na sua opinião, é possível se proteger de notícias falsas?
Publicado em 06/10/2021 - 09:10 Por RTP - Menlo Park (Califórnia)

2. Qualquer pessoa pode escrever notícias em jornais? O que você sabe sobre as O Facebook excluiu a hipótese de que o "apagão" mundial dos seus serviços na segunda-feira (4), durante
pessoas que escrevem notícias em jornais? seis horas, tenha sido causado por um ataque informático e o atribuiu a um erro técnico interno.
Em um blog da empresa o vice-presidente de Infraestruturas da rede social, Santosh Janardhan,
afirmou que os serviços não ficaram inativos por atividade maliciosa. Foi por "um erro causado por nós
próprios", disse.
O "apagão" do Facebook e das suas plataformas Instagram, WhatsApp e Messenger começou minutos
PRATICANDO antes das 14h (hora local) e deixou sem serviço milhões de pessoas em todo o planeta.
[...]
PARK, Menlo. "Apagão" no Facebook foi erro interno e não ataque informático. Agência Brasil.
1. Em duplas, façam uma pesquisa sobre o trabalho de um jornalista e preencham a 06/10/2021. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2021-10/apagao-no-
tabela a seguir. facebook-foi-erro-interno-e-nao-ataque-informatico. Acesso em: 6 out. 2021.

22 4 o ANO 23 L Í N G UA P O RT U G U ESA

PÁGINA 24 PÁGINA 25

a. Qual das duas notícias é falsa? RETOMANDO

1. Leia o texto.
b. Como você chegou a essa conclusão?
Ceará lança agência de checagem de notícias para combater as fake news em meio à
pandemia da Covid-19
Os dados foram atualizados pela plataforma IntegraSUS às 17h18 desta quarta-feira (29).
Por G1 CE
29/04/2020 21h29 Atualizado há um ano

c. Que dificuldades as pessoas encontram para distinguir notícias falsas das ver- O governo do Ceará lançou nesta quarta-feira (29) a Antifake CE, uma agência oficial para checagem de
dadeiras? dados em relação a temas ligados à administração pública estadual. A plataforma foi criada para combater a
propagação de notícias falsas, imprecisas ou exageradas que possam levar o cearense à desinformação em
meio à pandemia do novo coronavírus, segundo o governo estadual.
[...]
Ceará lança agência de checagem de notícias para combater as fake news em meio à pandemia da Covid-19. G1 CE.
Disponível em: <https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2020/04/29/ceara-lanca-agencia-de-checagem-de-
noticias-para-combater-as-fake-news-em-meio-a-pandemia-da-covid-19.ghtml>. Acesso em: 17 set. 2021.

⊲ Agora, responda.
d. Por que você acha que as pessoas divulgam notícias falsas?
a. De acordo com o texto, qual é a função da agência criada no Ceará?

b. De que forma a população pode ajudar essa agência?


Saiba mais!
Fake news são publicações virais baseadas em relatos fictícios
que são feitos para se parecer com reportagens jornalísticas.
Elas trazem um título inusitado e improvável. Normalmente, há
o intuito de alarmar o público sobre algo e são repassadas sem
responsabilidade. 2. Que dicas você daria para as pessoas identificarem se uma notícia é falsa ou não?

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Habilidade do DCRC
EF04LP15 Distinguir fatos de opiniões/sugestões em textos (informativos, jornalísticos, publicitários etc.).

Práticas de linguagem Materiais


Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) • Uma folha de papel cartolina ou papel kraft.
Contexto prévio
Sobre o capítulo Os alunos devem apresentar conhecimentos pré-
• Contextualizando: iniciar uma roda de conversa vios sobre como ler manchetes de notícias de jornal.
com os alunos a fim de fazer um levantamento
sobre o que eles sabem a respeito das fake Dificuldades antecipadas
news. Os alunos são convidados a responder às Os alunos podem apresentar dificuldades em
seguintes questões norteadoras: Você já ouviu identificar os fatos, as opiniões e as notícias falsas e
falar sobre as fake news? O que elas significam? sensacionalistas em textos jornalísticos por não ter
Onde circulam as fake news? Na sua opinião, é muita experiência em seu dia a dia com o gênero
possível se proteger de notícias falsas? textual. Há também a possibilidade de apresentarem
• Praticando: ler e analisar notícias para identificar dificuldades em distinguir fatos de opiniões, uma
a que é falsa justificando a sua escolha. vez que precisam ter conhecimentos linguísticos,
• Retomando: ler e interpretar uma notícia e para diferenciar o acontecimento em si dos comen-
escrever dicas para que as pessoas reconheçam tários e considerações sobre o fato, além de um
as fake news. olhar crítico para os textos com probabilidade de
serem notícias enganosas. Os alunos podem ainda
Objetivos de aprendizagem ter dificuldade em refletir criticamente sobre algu-
• Conhecer e refletir sobre textos informativos, mas temáticas que desconhecem, não percebendo
jornalísticos e publicitários, distinguindo fatos questões controversas presentes nos textos lidos
de opiniões e sugestões, e identificando notícias ou outros indícios que gerem desconfiança sobre
falsas e/ou sensacionalistas. a confiabilidade das informações.

CONTEXTUALIZANDO jornal e escrever notícias. Os alunos podem comentar


oralmente, pois esse será o tema da próxima atividade
Orientações que vão realizar na seção Praticando.
Inicie uma roda de conversa com os alunos. Questione-
-os sobre o que significam as Fake News. É importante Expectativas de respostas
conversar com eles sobre a terminologia em inglês, que Espera-se que os alunos se expressem sobre o que
significa notícias falsas. Proporcione um momento de sabem a respeito de fake news, deem alguns exemplos
discussão sobre o tema. Permita que eles possam se e mencionem as redes sociais como espaço onde
expressar de acordo com conhecimentos prévios. veiculam notícias verdadeiras e notícias enganosas.
Proporcione um momento e ambiente para que con-
frontem ideias e opiniões sobre este assunto, mediando
a conversa. Esse momento de troca de opiniões é muito
PRATICANDO
importante e fará com que, posteriormente, eles possam
mudar de opinião, reafirmar o que já sabiam ou acres- Orientações
centar argumentos para justificar um posicionamento. Peça que os alunos, em duplas, pesquisem sobre o
Anote as contribuições que os alunos fizerem no quadro trabalho do jornalista: o que fazem, como trabalham e
ou em uma folha de papel pardo para que eles possam como evitam notícias falsas, mostrando pontos de vista
confirmar suas hipótese no decorrer do capítulo. diferentes sobre o mesmo fato. Eles devem discutir, pes-
Após a discussão, pergunte o que eles sabem sobre quisar em celulares ou computadores, se for possível,
quem escreve as notícias nos jornais. Pergunte se eles e escrever suas conclusões no esquema. Depois, eles
acham que qualquer pessoa pode trabalhar em um devem compartilhar suas respostas.

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Se for possível, passe o vídeo: Fato ou Fake. Disponível as notícias verdadeiras das falsas. Os alunos podem
em: https://www.youtube.com/watch?v=dkpj6bJjAjU&t=5s. citar que é o desconhecimento, a curiosidade, a forma
Acesso em: 29 jul. 2021. das notícias que parecem com verdadeiras e até mesmo
Após trabalharem juntos, peça que comentem as ca- a vontade de espalhar uma notícia alarmante. Quanto
racterísticas da profissão de jornalista enquanto eles à divulgação, pode trazer vários interesses: alarmar as
comentam, vá registrando no quadro, não deixe que pessoas, divulgar interesses, ocultar fatos, entre outros.
falte a ideia de que o “verdadeiro” jornalista: só trabalha Leia o quadro Saiba mais com a definição de fake
com a verdade, que ele investiga para saber se o “fato” news e compare com as respostas que os alunos deram
aconteceu ou se é mentira, se foi inventado. no início do capítulo. Peça que eles verifiquem seme-
Se os alunos assistiram ao vídeo, perceberam que lhanças e diferenças entre as respostas e a definição.
as palavras que aparecem em destaque são os passos Reforce com os alunos a importância de não nos
que o jornalista segue para publicar uma notícia: ele basearmos apenas nos títulos para dizer se a notícia
DUVIDA - CONFERE - e só depois INFORMA. O jornalista é verdadeira ou não. É sempre importante pesquisar
tem uma grande responsabilidade com o público. informações em outros portais de notícias, comparar
diferentes textos sobre a mesma notícia e ter um olhar
Expectativas de respostas crítico para determinar a veracidade dos fatos.
O que fazem? É o profissional responsável pela
apuração, investigação e apresentação de infor- Expectativas de respostas
mações de interesse público em forma de notícias, 1.
reportagens, artigos ou entrevistas. a) A notícia 1.
Como trabalham? Eles DUVIDAM - CONFEREM - e só b) A primeira notícia cita um texto que circula em
depois INFORMAM. redes sociais. É uma notícia bastante alarmante.
A fonte: “boatos.org”.
c) O desconhecimento, a curiosidade, a forma das
Com os alunos ainda em duplas, convide-os a ler as
notícias que parecem com verdadeiras e até mesmo
duas notícias que fazem parte da questão 2. Explique
a vontade de espalhar uma notícia alarmante.
que, apesar de não sermos jornalistas, devemos re-
d) Alarmar as pessoas, divulgar interesses, ocultar
fletir sobre as informações que recebemos no nosso
fatos, entre outros.
dia a dia. Peça a um dos alunos da turma que leia o
primeiro texto e um outro que leia o segundo texto.
Leia os questionamentos e pergunte se todos enten- RETOMANDO
deram o que devem fazer.
Peça que as duplas releiam as notícias e respondam
Orientações
em conjunto as questões. Circule pela sala verificando se Prepare antecipadamente uma folha de papel carto-
estão trabalhando de forma produtiva e tirando possíveis lina ou papel kraft para anotar as respostas dos alunos.
dúvidas, entretanto, não dê respostas prontas, deixe Peça a ajuda de um voluntário para anotar as respostas
que discutam e cheguem as suas próprias conclusões. dos colegas. Promova uma roda de conversa em que
Quando terminarem, reúna-os em uma roda de con- os alunos expressem suas opiniões. Faça a mediação
versa para que possam compartilhar suas respostas. da conversa e oriente-os a chegar em um consenso
Para a primeira pergunta, espera-se que eles che- coletivo para o que e como escrever a resposta. Peça
guem à conclusão de que a primeira notícia é falsa. para um aluno ler a notícia e pergunte para a turma o
Na segunda questão, eles podem chegar à conclu- que entenderam sobra o trecho da notícia.
são de que a primeira notícia cita um texto que circula Faça as perguntas propostas no Livro do aluno.
em redes sociais. Essa não é uma fonte confiável para • Espera-se que os alunos percebam que a agência
os fatos. Podem também citar que é uma notícia bas- tem como função combater a propagação de notícias
tante alarmante. Outros alunos podem trazer a fonte: falsas, imprecisas ou exageradas que possam levar
“boatos.org”. Questione o que é um boato. Espera-se que o cearense à desinformação em meio à pandemia
eles tragam que é uma notícia de fonte desconhecida do novo coronavírus. Pergunte como a população
e muitas vezes infundada. Pergunte, então, o que faz pode ajudar essa agência. Espera-se que os alunos
com que as pessoas tenham dificuldades em distinguir digam que a população em geral pode denunciar

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notícias falsas que estão circulando e não divulgar do conteúdo, avaliar a estrutura do texto, prestar aten-
notícias que parecem ser falsas sem checá-las. ção na data da publicação, ler mais que só o título e
Aproveite este momento para abordar as transforma- o subtítulo, pesquisar em outros sites de conteúdo,
ções ocorridas nos meios de informação e de comuni- verificar se não se trata de site de piadas, somente
cação. Antigamente, os jornais impressos e, depois, os compartilhar após checar se a informação é correta.
televisivos eram as únicas formas de se informar sobre
acontecimentos no Brasil e no mundo. Contudo, com o Expectativas de respostas
advento da internet e das mídias digitais, o acesso às 1. Espera-se que os alunos, após as discussões
informações se tornou mais rápido e irrestrito, fazen- e atividades voltadas para o tema Fake News,
do com que uma notícia se espalhe rapidamente com possam relatar com mais detalhes o que são as
apenas um click. Atualmente, qualquer pessoa pode notícias falsas e com que finalidade elas circu-
publicar uma informação em meios digitais e vê-la se lam nas redes sociais. Também é importante que
espalhar rapidamente, por isso é preciso se tornar mais eles apresentem alguns elementos necessários
responsável e crítico com o se publica e se compartilha. na identificação de uma notícia verdadeira ou
Pergunte que dicas eles dariam para a população falsa, como fonte, conteúdo atualizado ou não,
reconhecer uma fake news. Espera-se que eles digam dados, fotos ou fortes evidências que comprovem
que as pessoas devem avaliar a fonte, o site, o autor o que está sendo dito.

ANOTAÇÕES

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5. Analisando notícias: descobrindo as diferentes linguagens
PÁGINA 26 PÁGINA 27

5. Analisando notícias: descobrindo as diferentes PRATICANDO


linguagens
Leia a notícia a seguir.

Observem um trecho de uma página de um site de notícias.

Múmia de leão-das-cavernas de 28 mil anos é o animal da Idade do Gelo

©G1
mais bem preservado já encontrado
Sparta, uma filhote de leão-das-cavernas da Sibéria, foi encontrada até com os bigodes
preservados.

Por G1
06/08/2021 11h41 Atualizado há uma semana

©MaksimYremenko/iStock/Getty Images Plus


O corpo de uma filhote de leão-das-cavernas
de cerca de 28 mil anos foi encontrado mumifi-
cado, mas em ótimo estado para ser estudado na
Sibéria, uma região da Rússia.
O animal foi apelidado de Sparta e, segundo o
autor de um estudo sobre o leão, Love Dalen, ele
é provavelmente o animal da Idade do Gelo mais
bem preservado já encontrado. Em uma entre-
vista à rede CNN, ele afirmou que Sparta está
quase intacta, apesar de o pelo estar bagunçado.
“Ela até preservou os bigodes”, disse o cientista.
Foi encontrado um segundo filhote de leão
Imagem de Sparta, a filhote de leão-das-cavernas
na mesma caverna a cerca de 15 metros de dis- de 28 mil anos que foi encontrada na Sibéria.
tância — os dois, no entanto, têm idades mui-
to distintas, cerca de 15 mil anos de diferença.
Boris, o outro exemplar, tem cerca de 43,5 mil

©Love Dalén
anos.
Os dois foram encontrados em 2017 e 2018 por
pessoas que buscavam marfim de mamute no
meio do gelo nas margens do rio Semyuelyakh. [...]
Nesta semana foi publicado um estudo sobre
os leões.
O grande número de filhotes indica que essa
região da Sibéria era um local favorável à pro-
criação para leões de caverna e que esse lugar
específico tinha algumas características que
faziam com que o congelamento fosse rápido, o
que preservava os animais.
A cor do pelo das múmias indica que os animais
a. Qual das notícias chamou mais a atenção de vocês? Por quê? estavam em processo de troca de pelo que geral-
mente acontece da infância para a idade adulta — Reprodução de imagem publicada na revista
b. Por que há diferentes tipos de letras nas notícias? isso acontece entre um mês e dois meses de idade. científica Q Quaternary com imagens de leão-das-
c. Qual é a função das fotografias nas notícias? Os leões da região provavelmente tinham pelo -cavernas que foi encontrado congelado.
d. Na página há uma tabela, o que ela mostra? Com qual notícia ela está cinzento, que é mais adaptado à região da Sibéria.
MÚMIA de leão-das-cavernas de 28 mil anos é o animal da Idade do Gelo mais bem preservado já encontrado. G1, 6 ago.
relacionada? 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2021/08/06/mumia-de-leao-das-cavernas-de-28-mil-anos-
da-siberia-e-o-animal-da-idade-do-gelo-mais-bem-preservado-ja-encontrado.ghtml. Acesso em: 6 ago. 2021.

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Responda às questões a seguir. b. Escolha uma das imagens. Que informação aparece na legenda dessa imagem?
Com base no texto, crie uma nova legenda para essa imagem.
1. Que trecho da notícia mais chamou a sua atenção? Por quê?

2. Que informações você consegue encontrar na notícia? Marque com um X.

( ) Quando aconteceu o fato. RETOMANDO


( ) Onde aconteceu o fato.
( ) Com quem aconteceu o fato.
Agora é com você!
( ) Como o fato aconteceu.
( ) Por que o fato aconteceu.
FatCamera/E+/Getty Images

3. Que elementos presentes no texto fazem com que ele seja classificado como uma
notícia?

4. Leia as definições a seguir de elementos que compõem a notícia. Depois, identifi-


que-os no texto.

⊲ O título é a chamada para a notícia. Envolva o título de azul.


⊲ O subtítulo, também conhecido como linha fina tanto na notícia como na repor-
tagem, indica o tema ou assunto central. Ele traz informações complementares
ao título. Envolva o subtítulo de amarelo.
⊲ O lide são os parágrafos iniciais que apresentam as principais informações da notícia.
Envolva o lide de vermelho. ⊲ Crie um outro título e subtítulo para a notícia que você estudou nesse capítulo.
⊲ O corpo da notícia é informativo e relata os acontecimentos de forma mais de-
talhada. Envolva o corpo da notícia de verde.

5. Observe as imagens que acompanham a notícia. Depois, responda às questões.

a. Qual é a relação entre a imagem e os fatos relatados na notícia? O que a ima-


gem maior retrata?
⊲ Explique o que você levou em consideração para escolher esses elementos da
notícia.

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26 4 o ANO

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Habilidades do DCRC
Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples
EF35LP16 para público infantil e cartas de reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e
diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive em suas versões orais.
Identificar e reproduzir, em seu formato, tabelas, diagramas e gráficos em relatórios de observação e pesquisa,
EF04LP24
como forma de apresentação de dados e informações.

Práticas de linguagem Materiail


Análise linguística/semiótica (ortografização). • Reprodução de notícia em tamanho grande ou
uso de slide.
Sobre o capítulo Contexto prévio
• Contextualizando: analisar a página de um site Os alunos devem apresentar conhecimentos
de notícias observando as imagens, tipos de prévios sobre a estrutura de uma notícia.
letras e tabela.
• Praticando: analisar os elementos que compõem Dificuldades antecipadas
a estrutura da notícia. No decorrer deste capítulo, os alunos devem ter
• Retomando: criar um novo título e subtítulo para um olhar mais atencioso e analítico para o gênero
a notícia estudada no capítulo. textual trabalhado. É importante que, durante
a observação e análise das imagens, os alunos
Objetivos de aprendizagem façam inferências sobre as ideias implícitas, tendo
• Analisar a estrutura de notícias reconhecendo em vista as informações explícitas apresentadas
a função dos imagens como uma forma de na própria imagem ou no corpo do texto.
apresentação de dados e de informações.

CONTEXTUALIZANDO Finalmente, eles devem perceber que a tabela mostra


a quantidade de medalhas que os países ganharam
Orientações nas Olimpíadas de Tóquio, inclusive o Brasil, portanto,
Peça aos alunos que observem a página do site de está relacionada com a primeira notícia que diz na sua
notícias e, em uma roda de conversa, explore os elementos manchete: “Brasil encerra Olimpíada com seu melhor
das notícias com a turma por meio das perguntas. Nessa desempenho de todos os tempos”.
atividade, eles irão explorar a estrutura das notícias de
maneira intuitiva; portanto, não se preocupe em dar Expectativas de resposta
• Resposta pessoal
respostas corretas. Deixe que os alunos tragam suas
• As letras maiores mostram os títulos, as menores
experiências e levantem hipóteses. Neste capítulo e o subtítulo e o corpo da notícia.
nos seguintes, essa estrutura será mais trabalhada. • Contextualizam a notícia, explica melhor a notícia
A princípio, os alunos vão dizer a notícia que chamou de forma visual.
mais a sua atenção. Provavelmente, eles escolherão a • Mostra a quantidade de medalhas que os países
primeira, pelo tamanho da notícia e pela imagem, mas, ganharam nas Olimpíadas de Tóquio, inclusive o Brasil,
de qualquer forma, peça que justifiquem suas escolhas. portanto, está relacionada com a primeira notícia.
Na segunda pergunta, eles vão refletir por que há
diferentes tipos de letras nas notícias, letras maiores
e letras menores. Eles devem perceber que as maiores PRATICANDO
trazem os títulos das notícias e as menores, um subtítulo
ou uma introdução para a notícia. Orientações
Quanto às imagens, eles podem dizer que elas Reúna os alunos em duplas e peça a eles que leiam
mostram mais informações sobre a notícia, chamam o trecho da notícia. Explique que não é a notícia com-
atenção e reforçam o que está sendo mostrado. pleta, somente a parte inicial dela. Pergunte:

27 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 27 20/12/2021 18:07


• Que parte da notícia chamou mais a sua atenção? Por meio dela, é possível confirmar a informação da
Peça também que justifiquem a sua resposta. Alguns notícia, além de demonstrar que os fatos relatados foram
alunos podem citar a manchete (os títulos grandes) ou confirmados. Além disso, a fotografia também serve
a fotografia. Podem, ainda, apontar as letras grandes, para chamar a atenção do leitor ao criar curiosidade
o resumo da notícia ou a imagem que explica a notícia. sobre o fato relatado. Promova uma correção coletiva
Chame a atenção para a manchete, o título com letras e os incentive a compartilhar suas conclusões sobre o
grandes e para a fotografia com a legenda. uso de fotografias em notícias.
Pergunte aos alunos?
• É possível antever o conteúdo da notícia apenas Expectativas de respostas
com base na primeira parte do texto? 1. Resposta pessoal.
É possível que alguns alunos percebam que o títu- 2.
lo traz uma chamada para o seu conteúdo, pode-se ( ) Quando aconteceu o fato.
saber o que o texto irá abordar, mas não há detalhes. ( X ) Onde aconteceu o fato.
Questione-os: ( ) Com quem aconteceu o fato.
• Por que essa imagem chama a atenção? ( X ) Como o fato aconteceu.
• Que outras informações obtemos ao ler a legenda ( ) Por que o fato aconteceu.
da imagem?
Chame a atenção para o fato de que as imagens do 3. Espera-se que os alunos indiquem o primeiro
gênero jornalístico tendem a ser impactantes e que as parágrafo.
legendas não são descritivas, mas trazem informações 4. Os alunos devem pintar de:
adicionais ao texto. Pergunte aos alunos se a leitura • azul: “Múmia de leão-das-cavernas de 28 mil anos
do título, do subtítulo, da imagem e de sua legenda é o animal da Idade do Gelo mais bem preservado
desperta a curiosidade para ler a notícia na íntegra. já encontrado”.
A atividade 2 visa trabalhar com os alunos a habi- • amarelo: “Sparta, um filhote de leão-das-cavernas
lidade de organizar informações lidas e recuperá-las da Sibéria, foi encontrada até com os bigodes
posteriormente para fins de estudo ou consulta. Com preservados.”
os alunos ainda organizados em duplas, oriente-os a • vermelho: “O corpo de um filhote de leão-das-
retomar a notícia a fim de que identifiquem quais infor-
-cavernas de cerca de 28 mil anos foi encontrado
mações podem ser encontradas nela. É possível que
mumificado, mas em ótimo estado para ser estudado
os alunos respondam de acordo com as informações
na Sibéria, uma região da Rússia.”
obtidas com essa primeira parte da notícia.
Na atividade 3, os alunos devem identificar que a • verde: o restante do texto.
notícia apresenta título, subtítulo, imagens. 5.
Na atividade 4 os alunos devem identificar as partes de a. As imagens trazem reproduções de fotografias
uma notícia a partir de suas definições. Peça aos alunos de múmias do leão-da-caverna que foram en-
que leiam as definições e marquem as partes de acordo contradas. Dessa forma, quem lê a reportagem
com a legenda de cores apresentada. Se for possível, consegue visualizar o fato relatado. Costumam
leve a notícia reproduzida em um tamanho maior, ou em aparecer fotos que causam impacto no leitor e
formato de slide, para que os alunos possam visualizar, que criam curiosidade e expectativa sobre o que
marcar e justificar como cada um descobriu e relacionou será lido na notícia.
as definições de nomenclaturas com as partes da notícia. b. Resposta pessoal.
É possível que alguns alunos já conheçam esses termos,
então reforce a nomenclatura com toda a turma.
Peça aos alunos que analisem as imagens da notícia RETOMANDO
novamente e respondam à atividade 5. Eles devem
perceber que as imagens buscam causar impacto no Orientações
leitor e que são escolhidas com atenção para compor Promova uma roda de conversa e estimule os alu-
uma notícia. A presença da imagem em fotografia re- nos a criar um novo título e subtítulo para a notícia
produzida traz mais credibilidade ao texto jornalístico. estudada no capítulo.

28 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 28 20/12/2021 18:07


Espera-se que ao fim dessa aula os alunos tenham Expectativas de resposta
compreendido a importância dos elementos que com- Espera-se que os alunos perceba, na elaboração
põem a notícia. de um título novo para a notícia, que precisam ter
Peça aos alunos que compartilhem os títulos e sub- clareza dos fatos relatados para buscar uma infor-
títulos que criaram e que percebam as semelhanças e mação que chame a atenção do leitor no título. Para
diferenças entre eles. o subtítulo, devem antecipar informações sobre os
fatos a serem relatados.

ANOTAÇÕES

29 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 29 20/12/2021 18:07


6. Analisando notícias: explorando os recursos de linguagem
PÁGINA 30 PÁGINA 31

3.
6. Analisando notícias: explorando os recursos
de linguagem

Rovena Rosa/Agência Brasil


1. Em quais meios você costuma ler notícias? Por que esse meio é seu preferido?

2. Reúna-se em grupo para examinar os exemplares de jornais distribuídos pelo pro-


fessor. Em seguida, responda oralmente às questões a seguir.

⊲ Como o jornal está dividido?


⊲ Qual das partes do jornal mais chamou a sua atenção? Por quê?
⊲ Há imagens nesses jornais? Se sim, o que elas retratam?
⊲ As letras são sempre do mesmo tamanho? Por quê?
⊲ Algum fato noticiado recebe mais destaque do que outros? Se sim, quais são SP: começa a temporada da floração das cerejeiras no Parque do Carmo.
Agência Brasil, 7 ago. 2021. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/
esses fatos? geral/noticia/2021-08/sp-comeca-temporada-da-floracao-das-cerejeiras-
no-parque-do-carmo. Acesso em: 6 out. 2021.

PRATICANDO 4.
A pequena Nicole Oliveira, 8 anos, parece se inspirar na máxima “o céu
é o limite”. Já nos primeiros anos de vida trocava bonecas por estrelas de
Os textos e as imagens a seguir são partes de duas notícias. pelúcia e demonstrava fascinação pelo espaço. A menina integra uma ins-
tituição de astronomia, é bicampeã da Olimpíada Brasileira de Astronomia
Reúna-se com um colega e leia os trechos e imagens extraídos dessas notícias. Depois, e Astronáutica — ouro em 2020 e 2021 — e já detectou sete asteroides em
desafios de um projeto do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
respondam à questão.
(MCTI) em parceria com a agência especial norte-americana, a Nasa.
1. [...]
Estudar engenharia espacial é um dos sonhos da menina. “O meu maior
A cerejeiras começaram a florir no Parque do Carmo, na zona leste da ca- sonho é que todas as crianças do mundo tenham acesso à ciência, tecnolo-
pital paulista. A cerejeira é uma árvore símbolo do Japão, onde é conhecida gia, astronomia e tudo que elas sonharem. E eu quero muito me formar em
como sakura, e sua floração é muito curta: dura poucas semanas, entre os engenharia aérea espacial para construir foguete e levar as pessoas para o
meses de julho e agosto. espaço”, sonha a astrônoma mirim.
Caso seja confirmada, Nicole pode entrar para o Guinness Book, o livro
dos recordes, como a pessoa mais jovem a descobrir um asteroide.
SP: começa a temporada da floração das cerejeiras no Parque do Carmo. Agência Brasil, 7 ago. 2021. MENINA de oito anos se torna caçadora de asteroides no CE:
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-08/sp-comeca-temporada-da-floracao- "Troco todas as festas por um telescópio". Samuel Pinusa. G1 Ce. Disponível em:
das-cerejeiras-no-parque-do-carmo. Acesso em: 6 out. 2021. https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/08/07/menina-de-oito-anos-se-torna-cacadora-de-asteroides-
no-ce-troco-todas-as-festas-por-um-telescopio.ghtml. Acesso em: 1o dez. 2021.

5.
2.
A astrônoma mirim, que mora em Fortaleza, participa de um proje-
to onde já detectou sete asteroides. SP: começa a temporada da floração das cerejeiras no Parque do Carmo
MENINA de oito anos se torna caçadora de asteroides no CE: `Troco todas as festas por um telescópio'. Samuel
Pinusa. G1 Ce. Disponível em: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/08/07/menina-de-oito-anos-se- A cerejeira é uma árvore símbolo do Japão
torna-cacadora-de-asteroides-no-ce-troco-todas-as-festas-por-um-telescopio.ghtml. Acesso em: 1o dez. 2021. SP: começa a temporada da floração das cerejeiras no Parque do Carmo. Agência Brasil, 7 ago. 2021.
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-08/sp-comeca-temporada-da-
floracao-das-cerejeiras-no-parque-do-carmo. Acesso em: 6 out. 2021.

30 4 o ANO 31 L Í N G UA P O RT U G U ESA

PÁGINA 32 PÁGINA 33

6. a. b.
©Jonathan Knowles/DigitalVision/Getty images

MENINA de oito anos se torna caçadora de asteroides no CE: "Troco todas as festas por um RETOMANDO
telescópio". Samuel Pinusa. G1 Ce. Disponível em: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/
2021/08/07/menina-de-oito-anos-se-torna-cacadora-de-asteroides-no-ce-troco-todas-as-
festas-por-um-telescopio.ghtml. Acesso em: 1o dez. 2021.
1. Com base nos textos lidos anteriormente, completem o quadro a seguir com as
informações principais das notícias.
7.
Menina de oito anos se torna caçadora de asteroides no CE: "Troco Texto A Texto B
todas as festas por um telescópio"
O que
MENINA de oito anos se torna caçadora de asteroides no CE: `Troco todas as festas por um telescópio'. Samuel aconteceu?
Pinusa. G1 Ce. Disponível em: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/08/07/menina-de-oito-anos-se-torna-
cacadora-de-asteroides-no-ce-troco-todas-as-festas-por-um-telescopio.ghtml. Acesso em: 1o dez. 2021.
Com quem?

8.
Para celebrar a floração, desde 1978 era realizado no parque a Festa da Cerejeira, Onde ocorreu?
que costumava atrair milhares de turistas com barracas de comidas e apresenta-
ções culturais japonesas. Mas a festa foi interrompida pela pandemia de covid-19.
Quando ocorreu?
Neste ano, o parque estará aberto para visitação e as pessoas poderão conhecer as
cerejeiras, mas as apresentações culturais não serão realizadas.
Segundo a Federação de Sakura e Ipê do Brasil, que era responsável pela organi- Como aconteceu?
zação da festa, haverá apenas estandes de comidas típicas para os visitantes entre
os dias 6 e 15 de agosto, aos finais de semana. Por que
A visitação ao parque é gratuita e o horário de funcionamento é das 5h30 às 20h, aconteceu?
diariamente.
SP: começa a temporada da floração das cerejeiras no Parque do Carmo. Agência Brasil, 7 ago. 2021.
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-08/sp-comeca-temporada- 2. Agora, analisem as questões a seguir.
da-floracao-das-cerejeiras-no-parque-do-carmo. Acesso em: 6 out. 2021.

a. Que dificuldades vocês encontraram para realizar a atividade?

Agora, organizem essas partes de modo que possam compor cada uma dessas duas
notícias. Para essa atividade, vocês vão precisar organizar as notícias no esquema a seguir,
indicando, no esquema da letra A, as partes que compõem a primeira notícia; na letra B, as
partes que compõem a segunda notícia. b. Que estratégias vocês usaram para solucioná-las?
Vocês devem estar atentos à seguinte ordem de composição de uma notícia:
1. Título e subtítulo 3. Corpo da notícia
2. Lide 4. Imagem

32 4 o ANO 33 L Í N G UA P O RT U G U ESA

30 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 30 20/12/2021 18:07


Habilidades do DCRC
Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples para público infantil e cartas
EF35LP16 de reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um
desses gêneros, inclusive em suas versões orais.
Identificar e reproduzir, em seu formato, tabelas, diagramas e gráficos em relatórios de observação e pesquisa,
EF04LP24
como forma de apresentação de dados e informações.

Práticas de linguagem Contexto prévio


Análise linguística/semiótica (ortografização). Os alunos devem apresentar conhecimentos
prévios sobre a estrutura de um jornal.
Sobre o capítulo
• Contextualizando: conhecer melhor um jornal Dificuldades antecipadas
impresso. A atividade proposta requer leitura atenta, mi-
• Praticando: identificar as partes de uma notícia. nuciosa e interpretativa das diferentes partes de
• Retomando: retomar as aprendizagens sobre uma notícia, incluindo a leitura de imagens. Alguns
a estrutura de uma notícia. alunos podem desconhecer quais são as partes de
uma notícia e apresentar dificuldades para realizar
Objetivo de aprendizagem as associações. O desconhecimento das temáticas
• Identificar as diferentes partes constituintes de trazidas pelas notícias também pode dificultar a
uma notícia, exercitando o conhecimento acerca compreensão dos textos e a associação entre as
desse gênero jornalístico. partes.

Material
• Jornais físicos variados e adequados à faixa
etária dos alunos.

CONTEXTUALIZANDO a atenção deles. Dê oportunidade para diferentes alu-


nos falarem sobre diferentes partes que chamaram a
Orientações atenção e compartilharem o porquê.
Organize os alunos em alguns grupos e disponi- • Há imagens nesses jornais? Se sim, de que tipo?
bilize para cada grupo diferentes jornais impressos Fotos, desenhos, charges, ilustrações.
que sejam adequados à faixa etária deles. O objetivo • As letras são sempre do mesmo tamanho? Por quê?
desta atividade é que os alunos entrem em contato Os alunos devem perceber que há letras de diferen-
com esse meio de comunicação. Após algum tempo tes tamanhos e, algumas vezes, de diferentes fontes.
manuseando e observando os jornais, faça as seguintes Elas podem mostrar o título, subtítulo, corpo, legendas.
perguntas à turma: • Algum fato noticiado recebe mais destaque do que
• Vocês perceberam que o jornal possui seções ou outros? Qual?
cadernos? Nesta questão, chame a atenção para a primei-
Espera-se que os alunos percebam que o jornal ra página do jornal em que aparecem as principais
trata de vários assuntos e que é dividido em partes ou notícias do dia.
cadernos e que cada uma delas trata de um assunto: Ao observar os jornais, os alunos poderão perceber
Notícias nacionais, internacionais, esportes, cultura etc que ele traz, predominantemente, notícias e reporta-
Peça aos grupos que mostrem essas seções enquanto gens como parte de seu conteúdo. Instigue-os a fazer
compartilham com os colegas. algumas comparações com relação à diagramação
• Alguma parte desse jornal chamou a atenção de da primeira página dos diferentes jornais. Reforce aos
vocês? Se sim, qual? Por quê? alunos que o conteúdo dos títulos, que aparecem na
Os alunos devem mostrar a parte que chamou mais primeira página, é encontrado no interior do jornal,

31 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 31 20/12/2021 18:07


com mais detalhes. Destaque que, nesta aula, o foco os outros grupos podem complementá-lo. Outro grupo
está direcionado para as partes estruturantes de uma dirá o assunto principal do texto B e os outros grupos
notícia. Explique a eles que as imagens retratam o podem complementá-lo. Quanto às partes do jornal,
tema e assunto do texto, portanto, é importante que os peça aos grupos que digam a parte que escolheram e
elementos verbais possam dialogar com os elementos justifiquem essa escolha. Dessa forma, haverá a certeza
visuais que compõem o texto. Questione os alunos de que eles compreenderam e conseguiram relacionar
sobre o tamanho das letras que compõem títulos na as partes de um jornal.
primeira página e manchetes e explique-lhes por que
essas letras aparecem em tamanho maior. Expectativas de resposta
Assunto do texto A: O Parque do Carmo está aberto
Expectativas de resposta para visitação para que as pessoas possam apreciar
1 e 2. a floração das cerejeiras
Espera-se que os alunos percebam que há uma Assunto do texto B: Duas tempestades tropicais es-
organização na estrutura do jornal com relação às tão se aproximando do Japão e a população deve
notícias que são selecionadas para aparecerem em ficar alerta.
destaque na primeira página e outras ocuparem um a. b.
espaço menor no jornal. b.
Título e subtítulo: 5 Título e subtítulo: 7
Os alunos devem perceber que o jornal está di-
vidido em seções e que cada uma delas trata de Lide: 1 Lide: 2

um assunto.
As imagens do jornal trazem fotografias ou ilus- Corpo da notícia: 8 Imagem: 3 Corpo da notícia: 4 Imagem: 8

trações dos fatos que estão sendo mostrados na


notícia. As charges provocam humor partindo de
situações cotidianas.
As letras não apresentam o mesmo tamanho: há
letras maiores no título da notícia, menores no RETOMANDO
corpo, menores ainda na legenda...
Os alunos devem perceber que a primeira página Orientações
do jornal traz as notícias de destaque do dia. Ainda em grupos, os alunos devem retomar as notícias
da seção anterior e completar a tabela proposta nesta
seção com as principais informações sobre cada uma
PRATICANDO das notícias. Esta é uma atividade semelhante à que
realizaram no capítulo anterior. O objetivo é retomar
Orientações
as informações sobre as partes constituintes de uma
Com os alunos organizados em grupos, explique
notícia.
que eles deverão ler duas notícias juntos. Eles de-
Peça aos alunos que compartilhem as informações
vem escolher um dos componentes para ser o leitor.
Depois, eles devem identificar o assunto de cada um que descobriram. Anote as conclusões no quadro das
dos textos e escrever o nome de cada uma das partes respostas relacionando-as com cada uma das partes do
do jornal nos quadrinhos. Retome o capítulo anterior texto e suas funções. Retome novamente essas partes.
e a nomenclatura de cada parte de uma notícia e sua Pergunte em que parte do texto eles encontraram cada
função no texto. Deixe que eles discutam entre o grupo uma dessas respostas.
e cheguem às respostas por si mesmos. Circule pela Depois, peça aos alunos que analisem a atividade
sala e tire possíveis dúvidas. que realizaram e apontem as maiores dificuldades que
Depois, peça que cada grupo apresente as suas tiveram com o objetivo de compartilhar as estratégias
conclusões. Um grupo pode dizer o assunto do texto A e que utilizaram para resolvê-las.

32 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 32 20/12/2021 18:07


Expectativas de resposta 2.
1. A ordem das respostas pode variar de acordo a. Espera-se que os alunos possam apresentar difi-
com a organização das notícias na seção anterior. culdades em identificar e localizar cada uma das
Sugestões de resposta: informações nos textos lidos ou para encontrar o
assunto principal de cada um dos textos.
Texto A Texto B b. Espera-se que os alunos digam que retomaram
cada um dos textos e buscaram as informações
Menina de requeridas.
oito anos
As cerejeiras
pode se tornar
O que começaram a
a pessoa
aconteceu? florir no Parque
mais jovem a
do Carmo.
descobrir um
asteroide.
Nicole
Com
As cerejeiras. Oliveira,
quem?
8 anos.
No Parque do
Onde Carmo, na zona
No Ceará.
ocorreu? leste da capital
paulista.
Quando Em 7 de agosto
2020 e 2021.
ocorreu? de 2021.
A cerejeira é
uma árvore
Nicole
símbolo do
detectou sete
Japão, onde é
asteroides
conhecida como
em desafios
Como sakura, e sua
de um projeto
aconteceu? floração é muito
do Ministério
curta: dura
da Ciência,
poucas sema-
Tecnologia e
nas, entre os
Inovações.
meses de julho
e agosto.
Os asteroides
foram
detectados na
Porque sua
edição 2020
floração sempre
Por que do Caça-
ocorre entre os
aconteceu? -asteroides,
meses de julho
em que ela
e agosto.
formou uma
equipe com o
pai e a mãe.

33 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 33 20/12/2021 18:07


7. Entrevistas que viram notícias
PÁGINA 34 PÁGINA 35

7. Entrevistas que viram notícias


PRATICANDO
Você gosta de ler? Tem algum autor ou

Luis Salvatore/Pulsar
livro preferido? ⊲ Leiam a seguir uma entrevista com a escritora Ana Maria Machado, uma das
maiores autoras de livros infantojuvenis do Brasil.
⊲ Se você fosse entrevistar um colega
sobre seus hábitos de leitura, que
perguntas faria? Entrevista com Ana Maria Machado
⊲ Onde você estuda é possível fazer Uma das maiores autoras infantojuvenis do Brasil fala da importância da escola na formação
uma pesquisa para conhecer os gos- das futuras gerações de leitores
tos de leitura, livros e autores prefe- [...]
ridos dos colegas? Qual o papel da literatura na formação da criança?
⊲ Como essa pesquisa seria feita? Ana Maria: Ela permite sonhar, enfrentar medos, vencer angústias, desenvolver a imaginação, viver
⊲ Como os dados coletados seriam transmitidos? outras vidas, conhecer outras civilizações. Além disso, nos dá acesso a uma parte da herança cul-
tural da humanidade, afinal, temos direito a conhecer Dom Quixote, algumas histórias da Bíblia, o
Cavalo de Troia...
Faça um grupo com seus colegas para realizar uma pesquisa sobre os gostos de leitura Mas existem bibliotecas suficientes no Brasil?
da turma. Ana Maria: Uma pesquisa recente mostrou que 80% dos municípios brasileiros têm biblioteca. Elas
podem não estar muito atualizadas, é verdade, mas o maior problema é que as pessoas não têm o
hábito de visitá-las. E só frequentando podemos pressionar para que melhorem. Conheço uma, aqui
1. Para essa atividade, você vai precisar planejar, com o grupo, um roteiro de pergun- no Rio, que funcionava de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas, um horário terrível para quem
tas direcionado à turma sobre gostos de leitura, livros e autores preferidos. trabalha. A comunidade, que era muito ativa, reivindicou e o poder público se viu obrigado a mudar
o horário e abrir a biblioteca também nos finais de semana.
2. Registrem, na primeira coluna da tabela 5, perguntas que consideram relevantes Como despertar o gosto pela leitura?
para o tema da pesquisa. Ana Maria: Ler é gostoso demais. Por isso, é natural que as pessoas gostem. Basta dar uma chance para
3. Após o registro das perguntas, convide os colegas para dar as respostas. que isso aconteça. Ninguém é obrigado a gostar de cara. Tem de ler dois, três títulos, até encontrar
um que nos desperte. No caso da criança, dois fatores contribuem para esse interesse: curiosidade e
4. Anote os nomes dos entrevistados e suas respostas nas outras colunas da tabela. exemplo. Assim, é fundamental o adulto mostrar interesse. Na casa onde cresci, um dos quartos havia
sido transformado em biblioteca. Meu pai era jornalista e minha mãe, uma leitora voraz. O livro era um
concorrente dos filhos na atenção deles, e portanto, só podia ser uma coisa muito boa... O problema do
Brasil é que poucas crianças vivem essa realidade.
Perguntas Então cabe à escola estimulá-la.
Ana Maria: Sem dúvida. O peso da escola é muito maior aqui do que nos países mais desenvolvidos,
onde as pessoas leem mais. Como ainda não somos uma sociedade leitora, não podemos esperar
que o exemplo venha de casa. Ou acabaremos condenando as futuras gerações a também não ler. A
1 escola tem de entrar para quebrar esse ciclo vicioso, criando em seu espaço um ambiente leitor. O
mestre tem de dar o exemplo e despertar a curiosidade dos jovens. [...]
RAMALHO, Priscila. Entrevista com Ana Maria Machado. Nova Escola, 1o set. 2001. Disponível em: https://novaescola.org.br/
conteudo/955/entrevista-com-ana-maria-machado. Acesso em: 7 ago. 2021.
2

34 4 o ANO 35 L Í N G UA P O RT U G U ESA

PÁGINA 36 PÁGINA 37
EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LA.indb 35 17/12/2021 04:14

1. Qual é o assunto do texto? RETOMANDO


Responda às questões a seguir sobre o que você aprendeu neste capítulo.
2. Esse texto foi elaborado com perguntas e respostas. Você já conhecia esse modo
de apresentar as informações em um texto? Explique.
1. O que aprendi sobre como posso transformar uma entrevista em notícia?

3. Ao ser questionada sobre como despertar o gosto pela leitura, Ana Maria Machado
responde que “ler é gostoso demais. Por isso, é natural que as pessoas gostem.
Basta dar uma chance para que isso aconteça”. Você concorda com essa opinião?
Por quê?

4. Você e seu grupo vão produzir uma notícia a partir das informações que coletarem 2. O que você gostaria de aprender mais?
no texto da entrevista com a escritora Ana Maria Machado.

Lembrem-se de que a notícia deve ter:

⊲Título e subtítulo: breves, claros e atrativos.


⊲Lide: primeiro parágrafo. Deve responder as questões: Como? e Por quê?
⊲Imagens e legendas: as imagens devem chamar a atenção do leitor e as legen-
das jornalísticas trazem informações sobre a imagem.
⊲ Corpo do texto: deve apresentar um ou dois parágrafos detalhando as informações
do lide
Usem a criatividade!
3. Releia a notícia que você escreveu. Analise o texto, usando o quadro a seguir como
roteiro.

Concordo Não
Descritores Concordo
totalmente concordo

O título e o subtítulo estão relacionados com o que


vai ser noticiado?

O lide traz informações importantes como: o quê,


quem, quando e onde o fato ocorreu?

A imagem está de acordo com a notícia? Chama a


atenção do leitor e apresenta legenda pertinente?

36 4 o ANO 37 L Í N G UA P O RT U G U ESA

34 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_UN1_CAP7_PF.indd 34 20/12/2021 18:53


Habilidade do DCRC
Produzir notícias sobre fatos ocorridos no universo escolar, digitais ou impressas, para o jornal da escola,
EF04LP16 noticiando os fatos e seus atores e comentando decorrências, de acordo com as convenções do gênero
notícia e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

Práticas de linguagem
Análise linguística/semiótica (ortografização). Contexto prévio
Os alunos devem apresentar conhecimentos pré-
Sobre o capítulo vios sobre entrevistas e a estrutura de uma notícia.
• Contextualizando: realizar uma pesquisa sobre
os hábitos de leitura da turma. Dificuldades antecipadas
• Praticando: transformar uma entrevista em É possível que os alunos apresentem dificuldades
uma notícia. com os gêneros de pesquisa e de entrevista que
• Retomando: autoavaliar a produção feita com foram vistos em anos anteriores. Por essa razão,
seu grupo. eles devem construir esse conhecimento por meio
dos capítulos referentes a esse tema. Alguns alunos
Objetivo de aprendizagem podem precisar de ajuda para a organização do
Redigir trechos de notícias por meio de uma trabalho em equipe, bem como tomada de decisões,
entrevista jornalística, levando em consideração necessitando de mais orientações no passo a passo
a forma de composição do gênero textual. das atividades e da mediação do professor para
solucionar os conflitos.
Materiais
Uma folha de papel kraft; aparelho para foto-
grafar notícia.

CONTEXTUALIZANDO Para isso, é importante fazer um planejamento. Nesse


momento, oriente os alunos sobre quais questões são
Orientações mais relevantes para determinado tema. Por fim, após
As perguntas propostas têm o objetivo de levantar os a realização da coleta de dados, ajude-os a organizar
conhecimentos prévios dos alunos sobre os processos de as informações para a produção textual.
uma pesquisa que requer coleta de dados, podendo ser
por meio de entrevista, análise e tratamento da informa- Expectativas de resposta
ção, e por fim apresentação/publicação das descobertas. 1. Espera-se que os grupos consigam elaborar per-
Peça aos alunos que se reúnam em grupos de 4 guntas pertinentes ao tema e possam organizar
e elaborem 5 perguntas sobre os gostos literários da as informações para a produção textual.
turma. Eles devem anotá-las no espaço presente no
Livro do aluno.
Depois de elaboradas as questões, os alunos devem
escolher alguns colegas para respondê-las. PRATICANDO
É importante que os alunos sejam orientados a pla-
nejar um roteiro de perguntas direcionado aos colegas
sobre a temática proposta. Converse com eles sobre os Orientações
principais aspectos do tema proposto para a pesquisa. Se possível, apresente aos alunos o texto em ta-
Ajude-os a levantar as questões mais importantes sobre manho ampliado. Faça a leitura do texto em voz alta.
o tema do trabalho em equipe. Em seguida, mostre aos Em seguida, identifique com eles as características do
alunos a necessidade de ter um roteiro de perguntas. gênero textual entrevista. As principais características

35 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 35 20/12/2021 18:08


da entrevista são a oralidade e o discurso direto (re- 3. Espera-se que o aluno perceba que ao ser ques-
produção integral da fala de um personagem). Faça tionada sobre como despertar o gosto pela leitura,
perguntas como: Ana Maria Machado aponta a necessidade de
• Como o texto foi organizado? dar uma chance para que isso aconteça. O aluno
• O entrevistador planejou um roteiro de perguntas deve se posicionar sobre a opinião da autora Ana
antes de entrevistar a autora? Por quê? Maria Machado.
• Que perguntas vocês consideram mais importantes 4. Resposta pessoal.
nessa entrevista?
• Que outra pergunta o entrevistador poderia ter
incluído no roteiro? RETOMANDO
Converse com os alunos sobre a escritora entre-
vistada. Ana Maria Machado é autora infantojuvenil e
discute na entrevista a importância de a escola formar Orientações
futuras gerações de leitores. Após a leitura, encaminhe
Proponha aos alunos uma reflexão sobre a aula
as atividades. Oriente os alunos a prestar atenção no
e o capítulo estudado. O objetivo dessa atividade de
título da entrevista. Explique a relação do título com o
fechamento é possibilitar aos alunos um momento de
gênero entrevista, a imagem da autora e o conteúdo
autoavaliação. Peça a eles que escrevam suas conclu-
do texto.
sões no Livro do aluno e compartilhem com a turma
Com os alunos ainda organizados em grupos, peça-
suas respostas.
-lhes que releiam a entrevista porque terão que transfor-
Em seguida, os grupos farão uma autoavaliação da
má-la em uma notícia. Destaque os elementos de uma
notícia que escreveram. Peça a eles que, em grupo,
notícia e a função de cada um deles. Oriente os alunos
leiam a notícia que produziram e completem o quadro
a observarem o esquema em que deverão escrever a
analisando cada um dos descritores. Caso tenham dú-
notícia e pergunte-lhes onde entraria cada parte da
vidas, explique-lhes os descritores e o que cada um
notícia. É importante que os alunos percebam que a
deles significa.
primeira parte é o título, a segunda o lide, o espaço
Explique para os alunos como será feita a autoava-
em “L” para o corpo da notícia e o outro espaço para
liação. Chame atenção para as seguintes características
a fotografia. Para a fotografia, é possível buscar uma
do gênero notícia:
imagem da autora na internet e imprimir ou pedir que se
• O título e o subtítulo estão relacionados com o corpo
inspirem no fotografia da autora e façam um desenho.
da notícia?
Circule pela sala para verificar como os grupos
• O lide traz informações importantes como: o quê,
estão trabalhando ou se apresentam alguma dúvida
quanto à escrita. Caso demonstrem essa dificuldade, quem, quando e onde o fato ocorreu?
distribua dicionários para os grupos para que possam • O corpo da notícia aprofunda as informações trazidas
realizar consultas. pelo lide?
• A imagem selecionada para compor a notícia dialoga
Expectativas de resposta e constrói sentido com o texto verbal?
1. Quanto ao assunto da entrevista, os alunos podem • A imagem apresenta legenda?
citar os hábitos de leitura no Brasil. • Que gráfico poderia ser elaborado para compor a
2. Espera-se que o aluno compreenda que a en- notícia? Qual seria o título desse gráfico?
trevista é elaborada na forma de perguntas e Como uma avaliação da turma, você pode recolher
respostas. Esse gênero textual exige planejamento os textos para verificar se os alunos compreenderam
de roteiro, formulação de perguntas relevantes a estrutura de uma notícia e a função de cada uma de
de acordo com a temática proposta, registro es- suas partes.
crito das perguntas e respostas, ou gravações
em áudio com perguntas e respostas para que
posteriormente as falas possam ser transcritas
em uma reportagem.

36 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 36 20/12/2021 18:08


Expectativas de resposta
1. Espera-se que os alunos consigam perceber que
tiveram de ler a entrevista, buscar seus pontos
principais para conseguir elaborar cada uma das
partes da notícia.
2 e 3. Resposta pessoal.

ANOTAÇÕES

37 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 37 20/12/2021 18:08


8. Analisando meios de comunicação que veiculam notícias e reportagens
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4. Qual é o meio de comunicação mais utilizado pelas pessoas da sua família?


8. Analisando meios de comunicação que
veiculam notícias e reportagens
1. Que meios de comunicação veiculam notícias e reportagens? PRATICANDO
2. Quais desses meios de comunicação você utiliza para se informar?
Como você viu, o rádio é um dos meios de comunicação mais utilizados pelos brasilei-
ros para se informar.
Vamos ouvir uma notícia veiculada por uma rádio.
3. Analise a tabela a seguir, que mostra os meios de comunicação que os brasileiros
usaram para se informar no decorrer do ano de 2016.

Catherine Falls Commercial/Moment/Getty Images


P01) Em que meio de comunicação o(a) sr(a) se informa mais sobre o que acontece no Brasil?
E em segundo lugar? (ESTIMULADA – ATÉ DUAS MENÇÕES).

Base: Amostra (15050) 1a menção 1a / 2a menções

TV 63% 89%

Internet 26% 49% Atualmente, é muito comum ouvir rádio


via internet ou em aparelhos portáteis, como celulares.
Rádio 7% 30%
1. Após ouvir a notícia veiculada por uma rádio, escrevam as suas percepções sobre
Jornal 3% 12% cada um dos itens da tabela.

Revista 0% 1%

Meio externo (placas publicitárias, outdoor, Tipos de informações apresenta-


0% 0%
ônibus, elevador, metrô, aeroporto) das no programa.
Outro (Esp.) 0% 2%

NS/NR: Não soube responder ou não


0% 0% Tipo de música de abertura do
respondeu.
jornal.
TV é o meio preferido de 63% dos brasileiros para se informar, e internet de 26%, diz pesquisa. G1, 24 jan. 2017.
Disponível em: https://g1.globo.com/economia/midia-e-marketing/noticia/tv-e-o-meio-preferido-por-63-dos-brasileiros-
para-se-informar-e-internet-por-26-diz-pesquisa.ghtml. Acesso em: 7 ago. 2021.

Agora, responda.
Postura dos apresentadores.

a. Que meio de comunicação é o mais utilizado pelos brasileiros para se informar?

Entonação de voz dos apresenta-


b. Qual é o segundo? dores para anunciar as manchetes.

c. E o terceiro? Recursos sonoros.

38 4 o ANO 39 L Í N G UA P O RT U G U ESA

PÁGINA 40 PÁGINA 41

2. Com base no jornal radiofônico ouvido, relacione as colunas.


RETOMANDO
a. Qual é o nome do jornal? ( ) As manchetes.
Agora é a sua vez!
b. O que marca o início do ( ) Os apresentadores âncoras reforçam o
1. Dentre os elementos que compõem um jornal radiofônico, descritos a seguir, sele-
jornal? nome do jornal, apresentam-se e informam
cione dois considerados indispensáveis para a apresentação da notícia.
o horário e a data.
( ) As manchetes.
c. Quais são as primeiras ( ) A função é apresentar o programa. Devem ( ) Um apresentador com boa entonação e articulação das palavras.
informações anunciadas ser simpáticos aos ouvintes, sendo responsá-
por um dos âncoras? veis por anunciar as manchetes e as notícias. ( ) A vinheta e recursos sonoros.

( ) As notícias.
d. Ainda na abertura, os ( ) A função é marcar começo, fim ou mudança ( ) O repórter e as entrevistas.
âncoras se alteram de quadro nos programas. Pode ser também
anunciando o quê? uma marca de identidade do programa. ( ) A interação com a audiência.

2. Justifique sua resposta.


e. Após as manchetes ( ) A voz do Brasil.
ouvimos o quê?

f. Qual é a função dos ( ) Servem para atrair a atenção do ouvinte,


âncoras? resumindo as principais notícias do dia.

g. Qual é a função da ( ) As vinhetas.


vinheta?
3. Que diferenças você observa entre o modo como você fala e o dos apresentadores
h. Para que servem as ( ) Informações de lugar e hora. de uma programação de rádio? Dê exemplos.
manchetes?
mixetto/E+/Getty Images

Hoje, é possível
produzir, pela
internet, programas
de notícias similares
aos das rádios
tradicionais.

40 4 o ANO 41 L Í N G UA P O RT U G U ESA

38 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 38 20/12/2021 18:08


Habilidade do DCRC
Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos
comunicativos, e suas características linguístico-expressivas e composicionais (conversação
EF35LP10
espontânea, conversação telefônica, entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate,
noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).

Práticas de linguagem Contexto prévio


Análise linguística/semiótica (ortografização). Os alunos devem apresentar conhecimentos
prévios sobre a estrutura de um jornal.
Sobre o capítulo
• Contextualizando: analisar e interpretar dados Dificuldades antecipadas
em tabela.
Apesar de a escola ser lugar de comunicação, os
• Praticando: ouvir e analisar notícias.
• Retomando: concluir o que é mais importante alunos vivenciam com maior frequência atividades de
em um radiojornal. produção e leitura de textos escritos. Dessa forma,
é possível que os alunos apresentem dificuldades
Objetivo de aprendizagem no estudo da oralidade, pois o oral e o escrito se
Conhecer elementos composicionais e estru- diferenciam e variam de acordo com as particu-
turantes de notícias radiofônicas, reconhecendo laridades de cada gênero. Além disso, analisar a
o gênero como misto (fundado no texto escrito e composição da estrutura da notícia radiofônica é
realizado oralmente). algo complexo. A linguagem radiofônica tem suas
particularidades, o que vai exigir dos alunos a com-
Material
preensão da estrutura do gênero, as diferenças
• Equipamento para reproduzir vídeo.
• Trecho entre 1min30s até 4min55s do programa entre linguagem formal e informal, linguagem es-
Voz do Brasil, disponível em: https://www.youtube. crita e falada, entre outros. Segundo Baltar (2012),
com/watch?v=Ci3IvOb5Zt0&t=90s (acesso em: quando se escreve para o rádio, escreve-se para
7 ago. 2021). ser ouvido, não para ser lido, o que torna peculiar
• Uma folha de papel kraft. a escrita de textos para esse suporte.

CONTEXTUALIZANDO qual meio de comunicação utilizar a depender de onde


estivermos ou do que desejarmos saber.
Orientações Faça as seguintes perguntas:
No primeiro momento da aula, converse com os alunos • Quem tem um familiar que ainda usa rádio para
sobre o avanço da tecnologia. Questione se eles sabem escutar as notícias do dia a dia?
como os meios de comunicação modificaram-se com o • A televisão ainda é usada como meio de informação
tempo. Pergunte também se eles já viram ou se ainda dos acontecimentos?
têm em suas casas uma televisão de tubo. É possível
• Vocês conhecem alguém que ainda lê o jornal
que alguns alunos informem que sim. Explique que, no
impresso?
decorrer dos anos, os meios de comunicação alcança-
É possível que um ou outro aluno mencione que alguns
ram novos patamares tecnológicos, tornando cada vez
mais comum, por exemplo, a capacidade de acompanhar familiares ainda optam por escutar as notícias através
em tempo real o que se passa em outro estado ou até de rádios, outros pela tevê, e ainda outros utilizam o
mesmo em outro país. jornal impresso. Converse com a turma sobre as ques-
Explique aos alunos que, com o avanço da tecnolo- tões propostas. Anote as respostas no quadro. Espera-se
gia, as coisas mudaram, e uma delas foi a forma que o que os alunos citem jornal, telejornal, internet e rádio
aparelho televisor recebe e transmite imagens e sons. como exemplos.
Ao longo do tempo, os meios de comunicação adapta- Apresente aos alunos a tabela e, com eles, faça a
ram-se de modo que, atualmente, podemos escolher leitura e a interpretação dos dados.

39 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 39 20/12/2021 18:08


Destaque o meio de comunicação mais mencionado deve ocorrer de segunda a sexta-feira nas emissoras
como primeira opção pelos entrevistados (televisão); a radiofônicas brasileiras, na janela de horário das 19h
segunda opção mais mencionada na escolha (internet) às 22h, tendo duração de 1 hora.
e ressalte a posição do rádio na votação. Pergunte aos • Quantas pessoas participam desse radiojornal?
alunos se a pergunta da tabela tivesse sido feita para É possível que os alunos apresentem dúvidas. Se
a família deles, qual seria a resposta. Deixe que os necessário repasse o trecho do programa. Complemente
alunos compartilhem suas respostas e, se for possível, as respostas mostrando que aparecem cinco vozes:
faça uma tabela como a acima com as informações duas vozes são dos apresentadores, chamados de
das famílias dos alunos. âncoras, uma voz é do repórter e duas vozes são dos
entrevistados (em um áudio gravado). As entrevistas
Expectativas de resposta são feitas pelos repórteres, que ajudam a manter a
1. Espera-se que os alunos respondam rádio, tevê, audiência, fazendo perguntas retóricas como estratégia
internet, jornais, revistas etc. para manter o interesse dos ouvintes.
2. Resposta pessoal. • Por que são dois apresentadores?
3. É possível que os alunos façam comparações com
a. Espera-se que os alunos interpretem a tabela o jornal televisivo que geralmente é apresentado por
apontando a TV. dois âncoras. Complemente as respostas dos alunos,
b. Espera-se que os alunos interpretem a tabela explicando que o ideal é que o jornal seja lido por dois
apontando a internet. locutores, isso dá mais ritmo e agilidade às notícias e
c. Espera-se que os alunos interpretem a tabela evita a monotonia. Sobre a função dos apresentadores
apontando o rádio. âncoras ou locutores, eles precisam a todo momento,
4. Resposta pessoal. envolver a audiência, pois, embora a notícia seja o
evento principal nos programas informativos, o locu-
PRATICANDO tor precisa estabelecer uma relação que desperte o
interesse dos ouvintes.
• O que ouvimos logo na abertura do radiojornal,
Orientações após a vinheta?
Explique aos alunos que eles assistirão a um trecho Vocês podem ouvir novamente a abertura do pro-
de um programa radiofônico. Desse modo, será possível grama para que os alunos observem as manchetes. As
observar como funciona a gravação de um programa ao notícias em destaque são apresentadas na abertura
vivo. Caso não consiga passar o vídeo, passe pelo menos
do jornal em forma de manchetes.
o áudio para que os alunos consigam preencher a tabela
• Como os apresentadores se preparam para o que
e perceber características de um jornal radiofônico.
deve ser noticiado?
Peça aos alunos que observem no vídeo: quais os
tipos de informações apresentadas no programa; o É provável que os alunos percebam que os apre-
tipo de música de abertura do jornal; a postura dos sentadores leem a pauta com a descrição do que
apresentadores; a entonação de voz dos apresentado- vão relatar. Complemente as respostas dos alunos,
res para anunciar as manchetes; os recursos sonoros. explicando que eles possuem um roteiro ou script. O
Projete ou coloque o som para os alunos do trecho do gênero notícia radiofônica é considerado um gênero
programa, que deve ser pausado no tempo de 4min55s. misto, pois seu meio de produção funda-se no texto
Peça que, em duplas, façam os registros na tabela. escrito, mas sua concepção discursiva é oral (o locutor
Depois, resgate as observações dos alunos, seguindo as lê a notícia).
questões. Se for possível, escreva a tabela no quadro • Como é realizada a leitura das notícias?
ou em uma folha de papel Kraft e complete de acordo • Será que no roteiro ou script está escrito da maneira
com as falas deles. que eles leem?
Complemente as perguntas da tabela com as se- Primeiramente, os alunos precisam ler as questões
guintes questões: da primeira coluna e, posteriormente, encontrar as res-
• Que jornal é esse? pectivas respostas na segunda coluna. Para responder
Esclareça que esse é um programa jornalístico cha- às questões basta completar entre os parênteses com
mado A voz do Brasil, de transmissão obrigatória, que as letras indicadas.

40 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 40 20/12/2021 18:08


Destaque para os alunos que eles terão a oportuni- da voz, entonação e articulação das palavras
dade de uma primeira tentativa. Em seguida, reproduza que faz a leitura ficar clara e atraente, além do
o áudio do jornal novamente para que eles relembrem, timbre da voz que também faz a diferença.
tirem dúvidas e respondam ao que não conseguiram na 2. d; e; f; g; a; h; b; c.
primeira tentativa. Em seguida, passe o jornal novamente
para que eles relembrem, tirem dúvidas e respondam
ao que não conseguiram na primeira tentativa. RETOMANDO
Após todos concluírem, organize os alunos em du-
plas e peça para que troquem as atividades entre si.
Oriente os alunos para que, a partir desse momento,
eles ajudem a conferir as respostas da atividade. Orientações
Leia uma questão de cada vez e escolha um aluno Escolha alguns alunos para socializar as respostas.
para responder. Enfatize que as escolhas devem ser justificadas.
Discuta as possibilidades com os alunos. Para a Esclareça que todos os itens da lista são importantes
resposta que não estiver da forma esperada, oriente e que um completa o outro na construção de um bom
os alunos a anotar a letra correta ao lado. radiojornal.

Expectativas de resposta Expectativas de resposta


1. 1. Um apresentador com boa entonação e articulação
• Que tipos de informações são apresentadas
das palavras, as notícias.
neste programa?
Espera-se que os alunos percebam que todos os
É provável que os alunos falem sobre as notícias.
elementos descritos na atividade constituem uma
• Qual é o tipo de música que há na abertura do
jornal? programação de rádio. Contudo, um bom apre-
Música instrumental e com a vinheta do jornal. sentador e as notícias são essenciais.
• Qual a postura dos apresentadores? 2. Resposta pessoal.
Sérios, sentados e prontos para falar com o 3. É importante que o aluno perceba diferenças entre
microfone. o modo de ele falar e o do apresentador de rádio.
• Qual é a entonação de voz dos apresentadores Ainda que seja comum o uso de uma linguagem
para anunciar as manchetes? informal em programação de rádios, os apresen-
Eles falam com clareza utilizando o microfone tadores têm alguns cuidados com o uso da língua
e com uma entonação de voz neutra. nesse veículo de comunicação. As falas em um
• Quais são os recursos sonoros? programa de rádio podem ser planejadas e con-
Os alunos devem perceber que há alguns tipos tam com recursos expressivos. O modo de falar
de música para introduzirem o jornal e as no- do aluno é informal e varia conforme o contexto
tícias. Chame a atenção deles sobre o volume de uso da linguagem.

41 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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9. A construção de um radiojornal
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9. A construção de um radiojornal PRATICANDO

1. Vamos fazer uma enquete? 1. Leia a seguir o trecho de uma notícia publicada no site do G1.

Escola proporciona aulas através de

Crédito da imagem
Getty Images/Gerard Launet
rádio para estudantes sem internet
no interior do Ceará
Localizada a cerca de 82 km de Fortaleza, em
Mulungu, a escola estadual de Ensino Médio
Professor Milton Façanha Abreu passou a pro-
porcionar aulas através da rádio comunitária
Paz FM. A ação ocorreu após a paralisação das
aulas físicas na escola, no final de março, em
decorrência da chegada da pandemia do novo
coronavírus ao Ceará.
Diretor e professor da instituição, Luiz de França Leitão Arruda, 61, comenta a ideia para as aulas radiofô-
nicas surgiram logo após a paralisação presencial, em março, quando foram iniciadas as aulas via internet,
“mas logo foi constatada a dificuldade de mais de 100 alunos para acessar o conteúdo”.
⊲ Em sua casa, alguém costuma ouvir notícias? [...]
⊲ Por qual meio de comunicação sua família acompanha as notícias?
SOUZA, Sabrina. Escola proporciona aulas através de rádio para estudantes sem internet no interior do Ceará. G1 CE.
⊲ Na sua opinião, qual é o melhor meio de comunicação para transmitir notícias? Disponível em: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2020/06/24/escola-proporciona-aulas-atraves-de-
Por quê? radio-para-estudantes-sem-internet-no-interior-do-ceara.ghtml. Acesso em: 23 set. 2021.
Agora, em dupla, responda às questões.
Anote os resultados da enquete da turma.
a. Como essa notícia seria transmitida por uma rádio?

Na sua casa, as pessoas da sua família costumam ouvir ou assistir a jornais?

( ) Sim ( ) Não
Qual jornal elas costumam ouvir? b. Converse com seus colegas sobre as vantagens e as desvantagens de ouvir a
notícia por meio de uma rádio.
Principais jornais citados
c. Onde está localizada a escola que passou a proporcionar aulas através de uma
rádio? Qual é o nome dessa rádio?

d. Por que a iniciativa de aulas radiofônica foi necessária?

Existem diferenças entre o jornal da TV e o jornal do rádio? Explique.

e. Na sua opinião, que outra solução poderia ter sido oferecida aos alunos dessa escola?

42 4 o ANO 43 L Í N G UA P O RT U G U ESA

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⊲ Como essa notícia poderia ser transmitida via rádio? Observe a seguir: 2. Agora, compartilhe com seus colegas suas respostas. Depois, registre no espaço
abaixo o que aprendeu.
Primeira vinheta: Toca a música inicial de abertura do jornal.
Local e hora: Um dos apresentadores informa para os ouvintes o local e a hora.
Continuação da vinheta: Nesse momento, toca mais um trecho da música.
Introdução dos apresentadores: Os locutores da rádio se apresentam.
Manchetes do dia: Os apresentadores destacam as principais notícias do dia.
Introdução da notícia: Apresenta-se o título da notícia de destaque do dia.
Detalhamento da notícia: São apresentadas as informações que compõem o corpo da
notícia.

RETOMANDO

É hora de retomar o que você aprendeu.

1. Leia as informações e classifique-as como verdadeiras (V) ou falsas (F).

( ) A programação de um radiojornal deve ser em ritmo mais lento para facilitar o


entendimento dos ouvintes.
( ) A vinheta serve para marcar a entrada e a saída do programa.
( ) Para deixar a programação de radiojornal mais dinâmica, ela é apresentada
por um âncora.
( ) O roteiro descreve todo o trabalho que deve ser feito durante a programação
do radiojornal.
( ) A apresentação do radiojornal costuma ser longa e demorada, passando de
uma hora.
( ) O que chama a atenção dos ouvintes no início do programa são as entrevistas.
Getty Images/Guerilla

44 4 o ANO 45 L Í N G UA P O RT U G U ESA

42 4 o ANO

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Habilidade do DCRC
Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples para público infantil e cartas
EF35LP16 de reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um
desses gêneros, inclusive em suas versões orais.

Práticas de linguagem https://www.youtube.com/watch?v=vELms-


Análise linguística/semiótica (ortografização). K0nK4&t=27s. Acesso em: 7 ago. 2021; uma
folha de papel kraft.
Sobre o capítulo
• Contextualizando: responder a uma enquete Contexto prévio
sobre como sua família costuma ver/ouvir jornais. Os alunos devem apresentar conhecimentos
• Praticando: ouvir e analisar notícias transmitidas prévios sobre a estrutura de um jornal.
pelo rádio.
• Retomando: analisar afirmativas sobre o tema Dificuldades antecipadas
estudado e verificar se são verdadeiras ou falsas. O rádio pode ser um veículo de comunicação
pouco conhecido pelos alunos. Alguns deles podem
até nunca ter ouvido jornais radiofônicos. Se esse
Objetivos de aprendizagem
for o caso, eles podem apresentar dificuldades na
• Identificar os elementos estruturais de notícias
reflexão sobre as características estruturais do gê-
radiofônicas, suas finalidades e inter-relações. nero, incluindo a ideia de que há um texto escrito,
ou roteiro, que é oralizado pelos repórteres e apre-
Materiais sentadores em um programa de rádio. O conteúdo
• Equipamento para reproduzir vídeo; trecho até noticiado também pode ser de difícil acesso para
4min27s de episódio do programa Jornal da os alunos, por isso, nessa aula, é muito importante
Cidade, de 10 de janeiro de 2020. Disponível em: trabalhar o entendimento da notícia coletivamente.

CONTEXTUALIZANDO
• Em sua casa, alguém costuma ouvir notícias?
Orientações Espera-se que os alunos comentem que sim, uma
Inicie a aula conversando com os alunos sobre o vez que há variadas formas de acompanhar o no-
avanço da tecnologia e os efeitos nos meios de comuni- ticiário e o rádio é uma das mais acessíveis delas.
cação. Questione os alunos sobre as novas tecnologias: • Por qual meio de comunicação sua família
• Os meios de comunicação mudaram com o tempo? acompanha notícias?
• Como essa mudança refletiu na casa de vocês? É provável que os alunos respondam que a família
O que os seus familiares preferem, escutar notícias acompanha as notícias pela TV ou internet.
de rádio ou assistir à televisão? • Na sua opinião, qual é o melhor meio de
Deixe os alunos livres para que possam responder. comunicação para transmitir notícias? Por quê?
Solicite que os alunos façam uma enquete sobre os meios É possível que os alunos apontem a TV ou a internet,
de comunicação mais usados por suas famílias. meios mais difundidos atualmente do que o rádio.
Questione os alunos seguindo a enquete da ativida-
de. Leve uma folha de papel kraft com a tabela sobre a
PRATICANDO
enquete. Conforme os alunos vão respondendo, anote
na tabela as respostas. Depois, peça a eles que anotem
em seu material. Orientações
Explique aos alunos que, durante a aula, veremos Solicite que os alunos leiam, em duplas, o texto da
mais diferenças e semelhanças. seção. Questione, de maneira a introduzir as atividades
que serão trabalhadas em seguida: O que vocês acha-
Expectativas de respostas ram do texto? Já tinham ouvido falar de alguma situa-
1. Respostas pessoais. ção parecida? Deixe que os alunos compartilhem suas

43 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 43 20/12/2021 18:08


experiências oralmente. Em seguida, divida a turma em inicialmente, sobre as diferenças e semelhanças entre o
duplas produtivas, com diferentes habilidades. Informe jornal televisivo e o jornal radiofônico, como, por exemplo:
que a reflexão será feita em conjunto, mas os registros Semelhanças: Ambos têm “manchetes” ou chamadas
deverão ser feitos individualmente no Livro do aluno. para as matérias mais importantes daquela edição. O
Disponibilize tempo para que possam responder ao que jornal deve transmitir seriedade e confiança, noticiando
se pede e, depois, providencie a correção coletiva. Em fatos com responsabilidade.
seguida, introduza o conteúdo sobre a estrutura de uma Diferenças: Ambos seguem uma estrutura semelhan-
notícia radiofônica. te, porém o jornal radiofônico não possui o apoio da
Chame a atenção dos alunos para a importância do imagem. Por essa razão, os efeitos sonoros são muito
texto escrito na notícia radiofônica, explicando que ele é importantes. Pode-se notar, em alguns casos, uma maior
considerado um gênero misto, pois seu meio de produção repetição ao informar sobre fatos, objetivando um melhor
funda-se no texto escrito, mas sua concepção discursiva entendimento do assunto.
é oral. Por isso, os programas têm um roteiro ou script a • Será que um radiojornal precisa de ensaio?
ser seguido, evitando erros. Além disso, o roteiro é usado É possível que os alunos respondam que sim. Com-
por todos que integram o programa: os apresentadores, plemente as respostas, explicando que, mesmo em jor-
o responsável pelas vinhetas, o responsável por colocar nais transmitidos ao vivo, os apresentadores precisam
o repórter no ar, o repórter, para saber quando termina verificar antecipadamente as notícias e todo o conteúdo
a sua fala etc. do programa, para articular bem as informações.
Reproduza, então, apenas o áudio do jornal radiofônico • Como os apresentadores se orientam para não
cujo link encontra-se em Materiais. (até 4min27s). Em esquecerem suas falas?
seguida, peça aos alunos que respondam às questões É possível que os alunos respondam que os apre-
sugeridas: sentadores/repórteres utilizam um “papel” para saber o
• Quais assuntos você acha que serão abordados que falar. Complemente as respostas explicando que os
neste jornal? apresentadores utilizam um roteiro ou pauta. No roteiro,
Espera-se que eles tenham percebido que a primeira além dos enunciados que deverão ser lidos pelo locutor,
notícia do jornal trata da contaminação dos peixes no está descrito todo o trabalho técnico a ser feito, como
Rio Grande do Norte. a música que vai ao ar, o momento da fala do locutor,
• Que partes desse radiojornal ouvimos? as vinhetas de apresentação do programa, os efeitos
É possível que os alunos respondam que ouvimos as sonoros, entre outros, a fim de que os apresentadores
notícias do dia. Complemente as respostas explicando que não se confundam na sequência do programa.
ouvimos a abertura, composta primeiramente da vinheta
(parte musical), que tem a função de marcar o início, o Expectativas de respostas
fim ou a mudança de quadro durante o programa; depois 1.
ouvimos a data e a hora do programa e as manchetes, a. Espera-se que o aluno perceba que a notícia trans-
que são as principais notícias a serem apresentadas com mitida por meio de uma rádio exige ferramentas
maiores detalhes no decorrer do jornal. As manchetes que se distinguem do meio televisivo, como apre-
são apresentadas no início do programa para atrair a sentação de local e hora, a apresentação dos
atenção do ouvinte, resumindo os assuntos abordados locutores e apresentadores e o corpo da notícia.
naquele dia. b. Como vantagem, espera-se que o aluno perceba
• Quais são as características que chamaram atenção que, ao ouvir uma rádio, pode-se desenvolver
nesse jornal? outras atividades como dirigir, executar tarefas
É possível que os alunos citem os efeitos sonoros. manuais etc. Como desvantagem, a falta do as-
Complemente as respostas destacando aspectos como: o pecto visual por meio de imagens que ajudam
locutor (a locutora), o timbre de voz dos apresentadores na interpretação dos fatos.
chama atenção dos ouvintes, a entonação dá o desta- c. A escola estadual de Ensino Médio Professor
que para as diferentes notícias envolvendo o ouvinte. Milton Façanha Abreu está localizada a cerca
O volume da voz e a articulação das palavras são im- de 82 km de Fortaleza, em Mulungu. A iniciativa
portantes para uma pronúncia clara do texto. Neste é da rádio comunitária Paz FM.
momento, é importante resgatar a questão levantada,

44 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 44 20/12/2021 18:08


d. A ação foi necessária após a paralisação das que comparem as suas respostas. Aproveite para fazer
aulas presenciais na escola, em decorrência da mais reflexões sobre a estrutura do jornal de rádio,
chegada da pandemia do novo coronavírus ao relacionando com sua função social.
Ceará. Para finalizar, convide os alunos a fazer uma pesquisa.
e. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno discuta Para isso, eles devem entrevistar os pais, os seus avós
a problemática enfrentada por alunos que não ou os seus tios e perguntar como as notícias chegavam
possuem meios de acesso aos recursos digitais a eles antes do acesso à internet. É importante que os
para acompanhar as aulas. alunos façam os registros das respostas que colherem
com a pergunta. Em aula posterior, peça aos alunos
que compartilhem os resultados da pesquisa.
RETOMANDO
Expectativas de respostas
Orientações 1.
A atividade de fechamento possibilitará que o aluno
( F ) O radiojornal deve ser dinâmico e com notícias
reflita sobre a função social do gênero notícia radiofônica.
curtas, para facilitar para o entendimento dos
Comente também que muitas pessoas ligam o rádio em
ouvintes.
busca de informação, entretenimento ou simplesmente
( V ) A vinheta serve para marcar a entrada e a saída
para preencher o ambiente e optam pelo rádio porque,
ao contrário da TV, ele não exige atenção exclusiva. do programa.
Muita gente trabalha, dirige ou desenvolve qualquer ( F ) Em geral, os jornais radiofônicos são apresenta-
outra atividade enquanto ouve rádio. De modo geral, o dos por uma equipe variada: âncoras, repórteres
rádio é mais acessível, pois exige equipamentos menos de rua (cobrindo assuntos variados), colunistas
complexos para seu funcionamento. de opinião, analistas políticos etc.
Para socializar a atividade, leia uma frase de cada ( V ) O roteiro descreve todo o trabalho que deve
vez e deixe que os alunos exponham suas respostas. ser feito durante o radiojornal.
Questione sobre o que levou os alunos a considerar ( F ) A programação jornalística no rádio é variada,
a frase verdadeira ou falsa e peça que reescrevam as com programas longos ou curtos, a depender
afirmativas falsas transformando-as em verdadeiras. do enfoque do programa.
Mostre aos alunos a resolução da atividade para ( F ) O que chama a atenção dos ouvintes no início
do programa são as manchetes.
2. Respostas pessoais.

ANOTAÇÕES

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10. O que são radiojornais?
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10. O que são radiojornais? PRATICANDO

⊲ Com um colega, preencha o quadro com o roteiro para radiojornal.


Você sabe o que é radiojornal?
Use seu conhecimento para:

⊲ Completar as lacunas no texto.


⊲ Acrescentar o que você achar necessário.

ROTEIRO PARA O RADIOJORNAL


(nome do jornal)

1a vinheta (música e apresentação do jornal):

1. Encontre e marque no diagrama apenas as palavras relacionadas às notícias de


(Elabore uma apresentação ou slogan para a vinheta do jornal)
rádio. As palavras deste diagrama estão escondidas na horizontal e na vertical, sem
palavras ao contrário. Informações locais:
Apresentador: “ , da manhã, graus.”
(local) (hora) (temperatura)
Notícias radiofônicas
Continuação da vinheta: Música e efeitos sonoros

D N O D H K V R Á D I O Introdução do apresentador:
E T E X T O Y R T E N R Apresentador: “Boa tarde! Eu sou e estou com você até às .
(nome do apresentador) (horário do término)
M A N C H E T E M E F E Começa a partir de agora o .”
(nome do jornal)
T P T E L E V I S Ã O P
K F R V Í D E O V F T O Manchetes do dia:
• Cientistas encontram o novo planeta-anão no Sistema Solar.
A P R E S E N T A D O R
• Na segunda-feira, estreia o filme Venom nos cinemas.
D E L U S O C T R A E T
• Menina de 11 anos viraliza com reportagens de brincadeira para denunciar problemas da periferia.
A F I N H R T I C L G E

W R V I N H E T A R N R (crie uma manchete)

Introdução da notícia: Efeitos sonoros


2. Você encontrou palavras que não estavam relacionadas às notícias de rádio?
Preencha a tabela com todas as palavras encontradas. 1a notícia:

Apresentador: “Mônica e os irmãos brincam de fazer um telejornal e mostram problemas do bairro


Palavras relacionadas a
Outras palavras encontradas
notícias radiofônicas onde vivem em . As crianças se sensibilizaram
(nome da cidade)
com as dificuldades dos vizinhos em relação às constantes enchentes e decidiram fazer o próprio

jornal e reivindicar melhorias para a comunidade onde moram. É o que conta a reportagem
de .”
(nome do repórter)

46 4 o ANO 47 L Í N G UA P O RT U G U ESA

PÁGINA 48 PÁGINA 49

Entrevista:
Repórter: “Mônica e seus irmãos tiveram uma iniciativa incrível para divulgar as dificuldades que os RETOMANDO
moradores de seu bairro vêm enfrentando e para propor melhorias. Estou aqui com Mônica que
me conta como surgiu essa ideia. Mônica, nos conte um pouco sobre como tudo começou.” 1. Com um colega, descreva duas características das notícias radiofônicas e a impor-
tância de cada uma delas.
Entrevistada: “Eu e meus irmãos fizemos um jornal do bairro. Começou pequeno, agora cresceu,
muitos colegas quiseram participar. Acho importante expor os problemas do nosso
bairro e cobrar do poder público ações que possam melhorar a vida das pessoas.”

Repórter: “Mônica, nos conte: vocês tiveram respostas das autoridades e responsáveis pelas
melhorias? Já houve alguma mudança no bairro?”

Entrevistada:

2. Registre o que você aprendeu sobre:


(elabore uma resposta para a pergunta, como se você fosse Mônica)

Repórter: Mônica também nos contou que aprendeu a imitar o trabalho dos jornalistas assistindo todo
jornal radiofônico e
dia ao telejornal de manhã e que as ideias para os “jornais” surgem do que ela acha que sua função
“precisa arrumar”. Mônica, nos conte: qual será o próximo assunto do seu próximo jornal?

Entrevistada: Será sobre os maus-tratos dos animais.


vinhetas
Apresentador retoma com mais notícias:
Muito interessante essa ideia de Mônica! Parabéns para Mônica e seus irmãos que são um exemplo
para sua comunidade e para nossa cidade! Vamos agora para outro destaque da semana.
manchetes
Vinheta: Efeitos sonoros

2a notícia:
corpo da notícia

papel e ação dos


(Elabore uma notícia, trazendo mais informações sobre um dos acontecimentos destacados nas manchetes do dia.) âncoras

Apresentador encerra o 1o bloco de notícias:


papel e ação dos
Você está ouvindo o Jornal repórteres
(repita o nome e slogan do Jornal)

Continue nos acompanhando para se manter bem-informado. Em instantes, voltamos com mais
notícias! ⊲ Agora, troque seu material com um colega e analisem juntos as respostas. Caso
vocês tenham se esquecido de algum detalhe, complementem com as observa-
Vinheta: Efeitos sonoros de encerramento do 1o bloco de notícias. ções um do outro.

48 4 o ANO 49 L Í N G UA P O RT U G U ESA

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Habilidade do DCRC
Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples para público infantil e cartas
EF35LP16 de reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um
desses gêneros, inclusive em suas versões orais.

Práticas de linguagem Contexto prévio


Análise linguística/semiótica (ortografização). Os alunos devem apresentar conhecimentos
prévios sobre a estrutura de um jornal.
Sobre o capítulo
• Contextualizando: retomar os conhecimentos Dificuldades antecipadas
• sobre radiojornal. Embora o gênero notícia seja um gênero massivo
• Praticando: criar um roteiro para radiojornal. de comunicação que atinge a todas as camadas
• Retomando: descrever duas características que da população, deve-se considerar que as notícias
perceberam nas notícias radiofônicas. radiofônicas podem não fazer parte do cotidiano
de alguns alunos. Por isso, é possível que apre-
Objetivo de aprendizagem sentem dificuldades na atividade de reprodução
Reproduzir o roteiro de uma programação de de roteiros para radiojornal. Essa atividade exigirá
radiojornal, compreendendo as especificidades do a compreensão da notícia radiofônica como um
gênero notícia radiofônica. gênero oral, com suporte em um roteiro escrito.

CONTEXTUALIZANDO É possível que os alunos encontrem as palavras do


diagrama. Mesmo que não descubram todas, passados
Orientações cinco minutos, encerre a atividade e inicie a discussão.
Apresente aos alunos o que seria necessário para Verifique o que os alunos sabem sobre o significado
a montagem de uma rádio escolar. Pergunte se eles de cada uma das palavras. Complemente as respostas,
sabem o que acontece em um radiojornal. explicando que o rádio é um meio de comunicação que
É possível que os alunos apontem que é necessário veicula músicas e programas como jornais radiofônicos.
uma organização contendo os mesmos elementos que A vinheta, composta de músicas ou efeitos sonoros, faz
compõem a programação de um radiojornal. parte da abertura de programas e também pode marcar
Promova uma conversa sobre as questões: a mudança entre quadros. A vinheta também pode ser
• O que é um radiojornal? uma marca de identidade de determinado programa. Nos
É possível que os alunos respondam que se trata programas de rádio, há um apresentador que anuncia as
manchetes e um repórter que vai ao encontro da notícia
de um jornal falado ou então que esse tipo de jornal é
(em geral está no local dos acontecimentos). O jornal
veiculado pelo meio de rádio.
transmite notícias, informações, entrevistas e reportagens.
• O que é transmitido em uma programação de
As palavras foto, vídeo e televisão remetem ao gênero
radiojornal?
notícias. Elas estão também associadas a recursos em
É possível que os alunos respondam que uma pro-
outros meios de comunicação, como o jornal televisivo.
gramação de radiojornal transmite os acontecimentos As fotos são recursos que aparecem em jornais impressos
e as notícias do dia. e digitais. Os vídeos, geralmente, aparecem em jornais
Em seguida, diga que no diagrama há nove palavras televisivos e digitais.
relacionadas ao gênero notícia e que há palavras escon- Questione os alunos sobre o quadro no qual se deve
didas na vertical e horizontal, sem palavras ao contrário. incluir a palavra texto:
Após encontrar as nove palavras, é necessário • Existem textos nos jornais radiofônicos?
preencher a tabela com todas as palavras encontradas, • Como os apresentadores sabem o que vão falar?
classificando-as entre palavras relacionadas às notícias • Eles decoram as falas, improvisam ou seguem um
radiofônicas e outras palavras. texto?
Este momento é de investigação das hipóteses e dos • Que tipo de texto pode haver no programa de rádio?
conhecimentos dos alunos sobre o gênero.

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Permita que os alunos exponham suas opiniões e a passo como funcionarão as transmissões via rádio.
hipóteses. Complemente as respostas, explicando que Leia o enunciado da atividade e oriente-os a preen-
o texto escrito é importante para os apresentadores dos cher o roteiro com as informações solicitadas em verde.
jornais não só em programas de rádio. Os textos usados
são chamados de roteiros e neles há anotações, tópicos Expectativas de respostas
com os principais momentos do programa, perguntas a Respostas pessoais.
serem feitas para os entrevistados, entre outros. Destaque
a função do roteiro para radiojornal, que, apesar de se
basear no discurso oral, constitui-se a partir do texto RETOMANDO
escrito. O locutor lê as notícias, sendo imprescindível
elaborar um roteiro para nortear o trabalho de todos os Orientações
envolvidos em uma programação de radiojornal. Além Converse com os alunos sobre o que eles apren-
disso, explique que os roteiros também fazem parte dos deram sobre as notícias radiofônicas. É possível que
jornais televisivos. eles relacionem as características do gênero notícias
radiofônicas com as palavras do diagrama. O impor-
Expectativas de respostas tante é que eles relacionem suas percepções sobre
1. o gênero notícia radiofônica e sua função social de
proporcionar, aos cidadãos e à sociedade, o acesso
D N O D H K V R Á D I O
às informações de interesse coletivo sobre política,
E T E X T O Y R T E N R esporte, educação, cultura.
M A N C H E T E M E F E É importante que os alunos reconheçam que o rádio,
T P T E L E V I S Ã O P com seu perfil dinâmico, de grande alcance e de fácil
K F R V Í D E O V F T O acesso, constitui-se como um meio de comunicação que
leva notícias e informações com facilidade a todos os
A P R E S E N T A D O R
locais e tipos de público.
D E L U S O C T R A E T Peça aos alunos que, individualmente, escrevam
A F I N H R T I C L G E o que perceberam sobre os jornais radiofônicos e
W R V I N H E T A R N R suas características. Essa atividade tem o objetivo
de realizar uma avaliação entre pares do que eles
2. Palavras relacionadas a notícias radiofônicas: aprenderam durante a sequência de capítulos. Depois
APRESENTADOR, MANCHETE, RÁDIO, TEXTO, que cada um escrever o que aprendeu sobre os temas
VINHETA, REPÓRTER. presentes na tabela, eles devem trocar seu material
Outras palavras encontradas: FOTO, VÍDEO e com um colega, ler as observações que ele escreveu
TELEVISÃO. e trocar ideias sobre o que poderiam complementar
na tabela um do outro.
Observe a atividade realizada e verifique como as
PRATICANDO duplas estão trabalhando. Solicite aos alunos que com-
partilhem as respostas com os outros grupos. Questione
os alunos:
Orientações • Quais foram as maiores dificuldades ao realizar
Explique aos alunos que eles têm um desafio para • esta atividade?
resolver em grupo. Organize a turma em grupos de três Como chegaram a essa determinada conclusão
ou quatro alunos. sobre a organização de um jornal radiofônico?
Entregue aos alunos uma cópia da atividade e peça a • Neste capítulo, foi possível compreender como
eles que imaginem que o projeto dos professores apre- • acontece o funcionamento de um jornal radiofônico?
sentado no texto deu certo e que agora eles desejam Os grupos podem apresentar pontos diferentes.
criar um radiojornal, mas para isso é necessária uma Espera-se, entretanto, que as respostas estejam de
organização, ou seja, um roteiro que apresente passo acordo com o que já foi explorado durante o capítulo.

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Para aprofundamento e fundamentação teórico-me-
todológica a respeito dos assuntos trabalhados neste
capítulo, as obras e os materiais a seguir podem ser
consultados:

PARADA, Marcelo. Rádio: 24 horas de jornalismo.


Panda Books, 2000.
No livro, o renomado jornalista conta suas expe-
riências como radialista.

Expectativas de respostas
1. Respostas pessoais.
2. Respostas pessoais.

ANOTAÇÕES

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11. Que tal criar um telejornal?
PÁGINA 50 PÁGINA 51

11. Que tal criar um telejornal? 2. Observe o organograma, leia as pistas e complete as lacunas usando os termos
do quadro abaixo.
Você já assistiu a algum telejornal?

Operador de câmera/camera man

©crédito de imagem / banco de origem


atos/acontecimentos de diversos temas
reportagem jornalistas/âncoras
informações repórter/cinegrafista
Cena do telejornal produtores/pauteiros estúdio
da TV Cultura,
Jornal da Cultura. entrevista editor de texto/imagem

⊲ Quais são os telejornais que você e sua família costumam acompanhar as notícias?

Telejornal
⊲ Que tipo de notícias costumam aparecer em telejornais?

Os profissionais Antes de ir ao ar, a


Os responsáveis
É produzido Apresentado responsáveis por reportagem é revisada
pelas reportagens
em um... por... elaborar notícias são por um profissional
são os...
⊲ Você considera importante assistir às notícias em um telejornal? Por quê? chamados de.. chamado de...

O lugar é São Eles podem coletar


PRATICANDO ocupado por responsáveis Eles verificam a informações sobre
equipamentos por apresentar... veracidade dos fatos um acontecimento ou
de gravação pesquisando... opiniões por meio de
1. Muitas pessoas trabalham para que um telejornal possa acontecer. Vocês sabem usados por... uma...
quais profissionais participam da produção e quais funções são desempenhadas
por eles?
Tashi-Delek/E+/Getty Images

Selecionam algumas
notícias para ir até o local do
acontecimento e gravar mais
informações. Isso se chama...

A produção de um telejornal
envolve muitos profissionais.

50 4 o ANO 51 L Í N G UA P O RT U G U ESA

PÁGINA 52 PÁGINA 53

3. Organize o organograma da atividade 1 no quadro a seguir. Divida as informações


nas colunas adequadas. RETOMANDO

Vamos relembrar características dos telejornais?


Profissionais que trabalham em um telejornal Partes de um telejornal

1. Leia as frases a seguir e marque V para verdadeiro e F para falso.

a. Telejornal é um noticiário transmitido pela televisão. ( )


b. O profissional responsável pela construção e apresentação do telejornal é o
apresentador, chamado também de âncora. ( )
c. Em um telejornal não são utilizados recursos visuais e sonoros. ( )
d. A função dos telejornais é transmitir ao público fatos e acontecimentos sem ne-
cessidade de verificar a sua veracidade. ( )
e. Na elaboração de um telejornal não é necessário o trabalho em equipe. ( )
f. O roteiro/pauta é um recurso que não contribui com a organização do trabalho
em um telejornal. ( )

2. Você já pensou em quantas notícias podemos ouvir em um telejornal?

a. Conte um pouco sobre a previsão do tempo relatada no noticiário em um


telejornal.

b. Converse com seus colegas e desenhe o que prevê o noticiário para o tempo
nesta semana.
Jornalistas/âncoras
Informações
Produtores/pauteiros
Cinegrafista Repórter
Estúdio Reportagens
Operador de câmera/camera man Entrevistas

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50 4 o ANO

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Habilidade do DCRC
Produzir jornais radiofônicos ou televisivos e entrevistas veiculadas em rádio, TV e na internet, orientando-se
EF04LP17
por roteiro ou texto e demonstrando conhecimento dos gêneros jornal falado/televisivo e entrevista.

Práticas de linguagem Material


Oralidade. • Trecho de vídeo sobre a estrutura de um telejornal,
disponível em plataformas digitais, que seja
Sobre o capítulo adequado para a faixa etária dos alunos.
• Contextualizando: refletir sobre estruturas e
hábitos que envolvem o consumo de telejornais. Contexto prévio
• Praticando: identificar os profissionais res- Os alunos devem apresentar conhecimentos
ponsáveis pela elaboração de um telejornal. prévios sobre os telejornais e sua estrutura.
• Retomando: analisar um parágrafo com in-
Dificuldades antecipadas
formações sobre o que descobriram sobre os
Apesar de os telejornais fazerem parte dos meios
telejornais corrigindo informações equivocadas.
de comunicação, gênero textual e discursivo pode
não fazer parte da vida diária de alguns alunos, de
Objetivo de aprendizagem modo que é importante, neste momento, auxiliá-los
Refletir sobre o processo de construção e a es- com as dúvidas que surgirem durante as atividades.
trutura dos telejornais. Essa atividade exigirá reflexão e observação minu-
ciosa dos alunos sobre as características temáticas,
composicionais e estilísticas do gênero.

CONTEXTUALIZANDO Reproduza o vídeo para os alunos. Caso a escola


não disponha de um equipamento de vídeo, baixe o
Orientações vídeo em seu telefone celular e organize os alunos em
É provável que os alunos associem a palavra com grupos para que o assistam.
o meio de comunicação televisão, respondendo que Contextualize as informações do telejornal, questio-
telejornais são jornais que passam na TV. Peça que deem nando os alunos sobre os temas abordados nas notícias,
exemplos de telejornais conhecidos por eles. Pergunte para que possam expressar oralmente suas ideias e
se existem outros meios de transmitir um jornal além da observações. Faça as seguintes perguntas:
televisão. É provável que os alunos respondam que é • Quais os acontecimentos noticiados pelo telejornal?
possível transmitir um jornal pelo rádio e pela internet. Resposta esperada: é provável que os alunos indiquem
Apresente aos alunos o vídeo de telejornal previa- as manchetes dadas no início do telejornal e as notícias
mente selecionado. A ideia é que esse vídeo sirva de que foram acompanhadas por reportagens.
embasamento para as discussões posteriores da aula • Alguém já viu esse telejornal?
sobre as características temáticas, composicionais e É possível que alguns alunos não o conheçam; por
estilísticas do gênero. isso, comente que esse é um programa jornalístico que
Como a prática de linguagem priorizada nesse plano apresenta notícias do Estado do Ceará, cujo objetivo
é a oralidade, explore todos os momentos de discussão. é deixar todos os moradores informados sobre tudo
Antes de reproduzir o vídeo, você pode solicitar aos o que contece no Estado do Ceará e na sua capital,
alunos que digam como imaginam que seja esse tele- que é Fortaleza. Comente, também, que esse tele-
jornal: “qual sua estrutura?”, “quantos apresentadores jornal vai ao ar de segunda a sexta, pelo canal de
e repórteres aparecem?”, “onde são feitas as gravações TV Verdes Mares.
(internas e/ou externas)?”, “quais são os temas mais • Quais outros telejornais vocês conhecem?
frequentes de notícias?”, entre outras questões. É provável que os alunos apontem para outros tele-
Procure não antecipar nenhuma informação, apenas jornais que membros da família costumam acompanhar
faça levantamentos e deixe que os alunos descubram as notícias.
as respostas ao assistirem ao vídeo.

51 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 51 20/12/2021 18:08


Aproveite para abordar a função social do gênero no vídeo de forma explícita (âncoras, jornalista esportivo,
notícia, questionando: repórteres externos), implícita (diretor, profissionais de
• Quem produziu as notícias? iluminação e câmera, equipe de edição) e que outras
É provável que os alunos respondam que foi a equi- não aparecem (exemplo: equipe de pesquisa e revisão).
pe do jornal. Complemente as respostas destacando Deixe os registros no quadro e explique que, ao
o nome do jornal. final da aula, as respostas serão retomadas para a
• Para quem elas foram produzidas? conclusão da análise.
É provável que os alunos respondam que as notícias Organize a turma em grupos de 3 ou 4 alunos.
foram produzidas para o público que assiste ao jornal. Explique aos alunos que a dinâmica da atividade
Complemente as respostas explicando que os telejornais é composta de um organograma com pistas e uma
têm seus telespectadores (os que assistem) e, por meio tabela com as respostas. Os grupos devem associar
deles, as notícias podem alcançar um público maior (os as respostas da tabela com as pistas e escrevê-las
que não assistem). Além disso, usuários da internet mui- nos locais corretos.
tas vezes publicam trechos de notícias veiculadas pelos Socialize com os alunos o organograma comple-
telejornais, provocando a curiosidade de pessoas que to. Para cada parte do texto, escolha um grupo para
não acompanham os jornais televisivos, levando-as a apresentar a resposta. Faça um organograma como
conferir as notícias na íntegra. Aproveite para ressaltar o do material dos alunos no quadro ou em uma folha
que, assim como no jornal impresso, a seleção de notícias, de papel pardo.
matérias e a linguagem utilizada variam de telejornal Retome com os alunos as respostas registradas no
para telejornal. Essas características variam de acordo quadro sobre os profissionais que fazem um telejornal
com o público-alvo (há aqueles que abordam as notícias e as funções e questione:
de maneira sensacionalista, outros focam em aspectos • Vocês conheciam todas essas profissões?
culturais/comunitários, outros em notícias do Brasil e do É provável que os alunos afirmem que não conhe-
mundo, ou ainda aqueles que focam em notícias locais). ciam as funções de produtor/pauteiro e de redator.
• Qual é o objetivo do telejornal? É importante destacar que existem outros profissionais
É provável que os alunos respondam que o objetivo que trabalham no estúdio, para que o telejornal seja trans-
é noticiar acontecimentos. Complemente as respostas, mitido como, por exemplo, diretor do jornal, supervisor de
explicando que a intenção principal dos telejornais é reportagem, editor-chefe, técnico de operações, operador
informar acerca de determinados acontecimentos e de áudio, operador de iluminação, operador de sistema.
fatos inéditos, tanto locais quanto globais, mas que os Peça aos alunos que organizem as informações na
objetivos também são abordar assuntos que chamam tabela do seu material.
a atenção dos telespectadores e, assim, aumentar a Explique que eles devem analisar as respostas
audiência do telejornal. da atividade 2 para realizar a atividade 3. Na coluna
“Profissionais que trabalham em um telejornal”, eles
Expectativas de respostas devem escrever as funções. Na segunda coluna, “Partes
1. Respostas pessoais. Espera-se que os alunos de um telejornal”, eles devem anotar o que assistem
comentem que um ou mais membros da família em um jornal: entrevista, apresentação da notícia etc.
assistam aos telejornais, descrevam os tipos de Eles também podem utilizar conhecimentos prévios, de
notícias que mais ouvem e expliquem por que acordo com outros telejornais que já viram.
consideram importantes ou não acompanhar o Socialize com os alunos a organização das informa-
noticiário por meio desse veículo de informação. ções, escolhendo alguns grupos para expor as respostas.
Chame a atenção dos alunos questionando:
• O que são e para que servem roteiros e pautas?
PRATICANDO Complemente as respostas explicando que os roteiros
elaborados pelos produtores devem ser seguidos para
Orientações evitar erros, como esquecer a fala, trocar a notícia etc.
Chame a atenção dos alunos para a estrutura do Além disso, o roteiro serve para todos que integram
telejornal. Permita que eles exponham as observações. É o programa: os apresentadores, o responsável pelas
preciso considerar que algumas informações aparecem vinhetas, o responsável por colocar o repórter no ar, o

52 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 52 20/12/2021 18:08


repórter para saber quando termina a sua fala etc. Os Explique que há jornais que abordam temáticas es-
apresentadores/repórteres devem estar atentos para pecíficas, considerando o público a que se direcionam
se comunicar de forma clara e objetiva. É importante as notícias, por isso nem todos apresentam previsão do
ressaltar que os textos são efetivamente lidos pelos tempo ou comentários esportivos, por exemplo.
âncoras. No caso das matérias envolvendo entrevistas, • Vocês imaginam como se organiza ou escolhe as
elas são previamente elaboradas (escritas) e realiza- temáticas das notícias e reportagens de um jornal?
das oralmente na rua ou no local onde o profissional Complemente as respostas explicando que um jor-
encontra o entrevistado. Leve os alunos a refletirem nal é geralmente dividido em editorias temáticas que
sobre como as práticas de produção de texto oral e agrupam diversos assuntos de interesse geral.
escrito estão intimamente imbricadas.

Expectativas de respostas
2. Respostas do organograma:
Telejornal

jornalistas/ produtores/ repórter/ editor de texto/


estúdio.
âncoras. pauteiros. cinegrafista. imagem.

operador de fatos/
câmera/ acontecimentos informações.
camera man de diversos entrevista.
temas.

reportagem.

3. Jornalistas/âncoras: apresentação de notícias/ feito nessa atividade e o trabalho de quem faz as no-
Repórter: entrevistas/ Cinegrafista: reportagens/ tícias. É possível comparar a tarefa à checagem de
Produtor/pauteiro: pesquisa/ Editor: organização/ informações em fontes confiáveis antes da publicação
Operador de câmera: filmagem de notícias, en- de uma notícia.
trevistas e reportagens.
Expectativas de respostas
1. a. V
RETOMANDO b. V
c. F
Orientações d. F
Peça aos alunos que façam a leitura atenta dos e. F
itens da questão. Se tiverem dúvidas, eles podem reler f. F
o capítulo e buscar a confirmação das informações. 2. Respostas pessoais.
Ao final da atividade, promova uma correção entre
os pares, incentivando-os a comparar as respostas
e debater quando houver alguma discordância para
chegarem a um acordo. Faça a correção depois com
toda a turma e pergunte aos alunos como chegaram
à resposta correta.
Ao fazer a correção da questão, peça a alguns alu-
nos que leiam as suas respostas. Pergunte a eles se
enxergam semelhanças ou diferenças entre o trabalho

53 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 53 20/12/2021 18:08


12. Planejando uma notícia audiovisual
PÁGINA 54 PÁGINA 55

Vamos criar um telejornal?


12. Planejando uma notícia audiovisual

Rick Gomez/The Image Bank/Getty images


1. Você assiste a telejornais? Quais?

3. Para começar, converse com seus colegas e professor e responda a seguir.

a. Como se constrói um telejornal?

Vamos brincar de apresentar telejornal? b. Quais materiais são necessários?


⊲ Ouça as instruções do professor para a brincadeira.

⊲ Sente-se como um âncora de telejornal.


⊲ Movimente-se como se estivesse apresentando a previsão do tempo. c. O que não pode faltar?
⊲ Fale como se estivesse dando uma boa notícia. Agora fale como se estivesse
dando uma notícia triste.
⊲ Fale como um jornalista esportivo. Ele é mais contido ou é mais extrovertido?
⊲ Fale como em uma reportagem gravada sobre um fato cotidiano.
⊲ Despeça-se do seu público como repórter externo e depois como âncora. 4. Continue a brincadeira! Faça um desenho no quadro abaixo de algo que represen-
⊲ te um telejornal.

2. Agora, responda às questões a seguir.


a. Você gostou da brincadeira? Justifique sua resposta.

b. Qual papel você mais gostou de fazer? Por quê?

c. Qual situação proposta você menos se sentiu confortável para realizar? Por quê?

54 4 o ANO 55 L Í N G UA P O RT U G U ESA

PÁGINA 56 PÁGINA 57

3. Criando um telejornal!
PRATICANDO
Sigam as etapas abaixo.
1. Planejando o telejornal!
⊲ Escolham um nome para o telejornal. ⊲ Planejem como será a reportagem, quais recursos vão utilizar, quem entrevistarão.
⊲ Definam temas para expor no telejornal. Façam os registros a seguir.
⊲ Organizem-se em grupos e distribuam as tarefas.
⊲ Designem cada membro do grupo como responsável por uma tarefa.

2. Faça um desenho para ilustrar o telejornal que vocês vão criar. Depois, comparti-
lhe o desenho com os colegas.

⊲ Produzam o roteiro de perguntas para realizar a entrevista.

⊲ Mãos à obra!

RETOMANDO

1. Agora, faça com seu grupo um checklist para a gravação.

56 4 o ANO 57 L Í N G UA P O RT U G U ESA

54 4 o ANO

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Habilidade do DCRC
Analisar o padrão entonacional e a expressão facial e corporal de âncoras de jornais radiofônicos ou televisivos
EF04LP18
e de entrevistadores/entrevistados.

Práticas de linguagem
Análise linguística/semiótica (ortografização). Dificuldades antecipadas
A fala e a escrita são modalidades usuais da
Sobre o capítulo língua portuguesa. Entretanto, a oralidade não
• Contextualizando: conversar com os colegas costuma ser reconhecida como objeto de estudo
sobre como começar a planejar um telejornal. na escola. Por isso, é possível que os processos de
• Praticando: planejar a produção do telejornal. recepção, análise e construção dessa prática não
• Retomando: fazer um checklist para a gravação sejam familiares aos alunos. A ideia, por exemplo,
do telejornal. da existência de um texto oral que deve ser plane-
jado e escrito para depois ser oralizado ou servir
Objetivos de aprendizagem de base para a oralidade pode ser estranha aos
Produzir os roteiros de notícias para um telejor- alunos. Entretanto, o trabalho com gêneros textuais
nal, refletindo sobre as características específicas reforça a ideia da existência de uma forma de com-
desse gênero textual e discursivo. posição e de temáticas específicas que devem ser
consideradas tanto na modalidade escrita quanto
Material na modalidade oral do gênero notícia. Assim, fi-
• Equipamento de vídeo; vídeo Como funciona um que atento, pois alguns alunos podem apresentar
telejornal. 8min20seg. Disponível em: https:// dificuldades para colocar em prática as estraté-
www.youtube.com/watch?v=Rkc9nvdItDY. Acesso gias próprias da oralidade como a textualização
em: 1 out. 2021. (a organização e o registro das ideias em forma de
textos escritos) e a retextualização (passagem do
Contexto prévio
escrito para o oral).
Os alunos devem apresentar conhecimentos
prévios sobre telejornais.

CONTEXTUALIZANDO Expectativas de respostas


1. Respostas pessoais. Espera-se que os alunos, ao
Orientações menos alguma vez, tenham assistido - mesmo
Antes de começar a tarefa, pergunte aos alunos se que não integralmente - a um telejornal.
já assistiram a algum telejornal, mesmo que só uma 2. Respostas pessoais. Espera-se que os alunos fi-
parte dele. Pergunte sobre a postura dos âncoras, re- quem confortáveis ao registrar as suas experiên-
pórteres, entrevistadores e entrevistados. Recomende cias e consigam justificá-las usando vocabulário
que, ao longo da semana, os alunos assistam à maior
adequado e, de preferência, recursos coesivos
quantidade de telejornais que conseguirem.
anafóricos.
Peça aos alunos que se organizem em duplas para
realizar a primeira parte da atividade. 3. Respostas pessoais. Espera-se que, nessa etapa
Permita que os alunos exponham suas ideias e, se do percurso escolar e do andamento da Unidade,
for possível, apresente o vídeo sobre como funciona os alunos já saibam listar os modos de produção,
um telejornal. No vídeo, os bastidores da TV Verdes profissionais envolvidos e elementos estruturan-
Mares são apresentados. Além disso, eles poderão tes de um telejornal. Mesmo que não saibam a
conhecer um pouco da história de um telejornal do nomenclatura oficial, espera-se que reconheçam
próprio Estado. No vídeo, os profissionais da TV Verdes os princípios estruturantes do gênero.
Mares também explicam cada uma das etapas da 4. Respostas pessoais.
construção do telejornal, além da contribuição e do
papel de cada um para o trabalho final. Caso não
consiga passar o vídeo, assista-o em casa. Em duplas,
peça que os alunos discutam os tópicos da segunda
atividade e realizem o desenho individualmente.

55 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 55 20/12/2021 18:09


Dê as seguintes dicas:
PRATICANDO • Os textos das notícias para o telejornal devem ser
curtos e objetivos.
Orientações • A primeira saída a campo não é para realizar a
Organize os alunos em grupos de três ou quatro reportagem e, sim, para coletar informações, pensar
integrantes. Peça a eles que observem o quanto esse locais, fatos ou pessoas que podem ser filmadas
meio de comunicação pode ser importante para eles. para produzir a reportagem, convidar pessoas para
É desejável que os alunos discutam se os temas que participar da gravação e agendar entrevistas.
selecionaram vão agradar ao público. • Saindo a campo, cada membro do grupo deve saber o
É importante que os alunos escolham os assun- que fazer. É desejável que os alunos compreendam a
tos com base no público-alvo voltado para o 4o ano. tarefa de cada membro do grupo, como, por exemplo,
Portanto, as notícias e reportagens devem atender às selecionar e convidar o entrevistado, escolher o tema
expectativas desse público. da notícia e escrevê-la para ser apresentada na forma
Peça aos alunos que definam coletivamente temas oral, revisar o texto escrito, elaborar o roteiro de
que serão noticiados e a ordem em que vão aparecer perguntas para a entrevista, gravar a entrevista etc.
no telejornal. Comente com os alunos que o ideal é É importante que, antes de saírem a campo, os alu-
que os assuntos ou acontecimentos a serem noticiados nos tenham feito um bom planejamento das atividades
tenham relação com a vida escolar, como, por exem- a serem realizadas. Caso tenham planejado alguma
plo, a chegada de um aluno novo, o recebimento de entrevista com aluno ou com o professor, peça a eles
livros para a biblioteca, a entrevista com diretores da que apenas realizem o convite e marquem um horário
escola ou com algum professor, a entrevista sobre a para fazerem de fato a entrevista.
organização de um evento na escola, ou novo projeto Após o tempo determinado para a execução das
que esteja sendo realizado etc. tarefas, proponha aos grupos que compartilhem as
Se necessário, anote no quadro os assuntos que experiências. Os colegas podem dar ideias para deixar
forem surgindo e depois, com os alunos, selecionem a reportagem mais interessante ou para solucionar
quatro ou cinco assuntos que atendam às expectativas problemas e dificuldades que possam ter enfrentado.
do público-alvo, voltado para alunos do 4o ano. Nesse momento, é possível que alguma entrevista
O tamanho de cada grupo deve corresponder à
ou reportagem tenha que ser alterada. Se isso ocor-
quantidade de tarefas a serem executadas. Notícias
rer, aproveite para lembrar que a função do jornalista
mais elaboradas, com pesquisa e entrevista, podem ter
também é verificar a veracidade dos acontecimentos.
grupos maiores, com até seis alunos. Peça aos alunos
Se houver tempo, peça para os grupos se juntarem
que elejam os temas que podem interessar os colegas da
novamente para reescreverem alguma parte do roteiro
turma. Nesse momento, eles poderão organizar melhor
que precise de revisão.
as tarefas e os papéis desempenhados em um telejor-
nal, como apresentadores de notícias, de esportes, da
Expectativas de respostas
previsão do tempo, entrevistadores e entrevistados.
1 e 2. Respostas pessoais.
Espera-se que os alunos percebam o quanto é impor-
tante falar pausadamente e saber respeitar o turno de
fala (ouvir e falar no momento adequado). RETOMANDO
Com os assuntos e grupos já definidos, peça aos
alunos que planejem como será cada uma das reporta- Orientações
gens. Eles devem elaborar comentários ou manchetes Liste, com os alunos, os itens que devem trazer ou
diante das notícias. Solicite-lhes que escrevam o que confeccionar até a próxima aula, quando serão gravadas
vão dizer. Os textos escritos precisam ser revisados e, as reportagens. Algumas ideias são:
portanto, podem ser alterados. • Tópicos dos roteiros em cartolina para auxiliar o
Acompanhe o planejamento de cada grupo. Pergunte repórter;
aos alunos o que eles podem fazer para tornar as apre- • Microfone (que pode ser criado com materiais re-
sentações importantes. Oriente-os a fazer pesquisas utilizados como rolo de papel toalha, rolinhos de
e colher informações, exemplos, dados numéricos,
comparações, registros de imagens.

56 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 56 20/12/2021 18:09


papel higiênico, papel alumínio, papel reciclado, Caso a escola tenha alguma filmadora ou câmera
entre outros); digital, tablet ou celular com função de filmagem, reserve
• Roupas específicas para as funções (Por exemplo: o equipamento para a próxima aula. Caso contrário,
roupas mais formais para os âncoras, colete para verifique se há combinados mais flexíveis em relação
o camera man etc.); ao uso do celular na escola.
• Cenário com bancada e pano de fundo (com tecidos Em aula planejada, além das gravações, será pro-
como: TNT, toalhas, lençol etc.). posta uma edição das cenas do telejornal. Se possível,
Algumas tarefas deverão ser concluídas durante a grave algumas cenas e entrevistas ao longo da semana,
semana ou em casa. Em aula, organize os grupos de de modo que no dia falte apenas as gravações dos
alunos para realizarem as gravações. Dessa forma, apresentadores (em sala) e dos repórteres (na área
possibilite aos alunos um tempo para que elaborem os externa). É importante organizar um cronograma com
materiais necessários (cenário, cartazes e microfones), as atividades dos alunos com o objetivo de atender às
continuem com os ensaios, marquem ou já realizem as necessidades que eles vão apresentando ao longo da
entrevistas e, se necessário, coletem mais dados para elaboração de um telejornal.
a escrita dos textos.
Expectativas de resposta
1. Respostas pessoais.

ANOTAÇÕES

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13. Produzindo notícia audiovisual
PÁGINA 58 PÁGINA 59

1. Converse com os colegas e o seu professor e, juntos, cheguem a algumas conclu-


13. Produzindo notícia audiovisual sões para responder às perguntas a seguir.

a. Como seria a produção de um telejornal da sua turma?


GRAVANDO b. Quem seria o editor das gravações?
Para a produção de um telejornal, o primeiro passo é organizar o roteiro que será exe- c. Qual seria o melhor dia para as apresentações?
cutado ao longo do telejornal. Depois, a gravação poderá ser iniciada.

PRATICANDO

©selimaksan/E+/Getty Images
Você sabe como funcionam os bastidores de um telejornal?

©bjones27/E+/Getty IMages
EDITANDO
O segundo passo é a edição de um telejornal, seja pelo celular ou pelo notebook. Com
as ferramentas corretas e os meios necessários, uma edição pode ser feita com sucesso.
Hoje em dia temos vários aplicativos que podem nos auxiliar nessa tarefa.

Normalmente, muitas câmeras estão em um ângulo propício para que sejam captadas
©Dobrila Vignjevic/E+/Getty Images

as melhores imagens. Ao mesmo tempo, toda a direção do telejornal sempre está preparada
com os roteiros em mãos para orientarem os apresentadores para que nada fuja do controle.
Todos os apresentadores devem ser posicionados de acordo com os ângulos de cada câme-
ra. Quando todos estão posicionados, há uma sinalização indicando o início da transmissão.

PENSANDO
Como podemos organizar a gravação do telejornal da escola com o material já produ-
zido por vocês?
1. Durante a gravação, observe pontos que você julga pertinentes para a discussão
APRESENTANDO na etapa de edição.
Por último, acontecem as apresentações de tudo o que foi produzido. Será realizado um ⊲ Registre a seguir suas observações.
momento em que os vídeos deverão ser compartilhados entre os colegas.
©FatCamera/E+/Getty Images

58 4 o ANO 59 L Í N G UA P O RT U G U ESA

PÁGINA 60 PÁGINA 61

Vamos editar!
RETOMANDO
Após a etapa da gravação, retome as observações e discutam em grupo os pontos
levantados.
Reflita com os seus colegas sobre o
2. Façam a edição do vídeo, considerando os pontos discutidos.

andresr/E+/Getty Images
⊲ Registre a seguir o processo de edição da turma, justificando trechos recortados, processo da gravação, levando em conta as
anotações e discussões ocorridas, avaliando
deslocamento de tomadas, trilha inserida etc.
o desempenho da turma, e preencha o qua-
dro a seguir.

AUTOAVALIAÇÃO

Pensando a respeito do que aprendeu sobre o tema central desta unidade (p. ex.
Números decimais), você diria que:

Conseguimos elaborar Conseguimos elaborar roteiros Conseguimos preparar o Conseguimos expor as notícias
a notícia/reportagem que contribuíram para o ambiente para a gravação das de forma clara?
respondendo às questões: O trabalho? notícias?
quê? Onde? Quando? Como?
Por quê?

1. Com base no quadro anterior, responda.

a. O que deu certo?

b. O que não repetiria?

c. O que poderia ser modificado?

60 4 o ANO 61 L Í N G UA P O RT U G U ESA

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Habilidade do DCRC
Produzir jornais radiofônicos ou televisivos e entrevistas veiculadas em rádio, TV e na internet, orientando-se
EF04LP17
por roteiro ou texto e demonstrando conhecimento dos gêneros jornal falado/televisivo e entrevista.

Práticas de Linguagem Materiais


Oralidade. • Equipamento para gravação de vídeo ou celular.
• 1 folha de papel kraft.
Sobre o capítulo
• Contextualizando: retomar o checklist e verificar Contexto prévio
o que está pronto e o que falta. Os alunos devem apresentar conhecimentos pré-
• Praticando: gravar e editar o telejornal. vios sobre os telejornais e sua estrutura.
• Retomando: autoavaliar a apresentação do
telejornal. Dificuldades antecipadas
Alguns alunos podem demonstrar dificuldade em
Objetivos de aprendizagem participar desta atividade, pois ela prevê uma série de
• Planejar notícias sobre fatos ocorridos no universo comportamentos e atitudes como: assumir riscos, ex-
escolar (digitais ou impressas), considerando as pressar-se em público e se fazer compreender, entender
convenções do gênero, a situação comunicativa, e acolher a perspectiva do outro, superar a timidez e a
o tema/assunto do texto e o suporte. insegurança. A proposta de experimentar e vivenciar
• Produzir notícias sobre fatos ocorridos no universo a modalidade oral do gênero notícia, que já foi objeto
escolar (digitais ou impressas), considerando as de estudo nesta sequência de aula, proporcionará o
convenções do gênero, a situação comunicativa, desenvolvimento gradual destas habilidades.
o tema/assunto do texto e o suporte.

CONTEXTUALIZANDO
Normalmente existe uma radioescuta, que capta notícias
Orientações e envia aos editores-chefes e pauteiros, que organizam
Comece a aula perguntando aos alunos se eles as reportagens e definem o que cada equipe realizará,
sabem o que é um telejornal. Faça indagações e peça seguindo os objetivos e os enfoques predeterminados.
aos alunos que respondam. Explique aos alunos que Existe também uma equipe de reportagem que coleta
o telejornalismo é a prática profissional de jornalismo o material, como imagens e entrevistas. As pessoas
aplicada à televisão. O telejornalismo se diferencia de dessa equipe também gravam o texto em off, isto é, o
outros meios por ser o único a conciliar o imediatismo, a texto gravado pelos repórteres que será inserido sobre
agilidade e a instantaneidade à imagem. Diariamente, as imagens capturadas.
em um telejornal, as notícias podem ser relatadas sob Por último, as gravações são enviadas para a edição
vários formatos, como nota simples (matéria que não para que os erros sejam corrigidos e as melhores ima-
foi alvo de reportagem externa), nota coberta (com gens e respostas dos entrevistados sejam selecionadas.
imagens acompanhadas de voz) e reportagens, a forma O editor de texto é responsável pela parte verbal e o
mais completa de apresentar a notícia. Nos casos de editor de imagem, pela seleção e qualidade das imagens.
faltar imagens para uma notícia, recorre-se aos recursos Assim, conclui-se todo o processo de um telejornal. Nesse
gráficos, como mapas, fotos e infográficos. momento, pode ser que os alunos acreditem que eles
É provável que, durante a explicação, os alunos precisarão realizar a atividade do mesmo modo de um
fiquem curiosos sobre como funciona um telejornal. telejornal. Explique-lhes que eles não terão de, neces-
Nesse momento, entregue folhas de papel kraft e peça sariamente, fazer do mesmo modo, mas que precisaram
a eles que escrevam como imaginam ser um telejornal. seguir uma linha de organização semelhante.
Recolha os papéis e leia os textos escritos em voz alta; Para este primeiro momento, organize os alunos
depois, apresente aos alunos o passo a passo de como em quatro grupos. Não será necessário que sejam os
acontece a produção de um telejornal. Não se esqueça mesmos grupos formados anteriormente. Explique aos
de ressaltar que, para a produção das matérias de alunos que eles deverão conversar sobre como funcio-
um telejornal, são necessários diversos profissionais. nam as etapas do processo de criação de um telejornal.

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Cada grupo ficará responsável por discutir sobre as carregadas e outras de reserva; cartões de memória,
etapas de criação de um telejornal e passar as conclusões cabos e carregadores. Peça que completem a tabela.
dessa discussão, assim como o resumo do que o grupo Permita que os grupos organizem figurino, cenário
compreendeu, destacando o que o grupo já conhece e releiam os roteiros.
de um telejornal e o que desconhecem em uma folha
de papel kraft em forma de anotações em tópicos ou Expectativas de respostas
esquemas. Essa folha deverá ser entregue pelo profes- 1. Respostas pessoais.
sor. Os alunos já iniciaram o processo de elaboração
de um telejornal na aula anterior. Então, explique-lhes
que, após os apontamentos, eles serão direcionados aos PRATICANDO
grupos formados na aula anterior para a continuação
da produção de um telejornal. Orientações
Durante as apresentações, faça anotações para que, Comece a aula conversando com a turma: Vocês
logo em seguida, as dúvidas possam ser esclarecidas. costumam assistir a telejornais? A quais telejornais a
Acredita-se que alguns alunos ainda desconheçam o família de vocês mais assiste? Você já viu como funcio-
passo a passo da elaboração de um telejornal ou que nam os bastidores de um telejornal?
se confundam com outros meios de comunicação. O Os alunos poderão dizer que é comum assistirem a
ideal é que eles expressem seus pensamentos acerca telejornais, mas que, geralmente, nada é transmitido sobre
desse assunto; se preciso, retome a pauta sobre a or- o que acontece por trás dos bastidores, principalmente
ganização do telejornal e a importância de um roteiro quando o programa está sendo transmitido ao vivo.
detalhado e objetivo. Nesse momento, é interessante deixar os alunos à
Após as apresentações, peça aos alunos que leiam vontade para que partilhem suas ideias, seus pensa-
as etapas no Livro do aluno e questionem se o que está mentos e seus conhecimentos prévios.
sendo exposto é condizente com o que eles anotaram Explique aos grupos que, a partir desse momento,
no papel kraft. eles terão tempo para fazer as gravações. Caso tenha
Mostre aos alunos que o telejornal passa por todo apenas um aparelho de gravação, ou se for um celular
um processo que se chama produção, em que a primeira de uso pessoal seu, você pode ficar responsável por
etapa é a gravação, a segunda é a edição e a terceira
acompanhar cada grupo em suas gravações. Veja se há
é a transmissão dos vídeos, ou seja, as apresentações.
a possibilidade de outro profissional da escola ajudar
Explique-lhes que esses processos se diferenciam quando
nesse dia; pode ser um professor de Tecnologia da
se tratam de telejornais transmitidos ao vivo.
Questione-os: Como seria a produção de um telejornal Informação, a coordenadora ou um estagiário.
da sua turma? Quem seria o editor das gravações? Qual Delimite o tempo que eles terão para esta ativida-
seria o melhor dia para as apresentações? de organizando os grupos que gravarão em sala (os
Os alunos podem relatar que o telejornal da turma âncoras e apresentadores) e os que gravarão fora de
já está em andamento e que eles só precisam concluir sala (os repórteres e os entrevistadores).
os próximos dois passos de gravação e edição. É im- Enfatize que é importante que os grupos respeitem
portante ressaltar que o editor pode ser um aluno que o tempo estabelecido, pois devem passar as gravações
apresente domínio/habilidades para realizar a edição de para o computador com o auxílio do professor e depois
um vídeo, bem como saber reduzir vídeo, inserir fundo editar o telejornal.
musical, efeitos de transmissão, cortes etc. Leia as dicas com os alunos.
Converse com os alunos e, juntamente com eles, Fazer imagens com cenas que tenham relação com
marque um dia para que o telejornal da escola pos- a reportagem e que possam ser incluídas na edição (por
sa ser transmitido para que todos assistam a ele. Se exemplo, se a reportagem é sobre o recreio, é possível
possível, convide os alunos das outras turmas para gravar cenas do recreio, se é sobre o funcionamento da
prestigiar o evento. escola, é possível gravar cenas das pessoas trabalhando,
Explique aos alunos que essa aula é para a gravação alunos estudando ou da entrada e saída da escola).
do telejornal planejado e elaborado na aula anterior. Se houver disponibilidade, pode ser interessante
Retome com eles o checklist da aula anterior identifi- coletar estas imagens com cenas da escola na semana
cando se os grupos trouxeram os materiais necessários, que antecede a aula. As entrevistas também podem
se há câmeras/celulares disponíveis; baterias e pilhas ser coletadas e filmadas com antecedência, já que a

60 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 60 20/12/2021 18:09


disponibilidade de cada profissional ou aluno entrevis- para que as gravações sejam realizadas novamente
tado pode variar. Assim, nesta aula os alunos ficariam e questione-os: O que fazer para não errar na hora da
incumbidos de gravar apenas os repórteres e suas falas gravação? Onde podemos gravar para que o barulho
(em ambiente externos, com ou sem convidados) e os não afete a gravação? Como organizar melhor o roteiro
apresentadores em sala. para que cada ação aconteça no seu devido tempo?
O tempo disponível para fazer a edição vai variar Converse com os alunos e diga que esses são
de acordo com o tempo utilizado para a gravação. Se questionamentos que eles precisam fazer antes de
já houver material gravado antes do dia desta aula gravarem novamente. Peça aos alunos que anotem
(como cenas externas e entrevistas), é possível finalizar as reflexões para que os auxiliem nas gravações.
em pouco tempo, principalmente se você tiver ajuda Faça uma tabela na lousa com três colunas e que
de outros profissionais para que as gravações possam contenha as seguintes frases:
ocorrer simultaneamente. Caso tenha conseguido, é 1a coluna - O QUE DEU CERTO?
possível fazer a edição na mesma aula. Caso contrário, 2a coluna - O QUE DEU ERRADO?
sugerimos que passe direto para o fechamento da aula 3a coluna - O QUE FAZER PARA MELHORAR?
e realize a edição em momento posterior. Explorando Peça aos alunos que preencham essa tabela de
com calma e junto com os alunos os recursos de edição. acordo com as dificuldades apresentadas na gravação
Caso possa realizar a edição, siga estas orientações: dos trabalhos. Solicite a cada grupo que escreva na
Projete a imagem do computador no quadro para lousa o que foi positivo; já na segunda coluna, os
que os alunos acompanhem o processo de edição. alunos deverão destacar o que deu errado, o que não
Para editar o vídeo, utilize editores de vídeos dis- foi tão legal. Já a terceira coluna é o espaço de orga-
poníveis gratuitamente para download. nização, em que os alunos deverão refletir sobre como
Independentemente do programa escolhido, reco- podem ser refeitas as gravações da melhor maneira
menda-se conhecê-lo antecipadamente para manuseá-lo possível. Assim que os alunos concluírem essa parte
com maior facilidade durante a aula. Caso tenha tempo, da atividade, ajude-os a chegar às devidas conclusões
a edição pode ser feita explorando mais ferramentas sobre como poderão retomar as gravações.
disponíveis no programa, de forma que os alunos pos- Após o tempo determinado para as gravações (e
sam explorar recursos digitais (como efeitos visuais e para a edição, caso vocês tenham conseguido fazer),
sonoros) e usar a criatividade no momento da edição. proponha uma reflexão com a finalidade de verificar
com os alunos se eles conseguiram colocar em prática
Expectativas de respostas os conhecimentos adquiridos sobre o gênero notícia
1. Respostas pessoais. e sobre suas performances orais. Essa reflexão deve
2. Respostas pessoais. ser conduzida de forma objetiva, já que foram muitas
as tarefas previstas para esta aula.
Permita que os grupos exponham suas experiências
RETOMANDO e reflexões, pois pode surgir por parte deles o interesse
em modificar algo nas gravações, de acordo com as
análises coletivas. Caso isso aconteça, é necessário
Orientações planejar outro momento para que os grupos refaçam
Inicie a aula perguntando aos alunos o que conse- suas gravações.
guiram realizar no primeiro momento de gravação. É
possível que eles apontem que tiveram dificuldades no Expectativas de respostas
momento da apresentação dos textos propostos e que 1. Respostas pessoais.
necessitaram refazê-los. Informe que esse processo
é lento e requer muita atenção, pois qualquer erro
pode ser causado por uma distração, e que, apesar
das dificuldades, eles podem refazer o que não deu
certo nesse primeiro momento.
Deixe que eles exponham quais dificuldades eles
mais sentiram. Por meio de uma conversa aberta, acal-
me-os caso seja necessário. Combine com os alunos
um dia para refazer as gravações, delimite um tempo

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14. Planejando a escrita de uma notícia
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b. Por que essa notícia foi escrita?


14. Planejando a escrita de uma notícia
1. Leia a notícia e conheça a história de um garoto que incentivou a leitura por meio
de uma "geladeira cultural". c. Por quem ela foi escrita?

A
Menino de 7 anos cria 'Geladeira Cultural'
para incentivar crianças e adultos a lerem no Ceará
d. Para quem ela foi escrita?
B 'Consegui com a ajuda dos meus pais, minha tia e de toda a população que doou os livros', diz garoto.
Por Lorena Tavares, G1 CE
18/05/2021 08h59 Atualizado há 4 meses

C
Uma criança de 7 anos foi o autor da ideia de criar uma biblioteca em frente à casa dele, no Bairro Analise agora a estrutura da notícia.
Encosta do Seminário, no Crato, Região do Cariri do Ceará. A "Geladeira Cultural" tem objetivo de
espalhar conhecimento e incentivar as crianças e adultos da região onde mora a desenvolverem o 2. Observe as partes do texto e marque as letras correspondentes nos parênteses.
gosto pela leitura.
( ) Corpo da notícia
D Fernando Filho teve a ideia por gostar de ler e depois de ver uma geladeira cultural parecida na ( ) Manchete
Chapada do Araripe, também na Região do Cariri. "Eu tive essa ideia por causa da leitura. Eu fui à ( ) Subtítulo
CDL uma vez e vi esses livros e tive a ideia", disse.
( ) Lide
Trocar celular por livros
3. Depois, com a turma, escrevam um parágrafo explicando as funções de cada parte
Para Fernando Filho, a leitura pode criar um mundo melhor e se as crianças e os adultos trocarem o destacada.
aparelho celular pelo livro a humanidade vai criar um novo mundo.
"Quanto mais gente ler, criamos um novo futuro. Se a gente pegar um livro e largar o
celular, a gente finalmente vai poder conhecer uma nova história, um novo mundo",
afirmou.
A geladeira, segundo Fernando Filho, foi obtida com a ajuda dos pais. Ela era velha, e os pais providen-
ciaram uma pintura personalizada . Na parte da frente da Geladeira Cultural há duas frases: "Leve um
livro, solte a mente, deixe outro e me alimente"; "Retire, leia e devolva se quiser. Pode doar ou trocar".
"Consegui com a ajuda dos meus pais, minha tia e de toda a população que doou os livros".
Objetivo de Fernando Filho é mais tarde criar outra geladeira. A Geladeira Escolar com livros escolares.
4. Se você e seus colegas divulgassem a notícia anterior no jornal da escola, ela
ajudaria no incentivo da leitura de algum modo? Qual outro projeto poderia ser
realizado por você e seus colegas para que a leitura seja incentivada no espaço
TAVARES, Lorena. Menino de 7 anos cria 'Geladeira Cultural' para incentivar crianças e adultos a lerem no Ceará. G1 CE. educacional?
Disponível em: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/05/18/menino-de-7-anos-cria-geladeira-cultural-para-
incentivar-criancas-e-adultos-a-lerem-no-ceara.ghtml. Acesso em: 30 out. 2021. 5. Reflita com os seus colegas e com o seu professor sobre esses questionamentos e
registre em forma de anotações as conclusões principais dessa reflexão:
Agora, responda às questões a seguir.

a. O que chamou mais sua atenção na notícia?

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PRATICANDO b. Preencha o quadro com informações sobre a notícia que o seu grupo vai escrever.

Parte da notícia Jornal da escola


A turma vai produzir um jornal no formato impresso.
©duncan1890/DigitalVision Vectors/Getty Images

Manchete e subtítulo

Lide - O que aconteceu? Como? Com


quem? Por quê? Quando? Onde?
(1o parágrafo)
Antes da invenção de computadores,
as impressões de jornais eram feitas
em equipamentos de prensa, em que
o texto era “carimbado” no papel. Corpo da notícia – introdução:
(2o parágrafo)
1. Para isso, respondam em conjunto às questões a seguir.

a. Qual será o nome do jornal?


Corpo da notícia – desenvolvimento: (3o
parágrafo)

b. Que acontecimentos serão abordados nele?

Corpo da notícia – conclusão:


(4o parágrafo)

c. De que forma os outros alunos poderão ter acesso ao jornal produzido?


Composição gráfica e
recursos visuais

2. Nesse jornal, cada grupo vai escrever uma notícia referente à comunidade escolar.
Lembrem-se de que um jornal pode ter várias seções:
RETOMANDO
⊲ Notícia sobre a biblioteca;
⊲ Notícia sobre a cantina;
⊲ Notícia sobre eventos culturais; 1. Responda às questões a seguir para discutir nas etapas seguintes.
⊲ Notícia sobre atividades/trabalhos realizados pela turma;
⊲ Notícia sobre atividades/trabalhos realizados por alunos de outras salas. ⊲ Sugestões para o nome do jornal:
⊲ Seu grupo vai sortear a seção para qual vai escrever a notícia e realizar o seu
planejamento.

Vamos começar?
⊲ O que acrescentar na notícia que foi escrita?
a. Seção sorteada:

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Habilidades do DCRC
Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os
interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação
EF15LP05 (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto
e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias
à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
Produzir notícias sobre fatos ocorridos no universo escolar, digitais ou impressas, para o jornal da escola,
EF04LP16 noticiando os fatos e seus atores e comentando decorrências, de acordo com as convenções do gênero
notícia e considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo
EF35LP09
com as características do gênero textual.

Práticas de linguagem Contexto prévio


Produção de textos (escrita autônoma e compartilhada). Os alunos devem apresentar conhecimentos pré-
vios sobre a estrutura de uma notícia e a função de
Sobre o capítulo cada uma delas.
• Contextualizando: analisar uma notícia e as suas
partes. Dificuldades antecipadas
• Praticando: planejar a escrita de uma notícia. Alguns alunos podem apresentar dificuldades no
• Retomando: elaborar combinados para a produção momento de planejar seus textos, devem considerar
do jornal. a situação comunicativa para decidir a temática dos
textos, buscar informações e articular ideias de acordo
Objetivos de aprendizagem com as características e formas de composição de textos
• Definir o fato a ser noticiado, considerando o universo do gênero notícia. Os alunos podem ter dificuldade de
escolar. planejar as partes do texto (como o lide e parágrafos
• Planejar notícias sobre fatos ocorridos no universo posteriores) de forma articulada pensando no modo a
escolar (digitais ou impressas), considerando as compor a produção de forma coesa e coerente.
convenções do gênero, a situação comunicativa,
o tema/assunto do texto e o suporte.

CONTEXTUALIZANDO informações complementares à manchete. O lide são


os parágrafos iniciais que apresentam as principais
Orientações informações da notícia. O corpo da notícia é informativo
Divida os alunos em dois grupos e explique que e relata os acontecimentos de forma mais detalhada.
eles participarão de uma trilha. Os dois grupos deverão A imagem traz o aspecto visual da notícia, chama a
entrar em um consenso sobre a estrutura do gênero atenção para ela.
notícia. Serão colocadas tarjetas no chão para que Organize a turma em grupos.
os alunos associem cada elemento importante para a Peça aos grupos que leiam e analisem a notícia.
composição de uma notícia: Convide-os para socializar as impressões dos grupos
• Manchete sobre a notícia e os conhecimentos sobre a função
• Subtítulo social do gênero notícia e do jornal como importante
• Lide meio de comunicação. Pergunte:
• Fotografia • O que chamou mais atenção de vocês na notícia?
• Corpo da notícia É provável que os grupos apontem suas percepções
Avise aos alunos que eles deverão ficar atentos à pessoais do que acharam mais atrativo no material.
sua leitura, para que consigam associar o texto e a • Por que essa notícia foi escrita?
estrutura do gênero estudado e, assim, possam preen- Espera-se que os alunos respondam que foi escrita
cher corretamente a trilha. para informar sobre um acontecimento importante.
Espera-se que o parágrafo apresente as funções • Por quem ela foi escrita?
da seguinte maneira: Manchete é a chamada para a Espera-se que os alunos respondam que foi por um
notícia, o título principal da notícia. O subtítulo traz jornalista. Pode ser que alguns alunos respondam que

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foi escrito por um jornal. Pergunte, então, quem são na notícia, quem tem por título: “Geladeira Cultural”.
as pessoas que trabalham em um jornal: pode ser que Incentive-os a pensar em outras ações que poderiam
digam jornalistas, repórteres, fotógrafos, editores, revisor. ser executadas para que na escola houvesse algo
• Para quem ela foi escrita? parecido com o que garoto fez. No primeiro momento,
É possível que os alunos digam que a notícia foi deixe que os alunos pensem e cheguem a suas próprias
escrita para pessoas que se interessam sobre esse conclusões.
assunto. Complemente as respostas explicando que há Solicite aos alunos que apresentem na lousa as
jornais escritos especificamente para crianças e jovens, melhores ideias, explicitando de forma breve como
como o Jornal Joca ou a Folhinha, que traz temáticas seria a organização desses projetos. Explique que este
e formato dirigido a esse público. momento é uma forma de eles analisarem como a lei-
Peça aos grupos que compartilhem com a turma tura é essencial no espaço escolar, e, mesmo que o
as suas conclusões. projeto não seja colocado em prática, é possível fazer
Com a turma organizada em grupos, peça que leiam com que a leitura se torne uma prática efetiva dentro
a notícia novamente e percebam que as partes das da sala de aula.
notícias estão marcadas com letras. Explique que eles Proponha a escrita de um jornal pela turma e pergunte:
Como ele poderia se chamar? Quais acontecimentos
devem relacionar a parte da notícia com o seu nome. Dê
poderíamos abordar nele? De que forma os outros alunos
um tempo para que eles trabalhem juntos analisando a
podem ter acesso ao jornal que produzimos?
notícia e identificando suas partes. Faça a correção em
É provável que surjam muitas ideias criativas. Para
grupo e, terminada a identificação, promova a escrita
organizar o trabalho, explique que é necessário planejar
coletiva de explicações sobre a função de cada uma
o que será feito de forma coletiva e definir as ações
das partes da notícia. Escreva as definições na lousa
de cada dupla. O jornal será construído ao longo de
conforme os estudantes falam suas ideias, compondo
um texto final que deve ser anotado pelos estudantes 3 aulas. Depois das discussões, peça aos estudantes
no Livro do Aluno. que anotem suas respostas no caderno.
Essa retomada é importante para que os alunos Defina com os alunos que o nome do jornal será
revejam a estrutura e a função das notícias dentro do votado na próxima aula, por isso as duplas terão um
gênero jornalístico. tempo para pensar e/ou pesquisar. É importante sa-
lientar que não podemos usar nomes de jornais que já
Expectativas de respostas existem, assim como não podemos reproduzir notícias
1. que já foram publicadas por outras pessoas.
a. Resposta pessoal Sobre de que forma os outros alunos podem ter
b. Porque a pauta foi considerada relevante e acesso ao jornal que produzimos, defina com os alunos
informativa. que pode ser construído um jornal mural ou jornal varal,
c. Pela repórter Lorena Tavares do G1. já que ambos facilitarão o acesso de toda comunidade
d. Para o público em geral. escolar. O jornal mural/Jornal varal será um espaço de
2. • ( D ) Corpo da notícia comunicação dos alunos para veicular, além de notícias,
• ( A ) Manchete projetos educativos, conhecimentos gerais, expressões
• ( B ) Subtítulo criativas, opiniões, entre outros, e facilita o acesso de
• ( C ) Lide todos os alunos, pela forma na qual é exposto. Além de
3. Respostas pessoais. ser um meio de comunicação sustentável, já que não
4. Respostas pessoais. é necessário fazer cópias das notícias para distribuir.
5. Respostas pessoais. De acordo com a realidade da sua escola, opte com
seus alunos entre as duas possibilidades.
Estabeleça com os estudantes quais seções farão
PRATICANDO parte do jornal.
Esclareça que o jornal tratará de assuntos da co-
Orientações munidade escolar, por isso é necessário usar temas
Peça aos alunos que pensem em outros projetos relacionados à escola. Algumas sugestões de temas
que poderiam ajudar no incentivo à leitura no espaço são: notícia sobre a biblioteca; notícia sobre a cantina;
educacional, assim como o projeto que foi destaque notícia sobre eventos culturais; notícia sobre atividades/

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trabalhos realizados pela turma; notícia sobre ativida- continuidade ao trabalho no próximo capítulo.
des/trabalhos realizados por alunos de outras salas
(pode haver mais do que uma equipe com este tema, Expectativas de resposta
considerando que uma equipe pode noticiar sobre 1. Resposta pessoal.
acontecimentos de uma turma de Ensino Fundamental 1, 2. Resposta pessoal.
outra equipe sobre uma turma de Ensino Fundamental 2, 3. Respostas pessoais.
outra equipe sobre uma turma de Ensino Médio, por
exemplo).
Escreva o nome de cada uma em tiras de papel e RETOMANDO
então faça um sorteio das seções para que cada grupo
se responsabilize pela escrita de uma notícia diferente.
Anote no quadro os temas e as respectivas equipes Orientações
responsáveis. Peça a eles que anotem em seu material. Combine com os estudantes que eles devem pensar
Explique aos alunos que, nesse momento, a atividade em sugestões de nome para o jornal para apresentar no
é em grupo e eles utilizarão a tabela para construírem decorrer do trabalho. Eles também devem reler o que
suas notícias, baseadas nos temas que cada grupo já planejaram para a notícia e verificar se é necessário
sorteou. A tabela servirá como um roteiro. alterar ou incluir alguma informação.
Proponha aos alunos maneiras de coletar dados Explique aos alunos que, em seus grupos, eles devem
para construir as informações sobre as notícias em suas
planejar o que precisarão para a escrita da notícia na
respectivas tabelas (roteiros). Como os temas utiliza-
próxima aula e podem também subdividir essas tarefas.
dos no sorteio envolvem acontecimentos da escola, a
Alguns exemplos:
fonte mais fácil e rápida para coletar dados será por
meio de entrevistas com pessoas envolvidas com estes • Precisaremos fazer pesquisa?
acontecimentos. Exemplo: notícia sobre uma feira esco- • O que pesquisar?
lar: os alunos podem entrevistar os organizadores do • Quem irá pesquisar?
evento e coletar comentários ou opiniões de pessoas • Precisaremos de imagens/fotos?
que visitaram a feira. Porém, é preciso planejar como • Quais são as imagens?
entrevistá-los e, nesse caso, sugere-se que os alunos • Quem ficará responsável por trazer essas imagens/
realizem um roteiro de entrevista complementar. fotos?
Como a produção do jornal engloba uma sequên-
cia de 3 capítulos, envolvendo as etapas de planeja- Expectativas de respostas
mento, produção e revisão das produções, será dado 1. Resposta pessoal.

ANOTAÇÕES

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15. Colocando no papel: escrita de notícia
PÁGINA 66 PÁGINA 67

PRATICANDO
15. Colocando no papel: escrita de notícia

©atelier/DigitalVision Vectors/Getty Images


1. Que notícia boa! Já pensou em fazer algo que virasse uma grande notícia? Leia o
trecho de uma notícia muito especial!
Menino de 10 anos escreve livro e presenteia convidados em aniversário
Ele nasceu no mesmo dia em que se

©Reprodução/TV Anhanguera
comemora o dia internacional do livro
infantil. Mãe incentivou filho a escrever.
'Você faz uma história e eu dou o que
você está me pedindo'.
Uma festa diferente marcou a vida
de João Lucas Painkon, um escritor de
10 anos. O garoto faz aniversário no mes-
mo dia em que se comemora o dia inter-
nacional do livro infantil, 2 de abril, mas
quem ganhou presente foram os convi-
dados. Eles receberam obras literárias
escritas pelo garoto. Pinturas e a principal obra, o livro “Crônicas de menino”, foram escolhidas por ele e
marcaram a comemoração. Atualmente, programas de edição podem ser codificados para organizar visualmente a estrutura de um texto.
TV ANHANGUERA. Menino de 10 anos escreve livro e presenteia convidados em aniversário. G1. Disponível em:
https://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/menino-de-10-anos-escreve-livro-e-presenteia-convidados-em-aniversario.ghtml. Retome o quadro construído em grupo no capítulo anterior, com as informações sobre a
Acesso em: 3 out. 2021.
estrutura do gênero notícia, indicada a seguir.
Não tem como se tornar um bom escritor sem praticar a escrita! É preciso se sentir moti-
vado para escrever um bom texto; o que o garoto fez acabou se tornando uma notícia. Estrutura no texto Parte da notícia

1. Pense e reflita com os colegas e o professor para responder às seguintes perguntas. Topo do texto Manchete e subtítulo

a. De que forma você poderia escrever uma notícia usando os recursos de um bom Lide –
• O que aconteceu?
escritor? • Como?
b. Se você fosse escrever uma notícia, qual seria o tema abordado? (1o parágrafo) • Com quem?
c. Qual seria o título dessa notícia? • Por quê?
• Quando?
d. Onde seria apresentada a sua notícia? • Onde?
2. Converse com o grupo e complete o checklist.
(2o parágrafo) Corpo da notícia – introdução:

Tarefas Tarefa pendente ou concluída?


(3 parágrafo)
o
Corpo da notícia – desenvolvimento:
Pesquisa sobre o tema
(4o parágrafo) Corpo da notícia – conclusão:
Seleção de imagens ou gráficos

Equipe preparada para escrever a notícia. Ao longo do texto Composição gráfica e recursos visuais

66 4 o ANO 67 L Í N G UA P O RT U G U ESA

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Agora observe o esquema que mostra a estrutura de uma notícia.


RETOMANDO
Estrutura da notícia

Manchete (Título)
1. Troque a notícia produzida pelo seu grupo com a notícia de outro grupo.
1 parágrafo: Lide (O que aconteceu? Quando?
o
©Jim Craigmyle/Stone/Getty Images

Como? Onde? Por quê? Com quem?)

2o parágrafo: Outras informações

3o parágrafo:
Outras informações

4o parágrafo:
Fechamento do
texto

Autoria e
data

Então, responda:

1. Por que a estrutura da notícia está em uma pirâmide invertida?


Leia a notícia que recebeu e avalie:
2. O que isso significa?
⊲ A notícia ficou clara? Justifique.
3. Vamos escrever!

⊲ As informações do roteiro e do texto estão coerentes?

⊲ Algo precisa ser acrescentado? Justifique.

⊲ Faça sugestões de melhorias.

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Habilidades do DCRC
Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas
EF35LP07 de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação,
vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.
Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais,
possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes
EF35LP08
anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com
nível suficiente de informatividade.
Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo
EF35LP09
com as características do gênero textual.

Práticas de Linguagem escolar (digitais ou impressas), considerando as


Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma). convenções do gênero, a situação comunicativa,
o tema/assunto do texto e o suporte.
Sobre o capítulo
• Contextualizando: revisar os combinados para Contexto prévio
a produção do jornal. Os alunos devem apresentar conhecimentos pré-
• Praticando: escrever uma notícia partindo de um vios sobre a estrutura de uma notícia e a função de
roteiro. cada uma delas.
• Retomando: analisar entre pares a notícia que
foi escrita. Dificuldades antecipadas
Alguns alunos podem demonstrar dificuldades em
Objetivos de aprendizagem textualizar as ideias organizadas no planejamento.
• Definir o fato a ser noticiado, considerando o Na textualização será importante articular as ideias
universo escolar. de forma coerente e coesa, além de atentar para o
• Planejar notícias sobre fatos ocorridos no universo emprego das características do gênero notícia.

CONTEXTUALIZANDO Uma festa diferente marcou a vida de João Lucas


Painkon, um escritor de 10 anos. O garoto faz aniversário
Orientações no mesmo dia em que se comemora o dia internacional
Comece a aula perguntando aos alunos: O que po- do livro infantil, 2 de abril, mas quem ganhou presente
demos fazer para melhorar a escrita de nossos textos? foram os convidados. Eles receberam obras literárias
É possível que os alunos respondam que praticando escritas pelo garoto. Pinturas e a principal obra, o livro
a escrita e sabendo as regras de concordância nominal, Crônicas de menino, foram escolhidas por ele e mar-
verbal, sinais de pontuação etc. Anote na lousa tudo o caram a comemoração.
que os alunos apontarem como elementos necessários
TV ANHANGUERA. Menino de 10 anos escreve livro e presenteia
para a melhoria da escrita. Explique-lhes a necessida- convidados em aniversário. G1. Disponível em: https://g1.globo.com/to/
de da prática da leitura para a melhoria da escrita e tocantins/noticia/menino-de-10-anos-escreve-livro-e-presenteia-
convidados-em-aniversario.ghtml. Acesso em: 3 out. 2021.
também esclareça que não há como escrever bem sem
antes praticar a escrita. É preciso escrever palavras, Retome a fala sobre a importância da escrita e mo-
frases e textos com coerência e coesão, treinando as tive-os a perceber que, para escrever qualquer tipo de
regras gramaticais. Se possível, para este primeiro texto, são necessários esforço e dedicação.
momento, exponha a notícia que será trabalhada de Questione-os: De que forma você poderia escrever
forma ampliada na lousa. Segue o texto: uma notícia usando os recursos de um bom escritor?
Menino de 10 anos escreve livro e presenteia Se você fosse escrever uma notícia, qual seria o tema
convidados em aniversário abordado? Qual seria o título dessa notícia? Onde seria
Ele nasceu no mesmo dia em que se comemora o apresentada a sua notícia?
dia internacional do livro infantil. Mãe incentivou filho Organize os alunos em quatro grupos e peça a eles
a escrever. “Você faz uma história e eu dou o que você que pensem nas questões apresentadas anteriormente.
está me pedindo”. Entregue para cada grupo uma folha de papel kraft

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e, assim, utilizem-na para escrever a respeito de que aconteça.
forma eles podem criar uma boa notícia. Você pode Retome com os alunos a tabela produzida na aula
circular pelos grupos para observar o que os alunos anterior. Organize grupos com quatro alunos (os mesmos
estão produzindo para a apresentação. Estipule um grupos da aula anterior).
tempo e, assim que concluírem, peça a cada grupo que Explique aos alunos que as informações que eles
exponha suas ideias acerca da escrita de uma notícia. colocaram na tabela funcionam como um roteiro para a
Retome com os alunos os combinados da aula an- elaboração da notícia. Por isso, a notícia ainda precisa
terior: pensar ideias sobre o nome do jornal e o que ser escrita.
acrescentar à notícia que será escrita. Explique-lhes que, nesse momento, eles vão criar a
Sobre as sugestões de nomes para o jornal, relembre notícia na íntegra, baseando-se na tabela elaborada
os alunos que a votação será realizada ao concluir o inicialmente. Para a escrita da notícia, os grupos devem
jornal mural. considerar a estrutura e a forma de composição das
Sobre o que acrescentar na notícia, permita que os notícias na pirâmide.
Destaque aos alunos que eles não podem modifi-
grupos conversem entre si para verificar o que trouxe-
car os fatos da notícia, reforçando a diferença entre
ram de casa e preencham a tabela. Há três linhas em
informar e opinar, ou seja, os alunos não devem es-
branco para que os alunos possam acrescentar alguns
crever com base no que “acham”, mas sim com base
outros combinados ou alterações que planejaram para
em acontecimentos reais, de preferência verificados
a sua notícia.
por meio de conversa com envolvidos ou checagem no
Entregue uma folha de papel kraft aos alunos e local onde os fatos ocorreram. Se necessário, apresente
peça a eles que escrevam as respostas do checklist. aos alunos a diferença entre fato e opnião. Relembre-
Em seguida, solicite que exponham para os colegas o -lhes os aspectos que já foram estudados nos capítulos
que eles marcaram como tarefa realizada e o que eles anteriores sobre esse conteúdo.
ainda farão. Esse momento é importante para que os Para orientar a produção escrita, retome com os
alunos percebam quais aspectos ainda precisam de alunos a técnica da pirâmide invertida, sobre a estru-
melhorias e o que já está quase pronto. Para ideias turação de texto jornalístico. Com base nessa pirâmi-
sobre temas, se possível, leve para os alunos diver- de invertida, é possível compreender como funciona a
sas sugestões de temas que podem ser abordados disposição das informações em ordem decrescente de
nas notícias. Explique-lhes que eles podem pensar em importância. Assim, as informações mais interessantes
um tema atual e relevante ao mesmo tempo, além da são utilizadas para abrir o texto jornalístico, enquanto
possibilidade de divulgar notícias sobre a escola ou as de menor relevância aparecem na sequência.
projetos já elaborados por eles próprios. Nesse momento os alunos deverão iniciar a pro-
dução dos textos. Leve algumas notícias que já foram
Expectativas de respostas trabalhadas em sala de aula ou que já foram estuda-
1. Respostas pessoais. das no Livro do Aluno. Coloque-as no centro da sala
2. Respostas pessoais. e informe que podem subsidiar a escrita das notícias
deles. Também, se possível, leve revistas e jornais que
contenham diversas imagens para incentivar as ideias
PRATICANDO criativas dos alunos acerca dos recursos visuais que
eles desejam apresentar em suas respectivas notícias.
Orientações É importante fazer uma breve revisão do gênero
Nesse momento, desenhe na lousa a pirâmide apre- notícia. Muitos alunos podem ter esquecido as carac-
sentada no caderno do aluno e peça a eles que leiam terísticas desse gênero e é importante relembrá-las.
e observem como cada elemento, que faz parte da Se possível, faça um jogo de perguntas sobre as ca-
composição de uma notícia, está destacado. Selecione racterísticas desse gênero nesse momento de revisão.
alguns alunos para que possam explicar cada elemento Explique aos alunos que a notícia é um gênero textual
que compõe a estrutura de uma notícia. Durante essa jornalístico presente em nosso dia a dia, encontrada
atividade, os alunos ainda podem apresentar dúvidas e principalmente através dos meios de comunicação.
algum nível de confusão entre definições e nomencla- Trata-se de um texto informativo sobre um tema atual
turas de aspectos compositivos do gênero em questão. ou algum acontecimento real, veiculado pelos princi-
Portanto, realize as devidas intervenções, caso isso pais meios de comunicação: jornais, revistas, canais

68 4 o ANO

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de televisão, canais de rádio e internet, entre outros. esquecer alguma informação relevante sobre a história
Por esse motivo, as notícias possuem teor informativo e permitirá que eles escrevam um texto com coerência e
e podem ser textos descritivos e narrativos ao mesmo coesão. Portanto, os alunos devem ser bem específicos
tempo, apresentando, portanto, tempo, espaço e as ao anotar todos esses fatos.
personagens envolvidas. Oriente os grupos para escreverem sua notícia no
Segue uma dica de atividade que pode ser realizada espaço disponibilizado. Ele não foi diagramado porque
para a revisão sobre o gênero. os alunos podem diagramá-lo colocando as imagens
Distribua entre os alunos as seguintes características onde acharem melhor.
do gênero notícia: Conforme os grupos forem concluindo os textos,
• Texto de cunho informativo. oriente-os a elaborar os recursos gráficos e visuais
• Textos descritivos e/ou narrativos. que vão compor a notícia. Se necessário, reserve ou-
• Textos relativamente curtos. tro momento para finalizar a composição dos recursos
• Veiculado nos meios de comunicação. visuais. Os alunos podem também finalizar gráficos,
• Linguagem formal, clara e objetiva. tabelas, quadros informativos ou ilustrações em casa.
• Textos com títulos (principal e auxiliar). A fotografia é um dos recursos visuais mais impor-
• Textos em terceira pessoa (impessoais). tantes das notícias; por isso, veja a possibilidade de
• Discurso indireto. tirar algumas fotos e imprimir na escola, de modo a
• Fatos reais, atuais e cotidianos. compor o jornal mural na próxima aula.
• Estrutura e exemplo de notícia.
Expectativas de respostas
Em seguida, entregue aos alunos jornais e revistas
para que destaquem textos ou notícias, de acordo com 1. Espera-se que os estudantes identifiquem que a
as características destacadas acima. Se necessário, estrutura da pirâmide demonstra a importância
auxilie os alunos, pois eles podem sentir dificuldade que cada conteúdo deve ter na página. Ou seja,
na realização dessa atividade. a manchete terá posição de destaque, seguida
Caso alguma dúvida apareça, é importante frisar do lide e, assim, sucessivamente.
que geralmente as notícias seguem uma estrutura bá- 2. Resposta pessoal.
sica dividida em: título principal e título auxiliar, lide e
corpo da notícia.
Faça os alunos recordarem que há diferenças en- RETOMANDO
tre os gêneros notícia e reportagem, ainda que sejam
textos jornalísticos semelhantes. A notícia se difere da
reportagem na medida em que é um texto informativo Orientações
e impessoal, sem teor opinativo, característico das re- Ressalte que escrever uma notícia é diferente de
portagens. Além disso, as notícias não são assinadas produzir outros textos informativos, pois as notícias
pelo autor, enquanto as reportagens apresentam o apresentam as informações de uma maneira específica.
nome do repórter. Dentre outras diferenças que po- É importante que a notícia seja capaz de transmitir todas
dem surgir entre esses gêneros, vale lembrar que a as informações importantes e fornecer os detalhes mais
notícia apresenta um tema atual de modo inteiramente significativos de modo objetivo para o público-alvo.
informativo, enquanto a reportagem aprofunda-se mais Informe que escrever uma notícia pode ajudar os
sobre os temas sociais e de interesse da sociedade alunos a exercitarem sua escrita e transmitirem infor-
apresentando as opiniões do autor. mações de maneira clara e concisa. Caso os alunos
Estipule um tempo para que os alunos realizem a tenham dificuldades na escrita, explore com eles as
atividade e peça para alguns alunos apresentarem os características já utilizadas na seção Praticando.
textos encontrados de acordo com as características. Características do gênero notícia:
Nesse momento é importante que o professor realize • Texto de cunho informativo.
as intervenções. • Textos descritivos e/ou narrativos.
Antes da escrita da notícia, os alunos devem reunir • Textos relativamente curtos.
os fatos que serão descritos. Se possível, peça aos • Veiculado nos meios de comunicação.
alunos que destaquem por meio de uma lista todos • Linguagem formal, clara e objetiva.
os fatos e informações pertinentes que precisam ser • Textos com títulos (principal e auxiliar).
inclusos na notícia. Essa lista ajudará os alunos a não • Textos em terceira pessoa (impessoais).

69 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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Neste primeiro momento, os alunos farão uma re-
• Discurso indireto. flexão enquanto grupo para pensar juntos sobre os
• Fatos reais, atuais e cotidianos. pontos de destaque e os pontos de melhoria. É provável
• Estrutura e exemplo de notícia. que os alunos sintam dificuldade para diagnosticar os
É importante que os alunos avaliem-se acerca da pontos que precisam ser ajustados. Auxilie-os nesse
escrita da notícia, tomem nota do que foi escrito e ava- processo e, em seguida, solicite que eles apresentem
liem os pontos positivos e os pontos em que precisam a que conclusões chegaram.
melhorar. Nesse momento, peça aos grupos que troquem entre
Questione-os: Quem estava envolvido? O que aconte- si as notícias elaboradas juntamente com as informações
ceu? Onde ocorreu? Por que aconteceu? Quando ocorreu? da tabela (o roteiro).
Como aconteceu? Peça aos grupos que leiam os textos e analisem
Deixe que os alunos respondam a esses questio- se eles estão de acordo com as ideias iniciais feitas
namentos e compartilhem entre si as suas respostas. no roteiro.
Ainda para esse momento, exponha na lousa os ques- Permita que os alunos exponham e anotem em
tionamentos a seguir e peça aos grupos que os avaliem: seu material suas opiniões, sugestões e críticas para
• A notícia ficou clara? Justifique. os colegas. Analise as sugestões explicando que, na
• As informações do roteiro e do texto estão em próxima aula, será possível revisar e reescrever o que
harmonia? o grupo achar necessário, antes de expor as notícias.
• Algo precisa ser acrescentado?
Expectativas de respostas
• Sugestões de melhorias.
1. Respostas pessoais.

ANOTAÇÕES

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16. Revisando, editando e publicando notícias
PÁGINA 70 PÁGINA 71

PRATICANDO
16. Revisando, editando e publicando notícias
Agora que você já conheceu a história do jornal que ajudou uma cidade a ser tombada, 1. A partir das sugestões que os colegas deram no capítulo anterior e utilizando o
é hora de escolher o nome do jornal da turma por meio de uma votação. quadro a seguir, faça uma avaliação de sua notícia com seu grupo.
O jornal é um recurso muito importante; nele ficam registrados diversos acontecimentos
históricos. Logo abaixo, neste capítulo, um jornal será produzido, mas é importante ressaltar
Roteiro para revisão da Notícia
a importância de um jornal entre os outros meios de comunicação e o quanto este veículo
ainda é usado para o registro de datas importantes, como a história que vamos conhecer!
( ) Sim.
A notícia apresenta uma manchete
( ) Sim, mas pode ser melhorada.
1. Leia o trecho desta notícia: (título + subtítulo)?
( ) Não. Precisa ser elaborada.

Centenário de Juazeiro do Norte, no Ceará, resgata história de jornal


• O que aconteceu?
Juazeiro do Norte, no Cariri, comemora 100 anos na sexta-feira (22). ( ) Está Ok!
Jornal incentivou a emancipação da cidade, influenciado por padre Cícero. ( ) Acrescentar
[...] • Como aconteceu?
O aniversário de 100 anos da cidade de Juazeiro do Norte, a 565 km de Fortaleza, na próxima sexta-feira ( ) Está Ok!
(22), relembra o jornal que inspirou e discutiu a emacipação do município. ''O Rebate'' serviu de tribuna para ( ) Acrescentar
a tese de separação do município vizinho, o Crato, segundo escritores e historiadores. O periódico circulou • Quando aconteceu?
pela primeira vez em 18 de julho de 1909 - há exatos 102 anos - para rebater questionamentos feitos por um ( ) Está Ok!
outro jornal, o "Correio do Cariri". O primeiro parágrafo responde às questões ( ) Acrescentar
O jornal circulou por dois anos. Foi criado com a missão de comandar a emancipação política de Juazeiro
do lide? • Onde aconteceu?
( ) Está Ok!
do Norte e inaugurou a imprensa na maior cidade do interior do Estado do Ceará. Entre as fontes que mos-
( ) Acrescentar
tram a história do jornal e do município, está o livro "A Marcha da Insurreição", lançado pelo tabelião Paulo
• Por que aconteceu?
Machado. ( ) Está Ok!
[...] ( ) Acrescentar
CENTENÁRIO de Juazeiro do Norte, no Ceará, resgata história de jornal. G1 CE. Disponível em: http://g1.globo.com/ceara/ • Com quem aconteceu?
noticia/2011/07/centenario-de-juazeiro-do-norte-no-ceara-resgata-historia-de-jornal.html. Acesso em: 18 out. 2021. ( ) Está Ok!
( ) Acrescentar
Agora, responda às perguntas.
⊲ De acordo com a leitura do texto, de que forma o jornal ajudou a cidade? ( ) Sim.
Os 2o e 3o parágrafos trazem informações
( ) Sim, mas podem ser melhoradas.
mais detalhadas sobre o acontecimento?
( ) Não. É preciso acrescentar.

( ) Sim.
A notícia apresenta comentários e opiniões de
⊲ Qual é a influência da circulação dos jornais nos meios de comunicação? ( ) Sim, mas podem ser melhoradas.
pessoas envolvidas com o acontecimento?
( ) Não. É preciso acrescentar.

( ) Sim.
A notícia apresenta imagens, fotos, tabelas ou
( ) Sim, mas podem ser melhoradas.
gráficos?
⊲ ( ) Não. Precisam ser feitas.
Como você e seus colegas podem elaborar um jornal que, de algum modo, tenha
impacto positivo na sua escola?
A notícia ficou da maneira que o grupo ( ) Sim.
imaginou quando criou as primeiras ( ) Sim, mas podem ser melhoradas.
informações na tabela (roteiro)? ( ) Não. Precisa ser refeita.

Outros comentários:

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PÁGINA 72 PÁGINA 73

2. A definição do espaço que cada elemento da notícia vai ocupar na página, assim
como a organização desses conteúdos, ocorre na etapa de diagramação. RETOMANDO
©: Cavan Images/Cavan/Getty Images

Analise a experiência que você teve com o gênero notícia.


© PeopleImages/E+/Getty Images

Converse com os colegas.


⊲ O que você aprendeu de mais interessante sobre o gênero notícia? O que não sabia
⊲ que agora sabe?
⊲ Que tipos de jornal você conheceu?
⊲ O que é importante para a divulgação de uma notícia?
⊲ Você consegue dizer qual a finalidade de um jornal?
Na etapa da diagramação, o texto é organizado em cada espaço reservado dentro da estrutura. ⊲ O que falta para nosso jornal mural atingir seu objetivo inicial?

Leia as dicas de diagramação e, em seguida, diagrame a sua notícia em uma folha de 1. Analise o texto de seu grupo usando o quadro a seguir.
papel sulfite.
Dicas para a diagramação: Concordo Não
Descritores Concordo
⊲ O foco maior é para a manchete. plenamente concordo
⊲ A manchete vem escrita com letras maiores. O título está relacionado com o que vai ser
⊲ noticiado?
O primeiro parágrafo é maior do que os outros, pois traz mais informações.
⊲ A imagem da manchete é o foco inicial de atenção dos leitores. Apresentou as informações necessárias
⊲ para a compreensão da notícia?
As informações no jornal devem estar organizadas para evitar confusão durante a
leitura. Possui imagem e legenda complementando
⊲ A cor das letras deve ser usada como um recurso informativo, e não como decora- o texto?
ção. É preferível usar cores apenas em fotos e gráficos.
Utilizou vocabulário apropriado?
⊲ Faça uma diagramação divertida.
⊲ Lembre-se de que o objetivo da diagramação é atrair o leitor para a leitura de todo Escreveu somente os fatos sem alterá-los
jornal. por uma opinião própria?

A estrutura do gênero textual notícia foi


respeitada?

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Habilidades do DCRC
Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
EF15LP06
aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, e formulações, correções de ortografia e pontuação.
Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando
EF15LP07
for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.
Utilizar software, inclusive programas de edição de texto, para editar e publicar os textos produzidos, explorando
EF15LP08
os recursos multissemióticos disponíveis.

Práticas de Linguagem • Ilustrar a edição, em suporte adequado, manual


Produção de textos (escrita autônoma e compartilhada). ou digital.

Sobre o capítulo Material


• Contextualizando: retomar a notícia escrita. • Folha de papel kraft; folhas de papel A4; canetas
• Praticando: revisar e editar a notícia. hidrográficas ou lápis de cor.
• Retomando: avaliar a notícia que foi escrita.
Contexto prévio
Objetivos de aprendizagem Os alunos devem apresentar conhecimentos pré-
• Reler o texto produzido com a ajuda do professor vios sobre a estrutura de uma notícia e a função de
cada uma delas.
para corrigi-lo e aprimorá-lo.
• Revisar o texto produzido com a ajuda do professor Dificuldades antecipadas
e a colaboração dos colegas, fazendo cortes, Alguns alunos podem demonstrar dificuldades em
acréscimos, reformulações, correções de ortografia textualizar as ideias organizadas no planejamento.
e pontuação. Na textualização, será importante articular as ideias
• Editar a versão final do texto, em colaboração com de forma coerente e coesa, além de atentar para o
os colegas e com a ajuda do professor. emprego das características do gênero notícia.

CONTEXTUALIZANDO citar familiares ou vizinhos que ainda leem jornais e


que este recurso foi bastante utilizado anteriormente
Orientações pelos avós ou bisavós. Permita que, nesse momento,
Se possível, espalhe pela sala alguns jornais impres- sejam colhidas informações acerca do que os alunos
sos e inicie a aula convidando os alunos para que leiam já conhecem sobre jornal.
algumas páginas. Peça a eles que façam anotações Leia com os alunos a notícia da abertura. Peça a eles
sobre tudo o que despertar a atenção deles. Possibilite que digam o que compreenderam do texto lido. Durante
que esse momento seja de deleite; é provável que os esse momento, os alunos podem apresentar dificuldade
alunos leiam notícias engraçadas e se divirtam durante para entender o contexto histórico do gênero notícia.
a atividade. Solicite aos alunos que digam quais ma- Se possível, apresente a notícia completa para que
térias, manchetes ou artigos chamaram mais atenção. compreendam melhor; também faça questionamentos
Questione-os: Qual é a importância de lermos um acerca do texto trabalhado.
jornal físico nos dias atuais? Como podemos fazer com Peça aos alunos que se organizem em grupos (os
que este meio de comunicação não acabe? mesmos grupos formados nos capítulos anteriores).
Apresente aos alunos que o jornal é um recurso Retome as produções escritas da aula anterior e relembre
muito importante; nele ficam registrados diversos acon- que, inicialmente, cada grupo criou sua notícia e registrou
tecimentos históricos. Explique que logo abaixo, neste em uma tabela (roteiro), em seguida, foram elaboradas
capítulo, um jornal será produzido, mas é importante as notícias, a partir das informações contidas nos roteiros.
ressaltar a importância de um jornal entre os outros É importante relembrar o que já foi feito para que os alunos
meios de comunicação e o quanto este veículo ainda saibam qual o ponto de partida deste capítulo.
é usado para o registro de datas importantes, como a Esclareça que, nesse momento, será possível revisar
história que vamos conhecer! e reescrever o que o grupo achar necessário, antes
Os alunos podem dizer que, com o avanço da tec- de expor as notícias, mas primeiramente será feita a
nologia, muitas coisas mudaram; eles também podem votação do nome para o jornal.

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Anote as sugestões no quadro. Comente com os alunos que nem sempre será
Faça a votação para decidir com os alunos o nome possível responder a todas as informações do lide ou
do jornal mural/ jornal varal. Peça aos alunos que es- obter comentários e opiniões de pessoas envolvidas
crevam o nome escolhido fazendo um logotipo para com o acontecimento. Entretanto, quando pertinentes,
ele. Leve imagens de logotipos de jornais para que esses são elementos desejáveis para que a notícia seja
eles se inspirem para criar o seu. Nesse momento, re- atrativa e consistente.
lembre aos alunos o que é um logotipo. Pergunte se Esclareça que os alunos devem se basear na ideia da
eles conhecem algum. Espera-se que alguns alunos pirâmide invertida (vista na aula anterior). Essa é uma
digam que é a marca de um determinado produto e técnica de estruturação de texto jornalístico, em que
outros talvez não lembrem. É importante que os alunos as principais informações estão no primeiro parágrafo,
saibam que um logotipo é uma representação gráfica, enquanto informações de menor relevância aparecem
ou seja, um desenho que representa uma marca ou uma na sequência. Se for preciso inverter a ordem de algu-
empresa, mostrando o resumo do produto por meio de ma informação no texto, os colegas devem fazer essa
um desenho gráfico, pois ele é acompanhado de um sugestão nos comentários da tabela.
ícone, que também é sempre acompanhado de um texto. Nesse momento, os grupos retomam suas próprias
notícias para que possam fazer as alterações neces-
A partir dos desenhos dos alunos, pode ser feita
sárias e que considerem válidas.
nova votação para escolher o logotipo do jornal.
Oriente os grupos para que discutam entre si sobre
Solicite aos alunos que troquem os cadernos e, assim,
o texto produzido e verifiquem o que é necessário para
possam analisar o que um ou outro colega desenharam.
corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos,
Peça a eles que anotem em um papel kraft os pontos de
reformulações. Peça que atentem às indicações feitas
melhoria e o que já esta pronto. Em seguida, as duplas
na tabela de revisão.
podem apresentar como ficaram as logotipos dos seus
Explique aos alunos que, para esse momento de
colegas. Pode ser realizado um momento de divulgação
revisão da escrita, é possível também retomar a tabela
dos logotipos produzidos, para que os próprios alunos
de planejamento, conferindo se algo foi esquecido.
apontem os destaques nos logotipos uns dos outros,
Mesmo que o foco da sequência não tenha sido a
antes de passarem para a próxima atividade.
ortografia e a pontuação, você pode pedir aos alunos
Após a análise em duplas, peça aos alunos que colo-
que fiquem atentos às correções da escrita das pa­lavras
quem sobre suas mesas os seus cadernos. Determine um
e das pontuações necessárias no decorrer do texto.
tempo para que os alunos possam circular e conhecer as
Espera-se que o uso de parágrafos, a coerência e a
logotipos produzidas por cada colega, individualmente.
coesão das ideias ao longo do texto estejam ancorados
Solicite que eles façam anotações sobre os logotipos
pelos conhecimentos do aluno sobre o gênero notícia.
de maior destaque na opinião deles. Após a conclusão
do período de tempo determinado para essa etapa da Expectativas de respostas
atividade, poderá ser realizada uma votação final para 1. Por que as principais informações devem aparecer
identificar qual logotipo será usado no jornal da escola. no primeiro parágrafo, enquanto informações de
menor relevância aparecem na sequência.
Expectativas de respostas
1. Respostas pessoais. Após editar e revisar a escrita, é o momento de
2. Respostas pessoais. pensar na formatação e na diagramação das notícias.
Então, explique que a diagramação diz respeito à for-
ma escolhida para distribuir os elementos gráficos no
PRATICANDO espaço limitado pelos grupos para o texto e para as
imagens que compõem a notícia.
Orientações
Delimite antecipadamente, no mural ou varal, as
Explique aos alunos que, neste momento, eles
seções do jornal (temas) para que os alunos vejam
assumirão o papel de editores/revisores do jornal.
o espaço físico que cada grupo tem para utilizar na
Cada grupo deve ler a sua notícia e fazer uma breve
exposição de suas notícias.
análise do que consideram que precisa ser acrescen-
Organize a leitura das dicas para a diagramação,
tado ou retirado. Essa tabela vai orientar o foco de
análise dos grupos. escolhendo alunos para ler uma dica de cada vez.

73 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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Entregue aos alunos folhas de papel sulfite A4 para Ressalte que, para o jornal mural da escola atin-
que possam escrever a versão final da notícia (elabo- gir seu objetivo, falta ele ser publicado, divulgado e
rada previamente no caderno). Nessa folha que será acessado pela comunidade escolar.
exposta, eles devem considerar todas as alterações Combine um momento para afixar as notícias no
necessárias, que foram identificadas anteriormente, jornal mural, confeccionar letreiros com o nome do
no momento da revisão. jornal e nome das seções escolhidas. Depois de pronto,
Se preferir fazer a digitação das notícias do jornal será necessário divulgar o jornal pela escola, lembrando
mural, será preciso reservar uma outra aula para que que o ciclo da produção escrita se encerra quando a
seja possível os alunos utilizarem os recursos de um notícia chega até o leitor.
editor de texto. Sugere-se que o jornal fique exposto por no mínimo
uma semana, para que toda comunidade escolar possa
Expectativas de respostas conhecer as notícias elaboradas pela turma e fique
2. Resposta pessoal. por dentro dos acontecimentos da escola. O jornal
mural pode ser também uma atividade permanente da
turma, que pode criar notícias a cada 15 ou 30 dias.
Após a escrita e a revisão do texto, proponha uma
RETOMANDO reflexão com a finalidade de verificar com os alunos se
eles conseguiram colocar em prática os conhecimentos
Orientações adquiridos sobre o gênero notícia em sua produção de
Antes de iniciar um momento para o estudo dos texto. Lembre os alunos de que eles escreveram um
jornais produzidos, converse com os alunos sobre quais texto no primeiro capítulo da unidade e que, desde
foram as maiores dificuldades enfrentadas durante a então, eles aprenderam muitas coisas sobre notícias.
execução da atividade. Escreva no quadro o que os alu- Peça a eles que analisem o texto que escreveram em
nos responderem, para que, em breve, vocês retomem grupos utilizando os mesmos descritores que utilizaram
a discussão através dos aspectos destacados. Esses quando analisaram o primeiro texto.
Prepare um papel pardo com os descritores e ex-
aspectos serão utilizados como pontos de retomada,
plique cada um dos itens para a turma. Peça a eles
pois a dúvida ou a dificuldade de um aluno podem ser
que completem a tabela de seu material a partir da
as mesmas do restante da turma.
análise do seu texto.
Como esse é o último capítulo da unidade, sugerimos
Aproveite o momento também para tomar no-
como fechamento uma conversa sobre a experiência com tas sobre o desempenho da turma e de cada aluno
o gênero notícia, lembrando dos capítulos anteriores individualmente.
e reconhecendo as muitas aprendizagens realizadas.
Leia as perguntas do livro e inicie uma roda de Expectativas de respostas
conversa: 1. Resposta pessoal.

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UNIDADE 2

PRONOMES PESSOAIS
COMPETÊNCIA GERAL DA BNCC

4.

HABILIDADE DO DCRC

Identificar em textos e usar na produção textual pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos, como recurso
EF35LP14
coesivo anafórico.

OBJETO DE CONHECIMENTO

• Morfologia.

PRÁTICAS DE LINGUAGEM

Análise Linguística/semiótica (Ortografização).

PARA SABER MAIS

• S ÃO PAULO. Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Têxtil/Texto Analisando as estratégias
de coesão. Recuperação. In: SÃO PAULO (SP). Secretaria Municipal de Educação. Língua Portuguesa: Aprender os
padrões da linguagem escrita de modo reflexivo. São Paulo: SME/ DOT, 2011. p. 4-13. Disponível em: http://portal.
sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/16469.pdf. Acesso em: 28 jul. 2021.

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EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 75 20/12/2021 18:10


1. Estudo da língua escrita: descobrindo diferentes usos de pronomes
PÁGINA 74 PÁGINA 75

UNIDADE 2
PRATICANDO

PRONOMES PESSOAIS
1. Com sua dupla, relembre as estratégias de escrita que você já viu para tornar um
texto menos repetitivo. Em seu caderno, escreva as palavras que você usaria para
solucionar o problema da repetição no texto "O leão e o ratinho".

2. Leia outra versão do texto “O leão e o ratinho” e compare-a com a primeira versão
que você leu.

O leão e o ratinho
1. Estudo da língua escrita: Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à sombra de uma boa árvore.
descobrindo diferentes usos de pronomes Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou.
Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu embaixo da pata.
1. Leia a fábula a seguir e responda à questão. Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que fosse embora.
Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores.
O leão e o ratinho Não conseguia se soltar, e fazia a floresta
inteira tremer com seus urros de raiva.
Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à sombra
Nisso, apareceu o ratinho.
de uma boa árvore. Vieram uns ratinhos passear em cima do leão
Com seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o leão.
e o leão acordou.
Uma boa ação ganha outra.
Todos os ratinhos conseguiram fugir, menos um ratinho, que o
Fábula popular. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Alfabetização: livro do aluno.
leão prendeu embaixo da pata do leão. Tanto o ratinho pediu e implo-
Brasília: FUNDESCOLA/SEFMEC, 2000. 3 v.: 128 p. 101.
rou que o leão desistiu de esmagar o ratinho e deixou que o ratinho fosse Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001614.pdf.
embora. Acesso em: 18 jul. 2021.
Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçado-
res. O leão não conseguia se soltar, e fazia a floresta in-
teira tremer com seus urros de raiva.
Nisso, apareceu o ratinho. Com seus dentes afia-
dos, o ratinho roeu as cordas e soltou o leão.
Pronome é uma classe gramatical que substitui ou retoma um substantivo.
Uma boa ação ganha outra ação.
Pode variar em gênero, número e grau. Por exemplo:
Adaptado de: ABREU, Ana Rosa et al. (org.).
Alfabetização: livro do aluno. Brasília: Fundescola/SEFMEC, 2000. 3 v. p. 101.
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001614.pdf. Acesso em: 28 jul. 2021. O homem descobriu um grande segredo. Ele tinha poder sobre as pessoas:
seu poder de convencimento era incrível.
⊲ Você identificou algum problema durante a leitura? Se sim, qual(is)?

Substantivo é uma classe gramatical que nomeia seres reais ou imaginários,


coisas, espaços etc. Pode variar em gênero, número e grau. Por exemplo:

A Semana de Ciência e Tecnologia é um grande evento. Até mesmo as


criancinhas têm espaço em sua programação.

74 4 o ANO 75 L Í N G UA P O RT U G U ESA

PÁGINA 76 PÁGINA 77

3. Leia o texto abaixo e responda às questões a seguir.


d. Quais semelhanças existem entre os dois textos?
A Raposa e o Leão
Fingindo-se o Leão enfermo, os outros animais o visitavam; e de quantos entravam na cova, nenhum
deixava sair. Eles o obedeciam como a um rei; mas o Leão um a um comia todos.
Por derradeiro chegou a Raposa à porta da cova, e perguntou-lhe:
– Como está?
Respondeu o Leão: e. Localize a moral da história no primeiro texto (O leão e o ratinho) e escreva-a no
– Por que não entrava a vê-lo? espaço abaixo.
Respondeu a Raposa que não era necessário, que a casa devia estar cheia de gente, que ela via muitas
pegadas dos que entravam, e nenhuma dos que saíam.

Moral da história:
Também Horácio explicou esta Fábula, comparando-se a si mesmo com a Raposa, dizendo que não que-
ria seguir os vícios dos Romanos, porque viu como nenhum escapava do castigo. Serve-nos logo de aviso,
já que vemos por experiência os males sem remédio em que dão os homens estragados, que perseveram f. Explique com suas palavras a moral da história do segundo texto: “Então fujamos,
em seus erros. Então fujamos, como fazia esta Raposa, de seguir suas pegadas, para que não nos aconteça como fazia esta Raposa, de seguir suas pegadas, para que não nos aconteça o
o mesmo. mesmo.”
Adaptado de: ESOPO. Fábulas. Tradução: Manuel Mendes da Vidigueira. Disponível em: http://www.santoandre.sp.gov.br/biblio-
teca/pesquisa/ebooks/366742.PDF. Acesso em: 13 nov. 2021.

g. Por que os dois textos são considerados fábulas?

RETOMANDO

1. Quais estratégias podemos utilizar para evitar a repetição de palavras em um


texto?

a. Circule os pronomes pessoais presentes no texto “A Raposa e o Leão”.

b. Pinte os substantivos presentes no 1o parágrafo.


2. Explique a diferença entre um pronome pessoal e um pronome possessivo.
c. No trecho “Eles o obedeciam como a um rei”, o pronome eles se refere a qual
personagem?

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Habilidades do DCRC
Identificar em textos e usar na produção textual pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos, como
EF35LP14
recurso coesivo anafórico.

Práticas de Linguagem • Usar pronomes pessoais, possessivos e demons-


Análise linguística/semiótica (Ortografização). trativos, como recurso coesivo anafórico.

Sobre o capítulo Materiais


• Contextualizando: ler fábula, identificar repetição • Folha de papel kraft, previamente preparado pelo
vocabular e refletir sobre maneiras de melhorar professor com duas versões diferentes da fábula
a fluidez do texto. “O leão e o ratinho”.
• Praticando: revisar texto utilizando estratégias • Fita adesiva.
para melhorar sua fluidez. Comparar duas versões
de um mesmo texto e identificar as estratégias Contexto prévio
utilizadas para evitar repetição vocabular. Refletir Os alunos já devem escrever convencionalmente.
sobre a classificação de pronomes em pessoais e Recomenda-se que os alunos já tenham algum co-
possessivos. Identificar e localizar no texto pronomes nhecimento sobre pronomes, especialmente sobre
pessoais e substantivos. os pronomes pessoais e possessivos.
• Retomando: sistematizar as compreensões
adquiridas durante o capítulo. Dificuldades antecipadas
Por não possuírem amplo arcabouço lexical, alguns
Objetivos de aprendizagem alunos podem substituir o referente sempre por
• Identificar pronomes pessoais, possessivos e um mesmo pronome, não resolvendo o problema
demonstrativos. de coesão textual. Outros podem realizar apenas
• Reconhecer a função coesiva anafórica de pronomes substituição de substantivos por sinônimos, perdendo
pessoais, possessivos e demonstrativos. o foco do trabalho desta unidade.

CONTEXTUALIZANDO • Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado


à sombra de uma boa árvore. Vieram uns ratinhos
Orientações passear em cima dele e o felino acordou.
Solicite a leitura coletiva do texto e indique a reflexão Após a reescrita, pergunte aos alunos: Que palavras
sobre a pergunta disparadora. Em seguida, compartilhe foram substituídas e por quais termos? Espera-se que
as respostas. Pode ser que os alunos tragam diversos mencionem pronomes e/ou sinônimos. Pergunte se há
aspectos que não serão trabalhados neste capítulo. Se necessidade de realizar outras modificações no texto
necessário, faça perguntas mais específicas, como: Há para melhorar a fluidez da leitura. É importante que
algum problema no modo de contar o texto? Qual? O que os alunos concluam que sim, pois esse será o trabalho
podemos fazer para tornar a leitura menos repetitiva? da próxima etapa.
Pode ser que eles mencionem apenas a substituição de
substantivos repetidos por sinônimos. Se for esse o caso, Expectativas de respostas
direcione o olhar para um fragmento do texto, como: 1. Espera-se que os alunos notem a repetição
“Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à vocabular desnecessária (leão, ratinho, ação).
sombra de uma boa árvore. Vieram uns ratinhos passear
em cima do leão e o leão acordou.” Pergunte: Como
poderíamos tornar esse fragmento menos repetitivos? PRATICANDO
Ouça diferentes alunos, isso ajudará na ampliação de
repertório. Algumas reescritas possíveis são: Orientações
• Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado Organize os alunos em duplas para a realização
à sombra de uma boa árvore. Vieram uns ratinhos da atividade 1. É importante mesclar integrantes com
passear em cima dele e o acordaram. diferentes habilidades para o compartilhamento de

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hipóteses. Durante a atividade, circule entre os alunos de “leão”. Pergunte: Há outras formas de reescrever
e incentive o emprego de pronomes e não somente o evitando repetições? Quais? Ouça as sugestões trazi-
uso de sinônimos. Caso ainda tenham dificuldade de das pelos alunos e, caso não apresentem versões com
associar o termo às palavras dessa classe gramatical, pronomes, evidencie a seguinte frase:
faça questionamentos, como: Aqui, você já utilizou um • “Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão
sinônimo para substituir a palavra “leão”; que outra prendeu embaixo de sua pata.”
palavra você poderia usar? Se necessário, faça outras Ressalte que, nesse caso, houve a inclusão de um
perguntas disparadoras para incentivar o uso de dife- pronome. Aqui, os alunos já devem conhecer pronomes,
rentes estratégias, evitando a repetição vocabular. O ainda que não lembrem do conceito. Aborde também,
ideal é que, aos poucos, eles se familiarizem com o ainda que brevemente, a substituição de substantivos
termo “pronome”, uma vez que esta unidade trabalhará por sinônimos, pois essa é uma estratégia recorrente
com algumas classificações de pronomes (pessoais e em textos escritos, embora não apareça na fábula em
possessivos). estudo. Questione os alunos: E se quiséssemos substi-
Faça a validação coletiva da atividade. Solicite que tuir a palavra ‘leão’ por um sinônimo, ou seja, por uma
uma dupla voluntária leia como reescreveria o primeiro palavra que apresenta sentido próximo? São respostas
parágrafo do texto. Em seguida, pergunte aos demais possíveis: felino e rei da selva.
alunos: Alguma outra dupla fez diferente? Como? Incentive Após a exploração do texto, realize com a turma
a participação da turma, reforçando que há muitas a leitura coletiva dos quadros de conceituação para
respostas adequadas para esta atividade e que o im- relembrar os conceitos de pronomes e substantivos.
portante é que seja evitada a repetição de palavras. Na Posteriormente, guie a análise de cada pronome em
validação, faça perguntas como: A sugestão da dupla destaque no segundo texto: dele, ele, seus. Para melhor
conseguiu o esperado, ou seja, evitar repetição voca- visualização pelos alunos, escreva no quadro:
bular? Caso o objetivo não tenha sido atingido, peça Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espicha-
sugestões aos demais alunos. Disponibilize um tempo do à sombra de uma boa árvore. Vieram uns ratinhos
para a correção do primeiro parágrafo e, ao seguir para passear em cima dele e ele acordou.
o próximo, faça questionamentos semelhantes. Repita
esses passos até corrigir todo o texto. Pergunte: A quais termos o pronome ‘dele’ faz refe-
rência? Espera-se que os alunos respondam “do leão”.
Expectativas de respostas Para confirmar a hipótese, solicite que façam a substi-
1. Respostas pessoais. Considerar a correção a partir tuição em voz alta, “Vieram uns ratinhos
de substituições feitas por pronomes. passear em cima do leão e ele acordou”. Reescreva
a frase no quadro, abaixo da primeira. Repita o
Orientações procedimento com o pronome “ele”. Pergunte aos
Para a atividade 2, proponha aos alunos que leiam a alunos: Apesar de referir-se a um mesmo substantivo,as
versão original do texto, comparando-a à versão anterior. palavras “dele” e “ele” são classificados de maneira
A ideia é que os alunos sejam capazes de identificar diferente. Como classificar cada um? Por quê? Ouça os
estratégias para evitar repetição vocabular. alunos e medeie as respostas, se necessário. Espera-
Leia cada uma das frases dos textos, se que os alunos percebam que “dele” é um pronome
incentivando a comparação entre as duas versões possessivo e “ele” um pronome pessoal. Comente que,
propostas. Note que algumas frases não precisariam nesse caso, uma boa maneira de identificar a classifi-
de reescrita. Para trabalhar com a terceira frase, por cação do pronome é a necessidade de estar acompa-
exemplo, peça aos alunos que leiam ambas as versões: nhado da preposição “de” na substituição. Diga que
• “Todos os ratinhos conseguiram fugir, menos um essa preposição indica posse.
ratinho, que o leão prendeu embaixo da pata do Posteriormente, guie a análise do pronome “seus”
leão.” em ambas as ocorrências nos textos, incentivando os
• “Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão alunos a refletir sobre os referentes e as classificações
prendeu embaixo da pata.” (pessoal ou possessivo).
Questione os alunos: Qual versão está menos repe- Na atividade 3, leia o título do texto e pergunte
titiva? O que foi feito para evitar a repetição? Espera-se aos alunos se eles conhecem a história. Ouça suas
que os alunos mencionem a supressão de “ratinho” e contribuições e, em seguida, realize a leitura coletiva

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do texto com a turma. Durante a leitura, guie os alunos
na análise de palavras que são pronomes, perguntando RETOMANDO
quais pronomes foram usados para evitar a repetição
constante de substantivos como “raposa” e “leão”.
Orientações
Para atividade 1, peça aos alunos que formem du-
Expectativas de respostas
plas para sistematizar as conclusões obtidas durante
2. Espera-se que os alunos notem as diferenças en- a realização deste capítulo. Explique que, embora es-
tre os dois textos, percebendo que estratégias tejam organizados em duplas, os alunos devem fazer
o próprio registro no Livro do Aluno. Após a realização
foram usadas para evitar a repetição vocabular
da atividade, guie a socialização das respostas da tur-
por meio dos pronomes.
ma, validando-as com questionamentos, como: Todos
3. concordam? Alguém fez diferente? Como? Há alguma
a. Espera-se que os alunos localizem no texto e outra estratégia que não foi mencionada pela dupla?
circulem os pronomes pessoais: Qual? Disponibilize tempo necessário para a correção
Lhe, eles, ela. dos registros.
b. Espera-se que os alunos encontrem no texto os
seguintes substantivos: Expectativas de respostas
1. É esperado que os alunos expliquem, com suas
Leão, animais, cova, rei.
palavras, que, para evitar repetições em um texto,
c. “Eles” refere-se a “animais”.
podem substituir substantivos por pronomes ou
d. Espera-se que os alunos percebam que ambos por sinônimos e suprimir palavras que não geram
os textos são fábulas e que têm em comum o prejuízos de sentido para o contexto (elipse).
personagem “leão”. Orientações
e. Espera-se que os alunos localizem no final do texto a Na atividade 2, peça aos alunos que respondam à
moral da história: “Uma boa ação ganha outra ação”. questão individualmente e convide alguns deles para
f. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos falem compartilhar suas reflexões sobre as classificações dos
algo no sentido de que podemos observar os substantivos em pessoais e possessivos, anotando as
erros de outras pessoas para não repeti-los. suas contribuições no quadro. Neste momento, é ne-
g. Espera-se que os alunos já conheçam as caracte- cessário que eles percebam as diferenças de sentido
entre os pronomes, ainda que apresentem dificuldades
rísticas de uma fábula, ou seja, que nesse gênero
para conceituá-los.
textual os animais são caracterizados como seres
humanos e agem como eles, falam, pensam e 2. Os pronomes pessoais expressam as pessoas do
tomam decisões. discurso, enquanto os pronomes possessivos ex-
pressam ideia de posse.

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2. Estudo da língua escrita: explorando o uso de pronomes
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PRATICANDO
2. Estudo da língua escrita: explorando o uso
de pronomes 1. Complete a fábula “O Lobo e as Ovelhas”, de Esopo, com as palavras do quadro
de pronomes abaixo.
1. Quais estratégias podemos utilizar para evitar a repetição de palavras em um
texto?
sua — lhes — eles — seus
2. Descubra a charada completando a lacuna com um pronome pessoal.

Quem foi ?
O Lobo e as Ovelhas

©crédito de imagem / banco de origem

Mari Heffner
Havia uma guerra entre os Lobos e as Ovelhas; estas, embora fossem mais fracas, como tinham a ajuda

dos cães levavam sempre a melhor. Os Lobos então pediram paz, com a condição de que dariam de penhor os

filhos, se as Ovelhas também

entregassem os cães.

As ovelhas aceitaram estas condições e foi feita a paz. Contudo, os filhos dos Lobos, quando se viram na
Esopo
casa das ovelhas, começaram a uivar muito alto. Acudiram logo os pais, a pensar que isso significava que a
Segundo uma biografia egípcia do século 1, Esopo nasceu na Grécia antiga no século 6 antes de Cristo. Ele
teria sido vendido como pessoa escravizada e depois se tornado conselheiro de Creso, rei da Lídia. Para esse paz havia sido quebrada, e recomeçaram a guerra.
monarca, ele costumava contar histórias de animais, e sempre tirava alguma lição de moral delas. Como
eram simples, elas se tornaram muito populares na Grécia. Bem quiseram defender-se as Ovelhas; mas como a
Considerado o primeiro fabulista, Esopo teria inaugurado o estilo das histórias para convencer as pesso-
as a agir com o bom senso. Sua morte permanece um mistério: acredita-se que ele foi lançado de um preci- principal força consistia nos cães, que havia entregado aos Lobos, foram facilmente vencidas por
pício acusado de sacrilégio, isto é, de pecado contra algo religioso. Suas fábulas são curtas e bem-humora-
das. As mais conhecidas são “A galinha dos ovos de ouro”, “A lebre e a tartaruga” e “A raposa e as uvas verdes”. .
Esopo. Ciência Hoje das Crianças, 25 mar. 2003.
ESOPO. Fábulas de Esopo ilustradas. Tradução e adaptação de Carlos Pinheiro. 2012. p. 12-13.
Disponível em: http://chc.org.br/esopo/. Acesso em: 28 jul. 2021.
Disponível em: https://www.baixelivros.com.br/infantil/fabulas-de-esopo-pdf. Acesso em: 28 jul. 2021.

78 4 o ANO 79 L Í N G UA P O RT U G U ESA

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2. Reflita sobre os sentidos dos pronomes apresentados no quadro da atividade an-


terior e responda às questões. RETOMANDO
a. Quais se referem às pessoas da oração? Quais indicam ideia de posse?
1. Como os pronomes podem nos ajudar durante a produção de um texto?

b. A quais termos cada pronome faz referência, ou seja, retoma/substitui?

2. O que os pronomes pessoais expressam? E os pronomes possessivos?

3. Nos fragmentos a seguir, há a repetição dos termos em destaque. Como podemos


reescrevê-los eliminando a repetição?

a. Havia uma guerra entre os Lobos e as Ovelhas. As ovelhas embora fossem mais
fracas, como tinham a ajuda dos cães, as ovelhas levavam sempre a melhor. 3. Escreva uma frase que apresente uma lição de moral para a fábula “O Lobo e
as Ovelhas”, ou seja, um ensinamento que pode ser construído com base na lei-
tura do texto. É necessário que você utilize em seu texto pronomes pessoais ou
possessivos.

b. As ovelhas foram surpreendidas pelos filhos dos lobos. As ovelhas quiseram


defender-se dos lobos, mas a principal força das ovelhas eram os cães e elas
tinham entregado os cães aos lobos.

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80 4 o ANO

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Habilidade do DCRC
Identificar em textos e usar na produção textual pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos, como
EF35LP14
recurso coesivo anafórico.

Práticas de Linguagem • Reconhecer a função coesiva anafórica de pronomes


Análise linguística/semiótica (Ortografização). pessoais, possessivos e demonstrativos.
• Usar pronomes pessoais, possessivos e demons-
Sobre o capítulo trativos, como recurso coesivo anafórico.
• Contextualizando: retomar estratégias para evitar
repetição em textos. Contexto prévio
• Praticando: exercitar o uso de pronomes em escrita Os alunos já devem escrever convencionalmente.
de fábula como recurso para o estabelecimento Recomenda-se que eles já tenham algum conhecimento
da coesão textual. sobre pronomes, especialmente sobre os pronomes
• Retomando: sistematizar o que aprenderam no pessoais e os possessivos.
capítulo sobre pronomes e criar uma moral para
uma fábula utilizando os recursos estudados. Dificuldades antecipadas
Por não possuírem amplo arcabouço lexical, alguns
Objetivos de aprendizagem alunos podem sentir dificuldades para selecionar o
• Identificar em textos pronomes pessoais, possessivos melhor pronome para substituir ou retomar um de-
e demonstrativos. terminado referente.

CONTEXTUALIZANDO reproduza a charada no quadro da sala de aula e soli-


cite a participação da turma até que o pronome “ele”
Orientações seja desvendado. Caso opte por não trabalhar com o
Peça para a turma refletir sobre a pergunta dis- jogo da forca, solicite aos alunos que criem hipóteses
posta no Livro do Aluno, para posteriormente guiar o para a charada utilizando as informações trazidas na
compartilhamento das respostas. Espera-se que, neste pequena biografia de Esopo. Após a descoberta, oriente
momento, os alunos retomem o trabalho realizado no a leitura coletiva do boxe em voz alta. Posteriormente,
capítulo anterior. Caso isso não ocorra, você pode uti- pergunte: Qual substantivo (ou palavra) o pronome pes-
lizar o cartaz apresentado no primeiro capítulo desta soal “ele” está substituindo? Espera-se que os alunos
unidade e fazer um novo momento de comparação entre percebam que “ele” se refere ao substantivo “Esopo”.
versões da fábula “O leão e o ratinho”, ou, se preferir, Para confirmar, peça aos alunos que realizem a subs-
solicitar a leitura em voz alta da atividade da seção tituição e verifiquem a manutenção do sentido. Assim,
Retomando do primeiro capítulo. Posteriormente, diga- eles obterão: “Quem foi Esopo?”
-lhes que, embora haja diversas estratégias para evitar Para incentivar o debate acerca das informações
repetição vocabular, como eles já sabem, nesta aula apresentadas no boxe, pergunte: Alguém já leu uma
eles trabalharão com foco em pronomes, conhecendo fábula? Alguém já conhecia esse autor? Ouça as respos-
também outro uso dessa classe gramatical (retomada). tas e medeie o debate. Caso os alunos não recordem,
relembre que no capítulo anterior eles trabalharam
Expectativas de respostas com a fábula “O leão e o ratinho”. Comente que, nes-
1. Substituir substantivos por pronomes, substituir te capítulo, trabalharão com outra fábula, dessa vez,
substantivos por sinônimos, suprimir palavras que de Esopo. Caso queira, pergunte aos alunos o que é
possam ser recuperadas pelo contexto (elipse) uma fábula e comente que fábulas são textos curtos
sem prejuízo para o sentido do texto. cujos personagens são animais personificados e que,
ao final, trazem uma lição de moral.
Orientações
Desafie a turma a descobrir o pronome pessoal que Expectativas de respostas
completa a charada. Se desejar, para tornar a aula 2. Espera-se que os alunos completem com a palavra
mais dinâmica, proponha um jogo de forca. Nesse caso, “ele”.

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PRATICANDO moral para a fábula utilizando pronomes pessoais e/
ou possessivos.
Orientações
Organize os alunos em duplas, mesclando integran- Expectativas de respostas
tes em diferentes hipóteses de escrita e com diferentes 2.
habilidades e níveis de compreensão dos objetos de a. Pronomes pessoais: lhes, eles; pronomes pos-
conhecimento em estudo. A organização das duplas sessivos: sua, seus.
permanecerá a mesma até o final do trabalho neste b. O pronome “lhes” retoma “aos Lobos”; o prono-
capítulo. Evidencie que as duplas deverão completar me “eles” faz referência a “os Lobos”; o pronome
as lacunas com os pronomes presentes no boxe de “sua” retoma “das Ovelhas”; e o pronome “seus”
palavras. Circule entre as duplas para acompanhar a substitui “dos Lobos”.
produção e faça perguntas que fomentem reflexões,
como: Esse [aponte para a escolha da dupla] pronome Orientações
substituiu qual palavra? Como você sabe disso? Esse Ainda organizados em duplas, os alunos deverão
[aponte para a escolha da dupla] pronome retoma qual responder ao desafio proposto. Disponibilize um tempo
palavra? Como você sabe disso? Esse [aponte para a adequado para isso e, depois, promova a socialização
escolha da dupla] indica pessoa ou ideia de posse? Por das respostas. A ideia é que os alunos retomem a fun-
quê? É importante que os alunos saibam justificar suas ção dos pronomes na substituição de termos, aspecto
escolhas. Posteriormente, conduza a correção coleti- já trabalhado no capítulo anterior.
va, solicitando a participação de um voluntário para Atenção, lembre a turma de que o pronome “delas”
ler a primeira frase da fábula. Em seguida, pergunte: é a contração da preposição “de” (que indica posse) e
Todos concordam com a resposta do colega? Alguém do pronome pessoal “elas”. Isso não precisa ser expli-
fez diferente? Como? Qual é a melhor resposta? Repita cado aos alunos nesse momento; apenas reforce que,
procedimento semelhante para as demais correções quando a substituição do pronome exige a preposição
e disponibilize tempo para que os alunos façam as “de” (e suas variações), expressam a ideia de posse. Por
modificações necessárias. exemplo: “dele” como referência a “do leão” (capítulo
anterior) e “delas” como referência a “das ovelhas”
Expectativas de respostas
(nesta atividade).
1. seus, lhes, sua, eles.
Expectativas de respostas
Orientações
2. a) Havia uma guerra entre os Lobos e as Ovelhas.
Para esta atividade, os alunos deverão refletir so-
Elas embora fossem mais fracas, como tinham a
bre a classificação dos pronomes e seus referentes.
ajuda dos cães, elas levavam sempre a melhor.
Circule entre as duplas para auxiliar os alunos e, aos
b) As ovelhas foram surpreendidas pelos filhos
que apresentarem dificuldades, faça perguntas dispa-
dos lobos. Elas quiseram defender-se deles,
radoras como: Esse pronome indica um personagem
da fábula, ou seja, é pronome pessoal ou indica algo mas a principal força delas eram os cães e
de um personagem, trazendo a ideia de posse? Qual é elas tinham entregado os cães a eles.
a ideia que esse pronome substitui ou retoma? Ao final
da atividade, faça uma correção coletiva. Peça a uma
dupla voluntária que apresente suas respostas. Faça RETOMANDO
a correção coletiva, perguntando à turma: Alguém fez
diferente? Por quê? Disponibilize tempo para que os
Orientações
alunos possam fazer as correções necessárias.
Conduza oralmente o momento de sistematização,
Desenhe na lousa duas colunas e pergunte aos
alunos se eles conhecem outros pronomes pessoais perguntando aos alunos quais conhecimentos sobre
e possessivos. Medeie o compartilhamento validando pronomes eles adquiriram neste capítulo. Ouça as res-
ou adequando as respostas entre todos. postas e medeie o debate. Há uma resposta no gabarito,
Registre na lousa os pronomes apresentados pe- mas opte por sistematizar as contribuições da turma
los alunos. Esse momento será importante para que, para a construção de uma resposta coletiva, que deverá
na seção Retomando, eles escrevam uma lição de ser registrada por escrito no Livro do Aluno.

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Expectativas de respostas poderão guiar-se pelos pronomes inseridos no quadro
1. Os pronomes auxiliam na substituição ou na reto- da sala de aula. Ao final, socialize as respostas dos
mada de termos em um texto, evitando repetições. alunos. Veja a seguir a lição de moral da versão do
texto trabalhada pela turma. Não é necessário apre-
Orientações sentar esse texto para a turma. Valorize as respostas
É necessário que os alunos reflitam sobre os senti- trazidas pelos alunos.
dos expressos pelos pronomes pessoais e possessivos
trabalhados nesta unidade. Antes do registro no Livro Moral da história
do Aluno, guie um debate sobre as perguntas. Pode Ensina esta Fábula que ninguém deve entregar
ser que nesse momento os alunos sintam dificuldade as armas aos seus inimigos, antes tenha a paz por
para conceituar. suspeitosa.
Também nos avisa quanto ao perigo de meter em
Expectativas de respostas
casa inimigos, ou filhos de inimigos, como fizeram as
2. Os pronomes pessoais referem-se às pessoas do
discurso, enquanto os pronomes possessivos ex- Ovelhas, que querendo estar mais seguras por terem
pressam ideia de posse. os filhos dos Lobos em casa, foram eles a causa da
sua destruição.
Orientações ESOPO. Fábulas de Esopo ilustradas.
Pergunte aos alunos se eles sentiram falta de algo Tradução e adaptação de Carlos Pinheiro. 2012, p. 12-13. Disponível em:
https://www.baixelivros.com.br/infantil/fabulas-de-esopo-pdf.
na fábula e, caso não mencionem nada, evidencie que Acesso em: 28 jul. 2021.
falta explicitar a lição de moral, uma parte importante
de um texto desse gênero. Diga que cada dupla deverá Expectativas de respostas
criar uma frase que sintetize a lição de moral apresen- 3. Respostas pessoais. Observar se as respostas
tada pela fábula e que deverão usar pronomes pessoais estão alinhadas à temática da fábula e apresen-
ou possessivos nessa escrita. Diga que, caso queiram, tam pronomes pessoais ou possessivos.

ANOTAÇÕES

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3. Estudo da língua escrita: revisando os usos de pronomes em textos
PÁGINA 82 PÁGINA 83

3. Estudo da língua escrita: revisando o uso de PRATICANDO


pronomes em textos
1. Como os pronomes podem nos ajudar durante a produção de um texto? 1. Leia o texto abaixo e responda com atenção às questões a seguir, utilizando seus
conhecimentos sobre pronomes pessoais e possessivos.
2. O que um pronome pessoal expressa? E um pronome possessivo?
O rato do mato e o rato da cidade
3. Escreva no quadro a seguir os pronomes pessoais para auxiliar você durante a
Um ratinho da cidade foi uma vez convidado para ir à casa de um rato do campo. Vendo que seu compa-
realização da próxima atividade.
nheiro vivia pobremente de raízes e ervas, o rato da cidade convidou-o a ir morar com ele:
— Tenho muita pena da pobreza em que você vive — disse. — Venha morar comigo na cidade e você verá
Quadro de pronomes pessoais
como lá a vida é mais fácil.
Lá se foram os dois para a cidade, onde se acomodaram numa casa rica e bonita.
Foram logo à despensa e estavam muito bem, se empanturrando de comidas fartas e gostosas, quando
entrou uma pessoa com dois gatos, que pareceram enormes ao ratinho do campo.
Retos Os dois ratos correram espavoridos para se esconder. O rato do campo disse quando o perigo passou:
— Eu vou para o meu campo – disse o rato do campo quando o perigo passou. — Prefiro minhas raízes e
ervas na calma, às suas comidas gostosas com todo esse susto.
Moral: Mais vale magro no mato que gordo na boca do gato.
ABREU, Ana Rosa et al. (org.). Alfabetização: livro do aluno. v. 2. Brasília: Fundescola/SEF-MEC, 2000. p. 101.
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000589.pdf. p. 102. Acesso em: 2 out. 2021.

Oblíquos a. Quais pronomes pessoais estão presentes no texto?


átonos

b. Quais pronomes possessivos podemos encontrar no texto acima?

Oblíquos
tônicos
2. Complete o mito indígena a seguir utilizando pronomes pessoais ou possessivos.

4. Agora, escreva os pronomes possessivos.

QUADRO DE PRONOMES POSSESSIVOS

O roubo do fogo

Povo Guarani (Mito Guarani)

Em tempos antigos, os Guarani não sabiam acender fogo. Na verdade

sabiam apenas que existia o fogo, mas comiam alimentos crus, pois o fogo estava em poder dos urubus.

O fogo estava com essas aves porque foram que primeiro descobriram

82 4 o ANO 83 L Í N G UA P O RT U G U ESA

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um jeito de se apossar das brasas da grande fogueira do sol. Numa ocasião, quando o sol estava bem fraquinho 2. O que você já sabe sobre pronomes pessoais? Dê exemplos.

e o dia não estava muito claro, os urubus foram até lá e retiraram algumas

brasas, as quais tomavam conta com muito cuidado e zelo. Era por isso

que somente estas aves comiam

alimento assado ou cozido e nenhum outro da floresta tinha este

privilégio.

É claro que todos os urubus tomavam conta das brasas como


3. O que você já sabe sobre pronomes possessivos? Dê exemplos.

se fosse um tesouro precioso e não permitiam que ninguém

se aproximasse. Os homens e os

outros animais viviam irritados com isso. Todos queriam roubar o

fogo dos urubus, mas ninguém se atrevia a desafiá-los.

Um dia, o grande herói Apopocúva retornou de uma grande viagem

que fizera. nome era Nhanderequeí,


4. Preencha o quadro a seguir, considerando como você avalia o conhecimento de
Guerreiro respeitado por todo o povo, decidiu que iria roubar o fogo dos
seu colega sobre pronomes.
urubus. [...]
MUNDURUKU, Daniel. O roubo do fogo. Contos indígenas brasileiros.
Quadro de Avaliação
Ilustrações de Rogério Borges. 2. ed. - São Paulo: Global, 2005.

3. Revise o texto de um colega. Você deverá avaliar se ele utilizou pronomes pesso-
ais ou possessivos para completar o texto. Circule os pronomes que considerar O colega confunde bastante o O colega confunde um O colega quase não O colega não confunde
uso de pronomes pessoais. pouco o uso de confunde o uso de o uso de
incorretos para o contexto do mito. Anote a seguir como os corrigiria. pronomes pessoais. pronomes pessoais. pronomes pessoais.

O colega confunde bastante o O colega confunde um O colega quase não O colega não confunde
uso de pronomes pouco o uso de pronomes confunde o uso de pronomes o uso de pronomes
4. Se necessário, faça as alterações propostas pelo colega em seu texto. possessivos. possessivos. possessivos. possessivos.

RETOMANDO
5. Formule algumas dicas sobre os usos de pronomes pessoais e possessivos ao co-
lega para que ele possa melhorar os conhecimentos dele. Escreva-as nas linhas a
1. Como os pronomes podem nos ajudar durante a produção de um texto? seguir.

84 4 o ANO 85 L Í N G UA P O RT U G U ESA

84 4 o ANO

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Habilidade do DCRC
Identificar em textos e usar na produção textual pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos, como
EF35LP14
recurso coesivo anafórico.

Práticas de Linguagem • Reconhecer a função coesiva anafórica de pronomes


Análise linguística/semiótica (Ortografização). pessoais, possessivos e demonstrativos.
• Usar pronomes pessoais, possessivos e demons-
Sobre o capítulo trativos, como recurso coesivo anafórico.
• Contextualizando: retomar os usos de pronomes
em textos. Contexto prévio
• Praticando: utilizar pronomes pessoais e Os alunos já devem escrever convencionalmente.
Recomenda-se que os alunos já tenham algum co-
possessivos para completar o texto de um mito
nhecimento sobre pronomes, especialmente sobre
indígena, estabelecendo a coesão textual. os pronomes pessoais e possessivos.
• Retomando: avaliar como um colega faz o uso de
pronomes pessoais e possessivos em um texto escrito. Dificuldades antecipadas
Por não possuírem amplo arcabouço lexical, alguns
Objetivos de aprendizagem alunos podem sentir dificuldades para selecionar o
• Identificar pronomes pessoais, possessivos e melhor pronome para substituir ou retomar um de-
demonstrativos. terminado referente.

CONTEXTUALIZANDO colega é um pronome? Por quê? Espera-se que os alunos


mencionem as funções de substituição ou retomada
Orientações durante o reconhecimento de pronomes.
Solicite aos alunos que reflitam sobre a pergunta Caso perceba que os alunos não são capazes de
trazida no Livro do Aluno e guie o compartilhamento listar pronomes com autonomia, dite alguns prono-
das respostas. mes pessoais e possessivos e solicite-lhes que os
classifiquem nos quadros correspondentes. Faça a
Expectativas de respostas validação coletiva.
1. Os pronomes auxiliam na substituição ou na re- Se julgar necessário, ressalte que há termos que,
tomada de termos, evitando repetições. conforme o contexto, exercem funções diferentes, como
“os” e “a”, que podem ser artigos ou pronomes. Nesse
Orientações caso, traga exemplos, escrevendo-os na lousa. Converse
Espera-se que, ao retomar o trabalho realizado nos com os alunos sobre as funções de “a” e “os” nos
capítulos anteriores, os alunos mencionem algumas exemplos a seguir:
funções dos pronomes em textos. Se necessário, solicite Exemplo A:
a leitura da seção Retomando no capítulo anterior e — Mãe, a minha prima chegou! ⊲ — Chame-a, por favor.
o registro da reposta para essa pergunta. Exemplo B:
— Os meus amigos são muito legais! ⊲ — Convide-os
Expectativas de respostas para a minha festa de aniversário!
2. Os pronomes pessoais expressam as pessoas do
discurso, enquanto os pronomes possessivos ex- Expectativas de respostas
pressam ideia de posse. 3. Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas (retos), me, te, se,
o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes (oblíquos átonos),
Orientações mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, nós, conosco,
Diga aos alunos que eles criarão um quadro de pro- vós, convosco, si, consigo (oblíquos tônicos).
nomes. Isso os ajudará a realizar a próxima atividade. 4. Meu, minha, meus, minhas, teu, tua, teus, tuas,
A proposta é que os alunos mencionem oralmente seu, sua, seus, suas, dele (de+ele), dela (de+e-
exemplos de pronomes. Conduza a validação coletiva la), nosso, nossa, nossos, nossas, vosso, vossa,
por meio de perguntas como: A palavra trazida pelo vossos, vossas, deles (de+eles), delas (de+elas).

85 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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PRATICANDO circular as inadequações encontradas no texto no
outro. Disponibilize um tempo para isso e circule entre
Orientações as duplas para sanar eventuais dúvidas.
Apresente aos alunos o texto “O rato do mato e o
rato da cidade”. Faça primeiramente a leitura exemplar Expectativas de respostas
e, em seguida, a coletiva com toda a turma. Solicite 3. Respostas pessoais. Considere a correção de
aos alunos que, com base nos quadro de pronomes acordo com o emprego dos pronomes pessoais
pessoais e possessivos criados na atividade 3 da aber- ou possessivos do colega de dupla.
tura, identifiquem todos os pronomes, tanto pessoais 4. Respostas pessoais. Considere a correção de acordo
quanto possessivos presentes no texto. com as inadequações encontradas pela dupla.
Faça-lhes perguntas que instiguem a reflexão e pro-
piciem maior assimilação, como: O pronome “comigo” Orientações
presente na frase: “— Venha morar comigo na cidade e Diga aos alunos que, considerando a revisão do
você verá como lá a vida é mais fácil.” refere-se a qual colega de dupla, cada aluno terá um tempo para rever
personagem? O pronome “o” presente na expressão suas respostas antes da correção coletiva. Se alguém
“convidou-o” refere-se a qual personagem? Os pro- não concordar com a correção, poderá manter sua res-
nomes “eu” e “meu” presentes na frase: “— Eu vou posta original e conferi-la posteriormente, no momento
para o meu campo.” referem-se a qual personagem? da correção coletiva.
No texto “O roubo do fogo” faltam alguns prono- No momento da validação coletiva, solicite a partici-
mes. Individualmente, cada aluno deverá completar o pação de voluntários para apresentarem suas respostas.
mito indígena com um pronome pessoal ou possessivo, Faça uma correção por vez, considerando cada frase.
considerando o contexto. Diga que, em caso de dúvi- Pergunte: Todos concordam? Alguém fez diferente? Por
das, é possível consultar o quadro de pronomes que quê? Esse pronome é pessoal ou possessivo? Qual é
preencheram. Circule entre os alunos para acompanhar o referente desse pronome? Como vocês sabem dis-
a realização da atividade, fazendo perguntas dispara- so?. Contabilize tempo para que a turma possa fazer
doras que os instiguem a refletir sobre suas respostas,
a adequação, se necessário, de seu texto. Repita o
como: Esse [aponte para a escolha do aluno] pronome
procedimento para as demais frases, incentivando a
substituiu qual palavra? Como você sabe disso? Esse
participação do maior número possível de alunos.
[aponte para a escolha do aluno] pronome retoma qual
palavra? Como você sabe disso? Essa palavra [aponte
para a escolha do aluno] está no singular ou plural?
Então, o referente precisa aparecer no singular ou no RETOMANDO
plural? Esse pronome [aponte para a escolha do alu-
no] é pessoal ou possessivo?. Não apresente respos- Orientações
tas neste momento, pois os alunos farão a correção
Para sistematizar as compreensões mobilizadas
posteriormente.
no trabalho nesta unidade, inicie o momento de re-
Expectativas de respostas tomada guiando a discussão com a mesma pergunta
1. que abriu este capítulo. Naquele momento, não houve
a. Pessoais: o (Em “convidou-o”), ele, comigo, se, eu. a necessidade de registro por escrito, mas ele será
b. Possessivos: seu, meu, minhas, suas. necessário agora. Após compartilharem o que sabem
2. eles, elas, seu, delas, seu. sobre os usos de pronomes em textos, os alunos de-
verão escrever suas conclusões. Aproveite o momento
Orientações para avaliar se os alunos ampliaram ou não suas
Organize os alunos em duplas, mesclando inte- percepções sobre pronomes. No gabarito, há uma
grantes em diferentes hipóteses de escrita e com resposta padrão; entretanto, valorize os registros
diferentes habilidades e níveis de compreensão dos pessoais de cada aluno.
objetos de conhecimento em estudo. A proposta é
que eles discutam suas respostas e façam correções Expectativas de respostas
antes da validação coletiva. Oriente a troca de ma- 1. Os pronomes auxiliam na substituição ou na reto-
teriais entre os alunos e diga-lhes que um deverá mada de termos em um texto, evitando repetições.

86 4 o ANO

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Orientações verifique como os alunos avaliam uns aos outros so-
Antes do registro por escrito, solicite aos alunos bre as compreensões acerca de pronomes pessoais
que compartilhem o que aprenderam sobre pronomes e possessivos. Reforce que esta avaliação é apenas
pessoais e possessivos, citando exemplos. Valide as para que eles mesmos compreendam o processo de
respostas coletivamente e peça para a transcrever suas avaliação e que ela não comporá a nota somativa do
conclusões no Livro do Aluno. bimestre. É importante que a turma não sinta receio
de avaliar e ser avaliada. A ideia é que os alunos
Expectativas de respostas percebam essa atividade como uma forma de ajudar
2. Os pronomes pessoais expressam as pessoas uns aos outros.
do discurso. Exemplos: eu, tu, ele, ela, nós, vós,
eles, elas, me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, Expectativas de respostas
as, lhes, mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, nós, 4. Respostas pessoais.
conosco, vós, convosco.
3. Os pronomes possessivos expressam ideia de Orientações
posse. Exemplos: meu, minha, meus, minhas, Oriente os alunos a conversarem após a avaliação.
teu, tua, teus, tuas, seu, sua, seus, suas, dele, Instrua-os a dar dicas, uns aos outros, para ampliar
dela, nosso, nossa, nossos, nossas, vosso, vossa, seus conhecimentos sobre pronomes.
vossos, vossas, deles, delas.
Expectativas de respostas
Orientações 5. Respostas pessoais.
Oriente os alunos a realizarem a avaliação em duplas
e solicite-lhes que troquem de materiais. Posteriormente,

ANOTAÇÕES

87 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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MATEMÁTICA

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UNIDADE 1

PROBLEMAS DE MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO


COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

1; 2; 4; 7.

HABILIDADES DO DCRC

Resolver e elaborar problemas envolvendo diferentes significados da multiplicação (adição de parcelas iguais,
EF04MA06 organização retangular e proporcionalidade), utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa, cálculo
mental e algoritmos.

Resolver e elaborar problemas de divisão cujo divisor tenha no máximo dois algarismos, envolvendo os significados
EF04MA07 de repartição equitativa e de medida, utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa, mental e
algoritmos.

OBJETOS DE CONHECIMENTO

• P roblemas envolvendo diferentes significados da multiplicação e da divisão: adição de parcelas iguais, configuração
retangular, proporcionalidade, repartição equitativa e medida.

UNIDADE TEMÁTICA

• Números

PARA SABER MAIS

• CASTRO, J, B.; SOUZA, M. F. C.; MEDEIROS, M. D.; MONTEIRO, L. L.; SOUSA, J. S.; FREITAS, F. Y. M. Ilha das operações.
Disponível em: https://plataformaintegrada.mec.gov.br/recurso/338674. Acesso em:
• PANIZZA, M. Ensinar matemática na educação infantil e séries iniciais: análise e propostas. Porto Alegre: Artmed,
2006. p. 43-73.
• Paola Tarasow e Mercedes Etchemendy falam sobre o ensino da divisão. Nova Escola, 2012. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/924/paola-tarasow-e-mercedes-etchemendy-falam-sobre-o-ensino-da-divisao.
Acesso em: 26 jun. 2021.
• SANTANA, E. R. S.; CASTRO-FILHO, J. A; LAUTERT, S. L. Ensinando multiplicação e divisão no 4º e 5º ano. Itabuna:
Via Litterarum, 2017. 116p. Disponível em: www.ufpe.br%2Fdocuments%2F956358%2F956387%2FEnsinando%2B-
multiplica%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Be%2Bdivis%25C3%25A3o%2B-%2B4%25C2%25BA%2Be%2B5%-
25C2%25BA%2Banos.pdf%2Fce06949d-5ab6-4462-8bed-5e4c6af28b99&clen=7633767. Acesso em:
• VAN DE WALLE, J. A. O desenvolvimento do valor posicional com números naturais. Matemática no Ensino Fundamental.
São Paulo: Artmed, 2009.

90 4 o ANO

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1. Reunir quantidades iguais
PÁGINA 88 PÁGINA 89

UNIDADE 1
MÃO NA MASSA
TÍTULO DA UNIDADE
PROBLEMAS DE
COM ATÉ 1. Carina foi ao mercado comprar suco para a festa de aniversário. Cada garrafa de

MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO suco custa 6 reais.

3 LINHAS a. Quanto Carina vai gastar se comprar 4 garrafas de suco?

1. Reunir quantidades iguais

1. Rita quer fazer uma torta de limão para o piquenique com suas 11 amigas, mas a
receita que ela encontrou serve apenas 4 pessoas.

Torta de limão (porção para 4 pessoas)


Ingredientes da massa:
⊲ 200 gramas de biscoito de maizena. b. E se ela comprar 8 garrafas? E se comprar 24?
⊲ 150 gramas de margarina.
Ingredientes do recheio:
⊲ 1 lata de leite condensado.
⊲ 1 caixa de creme de leite.
⊲ suco de 4 limões.
⊲ raspas de 2 limões.
Ingredientes da cobertura:
⊲ 4 claras de ovo.
⊲ 3 colheres (sopa) de açúcar.
⊲ raspas de 2 limões para decorar.

Agora, reúna-se em dupla e responda às questões a seguir. c. Complete o quadro a seguir, relacionando a quantidade de garrafas de suco
comprados por Carina e o valor gasto em reais.
a. Quantas receitas ela vai precisar fazer?
Quantidade de garrafas de suco Valor total em reais
b. Quanto de cada ingrediente ela vai ter de comprar?
4 24

12
c. Como você resolveu os itens a e b?
24

88 4 o ANO 89 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 90 PÁGINA 91

DISCUTINDO RAIO X
1. Lucas, primo de Carina, tentou ajudá-la a fazer os cálculos, dando uma dica:
A praia de Almofala fica a 190 km de

By Mateuz TUF - Own work, CC BY-SA 3.0.


Fortaleza, em uma comunidade indígena con-
Se a quantidade de garrafas de siderada como último reduto dos Tremembé
suco aumentar, o preço final da no litoral oeste do Ceará. É uma praia cheia
compra aumenta de acordo com de lendas e tartarugas-verdes – ou aruanãs,
o aumento da quantidade. como são chamadas pelos indígenas. Elas
buscam nas águas da praia alimentação, de-
senvolvimento e descanso.

a. O que Lucas quis dizer com essa dica? 1. Cada tartaruga-verde pode botar, no mínimo, 16 ovos por ano. Então, quantos ovos,
no mínimo, podem botar:

a. 3 tartarugas-verde?

b. Como podemos usar a dica de Lucas para descobrir quanto custarão 4 garrafas
de suco? E 8 garrafas de suco?

b. 12 tartarugas-verde?

2. Você observou as estratégias de resolução dos demais colegas sobre como calcu-
lar o preço de algumas garrafas de suco para a festa de Carina.
a. Explique de que maneira você calculou o preço de 10 garrafas de suco. 2. Para fazer 40 brigadeiros, Amparo usou 1 lata de leite condensado, 2 colheres de
sopa de margarina e 3 colheres de sopa de achocolatado em pó.

a. Qual é quantidade de cada ingrediente para fazer 80 brigadeiros?

b. Agora, calcule o preço de 10 garrafas usando outra estratégia. b. Como você determinou a quantidade de cada ingrediente para fazer 80
brigadeiros?

RETOMANDO

Neste capítulo, você resolveu alguns problemas em que, variando um fator, os valores
relacionados a ele variam também, proporcionalmente.
Você concorda com isso? Justifique sua resposta e dê exemplos.

90 4 o ANO
91 M AT EM ÁT I CA

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Habilidade do DCRC
Resolver e elaborar problemas envolvendo diferentes significados da multiplicação (adição de parcelas iguais,
EF04MA06 organização retangular e proporcionalidade), utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa,
cálculo mental e algoritmos.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: discutir a ideia de proporção Até o 4º ano, os alunos já devem compreen-
em uma situação-problema. der algumas ideias de multiplicação, mesmo que
• Mão na massa: elaborar estratégias de resolução não tenham verificado isso com operações mais
de problemas usando a ideia de proporcionalidade complexas.
na multiplicação.
• Discutindo: socializar e discutir as diferentes Dificuldades antecipadas
estratégias de resolução para um mesmo Podemos ter alunos com dificuldades no processo
problema. operatório da multiplicação; nesse caso, pode-se
• Retomando: sistematizar e estruturar a ideia retomar o algoritmo da multiplicação e fazer multi-
de proporcionalidade na multiplicação. plicações usando outros recursos, como o material
• Raio X: validar as resoluções de problemas dourado e a exploração da tabuada pitagórica, tam-
de multiplicação envolvendo a ideia de bém chamada de tábua e tabela da multiplicação.
proporcionalidade. Esses recursos possibilitam discutir com os alunos
a relação dos produtos da multiplicação e as pro-
Objetivos de aprendizagem priedades envolvidas nos cálculos para que eles
• Interpretar situações que demandem ação de percebam as diferentes estratégias para realizar as
reunir quantidades iguais. operações de multiplicação.
• Resolver problemas envolvendo a ideia de
proporcionalidade na multiplicação.

CONTEXTUALIZAÇÃO é: 600 g de biscoito, 450 g de margarina, 3 latas


de leite condensado, 3 caixas de creme de leite,
Orientações 12 limões, 9 colheres (sopa) de açúcar e 12 ovos.
Apresente a proposta e permita que, individualmente, c) Resposta pessoal.
os alunos reflitam alguns minutos. Depois, proponha
que em duplas resolvam à atividade, registrando a
resolução no caderno. Discuta as hipóteses e escreva
MÃO NA MASSA
a resolução no quadro ouvindo todos. Fique atento
às estratégias de resolução apresentadas pela turma. Orientações
Fomente a reflexão sobre essa etapa questionando-os Proponha que, em duplas, os alunos leiam o problema
sobre a situação apresentada: e conversem sobre estratégias para a resolução. Dê
um tempo para que os alunos registrem suas ideias.
• Como podemos pensar na quantidade de ingredientes
Caminhe entre os alunos, observe como analisam os
necessários para fazer as receitas?
dados e faça intervenções com perguntas que promo-
• De que maneiras podemos calcular essas quantidades? vam o avanço em suas propostas. Incentive o uso de
• Todas essas maneiras estão corretas? estratégias diversificadas para a resolução da atividade.
Peça para cada dupla compartilhar com as demais as
Expectativas de respostas maneiras de resolução. Registre as diferentes manei-
1. ras de resolução. Questione-os sobre as descobertas
a) Rita vai precisar fazer 3 receitas para atender às registradas:
12 pessoas (11 amigas e ela mesma). • De quais maneiras podemos chegar às respostas
b) A quantidade necessária para cada ingrediente do problema?

92 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 92 20/12/2021 18:11


• Quando passar de 4 para 8 garrafas de suco, o que
vai acontecer com o valor que Carina vai pagar? RETOMANDO

Expectativas de respostas Orientações


1. Retome o conceito de proporção na multiplicação,
a) 6 x 4 = 24 focando na proporcionalidade do problema, que de-
Ela vai gastar 24 reais. monstra que um valor, estando ligado a outro, aumenta
b) 8 garrafas: 24 x 2 = 48 ou diminui proporcionalmente, de acordo com a alte-
Ela vai gastar 48 reais. ração do número.
24 garrafas: 48 x 3 = 144 Use outros exemplos de contextos proporcionais
Ela vai gastar 144 reais. para além dos preços, como a quantidade de latas de
c) tinta para pintar uma casa e a quantidade de latas de
Quantidade de tinta para pintar 3 casas iguais à primeira, por exemplo.
Valor total em reais
garrafas de suco Questione os alunos para que eles pensem em outros
4 24 exemplos possíveis do cotidiano deles.
8 48
12 72 RAIO X
24 144
Orientações
Apresente os problemas propostos nesta seção e
DISCUTINDO
peça aos alunos que os resolvam individualmente. Se
necessário, explore os problemas apresentados cons-
Orientações truindo tabelas para explorar a proporcionalidade.
Nesse momento, deixe as duplas se posicionarem
e registre na lousa as soluções que destacarem, pe- Expectativas de respostas
dindo-lhes que expliquem as estratégias utilizadas 1.
aos colegas. Escolha algumas duplas para socializar a) 3 x 16 = 48
suas estratégias enquanto caminha pela sala. Após a Podem botar 48 ovos.
apresentação das estratégias das duplas para a turma, b) Como 12 = 4 x 3, podemos fazer 4 x 48 = 192. Então,
escreva na lousa as diferentes estratégias apresentadas 12 tartarugas marinhas podem botar 192 ovos.
e escolha algumas para discutir com os alunos. 2.
a) 2 latas de leite condensado, 4 colheres de sopa de
Expectativas de respostas
margarina e 6 colheres de sopa de achocolatado
1. A dica de Lucas está relacionada à proporcio-
em pó.
nalidade. É possível trabalhar com a adição de
b) Resposta pessoal. Espera-se que o aluno com-
parcelas iguais para resolver.
preenda que 80 é o dobro de 40; portanto, é
a) 4 garrafas de suco: 6 + 6 + 6 + 6 = 24
necessário dobrar a quantidade de ingredientes.
b) Para o preço de 8 garrafas de suco
(4 + 4): 24 + 24 = 48 Para aprofundamento e fundamentação teórico-me-
É possível resolver usando a ideia de que 8 é o todológica a respeito dos assuntos trabalhados neste
dobro de 4. capítulo, as obras e os materiais a seguir podem ser
2. Resposta pessoal. consultados:
Espera-se que os alunos consigam dar sentido ao • OLIVEIRA, M. P; ALMEIDA, A. R.; RIBEIRO, M. Níveis de
que foi estudado no capítulo, usando exemplos raciocínio demonstrados por alunos em tarefas de
de proporcionalidade. multiplicação: uma experiência no ensino fundamental.
TANGRAM: Revista em Educação Matemática. v. 1 n.
1, pp. 89 – 101. 2018. Disponível em: https://ojs.ufgd.
edu.br/index.php/tangram/article/view/7367/4223.
Acesso em: 21 out. 2021.

93 M AT E M ÁT I CA

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Neste artigo, há uma interessante discussão sobre em: http://www.rematec.net.br/index.php/rematec/
como os alunos se pautam em determinadas situações article/view/60/34. Acesso em: 21 out. 2021.
que abordam a estrutura aditiva e que essa compreen- Esse artigo, inspirado na teoria de Vergnaud, abor-
são dessa estrutura não garante a compreensão da da a importância de conhecer diferentes classes de
estrutura multiplicativa. O desenvolvimento do pensa- problemas. Os problemas de multiplicação estão asso-
mento proporcional não está diretamente relacionado ciados a diferentes ideias, dentre elas a configuração
à compreensão da multiplicação como adição de par- retangular e a combinatória. Entretanto, no processo
celas iguais. É necessário propor outras atividades que de resolução de problemas, não basta que os alunos
envolvam a ideia de proporcionalidade e estimular o saibam multiplicar, pois somente com a compreensão
registro dos alunos como ferramenta nessa construção das ideias associadas ao problema é que o aluno identi-
mais ampla do pensamento multiplicativo. fica a operação a ser realizada e quais números devem
• CURI, Edda. Resolução de Problemas nos Anos Iniciais ser multiplicados. Propor essas diferentes abordagens
do Ensino Fundamental: Mitos, Práticas e Desafios. da multiplicação contribui para distinguir o sentido da
REMATEC. v. 11. n. 21. jan.-abr., pp. 64-78. Disponível multiplicação como proporcionalidade.

ANOTAÇÕES

94 4 o ANO

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2. Repartir em partes iguais
PÁGINAS 92 PÁGINA 93

2. Repartir em partes iguais MÃO NA MASSA

Reúna-se com um colega para discutir e responder oralmente às atividades desta 1. Uma fábrica de bombons decidiu distribuir igualmente toda a produção do mês
seção. para 8 lojas. Foram produzidos 16 648 bombons este mês. Junte-se a um colega
e defina uma estratégia para identificar quantos bombons cada loja receberá da
1. Uma campanha de Páscoa arrecadou fábrica neste mês.

MarcelTB/MomentOpen/Getty Images
24 000 ovinhos de chocolate para serem
distribuídos igualmente às crianças de uma
comunidade. Discuta com um colega e res-
ponda como fazer essa distribuição de duas
maneiras diferentes:

a. A partir do número de crianças que seriam atendidas.

b. A partir da quantidade de ovinhos de chocolate que cabem em cada pacotinho


que será montado.

DISCUTINDO

1. Liz decompôs o total de bombons como uma possibilidade de auxílio na resolução.


Observe:
2. Agora, discuta com o colega esta outra questão:
Como você faria para dividir um pacote de biscoitos igualmente entre 4 crianças 16 648 = 10 000 + 6 000 + 600 + 40 + 8
sem fazer conta nenhuma?
Vamos conversar com os colegas a partir das questões a seguir.

a. Essa decomposição ajuda a resolver o problema? Por quê?

92 4 o ANO 93 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 94 PÁGINA 95

b. Como você pode resolver o problema usando a decomposição proposta por Liz? RAIO X

1. A livraria de Zilda abriu uma nova loja no shopping, e foi preciso organizar os
24 372 livros em 6 conjuntos de prateleiras disponíveis. Sabendo que os conjuntos
de prateleiras devem ter a mesma quantidade de livros, quantos livros cabem em
cada conjunto?

Maica/E+/Getty Images
c. Existe uma estratégia mais simples do que a indicada por Liz? Por quê?

RETOMANDO

Neste capítulo, você aprendeu que é possível saber um valor quando se sabe o total e
a quantidade que compõe cada grupo.

1. Converse com os colegas e registre no espaço a seguir exemplos de situações em


que a divisão é utilizada dessa maneira. 2. Inaugurado em 1910, o Teatro José de Alencar,
©Rolf Richrdson / robertharding/Getty Images

em Fortaleza, é considerado uma referência artís-


tica, turística e arquitetônica do país, tendo sido
tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan). Esse teatro apresenta
uma arquitetura eclética e uma sala de espetá-
culo em estilo art nouveau de três andares que
comporta 800 lugares.
Supondo que uma peça exibida nesse teatro tenha arrecadado R$ 15 344,00 com a
venda de ingressos, e que o preço de cada ingresso seja R$ 28,00, quantos ingressos
foram vendidos?

94 4 o ANO 95 M AT EM ÁT I CA

95 M AT E M ÁT I CA
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Habilidade do DCRC
Resolver e elaborar problemas de divisão cujo divisor tenha no máximo dois algarismos,envolvendo os
EF04MA07 significados de repartição equitativa e de medida, utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa,
cálculo mental e algoritmos.

Sobre o capítulo Materiais


• Contextualizando: discutir problemas envolvendo • Tampinhas ou objetos pequenos para contagem
diferentes ideias de divisão. (sementes, contas, entre outros).
• Mão na massa: elaborar estratégias de resolução • Saquinhos ou pacotinhos de papel ou plástico.
de um problema de divisão em partes iguais no
contexto de distribuição. Contexto prévio
• Discutindo: discutir a viabilidade das estratégias Em anos anteriores, os significados da divisão,
utilizadas usando um painel de soluções e tanto de medida quanto de repartir em partes iguais,
refletindo sobre uma estratégia que não facilita já foram estudados. Entretanto, quando ampliamos
o cálculo da divisão. as estratégias de cálculo e as classes numéricas,
• Retomando: sistematizar a ideia de distribuição é importante que tais ideias sejam revisitadas. A
na divisão. intenção deste capítulo é retomar a ideia de repartir
• Raio X: verificar a compreensão dos alunos sobre em partes iguais.
a ideia de partes iguais (distribuição) na divisão.
Dificuldades antecipadas
Objetivos de aprendizagem É possível que os alunos ainda tenham dificul-
• Interpretar situações que demandam ação de dades no uso do algoritmo da divisão com números
repartir quantidades em partes iguais. simples. Caso isso seja verificado no desenvolvi-
• Resolver e elaborar problemas envolvendo mento do capítulo, apresente outros exemplos com
diferentes ideias de divisão. números mais simples que envolvam a mesma ideia
(repartir em partes iguais) para que os alunos pos-
Conceito-chave sam retomar as estratégias utilizadas no cálculo a
Identificar e utilizar o significado de repartir em partir do algoritmo, seja por subtrações sucessivas
partes iguais da divisão. ou pelo algoritmo convencional.

CONTEXTUALIZANDO que eles só usem esses materiais manipuláveis caso


sintam alguma dificuldade para desenvolver a ideia,
Orientações ou caso algum dos alunos queira explicar para o outro
Inicie o trabalho deste capítulo incentivando a turma como pensou. No processo de socialização, é impor-
a refletir sobre a atividade 1. Caminhe entre as duplas tante destacar a diferença de movimento entre dividir
para identificar quais as ideias que os alunos estão em partes iguais quando fazemos a distribuição do
discutindo. Registre algumas para solicitar às duplas total de ovinhos para as crianças e quando verificamos
que socializem o que pensaram posteriormente. Deixe quantos pacotinhos serão formados com o total de
à disposição das duplas tampinhas de garrafa ou qual- ovinhos (medida).
quer outro material manipulável que possa servir como Encerrada a atividade 1, peça a eles que, ainda em
elemento de contagem para a construção do raciocínio, duplas, conversem sobre a atividade 2 e tentem explicar
além de saquinhos ou pacotinhos. Não entregue o em um texto as ideias que surgiram na conversa com
material às duplas, deixe-o disponível em um local da o colega. Caminhe novamente entre as duplas e esco-
sala, avisando-os que, caso tenham necessidade de lha alguns textos para serem lidos para toda a turma.
usar tais materiais, eles estarão disponíveis. Espera-se Outro movimento interessante e possível, caso os alunos

96 4 o ANO

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tenham recursos para isso, é o de fazer a proposta da utilizadas. Faça perguntas que promovam a reflexão
atividade 2 individualmente, antes do início do capítulo, sobre as estratégias propostas e compare estratégias
organizando de maneira digital os textos dos alunos em com o auxílio dos alunos, priorizando sempre o prota-
um grande arquivo ou página a ser socializada com a gonismo da turma.
turma. É importante que eles percebam que, no con-
texto da atividade 2, há uma distribuição de biscoitos Expectativas de respostas
para as crianças. Provavelmente eles devem sugerir a Como são 16 648 bombons para serem distribuídos
distribuição de um em um biscoito para as crianças, que em 8 lojas, temos: 16 648 ÷ 8 = 2 081.
é exatamente o movimento que é feito na divisão em Portanto, cada loja receberá 2 081 bombons.
partes iguais. Destaque para a turma, ao final desta
etapa, que a divisão será o foco deste capítulo.
DISCUTINDO
Expectativas de respostas
1. a) Respostas pessoais. Orientações
b) Respostas pessoais. Promova a discussão entre os alunos, mantendo
2. Espera-se que os alunos verifiquem a necessida- as mesmas duplas formadas na seção Mão na massa.
de de saber quantos ovinhos de chocolate seriam Caso alguma dupla tenha usado essa estratégia,
distribuídos para cada criança (divisão em partes peça para eles que mostrem para toda a turma como
iguais) quando pensamos no número de crianças pensaram. Caso ainda não tenha surgido, discuta a
e em quantos pacotes de ovinhos poderiam ser solução a partir desta decomposição. Neste caso,
formados (ideia de medida) com o total disponível teríamos de dividir cada parcela por 8 e, depois,
para, só então, fazer a distribuição entre as crianças. adicioná-las:
10 000 ÷ 8 = 1 250; 6 000 ÷ 8 = 750; 600 ÷ 8 = 75;
40 ÷ 8 = 5; 8 ÷ 8 = 1
MÃO NA MASSA Ou seja: 16 648 ÷ 8 = 1 250 + 750 + 75 + 5 + 1 = 2 081
Neste momento, além de perceber que a estratégia
de decomposição nas ordens não facilita o cálcu-
Orientações lo, é importante que os alunos percebam a ideia de
Proponha aos alunos que se reúnam em duplas distribuição de uma quantidade em partes iguais.
para a leitura da atividade proposta. Lembre à turma Destaque a presença dessa ideia em todas as es-
de que a estratégia de resolução do problema precisa tratégias utilizadas, principalmente nas subtrações
ser testada por eles para ver se realmente funciona. A sucessivas com distribuições de grupos iguais de
divisão pode ser feita de diferentes maneiras. Os alunos bombons para cada loja.
podem fazer a divisão pelo algoritmo convencional ou
por subtrações sucessivas. Outra estratégia possível é
a de decomposição em múltiplos de 8 mais evidentes: RETOMANDO
16 648 = 16 000 + 640 + 8. É importante perceber que a
decomposição do total de bombons em todas as suas Orientações
ordens não auxiliaria, neste caso, como estratégia de
Promova uma reflexão com a turma sobre o texto
divisão por 8.
desta seção. Verifique se todos entenderam a partir
Os alunos podem trabalhar com subtrações su-
dos questionamentos feitos. Apresente outros exem-
cessivas, sem a sistematização, usando o algoritmo:
“Sabemos que, se cada loja receber 2 000 bombons, plos que mostrem a diferença entre as duas ideias
teremos 16 000 bombons distribuídos. Dos 648 que ain- da divisão (partes iguais e medida), destacando que,
da restam para serem distribuídos, se entregarmos 80 neste capítulo, estudamos a divisão em partes iguais.
para cada loja, ainda sobrariam 8 bombons, os quais Alguns exemplos possíveis: distribuição de copos em
seriam distribuídos 1 bombom para cada loja. Ou seja, prateleiras, divisão de frutas para crianças no lanche
teríamos os 2 081 bombons para cada loja.” da escola, distribuição de produtos em prateleiras de
Depois que as duplas resolverem a atividade, pro- mercados, entre outros.
mova um momento de socialização das estratégias

97 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 97 20/12/2021 18:12


RAIO X Estimule a turma a utilizar os algoritmos (tanto o
convencional quanto por subtrações sucessivas), prin-
Orientações cipalmente em divisões que não favoreçam o uso de
Proponha que os alunos resolvam individualmente estratégias diversificadas, como a decomposição, por
os problemas propostos nesta seção. Caminhe entre exemplo.
os alunos e registre as estratégias utilizadas por eles,
escolhendo algumas delas para discutir no momento Expectativas de respostas
da correção. Os alunos podem usar estratégias varia- 1. 24 372 ÷ 6 = 4 062
das e precisam ser estimulados a criar seus próprios Logo, cada conjunto de prateleiras terá 4 062
caminhos de resolução. Caso nenhum aluno use o livros.
algoritmo convencional, faça uso dele na resolução, 2. 15 344 ÷ 28 = 548
mostrando as semelhanças com as demais estratégias Logo, foram vendidos 548 ingressos.
apresentadas pela turma, assim como foi feito na seção Outras estratégias de resolução são possíveis.
Mão na massa.

ANOTAÇÕES

98 4 o ANO

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3. Resolvendo problemas
PÁGINA 96 PÁGINA 97

3. Resolvendo problemas MÃO NA MASSA

1. Em dupla, elabore um problema no espaço a seguir com a operação de multipli-


cação ou a de divisão. Depois, troque o problema que sua dupla elaborou com o
problema elaborado por outra e o resolva. Depois, faça a correção.
Um pequeno produtor do município de
Bela Cruz dispõe de 6 vacas leiteiras, que pro-
duzem diariamente, em média, 5 litros de leite
por dia. Qual é a quantidade de leite produzida
em uma semana? A produção semanal de lei-
te é distribuída igualmente entre três padarias
da cidade. Quantos litros de leite cada padaria
recebe?

1. Quais são as relações entre a multiplicação e a divisão? Podemos usar essas duas
operações para resolver um mesmo problema? Quais operações você pode utilizar
para resolver o problema acima?

Resolução:

2. Junto com um colega, identifique a operação que você utilizaria para resolver cada
um dos problemas a seguir.

a. Uma centopeia tem 100 patas. Quantas patas têm 3 centopeias?

b. Bruno pretende organizar 1 500 blocos de montar em caixas em que cabem 50


blocos cada. Quantas caixas serão necessárias para organizar todos os blocos?

c. Carlos precisa distribuir igualmente 140 brinquedos em 7 prateleiras do armário.


Quantos brinquedos devem ficar em cada prateleira?

96 4 o ANO 97 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 98 PÁGINA 99

DISCUTINDO RAIO X

1. De acordo com os problemas elaborados, responda: 1. Resolva os problemas a seguir.

a. As resoluções foram todas iguais? Por quê? a. No restaurante em que Tatiane trabalha, são produzidas 16 marmitas a cada
20 minutos. Mantendo o mesmo ritmo de produção, quantas marmitas são pro-
duzidas no restaurante de Tatiane em uma hora? E em 3 horas?

b. A estratégia escolhida por sua dupla estava correta? Existe outra maneira de
resolver o problema elaborado pelos colegas?

b. Nelson pretende distribuir igualmente os 312 cobertores arrecadados em uma


c. Você sabe corrigir a resolução do problema que você elaborou? E a outra dupla, campanha e distribuir entre 13 lares de idosos de sua cidade. Quantos coberto-
conseguiu corrigir a sua resolução? res cada um dos lares receberá?

RETOMANDO c. Para planejar sua viagem de férias para a Praia do Preá, Raí precisa calcular
quanto irá gastar de combustível. Ele sabe que seu carro consome um litro de
1. Junto com os colegas, indique a seguir o que é importante verificar quando elabo- gasolina a cada 12 quilômetros percorridos, e que a distância total da viagem,
ramos um problema. considerando os trajetos de ida e de volta, é de 900 quilômetros. Quanto Raí
gastará de combustível nessa viagem, pagando 5 reais por litro de gasolina?

98 4 o ANO 99 M AT EM ÁT I CA

99 M AT E M ÁT I CA

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Habilidades do DCRC
Resolver e elaborar problemas envolvendo diferentes significados da multiplicação (adição de parcelas iguais,
EF04MA06 organização retangular e proporcionalidade), utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa,
cálculo mental e algoritmos.
Resolver e elaborar problemas de divisão cujo divisor tenha no máximo dois algarismos,envolvendo os
EF04MA07 significados de repartição equitativa e de medida, utilizando estratégias diversas, como cálculo por estimativa,
cálculo mental e algoritmos.

Sobre o capítulo Conceito-chave


• Contextualizando: interpretar situações-problema Resolução e elaboração de problemas envol-
envolvendo a divisão e a multiplicação de números vendo multiplicação e divisão de números naturais.
naturais, identificando a operação a ser utilizada.
Contexto prévio
• Mão na massa: elaborar estratégias que permitam
Para este capítulo, os alunos devem saber cal-
a resolução de multiplicação e divisão. cular o resultado de uma multiplicação ou divisão
• Discutindo: discutir as estratégias utilizadas para de números naturais.
resolução do problema da seção Mão na massa.
• Retomando: estruturar o conhecimento das Dificuldades antecipadas
operações de divisão e de multiplicação como Ao resolver as atividades propostas, pode
possíveis estratégias na resolução de problemas. ocorrer de os alunos confundirem as operações
de multiplicação e divisão de números naturais.
• Raio X: validar os conhecimentos de multiplicação
Para auxiliá-los, pergunte:
e divisão como procedimento para a construção • O que significa multiplicar?
de estratégias na resolução de problemas. • O que significa dividir?
Os alunos também podem apresentar dificuldades
Objetivos de aprendizagem ao iniciar a resolução de problemas que envolvem
• Interpretar e resolver problemas envolvendo a a utilização de mais de uma operação.
Para auxiliá-los, pergunte:
multiplicação e a divisão de números naturais.
• Para resolver um problema, sempre utilizamos
• Desenvolver estratégias para a resolução de
uma única estratégia?
problemas envolvendo multiplicação e divisão • Há quantas situações para solucionar?
de números naturais.

CONTEXTUALIZANDO Expectativas de respostas


1. Resposta pessoal. Como na situação inicial foi
Orientações apresentado um problema de multiplicação e
Proponha que os alunos discutam a primeira ati- divisão, espera-se que os alunos apresentem
vidade desta página, permitindo a socialização das alguns exemplos de problemas que possam ser
ideias entre todos. Estimule a discussão por meio de resolvidos usando essas operações inversas.
questões sobre multiplicação, divisão e os diferentes 2.
a) Multiplicação. Adição também é uma resposta
contextos, para verificar o que os alunos já sabem so-
possível de aparecer.
bre o assunto. Na segunda atividade, verifique se os
b Divisão. Multiplicação, adição e subtração po-
alunos identificam as operações sem a necessidade dem ser respostas possíveis de aparecerem.
de resolver o problema ou se precisam resolver para c) Divisão. Multiplicação, adição e subtração
indicar a operação. Verifique como seriam as resoluções podem ser respostas possíveis de aparecerem.
dos alunos que indicaram outras operações diferentes
da divisão nos itens b e c, validando as estratégias e
discutindo os caminhos equivocados.

100 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 100 20/12/2021 18:12


MÃO NA MASSA RETOMANDO

Orientações Orientações
Proponha que, em duplas, os alunos elaborem uma Peça aos alunos que não registrem nada nas linhas
situação-problema envolvendo a multiplicação ou a de resposta antes da discussão coletiva sobre o assunto.
divisão, tendo como referência os mesmos tipos de Faça uma tempestade de ideias com a turma sobre
problema da seção Contextualizando. Dê-lhes tempo o que eles julgam necessário para que eles possam
para que pensem e escrevam. Faça comentários sobre destacar o que realmente é mais importante.
o que estão produzindo e auxilie-os na elaboração
dos problemas com perguntas que permitam avançar Expectativas de respostas
em suas aprendizagens: 1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos re-
• Em qual situação pensaram para o problema? gistrem a necessidade de verificar as operações
• Que cálculo será necessário para resolver esse envolvidas na resolução do problema, verificar
problema? se o problema tem solução, se o contexto do pro-
• Existe apenas uma maneira de resolvê-lo? blema permite que os colegas leiam e entendam
Lembre que é preciso saber resolver o problema do que se trata, entre outros.
proposto, principalmente para verificar se há senti-
do no que elaboraram. Lembre-lhes também de que
eles precisam colocar o texto do problema no espaço RAIO X
apropriado do livro, deixando o espaço indicado como
“Resolução” para a próxima dupla resolver. Depois,
proponha a troca dos livros: uma dupla irá resolver o Orientações
problema da outra. Dê mais um tempo para que façam Proponha que os alunos resolvam individualmente
a resolução e proponha a troca dos livros novamente. os problemas apresentados. Depois, faça as correções
Cada dupla deve ser responsável por fazer a correção individualmente, registrando as estratégias utilizadas e
do problema que elaborou. Depois das resoluções avaliando as habilidades desenvolvidas, principalmente
e correções feitas, peça às duplas que trocaram os com relação às estratégias utilizadas na resolução de
livros que se juntem em quartetos para entender se cada atividade.
acertaram, o que acertaram, como poderiam ter feito
o problema de outra maneira. Expectativas de respostas
1.
Expectativas de respostas a. 20 x 3 = 60. Então, em 1 hora (60 minutos),
1. Respostas pessoais. temos: 3 x 16 = 48.
Em 1 hora são produzidas 48 marmitas.
Em 3 horas, temos: 3 x 48 = 144; 144 marmitas.
b. 312 ÷ 13 = 24.
DISCUTINDO Cada lar de idosos vai receber 24 cobertores.
c. 900 ÷ 12 = 75
Orientações 75 x 5 = 375
Converse com a turma com base nas questões apre- Raí gastará 375 reais com combustível na
sentadas. Se necessário, retome as resoluções que viagem.
foram socializadas para que eles percebam as diferentes
ideias e contextos apresentados nos problemas.

Expectativas de respostas
Respostas pessoais.

101 M AT E M ÁT I CA

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UNIDADE 2

CÁLCULO MENTAL SOBRE ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO

1; 2; 4; 7.

Resolver e elaborar problemas com números naturais envolvendo adição e subtração, utilizando estratégias
EF04MA03
diversas, como cálculo, cálculo mental e algoritmos, além de fazer estimativas do resultado.

Utilizar as relações entre adição e subtração, bem como entre multiplicação e divisão, para ampliar as estratégias
EF04MA04
de cálculo.

• Propriedades das operações para o desenvolvimento de diferentes estratégias de cálculo com números naturais.

• Números.

• Diversos jeitos de ensinar os números. Nova Escola, 1 set. 2009. Disponível em: https://novaescola.org.br/
conteudo/174/diversos-jeitos-de-ensinar-os-numeros. Acesso em: 11 ago. 2021.
• SILVA, B. A. C. Plano de aula: Estratégias não convencionais de cálculos. Nova Escola. Disponível em: https://planosdeaula.
novaescola.org.br/fundamental/3ano/matematica/estrategias-nao-convencionais-de-calculos/97. Acesso em: 14 set.
2021.
• ZATTI, F.; AGRANIONIH, N. T.; ENRICONE, J. R. B. Aprendizagem matemática: desvendando dificuldades de cálculo
dos alunos. Revista Perspectiva, Erechim. v. 34, n. 128, p. 115-132, 2010.

• CASTRO, J. B.; MEDEIROS, M. D.; FREITAS, F. Y. M.; SOUSA, J. S.; MONTEIRO, L. L.; CASTRO-FILHO, J. A. Ilha das
operações: em busca das pedras somartius e subtrartius. Recurso Educacional Digital. Disponível em: https://pla-
taformaintegrada.mec.gov.br/recurso/357852. Acesso em:

102 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 102 20/12/2021 18:12


1. Somando e subtraindo
PÁGINA 100 PÁGINA 101

UNIDADE 2
1

MÃO NA MASSA
CÁLCULO MENTAL SOBRE 1. Marcos estava fazendo uma dieta e se pesou em dois dias diferentes na balança
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO que tem em casa. No primeiro dia da dieta, Marcos pesava 86 000 g. Três meses
depois, ele pesava 74 500 g. Com base nessas informações, responda às questões.

a. Com quantos quilogramas Marcos iniciou a dieta?

1. Somando e subtraindo

1. Observe como Juliana resolveu o cálculo que sua professora expôs no quadro.

34 + 23 = 30 + 4 + 20 + 3 = 50 + 7 = 57
b. Um mês depois, ele verificou que havia perdido 2 345 g. Quantos gramas ele
a. A resposta de Juliana está certa? Por quê? tinha após um mês?

b. Como você pode explicar essa forma de resolver uma adição?

c. Quantos quilogramas Marcos emagreceu durante os três meses de dieta?


c. De que outra forma podemos resolver esse cálculo?

d. Você consegue resolver esse cálculo mentalmente? Explique como você o faria.

d. Qual operação você usou para responder à questão anterior?


©Ridofranz/iStock / Getty Images Plus

100 4 o ANO
101 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 102 PÁGINA 103

RAIO X
DISCUTINDO
1. Calcule 4 327 + 1 650 usando a decomposição.
Já estudamos que, para resolver adições e subtrações, podemos utilizar diversas estra-
tégias. Por exemplo, podemos agrupar ou decompor números menores e maiores, somando-
-os ou subtraindo-os para obter uma resposta certa. Acompanhe a conversa entre Mirela e
Ruan.
– Ruan, você sabia que podemos utilizar a decomposição para calcular números men- =
talmente?
– Eu não sabia. Como pode ser feito, Mirela?
– Imagine uma operação, vamos usar uma de adição, 25 + 14. Aí podemos decompor
esse número de acordo com seus valores relativos, ficando 20 + 5 + 10 + 4. Depois podemos
agrupar por valores da mesma grandeza, 20 + 10 + 5 + 4. Teremos 20 + 10 , que é igual a 30, 2. No espaço a seguir, efetue o cálculo da atividade anterior de outra forma.
e 5 + 4 que é igual a nove. E se somarmos tudo, 30 + 9, chegamos à 39.
– Eu entendi! Mas também posso resolver somando de acordo com sua ordem no qua-
dro de valores. Quando eu somo 5 unidades + 4 unidades, obtenho 9 unidades. E se são 2 de-
zenas + 1 dezena tenho 3 dezenas. E, por fim, 3 dezenas + 9 unidades é igual a 39 unidades.
– Muito bem Ruan!

Use o espaço a seguir para representar os cálculos de Mirela e Ruan.

Mirela: Ruan:

3. Jonas está guardando dinheiro desde novembro do ano passado para comprar um
aparelho smartphone. No mês de janeiro deste ano, ele conseguiu 246 reais. Ele
juntou essa quantia aos valores que guardou nos meses de novembro e dezembro
do ano passado, totalizando 1 750 reais.

a. Quantos reais Jonas tinha guardado nos meses anteriores a janeiro?

RETOMANDO

Calcule 3 450 + 1 748, nos espaços a seguir, de duas formas diferentes: uma por decom-
b. Sabendo que, em dezembro, ele conseguiu 546 reais, qual foi a quantia que
posição, e outra pelo algoritmo.
guardou em novembro?

Por decomposição:

c. Qual operação você utilizou para calcular o valor que ele guardou em novembro?
Pelo algoritmo:

102 4 o ANO 103 M AT EM ÁT I CA

103 M AT E M ÁT I CA

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Habilidades do DCRC
Resolver e elaborar problemas com números naturais envolvendo adição e subtração, utilizando estratégias
EF04MA03
diversas, como cálculo, cálculo mental e algoritmos, além de fazer estimativas do resultado.
Utilizar as relações entre adição e subtração, bem como entre multiplicação e divisão, para ampliar as
EF04MA04
estratégias de cálculo.

Sobre o capítulo convencional.


• Contextualizando: discutir a resolução de adições
utilizando decomposição. Contexto prévio
• Mão na massa: elaborar estratégias que permitam Os alunos devem possuir um conhecimento prévio
a resolução de situações-problema envolvendo de adição, subtração, composição e decomposição
cálculo não convencional de adição e subtração. de números naturais para realizar cálculos não con-
• Discutindo: apresentar diferentes es-
vencionais. Ao final deste capítulo, espera-se que os
tratégias de cálculo mental para adições e
alunos compreendam a adição e a subtração, reagru-
subtrações.
pando valores e buscando estratégias de resolução
• Retomando: sistematizar e estruturar os objetivos
de aprendizagem propostos sobre diferentes de situações-problema. Traga a reflexão de que se
estratégias de cálculo: por decomposição e pode calcular um número de várias formas para se
pelo algoritmo. chegar ao mesmo resultado. É necessário que com-
• Raio X: validar as resoluções de problemas preendam as possibilidades de aplicação do cálculo
envolvendo cálculo não convencional. não convencional.

Objetivos de aprendizagem Dificuldades antecipadas


• Resolver adições com números de até cinco Caso os alunos tenham dificuldades em identificar
algarismos, com e sem reagrupamento simples conceitos relacionados a subtração ou adição, por exem-
e duplo. plo, “reagrupamento” ou “reserva”, busque estratégias
• Resolver subtrações com números de até cinco para discutir esses conceitos e as nomenclaturas que
algarismos, com e sem reserva simples e dupla. podem aparecer relacionadas às palavras “mais” ou
“menos”, o nome dos termos e a relação que há entre
Conceito-chave
essas duas operações. Busque relembrar conceitos
Desenvolver diferentes estratégias de cálculo
sempre que verificar a existência de dúvidas, ou até
com números naturais utilizando as propriedades
mesmo troca de nome de termos ou operações. Os
das operações.
alunos podem demonstrar dificuldade em reagrupar
Materiais valores ou realizar situações com reserva, então busque
• Cartaz com os conceitos de adição e subtração orientá-los da melhor maneira para que realizem as
e seus termos. operações com atenção e, quando tiverem alguma
• Cartaz com um exemplo de cálculo não dúvida, verbalizem.

CONTEXTUALIZANDO Expectativas de respostas


a. Espera-se os alunos percebam que Juliana está
Orientações certa e identifiquem a decomposição dos números,
Com a ajuda de um cartaz, relembre conceitos mate- bem como a adição pelas ordens.
máticos de adição e subtração, com os termos de cada b. Resposta pessoal.
uma dessas operações. Leia atentamente a questão c. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos identi-
proposta e discuta a estratégia utilizada por Juliana. fiquem o algoritmo tradicional ou outros processos
Proponha uma discussão sobre as diferentes formas construídos ao longo de sua escolaridade.
encontradas pelos alunos da turma para resolver a d. Resposta pessoal.
mesma adição.

104 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 104 20/12/2021 18:12


MÃO NA MASSA RETOMANDO

Orientações Orientações
Neste momento, faça a leitura das questões com os Retome o conceito de cálculo não convencional e
alunos. Se possível, oriente-os a trabalhar em duplas e convencional. Peça a alguns alunos que expressem
acompanhe o processo de formulação das hipóteses. suas reflexões e resoluções da situação proposta. Caso
Permita que eles reflitam sobre o cálculo não conven- seja necessário, oriente-os a armar a conta, processo
cional, se tiverem dificuldades em compreender que tipo com o qual podem estar mais familiarizados, decompo-
de estratégia utilizam. Questione-os oralmente quais nham o número somando cada ordem e, em seguida,
as formas de cálculo utilizadas pela turma, valide as componham o número obtido para obter o resultado
estratégias corretas e, caso haja estratégias não valida- expresso em um único número.
das, discuta os motivos pelos quais não estão corretas. Expectativas de respostas
Por decomposição: 3 000 + 400 + 50 + 0
Expectativas de respostas 1 000 + 700 + 40 + 8
a) 86 kg. 5 000 + 100 + 90 + 8 = 5 198
b) 86 000 – 2 345 = De forma convencional:
80 000 + 6 000 – 2 000 – 300 – 40 – 5 = 3 450
80 000 + 4 000 – 300 – 40 – 5 = + 1 748
80 000 + 3 000 + 700 – 40 – 5 = 56 198
80 000 + 3 000 + 600 + 60 – 5 =
80 000 + 3 000 + 600 + 50 + 5 = 83 655
Portanto, 83 655 g. RAIO X
c) 86 000 – 74 500 =
80 000 + 6 000 – 70 000 – 4 000 – 500 =
Orientações
10 000 + 1 000 + 500 =
Verifique se os alunos compreenderam a ideia de
11 500 g. Portanto, ele emagreceu 11,5 kg.
realização de cálculos das diversas formas apresen-
d) Subtração.
tadas nos problemas da seção.

DISCUTINDO Expectativas de respostas


1.

Orientações 4 327 4 000 300 20 7


Os alunos devem distinguir as diferentes formas de + 1 650 1 000 600 50 0
resolver uma mesma operação, seja mentalmente, seja 5 977
5 000 900 70 7
da maneira que julgar mais adequada. É necessário
discutir as diferentes possibilidades de resolução de
questões. 2) Resposta pessoal. Porém o aluno pode optar por:
4 327
Expectativas de respostas + 1 650
Mirela: 25 + 14 = 20 + 5 + 10 + 4 = 20 + 10 + 5 + 4 = 5 977
= 30 + 9 = 39 3)
Ruan: a) 1 750 – 246 = 1 504. Portanto, 1 504 reais.
2 dezenas + 5 unidades + 1 dezena + 4 unidades = b) 1 504 – 546 = 958. Portanto, 958 reais.
= 2 dezenas + 1 dezena + 5 unidades + 4 unidades = c) Subtração.
= 3 dezenas + 9 unidades =
= 39 unidades

105 M AT E M ÁT I CA

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2. Relacionando adição e subtração
PÁGINA 104 PÁGINA 105

2. Agora, identifique qual das respostas às operações a seguir está errada utilizando
2. Relacionando adição e subtração a operação inversa a elas.

Na escola de Renata, estudam 326 meninos e 521 meninas. Ela quer saber quantos A B C
alunos estudam nessa escola e a quantidade de meninas que há a mais do que de meninos. 2 345 3 457 2 308
Você sabe responder a essas perguntas? Para isso, pense nas seguintes questões. + 1 456 – 1 467 + 2312
3 80 1 4 020 4 620
a. Qual operação podemos utilizar para responder quantos alunos há nessa escola?
b. Qual foi o valor da resposta ao item anterior?
c. Qual operação podemos utilizar para descobrir quantas meninas há a mais do que
meninos?
d. Qual foi o valor da resposta ao item anterior?

MÃO NA MASSA

1. Quando Wander tem algumas operações para resolver, ele costuma realizar um
DISCUTINDO
cálculo mental. Observe as três últimas operações que ele fez. Uma delas está
errada. Quando estudou adição e subtração, você percebeu que uma é a operação inver-
sa da outra, ou seja, são contrárias? Enquanto uma subtrai valores, a outra soma.
A 45 – 34 = 11 Por meio delas, podemos fazer a verificação de um resultado.
B 54 + 12 = 66
Wander acertou ao realizar a subtração 45 – 34 = 11, pois, usando a operação
C 56 – 32 = 88
contrária: 11 + 34 = 45.
a. Das três operações acima, quais foram as que Wander acertou? Também acertou ao realizar a adição 54 + 12 = 66, pois, usando a operação
contrária: 66 – 12 = 54.
Agora, usando a operação inversa, explique o erro da subtração 56 – 32 = 88.

b. No espaço a seguir, corrija a operação que Wander errou. Justifique sua resposta.

RETOMANDO
1. Marta resolveu ajudar seu avô a organizar sua coleção de figurinhas das Copas do
Mundo de Futebol. Da Copa de 1974, ele tinha 123 figurinhas; da Copa de 1978, ele
tinha 65; da Copa de 1982, ele tinha 180 figurinhas. E, da Copa de 1986, seu avô fi-
cou responsável por arranjar algumas figurinhas. No total, ele tinha 442 figurinhas.

104 4 o ANO 105 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 106 PÁGINA 107

Quantas figurinhas o avô de Marta conseguiu da Copa de 1986?


RAIO X
1. Karine é dona de um clube chamado Copas Club, onde funciona um projeto para
crianças de seu bairro. Atualmente, estão matriculados 567 meninos e 435 meni-
nas no projeto.
a. Qual é a quantidade de crianças matriculadas? Escreva no espaço a seguir
como você pensou para chegar à resposta.

Resposta: .

2. Lidiane tem uma empresa de calçados. Nos três primeiros meses do ano, ela vendeu
2 456 pares de sapatos. No primeiro mês, foram vendidos 456 pares de sapatos, e,
no segundo, 950 pares de sapatos. Quantos pares de sapatos ela vendeu no terceiro
mês? b. Para chegar ao resultado, que tipo de operação matemática você utilizou?
Justifique sua resposta.

c. Quantos meninos há a mais do que meninas matriculadas no projeto?

d. Qual operação você utilizou para descobrir a resposta do item c? Qual é a ope-
ração inversa à que você utilizou?
Resposta: .

3. Cleomar decidiu construir uma casa para sua cachorrinha Pupi e pediu um orça-
mento para saber quanto gastaria. O marceneiro disse que a casa custaria 437
reais. Cleomar tinha 692 reais em sua conta corrente. Quanto restará a Cleomar
após pagar o marceneiro?

2. O professor de Laura a desafiou a encontrar os números que estão faltando na


adição a seguir. Descubra quais são esses números.

5 2 0
+ 3 6
7 7 7 6

Resposta: .

106 4 o ANO 107 M AT EM ÁT I CA

106 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 106 20/12/2021 18:12


Habilidades do DCRC
Resolver e elaborar problemas com números naturais envolvendo adição e subtração, utilizando estratégias
EF04MA03
diversas, como cálculo, cálculo mental e algoritmos, além de fazer estimativas do resultado.
Utilizar as relações entre adição e subtração, bem como entre multiplicação e divisão, para ampliar as
EF04MA04
estratégias de cálculo.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: discutir sobre a resolução Os alunos devem estar familiarizados com as ope-
de uma situação-problema envolvendo adição rações de adição e subtração, de modo que consigam
e subtração. agrupar valores, distinguir a operação de adição da
• Mão na massa: analisar e conferir adições e de subtração e realizar cálculo mental para estimar
subtrações por meio da operação inversa. valores.
• Discutindo: discutir como a operação inversa
pode ser utilizada para conferência de cálculos. Dificuldades antecipadas
• Retomando: resolver situações-problema O aluno pode encontrar dificuldade em distinguir
envolvendo adições e subtrações. e escolher a operação que se adeque à situação-pro-
• Raio X: refletir sobre as operações utilizadas blema proposta. Então, busque fazê-los refletir sobre
durante a resolução de uma situação-problema qual seria a melhor operação para resolver a situação
e a relação entre elas. proposta e o porquê dessa operação, sendo ela adição
ou subtração, que podem ser aplicadas no contexto.
Objetivos de aprendizagem Lembre aos alunos de em quais situações podem
• Utilizar adição como prova de verificação da
encontrar operações de adição e subtração juntas.
subtração e vice-versa;
Exemplo disso temos em situações do cotidiano, como
• Determinar os resultados dos fatos da adição e
a compra e o troco de um produto, podendo exempli-
da subtração de forma automatizada;
ficar como: Uma criança vai à mercearia comprar uma
• Compreender que a adição e a subtração são
pipoca no valor de 1 real. Leva uma cédula de 5 reais.
operações inversas;
Qual troco essa criança receberia? E se comprasse
• Estabelecer relações entre os termos da adição;
duas pipocas? Explore até que os alunos compreendam
estabelecer relações entre os termos da subtração.
a ideia de adição e subtração juntas.

CONTEXTUALIZANDO Expectativas de respostas


a. A operação para saber a quantidade de alunos
Orientações na escola é a adição.
Ajude os alunos a relembrar conceitos relacionados b. A escola tem 847 alunos.
c. A operação para saber a diferença da quanti-
à adição e à subtração e que uma é a operação inversa
dade de meninas em relação a de meninos é a
da outra. Para isso, faça perguntas aos alunos como: subtração.
O que vocês entendem por operação inversa? Como d. Há 195 meninas a mais do que meninos.
sabemos que a adição é inversa à subtração? Explique
também que é possível realizar os cálculos de forma
MÃO NA MASSA
mental e dar uma estimativa de valores, ou seja, valores
aproximados. Exemplo: Vocês acham que há mais ou
Orientações
menos meninos? Por quê? Os alunos podem responder
Nesta atividade, espera-se que os alunos compreen-
que menos, porque 521 é maior do que 326. dam como utilizar cálculo mental e a operação inversa,
identificando quais os sinais das operações, se é uma
adição ou subtração. Permita que os alunos explorem

107 M AT E M ÁT I CA

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os sinais das operações e que identifiquem qual utili- informações tem o enunciado e a qual pergunta de-
zar. Faça perguntas como: Qual é a operação do item vem responder, associando informações na busca por
a: adição ou subtração? Qual é sua operação inversa? compreender por que chegaram ao resultado e como.
Por que você escolheu essa? Faça-os até que o aluno Expectativas de respostas
compreenda e realize autonomamente. 1. Os alunos podem somar as quantidades de figu-
rinhas e, depois, subtrair do total:
Expectativas de respostas 123 + 65 + 180 = 368
1. a. Wander acertou as operações A e B. 442 – 368 = 74
Espera-se que os alunos realizem o cálculo Portanto, ele tinha 74 figurinhas.
mental e encontrem qual está com a resposta 2. 456 + 950 = 1 406
errada. 456 – 1 406 = 1 050
b. Os alunos devem efetuar a seguinte operação: Portanto, no terceiro mês, ela vendeu 1 050 pares
56 – 32 = 24 de sapatos.
2. A operação B está errada. 3. 692 – 437 = 255
Os alunos devem identificar a operação inversa Portanto, restará 255 reais.
que será utilizada para conferir se os cálculos
estão certos ou errados no espaço indicado. Nas
operações A e C, devem usar a subtração. Na RAIO X
operação B, devem utilizar a adição.
Orientações
DISCUTINDO Leia a situação-problema com os alunos, verificando
possíveis dúvidas. Espera-se que os alunos comentem
o que foi trabalhado ao longo do capítulo.
Orientações
Nesta atividade o aluno deve compreender a rela-
Fique atento à origem do erro do aluno. O erro pode
ção que existe entre fatores de maior valor e menor,
ser conceitual, ou apenas de distração. A maneira de
relacionando a qual operação é inversa a subtração
compreender e diferenciar a razão do erro pode ser
ou adição. A partir das perguntas geradas no decorrer
identificando padrões, ou seja, o aluno erra sempre com
da atividade Raio X, o aluno deverá refletir sobre as
a mesma lógica. Nesse caso, trabalhe com atividades
diferenças em se utilizar uma adição e uma subtração,
focadas em características semelhantes ao erro desse
quando deve ser aplicada e como deve realizar.
aluno, a fim de que ele não o cometa mais.
Expectativas de respostas
1.
RETOMANDO a) O total de crianças matriculadas é de 1 002. Espera-
-se que os alunos usem a operação de adição:
Orientações 567 + 435 = 1 002
Proponha aos alunos que leiam cada situação-problema, b) Adição. Essa é a operação correta a se utilizar
identificando o que está sendo pedido e as operações quando se deseja somar valores ou quantidades.
que podem ser utilizadas para resolvê-las. Em caso de c) 567 – 435 = 132
dificuldades, retome o conceito de operação inversa e d) Para descobrir a resposta do item c, usa-se a
peça aos alunos que utilizem esse conceito para verificar subtração. A operação inversa é a adição.
as respostas apresentadas em cada problema.
Os alunos devem identificar as informações dos Orientações
enunciados e relacioná-las com as operações para a Os alunos devem perceber que, realizando a operação
resolução das situações-problema. Ao realizar a lei- inversa da adição, eles conseguem encontrar os valores
tura da questão, os alunos devem refletir sobre quais que estão faltando dentro da operação matemática. É
preciso perceber que, para encontrar o 5, basta fazer

108 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 108 20/12/2021 18:12


7 – 2; mas, para encontrar o 4, deve-se fazer 7 – 3 e,
consequentemente, 7 – 2.

2. Para descobrir os valores desconhecidos, os alunos


podem utilizar a operação inversa.
7–2=5
7–3=4
7–5=2
Portanto, a operação correta é:
5 420 + 2 356 = 7 776

ANOTAÇÕES

109 M AT E M ÁT I CA

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3. Resolvendo problemas
PÁGINA 108 PÁGINA 109

⊲ Quantos espaços para fotos há nos dois álbuns juntos?


3. Resolvendo problemas ⊲ Quantas fotos Janaína tirou no passeio?
⊲ As fotos que Janaína tirou cabem em um único álbum? Se não couber, o que ela
poderá fazer?
Observe as fichas a seguir e identifique quais envolvem adições e subtrações, ligando-as ⊲ Após Janaína colocar as fotos nos álbuns, quantos espaços para fotos ainda
ao nome da operação correta.
ficaram vazios?

1. Junior tinha 2. Milena tinha 3. Júlia tinha 44 4. Na casa de


25 reais e 15 figurinhas lápis e perdeu Lúcia, havia 22
gastou 15 reais. e ganhou 7. 17. Quantos roseiras, e foram
Com quanto ele Quantas ela tem lápis restaram? plantadas 21 DISCUTINDO
ficou? agora? novas roseiras.
Quantas roseiras
há agora na 1. Um time de futsal disputou 90 partidas ao longo de um ano, empatou 15 e per-
casa? deu 12 partidas. Quantos jogos eles ganharam ao longo desse ano? Analise essa
situação-problema e responda às questões.

a. Como vamos descobrir quantas partidas eles ganharam?


Adição Subtração

a. Escreva no espaço a seguir a resolução das questões que envolvem adição.


Coloque o número da ficha e sua resolução.

b. Quais operações podemos utilizar?

c. No espaço a seguir, realize os cálculos para saber quantas partidas o time


b. Agora, resolva as questões que envolvem subtração, indicando o número da ficha ganhou.
e sua resolução.

MÃO NA MASSA

1. Janaína está arrumando as 125 fotos de um passeio que realizou ao Theatro José
de Alencar, em Fortaleza – CE. Ela tem dois álbuns de fotografia e pretende colo-
car as fotos nesses álbuns. No primeiro álbum, cabem 120 fotos; no segundo, 96
fotos. Com base nessa situação, pense nas seguintes questões. Resposta:

108 4 o ANO 109 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 110 PÁGINA 111

RETOMANDO a. Quais são os produtos que Camila vai comprar?

Observe o quadro a seguir e vamos relembrar o que foi estudado sobre adição e sub-
tração.

Sinal Onde podemos utilizar Propriedade


b. Quantos reais Camila vai gastar se comprar todos os produtos de que precisa?
Realize o cálculo no espaço a seguir.
Comutativa: a ordem das parcelas não
Podemos utilizar a adição
altera a soma ou o total.
para juntar e adicionar
Associativa: mesmo que mude a
Adição + valores, para acrescentar
ordem das parcelas, a soma é sempre a
e em situações de
mesma.
comparação também.
Sua operação inversa é a subtração.

Podemos utilizar a Não é comutativa: a ordem dos termos


subtração para tirar e da subtração não pode ser alterada
Subtração – diminuir valores. É usada para obter a mesma diferença. c. Camila receberá algum troco? Quanto seria esse troco?
para separar e comparar Não é associativa.
também. Sua operação inversa é a adição.

Nesse quadro, temos algumas observações sobre as propriedades das operações de


adição e subtração. Escreva a seguir quais delas você já conhecia e usou.

2. Mônica pretende comprar uma prancha de surf que custa R$ 1 345,00. Ela tem
R$ 673,00 e sabe que ganhará R$ 750,00 do pai para realizar a compra.

a. Quantos reais ela terá após receber o dinheiro do pai?

RAIO X

1. Camila foi a mercearia com uma nota de 50 reais para comprar os seguintes pro- b. Restará algum dinheiro para Mônica após a compra da prancha? Qual é esse
dutos: 1 kg de arroz, 1 kg de feijão, 2 pacotes de macarrão e 1 kg de frango. Observe valor?
o quadro a seguir e responda às questões.

Produtos Preços
Arroz (1 kg) 6 reais
Feijão (1 kg) 9 reais
Macarrão (pacote) 4 reais
Frango (1 kg) 13 reais
Sal (1 kg) 3 reais

110 4 o ANO 111 M AT EM ÁT I CA

110 4 o ANO

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Habilidades do DCRC
Resolver e elaborar problemas com números naturais envolvendo adição e subtração, utilizando estratégias
EF04MA03
diversas, como cálculo, cálculo mental e algoritmos, além de fazer estimativas do resultado.
Utilizar as relações entre adição e subtração, bem como entre multiplicação e divisão, para ampliar as
EF04MA04
estratégias de cálculo.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: diferenciar situações-problema Neste capítulo vamos resolver situações-proble-
que envolvem adição das que envolvem subtração. ma com adição e subtração, utilizando operações
• Mão na massa: elaborar estratégias de
inversas, quando necessário. Sempre que possível,
identificação da operação que devem utilizar
enfatize que nas situações-problema podem ser
para resolver os questionamentos.
• Discutindo: apresentar resolução da situação- necessárias mais de uma operação, nas quais po-
-problema por meio de adições e subtrações. deremos utilizar as duas simultaneamente.
• Retomando: sistematizar e estruturar as
características da adição e da subtração. Dificuldades antecipadas
• Raio X: validar as resoluções com adição Os alunos podem demonstrar dificuldade em
e subtração com números naturais em reconhecer qual operação utilizar para resolver, uma
situações-problema. situação-problema, tendo casos em que pode ser
necessário utilizar primeiro a subtração e, depois,
Objetivos de aprendizagem a adição. Ainda podem demonstrar dificuldade na
• Resolver problemas envolvendo diferentes sig- leitura das situações-problema. Caso isso ocorra,
nificados da adição e da subtração. estimule os alunos a refletir e a descobrir qual é a
• Resolver e elaborar problemas envolvendo a operação e o porquê dessa escolha.
adição e a subtração em uma mesma situação.
A leitura dos problemas pode ser feita em duplas
• Resolução de subtrações com números de até
ou individualmente.
cinco algarismos com reagrupamento;
• Resolução de subtrações com números de até
cinco algarismos com dois reagrupamentos
alternados.

CONTEXTUALIZANDO e que operações utilizaram. É importante observar que


todas as situações podem ser resolvidas com as duas
Orientações operações. No item 1, por exemplo, o estudante pode
Nesse momento, reflita com os alunos quais são as pensar: quanto eu preciso somar a 15 para chegar a
ideias que os levaram a escolher as operações e como 25? Essa é uma prática bem comum em mercadinhos,
podem resolver as situações. Peça que observem que, quando se vai dar o troco. Ao invés de fazer uma sub-
em diferentes situações, pode haver a necessidade tração, fazem uma adição. Avalie caso a caso.
de se utilizar operações matemáticas iguais ou pare-
Expectativas de respostas
cidas. Leve os alunos a compreenderem que a adição
a. Ficha 2: 15 + 7 = 22. Milena tem agora 22 figuri-
e a subtração podem estar no cotidiano, em situações
nhas. Ficha 4: 22 + 21 = 43. A casa de Lúcia tem
comuns, e que é necessário que identifiquem como
agora 43 roseiras.
essas situações podem ser resolvidas. b. Ficha 1: 25 – 15 = 10. Júnior ficou com 10 reais.
Peça aos alunos que escrevam e resolvam as si- Ficha 3: 44 – 17 = 27. Restaram 27 lápis de Júlia.
tuações. Pergunte como eles chegaram às respostas

111 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 111 20/12/2021 18:12


MÃO NA MASSA Expectativas de respostas
a) Resposta pessoal.
Orientações b) Subtração e adição.
Apresente aos alunos situações que podemos encon- c) 15 + 12 = 27 e 90 – 27 = 63.
trar na vida cotidiana em que é necessário utilizar mais O time de futsal ganhou 63 partidas.
de uma operação matemática. O importante é saber
como utilizar e qual a operação que deve ser realizada. RETOMANDO
Exemplo de situação: Jonas gastou 35 reais em suas
compras no mercado. Ele recebeu de troco 25 reais.
Quanto ele tinha inicialmente? E, se ele tivesse gastado Neste momento, vamos colocar em prática todos
45 reais, quanto seria seu troco? os conhecimentos sobre as propriedades da adição e
Discuta com os alunos como eles como podem resolver subtração. Devemos compreender como e onde podemos
essa situação e quais as operações podem utilizar na utilizar essas operações e quais são as propriedades
resolução, se primeiro a adição ou a subtração. que estão ligadas a essas duas operações, associando
O objetivo é que os alunos percebam que, em algumas suas utilizações em conceitos distintos e do cotidiano.
situações, é necessário utilizar mais de uma operação Sempre que possível, realize com os alunos atividades
matemática. Solicite a eles que deem exemplos e, se de reflexão sobre quando eles utilizam essas proprieda-
possível, sugira que elaborem situações como essas em des, quais dessas propriedades eles já utilizaram e como.
seus cadernos e depois troquem com os colegas para Permita que discutam sobre essas propriedades e re-
um resolver a do outro. gistrem a discussão no espaço indicado.

Expectativas de respostas
• 120 + 96 = 216 RAIO X
• Portanto, há, nos dois álbuns, 216 espaços para
fotos.
• Janaína tirou 125 fotos. Permita que os alunos realizem essa atividade em
• Não cabem em um único álbum, pois 125 é maior duplas e que possam discutir entre si as possibilidades
do que 120 e maior do que 96. Poderá distribuir de resolução e quais as melhores formas de resolver a
nos dois álbuns com qualquer quantidade menor situação-problema. Peça a eles que leiam as questões
do que 120 ou 96. Outra possibilidade é encher com atenção e interpretem cada item.
um dos álbuns totalmente e, o que sobrar, colocar Os alunos devem perceber que as situações-problema
no outro. Se utilizar todos os espaços do álbum estão ao nosso redor, fazendo parte do cotidiano. Além
de 120 fotos, no outro álbum colocará apenas disso, em alguns casos, podemos utilizar mais de uma
5. Se utilizar todos os espaços do álbum de 96 operação ou utilizar diferentes formas de resolução.
fotos, no outro colocará 29 fotos. Proponha aos alunos que tragam suas vivências, que
• 216 – 125 = 91 se relacionam com as questões por meio de perguntas
• Ficarão vazios 91 espaços. como:
• De qual forma realizam suas compras?
• Onde vocês realizam suas compras?
DISCUTINDO • Os preços são bons?
• Vocês costumam economizar dinheiro?
Orientações • Quais as formas que guardam dinheiro ou juntam?
O aluno deve distinguir qual operação deve utilizar
para resolver a situação-problema. Utilize este momento Expectativas de respostas
para refletir como chegaram aos resultados e se teriam 1.
outras formas de resolver. Quais seriam as possíveis a) Arroz, feijão, macarrão e frango.
resoluções para encontrar os valores indicados? Será b) 6 + 9 + 4 + 4 + 13 = 36
que podemos utilizar apenas uma operação para resol- c) Sim, ela receberá de troco 14 reais.
ver? Por que não? Realize este tipo de questionamento 2.
e espere que os alunos reflitam como podem resolver a) Mônica terá 1 423 reais.
a situação-problema. b) 1 423 – 1 345 = 78
Portanto, restará 78 reais.
112 4 o ANO

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UNIDADE 3

CÁLCULO MENTAL SOBRE MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO


COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

1, 2, 4 e 7.

HABILIDADES DO DCRC
Resolver e elaborar problemas com números naturais envolvendo adição e subtração, utilizando estratégias
EF04MA03
diversas, como cálculo, cálculo mental e algoritmos, além de fazer estimativas do resultado.

Utilizar as relações entre adição e subtração, bem como entre multiplicação e divisão, para ampliar as estratégias
EF04MA04
de cálculo.

EF04MA05 Utilizar as propriedades das operações para desenvolver estratégias de cálculo.

OBJETO DE CONHECIMENTO

• Propriedades das operações para o desenvolvimento de diferentes estratégias de cálculo com números naturais.

UNIDADE TEMÁTICA

• Números.

PARA SABER MAIS

• S MOLE, K. S.; DINIZ, M. I.; CÂNDIDO, P. Jogos matemáticos – de 1o a 5o ano. Cadernos do Mathema. Porto Alegre:
Artmed, 2000.
• VAN DE WALLE, J. A. Ajudando as crianças a dominar os fatos fundamentais. Matemática no Ensino Fundamental:
formação de professores e aplicação em sala de aula. Porto Alegre: Artmed, 2009.

113 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 113 20/12/2021 18:13


1. Multiplicando e dividindo
PÁGINA 112 PÁGINA 113

UNIDADE 3
a. Você já foi a uma feira livre? O que você costuma comprar na feira? Como são
vendidos esses produtos?

CÁLCULO MENTAL SOBRE


b. Das frutas vendidas por João, quais as que se compram por quilograma?
c. Quantas bananas há em 5 milheiros?

MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO
d. Como se compram bananas na feira?

MÃO NA MASSA

Agora, observe o quadro a seguir, que mostra a quantidade de mercadorias recebidas


1. Multiplicando e dividindo por João e a maneira como ele organiza os produtos para a venda.
1. João é feirante e há muitos anos vende frutas na feira do Pirajá em Juazeiro do
Norte. Todos os dias ele recebe dos seus fornecedores várias caixas com uma
Controle de mercadorias recebidas por João
grande variedade de frutas.
Observe a seguir o que ele recebeu em determinado dia. Quantidade de
Fruta Total recebido Como é vendido Preço (em real)
caixas

Fruta Quantidade Abacaxi 8 96 Unidade R$ 3,00


Abacate 5 150 Unidade R$ 1,50
©Joff Lee/The image bank/ ©Karanik Yimpat / EyeEm / Getty images

Banana - 1 000 Dúzia R$ 4,00


8 Caixas com
12 unidades Sacola com
Laranja 10 600 R$ 4,50
6 unidades
R$ 1,00
Maçã 5 500 Unidade
cada uma
Getty images

5 Caixas com Melão 10 200 Unidade R$ 2,80


30 unidades
Tangerina 8 480 Unidade R$ 1,50
Uva 5 150 Quilograma R$ 7,50
©julichka/E+/Getty images ©DNY59/E+/Getty images

1 Milheiro
(100 unidades) 1. Agora, responda:
a. João vende as laranjas em sacolas com 6 laranjas em cada uma. Quantas sacolas
ele vai utilizar para organizar as laranjas? Ficarão laranjas soltas? Se sim, quantas?
10 Caixas com
60 unidades
©Josef Mohyla/E+/
Getty images

10 Caixas com
20 unidades b. Em determinado dia, João vendeu 200 melões. Quanto ele recebeu pela venda
total de melões?
©Jt_kimura/E+/Getty images

5 Caixas com
100 unidades

c. Nesse dia, João vendeu também 400 tangerinas. Quanto ele recebeu por essa
©Antoniu Rosu / 500px /
Getty images

8 Caixas com venda?


60 unidades

112 4 o ANO 113 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 114 PÁGINA 115

d. Das bananas que João comprou, quantas dúzias ele poderá formar? Ficarão
bananas soltas? Se sim, quantas? Se você conhece os fatos fundamentais da multiplicação, então
também sabe os da divisão, pois, se 5 x 7 = 35, então 35 ÷ 7 = 5 e
35 ÷ 5 = 7.

2. Se João recebeu 270 reais pela venda dos abacaxis, quantas unidades foram vendidas?

RAIO X

1. Em uma semana, João vendeu 6 000 tangerinas. Quanto ele recebeu pela venda das
DISCUTINDO tangerinas nessa semana? Lembre-se de que o preço da tangerina é R$ 1,50 a unidade.

Você teve dificuldade para encontrar a quantidade total de sacolas utilizadas por João na or-
ganização das laranjas e no cálculo das dúzias? Você deve ter percebido que, para descobrir a quan-
tidade total de sacolas utilizadas, basta dividir 600 por 6, ou seja, quantas vezes o 6 "cabe" em 600.
Do mesmo modo, é preciso saber quantas vezes o 12 cabe em 1 000. Para isso, você deve
dividir 1 000 por 12.
Você deve ter percebido que algumas bananas ficaram soltas, que é chamado de resto na
divisão não exata.
Para calcular quanto foi recebido pela compra das tangerinas, basta multiplicar 400 x 1,50, 2. Sabendo que João recebeu no final do sábado 720 laranjas, de quantas sacolas
ou seja, multiplica-se 4 x 1,50 e, depois, se acrescentam dois zeros à direita do valor encontrado. ele precisou para vender as laranjas no dia seguinte. Lembre-se de que em cada
Em seguida, se coloca a vírgula e duas casas à esquerda do resultado. Portanto, R$ 600,00. sacola cabem 6 laranjas.

RETOMANDO

Os fatos fundamentais da multiplicação, ou a tabuada multiplicativa, ajudam a resolver


situações que envolvem cálculo mental e escrito. É importante conhecer esses fatos funda-
mentais, pois eles auxiliam e dão rapidez à resolução de problemas matemáticos. Uma es- 3. Analise a tabuada pitagórica e complete as sentenças.
tratégia que poderá ajudar bastante é o uso da tabuada de Pitágoras, ou tabuada pitagórica,
que serve para realizar operações com mais facilidade. Observe. a. ´ 9 = 27

b. 36 ÷ =9
× 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 c. 72 ÷ =8
2 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
d. 9 ´ = 45
3 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30
4 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 e. ´ 8 = 40
5 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
f. ´ 7 = 49
6 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60
7 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 g. 81 ÷ =9
8 8 16 24 32 40 48 56 64 72 80
h. 35 ÷ =7
9 9 18 27 36 45 54 63 72 81 90
10 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

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114 4 o ANO

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Habilidades do DCRC
Resolver e elaborar problemas com números naturais envolvendo adição e subtração, utilizando estratégias
EF04MA03
diversas, como cálculo, cálculo mental e algoritmos, além de fazer estimativas do resultado.
Utilizar as relações entre adição e subtração, bem como entre multiplicação e divisão, para ampliar as
EF04MA04
estratégias de cálculo.
EF04MA05 Utilizar as propriedades das operações para desenvolver estratégias de cálculo.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualização: avaliar o conhecimento dos É importante que os alunos tenham familiaridade
alunos acerca da multiplicação e divisão. com a tabuada, ou seja, que compreendam minima-
• Mão na massa: elaborar diferentes estratégias mente as ideias matemáticas aditivas que consoli-
para resolver problemas de multiplicação e dam os fatos fundamentais da multiplicação e da
divisão. divisão. Além disso, eles devem compreender que,
• Discutindo: discutir as possíveis estratégias realizando sucessivas subtrações, poderão realizar
apresentadas pelos alunos na resolução de tanto a multiplicação quanto a divisão.
uma atividade.
• Retomando: sistematizar as ideias trabalhadas. Dificuldades antecipadas
• Raio X: validar a partir de uma situação-problema. É possível que os alunos apresentem dificuldade
para antecipar fatores que compõem determinados
Objetivos de aprendizagem produtos. Essa ação exige reflexão sobre a ope-
• Ampliar a fluência sobre os fatos fundamentais ração inversa ou conhecimento mais aprofundado
da multiplicação e da divisão. acerca dos fatos fundamentais da multiplicação.
• Reconhecer fatores que resultam em determinados Após discussão, construa com a turma um quadro
multiplicativo (tabuada pitagórica) e deixar exposto
produtos.
na sala para consulta. No entanto, o importante
• Reconhecer termos de uma divisão que resultam
mesmo é que os alunos compreendam o significado
em determinados quocientes.
da multiplicação.
Material
Tabuada pitagórica (uma cópia para cada aluno).

CONTEXTUALIZANDO
MÃO NA MASSA
Orientações
Faça uma roda de conversa para iniciar as atividades do Orientações
capítulo. Permita que os alunos comentem as histórias que Em uma primeira etapa, solicite aos alunos que façam
conhecem sobre o que se encontra em feiras livres, como são apenas o cálculo mental. Posteriormente, permita aos
vendidos os produtos, como são organizados para venda. que não conseguiram ou que precisam de confirmação
Para isso, faça perguntas relacionadas à Matemática como: dos dados que façam registros no caderno ou em uma
“Vocês sabem o que é um quilograma? Quantas unidades folha avulsa.
há em uma dúzia? E em um milheiro?”. Provoque os alunos Promova uma discussão sobre as formas e os per-
a refletir sobre questões de proporcionalidade como: “Se cursos mentais realizados pelos alunos, especialmente
na feira tiver um anúncio de 3 maçãs por 2 reais, quanto os que não sabem ainda os fatos fundamentais da mul-
você pagará se comprar 6 maçãs?”. Isso fará com que os tiplicação e da divisão. Realize uma roda de conversa
alunos ampliem a compreensão dos conceitos matemáticos. com a turma para resgatar estratégias utilizadas por
eles. Alguns alunos com dificuldades na realização do
Expectativas de respostas cálculo mental começam a vislumbrar novos jeitos de
1. encontrar soluções para problemas matemáticos, quando
a) Resposta pessoal. há discussões em torno das estratégias apresentadas.
b) Nenhuma das frutas é vendida por quilograma.
C) 5000 bananas.

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Expectativas de resposta Acompanhe o desenvolvimento das atividades e
1. instigue-os a fazer observações mais profundas. Caso as
a. 100 sacolas; Não ficará nenhuma laranja solta. dúvidas continuem, faça uma demonstração no quadro,
b. 200 × 2,80 = 560; R$ 560,00 sempre direcionando atenção especial aqueles com
c. 400 × 1,50 = 600; R$ 600,00 mais dificuldades. É importante destacar que alguns
d. 83 dúzias e sobrarão 4 bananas alunos podem resolver as multiplicações e as divisões
2. 90 unidades por meio de adições e subtrações sucessivas; para
isso é imprescindível que haja uma mediação mais
significativa.
DISCUTINDO Proponha uma roda de conversa e, nesse mo-
mento, faça demonstrações, assim: Vamos resolver
Orientações 42 ÷ 6. Então faça 6 circunferências no chão e com o
Permita aos alunos que exponham suas dificuldades material dourado represente 42. Pergunte aos alunos:
e socialize as boas estratégias que podem servir de “Posso distribuir 4 dezenas para 6 grupos igualmen-
apoio para os que não conseguem ainda realizar o te? O que precisamos fazer?”. Para realizar a divisão,
cálculo mental. Muitos alunos farão somas sucessivas inicialmente, se deve transformar as 4 dezenas em
(ideia multiplicativa) ou subtrações sucessivas (ideia 40 unidades, ficando com 42 unidades. Agora, com a
de distribuir igualmente), mas sentirão necessidade ajuda dos alunos faça a distribuição nas 6 circunferên-
de registrar; outros poderão adicionar nos dedos, já cias desenhadas no chão.
que foi pedido que não houvesse registro. Após realizar esse procedimento, espera-se que
os alunos compreendam a ideia fundamental da divi-
são, que é a distribuição em partes iguais. Além disso,
RETOMANDO você pode sugerir a eles que juntem novamente as 42
unidades e retirem de 7 em 7 formando “montinhos”
iguais. Ao terminar de fazer todas as retiradas, ou
Orientações seja, quando não for possível fazer mais montinhos,
A memorização da tabuada não pode ser dissocia- não sobrará nenhuma unidade. Pergunte aos alunos:
da da compreensão acerca dos fatos fundamentais. “Quantos montinhos foram formados?”. Dessa forma, os
Caso a turma ainda não domine esse entendimento, alunos vão entender que a divisão pode ser realizada
é importante a construção de estratégias que auxiliem por subtrações sucessivas.
na consolidação dos fatos fundamentais da multiplica- Contudo, fomente nos alunos a possibilidade de se
ção. Construa com os alunos um quadro multiplicativo efetuar divisões e multiplicações de diferentes maneiras.
(tabuada pitagórica) e deixe na sala para consulta.
Essa pode ser uma boa estratégia coletiva. Expectativas de respostas
1. 6 00 × 1,50 = 900; R$ 900,00.
2. 720 ÷ 6 = 120; 120 sacolas.
RAIO X 3.
a) 3 × 9 = 27
Orientações b) 36 ÷ 4 = 9
Nessa seção, mesmo quando o foco é na divisão, c) 72 ÷ 9 = 8
indiretamente os alunos trabalham com a operação: a d) 9 × 5 = 45
multiplicação. Para isso, é preciso explorar diferentes e) 5 × 8 = 40
meios para orientar os alunos. Faça a demonstração com f) 7 × 7 = 49
o material dourado para que os alunos compreendam g) 81 ÷ 9 = 9
a situação de forma mais concreta. Você poderá acom- h) 35 ÷ 5 = 7
panhá-los na hora da resolução, apresentar sugestões
de utilização da tabuada pitagórica.

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2. Relacionando multiplicação e divisão
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b.
2. Relacionando multiplicação e divisão 35 ÷ 7 42 ÷ 7 28 ÷ 7

Numa aula de Matemática, o professor Marcelo


Qual é o maior quociente? Indique sua divisão.
representou o número 366 com o material dourado.
24 ÷ 4 24 ÷ 3 24 ÷ 6
O professor fez as seguintes perguntas aos alunos:

1. Ao dividir esse número por 6, que número


encontramos?
c.
64 ÷ 8 54 ÷ 6 45 ÷ 9

2. Para resolver a divisão, o que devemos dividir primeiro? Qual é o maior quociente? Indique sua divisão.

3. Podemos dividir 3 centenas por 6?


2. Wagner é pai de 6 crianças que estudam na Escola Municipal Patativa do Assaré:
Silvia, Samuel, Noemi, Júlia, Alan e Rafael. Tudo o que ele compra é partilhado igual-
mente entre seus filhos. Ele tem o cuidado de comprar coisas na quantidade ideal
para não haver sobras. Para este semestre letivo, a escola pediu os seguintes itens
4. Quantas vezes o 6 cabe em 36? por aluno: 5 cadernos, 6 lápis, 7 canetas e 4 livros.
Escreva abaixo a quantidade de itens que Wagner teve de comprar para seus seis
filhos.

a. Quantos são os cadernos?

MÃO NA MASSA b. Quantos lápis são necessários?

1. Num jogo, são colocados 3 cartões com divisões. Ganha ponto quem acertar o
maior resultado, ou seja, o maior quociente. c. E quantas canetas?

Marcela e Henrique estão jogando. Vamos ajudá-los?

a. d. Quantos são os livros, no total?


24 ÷ 4 24 ÷ 3 24 ÷ 6

3. Sabendo que Wagner gastou R$ 750,00 na compra dos cadernos, qual é o preço
Qual é o maior quociente? Indique sua divisão. de cada caderno?

116 4 o ANO 117 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 118 PÁGINA 119

DISCUTINDO RETOMANDO

Para realizarmos uma divisão, é preciso que compreendamos a multiplicação. Para re- A operação de divisão carrega a intenção de dividir em partes iguais. Em algumas situa-
solvermos uma divisão, devemos iniciar a operação, das maiores ordens para as menores. ções, ocorre a distribuição, que é em partes desiguais.
Além disso, devemos saber quais são os múltiplos do divisor. Na divisão, o resultado é denominado quociente, o valor que se divide chama-se di-
Para resolver as divisões e as multiplicações de uma forma mais ágil, podemos utilizar videndo e o número que determina a quantidade de partes do dividendo chama-se divisor.
a tabuada pitagórica. Além disso, quando há divisões com dividendos iguais, o maior quociente será o que
possui menor divisor. Quando os divisores são iguais, o maior resultado é aquele cujo divi-
dendo for o maior.
× 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
RAIO X
2 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

3 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 1. Duplas de jogadores, A e B, estão jogando cartas. Ganha quem tirar o maior resulta-
do possível da divisão. Acompanhe, nas imagens a seguir, o desenrolar das partidas.
4 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40

5 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 PARTIDA 1 PARTIDA 2 PARTIDA 3

6 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 A A A

7 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70
40 : 5 21 : 3 12 : 6
8 8 16 24 32 40 48 56 64 72 80
B 25 : 5 24 : 4 B B 20 : 5 27 : 3 B B 12 : 4 24 : 8 B
9 9 18 27 36 45 54 63 72 81 90 48 : 8 27 : 9 36 : 9

10 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
A A A

1. Um número é chamado de quadrado perfeito quando ele é o produto entre dois


números iguais. Quais são os números quadrados perfeitos de 1 a 100? Pinte a dupla de vencedores de cada partida; depois, explique como você pensou.
1a partida:

2a partida:

3a partida:

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117 M AT E M ÁT I CA

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Habilidades do DCRC
Resolver e elaborar problemas com números naturais envolvendo adição e subtração, utilizando estratégias
EF04MA03
diversas, como cálculo, cálculo mental e algoritmos, além de fazer estimativas do resultado.
Utilizar as relações entre adição e subtração, bem como entre multiplicação e divisão, para ampliar as
EF04MA04
estratégias de cálculo.
EF04MA05 Utilizar as propriedades das operações para desenvolver estratégias de cálculo.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualização: avaliar o conhecimento dos É importante que os alunos conheçam fatos
alunos acerca da divisão. fundamentais da divisão e da multiplicação para
• Mão na massa: elaborar diferentes estratégias refletir e resolver as questões propostas. Também
para resolver problemas de divisão. é igualmente importante que já compreendam o
• Discutindo: discutir as possíveis estratégias conceito de múltiplos de um número natural e sai-
apresentadas pelos alunos na resolução de bam realizar adições e subtrações sucessivas no
uma atividade. cálculo mental.
• Retomando: sistematizar as ideias trabalhadas.
• Raio X: validar a partir de uma situação-problema. Dificuldades antecipadas
Os alunos podem apresentar dificuldades para
Objetivos de aprendizagem realizar generalizações, apontadas, especialmente,
• Ampliar a fluência sobre os fatos fundamentais na resolução de multiplicações e de divisões. Eles
da divisão e da multiplicação. poderão ter dificuldades de compreender os fatos
• Realizar generalizações para comparar quocientes fundamentais da divisão e de realizar o cálculo mental.
de dividendos ou divisores iguais. É importante que as ideias sejam discutidas e que
novos exemplos sejam dados para que os alunos
Material percebam as generalizações para comparar quocien-
• Tabuada pitagórica. tes com dividendos ou divisores iguais. Para ampliar
• Material dourado (1 conjunto para cada grupo). possibilidades de compreensão, faça demonstrações
utilizando material concreto para relacioná-lo com o
abstrato e promover uma aprendizagem mais sólida
aos alunos.

CONTEXTUALIZANDO Expectativas de respostas


1. 366 ÷ 6 = 61
Orientações 2. Espera-se que os alunos afirmem que a divisão
É possível que os alunos apresentem dificuldades na começa pela maior ordem.
realização da divisão. Se achar interessante, utilize o 3. Não; é necessário converter as 3 centenas em
material dourado e oriente-os a realizar a transformação 30 dezenas para efetivar a divisão.
das centenas em dezenas para iniciar a distribuição. 4. Seis vezes.
Pergunte aos alunos: “Quantas dezenas há em 3 cen-
tenas? Quantas dezenas tem esse número ao todo?”.
Instigue os alunos a perceber que, ao converter cen- MÃO NA MASSA
tenas em dezenas, já poderão realizar a divisão em 6
grupos iguais. O importante é que eles compreendam Orientações
e generalizem os conceitos. Além disso, é importante É possível que os alunos façam cada uma das
registrar no quadro as respostas dos alunos e fazer divisões sem atentar para possíveis generalizações
algumas demonstrações como exemplos para norteá- solicitadas. Caminhe pela sala e faça perguntas que
-los na resolução da atividade. possibilitem aos alunos observar estratégias para

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determinar o maior quociente, sem precisar realizar
todos os cálculos. Durante a realização da atividade, RETOMANDO
os alunos podem usar a linguagem mais coloquial. O
importante é que eles compreendam e generalizem Orientações
as situações. Caso seja necessário, apresente mais Retome a ideia de partes iguais na di­visão, lem-
alguns exemplos. Utilize a tabuada pitagórica e explore brando que em algumas situações não há divisão, e
o conjunto dos múltiplos de alguns números. Apresente sim distribuição (que pode ser feita de forma desigual).
para os alunos o que é um número quadrado perfeito Relembre os conceitos de quociente (resul­tado), dividendo
e pergunte, por exemplo: “Qual é o quadrado perfeito (valor que se divide) e divisor (número que determina a
encontrado nos múltiplos de 8? E nos múltiplos de 9?” quantidade de partes do dividendo). Amplie o conceito
Use a malha quadriculada como suporte para otimizar de dividendos iguais e reforce que o maior quociente
a sua prática favorecendo a aprendizagem dos alunos. sempre terá o menor divisor. Quando os divisores forem
É importante destacar que, ao compreender os múltiplos iguais, o maior resultado terá o maior dividendo. Se
de um número, eles poderão realizar multiplicações e achar interessante, utilize a tabuada pitagórica e faça
divisões sem muitas dificuldades. demonstrações para os alunos, assim eles terão mais
segurança na hora de efetivar cálculos e de resolver
Expectativas de respostas problemas. É importante ouvir atentamente as colo-
1. cações dos alunos para intervir sistematicamente nas
a. O maior quociente é 8, que resulta da divisão 24 : 3. dificuldades. Sugira aos alunos que, sempre que forem
b. O maior quociente é 6, que resulta da divisão 42 : 7. realizar uma multiplicação ou uma divisão, registrem o
conjunto dos múltiplos do divisor ou do multiplicador
c. O maior quociente é 9, que resulta da divisão 54 : 6.
para facilitar a resolução.
2.
a. 30 cadernos.
b. 36 lápis. RAIO X
c. 42 canetas.
d. 24 livros. Orientações
3. Cada caderno custa 25 reais. Esta atividade enfatiza a importância da memorização
de fatos fundamentais da divisão e também da multi-
plicação. É importante acompanhar os alunos durante
DISCUTINDO a realização das atividades, ouvindo atentamente as
respostas e intervindo sempre que necessário. Fixe uma
Orientações tabuada pitagórica, em tamanho ampliado, na sala de
Faça uma roda de conversa para explorar a pergunta. aula para que os alunos consultem sempre que preciso.
Observe se os alunos percebem o aspecto generaliza- Para resolver essa atividade, é importante que eles
dor na resolução das questões trabalhadas. Dê novos utilizem o material dourado. Caminhe pela sala obser-
exemplos para ilustrar a situação. Utilize a tabuada pi- vando os avanços e as dificuldades dos alunos para
tagórica e faça demonstrações de resolução de divisões ajudá-los a superar obstáculos. Durante a realização da
exatas. Faça demonstrações com o material dourado, atividade, pergunte aos alunos: “O que deve ser feito
fazendo desagrupamentos para possibilitar a resolu- inicialmente para dividir 24 por 4 utilizando o material
ção. Além disso, você pode mostrar que, por meio de dourado?”. Os alunos vão perceber que inicialmente
adições sucessivas do divisor, é possível compreender devem transformar as dezenas em unidades para pos-
a divisão ao encontrar o dividendo. Assim, é só contar teriormente realizar a divisão. Demonstre também que,
quantas adições foram realizadas para saber qual é o para dividir, eles poderão separar grupos iguais até
quociente, bem como, ao subtrair-se sucessivas vezes formar o dividendo. Por exemplo, se os alunos forem
o divisor do dividendo, também podem ser resolvidas dividir 48 por 8, eles poderão formar “montinhos” de
divisões, até mesmo as divisões inexatas. 8 até completarem 48 e depois contar quantos “mon-
tinhos” foram formados.

119 M AT E M ÁT I CA

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Expectativas de respostas
1a rodada 2a rodada 3a rodada
Dupla vencedora: A Dupla vencedora: B Dupla vencedora: A
A A A

40 : 5 21 : 3 12 : 6

B 25 : 5 24 : 4 B B 20 : 5 27 : 3 B B 12 : 4 24 : 8 B

48 : 8 27 : 9 36 : 9

A A A

A dupla A foi a vencedora, pois obteve o maior quo-


ciente nas rodadas 1 e 3.

ANOTAÇÕES

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3. Resolvendo problemas
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3. Resolvendo problemas MÃO NA MASSA

Jonas e Tiago adoram participar de campeonatos de bilas aos finais de semana. Vamos jogar?
O jogo de bilas é realizado em duplas e tem a seguinte forma:
Para essa atividade serão necessários dois dados em forma de hexaedro. Os dados te-
⊲ Faz-se uma circunferência no chão e cada dupla coloca 5 bilas dentro dela; rão numeração alterada. Assim, é necessário cobrir as faces 1, 2 e 3, substituindo pelos núme-
⊲ A uma distância de 3 metros da circunferência, cada dupla pode fazer 5 arremessos; ros 7, 8 e 9. Além disso, são necessários 20 cartões retangulares com os seguintes números:
⊲ Em cada arremesso realizado, o jogador deve acertar pelo menos uma das bilas 16, 20, 24, 25, 28, 30, 32, 35, 36, 40, 42, 45, 48, 49, 54, 56, 63, 64, 72 e 81.
que estão dentro da circunferência;
⊲ Se acertar as bilas, ganhará um ponto e, se errar, perderá 2 pontos;

© enjoynz/DigitalVision Vectors/Getty images


⊲ Cada bila retirada do círculo vale 10 pontos;
⊲ Cada bila que fica sob a linha vale 5 pontos;
⊲ Para cada bila que é retirada da circunferência, o adversário ganha o dobro.

Na primeira partida do campeonato, Jonas e Tiago conseguiram os seguintes resulta-


dos: em 5 arremessos, eles conseguiram retirar 6 bilas para fora da circunferência e 4 ficaram
sob a linha do círculo. Eles não erraram nenhum arremesso.

1. Quantos pontos os meninos marcaram na primeira partida?

2. Na primeira partida, quantas bilas eles ganharam?

3. Se os meninos ganharam 64 bilas no campeonato, quantas bilas eles conseguiram


retirar da circunferência?
© moodboard/Image Source/Getty images

A professora e os alunos construíram as regras do jogo, que ficaram assim:

⊲ Cada equipe lança os dois dados e "puxa" duas cartas;


⊲ Os alunos podem escolher a operação (multiplicação ou divisão) a ser realizada
com os números de modo que encontrem o resultado;
⊲ Se acertar o resultado, ganhará 10 pontos e continuará o jogo; se o aluno apresen-
tar uma operação inversa, ganhará 5 pontos extras;
⊲ Se errar, deverá passar a vez para outra equipe;
⊲ O jogo acaba quando todas as equipes completarem 10 rodadas;
⊲ Ganha o jogo a equipe que tiver a maior pontuação nas 10 rodadas.

120 4 o ANO 121 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 122 PÁGINA 123

Antes de jogar, observe este exemplo: Uma equipe retirou as cartas 54 e 25 e obteve 6 e
9 nas faces superiores do dado. Então, os participantes optaram por realizar a multiplicação DISCUTINDO
(6 x 9 = 54) e a divisão (54 ÷ 9 = 6). Assim, essa equipe marcou 15 pontos nessa rodada.
Agora, forme sua equipe e bom jogo! Preencha os resultados no quadro abaixo e verifi- Qual é a multiplicação (tabuada) de que você tem mais dificuldade?
que, no fim do jogo, a equipe vencedora. Que estratégias você usa para "lembrar" os fatos da multiplicação que você acha difícil?
Você acha que memorizar a tabuada pode ajudá-lo a resolver questões matemáticas?
Pontuações das equipes Por quê?

EQUIPE 1 EQUIPE 2
Jogada
Operação Resultado Pontuação Operação Resultado Pontuação RETOMANDO
1a rodada
A compreensão e a memorização dos fatos fundamentais das operações matemáticas,
presentes na tabuada, auxiliam a resolver problemas que envolvem a multiplicação e a divisão.
2a rodada

3a rodada
RAIO X
4a rodada

1. Pinte o quadro com a operação com o maior resultado (quociente):


5a rodada

6a rodada
a. 30 ÷ 5 30 ÷ 6 30 ÷ 3
7a rodada

8a rodada b. 20 ÷ 5 20 ÷ 2 20 ÷ 4

9a rodada
c. 32 ÷ 4 40 ÷ 8 45 ÷ 5
10a rodada

2. Em uma floricultura, estavam expostos na vitrine 6 buquês com 8 rosas vermelhas,


Total: 9 buquês com 7 rosas brancas e 5 buquês com 8 rosas amarelas. Quantas rosas
havia na vitrine, no total?
Equipe 1:

Equipe 2: 3. Na floricultura de Joana, chegaram 64 tulipas para serem distribuídas igualmente


em 8 buquês. Quantas tulipas serão colocadas em cada buquê?

Vencedor:

122 4 o ANO 123 M AT EM ÁT I CA

121 M AT E M ÁT I CA

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Habilidades do DCRC
Resolver e elaborar problemas com números naturais envolvendo adição e subtração, utilizando estratégias
EF04MA03
diversas, como cálculo, cálculo mental e algoritmos, além de fazer estimativas do resultado.
Utilizar as relações entre adição e subtração, bem como entre multiplicação e divisão, para ampliar as
EF04MA04
estratégias de cálculo.
EF04MA05 Utilizar as propriedades das operações para desenvolver estratégias de cálculo.

Sobre o capítulo Material


• Contextualização: avaliar o conhecimento dos • Dados em forma de hexaedro.
alunos acerca da multiplicação e divisão. • Cartões retangulares.
• Mão na massa: elaborar diferentes estratégias
para resolver problemas de multiplicação e Contexto prévio
divisão. É importante que os alunos conheçam fatos fun-
• Discutindo: discutir as possíveis estratégias damentais da divisão e/ou da multiplicação para
apresentadas pelos alunos na resolução de refletir e resolver as questões propostas.
uma atividade.
• Retomando: sistematizar as ideias trabalhadas. Dificuldades antecipadas
• Raio X: validar a partir de uma situação-problema. Os alunos podem apresentar dificuldade para
realizar generalizações, especialmente, nos itens
Objetivos de aprendizagem 2 e 3 da seção Mão na massa.
• Ampliar a fluência sobre os fatos fundamentais
da multiplicação e da divisão.
• Realizar generalizações para comparar quocientes
de dividendos ou divisores iguais.

CONTEXTUALIZANDO
Expectativas de respostas
Orientações 1. 6 × 10 + 4 × 5 = 80; 80 pontos.
Para a realização dessa atividade, é necessário 2. 12 bilas.
que haja a discussão coletiva das questões e que to- 3. 64 ÷ 2 = 32; 32 bilas.
dos possam ser ouvidos nesse momento. Além disso,
é importante que haja o acompanhamento de perto
da execução atividade. Para isso, instigue os alunos a MÃO NA MASSA
refletirem sobre suas respostas, sempre questionando
e levantando hipóteses. Durante a atividade, faça sem- Orientações
pre o registro das respostas dos alunos e a mediação Para essa atividade, é necessário o uso de dois dados
para que eles compreendam os conteúdos. Sugerimos, por dupla. Sugerimos o uso de dados comuns (hexae-
portanto, que dinamize o momento proporcionando a dros) com a “colagem” de outros números nas faces
interação dos grupos para enriquecer o momento da para trabalhar os fatos fundamentais mais complexos,
construção do conhecimento. Verifique se eles possuem bem como nos cartões. Outra possibilidade é montar
fluência nos fatos fundamentais das operações traba- um dado manualmente com a numeração desejada.
lhadas (multiplicação e divisão) ou se ainda necessitam Caminhe pela sala para acompanhar as jogadas dos
calcular ou contar as quantidades. Faça demonstrações alunos. Verifique se eles possuem fluência nos fatos
por diferentes meios, se possível com o uso do mate- fundamentais das operações trabalhadas (multiplicação
rial dourado ou com outros instrumentos que possam e divisão) ou se ainda necessitam calcular ou contar as
representar concretamente a ação. quantidades. Faça a socialização dos vencedores e suas

122 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 122 20/12/2021 18:13


pontuações. A pontuação 0 também deve ser registrada presentes na tabuada, auxiliam a resolver problemas
ao longo das jogadas caso haja esse resultado. que envolvem a multiplicação e a divisão. Faça com
os alunos demonstrações com recursos concretos.
Expectativas de respostas Faça por exemplo 5 circunferências no chão da sala
Resposta pessoal. Espera-se que o quadro seja de aula e peça aos alunos que distribuam o número
preenchido durante a realização do jogo. 105. Questione-os sobre o que pode ser feito com a
centena para realizar a operação. Após a transformação
da centena em dezenas, peça a eles que distribuam
DISCUTINDO as circunferências e, em seguida, registrem o valor
encontrado nos 5 grupos para explorar a multiplicação
Orientações também como adição de parcelas iguais.
Proponha uma roda de conversa para explorar as
perguntas. É importante socializar informações sobre
as dificuldades de alguns alunos, pois podem ajudar RAIO X
outros a encontrarem mecanismos para sanar suas
dificuldades. Por exemplo, um aluno pode julgar difícil 7 Orientações
× 8, mas ele se lembra de 7 × 7 = 49, assim ele adiciona Deixe os alunos resolverem as atividades indivi-
7 a esse produto, totalizando 56. Utilize a tabuada pita- dualmente e, ao final, promova uma conversa com eles
górica para ampliar o repertório dos alunos e facilitar a para corrigi-las. É importante que as estratégias sejam
compreensão dos fatos fundamentais da multiplicação
compartilhadas para proporcionar a compreensão dos
e da divisão. Estimule-os a perceber que, para resolver
alunos. Utilize, por exemplo, o quadro de ordens, palitos
uma divisão, pode-se utilizar a relação existente entre
de picolés ou canudinhos para fazer a demonstração
os múltiplos do divisor e, com isso, relacionam-se as
de como realizar as multiplicações e as divisões.
duas operações. Pergunte aos alunos, por exemplo:
É importante compreender que as dificuldades aqui
• 64 é múltiplo de 8?
não devem ser, apenas, em resolver a operação, mas
• Quanto é 64 dividido por 8?
• A divisão de 64 por 7 é exata? de entender as ideias da situação de modo a fazer as
Com isso, eles vão perceber que, como 64 não é relações adequadas para resolvê-los
múltiplo de 7, a divisão não será exata. Oriente os alunos
a observar qual é o múltiplo de 7 mais próximo de 64 Expectativas de respostas
(que é 63) e provoque-os a perceber que o resultado é 9 1.
e sobra 1. Essas explorações ampliam as possibilidades a. 30 ÷ 3 = 10
de compreensão das operações em estudo. b. 20 ÷ 2 = 10
c. 45 ÷ 5 = 9

RETOMANDO 2. 6 × 8 = 48
9 × 7 = 63
Orientações 5 × 8 = 40
Reforce com os alunos que a compreensão e a me- 48 + 63 + 40 = 151; 151 rosas
morização dos fatos fundamentais da multiplicação, 3. 64 ÷ 8 = 8; 8 tulipas em cada buquê.

123 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 123 20/12/2021 18:13


UNIDADE 4

SISTEMA MONETÁRIO BRASILEIRO


COMPETÊNCIAS GERAIS DO DCRC

1; 2; 6; 7.

HABILIDADES DO DCRC

Resolver e elaborar problemas que envolvam situações de compra e venda e formas de pagamento, utilizando
EF04MA25
termos como troco e desconto, enfatizando o consumo ético, consciente e responsável.

OBJETOS DE CONHECIMENTO

• Identificação de cédulas e moedas do Sistema Monetário Brasileiro.


• Leitura e escrita de quantias por extenso.
• Composição e decomposição de valores, manipulando cédulas ou moedas.
• Realização de trocas de notas e de moedas por moedas, manipulando-as.
• Reconhecimento de diferentes formas de pagamento: à vista, a prazo, com entrada e prestação, por meio de cartões
de crédito, cheques e tíquetes/vales.
• Preenchimento de cheques, recibos e notas promissórias.
• Cálculo de troco sem compensação.
• Estabelecimento, mediante diferentes preços de um mesmo objeto, o que é caro e o que é barato.
• Resolução e elaboração de problemas envolvendo situações de compra e venda, cálculo do troco sem compen-
sação e conceito de caro e barato.

UNIDADE TEMÁTICA

Grandezas e medidas

PARA SABER MAIS

• C
 apacidade e sistema monetário. Revista Nova Escola. Disponível em: https://planosdeaula.novaescola.org.br/
fundamental/4ano/matematica/capacidade-e-sistema-monetario/1358. Acesso em: 27 out. 2021.
• SANTOS, C. Z. V. dos. Sistema Monetário, Matemática e jogos: uma proposta de interação para o Ensino Fundamental.
Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE. Produções didático-pedagógicas.
Londrina: Universidade Estadual de Londrina, 2013. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/
cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_uel_mat_pdp_cassia_zeneide_vaz.pdf. Acesso em: 14 nov. 2021.
• Você sabe ensinar seus alunos a gerir dinheiro? Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/
conteudo/14005/voce-sabe-ensinar-seus-alunos-a-gerir-dinheiro. Acesso em: 6 dez. 2021.

124 4 o ANO

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1. Conhecendo o Sistema Monetário Brasileiro
PÁGINA 124 PÁGINA 125

UNIDADE 4
1
MÃO NA MASSA
SISTEMA MONETÁRIO A professora Arlene pediu aos alunos que observassem o panfleto publicitário novamente. Fixou-o

BRASILEIRO na lousa e distribuiu a cada aluno um quadro para ser preenchido com as seguintes informações:

REPRESENTAÇÃO
PRODUTO PREÇO VALOR POR EXTENSO
POSSÍVEL

© BCB
1. Conhecendo o Sistema Monetário Brasileiro TV de 32
R$ 890,00 Oitocentos e noventa reais.
polegadas
1. A professora Arlene levou um panfleto de um supermercado para a sala de aula e pediu aos
alunos que realizassem a atividade com base nele:

COMPRE BEM Forno de


micro-ondas
R$ 670,80
Seiscentos e setenta reais e
oitenta centavos.

©ALAMA/iStock / Getty Images Plus


©ALAMA/iStock / Getty Images Plus
©Pixelwind

©Palex_skp/iStock
/Getty Images Plus

©Bet_Noire/iStock / Getty Images Plus

© BCB
TV DE 32 PANELA FORNO DE
POLEGADAS ELÉTRICA MICRO-ONDAS Panela elétrica
R$ 890,00 R$ 350,00 R$ 670,80
©Lebazele/iStock/
Getty Images Plus

SANDUICHEIRA LIQUIDIFICADOR

© BCB
ELÉTRICA R$ 240,00
R$ 260,00
Sanduicheira

a. Qual é o produto mais caro desse anúncio?

© BCB
b. Se você comprar um liquidificador e pagar com duas notas de 100 reais e uma de Liquidificador
50 reais, quanto vai receber de troco?

1. Quantas cédulas de 10 reais são necessárias para comprar a TV 32’?

c. Utilizando cédulas de 50 reais e de 10 reais, represente os valores dos preços da san-


duicheira e da panela elétrica.

2. É possível comprar a panela elétrica utilizando apenas cédulas de 50 reais? Se sim, como?

124 4 o ANO 125 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 126 PÁGINA 127


EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LA.indb 124 17/12/2021 04:14 EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LA.indb 125 17/12/2021 04:14

DISCUTINDO RAIO X
1. Melyssa abriu seu cofrinho e contou o que tinha nele: 40 moedas de 10 centavos, 20 moe-
1. Para ter boa saúde, é necessário ter uma alimentação balanceada com frutas e verduras.
das de 25 centavos, 12 moedas de 50 centavos, 5 cédulas de 2 reais, 6 cédulas de 5 reais
Dona Hilda, semanalmente, vai à feira e compra os itens necessários para preparar sucos
e 2 cédulas de 10 reais.
e saladas. Essa semana ela comprou vários itens que estavam em promoção. Observe.
a. Quantos reais Melyssa conseguiu juntar no seu cofrinho?
©Odu Mazza/iStock / Getty Images Plus

©Maurício Simonetti/Pulsar

©J L Bulcão/Pulsar

©JRastko Belic / EyeEm / Getty Images

MURICI
BANANA
R$ CAJÁS
CAJU
3,99 R$
R$
b. Represente de duas maneiras diferentes o valor que Melyssa possui no seu cofrinho, R$ kg
4,99 1,79
utilizando somente cédulas de 10 e de 20 reais e moedas de 1 real. 2,59 kg
kg
kg
©Cabezonication/iStock / Getty Images Plus
©Reprodução/Novafruta
©Creativeye99/E+/Getty Images

XUXU
CARÁ
ABÓBORA R$
R$
1,65 1,59
R$
kg
RETOMANDO 2,29 kg
kg

Durante a realização da atividade anterior, representamos 1 real de diferentes ma-


neiras, utilizando, por exemplo, 4 moedas de 25 centavos ou 2 moedas de 50 centavos. a. Qual é o produto mais barato? E o mais caro?
Do mesmo modo, podemos fazer diferentes combinações para representar outros valores de real.

1. Use sua criatividade e represente 20 reais, utilizando apenas cédulas de 5 reais e de


2 reais e moedas de 50 centavos.
b. Escreva por extenso os preços da banana, da abóbora e do xuxu.

126 4 o ANO 127 M AT EM ÁT I CA

125 M AT E M ÁT I CA

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Habilidades do DCRC
Resolver e elaborar problemas que envolvam situações de compra e venda e formas de pagamento, utilizando
EF04MA25
termos como troco e desconto, enfatizando o consumo ético, consciente e responsável.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: discutir sobre problemas Para este capítulo, os alunos devem conhecer os
que envolvam situações de compra e venda e números decimais e diferenciar parte inteira de par-
formas de pagamento, utilizando termos como te decimal de um número. Além disso, eles devem
“troco” e “desconto”, com ênfase no consumo saber que 1 real é composto de 100 centavos e que
ético e consciente. determinado valor monetário em real pode ser repre-
• Mão na massa: elaborar estratégias para a sentado de diferentes maneiras, ou seja, eles devem
representação dos valores do Sistema Monetário compreender que a quantidade de reais é expressa
Brasileiro de diferentes maneiras. pela parte inteira e que a quantidade de centavos
aparece depois da vírgula. Esses valores podem ser
• Discutindo: refletir sobre as estratégias utilizadas
representados por diferentes cédulas e moedas.
na resolução dos problemas.
• Retomando: sistematizar e estruturar proce-
dimentos de composição, decomposição e leitura Dificuldades antecipadas
Alguns grupos podem ter dificuldade para repre-
de valores no Sistema Monetário Brasileiro.
sentar um real em partes menores que um inteiro,
• Raio X: resolver situações-problema envolvendo
ou seja, como converter valores inteiros de reais
o Sistema Monetário Brasileiro.
em centavos. Nessas situações, o professor deve
mediar as discussões, orientando-os e valorizan-
Objetivos de aprendizagem do os acertos. Pergunte quais moedas conhecem
• Identificar cédulas e moedas do Sistema Monetário e leve-os a pensar na quantidade de moedas de
Brasileiro. 50 centavos necessárias para formar um real.
• Ler e escrever valores monetários por extenso. • Quantas moedas de 25 centavos são necessárias
• Compor e decompor valores monetários. para formar 1 real?
• Realizar trocas entre cédulas e moedas. • E quantas moedas de 10 centavos?
• Calcular troco sem compensação. • Quais moedas vocês conhecem?
Leve os alunos a pensar na quantidade de moedas
Materiais de 50 centavos necessárias para formar 5 reais.
• Panfletos publicitários. É necessário fazê-los refletir em suas respostas e
• Cópia de cédulas e de moedas sem valor. nas respostas dos colegas. Essas interações esti-
mulam o processo de argumentação e de nego-
ciação, elementos essenciais para a formação de
cidadãos críticos.

CONTEXTUALIZAÇÃO Quantas cédulas de 20 reais formam 100 reais?


Assim, os alunos vão refletir na hora de representar
Orientações valores monetários por meio de associações de cédulas
Promova uma discussão no momento da realização de diferentes valores.
desta atividade, registrando as colocações dos alunos,
valorizando o protagonismo deles e fazendo-os refletir Expectativas de respostas
sobre suas respostas. Para isso, estimule-os a apre- 1.
sentar outras possibilidades de respostas, ampliando a) Espera-se que o aluno perceba que o produto
conhecimentos construídos coletivamente. Faça per- mais caro é a TV de 32 polegadas.
guntas como: b) Receberá 10 reais de troco.
Quantas cédulas de 50 reais devo usar para formar c) Existem diferentes possibilidades de respostas;
300 reais? a seguir, apresentamos duas para cada produto.

126 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 126 20/12/2021 18:14


• Sanduicheira elétrica
Possibilidade 1: 5 cédulas de 50 reais e 1 cédula RETOMANDO
de 10 reais.
Possibilidade 2: 4 cédulas de 50 reais e 6 cédulas Orientações
de 10 reais. Durante a realização da atividade, registre as
• Panela elétrica respostas dos alunos na lousa fazendo as devidas
Possibilidade 1: 6 cédulas de 50 reais e 5 cédulas orientações e promovendo constantemente a refle-
de 10 reais. xão deles acerca de suas colocações. É preciso que
Possibilidade 2: 7 cédulas de 50 reais. nesse momento haja interação entre todos os parti-
cipantes. Ao refletir, negociar e argumentar com os
colegas, o aluno sente-se mais seguro e motivado
MÃO NA MASSA
para envolver-se com as atividades propostas. Você
também pode fazer perguntas como:
Orientações • Em qual das representações usamos menos cédulas
Durante a realização da atividade, estimule os alunos e moedas?
com algumas reflexões. Para isso, faça perguntas para que • E em qual delas usamos mais?
eles percebam que podemos representar 100 reais com Perguntas desse tipo permitem que os alunos per-
50 cédulas de 2 reais, 20 cédulas de 5 reais, 10 cédu- cebam que, quanto menor o valor das cédulas e das
las de 10 reais, 5 cédulas de 20 reais ou 2 cédulas de moedas, maior a quantidade de que eles precisarão
50 reais. Isso permitirá que percebam que, de acordo para completar o total.
com o valor das cédulas e das moedas que escolhe-
rem, eles podem oferecer diferentes soluções para a Expectativas de respostas
mesma atividade. Além disso, o aluno se sentirá seguro 1. Resposta pessoal.
no protagonismo durante a realização das atividades. Uma das possibilidades de respostas é: 2 cédulas
de 5 reais, 4 cédulas de 2 reais e 4 moedas de
Expectativas de respostas 50 centavos.
1. 89 cédulas.
2. Sim; para isso, podemos usar 7 cédulas de 50 reais.
RAIO X
DISCUTINDO
Orientações
Acompanhe a resolução da atividade proposta au-
Orientações xiliando os alunos, levando-os a refletir sobre suas
Oriente os alunos durante a realização da ativida- respostas. Registre na lousa os preços relativos às frutas
de com perguntas precisas, de modo que eles possam e às verduras e, ao apresentar os valores monetários,
refletir sobre suas respostas. Por exemplo, pergunte a destaque que eles são compostos de uma parte inteira
eles como podemos formar 1 real utilizando moedas de (antes da vírgula), que é o real, e de uma parte deci-
50 centavos ou moedas de 10 centavos. Isso fortalecerá mal (depois da vírgula), que são os centavos. Desse
a compreensão dos alunos e permitirá que eles façam modo, você facilitará a compreensão dos seus alunos,
as associações corretas na representação dos valores. tornando-os protagonistas. Questione-os com algumas
Dessa forma, você contribui para que o aluno assuma o perguntas, como:
papel de protagonista do seu processo de aprendizagem. • Por que R$ 1,79 é menor que R$ 2,29?
• O que é necessário observar para comparar esses
Expectativas de respostas
números?
a) R$ 75,00
Assim, os alunos podem construir uma aprendizagem
b) Resposta pessoal. Espera-se que o aluno responda,
mais robusta e compreenderão melhor a comparação
por exemplo:
entre números decimais.
3 cédulas de 20 reais, 1 cédula de 10 reais e
5 moedas de 1 real ou 7 cédulas de 10 reais e
5 moedas de 1 real.

127 M AT E M ÁT I CA

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Expectativas de respostas Trocando dinheiro. Wordwall. Disponível em: <https://
1. wordwall.net/pt/resource/14610445/trocar-dinheiro/
a) O item mais barato é a laranja-pera e o mais caro, trocando-dinheiro>. Acesso em: 14 out. 2021.
a uva. Esse programa possibilita que os alunos associem
b) Banana: um real e setenta e nove centavos; uva: duas formas diferentes de expressar o mesmo va-
seis reais e noventa e nove centavos; tomate: três lor monetário. Eles podem explorar cinco modelos
reais e noventa e nove centavos. para a mesma atividade, combinando as quantias
indicadas. Na versão labirinto, essa combinação
Para aprofundamento e fundamentação teórico-me- ocorre em forma de jogo e, na versão questionário
todológica a respeito dos assuntos trabalhados neste de programa, há uma simulação de plateia comum
capítulo, o material a seguir pode ser consultado. aos programas estilo quiz.

ANOTAÇÕES

128 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 128 20/12/2021 18:14


2. Caro ou barato?
PÁGINA 128 PÁGINA 129

2. Caro ou barato? MÃO NA MASSA

Todos os meses, Erasmo vai ao supermercado e faz compras para suprir as necessidades dele.
1. A professora de Mateus iniciou a aula apresentando uma nota promissória fixada com fita
No mês passado, ele pagou as compras com um cheque. Veja no cupom fiscal o preço total das com-
adesiva na lousa e, depois, fez algumas perguntas aos alunos.
pras feitas por ele.

AVALISTA NOME: Josiângelo Albuquerque

©mustafahacalaki/DigitalVision Vectors/Getty Images


CPF/CNPJ: 000.777.999-00

NOME: Ferdinando Raulindo


RECIBO FISCAL
CPF/CNPJ: 000.111.000-00 MERCADO PRECINHO BOM
Vencimento: 18 de novembro de 2021. 5 kg 39,50
001 ARROZ
1 kg 6,90
002 FEIJÃO
No 01/10 R$ 600,00 16,49
003 ÓLEO DE SOJA 2 un
Ao(s) 18 dias do mês de novembro de 2021 pagarei por esta única via de NOTA 004 LEITE CX 12 1 un 60,49
1 un 11,99
005 ACHOC EM PÓ
PROMISSÓRIA a Móveis Projetados & Arts CPF/CNPJ: 000.000.111-00 4,99
006 PÃO DE FORMA 1 un
OU À SUA ORDEM A QUANTIA DE Seiscentos reais, em moeda corrente deste país. 1 un 7,49
007 MANTEIGA
2,800 kg 29,99
008 FRANGO INTEIRO
Pagável em: Altaneira-Ceará Data de emissão: 18/08/2021
R$ 177,84
Emitente: Pedro Tarcísio Raulindo de Albuquerque Neto TOTAL
OBRIGADO!
CPF/CNPJ: 111.222.000-99 Endereço: Rua das Orquídeas, no 900, Altaneira-CE.

Assinatura do emitente: Pedro Tarcísio Raulindo de Albuquerque Neto

a. Nota promissória é um documento no qual o devedor faz uma promessa de pagamento


do valor devido por ele em uma data determinada pelo credor. Observe a nota promis- 1. Ajude o sr. Erasmo a preencher o cheque para efetuar o pagamento da compra realizada
sória representada acima e escreva os nomes do devedor e do credor. no mercado.
Credor:

Devedor:
BANCO VIDA
b. Qual é o valor dessa nota promissória e qual é a data limite para pagamento?
Valor:
Data:
Cliente desde:
c. Se a nota for paga antes da data, Pedro terá um desconto de 10%, que corresponde a
60 reais. Quanto ele pagará caso antecipe o pagamento?

DISCUTINDO

1. Para efetuar pagamentos a prazo, podemos utilizar diferentes meios, como a nota promis-
sória e o cheque. Observe o anúncio publicitário a seguir e, depois, responda às questões.

128 4 o ANO 129 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 130 PÁGINA 131

1. Karina pesquisou o preço de um notebook em três PESQUISA DE PREÇOS DE NOTEBOOKS


lojas e encontrou os resultados indicados ao lado.
©Redlio Designs/DigitalVision Vectors/Getty Images

LOJA PREÇO (em real)


Em qual loja Karina deve comprar seu notebook? A 1.570,00
Arraial de ofertas Por quê? B 1.490,00
Tudo Móveis C 1.539,99

Guarda-roupa com 3 portas


e 2 gavetas

De R$ 930,00 RAIO X
R$ 649,00 à vista
1. Observe o preço dos produtos a seguir e, depois, responda às questões.
ou 10× R$ 79,90 no cartão.
©JazzIRT/E+/Getty Images

©JazzIRT/E+/Getty Images

©Serdar Acar / EyeEm / Getty Images

a. Qual forma de pagamento é mais vantajosa: pagar à vista ou parcelado no cartão?


Justifique.

b. Ao optar pelo pagamento parcelado, quanto será pago pelo guarda-roupa?


Geladeira Frost Fogão de piso Armário de cozinha com
Free Duplex de 4 bocas gavetas e nicho
R$ 2.949,99 R$ 746,10 R$ 949,05

c. Qual é a diferença entre o preço à vista e o preço total da compra parcelada no cartão? a. Quanto você gastaria se comprasse o fogão e o armário de cozinha? Escreva esse valor
por extenso.

b. Comprando o fogão e o armário de cozinha juntos sai mais caro ou mais barato que
RETOMANDO comprar a geladeira?

Neste capítulo, percebemos a importância e a utilização do sistema monetário em nossas ações


do dia a dia. Vimos também que é preciso buscar alternativas para economizar dinheiro, priorizando
as promoções, e fazer o pagamento à vista sempre que possível, para garantir maiores descontos.
c. Com base em seus conhecimentos, represente com cédulas e moedas o valor do fogão.

130 4 o ANO 131 M AT EM ÁT I CA

129 M AT E M ÁT I CA

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Habilidades do DCRC
Resolver e elaborar problemas que envolvam situações de compra e venda e formas de pagamento, utilizando
EF04MA25
termos como troco e desconto, enfatizando o consumo ético, consciente e responsável.

Sobre o capítulo Materiais


• Contextualizando: discutir ações cotidianas • Cópias de notas promissórias (uma para cada
e problemas envolvendo o Sistema Monetário aluno).
Brasileiro. • Cópias de cheques com caráter educativo (uma
• Mão na massa: elaborar estratégias que permitam para cada aluno).
a resolução de problemas envolvendo compra • Envelope com cédulas e moedas sem valor (um
e venda. para cada grupo).
• Discutindo: apresentar a resolução e a discussão
das estratégias utilizadas para resolver situações- Contexto prévio
-problema utilizando o Sistema Monetário Para este capítulo, os alunos devem saber como
Brasileiro. representar os valores expressos no Sistema Monetário
• Retomando: sistematizar e estruturar processos Brasileiro e compará-los aos números decimais, re-
de resolução de problema envolvendo o Sistema conhecendo a parte inteira, nesse caso denominada
Monetário Brasileiro. reais, e a parte decimal, chamada centavos. Além
• Raio X: resolver situações-problema envolvendo disso, devem saber escrever esses valores por extenso.
o Sistema Monetário Brasileiro.
Dificuldades antecipadas
Objetivos de aprendizagem Alguns grupos podem ter dificuldade para compa-
• Reconhecer diferentes formas de pagamento: à rar os números decimais. Isso poderá ser superado
vista, a prazo, com entrada e prestação, por meio com orientações pautadas na exposição de valores
de cartões de crédito, cheques e tíquetes/vales. e representação na lousa, promovendo um debate
• Preencher cheques, recibos e notas promissórias. significativo. O professor deve instigar os alunos a
• Calcular troco sem compensação. observar os valores inteiros e, em seguida, a parte
• Estabelecer, mediante diferentes preços de um decimal para consolidar a habilidade de comparar
mesmo objeto, o que é caro e o que é barato. números decimais.

CONTEXTUALIZAÇÃO Expectativas de respostas


1.
Orientações a) Credor: Móveis Projetados & Arts
Promova um debate sobre o uso da nota promissó- Devedor: Pedro Tarcísio Raulindo de Albuquerque
ria e de outros títulos de crédito, ouvindo os alunos e Neto
mediando as discussões para facilitar a compreensão b) R$ 600,00 (seiscentos reais); 18 de novembro
sobre esse tipo de pagamento, que é menos comum de 2021.
c) R$ 540,00 (quinhentos e quarenta reais).
para eles. Mostre todos os campos da nota promissó-
ria e explore termos como: “avalista”, “valor”, “CPF”,
“eminente”, entre outros. Além disso, explore os termos MÃO NA MASSA
“desconto”, “débito”, “crédito” e “juros” para ampliar
as possibilidades na construção de conhecimentos re- Orientações
lacionados a questões financeiras. Vale salientar que Para mediar a atividade, explique aos alunos o que
as respostas dos alunos devem ser sempre valorizadas é um cupom fiscal e qual é sua função. É preciso en-
para incentivá-los a participar da aula. sinar as crianças desde cedo a ter responsabilidades

130 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 130 20/12/2021 18:14


financeiras. Assim, amplie um cupom fiscal e fixe-o valores na lousa para toda a turma e proporcione de-
na lousa para explorá-lo com os alunos. Do mesmo bates acerca das formas e dos valores de pagamento.
modo, apresente a eles como preencher um cheque Escute atentamente as respostas dos alunos, sempre
e explique quando utilizamos o cheque e qual é sua mediando as discussões e fazendo-os refletir sobre suas
funcionalidade. Nesse momento, aproveite para de- respostas e as dos colegas. Por fim, pergunte a eles:
monstrar os campos de preenchimento de um cheque • Em qual loja o computador é mais caro?
e faça perguntas pontuais aos alunos, como: • Entre as lojas A e C, qual apresenta o melhor valor
• Seus pais utilizam cheques para fazer pagamento? para o cliente?
• O que obrigatoriamente deve conter em um cheque? Tudo isso vai contribuir para a construção de uma
• Além do cheque, quais são as outras formas para aprendizagem mais sólida, e os alunos certamente se
efetuar pagamentos a prazo? sentirão mais confiantes nos momentos de tomada de
decisão.
Expectativas de respostas
1. Os alunos devem escrever, nos respectivos cam- Expectativas de respostas
pos do cheque, R$ 177,84 e por extenso: cento e 1. Karina deve comprar o notebook na loja B, pois
setenta e sete reais e oitenta e quatro centavos, é a que oferece o menor preço.
a data e os demais dados.

DISCUTINDO RAIO X

Orientações Orientações
Ouça as respostas dos alunos atentamente e re- Demonstre para os alunos todos os procedimentos
gistre-as na lousa. Durante a realização da atividade, de resolução. Uma possibilidade é fixar um quadro de
instigue-os a refletir sobre a importância do consumo ordens na lousa para efetuar a adição dos preços do
consciente Ao discutir sobre pagamento à vista ou par- fogão e do armário de cozinha. O uso de materiais
celado, considere os valores adicionais e as taxas de concretos auxilia na compreensão da resolução das
juros. Crie espaços para a troca de informações entre os operações com números decimais. Possibilite discussões
alunos, pois isso enriquecerá o momento de construção interpretativas e instigue os alunos a participar efetiva-
do conhecimento. Intervenha sempre que necessário, mente, perguntando a eles, por exemplo: Do preço da
apontando caminhos e sugerindo alternativas diversas. geladeira, quanto falta para completar R$ 3.000,00?
Ao utilizar o quadro de ordens, fomente todas as
Expectativas de respostas colocações para dinamizar o momento e torná-lo pro-
a) Pagamento à vista. veitoso na construção do saber. Registre-as na lousa,
b) R$ 799,00 norteando os alunos para respostas precisas. Além
c) R$ 799,00 – R$ 649,00 = R$ 150,00 disso, demonstre outras maneiras de encontrar as
respostas pelo algoritmo da adição ou da subtração.
Apresente aos alunos alternativas de como comple-
RETOMANDO tar uma quantidade no Sistema Monetário Brasileiro
usando cédulas e moedas (sem valor). Aproveite para
Orientações perguntar, por exemplo:
Estimule os alunos a fazer uma análise entre os • Quantas cédulas de 20 reais tenho de usar para
valores monetários apresentados no anúncio e a ob- efetuar uma compra de 100 reais? E quantas cédulas
servar a parte inteira e a parte decimal. Apresente os de 50 reais?

131 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 131 20/12/2021 18:14


Expectativas de respostas • CDL Campos. Como preencher um cheque. Disponível
1. em: <https://www.youtube.com/watch?v=3FX1NfbvKlI>.
a) R$ 1.695,15: mil, seiscentos e noventa e cinco Acesso em: 14 out. 2021.
reais e quinze centavos. Esse vídeo apresenta uma explicação direcionada a
b) Mais barato. alunos do Ensino Fundamental, mostrando como um
c) Resposta pessoal. Uma das possibilidades de cheque deve ser preenchido e alguns procedimentos
resposta é: 7 cédulas de 100 reais, 2 cédulas de de segurança.
20 reais, 3 cédulas de 2 reais e uma moeda de
10 centavos. • Cidadão Curioso. Como preencher nota promissória.
Disponível em: <https://www.youtube.com/
Para aprofundamento e fundamentação teórico-me- watch?v=bkJNiHTLYPs>. Acesso em: 14 out. 2021.
todológica a respeito dos assuntos trabalhados neste Esse vídeo mostra o preenchimento de uma nota
capítulo, os vídeos a seguir podem ser consultados. promissória padrão e explica as terminologias e os
cuidados que devem ser tomados.

ANOTAÇÕES

132 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 132 20/12/2021 18:14


3. Resolvendo problemas
PÁGINA 132 PÁGINA 133

3. Resolvendo problemas MÃO NA MASSA

Dona Maria foi ao supermercado e anotou os preços dos seguintes itens da cesta básica:
1. Diariamente realizamos ações que envolvem compra e venda de mercadorias.
PRODUTOS PREÇOS

Carne bovina (kg) R$ 31,98


Hey Darlin/DigitalVision Vectors/Getty images

Desconto progressivo!
10% 20% 30%
1 conjunto 2 conjuntos 3 conjuntos ou mais
Leite (un) R$ 2,99

Feijão (kg) R$ 5,99

Arroz (kg) R$ 4,23

Farinha de trigo (kg) R$ 2,29

Batata-roxa (kg) R$ 2,99

Tomate (kg) R$ 2,99

Pão francês (kg) R$ 4,99

Café em pó (500 g) R$ 6,99

Banana (kg) R$ 4,48

Açúcar (2 kg) R$ 4,99

Óleo de soja (l) R$ 7,95

Manteiga (kg) R$ 4,95

Total gasto R$ 87,81

R$ 49,00 R$ 69,00 R$ 59,00 R$ 59,00 R$ 69,00


1. Sabendo que dona Maria comprou duas unidades de cada item do quadro, responda:

a. Quanto ela gastou ao todo?

a. A loja de roupas infantis Colore está oferecendo aos seus clientes descontos progres-
sivos. Você sabe explicar como esse tipo de desconto funciona?
b. Qual é o valor em real do desconto que um cliente teria se comprasse dois conjuntos
de R$ 59,00 e um conjunto de R$ 49,00?
c. Imagine que você esteja comprando presentes para seus amigos e planeje uma com- b. Como dona Maria tinha R$ 200,00 para fazer as compras, quanto ela recebeu de troco?
pra na loja Colore. Quanto você gastaria em sua compra?
d. Faça uma lista de compras com cinco conjuntos da loja Colore e troque-a com um co-
lega. Depois de calcular o valor a ser pago pela lista do seu colega, compare-o ao valor
da sua lista e verifique quem gastou menos.

132 4 o ANO 133 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 134 PÁGINA 135

DISCUTINDO RAIO X

1. Ao efetuar pagamentos, podemos receber troco, ou seja, a quantia que sobra do valor que 1. Dona Iêda viu o seguinte anúncio em uma loja de eletrodomésticos:
você entregou para pagar determinada compra. O pai de Mirella comprou uma bicicleta
para presenteá-la no aniversário dela.

BICICLETAS INFANTIS ARO 16


À VISTA
©s-cphoto/E+/Getty Images
©carlosalvarez/E+/Getty Images

A PARTIR DE R$ 1.480,00
R$ 399,00
R$ 148,00
10 X SEM JUROS no cartão de crédito
(1 + 9) NO CARNÊ
a. Qual é o preço da bicicleta? O preço parcelado no cartão tem acréscimo? SEM JUROS
• 4 BOCAS
b. De acordo com o preço da bicicleta, quanto falta para completar R$ 400,00?
• INOX
• MESA DE VIDRO

c. Sabendo que o pai de Mirella tinha R$ 500,00 para comprar o presente da filha, quanto
dinheiro sobrou?
a. Se dona Iêda comprar esse fogão e pagar em 10 prestações, ela vai pagar juros?
Por quê?

RETOMANDO

Neste capítulo, percebemos que o pagamento à vista pode ser uma oportunidade de econo-
mia para o consumidor, uma vez que alguns lojistas concedem descontos para essa modalidade de
pagamento. b. Se resolver comprar a prazo, ela terá de pagar uma entrada? Se sim, de quanto?

1. Ângela é estudante universitária e precisou comprar um notebook. A loja apresentou algu-


mas condições, entre elas, o pagamento à vista no valor de R$ 2.599,00 ou parcelado em
10 prestações de R$ 269,90. Qual é a melhor alternativa para Ângela? Se optar por pagar
parcelado, quanto ela pagará a mais? c. Após pagar a entrada, quanto faltará para ela pagar o fogão?

134 4 o ANO 135 M AT EM ÁT I CA

133 M AT E M ÁT I CA

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Habilidades do DCRC
Resolver e elaborar problemas que envolvam situações de compra e venda e formas de pagamento, utilizando
EF04MA25
termos como troco e desconto, enfatizando o consumo ético, consciente e responsável.

Sobre o capítulo Materiais


• Contextualizando: discutir sobre problemas • Envelope com cédulas e moedas sem valor (um
envolvendo compra e venda, utilizando o Sistema para cada grupo).
Monetário Brasileiro. • Um cartaz com anúncios publicitários.
• Mão na massa: elaborar estratégias que permi-
Contexto prévio
tam a resolução de problemas envolvendo o uso
Para este capítulo, os alunos devem saber com-
consciente do dinheiro. parar números decimais representados pelo Sistema
• Discutindo: apresentar a resolução e discutir Monetário Brasileiro, bem como compreender as
acerca das estratégias utilizadas para a resolução ideias básicas das operações matemáticas. Além
dos problemas. disso, devem ter uma leitura pautada na interpre-
• Retomando: sistematizar e estruturar os objetivos tação para a resolução dos problemas envolvendo
de aprendizagem propostos. o Sistema Monetário Brasileiro.
• Raio X: resolver situações-problema envolvendo
o uso consciente do dinheiro. Dificuldades antecipadas
Alguns grupos podem ter dificuldade para compreen-
Objetivos de aprendizagem der qual operação matemática deve ser desenvolvida
• Resolver e elaborar problemas envolvendo em determinada situação-problema. Além disso, alguns
situações de compra e venda. alunos poderão apresentar dificuldade em desenvolver
• Calcular troco sem compensação. o algoritmo das operações matemáticas. Nessas situa-
ções, o professor poderá utilizar materiais concretos
• Compreender os conceitos de caro e de barato.
e manipuláveis para fazer demonstrações e auxiliar
seus alunos a suprir suas carências.

CONTEXTUALIZAÇÃO b) O desconto seria de R$ 50,10.


c) Resposta pessoal.
Orientações d) Resposta pessoal.
Converse com os alunos sobre ações promovidas
pelo comércio para estimular as vendas no varejo. Para
isso, você pode utilizar material publicitário de empresas MÃO NA MASSA
e fazer perguntas pontuais, como:
• O que é uma promoção? Orientações
• Por que os estabelecimentos comerciais fazem Durante a resolução desta atividade, alguns alunos
promoções? poderão apresentar algumas dificuldades referentes ao
• Por que é importante aproveitar promoções? algoritmo da subtração. Para contornar essas adversi-
Isso encorajará os alunos a participar das discussões
dades, é necessário demonstrar na lousa exemplos de
e a refletir sobre o consumo consciente.
desagrupamento. Ao utilizar o quadro de ordens e os
Expectativas de resposta materiais concretos, você poderá orientá-los melhor.
1. Nesse momento, converse com ele sobre a impor-
a) Resposta pessoal. Espera-se que o aluno afirme tância dos conhecimentos matemáticos para que as
que o desconto dado ao consumidor varia de famílias possam planejar suas despesas e organizar
acordo com o número de peças que ele compra. sua vida financeira.

134 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 134 20/12/2021 18:14


Expectativas de respostas: refletir sobre suas respostas. Pergunte a eles qual é
a) Dona Maria gastou R$ 175,62. a diferença entre os preços à vista, se eles conhecem
b) R$ 24,38 cartão de crédito e se sabem o que é crédito rotativo
ou parcelamento do valor a ser pago para a operadora
do cartão de crédito. É importante que eles aprendam
DISCUTINDO a gerenciar o dinheiro desde cedo, pois isso garante
uma vida financeira adulta mais saudável.
Orientações
Estimule os alunos a participar efetivamente e valorize Expectativas de respostas
as respostas deles, registrando-as na lousa. Durante a 1. A melhor alternativa é o pagamento à vista. Se
realização da atividade, instigue-os a refletir sobre optar pelo parcelamento, pagará R$ 100,00 a mais.
a ideia da subtração de completar quantidades. Faça
a demonstração da resolução das questões, permita
que os alunos troquem ideias entre si para a troca RAIO X
de informações, pois isso enriquecerá o momento de
construção do conhecimento. Intervenha sempre que Orientações
necessário e aponte diferentes caminhos. Pergunte aos Mostre aos alunos outras formas de pagamento a
alunos, por exemplo: prazo por exemplo, o carnê. Fixe o cartaz com o anúncio
• Se a bicicleta custasse R$ 399,90, quanto faltaria na lousa e demonstre as informações contidas nele.
para completar R$ 400,00? Promova um momento de discussões interpretativas e
• Com quais cédulas e moedas podemos compor esse instigue os alunos a participar efetivamente. Pergunte:
valor? • Qual é o preço à vista?
• Se optar pelo parcelamento, qual é o valor de cada
Expectativas de respostas parcela?
a) Uma resposta provável é R$ 399,00. • O que significa 1 + 9?
O preço parcelado no cartão não aumenta, pois Escute atentamente as respostas dos alunos e inter-
não tem juros. venha quando necessário, apontando sugestões para
b) Falta 1 real. a otimização da compreensão deles. Registre na lousa
c) Sobrou R$ 101,00. as respostas dos alunos e demonstre a eles que, para
multiplicar por 10, basta “deslocar” a vírgula uma ordem
para a direita. Fixe na lousa diferentes cartazes de
RETOMANDO anúncios de venda de outros produtos (à vista e a prazo)
e discuta com os alunos estabelecendo comparações.
Orientações Peça a eles qeu tragam outros anúncios publicitários e
Esse é um bom momento para conversar com os proponham problemas semelhantes para os colegas.
alunos sobre consumo consciente, a reutilização e o Esse tipo de atividade faz com que os alunos fiquem
descarte de produtos e embalagens, o desperdício mais atentos em situações semelhantes.
de alimentos e outras ações que podem impactar a
comunidade na qual eles vivem. Instigue-os a perce- Expectativas de respostas
ber que, para calcular o valor a prazo, é necessário a) Não, porque o valor parcelado é o mesmo que o
multiplicar por 10, ou seja, basta que a vírgula se des- preço à vista.
loque uma casa para a direita. Amplie possibilidades b) Sim; de R$ 148,00.
de compreensão, registrando todas as respostas dos c) R$ 1.332,00
alunos e sempre mediando a discussão, fazendo-os

135 M AT E M ÁT I CA

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UNIDADE 5

TABELAS DE DUPLA ENTRADA E GRÁFICOS EM BARRAS MÚLTIPLAS

COMPETÊNCIAS GERAIS DA DCRC

2; 4; 5; 7

HABILIDADES DO DCRC

Analisar dados apresentados em tabelas simples ou de dupla entrada e em gráficos de colunas ou pictóricos,
EF04MA27
com base em informações das diferentes áreas do conhecimento, e produzir texto com a síntese de sua análise.

Reconhecer temperatura como grandeza e o grau Celsius como unidade de medida a ela associada e utilizá-lo
EF04MA23 em comparações de temperaturas em diferentes regiões do Brasil ou no exterior ou, ainda, em discussões que
envolvam problemas relacionados ao aquecimento global.

OBJETOS DE CONHECIMENTO

• L eitura, interpretação e representação de dados em tabelas de dupla entrada, gráficos de colunas simples e agru-
padas, gráficos de barras e colunas.

UNIDADES TEMÁTICAS
Probabilidade e estatística.

PARA SABER MAIS

• B
 RASIL. Secretaria de Educação Básica. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Educação Estatística.
Brasília: MEC, SEB, 2014. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/277717069_Pacto_Nacional_de_
Alfabetizacao_na_Idade_Certa_-_Educacao_Estatistica. Acesso em: 16 ago. 2021.
• CAZORLA, I.; MAGINA, S.; GITIRANA, V.; GUIMARÃES, G. Estatística para os anos iniciais do Ensino Fundamental. Brasília:
Sociedade Brasileira de Educação Matemática, 2017. Disponível em: http://www.sbem.com.br/files/ebook_sbem.
pdf. Acesso em:
• GENTILE, Paola. Alfabetização estatística. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/2674/alfabetizacao-
estatistica. Acesso em: 16 ago. 2021.
• IBGE. IBGE Educa. Principais tipos de gráficos para a educação básica. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/
professores/educa-recursos/20773-tipos-de-graficos-no-ensino.html. Acesso em: 21 out. 2021.

136 4 o ANO

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1. Lendo e interpretando dados
PÁGINA 136 PÁGINA 137

UNIDADE 5
1
MÃO NA MASSA
TABELAS DE DUPLA 1. Observe os dados apresentados no gráfico a seguir e responda às questões.
ENTRADA E GRÁFICOS EM Número de
Problemas apontados pela população

BARRAS MÚLTIPLAS
entrevistados
Homens
Mulheres
200
200

160
1. Lendo e interpretando dados 150

120 120
100
90
1. A Estatística é uma área da Matemática que se dedica à coleta, análise e inter- 100 90

pretação de dados. Ela está presente em diversas situações, como na realização 70


de pesquisas, na criação e organização de tabelas e gráficos, na interpretação de 50
informações transmitidas por mídias, entre outras. No Brasil, o Instituto Brasileiro 50
30
de Geografia e Estatística (IBGE) é um dos principais provedores de informações
geográficas e estatísticas, sendo responsável pela produção de materiais que ser- Problema
0
vem de referência para estudos das mais diversas áreas. Leia, na tabela abaixo,
Saúde Educação Desemprego Saneamento Opções
algumas informações divulgadas pelo IBGE: de lazer
Fonte: Dados fictícios.
Número de produtores rurais no Brasil

Total a. Qual área apresenta mais problemas, segundo a população?


Idade dos produtores
2006 2017
Menor de 25 anos 170 583 100 357
De 25 anos a menos de 35 anos 701 727 469 068
De 35 anos a menos de 45 anos 1 135 153 904 143 b. Qual o principal problema indicado pelos homens? E pelas mulheres?
De 45 anos a menos de 55 anos 1 208 120 1 224 488
De 55 anos a menos de 65 anos 1 053 352 1 186 702
De 65 anos e mais 906 701 1 171 767
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Censo Agropecuário 2017. IBGE, 2017.
Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/3096/agro_2017_resultados_definitivos.pdf. Acesso em: 12 jul. 2021.

c. Quantos moradores da cidade foram entrevistados? Considere que cada pessoa


a. Que tema é abordado na tabela?
respondeu apenas um problema. Indique os cálculos que você fez para responder.
b. Que informações podemos observar nela?
c. O número de produtores rurais menores de 25 anos aumentou de 2006 para
2017 ou diminuiu? E o número de produtores com mais de 65 anos?
d. Como podemos descobrir se havia mais produtores rurais no Brasil em 2006 ou
em 2017?
d. Foram entrevistados mais homens ou mulheres? Explique sua resposta.

136 4 o ANO 137 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 138 PÁGINA 139

DISCUTINDO RAIO X

1. Em determinada turma de 4o ano, os alunos decidiram descobrir a preferência de- 1. Camila é gerente de um mercadinho. Ela realizou a compra de alguns produtos
les por cada disciplina. Cada aluno escolheu apenas uma opção. Observe o resul- para a reposição do estoque e anotou em uma tabela. Porém, acabou molhando o
tado na tabela a seguir. papel em que fez as anotações, e algumas informações ficaram ilegíveis. As infor-
mações ilegíveis estão em branco na tabela a seguir.
Disciplina preferida do 4o ano
Número Olhando com mais calma, após secar o papel, Camila percebeu que seria possível des-
Disciplina cobrir os valores ilegíveis. Ajude Camila a descobrir os valores desconhecidos da tabela e
de alunos
Matemática 7 preencha-a com as informações faltantes. Depois, responda às questões.

Ciências 4 Produtos para reposição


Língua Portuguesa 3
Produto Quantidade em Valor do quilograma Total
Geografia 4 comprado quilograma em reais em reais
História 2
Outra 6 Arroz R$ 4,00 R$ 200,00
Fonte: Alunos do 4o ano.

Com base nessa pesquisa, responda às perguntas a seguir.

Feijão 30 kg R$ 150,00
a. Quantos alunos há nessa turma?

b. Quais disciplinas receberam o mesmo número de votos?


Macarrão 40 kg R$ 4,00

Farinha de trigo R$ 3,00 R$ 60,00


RETOMANDO

As tabelas são muito importantes na Estatística, pois apresentam as informações de Fonte: Dados obtidos por Camila.

forma organizada. Porém, para sabermos, por exemplo, qual é o maior (ou menor) valor da
a. Quantos quilogramas de produtos Camila comprou?
tabela, devemos observar atentamente linha por linha.
Outra maneira de apresentar informações de uma pesquisa é por meio de um gráfico,
que permite uma rápida leitura das informações, destacando características importantes.
O gráfico utilizado para representar os problemas apontados pela população é chama-
do de gráfico de colunas duplas, e a tabela de número de produtores rurais é chamada de
tabela de dupla entrada, pois apresenta, para uma mesma informação, duas categorias de
classificação. b. Qual foi o valor total da compra feita por Camila?
Para o gráfico, a altura de cada coluna está associada a um valor (número) que indica
uma variável pesquisada. Por meio da comparação entre as alturas das colunas, é possível
chegar a conclusões.

138 4 o ANO 139 M AT EM ÁT I CA

137 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 137 20/12/2021 18:15


Habilidades do DCRC
Analisar dados apresentados em tabelas simples ou de dupla entrada e em gráficos de colunas ou pictóricos,
EF04MA27
com base em informações das diferentes áreas do conhecimento, e produzir texto com a síntese de sua análise.

Sobre o capítulo essa forma de representação. A atividade proposta


• Contextualizando: atividade diagnóstica para na seção Mão na massa traz a análise de dados
levantar os conhecimentos prévios dos alunos, dispostos em um gráfico de colunas. Para ajudar
por meio de uma atividade oral e escrita sobre no aprendizado, oriente os alunos a destacarem
interpretação de tabela de dupla entrada. as informações principais, percebendo que cada
• Mão na massa: interpretação de um gráfico de coluna está associada a um valor que representa
colunas duplas. o número de votos para os problemas que estão
• Discutindo: análise de tabela sobre a disciplina ocorrendo na cidade. Faça perguntas como: O que
preferida dos alunos. cada coluna do gráfico representa? e Por que temos
• Retomando: sistematização e estruturação de duas colunas em cada problema apontado pela
alguns conceitos do capítulo: gráfico de colunas população?. Ao responder às questões, é possível
duplas e tabela de dupla entrada. que os alunos cometam equívocos, por exemplo,
• Raio X: atividade individual para preenchimento interpretando as colunas de modo errado. No gráfico,
de dados faltantes de uma tabela. uma coluna representa a opinião dos homens, e
outra, a das mulheres. Leve os alunos a perceber
Objetivos de aprendizagem que as cores das colunas indicam a opinião de
• Produzir textos a partir de informações cada gênero e solicite que observem a legenda.
apresentadas em tabelas ou gráficos. Faça perguntas como: O que vocês perceberam
• Resolver problemas a partir de dados apresentados em relação às colunas? ou Como podemos saber
em tabelas de dupla entrada ou em gráficos de quais colunas se referem aos homens, e quais se
barras ou colunas. referem às mulheres?. Se algum aluno apresentar
dificuldades em realizar as operações inversas na
Contexto prévio seção Raio X, podem ser feitas perguntas como:
Os alunos devem possuir conhecimento sobre Se são 30 kg de feijão, que custaram R$ 150,00
escrita e interpretação de dados em tabelas. no total, como podemos descobrir o valor do qui-
lograma?, Que número vezes 30 resulta em 150?
Dificuldades antecipadas E no caso da farinha de trigo? Como podemos fa-
É comum alguns alunos apresentarem dificul- zer para descobrir quantos quilogramas, custando
dades em interpretar dados, por não dominarem R$ 3,00 cada, totalizam R$ 60,00?, entre outras.

CONTEXTUALIZANDO discussão que faça com que os alunos percebam a


quantidade de informações que estão presentes em
Orientações uma única tabela e como ela funciona como uma boa
O objetivo dessa atividade é propor, por meio da ferramenta para resumir o que queremos apresentar.
análise de dados em uma tabela, uma avaliação Dependendo do desenvolvimento da turma, podem
diagnóstica antes de iniciar o capítulo. Leia com a ser passadas tarefas adicionais, como descobrir em
turma as informações presentes no texto antes da que faixa etária houve maior variação do número
tabela e peça aos alunos que analisem as informa- de produtores rurais, descobrir a variação total de
ções nela contidas. Esse é um bom momento para produtores de 2006 para 2017 etc. Faça perguntas
estabelecer relações com assuntos trabalhados em como: Vocês sabem o que é um produtor rural? O que
outros componentes curriculares, como Geografia, podemos observar nessa tabela?, Qual a faixa etária
por exemplo, uma vez que a produção rural é um da maioria dos produtores rurais no Brasil?, Quais
dos setores mais importantes da economia brasileira. faixas etárias de produtores rurais aumentaram? E
A proposta de uma atividade oral possibilita uma quais diminuíram? etc.

138 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 138 20/12/2021 18:15


Expectativas de respostas Expectativas de respostas
a. O número de produtores rurais no Brasil, em 2006 a. Para saber qual é o problema mais votado pela
e 2017, de acordo com a idade. população, podemos somar os votos dos homens
b. Espera-se que os alunos observem dados como: e das mulheres para cada problema.
as informações referem-se aos anos de 2006 e Saúde: 160 + 120 = 280
Educação: 100 + 200 = 300
2017; as idades estão separadas por faixas etá-
Desemprego: 90 + 120 = 210
rias; algumas faixas etárias de produtores rurais
Saneamento: 70 + 90 = 160
aumentaram e outras diminuíram; a faixa etá- Opções de lazer: 50 + 30 = 80
ria da maioria dos produtores rurais é de 45 a Assim, o problema mais votado é educação, com
55 anos, tanto em 2006 quanto em 2017; a fai- 300 votos.
xa etária da minoria dos produtores rurais é de b. Podemos observar pelas maiores colunas de ho-
menos de 25 anos, tanto em 2006 quanto em mens ou mulheres; para os homens é a saúde
2017 etc. (com 160 votos) e para as mulheres é a educação
c. O número de produtores menores de 25 anos (com 200 votos).
diminuiu, enquanto o número de produtores com c. Podemos somar as quantidades de votos do item
mais de 65 anos aumentou. a, fazendo 280 + 300 + 210 + 160 + 80 = 1 030, ou
d. Somando as informações contidas nas colunas seja, a pesquisa teve 1 030 entrevistados.
d. Somando os valores das colunas, concluímos
2006 e 2017.
que há 470 homens e 560 mulheres, logo foram
entrevistadas mais mulheres. Além disso, os alu-
nos poderiam comparar visualmente a altura das
MÃO NA MASSA colunas.
Orientações
Organize os alunos em duplas e peça a eles que DISCUTINDO
leiam a proposta de atividade. Circule pela sala para
tentar observar possíveis dúvidas dos alunos no momen- Orientações
to da leitura da tabela. Como é uma tabela de dupla Peça aos alunos que analisem a tabela antes de
entrada, é importante que eles consigam diferenciar discutirem as respostas das perguntas feitas na ativi-
as cores pela legenda na tabela. dade. É possível que os alunos somem os valores da
As questões permitem que os alunos comparem coluna “Número de alunos” para encontrar o total de
informações, encontrando os valores correspondentes alunos na turma. Quando tiver a resposta do total de
alunos dessa turma, faça perguntas como:
aos números de votos da população a cada problema.
• Como você chegou ao resultado?
Questione os alunos sobre o que acharam dessa
• É possível chegar ao resultado de mais alguma
forma de representar informações. Cite o uso do grá- maneira?
fico de barras ou colunas para representar variáveis • Alguém pensou de outra forma?
qualitativas ou quantitativas. Faça perguntas como:
• O que a altura das colunas indica? Expectativas de respostas
• Quais são os pontos positivos ao utilizarmos uma tabela a. Somando o número de alunos em cada linha da
para representar os resultados de uma pesquisa? tabela, encontramos um total de 26 alunos.
• E os pontos negativos? b. Ciências e Geografia, com 4 votos cada uma.
• Quais são os pontos positivos ao utilizarmos um gráfico
para representar os resultados de uma pesquisa?
• E os pontos negativos?

139 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 139 20/12/2021 18:15


• Por que o valor total de arroz é R$ 200,00? Que
RETOMANDO operação foi feita?
• Como podemos descobrir o valor do quilograma
Orientações do feijão?
Nesta seção, sistematizamos alguns conceitos
• Qual informação faltante da tabela você acha mais
que foram explorados ao longo do capítulo e apre-
sentamos os nomes “gráfico de colunas duplas” e fácil de descobrir? Por quê?
“tabela” de dupla entrada”. É interessante comentar
com os alunos as diferenças entre o gráfico de colunas Expectativas de respostas
simples e o gráfico de colunas duplas, bem como
entre as tabelas de entrada simples e as tabelas de Valor do
dupla entrada. Faça perguntas como: Quantidade
Produto quilo- Total em
• Por que utilizamos um gráfico de colunas duplas em
comprado grama reais
nessa atividade? quilogramas
em reais
• Em que tipo de situação o uso desse tipo de gráfico
é satisfatório? E quando não é? Arroz 50 kg R$ 4,00 R$ 200,00
• O que precisamos saber para diferenciar as colunas
no gráfico? Feijão 30 kg R$ 5,00 R$ 150,00

Macarrão 40 kg R$ 4,00 R$ 160,00


RAIO X Farinha de
20 kg R$ 3,00 R$ 60,00
trigo
Orientações
Essa tarefa deve ser realizada individualmente,
e é importante que o aluno a faça tendo por base o a. Somando os valores da coluna “Quantidade de
aprendizado construído ao longo do capítulo. Circule quilograma”, descobrimos que Camila comprou
pela sala para verificar se os alunos entenderam como 140 kg de produtos.
fazer as associações. Caso eles encontrem dificuldades b. Somando os valores da coluna “Total em reais”,
em descobrir os valores faltantes na tabela, peça que
descobrimos que Camila gastou R$ 570,00 em
analisem o que está acontecendo na linha que se refere
ao arroz, para que tentem identificar que quantidade × sua compra.
valor do quilograma = valor total. Faça perguntas como:

ANOTAÇÕES

140 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 140 20/12/2021 18:15


2. Resolvendo problemas
PÁGINA 140 PÁGINA 141

Cidade de João
2. Resolvendo problemas Temperatura
(ºC)

1. Para medir temperaturas, existem várias escalas, e, no Brasil, a mais utilizada é 30


a escala Celsius (ºC). Nessa escala, há algumas medidas de referência, como o 25
ponto de fusão do gelo (0 ºC), o ponto de ebulição da água (100 ºC), a temperatura
do corpo humano (em torno de 37 ºC), entre outras. Observe algumas imagens do 20

instrumento usado para medir a temperatura. 15

10
©Maurício Simonetti/Pulsar

©Mitch Diamond/Photodisc/Getty Images

©aydinmutlu/E+/Getty Images

©Ekaterina Mutigullina/iStock / Getty Images Plus


5
Dias da semana
0
segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira
Fonte: Dados coletados por João na primeira semana de maio/2021.
Cidade de Pedro
Temperatura
(ºC)

30

25

20

15

10

5
Dias da semana
0
segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira
Fonte: Dados coletados por Pedro na primeira semana de maio/2021.

a. Com os dados dos gráficos, preencham a tabela com as temperaturas nas duas
cidades em cada dia da semana.
a. Qual é o nome desses instrumentos? Temperaturas aferidas na primeira semana de maio por João e Pedro
b. Você já viu esses equipamentos em algum lugar? Onde? Dia da semana Cidade de João Cidade de Pedro
c. Utilizando os termômetros, como sabemos se algo está frio ou se está quente?
segunda-feira
d. Ao medirmos a temperatura do corpo humano, como sabemos se estamos com
terça-feira
febre ou não?
quarta-feira
quinta-feira
sexta-feira
MÃO NA MASSA Fonte: Dados obtidos por João e Pedro na primeira semana de maio/2021.

b. Que cidade registrou a maior variação de temperaturana na semana? Por quê?


1. João e Pedro moram em duas cidades vizinhas, e, ao amanhecer, registraram as
temperaturas com um termômetro em suas casas. Observe nos gráficos a seguir as
temperaturas registradas por eles em cinco dias da semana.

140 4 o ANO
141 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 142 PÁGINA 143

DISCUTINDO RAIO X

1. Um jornal local anunciou uma frente fria que passaria pela região das cidades de 1. Lorena fez uma pesquisa entre os colegas para saber qual é o animal de estima-
João e Pedro, que causou a diminuição da temperatura em relação ao dia anterior. ção preferido deles. A tabela a seguir mostra as anotações feitas por Lorena em
Analise os gráficos anteriores e converse com um colega sobre qual dia há maior sua pesquisa.
probabilidade de ter passado essa frente fria pela região. Registre no espaço abai-
Animais de estimação preferidos pelos amigos de Lorena
xo o seu raciocínio.
Amigos Gato Cachorro Coelho Outro
Vitor X

João X

Pedro X

Raquel X

Ana X

Ester X

Camila X
RETOMANDO
Felipe X

A representação gráfica dos resultados de uma pesquisa é muito eficiente, pois permite José X
uma rápida interpretação de um conjunto de informações. Porém, cada situação requer um
Luíz X
tipo de gráfico. O gráfico de linhas é utilizado para indicar uma variação numérica de um
determinado dado ao longo de um período. Lívia X
Fonte: Dados obtidos por Lorena.
Série histórica de temperatura mensal
De acordo com a tabela anterior, responda às seguintes questões.
34
a. Que pergunta você acha que Lorena fez aos colegas?
Temperatura média mensal (ºC)

32
30
28
26
24
22 b. Quantos colegas participaram da pesquisa de Lorena?
20
18
16
Meses do ano
0 c. Que animal foi mais votado?
jan. fev. mar. abr. maio jun. jul. ago. set. out. nov. dez.
Fonte: Dados obtidos por João ao longo de 2021.

Temperatura mínima Temperatura máxima d. Que animal é o preferido dos meninos?


Nesse tipo de gráfico, podemos observar o crescimento, o decrescimento ou a estabili-
dade dos dados pesquisados.

142 4 o ANO 143 M AT EM ÁT I CA

141 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 141 20/12/2021 18:15


Habilidades do DCRC
Analisar dados apresentados em tabelas simples ou de dupla entrada e em gráficos de colunas ou pictóricos,
EF04MA27
com base em informações das diferentes áreas do conhecimento, e produzir texto com a síntese de sua análise.
Reconhecer temperatura como grandeza e o grau Celsius como unidade de medida a ela associada e
EF04MA23 utilizá-lo em comparações de temperaturas em diferentes regiões do Brasil ou no exterior ou, ainda, em
discussões que envolvam problemas relacionados ao aquecimento global.

Sobre o capítulo
• Contextualizando: discussão oral e escrita sobre Dificuldades antecipadas
instrumentos de medição de temperatura, a partir Na seção Mão na massa, oriente os alunos
de leitura de imagens. destacar as informações principais, percebendo
• Mão na massa: interpretação de um gráfico de que os dados representados graficamente são
linhas com variações de temperatura. os mesmos registrados na tabela e indicam as
• Discutindo: discussão e resolução de uma situação temperaturas registradas ao longo de uma se-
problema com base no gráfico apresentado. mana. Faça perguntas como: O que cada ponto
• Retomando: sistematização de alguns conceitos indica nesse gráfico?, Que informações estão re-
que foram explorados ao longo do capítulo e lacionadas no gráfico?, Por que você acha que
apresentação dos seus respectivos nomes. a linha muda de direção ao longo do gráfico?, O
• Raio X: atividade individual para interpretação que significa a subida da linha nesse gráfico? E a
dos dados de uma pesquisa realizada. descida? E quando ela não sobe nem desce? etc.
Outra dificuldade muito comum está no conceito
Objetivos de aprendizagem de variação, uma vez que a percepção dos valores
• Produzir textos a partir de informações no gráfico é feita de maneira quase imediata,
apresentadas em tabelas ou gráficos. mas a variação exige que uma subtração seja
• Resolver problemas a partir de dados apresentados feita. Faça perguntas como:
em tabelas de dupla entrada ou em gráficos de • Se ontem a temperatura estava em 22 ºC , e
linhas. hoje está em 25 ºC, quantos graus ela variou?
• Se hoje a temperatura está em 25 ºC e variar
Contexto prévio 3 ºC, para quanto ela irá?
Os alunos devem possuir conhecimento sobre
escrita e interpretação de dados em tabelas.

CONTEXTUALIZANDO b. Eles estão presentes em diversos lugares, como


ruas, cozinhas, hospitais, lojas, em casa, etc.
Orientações c. Resposta pessoal. Esse sentimento é muito particu-
Neste momento, a ideia é familiarizarmos os alunos lar, e em cada região brasileira existe um padrão
com o conceito de temperatura. Comente com eles sobre de temperatura diferente.
os diferentes tipos de termômetro e pergunte se eles já d. A temperatura normal do corpo humano é entre
mediram a temperatura alguma vez. Algumas discussões 36 ºC e 37 ºC, podendo haver pequenas variações
podem ser interessantes, como: temperatura do corpo ao longo do dia. A temperatura acima de 38 ºC
humano, temperatura ambiente ou temperatura de ali- já é considerada febre.
mentos. Conforme for realizando as perguntas, busque
interagir com vários alunos, de modo que eles possam
complementar as respostas dos colegas. Pode ser um MÃO NA MASSA
momento interessante para relacionar com conteúdos
de outros componentes curriculares. Orientações
Organize os alunos em duplas para a realização da
Expectativas de respostas atividade. Circule pela sala para verificar se os alunos
1. entenderam a proposta ou se têm alguma dificuldade
a. Termômetro.

142 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 142 20/12/2021 18:15


de interpretação dos gráficos. Incentive-os a discutir Faça perguntas como:
as soluções com o outro membro da sua dupla, para • Como podemos ver pelo gráfico que houve uma
que tentem chegar em alguma conclusão conjunta. diminuição de temperatura em relação ao dia anterior?
Caso os alunos apresentem dificuldades de interpre- • Conseguimos saber o momento exato da passagem
tação do conceito de variação de temperatura, faça da frente fria? Por quê?
perguntas como: • Qual foi a diminuição de temperatura que a frente
• Você consegue identificar a menor e a maior fria causou? Como você chegou a essa conclusão?
temperatura em cada gráfico? Qual é a diferença
entre elas? Expectativas de respostas
• Algum gráfico apresenta linhas mais inclinadas do 1. De acordo com o gráfico, houve uma diminuição
que o outro? Onde isso acontece? da temperatura de terça-feira para quarta-feira
• Qual a diferença entre esses gráficos e os gráficos de em ambas as cidades. Como a temperatura é
colunas que já estudamos?, entre outras possíveis. medida ao amanhecer, é provável que a frente
fria tenha passado na terça ao longo do dia ou
Expectativas de respostas na madrugada de quarta.
1.
a.
RETOMANDO
Dia da Cidade de Cidade de
semana João Pedro Orientações
Segunda-feira 15 ºC 20 ºC Nesta seção, sistematizamos alguns conceitos que
Terça-feira 25 ºC 25 ºC foram explorados ao longo do capítulo e apresentamos
Quarta-feira 20 ºC 20 ºC seus respectivos nomes. Comente com os alunos o uso
do gráfico de linhas e explore algumas características
Quinta-feira 25 ºC 20 ºC
presentes no gráfico apresentado nesta seção. Faça
Sexta-feira 25 ºC 25 ºC perguntas como:
Fonte: Dados obtidos por João e Pedro. • O que conseguimos identificar facilmente com um
gráfico de linhas?
b. A cidade de João, pois teve mínima de 15 ºC e
• O que as retas mais inclinadas nos mostram? E as
máxima de 25 ºC, tendo uma variação de 10 ºC,
retas horizontais?
enquanto na cidade de Pedro, a temperatura
variou apenas 5 ºC, entre 20 ºC e 25 ºC.

RAIO X
DISCUTINDO
Orientações
Com os alunos em duplas, proponha a eles que dis-
Essa tarefa deve ser realizada individualmente e é
cutam sobre a solução do tema anterior. Alguns alunos
importante que os alunos a façam tendo por base o
podem achar que a frente fria pode ter passado na
aprendizado construído ao longo do capítulo. Circule
segunda-feira, pois é quando há a menor temperatura
pela sala para verificar se eles entenderam como fazer
na cidade de João (15 ºC), mas o texto diz que deveria
as associações. Caso algum aluno tenha dificuldade na
haver uma diminuição de temperatura em relação ao
organização dos dados, peça-lhes que façam anotações
dia anterior e não há informação sobre domingo.
que os ajudem a tirar as conclusões, como separar os
Alguns alunos podem responder apenas “quarta-
nomes de meninos e meninas e montar uma nova tabela
-feira” ou “terça-feira”. Nesses casos, pergunte como
de dupla entrada ao lado que resuma as informações.
podemos detalhar melhor essa resposta. Circule pela
Faça perguntas como:
sala e tente identificar algumas soluções diferentes por
• Quais informações podem ser obtidas diretamente
parte dos alunos e, depois, peça para algumas duplas
da tabela?
comentarem o que pensaram a respeito da atividade.
• O que podemos fazer para separar as preferências

143 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 143 20/12/2021 18:15


dos meninos e das meninas? entre gato e cachorro, que receberam o mesmo
• Existe outra maneira de coletar as informações para número de votos, sendo os animais preferidos
organizar os dados do problema? etc. pelos colegas de Lorena.
d. De acordo com a tabela, tivemos 3 meninos que
Expectativas de respostas escolheram cachorro, sendo o animal mais votado.
1. De acordo com o tempo disponível, proponha a
a. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos colo- montagem de uma tabela de dupla entrada no
quem perguntas como “Qual seu animal de es- caderno, como a que segue, para resumir essas
timação favorito?”, “Qual desses animais é seu informações.
preferido? Se nenhum, indique outro” ou “Indique
Animal preferido pelos colegas de Lorena
qual seu animal preferido”.
b. Para saber quantos colegas participaram da Animal Meninos Meninas
pesquisa, os alunos podem fazer a contagem Gato 2 2
dos nomes listados por Lorena, chegando em 11 Cachorro 3 1
colegas. Coelho 0 2
c. Os alunos poderão contar as quantidades de votos
Outro 1 0
de cada animal, identificando. Gato: 4; Cachorro:
Fonte: Dados obtidos por Lorena.
4; Coelho: 2; Outro: 1. Portanto, houve um empate

ANOTAÇÕES

144 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 144 20/12/2021 18:15


UNIDADE 6

LOCALIZAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO
COMPETÊNCIAS GERAIS DO DCRC

1; 2; 4

HABILIDADES DO DCRC

Descrever deslocamentos e localização de pessoas e de objetos no espaço, por meio de malhas quadriculadas
EF04MA16 e representações como desenhos, mapas, planta baixa e croquis, empregando termos como direita e esquerda,
mudanças de direção e sentido, intersecção, transversais, paralelas e perpendiculares..

OBJETOS DE CONHECIMENTO

• Localização e movimentação: pontos de referência, direção e sentido;


• Paralelismo e perpendicularismo.

UNIDADES TEMÁTICAS

• Geometria

PARA SABER MAIS

• V
 AN DE WALLE, J. A. O pensamento sobre os conceitos geométricos. In: Matemática no Ensino Fundamental.
Porto Alegre: Artmed, 2009. p. 438-481.

145 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 145 20/12/2021 18:15


1. Meus caminhos
PÁGINA 144 PÁGINA 145

UNIDADE 6
MÃO NA MASSA
LOCALIZAÇÃO E Utilize as setas indicadas na imagem a seguir para fornecer instruções para realização

MOVIMENTAÇÃO de um deslocamento do ponto A ao ponto B. Trace o caminho na figura.

1. Meus caminhos

Você consegue localizar um objeto apenas seguindo algumas instruções de localização?


Imagine que o(a) professor(a) peça a você que pegue determinado livro na biblioteca e
passe as seguintes coordenadas: 1 3 4
2

O livro está na quarta prateleira da estante, contando de baixo


para cima; é o oitavo livro da esquerda para a direita

Você seria capaz de localizar esse livro, B


mesmo sem saber qual o título dele? Por quê?

O professor pediu ao aluno Marcelo que pegasse um dicionário. Descreva uma orienta-
ção que favoreça a localização para Marcelo.

Após chegar ao ponto B, trace uma nova trajetória partindo do ponto B até o ponto A
utilizando as setas.

144 xo ANO 145 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 146 PÁGINA 147

DISCUTINDO RAIO X

Para criar um percurso, você pode utilizar uma malha quadriculada para traçá-lo e de- 1. Observe a imagem a seguir.
pois verificar as setas em cada direção e associar uma quantidade de casas a cada seta.
Utilize a malha a seguir e posicione os pontos A e B em lugares diferentes dos da página
anterior. Discuta com os colegas a utilização de setas para realizar alguns percursos ligando E
esses pontos.
D

B
A
1 2 3 4 5

a. Qual é a localização do ponto?

b. Se coloque no lugar do ponto. A casa 1C fica à esquerda ou à direita dele?

c. Qual é o caminho mais curto para deslocar do ponto até a casa 5E?

2. Pinte, com lápis colorido, duas ruas paralelas e contorne duas ruas perpendi-
culares.

RETOMANDO
RUA 4

Para localizar pessoas ou objetos em lugares desconhecidos, é necessário utilizar um


mapa e seguir instruções para chegar ao objeto ou à pessoa. Para esse tipo de situação, é RUA 1
RUA 3

importante conhecer os conceitos matemáticos que orientam o senso de localização, identifi


cando corretamente os sentidos, como direita, esquerda, em frente, paralelo, transversal,
perpendicular.
RUA 2

146 xo ANO 147 M AT EM ÁT I CA

146 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 146 20/12/2021 18:15


Habilidades do DCRC
Descrever deslocamentos e localização de pessoas e de objetos no espaço, por meio de malhas quadriculadas
EF04MA16 e representações como desenhos, mapas, planta baixa e croquis, empregando termos como direita e esquerda,
mudanças de direção e sentido, intersecção, transversais, paralelas e perpendiculares.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: localizar objetos utilizando Ler e compreender informações contidas em
instruções de direção. uma malha quadriculada. Utilizar a linguagem
• Mão na Massa: utilizar setas de direcionamento matemática para elaborar percursos, indicando
para elaborar um trajeto. corretamente comandos como direita, esquerda,
• Discutindo: empregar lateralidade utilizando para cima e para baixo.
setas de direcionamento.
• Retomando: sistematizar conceitos abordados Dificuldades antecipadas
no capítulo. As setas auxiliam na descrição e na compreensão
• Raio X: identificar a posição de um objeto na dos percursos e ajudam a interpretá-los. Os alunos
malha quadriculada, reconhecer a lateralidade podem apresentar dificuldade para criar o percurso,
do objeto e retomar o conceito de paralelo transpondo a trajetória assinalada na malha quadri-
• e perpendicular. culada para as “setas” e também para a linguagem
oral, pois, nesse momento, será necessário utilizar
Objetivos de aprendizagem os termos adequados em relação à lateralidade e
• Traçar percursos a partir de uma instrução. à transversalidade. É imprescindível fazer demons-
• Representar trajetos na malha quadriculada. trações concretas para superar as dificuldades dos
• Localizar pessoas e/ou objetos no plano (malha alunos na utilização desses conceitos.
quadriculada).

CONTEXTUALIZANDO grupos, encha uma bexiga e fixe-a em lugar estratégico


na sala de aula. Cada grupo terá um representante
Orientações que, vendado, ficará a uma certa distância da bexiga.
O propósito dessa atividade é identificar, mediante Cada grupo poderá dar quatro instruções para seu
as respostas dos alunos, quais são as suas dificulda- representante conseguir estourar a bexiga. Assim, os
des e ideias em relação à descrição e à orientação de alunos se sentirão partícipes da ação e certamente
posições no espaço. aprenderão melhor.
Proponha uma discussão inicial para que os alunos
exponham as estratégias que utilizariam para localizar Expectativas de respostas
o livro, valorizando a oralidade deles, mas, sempre que Livro de Português do 8o ano.
possível, estimule-os a escrever suas ideias.
Instigue os alunos a se colocarem no problema,
MÃO NA MASSA
como se vivenciassem a situação, para compreender
a proposta da atividade de localização, deslocamento
Orientações
e movimentação. Nessa atividade, os alunos não precisam imaginar- se
Em seguida, pode ser realizada uma atividade se- no plano. Eles devem imaginar as rotas considerando
melhante em algum local da escola, como esconder a indicação das setas.
algum objeto para que os alunos o encontrem utilizando Organize a turma em duplas, faça a leitura do pro-
algumas instruções de localização que contenham a blema proposto aos alunos e depois peça a cada aluno
linguagem matemática específica. que busque sua resolução. Incentive-os a discutir as
Proponha uma atividade lúdica em que os alunos resoluções e quais estratégias utilizaram para encon-
serão protagonistas. Por exemplo: organize a turma em trar uma maneira de se localizar. Nesse momento, é

147 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 147 20/12/2021 18:15


importante fomentar alguns questionamentos para
reflexão e autonomia na realização das propostas e DISCUTINDO
retomar termos de localização.
Pergunte: Orientações
• Para que servem as setas 1, 2, 3 e 4? (Resposta Durante a discussão, observe se os alunos fazem as
esperada: Essas setas servem para indicar o associações: o sentido da seta e a quantidade de casas
deslocamento de A a B). que cada seta deverá indicar e a mudança de direção.
• Alguém sabe como podemos substituir as setas 1, Verifique se os alunos descrevem a posição dos
2, 3 ou 4 por um referencial? (Resposta esperada: pontos A e B no espaço, dando informações sobre pon-
Para direita e esquerda e para cima e para baixo). tos de referência: direção e sentido. Caso os alunos
Durante a discussão, deixe que expressem suas ideias apresentem respostas utilizando referências como “do
e conceitos, pois a atividade tem o propósito de lado”, proponha a utilização de termos como “à direita”
familiarizar os alunos com deslocamento e localização e “à esquerda”.
espacial. Discuta com a turma sobre esses aspectos. Organize
Durante a discussão deixe que expressem suas ideias uma malha quadriculada em tamanho ampliado e fixe
e conceitos, pois esta atividade tem o propósito de nela alguns pontos. Converse com os alunos sobre
promover a familiaridade dos alunos quanto desloca- algumas possibilidades de trajetos para chegar de um
mento e localização espacial. ponto a outro.
Espera-se que eles não apresentem dificuldades É importante fazer demonstrações e instigar os alu-
para realizar o primeiro item da questão. O segundo nos a apresentar outros caminhos possíveis. Mostre a
item exige um pouco mais, e os alunos podem ter di- eles que é necessário ter um ponto referencial para
ficuldade para fazer a indicação do caminho inverso. estabelecer direções como direita, esquerda, frente e
Para auxiliá-los, pode-se propor a eles que tracem trás. Além disso, destaque a distância a ser percorrida,
primeiro o percurso na malha para em seguida asso- especificando a quantidade de casas a serem percor-
ciar as setas e a quantidade de casas que deverá ser ridas em cada direção.
avançada por cada seta. Ao final, peça que socializem
suas respostas com a turma. Você pode sugerir aos Expectativas de respostas
alunos que se organizem em dupla e troquem as ativi- Resposta pessoal.
dades para “descrever” o percurso criado pelo colega
ao interpretar as setas.
Faça demonstrações na sala de aula, exemplificando RETOMANDO
situações de deslocamento. Para isso, promova uma
atividade prática: insira um determinado ponto estraté- Orientações
gico e coloque uma venda em um aluno e, juntamente Certifique-se de que, ao final dessa unidade, os
com os demais alunos, dê instruções para que esse alunos tenham ampliado o repertório linguístico para
aluno consiga chegar até o objeto solicitado. Promova comunicar localização e trajetórias.
uma reflexão constante na turma para que os alunos Retome com os alunos as características desse tipo
possam dar informações precisas, tais como: dê dois de problema e ressalte a importância de sabermos nos
passos para frente, três passos para a direita, vire para localizar e nos movimentar no cotidiano. É interessante
a esquerda. Assim os alunos compreenderão com mais perguntar aos alunos:
facilidade determinados percursos. É importante salientar • Quais palavras podemos destacar, quando estamos
a participação efetiva de toda a turma com foco nas nos localizando ou nos movimentando? (Espera-se
orientações precisas para que o objetivo seja alcançado que os alunos lembrem palavras que utilizamos
durante a aula, tais como: referência, em frente,
Expectativas de respostas
atrás, direita, esquerda, em cima e embaixo.)
Respostas pessoais.
Se julgar necessário, mantenha na sala alguns
cartazes informativos sobre o tema e recorra a eles
rotineiramente.

148 4 o ANO

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 148 20/12/2021 18:15


Mostre aos alunos uma imagem com o bairro onde
se localiza a escola (pode ser uma imagem do Google RAIO X
Maps ou um simples mapa do bairro desenhado no
quadro). Na imagem, destaque alguns pontos estra- Orientações
tégicos, como farmácias, prédios públicos, igrejas, Os alunos devem realizar este problema individual-
supermercados, entre outros. Levante hipóteses e mente. Peça-lhes que leiam e tentem localizar as infor-
converse com os alunos sobre como se deslocar de mações no malha. Se julgar necessário, incentive-os
um ponto a outro. a esboçar com linhas as indicações na malha e assim
Apresente aos alunos as direções a serem per- localizar as informações. Por meio dessa atividade, veri-
corridas e faça questionamentos diversos. Pergunte fique se eles compreenderam problemas que envolvem
aos alunos, por exemplo, qual é um dos itinerários movimentação, deslocamento e localização. Ao final,
realizados pelos alunos que moram no bairro para solicite aos alunos que compartilhem suas respostas.
chegar até a escola e quais são os caminhos mais
curtos e mais logos a serem realizados em determi- Expectativas de respostas
nados percursos possíveis de se realizar ao ir para 1.
a escola por algumas ruas do bairro, apresentando a) 3C.
as direções a serem percorridas. b) À direita.
c) Resposta pessoal. Espera-se que o aluno afirme:
andar duas casas para cima e 2 para a direita ou
andar 2 casas para a esquerda e 3 para cima.
2. Paralelas: Ruas 3 e 4 e Ruas 1 e 2.
Perpendiculares: Ruas 5 e 2, Ruas 3 e 2,
Ruas 3 e 1 ou Ruas 4 e 1.

ANOTAÇÕES

149 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 149 20/12/2021 18:15


2.­  Como chego lá?
PÁGINA 148 PÁGINA 149

2. Como chego lá? MÃO NA MASSA


1. Ao observar um objeto de frente, é possível descrever os elementos que ficam à 3. Observe a malha quadriculada a seguir na qual está representado o itinerário per-
esquerda ou à direita dele? Observe, por exemplo, que, ao olhar sua residência de corrido do ponto A ao ponto D.
frente, os imóveis que estão à direita dela estão à sua esquerda, considerando a
posição em que você se encontra.
Por essa razão, utilizamos referências, por exemplo: “está à minha direita”, “fi ca à A
esquerda da escola”, “se encontra à direita da farmácia”. Na sala de aula, escolha
algum objeto ao seu redor como referência e tente descrever a posição de outros
objetos em relação a ele nas linhas a seguir..

C
B

©Will & Deni McIntyre/Corbis Documentary/Getty Images

a. Imagine que um robô vai percorrer a rota de A a D. Descreva, em detalhes, o percur-


so realizado robô vai realizar para percorrer do ponto A ao ponto D.

b. O percurso de D a A será o mesmo que o de A a D? Justifique.

c. Represente, na malha quadriculada, os pontos E e F, seguindo as orientações:


2. Sabendo que Rafael está em frente à professora e está vestindo uma camiseta Você veio do ponto C e chegou ao ponto D. Ande três casas à direita e marque o
amarela, qual é a cor da camiseta do colega que está à direita de Rafael? Há al- ponto E. Em seguida, ande duas casas para baixo e marque o ponto F.
gum colega sentado à direita de Rafael??

148 4 o ANO
149 M AT EM ÁT I CA

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DISCUTINDO RETOMANDO

Para realizar a atividade da seção anterior, foi importante se colocar no lugar do robô. As pessoas se orientam a partir de conceitos de direção e sentido. Ao considerar ele-
Assim, você pôde definir quando virar ou seguir à esquerda ou à direita. Em grupos, elabore mentos à direita ou à esquerda, sempre é necessário que haja um ponto de referência. O que
um esquema parecido e solicite a outro grupo que descreva o percurso determinado. Vocês está à direita de uma pessoa pode estar à esquerda de outra, em razão da posição que essas
podem utilizar o espaço abaixo para o desenho. pessoas ocupam no espaço.

RAIO X

Desenhe, na malha quadriculada, um caminho semelhante ao da seção Mão na Massa.


No entanto, trace um percurso com pelo menos três mudanças de direção-sentido, conside-
rando retas paralelas e perpendiculares ao longo da trajetória de A a D.

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150 xo ANO

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Habilidades do DCRC
Descrever deslocamentos e localização de pessoas e de objetos no espaço, por meio de malhas quadriculadas
EF04MA16 e representações como desenhos, mapas, planta baixa e croquis, empregando termos como direita e esquerda,
mudanças de direção e sentido, intersecção, transversais, paralelas e perpendiculares.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: utilizar a lateralidade no Ler e compreender as informações contidas em
espaço da sala de aula com objetos reais. Usar malha quadriculada. Utilizar linguagem matemática
plano para comunicar a descrição de percursos. para indicar a localização e descrever percursos,
• Mão na Massa: deslocar um objeto na malha em especial referente à direita e à esquerda.
quadriculada utilizando coordenadas de posição.
• Discutindo: descrever percursos, referenciados Dificuldades antecipadas
pela lateralidade de um objeto interno à malha Os alunos podem apresentar dificuldade para
quadriculada. se colocar no lugar do robô, ao longo do plano,
• Retomando: sistematizar dos tópicos trabalhados durante a realização da atividade proposta na se-
no capítulo. ção Mão na Massa. Essa situação requer que os
• Raio X: elaborar uma malha quadriculada para alunos se apropriem da lateralidade de uma terceira
desenhar percursos. pessoa (fictícia) como referência, percebendo que,
ao responder aos comandos esquerda e direita,
Objetivos de aprendizagem eles devem deslocar o robô em sentido contrário
• Deslocar-se no espaço, descrevendo o percurso ao deles. Para auxiliá-los durante essa apropriação,
realizado. proponha exercícios como ficar de frente um para
• Ampliar os conceitos de localização e lateralidade. o outro e se pôr no lugar do outro para determinar
quem está à direita ou à esquerda.
Materiais
Régua.

CONTEXTUALIZANDO Verifique se os alunos descrevem sua posição e


a posição de objetos no espaço, dando informações
Orientações sobre pontos de referência, direção e sentido. Caso
Discuta com a turma sobre qual é a importância de eles apresentem respostas utilizando referências como
sabermos nos localizar no espaço. Solicite aos alunos “do lado”, proponha a utilização de termos como “à
que relembrem palavras que servem como referência direita”, “à esquerda” “abaixo” e “acima”.
de localização, tais como: em frente, atrás, direita,
esquerda, em cima e embaixo. Expectativas de respostas
Após essa discussão inicial com a turma, separe 1. Respostas pessoais.
os alunos em duplas, solicitando que um aluno fique 2. Branca; Não.
de frente para o outro para que possam descrever os
elementos à direita ou à esquerda do colega. Promova
uma discussão mais ampla para que os alunos refli- MÃO NA MASSA
tam sobre o que é um ponto referencial e sobre o fato
de que, quando se muda o referencial, todas as dire- Orientações
ções também mudam. Demonstre utilizando um aluno Aproveite o momento para chamar a atenção dos
como referência e também faça perguntas aos alunos alunos para o fato de que, no percurso de A a D, havia um
apresentando-se como ponto referencial. Assim, eles deslocamento para baixo, enquanto que, no percurso de
compreenderão os conceitos de direita, frente e trás D para A, há um deslocamento para cima. Analogamente,
para melhor descrever itinerários. há um deslocamento à direita, no primeiro percurso, e
à esquerda, no segundo. Ao descrever o percurso de

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D para A, utiliza-se a linguagem oposta. Embora o tra- DISCUTINDO
çado seja o mesmo, a descrição do percurso é diferente.
Após levantar alguns termos cotidianos, as atividades Orientações
de localização envolvem a análise de trajetos ou percursos Durante essa atividade, os alunos que não conse-
de ponto a ponto, como em um mapa, e o uso de sistemas guiram posicionar-se no lugar do robô na atividade
de coordenadas. Os sistemas de coordenadas são uma anterior podem ser auxiliados pelos colegas. Se possível,
forma extremamente importante de representação, pois proponha a alguns alunos que apresentem os trajetos
permitem analisar ideias geométricas, desempenhando e as soluções dadas para enriquecer a discussão sobre
um papel extremamente significativo. o tema e sanar as dúvidas. Inicialmente, os alunos
A comunicação dos percursos para uma pessoa que aprendem descrições posicionais cotidianas (abaixo,
olhe o plano é diferente se comparada a uma pessoa acima, em frente, atrás, esquerda e direita). Esses são
que esteja no plano. Por essa razão, essa atividade pode
conceitos iniciais sobre localização, úteis no cotidiano
ser desafiadora para os alunos. Caminhe pela sala para
do aluno.
verificar o andamento da atividade e, ao final, faça uma
Entretanto, é momento de auxiliar os alunos a refinar
roda de conversa com a turma para discutir a descrição
o modo como eles respondem às questões de direção,
dos percursos elaborados por eles. Reforce a importância
de especificar o ponto referencial. Nesse momento, é sentido e localização, acentuando as compreensões
importante fazer várias perguntas a eles, mudando o espaciais. Portanto, insira os termos e os conceitos de
ponto referencial e fazendo demonstrações de percursos retas paralelas e perpendiculares. Nas retas paralelas
a serem realizados. Pergunte aos alunos: não existe ponto em comum entre elas, ou seja, as retas
• A porta da sala está em que posição em relação estão posicionadas uma ao lado da outra e sempre no
ao professor? mesmo sentido, seja vertical, horizontal ou inclinado.
• E em relação a vocês, alunos? As retas perpendiculares possuem um ponto em co-
Peça aos alunos que descrevam como chegar à cantina mum, o qual forma um ângulo reto, de 90º. Se julgar
ou aos banheiros. Assim, eles poderão internalizar melhor necessário, solicite aos alunos que as identifiquem na
o traçado de itinerários, colocando-se como referência atividade proposta na seção Mão na Massa.
e fazendo análise de outros referenciais também.
Expectativas de respostas
Expectativas de respostas Resposta pessoal.
1.
a) Partindo do ponto A, o robô deverá seguir à es-
querda, avançando 5 casas. Depois, ele deve RETOMANDO
virar à direita e se deslocar 3 casas para baixo,
chegando ao ponto B. Então, deve virar à esquerda Orientações
e seguir 5 casas até chegar ao ponto C. Por fim, É comum as pessoas apresentarem dificuldade em
virar à direita, deslocando-se 3 casas para baixo, comunicar percursos usando a linguagem referente
chegando ao ponto D. à lateralidade, bem como ter dificuldade em definir
b) Não, tendo em vista que, são percursos inver- rapidamente o lado esquerdo e o direito. Por essa ra-
sos, as coordenadas serão diferentes. Partindo zão, é importante a consolidação desses tópicos com
do ponto D, o robô deverá deslocar-se 3 casas
propostas de atividades concretas para que os alunos
para cima, chegando a C. Depois, deve virar à
pratiquem.
esquerda e avançar 5 casas, chegando ao ponto B.
Para isso, é preciso fazer demonstrações. Utilize
Em seguida, virar à direita e percorrer 3 casas e,
os espaços da escola para realizar alguns percursos
por fim, virar à esquerda e avançar 5 casas para
chegar ao ponto A. e eleja um escriba para registrá-los. Em seguida, peça
c) Resposta pessoal. que o socializem no grupo demonstrando todas as di-
reções percorridas.

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RAIO X que a aprendizagem flua significativamente. É sempre
importante sugerir aos alunos que considerem o lugar
Orientações onde vivem; então, peça-lhes que demonstrem caminhos
Deixe que os alunos façam essa atividade indivi- diferentes de como ir da igreja matriz à escola, por
dualmente. Espera-se que eles registrem algumas exemplo. Se for preciso, desenhe o mapa da cidade no
retas paralelas e perpendiculares para definir o per- quadro e elenque os pontos mais importantes para que
curso. Faça uma roda de conversa para socializar os os alunos possam ter mais segurança ao apresentar
registros. Peça a cada aluno que explique o caminho os percursos a serem realizados..
criado. É importante ouvir atentamente as respostas
dos alunos, empoderando-os para que participem efe- Expectativas de respostas
tivamente e, sempre que necessário, intervenha para Resposta pessoal.

ANOTAÇÕES

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3. Paralelas ou perpendiculares?
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3. Paralelas ou perpendiculares? MÃO NA MASSA

1. A imagem a seguir mostra algumas ruas do centro de Juazeiro do Norte. Observe-o


Alguma vez você já utilizou mapas para se orientar e localizar algumas ruas?
para responder aos questionamentos propostos.
Utilize seu conhecimento sobre esse tema para responder as questões a seguir.

Gua Mai
1. Maria disse que estava em uma rua paralela àquela em que se encontrava Ana.
Explique o que é uma rua paralela?

2. Se imagine olhando a sua escola de frente: o que se encontra à sua direita? O que
se encontra à sua esquerda? Quais pontos de referência você pode associar à sua
escola?

3. A obra a seguir é do xilógrafo João Pedro do Juazeiro. Observe a obra e identifi


que retas paralelas e perpendiculares.
Enumere com números iguais algumas das retas paralelas e marque com tracinhos
as retas perpendiculares.
©João Pedro do Juazeiro

a. Pinte as ruas paralelas com cores iguais.


b. Retas perpendiculares são aquelas que se encontram formando um ângulo reto.
Pinte da mesma cor duas ruas que representam retas perpendiculares.
c. Vera está fazendo compras em uma loja localizada na Rua São Francisco. Ela
deseja passar em outra loja que fica na esquina da Rua da Conceição com a
Rua Santa Isabel e, em seguida, ir a outra loja na Rua da Luz. Ela não tem pre-
ferência em relação a qual loja ir primeiro. Que percurso Vera poderia seguir?
Descreva o itinerário de Vera.

Xilogravura colorida - Vaquejada. 50x70 cm.

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2. Utilize a imagem apresentada anteriormente como referência para traçar o mapa


de uma área urbana que apresente ruas paralelas, transversais e perpendiculares. DISCUTINDO
Você pode considerar o entorno da escola, por exemplo, especificando, em seu
desenho, lojas, casas, praça, hospitais, igrejas, entre outros lugares. Uma forma de descrever percursos é utilizando a linguagem: direita, esquerda, em fren-
te. E, para indicar uma localização, pode-se dizer: defronte, por trás, ao lado, em frente, en-
tre outros. Por exemplo, para descrever um dos percursos de Vera até a loja, seria possível
utilizar coordenadas como: “Ela seguiu em frente na Rua Santa Isabel, no sentido da Rua da
Conceição, seguiu em frente na rua da Conceição e entrou na segunda rua à esquerda”..
Retome os percursos indicados para que Vera atingisse seu objetivo de visitar as lojas
e discuta com seus colegas as respostas propostas.

RETOMANDO

Retas paralelas são aquelas que não se encontram, ou seja, elas não possuem ponto em
comum (Rua do Cruzeiro e Rua São Francisco). Retas perpendiculares se encontram formando
um ângulo reto de 90o (Rua da Conceição e Rua São Jorge). Retas transversais se encontram
em um ponto, mas não formam, obrigatoriamente, um ângulo reto (Rua São Luiz e Rua da
Conceição).

RAIO X

1. Nas imagens a seguir, identifique as retas paralelas e as retas perpendiculares.


Poligrafistka/DigitalVision Vectors/Getty images

Poligrafistka/DigitalVision Vectors/Getty images


Poligrafistka/DigitalVision Vectors/Getty images

Poligrafistka/DigitalVision Vectors/Getty images

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Habilidades do DCRC
Descrever deslocamentos e localização de pessoas e de objetos no espaço, por meio de malhas quadriculadas
EF04MA16 e representações como desenhos, mapas, planta baixa e croquis, empregando termos como direita e
esquerda, mudanças de direção e sentido, intersecção, transversais, paralelas e perpendiculares.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: explorar ideias de retas A linguagem matemática é importante para co-
paralelas, perpendiculares e transversais. municar percursos e indicar localização em mapas e
• Mão na massa: utilizar mapa de rua como ponto croquis. Associar ruas a retas e conhecer o significado
de partida para discussão sobre ruas paralelas, de ângulo reto é necessário para a consolidação
transversais e perpendiculares. das aprendizagens propostas neste capítulo.
• Discutindo: propor uma discussão sobre a
comunicação de percursos e localização. Dificuldades antecipadas
• Retomando: sistematizar os tópicos abordados Ao iniciar o assunto, pode-se observar que al-
no capítulo. guns alunos confundem as retas perpendiculares
• Raio X: propor que os alunos visualizem retas. com as transversais, bem como não compreendem
Sistematizar as paralelas e perpendiculares no o significado de reta paralela. Para auxiliá-los
bairro onde vivem. na apropriação desse tópico, sugere-se realizar
um trabalho com materiais manipuláveis (lápis e
Objetivos de aprendizagem canetas, palitos, fita adesiva colorida) para que
• Introduzir o conceito de retas paralelas e possam entender melhor as situações de per-
perpendiculares. pendicularismo, transversalidade e paralelismo.
• Identificar retas paralelas e perpendiculares no Aproveite o momento para retomar o conceito de
cotidiano. ângulo reto, utilizando exemplos da própria sala
• Caracterizar retas paralelas, perpendiculares de aula, como: a quina da porta, a parede e o
e transversais. chão, as linhas da cerâmica no piso, entre outros.

Materiais
Materiais manipuláveis, como palitos, lápis,
canetas, fita adesiva colorida (opcional).

CONTEXTUALIZANDO distantes, no mesmo sentido e direção; portanto,


não possuem um ponto comum.
Orientações 2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos se
Nesse momento, apresente as situações aos alunos recordem de referências ao redor da escola, como
e peça a eles que expressem livremente suas respostas. ponto de ônibus, farmácias, posto de gasolina,
Observe se eles utilizam algum conhecimento prévio entre outros.
sobre o tema, sem efetuar intervenções. Estimule-os a
socializar suas respostas para que seja possível identi-
ficar o nível de compreensão da turma acerca do tema MÃO NA MASSA
e propor intervenções futuras no desenvolvimento das
atividades. Ao final do desenvolvimento da unidade, Orientações
retome as discussões e socialize estratégias sobre essa Promova a discussão sobre o mapa. Se possível,
avaliação diagnóstica inicial. projete a imagem para que todos possam observá-la
durante a discussão. Os alunos podem ter dificuldade
Expectativas de respostas de se posicionar no lugar de Vera (sair do plano tridi-
1. As ruas paralelas não se cruzam, elas podem mensional para uma representação bidimensional que
estar próximas, uma ao lado da outra, ou mais simula um ambiente). Talvez seja necessário auxiliá-los

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na interpretação tridimensional da situação. Para fa- Caso identifique que alguns alunos não compreen-
cilitar a compreensão, utilize os elementos da sala de deram totalmente os tópicos e houver tempo de pla-
aula, como as carteiras e outros móveis, para transpor nejamento de aula, considere retomar o assunto em
o mapa para o ambiente, no qual eles possam visualizar mais uma aula fornecendo novos exemplos.
mais claramente a situação. Para os alunos que apre-
sentam dificuldade com lateralidade, sugere-se colar
papéis nas mãos deles com as indicações de direita e RETOMANDO
esquerda. Demonstre no quadro, utilizando o mapa e
os pontos mais relevantes, para que os alunos tenham Orientações
mais segurança na efetivação da atividade. Proponha Os conceitos de retas paralelas, perpendiculares
que eles “mergulhem” na ação para que assim ampliem e transversais devem estar claros para os alunos; por
os seus conhecimentos relativos aos temas trabalhados isso, é importante associá-los aos exemplos. Pode ser
durante o capítulo. Pergunte aos alunos: Quais ruas feito um cartaz e exposto na sala.
se cruzam? Quais ruas têm a mesma direção? Ouça
atentamente as respostas deles e intervenha caso seja
necessário. É preciso sempre valorizar as respostas RAIO X
dos alunos para empoderá-los na realização de ações
futuras e também desenvolver a oralidade. Orientações
Essa atividade deverá ser realizada de forma individual
Expectativas de respostas para que o aluno tenha a oportunidade de visualizar
a) Rua Conceição e Rua São Francisco; e as Ruas retas nos objetos do mundo físico. O conjunto de janelas
Santa Isabel, São Benedito e da Luz. forma uma imagem que dá a ideia de uma reta, mas
b) Rua Santa Isabel com a Rua Conceição; Rua São ela tem espaçamentos. Se julgar necessário, discuta
Francisco e Rua São Benedito. esse ponto com a turma. Contextualize os conceitos
c) Rua São Luiz e Rua da Conceição. com elementos do cotidiano para que os alunos com-
d) Ela poderá seguir em frente na Rua São Francisco preendam melhor as retas paralelas e perpendiculares.
no sentido da Rua da Conceição e virar à direita Pergunte a eles, por exemplo: “Qual rua é paralela
depois de chegar na esquina com a Rua Santa à rua onde se localiza nossa escola? Há alguma rua
Isabel. Em seguida, seguir em frente na Rua da perpendicular? Qual é o nome desta rua?”. Além disso,
Conceição e virar na segunda à esquerda. utilize imagens diversas do dia a dia para exemplificar
melhor. É importante ouvir atentamente os alunos e
Proponha uma discussão inicial antes da realização discutir com eles, a partir de uma imagem previamente
da atividade 2. Peça aos alunos que pensem em espaços planejada, questões alusivas aos conceitos trabalha-
conhecidos e, se necessário, apresente a eles outros dos durante o capítulo. Assim, os alunos ampliarão a
exemplos. Uma sugestão para iniciar essa atividade compreensão sobre o conteúdo trabalhado.
é utilizar um aplicativo de mapa, se houver acesso à Caso haja espaço em seu planejamento, você pode
internet na sala de aula. sugerir uma atividade complementar para os alunos
realizarem em casa:
Peça aos alunos que desenhem em uma folha de
DISCUTINDO caderno alguns objetos de casa que apresentam retas
paralelas e perpendiculares.
Nesse momento, retome os exemplos da seção Mão Verifique se eles reconheceram corretamente es-
na Massa e outros para discutir a lateralidade e as for- sas retas nos objetos. Considere todas as respostas
mas de comunicar localização, como, por exemplo, “fica e remedie as possíveis dificuldades dos estudantes.
no cruzamento da Rua x com a Rua y…”. Normalmente, Os resultados podem ser coloridos em sala de aula e
cruzamentos são formados por ruas perpendiculares. colados no mural da sala.
Aproveite para verificar se os alunos compreenderam
os tópicos abordados no capítulo.

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Expectativas de respostas no quadriculado com linhas brancas e fundo preto,
Paralelas: listras da imagem que contém quadrí- bem como na arte formada por linhas amarelas;
culas negras traçadas por linhas brancas, linhas linhas que marcam a largura e o comprimento do
amarelas de mesma direção. Arestas verticais do campo que são opostas, verticais e horizontais
pentágono, conjunto de linhas demarcadoras das no azulejo português, bem como as arestas da
dimensões dos campos horizontais e verticais no base, perpendiculares às arestas verticais das
azulejo português. Perpendiculares: linhas opostas faces laterais.

ANOTAÇÕES

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ANEXOS

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Lista de anexos do Caderno do Aluno
PÁGINA 157 PÁGINA 159

ANEXO 1 ANEXO 1

16 20 24 25

28 30 32 35

36 40 42 45

48 49 54 56

63 64 72 81
A157 MATEMÁTICA
A159 MATEMÁTICA

A159 ANEXOS

EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 159 20/12/2021 18:16


EFAI_REG_CE_LP_4ANO_2BI_LP_FINAL.indb 160 20/12/2021 18:16
ISBN: 978-65-5965-062-0
Realização

CADERNO DO PROFESSOR
4° ANOENSINO FUNDAMENTAL 2 0 BIMESTRE

CADERNO DO PROFESSOR - 4º ANO - 2º BIMESTRE

Parceiros da Associação Nova Escola Apoio Parceiros do Estado do Ceará

EFAI_CE_4ANO_CAPAS_2BI.indd 5-6 20/12/2021 14:49


ISBN: 978-65-5965-124-5
Realização

CADERNO DO PROFESSOR
4° ANOENSINO FUNDAMENTAL 3 O BIMESTRE

CADERNO DO PROFESSOR – 4º ANO – 3º BIMESTRE

Parceiros da Associação Nova Escola Apoio Parceiros do Estado do Ceará

EFAI_CE_4ANO_CAPAS_3BI.indd 5-6 27/12/2021 22:23


CADERNO DO PROFESSOR
4° ANO ENSINO FUNDAMENTAL 3 0 BIMESTRE

Parceiros da Associação Nova Escola Apoio Parceiros do Estado do Ceará

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 1 27/12/2021 21:06


GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ Orientadora da Célula de Fortalecimento da Produção editorial
Governador Alfabetização e Ensino Fundamental – Anos Finais Ofício do Texto
Camilo Sobreira de Santana Izabelle de Vasconcelos Costa Edição
Vice-Governadora Equipe da Célula de Fortalecimento da Andreia Carvalho Maciel Barbosa, Cecília Beatriz
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho Alfabetização e Ensino Fundamental Alves Teixeira, Denisia Moraes, Fabio Rizzo de
Antônio Elder Monteiro de Sales, Caniggia Aguiar, Marina Candido, Rosana Oliveira, Thais
Secretária da Educação Carneiro Pereira (Gerente Anos Iniciais – 4o e 5o), Albieri e Silvana Fortes
Eliana Nunes Estrela Ednalva Menezes da Rocha, Galça Freire Costa Preparação e revisão
Secretário Executivo de Cooperação com os de Vasconcelos Carneiro, Izabelle de Vasconcelos Andrea Vidal, Juliana Biggi, Kátia Cardoso,
Municípios Costa (Orientadora Anos Finais), Karine Figueredo Lilian Vismari, Lucas Torrisi, Luciene Lima,
Márcio Pereira de Brito Gomes (Orientadora Anos Iniciais), Luiza Helena Lucila Segóvia, Márcio Della Rosa, Mônica d'Almeida
Secretário Executivo de Ensino Médio e da Martins Lima, Maria Fabiana Skeff de Paula Miranda e Sônia Galindo Melo
Educação Profissional (Gerente do Eixo de Literatura), Maria Valdenice de
Sousa, Rafaella Fernandes de Araújo, Raimundo Diagramação
Maria Jucineide da Costa Fernandes Bruna Marchi, Camila Franco, Danielle Ribeiro,
Elson Mesquita Viana, Rakell Leiry Cunha Brito
Secretária Executiva de Gestão Pedagógica Fernando Makita, Kleber Bellomo, Marcio Penna e
(Gerente Anos Iniciais – 1o ao 3o), Sammya Santos
Maria Oderlânia Torquato Leite Regina Marcondes
Araújo, Tábita Viana Cavalcante (Gerente Anos Finais)
Secretário Executivo de Planejamento e Gestão Revisão técnica
Revisão técnica
Interna Alan Mazoni Alves, Anna Carolina da Costa
Antonia Varele da Silva Gama, Antônio Elder
Stella Cavalcante Avelheda Bandeira, Gabriela Duarte,
Monteiro de Sales, Caniggia Carneiro Pereira,
Ednalva Menezes da Rocha, Galça Freire Costa de Gisele Amorim, Jezreel Gabriel Lopes, Marcel
COEPS – Coordenadoria de Educação Vasconcelos Carneiro, Luiza Helena Martins Lima, Fernandes Gugoni, Solange Hassan Fernandes
e Promoção Social Maria Angélica Sales da Silva, Maria Valdenice de e Tatiana Ferrari D'Addio
Coordenadora de Educação e Promoção Social Sousa, Raquel Almeida de Carvalho Kokay, Rakell Leitura crítica
Francisca Aparecida Prado Pinto Leiry Cunha Brito e Tábita Viana Cavalcante. Mônica de Souza Serafim, Juscileide Braga de
Castro, Gustava Bezerril Cavalcante, Luiz Raphael
Articuladora da Coordenadora de Educação e Teixeira da Silva, Francisco Rony Gomes Barroso
Promoção Social UNDIME
Antônia Araújo de Sousa Presidente da União Nacional dos Dirigentes Capa
Municipais de Educação Carlitos Pinheiros
Orientadora da Célula de Integração Família,
Escola, Comunidades Luiz Miguel Martins Garcia Ilustrações
e Rede de Proteção Presidente da União Nacional dos Dirigentes Estúdio Calamares Design Editorial: Mari Heffner,
Maria Katiane Liberato Furtado Municipais de Educação do Estado do Ceará Carla Viana, Diógenes Martins, Kayna Melloh,
Luiza Aurélia Costa dos Santos Teixeira Luis Leal, Luiza Dora, Pedro Nogueira,
Orientadora da Célula de Apoio e Pedro Ribeiro, Rafael Vilarino, Suellen Machado
Desenvolvimento da Educação Infantil
Aline Matos de Amorim APRECE Iconografia e licenciamento
Presidente da Associação dos Municípios Barra Editorial
Equipe da Célula de Apoio e Desenvolvimento da
Educação Infantil e Prefeitos do Estado do Ceará Colaboração técnica
Daniel Marinho Almeida, Ellen Damares Felipe de Francisco de Castro Menezes Junior Elisa Vilata, Gerviz Fernandes, Juliana Gregorutti,
Queiroz, Francisca Aline Teixeira da Silva Barbosa, Priscila Pulgrossi Câmara e Thainara de Souza Lima
Genivaldo Macário de Castro, Iêda Maria Maia Pires, ASSOCIAÇÃO NOVA ESCOLA
Maria Katiane Liberato Furtado, Mirtes Moreira Direção executiva O conteúdo deste livro é, em sua maioria, uma
da Costa, Rosiane Ferreira da Costa, Rebouças, Raquel Gehling adaptação do Material Educacional Nacional. Esse
Santana Vilma Rodrigues, Temis Jeanne Filizola material foi adaptado dos Planos de Aula publicados
Gerência pedagógica
Brandão dos Santos e Wandelcy Peres Pinto no site da Nova Escola em 2019, produzidos por
Ana Ligia Scachetti e Tatiana Martin
mais de 600 educadores do Brasil inteiro que
COPEM – Coordenadoria de Equipe de conteúdo fizeram parte dos nossos times de autores.
Cooperação com os Municípios para Alessandra Borges, Amanda Chalegre, Carla Os nomes dos autores dos projetos dos Planos de
Fernanda Nascimento, Dayse Oliveira, Felipe Holler, Aula e do Material Educacional Nacional não foram
Desenvolvimento da Aprendizagem
Isabela Sued, Karoline Cussolim, Marília Malheiros incluídos na íntegra aqui por uma questão
na Idade Certa Munhoz, Marcela Muniz e Pedro Annunciato de espaço.
Coordenadora de Cooperação com os Municípios Equipe de arte e projeto gráfico
para Desenvolvimento da Aprendizagem na Andréa Ayer, Débora Alberti e Leandro Faustino
Idade Certa
Bruna Alves Leão Equipe de relacionamento
Lohan Ventura, Luciana Campos, Pedro Alcantara Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Articuladora da Coordenadoria de Cooperação e Rodrigo Petrola (BENITEZ Catalogação Ass. Editorial, MS, Brasil)
com os Municípios para Desenvolvimento da
Aprendizagem na Idade Certa Professores-autores Material Educacional Nova Escola : 4o ano : 3o bimestre
Marília Gaspar Alan e Silva Amanda Bazilio Sousa Cavalcante, Ezequiel de : Ensino Fundamental : Caderno do Professor : Ceará /
Oliveira Meneses, Francisca Andréia do Nascimento [organização Associação Nova Escola]. – 1.ed. –
Orientador da Célula de Fortalecimento da Silva, Gleice Nascimento, Godofrêdo Sólon, José São Paulo : Associação Nova Escola : Governo do Estado
Gestão Municipal e Planejamento de Rede Edicarlos Araújo, Karine Emanuelle Santos Falcão, do Ceará, 2021.
Ana Paula Silva Vieira Leda Matos, Maria Jocyara Albuquerque Alves ISBN : 978-65-5965-124-5
Orientador da Célula de Cooperação Financeira Carvalho, Maria Lindaiane Ricardo dos Santos,
1. Língua Portuguesa (Ensino Fundamental). 2. Matemática
de Programas e Projetos Maria Neilza Lima Vieira Pinheiro, Maria Zilmar
(Ensino Fundamental). I. Associação Nova Escola.
Francisco Bruno Freire Timbó Teixeira Aragão e Reginaldo de Sousa
Orientadora da Célula de Fortalecimento Venâncio 11-2021 /208 CDD 372.19
da Alfabetização e Ensino Fundamental – Especialistas pedagógicas Índice para catálogo sistemático
Anos Iniciais Andréa Padeti, Kátia Chiaradia e Sônia Pereira 1. Ensino integrado : Ensino Fundamental 372.19
Karine Figueredo Gomes Vidigal Bibliotecária : Aline Graziele Benitez CRB-1 / 3129

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APRESENTAÇÃO

Estimado professor,
A Secretaria da Educação do Estado do Ceará – SEDUC, por meio da Secretaria
Executiva de Cooperação com os Municípios, através da Coordenadoria de Coope-
ração com os Municípios para o Desenvolvimento da Aprendizagem na Idade Certa
(COPEM), tem a satisfação de continuamente elaborar ações e políticas que contribu-
am com o aprimoramento do ensino-aprendizagem e com a elevação da qualidade da
educação ofertada no Ensino Fundamental.
Na busca de somar esforços, a Secretaria Executiva de Cooperação com os Mu-
nicípios estabeleceu parceria com a Associação Nova Escola em prol da produção de
materiais cada vez mais adequados ao princípio do apoio ao professor para o melhor
desenvolvimento de nossos estudantes.
Dessa forma, SEDUC, Associação Nova Escola, UNDIME-CE, consultores, técni-
cos e professores cearenses, com muita responsabilidade, empenho e dedicação tra-
balham para oferecer um material que promova o direito de aprendizagem das crian-
ças na idade certa, idealizado à luz do Documento Curricular Referencial do Ceará
(DCRC) e com ênfase na valorização da cultura do Ceará.
Por fim, todos os elementos aqui agregados têm como objetivo precípuo subsi-
diar o trabalho docente e cooperar efetivamente no desenvolvimento de nossos es-
tudantes, com vistas a uma educação que oportunize a todos a mesma qualidade de
ensino, com um aprendizado mais significativo e equânime.
Márcio Pereira de Brito
Secretário Executivo de Cooperação com os Municípios

Cara professora e caro professor cearense,


Este material nas suas mãos é especial. Ele concretiza nosso desejo de apoiar
sua prática e é a maneira que encontramos de estar sempre ao seu lado. Do planeja-
mento individual às reflexões depois de cada aula, você não está só.
Estão com você os mais de 600 professores e especialistas que contribuíram
para a criação das propostas dos projetos dos Planos de Aula Nova Escola, do Mate-
rial Educacional Nacional e do Material Educacional Regional. Os professores-autores
regionais, que são de diversos municípios cearenses, trouxeram suas experiências e
histórias para adaptar as aulas à identidade cultural do estado e ao Documento Curri-
cular Referencial do Ceará (DCRC).
O conteúdo foi feito de professor para professor porque, para nós da Nova Es-
cola, são esses os profissionais que entendem como criar as situações e atividades
ideais de ensino e aprendizagem. Temos em comum o mesmo objetivo: fazer com que
todos os alunos cearenses, sem exceção, aprendam e tenham a mais bonita trajetória
pela frente. Vamos juntos encarar esse desafio diário e encantador.
Equipe Associação Nova Escola

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CONHEÇA SEU MATERIAL
Nas próximas páginas, convidamos você a conhecer a proposta didática e a estrutura deste material, que foi cuida-
dosamente pensado para lhe apoiar em seu planejamento.
Nos textos a seguir, você encontrará aspectos fundamentais sobre a rotina didática do seu estado, bem como uma
breve apresentação da organização proposta em cada um dos componentes curriculares aqui presentes: Língua Portu-
guesa e Matemática. Por fim, você poderá conhecer a estrutura da coleção, de modo a explorar ao máximo o material
com os seus alunos... Vamos lá?

Rotina didática
O estabelecimento de uma rotina contribui para a previsibilidade e para a constância de ações didáticas voltadas
à promoção da aprendizagem e do desenvolvimento dos alunos, em consonância com as competências e habilidades
previstas no planejamento de ensino – “processo de decisão sobre atuação concreta dos professores no cotidiano de
seu trabalho pedagógico, envolvendo as ações e situações, em constante interações entre professor e aluno e entre os
próprios alunos” (DCRC, 2019, p.80).
A construção de uma rotina didática, concebida como prática do desenvolvimento do planejamento, favorece a
autonomia dos alunos. Ao antever os desafios, os estudantes, inseridos como protagonistas, terão a sua ansiedade
minimizada, fato que possibilita o envolvimento e a participação ativa e reflexiva (sugerindo a ampliação de atividades,
uso de materiais, dentre outros) no cumprimento satisfatório das atividades.
É importante que o professor reconheça a importância que a rotina assume, compreendendo o porquê de sua orga-
nização e o que é levado em conta ao se propor uma rotina no cotidiano escolar.
Dessa forma, a rotina didática constitui-se de uma estrutura organizacional que articula vários elementos, no intuito
de potencializar as ações pedagógicas voltadas para o processo de ensino e aprendizagem.
Dentre os elementos que estruturam e apoiam a operacionalização das rotinas, podemos citar:
• Conteúdos e propostas de atividades: os conteúdos são definidos a partir dos objetivos de aprendizagem, ou seja,
o que o professor deseja que os alunos aprendam com foco nas habilidades que se espera consolidar, visando ao
desenvolvimento das competências. Em virtude disso, o professor planeja as atividades, centradas nas modalida-
des organizativas e nas estratégias que serão utilizadas para cumprir os objetivos pedagógicos.
• Seleção e oferta de materiais didáticos: os materiais didáticos são importantes instrumentos de ensino. Quando
falamos de materiais didáticos, estamos considerando livros didáticos para os alunos, material de formação do
professor e outros recursos, como cartazes, jogos, suportes eletrônicos, internet, jornais etc. A escolha desses
recursos deve levar em consideração: os interesses das crianças, a pertinência das estratégias selecionadas e a
importância da mediação, dentre outros.
• Organização do espaço: a organização do espaço deve se adequar em razão da intencionalidade da atividade,
favorecendo o trabalho cooperativo e as interações, bem como os agrupamentos produtivos.
• Uso do tempo: o tempo previsto para iniciar, desenvolver e concluir cada um dos capítulos é de uma a duas aulas.
Contudo, o professor, com base no conhecimento do ritmo e da realidade de sua turma, faz as alterações que
considerar pertinentes.

Língua Portuguesa
A rotina didática de Língua Portuguesa sugerida para as turmas das escolas públicas do estado do Ceará está
estruturada a partir de modalidades organizativas denominadas: Atividades permanentes, Sequência de Ativida-
des e Atividades de Sistematização.

Modalidades organizativas:
As modalidades organizativas, sugeridas como estratégias metodológicas, atendem às demandas do DCRC,
tanto em relação às competências e habilidades como às práticas de linguagem (práticas de oralidade, práticas
de leitura, práticas de análise linguística e semiótica e práticas de escrita).
• Atividades permanentes: propostas de atividades realizadas com regularidades: diariamente, semanalmen-
te ou quinzenalmente. As atividades permanentes estão disponíveis na versão digital do material.
• Sequências de atividades: sequências didáticas de 16 capítulos, constituídas por blocos de três capítulos
sequenciados para uma das práticas de linguagem.
• Atividades de sistematização: constituídas por unidades de três capítulos, visando consolidar um determi-
nado conjunto de habilidades ou uma única habilidade.

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Matemática
A proposta de trabalho com a Matemática está alinhada ao DCRC, considerando a integração das unidades
temáticas da Matemática com outras áreas de conhecimento, apreciando a compreensão e a apreensão do sig-
nificado e de aplicações de objetos matemáticos. Nesse sentido, buscamos propiciar aos alunos uma visão inte-
grada da Matemática a partir do desenvolvimento das relações existentes entre os conceitos e os procedimentos
matemáticos.
A rotina de Matemática sugere a realização dos capítulos e atividades divididos em três etapas: analisar;
comunicar; e (re) formular.
• A etapa 1, analisar, é um momento para a mobilização dos conhecimentos matemáticos, ou seja, dos conhe-
cimentos prévios, com o objetivo de relacioná-los com os que serão construídos.
• A etapa 2, de comunicar, corresponde ao momento de registro da linguagem matemática, sendo um impor-
tante momento para verificar raciocínios e esquemas de pensamento.
• A etapa 3, de (re)formular, se inicia com as discussões e socialização dos registros feitos pelos estudantes.
Neste momento é importante permitir que troquem ideias e acrescentem detalhes importantes a seus pró-
prios registros, reorganizem seu raciocínio e defendam seus pontos de vista.
A rotina de Matemática valoriza e estimula a participação mais ativa dos estudantes.

Este material é composto por quatro volumes,


com uma versão para os alunos e outra para
você, professor. Cada volume corresponde a
um bimestre do ano letivo e inclui unidades
de Língua Portuguesa e Matemática. Na
versão digital do material, você encontra
unidades de Ciências, Geografia e História.
Os componentes curriculares estão
identificados por cores e por uma página
de capa, que mostra quando os respectivos
capítulos começam.

SEÇÕES
Indicam a etapa do capítulo.

ÍCONES
Indicam como as atividades PRATICANDO
devem ser realizadas. É hora de aprender fazendo!
Vamos praticar por meio de
Atividade oral atividades individuais ou
MÃO NA MASSA em grupo?
Atividade em dupla

Atividade em grupo
DISCUTINDO Vamos conversar com a turma
Atividade com anexo somente para Matemática sobre o que praticamos?
Atividade de recorte

Atividade no caderno RETOMANDO Momento de rever e registrar


o que foi visto no capítulo.

RAIO X Que tal relembrar o que você


somente para Matemática aprendeu?

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa 7
Unidade 1 – Como estudar e como compartilhar..........................................................................8
1 Transformar um texto em outro: resumo .................................................................................................................. 10
2 O que eu sei sobre resumo ..........................................................................................................................................14
3 Lendo resumos e sínteses........................................................................................................................................... 18
4 Lendo mais resumos e sínteses ............................................................................................................................... 22
5 Analisando resumos: descobrindo tabelas e diagramas .................................................................................... 26
6 Analisando resumos: explorando mais possibilidades em tabelas e diagramas .........................................30
7 Analisando resumos: organizando informações em tabelas e diagramas .....................................................33
8 Analisando resumos: descobrindo a linguagem ....................................................................................................37
9 Analisando resumos: explorando a linguagem .......................................................................................................41
10 Analisando resumos: revisando .................................................................................................................................45
11 Assistindo a seminários escolares .............................................................................................................................49
12 Planejando um seminário .............................................................................................................................................53
13 Apresentando um seminário .......................................................................................................................................57
14 Planejar a escrita de um resumo .................................................................................................................................61
15 Produzir um resumo ...................................................................................................................................................... 65
16 Revisar e editar .............................................................................................................................................................. 69

Unidade 2 – Concordância nominal.............................................................................................73


1 Estudo da língua escrita: descobrindo as relações entre as palavras ............................................................. 74
2 Estudo da língua escrita: explorando as relações entre as palavras ...............................................................78
3 Estudo da língua escrita: aplicando as relações entre as palavras ..................................................................82

Matemática 86
Unidade 1 – Frações unitárias e suas aplicações.......................................................................87
1 Encontrando frações unitárias ....................................................................................................................................88
2 Representando frações unitárias .............................................................................................................................. 92
3 Nomeando as frações e suas partes ........................................................................................................................ 96
4 Comparando e ordenando frações .........................................................................................................................100

Unidade 2 – Frações e representação decimal ......................................................... 104


1 Décimos...........................................................................................................................................................................105
2 Centésimos......................................................................................................................................................................109
3 Comparando frações e decimais............................................................................................................................... 113

Unidade 3 – Cálculo mental com múltiplos de dez...................................................................117


1 Somando e subtraindo ................................................................................................................................................. 118
2 Multiplicando e dividindo ........................................................................................................................................... 122

Unidade 4 – Investigando as propriedades da igualdade ......................................................126


1 Relação de igualdade .................................................................................................................................................. 127
2 Somar e subtrair ............................................................................................................................................................ 130
3 Qual é o valor? .............................................................................................................................................................. 134

Unidade 5 – Identificando ângulos retos e não retos .............................................................138


1 Ângulos ........................................................................................................................................................................... 139
2 Ângulos nas figuras planas ........................................................................................................................................ 143

Unidade 6 – Figuras planas e suas propriedades ................................................................... 147


1 Polígonos ........................................................................................................................................................................ 148
2 Triângulos e quadriláteros .......................................................................................................................................... 152
3 Simetria de reflexão ..................................................................................................................................................... 156

Anexos do Caderno do Aluno 160

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LÍNGUA
PORTUGUESA

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UNIDADE 1

COMO ESTUDAR E COMO COMPARTILHAR


COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

2; 3; 4; 5; 7; 9.

HABILIDADES DO DCRC

Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram
produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam

Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma
e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e
EF15LP02 recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos
gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas
antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.

EF15LP03 Localizar informações explícitas em textos.

EF15LP04 Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos gráfico-visuais em textos multissemióticos.

Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os
interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação
EF15LP05 (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto
e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à
produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.

Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorálo,
EF15LP06
fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.

EF05LP23 Comparar informações apresentadas em gráficos ou tabelas.

Planejar e produzir texto sobre tema de interesse, organizando resultados de pesquisa em fontes de informação
EF05LP14 impressas ou digitais, incluindo imagens e gráficos ou tabelas, considerando a situação comunicativa e o tema/
assunto do texto.

Utilizar, ao produzir o texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: regras sintáticas de concordância nominal
EF05LP26 e verbal, convenções de escrita de citações, pontuação (ponto final, dois-pontos, vírgulas em enumerações) e
regras ortográficas.

Utilizar, ao produzir o texto, recursos de coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores de relações
EF05LP27
de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível adequado de informatividade.

Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de
EF35LP07 concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas
em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.

Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizadas por colegas, formulando perguntas pertinentes ao
EF35LP18
tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

8 4 o ANO

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EF35LP19 Recuperar as ideias principais em situações formais de escuta de exposições, apresentações e palestras.

Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de recursos multissemióticos (imagens,
EF35LP20 diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a linguagem
à situação comunicativa.

OBJETOS DE CONHECIMENTO

• Revisão de textos; Edição de textos.

INFORMAÇÕES SOBRE O GÊNERO

• Os textos de divulgação científica fazem parte do gênero discursivo que tem por finalidade divulgar informações
relacionadas a descobertas científicas, de maneira acessível ao público em geral (não especializado no assunto).
Geralmente, expõem-se dados de uma determinada pesquisa, como: o que foi pesquisado, como e onde o estudo
foi realizado, quais os resultados da pesquisa e quais são as pessoas e entidades envolvidas. É comum que sejam
apresentados depoimentos de pessoas envolvidas na pesquisa ou de outros especialistas no assunto para atribuir
credibilidade ao texto. Eles, por sua vez, são publicados em revistas ou jornais de divulgação científica direcionados
a públicos variados.

PRÁTICAS DE LINGUAGEM

• L eitura/escuta (compartilhada e autônoma); Análise linguística/semiótica; Oralidade; Produção de textos (escrita


compartilhada e autônoma).

PARA SABER MAIS

• C AVALCANTE, M. C. B. MELO, C.T.V. Gêneros orais na escola. In: Diversidade textual: os gêneros na sala de aula / organizado
por Carmi Ferraz Santos, Márcia Mendonça, Marianne C.B. Cavalcanti — Belo Horizonte: Autêntica, 2007. p. 89 – 102.
Disponível em: http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/11.pdf. Acesso em: 20 set. 2021.
• DOLZ, J. GAGNON, R. DECÂNDIO, F. Produção escrita e dificuldades de aprendizagem. Campinas, SP: Mercado de Letras 2010.
• MENDONÇA. Márcia. Imagem e texto explicando o mundo: Infográfico. In: Diversidade textual: propostas para a sala de
aula. Formação continuada de professores / coordenado por Márcia Mendonça. Recife, MEC/CEEL, 2008. p.221-238.
Disponível em: http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/35.pdf. Acesso em: 20 set. 2021.
• MIRANDA, Neusa Salim. Reflexão metalingüística do ensino fundamental: caderno do professor/ Neusa Salim. - Belo
Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2006. 114 p. (Coleção Alfabetização e Letramento). Disponível em: http://www.ceale.fae.
ufmg.br/app/webroot/files/uploads/Col.%20Alfabetiza%C3%A7%C3%A3o%20e%20Letramento/Col%20Alf.Let.%2016%20
Reflexao_Metalinguistica.pdf. Acesso em: 20 set. 2021.
• ROJO, Roxane. O letramento escolar e os textos da divulgação científica – a apropriação dos gêneros de discurso na escola.
Linguagem em (Dis)curso – LemD, v. 8, n. 3, p. 581-612, set./dez. 2008. Disponível em: http://www.portaldeperiodicos.
unisul.br/index.php/Linguagem_Discurso/article/view/402/422. Acesso em: 20 set. 2021.
• SÃO PAULO (SP). Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Recuperação Língua Portuguesa –
Aprender os padrões da linguagem escrita de modo reflexivo: unidade IV – Você sabia? – Livro do professor / Secretaria
Municipal de Educação. – São Paulo: SME/ DOT, 2011. 56p. Disponível em: http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/
Files/16469.pdf. Acesso em: 20 set. 2021.

9 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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1. Transformar um texto em outro: resumo
PÁGINA 10 PÁGINA 11

UNIDADE 1
PRATICANDO
COMO ESTUDAR E COMO 1. Leia a seguir o trecho de uma reportagem sobre os benefícios de contar histórias

COMPARTILHAR para crianças. Depois, responda às questões.

Estudo mostra benefícios de contar histórias para crianças

©SDI Productions/E+/Getty images


1. Transformar um texto em outro: resumo

1. Leia o texto a seguir. Depois, responda às questões.

Reggie é um peru diferente, que não se sente

Everett Collection / Easypix Brasil


como as outras aves de sua fazenda. Ele percebe que
os fazendeiros estão apenas engordando os animais
para devorá-los mais tarde, mas ninguém presta
atenção no que ele diz. Quando chega a sua vez de ser
morto no Dia de Ação de Graças, Reggie tem sorte,
pois é poupado pelo presidente dos Estados Unidos
e adotado por sua filhinha, levando então uma vida
de conforto e mordomias. Um dia, Reggie é buscado
por Jake, um peru corajoso que recebeu ordens supe- Contar histórias para as crianças traz tanto benefícios fisiológicos quanto emocio-
riores para resgatá-lo. Segundo os planos, os dois animais devem entrar em uma máquina do tempo, voltar nais [...]. É o que provou um estudo inédito realizado com crianças de 2 a 7 anos, inter-
no século XVII e impedir que os colonos americanos tenham a ideia de matar perus nas festas de fim de ano. nadas em unidades de terapia intensiva (UTIs). Ao final de leituras [...], elas relataram
Reggie não tem a menor intenção de fazer a viagem, mas é obrigado por Jake a aceitar a aventura. Quando sentir menos dor, passaram a encarar o tratamento de forma mais positiva e ficaram
voltam no tempo, a dupla vai conhecer um mundo cheio de perigos – incluindo cães selvagens e caçadores de mais confiantes.
perus – mas também novas amizades e amores. [...]
“[A contação de história] possibilita que, a partir do pensamento e da imaginação,
Bons de bico. Disponível em: https://www.adorocinema.com/filmes/filme-214797/. Acesso em: 9 dez. 2021. a criança comece a habitar outro mundo, vá para outro mundo, o do personagem. [...]”
[...]
a. Do que esse filme trata? Você tem interesse em assistir a essa animação?
TOKARNIA, Mariana. Estudo mostra benefícios de contar histórias para crianças. Agência Brasil, 9
Explique. jun. 2021. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-06/estudo-mostra-be-
neficios-de-contar-historias-para-criancas. Acesso em: 26 out. 2021.

b. Qual é a finalidade desse texto para o leitor? Quais são as informações mais
importantes sobre o filme? Agora, responda às questões a seguir.
a. Você já tinha ouvido falar que contar histórias para as crianças traz benefícios
para elas? Você concorda com essa ideia? Por quê?

10 4 o ANO 11 L Í N G UA P O RT U G U ESA

PÁGINA 12 PÁGINA 13

b. Identifique no texto da reportagem três informações importantes. 2. Converse com um colega sobre as ideias principais do texto.

Agora elaborem um esquema com balões ou retângulos apresentando as informa-


ções principais do texto, como aquelas que devem constar em uma notícia (Quem?
O quê? Onde? Como? Por quê?).

2. Com base na resposta dada à questão anterior, escreva um pequeno parágrafo


com as três informações mais importantes do texto.

RETOMANDO

1. Leia o texto abaixo. Depois, identifique as ideias principais.

Medalhista paralímpico enfrenta desafio em ação solidária


Nadador Phelipe Rodrigues velejará do Ceará ao Maranhão

Após faturar o bronze na prova dos 50 metros estilo livre da classe S10 na Paralimpíada de Tóquio (Japão),
o nadador Phelipe Rodrigues embarca em um novo desafio no próximo domingo (26). Porém, agora será du-
rante as suas férias e por um motivo muito nobre. O medalhista pernambucano velejará de kitesurf por sete
dias do Ceará ao Maranhão em prol de uma ação solidária. O trajeto começa em Jericoacoara (CE) e termina
nos Lençóis Maranhenses com uma distância aproximada de 370 quilômetros.
Phelipe é voluntário no Projeto britânico Dreamflight há sete anos. A iniciativa organiza uma viagem
anual para 192 crianças em situação de vulnerabilidade social, com deficiência ou com alguma doença gra-
ve. O passeio de dez dias na Disney (EUA) é totalmente gratuito para os participantes.
“Aqui o resultado que importa não são os milésimos de segundos, mas conseguir bater a meta dos custos
da viagem dos sonhos de, ao menos, duas crianças”, declarou Phelipe, dono de oito medalhas paralímpicas
e amante de esportes na água como surfe, kitesurf e windsurf, através de sua assessoria de imprensa. O ob-
jetivo é arrecadar aproximadamente R$ 10 mil.
Além do campeão paralímpico, o desafio contará com a participação de outras dez pessoas. A viagem
deve durar entre seis e sete dias. Nesse período, as doações podem ser feitas direto no site do projeto.
JUSTO, Juliano. Medalhista Paralímpico enfrenta desafio em ação solidária. Agência Brasil, 24 set. 2021.
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2021-09/
medalhista-paralimpico-enfrenta-desafio-em-acao-solidaria. Acesso em: 25 out. 2021.

a. Pinte no texto o assunto principal.


b. Marque um X nas alternativas corretas que correspondem às informações ver-
dadeiras de acordo com o texto:
( ) O trajeto começa em Jericoacoara (CE) e termina nos Lençóis Maranhenses.
( ) Velejará de kitesurf por sete dias do Maranhão ao Ceará.
( ) Ele conquistou oito medalhas paralímpicas e ama os esportes na água como
surfe, kitesurf e windsurf.

12 4 o ANO 13 L Í N G UA P O RT U G U ESA

10 4 o ANO

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Habilidades do DCRC
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que
foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos,
da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições
de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre
EF15LP02
saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando
antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das
hipóteses realizadas.

Práticas de linguagem Materiais


Leitura/escuta (compartilhada e autônoma). • Folha de cartolina.
• Fichas de papel A4.
Sobre o capítulo
• Contextualizando: construir um cartaz coletivo Contexto prévio
com conhecimentos prévios sobre resumo. Os alunos já devem saber ler convencionalmente
• Praticando: ler texto-base para a seleção de de modo a serem capazes de compreender as dife-
informações importantes no texto. rentes informações de um texto para sintetizá-las.
• Retomando: produzir um resumo (avaliação
diagnóstica). Dificuldades antecipadas
É possível que os alunos ainda não estejam fami-
Objetivos de aprendizagem liarizados com o gênero resumo. É importante que
• Ler e compreender a função de diferentes re- nesse momento eles compreendam que o resumo
sumos e seus modos de circulação. consiste na informação reduzida de um texto escrito.
• Identificar a função, no interior das práticas de Reforce a ideia de que o resumo é muito útil para o
estudo e pesquisa, do gênero textual resumo estudo, porque permite fixar na memória os aspectos
escolar. principais do assunto estudado. Será necessário que os
alunos entendam e interpretem cada uma das partes
do texto-base, para depois elaborarem o resumo.

CONTEXTUALIZANDO Expectativas de respostas


1.
a. Espera-se que os alunos expressem sua opinião
Orientações
de apreciação com base no texto lido.
Antes da leitura do texto, explore as hipóteses iniciais b. É desejável que os alunos percebam que o texto
dos alunos sobre o texto, pedindo que eles analisem traz um resumo da animação com as informações
o título, a imagem e a fonte. Incentive os alunos a se mais importantes do filme, como a história que ele
expressarem livremente sobre as hipóteses. Em seguida, conta, onde ele é exibido (em que canal, em qual dia,
entregue uma ficha de papel A4 para que cada aluno em qual horário) e quem o produziu, por exemplo.
registre suas hipóteses. Essa ficha deverá ser colada
em uma cartolina que ficará exposta em sala de aula
para que, ao final do trabalho com esta unidade, os PRATICANDO
alunos tenham a oportunidade de comparar suas hipó-
Orientações
teses iniciais com as compreensões adquiridas após o Se considerar, necessário, consulte a página eletrônica
estudo do gênero textual resumo. Proponha a leitura em que aparece a reportagem na íntegra e faça a leitura
do texto e realize as atividades. Ao final, em uma roda do texto em voz alta para os alunos. Pode-se também
de conversa, incentive a troca de hipóteses sobre as convidar os alunos para uma leitura coletiva do texto.
perguntas propostas no Caderno do Aluno. Após a leitura, proponha a formação de uma roda de

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conversa sobre a temática abordada na reportagem. b. É desejável que os alunos escrevam sobre três as-
Faça perguntas que os instiguem a analisar o conteúdo pectos mencionados na reportagem, como: o estudo
e a levantar hipóteses e pressuposições sobre o texto realizado com crianças de 2 a 7 anos internadas
com base em seu título. Ao fazer considerações a res- em unidades de terapia intensiva (UTIs); o relato
peito da reportagem, explique aos alunos por que eles de crianças que sentiram menos dor, passaram
precisam selecionar as informações mais importantes a encarar o tratamento de forma mais positiva e
do texto. Reforce a ideia de que essas informações são ficaram mais confiantes; a contação de histórias
importantes para a produção de um resumo do texto. possibilita que, por meio do pensamento e da ima-
Ouça-os e medeie os comentários até que eles cheguem ginação, a criança habite outro mundo, o mundo do
a um consenso sobre as ideias principais apresentadas personagem; entre outras informações possíveis.
no texto-base. Ao final, faça perguntas, como: Vocês
se interessariam em ler um texto como esse? Por quê?
Alguém aqui tem o hábito de ler textos como esse? RETOMANDO
Vocês gostaram desse texto? entre outras.
No momento de socialização das respostas, faça Orientações
perguntas como: A reportagem sobre os benefícios Realize uma leitura coletiva do texto e, em seguida,
da contação de histórias para crianças foi escrita pela promova um debate fazendo perguntas como: Vocês já
mesma pessoa que fez a pesquisa? As informações ouviram falar em paralimpíada? O que sabem sobre as
apresentadas no texto foram organizadas pela mesma paralimpíadas? O que o medalhista pernambucano fará
pessoa que escreveu o texto? entre outras. Explique aos por sete dias do Ceará ao Maranhão em prol de uma ação
alunos sobre a autoria dos textos. É importante que eles solidária? O trajeto começa em que cidade do Ceará?
compreendam que quem produz um resumo também Onde termina? entre outras. Medeie os comentários
se posiciona como autor. Por meio desses questiona- dos alunos e observe se eles conseguem listar pontos
mentos, espera-se que os alunos iniciem as reflexões relevantes do texto para organização das informações
sobre o processo de autoria de resumos e percebam em um esquema, pois, nesse momento, eles vão praticar
que, geralmente, resumos são fundamentados em um a organização das ideias em um esquema. Essa é uma
texto-base, de autoria distinta. etapa importante para a produção do gênero resumo.
Para finalizar, converse com os alunos sobre a im- Após esse momento interativo, organize a turma em
portância de articular as orações em um parágrafo. duplas para que os alunos comentem aspectos do texto
Explique-lhes que cada frase que compõe o parágrafo que mais lhes chamaram a atenção. Reforce com eles
retoma uma ideia principal do texto-base. Espera-se a importância de destacar no texto as ideias princi-
que os alunos compreendam que todo texto tem uma pais, ou seja, relevantes para a produção do resumo.
finalidade; em se tratando do resumo, os objetivos são Enquanto isso, circule entre as duplas para observar
expor as ideias principais do texto-base e fixar melhor o andamento da atividade e sanar possíveis dúvidas.
conteúdo desse texto. O resumo está presente em várias Em seguida, fomente o momento de exposição da
situações do cotidiano, como apresentações culturais, atividade. Medeie esse momento, permitindo aos alunos
sinopses de filmes, noticiários, boletins informativos, que se expressem de forma natural. Ao final, quando
livros etc. Espera-se que os alunos também entendam todas as duplas já tiverem se pronunciado, faça o fe-
que, para se produzir um resumo escolar, por exem- chamento da aula com comentários pertinentes sobre
plo, é necessário considerar a temática, o contexto de o texto e o assunto abordado.
produção, o meio de circulação, a finalidade do texto, Explique aos alunos que, ao produzir o esquema com
entre outros elementos que constituem o gênero textual. as informações principais, eles praticarão o resumo.
É importante que os alunos compreendam que é por
Expectativas de respostas meio de um texto-base que se pode fazer um resumo.
1.
a. Espera-se que os alunos se expressem sobre os Expectativas de respostas
benefícios da contação de histórias para crianças. 1. É importante que os alunos reconheçam a repor-
É importante que citem a finalidade do projeto tagem “Medalhista paralímpico enfrenta desafio em
que auxilia crianças internadas em unidades de ação solidária” como texto-base para a produção
terapia intensiva (UTIs). de um resumo. Para essa atividade, espera-se que,

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após a leitura do texto, os alunos identifiquem as a. O medalhista pernambucano velejará de kitesurf
informações essenciais em cada parágrafo da repor- por sete dias do Ceará ao Maranhão em prol de
uma ação solidária.
tagem. Essas informações podem ser organizadas
b. Gabarito:
em registro escrito e articuladas na ordem em que
( X ) O trajeto começa em Jericoacoara (CE) e
aparecem no texto. termina nos Lençóis Maranhenses.
2. Espera-se que os alunos planejem um esquema ou ( ) Velejará de kitesurf por sete dias do Maranhão
mapa mental com as informações principais do texto, ao Ceará.
como aquelas que devem constar em uma notícia ( X ) Ele conquistou oito medalhas paralímpicas
(quem, o quê, onde, como etc.). É importante que e ama os esportes na água como surfe, kitesurf
e windsurf.
eles percebam que, para cada balão ou retângulo do
esquema, devem apresentar uma informação extraída
do texto. Essa informação pode ser expressa em uma
frase ou com apenas uma palavra ou expressão.

ANOTAÇÕES

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2. O que eu sei sobre resumo
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2. O que eu sei sobre resumo PRATICANDO

1. Leia a seguir um trecho de uma notícia publicada no site da Agência Fapesp.


1. Complete as lacunas abaixo com as palavras dos quadros.
Depois, responda às questões.

Pesquisas com serpentes dão origem a livro infantil sobre jararacas

©Phichat Phruksarojanakun / EyeEm / Getty images


Donas de fama negativa no imaginário popular, as jararacas, serpentes peçonhentas encontradas em
várias regiões do país, ganharam representação mais amigável no livro “Jararaca, sim, com muito orgulho”,
de Otavio Augusto Vuolo Marques, diretor do Laboratório de Ecologia e Evolução do Instituto Butantan, e
Jussara Goyano, com ilustrações de Fernando Bastos.
[...]
O livro é voltado ao público infantil e apresenta informações científicas básicas sobre as serpentes por
meio de boxes ilustrados. A história parte da curiosidade de sua protagonista, uma pequena jararaca que
deseja saber de onde veio e por que é como é – com uma língua que não para dentro da boca, sem orelhas e
com outras características anatômicas decorrentes do processo evolutivo que remonta aos seus antepassa-
dos lagartos.
Com linguagem simplificada, os autores explicam, por exemplo, por que as serpentes “perderam” as per-
nas ao longo da evolução. Além de informações sobre o processo, o livro traz atividades ao apresentar uma
árvore filogenética, representação gráfica das relações evolutivas entre várias espécies com um ancestral
comum, propondo que o leitor desenhe a árvore genealógica de sua família, preenchendo espaços de um
menor – autor – palavras
gráfico com os nomes dos seus pais, avós, bisavós e trisavós.
[...]
A jararaca da história é nativa do continente e parte em busca de sua identidade até parar na Ilha da
a. Resumir é tornar o texto , escrevendo-o com suas Queimada Grande, conhecida como Ilha das Cobras, no litoral paulista. Lá ela faz novos amigos e conhece a
jararaca-amarela, ou jararaca-ilhoa, típica do local.
sem mudar a ideia estabelecida pelo Localizada dentro de uma área de proteção ambiental, a ilha tem uma das maiores densidades popula-
cionais de serpentes do mundo: são 430 mil m² de área de Mata Atlântica habitados quase que exclusiva-
. mente por serpentes. Estudos estimam que existam 2.300 jararacas-ilhoas no local, além de outra cobra, a
dormideira, mais rara.
[...]
FREIRE, Diego. Pesquisas com serpentes dão origem a livro infantil sobre jararacas. Agência Fapesp, 10 nov. 2015. Disponível em:
texto – público https://agencia.fapesp.br/pesquisas-com-serpentes-dao-origem-a-livro-infantil-sobre-jararacas/22202/. Acesso em: 23 nov. 2021.

©Antonio L. Sforcin Amaral / EyeEm / Getty images


b. Um resumo é sempre feito com base em outro . Ao

resumir, é importante saber com antecedência a qual

o texto-base é destinado.

comparar – temas

c. Podemos trabalhar resumos com semelhantes para

e encontrar diferenças e semelhanças entre eles.

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a. Qual é a principal informação do 1o parágrafo?


RETOMANDO

1. Após a escrita do texto, troque o texto com outra dupla.

a. Verifique se alguma informação importante não apareceu ou se algum dado


b. Qual é a principal informação do 2o parágrafo? pode ser eliminado. Resuma a seguir esses pontos de melhorias do texto da
outra dupla.

c. Qual é a principal informação do 3o parágrafo?

d. Qual é a principal informação do 4o parágrafo?

e. Qual é a principal informação do 5o parágrafo?


b. Com base nas observações dos colegas, faça os ajustes que considerar neces-
sários no seu resumo.

2. Com um colega, você vai escrever um resumo do texto. Redija-o apresentando as


principais informações, levantadas na atividade anterior, em orações articuladas
em apenas um parágrafo de, no máximo, seis linhas.

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Habilidade do DCRC
Planejar e produzir textos sobre temas de interesse, com base em resultados de observações e pesquisas
EF04LP21 em fontes de informações impressas ou eletrônicas, incluindo, quando pertinente, imagens e gráficos ou
tabelas simples, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

Práticas de linguagem Dificuldades antecipadas


Leitura/escuta (compartilhada e autônoma). O resumo compõe diferentes práticas sociais. Ao
contar uma história para os colegas, por exemplo,
Sobre o capítulo os alunos resumem seus acontecimentos, sumari-
• Contextualizando: analisar e descrever imagem. zando os pontos mais importantes. Por esse motivo,
• Praticando: selecionar as principais informações alguns alunos podem apresentar dificuldade em
de um texto e elaborar um resumo. estabelecer, de maneira consciente, estratégias de
• Retomando: revisar resumos. seleção e de registro das ideias principais de um
texto em um contexto formal, pois podem focar
Objetivo de aprendizagem exclusivamente em seus interesses pessoais pen-
• Selecionar e sintetizar informações de um texto. sando mais no que lhes chama a atenção do que
nos propósitos do texto em estudo.

CONTEXTUALIZANDO PRATICANDO
Orientações Orientações
Converse com os alunos sobre as especificidades do Dê um tempo para que os alunos realizem a leitura
gênero resumo. Reforce com eles a ideia de que o resu- do trecho da notícia. Após a leitura integral, oriente-os
mo deve apresentar ideias principais de um texto-base. a reler cada um dos parágrafos enquanto selecionam
Promova, em seguida, uma roda de conversa para que as informações mais importantes e respondem aos
socializem suas observações e vá anotando no quadro, itens. Depois, organize-os em duplas e incentive-os
ou em um suporte amplo, as respostas apresentadas. a comparar e conversar sobre as respostas dos itens,
Isso será importante para que eles, aos poucos, se de modo que se preparem para a produção escrita da
apropriem da estrutura de tópicos, ótimo recurso para próxima atividade. Durante essa troca entre duplas, os
a produção de resumos. Nessa conversa, um cartaz alunos podem rever as respostas aos itens da atividade
contendo um texto-base e seu resumo pode ser apre- 1 e selecionar palavras-chave que devem aparecer em
sentado à turma para que, assim, a apropriação do seus resumos. Eles podem, também, hierarquizar as
conhecimento flua de forma mais eficaz, por intermédio informações que selecionaram do texto-base por grau
do recurso visual. Após esse momento, oriente-os a de importância.
realizar a atividade. Enquanto respondem, circule entre
os alunos, observando suas respostas e auxiliando com Expectativas de respostas
explicações pontuais no preenchimento das lacunas. 1.
a. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem
Expectativas de respostas a publicação do livro “Jararaca, sim, com muito
1. orgulho”, de Otavio Augusto Vuolo Marques.
a. menor – palavras – autor b. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem
b. texto – público que se trata de um livro infantil com informações
c. temas – comparar científicas sobre jararacas.

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c. R esposta pessoal. Espera-se que os alunos citem O livro é resultado de uma pesquisa voltada para
que o livro conta com atividades que podem ser os gêneros textuais, desenvolvida na Universidade de
realizadas pelos leitores. Caxias do Sul. Ele segue a proposta dos Parâmetros
d. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem Curriculares Nacionais no que se refere ao aperfei-
que a história do livro se passa na Ilha das Cobras. çoamento da competência comunicativa dos usuários
e. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem da língua e propõe a leitura, a análise e a escrita de
as características da Ilha das Cobras descritas diferentes gêneros textuais, por meio de exercícios
no texto. diversificados, inovando ao apresentar sugestões de
atividades voltadas à prática de análise linguística.
Orientações • COSTA, Sérgio R. Dicionário de gêneros textuais.
Antes de inciar esse momento de escrita na atividade Autêntica, 2018.
2, esclareça para a turma a importância do silêncio O dicionário oferece aos professores uma obra de
para a realização eficaz dessa atividade. referência fundamental para a utilização competente
Oriente as duplas a trocar ideias de forma calma, de gêneros, tanto orais quanto escritos, como objeto
que não atrapalhe o raciocínio das demais duplas. e objetivo essenciais no ensino da língua.
Lembre-os de que resumir não é colocar suas ideias
em um novo texto, mas escrever um novo texto mantendo Expectativas de respostas
as ideias do autor do texto-base e usando as próprias 2. Espera-se que os alunos percebam as ideias
palavras. É uma forma de criar um texto reduzido com relevantes que estão presentes no texto-base
base no texto original. da notícia. As informações devem aparecer em
Enquanto as duplas realizam essa atividade, circule forma de orações dentro de um único parágrafo.
na sala observando o decorrer das escritas e sanando É importante que essas informações estejam arti-
as possíveis dúvidas que surgirem. culadas de acordo com a ordem de apresentação
Ao final, estabeleça um momento de conversa e das ideias do texto-base.
compartilhamento dos textos produzidos. Lembre-os
de que os dois integrantes devem escrever o resumo
RETOMANDO
no Caderno do Aluno.
Durante todo o processo, mantenha o cartaz que
Orientações
contém o exemplo de texto-base e o resumo em local
Propicie um momento de troca dos resumos entre
estratégico da sala para servir de norte para as duplas.
duplas, para que os alunos revisem os textos dos co-
Para aprofundamento e fundamentação teórico-me-
legas. Para este momento, incentive-os a retomar a
todológica a respeito dos assuntos trabalhados neste leitura do texto-base e das respostas da atividade 1
capítulo, as obras e os materiais a seguir podem ser do Praticando, de modo a verificarem se falta alguma
consultados: informação importante nos resumos dos colegas. Após
• KÖCH, Vanilda S.; MARINELLI, Adiane F. Gêneros o momento de revisão por pares, as duplas devem
textuais: práticas de leitura, escrita e análise. Vozes, retornar ao próprio resumo e reescrevê-lo, com base
2015. nos apontamentos dos colegas.
Aproveite este momento de escrita e rescrita para
realizar uma avaliação diagnóstica da produção textual
dos alunos e, ao final da unidade, compare este resu-
mo com a nova produção e veja o quanto avançaram.

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3. Lendo resumos e sínteses
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3. Lendo resumos e sínteses PRATICANDO

1. Leia os textos a seguir. Depois, responda às questões.


1. Observe com atenção esta imagem. Depois, responda às questões.

Texto 1

Malte Mueller/Getty images


Selvas desaparecendo
As selvas são talvez os habitats mais ameaçados do planeta. Na Bacia Amazônica, atualmente, estamos
perdendo uma área da floresta tropical equivalente a 3 campos de futebol a cada minuto devido à destruição
causada por humanos para a extração de madeira, terras para a agricultura e para a construção de estradas.
A destruição das florestas nos prejudica. Pessoas perdem suas casas, sua segurança e renda. Espécies de
animais são ameaçadas de extinção e o planeta se torna mais vulnerável às mudanças climáticas.
[...]
WWF BRASIL. Nossas florestas e selvas. [2020]. Disponível em:
https://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/downloads/primary_ourforests_jungles_br_pt_final.pdf. Acesso em: 18 ago. 2021.

Texto 2

Alertas de desmatamento na Amazônia por ano (2015-2020)

10k
9 178

8 426

8k
a. Ao observar a imagem, o que você imagina que está acontecendo com os animais?
6 032

Área (em Km2)


6k
4 951

4k 3 551

2 195
2k

b. Como você descreveria essa imagem para alguém que não pudesse vê-la?
0
2015 2016 2017 2018 2019 2020

PINHEIRO, Mariana; PINHEIRO, Lara. Número de alertas de desmatamento na Amazônia é 2º pior em


5 anos, apontam dados do Inpe. G1, 8 jan. 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/natureza/amazonia/
noticia/2021/01/08/desmatamento-na-amazonia-legal-em-2020-foi-o-segundo-pior-nos-ultimos-5-anos-
apontam-dados-do-inpe.ghtml. Acesso em: 16 ago. 2021.

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Agora, responda às questões a seguir.


RETOMANDO
a. Você já esteve em uma floresta? De que floresta o texto trata?

1. Leia o texto abaixo. Depois, faça o que se pede a fim de identificar as ideias princi-
pais do texto para um resumo.

Ceará é 4º estado do Nordeste em desmatamento com 10 mil hectares


degradados em 2020
b. O que está acontecendo com as florestas? Explique.
Quando o 'Cocó pegou fogo' e trouxe sérios danos à biodiversidade, além dos impactos na saúde da po-
pulação próxima, ficou evidente o prejuízo das queimadas. Ao atingir 46 hectares em uma área de forte
densidade populacional em uma das principais capitais do Nordeste, viu-se que o dano é sério.
Em 36 anos, quase um milhão e meio de hectares no Ceará foi tomado pelo fogo, nas mais diferentes
áreas, sobretudo em vegetação nativa. As queimadas e desmatamento só não são os maiores vilões am-
bientais porque sujeito é quem faz a ação. “Na Caatinga, todas as queimadas são antrópicas, são ações hu-
manas”, lembra Francisca de Araújo, professora do Departamento de Biologia da Universidade Federal do
Ceará (UFC).
c. Em sua opinião, o que poderia ser feito para evitar a perda de áreas da floresta tro- Parte dos focos de incêndio no bioma caatinga tem motivação definida: preparo de terra para plantio. Se
pical? Explique sua resposta. para capinar um hectare são necessárias 10 diárias de um trabalhador rural, por exemplo, quando ocorre a
queima este custo laboral cai para dois ou três dias.
“Essa forma de uso da terra destrói a biodiversidade. A temperatura nos cinco primeiros centímetros
chega a 150 graus celsius, isso esteriliza o solo, mata a fauna, mata as sementes das plantas herbáceas”,
explica Francisca Araújo.
[...]
MELQUIADES JÚNIOR, Antônio. Ceará é 4º estado do Nordeste em desmatamento com 10 mil hectares degradados em 2020.
Diário do Nordeste, 24 nov. 2021. Disponível em: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/regiao/ceara-e-4-estado-do-
nordeste-em-desmatamento-com-10-mil-hectares-degradados-em-2020-1.3162991. Acesso em: 25 nov. 2021.
d. Que problema mencionado no Texto 1 pode ser confirmado pelas informações apre-
sentadas no Texto 2? Sublinhe no texto as ideias principais que você identificou. Com suas próprias pala-
vras, organize essas ideias na ordem em que elas aparecem no texto.

2. Em grupo, converse com seus colegas sobre o que está acontecendo com as flores-
tas na região da Amazônia de acordo com os Textos 1 e 2. Depois, identifique três
problemas apontados no Texto 1 e descreva-os em três frases no espaço a seguir.

3. Reúna-se em grupo para discutir os dados apresentados no gráfico do Texto 2.


Depois, escreva em tópicos os pontos principais abordados na discussão.

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Habilidades do DCRC
EF35LP03 Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais,
EF35LP17
em textos que circulam em meios impressos ou digitais.
Reconhecer a função de gráficos, diagramas e tabelas em textos, como forma de apresentação de dados
EF04LP20
e informações.

Práticas de linguagem Dificuldades antecipadas


Leitura/escuta (compartilhada e autônoma). O resumo compõe diferentes práticas sociais.
Ao contar uma história para os colegas, por exem-
Sobre o capítulo plo, os alunos resumem seus acontecimentos,
• Contextualizando: analisar e descrever imagem. sumarizando os pontos mais importantes. Por
• Praticando: ler e compreender texto informativo esse motivo, alguns alunos podem apresentar
e gráfico, sintetizar e registrar conclusões. dificuldade de estabelecer, de maneira cons-
• Retomando: selecionar uma informação impor- ciente, estratégias de seleção e de registro das
tante sobre um tema de estudo. ideias principais de um texto em um contexto
formal, pois podem focar exclusivamente em
Objetivo de aprendizagem interesses pessoais, pensando mais no que
• Selecionar e sintetizar informações de um texto. lhes chama a atenção do que nos propósitos
do texto em estudo.
Materiais
• Enciclopédias, revistas, jornais e livros.
• Dispositivos eletrônicos com acesso à internet
(opcional).

CONTEXTUALIZANDO b. Sugestão de resposta: imagem de uma floresta


com árvores altas e alguns animais como pássaros,
Orientações ursos e um felino, que se assemelha a uma onça.
Solicite aos alunos que, individualmente, analisem a Nessa floresta, há também um ambiente mais
imagem apresentada e reflitam sobre as perguntas propos-
aberto e parcialmente desmatado, onde a luz do
tas. Promova uma roda de conversa para que socializem
sol transpassa com maior facilidade. É possível
as respostas de ambas as atividades. No quadro, use
tópicos para registrar os comentários dos alunos como identificar ainda atividades humanas relaciona-
um modo de chamar a atenção deles para o registro dos das à extração de madeira. Há um cervo próximo
aspectos relevantes da imagem na exploração do primeiro dessa área e um pássaro sobrevoando. Veem-se
item da atividade 1. Na discussão sobre o segundo item montanhas ao fundo da imagem. Há também três
da atividade 1, solicite aos alunos que apontem os pontos círculos de destaque com as respectivas figuras:
importantes da imagem, descrevendo-a. Uma sugestão é um felino que se assemelha a um tigre, um trator
pedir que se coloquem no papel de alguém que precisa extraindo madeira e um incêndio florestal.
descrever a imagem para uma pessoa com deficiência É possível ver, ainda, as consequências das quei-
visual. Assim, é natural que iniciem a descrição pelos madas, como animais que perderam seu habitat
aspectos que mais lhe chamem a atenção e finalizem e árvores destruídas. Um pássaro sobrevoando a
com detalhes menos perceptíveis. É desejável que os área parece mostrar que a ave estava procurando
alunos percebam que a tarefa de resumir está presente o local de seu ninho. Espera-se que os alunos
em diferentes campos do cotidiano. identifiquem alguns animais como pertencen-
Expectativas de respostas tes à sua região. Por exemplo, pássaros como
1. o galo-de-campina ou o cardeal. E, em algumas
a. Resposta pessoal. localidades, o pássaro em meio ao solo devastado
pela queimada, como um sabiá-laranjeira.

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de escrita, isto é, embora cada grupo tenha realizado
PRATICANDO a síntese do mesmo texto, cada grupo utilizou a própria
maneira de escrever sobre ele.
Orientações Por fim, solicite aos alunos que, mantendo a mesma
Organize a turma em pequenos grupos. É impor- formação de grupos, analisem o gráfico apresentado
tante que os grupos mesclem alunos em diferentes no Texto 2. Saliente a necessidade de se observar
estágios de aprendizagem e habilidades para que o tanto a linha horizontal (anos) quanto a linha vertical
trabalho seja mais produtivo. Recomenda-se trabalhar (área). Circule entre os grupos para acompanhar a ati-
com grupos de, no máximo, quatro integrantes. Solicite vidade. Ao final, solicite aos alunos que compartilhem
a leitura dos textos e oriente-os a conversar sobre o e justifiquem suas respostas. Estimule-os a formular
que entenderam e o que já conhecem sobre a temática e a expressar opiniões pessoais a respeito do tema
abordada. Circule entre os grupos e formule questões discutido nos textos. Faça perguntas como: Como o
sobre os textos. Evite fornecer respostas nesse momento,
grupo chegou a essa conclusão? Por quê? Comparando
apenas estimule os alunos a comentar o que notaram
as barras vermelhas, qual foi o ano com maior alerta
nos textos. Ao final da atividade em grupos, promova
de área desmatada? Qual foi o ano que teve menor
uma roda de conversa e medeie a socialização das
alerta de área desmatada? Por que vocês acham que
respostas dos itens da atividade 1.
isso aconteceu? Como poderíamos evitar ou solucionar
É possível, no Texto 1, realizar uma leitura em voz
esse problema? etc. Ouça-os atentamente e medeie
alta com os alunos. É possível, no Texto 2, analisar
o debate.
comparativamente as informações do gráfico, desen-
volvendo um trabalho interdisciplinar com leitura de Expectativas de respostas
gráficos, levando os alunos a comparar os números 1.
que cada barra representa em termos de grandeza.
a. Espera-se que os alunos identifiquem a região
É fundamental também retomar com eles a função
onde ocorre o problema ambiental apresentado
dos gráficos como forma de apresentação de dados
no texto: A região da Floresta Amazônica.
e informações.
b. É desejável que os alunos reconheçam as causas
Oriente a turma a manter os mesmos grupos e a
e as consequências decorrentes da degradação
responder à atividade 2, conversando sobre as flo-
do meio ambiente provocadas por atividades hu-
restas na região amazônica e elaborando três frases
manas na região amazônica.
que resumam as ideias apresentadas no Texto 1. É
c. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos susten-
importante que os alunos compreendam que não se
trata de uma cópia de frases-chave do texto, mas de tem algum argumento com ações factíveis direta-
expor as ideias do texto com as próprias palavras. mente relacionadas aos problemas apresentados.
Circule entre os grupos e acompanhe a realização da d. Espera-se que os alunos apontem como problema
atividade. Faça perguntas como: Qual é a informação mencionado em ambos os textos o desmatamento
que aparece primeiro no texto? Como essa informação e a queimada na floresta tropical. Eles podem
pode ser escrita de maneira diferente sem que a ideia citar como consequência a perda de uma área
apresentada seja alterada? etc. da floresta tropical equivalente a 3 campos de
Ao final dessa atividade, guie a socialização das futebol a cada minuto.
respostas dos grupos. Ao final da apresentação de 2. É importante que os alunos apresentem as ideias
todos os grupos, promova um momento de reflexão principais do texto como forma de familiarizar-se
ao propor perguntas como: As respostas foram escritas com o gênero textual resumo. Sugestão de res-
da mesma maneira? Elas tratam do mesmo assunto? posta: destruição causada por humanos para a
Os mesmos aspectos foram mencionados por todos extração de madeira, terras para a agricultura e
os grupos? Por quê? Os textos produzidos são cópias para a construção de estradas.
de outro texto? Por quê? Reforce a ideia de que um 3. Sugestão de resposta em tópicos:
resumo costuma ser distinto do texto-base e, por isso, • Diminuição no nível de alertas de desmatamento
não é considerado uma cópia de um texto, mas uma na Amazônia entre os anos de 2017 e 2020.
produção baseada em outra. Também é fundamental • Avanço significativo na degradação do meio
que os alunos percebam a subjetividade no processo ambiente no período entre 2015 e 2020.

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de aula. Ao fim desse registro, guie a leitura coletiva
RETOMANDO do cartaz e questione-os: Como vocês fizeram para
selecionar a informação mais importante para vocês?
Orientações Algum grupo precisou reler as anotações? Por quê?
Realize uma leitura coletiva do texto e, em seguida, Ouça a turma e medeie as respostas. Espera-se que
promova um debate fazendo perguntas como: O que os alunos percebam como os processos de síntese,
vocês pensam sobre esses dados? A que conclusões o topicalização e sumarização são importantes para o
autor da pesquisa chegou? Quais são as maiores causas contexto escolar e, especialmente, para a retomada
das queimadas e do desmatamento segundo o texto? Na de informações e para a construção de resumos. Veja
região em que você vive é comum ações como esta? Em algumas sugestões para o título do cartaz: “Síntese
caso afirmativo, que problemas essa ação causa para a das nossas aprendizagens”, “Informações importantes
população local? Medeie o debate e observe se os alu- sobre desmatamento”, “Tópicos sobre desmatamento”,
nos conseguem listar pontos relevantes do texto para, entre outros.
posteriormente, resumi-lo, como pedido na atividade 2.
Essa produção deverá ser feita individualmente e comporá Expectativas de respostas
uma avaliação diagnóstica dos alunos, ao proporcionar a 1. Resposta pessoal.
observação de aspectos da convenção escrita de cada um. 2. Espera-se que os alunos leiam com atenção o
Não utilize a atividade para compor a nota somativa. Ela texto proposto, “Ceará é 4º estado do Nordeste
servirá para evidenciar o ponto de partida dos alunos e, em desmatamento com 10 mil hectares degra-
ao fim, mapear os avanços e o que precisa ser me­lhorado. dados em 2020”, e identifiquem as ideias prin-
Portanto, essa atividade não deve ser compartilhada com cipais do texto. Eles deverão voltar à leitura do
os demais alunos, tampouco seu resultado. texto com o objetivo de sublinhar passagens
Peça para que os alunos, ainda em grupos, selecio- que apontem para as informações principais. Em
nem a informação mais importante que aprenderam seguida, deverão organizar essas informações
neste capítulo. Um aluno de cada grupo deverá fazer o na ordem em que elas aparecem no texto com
registro em um papel pardo fixado na parede da sala as próprias palavras.

ANOTAÇÕES

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4. Lendo mais esumos e sínteses
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4. Lendo mais resumos e sínteses PRATICANDO

1. Leia o texto e complete o quadro com as informações necessárias.

Alvaro Medina Jurado/Moment/Getty Images


Texto 1
Águas do Rio São Francisco chegam ao Ceará após 12 anos de obras

Após 12 anos de uma obra que passou por quatro presidentes, diversas construtoras e muitas polêmicas,
as águas da Transposição do Rio São Francisco chegaram ao Ceará no início da tarde desta sexta-feira (26),
pelo município de Penaforte, localizado no sul do Estado, a aproximadamente 550 Km de Fortaleza.
[...]
A ideia da transposição de águas do Velho Chico como forma de solucionar a escassez hídrica causada
pelas secas existe desde o Segundo Império, ainda no Século XIX. Mas a obra em si foi iniciada em 2007.
Inicialmente, eram cinco anos previstos para a construção de 477 Km em dois grandes canais – Eixo Leste e
Eixo Norte – para abastecer açudes e rios intermitentes (que desaparecem nos períodos de seca), não ape-
nas no Ceará, mas em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.
[...]
CRISPIM, Maristela. Águas do Rio São Francisco chegam ao Ceará após 12 anos de obras. Agência Econordeste, 26 jun. 2020.
Disponível em: https://agenciaeconordeste.com.br/aguas-do-rio-sao-francisco-chegam-ao-ceara-apos-12-anos-de-obras/.
Acesso em: 24 nov. 2021.

Preencha o quadro de acordo com as informações do texto.

Qual o tema
1. Reúna-se com um colega e responda às questões a seguir. abordado pelo
texto?
a. Na produção de um resumo, o texto-base é reduzido e transformado em um
novo texto. Como essa transformação é possível? Explique.
Para quais públicos
o texto foi escrito?

Onde o texto
foi publicado?

Para que servem


b. Descreva as etapas para a produção de um resumo.
textos como esse?

2. Leia a seguir o trecho de uma reportagem. Depois, reúna-se com um colega e res-
ponda às questões a seguir.

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Texto 2 ⊲ 3º parágrafo:
Livro conta história de pesquisadoras para inspirar futuras cientistas

“No Nordeste brasileiro, vive até hoje uma cientista muito valente.” É assim que começa a história que nar-
ra a vida e as contribuições à ciência da pesquisadora Alzira Maria Paiva de Almeida. O livro Histórias para
inspirar futuras cientistas (Edições Livres/Fundação Oswaldo Cruz), lançado este mês, conta a trajetória da
pernambucana no controle da peste bubônica em Exu (PE). Além de Alzira, outras 12 pesquisadoras são apre-
sentadas na publicação.
De autoria de Juliana Krapp e Mel Bonfim, a obra está disponível de graça na plataforma Porto Livre e no
⊲ 4º parágrafo:
repositório Arca. “Escrevemos este livro para contribuir com uma iniciativa maior chamada de Mais meninas
e Mulheres na Ciência, já que as mulheres são a maioria da população mundial, mas apenas um terço dos
cientistas no mundo”, disse Mel Bonfim no evento virtual de lançamento. A produção foi apresentada durante
a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
Como o próprio nome do livro explica, a ideia é inspirar crianças e adolescentes. “Tivemos oportunidade de
conhecer melhor histórias de mulheres que construíram pesquisas e projetos de vida fabulosos. São pesquisa-
doras diferentes entre si, mas que têm pelo menos uma coisa em comum: dedicaram sua vida à ciência, a fazer
descobertas, a descobrir vacinas, a desenvolver campos novos, mas também têm batalhado para tornar o Brasil
um país menos desigual, um lugar melhor de se viver para todos e todas”, apontou Juliana no lançamento virtual.
Além de Alzira, o livro traz a paulistana Bertha Lutz que descreveu mais de 80 espécies de anfíbios. Do Rio de
Janeiro, vem a pesquisadora Christina Morais, que desenvolveu testes melhores e mais baratos para detectar a
RETOMANDO
presença de pesticidas em alimentos. Foi Miriam Tendler, liderando um grupo no campus Fiocruz, que desen-
volveu a primeira vacina brasileira para a esquistossomose. Esses são só alguns exemplos dos nomes homena- 1. Agora é a sua vez! Escreva um resumo tendo como texto-base a reportagem sobre
geados. A obra narra as carreiras das cientistas, traz curiosidades e conta com ilustrações de Flávia Borges. o livro Histórias para inspirar futuras cientistas.
[...]
Para esta tarefa, imagine que seu resumo será publicado em um site de notícias de
MACIEL, Camila. Livro conta história de pesquisadoras para inspirar futuras cientistas. Agência Brasil, 10 out. 2021.
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-10/livro-conta-historia-de-pesquisadoras-para-
sua escola. O texto deverá ter no máximo dez linhas.
inspirar-futuras-cientistas. Acesso em: 7 nov. 2021.

3. Identifique e resuma as ideias principais de cada parágrafo do texto-base.

⊲ 1º parágrafo:

⊲ 2º parágrafo:

2. Quais informações apresentadas no seu resumo mais lhe chamaram a atenção?


Por quê?

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Habilidades do DCRC
EF35LP03 Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais,
EF35LP17
em textos que circulam em meios impressos ou digitais.
Reconhecer a função de gráficos, diagramas e tabelas em textos, como forma de apresentação de dados
EF04LP20
e informações.

Práticas de linguagem Materiais


Leitura/escuta (compartilhada e autônoma). • Dicionários, enciclopédias, revistas, jornais e livros.
• Dispositivos eletrônicos com acesso à internet
Sobre o capítulo (opcional).
• Contextualizando: apresentar hipóteses para
a identificação de texto-base e resumo. Dificuldades antecipadas
• Praticando: ler e compreender textos e identificar É possível que os alunos ainda não estejam
texto-base e resumo. familiarizados com o gênero textual resumo e,
• Retomando: empregar o uso de tópicos para portanto, não observem as diferenças existentes
organizar e registrar as informações de uma entre texto-base e resumo. Nesse caso, chame a
pesquisa. atenção da turma para a concepção de que, na
produção do resumo, o texto-base é reduzido a
Objetivos de aprendizagem suas ideias principais e transformado, assim, em
• Identificar texto-base e resumo. um novo texto, mais curto.
• Organizar informações de pesquisa em um resumo.

CONTEXTUALIZANDO Assim, no resumo é apresentando apenas o conteúdo


essencial do texto-base.
Orientações
Reforce a ideia de que, para a produção de um re-
sumo, é necessário reduzir ao essencial cada uma das PRATICANDO
partes do texto-base. No resumo, evita-se exposição
de opiniões e comentários pessoais. O foco deve estar Orientações
nas ideias principais expostas no texto-base. Promova Oriente os alunos a se organizar em duplas. Cuide
uma roda de conversa para que os alunos socializem para que as duplas mesclem alunos com diferentes ha-
suas respostas. bilidades e em diferentes estágios de aprendizagem.
É possível que eles não observem as características Realize a leitura do texto proposto, que pode ser feita
composicionais de resumos, uma vez que ainda estão em voz alta ou com a participação da turma. Questione
se apropriando do estudo desse gênero textual. os alunos sobre a temática abordada na reportagem:
mais mulheres e meninas na ciência. Acompanhe esse
Expectativas de respostas momento e disponibilize um dicionário por dupla para
1. que, se necessário, os alunos pesquisem palavras des-
a. Espera-se que os alunos respondam que na pro- conhecidas. Circule entre as duplas e faça perguntas
dução do resumo, o texto-base é transformado em instigadoras, como: Qual é a função de um texto como
um novo texto em razão de apresentar apenas as esse? Para quem esse texto foi escrito? Como vocês che-
informações essenciais do texto original. garam a essa conclusão? Após a atividade em grupos,
b. É desejável que os alunos percebam que é ne- promova a socialização das respostas, incentivando a
cessário ler com atenção e compreender o texto validação coletiva com perguntas como: Todos concor-
original. Após essa etapa, é possível formular um dam? Alguma dupla percebeu algo diferente? O quê?
esquema para auxiliar na elaboração do resumo. etc. Em seguida, guie o debate sobre a compreensão

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textual de maneira coletiva, indagando-lhes: O que vocês Porto Livre e no repositório Arca, e foi escrito
compreenderam sobre o texto? Houve necessidade de para contribuir com a iniciativa de Mais meninas
buscar palavras no dicionário? Se sim, quais? Por quê? e Mulheres na Ciência, já que as mulheres são a
Que comentários vocês gostariam de fazer sobre a te- maioria da população mundial, mas apenas um
mática de mais mulheres e meninas na Ciência? Ouça terço delas é cientista.
as respostas e medeie o debate. • 3o Parágrafo: A ideia do livro é inspirar crianças e
Ainda organizados em duplas, oriente a realização adolescentes. As autoras puderam conhecer melhor
da atividade. Espera-se que, por meio da leitura e histórias de mulheres que construíram pesquisas
da interpretação do texto, os alunos gradualmente e projetos de vida fabulosos.
retomem algumas características composicionais • 4o Parágrafo: Além de Alzira, o livro traz a história
do resumo. Circule entre as duplas e acompanhe da paulistana Bertha Lutz, que descreveu mais de
o desenvolvimento da atividade. Oriente os alunos 80 espécies de anfíbios, e a pesquisadora Christina
na composição de cada tópico, que deve apresentar Morais, do Rio de Janeiro, que desenvolveu testes
a informação essencial do parágrafo. Explique-lhes melhores e mais baratos para detectar pesticidas
que na elaboração de um resumo eles se posicionam em alimentos.
como autores, pois estão resumindo o texto-base
(texto original) com as próprias palavras.
Promova uma socialização das respostas, pedin- RETOMANDO
do às duplas voluntárias que mostrem a resposta de
cada alternativa. A cada tópico apresentado, faça Orientações
questionamentos como: Quais foram as informações Para essa atividade, é necessário selecionar previa-
do texto que levaram vocês a essa conclusão? Valide mente material de consulta para a turma, certificando-se
a resposta coletivamente, questionando-lhes: Alguma da fidedignidade das fontes e informações apresentadas
dupla respondeu diferente? Como? Ouça-os e medeie no texto-base. No caso do uso de recursos digitais para
o debate, contabilizando tempo para a correção, se obter mais detalhes sobre as informações contidas no
necessário. É importante dedicar atenção especial às texto-base, faça uma curadoria prévia de sites que os
respostas dos alunos, pois é possível que saibam a alunos possam consultar e converse com a turma sobre
resposta adequada, mas se confundam no momento palavras-chave que podem ser usadas para encontrar
de preencher os tópicos. as informações que procuram. Registre no quadro, ou
Oriente os alunos a procurar no resumo as infor- em outro suporte, um banco de termos para pesquisa.
mações sobre a autoria do texto-base e circulá-las. Explique a atividade 1 aos alunos, conferindo se com-
Explique-lhes que podem usar o resumo da reporta- preendem as informações que devem pesquisar. Circule
gem como material de consulta. É preciso que eles entre eles para guiar os procedimentos da investigação e
percebam que o gênero resumo pode ser trabalhado incentivar a síntese das informações pesquisadas, solici-
sempre que necessário, por exemplo, com outros textos tando uma produção escrita. Para a correção, reproduza
que circulam em outras áreas do conhecimento. Eles no quadro, ou em outro suporte, um esquema das infor-
podem empregar, como recurso, o uso de tópicos, mações – que podem aparecer em uma lista de tópicos,
tabelas, quadros e mapas, com o objetivo de destacar em um quadro, em uma tabela ou em um mapa mental
do texto-base as ideias principais. – a fim de que a turma organize essas informações após
a pesquisa. Finalizada a correção, guie a leitura do texto
Expectativas de respostas em voz alta.
Espera-se que os alunos componham quatro tópicos Na atividade final, os alunos devem refletir sobre o
com a ideia central de cada parágrafo. papel de um esquema na organização de informações
• 1o Parágrafo: O livro Histórias para inspirar e registros escolares. Para isso, guie a socialização de
futuras cientistas conta a trajetória da cientista respostas e acrescente questões, como: Há outras formas
e pesquisadora pernambucana Alzira Maria Paiva de organizar as informações de pesquisa? Quais? Como
de Almeida no controle da peste bubônica em vocês organizaram seus registros durante a pesquisa? Quais
Exu, Pernambuco (PE). formatos de organização utilizaram? Incentive os alunos
• 2o Parágrafo: O livro é das autoras Juliana Krapp a refletir sobre estratégias para registros de conteúdos
e Mel Bonfim. Está disponível na plataforma escolares e a compartilharem seus processos de estudo.

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Expectativas de respostas para baixar gratuitamente na plataforma Porto Livre
Na atividade final do capítulo, incentive os alunos a e no repositório Arca, disponível em: https://www.
compartilharem com um colega o resumo do texto-base. arca.fiocruz.br/bitstream/icict/49260/7/Livro%20
Eles devem avaliar se alguma informação importante Historias%20para%20Inspirar%20Futuras%20
ficou de fora ou se alguma informação pode ser supri- Cientistas_FINALWEB01.pdf. As autoras Juliana
mida. Oriente os alunos a articularem as informações Krapp e Mel Bonfim dizem que a ideia é incenti-
na ordem em que elas aparecem no texto. A ideia é var a maior presença de meninas e mulheres na
que eles evitem saltos de um assunto para o outro. É ciência, já que as mulheres formam a maioria da
importante que os alunos se percebam como autores população mundial, mas são apenas um terço dos
e, nesse caso, cada colega da turma apresentará cientistas no mundo. Entre as personagens retrata-
um estilo próprio com suas palavras. das na obra, estão Alzira Maria Paiva de Almeida,
que pesquisou o controle da peste bubônica em
1. Resumo da reportagem uma cidade de Pernambuco; Bertha Lutz, que des-
Livro conta história de pesquisadoras para inspirar creveu mais de 80 espécies de anfíbios; Christina
futuras cientistas: Morais, que desenvolveu testes melhores e mais
O livro Histórias para inspirar futuras cientistas conta baratos para detectar a presença de pesticidas
a história da trajetória de vida e de pesquisa de 13 em alimentos; entre outras.
cientistas brasileiras. O livro encontra-se disponível 2. Resposta pessoal.

ANOTAÇÕES

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5. Analisando resumos: descobrindo tabelas e diagramas
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5. Analisando resumos: descobrindo tabelas PRATICANDO


e diagramas
1. Relacione a coluna A com a coluna B, considerando as informações dos textos 1 e 2.
1. Que papel cumpre uma tabela ou um quadro informativo em um texto? Explique.
Leia a seguir dois textos que apresentam informações por meio de diferentes re- Coluna A Coluna B
cursos: quadro e infográfico. Qual recurso você selecionaria para apresentar uma ( 1 ) Estratégias de ensino remoto adotadas ( ) As informações são apresentadas em
pesquisa? Por quê? pelas redes estaduais de educação forma de tabela.
( 2 ) Educação a Distância no Ensino Médio ( ) As informações são apresentadas
Texto 1
na pandemia de Covid-19 utilizando gráfico.
Estratégias de ensino remoto adotadas pelas redes estaduais de educação ( ) Os dados apresentados estão
relacionados às redes estaduais de
Estratégias de ensino remoto Estados que adotaram a estratégia1
ensino.
Transmissão de aulas e Acre; Amazonas; Bahia; Distrito Federal; Goiás; Minas Gerais; Pará; Paraíba; ( ) A primeira coluna informa as
conteúdos educativos pela TV Pernambuco; Piauí; Paraná; Rio de Janeiro; Sergipe; e São Paulo.
estratégias de ensino e a segunda os
Transmissão de aulas e estados que a utilizam.
Goiás e Roraima.
conteúdos educativos pelo rádio
( ) Os números indicam a quantidade
Ambiente de aprendizagem Acre; Amazonas; Amapá; Bahia; Ceará; Distrito Federal; Espírito Santo; Goiás; de redes de ensino que utilizam cada
virtual ou site que reúne Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Pará; Paraíba; Pernambuco; Piauí; Paraná;
os materiais Rio Grande do Norte; Rondonia; Roraima; Santa Catarina; Sergipe; e São Paulo. estratégia.
Distribuição de Minas Gerais; Mato Grosso do Sul; Rio de Janeiro; Roraima; Piauí; Paraná; ( ) A estratégia mais utilizada são as
atividades impressas Santa Catarina; e Tocantins. plataformas de ensino.
Fontes: Consed e sites das Secretarias Estaduais de Educação.
Nota1: Há Estados que adotaram mais de uma.
Obs: A Secretária de Educação do Estado de Alagoas não informou as suas ações de ensino remoto ao Consed, tampouco há menção
2. Agora, é a sua vez! Em dupla, organize em um mapa mental as informações apre-
dessas ações no site da secretaria. Disponível em: http://www.educacao.al.gov.br. Acesso em: out. 2020. sentadas no texto Estratégias de ensino remoto adotadas pelas redes estaduais
de educação, considerando somente os estados de sua região.
BRASIL. Ministério da Economia. Instituto de Pesquisa Economica Aplicada – Ipea. Políticas sociais:
acompanhamento e análise. Brasília, DF, 2021. p. 21. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/
politicas_sociais/210409_boletim_bps_28_educacao.pdf. Acesso em: 7 nov. 2021.

Texto 2
Educação a Distância no Ensino Médio na pandemia de Covid-19
Estratégias das redes estaduais até o momento
Plataforma on-line

Video aulas gravadas (redes sociais)

Materiais digitais via redes

Aulas on-line ao vivo (multisseriados)

Aulas via TV

Aulas on-line ao vivo (etapa específica)

Orientações genéricas via redes sociais

Tutorial/ chat on-line

Nenhuma das opções

0 2 4 6 8 10 12

Fonte: DUTRA, Rodrigo. Educação a Distância no Ensino Médio na pandemia de Covid-19. Tutormundi, 7 maio 2021.
Disponível em: https://tutormundi.com/blog/educacao-a-distancia-no-ensino-medio/. Acesso em: 25 nov. 2021.

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3. Em dupla, leia o texto A frágil saúde dos adolescentes e com as informações apresen-
tadas crie um mapa mental, organizando as principais ideias. RETOMANDO
A frágil saúde dos adolescentes 1. Agora, responda às questões.
Os adolescentes passam por tantas transformações que mesmo eventuais problemas de saúde podem ser
vistos como passageiros. Algumas alterações são normais nessa fase, mas nem tudo pode se resolver mais tar- a. Qual é o objetivo de um mapa mental?
de sem maiores dramas. Dois amplos inquéritos nacionais – um com 75 mil e outro com 100 mil adolescentes
avaliados em todo o país – desenharam um quadro preocupante da saúde da rapaziada. Um em cada quatro
adolescentes apresentou excesso de peso (sobrepeso ou obesidade) e um em cada dez, hipertensão arterial.
De acordo com os exames de sangue feitos em um dos estudos, um em cada cinco apresentou taxas aci-
ma do recomendável de colesterol total. Essas alterações metabólicas ampliam o risco de morte por infarto
e favorecem o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes. A obesidade, a inatividade física e
o tabagismo, também encontrado entre os jovens em níveis que os especialistas consideram preocupantes,
podem contribuir para o desenvolvimento de alguns tipos de câncer. O excesso de gordura em circulação no
organismo pode prejudicar até mesmo o funcionamento do hipotálamo, a região do sistema nervoso central
que, entre outras funções, controla o apetite.
[...]
FIORAVANTI, Carlos. A frágil saúde dos adolescentes. Revista Pesquisa Fapesp, out. 2016. Disponível em:
https://revistapesquisa.fapesp.br/a-fragil-saude-dos-adolescentes/. Acesso em: 25 nov. 2022.
b. Como a organização de ideias em um mapa mental pode ajudar na pesquisa
sobre um tema?

c. Que informações você considerou importante aparecerem nos seus mapas


4. Reflita com seu colega: Que outros recursos podem ser utilizados para apresentar as mentais? Por quê?
informações do texto? Escolha um desses recursos e represente no quadro abaixo.

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Habilidade do DCRC
Identificar e reproduzir, em seu formato, tabelas, diagramas e gráficos em relatórios de observação e pesquisa,
EF04LP24
como forma de apresentação de dados e informações.

Práticas de linguagem Contexto prévio


Análise linguística/semiótica. Os alunos já devem ler convencionalmente
e ter tido contato, ainda que breve, como textos
Sobre o capítulo multissemióticos.
• Contextualizando: refletir sobre o uso de
quadros, gráficos, tabelas, diagramas e ma- Dificuldades antecipadas
pas mentais na organização de informações. É possível que apresentem dificuldades em
• Praticando: organizar as informações de qua- compreender que um texto pode apresentar
dros e gráficos na forma de um mapa mental. outras formas além da escrita em prosa, e por
• Retomando: compartilhar percepções sobre essa razão, podem sentir dificuldade para com-
a construção de um mapa mental. preender quadros, gráficos, tabelas, diagramas
e mapas mentais como textos.
Objetivo de aprendizagem
• Organizar as informações de um quadro em um
mapa mental.

CONTEXTUALIZANDO das respostas coletivamente, questionando-os: O que


os textos têm em comum? Qual é a função do quadro
Orientações apresentado no Texto 1? Qual é a função do gráfico
Oriente os alunos a se organizarem em duplas. Cuide apresentado no Texto 2? Chame a atenção dos alu-
para que as duplas mesclem alunos com diferentes nos para o fato de que, na sociedade contemporâ-
habilidades e em diferentes estágios de aprendizagem. nea, é importante saber analisar e interpretar dados
Na atividade 1, encaminhe uma atividade reflexiva informativos. Levante algumas questões sobre outras
com base nas funções de tabelas, quadros informativos, possibilidades de informações em tabelas a respeito
gráficos e outros em textos de gêneros variados. Separe da temática tratada no texto.
previamente textos dos campos jornalístico-midiático Continue perguntando aos alunos: As informações
e da vida pública que apresentem esses textos multis- na tabela do Texto 1 foram baseadas em outros textos?
semióticos inseridos em notícias, pesquisas e outros. Como vocês chegaram a essa conclusão? Ouça-os e
Leve os alunos a pensar sobre os efeitos de sentido medeie o debate. Em seguida, guie a leitura coletiva
que esses textos produzem. Espera-se que os alunos das informações trazidas embaixo do quadro (fontes,
retomem o trabalho realizado nos capítulos anteriores notas e observações) e repita o questionamento. Adote
e identifiquem que tabelas, quadros e gráficos auxiliam o mesmo procedimento para o Texto 2 e promova,
na organização de informações de um texto. novamente, ao final da socialização, a leitura coletiva
Ao realizar a atividade 2, solicite a leitura dos da fonte apresentada após o infográfico. Com essa
textos e peça aos alunos que considerem os dados atividade, espera-se que os alunos percebam que tanto
informativos no quadro. Explique-lhes que o uso de o quadro quanto o gráfico organizam informações de
quadros e tabelas em textos favorece a assimilação de pesquisas, ou seja, sintetizam, por meio de recursos
conteúdos informativos. Reforce a ideia de que essas gráficos, informações de outros textos. Essa compreen-
informações são mais fáceis de serem compreendidas são é importante.
quando estão dispostas em textos multissemióticos, Explique aos alunos que ambos os textos partiram
como quadros, tabelas, gráficos etc. Circule entre as de uma pesquisa. Para produzir esses textos, houve
duplas para acompanhar o desenvolvimento da ativi- um trabalho prévio de coleta de informações e dados
dade, avaliando como os alunos interpretam textos e um trabalho de organização dessas informações e
multissemióticos. Em seguida, promova a socialização dados. Reforce a ideia de que, na elaboração de textos

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como esses é necessário recorrer antes de tudo a uma parte de nossa região? Por que vocês afirmam isso?
proposta temática, seguida de pesquisa, coleta de da- Aproveite o momento para trabalhar o conteúdo de
dos sobre o assunto e organização das informações. maneira interdisciplinar. Valide as respostas apresen-
Promova um momento para trabalhar a compreensão tadas pelos alunos e, se necessário, peça que circulem
textual e as temáticas dos textos. Guie o debate com os Estados de sua região e reforce que, de alguma
perguntas como: A que conclusões vocês chegaram maneira, os nomes desses Estados devem aparecer
sobre o tema depois da leitura do Texto 1? Quais estra- no mapa mental.
tégias foram utilizadas em sua escola ou nas escolas da Durante a criação do mapa mental, circule entre
cidade ou do Estado onde você vive? Vocês conhecem os alunos para acompanhar possíveis dúvidas e o de-
alunos que estudaram por meio de outras estratégias senvolvimento da atividade. Faça perguntas como: Por
durante a pandemia provocada pela covid-19? Quais? A que vocês escolherem essa informação [aponte] para
quais conclusões vocês chegaram sobre o tema depois inserir aqui? Por que vocês criaram mais um quadro
da leitura do Texto 2? O que vocês compreenderam aqui [aponte]? É importante considerar o processo de
sobre os dados apresentados? O que acham da situação elaboração dos alunos de forma que eles possam se
relatada? Ouça-os e medeie a conversa. expressar livremente.
Convide os alunos a apresentar outras informações Antes da correção, oriente os alunos a sociabilizar os
que poderiam aparecer em forma de tabela no texto. mapas mentais criados. Para finalizar, faça a socializa-
Pergunte-lhes se já haviam ouvido falar sobre a temática ção das respostas oralmente. Para melhor visualização,
abordada no texto. Em caso positivo, peça a eles que reproduza a tabela no quadro ou em um suporte am-
apresentem o que sabem sobre o tema para os colegas. plo e pergunte: Por que o título “Estratégias de ensino
remoto adotadas pelas redes estaduais de educação”,
Expectativas de respostas no Texto 1, virou uma informação no centro do mapa?
1. 
Tabelas e quadros apresentam informações
Espera-se que os alunos digam que essa informação é o
coletadas em dados de pesquisa. Esse recurso
tema do mapa. Aponte para um dos quadros e pergunte
visual é importante como argumento em defesa
para uma dupla: Que informação você colocou aqui?
do posicionamento do autor em relação à deter-
Por quê? Em seguida, questione a turma: Alguma dupla
minado tema.
colocou outra informação? Qual? Por quê? Espera-se que
2. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno perceba
os alunos tenham inserido nos espaços reservados as
as diferenças entre os recursos visuais: quadro
informações da coluna “Estratégias de ensino remoto”,
e gráfico. É importante que ele perceba que um
ainda que em diferentes ordenações. Em seguida, ques-
recurso pode ser melhor empregado de acordo
com o conteúdo que se pretende expor. tione-os: O sentido do mapa mental foi modificado por
que uma dupla colocou a informação “transmissão de
aulas e conteúdos educativos pela TV” aqui [aponte] e
PRATICANDO outro preferiu colocar “distribuição de atividades impres-
sas”? Por quê? É importante que os alunos percebam
Orientações que a ordem não interfere na compreensão do mapa e
Na realização da atividade 1, oriente os alunos a que, ao construir um mapa mental, é possível utilizar
manter as duplas. Solicite que os alunos respondam criatividade para registrar as escolhas, desde que haja
à primeira atividade, interligando as duas colunas a uma hierarquia de informações. Questione-os, então: E
partir da contextualização que fizeram anteriormente, se antes de colocarmos as estratégias de ensino remoto
comparando as informações dos dois textos. Em seguida, colocássemos os nomes dos Estados? Ficaria claro ao
peça a eles que pensem na melhor forma de inserir as leitor as informações que gostaríamos de passar? Por
informações trazidas do Texto 1 para o mapa mental quê? Nesse caso, espera-se que os alunos percebam que,
apresentado. Informe que eles precisam criar espaços como não houve o respeito da hierarquia de informações,
para inserir as informações. Como é solicitado que os o sentido seria comprometido. Isso pode ser explicado
alunos considerem apenas os Estados de sua região, analisando o quadro central do mapa. O natural é que
antes de iniciarem seus registros, proponha a leitura a informação “Estratégias de ensino remoto adotadas
coletiva da coluna “Estados que adotaram a estratégia”, pelas redes estaduais de educação” seja primeiro ligada
do Texto 1 e pergunte: Quais desses estados fazem às estratégias de ensino remoto, pois essa é a primeira

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EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 28 27/12/2021 21:06


informação do título e, depois, aos nomes dos estados. 4. O aluno deverá construir um gráfico ou tabela
Pergunte também: Foi necessário acrescentar novos para representar as informações do texto.
espaços ao mapa? Por quê? Espera-se que os alunos
tenham percebido que sim, pois era necessário adicio-
nar os nomes dos Estados de sua região. Disponibilize RETOMANDO
tempo para as correções.
Proponha que realizem a atividade 3, desta vez, Orientações
criando a estrutura do mapa mental sozinhos, a partir Peça aos alunos que conversem sobre a realização
do novo texto A frágil saúde dos adolescentes e com as do mapa mental e compartilhem suas percepções sobre
informações apresentas crie um mapa mental, organi- a atividade, seguindo as perguntas propostas. Em se-
zando as principais ideias. É importante que usem as guida, guie a socialização das respostas coletivamente.
habilidades desenvolvidas com a atividade 2. Realize Faça questionamentos como: O que foi mais complexo
o mesmo procedimento para a correção, analisando e durante a construção do mapa? O que foi mais fácil?
questionando cada parte que compõe o mapa mental. Espera-se que os alunos percebam que mapas men-
Na atividade 4, auxilie os alunos a refletirem sobre os tais, quadros, gráficos, tabelas e diagramas podem ser
recursos que podem ser utilizados para expor informa- grandes aliados nos estudos, pois ajudam a resumir,
ções, cite como exemplo, tabelas, diagramas e gráficos. organizar e apresentar informações.
Frequentemente, tabelas, gráficos, mapas men-
Expectativas de respostas tais são produzidos a partir de pesquisa e coleta de
1. dados. Também acontece de as informações serem
( 1 ) As informações são apresentadas em forma retextualizadas para circular em livros, revistas, no-
de tabela. tícias, reportagens etc. E, nesse caso, é preciso estar
( 2 ) As informações são apresentadas utilizando atento ao gênero textual adequado à situação de uso
gráfico. da língua. As informações contidas em esquemas de
( 1 ) As estratégias apresentadas estão relacionadas textos antecipam ou retomam dados em um contexto
às redes estaduais de ensino, definindo por Estados. maior e favorecem a elaboração de resumos. No en-
( 1 ) A primeira coluna informa as estratégias de tanto, os alunos precisam conhecer o tema, pesquisar,
ensino e a segunda os estados que a utilizam. aprofundar ideias, coletar dados para, em momento
( 2 ) Os números indicam a quantidade de re- posterior, apresentarem os resultados em tabelas ou
des de ensino que utilizam cada estratégia. registros em resumo.
( 2 ) A estratégia mais utilizada são as plata-
formas de ensino. Expectativas de respostas
2. Espera-se que os alunos completem os quadrados 1.
do mapa mental com as estratégias apresenta- a. Espera-se que os alunos compreendam que a
das no Texto 1: transmissão de aulas e conteú- organização de informações de uma pesquisa,
dos educativos pela TV, transmissão de aulas apresentadas de maneira visual e topicalizada,
e conteúdos educativos pelo rádio, ambiente favorece a compreensão do conteúdo.
de aprendizagem virtual ou site que reúna os b. Espera-se que os alunos percebam que podem
materiais, distribuição de atividades impressas. usar o mapa mental como uma ferramenta de
Além disso, é necessário que os alunos criem estudo em outras áreas do conhecimento.
outros espaços no mapa mental para inserir os c. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos es-
nomes de estados de sua região que utilizaram crevam informações relacionadas à proposta
as estratégias mencionadas no texto-base. temática.
3. Espera-se que os alunos criem um mapa
mental organizando com as principais infor-
mações apresentadas no texto A frágil saúde
dos adolescentes.

29 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 29 27/12/2021 21:06


6. Analisando resumos: explorando mais possibilidades em tabelas
e diagramas
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6. Analisando resumos: explorando mais PRATICANDO


possibilidades em tabelas e diagramas
1. Agora, você vai usar as informações apresentadas no diagrama para escrever
1. Você sabe o que é um diagrama? textos em outros formatos.

Operações matemáticas básicas a. Escreva um pequeno parágrafo usando as informações apresentadas no


diagrama e mostre a um colega.

12 ⊲ Minuendo 12 ⊲ Parcela
– 5 ⊲ Subtraendo + 5 ⊲ Parcela
7 ⊲ Resto ou diferença 17 ⊲ Soma ou total

Subtração Adição
É representado É representado
por – (menos) por + (mais)
b. Com base nas informações do diagrama, crie uma tabela que exemplifique as
quatro operações aritméticas.

Multiplicação Divisão
É representado É representado por
por × (vezes) ÷ ou ⁄ (dividido)
Dividendo

60 5 Divisor
12 ⊲ Multiplicando – 5 12 Quociente
× 5 ⊲ Multiplicador 10
60 ⊲ Produto – 10
00 Resto

Agora, responda.

a. O que o diagrama apresenta?

b. Qual é a relação entre os círculos no diagrama?

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c. Para cada operação aritmética, crie uma lista de tópicos a seguir.


RETOMANDO

1. Converse com seus colegas sobre os recursos aplicados na atividade anterior.


Comente as diferenças entre eles. Depois, responda às questões.

a. Na sua opinião, qual recurso transmite melhor as informações? Por quê?

d. Considerando as informações do diagrama, elabore um mapa mental para


explicar as quatro operações aritméticas.

b. Você já reparou como esses recursos estão presentes nas atividades escolares?
Descreva uma situação em que você precisou usar um desses recursos para estudar.

c. Escreva outra situação em que você considera o uso do diagrama um recurso


importante.

d. Escolha um dos recursos (diagrama, tópicos, parágrafo, tabela, gráfico ou mapa


mental) e mostre o que você aprendeu nesse capítulo, fazendo um registro no
caderno.

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Habilidade do DCRC
Identificar e reproduzir, em seu formato, tabelas, diagramas e gráficos em relatórios de observação e pesquisa,
EF04LP24
como forma de apresentação de dados e informações.

Práticas de linguagem Materiais


Análise linguística/semiótica. • Impressões com exemplos de diagramas, ta-
belas e mapas (um exemplo de cada formato
Sobre o capítulo para cada grupo).
• Contextualizando: ler e compreender um diagrama.
• Praticando: retextualizar as informações de um Dificuldades antecipadas
diagrama em outros tipos de registro. É possível que o aluno ainda não esteja familiarizado
• Retomando: retomar as diferentes estratégias com a interpretação de dados informativos em
de retextualização e defender ponto de vista. diagramas, em gráficos, em tabelas e em mapas.
O professor deve, assim, propor situações de ensino-
Objetivo de aprendizagem -aprendizagem e novos exemplos das modalidades
• Utilizar diferentes recursos para retextualizar de recursos textuais estudados no capítulo, que
uma mesma informação, tais como: parágrafo, favoreçam a construção do conhecimento.
tabela, tópicos e mapa mental.

CONTEXTUALIZANDO fundamentais: adição, subtração, multiplicação


e divisão.
Orientações
Leia o diagrama em voz alta como um importante
modelo de leitura para os alunos. Em seguida, proponha PRATICANDO
as questões da atividade 1 para que sejam respondidas
coletivamente. Estimule a expressão oral dos alunos Orientações
com questões como: Alguém interpretou de maneira Para o desenvolvimento da atividade, oriente os
diferente? Como vocês chegaram a essas respostas? alunos a retextualizar informações em diferentes forma-
Ouça as respostas e medeie o debate. É importante que tos. Traga para a sala de aula exemplos de diagramas,
os alunos percebam que a informação trazida para o tabelas, mapas e distribua entre os grupos. Peça para
centro do diagrama une todas as demais informações. examinarem quais são os aspectos que diferenciam
Questione-os ainda: As informações apresentadas no tais formatos de textos verbo-visuais. Reforce com eles
diagrama poderiam ser representadas de outras maneiras? as caraterísticas de cada recurso a ser utilizado na
Quais? Qual maneira de representar informações vocês atividade desta seção.
preferem? Por quê? Espera-se que os alunos percebam Com relação à produção de um parágrafo, é impor-
que é possível representar uma mesma informação em tante reforçar a ideia de que as frases que vão compor
diferentes tipos de texto, e, nesse caso, em especial, o parágrafo devem ter como base o conteúdo infor-
por meio de diagrama. Escute atentamente as respostas mativo do diagrama. É possível formar quatro frases
dos alunos e identifique quais recursos trabalhados correspondentes a cada uma das quatro operações
em aula e no material eles preferem. As respostas dos aritméticas fundamentais, conforme demonstração do
alunos podem apontar para os recursos didáticos mais conteúdo do diagrama.
adequados para o trabalho com a turma. Para a elaboração de uma tabela com base nas
informações apresentadas no diagrama, peça aos
Expectativas de respostas alunos que criem uma coluna para cada informação
1. a. O diagrama apresenta as quatro operações a ser registrada na tabela; pode ser elaborada com
matemáticas básicas: adição, subtração, mul- colunas e linhas.
tiplicação e divisão. Na elaboração dos tópicos, use o quadro para
b. As informações apresentadas no diagrama se exemplificar aos alunos como listar as principais infor-
relacionam às quatro operações aritméticas mações extraídas de um texto. Chame a atenção para a

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importância de apresentar as informações em tópicos. texto do oral para o escrito e vice-versa, as informações
Mostre que, nesse caso, as informações extraídas de contidas em um quadro em um gráfico e vice-versa),
um texto podem ser expostas de forma resumida. um boletim informativo em uma notícia e vice-versa.
Esclareça aos alunos de que maneira o mapa mental O que determina qual melhor formato ou gênero a
pode ser útil para os estudos. Exemplifique esse recurso ser usado é a situação de interação do uso da língua.
no quadro, construindo todas as etapas com eles. Parta Chame a atenção dos alunos para o que é impor-
de um conteúdo já estudado para que eles possam ajudar tante na produção de um bom texto, como saber o
na elaboração desse mapa em lousa. Circule entre os contexto de circulação e a que público se destina. É
alunos, auxiliando-os quando necessário, sem interferir preciso construir sentidos àquilo que o aluno se propõe
em suas produções. Durante esse momento, faça pergun- a compartilhar com os outros. Ao planejar um diagra-
tas como: Qual é a função de uma tabela em um texto? ma, um gráfico, um quadro, uma tabela, um mapa, é
Como o mapa mental ajuda a organizar informações? preciso, antes de tudo, conhecer bem o conteúdo a ser
Para o momento de correção, faça uma avaliação explorado nesses recursos.
coletiva. A atividade proposta na seção Praticando Chame a atenção dos alunos para semelhanças e
pode ser reaproveitada como instrumento de avalia- diferenças existentes entre os recursos verbo-visuais
ção coletiva. Organize a classe em grupos de três ou utilizados como forma de organização dos objetos de
quatro alunos para avaliar os textos produzidos. Cada estudo. Mostre aos alunos que também é importante
membro do grupo apresenta aos demais colegas da conhecer e apropriar-se de tais recursos como ferra-
turma a sua produção textual. Na sequência, solicite mentas de estudo.
que os demais membros do grupo façam comentários Organize uma votação sobre os recursos textuais
sobre o que ficou bom e o que precisa ser melhorado. utilizados neste capítulo. Uma opção é escrever nome
Nesse caso, diga que o foco não é valorar as produ- e função no quadro ou em um suporte amplo. Depois,
ções, mas perceber como os colegas reorganizaram pedir para um aluno escolher seu preferido. Em segui-
as informações do diagrama inicial. da, peça a eles que expliquem por que escolheram tal
A socialização de diversas produções é importante recurso. Caso um recurso não tenha sido votado, peça
para que os alunos possam perceber que, ainda que um aos alunos que listem alguns pontos positivos desse
mapa mental seja a respeito de um mesmo tema e possua recurso. Leve-os a refletir que, ainda que tenham um
pontos em comum, como a hierarquia de informações, recurso favorito, cada recurso tem uma função e poderá
cada texto será único. Faça perguntas como: Como o ser útil em algum momento. Exponha o cartaz utilizado
[nome do aluno] organizou a tabela dele? O que há de na aula anterior (contendo um exemplo de cada recurso)
comum e de diferente entre a tabela organizada por ele e recapitule os recursos de resumo estudados em sala.
e por [nome do aluno]? As informações interpretadas a Esse momento servirá para consolidar a assimila-
partir da leitura e da observação das tabelas dos colegas ção sobre o assunto, além de auxiliar na atividade 1. d
correspondem às informações expostas no diagrama? da seção Retomando que será realizada como tarefa
extraclasse pelo aluno.
Expectativas de resposta
1. Espera-se que com as quatro modalidades de Expectativas de respostas
recursos verbais e visuais aplicados aos textos, 1.
os alunos criem condições para desenvolver e a. Respostas pessoais. Espera-se que, depois de
planejar formas de estudo. terem contato com os recursos, os alunos consi-
gam justificar suas respostas.
b. Respostas pessoais.
RETOMANDO c. Respostas pessoais. Os alunos podem citar outros
gêneros textuais e contextos de circulação que
Orientações utilizem diagramas como recursos. Por exemplo:
É importante reforçar a ideia de que, em várias es- notícias, textos de divulgação científica e outros.
feras do cotidiano, realizamos práticas de escrita com d. Respostas pessoais. Observe se os alunos com-
mesma informação, porém, formatos de apresentação puseram os recursos de maneira adequada.
diferentes. É possível, por exemplo, transformar um

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7. Analisando resumos: organizando informações em tabelas e diagramas

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7. Analisando resumos: organizando informações PRATICANDO


em tabelas e diagramas
1. Leia a reportagem a seguir.
1. Relacione a coluna A com a coluna B, considerando estratégias e estruturas de
um resumo.

Coluna A Coluna B

© Paket/iStock / Getty Images Plus


a. Diagramas e I. Apresenta dados numéricos de
mapas mentais uma pesquisa.
https://revistagalileu.globo.com/blogs/segunda-opiniao/noticia/2014/08/o-som-e-
furia-efeitos-da-poluicao-sonora-nao-causam-so-perda-da-audicao.html
II. Apresenta informações em formato
b. Tópicos
de lista.

III. Apresenta informações organizadas


c. Gráfico O som e a fúria – efeitos da poluição sonora não causam só a
em linhas e colunas.
perda da audição
IV. Apresenta a relação entre as informações,
CARLOS JARDIM
d. Quadro e tabela geralmente utilizando formas geométricas
como círculos e quadrados. 05 AGO 2014 - 16H45 ATUALIZADO EM 06 AGO 2014 - 19H38

A audição é um instrumento evolutivo fundamental. Antes de se prestar à


2. Escreva, abaixo de cada imagem, o nome do recurso correspondente (diagrama,
comunicação, a percepção de ruídos (sons indesejáveis) nos ajuda a identificar
gráfico, quadro e tópico). fontes de perigo. [...] Apesar de ser facilmente medida, seus efeitos sobre a saúde
CMFOR/GOVERNO DO CEARÁ

são muitas vezes subestimados e vão além dos efeitos diretos sobre a capacida-
de de audição. [...]
Governo do Estado do Ceará

Há muitas pesquisas que comprovam que a poluição sonora pode causar,


além da perda auditiva, irritação, alterações de sono, doenças cardiovasculares
e perda de desempenho cognitivo em crianças (dificuldade de aprendizado, por
exemplo). [...]
O barulho social ou recreacional também pode causar danos. Festas, shows,
bares com muita gente e música alta, fones de ouvido e uso de telefone celular,
também são fatores de risco a depender da duração e intensidade. É importante
lembrar que, como quase tudo em saúde, os hábitos dos primeiros anos de vida
a. c.
têm influência no que vai acontecer quando ficarmos mais velhos. [...]
Governo do Estado do Ceará/Secretaria da Saúde

Microrganismos JARDIM, Carlos. O som e a fúria – efeitos da poluição sonora não causam só a perda da audição.
Revista Galileu. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/blogs/segunda-opiniao/
SEM SEM noticia/2014/08/o-som-e-furia-efeitos-da-poluicao-sonora-nao-causam-so-perda-
CÁRIE CÁRIE
da-audicao.html. Acesso em: 22 ago. 2021.
Hospedeiro CÁRIE
e dentes Substrato
SEM SEM
CÁRIE CÁRIE

Tempo

b. d.

3. O que as imagens acima têm em comum?

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a. Considerando o título da reportagem, quais são as informações mais importan- RETOMANDO


tes do texto? Transcreva-as.

1. Liste diferentes recursos que podem ajudar a resumir um texto e a apresentá-lo


visualmente.

b. Resuma os efeitos da poluição sonora, de acordo com o texto, em formato de 2. Pesquise quais cidades do Ceará apresentam maior índice de poluição sonora e
quadro ou diagrama. crie uma tabela para organizar essa informação.

⊲ Antes de realizar sua produção, observe: qual recurso (quadro ou diagrama)


será o melhor, de acordo com seus propósitos, para esta atividade?

3. Responda a autoavaliação a seguir, considerando a alternativa que melhor re-


presenta como você avalia seus conhecimentos sobre o uso de recursos gráficos
para resumir as informações principais de um texto.

AUTOAVALIAÇÃO

Pensando a respeito do que aprendeu sobre o tema central deste capítulo, você diria que:

Ainda não compreendi Compreendi em partes Compreendi tudo, mas Compreendi tudo o
e preciso de ajuda. e ainda preciso rever não me sinto capaz de que fiz e sou capaz de
alguns assuntos. explicar a outras pessoas. explicar a outras pessoas.

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Habilidade do DCRC
Identificar e reproduzir, em seu formato, tabelas, diagramas e gráficos em relatórios de observação e pesquisa,
EF04LP24
como forma de apresentação de dados e informações.

Práticas de linguagem Dificuldades antecipadas


Análise linguística/semiótica. É possível que os alunos apresentem difi-
culdades em compreender que um texto pode
Sobre o capítulo apresentar outras formas além da escrita em
• Contextualizando: retomar recursos que prosa. Por essa razão, podem sentir dificuldades
resumem informações relacionando-as com para compreender quadros, gráficos, tabelas,
suas características visuais. diagramas e mapas mentais como textos.
• Praticando: organizar informações de
reportagem em um quadro ou diagrama.
• Retomando: autoavaliar conhecimentos sobre
estratégias para resumir informações.

Objetivo de aprendizagem
• Organizar informações de uma reportagem
em um quadro ou diagrama.

CONTEXTUALIZANDO Expectativas de respostas


1. a. IV; b. II; c. I; d. III.
Orientações 2.
Oriente os alunos a se organizarem em duplas para Imagem a: Quadro ou tabela
a realização das atividades. Cuide para que as forma- Imagem b: Diagrama
ções sejam mais heterogêneas, mesclando alunos com Imagem c: Tópico ou lista
níveis de aprendizado e habilidades diversos. Explique Imagem d: Gráfico
aos alunos que eles devem relacionar a Coluna A com 3. Espera-se que os alunos percebam a saúde como
a Coluna B, considerando seus conhecimentos sobre temática comum a todas as imagens, além das di-
diferentes estratégias usadas para resumir informações. ferentes formas de resumir ou expor informações.
Circule entre as duplas e acompanhe o desenvolvimento
da atividade, sanando dúvidas. Evite apresentar as res-
postas neste momento, faça perguntas que estimulem PRATICANDO
a reflexão e auxiliem os próprios alunos a chegarem
às conclusões mais adequadas. Orientações
Mantenha exposto o cartaz utilizado nas aulas ante- Oriente os alunos a manter a formação em duplas
riores (que contém os exemplos de todos os recursos) da atividade da seção Contextualizando e solicite
para que o aluno se oriente no momento das interações a leitura do texto da atividade 1. Explique à turma
em duplas e consiga identificar os recursos corretamente que, para realizar as atividades, as duplas deverão
nas imagens da atividade 2. destacar as informações mais importantes do texto
Faça a correção coletiva, pedindo a duplas voluntárias e que essa seleção deverá ser feita considerando o
que compartilhem suas respostas para o primeiro item. título da reportagem. Essa orientação é importante
Faça perguntas como: Alguém fez diferente? Como? para que diferenciem a informação que chama a aten-
Ouça-os e medeie as respostas até que a turma chegue ção da informação essencial do texto. É preciso que
a um consenso coletivo. Repita o procedimento para os os alunos compreendam, por exemplo, que embora
demais itens até que toda a atividade seja corrigida. seja interessante saber sobre a audição no processo

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evolutivo (descrito no primeiro parágrafo), o foco da nas produções, como a hierarquia de informações.
reportagem trata dos efeitos da poluição sonora. Circule No momento de socialização, faça perguntas do tipo:
entre as duplas, observando o desenvolvimento da Como o [nome da aluno] organizou o diagrama dele?
atividade, e auxilie-as sempre que solicitado ou con- O que há de comum e de diferente entre o diagrama
siderar pertinente, desde que a autonomia da dupla organizado por ele e por [nome de outro aluno]?
não seja prejudicada.
Após a realização da atividade, faça um momento Expectativas de respostas
de correção coletiva. Peça a uma dupla voluntária para 1.
compartilhar com a turma os fragmentos que selecio- a. “Há muitas pesquisas que comprovam que a poluição
nou como mais importantes para a reportagem. Faça sonora pode causar, além da perda auditiva, irritação,
questionamentos como: Alguma dupla chegou a outra alterações de sono, doenças cardiovasculares e per-
resposta? Qual? Se fôssemos resumir esse texto, quais da de desempenho cognitivo em crianças; o barulho
seriam as informações mais importantes? O que não social ou recreacional também pode causar danos;
poderia faltar nele? Espera-se que os alunos reconheçam adolescentes e jovens que são expostos precoce e
os fragmentos destacados na atividade como a base continuamente a sons muito intensos tendem a perder
do resumo. Amplie os questionamentos, perguntando: qualidade auditiva mais precocemente.”
Se o resumo fosse organizado em parágrafos, quais b. Respostas pessoais.
seriam as primeiras informações apresentadas ao leitor,
isto é, como poderíamos explicar ao leitor sobre qual
texto é o resumo? Espera-se que, retomando pontos RETOMANDO
já trabalhados nesta unidade, os alunos comentem
que, no caso de um resumo organizado em parágrafos, Orientações
seria necessário apresentar o título do texto, o autor Para a atividade 1, peça aos alunos que conversem
e o local de publicação. sobre a pergunta disparadora. É importante que perce-
Dedique um tempo para trabalhar a compreensão da bam que tópicos, quadros, tabelas, diagramas, mapas
reportagem, fazendo perguntas como: Vocês já tinham mentais e gráficos podem auxiliar na organização de
ouvido falar sobre poluição sonora?, O que sabem so- um resumo e na apresentação de informações.
bre esse assunto?, O que vocês aprenderam durante a Para a atividade 2, faça os seguintes questionamen-
leitura do texto?, Qual é a sua opinião sobre o assunto? tos: Qual é o nome de nossa cidade? Temos quantos
Para a atividade, os alunos devem manter a for- bairros? Quais são esses bairros? O bairro onde você
mação, mas comente que a atividade deverá ser vive tem muito barulho? Quais barulhos são percebi-
realizada individualmente. As duplas devem apenas dos (vozes ou música alta, buzina)? Eles incomodam
trocar ideias sobre a função e as características dos você? Por quê? Se julgar pertinente, proponha aos
recursos indicados na atividade, porém a escolha deve alunos perceber os barulhos da escola nos diferentes
ser individual. Acompanhe o trabalho dos alunos e, espaços (quadras poliesportivas, salas de aula, áreas
caso seja necessário, lembre-os de que, para focar nas comuns, entre outras). Em seguida, oriente a pesquisa
informações mais relevantes para a produção, eles cujo objetivo é encontrar as cidades do Ceará com
poderão considerar apenas os fragmentos circulados maior poluição sonora. Para isso, busque as infor-
na reportagem. Reforce que, como já realizaram a lei- mações na internet ou em outras fontes confiáveis.
tura, a discussão e a análise de texto, nesse momento, Para finalizar, apresente aos alunos um exemplo de
apenas organizarão as informações já conhecidas. tabela (no quadro ou em um cartaz).
Ao finalizar as atividades, oriente os alunos a so- Enquanto realizam essa atividade, circule pela sala
cializar as respostas para que observem os recursos observando o desenvolvimento da tabela e sanando
gráficos escolhidos pelos colegas. Explique que o foco as possíveis dúvidas.
dessa atividade é perceber como os colegas reor- Para a atividade 3, ressalte que os alunos deverão
ganizaram as informações do texto, usando um dos realizar uma autoavaliação. Colete os resultados para
recursos apresentados, e o intuito é perceberem que, verificar como eles avaliam suas próprias aprendiza-
ainda que o tema e o conteúdo sejam os mesmos, cada gens sobre os objetos de conhecimento estudados e, se
resumo em quadro ou diagrama será único. É impor- necessário, elabore estratégias para reforço e solução
tante que também compreendam pontos em comum de defasagens.

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Para ampliar o repertório sobre textos científicos e Expectativas de respostas
divulgação de Ciência, pode-se acessar as indicações 1. Tópicos, quadros, tabelas, diagramas, mapas men-
a seguir. tais, gráficos.
• Ciência Hoje das Crianças: http://chc.org.br/ 2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos criem
• Mulheres na Ciência: https://mulheresnaciencia. uma tabela com os nomes das cidades do Ceará
com.br/ com maior poluição sonora de forma organizada,
• SBPC: http://portal.sbpcnet.org.br/ demonstrando, com isso, compreensão do uso desse
• Serrapilheira: https://serrapilheira.org/ recurso e habilidade em sua construção.
3. Respostas pessoais.

ANOTAÇÕES

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8. Analisando resumos: descobrindo a linguagem
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8. Analisando resumos: descobrindo a linguagem PRATICANDO

1. De que maneira as informações apresentadas no diagrama a seguir estão 1. Agora, com um colega, leia o fragmento de uma resenha de filme.
relacionadas?

Helen Datsko/iStock / Getty Images Plus


‘Soul’ dá belo golpe na alma do público com final aberto raro entre filmes da
Pixar; G1 já viu
[...] Que a Pixar é o melhor estúdio de animação do mundo todo mundo já sabe. Tanto que, até quan-
do lança um de seus filmes menos originais, ainda consegue uma belíssima obra.
Substantivo É o caso de “Soul”, produção que estreia nesta sexta-feira (25) de Natal na plataforma de vídeos
Adjetivo Disney+ – longe dos cinemas por causa da pandemia de Covid-19.
A animação é uma das mais engraçadas da empresa nos últimos anos e apresenta um equilíbrio
Artigo louvável entre linguagem e visual infantis com uma mensagem madura e aberta para deixar adultos
pensando por dias. [...]

Deixa eu ver sua alma A morte lhe cai bem


Em “Soul”, um professor de música de meia [...] Apesar de um conceito semelhante ao de
idade atinge finalmente seu sonho de entrar “Viva”, passa a lembrar muito “Divertida Mente”,
para a banda de uma renomada saxofonista. com seus personagens graficamente caricatos
Infelizmente, ele morre antes do primeiro e menos complexos – o que não quer dizer, no
show e procura uma forma de voltar à vida. entanto, que o filme seja menos belo.
Para isso, assume o papel de tutor de uma As partes no Além são as melhores e mais
jovem alma problemática, com a esperança de engraçadas do filme, e é difícil não ficar triste no
que, ao ajudá-la a encontrar seu propósito, con- momento em que a história volta para a Terra.
siga enganar o sistema do Além. Com o tempo, a animação reencontra seu ritmo,
mas ganharia com mais dedicação ao pós-vida.
[...].

Flexão de gênero Concordância SOTO, Cesar. ‘Soul’ dá belo golpe na alma do público com final aberto raro entre filmes da Pixar; G1 já viu. G1.
Disponível em: https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2020/12/25/soul-da-belo-golpe-na-alma-do-publico-
Flexão de número nominal com-final-aberto-raro-entre-filmes-da-pixar-g1-ja-viu.ghtml. Acesso em: 22 ago. 2021.

Circule as informações do texto de acordo com a legenda.

o fragmento da resenha que apresenta um resumo da animação Soul.


todas as ocorrências da palavra animação e seus sinônimos.

Para evitar a repetição de termos em um texto, pode-se substituir uma palavra por
um pronome ou por um sinônimo – termo que apresenta sentido equivalente.

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2. Reescreva as frases do quadro a seguir, substituindo as palavras em destaque


pelos respectivos sinônimos. Lembre-se de adequar a concordância nominal, RETOMANDO
quando necessário.
1. Registre abaixo o que você aprendeu nesse capítulo sobre:
Frase original Sinônimo Reescrita a. resumo.

Tanto que, até quando lança


um de seus filmes menos Produções /
originais, ainda consegue uma filme
belíssima obra.
b. concordância nominal.

A animação é uma das mais


engraçadas da empresa nos Filme
últimos anos [...]

2. Leia nos quadros abaixo os conceitos de adjetivo, substantivo e artigo.


[...] o que não quer dizer,
no entanto, que o filme Animação Adjetivo é a palavra variável em gênero, número e grau que caracteriza o
seja menos belo.
substantivo, indicando-lhe qualidade, estado, modo de ser ou aspecto.
Substantivo é a classe de palavras que dá nome aos seres, ações, objetos,
características, sentimentos, estados etc.
As partes no Além são as
melhores e mais engraçadas do Obra Artigo é a palavra que se relaciona com o substantivo. O artigo vem sempre
filme [...] antes do substantivo para determiná-lo.

Exemplo que identifica cada parte na frase:


3. Leia as frases a seguir.

O menino é estudioso.

• O filme Soul é a animação mais interessante que já assisti. artigo substantivo verbo adjetivo.
• Os filmes Soul, Divertida Mente e Viva, a vida é uma festa
são as animações mais interessantes que assisti.
⊲ Com base nessa informação, identifique nos textos da seção Praticando:

⊲ Explique o uso dos adjetivos interessante e interessantes e as relações que esta- a. Cinco adjetivos
belecem com outras palavras nas frases.

b. Cinco substantivos

3. Pinte de verde todos os artigos presentes no texto da seção Praticando.

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Habilidade do DCRC
Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre artigo, substantivo e adjetivo (concordância
EF04LP07
no grupo nominal).

Práticas de linguagem Materiais


Análise linguística/semiótica (ortografização). • Um cartaz com conceitos e exemplos de cada
classe gramatical.
Sobre o capítulo
• Contextualizando: retomar conceitos gramaticais Contexto prévio
por meio de um diagrama e relacioná-los a um É importante que os alunos saibam que em
contexto enunciativo. língua portuguesa há tanto a flexão de núme-
• Praticando: identificar, em uma resenha, recursos ro (singular/plural), quanto a flexão de gênero
anafóricos para substituir a palavra “animação”. (feminino/masculino). Neste capítulo, o conceito
Substituir palavras por sinônimos. de sinônimo será revisitado, portanto é importante
• Retomando: sistematizar a aprendizagem do que os alunos saibam de sua função como recurso
capítulo. para evitar repetições e aprimorar a coesão e a
coerência textuais.
Objetivos de aprendizagem
• Reescrever frases, considerando substituição Dificuldades antecipadas
por sinônimos. É possível que os alunos apresentem dificulda-
• Reconhecer a necessidade de estabelecer a de em reconhecer a necessidade da concordân-
concordância nominal para a constituição da cia nominal, em especial, entre termos que, na
coesão e da coerência em um texto. oralidade, são frequentemente pronunciados de
maneira distinta da norma-padrão. Ao perceber
as possíveis dificuldades, amplie os exemplos
trabalhados, oferecendo repertório diversificado.

CONTEXTUALIZANDO chegar? Espera-se que os alunos retomem a noção de


que artigos, substantivos e adjetivos são palavras que
Orientações variam a depender do referencial.
Oriente os alunos a observar com atenção ao diagrama Veja algumas sugestões de frases:
apresentado. Espera-se que, a partir de sua análise, eles • A nova aluna do 4º ano fez um ótimo diagrama sobre
retomem o que já sabem sobre concordância nominal. mudanças nos meios de comunicação.
Incentive a turma a indicar exemplos para cada uma • O novo aluno do 4º ano fez um ótimo diagrama sobre
das classes gramaticais presentes no diagrama. Caso mudanças nos meios de comunicação.
perceba que eles apresentam dificuldades em explicar • As novas alunas do 4º ano fizeram um ótimo diagrama
e exemplificar alguma delas, escreva, no quadro, ou sobre mudanças nos meios de comunicação.
em um suporte amplo, uma frase de fácil compreensão • Os novos alunos do 4º ano fizeram um ótimo diagrama
(flexionada no singular e no feminino) para guiar uma sobre mudanças nos meios de comunicação.
análise morfológica. Aproveite esse momento para • Criei uma tabela colorida para organizar melhor
abordar as relações de flexão de gênero e número a meus estudos.
partir do substantivo. Faça perguntas como: Se o subs- • Criei umas tabelas coloridas para organizar melhor
tantivo estivesse no plural, como o artigo e o adjetivo meus estudos.
deveriam estar? E se o substantivo fosse [transforme a • Criei um quadro colorido para organizar melhor
flexão de gênero], como ficariam o artigo e o adjetivo? meus estudos.
Além dessas palavras, alguma outra palavra sofreria • Criei uns quadros coloridos para organizar melhor
modificação? Qual? Ouça os alunos e faça as mediações. meus estudos.
Se necessário, repita o processo com outros exemplos
e, ao final, questione-os: A quais conclusões podemos

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Expectativas de respostas substantivos, o que levará à adequação da flexão de
1. Espera-se que os alunos concluam que a concor- gênero de artigos e adjetivos. Explique a atividade e
dância nominal se estabelece a partir das relações circule entre as duplas a fim de observar o trabalho e
adequadas entre gênero e número flexionados, auxiliar quando solicitado ou quando julgar necessá-
em artigos, substantivos e adjetivos. rio. Faça perguntas disparadoras como: Ao modificar o
substantivo filmes por produções, quais palavras pre-
cisarão ser adequadas? Por quê? Aqui [aponte] haverá
PRATICANDO alguma modificação? Por quê? E se esse substantivo
[aponte] estivesse no plural, como as demais palavras
Orientações seriam modificadas?
Divida a turma em duplas produtivas. Ressalte que Faça uma correção coletiva da atividade, solicitando
cada dupla deverá ler o texto atentamente e identificar a uma dupla voluntária que compartilhe sua resposta.
qual fragmento apresenta o resumo do filme Soul. Circule Faça perguntas como: Alguma dupla chegou a uma
entre as duplas e acompanhe a resolução da atividade, resposta parecida com a dos colegas? Alguma dupla
questionando: Como vocês chegaram a essa conclusão? chegou a uma resposta diferente? Qual? Quais palavras
Quais são as informações mais importantes trazidas em precisaram ser alteradas? Por quê? As palavras que
cada parágrafo? Por que vocês acham isso? etc. precisaram ser modificadas pertencem a quais clas-
Faça a correção e pergunte: Esse texto poderia ser ses gramaticais? Espera-se que os alunos ressaltem
classificado como um resumo escolar? Por quê? Espera-se
a necessidade de adequar a concordância nominal e
que os alunos respondam de maneira negativa, argu-
identifiquem quais artigos e adjetivos foram modificados
mentando que não se trata de resumo escolar, tanto
para os ajustes, seguindo a norma-padrão. Note que,
pela temática, quanto pelo meio de circulação, um portal
para a primeira frase, há ainda o pronome possessivo
de notícias. Questione-os ainda: Qual é a função do
“seus”, que precisará ser flexionado no gênero feminino.
resumo dentro dessa resenha? Espera-se que os alunos
Já na última frase, há a contração entre a preposição
reconheçam que, antes de comentar sobre a obra, é
“de” e o artigo “a”, que também sofrerá modificação.
necessário contextualizar o leitor sobre seu enredo.
Ainda que o trabalho com essas questões não seja foco
Essa análise tem como objetivo a compreensão de
que os resumos são parte da vida cotidiana e podem desta unidade, é importante retomar esse conhecimento
fazer parte de outros gêneros textuais e aparecer em com a turma, trabalhando possíveis defasagens.
diversos suportes e mídias. Também é interessante que Oriente as duplas a analisar as frases apresentadas
compreendam as diferenças estruturais de um resumo na atividade 3. Circule entre as duplas para observar
como o lido no capítulo e um resumo escolar, que é o levantamento de hipóteses feito pelos alunos e, em
produzido e circula em contextos enunciativos e sociais seguida, proponha uma correção coletiva, mediando
diferentes. a discussão. É fundamental que os alunos se atentem
Trabalhe com a compreensão textual e promova uma para a necessidade de adequar a flexão de número
discussão sobre o texto, com perguntas como: Sobre entre artigos, substantivos e adjetivos. Pergunte: E se na
o que trata a resenha lida?, Vocês já assistiram aos primeira frase, no lugar do substantivo filme tivéssemos
filmes mencionados? Qual é a opinião de vocês sobre a palavra obra, seria necessário modificar o adjetivo
essas animações? Vocês concordam com as opiniões interessante? Por quê? Espera-se que os alunos re-
do autor da resenha? Por quê? O autor da resenha é o conheçam que não, pois o adjetivo “interessante” é
mesmo autor dos filmes? Como você sabe disso? etc. comum de dois gêneros e não sofre esse tipo de flexão.
Solicite a leitura coletiva do boxe e peça aos alunos Repita a pergunta utilizando o adjetivo “bonito”. Com
que, coletivamente, listem os exemplos de palavras base nessa análise, espera-se que os alunos percebam
sinônimas encontradas no texto. Guie a leitura coletiva que há diferentes regras para o uso de adjetivos: uns
de cada parágrafo para identificar as ocorrências de flexionam gênero e, outros, não. Embora seja algo pre-
“animação” e seus sinônimos. sente na comunicação cotidiana dos alunos, é preciso
Explique às duplas que, para a atividade 2, elas instigá-los com questionamentos que os incentive à
deverão reescrever frases da resenha, modificando os reflexão linguística.

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Expectativas de respostas aos alunos que listem suas compreensões sobre esses
1. temas e faça os registros. Ao final, solicite a leitura
a. Espera-se que os alunos circulem o trecho: “Deixa coletiva.
eu ver sua alma / Em Soul, um professor de música Oriente as duplas a ler o texto novamente com aten-
de meia-idade atinge finalmente seu sonho de ção redobrada, a fim de que consigam identificar adje-
entrar para a banda de uma renomada saxofonista. tivos, substantivos e artigos nele presentes. Para esse
/ Infelizmente, ele morre antes do primeiro show momento, a utilização de um cartaz exposto contendo
e procura uma forma de voltar à vida. / Para isso, os conceitos de cada classe gramatical, assim como
assume o papel de tutor de uma jovem alma pro- seus exemplos, torna-se muito importante.
blemática, com a esperança de que, ao ajudá-la Após todas as orientações e explicações sobre o
a encontrar seu propósito, consiga enganar o conteúdo em questão, sinalize o início da atividade.
sistema do Além.” Enquanto isso, circule pela sala, entre as duplas, ob-
b. Espera-se que os alunos circulem as palavras servando o desenvolvimento e auxiliando nas possíveis
“obra”, “filme” e “produção”. dúvidas.
2. Espera-se que os alunos reescrevam as frases
da seguinte maneira: Expectativas de respostas
• Tanto que, até quando lança uma de suas 1.
produções menos originais, ainda consegue a. O resumo é utilizado em diferentes textos, por
um belíssimo filme. exemplo, em uma resenha, para organizar, de
• O filme é um dos mais engraçados da empresa maneira sintética, as principais informações de
nos últimos anos [...]. um texto ou uma obra.
• [...] o que não quer dizer, no entanto, que a b. A concordância nominal é importante em um texto,
animação seja menos bela. pois confere coerência e fluidez à leitura. Para
• As partes no Além são as melhores e mais en- que haja concordância nominal, deve-se respeitar
graçadas da obra [...]. a flexão de gênero e número na relação entre
3. Espera-se que os alunos respondam que o adjeti- artigos, substantivos e adjetivos.
vo interessante está relacionado ao substantivo 2.
animação, por isso ambos estão no singular. Como a. Espera-se que os alunos identifiquem no texto
o substantivo está no singular, o artigo a, que os seguintes adjetivos e escolham cinco entre
acompanha o substantivo animação, também eles: melhor, originais, belíssima, engraçadas,
está no singular. Já o adjetivo interessantes está últimos, louvável, infantis, madura, aberta, reno-
relacionado ao substantivo animações, ambos mada, problemática, complexos, belo, melhores,
estão na forma plural. Por essa razão, o artigo difícil, triste.
as, que acompanha o substantivo animações, b. Espera-se que os alunos identifiquem no texto
também está no plural. os seguintes substantivos e escolham cinco entre
eles: Pixar, estúdio, animação, mundo, filmes,
obra, caso, Soul, produção, estreia, sexta-feira,
RETOMANDO Natal, plataforma, vídeos, Disney, cinemas, causa,
pandemia, covid-19, empresa, anos, equilíbrio,
Orientações linguagens, mensagem, adultos, dias, professor,
Diga aos alunos que organizará as falas sobre o que música, idade, sonho, banda, forma, vida, papel,
aprenderam no quadro ou em suporte amplo. Solicite tutor, jovem, alma, esperança, propósito, sistema,
sugestões de formato. Espera-se que os alunos men- Além, conceito, personagens, filme, partes, mo-
cionem o uso de tópicos ou quadros, por exemplo. Faça mento, história, Terra, tempo, ritmo, dedicação,
uma votação para o melhor recurso e, independente da pós-vida.
estratégia utilizada, é importante que haja diferentes 3. Espera-se que os alunos identifiquem e pintem no
espaço para inserir as aprendizagens sobre resumo e texto os seguintes artigos que estarão dispostos
as aprendizagens sobre concordância nominal. Peça em todo o texto: a, as, o, um, uma.

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9. Analisando resumos: explorando a linguagem
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9. Analisando resumos: explorando a linguagem PRATICANDO

1. Complete o mapa mental e retome o que você já sabe sobre concordância nominal. 1. Leia o texto a seguir e circule o verbo que permite ao leitor compreender que as
informações apresentadas foram baseadas em outra obra.

Concordância nominal ABC para a Primeira Infância


E-book para orientar sobre os cuidados com as crianças nesse período tão importante para o desenvolvi-
mento infantil

Destaques

UNICEF
O livro conta a história de um casal de cientistas que, ao descobrir
que aguarda dar à luz uma criança, embarca em uma aventura para
explorar os diversos mundos da primeira infância. Com a ajuda de um
companheiro robô, os pais vão conhecer os planetas que ensinarão
sobre a gestação, a amamentação, as brincadeiras, os carinhos e cui-
Exemplo de substantivo Exemplo de adjetivo Exemplo de artigo dados, alimentação saudável, entre outros temas fundamentais para
garantir a proteção da primeira infância.
Autor
Fundo Conjunto para os ODS, ONU Brasil, Ministério da
Cidadania
Data da publicação
julho 2021
Idioma
Português
UNICEF BRASIL. ABC para a Primeira Infância. Disponível em:
https://www.unicef.org/brazil/relatorios/abc-para-a-primeira-infancia. Acesso
Flexão de Flexão de Flexão de em: 22 ago. 2021.

O autor de um resumo deve ter em mente que não deverá apresentar


suas opiniões sobre um texto-base, isso é papel da resenha. Por isso,
ao escrever um resumo, é preciso deixar claro que as informações
apresentadas foram obtidas no texto original e não refletem o seu
Flexão de Flexão de Flexão de ponto de vista sobre o tema. Nesse caso, a depender do texto, use
frases como: o autor explica, a pesquisa apresenta, o texto trata etc.

2. Leia novamente o texto e localize dois substantivos e dois adjetivos presentes.


Após encontrá-los, circule os artigos, passe um traço nos substantivos e pinte os
adjetivos.

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3. Leia o texto a seguir. 4. A flexão de número refere-se ao singular e ao plural.


Exemplo 1 (Singular): O estudante é bom leitor.
Os viajantes e o urso Exemplo 2 (Plural): Os estudantes são bons leitores.
Dois homens viajavam juntos quando, de repente, surgiu um urso de dentro da floresta e parou diante
deles, urrando. Um dos homens tratou de subir na árvore mais próxima e agarrar-se aos ramos. O outro, Agora, passe para o singular a frase “Dois homens viajavam juntos...”
vendo que não tinha tempo para esconder-se, deitou-se no chão, esticado, fingindo de morto, porque ouvi-
ra dizer que os ursos não tocam em homens mortos.
O urso aproximou-se, cheirou o homem deitado, e voltou de novo para a floresta.
Quando a fera desapareceu, o homem da árvore desceu apressadamente e disse ao companheiro:
— Vi o urso a dizer alguma coisa no teu ouvido. Que foi que ele disse?
— Disse que eu nunca viajasse com um medroso. RETOMANDO
Na hora do perigo é que se conhece os amigos.

FIGUEIREDO, Guilherme. Alfabetização: livro do aluno. Brasília: FUNDESCOLA/SEFMEC, 2000. 3 v. 128 p. n. 2, p. 98. 1. Retome as atividades deste capítulo e responda às questões:
Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001614.pdf. Acesso em: 22 ago. 2021
. a. O que você aprendeu nesse capítulo?
⊲ Agora, leia a ficha de autoria.

Ficha de autoria
Reprodução/Editora Escola Ativa

Versão da fábula “Os viajantes e o urso”, publicada


no livro Alfabetização, de Guilherme Figueiredo.

Publicação
2000 b. Qual é a importância do uso de sinônimos em um texto?

Idioma
Português

Leia as dicas a seguir. Depois, complete o parágrafo, fazendo um resumo da fábula lida.

⊲ Siga as normas de concordância nominal.


c. Em quais situações comunicativas é importante usar a concordância nominal?
⊲ Faça bom uso de verbos para ficar claro ao leitor que as informações são baseadas
em outro texto.
⊲ Ofereça ao leitor as informações de autoria da obra, como nome do autor, título e
onde encontrá-la.
⊲ Evite cópias, você deverá completar o parágrafo com suas próprias palavras.

A fábula , na d. Qual é a função de um resumo?

versão escrita por e publicada no livro

em , está disponível

em domínio público e .

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Habilidade do DCRC
Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre artigo, substantivo e adjetivo (concordância
EF04LP07
no grupo nominal).

Práticas de linguagem • Marcar o discurso apresentado no texto-base


Análise linguística/semiótica. com o uso de verbos.
• Exercitar os conhecimentos sobre flexão de número
Sobre o capítulo e gênero através de trechos do texto-base.
• Contextualizando: completar mapa mental sobre
concordância nominal, trazendo exemplos de Contexto prévio
artigos, substantivos e adjetivos. É importante os alunos saberem que, em língua
• Praticando: retextualizar informações de texto, portuguesa, há tanto a flexão de número (singular/
considerando a concordância nominal e utilizando plural), quanto a flexão de gênero (feminino/mas-
verbos para marcar o discurso do texto-base. culino). Além disso, devem reconhecer as classes
Identificar os artigos, substantivos e adjetivos morfológicas artigo, substantivo e adjetivo. Neste
no texto-base e, usando os conhecimentos já capítulo, o conceito de sinônimo será revisitado,
adquiridos de concordância nominal, sobre flexão portanto, é importante que os alunos apresentem
de gênero e número, transformar uma frase de noções sobre seu uso como forma de evitar re-
flexão de número em plural para singular. petições vocabulares em um texto, auxiliando a
• Retomando: sistematizar as aprendizagens do coesão textual.
capítulo.
Dificuldades antecipadas
Objetivos de aprendizagem É possível que os alunos apresentem dificulda-
• Exercitar e aplicar processos de concordância de em reconhecer a necessidade de concordância
nominal por meio da retextualização de nominal, em especial, entre termos que na oralida-
informações de uma fábula, considerando a de são frequentemente pronunciados de maneira
relação entre as classes gramaticais: artigo, distinta da norma-padrão. Ao perceber as possíveis
substantivo e adjetivo. dificuldades, amplie os exemplos trabalhados, ofe-
• Identificar no texto-base: artigos, substantivos e recendo repertório diversificado.
adjetivos. Exemplos de palavras em linguagem coloquial
• Reconhecer a necessidade de estabelecer a e sua forma na norma-padrão podem ser listadas
concordância nominal na constituição da coesão para que o aluno perceba a grafia dessas palavras.
e da coerência do texto.

CONTEXTUALIZANDO Questione a turma se alguém respondeu de maneira


diferente e medeie a conversa até que a turma chegue
Orientações a um consenso coletivo. Faça o mesmo procedimento
Instrua os alunos a preencher individualmente o para os demais quadros do mapa mental e reforce que,
mapa mental. Esta atividade objetiva a retomada da ainda que o uso de exemplos seja uma boa estratégia
concordância nominal a partir do exercício de registrar para estudar as classes gramaticais, em textos é sempre
informações com apoio de recurso visual. Circule pela importante analisar o contexto, pois uma palavra pode
sala e observe a apropriação da metalinguagem; caso mudar de classe gramatical. Apresente alguns exemplos:
perceba dificuldades para retomar, de memória, exem- Quer o lápis rosa emprestado? e A aluna Rosa não fez
plos de artigos, substantivos e adjetivos, proponha a o resumo que pedi. Incentive a turma a analisar morfo-
análise de frases ditadas por você, assim, os alunos logicamente o par rosa (adjetivo) / Rosa (substantivo).
deverão inserir palavras dessas frases no mapa mental. Se necessário, apresente outros exemplos: A manga é
Guie a socialização coletiva das respostas pedindo doce. e Quando alguém manga de outro está cometendo
a um voluntário para expor suas respostas e comple- bullying. Temos o termo “manga” nas duas frases, mas
tar o quadro “Flexão de ___”, justificando sua escolha. têm sentidos distintos. Na primeira frase, a palavra

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“manga” refere-se a uma fruta, e na segunda, a um Peça à turma sugestões de outros verbos que pode-
verbo, cujo sentido é tirar sarro de alguém, zoar. riam substituir “conta” no texto lido. Faça a mediação
do debate, validando as respostas e, em seguida, guie
Expectativas de respostas a leitura coletiva do boxe destaque, pedindo aos alunos
que apresentem outros exemplos. Pergunte: O texto
Concordância nominal lido anteriormente aproxima-se mais de um resumo ou
de uma resenha? Por quê? Espera-se que os alunos
digam que o texto está mais próximo de um resumo
por não apresentar opiniões do autor sobre o livro.
Retome a formação em duplas dos alunos e oriente
Exemplo de substantivo Exemplo de adjetivo Exemplo de artigo a leitura da fábula e da ficha de informações. Circule
entre os alunos, auxiliando-os sempre que solicitado
Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal. ou quando identificar necessidade. Após a leitura, tra-
balhe a compreensão textual de maneira coletiva para
que possam retextualizar as informações da fábula de
maneira mais competente. Incentive o debate fazen-
Flexão de Flexão de Flexão de
do perguntas do tipo: O que vocês compreenderam?
número número número Alguém já conhecia esse texto? E esse autor? Onde o
conheceu? Quais outras fábulas vocês conhecem? etc.
Faça a mediação do debate.
Flexão de Flexão de Flexão de Para a atividade 4, oriente os alunos a manter a or-
gênero gênero gênero
ganização em duplas e ressalte que a análise deverá ser
feita em conjunto, mas o registro será individual. Faça
uma leitura coletiva, em voz alta, das dicas apresentadas
na atividade e circule entre as duplas durante a escrita,
incentivando os alunos a pensar na organização das in-
PRATICANDO formações principais do texto-base. Sugira, por exemplo,
que os alunos grifem as partes mais importantes da fábula
Orientações para pensar em como escreverão essas informações no
Oriente os alunos a se organizarem em duplas parágrafo de resumo. Evidencie que a ideia é evitar cópias
para a realização das atividades. Cuide para que as e completar o parágrafo com suas próprias palavras.
formações sejam mais heterogêneas, mesclando alu- Nesse momento, valorize a autonomia dos alunos e não
nos com níveis de aprendizado e habilidades diver- faça interferências diretas. Oriente as duplas a trocarem
sos. Comente que deverão realizar a leitura do texto os materiais para que possam analisar como o colega
proposto e resolver o desafio. Circule entre as duplas registrou as informações e identificar se a concordância
para acompanhar o desenvolvimento da atividade, nominal está adequada. Peça aos alunos que conversem
observando a interação entre os alunos e identifi- entre si e, se necessário, realizem alterações.
cando dificuldades que proporcionaram pistas sobre Por fim, faça a socialização coletiva das respostas,
necessidades individuais e coletivas e promovendo pedindo a voluntários que leiam seus parágrafos. A cada
direcionamento para a elaboração de estratégias resposta, proponha perguntas como: A concordância
pedagógicas. nominal está adequada? O que precisaria ser modifi-
Faça uma socialização coletiva, pedindo aos alunos cado? As informações foram apresentadas da mesma
que justifiquem suas respostas. Faça perguntas como: maneira? Por quê? Espera-se que os alunos percebam
Como vocês chegaram a essa conclusão? Como des- que, apesar de advindos em um mesmo texto-base,
cobriram isso? etc. Destaque a importância de verbos cada resumo apresenta suas particularidades. É im-
como “contar” em um resumo, pois marca que o autor portante conduzir esse momento para que os alunos
baseou-se em informações de outro texto. Assim, dife- compreendam a validação como uma boa oportunidade
rentemente da resenha crítica que apresenta caráter de construir conhecimentos e não apenas de avalia-
argumentativo, o resumo apresenta caráter expositivo. ção. Faça uma correção individual a fim de identificar

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e corrigir inadequações persistentes e, se for o caso, 4. Um homem viajava sozinho. Nessa atividade, é
traçar estratégias para trabalhar individualmente com importante o aluno perceber que, ao mudar do
os alunos que apresentam maiores dificuldades. plural para o singular, todas as palavras sofrerão
alterações. Assim, a última palavra juntos será
Expectativas de respostas trocada pela palavra sozinho.
1. Os alunos devem circular o verbo “conta”.
2. Espera-se que os alunos identifiquem no texto-
-base, pelo menos, dois artigos, dois substantivos RETOMANDO
e dois adjetivos presentes. Após localizá-los, os
alunos devem circular os artigos: os, o, um, uma, Orientações
a, as, grifar, passar um traço nos substantivos: Promova uma roda de conversa para que os alunos
e-book, cuidados, crianças, período, desenvolvi- comentem o que aprenderam durante este capítulo e faça
mento, destaques, livro, história, casal, cientistas, a mediação do debate. Pergunte sobre as percepções
luz, criança, aventura, mundos, infância, ajuda, que tiveram sobre a atividade, questionando-os sobre
companheiro, robô, pais, planetas, gestação, ama- o que foi mais fácil e mais difícil de fazer, pedindo para
mentação, brincadeiras, carinhos, alimentação, argumentarem sobre suas respostas.
temas, proteção, autor, fundo, conjunto, Brasil,
Ministério, cidadania, data, publicação, julho, Expectativas de respostas
2021 e pintar os adjetivos: importante, infantil, 1. Respostas pessoais. Espera-se que os alunos
diversos, saudável, fundamentais. retomem os conhecimentos estudados ao lon-
3. A fábula “Os viajantes e o urso”, na versão es- go das atividades. No item c, pode-se responder
crita por Guilherme Figueiredo e publicada no que situações comunicacionais consideradas mais
livro Alfabetização, em 2000, está disponível em formais, como resumos, textos jornalísticos, entre
domínio público e… respostas pessoais, desde outros, exigem concordância; situações conside-
que siga a concordância nominal adequada (en- radas informais (mensagens escritas ou conversas
tre artigo, substantivo e adjetivo), utilize verbos pessoais, por exemplo) podem, por vezes, prescin-
para marcar a posição trazida no texto-base e dir da concordância. Em relação à função de um
seja coerente com a versão da fábula lida e sua resumo, é importante que os alunos respondam
ficha de autoria. sobre a necessidade de não expor opiniões e se
ater ao texto-base.

ANOTAÇÕES

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10. Analisando resumos: revisando
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10. Analisando resumos: revisando PRATICANDO

1. Leia a seguir o trecho de um texto. 1. Preencha os textos a seguir com as palavras dos respectivos quadros. Atenção:
algumas dessas palavras precisam ser ajustadas para que haja concordância
‘Soul’ dá belo golpe na alma do público com final aberto raro entre filmes da Pixar; nominal ao serem usadas no texto.
G1 já viu
Animação que estreia nesta sexta-feira (25) no Disney+ é um dos mais engraçados do estúdio, mas um

Reprodução/Editora Nova Fronteira


dos menos originais ao lembrar mistura de ‘Divertida Mente’ e ‘Viva – A vida é uma festa’.
SOTO, Cesar. ‘Soul’ dá belo golpe na alma do público com final aberto raro entre filmes da Pixar; G1 já viu , 25 dez. 2020.
G1. Disponível em: https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2020/12/25/soul-da-belo-golpe-na-alma-do-
publico-com-final-aberto-raro-entre-filmes-da-pixar-g1-ja-viu.ghtml. Acesso em: 22 ago. 2021.
Quadro A
planeta • umas • inteiro • infantis •
2. Depois de ler o trecho com atenção, responda:
minúsculas • delicadas • jovens • O
a. O que há de inadequado com o texto?

O pequeno príncipe preto

Em um planeta, vive o Pequeno Príncipe Preto. Além dele,

b. Seguindo as regras de concordância nominal, como deveria ficar esse texto?


existe apenas árvore Baobá, sua única companheira. Quando che-
Reescreva-o, fazendo os ajustes necessários.
gam as ventanias, o menino viaja por diferentes , espalhando o amor

e a empatia. texto é originalmente uma peça

que já rodou o país . Agora, Rodrigo França traz

essa história no formato de conto, presenteando o

leitor com uma narrativa que fala da importância de valorizarmos

quem somos e de onde viemos – além de nos mostrar a força de termos laços de carinho e afeto. Afinal, como

diz o Pequeno Príncipe Preto, juntos e juntas todos ganhamos.

Sobre o livro O Pequeno Príncipe Preto, de Rodrigo França. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2020. Disponível em:
https://www.ediouro.com.br/livro/pequeno-principe-preto-para-pequenos.. Acesso em: 22 ago. 2021.

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Reprodução/Editora Carochinha

RETOMANDO

1. Um colega avaliará a concordância nominal de seus textos da atividade 1 da seção


Quadro B Praticando e vice-versa.
coelhos • meninos • menina •
⊲ Quantidade de acertos:
criança • o
⊲ Quantidade de erros:

Assinale a quantidade de acertos no quadro de avaliação a seguir, considerando as res-


postas de sua dupla. Quando o professor solicitar, diga o resultado ao seu colega utilizando a
O pulo do coelho
frase correspondente.
Gusmão era um “querente”. Queria aprender o passinho de dança, que-

ria tomar chuva sem hora pra acabar, queria acalmar avó. Queria tudo e ao ⊲ 13 acertos: Mestre da concordância nominal.
⊲ 9 a 12 acertos: É sempre hora de aprender um pouco mais.
mesmo tempo. Como toda . Um dia, Gusmão teve um sonho. Sonhou que era ⊲ 5 a 8 acertos: Vamos estudar um pouco mais?
⊲ 0 a 4 acertos: Como posso ajudar você?
um e que estava em um circo. Mas Gusmão, todo querente, não queria ser
Avaliado por:
coelho, queria mesmo era ser mágico. No meio dessa aventura circense, o

vai descobrir que o mais importante é não desistir do próprio sonho.


2. Ao escrevermos frases ou textos, podemos reproduzir algumas situações da orali-
Sobre o livro O pulo do coelho. , de Lázaro Ramos. São Paulo: Carochinha, 2021. Disponível dade. Observe o exemplo a seguir.
em: https://www.carochinhaeditora.com.br/produto/o-pulo-do-coelho/. Acesso em: 22 ago. 2021

2. Quais palavras usadas na atividade acima foram alteradas para manter o sentido Dois coelho correram para o mato.
original do texto e sua concordância? E por que foi preciso ajustá-las ao texto?

Reescreva essa frase utilizando seus conhecimentos de concordância nominal.

3. O que você aprendeu nesse capítulo?


3. No estado do Ceará, assim como em todo o Brasil, temos crianças com característi-
cas diferentes, seja na cor da pele, dos olhos e do cabelo, altura. Assim, o que você
aprendeu com o texto referente ao livro O Pequeno Príncipe Preto?

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Habilidade do DCRC
Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre artigo, substantivo e adjetivo (concordância
EF04LP07
no grupo nominal).

Práticas de linguagem • Avaliar a concordância nominal na atividade


Análise linguística/semiótica. de um colega.
• Gerar reflexão sobre a importância da diver-
Sobre o capítulo sidade e sua valorização em todos os seus
• Contextualizando: revisar trecho de título e aspectos para a vida em sociedade.
ampliação de título de resenha jornalística com
base na reescrita, considerando ajustes relativos Contexto prévio
à concordância nominal. Espera-se que os alunos reconheçam que, em
• Praticando: preencher lacunas de resumos, língua portuguesa, há a flexão de número (sin-
considerando a concordância nominal e o gular/plural) e de gênero (feminino/masculino),
contexto, além de refletir sobre as diversidades e assim como é necessário que eles conheçam as
sua importância na valorização e no crescimento classes de palavras artigo, substantivo e adjetivo.
da sociedade.
• Retomando: avaliar a concordância nominal na Dificuldades antecipadas
atividade de um colega. Os alunos podem apresentar dificuldade
em reconhecer a necessidade de concordân-
Objetivos de aprendizagem cia nominal, em especial entre termos que, na
• Preencher lacunas de resumos, considerando a oralidade, são frequentemente pronunciados de
concordância nominal na relação entre artigo, maneira distinta da norma-padrão. Ao perceber
substantivo e adjetivo. dificuldades, ofereça repertório de exemplos.

CONTEXTUALIZANDO revisou o texto, essas inadequações foram publicadas


na versão final.
Orientações
Solicite a leitura coletiva do título da resenha e de Expectativas de respostas
sua ampliação, orientando os alunos a analisar os frag- 1. Leitura do texto.
mentos e identificando suas inadequações. Espera-se 2.
que eles percebam a existência de concordância nomi- a. Espera-se que os alunos apontem que há inade-
nal, especificamente, na flexão de gênero. Pergunte: quação de concordância nominal.
Como poderíamos ajustar o texto? Ouça as respostas b. Animação que estreia nesta sexta-feira (25) no
e a valide coletivamente até que a turma chegue à Disney+ é uma das mais engraçadas do estúdio,
resposta correta. Em seguida, questione os alunos: Por mas uma das menos originais ao lembrar mistura
que é necessário realizar a revisão atenta de um texto? de ‘Divertida Mente’ e ‘Viva – A vida é uma festa’.
Espera-se que eles percebam que esse momento é
necessário para ajustar as inadequações do texto e
concluam que tais inadequações são comuns e, por PRATICANDO
isso, a revisão deve fazer parte do processo de escrita.
É possível comentar, por exemplo, que a intenção do Orientações
autor pode ter sido escrever: “Animação que estreia Explique aos alunos que, para cada resumo lacunado,
nesta sexta-feira (25) no Disney+ é um dos filmes mais há um banco de palavras – flexionadas em gênero e
engraçados do estúdio, mas um dos menos originais número – que mantêm ou não a concordância no texto
ao lembrar mistura de ‘Divertida Mente’ e ‘Viva – A original. Instrua-os a identificar a palavra adequada para
vida é uma festa’”, mas, na pressa, tenha esquecido de cada lacuna, considerando o contexto, mas também
escrever a palavra “filmes” e, como, provavelmente não avaliando se a palavra deve sofrer modificações para

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preservar a concordância nominal. Circule pela sala escola ou recorra aos acervos de bibliotecas públicas
de aula e acompanhe o desenvolvimento da atividade. e a outros recursos que julgar pertinentes. Pode-se,
Faça perguntas disparadoras como: Como essa palavra ainda, buscar os livros em outras turmas da escola, o
[aponte] deve ser escrita? Como você descobriu isso? que seria uma oportunidade para ampliar a troca de
Quais são as outras palavras do texto que concordam ideias e saberes sobre o assunto.
com essa [aponte] palavra? Por quê? Evite fornecer Ao encontrar o título adequado, leia-o para os alunos
respostas nesse momento, pois a avaliação será feita e promova uma discussão, por meio de perguntas como:
entre os pares na próxima seção. Qual é a sua opinião sobre o livro? Vocês gostaram da
Peça a um voluntário para apresentar sua resposta história? Por quê? Quem são as personagens principais?
e preencha a primeira lacuna do resumo do livro O Onde a história acontece? Observe a postura dos alu-
Pequeno Príncipe Preto. Pergunte: Foi necessário rea- nos durante a escuta da história e, após a leitura e a
lizar alguma modificação para adequar a concordância discussão, deixe-os à vontade para manipular o livro
nominal? Qual? Por quê? Quais palavras do texto o e olhar as imagens internas, a capa, o nome do autor
fizeram pensar isso? Por quê? Valide as respostas com e outros elementos que compõem o livro.
a turma, questionando: Alguém fez diferente? Como?
Por quê? Repita o procedimento para a correção de Expectativas de respostas
todas as lacunas. Ao final da correção, peça a cada 1. Esta é a sequência de palavras que completa as
aluno para apresentar o resultado da avaliação para lacunas do texto referente ao livro O Pequeno
seu par utilizando a frase correspondente ao número Príncipe Preto: minúsculo, uma, planetas, O, in-
de acertos. Disponibilize tempo para a reescrita, se fantil, inteiro, delicada, jovem. Esta é a sequência
necessário. de palavras que completa as lacunas do texto
No momento reflexivo gerado pela atividade 3, referente ao livro O pulo do coelho: menino, a,
seja o mediador de um debate sobre a importância criança, coelho, menino.
da diversidade. Faça perguntas como: Nossa sala de 2. Minúsculas, umas, planeta, infantis, delicadas,
aula é composta de diversidades? Nossas diferenças, jovens; menino, a, coelho. Foi preciso fazer ajus-
sejam elas de cor de pele, altura, cor dos olhos, tipo e tes nessas palavras para manter a concordância
tamanho de cabelo e outras, atrapalham em alguma nominal dos textos nas flexões de gênero (mas-
coisa ou nos torna mais ricos em saberes e cultura? culino e feminino) e número (singular e plural).
Procure incentivar os alunos a refletir sobre esse assunto, 3. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno fale
sempre mostrando que a diversidade é algo valioso sobre a importância da diversidade, seja ela qual
para a construção de uma sociedade. for, e que todas as pessoas são iguais e têm os
Para ampliar a conversa e promover outras mesmos direitos e deveres.
discussões sobre o assunto pluralidade e diversidade,
proponha uma visita à biblioteca da escola e sugira
uma pesquisa sobre o tema em livros literários, como
os títulos a seguir. RETOMANDO
• ALEMAGNA, Beatrice. Os cinco esquisitos. São Paulo: Orientações
WMF Martins Fontes, 2014. Oriente os alunos a se organizar em duplas para
• EMICIDA. Amoras. São Paulo: Companhia das a realização das atividades. Certifique-se de que as
Letrinhas, 2018. formações sejam mais heterogêneas, mesclando alu-
• MACHADO, Ana Maria. Menina bonita do laço de nos com níveis de aprendizado e habilidades diversos.
fita. São Paulo: Ática, 2019. Explique que eles vão fazer a avaliação um do outro da
• POTIGUARA, Eliane. O pássaro encantado. São Paulo: atividade da seção Praticando. É importante que eles
Jujuba, 2014. compreendam que, na avaliação em pares, é possível
• ZIRALDO, Flicts. São Paulo: Melhoramentos, 2000. identificar inadequações que passaram despercebidas
Caso o acervo da biblioteca escolar não conte com na escrita individual. Isso ajudará a saber o que há de
nenhuma das sugestões de leitura, busque outros tí- errado e, assim, compreender os ajustes que deverão
tulos que, porventura, tratem do tema e pertençam à ser feitos.

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Guie a troca de materiais entre os pares das duplas 3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos re-
e circule pela sala observando a dinâmica e o traba- tomem tópicos como o resumo e a importância
lho dos alunos nesse momento. Faça perguntas como: dos sinônimos e de aspectos da concordância.
Quais foram as inadequações que você encontrou no
texto do colega? Qual seria a maneira adequada de Para saber mais
inserir essa palavra no texto? Como você descobriu • BENTO, Maria Aparecida Silva. Educação infantil,
isso? É importante que os alunos percebam que o ato igualdade racial e diversidade: aspectos políticos,
de avaliar não deve ser feito de maneira arbitrária, jurídicos, conceituais. São Paulo: Centro de Estudos
mas seguindo parâmetros bem definidos. das Relações de Trabalho e Desigualdades – CEERT,
Oriente os alunos a permanecer com os materiais 2012.
trocados após terminar a correção e a não passar os • HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-moder-
resultados da avaliação a limpo. Explique que, primeiro, nidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2011.
farão um momento de socialização das respostas, a • LEITE, Marli Quadros. O resumo. São Paulo:
fim de que verifiquem se tudo foi feito corretamente. Paulistana, 2006.
Apenas após a correção coletiva é que deverão somar • MACHADO, Anna Rachel (coord.); LOUSADA, Eliane;
a pontuação. ABREU-TARDELLI, Lília Santos. Resumo. São Paulo:
Parábola Editorial, 2020.
Expectativas de respostas
1. Respostas pessoais.
2. Dois coelhos correram para o mato.

ANOTAÇÕES

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11. Assistindo a seminários escolares
PÁGINA 50 PÁGINA 51

11. Assistindo a seminários escolares PRATICANDO

1. Observe as imagens a seguir com atenção. 1. Assista aos vídeos que serão reproduzidos pelo professor e responda às perguntas a
seguir.

Jose Luis Pelaez Inc/DigitalVision/Getty images


Yellow Dog Productions/DigitalVision/Getty Images

Vídeo 1

⊲ Qual é o título do seminário?

⊲ Qual é o tema da apresentação?


GlobalStock/E+/Getty images

kali9//E+/Getty images
⊲ Qual é a finalidade da apresentação?

⊲ Qual é o meio de produção e de circulação da apresentação?

Agora, responda: ⊲ Quem participa da apresentação?

a. Como é possível se preparar para fazer uma apresentação oral para a turma?
⊲ Como é o tom de voz de quem faz a apresentação?

⊲ Como são os gestos de quem faz a apresentação?

b. Quais recursos podem ajudar durante a apresentação?


⊲ Essa apresentação está adequada para um seminário? Por quê?

Anotações
2. Observe as imagens acima e marque os itens importantes para uma apresentação
escolar.

( ) Planejamento ( ) Deixar o tempo passar e não se


( ) Pesquisa importar com a apresentação
( ) Tentar fazer tudo sozinho ( ) Parceria com os colegas da equipe
( ) Criatividade ( ) Ensaiar antes da apresentação

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Vídeo 2
RETOMANDO
⊲ Qual é o título do seminário?
1. Quais sugestões você daria a um colega que vai preparar a apresentação oral de
um tema para a turma?
⊲ Qual é o tema da apresentação?

⊲ Qual é a finalidade da apresentação?

⊲ Qual é o meio de produção e de circulação da apresentação?

⊲ Quem participa da apresentação?

⊲ Como é o tom de voz de quem faz a apresentação?

2. Em duplas, registre abaixo dicas importantes para uma apresentação oral.


⊲ Como são os gestos de quem faz a apresentação?

⊲ Essa apresentação está adequada para um seminário? Por quê?

Anotações

3. Em duplas ou em trios, faça um cartaz sobre os seguintes temas:

⊲ concordância nominal (flexões de gênero e número); exemplos de substantivos,


adjetivos e artigos;
⊲ conceito de resumo.

Após a confecção do cartaz, preparem-se para praticar a apresentação oral, utili-


zando as dicas da questão anterior.

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Habilidades do DCRC
Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar
EF15LP13
opiniões, informar, relatar experiências etc.).
Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos, e suas
características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação telefônica,
EF35LP10
entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate, noticiário de rádio e TV, narração de jogos
esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).

Prática de linguagem • D
 ois vídeos de seminários escolares. Sugestões:
Oralidade. • Seminário sobre Usinas Energéticas
produzido pelo 5o ano – Gávea. Disponível em:
Sobre o capítulo https://www.youtube.com/watch?v=8u1CBnoS2Mk.
• Contextualizando: sugerir estratégias que Acesso em: 27 dez. 2021.
podem servir de suporte para a apresentação • Feira do Ceará 4o ano. Escola Vila –
oral de um tema. Pedagogia Ecossistêmica. Disponível em: https://
• Praticando: apreciar vídeos de seminários realizados www.youtube.com/watch?v=F1obzuvgzpc. Acesso
em ambiente escolar para identificar características em: 27 dez. 2021.
típicas do gênero oral seminário escolar.
• Retomando: criar cartaz coletivo listando dicas Contexto prévio
para quem deseja preparar uma boa apresentação Os alunos já devem ter tido contato com dife-
oral em seminário escolar. rentes ferramentas multissemióticas de apoio aos
estudos, como imagens, tópicos, quadros, tabelas,
Objetivos de aprendizagem diagramas, mapas mentais, gráficos e resumos.
• Apreciar vídeos de seminários realizados em
ambiente escolar. Dificuldades antecipadas
• Identificar características típicas do gênero oral É possível que os alunos apresentem dificuldade
seminário escolar. em identificar as características do seminário escolar
por terem pouca familiaridade com esse gênero oral.
Materiais Além disso, eles podem apresentar dificuldade em
• Equipamento para reprodução de vídeo (opcional). associar os recursos multissemióticos vistos até o
momento com o gênero oral.

CONTEXTUALIZANDO

Orientações É possível mencionar que as crianças estão apresentando


Como forma de introduzir reflexões sobre o gêne- conteúdos de Geografia, Música, Ciências, de acordo
ro oral seminário escolar, proponha aos alunos que com o que é possível assimilar de cada imagem. Caso
dialoguem coletivamente sobre as perguntas pro- não seja mencionado pelos alunos, guie a observação
postas. Espera-se que eles retomem as estratégias dos recursos físicos existentes: mapa-múndi, materiais
de estudo trabalhadas anteriormente, como tópicos, de laboratório, materiais específicos de acordo com
quadros, tabelas, diagramas, mapas mentais, gráficos, a temática, como flautas, partituras, alto-falantes,
resumos etc. Medeie as contribuições, instigando a cartazes, livros etc. Neste capítulo, além de identifi-
participação de todos. Faça perguntas como: O que car as características do gênero seminário escolar,
vocês acreditam que as crianças das imagens estão é importante que os alunos comecem a refletir sobre
fazendo? Por quê? Onde elas estão? Como você chegou os recursos físicos a serem usados para auxiliar nas
a essa conclusão? O que as pessoas sentadas estão apresentações. Não apresente respostas prontas. Em
fazendo? Por que você acha isso? Espera-se que os um suporte amplo, tome nota das hipóteses levan-
alunos reconheçam o ambiente de uma sala de aula tadas pelos alunos para que possam analisá-las no
e mencionem a apresentação de um trabalho oral. decorrer do capítulo.

50 4 o ANO

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Expectativas de respostas de apoio? Por quê? Quais você usaria? Por quê? Ouça-
1. -os e medeie o debate.
a. e b. Respostas pessoais. Caso o segundo vídeo seja utilizado, promova a
2. Planejamento, pesquisa, criatividade, parceria com mediação de um momento de debate sobre a temáti-
os colegas da equipe e ensaiar antes da apresentação. ca abordada. Como trata da cultura cearense sendo
apresentada por alunos de 4o ano, uma exploração
mais apurada desse vídeo torna-se relevante.
PRATICANDO
Expectativas de respostas
Orientações 1. Respostas pessoais, considerando os vídeos
Selecione, com antecedência, dois vídeos de crianças apresentados.
apresentando seminários escolares. Escolha vídeos que
apresentem conteúdos diferentes e adequados à faixa
etária. O objetivo é que os alunos comparem os vídeos RETOMANDO
e consigam perceber elementos que se repetem, pois
são inerentes ao gênero oral seminário. Orientações
Na seção Materiais, estão sugeridos dois vídeos, um Diga aos alunos que eles deverão pensar em con-
mais extenso e outro menor. Não é recomendado que o selhos para dar a um colega que vai preparar um se-
primeiro vídeo proposto seja projetado por completo, minário. Comente que a atividade será individual e
pois, como é extenso, pode dispersar a atenção da a correção, coletiva, pois a turma deverá entrar em
turma. Assim, eleja duas apresentações desse vídeo. consenso para criar uma lista de conselhos coletiva.
O segundo vídeo é mais curto e pode ser exposto por Faça a mediação das respostas, fazendo os registros
inteiro. É interessante optar por seminários que utilizem em formato de tópicos e, ao final, guie a leitura coletiva
estratégias diferentes. do cartaz. É importante que os alunos mencionem os
Antes da reprodução do material audiovisual, faça recursos de apoio e, caso isso não seja trazido nas
uma leitura guiada com a turma das perguntas apre- falas, pergunte: E para apoiar a apresentação oral?
sentadas no Caderno do Aluno e ressalte que tais Quais recursos poderiam ser utilizados? Faça o registro
perguntas deverão ser respondidas após a exibição dos das conclusões em uma folha de papel Kraft e deixe-a
vídeos. Comente que as respostas serão individuais, exposta na sala de aula em local visível a todos.
mas a correção será coletiva, com todos compartilhando Após a conclusão da atividade anterior, sugira a
suas observações sobre as apresentações. Incentive-os listagem de dicas para uma boa apresentação, ainda
a registrar, por exemplo, tópicos importantes sobre os em duplas ou em trios e relembre-os dos conteúdos
vídeos, para que seja mais fácil conversar sobre eles estudados nos capítulos 7, 8 e 9 (Concordância nominal
no momento de socialização. e suas flexões que envolvem as classes gramaticais:
Guie o momento de debate de modo comparativo. substantivos, adjetivos e artigos, assim como sinoní-
Para a pergunta Qual é o tema do vídeo, por exem- mia). Faça-os recordar do conceito de resumo e sua
plo, peça aos alunos para responderem à pergunta importância.
considerando os dois seminários. Adote procedimento Em seguida, direcione-os à atividade 3, a confecção
semelhante para as demais perguntas. Ao final, é im- de um cartaz, em que vão expor esses conhecimento
portante que eles identifiquem as temáticas abordadas, de maneira criativa. Ressalte aspectos visuais do car-
a finalidade de cada seminário, o meio de produção taz, como tamanho e cor da letra, a maneira como as
e de circulação, façam considerações a respeito de informações estarão disponíveis (em forma de tópicos,
elementos paralinguísticos que constituem o gênero listas, palavras-chave, texto com as principais ideias),
oral seminário escolar – como tom de voz e gestos – presença de imagens, tamanho do cartaz, entre outros
e avaliem se as apresentações estão adequadas ao aspectos. Reforce que as dicas criadas na atividade 2
gênero. Caso os alunos as considerem inadequadas, e expostas para a turma devem ser postas em prática
pergunte como poderiam ser melhoradas. Questione- no momento da apresentação oral.
os ainda: Quais foram os elementos utilizados pelos
grupos durante a apresentação? Foram bons recursos

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Expectativas de respostas • GOMES-SANTOS, Sandoval Nonato. A exposição oral:
1. Respostas pessoais. Espera-se que os alunos men- nos anos iniciais do Ensino Fundamental. São Paulo:
cionem a escolha do tema, as fontes de pesquisa, Cortez, 2012.
o desenvolvimento de um roteiro com a sequência • GOULART, Cláudia. As práticas orais na escola:
da fala, entre outros aspectos. o seminário como objeto de ensino. Dissertação
2. Espera-se que os alunos citem planejamento, (Mestrado em Linguística) – Unicamp. Campinas –
pesquisa sobre o assunto a ser apresentado, SP, 2005.
ensaio antes da apresentação, entre outros. • MARCUSCHI, Luiz Antônio. Oralidade e escrita.
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos criem Signótica, v. 9, n. 1, p. 119-145, jan./dez. 1997.
um cartaz que apresente os principais aspectos Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/sig/article/
sobre o assunto escolhido. view/7396/5262. Acesso em: 12 nov. 2021.
• ROJO, ROXANE. As relações entre fala e escrita:
Para saber mais mitos e perspectivas – Caderno do professor. Belo
• CAVALCANTE, M. C. B.; TEIXEIRA, C. T. V. Gêneros Horizonte: Ceale, 2006, 60 p.
orais na escola. In: SANTOS, C. F.; MENDONÇA, M.;
CAVALCANTE, M. C. B (org.). Diversidade textual: os
gêneros na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica,
2007. p. 89-102. Disponível em: http://www.serdigital.
com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/11.pdf.
Acesso em: 12 nov. 2021.

ANOTAÇÕES

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12. Planejando um seminário
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Origem
12. Planejando um seminário A literatura de cordel como conhecemos hoje teve sua origem ainda em Portugal com os trovadores
medievais (poetas que cantavam poemas no século 12 e 13), os quais espalhavam histórias para a população,
que, na época, era em grande parte analfabeta. Na Renascença, com os avanços tecnológicos que permi-
1. Converse com os colegas e registre suas conclusões.
tiram a impressão em papéis, possibilitou-se a grande distribuição de textos, que, até então, eram apenas
cantados.
a. Como preparar um bom seminário escolar? [...]

Principais características
• O texto é escrito com métrica fixa e rimas que fazem a musicalidade dos versos;
• É de grande importância para o folclore, já que os cordéis tratam dos costumes locais, fortalecendo
as identidades regionais;
• A literatura de cordel é muito conhecida por suas xilogravuras (gravuras em madeira), que ilustram as
páginas dos poemas.
[...]
b. Quais recursos visuais podem ajudar durante a apresentação de um seminário?

Resumo
A literatura de cordel veio para o Brasil com os portugueses, criando no Nordeste brasileiro essa cultura do
cordel, que ainda hoje é tradicional. Por ser uma literatura local, sua existência fortalece o folclore e o imaginá-
rio regional, além de incentivar a leitura. Hoje, a literatura de cordel é reconhecida como patrimônio cultural
imaterial, tendo até mesmo uma Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Graças à impressão em grande
quantidade, o cordel popularizou-se por imprimir em papel as histórias rimadas dos repentistas que improvi-
savam rimas nas ruas e, depois, continuou sendo muito popular por contar histórias de maneira simplificada
c. Quais recursos podem ajudar a estudar um tema para apresentar durante um para seus leitores.
seminário escolar? MARINHO, Fernando. Literatura de cordel. Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/literatura-cordel.htm Acesso em: 25 out. de 2021.

a. Qual é o assunto do texto?

b. Quais informações extras você já sabe sobre esse tema?


PRATICANDO

1. Leia o texto com atenção para responder às questões a seguir.

Literatura de cordel
c. Quais informações você precisa pesquisar para aprender mais sobre esse tema?
A literatura de cordel chegou ao Brasil com os portugueses e é uma forma de literatura muito popular no
Norte e Nordeste do Brasil.
A literatura de cordel foi popularizada no Brasil por volta do século 18 e também ficou conheci-
da como poesia popular, porque contava histórias com os folclores regionais de maneira simples, pos-
sibilitando que a população mais simples entendesse. Seus autores ficaram conhecidos como po-
etas de bancada ou de gabinete. Aqui no Brasil, a literatura de cordel popularizou-se por meio dos
repentistas (ou violeiros), que se assemelham muito aos trovadores medievais por contarem uma história
musicada e rimada nas ruas das cidades, popularizando os poemas que depois viriam a ser os cordéis.

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d. Onde você pode encontrar essas informações?


Quais recursos serão utilizados
para apoiar a apresentação?

Como esses recursos serão


2. Você e sua equipe devem planejar e realizar uma apresentação sobre literatura de feitos?
cordel. Para colaborar com o planejamento, escrevam as informações no quadro
a seguir. Quais materiais serão
necessários para a produção
desses recursos?
Quadro de planejamento para apresentação de um seminário escolar

Tema:
RETOMANDO

1. Troquem o planejamento de seu grupo com o de outro grupo e sigam as orientações


Alunos:
a seguir.

a. Analisem o trabalho dos colegas do outro grupo. Se necessário, façam pergun-


Principais ideias do texto
tas sobre o tema e as etapas do planejamento.

⊲ b. Façam anotações que ajudem os colegas a aperfeiçoar o planejamento feito.

⊲ 2. Quais aspectos apontados por seus colegas foram necessários ajustar no
planejamento de seu grupo?

Tempo da apresentação

Quais informações devem ser


pesquisadas sobre o tema?

Como as falas serão divididas?


3. O que você aprendeu nesse capítulo? Como foi a experiência de planejar a apre-
sentação oral e a troca com os colegas?
Como deve ser a entonação
da voz?

Quais gestos são adequados


para a apresentação?

Quais gestos são inadequados


para a apresentação?

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Habilidades do DCRC
Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando
EF15LP10
esclarecimentos sempre que necessário.

Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de recursos multissemióticos (imagens,
EF35LP20 diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a linguagem
à situação comunicativa.

Prática de linguagem Contexto prévio


Oralidade. Os alunos já devem ter tido contato com dife-
rentes ferramentas de apoio aos estudos, como
Sobre o capítulo imagens, tópicos, quadros, tabelas, diagramas,
• Contextualizando: retomar pontos importantes mapas mentais, gráficos e resumos. Também é
para a apresentação de um bom seminário escolar. necessário que já tenham apreciado apresenta-
• Praticando: planejar a apresentação de um ções de seminários escolares e refletido sobre
seminário escolar, incluindo recursos de apoio. aspectos paralinguísticos importantes para a
• Retomando: compartilhar com a turma o realização desse gênero oral, além da presença
planejamento de apresentação de um seminário. de recursos visuais.

Objetivos de aprendizagem Dificuldades antecipadas


• Planejar o roteiro de apresentação de um se- É possível que os alunos apresentem dificulda-
minário escolar, considerando o tempo de fala de em identificar as características do seminário
e a linguagem. escolar, sobretudo em associar os recursos mul-
• Produzir o suporte multissemiótico para apre- tissemióticos vistos até o momento com o gênero
sentação (cartaz, slides, diagramas). oral. Se possível, projete os vídeos trabalhados no
• Apresentar o trabalho ou a pesquisa, conside- capítulo anterior para que eles possam retomá-
rando os critérios elencados. -los ou apresente outros modelos de seminários
escolares.
Materiais
• Cartaz produzido anteriormente com sugestões
para preparar uma apresentação oral.
• Diferentes textos sobre assuntos atuais.

CONTEXTUALIZANDO Expectativas de respostas


1.
Orientações a., b. e c. Respostas pessoais. Espera-se que os
Peça aos alunos que, individualmente, reflitam sobre alunos retomem as discussões realizadas ao fi-
as perguntas propostas. Em seguida, faça um momento nal do capítulo anterior e citem recursos visuais
de socialização das respostas, incentivando todos a (imagens, tópicos, quadros, tabelas, diagramas,
compartilhá-las. Caso seja possível, projete novamente
mapas mentais, gráficos, resumos) tanto como
os vídeos analisados no capítulo anterior para que os
apoio para os estudos quanto para a apresentação
alunos retomem a importância dos recursos paralin-
guísticos adequados e do uso de recursos visuais para de um seminário escolar.
as apresentações. Após a socialização, guie a leitura
coletiva do cartaz produzido anteriormente e incentive os
alunos a pensar nos recursos materiais que vão produzir. PRATICANDO
Questione-os: Quais materiais foram necessários para
produção deste cartaz? Espera-se que os alunos listem Orientações
os materiais necessários para produzir os recursos que Oriente os alunos a se organizar em grupos de, no
utilizarão em suas apresentações. máximo, quatro alunos cada um.

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Separe a temática Literatura de cordel em tópicos 2.
de importância. Tema: Literatura de cordel
• Tópico 1: O que é cordel? Origem; Principais ideias (sugestões): Conceito de literatura
• Tópico 2: Características e capas; de cordel, origem, características, tipos de capa,
• Tópico 3: Autores pioneiros e suas principais obras; autores pioneiros no Brasil, cordelistas contempo-
• Tópico 4: Autores da atualidade e suas principais râneos e/ou cearenses.
obras; As demais respostas são pessoais, próprias de cada
• Tópico 5: Leandro Gomes de Barros e sua importância equipe.
para a literatura de cordel;
• Tópico 6: Cordelistas cearenses e suas obras.
Sorteie os tópicos acima entre as equipes, assim RETOMANDO
como a ordem das apresentações.
Como essa atividade requer maior tempo e pesquisa, Orientações
fomente o início do planejamento na sala, mas esten- Finalizada a produção dos quadros de planejamen-
da-o para reuniões da equipe extrassala. Ou seja, as tos, solicite aos grupos que troquem os planejamentos
apresentações devem ser na aula seguinte. entre si para correção. Lembre-os de proceder com
Enquanto planejam a atividade na sala de aula, educação e respeito com o trabalho dos colegas.
circule entre as equipes, sanando as dúvidas possí- Incentive-os a fazer perguntas sobre estrutura e tema
veis e fornecendo informações e fontes de pesquisas dos planejamentos, prevendo situações que possam
necessárias. ocorrer durante uma apresentação. Participe desse
No dia reservado para as apresentações, promova momento e auxilie-os se necessário, com sugestões que
um ambiente interativo e respeitoso, para que todos poderão contribuir para aprofundar as ideias presentes
se sintam à vontade. nos planejamentos. Observe se os recursos listados são
Cada equipe deve se apresentar sem interrupções de coerentes e suficientes para as apresentações propostas.
outros, a não ser que a própria equipe abra um momento Em seguida, guie uma conversa coletiva para levantar
para perguntas. Ao término de cada apresentação, lance as percepções dos alunos sobre seus planejamentos.
elogios e acrescente algo, caso necessário. Faça perguntas como: O que foi mais difícil durante
Reforce com a turma a importância do apoio visual o planejamento do seminário? O que foi mais fácil? O
para a apresentação e incentive os alunos a trabalhar que vocês acreditam que será mais desafiador durante
com os recursos que estudaram, como imagens, tó- a produção dos recursos? E durante a apresentação?
picos, quadros, tabelas, diagramas, mapas mentais, Como pensam em superar essas dificuldades? Ouça os
gráficos e resumos. Caso seja necessário pesquisar alunos e promova a mediação das respostas.
informações extras, é importante evidenciar a impor- Ao longo do planejamento do seminário, é fundamen-
tância da pesquisa em fontes confiáveis. Nesse caso, tal considerar sua função não só no desenvolvimento
apresente algumas opções de fontes nas quais a turma dos aspectos relativos à oralidade, mas também no
possa realizar a pesquisa. Circule pela sala de aula fortalecimento das relações de ensino-aprendizagem.
para acompanhar o desenvolvimento da atividade e Nesse sentido, Ana Regina Ferraz Vieira, em sua disser-
faça perguntas como: Essa informação [aponte] pode tação de mestrado, trata os seminários como técnicas
ser apresentada com um uso de algum recurso visual? de ensino e aprendizagem e, como tais,
Qual? Como fazer essa informação [aponte] ser mais [...] são instrumentos mediadores entre professor e
clara a quem não leu o texto-base? aluno, e essas intermediações podem ser as mais
variadas, estando ora mais centrada no professor,
Expectativas de respostas como na exposição oral e na demonstração, ou no
1. aluno, como no estudo dirigido, na pesquisa biblio-
a. O assunto do texto é literatura de cordel. gráfica e no estudo do texto, ora mais centrada na
b. Resposta pessoal. individualização, como no ensino programado, ou na
c. Resposta pessoal. socialização do aluno, como é o caso do seminário,
d. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos citem do debate, da discussão e dos trabalhos em grupo
livros, sites na internet, ida a um evento relacio- de uma forma geral. [...]
nado à literatura de cordel, entre outros.

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VIEIRA, Ana Regina Ferraz. O seminário: um evento de letramento escolar. Para saber mais
Dissertação (Mestrado em Letras e Linguística). Recife: Universidade Federal de
Pernambuco, 2005. p. 22. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/bitstream/
• Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Disponível
123456789/7981/1/arquivo8416_1.pdf. Acesso em: 12 nov. 2021. em: http://www.ablc.com.br/. Acesso em: 12 nov. 2021.
• ASSARÉ, Patativa. Cordel. São Paulo: Hedra, 2008.
Expectativas de respostas • COSTA SENNA. Cordeis que educam e transformam.
1. São Paulo: Global, 2012.
a. e b. Respostas pessoais. • GOMES-SANTOS, Sandoval Nonato. A exposição oral:
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos des- nos anos iniciais do Ensino Fundamental. São Paulo:
crevam as melhorias sugeridas pelo grupo de Cortez, 2012.
colegas responsável por avaliar o planejamento e • OBEID, César. Desafios de cordel. São Paulo: FTD,
de que maneira as considerações foram inseridas 2009.
no planejamento. • OLIVEIRA, Fernanda de. Só sei que foi assim. São
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos Paulo: Melhoramentos, 2020.
relatem os aprendizados sobre a estrutura do • VIEIRA, Ana Regina Ferraz. O seminário: um evento
seminário escolar, os processos envolvidos na de letramento escolar. Dissertação (Mestrado em
escolha do tema, os recursos visuais usados para Letras e Linguística), Recife: Universidade Federal de
a apresentação, além de aspectos relacionados Pernambuco, 2005. Disponível em: https://repositorio.
ao trabalho em equipe. ufpe.br/bitstream/123456789/7981/1/arquivo8416_1.
pdf. Acesso em: 12 nov. 2021.

ANOTAÇÕES

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13. Apresentando um seminário
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13. Apresentando um seminário PRATICANDO

1. Agora que você revisou seu planejamento, é hora de criar a apresentação. Para
1. Observe as imagens a seguir para responder às perguntas.
isso, siga as orientações a seguir.

a. Separe os materiais necessários para preparar os recursos de apoio.

Image Source/Getty images

Maskot/Getty images
b. Crie um roteiro para a apresentação, considerando as seguintes ações:

⊲ Em qual momento cada aluno vai falar.


⊲ Qual assunto será exposto.
⊲ Qual recurso será utilizado.

a. Qual é a situação retratada em cada uma das imagens acima?

b. Como você chegou a essa conclusão?

2. Retome o planejamento com seu grupo e certifique-se de que estão com todos
os materiais necessários para a produção dos recursos de apoio do seminário.
Verifique se será preciso modificar algo no planejamento. c. Ensaie a apresentação, seguindo o roteiro criado.

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2. Apresente seu seminário e acompanhe as apresentações dos colegas. Ao final


de cada apresentação, faça uma síntese, em tópicos, dos assuntos abordados em RETOMANDO
cada apresentação.
1. O que é necessário para uma boa apresentação de um seminário escolar?

2. Preencha o quadro de autoavaliação a seguir, considerando a apresentação do


seminário de seu grupo, mas, antes, reflita:

⊲ Há outros critérios para incluir no quadro? Se sim, quais?

AUTOAVALIAÇÃO

Pensando a respeito do que aprendeu sobre seminário escolar, você diria que:

Ainda não compreendi Compreendi em partes Compreendi tudo, mas não Compreendi tudo o que fiz
e preciso de ajuda. e ainda preciso rever me sinto capaz de explicar e sou capaz de explicar
alguns assuntos. a outras pessoas. a outras pessoas.

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Habilidades do DCRC
Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando
EF15LP10
esclarecimentos sempre que necessário.
Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de recursos multissemióticos (imagens,
EF35LP20 diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a linguagem
à situação comunicativa.

Prática de linguagem • Quadro de planejamento para a apresentação


Oralidade de um seminário (produzido no capítulo anterior).

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: retomar características de Os alunos já devem ter tido contato com dife-
um bom seminário escolar e o planejamento rentes ferramentas de apoio aos estudos, como
previamente realizado por cada grupo. imagens, tópicos, quadros, tabelas, diagramas,
• Praticando: produzir os recursos de apoio para mapas mentais, gráficos e resumos. É necessário
apresentar um seminário escolar e realizá-lo. que tenham visto ou participado de apresentações
Apreciar a apresentação de seminários escolares e de seminários escolares e refletido sobre aspec-
listar em tópicos os pontos principais de cada um. tos paralinguísticos e visuais importantes para a
• Retomando: completar a rubrica de autoavaliação realização desse gênero oral. É importante que
e preenchê-la, considerando o desempenho do tenham preenchido o quadro de planejamento para
grupo. a apresentação de um seminário escolar.

Objetivos de aprendizagem Dificuldades antecipadas


• Planejar o roteiro de apresentação, considerando É possível que os alunos apresentem dificuldade
o tempo de fala e a linguagem. em identificar as características do gênero oral por
• Produzir o suporte multissemiótico para a apre- pouca familiaridade com seminários escolares. É
sentação (cartaz, slides, diagramas). possível que tenham dificuldade em associar os
• Apresentar o trabalho ou a pesquisa, considerando recursos multissemióticos, vistos até o momento,
os critérios elencados. ao gênero oral. Alguns alunos podem apresentar
dificuldades no decorrer da apresentação por ti-
Materiais midez ou falta de segurança para apresentar seu
• Materiais previamente selecionados por cada tema. Por essas razões, é importante disponibilizar
grupo. tempo aos grupos para que possam se organizar
e treinar a apresentação.

CONTEXTUALIZANDO à sustentabilidade, espera-se que relacionem texto verbal


e texto não verbal (imagens) durante suas respostas
Orientações e que evidenciem que o cartaz serve como recurso
Peça para, individualmente, os alunos observarem de apoio para ilustrar o tema do grupo. Questione-os:
a imagem e refletirem sobre as perguntas os itens da O que foi necessário para que o grupo produzisse o
atividade 1. Em seguida, guie a socialização das res- cartaz? Ouça-os e medeie as respostas. Diga que, para
postas. Espera-se que notem a prática do seminário isso ocorrer, deve ter havido um planejamento listan-
escolar. Amplie os questionamentos, por exemplo: Qual do os materiais que utilizariam. É fundamental que os
tema vão apresentar? Como vocês chegaram a essa alunos reconheçam a importância do planejamento
conclusão? Qual é o papel do cartaz durante a apre- não só para essa atividade, mas para outras futuras.
sentação do seminário escolar? Oriente os alunos a se organizar nos mesmos grupos
Espera-se que os alunos mencionem que, provavel- do capítulo anterior e guie a revisão do planejamento
mente, o seminário escolar abordará temas relacionados com eles. Nesse momento, eles poderão conversar sobre

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mudanças ou não no planejamento inicial. Circule entre Essa informação estará clara para os outros alunos que
os grupos, questionando-os: Vocês ainda seguirão essa não estudaram esse tema? Como vocês podem organizar
ideia [aponte]? Por quê? O que será necessário modificar? suas falas para elas serem mais objetivas? Para que
Por quais motivos vocês chegaram a essa conclusão? os alunos consigam acompanhar a apresentação, qual
Caso algum dos grupos não tenha trazido todos será a ordem dos assuntos? Por quê? Auxilie os alunos
os materiais previstos para o seminário, incentive-o no que for necessário para que todos compreendam
a pensar em outras estratégias que possam usar. Se a importância.
um aluno tiver esquecido, por exemplo, de levar uma Organize a sala de aula em formato de meia-lua de
folha de papel cartolina e não for possível conseguir modo que, durante as apresentações, os grupos fiquem
outra durante a aula, diga que uma alternativa é fa- em destaque e possam ser vistos por toda a turma.
zer os registros em uma folha avulsa ou até mesmo Explique-lhes que deverão apreciar a apresentação
no quadro da sala de aula. Ao longo do processo, é de cada grupo e que, ao final de cada uma, deverão
importante os alunos compreenderem que imprevistos registrar, em tópicos, as principais ideias abordadas
acontecem e, por isso, é necessário ter um segundo em cada apresentação. Diga que, também ao final de
plano para remediar a situação. Além disso, compreen- cada apresentação, eles também poderão fazer per-
der como os recursos visuais apoiam a apresentação guntas ao grupo sobre o tema apresentado. Para esse
de um seminário fará os alunos perceberem que a tro- momento, é possível elaborar algumas questões para
ca ou a substituição desses não é, necessariamente, que os grupos respondam, fomentando a participação
ruim. E, assim, deverão decidir, juntos, como fazer o de todos. É importante que os alunos passem a ver
uso adequado do recurso, levando em consideração esse momento com naturalidade e como oportunidade
a apresentação que planejaram. para aprender uns com os outros. Peça a voluntários
que compartilhem com a turma os registros que fizeram
Expectativas de respostas sobre cada apresentação. Em seguida, questione-os:
1. Os registros dos colegas foram iguais? O que têm em
a. As imagens sugerem crianças em situações de comum? O que têm de diferente? Espera-se que os
apresentação escolar sobre um assunto/tema. alunos percebam que, ainda que o texto-base tenha
b. Espera-se que os alunos, ao observarem a ima- sido o mesmo, cada síntese apresentará suas particu-
gem, tragam elementos que remetam a uma sala laridades. Questione o grupo que fez a apresentação:
de aula, a apresentações orais, o que pode ser Para vocês, esses pontos foram os mais importantes? Os
concluído a partir da observação do contexto. colegas conseguiram compreender o tema que vocês
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos tenham apresentaram? Como vocês chegaram a essa conclusão?
reunido todos os materiais necessários para a Durante essa etapa, o grupo poderá, por exemplo,
produção dos recursos visuais. acrescentar informações que possam ter esquecido
de mencionar durante a apresentação. Repita esse
mesmo procedimento para todas as apresentações.
PRATICANDO
Expectativas de respostas
Orientações 1. Respostas pessoais.
Oriente os grupos a realizar a produção dos materiais 2. Resposta pessoal.
de apoio e auxilie-os no que for necessário. Incentive-os
a pensar no uso dos recursos durante a apresentação,
fazendo perguntas, como: Em qual parte da apresen-
tação esse recurso [aponte] será apresentado? Quem RETOMANDO
fará a apresentação desse recurso [aponte]? Como será
a apresentação? etc. Orientações
Diga aos alunos que, após a produção dos recur- Faça uma roda de conversa sobre boas práticas de
sos, é o momento de preparar as apresentações e os apresentação de seminários, mediando o debate entre
ensaios. Oriente-os a realizar a produção em tópicos, os alunos. Registre as conclusões da turma em um su-
listando os pontos de fala importantes e pensando porte amplo e guie a leitura coletiva, questionando-os
na recepção do público-alvo. Faça perguntas, como: se é preciso realizar algum acréscimo.

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Antes de orientar a autoavaliação, revise com a Aluno, avaliando a apresentação no geral, de maneira
turma os itens necessários para a boa apresentação coletiva e não individual, uma vez que todos foram
de um seminário escolar e incentive-os a pensar em responsáveis pela realização do seminário escolar. Em
outros itens para compor a rubrica de autoavaliação. seguida, analise os resultados das autoavaliações para
Esse exercício será importante para que reflitam sobre verificar como os alunos se autoavaliaram.
os critérios de avaliação e percebam que, além dos
pontos apresentados pelos alunos, há outros que po- Expectativas de respostas
dem ser considerados, como a organização do grupo 1. Resposta pessoal. Espera-se que, entre outras
no espaço da sala de aula, a manutenção da atenção observações, os alunos mencionem o estudo
do público etc. É importante destacar que todos os prévio do tema, a execução de gestos apropria-
grupos deverão incluir os mesmos critérios. dos, sobretudo quando indicarem informações
Explique aos alunos que a autoavaliação deverá visuais, a entonação de voz adequada e o uso
ser discutida entre os membros do grupo e que deve- de recursos adequados.
rão preencher o quadro apresentado no Caderno do 2. Resposta pessoal.

ANOTAÇÕES

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14. Planejar a escrita de um resumo
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14. Planejar a escrita de um resumo PRATICANDO

1. Observe as imagens de alguns animais que pertencem à fauna do Ceará. Você 1. Com um colega, leia os textos a seguir.
conhece algum deles? Se sim, quais?
Texto 1
Fauna
pchoui/E+/Getty images

Ronaldo Melo/Moment/Getty images


Fauna é o conjunto das espécies animais característico de cada região. Cada animal é adaptado ao tipo de
vegetação, clima e relevo da região onde vive.
O Brasil é um dos países com maior diversidade de espécies de fauna no mundo. Alguns dos animais en-
contrados no Brasil não existem em outras partes do mundo. Em nosso país vivem mais de 120 mil espécies
de animais entre mamíferos, aves, anfíbios, peixes, répteis e insetos.
Porém, infelizmente, muitas dessas espécies correm o risco de extinção, ou seja, de não existirem mais.
Diversos problemas ambientais (desmatamento das florestas, a poluição das águas, o comércio ilegal de
animais e a caça predatória) têm contribuído para o empobrecimento de nossa fauna.
Algumas espécies que já estiveram ameaçadas de extinção, como a baleia-jubarte e a arara-azul-gran-
de, tiveram suas populações recuperadas, mas ainda temos mais de mil espécies animais em perigo de
desaparecerem.
IBGE EDUCA CRIANÇAS. Fauna. Disponível em:
elzauer/Moment/Getty images

By Ronaldo Melo/Moment/Getty images


https://educa.ibge.gov.br/criancas/brasil/2850-nosso-territorio/19633-fauna.html. Acesso em: 10 nov. 2021.

Texto 2
Fauna brasileira
No Brasil, a entidade responsável pelo mapeamento da fauna, ou seja, dos animais existentes no país, é o
ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, ligado ao Ministério do Meio Ambiente.
Segundo dados do Instituto, nosso país possui a maior biodiversidade do mundo. São mais de 120 mil
espécies de invertebrados, além de aproximadamente 8.930 espécies de vertebrados, divididos conforme
o gráfico a seguir.

2. Você sabe o nome dos animais das imagens acima? Em quais localidades cearen-

ICMBIO/IBGE
ses é possível encontrá-los?

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Também é feito pelo ICMBio o estudo dos animais ameaçados de extinção, e na última lista, de 2014,
temos 1.173 espécies como ameaçadas de extinção. O estudo avaliou 12.256 espécies (incluindo peixes e in- RETOMANDO
vertebrados aquáticos), ao longo de cinco anos.

1. No caderno, reproduza o quadro a seguir com base nas informações apresentadas


ICMBIO/IBGE

nos textos 1 e 2.
⊲ Utilize suas palavras.
⊲ Utilize verbos para indicar que as informações trazidas por você foram apresen-
tadas por outros textos. Exemplos: apresentam, abordam, tratam etc.

Síntese de informações sobre a fauna brasileira

Informações sobre a fauna.

Informações sobre animais em extinção.

Informações sobre problemas que causam a extinção de espécies.

Informações sobre espécies que saíram da lista de extinção.

Informações sobre os motivos que fizeram algumas espécies saírem da lista de extinção.
Em relação às listas anteriores, destacam-se 170 espécies da fauna que saíram da lista de animais ame- Informações sobre órgãos/organizações que trabalham com questões ambientais.
açados de extinção, a exemplo da baleia-jubarte e da arara-azul-grande, que tiveram suas populações
recuperadas.
De acordo com as pesquisas, alguns fatores contribuíram para esse quadro: espécies extintas reencon- 2. Qual recurso gráfico você poderia criar para apoiar o resumo em parágrafos? Use
tradas, ampliação do conhecimento sobre as espécies e aumento populacional ou de proteção do hábitat. o quadro a seguir e tome nota no caderno.
Os pesquisadores ainda incluíram 720 novas espécies na lista. Nas últimas avaliações, realizadas em
2003 e 2004, tinham sido calculadas 627 espécies ameaçadas, porém apenas 1.137 espécies haviam sido
Planejamento de recurso visual para apoiar a leitura
analisadas.
de resumo sobre a fauna brasileira
Anteriormente eram estudadas somente as espécies já consideradas potencialmente em risco de ex-
tinção. Nesta última avaliação, as 12.256 espécies avaliadas compõem um rico banco de dados, com infor- Informações que serão apresentadas ao leitor.
mações sobre distribuição geográfica, ecologia e hábitat, dados populacionais e presença em Unidades de
Conservação. Recurso escolhido.
IBGE EDUCA JOVENS. Fauna brasileira. Disponível em:
https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/territorio/18309-a-fauna-brasileira.html. Acesso em: 10 nov. 2021. Materiais necessários.

⊲ Com seu colega de dupla, converse sobre as questões abaixo.


3. Responda às questões a seguir.
a. Quais informações você já sabia?
b. Quais informações são novas para você? a. Por que o roteiro de apresentação deve ser elaborado?
c. Como os dois textos estão relacionados?
d. Qual é a função dos gráficos apresentados no Texto 2?

2. Com seu colega de dupla, sublinhe os fragmentos de acordo com a legenda a seguir.

as informações sobre a fauna. b. Qual é a importância do roteiro para a realização de uma boa apresentação
as informações sobre extinção de animais. oral?
as informações sobre problemas que causam a extinção de espécies.
as informações sobre espécies que saíram da lista de extinção.

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Habilidade do DCRC
Planejar e produzir textos sobre temas de interesse, com base em resultados de observações e pesquisas
EF04LP21 em fontes de informações impressas ou eletrônicas, incluindo, quando pertinente, imagens e gráficos ou
tabelas simples, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

Práticas de linguagem Material


Produção de textos (escrita autônoma e • Folhas de papel A4 (sugere-se cor diferente de
compartilhada). branco).

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: discutir sobre o tema fauna Os alunos já devem ter tido contato com dife-
cearense, a partir da análise de imagem. rentes ferramentas de apoio aos estudos, como
• Praticando: ler dois textos sobre o tema imagens, tópicos, quadros, tabelas, diagramas,
fauna cearense e refletir sobre essas questões mapas mentais, gráficos e resumos. É necessário
ambientais. Analisar e debater sobre informações que tenham trabalhado com textos multissemióticos,
que possuía antes da leitura e que passou a além de terem realizado reflexões sobre a relação
possuir por intermédio desse momento. texto-base e resumo.
• Retomando: listar pontos importantes para a
estrutura de um resumo escolar escrito e preencher Dificuldades antecipadas
um quadro com as informações apresentadas É possível que os alunos apresentem dificul-
como forma de planejamento da escrita de um dades em retomar as características estruturais
resumo escolar sobre o tema. do gênero textual resumo escolar. Se necessário,
faça uma breve retomada do capítulo. Os alunos
Objetivos de aprendizagem também podem apresentar dificuldades em rela-
• Ler, compreender e relacionar textos multis- ção à escolha de informações para compor um
semióticos. recurso visual que deverá integrar a composição
• Produzir um quadro para organizar as informações do resumo. Nesse caso, é fundamental retomar
de um texto. a funcionalidade dos recursos multissemióticos
• Planejar a escrita de um resumo escolar. já estudados.

CONTEXTUALIZANDO pesquisadores envolvidos reuniram mais de 1 287 animais,


entre mamíferos, répteis, peixes marinhos e de água
Orientações doce, o que ajudará a monitorar animais ameaçados
Guie o debate sobre o tema fauna cearense e instigue de extinção. Se julgar pertinente, acesse o link a seguir
os alunos a compartilhar seus conhecimentos sobre o e compartilhe as informações com os alunos: https://
tema. Nesse momento, faça apenas um levantamento www.sema.ce.gov.br/fauna-do-ceara/
de hipóteses e liste-as em um suporte amplo. Faça
perguntas como: Quais são os pássaros mais comuns Expectativas de respostas
na localidade em que vivem? Existem animais de grande 1. Resposta pessoal.
porte em sua região? Quais? Como é chamado esse animal 2. Sofrê ou corrupião, macaco-prego, libélula ou
na localidade em que vivem [aponte para a libélula]? popularmente “Maria Bebinha”, Asno ou jumento.
Ao interagir com os alunos acerca desse assunto, Localidade: Resposta pessoal, pois dependerá da
permita a eles expressar livremente suas experiências, região do estado onde os alunos vivem.
procurando sempre conscientizá-los da importância de
conservar e proteger a fauna da região onde vivem e
dos lugares que visitam. PRATICANDO
Comente com os alunos que, em 2021, o estado
do Ceará lançou o Inventário da fauna cearense, o Orientações
primeiro no país a registrar os animais da região. Os Oriente os alunos a se organizar em grupos.

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Certifique-se de que eles sejam formados por alunos Expectativas de respostas
com diferentes habilidades e níveis de compreensão 1. Respostas pessoais. Espera-se que os alunos co-
sobre os objetos de conhecimento em estudo. Oriente- mentem que ambos os textos tratam de questões
os a ler os textos e a comentar os assuntos tratados, sobre a fauna cearense. O Texto 2 apresenta
tendo como guia as perguntas propostas. Faça uma informações por meio de gráficos que ilustram
socialização coletiva das respostas, mediando esse as situações apresentadas.
momento com perguntas como: Quais são as infor- 2. Espera-se que os alunos sublinhem:
mações mais importantes dos textos? Como um texto • de amarelo: “Fauna é o conjunto das espécies
complementa o outro? Espera-se que os alunos men- animais característico de cada região. Cada animal
cionem tópicos importantes trazidos por cada texto. é adaptado ao tipo de vegetação, clima e relevo
da região onde vive.” (Texto 1), “Em nosso país
Para melhor compreensão textual, explore os gráficos,
vivem mais de 120 mil espécies de animais entre
fazendo perguntas como: O que vocês interpretam
mamíferos, aves, anfíbios, peixes, répteis e insetos.”
ao analisar o gráfico Avaliação das espécies animais
(Texto 1), “[...] mapeamento da fauna, ou seja, dos
ameaçadas de extinção no Brasil? Como chegaram a
animais existentes no país [...].” (Texto 2), “[...] nosso
essas informações? Qual é a função do gráfico nesse país possui a maior biodiversidade do mundo. São
texto? Espera-se que os alunos concluam que, compa- mais de 120 mil espécies de invertebrados, além
rativamente, em 2014 foram analisadas mais espécies de aproximadamente 8.930 espécies vertebrados
que em 2003 e 2004 e que a quantidade de espécies [...]. (Texto 2).
avaliadas é maior que a quantidade de espécies em • de verde: “Alguns dos animais encontrados no
extinção. Espera-se que eles também indiquem que o Brasil não existem em outras partes do mundo.”
gráfico ilustra visualmente um dado ao leitor. (Texto 1); “Porém, infelizmente, muitas dessas
Em seguida, oriente os alunos a fazer uma leitura espécies correm o risco de extinção, ou seja,
mais atenta para identificar e organizar os assuntos de não existirem mais.” (Texto 1); “[...] ainda
abordados em ambos os textos. A tarefa de organizar temos mais de mil espécies animais em perigo
as temáticas será um primeiro exercício de sintetizar de desapareceram.” (Texto 1); “Também é feito
as informações mais importantes do texto. Oriente os pelo ICMBio o estudo dos animais ameaçados
alunos a ler todos os itens antes de iniciar a atividade. de extinção, e na última lista, de 2014, temos
Isso os ajudará a ter uma visão mais detalhada sobre 1.173 espécies como ameaçadas de extinção. O
as temáticas consideradas para essa atividade. estudo avaliou 12.256 espécies (incluindo peixes e
Faça uma correção coletiva, pedindo às duplas que invertebrados aquáticos), ao longo de cinco anos.”
comentem os fragmentos sublinhados com o lápis de (Texto 2), “Anteriormente eram estudadas somente
cor amarelo e questione: Como vocês resumiriam es- as espécies já consideradas potencialmente em
risco de extinção.” (Texto 2).
sas informações? Alguma dupla deu outra resposta?
• de azul: “Diversos problemas ambientais
Qual? Repita o mesmo procedimento para todos os
(desmatamento das florestas, a poluição das
itens, incentivando a participação dos alunos e a re-
águas, o comércio ilegal de animais e a caça
flexão sobre o ato de sintetizar informações. Pergunte:
predatória) têm contribuído para o empobrecimento
Houve fragmentos não sublinhados? Por que você acha de nossa fauna.” (Texto 1).
que isso ocorreu? Os alunos devem perceber que os • de rosa: “Algumas espécies que já estiveram
fragmentos não sublinhados, embora componham parte ameaçadas de extinção, como a baleia-jubarte
importante do texto, não são decisivas para a com- e a arara-azul-grande, tiveram suas populações
preensão dos assuntos abordados. Questione: Vocês recuperadas [...].” (Texto 1); “Em relação às listas
acrescentariam as informações não sublinhadas em um anteriores, destacam-se 170 espécies da fauna
resumo sobre o tema ‘fauna brasileira’? Por quê? Os que saíram da lista de animais ameaçados de
alunos devem responder negativamente à pergunta, extinção, a exemplo da baleia-jubarte e da
explicando que, no resumo, são inseridas apenas as arara-azul-grande, que tiveram suas populações
informações principais. recuperadas.” (Texto 2).

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RETOMANDO faça perguntas como: Qual será a função desse [aponte]
no resumo? Como as informações selecionadas serão
Orientações apresentadas no recurso escolhido? Espera-se que os
Guie a leitura coletiva e em voz alta das orientações alunos justifiquem suas respostas relacionando texto
para a atividade. Ressalte que um resumo não é uma verbal e recurso visual escolhido.
cópia e, portanto, deve-se reescrever as informações Entregue folhas de papel para cada aluno escrever
apresentadas com as próprias palavras. Explique que o o que sabe sobre o resumo escolar. Essas folhas se-
quadro de síntese ajudará na escrita de um resumo em rão inseridas no cartaz coletivo sobre conhecimentos
parágrafos no próximo capítulo. Evidencie que cada aluno prévios acerca do gênero em estudo. Recomenda-se
escreverá sua síntese e que a organização em duplas o trabalho com folhas de cores diferentes do primeiro;
servirá para que possam conversar sobre a atividade e naquele capítulo, a sugestão foi utilizar folhas bran-
auxiliar uns aos outros. Pergunte: Alguém saberia dar cas. Essa diferença de cores servirá para os alunos
dicas de como realizar a síntese das informações? Guie perceberem as novas aprendizagens sobre o gênero
a socialização das estratégias e, caso não seja mencio- textual em estudo. Ao final, guie a leitura coletiva das
nada, indique que uma boa opção é, primeiramente, ler aprendizagens anteriores e das novas.
somente os fragmentos sublinhados de rosa e pensar A atividade 3 é avaliativa. Nesse momento, os co-
em uma ou duas frases para sintetizar todas as infor- nhecimentos adquiridos anteriormente nos capítulos
mações trazidas sobre esse tema. Depois de refletir e 10, 11 e 12 serão avaliados. Antes de propor o início
conversar com o colega, será a hora de fazer o registro dessa atividade, faça um breve relato dos três capítulos
escrito. Incentive-os a adotar esse procedimento para supracitados para que os alunos recordem os assuntos
as demais temáticas. estudados e, assim, possam responder às questões
Acompanhe o desenvolvimento da atividade e auxilie com segurança. Retome alguns assuntos por meio das
os alunos se for necessário. Espera-se que eles percebam seguintes perguntas: Quais recursos podem ser utilizados
que resumir um texto envolve etapas: leitura, releitura, para uma boa apresentação escolar? Quais são as partes
destaque de informações importantes, planejamento, importantes do planejamento de uma apresentação?
escrita, revisão, reescrita, entre outras. É importante Os alunos podem citar: imagens, tópicos, quadros, ta-
que os alunos compreendam que o quadro que devem belas, diagramas, mapas mentais, gráficos e resumos.
preencher é parte do planejamento da escrita de um Além disso, é necessário definir quais materiais serão
resumo escolar, e não a última parte desse processo. necessários para a produção dos recursos que apoiarão
Na atividade de sublinhar informações, partes dos tex- a apresentação. Destaque a importância da realização
tos foram suprimidas, isso ocorrerá novamente nessa do roteiro como uma ferramenta que sintetiza as ideias
etapa e, no próximo capítulo, quando eles organizarão escritas na etapa de planejamento.
essas informações em parágrafos. Enquanto os alunos respondem, circule pela sala,
Ao final da atividade, guie a socialização das respos- verificando as respostas e sanando possíveis dúvidas.
tas. Opte por ouvir diferentes registros para um mesmo
assunto e pergunte aos alunos: O que há de diferente Expectativas de respostas
e de semelhante entre o que os colegas escreveram? 1 e 2. Respostas pessoais.
Por que isso ocorre se estamos utilizando os mesmos 3.
textos? Espera-se que os alunos respondam que, apesar a. Com a criação de um roteiro, é possível visua-
de utilizar as mesmas fontes, cada aluno sintetiza as lizar o tema abordado e, a partir disso, ter uma
informações de forma particular. visão mais ampla das partes da apresentação, de
Explique aos alunos que, para o resumo em parágrafos maneira a deixá-la interessante e informativa. O
que criarão no capítulo seguinte, também será necessário roteiro bem elaborado traz segurança e mantém
utilizar um recurso visual de apoio, como estudaram a equipe no foco da apresentação, sem fugir do
em capítulos anteriores. Por isso, esse momento será assunto apresentado.
dedicado ao planejamento do recurso que pretendem b. Quanto mais se pratica mais se chega à perfeição.
utilizar. Diga a eles que poderão trocar informações com Essa é a função do ensaio: garantir prática, segu-
o colega de dupla, mas que cada um deverá fazer o rança e desenvoltura, além de minimizar possíveis
registro do próprio quadro. Acompanhe a produção e situações quem levem à timidez ou à vergonha.

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15. Produzir um resumo

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15. Produzir um resumo PRATICANDO

1. É hora de revisar a atividade do capítulo anterior. Releia o Quadro de síntese de 1. Agora é hora de produzir o resumo. Utilize o Quadro de síntese de informações so-
informações sobre a fauna brasileira e marque se preferir manter as informa- bre a fauna brasileira para apoiar a escrita do seu texto em parágrafos e o Quadro
ções escritas anteriormente e caso deseje fazer alguma modificação. de planejamento de recurso visual para apoiar a leitura de resumo sobre a fauna
brasileira para auxiliar na produção dos recursos visuais que acompanharão o
resumo. Não se esqueça de, ao final da produção, escrever as fontes de pesquisa
Revisão do Quadro de síntese de informações sobre a fauna brasileira
que você utilizou.

Informações sobre a fauna.

Informações sobre animais em extinção.

Informações sobre problemas que causam a extinção de espécies.

Informações sobre espécies que saíram da lista de extinção.

Informações sobre os motivos que fizeram algumas espécies saírem da lista de


extinção.

Informações sobre órgãos/organizações que trabalham com questões ambientais.

⊲ Caso tenha marcado o campo para algum item, faça a reescrita no quadro do
capítulo anterior.

2. Agora, é hora de revisar o Quadro de planejamento de recurso visual para apoiar


a leitura de resumo sobre a fauna brasileira. Marque se preferir manter o
planejamento e caso deseje fazer alguma modificação.

Revisão do Quadro de planejamento de recurso visual para


apoiar a leitura de resumo sobre a fauna brasileira

Informações que serão apresentadas ao leitor.

Recurso escolhido.

Materiais necessários.

⊲ Caso tenha marcado o campo para algum item, faça a reescrita no quadro do
capítulo anterior.

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RETOMANDO

1. Troque o texto que você produziu com sua dupla. Enquanto você lê o texto de seu
colega, ele lê o seu. Em seguida, conversem sobre as questões a seguir.

a. O que os textos têm em comum?

b. O que os textos têm de diferente?

c. Qual foi a parte mais difícil nessa produção textual? Por quê?

d. Os recursos visuais utilizados deixaram o resumo mais atraente e preciso?


Justifique sua resposta.

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Habilidade do DCRC
Planejar e produzir textos sobre temas de interesse, com base em resultados de observações e pesquisas
EF04LP21 em fontes de informações impressas ou eletrônicas, incluindo, quando pertinente, imagens e gráficos ou
tabelas simples, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.

Práticas de linguagem • Cartaz coletivo sobre conhecimentos prévios


Produção de textos (escrita autônoma e acerca do gênero em estudo.
compartilhada). • Folhas de papel A4 (uma para cada aluno).
• Régua.
Sobre o capítulo • Materiais para recorte, como revistas, jornais etc.
• Contextualizando: retomar o quadro de síntese • Tesoura com pontas arredondadas.
de informações sobre a fauna brasileira e o • Cola.
quadro de planejamento de recurso visual
para apoiar a leitura de resumo sobre a fauna Contexto prévio
brasileira. Os alunos já devem ter tido contato com dife-
• Praticando: retomar as características estruturais rentes ferramentas de apoio aos estudos, como
do gênero resumo escolar e produzir um resumo imagens, tópicos, quadros, tabelas, diagramas,
escolar ilustrado. mapas mentais, gráficos e resumos. É necessário
• Retomando: compartilhar sua produção com que tenham trabalhado com textos multissemióticos,
um colega. além de terem realizado reflexões sobre a relação
texto-base e resumo. Os alunos já devem ter, obri-
Objetivos de aprendizagem gatoriamente, preenchido o Quadro de síntese de
• Utilizar ferramentas de curadoria de informações, informações sobre a fauna brasileira e o Quadro
considerando o tema previamente selecionado. de planejamento de recurso visual para apoiar a
• Planejar textos sobre temas de interesse, com base leitura do resumo sobre a fauna brasileira.
em resultados de observações e pesquisas em
fontes de informações (impressas ou eletrônicas), Dificuldades antecipadas
considerando a situação comunicativa e o tema/ É possível que os alunos apresentem dificulda-
assunto do texto. des em escrever um resumo escolar, seguindo as
• Produzir textos sobre temas de interesse, com características estruturais desse gênero textual. Se
base em resultados de observações e pesquisas necessário, faça uma breve retomada do conteú-
em fontes de informações, considerando o uso do trabalhado no Capítulo 13, retome também o
de recursos multissemióticos (tabelas, gráficos, exemplo abordado no Capítulo 14, que retextua-
quadros etc.), a situação comunicativa e o tema/ liza as informações apresentadas nos dois textos
assunto do texto. sobre uma mesma temática, chamando a atenção
para os usos dos verbos. É possível que os alunos
Materiais apresentem dificuldades para produzir o recurso
• Quadro de síntese de informações sobre a fauna visual que fará parte do resumo. Nesse caso, é
brasileira, produzido no capítulo anterior. fundamental retomar com a turma a funcionalidade
• Quadro de planejamento de recurso visual para dos recursos multissemióticos estudados e socializar
apoiar a leitura de resumo sobre a fauna brasileira, hipóteses sobre como eles poderiam ser alinhados
produzido no capítulo anterior. às informações apresentadas nos parágrafos.

CONTEXTUALIZANDO mesclando integrantes com diferentes habilidades


e níveis de compreensão sobre os objetos de conhe-
Orientações cimento em estudo. Se possível, organize os alunos
Oriente os alunos a retomar o quadro com as em duplas diferentes com as quais trabalharam nos
sínteses das informações dos textos Fauna e Fauna capítulos 13 e 14 para que possam comentar sobre o
brasileira. Organize a turma em duplas produtivas, planejamento feito, partilhando as aprendizagens e

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diversificando-as. Oriente os alunos a reler o quadro o quadro do capítulo 14.
de síntese e a pensar se há como sintetizar ainda mais
as informações, sem perder a qualidade do conteúdo
e, se necessário, reescrevê-las. Retome a necessidade PRATICANDO
deles empregarem verbos adequados para indicar
que as informações apresentadas no resumo foram Orientações
retiradas de outros locais, lembrando-os de que, para Guie a leitura em voz alta do cartaz coletivo sobre
o leitor de um resumo, deve ficar evidente que o texto conhecimentos prévios acerca do gênero textual em
não é avaliativo, mas, sim, informativo, ou seja, os estudo para ajudá-los a retomar as características es-
alunos devem focar nos textos lidos. Explique ain- truturais do resumo escolar. Incentive-os a socializar suas
da que cada um deverá revisar seu próprio quadro, estratégias de produção a partir de perguntas, como:
mas que a organização em duplas servirá para tro- Como vocês farão a organização do texto em parágrafos?
car informações e ouvir as sugestões dos colegas. Quais temas serão abordados em cada parágrafo? O que
Circule entre as duplas para acompanhar a atividade planejaram para o resumo escolar? Quais informações
e faça perguntas que desafiem os alunos a refletir e serão ilustradas? Ouça-os e medeie as respostas.
argumentar sobre a revisão do conteúdo, com per- Oriente-os a fazer o rascunho no espaço do Caderno
guntas como: Quais informações serão modificadas do Aluno. Ao finalizarem o rascunho, entregue uma
por você? Por quê? Esse verbo [aponte] deixa claro folha de papel A4 para que cada aluno produza seu
ao leitor que as informações apresentadas por você resumo escolar ilustrado. Disponibilize também réguas,
foram encontradas em outros textos? Quais outros materiais para recorte, tesouras com pontas arredon-
verbos poderiam ser utilizados aqui? A escrita dessa dadas e cola. Isso poderá auxiliá-los tanto na escrita
frase [aponte] está clara para o leitor que não leu os dos parágrafos, quanto na produção do recurso visual.
textos Fauna e Fauna brasileira? O que você poderia Circule entre as duplas no momento da produção e in-
modificar para trazer essas informações de maneira centive-os a trocar ideias e sugestões. Deixe-os criarem
mais objetiva para o seu leitor? etc. com autonomia, mas esteja disponível para auxiliá-los
Assim como na atividade anterior, guie a revisão do no que for necessário. Ressalte a necessidade de evi-
planejamento realizado e oriente os alunos a pensarem denciar os textos utilizados como fontes para o resumo
se o recurso visual planejado facilita a apresentação escolar ilustrado.
das informações escolhidas para um leitor sem acesso
Expectativas de respostas
aos textos Fauna e Fauna brasileira. É preciso que
1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos es-
eles percebam a importância dos recursos visuais
tejam com os materiais dos capítulos anteriores,
como uma ferramenta para apoiar a compreensão do
fundamentais para auxiliar na produção do texto.
leitor. Peça para os alunos conferirem se os materiais
trazidos por eles possibilitarão a produção e, caso um
aluno tenha esquecido de levar para a sala de aula
algum material essencial para o trabalho, oriente-o a RETOMANDO
pensar em formas alternativas para que seja possível
produzir outros recursos com os materiais que tem em Orientações
mãos. Circule entre as duplas e faça perguntas como: Peça aos alunos que troquem seus resumos e diga
Como seu recurso deve ser produzido para facilitar a que um deverá ler o texto do outro e, em seguida,
compreensão de um leitor que não teve acesso aos conversar sobre as perguntas da atividade 1. Circule
textos Fauna e Fauna brasileira? Como as informações entre as duplas, observando como os resumos foram
trazidas em seu recurso visual dialogam com o que organizados até aqui, e identifique os alunos que apre-
você planeja para os parágrafos do texto? sentarem dificuldades para ler e compreender um texto
multissemiótico. Dessa forma, haverá subsídios para
Expectativas de respostas planejar estratégias pedagógicas para acompanhá-
1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos estejam -los mais de perto. Recolha as produções para que
com o material do capítulo anterior para retomar o os alunos trabalhem com elas novamente no próximo
que for necessário. capítulo. Não faça nenhuma intervenção de melhoria
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos retomem nos resumos criados pelos alunos, pois esse será um

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dos focos do próximo capítulo. Para aprofundamento c. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos façam
e fundamentação teórico-metodológica a respeito dos uma lista com as principais dificuldades ao es-
assuntos trabalhados neste capítulo, as obras e os ma- crever esse resumo e debatam sobre como essa
teriais a seguir podem ser consultados: dificuldade foi superada.
• BEZERRA, M. A.; DIONISIO, A. P.; MACHADO, A. R. d. Resposta pessoal. A dupla deve analisar, tam-
Gêneros textuais & ensino. São Paulo: Parábola, 2010. bém, os recursos visuais utilizados e suas funções
• MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise comunicativas.
de gênero e compreensão. Rio de Janeiro: Lucerna,
2002.

Expectativas de respostas
1.
a. e b. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
percebam que, apesar de baseados nos mesmos
textos, cada resumo apresenta suas particulari-
dades, pois cada aluno tem sua maneira de se
expressar e de escrever.

ANOTAÇÕES

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16. Revisar e editar

PÁGINA 70 PÁGINA 71

16. Revisar e editar PRATICANDO

1. Reflita sobre as questões a seguir e escreva suas conclusões. 1. Repasse cada item do Quadro de síntese de informações sobre a fauna brasileira
e veja se cumpriu com o que foi previsto durante a escrita dos parágrafos de seu
⊲ Quais são as características de um bom resumo? resumo. Releia seu texto e busque possíveis falhas e necessidade de melhorias.

2. Repasse cada item do Quadro de planejamento de recurso visual e veja se cum-


priu com o que foi previsto durante a produção de seu recurso visual. Reveja o que
criou e busque possíveis falhas e necessidade de melhorias.

a. Liste abaixo o que precisa de melhoria.

2. Por que é sempre importante reler as produções textuais antes de finalizá-las?

b. Escreva abaixo como você planeja fazer as melhorias.

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3. É hora de editar o resumo produzido por você. Siga os passos a seguir.


RETOMANDO
a. Preencha o quadro. Marque para o que for preciso alterar e para o que não
for preciso alterar.
1. O que você aprendeu sobre resumo e os diversos recursos de apoio?
b. Reveja o que você anotou na atividade anterior.
c. Faça a edição do texto e do recurso visual.

Revisão de resumo escolar ilustrado

Itens

O resumo deixa claro quais foram as fontes de informação?

O resumo deixa claro quem são os autores dos textos-base?

O resumo apresenta as principais ideias dos textos-base?

Há verbos que permitem ao leitor identificar as opiniões dos autores dos


textos resumidos, como: apresenta, argumenta, mostra etc.

Há concordância nominal adequada?

O recurso visual apresenta informações claras ao leitor?

O recurso visual complementa as informações trazidas no texto?

2. Relembre de seu percurso com o resumo, das atividades desenvolvidas, da escrita


4. Com seu resumo revisto e editado, prepare-se para apresentá-lo à turma. Enquanto do texto e da produção dos recursos visuais e escreva sobre o que mais gostou de
espera sua vez de apresentar, observe as apresentações dos colegas. Faça anota- fazer ao longo dos capítulos.
ções de possíveis dúvidas e escreva sobre as ideias que chamaram sua atenção.

72 4 o ANO 73 L Í N G UA P O RT U G U ESA

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Habilidade do DCRC

Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
EF15LP06
aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.

Práticas de linguagem Contexto prévio


Produção de textos (escrita autônoma e Os alunos já devem ter tido contato com
compartilhada). diferentes ferramentas de apoio aos estudos,
assim como realizando leituras e compreendi-
Sobre o capítulo do textos multissemióticos, além das reflexões
• Contextualizando: retomar as características sobre a relação entre texto-base e resumo. É
estruturais do gênero textual resumo escolar, a fundamental que eles tenham preenchido o
partir do Quadro de síntese de informações sobre Quadro de síntese de informações sobre a
a fauna brasileira e do Quadro de planejamento fauna brasileira e o Quadro de planejamen-
de recurso visual. to de recurso visual para apoiar a leitura de
• Praticando: editar o resumo escolar ilustrado, resumo sobre a fauna brasileira e produzido o
considerando o planejamento inicial e um checklist. resumo no Capítulo 15.
• Retomando: refletir sobre os aprendizados ao
decorrer da unidade. Dificuldades antecipadas
É possível que os alunos apresentem difi-
Objetivos de aprendizagem culdades em revisar e editar o próprio texto,
• Revisar um resumo. pois podem ter concepções parciais sobre as
• Editar um resumo. características que estruturam o gênero textual
resumo ou mesmo falta de aptidão com a pro-
Materiais dução de escrita. Se necessário, faça uma breve
• Quadro de síntese de informações sobre a fauna retomada do Capítulo 3. É possível que os alunos
brasileira, produzido no Capítulo 14. apresentem dificuldades para revisar o recurso
• Quadro de planejamento de recurso visual para visual criado, uma vez que a produção pode ter
apoiar a leitura de resumo sobre a fauna brasileira, sido baseada apenas na estética do recurso,
produzido no Capítulo 14. sem considerar a relevância das informações
• Cartaz coletivo sobre conhecimentos prévios apresentadas em diálogo com o resumo em pa-
acerca do gênero em estudo, produzido ao rágrafos. Nesse caso, é fundamental retomar
longo da unidade. a funcionalidade dos recursos multissemióticos
• Resumo produzido no Capítulo 15. estudados no decorrer da unidade e socializar
• Folhas de papel A4. hipóteses sobre como eles poderiam ser alinhados
às informações apresentadas nos parágrafos.

CONTEXTUALIZANDO um suporte amplo para que eles possam retomar as


características listadas durante a revisão e a edição do
Orientações texto produzido. Se necessário, guie a leitura do cartaz
Solicite aos alunos que, individualmente, reflitam coletivo sobre o gênero textual resumo.
sobre as perguntas disparadoras e, em seguida, guie
a socialização das respostas. Durante a socialização, Expectativas de respostas
faça perguntas como: Por quê? Como você chegou 1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos men-
a essa conclusão? Alguém pensa diferente e gostaria cionem, entre outros aspectos, que um bom resumo
de complementar a resposta do colega? O que faltou apresenta os pontos principais de uma ou mais
mencionar? Por quê? Registre as falas dos alunos em obras e deve deixar explícito os textos utilizados

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como base para que o leitor possa, caso queira, Explique que há, no Caderno do aluno, espaço
consultá-los, assim como deve evitar a expressão para escrever os pontos a serem melhorados e es-
de opiniões pessoais. paço para as devidas melhorias correspondentes.
2. Espera-se que os alunos relatem a necessidade Ressalte que também poderão utilizar os registros
de releitura e reescrita de um texto para finalizá-lo feitos no quadro Quais são as características de um
e, assim, evitar possíveis falhas. bom resumo? Acompanhe o desenvolvimento da ati-
vidade circulando entre os alunos e fazendo pergun-
tas como: Por que você decidiu que será necessário
PRATICANDO realizar essa modificação [aponte]? As cores utilizadas
na imagem que você criou facilita a leitura? Por quê?
Orientações Leve os alunos a refletir não só sobre os aspectos
Oriente os alunos a se organizar em grupos. Cuide estruturais, mas também sobre o uso de fontes, da
para que eles sejam formados por alunos com diferentes diagramação, das cores etc.
habilidades e níveis de compreensão sobre os objetos
de conhecimento em estudo. Se possível, crie duplas Expectativas de respostas
com alunos que ainda não trabalharam juntos nos ca- 1, 2 e 3. Resposta pessoal.
pítulos 14 e 15 para que eles tenham a oportunidade 4. Espera-se que o aluno, já seguro em relação
de conhecer outros resumos e ter seus textos lidos por à estrutura do gênero e ao texto escrito, consiga
outros colegas. apresentar, com total desenvoltura, seu resumo
Explique que cada aluno fará sua própria revisão, e ainda praticar a correta postura de observação
mas que estarão organizados em duplas para auxiliar de um seminário, a de observador ativo, fazendo
uns aos outros. Diga que a revisão deve ser realizada perguntas ou acrescentando informações que con-
considerando tanto a questão de estrutura quanto a tribuirão para melhor compreensão dos assuntos
escrita, em especial a concordância nominal. Explique apresentados.
que, nesse momento, ainda não é necessário fazer a
edição do texto, mas mapear o que será preciso ser
RETOMANDO
modificado. Redistribua as produções recolhidas na
aula anterior.
Orientações
Circule entre os alunos e auxilie-os se perceber que
Entregue uma folha de papel A4 para cada aluno
apresentam dificuldades na identificação das inade-
escrever o que sabe sobre o resumo escolar. Essas folhas
quações. Diga que uma opção é trocar de texto com o serão inseridas no cartaz coletivo sobre conhecimentos
colega de dupla. Faça perguntas, como: Você seguiu prévios acerca do gênero textual em estudo. Recomenda-
todos os passos previstos no planejamento? Por quê? se o trabalho com papel A4 de cor diferente do 1o e do 13o
Será preciso fazer alterações? Quais? Deixe claro aos capítulos. Essa diferença de cores servirá para os alunos
alunos que, se eles tiverem deixado de seguir algo do perceberem as aprendizagens adquiridas sobre o gênero
planejamento preliminar que não prejudique o texto, textual durante três momentos distintos da unidade.
isso não precisará ser alterado. As modificações ocor- Ao final, guie a leitura coletiva das aprendizagens do
rerão apenas se julgarem que o texto ficou incompleto Capítulo 1, do Capítulo 15 e as inseridas neste capítulo
em sua temática ou se perceberem que as normas de e questione os alunos: O que podemos concluir dessa
convenção de escrita não foram seguidas. análise? O que vocês não sabiam e passaram a saber?
Explique aos alunos que deverão preencher o quadro O que vocês já sabiam e consolidaram? Espera-se que
de resumo individualmente, considerando suas produções os alunos notem a progressão dos conhecimentos em
pessoais, e, se necessário, editar o texto e o recurso diferentes níveis de complexidade.
visual criado. Diga que o foco é editar o texto, refletindo Além de avaliar o desenvolvimento dos alunos sobre
sobre os pontos mencionados por eles na atividade do as características composicionais do gênero textual
momento introdutório e no preenchimento do quadro, resumo e os aspectos da concordância entre os grupos
mas que também devem levar em conta a adequação nominais, observe outras questões que evidenciem a
de outros aspectos de escrita, como o uso de letras apropriação da escrita por eles, mesmo que não sejam
maiúsculas e minúsculas, o uso de ponto-final etc. objetos de conhecimento trabalhados nesta unidade.

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Expectativas de respostas • BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi. A revisão textual na
1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos siste- sala de aula: reflexões e possibilidades. In: BRANDÃO,
matizem aspectos relevantes sobre a estrutura do A. C. P. (org.). Produção de textos na escola: reflexões
gênero e os recursos multissemióticos necessários e práticas no Ensino Fundamental. Belo Horizonte:
para a produção. Autêntica, 2007. Disponível em: http://www.serdigital.
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos escre- com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/15.pdf.
vam sobre as experiências vivenciadas ao longo Acesso em: 12 nov. 2021.
dos três capítulos acerca do gênero resumo. • BRONCKART, J. P. Atividades de linguagem, textos
e discursos. São Paulo: EDUC, 1999.
Para aprofundamento e fundamentação teórico- • KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria.
metodológica a respeito dos assuntos trabalhados Sequenciação textual. In: KOCH, Ingedore Villaça;
neste capítulo, as obras e os materiais a seguir podem ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos
ser consultados: do texto. São Paulo: Contexto, 2012.
• ANTUNES, Irandé. Explorando a escrita. In: Aula • MACHADO, A. R. Revisitando o conceito de resumos.
de português: encontro e interação. São Paulo: In: DIONÍSIO, A. P.; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M.
Parábola, 2003. A. Gêneros textuais & ensino. São Paulo: Parábola,
• ARCOVERDE, Maria Divanira de Lima; ARCOVERDE, 2010. p. 138-150.
Rossana Delmar de Lima. Produzindo gêneros textuais:
o resumo. Campina Grande, Natal: UEPB/UFRN, 2007.
Disponível em: http://www.ead.uepb.edu.br/ava/
arquivos/cursos/geografia/leitura_interpretacao_e_
producao_de_textos/Le_PT_A13_J_1_.pdf. Acesso em:
12 nov. 2021.

ANOTAÇÕES

72 4 o ANO

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UNIDADE 2

CONCORDÂNCIA NOMINAL
COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

2; 4.

HABILIDADE DO DCRC

Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre artigo, substantivo e adjetivo (concordância
EF04LP07
no grupo nominal).

OBJETO DE CONHECIMENTO

• Morfologia.

PRÁTICAS DE LINGUAGEM

• Análise linguística/semiótica (ortografização).

PARA SABER MAIS

• M
 IRANDA, Neusa Salim. A metalinguagem nas séries iniciais do Ensino Fundamental. A hipótese da via de mão-dupla.
Reflexão metalinguística do ensino fundamental: caderno do professor. Belo Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2006. 114 p.
(Coleção Alfabetização e Letramento). Disponível em: https://www.ceale.fae.ufmg.br/files/uploads/Col.%20
Alfabetiza%C3%A7%C3%A3o%20e%20Letramento/Col%20Alf.Let.%2016%20Reflexao_Metalinguistica.pdf. Acesso em:
16 jul. 2021.

73 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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1. Estudo da língua escrita: descobrindo as relações entre as palavras
PÁGINA 74 PÁGINA 75

UNIDADE 2
PRATICANDO

CONCORDÂNCIA NOMINAL
1. Para seguir sua análise de texto, leia os fragmentos a seguir, retirados da reporta-
gem cujo título você conheceu anteriormente.

Coluna A Coluna B

Produzir materiais didático que ajudem Produzir materiais didáticos que aju-
1. Estudo da língua escrita: descobrindo nos aprendizados, de forma lúdico, diverti- dem no aprendizado, de forma lúdica, di-

as relações entre as palavras da, que tenham potencial de atrair investi-


dores e caibam em um caixa fáceis de ser
vertida, que tenham potencial de atrair in-
vestidores e caibam em uma caixa fácil de
levados para qualquer lugar. ser levada para qualquer lugar.
1. Para iniciar este capítulo, reflita sobre as seguintes perguntas e, depois, discuta-as
com seu professor e colegas.

⊲ Quais são as características de um texto bem escrito?


Adaptado de: RIBEIRO, Victor. Meninas são destaque na Semana de Ciência e Tecnologia. Agência Brasil.
⊲ Como podemos organizar um texto de modo que facilite a leitura e a compreen- Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/acervo/pesquisa-e-inovacao/audio/2018-10/meninas-sao-
são do leitor? destaque-na-semana-de-ciencia-e-tecnologia/. Acesso em: 16 jul. 2021.

2. Leia, a seguir, o título de uma reportagem:


2. Preencha o quadro a seguir, inserindo os termos escritos de maneira inadequada na
coluna A e os termos escritos de maneira adequada na coluna B. Siga o exemplo.

Meninas são destaque nos Semana de Ciência e Tecnologia


Coluna A Coluna B

materiais didático materiais didáticos


Adaptado de: RIBEIRO, Victor. Meninas são destaque na Semana de Ciência e Tecnologia. Agência Brasil.
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/acervo/pesquisa-e-inovacao/audio/2018-10/meninas-sao-destaque-na-
semana-de-ciencia-e-tecnologia/. Acesso em: 16 jul. 2021.

⊲ O que há de estranho nesse texto?

⊲ Algo dificultou a sua compreensão?

3. Reescreva a frase fazendo a adequação necessária.


3. Agora, preencha as lacunas nas frases a seguir fazendo a concordância correta
das palavras.

a. Produzir material . (didático/didáticos)


4. Essa mudança altera o sentido do texto? Por quê?
b. Que ajudem no . (aprendizado/aprendizados)

c. Caibam em uma caixa . (fácil/fáceis)

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Agora é sua vez!


RETOMANDO
4. Em duplas, analisem os textos.

MANCHETE 1:
1. Leia o trecho a seguir retirado da Manchete 2, vista anteriormente.

Inscrições para o programa CNH popular estão previstas para Para a primeira dose, foram chamadas as pessoas da população geral por idade; a maioria dos convoca-
começar em outubro, no Ceará. dos é adolescente, mas há pessoas reagendadas. Também haverá aplicação de primeira dose para a popu-
lação acima de 40 anos e de segunda dose por agendamento.
Por G1 CE. Disponível em: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/09/22/fortaleza-divulga-listas-de-agendados-
para-receber-vacina-contra-a-covid-19-nesta-quinta-e-sexta.ghtml. Acesso em: 22 set. 2021.

G1 CE. Disponível em: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/09/22/inscricoes-para-o-programa-cnh-popular-estao-previstas- a. A que classes gramaticais as palavras em destaque pertencem?
para-comecar-em-outubro-no-ceara.ghtml. Acesso em: 22 set. 2021.

⊲ Modifiquem a manchete variando em gênero (feminino/masculino) alguma pala-


vra do texto.
b. Todas elas variam? Em quê?

MANCHETE 2: 2. Converse com o professor e os colegas sobre as conclusões obtidas na aula de


hoje. Depois, escreva-as em seu material.

Fortaleza divulga listas de agendados para receber vacina contra a


Covid-19 nesta quinta e sexta.

G1 CE. Disponível em: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2021/09/22/fortaleza-divulga-listas-de-agendados-para-receber-vacina-


contra-a-covid-19-nesta-quinta-e-sexta.ghtml. Acesso em: 22 set. 2021.

⊲ Modifiquem a manchete 2 variando em número (singular/plural) alguma palavra


do texto.

5. Reescrevam as manchetes e compartilhem com a turma as alterações de sentido


provocadas pelas mudanças de gênero e de número.

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Habilidade do DCRC
Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre artigo, substantivo e adjetivo (concordância
EF04LP07
no grupo nominal).

Práticas de linguagem • Usar na produção textual a concordância entre artigo,


Análise linguística/semiótica (ortografização). substantivo e adjetivo (concordância no grupo nominal).

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: analisar título de reportagem É importante que os alunos já reconheçam que
e identificar inadequação de concordância em Língua Portuguesa existe a flexão de número
nominal. (singular/plural) e de gênero (feminino/masculino).
• Praticando: analisar fragmento de reportagem e
identificar inadequações de concordância nominal. Dificuldades antecipadas
• Retomando: propor maneiras de adequar a Os alunos podem apresentar dificuldade em re-
concordância nominal de pequenos fragmentos conhecer a necessidade de concordância nominal,
de textos de maneira escrita e oral. em especial, entre termos que na oralidade são
frequentemente pronunciados de maneira distinta
Objetivos de aprendizagem da norma-padrão (como a marcação de plural com
• Identificar em textos a concordância entre artigo, “-s”). Ao perceber dificuldades como essas, amplie
substantivo e adjetivo (concordância no grupo os exemplos trabalhados neste capítulo, oferecendo
nominal). repertório diversificado.

CONTEXTUALIZANDO Expectativas de respostas


2. É possível que as respostas para esta atividade
Orientações sejam variadas a depender do nível de instru-
Proporcione um espaço acolhedor para os alunos mentalização linguístico-gramatical dos alunos.
lançarem suas hipóteses, ainda que não sejam as ade-
De todo modo, ainda que não utilizem o termo
quadas. Evite fornecer respostas no momento introdutório
“concordância nominal”, é esperado que apontem
do capítulo, pois durante a aula os alunos confirmarão
ou não as suas hipóteses iniciais. As perguntas trazidas a falta de harmonia ou de combinação entre as
no caderno do aluno objetivam levantar conhecimentos palavras do título analisado e como isso dificulta
prévios acerca de aspectos importantes para a modalidade a compreensão do texto. Espera-se que, nesse
escrita da língua. Esses, por sua vez, podem ser retomados momento, os alunos identifiquem a inadequação
durante o trabalho com este capítulo, mas mobilizados de concordância nominal e sugiram a troca de
com profundidade em aulas específicas. É possível que, “nos” por “na”.
nesse momento, os alunos não mencionem questões sobre 3. “Meninas são destaque na Semana de Ciência e
concordância verbal ou nominal, pois provavelmente isso Tecnologia”.
ocorrerá no decorrer do trabalho com este capítulo, ainda 4. Espera-se que os alunos apontem que a troca
que não utilizem a nomenclatura formal. de “nos” por “na” torna o texto mais claro, sem
deixar a impressão de que algo está estranho.
Expectativas de respostas
1. Espera-se que os alunos citem elementos como
pontuação, uso adequado de letras maiúsculas
PRATICANDO
e minúsculas, escolha atenta de palavras, entre
outras convenções que fazem parte da modali-
dade escrita da língua. Orientações
Após a leitura individual, oriente a leitura do texto
Orientações mais uma vez, agora em voz alta e no grande grupo.
Prepare os alunos e diga que continuarão a analisar Logo, pergunte: O que há de diferente entre os dois
esse aspecto linguístico-gramatical em outro trecho da textos? Eles estão bem escritos? Foi fácil compreender os
mesma reportagem. dois textos? Como vocês chegaram a essas conclusões?

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Espera-se que os alunos percebam que as inadequa- fomentar reflexões que levem ao reconhecimento da
ções de concordância na coluna A geraram dificuldades concordância nominal.
na compreensão do texto e que eles sejam capazes de Na atividade 4, sugira aos alunos que analisem as
pontuar os fragmentos em que isso ocorre, comparando manchetes e escolham uma palavra que possa sofrer
os dois textos. Como na atividade anterior, não é ne- variações de gênero e número, fazendo modificações.
cessário que utilizem o termo “concordância nominal”. Essa atividade possibilita-lhes a percepção de sentido
Explique que, na atividade a seguir, eles preencherão que o texto pode sofrer quando a concordância entre
um quadro destacando os termos inadequados e os as palavras não são adequadas.
termos adequados, de acordo com o exemplo presente
no Caderno do Aluno. Reproduza a atividade no qua- Expectativas de respostas
dro da sala de aula para favorecer a discussão após 1. Os alunos devem ler atentamente os fragmentos
a realização da atividade, no momento de correção. do texto.
Reflita com os alunos a importância de o artigo, o 2. Coluna A – no aprendizado, forma lúdico; um
substantivo e o adjetivo sempre concordarem, “com- caixa fáceis; coluna B – nos aprendizados; forma
binarem” entre si. lúdica; uma caixa fácil.
Explique que a concordância é feita pela variação 3.
em gênero (ir do singular para o plural e vice-versa), em a. didático
número (ir do masculino para o feminino e vice-versa). b. aprendizado
Avise aos estudantes que fará a correção coletiva- c. pequena
mente e que conversarão sobre cada linha do quadro 4. Resposta pessoal. Os alunos devem fazer as mu-
que preencheram. danças respeitando a concordância das palavras
Peça o auxílio de um voluntário para expor o que escreveu em gênero e número.
nas duas primeiras linhas das colunas A e B e reproduza 5. Os alunos devem compartilhar as mudanças que
o que foi dito no quadro da sala de aula para melhor fizeram e ouvir as mudanças do colegas, anotando
visualização. Não é necessário que as respostas sigam
o que considerarem necessário.
a mesma ordem de organização. Logo após, pergunte
ao grande grupo: Alguém fez diferente? Como? Por quê?
Espera-se que os alunos saibam justificar suas res-
postas. Questione-os: O que faz com que os termos da RETOMANDO
coluna A estejam inadequados e os termos da coluna
Orientações
B estejam adequados? Espera-se que eles respondam
Reflita com os alunos: O que representam essas
que a palavra “materiais” está no plural, enquanto
a palavra “didático” está no singular. Siga o mesmo classes de palavras? O que elas têm em comum? Como
procedimento para os demais itens, incentivando e se relacionam dentro de uma frase ou de um texto?
mediando o debate, quando necessário. Após as reflexões, explique que são grupos nominais,
Em seguida, espera-se que argumentem que “forma” no qual o substantivo tem papel central, pois nomeia
está no feminino, enquanto “lúdico” está no masculino; os seres; o adjetivo confere características e o artigo
e que reconheçam que “caixa” está no feminino e no determina ou indetermina, dependendo do efeito de
singular, enquanto “um” está no masculino e singular sentido pretendido no contexto.
e “fáceis” está no plural. Disponibilize um tempo para Pergunte aos alunos: O que vocês aprenderam hoje
as correções necessárias. sobre a relação entre palavras em um texto? Ouça-os
Dependendo do nível de conhecimento da nomen- e medeie as respostas. Espera-se que ressaltem a ne-
clatura gramatical, as respostas dos alunos não terão cessidade de concordância de flexão e gênero, ainda
exatamente esse nível de precisão, o que não gera que não mencionem esses termos e, especialmente, a
problemas, desde que sugiram as ideias de flexão de importância do estabelecimento dessas relações para
número (plural/singular) e de flexão de gênero (femi- a construção da legibilidade do texto. Sistematize as
nino/masculino). Além disso, caso os alunos tenham respostas trazidas pela turma para que cada um possa
dificuldades para identificar essas diferenças, procure registrá-las por escrito no Caderno do Aluno. Há uma
apontá-las gradualmente, com perguntas simples, como: sugestão para os registros no gabarito, mas, se neces-
a palavra “materiais” refere-se a um material só ou a sário, adapte as conclusões considerando as colocações
muitos? E a palavra “didático”? Dessa forma, espera-se da turma. Disponibilize tempo para o registro escrito.

76 4 o ANO

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Depois, cite alguns exemplos que apresentam inade- como: “A professora foi a primeira a chegar na sala de
quações de concordância e solicite que os transformem aula.”, “O aluno chegou animado para a aula.”. Após
para as formas adequadas e argumentem sobre isso. a exposição de frases, amplie a discussão com ques-
Sugestões: “meninas é ”, “forma divertidos” e “mate- tionamentos que estimulem reflexões sobre a concor-
rial didáticas”. Perceba que termos semelhantes foram dância de número, como: E se a frase [utilize exemplo
adequados pelos alunos durante a aula. O ideal é que trazido pela turma] estivesse no plural? Haveria alguma
ressaltem que esses termos devem ser reformulados para: mudança nas palavras? Qual? Espera-se que os alunos
“meninas são”, pluralizando o verbo; “forma divertida” reconheçam a presença da letra “-s” como marcador
e “material didático”, adequando, em ambos os casos, de plural. Siga com os questionamentos até perceber
as flexões de gênero e de número. Esse momento é que eles sistematizaram algumas compreensões sobre
importante para que você possa mapear as principais fatores de concordância nominal mobilizadas durante
dificuldades dos alunos e trabalhar para saná-las nesta este capítulo.
ou nas demais aulas sobre concordância nominal. Finalize evidenciando aos alunos que o trabalho
que fizeram nesta aula foi para a adequação da con-
Expectativas de respostas
cordância nominal, apresentando o termo para eles.
1.
a. Artigo, substantivo e adjetivo. Caso queira, escreva-o no quadro da sala de aula. No
b. Sim, em gênero e número. caderno do aluno há dois boxes retomando as classes
gramaticais mencionadas aqui. Use-os como suporte,
Orientações se necessário, e diga que eles poderão ler essas de-
Convide os alunos a compartilhar suas reflexões finições caso sintam dificuldade de relembrar o que
com a turma. Caso os alunos não compreendam as são artigos e substantivos.
perguntas devido a dificuldades com as nomenclatu-
ras de classes gramaticais, solicite-lhes exemplos de Expectativas de resposta
artigos e substantivos separadamente. Caso nenhum 2. Espera-se que os alunos apontem que uma palavra
aluno consiga exemplificar termos dessas classes, for- no singular deve ser acompanhada por outras
neça alguns e peça para ampliarem sua lista. Nesse palavras no singular; uma palavra no plural deve
momento, você pode utilizar o quadro da sala de aula ser acompanhada por outras palavras no plural;
para registrar artigos e substantivos por escrito. Após as uma palavra no feminino deve ser acompanhada
respostas, peça aos alunos que apresentem exemplos por outras palavras no feminino; uma palavra
de frases com concordância adequada entre artigo e no masculino deve ser acompanhada por outras
substantivo. Caso seja necessário, apresente exemplos palavras no masculino.

ANOTAÇÕES

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2. Estudo da língua escrita: explorando as relações entre as palavras
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2. Estudo da língua escrita: explorando PRATICANDO


as relações entre as palavras
1. Converse sobre as seguintes perguntas com um colega e, posteriormente, discuta-as 1. Em dupla, leia um fragmento da reportagem “Chega de preguiça, é hora de se
com seu professor e com a turma. mexer!”:
⊲ Como devemos combinar as palavras em um texto?
⊲ Por que devemos combinar as palavras de um texto?
Chega de preguiça, é hora de se mexer!
2. Leia o texto a seguir e circule um artigo, um adjetivo e um substantivo.
No isolamentos, é importante se sentar direito ao assistir às aulas e se exercitar
A Seca do Ceará Marcella Franco
Seca as terras as folhas caem,
Quando a pandemia começou, os irmãs Ana Beatriz, 13, e Arthur, 9, acharam muito
Morre o gado sai o povo,

Brian Bedsworth/Moment Open/Getty IMages


legal a ideia de não poder mais sair de casa. Acordar sem pressa parecia a melhor parte
O vento varre a campina,
do isolamento, e fazer as escola online também tinha cara de diversão.
Rebenta a seca de novo;
Arthur lembra que, de tão feliz e relaxado que estava, começou a assistir às aulas
Cinco, seis mil emigrantes
meio deitado na cadeiras. “Eu achava mais confortável, mas minhas mãe falava que
Flagelados retirantes
não era bom”, conta. A mãe de Arthur tinha razão – não demorou muito para ele co-
Vagam mendigando o pão,
meçar a ter dores no pescoço.
Acabam-se os animais
Ana Beatriz também não andava muito melhor. “Nas aulas online, minha postura
Ficando limpo os currais
era muito ruim, parecia que eu ficava com uma corcunda. Eu sentia bastante dor nas
Onde houve a criação.
costas, pescoço e ombro, elas eram bem fortes”, diz.
A família, então, procurou a opinião de médicos, que disseram que os crianças
Não se vê uma folha verde
precisavam urgentemente fazer alguma atividade física. [...]
Em todo aquele sertão
Não há um ente d’aqueles
Que mostre satisfação
Os touros que nas fazendas Adaptado de: FRANCO, Marcella. Chega de preguiça, é hora de se mexer! Folha de S.Paulo.
Entravam em lutas tremendas, Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/folhinha/2021/05/chega-de-preguica-e-hora-de-se-mexer.shtml.
Hoje nem vão mais o campo Acesso em: 16 jul. 2021.

É um sítio de amarguras
Nem mais nas noites escuras 2. Vocês observaram alguma inadequação na concordância das palavras no texto?
Lampeja um só pirilampo. Quais?
BARROS, Leandro Gomes de. A Seca do Ceará. Dominio Público. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jp000013.pdf. Acesso em: 22 set. 2021.

3. Preencha, com um colega, o quadro abaixo com o que já sabe sobre os grupos no-
minais: artigo, adjetivo e substantivo.

artigo

3. Essas palavras apresentam variação em número (singular/plural) e gênero


adjetivo
(masculino/feminino)?

substantivo

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4. Em dupla, faça a revisão do texto que acabou de ler. Logo após, indique se em sua
revisão modificou o gênero (feminino/masculino) das palavras ou seu número (sin- RETOMANDO
gular/plural). Siga o exemplo.

Tipo de adequação
1. Registrem suas respostas no caderno e compartilhem com os colegas.
Como era Como ficou
Feminino / Masculino Singular / Plural
2. Converse com seu professor e colegas sobre as conclusões obtidas na aula de
no isolamentos no isolamento X hoje.

3. Converse com sua dupla e complete as lacunas das frases a seguir com os termos
que vocês conheceram na aula de hoje.

flexão de gênero – flexão de número – concordância nominal

Ao produzir um texto é preciso garantir que a [ ]

5. Com base nas informações do quadro que você preencheu, reescreva o texto esteja adequada. Por isso, precisamos revisar se as palavras que estão no feminino
“Chega de preguiça, é hora de se mexer!” fazendo as alterações necessárias para
a concordância nominal correta do texto.
estão acompanhadas de outras palavras também no feminino e se palavras no

masculino estão acompanhadas de outras palavras no masculino, essa é a

[ ]. Também precisamos conferir se há

harmonia entre os termos que estão no singular e entre os termos que estão

no plural, essa é a [ ]. Um texto com

concordância nominal adequada facilita a leitura e a interpretação do leitor.

4. Quais foram as principais dificuldades encontradas durante a realização da


atividade?

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Habilidade do DCRC
Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre artigo, substantivo e adjetivo (concordância
EF04LP07
no grupo nominal).

Práticas de linguagem • Cartolinas ou papel kraft.


Análise linguística/semiótica (ortografização).
Contexto prévio
Sobre o capítulo É importante que os alunos já reconheçam que
• Contextualizando: retomar relações de concordância em Língua Portuguesa existe a flexão de número
nominal (flexão de gênero e de número). (singular/plural) e de gênero (feminino/masculino).
• Praticando: refletir sobre o impacto da concordância
nominal na composição da coesão textual e da Dificuldades antecipadas
coerência textual. Os alunos podem apresentar dificuldade em re-
• Retomando: revisar fragmentos de textos em dupla. conhecer a necessidade de concordância nominal,
em especial, entre termos que na oralidade são
Objetivos de aprendizagem frequentemente pronunciados de maneira distinta
• Identificar em textos a concordância entre artigo,
da norma-padrão (como a marcação de plural com
substantivo e adjetivo (concordância no grupo
“-s”). Ao perceber dificuldades como essas, amplie
nominal).
os exemplos trabalhados neste capítulo, oferecen-
• Usar na produção textual a concordância entre
do repertório diversificado. Opte pelo trabalho com
artigo, substantivo e adjetivo (concordância no
grupo nominal). grupos produtivos, ou seja, agrupamentos de alunos
com diferentes níveis de compreensão do conteúdo e
Materiais diferentes habilidades. Assim, eles poderão apoiar-se
• Canetas hidrográficas. no alcance dos objetivos de aprendizagem.

CONTEXTUALIZANDO • Uma palavra no feminino deve ser acompanhada


por outras palavras no feminino.
Orientações • Uma palavra no masculino deve ser acompanhada
Organize os alunos em duplas produtivas, mesclando por outras palavras no masculino.
integrantes com diferentes níveis de compreensão do É importante que você retome a discussão do capítulo
conteúdo e habilidade. Oriente-os a debater as questões anterior. Informe que o artigo, o substantivo e adjetivo
do Caderno do Aluno primeiramente entre sua dupla. têm relação entre si, tornando o texto compreensível. Dê
Logo, solicite a participação de voluntários para compar- exemplos retirando algumas frases do texto, como “uma
tilhar suas conclusões. Proporcione espaço acolhedor folha verde”. O artigo “uma” combina com o substantivo
para os alunos lançarem suas hipóteses, ainda que “folha” e o adjetivo “verde” em que ambos estão no
não sejam as adequadas. Evite fornecer respostas no singular, havendo assim uma concordância adequada.
momento introdutório do capítulo, pois durante a aula Você também pode modificar alguma dessas palavras
os alunos confirmarão ou não suas hipóteses iniciais. para exemplificar a inadequação quando não acontece
Ao final do debate, sistematize as conclusões dadas a concordância adequada. Mostre que a variação das
pela turma oralmente e escreva-as no quadro para palavras no texto é de fundamental importância para
melhor visualização durante a realização das ativida- a construção do sentido.
des posteriores. Aqui, a sugestão é fazer um registro
semelhante ao proposto no final do capítulo anterior: Expectativas de respostas
• Uma palavra no singular deve ser acompanhada 1. Espera-se que, relembrando o trabalho do capítulo
por outras palavras no singular. anterior, os alunos abordem a importância da con-
• Uma palavra no plural deve ser acompanhada por cordância nominal, ainda que não utilizem essa no-
outras palavras no plural. menclatura. É fundamental que a relação entre as

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flexões de gênero e número tenha aparecido como reportagem, assim como fizeram durante o trabalho no
resposta para a primeira pergunta. Para a segunda, capítulo anterior. Acrescente que agora eles precisarão
os alunos devem apontar que a harmonia entre as refletir um pouco mais sobre a adequação que realizaram.
palavras de um texto facilita a compreensão do leitor, Para orientá-los melhor, direcione-os a observar o exemplo
trazendo a ideia de coesão textual. trazido na atividade. Logo, questione-os: O fragmento “no
2. Resposta pessoal. Exemplos de artigos: a, o, as isolamentos” foi revisado e corrigido para “no isolamento”;
os; os adjetivos: flagelados, limpo, escuras; subs- nessa modificação houve variação de feminino/masculino ou
tantivos: terras, folhas, vento, emigrantes etc. de singular/plural? Espera-se que os alunos identifiquem que
3. Espera-se que respondam que o substantivo a palavra “isolamentos”, que estava no plural, foi corrigida
para sua versão no singular. Após essa conclusão, pergunte:
tem papel de nomear os seres; o adjetivo, de
Nesse fragmento, o que indicou que a palavra estava no
dar características; e o artigo, de determinar ou plural, mas deveria estar no singular? Aqui, é possível que
indeterminar. os alunos retomem a temática do texto, apontando que
Espera-se, ainda, que apontem a variação em a reportagem fala do isolamento realizado para conter a
gênero e número; e que o artigo, o substantivo pandemia da covid-19, e não de outros isolamentos, sendo
e o adjetivo devem concordar entre si no texto só um. Entretanto, o mais importante aqui é que mencionem
para dar-lhe sentido. a falta de “-s” em “no”. É essencial que percebam que,
“-s” em final de substantivo em Língua Portuguesa marca,
majoritariamente, plural. Disponibilize tempo necessário
PRATICANDO para a realização da atividade e, durante esse momento,
circule pelas duplas para observar quais são as principais
Orientações dificuldades encontradas pelos alunos. Após o término
Peça que, em duplas, os alunos leiam a reportagem da atividade, realize a correção. Trabalhe uma linha por
disponibilizada no Caderno do Aluno e, em seguida, vez, com o auxílio de duplas voluntárias para expor suas
questione no grande grupo: Qual é o tema da reporta- respostas, não sendo necessário que sigam a sequência
gem? O que vocês sabem sobre esse assunto? Deixe apresentada no gabarito. Pergunte para a dupla: Como
que, primeiro, partilhem suas percepções sobre o texto vocês concluíram que era preciso realizar essa mudança?
lido. Logo, para a análise linguística, pergunte: E so- Aqui, os alunos devem apresentar argumentos para suas
bre a escrita? O que vocês observaram? Foi um texto escolhas, assim, você terá uma noção maior de como eles
fácil ou difícil de ler? Por quê? Espera-se que os alunos estão construindo suas aprendizagens e, consequente-
mencionem dificuldades encontradas durante a leitura, mente, mais suporte para apoiá-los. Depois da correção
decorrentes da falta de concordância nominal. Caso de cada linha, valide as respostas com a turma. Para isso,
isso não seja mencionado, sugira a leitura em voz alta fomente questões como: Alguém fez diferente? Por quê?
no grande grupo, guiada por você, com cuidado para Repita esse procedimento até que todo o quadro seja cor-
pronunciar as inadequações assim como estão. rigido. Escreva as respostas no quadro da sala de aula
para que, se necessário, os alunos realizem a correção
Questione-os com relação às discordâncias das pa-
em seus materiais.
lavras para que percebam as inadequações de gênero
Oriente-os a fazer a reescrita do texto com as devidas
e número.
modificações feitas no quadro, é importante que com-
Expectativas de respostas preendam a concordância das palavras como fundamental
para uma boa compreensão do texto. Você pode escolher
1. Os alunos devem ler atentamente o texto.
um dos alunos para fazer a leitura depois da reescrita.
2. Sim. Espera-se que apontem os casos: no isola-
mentos / no isolamento; os irmãs / as irmãs; as Expectativas de respostas
escola / a escola; na cadeiras / na cadeira; minhas 4.
mãe / minha mãe; os crianças / as crianças.
3. Sim, pois o texto está escrito corretamente. Tipo de adequação
Como era Como ficou Feminino / Singular /
Orientações masculino plural
No grande grupo, solicite que os alunos leiam o enun-
no no
ciado da atividade. Logo, pergunte o que eles deverão X
isolamentos isolamento
fazer. Isso dará mais autonomia para eles. Só após esse
momento, evidencie que eles revisarão excertos de uma os irmãs as irmãs X

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as escola a escola X ressaltem a necessidade de concordância de flexão e
na cadeiras na cadeira X gênero, ainda que não mencionem esses termos, e, es-
minhas mãe minha mãe X pecialmente, a importância do estabelecimento dessas
os crianças as crianças X relações para a construção da legibilidade do texto.
Há uma sugestão para os registros no gabarito, mas
5. Espera-se que reescrevam o texto corretamente: se necessário, adapte as conclusões considerando as
Chega de preguiça, é hora de se mexer! colocações da turma. Faça acréscimos ao registro feito
No isolamento, é importante se sentar direito ao no quadro da sala de aula no início do trabalho com
assistir às aulas e se exercitar este capítulo, agora, apresentando os termos “flexão
Marcella Franco de gênero” e “flexão de número”.
• Uma palavra no singular deve ser acompanhada por
Quando a pandemia começou, as irmãs Ana Beatriz, outras palavras no singular. FLEXÃO DE NÚMERO.
13, e Arthur, 9, acharam muito legal a ideia de não • Uma palavra no plural deve ser acompanhada por
poder mais sair de casa. Acordar sem pressa pare-
outras palavras no plural. FLEXÃO DE NÚMERO.
cia a melhor parte do isolamento, e fazer a escola
• Uma palavra no feminino deve ser acompanhada por
online também tinha cara de diversão.
Arthur lembra que, de tão feliz e relaxado que es- outras palavras no feminino. FLEXÃO DE GÊNERO.
tava, começou a assistir às aulas meio deitado na • Uma palavra no masculino deve ser acompanhada por
cadeira. “Eu achava mais confortável, mas minha outras palavras no masculino. FLEXÃO DE GÊNERO.
mãe falava que não era bom”, conta. A mãe de Explique que o trabalho que fizeram nesta aula
Arthur tinha razão – não demorou muito para ele foi para a adequação da concordância nominal, reto-
começar a ter dores no pescoço. mando o termo apresentado brevemente no capítulo
Ana Beatriz também não andava muito melhor. “Nas anterior. Escreva-o no quadro da sala de aula para
aulas online, minha postura era muito ruim, parecia que melhor visualização.
eu ficava com uma corcunda. Eu sentia bastante dor nas
costas, pescoço e ombro, elas eram bem fortes”, diz. Expectativas de respostas
A família, então, procurou a opinião de médicos, que 2. Uma palavra no singular deve ser acompanhada
disseram que as crianças precisavam urgentemente por outras palavras no singular; uma palavra no
fazer alguma atividade física. [...] plural deve ser acompanhada por outras pala-
vras no plural; uma palavra no feminino deve ser
acompanhada por outras palavras no feminino;
RETOMANDO uma palavra no masculino deve ser acompanhada
por outras palavras no masculino. A combinação
Orientações entre as palavras de um texto – coesão textual – é
Peça que, em duplas, os alunos conversem sobre
fundamental para facilitar a compreensão do leitor.
as principais dificuldades que tiveram durante a rea-
lização da atividade. Depois, abra o debate para o Orientações
grande grupo e faça a mediação. Ouça-os com atenção Para a correção desta atividade, solicite a leitura
e anote em material próprio uma síntese desses relatos.
no grande grupo, guiada por você, e diga para a turma
Ao mapear as principais dificuldades da turma, você
completar oralmente as lacunas com as respostas regis-
poderá trabalhar focado em saná-las.
tradas no Caderno do Aluno. O intuito desta atividade
Expectativas de respostas é apenas apresentá-los a esses termos. A familiaridade
1. Resposta pessoal. com esses termos ocorrerá naturalmente no decorrer
do próximo capítulo.
Orientações
Pergunte aos alunos: O que vocês aprenderam hoje Expectativas de respostas
sobre a relação entre palavras em um texto? Por que 3. concordância nominal / flexão de gênero / flexão
as palavras de um texto devem combinar umas com as de número.
outras? Ouça-os e medeie as respostas. Espera-se que 4. Resposta pessoal.

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3. Estudo da língua escrita: aplicando as relações entre as palavras
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3. Estudo da língua escrita: aplicando as relações PRATICANDO


entre as palavras
1. Converse sobre as seguintes perguntas com seu colega e, posteriormente, discuta-as 1. Você receberá cartões para organizá-los em grupo. Crie uma frase usando os car-
com seu professor e com a turma. tões, seguindo o que você já sabe sobre concordância nominal, considerando as
flexões de gênero e número.
a. Por que é necessário produzir textos com a flexão de gênero adequada?
b. Por que é necessário produzir textos com a flexão de número adequada?
a. Após a correção oral da atividade em grupo, reproduza aqui a frase organizada
2. Vamos ler juntos um trecho do texto “A Seca do Ceará”. por vocês.

O gado urra com fome,

Brian Bedsworth/Moment Open/Getty IMages


Berra o bezerro enjeitado
Tomba o carneiro por terra
Pela fome fulminado,
O bode procura em vão
Só acha pedras no chão
Põe-se depois a berra,
A cabra em lástima completa
O cabrito inda penetra
Procurando o que mamar. 2. Agora leia as frases retiradas do texto “A Seca do Ceará” e completem as lacunas
fazendo a concordância adequada.
Grandes cavalos de selas
De muito grande valor
Quando passam na fazenda a. O bezerro enjeitado.
Provocam pena ao senhor
Como é diferente agora
Os enjeitados.
Aquele animal de que outr’ora
Causava admiração,
b. Grandes cavalos de selas.
Era russo hoje está preto
Parecendo um esqueleto Grande de .
Carcomido pelo chão.
BARROS, Leandro Gomes de. A seca do Ceará. Domínio Público. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jp000013.pdf. Acesso em: 22 set. 2021. c. A cabra em lástima.
As em lástima.
a. Escreva a seguir as frases nas quais você identificou:

⊲ Concordância em gênero d. Tomba o carneiro por terra.


Tombam os por terra.

e. Quando passam na fazenda.


Quando passam nas .
⊲ Concordância em número

f. Aquele animal.
Aqueles .

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3. Leia o texto com a sua turma e o seu professor.


RETOMANDO
O lobo e o cão
Um lobo e um cão se encontraram num caminho. Disse o lobo:
— Companheiro, você está com ótimo aspecto: gordo, o pelo lustroso... Estou até com inveja! 1. Agora, leia a reportagem a seguir.
— Ora, faça como eu — respondeu o cão. — Arranje um bom amo. Eu tenho comida na hora certa, sou
bem tratado... Minha única obrigação é latir à noite, quando aparecem ladrões. Venha comigo e você terá o
mesmo tratamento.
O lobo achou ótima a ideia e se puseram a caminho.
Mas, de repente, o lobo reparou numa coisa. Jogo de cartas 7famílias quebra padrões com lares diversificados
— O que é isso no seu pescoço, amigo? Parece um pouco esfolado... — observou ele.
Famílias variam com avós ou apenas um dos pais, e incluem bichinhos e plantas
— Bem — disse o cão — isso é da coleira. Sabe? Durante o dia, meu amo me prende com uma coleira, que
é para eu não assustar as pessoas que vêm visitá-lo. Marcella Franco

O lobo se despediu do amigo ali mesmo:


— Vamos esquecer — disse ele. — Prefiro minha liberdade à sua fartura. Embora muitos filmes, livros e desenhos mostrem personagens que têm famílias
sempre parecidas, com um pai, uma mãe e irmãos, no mundo real existem dezenas de
ABREU, Ana Rosa et al. (org.). Contos tradicionais, fábulas, lendas e mitos. Brasília: Ministério da Educação, 2000.
p. 107. Domínio Público. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001614.pdf. formas de uma família se organizar. Há, por exemplo, casas só com uma mãe, outras só
Acesso em: 24 set. 2021. com o pai, outras sem nenhum dos dois e onde quem cuida de tudo é uma avó.
No dicionário, para que um núcleo de pessoas seja considerado uma família, basta
a. Com seu grupo, leia o texto novamente. Imagine que a história ganhou novos que todos compartilhem laços afetivos e um espaço comum – ou seja, nenhuma ne-
personagens: em vez de um lobo, há uma loba e, em vez de um cachorro, há cessidade de se parecer com o que é retratado como padrão na ficção. [...]
uma cadela. Modifique o trecho em destaque, adaptando o gênero de acordo A ideia do jogo é simples: vence quem conseguir reunir e baixar na mesa o maior
com os novos personagens. Registre o novo trecho nas linhas a seguir. número de famílias completas. Cada família tem cinco membros, que variam entre
pessoas, bichinhos e plantas. Elas foram desenhadas por diferentes ilustradores, e ga-
nharam uma cor cada uma. [...]

FRANCO, Marcella. Jogo de cartas 7famílias quebra padrões com lares diversificados. Folha de S.Paulo.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/folhinha/2021/04/jogo-de-cartas-7familias-quebra-padroes-com-lares-diversificados.shtml.
Acesso em: 7 jun. 2021.

a. Você consegue identificar no texto, sem a ajuda do professor e dos colegas, pa-
lavras que variam em gênero e número?

( ) Sim ( ) Não

2. Após a correção da atividade anterior, preencha a autoavaliação a respeito do que


você aprendeu.

AUTOAVALIAÇÃO
b. Compartilhe com a turma as mudanças realizadas observando as alterações de
sentindo. Escreva-as nas linhas a seguir. Pensando a respeito do que aprendeu sobre o tema central desta unidade, você diria que:

Ainda não compreendi Compreendi em partes Compreendi tudo, mas Compreendi tudo o
e preciso de ajuda. e ainda preciso rever não me sinto capaz de que fiz e sou capaz de
alguns assuntos. explicar a outras pessoas. explicar a outras pessoas.

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Habilidade do DCRC
Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre artigo, substantivo e adjetivo (concordância
EF04LP07
no grupo nominal).

Práticas de linguagem Materiais


Análise linguística/semiótica (ortografização). • Cartolina.
• Canetas hidrográficas.
Sobre o capítulo • Tesouras de pontas arredondadas.
• Contextualizando: retomar a flexão de gênero e
número como aspectos de concordância nominal. Contexto prévio
• Praticando: trabalhar em grupos na montagem É importante que os alunos já reconheçam que
de uma frase de reportagem, refletindo sobre o em Língua Portuguesa existe a flexão de número
papel da concordância nominal em textos. (singular/plural) e de gênero (feminino/masculino).
• Contextualizando: fazer uma autoavaliação
sobre as compreensões adquiridas no campo da Dificuldades antecipadas
concordância nominal. Os alunos podem apresentar dificuldade em re-
conhecer a necessidade de concordância nominal,
Objetivos de aprendizagem em especial, entre termos que na oralidade são fre-
• Identificar em textos a concordância entre artigo, quentemente pronunciados de maneira distinta da
substantivo e adjetivo (concordância no grupo norma-padrão (como a marcação de plural com “-s”).
nominal). Ao perceber dificuldades como essas, você pode re-
• Usar na produção textual a concordância entre tomar registros realizados por eles nos dois capítulos
artigo, substantivo e adjetivo (concordância no anteriores (atividade 1 da seção Retomando do pri-
grupo nominal). meiro capítulo e atividade 3 da seção Retomando
do segundo capítulo, ambas desta unidade).

CONTEXTUALIZANDO no grande grupo, da resposta para atividade 3 da se-


ção Retomando do segundo capítulo desta unidade. Se
Orientações necessário, escreva-a no quadro da sala de aula para
No grande grupo, oriente o debate sobre as perguntas facilitar a visualização durante a aula:
trazidas no Caderno do Aluno. Aqui, é importante que “Ao produzir um texto é preciso garantir que a con-
os alunos já consigam perceber o papel da concordância cordância nominal esteja adequada. Por isso, precisa-
nominal na coesão textual. Caso perceba que a turma mos revisar se as palavras que estão no feminino estão
precisa de reforço para alcançar essas reflexões, dê acompanhadas de outras palavras também no feminino
exemplos de frases simples com e sem concordância
e se palavras no masculino estão acompanhadas de
nominal e, logo após, pergunte: Qual frase foi mais
outras palavras no masculino, essa é a flexão de gêne-
fácil e mais difícil de entender? Por quê? Sugestões de
ro. Também precisamos conferir se há harmonia entre
frases: “Os irmãs acharam muito legal a ideia.” / “As
os termos que estão no singular e entre os termos que
irmãs acharam muito legal a ideia.”; “O menino estava
desajeitado na cadeiras.” / “O menino estava desajeita- estão no plural, essa é a flexão de número. Um texto
do na cadeira.”. Perceba que fragmentos semelhantes com concordância nominal adequada facilita a leitura
foram trabalhados com a turma no capítulo anterior. e a interpretação do leitor.” Diga que fará a leitura em
Proporcione espaço acolhedor para os alunos lançarem voz alta de um trecho do texto “A Seca do Ceará” e que
suas hipóteses, ainda que não sejam as adequadas. os alunos devem acompanhar no Caderno do Aluno.
Evite fornecer respostas no momento introdutório do Em seguida, faça questionamentos sobre o que eles
capítulo, pois durante a aula os alunos confirmarão ou já conseguem identificar no texto sobre a concordância
não suas hipóteses iniciais. Caso perceba que a dificul- de gênero e número. Peça que digam algumas palavras
dade para responder às questões dá-se pela falta de do texto que podem variar, por exemplo: uma palavra
familiaridade com os termos “concordância nominal”, que está no feminino e pode ir para o masculino ou que
“flexão de gênero” e “flexão de número”, guie a leitura, está no plural e pode ir para o singular.

83 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 83 27/12/2021 21:07


Expectativas de respostas Grupo 5
1. Espera-se que, retomando o que viram nos dois para que um
capítulos anteriores, os alunos estabeleçam relação núcleo de
entre a concordância nominal e a legibilidade de No dicionário, No dicionários, pessoas seja
textos, ainda que não utilizem esses termos. considerado
2. Os alunos podem citar várias frases. uma família,
basta laços afetivos laço afetivos
que todos e um espaço e um espaço
PRATICANDO
compartilhem comum. comum.
Orientações Grupo 6
Antes de colocar em prática a atividade 1, é neces- Elas foram por diferentes por diferentes
sário que, em uma cartolina, você reproduza cartelas desenhadas ilustradores, ilustrador
com fragmentos de frases. Sugerimos seis frases, pois
uma cor cada um cor cada
a proposta aqui é que cada grupo receba uma frase e ganharam
uma. uma.
diferente para organizar. Perceba que há trechos com
duas escritas diferentes: nesse caso, o grupo deverá Divida a turma em seis grupos, o ideal é que cada
decidir, considerando a concordância nominal, qual um seja composto por, no máximo, quatro integrantes.
fragmento completa adequadamente a frase. Reproduza Se a turma ultrapassar 24 alunos, trabalhe com um
os quadros a seguir em uma cartolina com auxílio número maior de grupos. Nesse caso, dois grupos fi-
de pincel próprio, depois recorte cada quadradinho. carão responsáveis por organizar uma mesma frase e
Cada frase deverá ser entregue para um grupo no a correção pode ser guiada pela comparação entre as
momento da atividade. organizações propostas pelos dois grupos. Sugerimos
Grupo 1 que os alunos sejam organizados em grupos produti-
vos, mesclando integrantes com diferentes níveis de
Jogo de cartas 7famílias 7família
compreensões sobre o tema em estudo e diferentes
com lares com lares habilidades. Esse modelo de organização favorece a
quebra padrões
diversificados. diversificadas. partilha e o alcance dos objetivos de aprendizagem com
Grupo 2 mais afinco do que o trabalho com grupos aleatórios.
com avós ou Dê as orientações para a atividade e diga que, em gru-
Famílias variam um dos pais pos, os alunos deverão organizar as frases seguindo o que
apenas
já sabem sobre a harmonia das palavras em um texto, ou
e incluem
um das pai, plantas. seja, sobre concordância nominal, considerando as flexões
bichinhos e
de gênero e número. Diferente das aulas anteriores, aqui
Grupo 3 você deve utilizar esses termos quando possível para que
No mundo No mundo dezenas os alunos adquiram familiaridade com eles.
real existem reais existem de formas Acompanhe de perto o trabalho dos grupos, fomentando
perguntas abertas que auxiliem o alcance do objetivo de
dezenas de uma
organizar. aprendizagem desta aula. Caso perceba que os alunos
de forma família se
estão com muitas dificuldades para organizar os fragmen-
Grupo 4 tos, faça perguntas do tipo: “Como devemos iniciar uma
Há, por com uma mãe, outras sem frase? O que indica que uma frase foi finalizada?” Isso
exemplo, outras só com nenhum dos pode auxiliá-los a identificar que o primeiro fragmento
casas só o pai, dois e deve conter letra maiúscula e, o último, ponto-final.
onde quem Grupo 1: Jogo de cartas 7famílias quebra padrões
é uma avó é uma avós. com lares diversificados.
cuida de tudo
Grupo 2: Famílias variam com avós ou apenas um
dos pais e incluem bichinhos e plantas.
Grupo 3: No mundo real existem dezenas de formas
de uma família se organizar.

84 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 84 27/12/2021 21:07


Grupo 4: Há, por exemplo, casas só com uma mãe, Na atividade 2 desta seção os alunos deverão com-
outras só com o pai, outras sem nenhum dos dois e pletar as lacunas fazendo as adaptações para que haja
onde quem cuida de tudo é uma avó. concordância nas palavras. Os alunos devem perce-
Grupo 5: No dicionário, para que um núcleo de pes- ber que a concordância nominal trata especificamente
soas seja considerado uma família, basta que todos da concordância entre o nome (substantivo) e outras
compartilhem laços afetivos e um espaço comum. classes gramaticais que o acompanham e o modificam
Grupo 6: Elas foram desenhadas por diferentes ilus- (adjetivos, artigos, numerais e pronomes). É de grande
tradores, e ganharam uma cor cada uma. relevância que observem número (singular/plural) e
Oriente a correção no grande grupo, seguindo a ordem gênero (masculino/feminino).
de numeração dos grupos (aqui isso é importante para que
Expectativas de respostas
os alunos percebam a progressão temática da reportagem
2.
em questão). Portanto, peça para os alunos do Grupo 1
a. bezerros d. carneiros
lerem, juntos, a frase que organizaram. Logo, questione:
b. cavalo / sela e. fazendas
Quais fichas ficaram de fora da frase organizada por vo-
c. cabras f. animais
cês? Por quê? Aqui, é fundamental que os alunos saibam
justificar suas escolhas. É necessário que mencionem, Orientações
por exemplo, que optaram pela ficha “7famílias” e não Leia para os alunos o texto e auxilie-os a fazer a
“7família” porque o numeral expressa ideia de plural e, atividade 3.
por isso, o substantivo também deve aparecer no plural.
Caso esteja trabalhando com dois grupos para a mesma Expectativas de respostas
frase em decorrência do número de alunos em sua sala, 3.
peça que o Grupo 1A exponha sua organização e depois a. Respostas pessoais. As modificações do pará-
o Grupo 1B, fazendo perguntas para turma que estimulem grafo devem ser feitas respeitando as regras de
comparação, como: Os dois grupos organizaram a frase concordância nominal e verbal.
da mesma maneira? Quais as justificativas que cada um b. Respostas pessoais.
utilizou? Vocês concordam com a organização do Grupo
1A? E do Grupo 1B? Por quê?
Registre no quadro da sala de aula a frase adequa- RETOMANDO
da e siga a correção dos trabalhos dos demais grupos
até que todas as frases tenham sido corrigidas. Depois, Orientações
solicite que os alunos, no grande grupo, leiam as frases Oriente a turma a preencher, individualmente, a
autoavaliação que fecha este capítulo. Essa forma de
dispostas no quadro da sala de aula. Logo, questione:
avaliação favorece a reflexão do aluno sobre sua própria
Essas frases estão em um mesmo texto? Por quê? Qual
aprendizagem e é importante para ele adquirir cons-
é a temática do texto? O que vocês já sabem sobre ela?
ciência sobre o que precisa aprimorar, percebendo seus
Como vocês chegaram a essas conclusões? Ouça-os e
avanços durante o processo de ensino-aprendizagem.
medeie o debate. Esse momento servirá para os alunos
anteciparem hipóteses sobre o texto que lerão na pró- Expectativas de respostas
xima seção. Ao final do debate, solicite que cada aluno 1.
registre no Caderno do Aluno a frase organizada por a. Espera-se que os alunos respondam positivamente
seu grupo, realizando a segunda atividade desta seção. após ler o texto.
2. Respostas pessoais.
Expectativas de respostas
1. Os alunos devem seguir as instruções dos cartões.
a. Respostas pessoais de acordo com a ficha rece-
bida por cada grupo.

85 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 85 27/12/2021 21:07


MATEMÁTICA

86 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 86 27/12/2021 21:07


UNIDADE 1

FRAÇÕES UNITÁRIAS E SUAS APLICAÇÕES


COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

1; 2; 7.

HABILIDADE DO DCRC
Reconhecer as frações unitárias mais usuais (1/2, 1/3, 1/4, 1/5, 1/10 e 1/100) como unidades de medida menores
EF04MA09
do que uma unidade, utilizando a reta numérica como recurso.

OBJETO DE CONHECIMENTO

• Números racionais: frações unitárias mais usuais (1/2, 1/3, 1/4, 1/5, 1/10 e 1/100).

UNIDADE TEMÁTICA

Números.

PARA SABER MAIS

• B
 OLOGNANI, A. C. A. Ensino e aprendizagem de frações mediados pela tecnologia: uma análise à luz da teoria
dos campos conceituais de Vergnaud. Itajubá, 2015. Disponível em: https://repositorio.unifei.edu.br/xmlui/bitstream/
handle/123456789/112/dissertacao_bolognani_2015.pdf?sequence= 1 & isAllowed=y. Acesso em: 13 dez. 2021.
• BONA, B. O. Análise de softwares educativos para o ensino da Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental. v4,
n. 1, p. 35-55. Rio Grande do Sul, 2009. Disponível em: http://www.if.ufrgs.br/eenci/artigos/Artigo_ID71/v4_n1_a2009.
pdf. Acesso em: 13 dez. 2021.
• MONTEIRO, A. B; GROENWALD, C. L. O. Dificuldades na aprendizagem de frações: reflexões a partir de uma expe-
riência utilizando testes adaptativos. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia. v. 7, n. 2, 2014. p.
103-135. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/alexandria/article/view/38217. Acesso em: 13 dez. 2021.

87 M AT E M ÁT I CA

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1. Encontrando frações unitárias
PÁGINA 88 PÁGINA 89

UNIDADE 1
MÃO NA MASSA
FRAÇÕES UNITÁRIAS 1. Arthur e Carina estavam brincando com suas bilas azuis e verdes. Cada um deles

E SUAS APLICAÇÕES possui 20 bilas. Arthur organizou as suas em 4 filas iguais, e uma das filas tinha
apenas bilas azuis. Já Carina organizou suas bilas em 5 filas iguais, e uma delas,
formada apenas por bilas verdes.

a. Na organização realizada por Arthur, qual fração corresponde à quantidade de


bilas azuis em relação ao total de bilas? Com relação à quantidade de filas for-
1. Encontrando frações unitárias madas por ele, qual fração representa a fila com bilas azuis em relação ao total
de filas?

1. Ao iniciar a aula, a professora de Lívia distribuiu para cada aluno uma folha de
papel sulfite e deu algumas orientações para a turma. Pegue uma folha de papel
e siga as orientações dadas pela professora.

⊲ 1o passo: Dobre a folha ao meio.


⊲ 2o passo: Abra a folha e pinte uma das partes de amarelo.
⊲ 3o passo: Dobre novamente a folha ao meio. b. Na organização realizada por Carina, qual fração corresponde à quantidade de
⊲ 4o passo: Em seguida, dobre mais uma vez ao meio. bilas verdes em relação ao total de bilas? Com relação à quantidade de filas
⊲ 5o passo: Pinte o espaço de verde. formadas por ela, qual fração representa a fila com bilas verdes em relação ao
⊲ 6o passo: Abra totalmente a folha. total de filas?

1o passo 2o passo 3o passo

c. Com relação ao número de filas organizadas, as frações que as crianças forma-


ram têm valores iguais? Por quê?

4o passo 5o passo 6o passo

a. Ao final da atividade, em quantas partes a folha foi dobrada?

b. Considerando a folha como 1 inteiro, quantas partes foram pintadas de amarelo?


DISCUTINDO
c. Qual fração da folha representa a parte pintada de verde? 1. A professora organizou os dias da semana em um cartaz. Depois, ela fez os ques-
tionamentos a seguir.

88 4 o ANO 89 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 90 PÁGINA 91
EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LA_GRAFICA_PF.indb 88 27/12/2021 16:03 EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LA_GRAFICA_PF.indb 89 27/12/2021 16:03

RAIO X DOM
DOM
DOM SEG
DOM SEG
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JANEIRO
JANEIRO
JANEIRO
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QUI SEX
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FEVEREIRO
FEVEREIRO
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SÁB
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JANEIRO
JANEIRO
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SÁB
SÁB
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FEVEREIRO
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MARÇO
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SÁB DOM SEG
DOM
ABRIL
ABRIL
SEG TER
TER QUA
QUA QUI
QUI SEX
SEX SÁB
SÁB

1. A professora Lígia fez um quadro com os meses do ano para que os alunos regis-
trassem as atividades de cada mês.
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO
JANEIRO
JANEIRO
JANEIRO ABRIL
FEVEREIRO
FEVEREIRO
FEVEREIRO MAIO
MAIO
MARÇO
MARÇO
MARÇO
MAIO JUNHO
JUNHO
ABRIL
ABRIL
ABRIL
JUNHO JULHO
JULHO
JULHO
MAIO
MAIO AGOSTO
AGOSTO
AGOSTO
JUNHO
JUNHO JULHO
JULHO AGOSTO
AGOSTO

Jennifer Borton/Getty Images


DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM
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MAIO JUNHO JULHO


MAIO
MAIO
MAIO AGOSTO
JUNHO
JUNHO
JUNHO SETEMBRO
SETEMBRO
JULHO
JULHO
JULHO
SETEMBRO OUTUBRO
OUTUBRO
AGOSTO
AGOSTO
AGOSTO
OUTUBRO NOVEMBRO
NOVEMBRO
NOVEMBRO
SETEMBRO
SETEMBRO DEZEMBRO
DEZEMBRO
DEZEMBRO
OUTUBRO
OUTUBRO NOVEMBRO
NOVEMBRO DEZEMBRO
DEZEMBRO
DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM
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SÁB
DOM DOM DOMDOMSEGSEG TER QUAQUIQUI SEX SÁB DOMDOMSEGSEG TER QUAQUIQUI SEX SÁB DOM
DOM
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QUI SEX
SEX SÁB
SÁB DOM SEG
DOM SEG TER
TER QUA
QUA QUI
QUI SEX
SEX SÁB
SÁB

a. Quantos dias contém uma semana inteira?

b. Quantos dias da semana começam com a letra D? Que fração da semana esses
SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO
SETEMBRO DEZEMBRO
OUTUBRO NOVEMBRO
JANEIRO DEZEMBRO
FEVEREIRO MARÇO
SETEMBRO
SETEMBRO OUTUBRO
OUTUBRO NOVEMBRO
NOVEMBRO DEZEMBRO
DEZEMBRO
dias representam?
DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM
DOM SEG
SEG
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SEG Agora, responda.
TER QUA
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QUI SÁB
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SEX SÁB
SÁB
SÁB DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM SEG TER QUA QU

a. Quais meses do ano iniciam com vogais? Que fração do ano eles representam?
c. Para formar as frações do problema das bilas da seção Mão na massa e a dos
dias da semana apresentados nos itens anteriores, que ideia você utilizou?
b. Quantos meses do ano começam com a letra S? Que fração do ano eles
representam?

2. Milena marcou no quadro os dias da semana em que ela vai à academia. Veja:
RETOMANDO
Jennifer Borton/Getty Images

MAIO JUNHO JULHO


Sempre que um inteiro for dividido em partes iguais, po- DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM SEG TER QUA QU

demos representar frações desse inteiro. Na fração, o denomi-


nador representa a quantidade de partes iguais em que esse
inteiro foi repartido, e o numerador, a parte “considerada” des-
se inteiro. Observe a imagem a seguir e depois responda às
Que fração da semana representa os dias em que Milena vai à academia?
perguntas.

3. Represente a fração pintada em cada figura abaixo.


1. Considerando a placa como 1 inteiro, que fração está sendo representada pela
cor amarela?

SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBR


1 DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM SEG TER QUA QU
2. Quantos cubinhos são necessários para representar da placa?
100

90 4 o ANO 91 M AT EM ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LA_GRAFICA_PF.indb 90
88 27/12/2021 16:04
4 o ANO
EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LA_GRAFICA_PF.indb 91 27/12/2021 16:04

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 88 27/12/2021 21:07


Habilidade do DCRC
Reconhecer as frações unitárias mais usuais (1/2, 1/3, 1/4, 1/5, 1/10 e 1/100) como unidades de medida menores
EF04MA09
do que uma unidade, utilizando a reta numérica como recurso.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: apresentar a ideia de fração Os alunos já devem saber que um número inteiro
por meio de uma dobradura. pode ser representado por várias partes iguais.
• Mão na massa: elaborar estratégias para a E que essas partes quando juntas representam o
resolução de problemas que envolvem fração número inteiro. Exemplo: Os alunos devem saber
de quantidade. que uma dezena é formada por 10 unidades, uma
• Discutindo: apresentar um problema sobre centena é formada por 10 dezenas e que um milhar
frações dos dias da semana e discutir as estra- é formado por 10 centenas. Além disso, que uma
tégias utilizadas para a resolução do problema unidade corresponde a 1
de uma dezena, que
apresentado na seção e a do apresentado na 10
1
seção Mão na massa. uma dezena corresponde a 10
de uma centena e
1
• Retomando: sistematizar e estruturar a repre- que uma centena corresponde a 10
de um milhar.
sentação de frações.
• Raio X: resolver problemas sobre representação Dificuldades antecipadas
de frações. Os alunos poderão apresentar dificuldades na
representação fracionária. Para isso, é necessário
Objetivos de aprendizagem fazer uma demonstração, exemplificando com o
• Obter partes fracionárias pela divisão do todo (inteiro) material dourado e apresentando os fatores da
em: duas, três, quatro, dez e cem partes iguais. fração, o que é numerador e o que é denominador.
• Identificar partes fracionárias relativas a meios, Por exemplo: para que o aluno compreenda o
terços, quartos, décimos e centésimos. que é uma fração unitária relativa aos meses do
• Compor o inteiro com as partes fracionárias ano, mostre que o mês de fevereiro é
1
do ano,
obtidas. 12
representando com o auxílio de uma reta numérica
Materiais fracionada em 12 partes iguais e marcando nela
• Uma folha de papel A4 (uma para cada aluno). a parte relativa a um mês.
• Material dourado (um kit para cada grupo).

CONTEXTUALIZANDO repartido em mais partes. Reforce ao abrir a folha que o


inteiro continua o mesmo. Observe se os alunos realiza-
Orientação ram dobraduras diferentes da apresentada na figura da
Realize a dobradura interagindo com os alunos, em cada atividade. Veja um exemplo.
orientação da professora, e observando se eles dobram
e colorem antes de passar para a próxima etapa. Reforce
que a folha representa o inteiro e faça questionamentos
a seguir no decorrer das etapas.
• Em quantas partes o inteiro foi repartido na primeira
dobradura?
• Que fração da folha foi pintada de amarelo?
• Após a última dobradura, houve mudança na parte
pintada de amarelo?
Proporcione aos alunos uma reflexão constante sobre
as partes pintadas destacando que o mesmo inteiro foi

89 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 89 27/12/2021 21:07


Realize muitas dobras diferentes. Valorize todas as
dobraduras apresentadas pelos alunos e reforce que, DISCUTINDO
independente da maneira como foi realizado o processo,
as partes pintadas correspondem às mesmas frações Orientações
da folha. Vale destacar o cuidado que se deve ter de Explore com os alunos várias questões relativas ao
que todas as partes tenham o mesmo tamanho. que representa um inteiro nessa situação e de como
esse inteiro pode ser fracionado. Por exemplo: ao tra-
Expectativas de respostas balhar com a semana como inteiro, mostrar aos alunos
que existem 1 dia que começa com a letra D, 1 dia que
1. a. A folha foi dividida em 8 partes iguais. começa com a letra T, 2 dias com a letra Q e 3 dias que
começam com a letra S, e que a junção desses dias
b. 4 partes da folha foram pintadas de amarelo.
(partes) formam o inteiro (semana).
c. 1 da folha foi pintado de verde.
8 Expectativas de respostas
1.
MÃO NA MASSA a. 7 dias.
1
Orientações b. 1 dia; .
7
Promova um debate na sala de aula, ouvindo c. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos mos-
as respostas dos alunos, levando-os a refletir sobre trem que compreenderam a relação parte-todo
suas respostas e apontando alternativas que possi- na representação de frações.
bilite a compreensão dos conceitos trabalhados. Por
exemplo: mostre-lhes que o inteiro de cada um, ou
seja, as 20 bilas, pode ser organizado de diferentes RETOMANDO
maneiras: de 10 em 10 de 4 em 4 ou de 5 em 5 e re-
force que a organização dos alunos possibilitou que Orientações
a fração do número de filas e a fração do número Organize a turma em grupos e distribua um kit do
de bilas fossem as mesmas. Além disso, represente material dourado para cada um. Amplie possibilidades
diferentes frações relativas às filas e ao total de bi- de explorar o conceito de fração unitária, levando os
las. Faça perguntas para enriquecer o processo de alunos a uma reflexão constante sobre as suas res-
construção do conhecimento, como: postas, encorajando-os a participar efetivamente, va-
lorizando suas respostas e tornando-os protagonistas
• Ao organizar as bilas de 10 em 10, se retirarmos 2
da produção do conhecimento. Por exemplo, durante
bilas, que fração representa a parte retirada?
o desenvolvimento da atividade, pergunte:
• Cada fila representa que fração relativa ao número
• A placa está dividida em 10 barrinhas (dezenas) iguais?
de filas?
• Quantas dessas barrinhas foram pintadas na primeira
Se houver oportunidade, explore as frações formadas atividade?
por outras cores. 15
• Para representar 100
quantos cubinhos precisare-
Expectativas de respostas mos pintar?
1 10
5 1 • Podemos dizer que é o mesmo que ?
1. a. ; . 10 100
20 4 Estimule a manipulação do material, de modo que
b. 4 ; 1 . os alunos trabalhem de forma concreta as situações
20 5 exemplificadas e outras situações que julgar pertinente.
1 1
c. Não, pois Arthur representou e Carina .
4 5 Expectativas de respostas
Percebe-se, portanto, pelo número de bilas or-
1
1 1 1. 10 ou .
ganizadas que é maior que . 100 10
4 5 2. 1 cubinho.

90 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 90 27/12/2021 21:07


RAIO X Expectativas de resposta
3
Orientações 1. a. Abril, agosto e outubro; .
12
As atividades desta seção podem ser utilizadas como
1
insumo para uma avaliação diagnóstica; peça aos alunos b. Setembro; .
que resolvam as atividades individualmente. O objetivo é 12
trabalhar frações unitárias por meio de situações comuns 3
2. .
aos alunos, a fim de que desenvolvam reflexões sobre o 7
assunto. Quando finalizarem a atividade, proporcione um 1
momento de compartilhamento de ideias instigando os 3. Figura 1: .
8
alunos a refletir constantemente sobre suas respostas,
valorizando-as e intervindo sempre que necessário. 4 2
Figura 2: ou .
10 5
7
Figura 3: .
12

ANOTAÇÕES

91 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 91 27/12/2021 21:07


2. Representando frações unitárias
PÁGINA 92 PÁGINA 93

6, 1 , 1, 3
2. Agora, represente as frações no caderno utlizando desenhos. Usem
2. Representando frações unitárias 3 4 2 2

a criatividade e diversifiquem as formas de representação.


1. Observe o retângulo abaixo.
Antes de iniciar, façam anotações refletindo sobre as perguntas a seguir.

a. Há apenas uma maneira de representá-las? Por quê?

a. Qual fração representa cada triângulo nesse retângulo? b. Você e seu colega pensaram em formas diferentes? Como?

b. Qual fração representa os triângulos azuis com relação ao total de triângulos


dessa figura?
c. Vocês conseguiram chegar a uma solução em comum?

c. Na figura, a parte azul é do mesmo tamanho da parte branca? Existe outra fra-
ção para representar a parte azul nessa figura? Se sim, qual seria?
d. Quais das frações que vocês encontraram representam um número maior que
um inteiro? E quais representam um número menor que o inteiro?

MÃO NA MASSA
designsstock/iStock / Getty Images Plus

DISCUTINDO

Patrícia e Cléo ficaram pensando em como poderiam representar as frações utilizando


desenhos.
Primeiro, pensaram em fazer desenhos usando formas geométricas porque achavam
mais fáceis.
3 1
Representaram o eo desta forma:
grupo 1 grupo 2 grupo 3 6 4

1. Em cada grupo de 12 canetas, as canetas sem tinta foram riscadas. Observem


3 1
e respondam.
6 4

a. Qual fração corresponde à parte riscada de cada grupo?

b. O que representa o número acima do traço da fração? E o número abaixo?

92 4 o ANO 93 M AT EM ÁT I CA

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Mas, depois, elas pensaram que poderiam expressar essas mesmas frações de outra
forma, ou seja, procurando um inteiro diferente. Veja. RAIO X
⊲ Existem formas diferentes de representar uma fração utilizando desenhos? 1. Complete as informações que faltam no quadro a seguir.
⊲ Como vocês pensaram?
⊲ O que muda nos desenhos?
⊲ Quais são as semelhanças e diferenças entre eles? Representação gráfica Numerador Denominador Fração
⊲ O que representa o numerador e o denominador em cada um deles?

2 3

3
8

3 1 a. Há apenas uma maneira de representar com desenho? Justifique sua resposta.


6 4

b. Há apenas uma maneira de representar numericamente? Justifique sua resposta.


RETOMANDO

Chamamos o número da parte superior da fração de numerador e o número da parte


2. Jonas coleciona bilas, e as últimas que ganhou numa partida ele organizou da
inferior de denominador.
forma a seguir.
O numerador diz quantas são as partes sobre as quais estamos falando, ou seja, partes
que estamos considerando.
O denominador representa em quantas partes o inteiro foi dividido, nos diz o que esta-
mos cortando, ou seja, se refere aos meios, terços, quartos, e assim por diante.
Vimos que o inteiro pode ser representado graficamente usando o todo contínuo (qua-
drados, retângulos, círculos etc.) ou discreto (canetas, palitos, frutas, objetos etc.).
As frações unitárias são aquelas cujo numerador é igual a 1.

a. Que fração representa as bilas de cor branca?

b. Há outra forma de representar a fração que representa as bilas de cor branca?


De que forma?
1. Que fração representa a parte colorida do total de piões?

94 4 o ANO 95 M AT EM ÁT I CA

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92
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4 o ANO
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Habilidade do DCRC
Reconhecer as frações unitárias mais usuais (1/2, 1/3, 1/4, 1/5, 1/10 e 1/100) como unidades de medida menores
EF04MA09
do que uma unidade, utilizando a reta numérica como recurso.

Sobre o capítulo • Você lembra o que representa a parte superior


• Contextualizando: discutir sobre representações da fração? E a parte inferior?
fracionárias. 1 2
• Mão na massa: elaborar estratégias que per- • Representamos um meio como 2 ou como 1 ?
mitam a resolução de problemas envolvendo É possível que os alunos tenham dificuldades em
representações de frações. representar as frações. Ofereça material concreto,
• Discutindo: apresentar e discutir acerca das como discos e retângulos de papel (quantidades
diferentes representações de fração. contínuas) ou conjuntos de tampinhas ou pazinhas
• Retomando: sistematizar e estruturar o conceito de sorvete (quantidades discretas). Peça que repre-
de fração unitária. sentem inicialmente utilizando o material concreto
• Raio X: resolver problemas envolvendo frações e depois registrem suas conclusões com desenhos.
unitárias e suas representações. Eles podem dobrar ou recortar quando utilizarem
papel, montando e desmontando as formas, ou
Objetivos de aprendizagem separar em grupos, quando utilizarem objetos.
• Identificar frações unitárias em situações-problema. Questione:
• Representar as frações unitárias. • As partes divididas são iguais?
• Identificar e nomear os termos de uma fração. 1
• Como posso representar 2 de um conjunto de
Contexto prévio 2 4
Para este capítulo, os alunos devem reconhecer 12 tampinhas? E representar 4 ? E 8 ?
as frações unitárias e as ideias de metades, terços, • E se eu usar triângulo de papel?
quartos etc. Se os alunos tiverem dificuldade para representar
frações de quantidades discretas, relacione conjuntos
Dificuldades antecipadas presentes no dia a dia deles com os conjuntos utili-
Caso os alunos tenham dificuldade para com- zados no contexto dos problemas. Dúzias de ovos,
preender o que representa o numerador e o que caixa de lápis de cor, bolinhas de gude, bandeja de
representa o denominador, apresente frações unitárias, iogurte são apenas alguns exemplos de conjuntos
em que o numerador será sempre 1 e o denominador que podem ser tomados como inteiros para que
vai variar conforme a quantidade de partes em que se calculem frações. Peça a eles que dividam os
a figura for dividida. Converse com os alunos sobre objetos em grupos, contem quantos há em cada
quantos meios são necessários para um inteiro; divida grupo, escrevam quanto vale uma parte daquele
figuras em partes iguais e represente cada parte com conjunto, quanto vale duas partes e quantas partes
a fração correspondente. Questione: são necessárias para formar o todo.

CONTEXTUALIZANDO Expectativas de respostas


1
Orientação a. .
4
Converse com os alunos e verifique o que eles sabem e 2
conseguem identificar sobre a figura representada. Permita b. .
4
que falem o que lembram sobre o assunto e levantem 1
c. A metade do retângulo; .
hipótese oralmente sobre a atividade proposta. 2

93 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 93 27/12/2021 21:07


6 3
MÃO NA MASSA d. Maiores que 1 inteiro: e . Menores que
3 2
1 1
Orientações 1 inteiro: e .
4 2
Deixe que os alunos conversem com seus colegas de
dupla. É importante que eles conheçam representações
e escritas de frações unitárias. No primeiro momento, a DISCUTINDO
proposta é identificar um grupo de 12 canetas, no qual
Orientação
a fração corresponde a uma parte da área da figura
Peça aos alunos que tiveram respostas diferentes
inteira. Em um segundo momento, invertemos a ordem,
ou modos de resolver diferentes que expliquem aos
ou seja, a sugestão é que eles representem por meio
colegas como fizeram e como pensaram. É importante
de desenhos as frações apresentadas. O objetivo é,
que eles compartilhem o todo diferente, ampliando
além de ampliar a exploração dos números racionais possibilidades de escritas de representações de frações.
com representações de frações unitárias com todos Discuta a representação dos termos e o que significa o
diferentes, oportunizar que eles pensem em inteiros numerador e o denominador. Deixe que eles compar-
por todos contínuos e todos discretos. Por exemplo, no tilhem as outras frações propostas de representação
caso das canetas, o todo relacionado corresponde a gráfica do Mão na massa.
uma quantidade discreta. Na sugestão de representar
graficamente, pode acontecer de o aluno apresentar
por meio de uma folha ou figura geométrica, mas tam- RETOMANDO
bém por meio de objetos, frutas etc. Converse sobre os
termos “numerador” e “denominador” com os alunos, Orientações
o que cada um está indicando. Explore desenhos e Converse com os alunos sobre como eles represen-
a relação entre desenhos que representam frações taram com números as frações. Questione como defi-
menores que um inteiro e desenhos que representam niram o número superior da fração e o número inferior
frações maiores que um inteiro. da fração. Caso necessário, faça perguntas para que
percebam a função do numerador e do denominador.
Expectativas de respostas Discuta com a turma:
• Quais são os termos das frações?
6 1 8 2
1. a. Grupo 1: ou ; Grupo 2: ou ; • Qual é a função de cada um deles?
12 2 12 3
• Como o triângulo está dividido? E o quadrado?
7 • Quantas partes foram consideradas?
Grupo 3:
12 • Que números na fração representam cada uma das
b. A quantidade de canetas “riscadas” em relação partes?
ao total; o total de canetas. • E se o triângulo estivesse dividido em seis partes,
2. Há várias respostas possíveis para representar com uma pintada, qual seria o numerador e qual
as frações dessa atividade. Incentive-os a fazer seria o denominador?
várias representações para uma mesma fração. • O numerador é sempre menor que o denominador?
a. Expectativa de resposta: Não. Espera-se que • Quando o numerador é maior que o denominador,
o estudante justifique sua reposta a partir da a fração é maior ou menor que um inteiro?
percepção das diferenças entre seu registro e 5
Compare, por exemplo, , em que o numerador é
os registros dos colegas. 4
b. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos maior e a fração corresponde a um número maior que
possam compartilhar as diferentes estratégias um inteiro. É importante que os alunos percebam que
e que consigam identificar as diferenças entre existem diferentes formas de representar e identificar
seu registro e os registros do colega. as frações.
c. Resposta pessoal. Caso haja distinções, es-
pera-se que os estudantes consigam identificar Expectativas de respostas
equivalências entre seu registro e os registros 1
1. (um quinto).
do colega. 5

94 4 o ANO

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a. Não. Espera-se que os alunos percebam que há
RAIO X várias formas de representar partes de um todo.
b. Não. Espera-se que os alunos justifiquem per-
Orientações cebendo equivalências entre representações
Deixe que os alunos resolvam de forma individual. fracionárias.
Circule pela sala para verificar como os alunos estão 9
realizando a atividade. Esse é um momento oportuno 2. a. .
24
para avaliar se todos conseguiram avançar no conteúdo
proposto, identificar e anotar os comentários de cada 3 6 1
b. Sim, , ou .
um. Ao final, reserve um tempo para um debate coletivo 9 16 8
registrando as soluções no quadro. Além disso, apresente
graficamente aos alunos a fração relativa às bilas brancas
em relação ao total de bilas, mostrando que em cada
fila há 3 bilas brancas de um total de 8 bilas, e que em
duas filas há 6 bilas de um total de 16. Dessa forma, os
alunos compreenderão melhor a equivalência de frações
e outras formas de representar uma mesma fração.

Expectativas de respostas
1. Uma possível solução:
Representação
Numerador Denominador Fração
gráfica

1
1 4
4

2
2 3
3

3
3 8
8

95 M AT E M ÁT I CA

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3. Nomeando as frações e suas partes
PÁGINA 96 PÁGINA 97

3. Nomeando as frações e suas partes MÃO NA MASSA

1. A professora Arlene dividiu a turma em equipes e distribuiu para cada equipe Na aula de Matemática, a professora de Thiago entregou para cada aluno um papel
12 cartões com estas cores: 1 vermelho, 2 verdes, 6 amarelos e 3 azuis. Ela pediu quadriculado dividido em 100 partes iguais e pediu que cada aluno seguisse os seguintes
aos alunos que formassem frações utilizando esses cartões. comandos para colorir os quadradinhos da malha:

⊲ pintar a metade de amarelo;


⊲ pintar 10 quadrinhos de azul;
⊲ pintar 20 quadrinhos de verde;
⊲ pintar 10 quadrinhos de vermelho.

a. Pinte os quadrinhos da malha de acordo com os comandos da professora.

b. Para colorir a metade da malha de amarelo, quantos quadrinhos da malha devem


ser coloridos?
Considerando 1 inteiro o total de cartões distribuídos, responda.

a. Quantos cartões representam o inteiro?


c. Qual cor representa a maior fração da malha? E a menor?

b. Que fração representa os cartões de cor verde?


d. Após realizar todas as orientações, a centena inteira foi colorida? Caso não tenha
sido colorida, que fração sobrou?
c. Qual cor representa a maior fração dos cartões?

e. Agora coloque as frações representadas pelas cores em ordem crescente (da me-
nor para a maior).
d. Qual cor representa a metade do inteiro?

96 4 o ANO 97 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 98 PÁGINA 99
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DISCUTINDO RETOMANDO

1. As frações são representadas por dois termos: o numerador e o denominador. O de- Nesse capítulo, aprendemos que as frações possuem dois termos: o numerador e o de-
nominador representa em quantas partes iguais o inteiro foi repartido e o numerador nominador, e que um mesmo inteiro pode ser fracionado de diferentes maneiras.
representa quantas partes foram consideradas deste inteiro. Assim, podemos repre-
sentar as frações de diferentes formas, sendo uma delas na reta numérica. Veja. 1. Em cada situação a seguir, o total de círculos representa o inteiro nas figuras. Pinte um
terço do inteiro representado na Figura 1 e um quarto do representado na Figura 2.
Reta 1
0 2 1
10

Reta 2
0 1 1
5

Agora, responda. Figura 1 Figura 2


a. Na reta 1, quantas partes representa o inteiro? E na reta 2?
2. Escreva a fração da Figura 1 de duas formas diferentes.

b. Que fração representa a parte pintada na primeira reta? E na segunda?


3. Escreva a fração da Figura 2 de duas formas diferentes.

c. As frações representam valores diferentes? Por quê?

d. Represente cada fração colorida na malha da atividade da seção Mão na massa.


RAIO X

1. Observe as frações representadas por meio de círculos idênticos.


0 1

0 1

Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4


0 1
a. Que fração do inteiro foi representada em cada figura?

0 1
b. O que você percebeu sobre as partes coloridas em cada uma das situações?

98 4 o ANO 99 M AT EM ÁT I CA

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4 o ANO
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Habilidade do DCRC
Reconhecer as frações unitárias mais usuais (1/2, 1/3, 1/4, 1/5, 1/10 e 1/100) como unidades de medida menores
EF04MA09
do que uma unidade, utilizando a reta numérica como recurso.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: discutir sobre problemas Os alunos devem compreender o que significa
envolvendo representação de fração. o termo “inteiro”. Além disso, devem perceber que
• Mão na massa: elaborar estratégias que permitam um número inteiro poderá ser repartido em diversas
a resolução de problemas envolvendo frações. partes iguais, que ao serem somadas formam o
• Discutindo: apresentar a discussão acerca da número inteiro.
representação de frações na reta numérica.
• Retomando: sistematizar e estruturar diferentes Dificuldades antecipadas
representações de uma mesma fração. Durante o estudo deste capítulo, os alunos
• Raio X: validar as resoluções de problemas poderão apresentar dificuldades na compreensão
envolvendo representação de frações. dos fatores que representam a fração, podendo
confundir o numerador com o denominador. Ao
Objetivos de aprendizagem representar uma fração, eles possivelmente terão
• Identificar os termos da fração, nomeando-os. dificuldades na hora de representar o denominador.
Indicar a função de cada termo da fração. Geralmente, representam o numerador e, quando
• Comparar as partes fracionárias relacionando fazem o registro do denominador, retiram a
meios, terços, quartos, décimos e centésimos. parte relativa ao numerador, cometendo assim
• Comparar as frações, relacionando-as. equívocos na representação fracionária. Para tanto,
• Introduzir a reta numérica para representar é necessário explorar ao máximo a participação
frações. efetiva dos alunos, ouvindo-os, validando as suas
• Ordenar números racionais em reta numérica. respostas e intervindo sempre que necessário. Além
• Apresentar os termos específicos da fração disso, é imprescindível utilizar recursos concretos
(numerador e denominador). e manipuláveis diversificados para, com seus
alunos, produzir os conhecimentos e desenvolver
as habilidades alusivas à compreensão de frações.

CONTEXTUALIZANDO A abordagem da nomenclatura deve ser explorada


nessa atividade, portanto, reforce com os alunos a
Orientações utilização correta dos nomes das frações.
Oriente os alunos a organizar os cartões em forma
retangular. Dessa maneira, a compreensão para realizar a Expectativas de respostas
comparação de frações será facilitada. Instigue-os a discutir
com os colegas outras frações que podem ser observadas 1. a. 12 cartões.
nesse inteiro. Amplie as discussões com estas perguntas: 2 1
b. A fração ou representa os cartões de
• Os cartões de cor azul representam que fração em 12 6
relação aos cartões de cor amarela? cor verde.
• Qual é a fração do total de cartões representados 6
c. A maior fração é representada pela cor amarela.
pela cor azul? 12
• Quando organizamos os cartões colocando cada cor d. A cor amarela representa a metade do inteiro.
em uma fila, quantas filas ficam com cartões na cor
amarela? As filas de cartões amarelos representam
que fração em relação ao número de filas?

97 M AT E M ÁT I CA

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MÃO NA MASSA representar o mesmo valor. Assim, registre no quadro
de forma ampliada as retas numéricas e faça diferentes
Orientações demonstrações, ouvindo os alunos e promovendo um
Amplie as possibilidades de aprendizagem dos alunos, debate que possa ampliar possibilidades de aprendizagem,
permitindo, inicialmente, que eles possam dialogar entre levando em consideração a interação deles, mediando
si, e em seguida, sistematize as informações e registre-as conflitos e apresentando soluções cabíveis. Ao final da
no quadro. Demonstre aos alunos que, como a malha é atividade, articulando com a atividade da seção Mão
formada por 100 quadradinhos e uma coluna ou linha na massa, faça a representação das frações coloridas
é formada por 10 quadradinhos, eles poderão analisar na forma decimal. Após a conclusão, explore outras
a imagem também observando o número de linhas ou representações de frações unitárias no quadro.
colunas, de acordo com a representação realizada. Com
isso, eles podem desenvolver a compreensão sobre a Expectativas de respostas
equivalência entre as frações centesimais e decimais 1. a. 10 partes na primeira e 5 partes na segunda.
paralelamente. Leve uma folha quadriculada ampliada 2 1
b. Na primeira e na segunda .
representando a centena e fixe-a no quadro, ou represente 10 5
a malha no quadro, para instigá-los a participar do
c. Não, os inteiros foram repartidos em quantidades
debate, ampliando a compreensão e incentivando-os diferentes, mas frações do inteiro são as mesmas.
a ser protagonistas na ação. d.
Expectativas de respostas 0 5 1
1. 10

0 1
1
10

0 1
2
10

0 1 1
10

b. 50 quadradinhos. RETOMANDO
c. Amarelo; azul e vermelho.
d. Não, ainda sobraram 10 unidades , 10/100 ou Orientações
1/10. Acompanhante a resolução dos alunos e intervenha
10 20 50 sempre que necessário. Observe que, na Figura 1, o
e. , e ou, analisando as colunas
100 100 100 total de círculos é 9 e estão distribuídos em três partes
1 2 5 iguais e que uma dessas partes deve ser pintada de uma
(dezenas), , e .
10 10 10 mesma cor. Do mesmo modo, na Figura 2, o total de
círculos é 16, que foram distribuídos em partes iguais a
quatro e uma dessas partes deve ser pintada da mesma
DISCUTINDO
3
cor. Assim, eles podem perceber que 1 é igual a e
Orientações 3 9
1
Discuta com os alunos que um número inteiro pode que também corresponde a 4 .
4 16
ser repartido de diferentes maneiras e que, ao dividir um
número inteiro, as frações retiradas desse inteiro podem

98 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 98 27/12/2021 21:07


Expectativas de respostas registrando no quadro as respostas deles, intervindo
1. Na Figura 1, o aluno deve colorir um total de 3 quando necessário. Além disso, fixe no quadro discos
círculos e na Figura 2 deve colorir 4 círculos. ampliados, para demonstrar que o inteiro foi repartido
3 1 de diferentes maneiras, porém a fração considerada em
2. ou . cada figura corresponde à mesma parte do inteiro.
9 3
4 1
3. ou . Expectativas de respostas
16 4
1 2 3 4
1. a. ; ; ; .
4 8 12 16
RAIO X b. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
percebam que em todas as figuras está
Orientações representada a mesma parte do inteiro.
Solicite aos alunos que resolvam a atividade
individualmente e depois dialoguem entre si para que
tirem as suas conclusões. Acompanhe as discussões,

ANOTAÇÕES

99 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 99 27/12/2021 21:07


4. Comparando e ordenando frações

PÁGINA 100 PÁGINA 101

4. Comparando e ordenando frações MÃO NA MASSA

1. David comprou um peixe-beta para colocar em seu aquário. Para isso, foi adicio- A estratégia que Mariana utilizou para medir a água do aquário foi se apoiar na reta
nando água aos poucos até o limite. Veja. numérica.
As frações podem ser representadas na reta numérica.
1 1 1 1 2 3 2
Frações como , , e outras como , , ocupam posições na reta numérica entre
2 3 4 3 4 5
0 e 1, mas devem ser colocadas nas posições corretas com o valor de cada uma em relação
à unidade.
1
4 1. Vamos construir uma reta numérica?
0
a. Em quantas partes iguais o inteiro do nível da água do aquário foi dividido? a. No caderno, trace uma linha, com o auxílio de uma régua, e marque dois pontos
para representar o 0 e o 1. Você pode ocupar toda a largura da folha.
b. Qual instrumento podemos utilizar para medir o nível da água do aquário?
0 1

c. Podemos usar frações para medir o nível de água do aquário?

Picsfive/iStock / Getty Images Plus

d. Que fração corresponde à parte preenchida com água no aquário?


b. Depois, corte um pedaço de barbante do tamanho da distância entre os pontos
0 e 1. Dobre-o ao meio e marque com a canetinha. Sobre a linha do caderno,
marque o ponto para representar a fração 1 .
2. Mariana teve uma ideia para fazer uma marcação. Lembrou do copo graduado 2
que ela usa para fazer bolos e fez uma reta, começando do zero e com as mesmas
marcações para medir a altura da água. 0 1 1
2

3
4
Picsfive/iStock / Getty Images Plus

1
3 2 c. Continue dobrando o pedaço de barbante em diferentes tamanhos. Em seguida,
4

1
marque com canetinhas de diferentes cores para representar na linha as frações
2 1 que estão na reta numérica a seguir.
4
1
4

0 1 1 1 3 1
8 4 2 4
a. Você acha que Mariana teve uma boa ideia? Por quê? 2. Agora, na reta numérica estão marcados alguns pontos coloridos e abaixo dela
estão algumas frações. Escrevam cada fração na cor do ponto que a representa
nessa reta. Caso precise, utilize algum instrumento para medir.
b. Podemos medir usando essa estratégia? Justifique sua resposta.

0 1
c. Conseguimos fazer a mesma associação no aquário? Por quê? 4 1 1 2
5 2 5 5

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2. Utilizando círculos, retângulos, tampinhas ou qualquer conjunto de objetos idênti-


DISCUTINDO cos, explique como você pode dividir igualmente entre duas pessoas os objetos a
seguir. Escreva a fração correspondente à parte de cada um.
Ao observar as representações e anotações na reta numérica, é possível concluir que os
números na reta estão sempre ordenados do menor para o maior. a. 3 barras de chocolate.
⊲ O que mais você percebeu?
⊲ Ao dobrar o barbante, ficou mais fácil de perceber as posições das frações na reta
numérica? b. 6 brigadeiros.
⊲ Como você concluiu que determinada fração deveria estar em determinado ponto
da reta?

c. 4 cadernos.

RETOMANDO
d. Um conjunto de 12 figurinhas.
Representamos frações na reta numerada usando como recurso o barbante para en-
contrar as posições corretas entre 0 e 1 de acordo com o valor de cada uma em relação à
unidade.
e. Um conjunto de 18 bilas.
Essa é uma das formas de comparar frações.
Que tal fazer um registro das aprendizagens? Como comparar frações usando a reta
numérica? Escreva um bilhete contando a um amigo como utilizar esse recurso.
3. Leila fez algumas anotações sobre as tiras de fração. Leia as conclusões dela e
verifique se estão corretas. Caso necessário, reescreva, corrigindo-a.

RAIO X
1 é a menor fração das tiras.
8
1. As figuras a seguir foram divididas em partes iguais. Pinte com a mesma cor uma O número 3 é maior que 1 e 3 é maior que 2 .
parte das figuras que representa a menor parte do todo. Depois, escreva a fração 8 5
Comparando as tiras, posso perceber que:
que representa cada parte.
1 = 2 = 3 = 4 = 5 = 6 = 7 = 8
2 3 4 5 6 7 8
A fração 1 é menor que 3 .
2 6

Figura 1

Figura 4

4. Considere a reta a seguir, com o ponto zero no início da reta e o ponto 1 no final da
reta. Com o auxílio de uma régua, marque as frações abaixo na reta, com as cores
Figura 2
correspondentes.
1 1 2 3
a. Vermelho: 2 c. Verde: ; ;
Figura 5 4 4 4
1
b. Azul: ; 2 1 1 1
3 3 d. Laranja: 5 ; 6 ; 10
Figura 3

0 1
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Habilidade do DCRC
Reconhecer as frações unitárias mais usuais (1/2, 1/3, 1/4, 1/5, 1/10 e1/100) como unidades de medida menores
EF04MA09
do que uma unidade, utilizando a reta numérica como recurso.

Sobre o capítulo
• Contextualizando: discutir sobre a escolha de Contexto prévio
um instrumento de medição para medir a altura Para este capítulo, os alunos devem conhecer
da água de um aquário. frações e seus conceitos.
• Mão na massa: elaborar estratégias para a
construção de uma reta numérica. Dificuldades antecipadas
• Discutindo: discutir acerca das possibilidades de Caso os alunos tenham dificuldade na repre-
estratégias utilizadas para representar frações sentação numérica das frações, retome as frações
na reta numérica. utilizando números. Destaque o numerador, o que
• Retomando: sistematizar a compreensão de ele representa e o que representa o denominador.
uma fração como uma medida na reta numérica. Dê exemplos começando com a fração unitária e
• Raio X: validar o conhecimento sobre a utilização associe-a com sua representação gráfica. Com base
na reta numérica para compreender o conceito no mesmo desenho, represente com numeradores
de fração. maiores que 1, 2, 3, e assim por diante. Se os alunos
tiverem dificuldade na compreensão das frações
Objetivos de aprendizagem na reta numérica represente no quadro retas nu-
• Comparar frações. méricas com a mesma medida de unidade. Utilize
• Representar frações na reta numérica. um barbante para dividir a primeira reta numérica
• Ordenar números racionais na reta numérica. em duas partes e marcar a fração 1
; a segunda
2
1 2
Materiais em 3 partes e marcar as frações 3 e 3 ; e assim
• Régua (uma para cada aluno). por diante. Questione-os:
• Barbante (um pedaço para cada aluno). • Qual é, nesta reta numérica, uma parte do todo?
• Em quantas partes está dividida?

CONTEXTUALIZANDO Expectativas de respostas


1. a. 4 partes.
Orientações b. Espera-se que os alunos destaquem instrumen-
Explore com os alunos algumas diferenças entre tos de comprimento, como a trena, a fita métrica
medidas de capacidade e medidas de comprimento ou a régua.
com atividades prática, usando a fita métrica para medir c. Sim. Espera-se que o aluno perceba as partes
comprimentos e larguras de pessoas e objetos e copos em que o todo está dividido e estabeleça relações
e garrafas para medir a capacidade de recipientes. parte-todo.
Na atividade 1, converse com os alunos sobre como 2 1
medir a altura da água em cada momento. Deixe que d. ou .
4 2
eles levantem suas hipóteses. Podem dizer diversos
instrumentos de medida, mas reforce que devem ser 2. a. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno re-
unidades para medir comprimento e não a capacida- conheça outra forma de medir a capacidade de
de. Na atividade 2, converse com os alunos sobre a um recipiente.
estratégia utilizada por Mariana. Ela utilizou a reta b. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes
numérica para associar uma forma de medir a altura reconheçam diferentes estratégias para medir
da água do aquário. capacidade.

101 M AT E M ÁT I CA

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c) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos compreendam a distinção entre
medir capacidade e medir altura.

MÃO NA MASSA

Orientações
Faça uma reta numérica grande no quadro. Depois da atividade, proponha repre-
sentar nela frações além daquelas existentes na atividade. Questione:
1 1
• Qual é maior ou ?
8 4
1
• O que é menor 1 ou ?
4
Permita que os alunos cheguem a essa comparação pela própria reta numé-
rica. O importante é que eles percebam que, quanto maior for o denominador,
maior será o número de partes em que o inteiro será dividido e, portanto, as
partes serão menores.
Peça aos alunos que recortem o barbante. Oriente-os a marcar cada dobra
com uma caneta de cor diferente para que possam identificar as posições na
reta numérica. É importante que eles estabeleçam relações entre o barbante e
a reta numérica e marquem as frações correspondentes. Eles podem fazer isso
separadamente ou na mesma reta numérica. Cuide para que eles percebam as
posições corretas.

Expectativas de respostas
1.

0 1 1 1 3 1
8 4 2 4

2. O ponto azul é 1 ; o vermelho é 2 ; o preto é 1 ; o verde é 4 .


5 5 2 5

DISCUTINDO

Orientações
Peça aos alunos que mostrem aos colegas o que fizeram para encontrar a
solução. Socialize as respostas deles e verifique se estão corretas. Compartilhe
as soluções e formas que os alunos pensaram. Fazer associação com as dobras
do barbante para associar aos pontos da reta numérica tem como objetivo fazer
com que eles acham os pontos e as posições corretas na reta. Sugira que eles
troquem a reta numérica com a do colega para que possam comparar com a sua
e verificar as posições e, depois, no quadro socialize e tire as possíveis dúvidas.
Sugira que também utilizem as tiras de frações para verificar as posições delas
na reta.

102 4 o ANO

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RETOMANDO

Orientações
Há diferentes formas de comparar frações. É importante que os alunos utilizem
recursos para perceber e comparar frações com denominadores diferentes. Dê
oportunidade a eles de vivenciar situações e compartilhar suas dúvidas e formas
de pensar. Proponha que eles discutam em duplas e socializem no quadro de forma
colaborativa.

RAIO X

Orientações
Deixe que os alunos resolvam individualmente as situações propostas. Circule
pela sala para verificar como eles estão realizando as atividades. Esse é um mo-
mento oportuno para avaliar se todos os alunos conseguiram avançar no conteúdo
proposto. Então procure identificar e anotar os comentários de cada um. No final,
reserve um tempo para um debate coletivo registrando as soluções no quadro.

Expectativas de respostas
1. 1 1 1 1 1
2 2 4 8 8
3
2. a. 3 : 2 = . Uma barra e meia ou três meios de barra para cada um.
2
b. 6 : 2 = 3. Três brigadeiros para cada um.
c. 4 : 2 = 2. Dois cadernos para cada um.
1
d. 1 : 2 = . Metade do conjunto para cada um, que equivale a 6 figurinhas
2
para cada um.
1
e. 1 : 2 = . Metade do conjunto para cada um, que equivale a 9 bolinhas de
2
gude para cada um.

3. O número 3 é maior que 1 e 3 é menor que 2 .


8 5
1
A fração é igual a .3
2 6
1 1 1 1 1 1 2 3
10 6 5 4 3 2 3 4
4.
0 2 1
4

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UNIDADE 2

FRAÇÕES E REPRESENTAÇÃO DECIMAL


COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

2; 4.

HABILIDADE DO DCRC
Reconhecer que as regras do sistema de numeração decimal podem ser estendidas para a representação decimal
EF04MA10
de um número racional e relacionar décimos e centésimos com a representação do sistema monetário brasileiro.

OBJETO DE CONHECIMENTO

• Frações 1/10 e 1/100: representação na forma decimal; representação de valores monetários.

UNIDADE TEMÁTICA

Números.

PARA SABER MAIS

• M
 UNIZ, C. A.; BATISTA, C. O.; SILVA, E. B. Matemática e cultura: decimais, medidas e sistema monetário. Módulo IV.
Módulo de ensino para anos iniciais. p. 109. Brasília: UnB, 2008. Disponível em: http://www.sbembrasil.org.br/files
decimais.pdf. Acesso em: 22 out. 2021
• KHAN ACADEMY. Valor posicional de um número decimal. Disponível em: https://pt.khanacademy.org/math/cc-
fourth-gra­de-math/cc-4thdecimals/v/introduction-to-decimals. Acesso em: 22 out. 2021.

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1. Décimos
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UNIDADE 2
MÃO NA MASSA
FRAÇÕES E REPRESENTAÇÃO 1. Observe a malha quadriculada a seguir.

DECIMAL

1. Décimos

1. Você já parou para pensar como os números aparecem em nossa vida a todo mo-
mento? Veja os números a seguir.

a. Para que usamos esses números? Como esses números são formados? Qual é a
diferença entre esses números e os que usamos para contar quantos alunos há
na sala de aula, por exemplo?

a. Registre na malha quadriculada duas figuras com 100 quadradinhos cada uma.

b. Vamos estabelecer que cada quadradinho representa 0,01 (um centésimo) e


que dez quadrinhos representam 0,1 (um décimo). Na primeira figura, pinte os
quadradinhos para representar 0,3 (três décimos). Quantos quadradinhos são
b. Quando falamos sobre períodos de tempo, é muito comum usarmos o termo
necessários? Represente também em forma de fração.
década. Uma década é um período de 10 anos. Nesse sentido, podemos afirmar
que 1 ano corresponde à décima parte de uma década. Quantos anos há em
uma década e meia? Use uma régua para representar no espaço abaixo.

c. Agora vamos trabalhar com a segunda figura. Escolha uma cor e pinte 0,7 (sete
décimos). Com outra cor, pinte 0,21 (vinte e um décimos). Escreva essas repre-
sentações em forma de fração também.

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DISCUTINDO RAIO X
1. Priscila é uma confeiteira muito famosa em sua cidade e seu produto mais vendido
Com base nos resultados obtidos na seção Mão na massa, discuta com o colega as
é a torta de morangos. Para fazer algumas encomendas, ela comprou 5 caixas
questões a seguir.
com 10 morangos em cada uma e utilizou 37 morangos para fazer os doces.

1. Nas frações, como vocês descobriram qual foi o denominador, ao considerar os a. Qual é a fração e o número decimal correspondentes à quantidade de caixas de
quadradinhos da malha? O que ele representa na fração? morangos utilizadas por Priscila?
2. Como vocês descobriram o numerador? O que ele representa na fração?
3. Na escrita decimal, qual é a função da vírgula? b. Qual é a fração e o número decimal correspondentes à quantidade de caixas de
4. Qual é a relação entre a fração na representação da malha e o número decimal? morangos que não foram utilizadas por Priscila?

Registrem as conclusões da dupla nas linhas a seguir.

2. Manoela foi à papelaria comprar alguns materiais escolares que estavam faltando
em seu estojo. Ela comprou 1 caneta que custou 2 reais e 62 centavos, 1 lápis que
custou 89 centavos e 1 borracha que custou 1 real e 49 centavos. Represente, no
quadro a seguir, os valores dos produtos comprados por Manoela em frações de-
cimais e em números decimais.

Produto Fração decimal Número decimal

RETOMANDO
Caneta
2 reais e 62 centavos
Ao dividirmos uma barra de chocolate em 10 partes iguais, podemos pensar que cada
parte representa 1 décimo do chocolate.
As frações que apresentam o denominador 10, 100, 1 000… são chamadas de frações
decimais e são amplamente utilizadas em diversos contextos.
Lápis
89 centavos
1 7 23
= 0,1; = 0,7 e = 2,3
10 10 10

Borracha
Assim, na forma decimal, o número à direita da vírgula representa a quantidade menor 1 real e 49 centavos
que a unidade, enquanto o número à esquerda da vírgula representa a parte inteira do número.
Nas frações, o denominador 10 indica que o número pode ser escrito com uma casa decimal.

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Habilidade do DCRC
Reconhecer que as regras do sistema de numeração decimal podem ser estendidas para a representação
EF04MA10 decimal de um número racional e relacionar décimos e centésimos com a representação do sistema monetário
brasileiro.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: retomar conceitos de repre- Espera-se que os alunos saibam escrever nú-
sentação decimal, associando à ideia monetária. meros decimais até a casa dos décimos e fazer a
• Mão na massa: explorar representações e es- representação de números na forma fracionária.
tratégias que permitam compreender a relação Dificuldades antecipadas
entre frações e números decimais. No decorrer deste capítulo, durante a resolução
• Discutindo: apresentar a resolução da atividade das atividades propostas, os alunos podem se de-
proposta na seção Mão na massa e discutir parar com algumas dificuldades. Propomos, então,
acerca das estratégias utilizadas. algumas intervenções para contorná-las.
• Retomando: sistematizar e estruturar os objetivos Os alunos têm seus conhecimentos construídos
de aprendizagem propostos. em relação aos números naturais e tentam utilizar o
• Raio X: verificar e validar a compreensão da que sabem para os números racionais. Dessa forma,
relação entre frações e números decimais. conduza-os a estabelecer relações de um contexto
natural, introduzindo a necessidade dos decimais e
Objetivos de aprendizagem encorajando-os a envolver-se de forma ativa.
• Escrever frações decimais por meio de diferentes Se os alunos não reconhecerem o número fra-
contextos. cionário correspondente ao decimal e vice-versa,
• Converter frações decimais em números decimais. explique que o número decimal é outra forma de
• Converter números decimais em frações decimais. representar os números racionais, porém utiliza a
vírgula para separar o inteiro das partes menores
que ele. Solicite que leiam a fração para que per-
cebam que a leitura da fração decimal é igual à
leitura do número decimal.

CONTEXTUALIZANDO Destaque também que os números decimais podem


ser usados para representar quantias menores que
Orientações a unidade.
Para representar determinadas situações do co-
tidiano, como placas sinalizadoras, preços, alturas, Expectativas de respostas
medidas, entre outras, utilizamos números decimais. 1.
Na atividade, exploramos os números decimais em a. Resposta pessoal. Os números são utilizados para
diversos contextos. Explore a situação inicial com a demonstrar determinadas situações do cotidiano,
turma, relacionando os valores com algum produto como placas sinalizadoras, preços, alturas, entre
que possa ser representado pela quantia em reais, outras. Em alguns casos, eles são compostos apenas
assim como medidas de massa, de capacidade e de pela parte decimal, em que e o zero representa
comprimento. Depois, peça aos alunos que resolvam a parte inteira.
em duplas as situações apresentadas. Para finalizar, b. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos te-
apresente outros números decimais utilizados no nham respostas variadas representadas por figu-
cotidiano e promova um debate sobre o uso dos ras, como cartões, material dourado etc. Assim,
números, destacando que uma diferença entre eles podem compreender que uma década e meia
e os números naturais está relacionada a situações corresponde a 15 anos e que, na forma decimal,
de contagem que não se aplicam a esses números. 15
representa-se desta forma: 1,5; e, em fração: .
10

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MÃO NA MASSA
Orientações
Organize a turma em duplas e explique aos alunos
que farão uma atividade em que as ideias deverão ser
compartilhadas. Em seguida, observe-os na resolução
da atividade, deixando que discutam suas ideias e ve-
rifiquem as formas de resolvê-la.
Solicite aos alunos que observem as estratégias c. Na figura a seguir, considerando as colunas ou
apresentadas pelos colegas, chamando atenção para as as linhas com dez quadradinhos, temos a repre-
diferentes maneiras de representar uma mesma quantia. sentação de 0,7 com 70 quadradinhos azuis e de
Verifique como eles relacionam a representação da 0,21 com 21 quadradinhos amarelos. Em fração
figura com a fração e com a representação em número
decimal, uma vez que faz parte do cotidiano, e sonde temos: 0,7 = 70 e 0,21 = 21 .
100 100
como relacionam essas três formas de representar a
mesma quantia.
Assim, ao explorar e investigar o problema proposto,
os alunos devem confrontar seus conhecimentos prévios
para construir novos saberes.

Expectativas de respostas
1.
a. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos uti-
lizem representações variadas para escolher os
100 quadradinhos. O mais comum são dois qua-
drados 10 por 10, como na imagem a seguir, mas DISCUTINDO
outras representações também devem ser aceitas.
Orientações
Deixe os alunos resolverem as questões e depois
promova um debate coletivo. Faça perguntas, como:
• Qual é a diferença entre escrever 2,3 e 0,23?
• E entre escrever 0,3 e 0,03?
• Como podemos representar em fração esses números?
• Quais denominadores utilizamos? O que eles
significam?
• Quais numeradores utilizamos? O que eles significam?
Incentive os alunos a explicar o raciocínio utilizado
b. Espera-se que os alunos cheguem à conclusão de para solucionar as questões, fazendo desenhos, se
que, para pintar três décimos ou 0,3, eles deverão necessário.
pintar 30 quadradinhos (ou 3 linhas ou colunas
de 10 quadradinhos). Representando em fração: Expectativas de respostas
1. Para descobrir o denominador, os alunos podem
3
0,3 = . fazer referência ao total de quadradinhos, ima­
10
ginando 1 inteiro dividido em 100 partes iguais,
ou ao total de barrinhas como 10 partes iguais.
2. Para obter o numerador, os alunos podem associar
a quantos anos deseja-se representar, e cada
década representa 10 quadradinhos.

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3. A função da vírgula é separar a parte inteira da Expectativas de respostas
parte decimal, indicando que a quantidade à di- 1.
reita é menor que a unidade. a. Os alunos poderão inicialmente representar o valor
4. São duas maneiras diferentes de representar a total de morangos contidos na caixa: 5 × 10 = 50
mesma quantidade. morangos. Em seguida, perceber que desse total
foram utilizados 37 morangos. Assim, poderão
representar por meio de desenhos 5 morangos
RETOMANDO organizados de 10 em 10 e, posteriormente, retirar
37
os 37, representando, assim, . Eles poderão
Orientações 50
Nessa seção, sistematizamos alguns conceitos que ampliar o denominador para 100, multiplicando
foram explorados ao longo do capítulo. Explore com os por 2, bem como ampliar o numerador multipli-
alunos a conversão dos números entre as formas decimal 74
cando por 2, encontrando = 0,74. Além disso,
e fracionária, relembrando a divisão dos quadradinhos 100
realizada nas atividades anteriores. Na representa­ção eles poderão perceber que, quando ampliam o
de 2,3 na forma decimal, pode ser interessante a se- denominador para 100, devem também ampliar o
paração da parte inteira da parte decimal, fazendo: numerador duplicando esse valor e encontrando,
3 = 23 portanto, 0,74, que são valores equivalentes.
2 + 0,3 = 20 + . b. Os alunos poderão inicialmente representar
10 10 10
o valor total de morangos contidos na caixa:
5 × 10 = 50 morangos. Em seguida, perceber que
RAIO X desse total sobraram 13 morangos. Assim, poderão
analisar o desenho produzido na no item anterior,
Orientações 13
representando, dessa maneira, , o que significa
O propósito desta atividade é verificar se os alunos 50
compreenderam a relação entre frações e números de- 0,26. Além disso, poderão perceber também que,
cimais. Eles devem realizar o problema individualmente. quando eles ampliam o denominador para 100,
Peça que pensem nas maneiras pelas quais podem devem também ampliar o numerador duplican-
obter a resolução. Caminhe pela sala de aula e veja do esse valor e encontrando, portanto, a fração
se os alunos entenderam como fazer as associações, 26
= 0,26, que são valores equivalentes.
auxiliando-os em eventuais dificuldades. Na atividade 100
2.
1, pode haver confusão com relação à fração no total
de morangos. Nesse caso, faça perguntas como: Frações Números
Produtos
• Quantas caixas correspondem a 20 morangos? decimais decimais
E a 30? Caneta 262
• Qual fração pode representar meia caixa de mo- 2,62
2 reais e 62 centavos 100
rangos? E uma caixa? E duas?
• Se quiséssemos representar a quantidade de mo- Lápis 89
rangos utilizados em relação ao total de morangos, 0,89
89 centavos 100
qual seria a fração?
Caso seja necessário, pode-se solicitar aos alunos Borracha 149
que desenhem os morangos, agrupando-os em caixas 1,49
1 real e 49 centavos 100
para visualizar a situação de uma maneira mais clara.
Na atividade 2, pode ser interessante usar figuras de
moedas para que eles estabeleçam relações entre real
e centavo, de modo a perceber que 1 real é composto
por 10 moedas de 10 centavos.

108 4 o ANO

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2. Centésimos
PÁGINA 108 PÁGINA 109

2. Centésimos MÃO NA MASSA

1. Sabemos que os números podem ser representados de várias formas e uma delas é Um professor do 4o ano propôs à sua turma que resolvesse o problema a seguir.
utilizando o material dourado. Esse material nos auxilia a realizar operações e repre- “Pensando na placa de material dourado representando uma unidade, como podemos
sentar números. De acordo com a imagem do material dourado a seguir, responda. representar estes números: 1,05; 0,25; 3,23; 2,0; 1,5 e 0,4?”
1. Represente esses números na forma de fração decimal e desenhe no quadro a
representação do material dourado.

Vanessa Volk/ Fotoarena


a. 1,05 =

b. 0,25 =

a. Como você utiliza esse material para fazer operações que conhece?

c. 2,0 =
b. Discuta com o colega como representar os seguintes números manuseando o
material dourado: 235, 52, 106, 20 e 8. Escreva algumas estratégias discutidas
por vocês abaixo.

d. 1,5 =

c. José pegou peças do material dourado em três etapas: primeiro, pegou 1 placa
e 3 cubinhos; depois, pegou 7 barras e 5 cubinhos; por fim, pegou 6 barras e
6 cubinhos. Com o colega, pensem qual é o número formado quando juntamos
e. 0,4 =
todas as peças que José pegou. Escreva como vocês pensaram.

108 4 o ANO 109 M AT EM ÁT I CA

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DISCUTINDO Se quisermos representar a fração 1 ou 0,01, utilizamos um cubinho.


100
Se quisermos representar a fração 1 ou 0,1, utilizamos uma barra.
Agora que você já explorou os números na forma de fração decimal, discuta com o co-
10
lega como representá-los no quadro de ordens.
Se quisermos representar a fração 100 ou 1 inteiro, utilizamos uma placa.
Parte inteira Parte decimal 100

Centena Dezena Unidade , Décimo Centésimo

1,05 RAIO X
0,25
1. Na aula de Matemática, Gustavo utilizou o material dourado para representar uma
2,0 fração decimal para o colega Miguel. Gustavo considerou a placa 1 inteiro. Veja.

1,5

0,4

RETOMANDO
a. Qual fração Gustavo representou?
Para representar uma fração decimal utilizando o material dourado como referencial,
devemos observar quantas placas, quantas barras e quantos cubinhos estamos utilizando e
depois fazer a relação entre eles.
b. Represente esse número no quadro de ordens a seguir.

Centena Dezena Unidade , Décimo Centésimo

,
1 placa = 1 inteiro = 10 décimos = 100 centésimos;
c. Miguel fez uma representação de um número no quadro de ordens. Escreva
como esse número pode ser representado com o material dourado, consideran-
do a placa uma unidade.

Centena Dezena Unidade , Décimo Centésimo

1 barra = 1 décimo = 10 centésimos 1 , 4 3

1 cubinho = 1 centésimo

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Habilidade do DCRC
Reconhecer que as regras do sistema de numeração decimal podem ser estendidas para a representação
EF04MA10 decimal de um número racional e relacionar décimos e centésimos com a representação do sistema monetário
brasileiro.

Sobre o capítulo
• Contextualizando: utilizar o uso do material Dificuldades antecipadas
dourado para recordar a escrita de números Faça perguntas aos alunos, levando-os a refletir
naturais. sobre as diferentes maneiras de representar um
• Mão na massa: explorar a escrita de números número decimal:
decimais de frações decimais com o uso do • Qual número está à esquerda da vírgula? O que
material dourado. ele significa? Qual peça do material dourado
• Discutindo: representar números decimais usando podemos utilizar para representá-lo?
o quadro de ordens. • Qual(is) número(s) está(ão) do lado direito da
• Retomando: sistematizar e estruturar os objetivos vírgula? O que ele(s) significa(m)? Qual(is) pe-
de aprendizagem propostos. ça(s) do material dourado podemos utilizar para
• Raio X: validar a escrita de números decimais representá-lo(s)?
por meio das representações com o material • Qual peça representa uma unidade?
dourado e no quadro de ordens. Também pode haver dificuldade em organizar o
número decimal no quadro de ordens. Nesse caso,
Objetivo de aprendizagem faça perguntas como:
1 1 • Qual é a função da vírgula no quadro de ordens?
• Representar na forma decimal e .
10 100 • Qual número está à esquerda da vírgula? O que
Material ele significa?
• 1 kit de material dourado para cada dupla de • Qual(is) número(s) está(ão) do lado direito da
alunos. vírgula? O que ele(s) significa(m)?
• Observando o quadro de ordens, onde você deve
Contexto prévio encaixar a parte inteira? E a parte decimal?
Espera-se que os alunos saibam escrever nú-
meros decimais até a casa dos centésimos e fazer
a representação de números na forma fracionária.

CONTEXTUALIZAÇÃO • Quantos cubinhos são necessários para formar uma


barra? E uma placa?
Orientações Relembre com os alunos a necessidade de realizar
Organize os alunos em duplas e distribua o material as trocas de 10 cubinhos por 1 barra e de 10 barras
dourado para que eles possam explorá-lo e recordar por 1 placa para escrever o número no Sistema de
como se formam os números. Caminhe pela sala de Numeração Decimal.
aula, observando como cada aluno e cada dupla rea-
liza a atividade e procure não dar respostas prontas, Expectativas de respostas
mas sim fazê-los encontrar as respostas pela reflexão. 1.
Faça perguntas como: a. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos es-
• O que o cubinho representa em relação ao todo (placa)? crevam sobre manipular unidades e barrinhas
• O que a barra representa em relação ao todo? que representam dezenas.
• O que a placa representa em relação ao todo? b. Resposta pessoal. Algumas estratégias que podem
• Quantas barras são necessárias para formar uma surgir é utilizar várias barras de dezenas e unida-
placa? des ou placas de centenas, dezenas e unidades.

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235, por exemplo, pode ser representado por 2 Expectativas de respostas
placas de centenas, 3 barras de dezenas e 5
cubinhos de unidades; 52: 5 barras de dezenas e 1.
2 cubinhos de unidades; 106: 1 placa de centena 105
a. 1,05 = 1, 05 =
e 6 cubinhos de unidades, 10 barras de dezenas e 100
6 cubinhos de unidades ou, ainda, 106 cubinhos 25
de unidades; 20: 2 placas de dezenas ou 20 cubi- b. 0,25 = 0, 25 =
100
nhos de unidades; 8: 8 cubinhos de unidades.
20 200
c. Juntando as peças que José pegou, temos 1 placa, c. 2,0 = 2,0 = ou
13 barras e 14 cubinhos. 100 100
Realizando as trocas de 10 barras por 1 placa e de 15 150
d. 1,5 = 1, 5 = ou
10 cubinhos por 1 barra, encontramos: 2 placas, 10 100
4 barras e 4 cubinhos. O número é o 244. 4 40
e. 0,4 = ou
10 100
MÃO NA MASSA
DISCUTINDO

Orientações
Com os alunos organizados em duplas, peça que Orientações
leiam a situação-problema e tentem representar os É importante que os alunos percebam a diferença
números descritos utilizando o material dourado e, em entre colocar o número à esquerda e à direita da vírgula.
seguida, escrevam as frações solicitadas. Circule pela Faça perguntas como:
sala de aula e auxilie-os em possíveis dificuldades. • Que parte do número decimal colocamos do lado
Proponha que troquem informações entre si, verificando esquerdo da vírgula? Por quê?
se chegaram à mesma resposta ou se houve repre- • Que parte do número decimal colocamos do lado
sentações diferentes. É natural que haja confusão na direito da vírgula? Por quê?
representação em um primeiro momento, uma vez que • Qual é a diferença ao representar os números 1,5
eles estão acostumados com o cubinho representando e 1,05?
a unidade e agora a placa deve ter essa representação. Caso perceba que os alunos têm dificuldade, retome
Faça perguntas como: a manipulação com o material dourado. Nesse caso,
• Se a placa representa a unidade, quanto representa sinalize que, como a placa corresponde a 1 inteiro, para
um cubinho? E uma barra? representar 14,5, precisaremos do cubão que corres-
ponde a 10 placas.
• Como podemos representar 0,01? E 0,1?
1 1
• Como representamos a fração ?E ? Expectativas de respostas
100 10
Explore com os alunos outra forma de representar Centena Dezena Unidade , Décimo Centésimo

algumas resppostas. Por exemplo, no item a podemos 1,05 1 , 0 5


5 0 , 2 5
0,25
representar 1,05 como 1 inteiro e 100 . É interessante
apresentar essa representação (na qual mistura nú- 2,0 2 , 0
meros inteiros e fração) pois pode facilitar que eles 1 , 5
1,5
estabeleçam relações para compreender a escrita do
decimal diferenciando a parte inteira (antes da vírgula) 0,4 0 , 4
e a parte decimal (depois da vírgula).

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RETOMANDO de aula e veja se os alunos entenderam como fazer
as associações das representações e auxilie-os caso
Orientações tenham dificuldade, buscando partir da representação
Nessa seção, sistematizamos alguns conceitos que foram que eles compreendem para relacionar com as outras.
explorados ao longo do capítulo. É importante salientar No final, reserve um tempo para um debate coletivo
que a escolha da placa para representar a unidade nos registrando as soluções no quadro.
permitiu que tivéssemos representações menores que a
unidade com o material dourado, no caso os décimos e Expectativas de respostas
os centésimos. Pode ser um momento interessante para 1.
relembrar que o sistema monetário brasileiro é formado
por números decimais até a casa dos centésimos. a. 357
100
b.
RAIO X Centena Dezena Unidade , Décimo Centésimo Milésimo
3 , 5 7
Orientações
A atividade relaciona a escrita do número decimal,
a representação do número no quadro de ordens e c. Miguel representou o número 1,43. A represen-
a feita com o uso do material dourado. Ela deve ser tação com o material dourado, considerando a
realizada individualmente para aplicar o conhecimento placa unidade, é: 1 placa, 4 barras e 3 cubinhos.
construído ao longo do capítulo. Caminhe pela sala

ANOTAÇÕES

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3. Comparando frações e decimais
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3. Comparando frações e decimais MÃO NA MASSA

1. Diariamente, utilizamos dinheiro para realizar várias atividades importantes, como Marisa e sua amiga foram a uma lanchonete e compraram os produtos indicados a seguir.
fazer compras no supermercado, comprar eletrodomésticos, ir à lanchonete, ir à
frutaria, entre várias outras coisas que necessitam do uso do dinheiro para realizar

Lisa Romerein/Stone/Getty images

Riou, Jean-Christophe/Getty images

StockFood/Getty images

Brasil2/E+/Getty images
o pagamento.

BCB

BCB
Coxinha Pastel de forno Torta de carne Açaí por
por R$ 2,70 por R$ 3,40 por R$ 3,50 R$ 5,20

1. Agora é com você! Faça o que se pede.


a. Dos produtos comprados, qual foi o mais caro? E o mais barato?
BCB

BCB

b. Coloque em ordem crescente (do menor para o maior) os preços dos produtos
comprados pelas amigas.
BCB

BCB

c. Como você pode representar o preço do açaí? Desenhe cédulas e moedas que
representem esse preço.
BCB

BCB

BCB

BCB
BCB

BCB

BCB

a. Quais cédulas e moedas você conhece? 2. Veja os valores que a professora inseriu no quadro: R$ 4,99; R$ 8,20; R$ 5,05;
R$ 2,86; R$ 5,85.

a. A professora pediu aos alunos que colocassem os valores em ordem crescente.


Como deverão ficar ordenados esses números?
b. Nas imagens, quais representam partes inteiras do real? E quais representam os
centavos?

b. Represente o maior valor utilizando cédulas de 2 reais e moedas de 5 centavos.

c. Um real contém quantos centavos?

112 4 o ANO
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DISCUTINDO RAIO X
1. Como vimos anteriormente, no sistema monetário brasileiro há várias maneiras de
1. Lívia Eduarda gosta de praticar ciclismo. Para sua proteção, ela comprou um capacete
representar um valor com o uso de cédulas e moedas. Agora, vamos comparar e
para usar nas competições por R$ 154,80. Represente como ela poderá efetuar o paga-
representar na reta numérica alguns valores utilizados na seção Mão na massa.
mento desse acessório, utilizando as cédulas e as moedas a seguir.

a. O preço R$ 5,20 do açaí é maior ou menor que R$ 5,25?


BCB

BCB

BCB

b. Se Marisa e sua amiga tivessem comprado um picolé que custasse R$ 6,20, esse
preço seria maior ou menor que o preço do açaí?
BCB

BCB

BCB

BCB
BCB

BCB

BCB
BCB

c. Represente na reta numérica R$ 4,60.

0 1 2 3 4 5 6

RETOMANDO

No sistema monetário brasileiro, utilizamos cédulas e moedas. A única moeda que não
representa um número decimal é a moeda de 1 real. Todas as demais moedas são frações de 2. Observe os produtos e as cédulas e moedas a seguir. Circule os valores necessá-
um real repartido em partes iguais. rios para pagar cada produto.
Veja algumas formas de representar 1 real.
hudiemm/E+/Getty images

1 real inteiro 1 real fracionado


BCB

R$ 39,90
s-cphoto/E+/Getty images

R$ 72,50
rubberball/Getty images

R$ 32,60
Com base em seus conhecimentos, represente 5 reais com moedas de 50 e de 25 centavos.
C Squared Studios/Photodisc/Getty images

R$ 28,70

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Habilidade do DCRC
Reconhecer que as regras do sistema de numeração decimal podem ser estendidas para a representação
EF04MA10 decimal de um número racional e relacionar décimos e centésimos com a representação do sistema monetário
brasileiro.

Sobre o capítulo Material


• Contextualizando: utilizar as regras de repre- • Imagens de moedas de valores diversos para
sentação do Sistema de Numeração Decimal e que os alunos utilizem nas atividades.
a representação decimal de um número racio-
nal, relacionando décimos e centésimos com a Contexto prévio
representação do sistema monetário brasileiro. Para este capítulo, os alunos devem saber que
• Mão na massa: elaborar estratégias pessoais um real é formado por 100 partes iguais, que são os
para a representação e a leitura de um número centavos, e também os valores correspondentes de
decimal utilizando o Sistema Monetário Brasileiro. cada moeda. Além disso, eles precisavam saber que:
• Discutindo: discutir coletivamente as estraté- um real pode ser composto de diferentes valores
gias utilizadas na seção Mão na massa, para em moedas: 2 moedas de 50 centavos, 4 moedas
representar os números decimais utilizando o de 25 centavos, 10 moedas de 10 centavos ou 20
Sistema Monetário Brasileiro. moedas de 5 centavos. Precisam saber também que
• Retomando: sistematizar e estruturar as ativi- esses valores não são inteiros e são chamados de
dades realizadas na formação do real utilizando números “quebrados”, ou seja, números decimais.
moedas.
• Raio X: validar as estratégias e os procedimen- Dificuldades antecipadas
tos utilizados na representação e na leitura dos Alguns grupos podem apresentar dificuldade
números decimais na representação do Sistema para compreender a representação dos números
Monetário Brasileiro. decimais, bem como a representação desses valores
formados por diferentes valores decimais. Assim, é
Objetivos de aprendizagem necessário provocar os alunos a participar efetiva-
• Identificar a representação de frações com de- mente das discussões, promovendo, dessa forma, a
nominador 10. superação dos obstáculos de aprendizagem. Faça
• Compreender que cada centésimo de real é perguntas como:
denominado centavo de real. • Como posso representar 60 reais e 60 centavos?
• Comparar frações com denominadores iguais • Qual é o maior número: 4,10 ou 4,05?
a 10 e a 100 e números decimais. Esses questionamentos devem ser aliados à
• Utilizar o Sistema Monetário Brasileiro para utilização de moedas e dos valores do Sistema
compreender os números decimais. Monetário Brasileiro. O processo de separação
e contagem do dinheiro favorece a comparação
de valores e a escrita de diferentes números
decimais.

CONTEXTUALIZANDO formação desses valores usando outras cédulas e moe-


das e esclareça que cada valor pode ser representado
Orientação por partes iguais. Por exemplo: 100 reais podem ser
Promova uma discussão efetiva sobre a temática, representados por 5 cédulas de 20 reais, que 1 real
levando os alunos a refletir sobre suas respostas, para pode ser representado por 4 moedas de 25 centavos
que percebam que um real (R$ 1,00) pode ser forma- ou 10 moedas de 10 centavos. Além disso, é preciso
do de maneiras diferentes. É importante valorizar as destacar que os valores do Sistema Monetário Brasileiro
respostas deles, incentivando-os a expor suas ideias. são formados por reais (parte inteira) e centavos (parte
Apresente a eles as cédulas e e as moedas de valores decimal). Além disso explique que 1 centavo significa
diferentes, destacando os menos utilizados. Explore a a centésima parte de 1 real.

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Expectativas de respostas 2.
a. R$ 2,86, R$ 4,99, R$ 5,05, R$ 5,15 e R$ 8,20.
1. b. Os alunos devem desenhar 4 cédulas de 2 reais
a. R
esposta pessoal. Espera-se que os alunos e 4 moedas de 5 centavos, ou 3 cédulas de 2 reais
respondam que conhecem algumas cédulas, entre e 44 moedas de 5 centavos, ou 2 cédulas de
as atualmente utilizadas no Sistema Monetário 2 reais e 84 moedas de 5 centavos, ou, ainda,
Brasileiro. 1 cédula de 2 reais e 124 moedas de 5 centavos.

b. O
 s reais são representados pelas cédulas de 200,
100, 50, 20, 10, 5, 2 reais e a moeda de 1 real. Os DISCUTINDO
centavos são representados pelas moedas de 50,
25, 10, 5 e 1 centavo. Orientações
c. 100 centavos. Apresente no quadro os valores dos itens mencio-
nados e discuta com os alunos sobre os respectivos
valores, valorizando a participação deles e fazendo as
MÃO NA MASSA intervenções necessárias. Caso apresentem dificuldade
de comparar os valores, represente-os no quadro de
Orientações ordens para que percebam o que representa a parte
Nessa atividade, os alunos precisam ter a compreen- inteira e a parte decimal de um número decimal. Discuta
são dos valores das cédulas e moedas para resolver sobre as possibilidades dos algarismos nos décimos e
as questões. Eles devem observar a parte inteira dos nos centésimos e se esses algarismos forem alterados, os
valores e, em seguida, a parte decimal, referente aos valores aumentam ou diminuem. É importante valorizar
centavos, considerando os valores antes e após a vír- a participação de todos e fomentar constantemente a
gula. Espera-se que eles não apresentem dificuldades análise por parte dos alunos sobre o conteúdo estudado
para realizar o item a da atividade. No item b, eles e contextualizar com as práticas cotidianas.
podem apresentar dificuldade para fazer a ordenação
dos números decimais ao fazer a comparação. Para Expectativas de respostas
auxiliá-los, proponha que, primeiro, observem os valores 1.
inteiros; em seguida, a primeira casa depois da vírgula, a. Menor.
que corresponde aos décimos; por fim, a segunda casa b. Menor.
depois da vírgula, que corresponde aos centésimos, c. Espera-se que os alunos indiquem o valor no lugar
para colocá-los em ordem crescente. Oriente-os sobre adequado da reta numérica. Confira caso a caso.
a comparação de números decimais, apresentando no
quadro exemplos e desenvolvendo a escrita e a com-
paração de valores. Escreva-os em ordem crescente RETOMANDO
ou decrescente, o que favorece o desenvolvimento da
atividade 2. Nessa atividade, no item b, será mais usual Orientações
que eles desenhem 4 cédulas de 2 reais e 4 moedas Estimule os alunos a fazer uma reflexão sobre a cor-
de 5 centavos, mas explore outras respostas possíveis. respondência entre as moedas e o real: 20 moedas de
5 centavos correspondem a 1 real (inteiro); 10 moedas
Expectativas de respostas de 10 centavos correspondem a 1 real; 4 moedas de 25
1. centavos correspondem a 1 real; e 2 moedas de 50 cen-
a. Açaí; Coxinha. tavos também correspondem a 1 real. No momento da
b. R$ 2,70, R$ 3,40, R$ 3,50 e R$ 5,20. discussão, observe atentamente as respostas dos alunos e
c. Resposta pessoal. Exemplos de respostas: 2 faça registros e intervenções para sanar as dúvidas deles.
cédulas de 2 reais, 2 moedas de 50 centavos e
2 moedas de 10 centavos ou 1 cédula de 5 reais Expectativas de resposta
e 2 moedas de 10 centavos. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos possam
usar várias estratégias, representando, por exemplo,
8 moedas de 50 centavos e 4 moedas de 25.

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RAIO X 2. R
 esposta pessoal. Espera-se que os alunos re-
presentem, por exemplo, os valores da seguinte
Orientações forma: R$ 39,90 (marcar 1 cédula de 20 reais,
Deixe que os alunos resolvam a atividade livre e indi- 1 cédula de 10 reais, 1 cédula de 5 reais, 1 cédula
vidualmente. Espera-se que eles pensem nos diferentes de 2 reais, 2 moedas de 1 real, 1 moeda de 50
modos de representar o valor descrito. Faça uma roda centavos, 1 moeda de 25 centavos, 1 moeda de
de conversa para socializar os resultados apresenta- 10 centavos e 1 moeda de 5 centavos); R$ 72,50
dos pela turma. Peça a cada aluno que explique como (marcar 1 cédula de 50 reais, 1 cédula de 20 reais,
representou o valor. 1 cédula de 2 reais e 1 moeda de 50 centavos);
R$ 32,60 (marcar 1 cédula de 20 reais, 1 cédula
Expectativas de respostas de 10 reais, 1 cédula de 2 reais, 1 moedas de 50
1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos mar- centavos e 1 moeda de 10 centavos); R$ 28,70
quem, por exemplo, 3 cédulas de 50 reais, 2 cédulas (marcar 2 cédulas de 10 reais, 1 cédula de 5 reais,
de 2 reais, 1 moeda de 50 centavos e 3 moedas 1 cédula de 2 reais, 1 moeda de 1 real, 1 moeda
de 10 centavos. de 50 centavos e 2 moedas de 10 centavos).

ANOTAÇÕES

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UNIDADE 3

CÁLCULO MENTAL COM MÚLTIPLOS DE DEZ


COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

1; 2; 4; 7.

HABILIDADE DO DCRC
Utilizar as relações entre adição e subtração, bem como entre multiplicação e divisão, para ampliar as estratégias
EF04MA04
de cálculo.

OBJETO DE CONHECIMENTO

• Propriedades das operações para o desenvolvimento de diferentes estratégias de cálculo com números naturais.

UNIDADE TEMÁTICA

Números.

PARA SABER MAIS

• C ASTANHO, A. F. A. O jogo e seu lugar na aprendizagem da Matemática. Nova Escola. Disponível em: https://
novaescola.org.br/conteudo/ 1784/o-jogo-e-seu-lugar-na-aprendizagem-da-matematica. Acesso em: 14 nov. 2021.
• SANTOMAURO, B. Um novo jeito de ensinar tabuada. Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/
conteudo/162/novo-jeito-ensinar-tabuada. Acesso em: 15 nov. 2021.
• SMOLE, K.S. DINIZ, M. I. Ler, escrever e resolver problemas: habilidades básicas para aprender matemática. Porto
Alegre: Artmed, 2001.
• VICHESSI, B. Cálculo pensado. Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/2687/calculo-
pensado. Acesso em: 15 nov. 2021.

117 M AT E M ÁT I CA

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1. Somando e subtraindo
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UNIDADE 3
MÃO NA MASSA
CÁLCULO MENTAL COM
MÚLTIPLOS DE DEZ
Leia a situação-problema a seguir e pense em qual estratégia você pode utilizar para
resolvê-lo mentalmente. Depois, explique sua resposta e compartilhe com um colega.

1. Geraldo é pedreiro. Hoje de manhã, ele recebeu R$ 240,00 por um trabalho que
fez. Ao terminar o trabalho, passou no supermercado para fazer algumas compras,
pagou a conta com uma nota de R$ 50,00 e recebeu R$ 10,00 de troco. Quando
chegou em casa, deu R$ 20,00 de mesada a cada uma de suas duas filhas. À tar-
1. Somando e subtraindo de, recebeu R$ 120,00 de um colega que estava lhe devendo e mais R$ 80,00 pela
venda de uma bicicleta. Ao anoitecer, Geraldo resolveu contabilizar seus ganhos e
gastos. Com quanto ele ficou?
1. No espaço abaixo, escreva todas as combinações possíveis de duas dezenas intei-
ras cuja soma seja 100.

2. Observe os valores de cada item abaixo, pense na forma mais rápida de calcular a
soma mentalmente e explique como você fez isso.

a. 50 + 30 + 40 + 70 + 60

2. Agora é com você! Elabore um problema usando adição ou subtração e as estra-


tégias de cálculos envolvendo múltiplos de 10. Pense nos números, na história e
na pergunta. Seja criativo! Em seguida, troque com um colega o problema que
b. 30 + 80 + 70 + 40 + 20 você elaborou e resolva o problema criado por ele. Destroquem para fazerem a
correção.

c. 50 + 60 + 50 + 30 + 40

3. Quais estratégias podemos utilizar para calcular mentalmente adições e sub-


trações envolvendo múltiplos de 10?
Justifique sua resposta.

80 + 170 = ? 210 – 50 = ?

140 – 80 = ? 140 + 90 = ?

116 4 o ANO
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DISCUTINDO RETOMANDO

Vamos compartilhar nossas estratégias? Observe como Ana e Bruno resolveram o pro- Nesse capítulo, estudamos diferentes estratégias que podem ser utilizadas para resol-
blema dos ganhos e gastos do Geraldo. ver mentalmente adições e subtrações com múltiplos de 10. Por exemplo: procurar números
que, adicionados, resultem em 10 ou 100 ou somas que sejam mais confortáveis para o cál-
Resolução da Ana culo mental. Quanto mais você praticar, mais automático será o cálculo para você! Agora,
240 – 50 + 10 – 20 – 20 + 120 + 80
explique o que foi trabalhado nesse capítulo e o que você aprendeu.
240 + 10 = 250 120 + 80 = 200

250 – 50 = 200

200 + 200 = 400

400 – 20 = 380 380 – 20 = 360

Resolução do Bruno
240 – 50 + 10 – 20 – 20 + 120 + 80

50 + 20 + 20 = 90
90 – 90 = 0
80 + 10 = 90

240 + 120 = 360


RAIO X
360 + 0 = 360

Catarina coleciona figurinhas. Em seu álbum, havia 40 figurinhas. No seu aniversário,


a. Explique as estratégias utilizadas por Ana e Bruno. ela ganhou 130 figurinhas de seu avô, 60 de sua tia e 170 de sua mãe. Como muitas dessas
figurinhas eram repetidas, a menina deu 60 para seu irmão, 20 para uma amiga e 80 para um
vizinho. Com quantas figurinhas Catarina ficou? Faça os cálculos no espaço a seguir.

b. Você pode apresentar outra maneira de resolver esse mesmo problema? Utilize o
espaço abaixo para representar sua resolução.

Agora, explique a estratégia que você utilizou.

118 4 o ANO 119 M AT EM ÁT I CA

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118
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4 o ANO
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Habilidade do DCRC
Utilizar as relações entre adição e subtração, bem como entre multiplicação e divisão, para ampliar as
EF04MA04
estratégias de cálculo.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: verificar os conhecimentos Para este capítulo, os alunos devem saber es-
e habilidades dos alunos quanto ao uso de tratégias de cálculo mental de adição e subtração
estratégias de cálculo mental envolvendo adições com múltiplos de 10.
e subtrações com múltiplos de 10.
• Mão na massa: elaborar diferentes estratégias Dificuldades antecipadas
de cálculo mental para resolver uma situação- Caso algum aluno tenha dificuldade com os
-problema e criar um problema sobre adição processos fundamentais da adição e subtração,
ou subtração com múltiplos de 10. peça que liste todas as combinações possíveis de
• Discutindo: discutir possíveis estratégias de dois números com um algarismo cuja soma seja
cálculo mental empregadas pelos alunos para 10 (1 + 9, 2 + 8, 3 + 7, 6 + 4, 5 + 5). Se ele precisar
resolver a situação-problema da seção Mão na calcular 3 + 8, mostre que 3 + 7 que é igual a 10
massa. e isso pode ajudá-lo a encontrar a soma. Tente
• Retomando: sistematizar das ideias trabalhadas organizar também diferentes decomposições para
no capítulo sobre estratégias de cálculo mental. que os alunos aumentem o repertório numérico e
• Raio X: validar a aprendizagem dos alunos a interajam com os números de maneira flexível e
partir de uma situação-problema. conceitual.

Objetivo de aprendizagem
• Utilizar o cálculo mental para resolver adições
e subtrações com múltiplos de 10.

CONTEXTUALIZANDO portanto, considere significativos os registros que re-


presentam compreensão pouco incorporada e falta
Orientações de domínios essenciais. Investigue o que eles sabem:
Esta seção se constitui como avaliação diagnóstica Quais são as semelhanças entre as estratégias usadas?
para verificar se os alunos sabem empregar estratégias Quando é possível usar a estratégia apresentada? Há
de cálculo mental de adição e subtração envolvendo mais de uma “boa estratégia” para a resolução de
múltiplos de 10. Peça aos alunos que respondam às um mesmo cálculo? Observe a explicação oral dos
questões individualmente para, depois, corrigi-las por alunos e verifique se as possibilidades criadas por
meio de uma discussão com toda a turma. Eles po- eles estão adequadas às atividades propostas; em
derão elaborar diferentes estratégias para identificar caso afirmativo, considere as respostas. Em casos de
os resultados. Explore todas as respostas possíveis, respostas equivocadas, proponha uma reflexão sobre
pedindo aos alunos que expliquem como pensaram. o porquê e verifique se os alunos compreendem e
Dessa forma, é possível fazer o levantamento dos co- aplicam as correções.
nhecimentos prévios da turma que são importantes para
o desenvolvimento da unidade. Analise as respostas Expectativas de respostas
para perceber o modo como cada aluno resolve as 1. 10 + 90, 20 + 80, 30 + 70, 40 + 60 e 50 + 50.
situações propostas e como utiliza seu conhecimento 2. Para agilizar os cálculos, pode-se agrupar os pares
matemático para agilizar os cálculos. Uma prática de parcelas que resultem em 100.
importante é analisar os erros e classificar os níveis a. 30 + 70 + 40 + 60 + 50 = 100 + 100 + 50 = 250
de aprendizagem em que os alunos se encontram, b. 30 + 70 + 80 + 20 + 40 = 100 + 100 + 40 = 240
c. 50 + 50 + 60 + 40 + 30 = 100 + 100 + 30 = 230

119 M AT E M ÁT I CA

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3. Podemos agrupar os valores de modo a arredondar Como a resolução desse problema será por cálculo
cada um deles para uma centena exata: mental, eles poderão usar diferentes estratégias
80 + 170 = 80 + 120 + 50 = 200 + 50 = 250; para chegar em R$ 360,00.
140 – 80 = 140 – 40 – 40 = 100 – 40 = 60; 2. Resposta pessoal.
210 – 50 = 210 – 10 – 40 = 200 – 40 = 160;
140 + 90 = 140 + 60 + 30 = 200 + 30 = 230.
DISCUTINDO

MÃO NA MASSA
Orientações
Amplie a discussão sobre o problema de Geraldo e
Orientações apresente estratégias que ainda não apareceram na
Deixe que os alunos leiam o problema de Geraldo resolução dos alunos. É importante incentivá-los a se
individualmente e dê tempo para que eles pensem nas comunicar oralmente e também por escrito, com o registro
estratégias que utilizarão. Em seguida, organize os alunos de suas ideias matemáticas. Outras formas de raciocinar
em duplas para que compartilhem e discutam entre si podem surgir entre a turma. Discuta as formas de solução
as estratégias utilizadas. Procure formar duplas que se possíveis, inclusive as que estiverem equivocadas. Com
complementam, considerando os saberes que cada um base nas suas observações durante a atividade Mão na
possui, de modo que possam trabalhar em cooperação massa, escolha três ou quatro alunos que utilizaram
e para que haja desafios. Nesse momento, circule entre estratégias diferentes para que expliquem como resolve-
os alunos observando como eles analisam os dados ram o problema. Pode-se pedir a eles que escrevam no
do problema, interpretam e elaboram suas estratégias. quadro as etapas de seu pensamento ou que expressem
Pergunte a algumas duplas como elas estão pensando oralmente para que você possa organizar as ideias no
e se surgiu alguma dúvida. Sempre que possível, anote quadro (afinal, o pedido é que o cálculo seja mental).
observações que possam auxiliar a discussão ou abor- Anote os nomes dos alunos que compartilharam suas
dagens pontuais na mediação da aprendizagem dos resoluções próximo ao registro da estratégia. Pergunte
alunos. Incentive-os a começar destacando as princi- se alguém utilizou uma estratégia diferente e, em caso
pais informações na situação-problema. Para finalizar, positivo, peça a esse aluno que também compartilhe sua
compartilhe as respostas. Peça a eles que expliquem as estratégia. Use perguntas investigativas para promover
estratégias utilizadas e a maneira como pensaram para a análise e a relação do tema trabalhado com a situação
chegar aos resultados. Discuta com a turma: Quais são apresentada: Como sua dupla abordou o problema de
os principais dados? O que se pergunta no problema? hoje? A estratégia que a dupla encontrou funcionou? O
Qual é seu plano para resolver o problema? É possível que você aprendeu com a estratégia de vocês? Quais
estimar uma resposta? Existe outra maneira de resolver? É os prós e os contras de cada estratégia que os colegas
possível verificar se o resultado encontrado está correto? apresentaram? Em que situações cada estratégia pode
Na atividade 2, após a realização da tarefa, peça a duas ser utilizada? Qual estratégia você considera mais ágil
duplas que troquem entre si os problemas elaborados, e eficiente para o cálculo?
para que uma resolva a situação proposta pela outra.
Ao receber a atividade de volta, solicite a cada dupla Expectativas de respostas
que verifique se os colegas resolveram corretamente os 1.
problemas. Em seguida, agrupe as duplas em grupos de a. Resposta pessoal.
quatro alunos para que possam explicar uns aos outros b. Resposta pessoal.
as estratégias utilizadas na solução.

Expectativas de respostas
1. Neste problema, os alunos deverão resolver a
seguinte expressão numérica:
240 – 50 + 10 – 20 – 20 + 120 + 80.

120 4 o ANO

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evite fazer intervenções e deixe que os alunos trabalhem
RETOMANDO livremente. Circule pela sala para verificar como eles
estão realizando os cálculos. O Raio X é um momento
para avaliar se todos os alunos conseguiram avançar no
Orientações conteúdo proposto, então procure identificar e anotar
Dê alguns minutos para que os alunos pensem e, os comentários de cada um. No final, reserve um tempo
individualmente, registrem a resposta no caderno. para um debate coletivo, registrando as soluções no
Encerre a atividade retomando com eles as estratégias quadro. Deixe que os alunos expliquem como pensaram
que tornam o cálculo mais rápido e eficiente. Ressalte para responder e reflita se a solução é adequada ou
a importância da prática para desenvolver a agilidade. não. Questione-os: Que estratégias vocês estão uti-
O propósito principal é realizar a sistematização do lizando? Existem diferentes formas de resolver esse
conceito trabalhado neste capítulo, proporcionando problema? Qual seria a forma mais prática de resolver
aos alunos uma aprendizagem significativa sobre o esse problema?
cálculo mental.
Expectativas de respostas
Expectativa de resposta
Espera-se que os alunos resolvam mentalmente a
Resposta pessoal.
seguinte expressão:
40 + 130 + 60 + 170 – 60 – 20 – 80.
Uma possibilidade de solução é juntar as dezenas
RAIO X
que resultam em uma centena exata:
40 + 60 = 100, 130 + 170 = 300, 100 + 300 = 400.
Orientações e depois ir subtraindo os valores negativos de ma-
Peça que, individualmente, os alunos leiam a ativi- neira conveniente:
dade e realizem o cálculo mentalmente. Por ser uma 400 – 80 = 320, 320 – 20 = 300, 300 – 60 = 240.
atividade que pretende avaliar o aprendizado da aula, Portanto, Catarina ficou com 240 figurinhas.

ANOTAÇÕES

121 M AT E M ÁT I CA

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2. Multiplicando e dividindo
PÁGINA 120 PÁGINA 121

4. Qual é o resultado da multiplicação da atividade anterior? Se dividirmos esse resulta-


2. Multiplicando e dividindo do por 10, qual será o resultado?

1. Você sabe como podemos multiplicar rapidamente, sem utilizar uma calculadora,
um número por 10, 20, 30, 40, 50? Explique como chegou a esse raciocínio.

2. Como podemos dividir números por 10? Você conhece alguma estratégia? Qual? MÃO NA MASSA

Dominó da Divisão

Para jogar, recorte e utilize as peças disponíveis no Anexo 1. Leia as regras do jogo.

⊲ As peças são misturadas e colocadas sobre a mesa, com os números virados para
baixo.

⊲ Para decidir quem iniciará o jogo, cada jogador sorteia uma peça. Aquele que obti-
3. Observe a seguir três maneiras de calcular o resultado de 9 vezes 40.
ver a peça com o maior número do lado esquerdo, começará.

40 + 40 + 40 + 40 + 40 + 40 + 40 + 40 + 40 ⊲ Cada jogador pega seis peças, enquanto as demais continuam viradas sobre a
ou mesa.
9 × 40
⊲ O primeiro jogador escolhe uma de suas peças e coloca no centro da mesa com os
ou
números virados para cima.
9 × 4 × 10
⊲ O próximo jogador calcula a divisão e procura o resultado entre suas peças. Se tiver
⊲ Qual dessas estratégias você considera melhor? Explique sua resposta. uma peça equivalente ao resultado, baixa a peça, colocando o resultado junto à
divisão.

⊲ Caso o jogador não encontre entre suas peças uma que possa ser encaixada no
jogo, ele deverá “comprar” outra no monte que está sobre a mesa. O jogador deverá
ir comprando até encontrar uma peça que encaixe. Se, depois de comprar três pe-
ças, ainda não conseguir a adequada, o jogador deverá passar sua vez ao próximo
jogador.

⊲ O vencedor é o primeiro que ficar sem peças ou que finalizar com o menor número
delas.

120 4 o ANO 121 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 122 PÁGINA 123


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DISCUTINDO RAIO X
No espaço abaixo, escreva quais multiplicações você pode utilizar para encontrar o Nesse capítulo, estudamos uma estratégia bastante eficiente para quando precisamos
resultado das divisões do jogo de Dominó da Divisão. calcular uma divisão envolvendo múltiplos de 10. Vamos relembrá-la?

320 ÷ 40 = ?
Primeiro decompomos o divisor:
40 = 10 x 4

Então, dividimos o dividendo primeiro por 10 e, na sequência, pelo


outro fator:
320 ÷ 10 = 32
32 ÷ 4 = 8

Agora responda: O que você considerou fácil e quais foram suas dificuldades no jogo?
Como você pode melhorar essas dificuldades?
RETOMANDO

Nesse capítulo, estudamos algumas estratégias para calcular mentalmente multiplica-


ções por múltiplos de 10: a adição de parcelas iguais e a decomposição do múltiplo de 10.
Quando o primeiro fator é um número menor, como 2 ou 3, somar parcelas iguais pode ser um
método eficiente, mas com números maiores a conta pode ficar muito extensa.

3 × 80 = ? 9 × 40 = ?

80 + 80 + 80 9 × 4 × 10

160 + 80 36 × 10

240 360

122 4 o ANO
123 M AT EM ÁT I CA

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122
27/12/2021 16:04 4 ANO
o
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Habilidade do DCRC
Utilizar as relações entre adição e subtração, bem como entre multiplicação e divisão, para ampliar as
EF04MA04
estratégias de cálculo.

Sobre o capítulo Objetivo de aprendizagem


• Contextualizando: utilizar a ideia da multiplicação • Utilizar o cálculo mental para resolver multipli-
como adição de parcelas iguais para descobrir cações e divisões com múltiplos de 10.
regularidades de multiplicações e divisões por
10 e seus múltiplos. Contexto prévio
• Mão na massa: elaborar diferentes estratégias de Para este capítulo, os alunos devem saber es-
cálculo mental que permitam ao aluno desenvolver tratégias de cálculo mental de adição de parcelas
processos relacionados à divisão por múltiplos iguais e sua relação com a multiplicação.
de 10 a partir de um jogo.
• Discutindo: discutir possíveis estratégias de Dificuldades antecipadas
cálculo mental empregadas pelos alunos utilizando Caso os alunos tenham dificuldade com a tabua-
multiplicações para calcular divisões. da, converse com eles alguns dias antes, dizendo
• Retomando: sistematizar ideias de multiplicação que farão um jogo e que saber bem a tabuada vai
e divisão e como se relacionam. ajudar muito. Faça brincadeiras simples e rápidas
• Raio X: criar, resolver e discutir possíveis envolvendo a tabuada todos os dias da semana que
estratégias de cálculo mental empregadas antecederem a aula do jogo, para incentivá-los a
pelos alunos para resolver divisões envolvendo aprendê-la. Outra opção é que os alunos organizem
múltiplos de 10. no caderno um quadro com as tabuadas mais difí-
ceis para que possam consultá-las em um primeiro
momento. Enfatize que, para adquirir agilidade nos
cálculos, é preciso saber a tabuada e praticá-la.

CONTEXTUALIZANDO
Expectativas de respostas
Orientações 1. Resposta pessoal.
Peça aos alunos que respondam às questões indivi- 2. Resposta pessoal.
dualmente para, depois, corrigi-las em uma discussão 3. Resposta pessoal.
com toda a turma. Eles poderão elaborar diferentes 4. O resultado de 9 × 40 é 360. Ao dividir 360 por
estratégias para identificar os resultados. Explore todas 10, obtém-se 36.
as respostas possíveis. Dessa forma, é possível fazer
o levantamento dos conhecimentos prévios dos alu-
nos que são importantes para o desenvolvimento do MÃO NA MASSA
capítulo. Analise as respostas para perceber o modo
como cada aluno resolve as situações propostas e
Orientações
utiliza o seu conhecimento matemático para agilizar
As peças do Dominó da Divisão estão no Anexo 1.
os cálculos. Uma prática importante é analisar os
erros e classificar os níveis de aprendizagem em que Organize os alunos em grupo de quatro participantes.
os alunos se encontram; portanto, considere signifi- Eles devem jogar dupla contra dupla. Forme os grupos
cativos os registros que representam compreensão considerando os saberes que cada um possui, de modo
pouco incorporada e falta de domínios essenciais. que possam trabalhar em cooperação e para que haja
Investigue o que eles sabem: Como você pensou? desafios. Cada grupo terá um jogo completo, ou seja,
Quando essa estratégia é eficiente? Por que você usou será usado apenas um anexo entre os quatro alunos.
essa estratégia? Essa estratégia está correta? Todos Leia as regras com eles para tirar eventuais dúvidas.
concordam com a estratégia utilizada pelo colega? Após a leitura das regras, também é possível pedir a
Alguém utilizou outra estratégia? um aluno que, voluntariamente, explique para a turma

123 M AT E M ÁT I CA

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como se joga. Pergunte se alguém gostaria de propor Discuta as formas de solução possíveis, inclusive
outra regra ou modificar alguma das listadas. as que estiverem equivocadas. Assim, haverá uma di-
Se houver tempo, as regras podem ser, inclusive, versidade de soluções a serem discutidas.
elaboradas coletivamente com a turma. No caso de
propostas serem feitas, discuta rapidamente o motivo
da modificação e consulte todos antes de mudar. Os DISCUTINDO
alunos devem anotar as modificações no caderno.
Escolha alguns alunos para fazer uma rodada demons-
Orientações
trativa no quadro. Caso ainda tenham algumas dúvidas,
Nesta atividade, oriente os alunos a escolher alea-
aproveite o momento para esclarecê-las. Discuta com a
toriamente 10 peças do Dominó da Divisão (podem ser
turma: O que vocês entenderam das regras apresenta-
as que eles mesmos criaram) e descrevam as multi-
das? Alguém gostaria de propor outra regra ou modificar
plicações que podem ser utilizadas para encontrar os
alguma das listadas?
resultados apontados nessas peças. Solicite a eles que
No momento do jogo, circule entre os alunos obser-
observem, individualmente, as contas que realizaram.
vando como eles jogam e elaboram suas estratégias
Pergunte quais foram as multiplicações mais difíceis.
de cálculo. Peça que registrem os cálculos no caderno.
Peça a três ou quatro alunos que expliquem como re-
Sempre que possível, anote observações que possam
solveram as multiplicações e quais dificuldades tiveram.
auxiliar a discussão ou em abordagens pontuais na me-
Peça, também, que compartilhem como resolveram as
diação da aprendizagem dos alunos.
dificuldades ou como um colega lhe explicou o erro.
Depois de concluir a primeira etapa com o jogo,
Questione se alguém usou diferentes estratégias, de-
proponha que os alunos criem novas peças para o
pendendo dos números envolvidos. Nesse momento,
Dominó da Divisão usando as peças em branco do
retome as anotações feitas durante a observação do
Anexo 1. Peça a eles que observem as peças que já
jogo e convide alguns alunos a compartilhar suas
indicam os cálculos e criem outras divisões que ainda
estratégias e dificuldades, de acordo com o que foi
não apareceram em nenhuma delas. A criação das novas
observado. Discuta as formas de solução possíveis,
peças segue a ordem exemplificada na imagem abaixo.
inclusive as que estiverem equivocadas. Assim, haverá
Comece preenchendo esse campo uma diversidade de soluções a ser discutidas. Anote
próximo ao registro da estratégia os nomes dos alunos
que compartilharam suas resoluções.

Resultado Expectativas de respostas


Resposta pessoal.

Divisão RETOMANDO

Orientações
Após a criação das peças, deixe os alunos joga-
Oriente os alunos a analisar as duas estratégias
rem novamente. Ao finalizar o jogo, peça que façam a
de resolução apresentadas nos quadros e proponha
representação completa dele no caderno. Inicie uma
uma discussão com a turma: Como vocês explicam
discussão com toda a turma. Questione quais foram
as estratégias de cálculo apresentadas para 3 × 80
as estratégias utilizadas para pensar nos números en-
e para 9 × 40? Quais são os prós e os contras de
volvidos: Todas as peças criadas foram encaixadas no
cada estratégia apresentada? Em que situações cada
jogo? As estratégias que vocês utilizaram para pensar
estratégia pode ser utilizada? Qual estratégia você
nos cálculos funcionaram? O que vocês aprenderam
considera mais ágil para cálculos?
com elas? Quais foram as dificuldades que apareceram?
Proponha outras multiplicações no quadro, levando em
Como essas dificuldades foram resolvidas? O que vocês
conta algumas relações entre os números (dobro, triplo,
aprenderam com seus erros?.
quádruplo) para encontrar os resultados mentalmente.

124 4 o ANO

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Por exemplo, para encontrar o resultado da multipli- da prática para desenvolver a agilidade. O propósito
cação por 20, pode-se fazer o dobro da multiplicação principal é realizar a sistematização do conceito tra-
por 10; para encontrar o resultado da multiplicação balhado neste capítulo, proporcionando aos alunos
por 40, pode-se fazer o dobro da multiplicação por uma aprendizagem significativa sobre o cálculo mental.
20; para encontrar o resultado da multiplicação por Discuta com a turma: O que vocês aprenderam neste
70, pode-se fazer a soma dos resultados da multipli- capítulo? Suas estratégias de cálculo se mantiveram?
cação por 20 e por 50; para encontrar o resultado
da multiplicação por 90, pode-se fazer a soma dos Expectativas de respostas
resultados da multiplicação por 40 e por 50. Respostas pessoais.

RAIO X

Orientações
Dê aos alunos alguns minutos para que pensem e
registrem individualmente a resposta. Encerre a ativi-
dade retomando com eles as estratégias que tornam o
cálculo mais rápido e eficiente. Ressalte a importância

ANOTAÇÕES

125 M AT E M ÁT I CA

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UNIDADE 4

INVESTIGANDO AS PROPRIEDADES DA IGUALDADE


COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

2; 4; 7.

HABILIDADES DO DCRC
Reconhecer e mostrar, por meio de exemplos, que a relação de igualdade existente entre dois termos permanece
EF04MA14
quando se adiciona ou se subtrai um mesmo número a cada um desses termos.

Determinar o número desconhecido que torna verdadeira uma igualdade que envolve as operações fundamentais
EF04MA15
com números naturais.

OBJETO DE CONHECIMENTO

• Propriedades da igualdade.

UNIDADE TEMÁTICA

Álgebra.

PARA SABER MAIS

• C
 ASTRO-FILHO, J. A.; et. al. O reino de Aljabar: o desafio da balança, jogo online, 2021. Disponível em: https://
mide-balanca-interativa.netlify.app/#/. Acesso em: 17 dez. 2021.
• LONGATO, S. Álgebra nos anos iniciais do EF: como significar seu desenvolvimento? Mathema. Disponível em: https://
mathema.com.br/artigos/algebra-nos-anos-iniciais-do-ef-como-significar-seu-desenvolvimento-com-os-estudantes/.
Acesso em: 15 nov. 2021.

126 4 o ANO

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1. Relação de igualdade
PÁGINA 124 PÁGINA 125

UNIDADE 4
MÃO NA MASSA
INVESTIGANDO AS
PROPRIEDADES DA Vamos explorar igualdades!

IGUALDADE
Observe as sentenças abaixo e responda às seguintes questões:

1. Relação de igualdade +6+7+3+ = +7+ + + +

João estava explorando a balança de pratos e verificou o equilíbrio na seguinte situação:

1. Mantendo a igualdade, você consegue descobrir a quanto equivale uma maçã?


Registre seu raciocínio no quadro a seguir. Utilize números, letras e desenhos, caso
seja necessário, para representar sua resposta.

1. O que acontece se ele tirar o lápis do prato esquerdo da balança? A balança con-
tinuará equilibrada?

2. O que você precisou observar para descobrir os valores dessa igualdade? Como
você chegou à resposta?

2. João observou que, se tirar o lápis do prato esquerdo, precisará tirar o lápis do
prato direito para manter o equilíbrio. A que conclusão podemos chegar sobre o
caderno e a calculadora?

124 4 o ANO
125 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 126 PÁGINA 127


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DISCUTINDO RETOMANDO

Agora, vamos estabelecer relações de igualdade...


Nesse capítulo, estudamos as igualdades.
1. Escreva uma igualdade utilizando apenas maçãs e peras para representar a sen- Vimos que o sinal de igualdade (=) significa “vale o mesmo que”. Assim, numa igualda-
tença apresentada na seção Mão na massa. de, o que acontece em um membro dela deve acontecer no outro membro.

7 = 7

1o membro 2o membro

Verificamos que temos uma igualdade apenas quando os membros possuem termos
equivalentes.

2. Escreva uma igualdade utilizando apenas números para representar a sentença


apresentada na seção Mão na massa.
RAIO X

Na situação abaixo, você consegue determinar a quantos copos de refrigerante equiva-


le um hambúrguer?

3. Que número você utilizou para representar a pera nos membros da igualdade?
Você acha que poderíamos utilizar outro valor?

126 4 o ANO 127 M AT EM ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LA_GRAFICA_PF.indb 126
127 M AT E M ÁT I CA
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Habilidades do DCRC
Reconhecer e mostrar, por meio de exemplos, que a relação de igualdade existente entre dois termos permanece
EF04MA14
quando se adiciona ou se subtrai um mesmo número a cada um desses termos.
Determinar o número desconhecido que torna verdadeira uma igualdade que envolve as operações fundamentais
EF04MA15
com números naturais.

Sobre o capítulo • Retomando: verificar se os objetivos de


• Contextualizando: investigar os elementos da aprendizagem propostos foram alcançados
situação-problema utilizando o raciocínio lógico, e quais foram as dificuldades que os alunos
retomando e verificando conceitos prévios que encontraram ao realizar a atividade.
envolvem a discussão de relações de igualdade • Raio X: validar os conhecimentos adquiridos em
e suas equivalências. situação semelhante, verificando os conceitos
• Mão na massa: elaborar estratégias que permitam a respeito da igualdade.
compreender que a igualdade implica uma
relação de correspondência, de equivalência. Objetivo de aprendizagem
O aluno deve desenvolver o pensamento lógico, • Explorar as relações de igualdade.
investigando e criando hipóteses de resolução
para a atividade. Contexto prévio
• Discutindo: apresentar resolução e discutir Neste capítulo, o aluno deve saber efetuar adi-
acerca das estratégias utilizadas. Ressalte a ções e subtrações com números naturais de formas
importância do sentido que as respostas dos convencional e não convencional. Além disso, deve
alunos devem ter e como devem ser explanadas saber ler e interpretar situações-problema, desen-
aos colegas. Pensar logicamente deve fazer parte volvendo a autonomia e o pensamento lógico na
da construção desta atividade. resolução das atividades propostas.

CONTEXTUALIZANDO Expectativas de respostas


1. Espera-se que os alunos percebam que a balança
Orientações se desequilibra quando se retira o lápis do prato
Neste momento, procure identificar potencialidades esquerdo.
e dificuldades nas aprendizagens, reconhecendo tanto 2. Quando se retiram os lápis dos dois pratos, a
os conhecimentos prévios, como as lacunas de aprendi- balança fica em equilíbrio; logo, o caderno e a
zagem que os alunos apresentam em relação à ideia de calculadora têm o mesmo “peso”.
equivalência. Verifique como eles organizam os dados
e compreendem as representações de um mesmo valor,
reconhecendo as igualdades ao relacionar o equilíbrio MÃO NA MASSA
da balança com a equivalência dos “pesos”.
Ressalte que, quando os pratos estão equilibrados,
Orientações
os “pesos” são equivalentes (chame a atenção dos
alunos para o fato de que só serão iguais se houver o Para descobrir qual valor equivale a uma maçã, os
mesmo número de um objeto nos dois lados). Quando alunos poderão observar o que há de igual nos dois
os pratos estão desequilibrados, os objetos não têm membros da igualdade.
“peso” equivalente. Os alunos devem ser capazes de Nota-se que há uma pera, uma maçã e o número 7;
inferir, ou seja, de aprender qual regra poderá ser apli- então, retiram-se esses elementos iguais dos dois mem-
cada para descobrir por que houve um desequilíbrio bros da igualdade, colocando-os para cima do quadro,
na balança e deduzir qual será a melhor resposta para apagando os elementos ou outra maneira que o aluno
a pergunta. encontrar. Assim, de um lado da igualdade, teremos o
9 e, do outro lado, três maçãs.

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Os alunos terão de pensar em quanto deve valer
cada maçã para que as três, juntas, totalizem 9. Uma RETOMANDO
das formas em que podem pensar é decompor o 6 em
3 + 3. Dessa forma, teremos 3 + 3 + 3. Eles também
podem pensar qual número multiplicado por 3 resulta 9, Orientações
ou, ainda, que número somado três vezes resulta Relembre com os alunos as aprendizagens da aula
9, concluindo que uma maçã equivale ao número 3. e a ideia de utilizá-las para criar diversas possibilida-
des de resolução para validar situações que envolvem
Expectativas de respostas igualdades. Ressalte que esses conhecimentos são
1. Uma maçã equivale ao número 3. elaborados a partir dos conhecimentos de cada um,
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos evi- por meio de observação e investigação, e que assim
denciem a equivalência dos membros da igualdade. foi possível constatar que uma igualdade é formada
por dois membros com termos equivalentes.

DISCUTINDO
RAIO X
Orientações
Solicite aos alunos que observem as estratégias Orientações
apresentadas pelos colegas. Sonde-os para verificar Para descobrir a quantos copos de refrigerante
se compreenderam que numa igualdade os membros equivale um hambúrguer, os alunos deverão relembrar
devem ser equivalentes. Incentive os alunos a explorar que, para manter a equivalência da igualdade, deve-se
diferentes formas, métodos e estratégias de cálculo. retirar ou acrescentar objetos iguais dos dois pratos da
Peça a eles que organizem e testem suas ideias, para balança. Assim, nos dois membros da igualdade, há
que assim possam validá-las ou não, até chegar a um hambúrguer e um copo de refrigerante que devem
conclusões e respostas que possam se adequar às ser retirados. Dessa maneira, de um lado da igualdade
necessidades. teremos um hambúrguer e, do outro, dois copos de
refrigerante, resultando na resposta de que um ham-
Expectativas de respostas
búrguer equivale a dois copos de refrigerante. Se julgar
1. Espera-se que o aluno identifique e construa a
necessário, informe aos alunos que as equivalências são
igualdade utilizando dois membros equivalentes.
teóricas e que não indicam equivalências nutricionais.
(Nesse momento, é mais importante verificar a
equivalência dos membros, em detrimento da Expectativas de respostas
quantidade de elementos de cada um.) Um hambúrguer equivale a dois copos de refrigerante.
2. Espera-se que o aluno identifique e construa a
igualdade utilizando dois membros equivalentes. Para aprofundamento e fundamentação teórico-me-
(Nesse momento, é mais importante verificar a todológica a respeito dos assuntos trabalhados neste
equivalência do que os valores numéricos, uma capítulo, o vídeo a seguir pode ser indicado para os alunos:
vez que a pera admite diferentes valores). • Khan Academy Brasil. Relação de igualdade entre dois
Pera + 6 + 7 + 3 + Maçã = Maçã + 7 + Pera + Maçã + membros (adição e subtração) | Parte I. 2019. Disponível
+ Maçã + Maçã (Tomando a pera como 1) em: https://www.youtube.com/watch?v=4N16kmPRsRI.
Exemplo: 1 + 6 + 7 + 3 + 3 = 3 + 7 + 1 + 3 + 3 + 3 Acesso em: 21 nov. 2021.
(ambos os membros totalizam 20). Se excluirmos
a pera e o 7, teremos: 6 + 3 + 3 = 3 + 3 + 3 + 3
(ambos os membros totalizam 12).
3. Resposta pessoal. Espera-se que ele compreenda
que podemos usar qualquer valor para a pera,
desde que verifiquemos a equivalência dos mem-
bros da igualdade.

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2. Somar e subtrair
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Agora, eles precisam organizar os dados para verificar o desempenho de cada time.
2. Somar e subtrair Ajude-os a construir o quadro de pontos.

Victor e Pedro estavam conversando sobre as quantias que tinham cada um. Victor Pontuação dos times dos jogos do Campeonato Interclasse de Futebol
disse para o Pedro:
J V E D P GP GC SG
− Se eu tinha R$ 45,00 e gastei R$ 17,00, estou com mais dinheiro do que você, que
tinha R$ 39,00 e gastou R$ 11,00. Afinal, eu tinha mais dinheiro desde o começo! Goleadores
Pedro pensou um pouco e respondeu:
− Hum… mas eu gastei menos do que você! Será que você ficou com mais dinheiro Vitoriosos
mesmo?
Bola no Pé
Qual dos meninos ficou com mais dinheiro? Explique sua estratégia para chegar a
Ao Ataque
essa conclusão.
J = Total de jogos disputados; GP = Significa Gols Pró, ou seja, os gols feitos pelo time;
V = Vitórias. Cada vitória vale 3 pontos; GC = Significa Gols Contra, ou seja, os gols que o time sofreu,
E = Empate. Cada empate vale 1 ponto; os gols que foram feitos contra o time;
D = Derrota. Não vale ponto; SG = Significa Saldo de Gols, que é calculado fazendo
P = Total de pontos; quantos gols o time fez MENOS quantos gols o time sofreu.

Ganha o time que tiver mais pontos. Se houver empate, é preciso


ver qual tem mais vitórias; se ainda sim empatar, ganha quem
tiver o maior saldo de gols.

1. Ao analisarmos o quadro, podemos saber qual foi o time campeão? Explique como
você chegou a essa conclusão.
MÃO NA MASSA

É gol!
Os alunos da Escola do Amanhã organizaram um Campeonato Interclasse de Futebol. 2. Se os times Ao Ataque e Bola no Pé tivessem feito, cada um, dois gols a menos e
Observe os resultados dos jogos do campeonato da escola: também tivessem sofrido dois gols a menos, mudaria algo em relação ao saldo de
gols desses times? Justifique sua resposta.
Resultados dos jogos do Campeonato Interclasse de Futebol

Goleadores 5x3 Ao Ataque

Vitoriosos 3x4 Bola no Pé

Bola no Pé 5x3 Goleadores

Ao Ataque 3x1 Vitoriosos

Vitoriosos 0x0 Goleadores

Bola no Pé 2x4 Ao Ataque

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DISCUTINDO 10 – 8 = 2
Em uma subtração, o resultado

Vamos analisar mais algumas possibilidades de saldo de gols do campeonato!


–2 não se altera quando subtraímos o
mesmo número aos seus dois termos.

1. Se os times Ao Ataque e Bola no Pé tivessem feito, cada um, três gols a menos e 8 – 6 = 2
também tivessem sofrido três gols a menos, mudaria algo em relação ao saldo de
gols desses times? Por quê? Logo, percebemos que:

10 – 8 = 8 – 6

Nesse capítulo, além de aprendermos como funciona a contagem de pontos em um


campeonato de futebol, ainda observamos que subtrair o mesmo número de dois termos de
uma subtração não altera o resultado.
2. E se os times Ao Ataque e Bola no Pé tivessem feito, cada um, quatro gols a menos
e também tivessem sofrido quatro gols a menos, mudaria algo em relação ao sal-
do de gols desses times? Explique sua resposta.
RAIO X

Maria recebeu um desafio de sua professora de Matemática: fazer o cálculo 147 – 98.
Para facilitar, fez mentalmente 139 – 90 e encontrou o resultado. Maria encontrou a melhor
estratégia? Justifique sua resposta.

3. Se os times Ao Ataque e Bola no Pé tivessem feito, cada um, cinco gols a menos e
também tivessem sofrido cinco gols a menos, mudaria algo em relação ao saldo
de gols desses times? Justifique sua resposta.

RETOMANDO

Na seção Mão na massa, se observarmos os cálculos na segunda parte da atividade,


foi perguntado o que aconteceria com o saldo de gols se o time Ao Ataque, por exemplo,
tivesse feito 2 gols a menos e tivesse sofrido 2 gols a menos.

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Habilidades do DCRC
Reconhecer e mostrar, por meio de exemplos, que a relação de igualdade existente entre dois termos permanece
EF04MA14
quando se adiciona ou se subtrai um mesmo número a cada um desses termos.
Determinar o número desconhecido que torna verdadeira uma igualdade que envolve as operações fundamentais
EF04MA15
com números naturais.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: discutir e introduzir a ideia de Para este capítulo, os alunos devem saber efe-
que, se subtrairmos valores diferentes, poderemos tuar a adição e a subtração de números naturais,
obter resultados iguais. bem como ler e interpretar situações-problema.
• Mão na massa: elaborar estratégias de Também devem ser capazes de construir hipóteses
compreensão da relação que existe entre para resolver as situações-problema, relacionando
subtrair valores de determinados minuendo e valores, lendo e preenchendo tabelas.
subtraendo, em contextos distintos, podendo
utilizar operações inversas para a verificação Dificuldades antecipadas
de resultados. Os alunos podem ter dificuldade na resolução
• Discutindo: apresentar a resolução das estratégias da atividade da seção Mão na massa, pois podem
utilizadas para resolver as situações-problema querer preencher o quadro e, como não conseguirão
que envolvem valores distintos, percebendo a encontrar diretamente essa informação na tabela
equivalência entre os valores. de resultados apresentada, podem travar e não
• Retomando: organizar conhecimentos conseguir chegar a uma resolução. Nesse caso,
relacionados à adição e à subtração de questione-os: O que é preciso saber para preencher
valores, contendo a verificação de valores e o a pontuação? O que vale ponto no campeonato de
preenchimento de dados. futebol? Vitórias e empates? Há como saber quantas
• Raio X: validar a resolução de situações-problema vitórias e quantos empates cada time teve? E agora,
utilizando a ideia de que a diferença permanece você consegue preencher o quadro?
a mesma quando se subtrai o mesmo número Os alunos podem conseguir saber os Gols Pró
no minuendo e no subtraendo. (GP), feitos pelo time, mas podem ter dificuldade
para encontrar os gols que o time sofreu (GC). Nesse
Objetivo de aprendizagem caso, auxilie o aluno a perceber que, em um jogo, se
• Compreender e explorar o princípio aditivo da o time A fez 3 gols e o time B fez 2 gols, isso significa
igualdade. que o time B sofreu 3 gols e o time A sofreu 2 gols.
Uma sugestão é perguntar: Como você conseguiu
saber os gols pró (gols feitos pelo time)? Os gols
contra devem estar no mesmo quadro, certo? Por
exemplo, se o Brasil jogou e ganhou de 3 a 1, quantos
gols o Brasil fez? E quantos gols o Brasil sofreu?

dados, reconhecendo o minuendo e o subtraendo. Essa


CONTEXTUALIZANDO atividade tem o propósito de introduzir o conceito da
aula e promover a reflexão. Eles deverão resolver to-
Orientações das as subtrações propostas; para isso poderão utilizar
Neste momento, procure identificar potencialidades as estratégias que conhecem, tais como o algoritmo, a
e fragilidades nas aprendizagens, reconhecendo tanto subtração por decomposição e o cálculo mental, entre
os conhecimentos prévios como as lacunas de apren- outras possibilidades, mas não é necessário que cheguem
dizagem que os alunos apresentam em relação à ideia a alguma conclusão neste momento, pois a aula servirá
de subtração. Verifique como os alunos organizam os justamente para responder a essas questões.

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Se julgar necessário, discuta com a turma: O ar- 2. Ao ataque: 10 – 8 = 2 e 6 – 4 = 2,
gumento de Victor é válido? E o argumento de Pedro? assim: 10 – 8 = 6 – 4;
Bola no Pé: 11 – 10 = 1 e 7 – 6 = 1,
Expectativas de respostas assim: 11 – 10 = 7 – 6.
45 – 17 = 28 e 39 – 11 = 28. Os dois ficaram com o Notando que, ao subtrair o mesmo valor no mi-
mesmo valor. nuendo e no subtraendo, o valor da diferença
permanece o mesmo.
3. Ao ataque: 10 – 8 = 2 e 5 – 3 = 2,
MÃO NA MASSA assim: 10 – 8 = 5 – 3;
Bola no Pé: 11 – 10 = 1 e 6 – 5 = 1,
Orientações assim: 11 – 10 = 6 – 5.
Assegure-se de que os alunos compreenderam o Notando que, ao subtrair o mesmo valor no mi-
enunciado e as demandas da situação-problema. Permita nuendo e no subtraendo, o valor da diferença
que eles tentem preencher o quadro sozinhos, acom- permanece o mesmo.
panhando-os e identificando as eventuais dificuldades.
Esteja disponível para sanar as dúvidas, especial- Expectativas de respostas
mente aquelas relacionadas ao saldo negativo de gols. 1. Não, pois, ao subtrair o mesmo valor no minuendo
e no subtraendo, o valor da diferença permanece
Expectativas de respostas o mesmo.
2. Não, pois, ao subtrair o mesmo valor no minuendo
e no subtraendo, o valor da diferença permanece
J V E D P GP GC SG o mesmo.
Goleadores 3 3 1 0 4 8 8 0 3. Não, pois, ao subtrair o mesmo valor no minuendo
Vitoriosos 3 0 1 0 1 4 7 –3 e no subtraendo, o valor da diferença permanece
o mesmo.
Bola no Pé 3 6 0 0 6 11 10 1
Ao Ataque 3 6 0 0 6 10 8 2
RETOMANDO
1. O time campeão foi o Ao Ataque, pois, apesar de
ele ter a pontuação igual a de outros times, ele
teve maior saldo de gols. Orientações
2. Se os times Ao Ataque e Bola no Pé tivessem feito Relembre e sistematize com os alunos as aprendi-
2 gols a menos e sofrido 2 gols a menos, o saldo zagens da aula e a ideia de utilizá-las para criar es-
de gols permaneceria o mesmo. tratégias que facilitem o cálculo de subtração. Além
disso, valide a ideia de que, quando no minuendo e no
subtraendo é subtraído o mesmo número, o resultado
DISCUTINDO continua o mesmo. Ressalte que esses conhecimentos
são elaborados a partir dos conhecimentos de cada
um, por meio de observação e investigação, e assim
Orientações
foi possível constatar que uma igualdade é formada
1. Ao ataque: 10 – 8 = 2 e 7 – 5 = 2,
por dois membros com termos equivalentes.
assim: 10 – 8 = 7 – 5;
Bola no Pé: 11 – 10 = 1 e 8 – 7 = 1,
assim: 11 – 10 = 8 – 7.
Notando que, ao subtrair o mesmo valor no mi-
nuendo e no subtraendo, o valor da diferença
permanece o mesmo.

132 4 o ANO

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Expectativas de respostas
RAIO X
Maria agiu de maneira correta. Ela preferiu arredon-
dar o subtraendo, deixando-o com final ZERO. Para
Orientações isso, ela subtraiu 8 no subtraendo e, para manter a
Os alunos devem realizar este problema individual- igualdade, também retirou 8 do minuendo, passando
mente. Peça a eles que pensem nas maneiras pelas de 147 para 139. Logo, o resultado que ela calculou
quais podem obter a resolução. Ao final, solicite que para 139 – 90 é o mesmo da operação 147 – 98.
compartilhem suas respostas e, nesse momento, faça
suas intervenções, levando em conta que mesmo os
erros são estruturas de resolução. Peça aos alunos que
expliquem seus erros e pensamentos e como podem
corrigi-los.

ANOTAÇÕES

133 M AT E M ÁT I CA

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3. Qual é o valor?
PÁGINA 132 PÁGINA 133

2. Bruna e Caio foram a uma lanchonete. No final do passeio, ficaram com a mesma
3. Qual é o valor? quantia. Bruna levou 40 reais e comprou um lanche, com hambúrguer e suco. Caio
gastou 4 reais a mais que Bruna. É possível saber a quantia que Caio havia levado
Em capítulos anteriores, vimos que igualdade significa equivalência, ou seja, o que está para a lanchonete?
no primeiro membro da igualdade é equivalente ao que está no segundo membro.
Pensando nisso, analise a igualdade abaixo.

+ 6 = 8 + 5

1. Qual é o valor do peixinho?

2. Descreva a estratégia que você adotou para descobrir o valor do peixinho.

DISCUTINDO
MÃO NA MASSA
Agora, discuta com os colegas quais estratégias foram utilizadas para determinar os
valores desconhecidos na seção Mão na massa.
Vamos resolver as seguintes situações-problema!
No espaço abaixo, monte uma lista ou esquema para demonstrar como foi possível de-
terminar esses valores desconhecidos utilizando a adição e a subtração.
1. João e Pedro estão colecionando juntos um
álbum de figurinhas do campeonato brasileiro
de futebol. Carla e Renata também estão co-
lecionando juntas as figurinhas do mesmo ál-
bum. Eles resolveram comparar a quantidade
de figurinhas repetidas que cada dupla tinha
e descobriram que a dupla de meninos e a
dupla de meninas tinham exatamente a mesma quantidade. Sabemos que João
tinha 5 figurinhas a mais que Carla, e Pedro tinha 12 figurinhas. Com essas infor-
mações, como podemos saber a quantidade de figurinhas de Renata?

132 4 o ANO 133 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 134 PÁGINA 135


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RETOMANDO 3. + 12 = 14 + 14

Nesse capítulo, nós aprendemos a determinar o valor desconhecido em uma igualdade,


pensando na relação entre os números que estão nos dois membros da igualdade. Observe
o quadro abaixo, completando-o com os valores que estão faltando.

23 – 7 = – 10  16 = – 10
4. 15 – 7 = –8
Adiciono 10 em cada membro da igualdade
para determinar o número desconhecido.

16 + 10 = + 10  26 =

Logo, 23 – 7 = 26 – 10.

5. – 9 = 15 – 3
Para isso, retomamos as seguintes aprendizagens:

⊲ Verificamos que temos uma igualdade apenas quando os membros possuem ter-
mos equivalentes.
⊲ Para uma igualdade permanecer a mesma, podemos somar ou subtrair o mesmo
número em seus dois membros.

RAIO X 6. 18 – 6 = 25 –

Complete as lacunas com números de forma a deixar as igualdades verdadeiras. Você


pode desenvolver seu raciocínio nos quadros a seguir. Não se esqueça de justificar a resolu-
ção que utilizou para chegar aos resultados.

7. 30 + = 25 + 8
1. 12 + 7 = 10 +

2. 15 + = 25 + 7 8. 17 – 6 = – 11

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Habilidades do DCRC
Reconhecer e mostrar, por meio de exemplos, que a relação de igualdade existente entre dois termos permanece
EF04MA14
quando se adiciona ou se subtrai um mesmo número a cada um desses termos.
Determinar o número desconhecido que torna verdadeira uma igualdade que envolve as operações fundamentais
EF04MA15
com números naturais.

Sobre o capítulo Dificuldades antecipadas


• Contextualizando: discutir e refletir sobre as No decorrer deste capítulo, durante a resolução
estratégias empregadas para determinar um valor das atividades propostas, os alunos podem enfrentar
desconhecido em uma situação de igualdade. algumas dificuldades. Assim, propomos algumas
• Mão na massa: elaborar estratégias de intervenções para contorná-las.
investigação que permitam ao aluno recorrer a Se, durante a realização da atividade proposta
seus conhecimentos matemáticos para promover na seção Mão na massa, os alunos apresentarem
a resolução, compreendendo o contexto envolvido dificuldade em pensar de maneira mais abstrata, sem
no enunciado. ter todos os valores, intervenha e questione: Será
• Discutindo: apresentar e discutir as estratégias que, para ajudar, eu posso supor valores encontrados
utilizadas nas resoluções das situações-problema pelas crianças? Quaisquer valores servem? Qual
envolvendo a equivalência de valores. condição devemos observar no momento de supor
• Retomando: sistematizar o conhecimento sobre valores para as figurinhas de João e Carla? Após
equivalência dentro do contexto situacional. os alunos resolverem o problema pensando dessa
• Raio X: validar os conhecimentos adquiridos forma, você pode perguntar: Mas será que vocês
para resolver situações-problema que envolvem chegaram a essa resposta por causa dos valores
equivalência. que colocaram no início? Estimule-os a testar outras
possibilidades para validar suas respostas. Essa
Objetivo de aprendizagem estratégia poderá ajudar os alunos a compreender
• Identificar o valor desconhecido em uma que podem resolver esse problema mesmo sem
igualdade. saber alguns dos valores. Busque a reflexão e a
utilização de conceitos matemáticos para resolver
Contexto prévio as situações-problema propostas, verificando se os
Para este capítulo, os alunos devem saber efe- alunos conseguem utilizar essas estruturas para
tuar a adição e a subtração de números naturais, formular respostas coerentes e que aumentem sua
bem como ler e interpretar situações-problema uti- compreensão.
lizando conhecimentos matemáticos na criação de
estratégias para resolvê-las.

CONTEXTUALIZANDO MÃO NA MASSA

Orientações
Orientações
Verifique como os alunos organizam os dados, reconhe-
Permita que os alunos exponham seus pensamentos,
cendo as igualdades, e durante o processo de resolução
suas resoluções e estratégias, promovendo o debate
deixe que digam como resolveriam o problema. Podem
entre eles. Ande pela sala e observe se os alunos de-
surgir algumas estratégias, como: a) calcular 8 + 5 = 13
senvolveram alguma estratégia; se julgar necessário,
e pensar qual número somado a 6 resulta em 13; b)
discuta com a turma: Quais informações o enunciado
calcular 8 + 5 = 13 e, depois, subtrair 6 de 13.
nos traz? Quantos álbuns estão sendo colecionados? O
enunciado diz que as duplas têm exatamente a mesma
Expectativas de respostas
quantidade de figurinhas? O que isso significa com re-
1. O valor do peixinho é 7.
lação à quantidade de figurinhas de João, Pedro, Carla
2. Resposta pessoal.
e Renata? Nós sabemos a quantidade de figurinhas de

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EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 135 27/12/2021 21:08


todas as crianças? Que informação nós temos sobre a
quantidade de figurinhas de João e Carla? Na atividade
DISCUTINDO
2, nós sabemos quanto dinheiro cada amigo levou?
O propósito dessas questões é levar o aluno a refletir Orientações
sobre os valores e investigar as diversas possibilida- Solicite aos alunos que observem as estratégias
des, observando que existem diferentes estratégias apresentadas pelos colegas. Sonde-os para verificar
de resolução. se compreenderam que, ao somar ou subtrair o mesmo
Uma estratégia possível para resolver a atividade 1: número nos dois membros de uma igualdade, a equiva-
sabemos que as quantidades de figurinhas repetidas lência permanece. Analisar a regularidade na adição
que cada dupla tem é a mesma; assim, chamando essas ou na subtração nos dois membros da igualdade é um
quantidades pelos nomes das personagens, podemos caminho para determinar números desconhecidos numa
assumir que: igualdade. Incentive os alunos a explorar diferentes
João + Pedro = Carla + Renata estratégias de cálculo. Peça a eles que esquematizem e
Sabemos também que João tinha 5 figurinhas a testem suas ideias, para que assim possam validá-las ou
mais que Carla, ou seja, João = Carla + 5, e que Pedro não, até chegar a uma que atenda suas necessidades.
tinha 12 figurinhas. Logo:
Carla + 5 + 12 = Carla + Renata Expectativas de respostas
Notamos que, independentemente da quantidade Resposta pessoal. Espera-se que o aluno sistema-
de figurinhas de Carla, Renata tinha 17 figurinhas. tize seus conhecimentos, retomando a ideia de
Uma estratégia possível para resolver a atividade 2: igualdades, seja por esquemas, como na balança,
sabemos que, no final do passeio, os amigos ficaram seja escrevendo algumas listas para apresentar a
com a mesma quantia (identificada como troco), que equivalência nos termos.
Bruna levou R$ 40,00 e comprou um lanche e Caio
gastou R$ 4,00 a mais que a menina, ou seja, o valor
do lanche + 4: RETOMANDO
Troco de Bruna = Troco de Caio
40 – lanche = Quantia que Caio levou – lanche + 4
Nesse cenário, concluímos que Caio levou R$ 44,00 Orientações
para a lanchonete. Retome a ideia de equivalência e o conceito de que
A ideia da álgebra nesta etapa da escolarização não podemos somar ou subtrair o mesmo valor nos dois mem-
diz respeito a manipular incógnitas (x, y…), mas sim a bros da igualdade. Ressalte que esses conhecimentos
expressar generalizações ao identificar padrões. Assim, são elaborados a partir dos conhecimentos de cada
focamos as discussões em desenvolver o pensamento um, por meio de observação e investigação, e assim
algébrico dos alunos. foi possível constatar que uma igualdade é formada por
dois membros com termos equivalentes. Reforce com
Expectativas de respostas os alunos como esse conteúdo nos auxilia a encontrar
1. Renata tinha 17 figurinhas. números desconhecidos numa igualdade, exemplifican-
2. Caio levou R$ 44,00. do a relação entre dois números dos dois membros da
igualdade (no primeiro exemplo, 15 e 17; no segundo, 23
e 26), e não a somar 17 + 9, para então descobrir o valor
desconhecido no primeiro membro. Pergunte aos alunos:
Quais estratégias foram utilizadas? Por quê? Espera-se
que os alunos sejam capazes de sintetizar oralmente
suas formas de resolução de maneira clara.

136 4 o ANO

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RAIO X Expectativas de respostas
1. 9
Orientações 2. 17
O propósito desta atividade é verificar se os alunos 3. 16
compreenderam como determinar o valor desconhecido 4. 16
em uma igualdade com adições e subtrações, retomando 5. 21
a ideia de que, ao adicionar ou subtrair o mesmo número 6. 13
nos dois membros de uma igualdade, a equivalência 7. 3
dessa igualdade se mantém. Os alunos devem realizar 8. 22
este problema individualmente. Peça a eles que pen-
sem nas estratégias para a obtenção da resolução.
Ao final, solicite aos alunos que compartilhem suas
respostas e, nesse momento, faça suas intervenções,
levando em conta que mesmo os erros são estruturas
de resolução. Assim, peça aos alunos que expliquem
seus erros e pensamentos e como podem corrigi-los.

ANOTAÇÕES

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UNIDADE 5

IDENTIFICANDO ÂNGULOS RETOS E NÃO RETOS


COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

1; 2; 7.

HABILIDADE DO DCRC
Reconhecer ângulos retos e não retos em figuras poligonais com o uso de dobraduras, esquadros ou softwares
EF04MA18
de geometria.

OBJETOS DE CONHECIMENTO

• Ângulos retos e não retos: identificação em polígonos.

UNIDADE TEMÁTICA

Geometria.

PARA SABER MAIS

• V AN DE WALLE, J. A. Desenvolvendo conceitos de medidas: medindo ângulos. In: Matemática no Ensino Fundamental:
formação de professores e aplicação em sala de aula. Porto Alegre: Artmed, 2009. p. 422-424.
• PIRES, C. M. C.; CURI, E.; CAMPOS, T. M. M. Espaço e forma: a construção de noções geométricas pelas crianças.
São Paulo: PROEM, 2000.

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1. Ângulos
PÁGINA 136 PÁGINA 137

UNIDADE 5
MÃO NA MASSA

IDENTIFICANDO ÂNGULOS As imagens representam uma roleta com duas setas em diferentes posições. Observe.

RETOS E NÃO RETOS

1. Ângulos
⊲ Você sabe o que são ângulos? Já ouviu falar neles? Posição 1 Posição 2 Posição 3

No espaço a seguir, escreva suas compreensões sobre o assunto. Você pode fazer de- a. A roleta inicial (posição 1) foi alterada para a posição 2, depois para a posição 3.
senhos, esquemas e anotações que ilustrem suas ideias sobre ângulos. O que aconteceu com as setas? Você percebe algum tipo de movimento? Justifique.

b. Observe os ponteiros dos relógios a seguir e diga qual posição (1, 2 ou 3) melhor
representa cada um deles.

12 1 12 1 12 1
11 11 11
10 2 10 2 10 2
9 3 9 3 9 3

8 4 8 4 8 4
7 5 7 5 7 5
6 6 6

Relógio 1 Relógio 2 Relógio 3

c. A abertura entre as setas é a mesma nas três posições da roleta? Quais seme-
lhanças e diferenças você identificou?

136 4 o ANO 137 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 138 PÁGINA 139


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d. Observe o encontro de uma parede e o chão em sua sala de aula. Se a parede


fosse uma seta e o chão fosse outra, qual roleta melhor representaria estas se- RETOMANDO
tas? Justifique.
Os giros produzidos na roleta formam ângulos. Eles são o conjunto formado pelas setas
e pela abertura determinada por elas. Com os giros das setas, podem ser formados ângulos
com diferentes medidas. As imagens a seguir representam ângulos retos obtidos de diferen-
tes posições da roleta.
e. Você sabe o nome que se dá ao conjunto formado pelas setas e pelo espaço de
abertura entre elas? Qual?

DISCUTINDO

Você deve ter observado que as setas da roleta têm sua posição alterada por meio de
giros. Com os giros, as setas formam diferentes aberturas que podem ser maiores (mais aber-
tas) ou menores (mais fechadas). Há aberturas iguais em posições diferentes.
Isso depende do ângulo que está sendo analisado. Pode-se perceber que o ângulo se RAIO X
forma tanto na parte interna da figura como na parte externa. Observe as marcações.
Na imagem a seguir, onde você identifica ângulos retos? Assinale na imagem.

Posição 1 Posição 2

Mas também pode acontecer de o mesmo ângulo ser formado, mas em posições dife-
rentes. Observe as imagens a seguir.

Nesse caso, todos têm a mesma abertura e, por isso, são iguais. É como fixar as setas e
girar a roleta: as setas mudam de posição, mas a abertura é a mesma.

138 4 o ANO 139 M AT EM ÁT I CA

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139 M AT E M ÁT I CA
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Habilidade do DCRC
Reconhecer ângulos retos e não retos em figuras poligonais com o uso de dobraduras, esquadros ou softwares
EF04MA18
de geometria.

Sobre o capítulo
• Contextualizando: verificar os conhecimentos Contexto prévio
prévios sobre ângulos. Como a ideia de ângulos é introduzida neste
• Mão na massa: utilizar ponteiros do relógio e capítulo, o contexto prévio depende apenas da ati-
da roleta para introduzir a ideia de ângulo. vidade proposta e do aporte manipulativo utilizado.
Embora sejam semelhantes, é preciso desassociar
• Discutindo: refletir sobre diferentes medidas a roleta com duas setas de um relógio que tem os
de ângulos utilizando a roleta, associando cada giros apenas no sentido horário. A roleta permite o
medida à abertura entre as setas da roleta. movimento (giros) também no sentido anti-horário.
• Retomando: sistematizar o conceito de ângulo
e apresentar o ângulo de 90°. Dificuldades antecipadas
• Raio X: relacionar o ângulo reto a uma abertura Os alunos podem encontrar dificuldade em
particular obtida nos giros das setas da roleta e perceber que alguns ângulos têm medidas iguais,
associada a elementos da arquitetura. embora estejam em posições diferentes. Essa é uma
importante discussão que precisa ser retomada em
capítulos posteriores. A associação do ângulo reto
Objetivos de aprendizagem
com elementos da arquitetura ou objetos da sala
• Associar ângulo à ideia de giros. de aula não deve ser difícil para os alunos, mas
• Identificar ângulo reto e ângulo não reto em é necessário dar atenção redobrada para os que
figuras bidimensionais. não conseguem perceber a presença marcante dos
ângulos retos e têm dificuldade em perceber os
Materiais ângulos retos nas mais diversas posições. Assim,
• Papelão ou cartolina (tamanho equivalente a utilize material concreto para demonstrar o que é
1 para cada aluno). um ângulo.
4
• Palito de picolé (dois para cada aluno).
• Tachinha (uma para cada aluno).

CONTEXTUALIZANDO
pode ser realizada com os alunos uma proposta de
Orientações sala de aula invertida relacionando ângulos a giros,
Embora a ideia do capítulo seja introduzir o conceito por exemplo. Para isso, use um relógio analógico para
de ângulo, os alunos podem trazer compreensões de fazer demonstração de diversos ângulos. Instigue os
contextos variados, como “ângulo de visão”. Incentive- alunos a identificar na sala de aula alguns ângulos
‑os a escrever sobre as ideias básicas que têm sobre formados. Pergunte: Qual é o ângulo formado no
ângulos, mesmo que eles informem que não sabem canto do quadro? Demonstre um giro em uma roleta
nada ou que não sabem explicar. Peça a eles que de- que eles possam manipular e faça com os alunos
senhem ou apresentem um esquema. Pode ser que algumas associações.
eles associem a um transferidor ou aos ponteiros de um
relógio, ou mesmo ao tradicional desenho de um ângulo. Expectativas de respostas
Pergunte: Onde vocês ouviram falar a palavra ângulo? Resposta pessoal. Espera-se que os alunos reco-
O que vocês acham que ela significa? nheçam que é possível identificar ângulos no dia a
O resultado apresentado pelos alunos deve ser- dia, de acordo com suas experiências.
vir de aporte para o trabalho deste e dos capítulos
posteriores desta unidade. Após a produção do texto,

140 4 o ANO

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d. Relaciona-se melhor com a posição 3, pois a
MÃO NA MASSA parede e o chão são retos.
e. Ângulo.
Orientações
Antes de realizar esta atividade, confeccione a roleta
artesanal com os alunos. Os círculos devem ser construí- DISCUTINDO
dos com papelão, as setas devem ser feitas por palitos
de picolé presos com a tachinha. Caso seja necessário, Orientações
os materiais podem ser substituídos: o papelão pela Utilize discussões desta seção para que os alunos
cartolina e os palitos de picolé que formam as setas possam compreender novas possibilidades de resolução
por um objeto rígido de outro material com tamanho da atividade da seção Mão na Massa. Faça no quadro
equivalente. É necessário, também, que se utilize algum alguns desenhos da roleta com diferentes posições dos
objeto redondo para fazer o modelo da roleta. ângulos. Se possível, confeccione uma roleta grande
No item b, os alunos devem perceber o ângulo for- para que todos possam ver. Coloque as setas em uma
mado pelas setas e apenas mudar a posição do ângulo posição qualquer e gire a roleta de várias maneiras
formado na base da roleta (figura circular). Reforce com para mostrar aos alunos que é possível que ângulos
a turma que um ângulo que mede, por exemplo, 90º de mesma medida (abertura) sejam formados em po-
permanece com a mesma medida, independentemente sições diferentes.
da posição em que se encontre. Observe se houve a Encerre este momento verificando se há dúvidas entre
associação correta e inicie uma discussão com a turma os alunos e sugira que representem outras aberturas
na hora da correção e da socialização. de ângulo e posições da roleta.
Explique a eles que, embora a roleta se pareça
com um relógio, não há nela o rigor do movimento
horário e eles podem optar por girar as setas em sen-
tidos diferentes. Não há impedimento para essa ação. RETOMANDO
O importante é que se observem os “giros”.
Explique que os ângulos se formam tanto na parte Orientações
interna como na parte externa de uma figura. Pode ser Encerre a atividade relembrando com os alunos
que algum aluno pergunte ou perceba isso. Caso con- as diferentes estratégias elaboradas. Peça a eles que
trário, faça questionamentos para que eles percebam conversem com os colegas sobre quais foram as posi-
isso por meio da roleta, por exemplo: Qual ângulo você ções de ângulos que eles realizaram. Aproveite esse
percebe? Há outro? Eles se complementam? momento para levantar alguns questionamentos, a fim
No item d, verifique se, nas respostas ou comentários de compreender se ainda há dúvidas entre os alunos
da turma, surge a justificativa de que “são retos” para sobre o que foi ensinado neste capítulo.
introduzir a nomenclatura ângulo reto para o ângulo Após explorar com a roleta ou o relógio analógico
de 90°. o ângulo de 90°, apresente o termo ângulo reto.
No item e, é possível que o nome “ângulo” não surja Associe o ângulo reto com a ideia que ele repre-
na discussão. Permita que os alunos pensem e discutam senta 1 de volta de uma circunferência completa.
4
sobre essa questão. Pergunte: Que nome você daria? Em seguida, mostre aos alunos que existem ângulos

Expectativas de respostas menores que o ângulo reto (ângulos agudos) e outros


a. As setas estão em posições diferentes. Elas se maiores (ângulos obtusos). Ilustre com exemplos di-
movimentaram, saíram do lugar. Elas foram mo- versos, sempre fazendo com que os alunos reflitam
vidas, giradas, em círculo. sobre suas respostas, incentivando-os a participar
b. Relógio 1 – posição 3; relógio 2 – posição 2; re- das discussões. Pergunte: O que mais chamou sua
lógio 3 – posição 1. atenção nesta aula? Você sentiu dificuldades? Quais?
c. Nas imagens, as aberturas são diferentes. Há algo que você não conseguiu compreender?

141 M AT E M ÁT I CA

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RAIO X Para aprofundamento e fundamentação teórico-
-metodológica a respeito dos assuntos trabalhados
Orientações neste capítulo, a sugestão a seguir pode ser consultada:
Apresente a atividade e peça aos alunos que indiquem • Matemática IXL. IXL Learning. Disponível em: https://
em que ponto da imagem identificaram o ângulo reto. br.ixl.com/matematica. Acesso em: 18 dez. 2021.
Anote no quadro as identificações que eles destacarem. O site apresenta um recurso tecnológico com ativi-
A seção Raio X é um momento para avaliar se todos dade na qual o aluno deve identificar ângulos maiores,
os alunos conseguiram avançar no conteúdo proposto, menores ou iguais a um ângulo reto. Na atividade,
por isso procure identificar e anotar os comentários de quando há erro na resposta, é disponibilizada uma
cada um. Se necessário, retome o conceito de ângulo explicação sobre ângulos retos e não retos.
reto e peça aos alunos que localizem na sala de aula
os pontos onde é possível identificá-los. Faça uma de-
monstração com a ilustração no quadro. Represente Expectativas de resposta
também um campo de futebol e pergunte: Quais dessas Na janela, na porta, no degrau, na vidraça da janela
figuras representam o ângulo formado na parte interna do sótão etc.
da trave de futebol?

ANOTAÇÕES

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2. Ângulos nas figuras planas
PÁGINA 140 PÁGINA 141

2. Ângulos nas figuras planas Desenho do


polígono
Nome do
polígono
Quantidade
de lados
Quantidade
de ângulos
Tipo de ângulos
internos

1. As figuras geométricas a seguir são consideradas polígonos – figuras geométricas


planas e fechadas formadas por segmentos de reta. O encontro de dois segmen-
tos, com a região entre eles, forma um ângulo. Esses ângulos podem ser retos
quando medem 90º; agudos quando medem menos que 90º; obtusos quando são
maiores que 90º.
Observe os polígonos a seguir e responda ao que se pede.

b. Qual é a relação entre a quantidade de lados e a quantidade de ângulos?

Triângulo Quadrado Retângulo Pentágono Hexágono

a. O que você observa nos polígonos em relação a seus lados e a seus ângulos?
c. Qual destas figuras possui ângulo menor que o ângulo reto? Justifique sua
resposta.

b. Quantos lados e quantos ângulos possui o hexágono? Esses ângulos são retos?
DISCUTINDO

Você deve ter percebido que, das figuras apresentadas, o quadrado e o retângulo pos-
c. Quais são os dois polígonos que possuem os mesmos ângulos entre si? suem ângulos retos, enquanto este triângulo possui ângulos menores que o ângulo reto,
porque a “abertura” é mais fechada. As demais figuras possuem ângulos maiores que o reto.
Analisando a imagem a seguir, conseguimos perceber que os lados do quadrado estão
alinhados com as linhas vermelhas. Já o triângulo está dentro do limite das linhas vermelhas,
o que indica que o ângulo é menor que o ângulo reto. Já as outras duas figuras, pentágono e
MÃO NA MASSA hexágono, ultrapassam o limite das linhas vermelhas, o que indica que o ângulo é maior que
o ângulo reto. Para medirmos um ângulo, utilizamos o transferidor e a unidade de medida é
1. Observe os polígonos da atividade anterior. o grau (º).

a. Preencha o quadro a seguir.

Desenho do Nome do Quantidade Quantidade Tipo de ângulos


polígono polígono de lados de ângulos internos

140 4 o ANO 141 M AT EM ÁT I CA

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RETOMANDO RAIO X

A quantidade de lados de um polígono tem relação direta com a quantidade de ângu- 1. Faça a dobradura a seguir e identifique no cachorrinho ângulos retos e não retos.
los que o polígono possui. Assim, um octógono que tem 8 lados tem também 8 ângulos. Um
retângulo tem 4 ângulos retos e um triângulo equilátero tem três ângulos não retos. Já um
triângulo retângulo tem um ângulo reto e dois ângulos não retos. Observe.

Triângulo retângulo

1. Agora observe o polígono e responda:

I B

H C

G D

F E 2. Como você explicaria para um amigo o que é um ângulo reto?


Eneágono regular

a. Quantos lados e quantos ângulos possui esse polígono?

3. Os ângulos formados pelos polígonos que representam as orelhas do cachorrinho


b. Os ângulos internos desse polígonos são retos ou não retos? são retos ou não retos?

142 4 o ANO 143 M AT EM ÁT I CA

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143 M AT E M ÁT I CA
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Habilidade do DCRC
Reconhecer ângulos retos e não retos em figuras poligonais com o uso de dobraduras, esquadros ou softwares
EF04MA18
de geometria.

Sobre o capítulo Material


• Contextualizando: retomar o estudo de ângulos • Papel de dobradura (um para cada aluno).
associado ao estudo de polígonos.
• Mão na massa: identificar e nomear polígonos Contexto prévio
e explorar suas características. Noções de ângulos retos e não retos. Conhe-
• Discutindo: sistematizar a classificação de cimentos básicos sobre figuras planas.
ângulos retos e não retos em polígonos.
• Retomando: relacionar a quantidade de lados Dificuldades antecipadas
dos polígonos à quantidade de ângulos. Os alunos podem apresentar dificuldade em
• Raio X: validar os conhecimentos explorados no identificar as características dos polígonos e associá-
capítulo, explorando ângulos retos e não retos em las à quantidade e aos tipos de ângulos (retos
uma dobradura. e não retos). É importante, portanto, desenhar,
apontar características, pedir aos alunos que
Objetivo de aprendizagem exponham suas compreensões e formulem suas
• Identificar ângulos retos e não retos em figuras próprias definições acerca do tema. Para contornar
planas. pequenos obstáculos de aprendizagem, você pode
utilizar papel pontilhado ou quadriculado para
diferenciar ângulos retos e não retos.

CONTEXTUALIZANDO MÃO NA MASSA

Orientações Orientações
A proposta da atividade é de que os alunos pensem Questione os alunos sobre quais figuras possuem
sobre as características de polígonos e os respectivos ângulos internos maiores que o ângulo reto. Pergunte se
ângulos. Faça uma roda de conversa e anote no quadro há outras figuras que possuem ângulo reto (retângulo
as principais falas para a construção de um conceito e triângulo retângulo, por exemplo). Faça uma roda
coletivo que contenha os elementos mais importantes de conversa e solicite aos alunos que apresentem
com relação ao número de lados e à classificação dos suas soluções e justificativas. Explore os ângulos
ângulos como retos e não retos. em outras figuras, para que os alunos não pensem
Explore com os alunos o fato de que o quadrado que o triângulo é sempre formado somente por
têm ângulos retos. Mostre a eles, utilizando malhas ângulos agudos ou que o pentágono não possa ter
pontilhadas ou quadriculadas, os conceitos de ângulos um ângulo agudo.
retos, agudos e obtusos.

Expectativas de respostas
1. a. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos fa-
çam observações sobre o número de lados dos
polígonos, verificando que há a mesma quantidade
de ângulos. Espera-se também que identifiquem
se os ângulos são retos ou não retos.
b. Seis lados, seis ângulos. Os ângulos não são retos.
c. O quadrado e o retângulo possuem todos os ân-
gulos retos.

144 4 o ANO

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Expectativas de respostas
1. a.
Desenho do Quantidade Quantidade Tipo de ângulos
Nome do polígono
polígono de lados de ângulos internos

triângulo 3 3 não reto ou agudo

quadrado 4 4 reto

pentágono 5 5 não reto ou obtuso

hexágono 6 6 não reto ou obtuso

retângulo 4 4 reto

b. A quantidade de lados dos polígonos corresponde à mesma quantidade de ângulos.


c. Triângulo, pois os ângulos internos medem menos de 90º, pois os ângulos internos medem menos
de 90º.

DISCUTINDO RETOMANDO

Orientações Orientações
Nessa discussão, é importante retomar as definições A relação entre lado e ângulo é fortemente marcada
elaboradas implicitamente pelos alunos acerca de
nessa retomada, bem como a observância da presença
ângulos retos e não retos. Muito provavelmente, houve
de ângulos retos e não retos. Faça desenhos para
o estabelecimento de relação entre o “tamanho da
abertura” dos ângulos para comparar com os ângulos explicitar as características dos polígonos explorados e
maiores e os menores que o ângulo reto. Construa diversos de outros. Instigue os alunos a participar efetivamente
polígonos regulares e irregulares no quadro para que e tirar suas dúvidas. Para isso, valorize as respostas
os alunos percebam os ângulos e classifiquem-nos. deles e faça questionamentos sobre a temática, por
Exemplifique com ângulos formados na sala de aula, exemplo: Como você identificou o tipo de ângulo desse
como o encontro de duas paredes. Com a porta da sala de polígono? Estimule que os alunos façam registros nos
aula, é possível fazer giros, formando ângulos diversos, seus cadernos e, caso seja necessário, faça as devidas
sejam eles retos, agudos ou obtusos. É importante que, intervenções, sempre exemplificando e demonstrando
durante toda a ação, os alunos sejam instigados a refletir com o auxílio de recursos diversos.
sobre suas respostas e que participem efetivamente. Para
isso, é necessário inseri-los na discussão, pois, quando Expectativas de respostas
participam do processo, desenvolvem a aprendizagem 1. a. O eneágono possui 9 lados, 9 ângulos.
de forma mais efetiva.
b. Todos os ângulos são obtusos. Os ângulos in-
ternos são não retos (ou obtusos) porque estão
mais abertos (abertura maior que 90º).

145 M AT E M ÁT I CA

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Ao planejar a aula, organize o material para dobradura
RAIO X em folha de papel quadriculado, pois, assim, facilitará
a identificação dos ângulos pelos alunos. Ao terminar
Orientações a dobradura, eles poderão pintar sua arte usando a
Espera-se que haja referência do ângulo reto a giro criatividade.
1
ou volta de (relógio, roleta) ou associação com objetos
4 Expectativas de respostas
como ponta do caderno, do quadro, da porta ou mesmo 1. Ângulo reto: nariz.
de polígonos como quadrado e retângulo. Durante a Ângulos não retos: os três ângulos das orelhas,
atividade de dobradura, a cada passo realizado, pergunte os dois ângulos do focinho, os quatro ângulos
aos alunos quais foram os ângulos formados. Registre formados no encontro das orelhas com o rosto.
no quadro todas as respostas para consulta posterior. 2. Espera-se que associem o ângulo reto a um ângulo
1
de de volta de um relógio analógico.
4
3. Não retos.

ANOTAÇÕES

146 4 o ANO

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UNIDADE 6

FIGURAS PLANAS E SUAS PROPRIEDADES


COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

1; 2; 4.

HABILIDADES DO DCRC
Reconhecer ângulos retos e não retos em figuras poligonais com o uso de dobraduras, esquadros ou softwares
EF04MA18
de geometria.

Reconhecer simetria de reflexão em figuras e em pares de figuras geométricas planas e utilizá-la na construção
EF04MA19
de figuras congruentes, com o uso de malhas quadriculadas e de softwares de geometria.

OBJETOS DE CONHECIMENTO

• Polígonos e suas propriedades.


• Figuras simétricas e não simétricas.
• Simetria de reflexão em figuras planas.

UNIDADE TEMÁTICA

Geometria.

PARA SABER MAIS

• M
 EIRELLES, E. Análise de simetrias com espelhos. Nova Escola, 1o fev. 2012. Disponível em: https://novaescola.org.br/
conteudo/2087/analise-de-simetrias-com-espelhos. Acesso em: 19 nov. 2021.

147 M AT E M ÁT I CA

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1. Polígonos
PÁGINA 144 PÁGINA 145

UNIDADE 6
MÃO NA MASSA
FIGURAS PLANAS E SUAS Um desafio para você!

PROPRIEDADES No quadro a seguir, cada polígono tem um par.


Você deve descobrir os pares, observando o número de lados e as medidas dos lados
e dos ângulos internos, e pintá-los da mesma cor, identificando cada par de polígonos com
uma cor diferente.

1. Polígonos
Neste capítulo, vamos explorar diversas figuras planas, identificando polígonos e não
polígonos.
Veja as figuras a seguir.

Polígonos

Não polígonos

Então, são chamadas de polígonos as figuras que têm as seguintes características: DISCUTINDO
⊲ É uma figura fechada.
⊲ Formada por segmentos de reta. Vamos analisar os polígonos da seção Mão na massa?

Cada segmento de reta representa um lado do polígono. Observe atentamente os pares de polígonos que você identificou na atividade anterior
Levy, aluno da professora Arlene, recebeu como tarefa de casa um exercício que pedia e, depois, preencha o quadro a seguir.
a ele que desenhasse três polígonos diferentes. Na aula seguinte, Levy apresentou as se-
guintes figuras: Identificação dos polígonos da seção Mão na massa
A B C
Nome do polígono Número de lados Número de ângulos internos

Triângulo 3 lados 3 ângulos

Você acha que todas as figuras apresentadas por Levy são polígonos? Explique.

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Nome do polígono Número de lados Número de ângulos internos


RAIO X
Explorando os polígonos nas artes

1. Luiz Sacilotto (1924-2003) foi um importante pintor, escultor e desenhista brasilei-


ro. Artista modernista, suas obras relacionam cores vibrantes com formas geomé-
tricas, representando, muitas vezes, formas abstratas.
Agora, responda:
Observe uma de suas obras.

1. Quantos ângulos internos você acha que há em um polígono de 13 lados?


© Luiz Sacilotto/ Pinacoteca do Estado de São Paulo.

2. Quantos lados há em um polígono de 14 ângulos internos?

3. Que relação podemos estabelecer entre o número de lados e o número de ângulos


internos de um polígono?

Concreção 6048, 1960. Luiz Sacilotto. Óleo sobre tela. 120 cm x 60 cm. Acervo Pinacoteca do Estado de São Paulo.

a. Qual é o nome dos polígonos cujas áreas internas se apresentam pintadas de


branco? E o nome do polígono colorido de preto? Quantos lados e quantos ân-
gulos internos possuem esses polígonos?
RETOMANDO
Na aula de hoje, pudemos observar que, em qualquer polígono, o número de lados é
igual ao número de ângulos internos.

Triângulo: 3 lados e 3 ângulos internos.

b. Quais são os nomes dos polígonos cujas áreas internas se apresentam pintadas
de roxo? Quantos lados e quantos ângulos internos possuem esses polígonos?
Pentágono: 5 lados e 5 ângulos internos.

Dodecágono: 12 lados e 12 ângulos internos.

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Habilidade do DCRC
Reconhecer ângulos retos e não retos em figuras poligonais com o uso de dobraduras, esquadros ou softwares
EF04MA18
de geometria.

Sobre o capítulo Material


• Contextualizando: reconhecer as característi- • Lápis de cor ou giz de cera.
cas das figuras planas e discutir o conceito de
polígonos, identificando seus elementos (lados Contexto prévio
e ângulos). Para este capítulo, espera-se que os alunos
• Mão na massa: elaborar estratégias que permi- conheçam as características dos polígonos, bem
tam distinguir os polígonos dos não polígonos, como seus elementos (lado, ângulo e vértice).
bem como a relação entre o número de lados
e o número de ângulos de um polígono. Dificuldades antecipadas
• Discutindo: apresentar a resolução da atividade No decorrer deste capítulo, durante a resolução
proposta na seção Mão na massa e discutir das atividades, os alunos podem se deparar com
acerca das estratégias utilizadas. algumas dificuldades; assim, propomos algumas
• Retomando: sistematizar e estruturar a relação intervenções para contorná-las.
entre o número de lados e o número de ângulos Durante a realização da atividade da seção
de um polígono. Mão na massa, observe que não está explícito
• Raio X: validar a aprendizagem a respeito da como identificar os pares de polígonos. A proposta
relação entre o número de lados e o número é desenvolver um trabalho coletivo; por isso, não
de ângulos de polígonos. apresente a atividade com base em inferências,
mas permita que o aluno construa seu próprio
Objetivos de aprendizagem conhecimento.
• Identificar as características de figuras planas.
• Reconhecer polígonos como figuras planas
fechadas.
• Compreender a relação quanto ao número de
lados e de ângulos dos polígonos.

CONTEXTUALIZANDO a figura B é uma linha aberta; e a figura C não é


formada por segmentos de reta.
Orientações
Nesse momento, procure identificar as potencialida-
des e as fragilidades nas aprendizagens, reconhecendo MÃO NA MASSA
tanto os conhecimentos prévios como as lacunas de
aprendizagem que os alunos apresentam em relação Orientações
a polígonos, provocando reflexões e discussões a Organize a turma em duplas ou em trios e explique
respeito dos elementos (lados e ângulos). Durante a que os alunos vão fazer uma atividade em que as ideias
realização da atividade, verifique como eles exploram deverão ser compartilhadas. Em seguida, observe-os
os dados e lidam com as diferentes formas. Se julgar agrupando as figuras planas, deixando que discutam
necessário, proponha a eles que observem algumas suas ideias e verifiquem as formas de organizá-las;
de suas características. assim, eles podem levantar hipóteses, analisar dife-
rentes estratégias e sistematizar seus conhecimentos.
Expectativas de respostas O aluno do 4o ano, muitas vezes, precisa de materiais
Não, pois apenas a figura A é um polígono; as demais manipulativos para construir um conceito matemático e,
não possuem todas características de um polígono; assim, ao explorar e investigar os polígonos propostos,

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busca formas para organizar as informações envolven- e compartilhe o restante com a turma, enfatizando que
do uma das características das figuras planas e para os polígonos são nomeados de acordo com o número
verificar a relação entre o número de lados e o número de lados (tri = 3; quadri = 4, penta = 5 etc.).
de ângulos dos polígonos. Incentive os alunos a explorar diferentes estratégias
É válido ressaltar, em relação às semelhanças e às e peça que esquematizem e testem suas ideias, para
diferenças, que os pares de polígonos não são iguais; o que possam validá-las ou não, até chegar a uma que
que são iguais são os números de vértices, de ângulos atenda às suas necessidades.
internos e de lados dos pares de polígonos, pois exis-
tem dois polígonos de 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11 lados. Expectativas de respostas
Se julgar necessário, discuta com a turma utilizando
os seguintes questionamentos: Nome do Número de Número de
• Todas essas figuras são polígonos? Explique. polígono lados ângulos internos
• Quantos lados tem cada polígono? Triângulo 3 lados 3 ângulos
• Quantos ângulos internos tem cada polígono? Quadrilátero 4 lados 4 ângulos
• Vocês observaram alguma relação entre o número de
Pentágono 5 lados 5 ângulos
lados e o número de ângulos internos dos polígonos?
• São iguais com relação ao número de ângulos in- Hexágono 6 lados 6 ângulos
ternos e de lados? Heptágono 7 lados 7 ângulos
Octógono 8 lados 8 ângulos
Expectativas de respostas
Eneágono 9 lados 9 ângulos
Os alunos devem perceber que existem 2 polígonos
de cada tipo (eles podem observar as semelhanças Decágono 10 lados 10 ângulos
pelo número de lados e/ou de ângulos internos). Undecágono 11 lados 11 ângulos
9 lados 9 lados 10 lados 10 lados 11 lados 11 lados
1. 13 ângulos.
2. 14 lados.
3. Em qualquer polígono, o número de lados é igual
ao número de ângulos.
6 lados 6 lados 7 lados 7 lados 8 lados 8 lados

RETOMANDO
3 lados 3 lados 4 lados 4 lados 5 lados 5 lados

Orientações
Relembre com os alunos o que aprenderam durante
a aula, enfatizando a relação entre o número de la-
DISCUTINDO dos e o de ângulos internos dos polígonos, nomeando
alguns deles. Esse conceito deve ser elaborado com
Orientações base nos conhecimentos de cada aluno, de modo que
É o momento de promover discussões referentes às permita diferentes visualizações do mesmo objeto de
estratégias e às respostas apresentadas pelos alunos. conhecimento e atenda ao resultado esperado.
Inicie a seção solicitando a eles que exponham suas
resoluções, suas estratégias e suas anotações e co-
mentem sobre a solução apresentada. RAIO X
Peça aos grupos que compartilhem com a turma
como identificaram os pares de polígonos e valorize as Orientações
estratégias escolhidas para identificá-lo, discutindo suas O propósito dessa atividade é verificar se os alunos
características, quanto ao preenchimento do quadro, compreenderam a relação entre o número de lados
para reconhecer que nos polígonos o número de lados e o número de ângulos internos dos polígonos. Eles
e o de ângulos internos são iguais. Quanto ao nome dos devem resolver essa atividade individualmente; peça
polígonos, proponha as alunos que digam o que sabem que pensem em como podem obter a resolução. Ao

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final, solicite a eles que compartilhem suas respostas.
Nesse momento, faça suas intervenções e peça que
expliquem seus erros e pensamentos e como podem
corrigi-los nesses casos.

Expectativas de respostas
1.
a. Os polígonos cujas áreas internas se apresentam
pintadas de branco e de preto são triângulos e são
compostos de três lados e três ângulos internos
cada um.
b. Os polígonos cujas áreas se apresentam pintadas
de roxo são quadriláteros e pentágonos. Os qua-
driláteros possuem quatro lados e quatro ângulos
internos, enquanto os pentágonos possuem cinco
lados e cinco ângulos internos.

ANOTAÇÕES

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2 Triângulos e quadriláteros
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2. Triângulos e quadriláteros MÃO NA MASSA

Vamos decifrar cada dica e descobrir o quadrilátero formado.


Vamos relembrar alguns polígonos que você já aprendeu?
Para isso, leia as características do quadrilátero e, com o auxílio de uma régua, esboce
o quadrilátero na malha pontilhada, nomeando cada um deles.
1. O triângulo abaixo é formado por muitos polígonos.

a. Identifique e pinte somente os quadriláteros no interior da figura. Quem sou eu?

1. Tenho dois pares de lados paralelos e tenho ângulos opostos de mesma medida.

2. Tenho dois pares de lados paralelos e tenho quatro ângulos retos.

3. Tenho dois pares de lados paralelos, meus quatro lados têm a mesma medida e
tenho quatro ângulos retos.

4. Tenho dois pares de lados paralelos e meus quatro lados têm a mesma medida e
meus ângulos opostos também têm a mesma medida.

b. Quantos triângulos você consegue identificar no interior dessa figura? Pinte es-
ses triângulos com uma cor diferente da utilizada anteriormente.

c. Escolha um quadrilátero e trace um segmento unindo dois de seus vértices opos-


tos. Ele ficou dividido em duas partes. Que polígono é formado por essa divisão? 5. Tenho um par de lados paralelos e posso ter ou não ângulos retos.
Eles são iguais?

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Quadrilátero Características Representação


DISCUTINDO
Losango Dois pares de lados paralelos
e de mesma medida.
Na resolução da atividade da seção Mão na massa, cada grupo de alunos da professo- Ângulos opostos de mesma
medida.
ra Conceição apresentou à turma uma solução diferente para a seguinte descrição:
Quadrado Dois pares de lados paralelos
“Tenho dois pares de lados paralelos e tenho ângulos opostos de mesma medida.” de mesma medida.
Quatro ângulos retos.
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4

RAIO X

1. Qual dos grupos acertou a representação da figura? Qual é o nome do quadriláte- Vamos aplicar os conhecimentos da aula de hoje e pintar um lindo mosaico.
ro que possui essas características?

2. Com base no conceito de paralelogramo, podemos afirmar que o quadrado, o re-


tângulo e o losango são paralelogramos?

3. Podemos classificar o trapézio como paralelogramo?

RETOMANDO

Os quadriláteros podem ser classificados de acordo com a posição relativa entre seus lados.
Aqueles que possuem lados opostos paralelos são chamados de paralelogramos. Os quadrilá-
teros que possuem um par de lados opostos paralelos e outro não são chamados de trapézios.

Quadrilátero Características Representação ⊲ Pinte de azul o quadrilátero que possui quatro lados iguais e ângulos retos.
Trapézio Um par de lados paralelos.
⊲ Pinte de amarelo o quadrilátero que possui dois pares de lados paralelos e todos
Ângulos retos ou não. os ângulos retos.
⊲ Pinte de vermelho os losangos.
Retângulo Dois pares de lados paralelos ⊲ Pinte de verde o quadrilátero que possui dois pares de lados paralelos e ângulos
e de mesma medida entre si. opostos de mesma medida.
Quatro ângulos retos.
⊲ Pinte de roxo o quadrilátero que possui apenas um par de lados paralelos.
⊲ Pinte de laranja as figuras que não são quadriláteros.
Paralelogramo Dois pares de lados paralelos
e de mesma medida entre si.
Ângulos opostos de mesma
medida.

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Habilidade do DCRC
Reconhecer ângulos retos e não retos em figuras poligonais com o uso de dobraduras, esquadros ou softwares
EF04MA18
de geometria.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: discutir e retomar o conceito Para este capítulo, espera-se que os alunos conhe-
de polígonos, particularmente dos quadriláteros. çam as características dos polígonos e reconheçam
• Mão na massa: elaborar estratégias que permitam retas paralelas, retas perpendiculares e ângulos retos.
reconhecer semelhanças e diferenças entre os
quadriláteros (paralelogramo, retângulo, qua- Dificuldades antecipadas
No decorrer deste capítulo, durante a resolução
drado, losango e trapézio).
das atividades, os alunos podem se deparar com
• Discutindo: apresentar a resolução e a discussão
algumas dificuldades, como reconhecer ou identificar
acerca das estratégias utilizadas na atividade um quadrilátero quando ele estiver em uma posição
da seção Mão na massa. diferente da que ele está acostumado a visualizar.
• Retomando: sistematizar e estruturar a clas- Como a intenção é trabalhar com o esforço produ-
sificação e a representação dos quadriláteros. tivo, apresente os quadriláteros em várias posições
• Raio X: validar as aprendizagens da aula acerca diferentes para que o aluno perceba que existem
da identificação das semelhanças e das diferen- várias maneiras de representá-los. O importante é
ças dos quadriláteros. que eles assimilem bem as características de cada
quadrilátero, independentemente da posição em
Objetivos de aprendizagem que ele foi construído.
• Identificar triângulos e quadriláteros e suas Os alunos podem não ter conhecimento prévio
a respeito do conceito de retas paralelas e de ân-
características.
gulos retos. Nesse caso, antes de iniciar a atividade
• Reconhecer semelhanças e diferenças entre os
da seção Mão na massa, retome os conceitos de
quadriláteros (paralelogramo, retângulo, qua- retas paralelas e de ângulos retos na atividade
drado, losango e trapézio). da seção Contextualizando para que os alunos
possam executar a atividade principal.
Materiais
• Lápis de cor ou giz de cera.
• Régua.

CONTEXTUALIZANDO
três já identificados, um formado pela composição de
Orientações cinco polígonos no canto inferior esquerdo da figura e
Durante a realização da atividade, verifique como um formado por todos os polígonos.
os alunos exploram os dados e lidam com a observação A resposta do item c depende da escolha do qua-
das diferentes formas. Se julgar necessário, proponha drilátero. É importante promover uma discussão cole-
a eles que identifiquem os segmentos de reta que com- tiva, construindo os segmentos solicitados no quadro
põem a figura e quais são os segmentos paralelos e e incentivando a reflexão sobre a divisão proposta.
os ângulos de cada polígono.
No item b, se em vez de considerar os triângulos Expectativas de respostas
desenhados na figura considerarmos os que podem ser 1.
visualizados na figura, teremos um total de 5 triângulos: a. Os alunos podem escolher qualquer cor para
pintar os quadriláteros.

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b. Três triângulos. Peça que compartilhem seus esboços, levando em
c. Triângulos. A continuidade da resposta vai de- conta a descrição das características dos quadriláte-
pender do polígono escolhido pelo aluno. ros, e valorize as estratégias escolhidas para avaliar
Caso escolha o losango na parte superior ou o os lados paralelos e os ângulos retos dos polígonos
paralelogramo no meio da parte inferior da figura, apresentados, verificando as semelhanças e as diferen-
a resposta será sim. ças entre os quadriláteros (paralelogramo, retângulo,
Caso escolha um dos dois trapézios da parte quadrado, losango e trapézio). Tenha em mente que
inferior direita, a resposta é não. os quadriláteros podem ser classificados em três con-
juntos: os paralelogramos (aqueles que apresentam
dois pares de lados opostos paralelos), os trapézios
MÃO NA MASSA (aqueles que apresentam apenas um par de lados
opostos paralelos) e os que não se enquadram em
Orientações nenhuma das características anteriores (ou seja, não
Organize a turma em duplas ou em trios e, em seguida, apresentam nenhum par de lados opostos paralelos).
observe os alunos desenhando os quadriláteros com base Por isso, é possível dizer que o retângulo, o quadrado
em sua descrição, deixando que discutam suas ideias e o losango são também paralelogramos.
e verifiquem as formas de organizá-las; com isso, eles Se julgar necessário, discuta com a turma as se-
podem levantar hipóteses, analisar diferentes estratégias guintes questões:
e sistematizar seus conhecimentos. • Com base no conceito de retângulo, podemos afirmar
Ao explorar e investigar o desenho proposto, propo- que o quadrado também é um retângulo?
nha formas para organizar as informações envolvendo Sim, todo quadrado é um retângulo, mas nem todo
a identificação dos lados paralelos e dos ângulos retos retângulo é um quadrado.
em quadriláteros e reconhecendo as semelhanças e • Com base no conceito de retângulo, podemos afirmar
as diferenças entre os quadriláteros (paralelogramo, que o losango é um retângulo?
retângulo, quadrado, losango e trapézio). Não.
Se julgar necessário, discuta com a turma: • Com base no conceito de retângulo, podemos afirmar
• Todos os quadriláteros possuem lados paralelos? que o trapézio é um retângulo?
• Quantos ângulos possuem os quadriláteros? Não.
• Vocês conhecem os nomes desses quadriláteros • Com base no conceito de quadrado, podemos dizer
com essas características? que o retângulo é um quadrado?
Não.
Expectativas de respostas • Com base no conceito de quadrado, podemos dizer
1. Os quadriláteros que obedecem a essas carac- que o losango é um quadrado?
terísticas são o paralelogramo, o quadrado, o Não.
losango e o retângulo. • Com base no conceito de quadrado, podemos dizer
2. Os quadriláteros que obedecem a essas carac- que o paralelogramo é um quadrado?
terísticas são o quadrado e o retângulo. Não.
3. O quadrilátero que obedece a essas caracterís- • Com base no conceito de losango, podemos dizer
ticas é o quadrado. que o quadrado é um losango?
4. Os quadriláteros que obedecem a essas carac- Sim, todo quadrado é um losango, mas nem todo
terísticas são o quadrado e o losango. losango é um quadrado.
5. Os quadriláteros que obedecem a essas carac- • Com base no conceito de losango, podemos dizer
terísticas são os trapézios. que o retângulo é um losango?
Não.

DISCUTINDO Expectativas de respostas


1. Todos os grupos acertaram, pois todos os qua-
Orientações driláteros possuem dois pares de lados para-
Solicite aos alunos que exponham suas resoluções lelos e ângulos opostos de mesma medida; o
e suas estratégias. paralelogramo.

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2. Sim, pois eles possuem dois pares de lados pa-
ralelos e ângulos opostos de mesma medida. RAIO X
3. Não, pois o trapézio não possui dois pares de
lados paralelos, apenas um par, e os ângulos Orientações
opostos não têm a mesma medida. Peça aos alunos que resolvam a atividade indivi-
dualmente para verificar se eles compreenderam como
identificar os lados paralelos e os ângulos retos em
RETOMANDO quadriláteros, reconhecendo as semelhanças e as dife-
renças entre os quadriláteros (paralelogramo, retângulo,
Relembre com os alunos como identificar lados quadrado, losango e trapézio). Ao final, solicite a eles
paralelos e ângulos retos em quadriláteros. Em se- que compartilhem suas respostas e, nesse momento,
guida, é importante sistematizar de forma objetiva as faça suas intervenções e analise se há outras possibi-
características dos quadriláteros: paralelogramos, re- lidades para colorir a figura.
tângulos, losangos, quadrados e trapézios. Se achar
pertinente, chame a atenção para as características do Expectativas de respostas
paralelogramo e saliente que elas também podem ser
aplicados aos retângulos, aos quadrados e os losangos,
isso porque estas três formas são casos especiais de
paralelogramos (todos apresentam dois pares de la-
dos opostos paralelos), que se diferenciam dos demais
paralelogramos pela especificidade de seus ângulos
internos e medida dos lados. Dê exemplos de polígonos
e peça aos alunos que os classifiquem explicando as
propriedades.

ANOTAÇÕES

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3. Simetria de reflexão
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2. Desenhe a figura abaixo, representada no lado esquerdo, do lado direito da malha


3. Simetria de reflexão pontilhada, imediatamente após a linha central.

Você sabe o que é simetria?

Dizemos que um elemento é simétrico quando, ao dividi-lo ao meio, obtemos duas par-
tes iguais e espelhadas, isto é, partes que apresentam elementos idênticos, porém em po-
sições invertidas. O conceito de “espelhar” vem do objeto espelho, aquele que utilizamos
quando desejamos ver o reflexo de nossa própria imagem.

1. Elidia estava de frente ao espelho


da sala, arrumando-se para ir à
escola. Seu pai, que passava pelo
cômodo, achou graça de ver a filha
“duplicada” e tirou a foto ao lado.
Que considerações podemos te-
cer a respeito dessa fotografia?
Converse com os colegas a respeito
disso. Você notou algo de diferente? 3. Agora é a sua vez! Use sua criatividade e faça um lindo desenho na parte superior
à esquerda da malha pontilhada. Em seguida, execute a reflexão do mesmo dese-
nho utilizando os eixos de simetria vertical e horizontal.

MÃO NA MASSA

Agora, vamos juntos explorar a simetria de reflexão.

1. Desenhe a figura abaixo, representada no lado esquerdo, do lado direito da malha


pontilhada, imediatamente após a linha central.

Lembre-se: essa reta no meio chama-se eixo de simetria e funciona


como se fosse um espelho.

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DISCUTINDO RETOMANDO

Nesta aula, estudamos a simetria de reflexão. Dizemos que duas figuras são simétricas em
Investigar a simetria de reflexão, com o auxílio da malha quadriculada, é muito divertido!
relação a uma linha reta qualquer quando uma é a imagem espelhada da outra em relação à
Os alunos da Escola Municipal Patativa do Assaré estão adorando as atividades propostas
linha reta considerada, chamada eixo de simetria. Assim, os pontos simétricos estão em lados
pela professora Arlene. Lívia, aluna da professora, estava realizando a atividade de casa e
opostos, mas à mesma distância do eixo de simetria. Veja:
fez o seguinte desenho:

Lívia

RAIO X

A professora Arlene desenhou o número 3 usando a malha quadriculada e desafiou os


alunos dela a descobrir a letra formada na figura simétrica. Faça o que se pede.

1. Desenhe a figura simétrica em relação ao eixo de simetria.

1. Você é capaz de identificar a falha na produção de Lívia? Quais dicas você daria
a ela?

2. Qual é a letra formada na simetria reflexiva da atividade da anterior?

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Habilidades do DCRC
Reconhecer ângulos retos e não retos em figuras poligonais com o uso de dobraduras, esquadros ou softwares
EF04MA18
de geometria.
Reconhecer simetria de reflexão em figuras e em pares de figuras geométricas planas e utilizá-la na construção
EF04MA19
de figuras congruentes, com o uso de malhas quadriculadas e de softwares de geometria.

Sobre o capítulo o conceito de ângulos iguais e de segmentos de


• Contextualizando: discutir sobre figuras simétricas mesma medida.
e eixo de simetria.
• Mão na massa: elaborar estratégias que permitam Dificuldades antecipadas
construir figuras simétricas em relação aos Os alunos podem apresentar dificuldades em
diferentes eixos de simetria. executar as atividades propostas por falta de em-
• Discutindo: apresentar a resolução e a discussão basamento conceitual. Nesse caso, antes de co-
acerca das estratégias utilizadas para construir meçar a desenvolver as atividades com a turma,
as reflexões das atividades da seção Mão na retome os conceitos que serão utilizados, revendo
massa. os conceitos de polígono, de simetria de reflexão
• Retomando: sistematizar e estruturar as principais e de eixo de simetria, questionando-os:
ideias sobre simetria de reflexão. • Quem se lembra o que é polígono?
• Raio X: validar os conhecimentos adquiridos a Polígonos são figuras formadas por linhas retas,
respeito da construção de figuras simétricas. fechadas e que não se cruzam.
• Como funciona o eixo de simetria?
Objetivos de aprendizagem O eixo de simetria funciona como um espelho.
• Reconhecer simetria por reflexão. As figuras simétricas mantêm a mesma distância
• Reconhecer o eixo de simetria. de cada um dos seus pontos ao eixo de simetria.
• Identificar figura simétrica e não simétrica. • Como se apresentam as figuras simétricas em
• Identificar figuras com eixo de simetria. relação à original quanto à forma, ao tamanho
• Identificar simetria de reflexão em figuras planas e à posição?
representadas em malhas quadriculadas. As figuras simétricas se mantêm iguais quanto
à forma e ao tamanho, modificando apenas sua
Materiais posição.
• Quando mudamos o eixo de simetria de posição, o
• Régua.
que acontece com a figura simétrica? Ela também
• Lápis de cor ou giz de cera.
muda de posição?
• Papel quadriculado.
Sim, as figuras simétricas mudam de posição
Contexto prévio se o eixo muda de posição.
Para este capítulo, espera-se que os alunos Além disso, é possível utilizar um espelho grande
conheçam as características dos polígonos e re- para fazer a demonstração em uma perspectiva
conheçam retas e eixos de simetria, além de saber real, fazendo a exploração de todos os conceitos.

CONTEXTUALIZANDO a imagem. Com isso, eles podem visualizar outras


imagens e, além de compreender a simetria de re-
Orientações flexão, é possível fomentar a ideia de que os pontos
Nessa atividade, os alunos devem desenvolver a simétricos devem ser equidistantes do eixo de simetria.
familiaridade com o conceito de simetria de reflexão.
Durante a realização da atividade, mostre a eles a Expectativas de respostas
imagem de um objeto no espelho. Depois, coloque 1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos com-
outro espelho paralelo ao primeiro para visualizar preendam o conceito de simetria e algumas pro-
priedades de reflexão.

157 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 157 27/12/2021 21:08


Expectativas de respostas
MÃO NA MASSA 1.

Orientações
Organize a turma em duplas e explique aos alunos que
eles vão fazer uma atividade em que as ideias deverão
ser compartilhadas. Informe que nessa atividade eles
vão construir figuras simétricas em relação a diferentes
eixos de simetria, com o auxílio da malha quadriculada,
desenvolvendo uma atividade coletiva e colaborativa.
Permita que discutam suas ideias, pois, dessa maneira,
podem levantar hipóteses, analisar diferentes estratégias
e sistematizar seus conhecimentos.
Nas atividades 1 e 2, solicite aos alunos que realizem 2.
a reflexão da imagem em relação à linha destacada,
localizada no centro da malha, a fim de formar uma
figura simétrica. Recorde com a turma que essa linha é
chamada eixo de simetria e funciona como se fosse um
espelho. Na atividade 3, os alunos devem usar a criati-
vidade e elaborar suas criações, mas agora mudando a
posição do eixo de simetria. Desafie-os a verbalizar o que
aconteceu com as figuras simétricas quando o eixo de
simetria foi trocado da posição vertical para a horizontal.
Durante a realização da atividade, sugira aos alunos
que experimentem diferentes figuras planas e diferentes 3. Há diversas possibilidades de desenho dos alunos,
posições da linha, ou seja, mudando o eixo de simetria que deverão construir as imagens simétricas nos
de posição e observando o que acontece com a figura três espaços determinados para fazer as refle-
simétrica construída, é possível investigar as diferentes xões: na parte superior à direita, na parte inferior
posições da simetria. Espera-se que eles observem que à direita e na parte inferior à esquerda.
a forma e o tamanho da figura simétrica não sofrem
alterações em relação à figura original, mas apenas a
posição da figura simétrica modifica. A distância de todos DISCUTINDO
os pontos da figura original e da simétrica permanecem
iguais e constantes em relação ao eixo de simetria. Orientações
Se julgar necessário, discuta a ideia: Peça aos alunos que observem as estratégias esco-
• Se colocarmos um espelho plano em cima do eixo lhidas por Lívia para construir os polígonos e observar
de simetria, veremos exatamente a figura desenhada quais aspectos das simetrias de reflexão não foram
ao lado direito da original? Pode-se dobrar o papel atendidos, estimulando sua percepção visual.
sobre o eixo de simetria e as duas imagens vão se
sobrepor? Expectativas de respostas
Outra observação importante é que a distância 1. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno note
dos pontos que formam ambas as figuras ao eixo de que, na imagem refletida pelo eixo de simetria,
simetria permanece a mesma. os pontos simétricos possuem a mesma distância
Estimule os alunos a utilizar os termos matemáti- do eixo de simetria, isto é, o eixo de simetria é
cos para verbalizar suas observações. Por exemplo: os a mediatriz do segmento de reta que une esses
ângulos da figura original e da figura simétrica não se dois pontos.
modificam; ou seja, ao dobrarmos o papel sobre o eixo
de simetria, os vértices das figuras se sobrepõem.

158 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 158 27/12/2021 21:08


Esses polígonos foram reproduzidos na mesma po-
sição, mas não estão simétricos em relação ao eixo, RAIO X
pois não possuem a mesma distância em relação ao
eixo de simetria. Orientações
O propósito dessa atividade é verificar se os alunos
compreenderam como construir figuras simétricas e
identificar as características da simetria de reflexão.
Peça a eles que resolvam a atividade individualmen-
te. Ao final da atividade, proponha que encontrem a
simetria de outras letras do alfabeto.

Expectativas de respostas
1. O aluno deverá desenhar a figura simétrica res-
peitando as regras, ou seja, mesma distância em
relação ao eixo de simetria.

Este segmento possui tamanho diferente da figura 1.

Figura 1 Figura 2

2. É formada a letra E.
Este ponto não possui a mesma distância em relação
ao eixo de simetria, como mostra a figura 1.

RETOMANDO

Orientações
Relembre com os alunos o que aprenderam durante
a aula, enfatizando as características da simetria de
reflexão, investigando e explorando as características
da construção de figuras simétricas em relação a uma
reta, com o auxílio da malha quadriculada. Esse conceito
deve ser elaborado com base nos conhecimentos de
cada aluno, de modo que permita diferentes visuali-
zações do mesmo objeto de conhecimento e atenda
ao resultado esperado.

159 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 159 27/12/2021 21:08


Anexos do Caderno do Aluno
PÁGINA 157 PÁGINA 159

ANEXO 1 ANEXO 1
Unidade 3 – Capítulo 2 – Seção Mão na massa Unidade 3 – Capítulo 2 – Seção Mão na massa
Dominó da Divisão

7 90 ÷ 30 4 180 ÷ 90 4 600 ÷ 60 5 210 ÷ 30

3 160 ÷ 40 2 240 ÷ 30 10 240 ÷ 20 7 720 ÷ 80

4 540 ÷ 60 8 210 ÷ 30 12 150 ÷ 30 9 630 ÷ 90

9 240 ÷ 60 7 630 ÷ 70

4 120 ÷ 20 9 180 ÷ 60

6 320 ÷ 40 3 360 ÷ 20

8 180 ÷ 90 18 810 ÷ 90

2 400 ÷ 50 9 440 ÷ 40

8 80 ÷ 20 11 360 ÷ 90

A157 MATEMÁTICA
A159 MATEMÁTICA

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LA_GRAFICA_PF.indb 157 27/12/2021 16:04


EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LA_GRAFICA_PF.indb 159 27/12/2021 16:04

160 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_3BI_LP_GRAFICA_PF.indb 160 27/12/2021 21:08


ISBN: 978-65-5965-124-5
Realização

CADERNO DO PROFESSOR
4° ANOENSINO FUNDAMENTAL 3 O BIMESTRE

CADERNO DO PROFESSOR – 4º ANO – 3º BIMESTRE

Parceiros da Associação Nova Escola Apoio Parceiros do Estado do Ceará

EFAI_CE_4ANO_CAPAS_3BI.indd 5-6 27/12/2021 22:23


ISBN: 978-65-5965-120-7
Realização

CADERNO DO PROFESSOR
4° ANOENSINO FUNDAMENTAL 4 O BIMESTRE

CADERNO DO PROFESSOR – 4º ANO – 4º BIMESTRE

Parceiros da Associação Nova Escola Apoio Parceiros do Estado do Ceará

EFAI_CE_4ANO_CAPAS_4BI.indd 5-6 22/12/2021 20:37


CADERNO DO PROFESSOR
4° ANO ENSINO FUNDAMENTAL 4 0 BIMESTRE

Parceiros da Associação Nova Escola Apoio Parceiros do Estado do Ceará

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 1 28/12/2021 11:09


GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ Orientadora da Célula de Fortalecimento da Produção editorial
Governador Alfabetização e Ensino Fundamental – Anos Finais Ofício do Texto
Camilo Sobreira de Santana Izabelle de Vasconcelos Costa Edição
Vice-Governadora Equipe da Célula de Fortalecimento da Andreia Carvalho Maciel Barbosa, Cecília Beatriz
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho Alfabetização e Ensino Fundamental Alves Teixeira, Denisia Moraes, Fabio Rizzo de
Antônio Elder Monteiro de Sales, Caniggia Aguiar, Marina Candido, Rosana Oliveira, Thais
Secretária da Educação Carneiro Pereira (Gerente Anos Iniciais – 4o e 5o), Albieri e Silvana Fortes
Eliana Nunes Estrela Ednalva Menezes da Rocha, Galça Freire Costa Preparação e revisão
Secretário Executivo de Cooperação com os de Vasconcelos Carneiro, Izabelle de Vasconcelos Andrea Vidal, Juliana Biggi, Kátia Cardoso,
Municípios Costa (Orientadora Anos Finais), Karine Figueredo Lilian Vismari, Lucas Torrisi, Luciene Lima,
Márcio Pereira de Brito Gomes (Orientadora Anos Iniciais), Luiza Helena Lucila Segóvia, Márcio Della Rosa, Mônica d'Almeida
Secretário Executivo de Ensino Médio e da Martins Lima, Maria Fabiana Skeff de Paula Miranda e Sônia Galindo Melo
Educação Profissional (Gerente do Eixo de Literatura), Maria Valdenice de
Sousa, Rafaella Fernandes de Araújo, Raimundo Diagramação
Maria Jucineide da Costa Fernandes Bruna Marchi, Camila Franco, Danielle Ribeiro,
Elson Mesquita Viana, Rakell Leiry Cunha Brito
Secretária Executiva de Gestão Pedagógica Fernando Makita, Kleber Bellomo, Marcio Penna e
(Gerente Anos Iniciais – 1o ao 3o), Sammya Santos
Maria Oderlânia Torquato Leite Regina Marcondes
Araújo, Tábita Viana Cavalcante (Gerente Anos Finais)
Secretário Executivo de Planejamento e Gestão Revisão técnica
Revisão técnica
Interna Alan Mazoni Alves, Anna Carolina da Costa
Antonia Varele da Silva Gama, Antônio Elder
Stella Cavalcante Avelheda Bandeira, Gabriela Duarte,
Monteiro de Sales, Caniggia Carneiro Pereira,
Ednalva Menezes da Rocha, Galça Freire Costa de Gisele Amorim, Jezreel Gabriel Lopes, Marcel
COEPS – Coordenadoria de Educação Vasconcelos Carneiro, Luiza Helena Martins Lima, Fernandes Gugoni, Solange Hassan Fernandes
e Promoção Social Maria Angélica Sales da Silva, Maria Valdenice de e Tatiana Ferrari D'Addio
Coordenadora de Educação e Promoção Social Sousa, Raquel Almeida de Carvalho Kokay, Rakell Leitura crítica
Francisca Aparecida Prado Pinto Leiry Cunha Brito e Tábita Viana Cavalcante. Mônica de Souza Serafim, Juscileide Braga de
Castro, Gustava Bezerril Cavalcante, Luiz Raphael
Articuladora da Coordenadora de Educação e Teixeira da Silva, Francisco Rony Gomes Barroso
Promoção Social UNDIME
Antônia Araújo de Sousa Presidente da União Nacional dos Dirigentes Capa
Municipais de Educação Carlitos Pinheiros
Orientadora da Célula de Integração Família,
Escola, Comunidades Luiz Miguel Martins Garcia Ilustrações
e Rede de Proteção Presidente da União Nacional dos Dirigentes Estúdio Calamares Design Editorial: Mari Heffner,
Maria Katiane Liberato Furtado Municipais de Educação do Estado do Ceará Carla Viana, Kayna Melloh, Luis Leal, Luiza Dora,
Luiza Aurélia Costa dos Santos Teixeira Pedro Nogueira, Pedro Ribeiro, Rafael Vilarino,
Orientadora da Célula de Apoio e Suellen Machado
Desenvolvimento da Educação Infantil
Aline Matos de Amorim APRECE Iconografia e licenciamento
Presidente da Associação dos Municípios Barra Editorial
Equipe da Célula de Apoio e Desenvolvimento da
Educação Infantil e Prefeitos do Estado do Ceará Colaboração técnica
Daniel Marinho Almeida, Ellen Damares Felipe de Francisco de Castro Menezes Junior Elisa Vilata, Gerviz Fernandes, Juliana Gregorutti,
Queiroz, Francisca Aline Teixeira da Silva Barbosa, Priscila Pulgrossi Câmara e Thainara de Souza Lima
Genivaldo Macário de Castro, Iêda Maria Maia Pires, ASSOCIAÇÃO NOVA ESCOLA
Maria Katiane Liberato Furtado, Mirtes Moreira Direção executiva O conteúdo deste livro é, em sua maioria, uma
da Costa, Rosiane Ferreira da Costa, Rebouças, Raquel Gehling adaptação do Material Educacional Nacional. Esse
Santana Vilma Rodrigues, Temis Jeanne Filizola material foi adaptado dos Planos de Aula publicados
Gerência pedagógica
Brandão dos Santos e Wandelcy Peres Pinto no site da Nova Escola em 2019, produzidos por
Ana Ligia Scachetti e Tatiana Martin
mais de 600 educadores do Brasil inteiro que
COPEM – Coordenadoria de Equipe de conteúdo fizeram parte dos nossos times de autores.
Cooperação com os Municípios para Alessandra Borges, Amanda Chalegre, Carla Os nomes dos autores dos projetos dos Planos de
Fernanda Nascimento, Dayse Oliveira, Felipe Holler, Aula e do Material Educacional Nacional não foram
Desenvolvimento da Aprendizagem
Isabela Sued, Karoline Cussolim, Marília Malheiros incluídos na íntegra aqui por uma questão
na Idade Certa Munhoz, Marcela Muniz e Pedro Annunciato de espaço.
Coordenadora de Cooperação com os Municípios Equipe de arte e projeto gráfico
para Desenvolvimento da Aprendizagem na Andréa Ayer, Débora Alberti e Leandro Faustino
Idade Certa
Bruna Alves Leão Equipe de relacionamento
Lohan Ventura, Luciana Campos, Pedro Alcantara Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Articuladora da Coordenadoria de Cooperação e Rodrigo Petrola (BENITEZ Catalogação Ass. Editorial, MS, Brasil)
com os Municípios para Desenvolvimento da
Aprendizagem na Idade Certa Professores-autores Material Educacional Nova Escola : 4o ano : 4o bimestre
Marília Gaspar Alan e Silva Amanda Bazilio Sousa Cavalcante, Ezequiel de : Ensino Fundamental : Caderno do Professor : Ceará /
Oliveira Meneses, Francisca Andréia do Nascimento [organização Associação Nova Escola]. – 1.ed. –
Orientador da Célula de Fortalecimento da Silva, Gleice Nascimento, Godofrêdo Sólon, José São Paulo : Associação Nova Escola : Governo do Estado
Gestão Municipal e Planejamento de Rede Edicarlos Araújo, Karine Emanuelle Santos Falcão, do Ceará, 2021.
Ana Paula Silva Vieira Leda Matos, Maria Jocyara Albuquerque Alves ISBN : 978-65-5965-120-7
Orientador da Célula de Cooperação Financeira Carvalho, Maria Lindaiane Ricardo dos Santos,
1. Língua Portuguesa (Ensino Fundamental). 2. Matemática
de Programas e Projetos Maria Neilza Lima Vieira Pinheiro, Maria Zilmar
(Ensino Fundamental). I. Associação Nova Escola.
Francisco Bruno Freire Timbó Teixeira Aragão, Reginaldo de Sousa
Orientadora da Célula de Fortalecimento Venâncio 11-2021 /209 CDD 372.19
da Alfabetização e Ensino Fundamental – Especialistas pedagógicas Índice para catálogo sistemático
Anos Iniciais Andréa Padeti, Kátia Chiaradia e Sônia Pereira 1. Ensino integrado : Ensino Fundamental 372.19
Karine Figueredo Gomes Vidigal Bibliotecária : Aline Graziele Benitez CRB-1 / 3129

EFAI_REG_CE_INICIAIS_4ANO_4BI_LP_FINAL.indd 2 29/12/2021 14:30


APRESENTAÇÃO

Estimados professores,
A Secretaria da Educação do Estado do Ceará – SEDUC, por meio da Secretaria
Executiva de Cooperação com os Municípios, através da Coordenadoria de Coope-
ração com os Municípios para o Desenvolvimento da Aprendizagem na Idade Certa
(COPEM), tem a satisfação de continuamente elaborar ações e políticas que contribu-
am com o aprimoramento do ensino-aprendizagem e com a elevação da qualidade da
educação ofertada no Ensino Fundamental.
Na busca de somar esforços, a Secretaria Executiva de Cooperação com os Mu-
nicípios estabeleceu parceria com a Associação Nova Escola em prol da produção de
materiais cada vez mais adequados ao princípio do apoio ao professor para o melhor
desenvolvimento de nossos estudantes.
Dessa forma, SEDUC, Associação Nova Escola, UNDIME-CE, consultores, técni-
cos e professores cearenses, com muita responsabilidade, empenho e dedicação tra-
balham para oferecer um material que promova o direito de aprendizagem das crian-
ças na idade certa, idealizado à luz do Documento Curricular Referencial do Ceará
(DCRC) e com ênfase na valorização da cultura do Ceará.
Por fim, todos os elementos aqui agregados têm como objetivo precípuo subsi-
diar o trabalho docente e cooperar efetivamente no desenvolvimento de nossos es-
tudantes, com vistas a uma educação que oportunize a todos a mesma qualidade de
ensino, com um aprendizado mais significativo e equânime.
Márcio Pereira de Brito
Secretário Executivo de Cooperação com os Municípios

Cara professora e caro professor cearense,


Este material nas suas mãos é especial. Ele concretiza nosso desejo de apoiar
sua prática e é a maneira que encontramos de estar sempre ao seu lado. Do planeja-
mento individual às reflexões depois de cada aula, você não está só.
Estão com você os mais de 600 professores e especialistas que contribuíram
para a criação das propostas dos projetos dos Planos de Aula Nova Escola, do Mate-
rial Educacional Nacional e do Material Educacional Regional. Os professores-autores
regionais, que são de diversos municípios cearenses, trouxeram suas experiências e
histórias para adaptar as aulas à identidade cultural do estado e ao Documento Curri-
cular Referencial do Ceará (DCRC).
O conteúdo foi feito de professor para professor porque, para nós da Nova Es-
cola, são esses os profissionais que entendem como criar as situações e atividades
ideais de ensino e aprendizagem. Temos em comum o mesmo objetivo: fazer com que
todos os alunos cearenses, sem exceção, aprendam e tenham a mais bonita trajetória
pela frente. Vamos juntos encarar esse desafio diário e encantador.
Equipe Associação Nova Escola

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 3 28/12/2021 11:09


CONHEÇA SEU MATERIAL
Nas próximas páginas, convidamos você a conhecer a proposta didática e a estrutura deste material, que foi cuida-
dosamente pensado para lhe apoiar em seu planejamento.
Nos textos a seguir, você encontrará aspectos fundamentais sobre a rotina didática do seu estado, bem como uma
breve apresentação da organização proposta em cada um dos componentes curriculares aqui presentes: Língua Portu-
guesa e Matemática. Por fim, você poderá conhecer a estrutura da coleção, de modo a explorar ao máximo o material
com os seus alunos... Vamos lá?

Rotina didática
O estabelecimento de uma rotina contribui para a previsibilidade e para a constância de ações didáticas voltadas
à promoção da aprendizagem e do desenvolvimento dos alunos, em consonância com as competências e habilidades
previstas no planejamento de ensino – “processo de decisão sobre atuação concreta dos professores no cotidiano de
seu trabalho pedagógico, envolvendo as ações e situações, em constante interações entre professor e aluno e entre os
próprios alunos” (DCRC, 2019, p.80).
A construção de uma rotina didática, concebida como prática do desenvolvimento do planejamento, favorece a
autonomia dos alunos. Ao antever os desafios, os estudantes, inseridos como protagonistas, terão a sua ansiedade
minimizada, fato que possibilita o envolvimento e a participação ativa e reflexiva (sugerindo a ampliação de atividades,
uso de materiais, dentre outros) no cumprimento satisfatório das atividades.
É importante que o professor reconheça a importância que a rotina assume, compreendendo o porquê de sua orga-
nização e o que é levado em conta ao se propor uma rotina no cotidiano escolar.
Dessa forma, a rotina didática constitui-se de uma estrutura organizacional que articula vários elementos, no intuito
de potencializar as ações pedagógicas voltadas para o processo de ensino e aprendizagem.
Dentre os elementos que estruturam e apoiam a operacionalização das rotinas, podemos citar:
• Conteúdos e propostas de atividades: os conteúdos são definidos a partir dos objetivos de aprendizagem, ou seja,
o que o professor deseja que os alunos aprendam com foco nas habilidades que se espera consolidar, visando ao
desenvolvimento das competências. Em virtude disso, o professor planeja as atividades, centradas nas modalida-
des organizativas e nas estratégias que serão utilizadas para cumprir os objetivos pedagógicos.
• Seleção e oferta de materiais didáticos: os materiais didáticos são importantes instrumentos de ensino. Quando
falamos de materiais didáticos, estamos considerando livros didáticos para os alunos, material de formação do
professor e outros recursos, como cartazes, jogos, suportes eletrônicos, internet, jornais etc. A escolha desses
recursos deve levar em consideração: os interesses das crianças, a pertinência das estratégias selecionadas e a
importância da mediação, dentre outros.
• Organização do espaço: a organização do espaço deve se adequar em razão da intencionalidade da atividade,
favorecendo o trabalho cooperativo e as interações, bem como os agrupamentos produtivos.
• Uso do tempo: o tempo previsto para iniciar, desenvolver e concluir cada um dos capítulos é de uma a duas aulas.
Contudo, o professor, com base no conhecimento do ritmo e da realidade de sua turma, faz as alterações que
considerar pertinentes.

Língua Portuguesa
A rotina didática de Língua Portuguesa sugerida para as turmas das escolas públicas do estado do Ceará está
estruturada a partir de modalidades organizativas denominadas: Atividades permanentes, Sequência de Ativida-
des e Atividades de Sistematização.

Modalidades organizativas:
As modalidades organizativas, sugeridas como estratégias metodológicas, atendem às demandas do DCRC,
tanto em relação às competências e habilidades como às práticas de linguagem (práticas de oralidade, práticas
de leitura, práticas de análise linguística e semiótica e práticas de escrita).
• Atividades permanentes: propostas de atividades realizadas com regularidades: diariamente, semanalmen-
te ou quinzenalmente. As atividades permanentes estão disponíveis na versão digital do material.
• Sequências de atividades: sequências didáticas de 16 capítulos, constituídas por blocos de três capítulos
sequenciados para uma das práticas de linguagem.
• Atividades de sistematização: constituídas por unidades de três capítulos, visando consolidar um determi-
nado conjunto de habilidades ou uma única habilidade.

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 4 28/12/2021 11:09


Matemática
A proposta de trabalho com a Matemática está alinhada ao DCRC, considerando a integração das unidades
temáticas da Matemática com outras áreas de conhecimento, apreciando a compreensão e a apreensão do sig-
nificado e de aplicações de objetos matemáticos. Nesse sentido, buscamos propiciar aos alunos uma visão inte-
grada da Matemática a partir do desenvolvimento das relações existentes entre os conceitos e os procedimentos
matemáticos.
A rotina de Matemática sugere a realização dos capítulos e atividades divididos em três etapas: analisar;
comunicar; e (re) formular.
• A etapa 1, analisar, é um momento para a mobilização dos conhecimentos matemáticos, ou seja, dos conhe-
cimentos prévios, com o objetivo de relacioná-los com os que serão construídos.
• A etapa 2, de comunicar, corresponde ao momento de registro da linguagem matemática, sendo um impor-
tante momento para verificar raciocínios e esquemas de pensamento.
• A etapa 3, de (re)formular, se inicia com as discussões e socialização dos registros feitos pelos estudantes.
Neste momento é importante permitir que troquem ideias e acrescentem detalhes importantes a seus pró-
prios registros, reorganizem seu raciocínio e defendam seus pontos de vista.
A rotina de Matemática valoriza e estimula a participação mais ativa dos estudantes.

Este material é composto por quatro volumes,


com uma versão para os alunos e outra para
você, professor. Cada volume corresponde a
um bimestre do ano letivo e inclui unidades
de Língua Portuguesa e Matemática. Na
versão digital do material, você encontra
unidades de Ciências, Geografia e História.
Os componentes curriculares estão
identificados por cores e por uma página
de capa, que mostra quando os respectivos
capítulos começam.

SEÇÕES
Indicam a etapa do capítulo.

ÍCONES
Indicam como as atividades PRATICANDO
devem ser realizadas. É hora de aprender fazendo!
Vamos praticar por meio de
Atividade oral atividades individuais ou
MÃO NA MASSA em grupo?
Atividade em dupla

Atividade em grupo
DISCUTINDO Vamos conversar com a turma
Atividade com anexo somente para Matemática sobre o que praticamos?
Atividade de recorte

Atividade no caderno RETOMANDO Momento de rever e registrar


o que foi visto no capítulo.

RAIO X Que tal relembrar o que você


somente para Matemática aprendeu?

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 5 28/12/2021 11:09


SUMÁRIO

Língua Portuguesa 7
Unidade 1 – Carta de reclamação...................................................................................................8
1 Reconhecendo cartas de solicitação e de reclamação ....................................................................................... 10
2 O que eu conheço de cartas de solicitação e de reclamação? ..........................................................................14
3 Lendo cartas de solicitação e de reclamação........................................................................................................ 18
4 Interpretando cartas de solicitação e de reclamação ........................................................................................ 22
5 Analisando cartas de reclamação e de solicitação: descobrindo sua organização .................................... 26
6 Analisando cartas de reclamação e de solicitação: explorando a construção de argumentos ................30
7 Analisando cartas de reclamação e de solicitação: reconhecendo e assumindo
diferentes pontos de vista ............................................................................................................................................34
8 Analisando cartas de reclamação e de solicitação: descobrindo o uso da pontuação ..............................38
9 Explorando o uso da pontuação em cartas de reclamação e solicitação .......................................................42
10 Analisando cartas de reclamação e solicitação: aplicando os conhecimentos
sobre pontuação .............................................................................................................................................................45
11 Reivindicação e solicitação oral .................................................................................................................................48
12 Planejando a apresentação de problemas e reivindicando soluções .............................................................52
13 Apresentando reclamações e solicitações ............................................................................................................. 56
14 Planejando a escrita de uma carta de reclamação .............................................................................................. 59
15 Colocando no papel: escrita de uma carta de reclamação ................................................................................63
16 Revisando, editando e publicando uma carta de reclamação ...........................................................................67

Unidade 2 – Concordância verbal ............................................................................................... 70


1 Estudo da língua escrita: descobrindo as relações entre as palavras .............................................................72
2 Estudo da língua escrita: explorando as relações entre as palavras ...............................................................76
3 Estudo da língua escrita: aplicando as relações entre as palavras para escrever melhor ........................ 80

Matemática 84
Unidade 1 – Problemas de contagem...........................................................................................87
1 Combinando elementos ...............................................................................................................................................88
2 Combinando na tabela ................................................................................................................................................. 92
3 Combinando na árvore de possibilidades .............................................................................................................. 96
4 Combinação no diagrama ..........................................................................................................................................100
5 Resolvendo problemas ............................................................................................................................................... 104

Unidade 2 – Sequência numérica ..............................................................................................108


1 O que é múltiplo? .........................................................................................................................................................109
2 Explorando os múltiplos .............................................................................................................................................. 112
3 Números que deixam o mesmo resto ...................................................................................................................... 116

Unidade 3 – Análise de chance ..................................................................................................120


1 Eventos aleatórios ......................................................................................................................................................... 121
2 Analisando eventos aleatórios .................................................................................................................................. 125
3 Tipos de eventos .......................................................................................................................................................... 129

Unidade 4 – Medindo comprimento .......................................................................................... 133


1 Calculando o perímetro .............................................................................................................................................. 134
2 Padronizando as medições ........................................................................................................................................ 138
3 Resolvendo problemas ............................................................................................................................................... 142

Unidade 5 – Medindo a superfície .............................................................................................146


1 Calculando área .............................................................................................................................................................147
2 Figuras em malhas quadriculadas ............................................................................................................................ 151
3 Área de quadrados e de retângulos ....................................................................................................................... 155

Anexos do Caderno do Aluno 159

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 6 28/12/2021 11:09


Língua
PORTUGUESA

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 7 28/12/2021 11:09


UNIDADE 1
CARTA DE RECLAMAÇÃO
COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC
2; 3; 4; 7; 9.

HABILIDADES DO DCRC
Identificar a função na leitura e usar, adequadamente, na escrita ponto final, de interrogação, de exclamação,
EF04LP05 dois pontos e travessão em diálogos (discurso direto), vírgula em enumerações e em separação de vocativo e
de aposto.

Ler e compreender, com autonomia, boletos, faturas e carnês, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana,
EF04LP09 de acordo com as convenções do gênero (campos, itens elencados, medidas de consumo, código de barras) e
considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.
Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais de reclamação, dentre outros gêneros do campo da vida
EF04LP10 cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o tema/
assunto/finalidade do texto.
Planejar e produzir, com autonomia, cartas pessoais de reclamação, dentre outros gêneros do campo da vida
EF04LP11 cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e com a estrutura própria desses textos (problema,
opinião, argumentos), considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram
produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.

Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma
e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e
EF15LP02 recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e
inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.

EF15LP03 Localizar informações explícitas em textos.

Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os
interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação
EF15LP05 (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto
e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à
produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
EF15LP06
aprimorá -lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.
Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando
EF15LP07
for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.

Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando
EF15LP10
esclarecimentos sempre que necessário.

Atribuir significado a aspectos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção do olhar, riso,
EF15LP12
gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz.

Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar
EF15LP13
opiniões, informar, relatar experiências etc.).

Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos curtos com
EF35LP01
nível de textualidade adequado.

EF35LP04 Inferir informações implícitas nos textos lidos.

8 4 o ANO

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Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de
EF35LP07 concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas
em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.

Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais,
possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes
EF35LP08
anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível
suficiente de informatividade.

Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo
EF35LP09
com as características do gênero textual.

Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou na
EF35LP15 comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a situação comunicativa
o tema/assunto do texto.

Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples para público infantil e cartas de
EF35LP16 reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um desses
gêneros, inclusive em suas versões orais.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
• Reconstrução das condições de produção e recepção de textos
• Estratégia de leitura / Compreensão em leitura / Decodificação / Fluência de leitura
• Forma de composição de textos
• Pontuação
• Produção de texto oral
• Planejamento de texto
• Construção do sistema alfabético/Convenções da escrita / Estabelecimentos de relações anafóricas na referenciação
e construção da coesão/ Planejamento de texto/ Escrita autônoma e compartilhada / Produção de textos
• Revisão de textos/Edição de textos
• Escuta atenta
• Aspectos não linguísticos (paralinguísticos) no ato da fala
• Relato oral/Registro formal e informal
• Escrita colaborativa
INFORMAÇÕES SOBRE O GÊNERO
As cartas de reclamação fazem parte da vida cotidiana e possibilitam ao autor o exercício de sua cidadania. Por
meio delas é possível apresentar queixas e reivindicações sobre questões de âmbito privado ou de âmbito público.
Ao serem publicadas em diferentes mídias como jornais, revistas, televisão e internet, essas cartas ganham força.
Nesse caso, o gênero passa a pertencer ao campo da vida pública. No contexto atual, é comum a recontextualização
de cartas no formato digital (e-mails). É importante perceber que essas formas de comunicação coexistem e que uma
não deve se sobrepor a outra, já que ambas têm importância histórica.
PRÁTICAS DE LINGUAGEM
• Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)
• Análise Linguística / Semiótica
• Oralidade
• Produção de textos (escrita autônoma e compartilhada)
PARA SABER MAIS
• B ARBOSA, Jacqueline Peixoto. Escrevendo cartas argumentativas. In: BARBOSA, Jacqueline Peixoto (org.). Carta
de solicitação e carta de reclamação. Coleção trabalhando com os gêneros do discurso: argumentar. São Paulo:
FTD, 2005. p. 35-45.
• SILVA, Maria Emília Lins. Criando oportunidades significativas de leitura e produção de cartas. In: Brandão, Ana
Carolina Perrusi (org.). Leitura e produção de textos na alfabetização. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. p. 113-126.
Disponível em: http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/27.pdf. Acesso em: 24 nov. 2021.

9 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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1. Reconhecendo cartas de solicitação e reclamação
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UNIDADE 1
d. Como as pessoas faziam para se comunicar umas com as outras, por mensagem
escrita, quando estavam em lugares diferentes há 20 anos? E há 100 anos?

CARTA DE RECLAMAÇÃO
e. Como seus pais se comunicavam a longa distância na infância? E seus avós?

f. Utilizando formas de comunicação escrita antigamente, Pedrinho teria consegui-


1. Reconhecendo cartas de solicitação e do atingir seu objetivo? Por quê?

de reclamação
1. Converse com os colegas e o professor sobre a situação descrita abaixo. Em segui-
da, responda às perguntas.
Você comprou um produto pela internet e, ao recebê-lo, notou um grande defeito PRATICANDO
de fabricação.
a. Como você entraria em contato com a empresa para reivindicar o direito de
trocar o produto? 1. Leia a carta a seguir:

b. Qual gênero textual usamos para a situação em questão? Crato, 29 de setembro de 2019.

2. Leia a conversa a seguir e reflita sobre as questões propostas. Prezada Senhora Micaela da Fonte Sanches Prestes
Atual diretora da Academia do Saber.
Referente: Gincana e reforma do Colégio

a. Você já recebeu ou enviou mensagens como essas? Eu, Ariadne dos Santos Antunes, moradora da rua Dr. Miguel Limaverde n. 13, cursando o 1º ano do Ensino
Médio, venho [por meio] desta, pedir uma explicação coerente sobre a gincana e a reforma do colégio.
No começo do ano letivo de 2019, os alunos foram informados [de] que não haveria gincana, pois
[ocorreria] uma reforma no colégio. Mas se passaram nove meses e nada foi feito, a reforma não acon-
teceu e a gincana foi esquecida.
b. O que significam os emojis presentes na imagem? Muitos alunos acham injusta essa decisão; portanto, acho que deveria haver uma maneira mais efi-
caz para resolver o problema, por exemplo, uma mostra cultural só para os alunos.
Não podemos deixar passar em branco, pois todos os colégios do Crato [realizaram] essa festa, menos
o nosso, que foi "esquecido".
Peço à senhora que analise bem o caso e possa dar uma explicação mais concreta.

Atenciosamente,
Ariadne dos Santos Antunes
c. Quanto tempo demora para uma pessoa escrever,
enviar e a outra receber esse tipo de mensagem? Adaptado de BARROS, Eliana Merlin Deganutti de. Gestos de ensinar e de aprender gêneros textuais: a sequência didática como
Sempre foi assim? Por quê? instrumento de mediação. Tese (Doutorado em Estudos de Linguagem) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2012.
Disponível em: https://uenp.edu.br/profletras-produtos-educacionais/produtos-educacionais-turma-5-2018-2020/16709-mi-
riam-de-oliveira-helbel-malaghini-1/file. Acesso em: 24 nov. 2021.

a. O texto lido é um/uma


( ) bilhete ( ) notícia ( ) anúncio ( ) carta

10 4 o ANO 11 L Í N G UA P O RT U G U ESA

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b. Que elementos do texto fizeram com que você chegasse a essa conclusão?
RETOMANDO

1. Imagine que você comprou um produto pela internet e, ao recebê-lo, notou um


grave defeito de fabricação. Escreva um texto para compor:

c. Qual é o objetivo da autora do texto?


a. uma carta ou um e-mail de reclamação, evidenciando sua crítica para a empresa.

d. Em sua opinião, a autora do texto tem razão em sua solicitação? Justifique.

2. Leia o texto novamente.

a. A linguagem utilizada pela autora do texto foi formal ou informal?

b. Por que ela utilizou esse tipo de linguagem? b. uma carta ou um e-mail de solicitação, com um pedido para a troca de produto.

c. Transcreva um trecho que justifique a sua resposta.

3. Escreva uma carta de reclamação. Siga as instruções abaixo:

⊲ O destinatário da carta é a diretora da escola onde você estuda.


⊲ O assunto da carta deve ser um pedido de realização de um evento que a sua
turma está planejando.

12 4 o ANO
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4 ANO
o
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Habilidades do DCRC
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que
foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da
forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
EF15LP02 produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.

Práticas de linguagem Contexto prévio


Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) É importante que os alunos tenham conhecimen-
tos sobre ordem cronológica para organizarem, em
Sobre o capítulo uma linha do tempo, diferentes modelos de cartas.
• Contextualizando: conversar sobre situações Espera-se que eles já saibam ler convencionalmente
cotidianas que envolvem as ações de reclamar e tenham conhecimentos sobre os gêneros textuais
e de solicitar. previstos em situações cotidianas.
• Praticando: ler carta de solicitação, identificar
elementos que caracterizem o gênero e interpretar Dificuldades antecipadas
informações contidas no texto. Para alguns alunos, pode ser difícil estabelecer
• Retomando: produção de textos simulando relações entre as transformações do gênero carta
uma carta ou um e-mail de reclamação e/ou no decorrer do tempo e sua inserção nos diversos
solicitação (avaliação diagnóstica). contextos históricos. Poderão surgir comparações
e falas considerando, por exemplo, o e-mail como
Objetivos de aprendizagem melhor que a carta. Busque desconstruir a oposição
• Organizar, em uma linha do tempo, diferentes entre modelos de comunicação escrita, levando
modelos de cartas os alunos a compreenderem que cada meio de
• Descrever características de diferentes modelos transmissão de mensagens tem sua importância
de cartas, considerando meio de comunicação histórica para o desenvolvimento da sociedade e
e funções comunicativas para a evolução dos meios de comunicação.
• Produzir um texto simulando uma carta ou um Alguns deles podem apresentar dificuldades para
e-mail de reclamação e/ou solicitação (avaliação escrever uma carta ou um e-mail de reclamação
diagnóstica) e/ou solicitação. Essa produção inicial será utilizada
como avaliação diagnóstica. Isso servirá de guia
Materiais para levantar conhecimentos prévios dos alunos
5 folhas de cartolina; pincéis e tintas; fita adesiva sobre o gênero textual em questão, além do uso
de convenções de escrita.

CONTEXTUALIZANDO prévios dos alunos acerca de aspectos importantes


para o gênero textual enfocando nessa unidade: carta
Orientações ou e-mail de reclamação e/ou solicitação.
Proporcione espaço acolhedor para os alunos com- Faça uma breve comparação entre as situações
partilharem suas hipóteses. Evite fornecer-lhes respostas apresentadas nessa introdução. Pergunte aos alunos:
neste momento. Posteriormente, pergunte aos alunos: Qual é a função comunicativa de uma carta ou e-mail de
E antigamente, será que as pessoas também usariam o reclamação? E de um texto escrito no aplicativo de men-
[use possibilidades listadas pelos alunos]? Por quê? O que sagens por uma criança para a mãe buscá-la? Espera-se
seria mais usado? Como vocês chegaram a essas con- que, com essas perguntas, os alunos comecem a refletir
clusões? Essa atividade visa a avaliar os conhecimentos sobre mensagens de reclamação e de solicitação.

11 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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Nesse momento, a intenção é desenvolver a reflexão momento, você pode avaliar as competências leitoras
de uma evolução histórica situando os alunos em um da turma. É importante variar os alunos leitores para
momento de transição em que coexistem as cartas ma- que todos tenham oportunidade de demonstrar seus
nuscritas (existentes no mundo material) e os e-mails ou conhecimentos e para ter oportunidade de avaliá-los.
conversas (chats) por redes sociais (existentes no mundo Aproveite o momento de leitura para fazer perguntas
virtual). Durante a aula é preciso explorar o fato de que, a eles acerca da estrutura do texto e, assim, identificar
mesmo diante da evolução tecnológica, ainda persiste a possíveis dificuldades quanto ao reconhecimento do
prática de envio de cartas pelos Correios. O importante é gênero da atividade 1.
demonstrar que a carta ainda é uma realidade presente Após a leitura, organize os alunos em duplas para
e que precisa ser compreendida pelos alunos. responderem às questões. Leia cada um dos enunciados
e pergunte a eles se há dúvidas. Enquanto as duplas
Expectativas de respostas estiverem trabalhando, circule pela sala e apoie as
1. Respostas pessoais. É possível que os alunos di- duplas no que necessitarem, entretanto, sem dar-lhes
gam que seria necessário entrar em contato com respostas. Caso os alunos não consigam perceber que
a empresa por redes sociais, telefone, aplicativos o texto é uma uma carta e quem é o destinatário, per-
de mensagens ou outros meios de comunicação. gunte a eles: Em que tipos de textos, vocês encontram
2. a data, um cumprimento...? Qual é o sentido da carta?
a. É possível que os alunos exponham que já enviaram Para que a autora a escreveu?
e receberam mensagens como essas. Abra uma roda de conversa para que as duplas
b. Apresentando familiaridade com essa ferramenta, compartilhem com a turma as suas respostas. Peça a
assim como saibam decodificar o sentido atribuído a algumas duplas para responder outras, complementar
cada emoji: indica pedido de auxílio ou agrade- e comentar as respostas.
cimento; indicam tédio e raiva; indica que A última questão é bastante subjetiva, pois pergunta
não se gostou ou reprova algo; e indica carinho. a opinião do aluno sobre a reclamação que a autora
c. Espera-se também que os alunos percebam que faz na carta. Escute as respostas e as justificativas.
ferramentas tecnológicas como essa nem sempre Espera-se que os alunos percebam que se trata de uma
estiveram disponíveis e pontuem que, caso as pes-
carta de reclamação e que todos podemos escrever
soas envolvidas na comunicação tenham acesso à
para alguns órgãos quando não estamos satisfeitos
Internet, as mensagens chegam instantaneamente,
com alguma situação.
diferentemente do que ocorria em outras épocas,
como no tempo em que seus pais e avós nasceram
Expectativas de respostas
e cresceram.
1. a. carta
d. Espera-se que os alunos citem, entre outras pos-
b. Os alunos devem apresentar algumas carac-
sibilidades, cartas como maneira de se comunicar
terísticas de uma carta: data, saudação, assunto,
a distância.
despedida...
e. Respostas pessoais. Os alunos podem mencionar
c. A autora escreve para reclamar com a diretora
cartas, telegramas, telefone.
da escola sobre a gincana que não houve por
f. Espera-se que os alunos respondam afirmativamente
causa da reforma na escola que também não
à questão, indicando que Pedrinho poderia ter escrito
foi realizada.
um bilhete para a mãe antes de sair de casa.
d. Resposta pessoal.
2. a. Formal.
PRATICANDO b. A remetente da carta utiliza a linguagem formal
porque escreveu para a diretora da escola que
Orientações é a autoridade máxima no estabelecimento de
Inicie a atividade solicitando aos alunos que façam ensino.
a leitura silenciosa do texto. Após a leitura do texto, c. Alguns trechos: “Prezada Senhora Micaela da
realize a leitura compartilhada de modo a melhorar Fonte Sanches Prestes, atual diretora do Colégio
a compreensão do texto pelos alunos. Peça a alguns Academia do Saber”
deles que efetuem a leitura para os colegas. Nesse “Peço à senhora que analise bem o caso...”

12 4 o ANO

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“Atenciosamente” nessa unidade. Essa atividade não vai compor a média
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos escre- do bimestre, pois seu objetivo é evidenciar o ponto de
vam a carta seguindo as orientações da proposta. partida dos alunos e, ao fim, ajudar a mapear os avanços
e os pontos que precisam ser melhorados no processo
de aprendizagem e de refinamento de conhecimentos
RETOMANDO linguísticos e do processo de escrita. Essa produção
não deve ser compartilhada com os demais alunos,
Orientações tampouco seu resultado.
Essa produção será realizada individualmente e
vai compor uma avaliação diagnóstica, possibilitando, Expectativas de respostas
assim, avaliar os aspectos da convenção escrita de 1. Respostas pessoais.
cada aluno com foco no gênero textual trabalhado

ANOTAÇÕES

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2. O que eu conheço de cartas de solicitação e reclamação?
PÁGINA 14 PÁGINA 15

2. O que eu conheço de cartas de solicitação e d. Qual é o destinatário?


de reclamação?
1. Discuta com os colegas e o professor sobre o que aprenderam no capítulo anterior.

2. Leia texto a seguir e converse com os colegas sobre as perguntas.

PRATICANDO

1. Leia com atenção as orientações a seguir.


Prefeitura do Recife 26/11/2008

⊲ Forme um grupo com outros colegas.


Nós falamos da Escola Municipal Cristiano Cordeiro. Nós pedimos que o senhor coloque uma
⊲ Leiam com atenção o texto do cartaz que seu grupo receber do professor.
rampa, para os alunos deficientes da nossa escola e para os idosos que têm a mesma dificuldade
para subir as escadas para ir para nossa biblioteca e a sala de vídeo.
⊲ Discuta com os colegas e responda às seguintes questões:
É dever de vocês colocar uma rampa na nossa escola porque os deficientes têm os mesmos di-
reitos de fazer as mesmas atividades escolares que todas as crianças da nossa escola. a. Qual é o objetivo do texto que você leu?

Agradeço a colaboração
1o ano 2o ciclo.

GUERRA, Severina Érika Morais Silva. Produção coletiva de carta de reclamação: interação professoras/alunos, 2009,
183f. Mestrado - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/bits-
tream/123456789/4198/1/arquivo3401_1.pdf. Acesso em: 22 dez. 2021.

b. A mensagem desse texto foi enviada de uma pessoa para outra por meio de:
a. Qual é o assunto do texto?

b. Qual é o gênero textual?

c. De que maneira esse tipo de mensagem chegava/chega ao remetente?

c. Quem é o remetente?

14 4 o ANO
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2. Use o espaço a seguir para copiar o conteúdo do cartaz de seu grupo com as ob-
servações finais discutidas com a turma.
RETOMANDO

1. Imagine que a escola em que você estuda tenha problemas semelhantes aos que
leu na carta. Escreva um texto com as seguintes situações:

a. Uma carta de reclamação, evidenciando sua crítica para a diretora da escola.

3. Cada cartaz estudado pertence a um ponto específico na linha do tempo. Reproduza,


no espaço a seguir, como essa linha do tempo ficou organizada.

b. Uma carta de solicitação, para o núcleo gestor da escola, com um pedido de


reparo de um problema encontrado na escola.

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Habilidades do DCRC
Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente
EF15LP01 (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que
foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam.
Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da
forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
EF15LP02 produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais de reclamação, dentre outros gêneros do campo da vida
cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o tema/
EF04LP10 assunto/finalidade do texto.) Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais de reclamação, dentre
outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando
a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
Planejar e produzir, com autonomia, cartas pessoais de reclamação, dentre outros gêneros do campo da vida
EF04LP11 cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e com a estrutura própria desses textos (problema,
opinião, argumentos), considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
EF35LP04 Inferir informações implícitas nos textos lidos.

Práticas de linguagem Contexto prévio


Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) É importante que os alunos tenham conhecimen-
tos sobre ordem cronológica para organizarem, em
Sobre o capítulo uma linha do tempo, diferentes modelos de cartas.
• Contextualizando: conversar sobre situações Espera-se que já saibam ler convencionalmente e
cotidianas que envolvem as ações de reclamar tenham conhecimentos sobre os gêneros textuais
e de solicitar. previstos em situações cotidianas.
• Praticando: trabalhar em grupos para organizar
diferentes modelos de cartas em uma linha do Dificuldades antecipadas
tempo, considerando os meios de comunicação Para alguns alunos, pode ser difícil estabelecer
e as funções comunicativas. relações entre as transformações do gênero carta
• Retomando: produção de textos simulando no decorrer do tempo e sua inserção nos diversos
uma carta ou um e-mail de reclamação e/ou contextos históricos. Poderão surgir comparações
solicitação (avaliação diagnóstica). e falas considerando, por exemplo, o e-mail como
melhor que a carta. Busque desconstruir a oposição
Objetivos de aprendizagem entre modelos de comunicação escrita, levando
• Organizar, em uma linha do tempo, diferentes os alunos a compreenderem que cada meio de
modelos de cartas. transmissão de mensagens tem sua importância
• Descrever características de diferentes modelos histórica para o desenvolvimento da sociedade e
de cartas, considerando meio de comunicação para a evolução dos meios de comunicação.
e funções comunicativas. Alguns deles podem apresentar dificuldades para
• Produzir um texto simulando uma carta ou um escrever uma carta ou um e-mail de reclamação
e-mail de reclamação e/ou solicitação (avaliação e/ou solicitação. Essa produção inicial será utilizada
diagnóstica). como avaliação diagnóstica. Isso servirá de guia
para levantar conhecimentos prévios dos alunos
Materiais sobre o gênero textual em questão, além do uso
5 folhas de cartolina; pincéis e tintas; fita de convenções de escrita.
adesiva.

15 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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CONTEXTUALIZANDO
PRATICANDO
Orientações
Inicie a aula fazendo uma breve reflexão acerca do Orientações
conteúdo estudado na aula anterior. Promova uma roda Para esta atividade é necessário preparar cinco fo-
de conversa e incentive os alunos a compartilhar com lhas de cartolina com cinco textos diferentes, conforme
os colegas os saberes adquiridos, de modo a fazerem indicado nas Expectativas de Resposta.
uma revisão dinâmica do conteúdo visto. Faça, inicialmente, uma leitura prévia do texto e
Após esse momento, organize a turma em duplas e incentive os alunos a realizar uma leitura individual
entregue aos alunos o texto da atividade 2 recortado. silenciosa para a identificação das características do
Solicite a eles que levem em conta as características gênero textual. Após essa verificação do conhecimen-
do gênero. É importante reforçar oralmente essas ca- to prévio dos alunos, apresente-lhes todas as carac-
racterísticas e incentivar os estudantes a fazer a leitura terísticas do gênero, buscando, assim, consolidar a
do texto e entregá-lo para correção, possibilitando, compreensão do conteúdo por eles.
assim, reflexões sobre os equívocos e ajustes, caso Após essa apresentação inicial, faça, oralmente, um
seja necessário. comparativo entre o texto antigo e o atual, enfatizando
Em seguida, realize a leitura do texto coletivamente as mudanças ocorridas ao longo do tempo.
e em voz alta para melhor compreensão pelos alunos. Cada produção disposta no cartaz deverá conter
Faça, oralmente, as perguntas aos alunos acerca do destinatário, saudação, data, local, despedida e assina-
texto lido: Qual é o assunto do texto? Qual é o gênero tura. Isso fornecerá bons modelos para os alunos. Veja
textual? Quem é o remetente? Qual é o destinatário? mais informações que podem auxiliar na criação dos
e peça-lhes que registrem as respostas. cartazes e partilha de informações sobre cada texto em:
Escreva o texto em um cartaz e explore cada parte • CARVALHO, Alexandre Tolentino de. Um pouco da
de modo a promover uma aprendizagem mais signi- história da carta. Material produzido exclusivamente para
ficativa, incentivando-os a compartilhar saberes para Nova Escola para fins didáticos. Disponível em: https://
que eles compreendam melhor conteúdo. Se considerar nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/BtQWJnVT4e
produtivo, pode-se também aproveitar para ajustar, gjPdG5SDrMRZutZM9XUW6k3RCQ7SXgEfPhXHpRXCVS
com base nos conhecimentos linguísticos dos alunos, tXYQCfM5/atividade-para-impressao-historia-da-carta-
questões gramaticais e ortográficas do texto, como o lpo4-01sqa01.pdf. Acesso em: 11 nov. 2021.
uso de sinais de pontuação (corrigir as vírgulas, por Organize os alunos em cinco grupos e entregue
exemplo), de concordância (corrigir os pronomes, por uma cartolina para cada grupo. Solicite aos alunos
exemplo), entre outras inadequações do próprio gênero. que façam a leitura atenta, considerando texto verbal
É mais adequado orientar os alunos e partir do que eles e texto não verbal (imagens). Eles deverão analisar os
sabem, para que essa seja uma atividade reflexiva, textos com base nas questões disparadoras propostas
em vez de uma abordagem meramente normativa. Ao e anotar as respostas no Livro do Aluno.
final, caso considere produtivo, peça aos alunos que Circule entre os grupos para auxiliá-los. Faça-lhes
reescrevam o texto da carta incorporando as correções perguntas que os levem a pensar nos objetos de conheci-
feitas pela turma. mento proposto para essa aula, como: Qual é a finalidade
do texto desse cartaz? Por qual meio de transporte era
Expectativas de respostas: ou é realizada a entrega de um documento como esse?
1. Respostas pessoais. Essa forma de envio é mais antiga ou mais atual? Como
2. a) O texto é uma é uma carta de solicitação você sabe disso? Ouça-os e não lhes apresente respos-
dirigida ao prefeito de Recife sobre a instalação tas sobre os objetos de conhecimento nesse momento.
de uma rampa para deficientes físicos. Depois que todos os grupos terminarem, oriente-os a
b) Espera-se que os alunos respondam Carta compartilhar com os colegas o conteúdo do cartaz ana-
de solicitação. lisado e troquem opiniões sobre suas reflexões. A cada
c) Alunos do 1o ano e 2o ciclo. apresentação, cole o cartaz do grupo no quadro e reproduza
d) Prefeitura de Recife. as reflexões apontadas para que todos vejam a análise.
Valide as respostas coletivamente, perguntando aos outros
grupos: Vocês concordam? Alguém faria diferente? Como?

16 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 16 28/12/2021 11:09


Por quê? Ouça-os e medeie o debate, se necessário. pois ela servirá como modelo para a atividade
Após a apresentação e as conclusões de cada grupo, diagnóstica proposta na seção Retomando.
oriente-os a copiar as informações finais do cartaz de • Cartaz 5: reproduza ou simule um e-mail de
seu grupo no Livro do Aluno. Em seguida, diga-lhes que reclamação solicitando a troca de um produto
cada cartaz corresponde a um ponto de uma linha do com defeito. Essa produção também servirá como
tempo e que eles, coletivamente, deverão organizá-los modelo de texto para a atividade diagnóstica
em ordem cronológica nessa linha. proposta na seção Retomando.
Pergunte aos alunos: Qual tipo de comunicação surgiu 3. A linha do tempo deverá apresentar os cartazes na
primeiro? Por que vocês acham isso? Espera-se que os sequência indicada a seguir e apresentar apenas
alunos percebam que, dentre as opções apresenta- as informações mais importantes para identificar
das, o cartaz com o anúncio do primeiro vencedor das o cartaz:
Olimpíadas da Grécia é o primeiro da linha do tempo.
CARTAZ 1
Uma vez que a atividade esteja completa, oriente os Primeiro vencedor das
Olimpíadas da Grécia,
alunos a transcrever a linha do tempo para o Livro do anunciado por pombo-correio
Aluno, auxiliando-os a fixar o conteúdo. Por fim, converse CARTAZ 2
Fragmento da carta de Pero
com os alunos sobre os meios de circulação de textos. Vaz de Caminha, transportada
Comente que há textos produzidos para circular no campo por navio
da vida pública, como as cartas enviadas a mídias como CARTAZ 3
Convite de casamento
jornais, revistas, televisão e internet, dirigidas a muitos entregue pela Pony Express
destinatários. E outros que pertencem à esfera privada, CARTAZ 4 CARTAZ 5
como cartas pessoais ou cartas de reclamação, quando Carta de reclamação E-mail de reclamação para
entregue pelos Correios uma loja
enviadas a uma pessoa ou empresa específica

Expectativas de respostas
RETOMANDO
1. Respostas dependem do cartaz recebido pelo
grupo.
Orientações
2. Os alunos devem copiar um dos cartazes feitos
Essa produção será realizada individualmente e vai
por você: compor uma avaliação diagnóstica, possibilitando, assim,
• Cartaz 1: replique, por meio de desenho ou colagem, que se verifiquem os aspectos da convenção escrita
o uso de pombo-correio para anunciar os vencedores de cada aluno com foco no gênero textual trabalhado
das Olimpíadas. Escreva um texto anunciando o nessa unidade. Essa atividade não vai compor a mé-
primeiro vencedor das Olimpíadas da Grécia antiga, dia do bimestre, pois o objetivo é evidenciar o ponto
um cozinheiro que venceu a corrida de 200 metros, de partida dos alunos e, ao fim, ajudá-los a mapear
única prova disputada em 776 a.C. os avanços e os pontos que precisam ser melhorados
• Cartaz 2: replique fragmento da carta de Pero Vaz no processo de aprendizagem e de refinamento de
de Caminha enviada por navio do Brasil para o rei conhecimentos linguísticos e do processo de escrita.
de Portugal em 1o de maio de 1500. Desenhar um Essa produção não deve ser compartilhada com os
pergaminho na cartolina, simulando a carta escrita. demais alunos, tampouco seu resultado.
• Cartaz 3: simule um convite de casamento que Antes de guiar a produção escrita, solicite à turma
deverá ser entregue ao destinatário por meio do a releitura coletiva dos cartazes 4 e 5, pois oferecem
sistema estadunidense de correio expresso, Pony modelos sobre os gêneros textuais em estudo (carta
Express. Essa empresa utilizava trabalhadores de reclamação e carta de solicitação). Explique aos
com cavalos para entrega de correspondências alunos que eles poderão recorrer aos cartazes durante
em 1860. Para isso, você pode criar no cartaz a as produções individuais.
ideia de como o documento seria transportado.
• Cartaz 4: reproduza ou simule uma carta de Expectativas de respostas
reclamação a ser entregue pelos Correios, 1. Respostas pessoais. Espera-se que os elementos
reivindicando a troca de produto com defeito. do gênero e suas características apareçam nos
Tenha cuidado especial com essa produção, textos escritos pelos alunos.

17 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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3. Lendo cartas de solicitação e de reclamação
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3. Lendo cartas de solicitação e de reclamação PRATICANDO


1. Converse com os colegas e sobre o que aprenderam no capítulo anterior. 1. Leia o texto a seguir, converse com um colega e responda às perguntas.

2. Leia o fragmento de uma notícia e converse com seus colegas sobre as perguntas
que seguem.

Menino envia carta a juíza para poder usar sobrenome do padrasto


Ed Rodrigues
Colaboração para o UOL
07/06/2021 21h42 Atualizada em 07/06/2021 21h42

Angelo Ravel Nunes de Sousa, de apenas 8 anos, sensibilizou a juíza da comarca de


Quixeramobim, a 215 km de Fortaleza (CE), ao escrever uma carta com um pedido especial:
trocar o sobrenome do pai biológico pelo do padrasto, a quem chama de “pai de verdade”.
A mensagem, escrita à mão, chegou ao conhecimento da titular da 1ª Vara da Comarca de
Quixeramobim, Kathleen Kilian. Na solicitação, o garoto destacou para a juíza que foi o padrasto
quem esteve ao seu lado “nos momentos bons e ruins”.
“Senhora juíza, quero pedir encarecidamente que senhora troque meu nome. (...) Eu gostaria
muito de usar o sobrenome do meu verdadeiro pai, que é o meu padrasto e ele sim é um pai de
verdade”, disse o garoto na carta. [...]

Acervo pessoal do autor


RODRIGUES, Ed. Menino envia carta a juíza para poder usar sobrenome do padrasto. UOL.
Disponível em: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2021/06/07/
menino-envia-carta-a-juiza-para-poder-usar-sobrenome-do-padrasto.htm. Acesso em: 16 jun. 2021.
a. Como esse texto é comumente chamado?

a. Qual é o assunto da reportagem? b. Qual é a função de um texto como esse?

b. Que tipo de carta é mencionada na reportagem?

c. Liste algumas informações disponibilizadas ao consumidor nesse texto.

c. Essa carta deve ser enviada a um leitor específico ou a muitos leitores? O envio
aconteceu conforme o previsto? Por quê?

18 4 o ANO
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2. Converse com um colega: o que você faria ao receber um boleto de água ou luz
com o valor incorreto? RETOMANDO

3. Uma possibilidade de reivindicar o ajuste de um valor incorreto em um boleto é 1. Analise o boleto novamente e liste as informações mais importantes contidas em
escrever uma carta ou um e-mail para a empresa responsável pelo serviço e pela uma conta ou boleto.
cobrança. Considere a seguinte situação para escrever o texto.

A pessoa que recebeu o boleto da atividade 1 acredita que o valor esteja incorreto
porque está muito acima do que foi cobrado nos meses anteriores e pretende solicitar a re-
visão dessa cobrança.
Acervo pessoal do autor

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20 4 o ANO

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Habilidades do DCRC
Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da
forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
EF15LP02 produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
EF15LP03 Localizar informações explícitas em textos.
Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta, com autonomia e fluência, textos curtos
EF35LP01
com nível de textualidade adequado.
Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais de reclamação, dentre outros gêneros do campo da
EF04LP10 vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
Ler e compreender, com autonomia, boletos, faturas e carnês, dentre outros gêneros do campo da vida
EF04LP09 cotidiana, de acordo com as convenções do gênero (campos, itens elencados, medidas de consumo, código
de barras) e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.

Prática de linguagem Materiais


Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) 1 folha de papel Kraft; pincel e tinta; fita adesiva.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: ler fragmento de uma Espera-se que os alunos já saibam ler
reportagem que apresenta como assunto principal convencionalmente e tenham conhecimento prévio
o envio de uma carta. sobre os gêneros textuais previstos em situações
• Praticando: reconhecer boletos e diferenciá-los cotidianas.
de cartas.
• Retomando: escrever uma carta de reclamação Dificuldades antecipadas
e analisar as partes de um boleto. É possível que os alunos tenham dificuldade em
interpretar as informações apresentadas no boleto
Objetivos de aprendizagem da seção Praticando por falta de familiaridade
• Ler e interpretar, em duplas, texto de boleto com esse gênero textual. Como atividade prévia,
considerando as informações do gênero textual: peça aos alunos que leiam, com o auxílio de um
dados pessoais, valores, medida de consumo, familiar, boletos de água e/ou de luz do local onde
código de barras, entre outros. residem.
• Produzir coletivamente carta de reclamação que
reivindica correção de valor cobrado em boleto.

CONTEXTUALIZANDO
Solicite aos alunos que leiam a reportagem
Orientações individualmente para praticarem a leitura autônoma.
Neste primeiro momento, proporcione aos alunos Em seguida, guie o debate considerando as perguntas
que conversem sobre as aprendizagens e compreensões disparadoras no Livro do Aluno. Deixe que eles
mobilizadas no capítulo anterior. Faça-lhes perguntas compartilhem suas opiniões sobre o texto lido e,
como: quais tipos de cartas vocês conhecem? Para que caso queira, faça-lhes perguntas para averiguar sua
elas servem? Nos dias atuais, ainda é comum o envio interpretação do texto. Atenção, o objetivo dessa atividade
de cartas? Em quais situações? Incentive os alunos a é que os alunos reconheçam, por meio de um exemplo
compartilhar suas hipóteses em um ambiente acolhedor concreto, a função de uma carta de solicitação e seu
sem classificar as respostas como certas ou erradas. campo de circulação.

19 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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Expectativas de respostas respostas ao item a. Valide-as com a turma, perguntando:
1. Espera-se que os alunos retomem as funções de todos concordam? Alguém chama esse documento
cartas ou e-mails de reclamação e de solicitação. por outro nome? Qual? É possível que aqui os alunos
Além disso, espera-se que eles expressem que mencionem tanto o nome boleto, quanto o nome conta.
cada forma de transmissão de mensagens tem Faça procedimento semelhante para a correção dos
sua importância histórica para o desenvolvimen- demais itens, formulando perguntas abertas que
to da sociedade e para a evolução dos meios incentivem a participação dos alunos e a elaboração
de comunicação e evitem fazer comparações de justificativas que amparem suas respostas.
valorativas entre carta e e-mail. Durante a correção da atividade 3, será possível ter
2. a. Espera-se que os alunos identifiquem que o indícios da profundidade de leitura e de interpretação
texto trata de uma carta de solicitação de uma de texto pelos alunos sobre o gênero textual boleto. A
criança para uma juíza, pedindo que mude seu quantidade de itens listados por eles como características
sobrenome por questões afetivas. desse gênero textual pode indicar o quanto eles prestaram
b. Carta de solicitação. ou não atenção às informações apresentadas pelo texto.
c. Embora tenha sido escrita no âmbito privado, Se necessário, faça a observação guiada de pontos
posteriormente a carta tornou-se pública, pois importantes do boleto, como nome da empresa, dados
foi assunto de uma notícia em um veículo de pessoais; é importante preservar o sigilo dos dados
imprensa, na internet. Isso pode ter ocorrido pessoais para proteger o consumidor contra fraudes,
porque o fato de uma criança fazer esse tipo sobretudo no meio digital (boletos falsos enviados por
de solicitação é incomum e chamou a atenção e-mail, por exemplo), valor, data de vencimento, mês de
a ponto de ser considerado interessante para a consumo, código de barras, comparativo do consumo
publicação no jornal. dos meses anteriores e do atual, entre outros. Pergunte
aos alunos: Por que é importante saber ler e interpretar
um boleto? Ouça-os e medeie o debate.
PRATICANDO Ao final da discussão, explicite que, ao saber localizar
e compreender as informações obrigatórias de um boleto,
Orientações podemos prevenir fraudes de maneira mais efetiva. É
Organize os alunos em duplas, mesclando integrantes importante que os alunos comecem a perceber que,
de diferentes habilidades. Uma opção é levar para a para além do valor da conta, há outras informações
sala de aula alguns boletos (preservando o sigilo dos importantes em textos desse gênero. Oriente-os a fazer
dados do titular) para que os alunos possam analisá-los. o registro da correção das respostas no Livro do Aluno.
Peça aos alunos que comparem o boleto que receberam Solicite aos alunos que compartilhem suas respostas
com o boleto presente no Livro do Aluno. oralmente com a turma. Nessa atividade, a ideia é que os
Oriente os alunos a observar e analisar o boleto, alunos reflitam sobre as medidas que podem ser tomadas
fazendo-lhes perguntas como: Vocês já viram um texto para reivindicar o ajuste de uma cobrança indevida em
como esse? Onde? Como ele é enviado ao destinatário? um boleto. Ouça-os e medeie o debate, se necessário.
Ouça-os e medeie as respostas se necessário. Caso Essa atividade será coletiva; portanto, apresente-a
não façam comentários, diga-lhes que boletos como aos alunos em uma folha de papel Kraft, registrando
os apresentados são enviados pelas empresas que o texto de maneira visível a todos, em formato de um
gerenciam serviços básicos de infraestrutura em sua cartaz. Por meio de perguntas disparadoras, incentive
região (evidencie os nomes das empresas) para as a turma a discutir sobre a criação de uma carta de
residências, assim como podem ser buscados pelo solicitação para reivindicar um novo cálculo de consumo,
consumidor nos postos de atendimentos presenciais tendo como foco o boleto analisado anteriormente.
ou serem enviados por e-mail, ressalte que a opção Pergunte aos alunos: O que deve conter uma carta de
de recebimento é escolhida pelo consumidor. solicitação? Espera-se que, entre outras coisas, eles
Dê tempo às duplas, para que os alunos possam ler mencionem a saudação, o remetente, as motivações
e analisar os boletos e usem as perguntas propostas para a escrita da carta, os argumentos, a data, a
como ponto de partida. No momento da correção, despedida, o local, o destinatário, entre outros. Atenção
solicite a alguns voluntários que exponham suas para o registro da carta; a proposta aqui é redigir uma

20 4 o ANO

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carta de solicitação — como no exemplo observado na presenciais de diversos órgãos e empresas foram
notícia — não uma carta de reclamação. Se necessário, suspensos. Você também pode trazer ao debate o fato
relembre aos alunos que, na atividade diagnóstica do de nem sempre ser tão fácil conseguir entrar em contato
capítulo anterior, a turma escreveu uma carta/e-mail de com empresas por telefone, aplicativos de mensagens
reclamação criticando o recebimento de um produto ou redes sociais. Mencione também a dificuldade de
com defeito e uma carta/e-mail de solicitação da troca acesso à internet em algumas regiões do país. Leve-os
de produto, mostrando a eles que esses dois aspectos a refletir sobre o nível de formalidade de um e-mail e de
estão bem próximos, mas são distintos. como fazer o registro por escrito desse tipo de solicitação
Faça perguntas disparadoras como: pode ajudar a resolver problemas como esses.
• Como devemos iniciar uma carta? Como isso deve ser
escrito no cartaz? (Saudação, destinatário, resposta Expectativas de respostas
pessoal). 1. a. Boleto/conta.
• Qual é a solicitação a ser feita? Como isso deve b. Sua função é descrever o consumo de um de-
ser escrito no cartaz? (Revisão do valor do boleto/ terminado serviço e cobrar seu valor.
revisão do consumo, resposta pessoal). c. São encontradas informações como: nome da
• Qual é o argumento que sustenta a solicitação? Como empresa, dados pessoais, valor cobrado, data de
isso deve ser escrito no cartaz? (O fato de o valor vencimento, mês de consumo, código de barras,
atual aparecer muito acima dos valores de meses comparativo do consumo dos meses anteriores
anteriores, resposta pessoal). e do atual, entre outros.
• Como devemos encerrar a carta? Como isso deve 2. Respostas pessoais.
ser escrito no cartaz? (Despedida, remetente, local, 3. Respostas pessoais
data, (considerando os dados pessoais do boleto),
resposta pessoal).
• O nível de formalidade da carta está adequado? (É RETOMANDO
necessário que o tom seja formal).
Registre, pouco a pouco, as sugestões da turma no Orientações
cartaz. Quando necessário, faça votação sobre a forma Disponibilize tempo para que os alunos analisem o
mais adequada de escrita, considerando os diferentes boleto novamente e para que reflitam sobre a pergunta
estilos sugeridos pelos alunos. Afixe o cartaz em um que encerra esse capítulo. Em seguida, faça a correção
local visível na sala de aula; ele deverá permanecer coletivamente. Espera-se que os alunos identifiquem que,
no espaço comum durante todo o trabalho com essa além do valor da fatura, há outras informações importantes
unidade, apresentando aos alunos um modelo de carta que devem ser conferidas nos boletos. Ressalte que
de solicitação. observar essas informações pode evitar o pagamento
Atenção: caso os alunos argumentem que dificilmente de boleto incorreto ou mesmo evitar fraudes e golpes.
alguém escreveria uma carta de solicitação como essa,
pois há outros meios mais eficazes de entrar em contato Expectativas de respostas
com a empresa, peça-lhes que considerem, por exemplo, 1. Nome da empresa, descrição dos serviços utili-
a situação provocada pela covid-19, em que atendimentos zados, valor da fatura e dados pessoais.

21 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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4. Interpretando cartas de solicitação e de reclamação
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4. Interpretando cartas de solicitação e PRATICANDO


de reclamação
1. Leia o e-mail a seguir para responder às perguntas.

1. Leia o texto a seguir.

PARA: Bom Preço Telefonia


Fortaleza, 10 de novembro de 2021
ASSUNTO: Cobrança indevida
Excelentíssimo Senhor Prefeito,
Brasília, 22 de agosto de 2018.
Eu estou te enviando esta carta porque quero que reforme a praça
Senhores,
perto da mercearia Indaiá. A praça é muito importante para a Venho por meio desta carta reclamar da cobrança indevida de chamadas telefônicas não
realizadas. Há 3 meses contratei os serviços dessa empresa de telefonia. No contrato, estava descrito
comunidade porque a praça é um local onde podemos nos reunir
que pagaria o valor de R$82 mensais por um pacote de serviços que incluía chamadas locais ilimitadas
para conversar. Por favor, arrume as traves do campo e coloque e 30 minutos de ligações interurbanas.
No entanto, consta em minha fatura, a cobrança de valores relativos a ligações interurbanas que
grama no campo. Arrume os brinquedos e coloque mais brinquedos. nunca realizei. Existem 3 chamadas para número de telefones pertencentes à cidade de Coari, no
Amazonas e outras 5 para números da cidade de Apiacá, no Espírito Santo. Elas somam R$178 reais a
mais em minha fatura.
Não há nenhuma possibilidade de terem sido realizadas essas ligações. Primeiramente, não
conheço ninguém que more nessas cidades. Todos os meus parentes moram em Brasília, com
exceção de meu avô, que mora no Ceará, e nem telefone fixo ele possui. Em segundo lugar, em minha
casa, moram somente duas pessoas: eu e meu filho. Trabalho o dia todo e ele estuda pela manhã e
faz curso à tarde. Portanto, não temos tanto tempo para gastar em uma ligação. Uma delas, feita para
a cidade de Apiacá, durou cerca de 3 horas. Por fim, gostaria de destacar que os horários em que
foram feitas as ligações não correspondem à nossa rotina. As chamadas para Apiacá foram feitas
pela manhã, horário em que não há ninguém em casa. E aquelas referentes a Coari foram feitas após
as 2 horas da manhã, momento em que estamos em pleno sono profundo.
Diante dessa situação, peço que considerem a cobrança como indevida e sejam tomadas
Agora, converse com seus colegas sobre as questões a seguir e comente como você providências no sentido de cobrar somente o valor devido de R$82.
chegou às conclusões. Sem mais considerações,
a. Qual é o assunto do texto que você leu? Maria Mharta Mecedez
b. Que tipo de texto é esse? Produzido especialmente para esta obra.
c. Quem escreveu esse texto, ou seja, quem é o remetente?
d. Para quem o texto foi escrito, ou seja, quem é o destinatário?
e. Para que esse texto foi escrito? Qual é a sua finalidade? a. Qual é o assunto do texto que você leu?
f. Quando esse texto foi escrito?
g. Quais eram as condições da praça mencionada no texto no momento de sua
produção? Como você chegou a essa conclusão?
h. Você acha que a escrita desse texto provocou alguma mudança na praça? Por
quê? b. Que tipo de texto é esse?

2. O texto apresenta muitas repetições. O que você faria para evitá-las?

c. Quem escreveu esse texto, ou seja, quem é o remetente?

22 4 o ANO – FUNDAMENTAL
23 L Í N G UA P O RT U G U ESA

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d. Para quem o texto foi escrito, ou seja, quem é o destinatário?


RETOMANDO

e. Quando esse texto foi escrito? 1. Observe a imagem abaixo e, em seguida, converse com o professor e os colegas.

f. Qual é a finalidade desse texto?

g. Qual é a principal reclamação presente no texto?


MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

h. Qual é a principal solicitação feita no texto?

a. Descreva o que você observa na imagem.


b. De que trata o texto que acompanha a imagem?

i. Quais são os argumentos apresentados para sustentar a solicitação realizada?


2. Considere uma das sugestões a seguir e escreva um e-mail:
⊲ de reclamação a um banco que utilizou indevidamente os dados de uma pessoa
de sua família.
⊲ de solicitação à secretaria nacional para adotar outras medidas, além da multa,
para evitar uso indevido de dados.

j. Há outras informações que não estão explícitas no texto, mas você pôde supor?
Quais?

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4 o ANO
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Habilidades do DCRC
Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da
forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de
EF15LP02 produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências
textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações
e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.
Localizar informações explícitas em textos.
EF15LP03

Inferir informações implícitas nos textos lidos.


EF35LP04

Recuperar relações entre partes de um texto, identificando substituições lexicais (de substantivos por sinônimos)
EF35LP06 ou pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que contribuem para
a continuidade do texto.
Ler e compreender, com autonomia, boletos, faturas e carnês, entre outros gêneros do campo da vida
EF04LP09 cotidiana, de acordo com as convenções do gênero (campos, itens elencados, medidas de consumo, código
de barras) e considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.
Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais de reclamação, dentre outros gêneros do campo da
EF04LP10 vida cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.

Prática de linguagem Contexto prévio


Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Espera-se que os alunos já saibam ler
convencionalmente e já tenham tido contato com
Sobre o capítulo cartas de solicitação e de reclamação e refletido sobre
• Contextualizando: ler, interpretar e fazer suas funções, além de já terem noção sobre envio
inferências em carta de solicitação e de e recebimento de e-mails. Sempre que necessário,
reclamação. retome as atividades feitas nos capítulos anteriores.
• Praticando: ler, interpretar e fazer inferências
em e-mail de solicitação e de reclamação. Dificuldades antecipadas
• Retomando: leitura de imagem e escrita de Caso os alunos tenham pouca experiência
e-mail de reclamação ou de solicitação. com leitura, é provável que apresentem mais
dificuldades em interpretar e fazer inferências nos
Objetivo de aprendizagem textos trabalhados. Assim, é importante auxiliá-los
• Ler, interpretar e fazer inferências sobre carta e nessa interpretação, instruindo-os na leitura dos
e-mail de solicitação e de reclamação. textos e enunciados, possibilitando, caso necessário,
a interpretação desse texto oralmente.

CONTEXTUALIZANDO A atividade 1 trabalhará com a inferência de


informações, pois ainda que não esteja explícito no
Orientações texto que a praça mencionada esteja em condições
Solicite aos alunos a leitura individual do texto e dê-lhes inapropriadas de uso, o fato de uma criança listar
tempo suficiente para que cada um possa refletir sobre melhorias básicas, como um pedido de reforma, de
as perguntas antes de abrir a discussão coletiva. Na acréscimo de brin­quedos e de aplicação de grama,
conversa coletiva sobre o texto, faça perguntas aos alunos indica sua insatisfação com o local. Proponha aos alunos
para que justifiquem suas respostas: Como você chegou uma reflexão sobre os espaços públicos do entorno
a essa conclusão? Alguém pensa diferente? Por quê? da escola e, se julgar pertinente, faça com a turma
Promova a mediação do debate e proporcione espaço uma visita a esses espaços. Caso os alunos desejem
acolhedor para os alunos comentarem suas hipóteses, não de alguma maneira manifestar-se, ou se sentirem
creditando respostas certas ou erradas neste momento. motivados, também, a escrever uma carta, ajude-os

23 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 23 28/12/2021 11:09


a planejá-la, trabalhando aspectos da carta e do uso a temática ou o estilo de escrita e desenho. A
da linguagem (evitar repetições, por meio do uso de resposta para última pergunta é pessoal.
recursos anafóricos e catafóricos, cuidar da ortografia, 2. Espera-se que os alunos respondam ser possível
entre outros). substituir as palavras repetidas por sinônimos
Leve os alunos a refletirem sobre o texto lido e ou pronomes.
identificarem as palavras que aparecem com frequência
no texto e o tornam repetitivo. Pergunte a eles: Durante
a leitura do texto vocês notaram repetições de palavras? PRATICANDO
Quais? Espera-se que os alunos mencionem as palavras
praça, campo e brinquedos. Em seguida, pergunte a eles: Orientações
Como poderíamos evitar a repetição dessas palavras? Ouça Antes da realização dessa atividade, faça uma leitura
atentamente as respostas. Nesse momento, é possível
coletiva do e-mail com a turma. Em seguida, peça que
que os alunos que apresentem maior familiaridade com
façam a releitura individual do texto e respondam às
a leitura comentem a possibilidade de substituir os
perguntas. Circule entre os alunos para mapear as
termos repetidos por sinônimos ou pronomes, ainda que
principais dificuldades e auxiliar os que precisam de
não usem essa nomenclatura. Logo, diga aos alunos
maior apoio. Se necessário, faça perguntas abertas que
que você reescreverá o texto no quadro, seguindo as
fomentem reflexões e levem os alunos a pensar sobre
sugestões de substituições que eles indicarem. Perceba
suas respostas, evitando a prática de procurar apenas
que há diferentes possibilidades de respostas adequadas,
as respostas sem compreender efetivamente o texto.
uma delas é a oferecida a seguir.
Promova uma correção coletiva. Solicite a vo­luntários
Fortaleza, 10 de novembro de 2021.
que exponham suas conclusões, argumentando sobre elas.
Excelentíssimo Senhor Prefeito,
Valide-as com a turma para que cheguem a consensos.
Eu estou te enviando esta carta porque quero que
Faça perguntas, como: Alguém fez diferente? Por quê?
reforme a praça perto da mercearia Indaiá. A praça
[Ela] é muito importante para a comunidade porque a Após a correção do último item, pergunte: Como a
praça o espaço é um local onde podemos nos reunir consumidora soube os valores que estavam sendo
para conversar. Por favor, arrume as traves do campo e cobrados indevidamente? A qual documento ela teve
coloque grama no campo nele. Arrume os brinquedos acesso antes de escrever o e-mail? Nesse momento,
e coloque mais brinquedos outros. espera-se que os alunos estabeleçam relação entre o
Solicite aos alunos a leitura coletiva da carta e-mail de reclamação e de solicitação e o boleto, estudado
modificada e pergunte a eles: Qual versão da carta no capítulo anterior. Caso julgue pertinente, leve para
ficou melhor para ler? Por quê? Ouça as respostas deles a sala de aula uma conta telefônica e a socialize entre
e faça a mediação do debate se necessário. Espera-se os alunos, indicando que observem principalmente,
que os alunos mencionem que, com a segunda versão, as informações que descrevem cada chamada, como
a leitura ficou mais fluida e menos repetitiva. Peça-lhes número do telefone com DDD, tempo de ligação e valor
que registrem a resposta. da chamada. Por fim, proporcione tempo para que os
alunos registrem as correções necessárias.
Expectativas de respostas
1. Espera-se que os alunos identifiquem que se trata Expectativas de respostas
de uma carta de solicitação destinada ao prefeito 1.
de Fortaleza em 10 de novembro de 2021. Isso pode a. O texto trata de um e-mail escrito ao Bom Preço
ser justificado mencionando as características do Telefonia em 22 de agosto de 2018, sobre uma
gênero textual, tais como: local, data e uso de cobrança indevida.
vocativo. É importante os alunos perceberem que, b. Espera-se que os alunos percebam que se trata de
mesmo o prefeito não ter sido nominalmente citado, um e-mail de reclamação e de solicitação escrito
o destinatário pode ser identificado pela referência por uma consumidora do serviço de telefonia.
ao cargo que ocupava na data em que a carta foi c. Maria Mharta Mecedez.
escrita. Além disso, é possível inferir que ela tenha d. Bom Preço Telefonia.
sido escrita por uma criança. Espera-se que os e. 22 de agosto de 2018.
alunos sustentem seus argumentos ao mencionar f. O texto tem como finalidade apontar incoerências

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na descrição e nos valores trazidos no boleto de e-mail, telefone, redes sociais ou comparecer a uma
uma conta telefônica. unidade desses órgãos.
g. A principal reclamação é uma cobrança indevida, Explique aos alunos que a Secretaria Nacional do
que não condiz com o contrato realizado entre a Consumidor (Senacon), o Programa de Proteção e Defesa
consumidora e a empresa. do Consumidor (Procon), entre outros, atuam na proteção
h. A remetente solicita que a empresa entenda que e na defesa dos direitos do consumidor. Conte-lhes
se trata de uma cobrança indevida. que esses órgãos têm como objetivo orientar, educar,
i. Um dos argumentos usados diz respeito ao fato proteger e defender os consumidores contra abusos
de que as ligações interurbanas realizadas foram praticados pelos fornecedores de produtos e serviços.
feitas em horários em que não há pessoas na resi- Diga-lhes que as reclamações podem ser feitas
dência do remetente ou em momentos destinados pessoalmente nas agências de atendimento, pelo
ao sono. Além disso, as ligações foram realizadas telefone, por carta ou pela internet. Relacione esse
para lugares onde não residem familiares nem momento com a seção Praticando, comentando que,
conhecidos da consumidora. caso a empresa Bom Preço Telefonia se recuse a atender
j. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos atentem à solicitação de Maria Mharta Mecedez, a consumidora
ao contexto. É possível que os alunos retomem, por poderá acionar órgãos como esses. É interessante que
exemplo, que a consumidora só soube que o valor pesquise os diferentes canais desses serviços em sua
da conta estava incorreto ao ler adequadamente região e os compartilhe com a turma.
as informações trazidas no boleto que descrevem Inicie a abordagem da atividade 2 pedindo aos
os serviços utilizados. Também é esperado que alunos que compartilhem com a turma os conhecimentos
seja mencionado que a consumidora está insa- sobre esse gênero textual, promovendo, assim, uma
tisfeita com os serviços e que, se não tiver sua troca de saberes. Espera-se que eles mencionem
solicitação atendida, poderá procurar a Justiça a necessidade de esse tipo de texto apresentar
para fazer valerem seus direitos de consumidora. remetente, destinatário, saudação, vocativo, despedida,
assinatura, além de reclamações e solicitações,
embasadas em argumentos consistentes. Após
RETOMANDO toda a predição e partilha, sistematize as respostas
apresentadas pelos alunos coletivamente e solicite
Orientações a eles o registro das respostas.
Solicite aos alunos que observem e façam a leitura
da imagem apresentada. Pergunte a eles: O que vocês Expectativas de respostas
entenderam? Conhecem serviços que garantem e 1. a. Espera-se que os alunos observem a presença
protegem os direitos do consumidor? Quais são eles? de idosos que parecem estar conversando, em
Você ou alguém que você conhece já utilizou serviços uma feira.
como esses? Teve suas reclamações ouvidas e solicitações b. Espera-se que os alunos respondam tratar-se
atendidas? Como foi? Ouça as respostas dos alunos e de multa recebida por bancos por não terem
medeie o debate. Ao final dos relatos pessoais, questione preservado os dados dos clientes idosos.
os alunos: Como os consumidores podem acionar os 2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos consi-
serviços de órgãos como esses? Espera-se que citem derem as diferenças entre um e-mail de solicitação
que é necessário entrar em contato por meio de carta, e de recalamação.

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5. Analisando cartas de reclamação e solicitação: descobrindo
sua organização
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Agora, responda às perguntas:

5. Analisando cartas de reclamação e de a. Qual é o gênero textual do texto que você acabou de ler?
solicitação: descobrindo sua organização
b. Pinte partes do texto de acordo com a legenda a seguir:
1. Leia o texto a seguir. o remetente. as reclamações.
o destinatário. as solicitações.
a saudação que abre o texto. a data e o local.

c. Circule de vermelho os trechos que funcionam como bons argumentos para a carta.
A Vossa Excelência, prefeito de São Paulo.

Venho, por meio desta carta, solicitar ações para a


PRATICANDO
melhoria da acessibilidade no bairro do Tatuapé.

Eu, como cadeirante, tenho muita dificuldade para


1. Leia a notícia a seguir.
me locomover no centro do bairro. As calçadas estão
desniveladas, não há rampas de acesso nem espaço
adequado para que eu possa entrar com minha cadeira Moradores reclamam de calçadas
de rodas em órgãos públicos e, tampouco, no comércio
Obras estão paradas no Tatuapé; entulho está espalhado pelas ruas
local.

Dessa forma, sempre que preciso resolver alguma

Rivaldo Gomes/Folhapress
questão burocrática ou comprar itens básicos, preciso
ir acompanhado de um membro da minha família, algo
que me causa transtornos.

O que eu peço não é nada novo, é um direito


assegurado pela Lei no 10.098, de 19 de dezembro de
2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos
para a promoção da acessibilidade das pessoas com
deficiência ou com mobilidade reduzida.
Solicito, encarecidamente, que medidas sejam tomadas
para resolver esse problema, que é de interesse de todos,
em especial, de quem possui mobilidade reduzida.

Cordialmente,
A calçada recém-reformada pela prefeitura, na rua Serra de Bragança, Tatuapé, zona leste.
Carlos Renato dos Santos. Edson Gomes da Silva mostra local no qual uma idosa caiu.

São Paulo, 20 de setembro de 2020. Moradores reclamam de calçadas. Folha de S.Paulo. Disponível em: https://fotografia.folha.uol.com.br/
galerias/1678854676279868-moradores-reclamam-de-calcadas. Acesso em: 21 jun. 2021.

Produzido especialmente para esta obra.

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2. Agora, debata com o professor e os colegas e responda às seguintes questões:

a. Qual é o assunto da notícia? RETOMANDO

1. Agora, você e seu grupo deverão revisar o texto, analisando se todos as característi-
cas de uma carta de reclamação e de solicitação estão presentes, fazendo os ajustes
necessários. Use o espaço a seguir para passar a limpo o texto da carta.
b. O que o problema relatado pode causar para a população?

c. Quais soluções podem ser tomadas para evitar o problema relatado ou para
solucioná-lo?

d. Como a população pode reivindicar a adoção de medidas para solucionar esse


problema?

2. Converse com o seu grupo e responda: Como vocês entregariam a carta que escre-
veram aos destinatários?
3. Quais foram os ajustes realizados pelo grupo no texto? Qual é a importância des-
3. Em grupo, escreva uma carta de reclamação e de solicitação para o prefeito e/ou sas alterações?
os vereadores de sua cidade relatando um problema semelhante ao abordado na
notícia que acabaram de ler. Use o espaço a seguir para escrever o texto e não se
esqueça de incluir o destinatário, uma saudação e o remetente.

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Habilidades do DCRC
Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou
EF35LP15 na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.
Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples para público infantil e cartas
EF35LP16 de reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um
desses gêneros, inclusive em suas versões orais.

Prática de linguagem • Produzir, em grupo, carta de reclamação e de


Análise Linguística/Semiótica solicitação.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Ler carta de reclamação e de solicitação e Os alunos já devem saber ler e escrever
identificar componentes específicos desse convencionalmente e já devem ter tido contato e
gênero textual. conhecer as características de cartas de solicitação
• Ler e interpretar notícia sobre tema de interesse e de reclamação. Sempre que necessário, retome
público. o que realizaram nos capítulos anteriores.
• Elaborar, em grupo, carta de reclamação e de
solicitação. Dificuldades antecipadas
Os alunos podem apresentar dificuldades na
Objetivos de aprendizagem identificação de elementos que compõem as cartas
• Identificar componentes de uma carta de de reclamação e de solicitação, em especial os
reclamação e de solicitação. argumentos utilizados para fundamentá-las.

CONTEXTUALIZANDO Expectativas de respostas


1. a. O texto pode ser classificado como uma carta
Orientações de reclamação e de solicitação.
Solicite a leitura individual do texto e disponibilize b. Azul: “Carlos Renato dos Santos”; Amarelo: “A
tempo suficiente para que os alunos registrem suas Vossa Excelência, prefeito de São Paulo”; Verde:
respostas. Circule entre eles e observe as estratégias que Cinza: “As calçadas estão desniveladas, não
usam para resolver a atividade proposta, identificando há rampas de acesso e nem espaço adequado
defasagens e aprendizagens individualmente. Faça-lhes para que eu possa entrar com minha cadeira
perguntas que os levem a pensar sobre o gênero textual de rodas em órgãos públicos e, tampouco, no
em estudo, como: Qual é a finalidade desse texto? comércio local.”; Rosa: ações para a melhoria
Por que o autor resolveu escrevê-lo? Evite apresentar da acessibilidade no bairro do Tatuapé”; Roxo:
respostas aos alunos, proporcionando um momento de “20 de setembro de 2020” e “São Paulo”.
troca entre eles, resgatando conhecimentos já adquiridos c. “Dessa forma, sempre que preciso resolver
alguma questão burocrática ou comprar
e construindo hipóteses.
itens básicos, preciso ir acompanhado de um
Faça uma correção coletiva e peça a alguns voluntários
membro da minha família, algo que me causa
que compartilhem suas respostas. Valide cada resposta
transtornos. O que eu peço não é nada novo,
apresentada pelos alunos, fazendo-lhes perguntas
é um direito assegurado pela Lei no 10.098, de
como: Alguém fez diferente? Por que vocês colocaram 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas
essas respostas? É importante que os alunos saibam gerais e critérios básicos para a promoção da
argumentar sobre suas escolhas. acessibilidade das pessoas com deficiência ou
com mobilidade reduzida.”

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c. Como soluções para esse problema, os alunos
PRATICANDO podem mencionar a criação (e fiscalização) de leis
e o cumprimento das já existentes que proíbam o
Orientações descarte inadequado de entulhos, a aplicação de
Organize a discussão acerca das questões multas para quem as infringir, a conscientização
apresentadas na atividade. Cuide para que seja um da população, entre outros.
momento e um espaço no qual os alunos se sintam d. Como maneira de reivindicar a adoção de medidas,
à vontade para partilhar suas hipóteses. Faça-lhes os alunos podem citar a organização de um protesto,
perguntas abertas que os incentivem a participar e os a filmagem das ruas e a divulgação nas redes
levem a justificar suas respostas. sociais para chamar a atenção das autoridades
Considerando o desenvolvimento dos alunos até responsáveis e/ou da mídia e a formulação de
o momento, instrua-os a formar pequenos grupos. cartas de reclamação e de solicitação cobrando
Cuide para que os grupos sejam formados por alunos medidas de governantes.
de diferentes habilidades e níveis de compreensão do 3. Respostas pessoais.
objeto de conhecimento em estudo; assim, o processo de
aprendizagem e troca entre eles será mais proveitoso.
Solicite à turma a leitura do enunciado e pergunte RETOMANDO
aos alunos: Como deve ser organizada uma carta de
reclamação e de solicitação?, O que uma carta de Orientações
reclamação e de solicitação deve conter? Registre as Oriente os alunos a revisar o texto coletivamente,
respostas no quadro para que todos possam visualizá- seguindo a pauta criada anteriormente. Dê-lhes tempo
-las durante a produção. Sugestão de registro: para que possam realizar as correções que julgarem
Uma carta de reclamação e de solicitação deve necessárias. Acompanhe a atividade, auxiliando-os sempre
conter: que for solicitado ou notar que seja necessário intervir
• Remetente (quem envia a carta). com questionamentos que os incentivem a resgatar
• Destinatário (a quem é endereçada a carta). seus conhecimentos para resolver a atividade.
• Saudação. Após o debate dos alunos em grupos, abra a discussão
• Despedida. para que toda a turma compartilhe suas hipóteses sobre
• Data e local de onde o remetente escreve a carta. as formas de entrega da carta.
• Reclamação com bons argumentos. Questione-os: Ao chegar a uma agência dos Correios,
Essa atividade é importante para o exercício da como fazemos o envio de uma carta? Ouça o que os alunos
cidadania, à medida que promove o conhecimento dos já sabem e medeie o debate, se necessário. Não lhes
direitos e deveres dos cidadãos e governantes. Circule apresente as respostas nesse momento. Como tarefa para
entre os grupos durante a produção, auxiliando-os com casa, solicite aos alunos que conversem com pessoas
o que for necessário. mais velhas que já enviaram cartas e conheçam as etapas
anteriores ao envio. A pesquisa também pode ser feita
Expectativas de respostas utilizando sites na internet. Se for esse o caso, indique
1. Leitura do texto. o site: www.correios.com.br/enviar/correspondencia/
2. a. Espera-se que os alunos identifiquem que a nacional. Se julgar necessário, peça-lhes que registrem
notícia tematiza as reclamações de moradores do as respostas para retomá-las posteriormente.
bairro Tatuapé, em São Paulo (SP), sobre entulho Para encaminhar a atividade 3, inicie conversando
de obra deixado nas calçadas. com os alunos sobre as características do gênero textual
b. Além de citarem o problema relatado no texto — a em estudo e a importância para a construção de um
queda de uma idosa —, que sejam capazes de fazer texto coerente e coeso. Após essa conversa inicial e
inferências textuais. Portanto, os alunos podem a identificação dos conhecimentos adquiridos pelos
mencionar que calçadas, como as da fotografia alunos, realize a intervenção oral, sintetizando essas
presente na notícia, apresentam riscos para a características e como ela pode ser identificada no
população em geral, especialmente para pessoas texto. Em seguida, faça a leitura compartilhada do
com mobilidade reduzida e deficientes visuais. enunciado da questão: Quais foram os ajustes realizados

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por você e sua turma no texto? Qual é a importância Para saber mais
dessas alterações? Questione-os sobre o enunciado e • AVANÇO, Terezinha Braido. Gêneros epistolares:
o que a questão pede, orientando-os a identificar no estratégias de leitura para o gênero carta. In:
texto as características e refletir sobre as alterações Portal PDE, 2013. Disponível em: http://www.
já realizadas. diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/
Analise coletivamente as alterações mencionadas pdebusca/producoes_pde/2013/2013_uem_port_pdp_
por eles, fazendo-os refletir e identificar possíveis erros terezinha_braido_avanco.pdf. Acesso em: 21 dez. 2021.
na resolução da questão anterior. • MENEZES, Overlac. Cartas: simples mensagem,
documento ou gênero literário? São Paulo: Marco
Expectativas de respostas Zero, 2005.
1. Respostas pessoais. • SÁ, Eduardo de. Livro de reclamações das crianças.
2. Espera-se que os alunos listem o serviço dos Lisboa: Oficina do Livro, 2017.
Correios ou digam que poderiam entregar a carta • SILVA, Maria Emília Lins. Criando oportunidades
pessoalmente na prefeitura. significativas de leitura e produção de cartas. In:
3. Resposta pessoal (de acordo com as alterações BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi; ROSA, Ester Calland
realizadas pelos alunos em seus textos). de Sousa (org.). Leitura e produção de textos na
alfabetização. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. P.
A escrita de cartas mobiliza diferentes habilidades 113-126. Disponível em: http://www.serdigital.com.br/
e conhecimentos e, para aprofundar as aprendizagens, gerenciador/clientes/ceel/arquivos/27.pdf . Acesso
podem-se ler as indicações a seguir. em: 17 dez. 2021.

ANOTAÇÕES

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6. Analisando cartas de reclamação e de solicitação: explorando a
construção de argumentos
PÁGINA 30 PÁGINA 31

6. Analisando cartas de reclamação e de solicitação: PRATICANDO


explorando a construção de argumentos
1. Quais são as partes que compõem uma carta de reclamação e de solicitação?

1. Converse com o seu grupo sobre as questões a seguir:

a. Você já enviou cartas pelos Correios?


b. Há outros jeitos de enviar cartas? Quais?
c. As pessoas da sua família já mandaram cartas pelos Correios? Para quem?

Escreva, abaixo, o passo a passo de como enviar uma carta pelos Correios. 2. Recorte os fragmentos que compõem a carta de reclamação e de solicitação do
Anexo 1 e organize-os de maneira a atribuir coerência ao texto. Cole-os no espaço
a seguir.

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3. Retome a carta e copie as seguintes informações nos itens a seguir:


RETOMANDO
a. Remetente.

1. Releia a carta da seção Praticando. Quais elementos essenciais da carta estão


presentes no texto?

b. Destinatário.

2. Por que o uso desses elementos é importante em cartas coletivas?


c. Reclamação.

3. Agora, converse com os colegas e o professor sobre a carta da seção Praticando


e os pontos que chamaram atenção na sua carta e na carta dos colegas. Escreva
suas descobertas nas linhas abaixo.
d. Argumentos.

e. Solicitação.

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Habilidades do DCRC
Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou
EF35LP15 na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.
Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples para público infantil e cartas
EF35LP16 de reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um
desses gêneros, inclusive em suas versões orais.

Prática de linguagem Materiais


Análise Linguística/Semiótica Tesoura sem ponta; cola.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: retomar pesquisa sobre o Os alunos já devem ter tido contato com cartas
envio de cartas de reclamação e de solicitação de reclamação e de solicitação e começado a refletir
pelo Correios. sobre as estruturas composicionais desse gênero
• Praticando: ordenar as partes que compõem uma textual.
carta de reclamação e de solicitação publicada
em um veículo de informação. Dificuldades antecipadas
• Retomando: refletir sobre os argumentos utilizados É possível que surjam dificuldades no
em uma carta de reclamação e de solicitação. reconhecimento de saudação e de despedida,
assim como na identificação de argumentos que
Objetivos de aprendizagem compõem uma carta de reclamação e de solicitação.
• Ordenar as partes que compõem uma carta de
reclamação e de solicitação publicada em um
veículo de informação.

CONTEXTUALIZANDO
Expectativas de respostas
Orientações 1. a. Resposta pessoal.
Reúna os alunos em roda e proponha a eles as b. Os alunos podem responder que é possível
perguntas. Ouça as respostas e intervenha sempre
entregar cartas em mãos, isto é, diretamente
que julgar necessário. Retome a importância do envio
de cartas em épocas anteriores ao e-mail e a outros ao destinatário ou deixá-las, pessoalmente, no
dispositivos eletrônicos. Explique aos alunos que muitas endereço do destinatário.
pessoas ainda enviam cartas pessoais, seja por hábito c. Resposta pessoal.
ou por necessidade; reforce a ideia de que nem todas as 2. Os alunos podem responder que, para o envio de
pessoas têm acesso à internet e que, portanto, mandar uma carta, é necessário colocá-la em um envelope
cartas ainda é uma alternativa.
lacrado, além de inserir as informações sobre
Se julgar pertinente, construa passo a passo
coletivamente, escrevendo, no quadro, as etapas para remetente e destinatário no envelope, ampliando
o envio da carta. Deixe os alunos falarem livremente. os dados com o acréscimo de endereço, cidade e
Se necessário, organize as etapas e dê um tempo para CEP. Posteriormente, a carta deverá ser pesada
que todos as escrevam. em uma balança para, assim, receber o valor
Para saber mais sobre o assunto, leia: MACIEL, para envio, um selo e um código de rastreio. Com
Débora Amorim G. da Costa. A palavra é sua leitor!
o código, o remetente e o destinatário podem
Carta do leitor. In: Diversidade textual: propostas para
a sala de aula. Formação continuada de professores/ acompanhar a entrega da carta pelo site: https://
coordenado por Márcia Mendonça. Recife: MEC/CEEL, www2.correios.com.br/sistemas/rastreamento/
2008. p. 147-158. default.cfm.

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• Destinatário (a quem é endereçada a carta).
PRATICANDO • Saudação.
• Despedida.
Orientações • Data e local da escrita da carta.
Faça uma correção coletiva, mediando o • Reclamação com bons argumentos.
compartilhamento das respostas dos alunos. Registre • Solicitação com bons argumentos.
no quadro os componentes mencionados por eles para 2. Na ordem correta, o texto deve ficar assim:
melhor visualização. Prezado diretor da Escola Municipal Paulo Freire.
Oriente os alunos a recortar os fragmentos de uma Nós, pais, mães e responsáveis, gostaríamos de
carta de reclamação e de solicitação no Material esclarecimentos sobre a lista de materiais escolares
Complementar. Em seguida, explique à turma que é distribuída aos alunos desta instituição.
preciso organizar os fragmentos de maneira a atribuir Acreditamos que alguns desses itens não serão
coerência ao texto. Ressalte que eles não devem colar utilizados pelos alunos e, por isso, não gostaríamos
os fragmentos no Livro do Aluno, mas organizá-los na de arcar com essa despesa.
ordem que acreditam ser a correta. Reconhecemos que objetos como grampos,
Oriente-os a usar a listagem criada anteriormente clipes e tintas para carimbos são fundamentais
como parâmetros para organizar os fragmentos da para o funcionamento da secretaria da escola,
carta. Circule pela sala de aula e observe o trabalho mas entendemos que itens como esses devem
realizado pelos alunos. Em caso de dúvidas, formule ser adquiridos pela Secretaria de Educação do
perguntas abertas que os auxiliem a refletir sobre as município, tendo em vista que esta é uma escola
compreensões desejadas, como: O que deverá vir antes, pública.
a solicitação ou a reclamação? Por quê?, Essa ordem é Esse gasto extra é ainda mais pesado para as
sempre a mesma ou pode variar de acordo com a carta?, famílias com três alunos matriculados na escola,
Como você chegou a essa conclusão?, Qual é a melhor causando um grande impacto no orçamento familiar.
forma de encerrar essa carta? Por quê? Além de pagar os impostos do município, teremos
Faça a correção coletiva da atividade, incentivando os que comprar os materiais utilizados pelos seus
alunos a justificar suas escolhas em relação à organização funcionários?
da sequência do texto. Após a correção, oriente-os a Por isso, solicitamos que reveja a lista e esclareça
colar os fragmentos da carta na ordem correta. os motivos pelos quais foram solicitados esses
Retome o registro feito no início do capítulo e objetos.
use-o para que a turma possa realizar a verificação Cordialmente,
das características de uma carta. Pergunte aos alunos: Anápolis, 21 de junho de 2021.
Por que é necessário utilizar argumentos consistentes
em uma carta de reclamação e de solicitação? Ouça as Associação de pais da
hipóteses da turma e promova a mediação do debate. Escola Municipal Paulo Freire.
Espera-se que os alunos mencionem que a utilização de
argumentos bem fundamentados justifica a reclamação 3. a. Associação de pais da Escola Municipal Paulo
e convençam o leitor sobre a pertinência da solicitação Freire.
requerida. Posteriormente, pergunte a eles: Quais são b. Diretor da Escola Municipal Paulo Freire.
os motivos apresentados pelo remetente para justificar c. Alguns itens solicitados na lista de materiais
que a lista de materiais solicitada pela escola não é não serão utilizados pelos alunos.
adequada? Ouça-os e faça a mediação do debate. Ao d. Por ser uma escola da rede pública, a
alinharem as respostas, diga-lhes que o que foi listado Secretaria de Educação deve ser responsável
por eles são os argumentos e solicite a resposta das pela aquisição dos itens, utilizando para isso o
questões apresentadas. dinheiro de impostos. Há famílias com muitos
alunos matriculados na escola e comprar todos
Expectativas de respostas os materiais solicitados na lista causaria grande
1. Sugestão de registro: uma carta de reclamação impacto no orçamento familiar.
e de solicitação deve conter: e. Rever a lista de materiais e esclarecer os motivos
• Remetente (quem envia a carta). pelos quais foram solicitados esses objetos.

32 4 o ANO

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RETOMANDO Como atividade para casa, oriente-os na escrita
de uma carta que apresente remetente, destinatário,
Orientações saudação, despedida, data e local e uma reclamação
Retome com a turma os itens essenciais e da escolha do aluno.
característicos de uma carta de reclamação e de
solicitação. Em seguida, explore a utilização do carimbo Expectativas de respostas
e esclareça que, em casos de cartas coletivas, é comum 1. A carta apresenta remetente, destinatário, saudação,
utilizar um carimbo como assinatura. Comente que, em despedida, data e local, argumentos que servem
alguns casos, além do carimbo pode aparecer uma de base à reclamação e argumentos que embasam
assinatura da pessoa que coordena a instituição ou a solicitação feita, além do carimbo da Associação
organização. Explique aos alunos também que o mais de pais da Escola Municipal Paulo Freire.
comum é que uma carta coletiva seja enviada em formato 2. Espera-se que os alunos concluam que o uso
digital, por meio de um computador e, depois, enviada de assinaturas que representem a instituição ou
na forma impressa ao destinatário. organização é importante, pois identifica que se
Retome com a turma a atividade realizada na trata de uma comunicação feita em nome de mais de
seção Praticando, fazendo-os identificar nos textos uma pessoa, não caracterizando uma reclamação
as características do gênero estudado, refletindo e nem solicitação individual, mas coletiva.
reconhecendo em seu texto e nos textos dos seus 3. Espera-se que os alunos identifiquem as
colegas pontos importantes desse gênero. Após essa características do gênero textual carta: remetente,
conversa informal, questione-os quanto à dificuldade destinatário, saudação, despedida, data, local
na realização da atividade e o que eles aprenderam. e assunto.

ANOTAÇÕES

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7. Analisando cartas de reclamação e de solicitação: reconhecendo e
assumindo diferentes pontos de vista
PÁGINA 34 PÁGINA 35

c. De quem são as reclamações e as solicitações presentes no texto?


7. Analisando cartas de reclamação e de
solicitação: reconhecendo e assumindo
diferentes pontos de vista
d. Quais são os argumentos apresentados para justificar a cobrança do
1. Leia o texto a seguir. auxílio-doença?

Leitor cobra atrasados do auxílio-doença do INSS


Segurado recebeu três parcelas de R$ 1.045 em 2020 e, agora,
espera a diferença e. Ao publicar a reclamação e a solicitação em um jornal de grande circulação,
Laísa Dall’Agnol você acredita que são maiores as chances de o consumidor ter suas solicitações
atendidas? Por quê?
O controlador de ambulância Ronaldo Oliveira, 43 anos, espera pelo pa-
gamento das diferenças do auxílio-doença concedido em 2020 pelo INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social). [...]
Oliveira diz que, ao ligar no 135, foi orientado a fazer um requerimento de
pagamento de benefício não recebido. Ele fez o procedimento, mas, até hoje, o
pedido continua em análise.
Desempregado e com problemas de saúde, o leitor diz que precisa com ur-
gência dos atrasados. “Tenho tendinite na região do ombro e perdi a força do
braço; os movimentos estão comprometidos”, explica. PRATICANDO
“Estou vivendo, em parte, de bicos de pintura, mas a doença atrapalha mui-
to. Meus pais são aposentados e acabam me ajudando, mas estou passando
por dificuldades devido à falta desse dinheiro.” 1. Imagine que a pessoa responsável por ler e responder aos e-mails de uma redação
de jornal recebeu um pedido de uma leitora. Leia o texto.
DALL’AGNOL, Laísa. Leitor cobra atrasados do auxílio-doença do INSS. Folha de S. Paulo.
Disponível em: https://agora.folha.uol.com.br/grana/2021/04/leitor-cobra-
atrasados-do-auxilio-doenca-do-inss.shtml. NOVA MENSAGEM
Acesso em: 22 jun. de 2021.
Para publicacoes@jornaldahora.com.br

De ana_m_resende@email.com.br

Agora, responda às questões a seguir. Boa tarde! Sou leitora do jornal e gostaria de pedir a publicação de minha
carta de reclamação e solicitação. A carta está digitada abaixo.
a. Qual é o tema do texto? Destinatário: companhia de energia elétrica.
Gostaria de solicitar a revisão do pagamento de minha conta de luz. Acredito
que o valor está incorreto, isso é um absurdo.

Atenciosamente,
b. Quem escreveu o texto publicado no jornal? Ana Maria Resende.
Cidade Ocidental - GO, 30 de julho de 2021.

ENVIAR

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2. Em duplas, converse sobre as questões a seguir:


RETOMANDO
a. A carta de reclamação e de solicitação enviada por e-mail pela leitora apresenta
todos os componentes necessários para esse gênero textual? Por quê?
1. Converse com o professor e os colegas sobre sua opinião em relação à realização
b. Suponha que o responsável por ler e responder aos e-mails do jornal tenha das atividades anteriores.
interesse em publicar o caso da leitora. O que ele deverá fazer para obter as
demais informações necessárias para compreender o assunto? 2. Troque de material com um colega, avalie a produção do e-mail e preencha o
quadro abaixo.
3. Agora, você e seu colega devem tentar solucionar a falha de comunicação entre a
leitora e o jornal. Organizem-se como indicado a seguir.
Texto escrito por:
⊲ Um aluno representará a equipe do jornal que recebeu o e-mail da leitora Ana
Maria Resende. Sua função é escrever um e-mail de solicitação para a leitora, Texto avaliado por:
pedindo a ela que acrescente as informações que faltam na carta. Para isso, Itens Sim Não
você deverá argumentar sobre a necessidade desses itens para compor a carta
de reclamação e de solicitação. Remetente
⊲ Um aluno representará a leitora Ana Maria Resende e, ao receber a resposta de
Destinatário
seu e-mail para o jornal, compreendeu que será necessário reescrever a car-
ta de reclamação e solicitação, acrescentando as informações indicadas pela Saudação
equipe do jornal.
Despedida
a. Indique a seguir qual será a sua função nesta atividade: Data
( ) Integrante de equipe de jornal.
( ) Leitora que pede a publicação de sua carta de reclamação e de solicitação. Local

Bons argumentos
b. Escreva seu texto abaixo.

NOVA MENSAGEM
3. Agora, realize a correção do seu texto e reescreva-o.

Para NOVA MENSAGEM

De Para

De

ENVIAR ENVIAR

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Habilidades do DCRC
Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou
EF35LP15 na comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.
Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de notícias simples para público infantil e cartas
EF35LP16 de reclamação (revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica de cada um
desses gêneros, inclusive em suas versões orais.

Prática de linguagem • Simular a escrita de e-mail solicitando informações


Análise Linguística/Semiótica para compor uma carta de reclamação e de
solicitação. Simular resposta a um e-mail
Sobre o capítulo acrescentando informações solicitadas anteriormente.
• Contextualizando: ler e analisar reclamação
publicada em jornal on-line. Contexto prévio
• Praticando: ler e-mail de reclamação e de Os alunos já devem saber ler e escrever
solicitação enviado a um jornal e identificar convencionalmente e já devem ter tido contato com
elementos que faltam para caracterizá-lo como cartas de solicitação e de reclamação. Sempre que
gênero textual em estudo. necessário, retome as aprendizagens anteriores.
• Retomando: simular a escrita de e-mail
solicitando informações para compor uma Dificuldades antecipadas
carta de reclamação e de solicitação. Simular É possível que alguns alunos apresentem
resposta a um e-mail acrescentando informações dificuldades na identificação e na formulação de
solicitadas anteriormente. elementos que compõem cartas de reclamação e de
solicitação, em especial os argumentos utilizados
Objetivos de aprendizagem para fundamentá-las. É possível, também, que eles
• Discutir sobre como as informações presentes tenham dificuldade em identificar carta/e-mail de
em carta de reclamação e de solicitação podem reclamação e de solicitação recontextualizados
ser recontextualizadas em jornais. no suporte de texto do campo jornalístico: jornal.

CONTEXTUALIZANDO no texto da jornalista Laísa, ou seja, a voz do leitor foi


incorporada ao texto jornalístico. O objetivo é os alunos
Orientações identificarem quais reclamações e solicitações fazem
Faça uma roda de conversa para que os alunos parte da vida cotidiana e podem estar presentes em
possam discutir sobre a notícia. Faça a mediação e diferentes campos de circulação, além de informá-los
perguntas que os levem a argumentar, defendendo
de que é possível um cidadão anônimo tornar públicas
seus pontos de vista. Valide coletivamente a resposta
suas reclamações e solicitações com base em de textos
em cada item apresentado.
jornalísticos. Com a mudança no campo de circulação do
Os alunos podem confundir a autoria do texto publicado
com a autoria da reclamação. Se isso ocorrer, evidencie texto, do campo privado para o público, interlocutores
que o texto foi publicado em um jornal e peça-lhes que se ampliam e a reclamação/solicitação ganha força.
observem sua estrutura novamente, diferenciando quem Chame a atenção dos alunos para os sinais
escreve o texto publicado de quem fez a solicitação sobre gráficos: reticências (inseridas entre colchetes) e
a qual a notícia fala. Faça-lhes perguntas como: Por que aspas, perguntando a eles: O que significam esses
Ronaldo Oliveira reivindica o pagamento do auxílio-doença, sinais? [Apontar para as aspas e as reticências entre
Quais são os prejuízos que a falta do pagamento desse colchetes.] Faça a mediação da conversa e valide as
direito causa em sua vida? respostas adequadas; caso os alunos não apresentem
Explique aos alunos que as reclamações e as hipóteses, diga-lhes que as reticências entre colchetes
solicitações de Ronaldo Oliveira foram recontextualizadas indicam a supressão de uma parte do texto e as aspas

35 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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indicam que o jornal reproduziu a fala de uma pessoa de Solicite aos alunos a leitura do enunciado e pergunte o
maneira direta, mantendo as expressões utilizadas por seu que eles entenderam sobre a atividade. Elucide as dúvidas
enunciador. Questione-os: Por que será que a jornalista que surgirem e observe que, apesar de eles estarem
escolheu utilizar as falas originais do autor da reclamação organizados em duplas, cada um deverá escrever seu
nos fragmentos? Ouça as respostas deles e medeie texto individualmente. Um aluno assumirá o papel de um
o debate. Espera-se que, nesse momento, os alunos integrante do jornal, enquanto o outro assumirá o papel da
comecem a refletir sobre a intencionalidade dos usos leitora que solicita a publicação. Chame a atenção para a
de aspas nos fragmentos que compõem os argumentos produção de um texto adequado ao nível de formalidade
dos textos, que potencializa a força argumentativa. dessa situação comunicativa. Diga aos alunos que, durante
Evidencie que esses usos são intencionais, pois, em a escrita, eles poderão conversar e ajudar uns aos outros.
outros momentos, a jornalista reproduz as informações Acompanhe a produção dos textos circulando pela turma,
obtidas pelo informante de maneira recontextualizada, fazendo perguntas abertas que os levem a refletir sobre
ou seja, utilizando suas próprias palavras. os objetos de conhecimento trabalhados até o momento.

Expectativas de respostas Expectativas de respostas


1. a. A reclamação de um leitor sobre a falta de 1. Leitura do texto.
pagamento de seu auxílio-doença pelo INSS. 2. a. Não, a carta não apresenta todos os componentes
b. Laísa Dall’Agnol. necessários; falta explicitar o nome da companhia
c. Ronaldo Oliveira. de energia elétrica e os argumentos que embasam
d. O leitor conta estar desempregado e com a reclamação e a solicitação.
problemas de saúde, passando por dificuldades b. O responsável deverá enviar um e-mail de solicitação
devido à falta do auxílio. para a leitora, pedindo-lhe as informações
e. Sim, pois as reclamações e solicitações recebem necessárias para publicar o texto.
mais visibilidade. 3. Respostas pessoais. Espera-se que os alunos se
organizem com base nas habilidades que melhor
desempenham, de maneira a se sentir confortáveis
PRATICANDO ao longo da atividade.

Orientações
Oriente a turma a formar duplas para a realização RETOMANDO
dessa atividade. Cuide para que as duplas sejam
organizadas de maneira a mesclar alunos de diferentes
Orientações
níveis de compreensão sobre o gênero textual em estudo
Pergunte aos alunos como se sentiram durante a
para que, juntos, mobilizem os objetos de conhecimento
para a aula. Solicite-lhes a leitura do texto e o debate realização da atividade. Faça questionamentos como:
sobre as questões que o seguem e evidencie que, Vocês tiverem mais facilidade ou mais dificuldades
posteriormente, eles compartilharão com os colegas durante a realização da atividade? Como resolveram
as suas conclusões. os problemas que encontraram? Aproveite o momento
Faça uma roda de conversa e oriente as duplas a para a realização de registros pessoais, mapeando as
compartilhar as conclusões obtidas. É fundamental dificuldades relatadas pela turma.
que os alunos cheguem às conclusões do gabarito, É importante orientar a troca dos materiais entre os
pois a atividade seguinte trabalha com: a escrita de alunos da dupla para que possam avaliar se as estruturas
um e-mail da equipe do jornal solicitando à leitora as do gênero textual em estudo foram contempladas pelo
informações necessárias para a publicação do texto colega. Se julgar necessário, reserve um momento para
e para explicar, por meio de argumentos, os motivos as duplas conversarem sobre as avaliações que fizeram.
para esses acréscimos; e a reescrita do e-mail da Evidencie que, para essa atividade, a avaliação deve ser
leitora, com as informações que faltam para caracterizar realizada considerando as estruturas do gênero textual,
o conteúdo como gênero carta de reclamação e de mas, caso queiram, podem dar dicas aos colegas para
solicitação. melhorar a escrita.

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Posteriormente, organize os resultados da em seu texto, por exemplo, de maneira a aprofundar
avaliação entre as duplas para auxiliar os alunos os argumentos e ampliá-los. Tire as dúvidas, caso seja
que demonstraram mais dificuldades com o gênero necessário, e oriente a reescrita.
textual em estudo.
Ao propor a realização da atividade 3, inicialmente
Expectativas de respostas
oriente os alunos a observar todos os pontos indicados
pelo colega e analisar o que deve ser melhorado, fazendo, 1. Respostas pessoais.
assim, uma análise reflexiva de sua escrita. No entanto, 2. Respostas pessoais.
se não houver correções, incentive os alunos a fazer uma 3. Resposta pessoal, conforme as considerações
autocrítica para identificar o que pode ser modificado feitas pelo colega.

ANOTAÇÕES

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8. Analisando cartas de reclamação e de solicitação: descobrindo o uso
da pontuação
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PRATICANDO
8. Analisando cartas de reclamação e de
solicitação: descobrindo o uso da pontuação 1. Leia a carta de reclamação e solicitação a seguir.

1. Leia a seguir uma carta de solicitação.

Ao senhor secretário de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal.

Assunto: tomada de ações para a melhoria da mobilidade urbana da


Sobral, 10 de novembro de 2021. região.

Prezada Diretora Ana Maria,


Nós, os alunos do 4º ano, pedimos à senhora, por meio desta carta, que
reconsidere a extensão do período de atividades extras. Brasília, 30 de agosto de 2021.
A senhora sabe o quanto adoramos as aulas de Educação Física de 1h40
depois de todas as atividades, não sabe? Pois, então! Deixe dona Marta, nossa
Somos um grupo de ciclistas que utiliza a bicicleta não só como
professora preferida, dar duas aulas seguidas!
esporte e diversão, mas também como meio de transporte cotidiano.
Não reduza a carga dela, senhora Diretora!
Agradecemos muito! Por meio desta carta, solicitamos que sejam elaboradas ações
estratégicas para a melhoria da mobilidade urbana do Distrito Federal.
Alunos do 4º ano
Para isso, listamos alguns problemas que identificamos ao utilizar as
Produzido especialmente para esta obra.
vias públicas diariamente: ciclovias insuficientes falta de manutenção
nas ciclovias existentes falta de poda em árvores próximas a ciclovias
escassez de iluminação noturna nos postes falta de manutenção nas
bicicletas populares e desrespeito por parte de motoristas e motociclistas
que invadem as ciclofaixas.
Agora, responda às questões.
Acreditamos que problemas como esses podem ser solucionados
com a adoção de algumas medidas por parte do poder público,
a. Qual é o assunto do texto?
como a criação de ciclovias em áreas com grande fluxo de trânsito o
mapeamento dos problemas encontrados nas ciclovias existentes
seguido de ações para resolvê-los a manutenção regular nas bicicletas
emprestadas à população o planejamento e a adoção de ações de
conscientização para incentivar bons hábitos no trânsito e respeito
ao ciclista além de fiscalização rigorosa e punições mais severas aos
motoristas e motociclistas que infringem leis de trânsito e provocam
acidentes.

b. Qual é a importância dos sinais de pontuação usados no texto?


Aguardamos providências,

Grupo de Ciclistas de Brasília.

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Agora responda às seguintes questões.


RETOMANDO
a. Qual é o gênero do texto que você acabou de ler?

1. Registre o que você aprendeu sobre o uso da vírgula.

b. Qual é o assunto do texto?

2. Agora é a sua vez! Em grupo, escreva uma carta usando todos os elementos es-
truturais, solicitando à diretoria melhorias na escola. Use a criatividade e não se
esqueça de utilizar corretamente a pontuação.
c. Você teve facilidade com a leitura desse texto? Por quê?

2. Pontue o trecho a seguir, usando vírgulas.

Acreditamos que problemas como esses podem ser

solucionados com a adoção de algumas medidas por parte

do poder público como a criação de ciclovias em áreas

com grande fluxo de trânsito o mapeamento dos problemas

encontrados nas ciclovias existentes seguido de ações para

resolvê-los a manutenção regular nas bicicletas emprestadas

à população o planejamento e a adoção de ações de

conscientização para incentivar bons hábitos no trânsito e

respeito ao ciclista além de fiscalização rigorosa e punições

mais severas aos motoristas e motociclistas que infringem leis

de trânsito e provocam acidentes.

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Habilidades do DCRC
Identificar a função na leitura e usar, adequadamente, na escrita ponto-final, de interrogação, de exclamação,
EF04LP05 dois-pontos e travessão em diálogos (discurso direto), vírgula em enumerações e em separação de vocativo
e de aposto.

Prática de linguagem Contexto prévio


• Análise Linguística/Semiótica Os alunos já devem escrever convencionalmente
e conhecer os sinais de pontuação.
Sobre o capítulo
• Contextualizando: retomar o que os alunos já Dificuldades antecipadas
sabem sobre os usos de pontuação, por meio da Os alunos podem apresentar dificuldades em
leitura de fragmento de texto literário. compreender a função da vírgula na modalidade
• Praticando: refletir sobre o uso da pontuação escrita da língua, pois é comum a associação
em textos escritos e sua relação com a coesão desse sinal de pontuação exclusivamente com a
e a coerência textual. pausa da leitura. Por essa razão, podem demorar
• Retomando: reconhecer o que os alunos já sabem a compreender que existem convenções que regem
sobre pontuação e rescrever carta. o uso de vírgula. O emprego inadequado dos sinais
de pontuação pode comprometer a interpretação
Objetivos de aprendizagem textual de modo que efeitos de sentido podem ser
• Descobrir o uso de vírgula em enumeração na perdidos ou mesmo mal compreendidos durante
escrita de frases de uma carta de reclamação a leitura.
e de solicitação.

CONTEXTUALIZANDO foi preciso fazer um vomitório especial com trovisco,


rosmaninho, três dentes de alho, uma semente de
Orientações abóbora seca, uma asa de morcego e cinco aparas
O objetivo da utilização do texto é levar os alunos de unhas de gato”.
a refletir sobre o papel da pontuação na legibilidade MACHADO, José Leon. A bruxa e o caldeirão.
do texto e retomar o que já sabem sobre convenções Edições Vercial, p. 4. Disponível em: http://www.
de escrita. Peça-lhes que leiam o texto. Em seguida, dominiopublico.gov.br/download/texto/ pv00001a.
proponha que façam a atividade. pdf. Acesso em: 12 nov. 2021.
Retome as funções dos sinais de pontuação utilizados
na carta: vírgulas para indicar aposto e vocativo; ponto de Em seguida, peça aos alunos para transcrever o
exclamação para indicar pergunta; ponto de exclamação texto e tentar pontuá-lo, dando um tempo para isso.
que indica emoção (no caso específico, um pedido, Após essa etapa, pergunte-lhes: O que poderíamos fazer
uma súplica); ponto-final no fim de frases afirmativas. para tornar a leitura desse texto mais simples? Quais
Para ampliar o repertório dos alunos, pode-se, por dicas vocês podem dar? Espera-se que reconheçam a
exemplo, trabalhar pontuação com base em textos necessidade de ajustar a pontuação do texto. Colete as
literários. A seguir, propõe-se uma atividade que pode sugestões dadas e transcreva o fragmento no quadro,
ser realizada. considerando as convenções de escrita. Durante toda
Escreva, no quadro, o texto a seguir sem pontuação: a etapa, valide as sugestões trazidas pelos alunos
“Para as coisas mais corriqueiras tinha a reserva por meio de perguntas direcionadas para toda a
dos frascos. turma, como: Todos concordam com essa mudança?
Mas se lhe aparecia um daqueles casos em que Todos concordam com a inserção/retirada desse sinal
era necessário preparar na hora uma mistela? Como de pontuação? Alguém gostaria de apresentar uma
o da filha de um aldeão que engolira uma nuvem e sugestão diferente? Qual? Por quê?

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Após a reescrita, seguindo as convenções linguísticas
e gramaticais, guie uma releitura e pergunte: Qual PRATICANDO
é o tema do texto? Qual versão ficou mais fácil para
ler? Por que isso ocorreu?. Espera-se que os alunos Orientações
tenham percebido que a versão com a pontuação Faça a correção coletiva do texto. Solicite aos
adequada facilitou a leitura e que atribuam isso ao alunos que compartilhem suas respostas. Ainda
fato de terem sugerido a reescrita do texto utilizando que seja comum o emprego da vírgula de maneira
as convenções de escrita. equivocada, espera-se que tenham percebido a
Converse com os alunos sobre as diferenças entre necessidade desse sinal em enumerações. Para
um texto literário e um texto não literário, salientando que eles possam assimilar essa convenção, utilize
que o texto literário é mais subjetivo e permite mais outros exemplos. Pergunte para a turma: Quais são os
liberdade de escrita. Diga que, em alguns casos, os problemas que vocês identificam no trânsito da nossa
autores de textos literários podem “brincar” com a cidade? Ouça-os e diga que registrará no quadro as
escrita para provocar os sentidos dos leitores e, assim, respostas para essa pergunta. Escreva: Os problemas
não utilizam a pontuação da maneira convencional. É do trânsito da nossa cidade são (liste as respostas
interessante que os alunos comecem a refletir que, ainda dos alunos sem o uso de sinais de pontuação). Ao
que alguns escritores não sigam convenções tradicionais final do registro, pergunte aos alunos: Essa frase
da gramática normativa, há intencionalidade por trás está escrita adequadamente? Por quê? Espera-se que
da escrita de um texto. Isso pode auxiliar a leitura e a eles reconheçam a necessidade de incluir vírgulas
análise de textos literários e evitar que os alunos pensem na frase que você escreveu. Repita o procedimento
que o fato de não seguir as convenções de escrita seja para esta pergunta: Quais são as soluções que vocês
fruto de falta de habilidade do autor com a língua. É indicam para a resolução desses problemas?
importante ter em vista que os alunos poderiam deparar Ao final, questione: O que podemos notar sobre o
com a falta de regras de convenção na escrita de textos uso da vírgula? Espera-se que os alunos reconheçam a
literários, mas que isso não deve ser transposto para necessidade de utilizar a vírgula em enumerações, ainda
textos não literários. Cite, por exemplo, a estrutura de que não utilizem esse termo. Se necessário, retome a
um poema; apesar de ser interessante, é organizada em enumeração presente no fragmento de texto analisado
versos e estrofes, diferente do padrão de outros textos na introdução desse capítulo.
que viram nessa unidade, como carta de reclamação e
de solicitação e boleto. É fundamental eles refletirem Expectativas de respostas
sobre a adequação de escrita considerando o contexto 1. a. Carta de reclamação e de solicitação.
e a finalidade do texto. b. Reclamações e solicitações de um grupo de
Pergunte aos alunos: Vocês já leram textos como ciclistas sobre a mobilidade urbana.
esses? Quais? Ouça-os e medeie o debate. Aproveite c. Espera-se que os alunos relatem dificuldades
para abordar brevemente o enredo da obra, comentando de leitura provocadas pela falta de vírgulas.
que o livro começa quando uma bruxa percebe que seu 2. Ao senhor secretário de Transporte e Mobilidade
caldeirão estava furado e começa a refletir sobre um do Distrito Federal.
modo de resolver esse problema. Assunto: ações para a melhoria da mobilidade
urbana da região.
Expectativas de respostas Somos um grupo de ciclistas que utiliza a bicicleta
1. a. O assunto da carta é pedir à diretora de uma não só como esporte e diversão, mas também como
escola de Sobral a manutenção de duas aulas meio de transporte cotidiano.
de Educação Física como atividade extraclasse. Por meio desta carta, solicitamos que sejam ela-
b. Espera-se que os alunos respondam considerando boradas ações estratégicas para a melhoria da
a importância da pontuação para a compreensão mobilidade urbana do Distrito Federal. Para isso,
do texto pelo leitor, além de evidenciar possíveis listamos alguns problemas que identificamos ao
intencionalidades do texto (como sensações, ques- utilizar as vias públicas diariamente: ciclovias
tionamentos, afirmações, entre outros). insuficientes, falta de manutenção nas ciclovias

40 4 o ANO

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existentes, falta de poda em árvores próximas a
ciclovias, escassez de iluminação noturna nos pos- RETOMANDO
tes, falta de manutenção nas bicicletas populares e
desrespeito por parte de motoristas e motociclistas Orientações
que invadem as ciclofaixas. Oriente o registro dos alunos no material sobre a
Acreditamos que problemas como esses podem descoberta do uso da vírgula.
ser solucionados com a adoção de algumas me- Converse com eles acerca da estrutura de uma carta
didas por parte do poder público, como a criação de solicitação, apontando as características e o que
de ciclovias em áreas com grande fluxo de trân- aprenderam no capítulo sobre esse gênero, promovendo
sito, o mapeamento dos problemas encontrados um debate e a revisão das ideias apresentadas nos
nas ciclovias existentes seguido de ações para textos anteriores. Se necessário, volte aos textos e faça
resolvê-los, a manutenção regular nas bicicletas uma releitura, incentivando os alunos a identificar as
emprestadas à população, o planejamento e a características e orientando a escrita do texto.
adoção de ações de conscientização para incentivar
bons hábitos no trânsito e respeito ao ciclista, além Expectativas de respostas
de fiscalização rigorosa e punições mais severas 1. Utilizamos vírgula para separar elementos em
aos motoristas e motociclistas que infringem leis uma frase que apresenta uma relação ou lista,
de trânsito e provocam acidentes. ou seja, em uma enumeração de itens.
Aguardamos providências, 2. Espera-se que o aluno exponha o assunto de seu
texto, realize um planejamento coerente de sua
Grupo de Ciclistas de Brasília. escrita e empregue adequadamente os sinais de
Brasília, 30 de agosto de 2021. pontuação.

ANOTAÇÕES

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9. Explorando o uso da pontuação em cartas de reclamação e solicitação

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9. Explorando o uso da pontuação em cartas de


reclamação e solicitação PRATICANDO

1. Imagine que você um familiar seu comprou um celular pela internet e, para a sua 1. Em grupo, escreva uma carta de reclamação e solicitação para uma empresa,
surpresa, a caixa com o produto tenha chegado conforme a imagem abaixo. listando os defeitos de um produto comprado pela internet e sugerindo medidas
para que o consumidor não seja prejudicado.

PM Images/Stone/Getty images

2. Converse com os colegas e o professor sobre as reclamações feitas, apresentando


os pontos mais relatados por seus colegas, e reescreva-os abaixo.

⊲ O que pode ter acontecido com o celular e os acessórios (carregador e fone de


ouvido)? Escreva suas hipóteses a seguir.

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3. Agora que você e seu grupo já produziram uma carta de reclamação e solicitação,
reescreva-a nas linhas a seguir alterando os pontos escritos por seu grupo pelos RETOMANDO
pontos mais abordados da sua turma, revisando o uso de vírgulas e corrigindo-as,
se necessário.
1. Compartilhe com o professor e os colegas a carta de reclamação e solicitação
de seu grupo. Anote o que você achar interessante sobre o trabalho dos outros
grupos.

2. Você e/ou pessoa da sua família já teve problema com algum produto que
comprou? Uma carta de reclamação ou solicitação foi escrita? Escreva sobre essa
experiência no espaço a seguir.

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Habilidades do DCRC
Identificar a função na leitura e usar, adequadamente, na escrita ponto final, de interrogação, de exclamação,
EF04LP05 dois-pontos e travessão em diálogos (discurso direto), vírgula em enumerações e em separação de vocativo
e de aposto.

Práticas de linguagem Contexto prévio


• Análise Linguística/Semiótica. Os alunos já devem escrever convencionalmente
e conhecer os sinais de pontuação.
Sobre o capítulo Dificuldades antecipadas
• Contextualizando: enumerar os defeitos de um Os alunos podem apresentar dificuldades para
produto. compreender a função da vírgula na modalidade
• Praticando: escrever, em grupos, uma carta de escrita da língua, pois é comum a associação desse
reclamação. sinal de pontuação exclusivamente com a pausa de
• Retomando: retomar as características do gênero leitura. Por esse motivo, os alunos podem demorar
e escrever sobre experiências. a compreender a existência de convenções que
regem o uso de vírgula. O emprego inadequado
Objetivos de aprendizagem dos sinais de pontuação pode comprometer a
Exercitar o uso da vírgula em contexto de interpretação textual, de modo a perder efeitos
enumeração. de sentido ou gerar incompreensão das ideias
expostas durante a leitura.
Materiais
Folhas de papel A4 (uma para cada grupo).

Expectativas de respostas
CONTEXTUALIZANDO
1. Resposta pessol. Espera-se que os alunos levantem
hipóteses coerentes sobre os possíveis danos ao
Orientações
celular levando em consideração o estado da caixa.
Guie o compartilhamento de respostas entre os
alunos, ouça-os e direcione a conversa, se necessário.
É importante os alunos listarem o máximo de defeitos
possíveis para a encomenda. A ideia é que eles retomem PRATICANDO
a necessidade do uso de vírgulas na enumeração.
Para a socialização das respostas, peça a um Orientações
voluntário que exponha o que escreveu. Nesse Divida a turma em pequenos grupos. O ideal é
momento, escreva no quadro da sala de aula a resposta misturar alunos com diferentes habilidades e níveis
apresentada, mas sem utilizar as vírgulas, e, ao final, de compreensão do objeto de conhecimento em estudo,
pergunte: A resposta que escrevi no quadro está escrita formando grupos produtivos.
da mesma maneira que a sua? Por quê? Espera-se Distribua uma folha para cada grupo e explique
que o aluno diga que não e mencione a ausência de a atividade: uma carta de reclamação e solicitação,
vírgulas. Nesse caso, abra os questionamentos para o sugerindo medidas para que as embalagens não
grande grupo e pergunte: Em que lugar é necessário estraguem e os produtos danifiquem.
inserir a vírgula? Por quê? Espera-se que os alunos Antes da produção, os alunos elaborarão um modelo
mencionem a necessidade da vírgula para separar os a ser seguido, considerando as estruturas desse gênero.
itens que listaram e justifiquem a necessidade do uso, Registre no quadro esse modelo em comum, mas deixe
ainda que não mencionem o termo “enumeração”. espaços para que, nos grupos, os alunos decidam o
Repita o procedimento para mais algumas respostas destinatário, o remetente, a data e o local de escrita.
até assegurar-se de que os alunos tenham retomados Apenas a base será a mesma, pois os alunos deverão focar
essa regra vista na aula anterior. nos registros dos fragmentos que levam enumeração.

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As outras partes que compõem a carta de reclamação Oriente-os a realizar a releitura do texto produzido
serão majoritariamente transcritas no quadro já com por seu grupo, bem como dos problemas elencados pela
a pontuação adequada. turma na questão 2. Após a leitura, eles deverão fazer
Comece a criação do modelo coletivo com a seguinte a reescrita do texto verificando o uso das vírgulas na
pergunta: Como podemos iniciar uma carta de reclamação listagem dos defeitos mencionados. Nesse momento,
e solicitação? Espera-se que os alunos mencionem a realize as intervenções na escrita individualmente caso,
saudação. Pergunte: Qual saudação vocês acham adequada seja necessário, orientando o uso da vírgula, analisando
para esse caso? Ouça as diferentes respostas e faça uma a estrutura do texto e tirando as dúvidas existentes
votação para a melhor escolha. Em seguida, comente que com relação à escrita.
o nome da empresa será decidido por eles nos grupos
e eles poderão utilizar tanto um nome de empresa real Expectativas de respostas:
quanto um nome de empresa fictícia. Depois, questione: 1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
Como poderíamos iniciar explicando para essa empresa apresentem um texto com os elementos que
o que aconteceu? Ouça-os e colha as sugestões que compõem o gênero textual carta de solicitação
trouxerem. Aqui, você pode tanto fazer uma votação, e de reclamação
quanto sistematizar as respostas em uma só frase. Siga 2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos exer-
questionamentos semelhantes que contemplem as demais citem a oralidade, a escuta e a escrita para de-
estruturas de uma carta de reclamação e solicitação. Ao senvolver a atividade.
final desta etapa, o quadro da sala de aula deve estar 3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos es-
semelhante ao registro abaixo: crevam a carta com parte nas ideias surgidas
ao longo das interações com os outros alunos
Prezada/o [destinatário] da turma.
Eu, [remetente] realizei uma compra no site da
empresa em [data].
A encomenda chegou em minha residência em [data]. RETOMANDO
Entretanto, ao abrir a caixa do produto, notei alguns
problemas: [listar defeitos do produto]. Orientações
Por esse motivo, solicito [listar como deseja resolver Ao final da aula, proporcione um momento de partilha
o problema], pois [apresentar alguns argumentos]. das produções da turma. Peça a cada grupo que selecione
[Local, dia, mês e ano] um leitor para expor o texto para a turma. Ao final da
atividade, pergunte: Qual foi o papel da vírgula no texto
Atenciosamente, que escreveram? Espera-se que mencionem que a vírgula
[remetente] separou os defeitos do produto imaginado, as medidas
solicitadas por eles ou os argumentos. Sistematize as
Distribua uma folha por grupo e disponibilize tempo percepções trazidas pelos alunos, comentando que a
para a realização da atividade. Caminhe entre os vírgula é utilizada em enumerações para listar itens ou
grupos no momento da produção para garantir que organizá-los em uma sequência. Recolha as produções
todos estão engajados na atividade e, se necessário, para fazer uma correção minuciosa posteriormente.
realize perguntas abertas que incentivem os alunos a Esses textos são importantes indícios para observar
argumentarem sobre suas escolhas. como os alunos estão compreendendo o uso da vírgula.
Converse com eles sobre o texto escrito, oportunizando-
os a reflexão acerca das dificuldades encontradas durante Expectativas de resposta
a escrita, bem como a identificação dos problemas a 1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos exerci-
serem debatidos na carta. tem a escuta atenta dos textos do colega e façam
Oriente-os a realizar a apresentação dos seus textos anotações coerentes acerca das cartas escritas.
e, durante essa exposição, seja o escriba da classe. 2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
Escreva no quadro todos os problemas apresentados rememorem situações vividas por pessoas da
nos textos de forma a unificá-los, caso seja necessário. sua família em relação à compra de produtos
Na sequência, oriente-os a resolver a atividade 2. com defeito.

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10. Analisando cartas de reclamação e solicitação: aplicando os
conhecimentos sobre pontuação
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10. Analisando cartas de reclamação e PRATICANDO


solicitação: aplicando os conhecimentos
1. Leia a carta de solicitação a seguir.
sobre pontuação

1. Leia o texto abaixo e discuta as perguntas com o professor e os colegas antes de


registrá-las.
Alto Paraíso de Goiás 25 de setembro de 2021.

Oi. O que aconteceu?  Senhora diretora

O Pedro quebrou a perna


Nós alunos do 4º ano B desta escola solicitamos

Mas vocês estão no hospital? 


Vocês estão em casa? melhorias em nossa sala de aula. É necessário comprar

Não estamos no hospital uma lixeira maior arrumar o ventilador lubrificar os

Então vou aí na sua casa.  trilhos das janelas e trocar algumas cadeiras.

Não estamos em casa não


no hospital Acreditamos que essas ações deixarão a sala mais

E estão onde?  ventilada e tornarão o ambiente mais agradável para

No hospital não em casa


alunos e professora.
Entendi nada. 
Agradecemos a sua atenção,

a. A comunicação nessa situação foi efetiva? Por quê? Ana Carolina Paz representante de turma

do 4º ano B.

Produzido especialmente para esta obra.


b. O que gerou a falha de comunicação? O que seria necessário fazer para solu-
cionar esse problema?
a. Escreva de vermelho as vírgulas utilizadas para listar termos na frase.

a. Escreva de laranja as vírgulas utilizadas para isolar um nome e/ou cargo.

b. Escreva de azul as vírgulas utilizadas para acrescentar e isolar uma explicação.


2. Volte ao texto e acrescente a pontuação correta ao texto. Para isso, considere as
intenções comunicativas de cada frase. c. Escreva de verde a vírgula utilizada para separar localidade e data.

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2. Reescreva a seguir o texto da atividade anterior com as vírgulas corretas.


RETOMANDO

1. Compare as solicitações dos seus colegas e escreva as melhorias mais pedidas


pela turma.

3. Agora chegou a sua vez de escrever! Em dupla, escreva uma carta de solicitação
para a diretora de sua escola. Em seguida, leia seu texto para os colegas.

2. É hora de refletir sobre seus conhecimentos do uso da vírgula em enumerações e


listas! Preencha o quadro de autoavaliação.

Tenho muitas Tenho poucas Consigo identificar


dificuldades dificuldades facilmente

Identificar o uso da vírgula em


enumerações ou listas.

Corrigir inadequações do uso da


vírgula em enumerações ou listas.

Utilizar a vírgula em enumerações


ou listas em textos que escrevo.

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Habilidades do DCRC
Identificar a função na leitura e usar, adequadamente, na escrita ponto final, de interrogação, de exclamação,
EF04LP05 dois-pontos e travessão em diálogos (discurso direto), vírgula em enumerações e em separação de vocativo
e de aposto.

Práticas de linguagem Contexto prévio


• Análise Linguística/Semiótica. • Os alunos já devem escrever convencionalmente
e conhecer os sinais de pontuação.
Sobre o capítulo
• Contextualizando: refletir sobre o uso de Dificuldades antecipadas
pontuação em textos escritos e de sua relação • Os alunos podem apresentar dificuldades para
com a coesão e a coerência textual, mesmo em compreender a função da vírgula na modalidade
âmbito informal. escrita da língua, pois é comum a associação
• Praticando: analisar os usos de vírgula em carta desse sinal de pontuação exclusivamente com
de solicitação. a pausa da leitura. Por esse motivo, eles podem
• Retomando: autoavaliar as compreensões sobre demorar a compreender as regras de uso da
o uso de vírgula em enumeração. vírgula. O emprego inadequado dos sinais de
pontuação pode comprometer a interpretação
Objetivo de aprendizagem textual e a compreensão dos efeitos de sentido
• Analisar os usos de vírgula em carta de solicitação. de um texto durante a leitura.

CONTEXTUALIZANDO tanto ponto-final quanto ponto de exclamação, a depender


do sentido que se deseja expressar. Solicite que os
Orientações alunos façam essa escolha: Qual é o melhor sentido
Solicite a leitura individual do texto da atividade. Em aqui? Qual sinal de pontuação expressa esse sentido?.
seguida, de maneira mais dialogada, sugira a leitura em Se necessário, faça uma votação com a turma. Siga
voz alta de dois alunos, cada um assumindo a posição questionamentos semelhantes para as demais frases.
de um interlocutor. Depois, guie o compartilhamento Ao final dessa etapa, os alunos devem perceber
oral das reflexões realizadas pelos alunos. Espera-se que, na modalidade escrita da língua, os sinais de
que, com essa atividade, os alunos retomem o papel da pontuação expressam intenções; já na modalidade
pontuação em textos escritos e compreendam que os oral, apresentam-se por meio de outros recursos (como
sinais de pontuação auxiliam a expressar intenções na gestos, entonação de voz, entre outros). Comente
escrita. Pergunte: E na modalidade oral da língua, como com os alunos que, mesmo em contextos formais,
é possível perceber se o texto falado é uma pergunta como uma conversa por WhatsApp, a falta dos sinais
ou uma surpresa? Como saber se a afirmação dita por ou o uso inadequado da pontuação prejudica a
uma pessoa foi finalizada?. Ouça os alunos e promova coesão e a coerência textual.
a mediação da conversa. Espera-se que os alunos
mencionem que, na fala, as intenções são expressas Expectativas de respostas
por diferentes entonações ou expressões. 1 a. Não, isso é confirmado pela mensagem final
Guie, coletivamente, o acréscimo da pontuação “Entendi nada”.
na atividade, e pergunte à turma: É necessário incluir b. A ausência de pontuação por uma das partes
sinais de pontuação ou fazer alguma modificação na envolvidas na comunicação; seria necessário
primeira frase?. Espera-se que comentem que não são acrescentar os sinais de pontuação.
necessárias modificações. Passe para a segunda frase: 2. Oi. O que aconteceu?
E nessa frase? O que devemos fazer?. Espera-se que os O Pedro quebrou a perna.
alunos apontem a necessidade de incluir um sinal de Mas vocês estão no hospital? Vocês estão em casa?
pontuação. Perceba que, nesse caso, pode-se utilizar Não estamos no hospital.

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Então vou aí na sua casa. Para a realização da atividade 3, oriente os alunos
Não, estamos em casa, não no hospital. para a escrita espontânea de uma carta de solicitação à
E estão onde? diretora, auxiliando-os a identificar pontos importantes
No hospital, não; em casa. para a escrita do texto, entre eles, possíveis equívocos
Entendi nada. ortográficos e de pontuação e incentivando-os a repensar
sua escrita e aprimorar a prática.

PRATICANDO Expectativas de respostas


1. a. É necessário comprar uma lixeira maior, arru-
Orientações mar o ventilador, lubrificar os trilhos das janelas
Solicite a leitura do texto e converse com os alunos, e trocar algumas cadeiras.
a partir de perguntas como: Vocês já viram um texto b. Senhora diretora, e Ana Carolina Paz,
como esse? Vocês já escreveram um texto como esse? representante de turma do 40 ano B.
Qual é o tema desse texto?. Os alunos devem reconhecer c. Nós, alunos do 40 ano B desta escola,
que se trata de uma carta de solicitação, em que a solicitamos melhorias em nossa sala de aula.
representante da turma escreve para a diretora da d. Alto Paraíso de Goiás, 25 de setembro de 2021.
escola em nome da turma. 2. Espera-se que os alunos escrevam:
Em seguida, pergunte: Qual é o papel das vírgulas Alto Paraíso de Goiás, 25 de setembro de 2021.
nesse texto? É necessário seguir alguma regra para Senhora diretora,
inserir as vírgulas em um texto? Como só trabalharam Nós, alunos do 40 ano B desta escola, solicitamos
com a vírgula em enumeração, é possível que os alunos melhorias em nossa sala de aula. É necessário
saibam explicar apenas essa regra. Ouça as hipóteses comprar uma lixeira maior, arrumar o ventilador,
levantadas para explicar os demais contextos em que lubrificar os trilhos das janelas e trocar algumas
há vírgulas, mas não forneça respostas nesse momento. cadeiras. Acreditamos que essas ações deixarão
Disponibilize tempo suficiente para os alunos analisarem a sala mais ventilada e tornarão o ambiente mais
o texto e relacionarem os usos das vírgulas às explicações. agradável para alunos e professora.
Posteriormente, faça a correção coletiva. Solicite que um Agradecemos a sua atenção,
voluntário leia o fragmento em que estão presentes as Ana Carolina Paz, representante de turma do 4º
vírgulas pintadas de vermelho e questione: Alguém fez ano B.
diferente? Como? Por quê? Ouça-os e medeie o debate, 3. Resposta pessoal.
se necessário. Faça procedimento semelhante para as
demais questões. Se julgar necessário, após a correção,
sistematize no quadro da aula de aula as explicações RETOMANDO
para cada um dos usos mencionados. Ainda que o foco
seja o uso da vírgula em enumerações, é importante os Orientações
alunos começarem a refletir sobre outras convenções Oriente a atividade e atente para a necessidade
que regem a utilização da vírgula para, aos poucos, de utilizar vírgula em enumerações ou listas. Você
sistematizarem que a vírgula não é colocada em textos deve circular entre os alunos enquanto eles realizam
considerando pausas, mas segue regras específicas. a atividade para oferecer apoio aos que sentirem mais
dificuldade.
a. A vírgula é usada para separar ou ordenar itens Posteriormente, colete os resultados das
em uma enumeração. autoavaliações para verificar a percepção dos alunos
b. A vírgula é usada para separar o vocativo. sobre seus próprios conhecimentos em relação ao objeto
c. A vírgula é usada para isolar o aposto explicativo. de conhecimento estudado.
d. A vírgula é usada para separar localidade e data.
Expectativas de respostas
1. Respostas pessoais.
2. Respostas pessoais.

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11. Reivindicação e solicitação oral
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11. Reivindicação e solicitação oral


PRATICANDO

1. Leia o diálogo a seguir. 1. Ouça o áudio que será reproduzido pelo professor e responda às perguntas.

a. Qual é o assunto do áudio?

Mainha

Mãe, eu tenho uma


reclamação sobre b. Quais informações são apresentadas neste áudio? É possível identificar o
a minha irmã! problema?

Oi filho, o que
aconteceu?

c. Foram apresentados bons argumentos? Quais?

d. Foi feita alguma solicitação? Qual?

Converse com os colegas sobre as questões a seguir antes de escrever as respostas.

a. Qual é a situação exposta no diálogo?


2. Onde é possível encontrar um áudio como esse? Que elementos comprovam sua
resposta?

b. Que reclamação você acha que a criança fez?

3. Quais recursos da fala apoiam a produção oral de textos de reclamação ou de


solicitação?
c. Que entonação você acha que a criança utilizou enquanto fazia sua reclamação?

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4. A entonação pode revelar como a pessoa está se sentindo, ou seja, quais


sentimentos estão presentes no momento da fala? Como? 2. Imagine que você terá espaço para expor, em um programa de rádio, uma
reclamação sobre o bairro em que vive, solicitando aos governantes melhorias
para o problema relatado. Escreva sua reclamação no espaço a seguir e depois
leia para os colegas com a entonação correta.

5. Você já mandou um áudio assim? Para quem e por qual motivo?

6. Escreva o diálogo do áudio que você enviou no espaço a seguir.

RETOMANDO

1. Pronuncie as frases a seguir, colocando a entonação indicada.

a. Boa tarde! Gostaria de fazer uma reclamação sobre o valor da minha con-
ta de internet. Com quem posso falar? (Tom de solicitação)

b. É um absurdo que donos de cachorros não recolham as fezes de seus animais


dos espaços públicos! (Tom de reclamação)

c. Diga-me o que aconteceu… (Tom de solicitação)

d. Diga-me o que aconteceu! (Tom de reclamação)

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Habilidades do DCRC
Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando
(EF15LP10)
esclarecimentos sempre que necessário.
Atribuir significado a aspectos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção do olhar,
(EF15LP12)
riso, gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz.

Práticas de linguagem Contexto prévio


• Oralidade. Contato prévio com textos de reclamação e de
solicitação.
Sobre o capítulo
• Contextualizando: refletir sobre a entonação Dificuldades antecipadas
adequada para expressar reclamações e É possível que os alunos apresentem dificuldades
solicitações. na análise de texto em modalidade oral e na listagem
• Praticando: analisar a entonação de um áudio de elementos paralinguísticos que auxiliam a marcar
com reclamações e solicitações. a intencionalidade da fala em textos de reclamação
• Retomando: reproduzir, com a entonação e solicitação, pois, no cotidiano, a expressão oral
adequada, reclamações e solicitações. é realizada, em grande parte, de maneira natural,
sem reflexões prévias.
Objetivo de aprendizagem
• Analisar o papel da entonação na produção oral
de reclamações e solicitações.

Materiais
• Áudio produzido com antecedência pelo professor,
expondo reclamações e/ou solicitações.
• Dispositivo para a reprodução de áudio, tais
como celular, gravador, caixa de som etc.

CONTEXTUALIZANDO Converse sobre qual entonação eles acham que a criança


usou para falar com mãe, e leve-os a compreender como
Orientações esse recurso é usado na oralidade em diferentes contextos.
Inicialmente solicite aos alunos a leitura silenciosa
do texto. Em seguida, inicie questionamentos sobre Expectativas de respostas
as perguntas propostas, sendo um mediador dessa 1. a. Uma conversa via WhatsApp entre uma
discussão. Instigue-os a refletir sobre a necessidade criança e sua mãe. A criança expõe uma recla-
de adequar a entonação de leitura aos contextos mação sobre sua irmã.
comunicativos. Questione-os sobre o contexto do texto b. Respostas pessoais.
lido, incentivando-os a citar situações do cotidiano em c. Entonação de indignação, raiva, tristeza etc.
que as conversas poderiam acontecer.
No primeiro questionamento, converse acerca do
entendimento do aluno sobre o que se passa na situação PRATICANDO
de diálogo e, em seguida, questione-os sobre o assunto
do texto. Peça a eles que escrevam o que entenderam. Orientações
É importante levá-los a refletir sobre o tipo de Prepare com antecedência uma gravação simulando
reclamação que a criança queria fazer e qual seria a uma reivindicação ou uma solicitação. Exemplo: um pedido
possível resposta da mãe. Debata, ouça os alunos e ao vizinho para que abaixe o volume da música que
faça as devidas intervenções. está ouvindo, uma solicitação à prefeitura de poda de

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árvores, um pedido de materiais escolares na secretaria Expectativas de respostas
da escola, entre outros. Prepare um roteiro com o texto 1. a. a d. As respostas dependem do áudio apre-
que será reproduzido por áudio , anotando o problema/ a sentado aos alunos.
situação central, a solicitação/reivindicação apresentada 2. É importante que os alunos tenham compreendido
e os argumentos que embasam essa solicitação. Marque a a temática abordada e percebam que o texto
modulação da entonação adequada para cada fragmento, simula um programa de rádio.
prevendo momentos para mudanças de entonação de 3. Entonação da voz, mudanças de tom, ênfase em
maneira a marcar bem as palavras importantes em seu palavras, prolongamento de vogais etc.
texto. Também defina momentos em que a ênfase nas 4. Espera-se que os alunos mencionem indignação,
palavras se dê por prolongamento das vogais. Assim que raiva, tristeza ou outros sentimentos presentes no
a gravação estiver terminada, ouça o áudio e analise áudio que ouviram. Use seu roteiro para mapear
se ele cumpre o objetivo traçado no roteiro. Guarde o se as respostas dos alunos corresponderam às
roteiro, pois ele ajudará a definir as respostas adequadas intenções de fala previamente planejadas.
e será utilizado no capítulo seguinte para mostrar aos 5. Respostas pessoais.
alunos o seu planejamento. 6. Respostas pessoais.
Se preferir, e caso tenha os recursos necessários,
adapte a proposta utilizando um áudio real de um
programa de rádio ou até mesmo uma matéria de jornal RETOMANDO
televisivo. Nesses casos, recomenda-se a utilização
de produções voltadas para o público infantil ou que Orientações
abordem temáticas de interesse dos alunos. Se optar Guie a turma quanto à pronúncia das frases e
por utilizar recurso audiovisual, é importante trabalhar chame a atenção para a pronúncia dos itens c e d. É
com os gestos e as expressões faciais, formulando
importante os alunos perceberem que a entonação
perguntas abertas que foquem na análise desses
de uma frase dependerá do que se deseja expressar.
aspectos. Em ambos os casos, analise previamente o
Se necessário, crie frases para treinar a pronúncia
material e mapeie os momentos de ênfase e os recursos
paralinguísticos utilizados para apoiar a produção oral adequada a esses contextos.
de texto de reclamação e/ou de solicitação. Solicite a voluntários que compartilhem suas respostas
Em sala de aula, organize a turma em roda para o com a turma. Faça a validação do conteúdo por meio
momento de escuta. Reproduza o áudio e siga com as de perguntas, como:
perguntas de verificação do entendimento do conteúdo. • Qual emoção foi expressa na voz do colega?
Reproduza o áudio uma segunda vez e oriente os alunos • Ela é adequada para o contexto? Por quê?
a prestar atenção nas entonações da fala, na forma de • Quais sugestões vocês dariam para a melhorar a
pronunciar as palavras e em outras questões do campo expressão oral?
das percepções auditivas. Em seguida, pergunte-lhes: • Como vocês expressariam essa reclamação/solicitação?
• O que vocês perceberam? Oriente os alunos a escrever o texto de reclamação
• A entonação está adequada para expressar reclamação/ sobre o bairro onde vivem; peça a eles para observar
solicitação? Por quê? os problemas e as melhorias necessárias. Se julgar
Caso argumentem a presença de entonação necessário, retome a estrutura do roteiro de notícia
inadequada, peça aos alunos que reproduzam uma de rádio, do 2º bimestre.
sugestão de pronúncia com tom de reclamação/
solicitação. Continue questionando: Expectativas de respostas
• Houve fragmentos produzidos com maior ênfase? 1. Respostas pessoais.
Quais? 2. Respostas pessoais.
• Que estratégias foram utilizadas para dar essa ênfase?
Espera-se que os alunos identifiquem excertos
nos quais seja possível observar aumento/declínio da
entonação, palavras sendo pronunciadas em tom de voz
mais elevado, palavras que contenham prolongamento
de vogais, entre outras.

50 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 50 28/12/2021 11:09


Para saber mais • LEAL, T. F.; BRANDÃO, A. C. P.; LIMA, J. M. A oralidade
• ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro e como objeto de ensino na escola: o que sugerem
interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003. os livros didáticos? In: A oralidade na escola: a
• BEZERRA, Maria Auxiliadora. Ensino de língua investigação do trabalho docente como foco de
portuguesa e contextos teórico-metodológicos. In: reflexão. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012.
DIONÍSIO, Ângela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; • MARCUSCHI, Luis Antônio. Da fala para a escrita:
BEZERRA, Maria Auxiliadora (org.). Gêneros textuais atividades de retextualização. 6. ed. São Paulo:
& ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. Cortez, 2001.
• CAMPÊLO, Márcia Rejane Brilhante. A oralidade nos anos • OLIVEIRA, Maria do Socorro. Produção escrita e ensino:
iniciais do Ensino Fundamental de Língua Portuguesa: o texto como uma instância multimodal. Disponível
algumas considerações. Natal: UFRN, s/d. Disponível em: http://www.letramento.iel.unicamp.br. Acesso
em: http://www.cchla.ufrn.br/shXIX/anais/GT15/A%20 em: 8 nov. 2021.
ORALIDADE%20NOS%20ANOS%20INICIAIS%20DO% • RAMOS, Jânia M. O espaço da oralidade na sala de
2 0 E N S I N O % 2 0 F U N DA M E N TA L % 2 0 D E % 2 0 aula. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
L%CDNGUA%20PORTUGUESA..pdf. Acesso em: • RATIER, Rodrigo. Oralidade: a fala que ensina.
8 nov. 2021. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/315/
• FÁVERO, L. L.; ANDRADE, M. L. C. V. O.; AQUINO, Z. oralidade-a-fala-que-se-ensina. Acesso em: 8 nov.
G. O. Oralidade e escrita: perspectiva para o ensino 2021.
de língua materna. São Paulo: Cortez, 1998.

ANOTAÇÕES

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12. Apresentando solicitações e reclamações

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12. Planejando a apresentação de problemas e PRATICANDO


reivindicando soluções
1. O que é necessário para planejar uma apresentação oral? Escreva abaixo.
1. Responda às questões a seguir e compartilhe as respostas com os colegas.

a. Como deve ser a postura quando se pretende fazer uma reclamação e uma
solicitação oralmente?

2. Com seu colega, planeje a apresentação de reclamações e solicitações oralmente.


Use o quadro a seguir para o planejamento.

Planejamento para a apresentação oral de reclamações e solicitações


Alunos:
b. Como deve ser a expressão facial quando se pretende fazer uma reclamação e
uma solicitação oralmente? Reclamações:

Quais são as palavras-chave das reclamações, ou seja, quais termos devem ser
pronunciados com mais ênfase?

De que maneira as palavras-chave serão enfatizadas?


c. Como deve ser a fala quando se pretende fazer uma reclamação e uma solici-
tação oralmente?

O que o tom de voz deve expressar no momento de apresentar as reclamações?

Qual é a postura adequada para o momento de apresentação das reclamações?

2. Reúna-se com um colega e escolha uma situação de reclamação ou solicitação para


apresentar. Aproveite para ensaiar o que farão na atividade da seção Praticando.

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55 L Í N G UA P O RT U G U ESA

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Quais são os gestos adequados para o momento de apresentação das reclamações?


RETOMANDO

1. Compartilhe com os colegas o que sua dupla planejou para a apresentação oral
de reclamações e solicitações.
Solicitações:
2. Quais foram os temas mais interessantes apresentados por seus colegas?

Quem deverá colocar em prática as solicitações exigidas?

Quais são as palavras-chave das solicitações, ou seja, quais são os termos que devem ser
pronunciados com mais ênfase?

Como as palavras-chave das solicitações serão enfatizadas?

3. Faça um esquema visual para representar cada grupo. Escreva de três a cinco
O que o tom de voz deve expressar no momento de apresentar as solicitações? palavras-chave para a apresentação de cada grupo. Em seguida, compa-
re suas respostas com um colega e verifique se vocês pensaram nas mesmas
palavras-chave.

Qual é a postura adequada para o momento de apresentação das solicitações?

Quais são os gestos adequados para o momento de apresentação das solicitações?

Qual recurso imagético (cartazes, fotografias, imagens) será usado para a apresentação das
reclamações e das solicitações?

56 4 o ANO 57 L Í N G UA P O RT U G U ESA

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Habilidade do DCRC
Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar
(EF15LP13)
opiniões, informar, relatar experiências etc.).

Práticas da linguagem Materiais


• Oralidade. • Roteiro criado pelo professor para a produção de
áudio no capítulo anterior, expondo reclamações
Sobre o capítulo e/ou solicitações.
• Contextualizando: discutir sobre aspectos
paralinguísticos em apresentações orais de Contexto prévio
problemas e reivindicações de soluções. Contato prévio com textos de reclamação e de
• Praticando: planejar a apresentação oral de solicitação. É necessário que os alunos já tenham
texto de reclamação e de solicitação. refletido sobre os aspectos paralinguísticos que
• Retomando: compartilhar o planejamento do apoiam um texto oral de reclamação e de solicitação.
texto com os colegas.
Dificuldades antecipadas
Objetivo de aprendizagem É possível que os alunos apresentem dificuldades
• Planejar a apresentação oral de texto de no planejamento de texto em modalidade oral e o
reclamação e de solicitação considerando emprego de elementos paralinguísticos que auxi-
aspectos paralinguísticos. liam a marcar a intencionalidade da fala em texto
de reclamação e solicitação, pois, no cotidiano,
a expressão oral é realizada, em maior parte, de
maneira natural, sem reflexões prévias.

CONTEXTUALIZANDO Para dar continuidade ao trabalho, ajude as duplas


a escolherem a notícia.
Orientações
Inicie a abordagem realizando o levantamento de Expectativas de respostas:
conhecimentos prévios dos alunos sobre postura, ento- 1. a. Resposta pessoal. (Espera-se que o aluno
nação e outros aspectos paralinguísticos relacionados a compreenda e mencione a necessidade de uma
apresentação oral de problemas e reivindicações. Solicite postura séria.)
aos alunos que compartilhem, oralmente, suas reflexões b. Resposta pessoal. (Espera-se que o aluno men-
individuais e promova uma tempestade de ideias, a fim cione a necessidade de ter tom de voz, expressões
de fazer a turma reconhecer a troca de saberes e a im- e gestos que indiquem indignação.)
portância do grupo para o levantamento de hipóteses c. Resposta pessoal. (Espera-se que os alunos
sobre um assunto. Evite conduzi-los às respostas neste citem a importância de falar com clareza e tom
momento, pois o objetivo é que os alunos confirmem ou de voz adequado.)
não suas hipóteses no decorrer do capítulo. 2. Resposta pessoal.
Questione-os para saber qual é a postura ade-
quada quando estamos em situações comunicativas
como essas, qual é a expressão que deve ser usada e
como deve ser a fala, entre outros aspectos que julgar PRATICANDO
relevantes para a discussão. Destaque a importância
de realizar adequações, seja na escrita ou na fala, às Orientações
situações comunicativas em que estamos inseridos. Solicite aos alunos que conversem sobre a per-
Após o registro das respostas, promova um debate gunta. Complemente os questionamentos: Por que
para que os alunos possam compartilhar as respostas. é importante planejar a apresentação de um texto

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oral? Qual é a importância da postura, das expres- Expectativas de respostas
sões faciais e dos gestos durante a apresentação de 1. Pensar no tom de voz adequado, nas informações
reclamações e solicitações? Faça a mediação da con- mais importantes para dar ênfase ao texto etc.
versa. É necessário que os alunos retomem a função 2. Respostas pessoais. É importante que, no quadro,
de aspectos paralinguísticos durante a apresentação os alunos prevejam os aspectos paralinguísti-
oral. O tom de voz e a boa dicção são fundamentais cos que usarão, considerando a adequação ao
para o entendimento do interlocutor. Já a postura, contexto que será simulado: a apresentação de
as expressões faciais e os gestos ajudam a passar reclamações e solicitações.
credibilidade ao texto e a evidenciar as informações
mais importantes. RETOMANDO
Caso você tenha trabalhado com a gravação de
áudio, no capítulo anterior, mostre seu roteiro aos alu- Orientações
nos para que eles percebam a necessidade de, antes Nesse momento, reorganize os alunos e crie grupos
de produzir o texto oral, planejar o que vai ser falado: com integrantes diferentes. Nessa nova organização,
a situação central, a reivindicação e os argumentos. os alunos deverão compartilhar o que planejaram,
Além disso, esse planejamento também pode incluir expondo as reclamações, as solicitações e o que pre-
elementos paralinguísticos, como a entonação dada a viram para o momento de apresentação. A ideia dessa
cada trecho, a postura corporal, os gestos, entre outros. organização é assegurar que cada aluno retome o que
Antes do trabalho em grupos, faça uma roda de planejou com seu grupo; isso o ajudará na apropriação
conversa em que os alunos possam listar problemas do planejamento.
da escola, do bairro e da cidade e pensar em pos- No próximo capítulo, os alunos apresentarão recla-
síveis soluções para tais problemas e quem seria mações e solicitações, considerando os planejamentos
responsável por colocar em prática essas ações produzidos neste momento. Para isso, haverá uma etapa
(membros da comunidade escolar, governantes, de produção dos recursos que previram nos quadros.
cidadãos etc.). Se necessário, solicite aos alunos, com antecedência,
que levem para a sala de aula materiais para produzir
Peça aos alunos que se organizem em grupos e
o que listaram, por exemplo, cartazes, que serão feitos
cuide para que os integrantes apresentem diferentes
em sala de aula.
habilidades e níveis de apreensão dos objetos de conhe-
Realize uma roda de leitura para a realização da
cimento trabalhados até o momento. Sugere-se que a atividade e posteriormente sua apresentação. Nesse
proposta seja colocada em prática em duplas. Preveja momento, o aluno deverá sintetizar os temas apresenta-
e disponibilize tempo para que os alunos planejem a dos pelos colegas, indagando sobre seu entendimento
apresentação oral. Ressalte a importância de trazer e o que mais chamou a atenção. Instigue-o a realizar
reclamações e solicitações considerando o contexto essa reflexão e depois peça a ele que transcreva tudo
em que vivem. Ao tratar de problemas do cotidiano, o que foi relatado.
espera-se que os alunos tenham mais facilidade para Oriente a escrita e a forma de observar pontos de
discuti-los e apresentá-los, incluindo as possíveis solu- melhorias nessa escrita, intervindo, caso seja necessário.
ções às suas apresentações. Explique aos alunos sobre
a necessidade de se planejarem as etapas, ainda que Expectativas de respostas
elas sejam executadas em momentos posteriores, pois 1. Resposta pessoal.
isso ajuda a lidar com os imprevistos e a se apropriar 2. Resposta pessoal.
das partes que envolvem um projeto. 3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos
Não é esperado que os alunos criem um texto para destaquem palavras-chave que evidenciem as
ser decorado, mas sim que planejem as etapas da diferenças entre solicitação e reclamação di-
apresentação, atentos aos aspectos paralinguísticos tas por cada grupo durante as apresentações
presentes em reclamações e solicitações orais. Circule e reconheçam, adequadamente, as diferenças
entre os grupos para aclarar as dúvidas e orientar os entre as escolhas de palavras que representam
alunos de forma individual, se necessário. uma e outra.

54 4 o ANO

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Para saber mais • JUBRAN, C. C. A. S. (org.) Organização tópica da
conversação. LLARI, R. (org.) Gramática do Português
• BAGNO M. Preconceito linguístico: o que é e como falada. 4. ed. Campinas: Unicamp; 1993. p. 357-447.
se faz. São Paulo: Loyola, 1998. • KERBRAT-ORECCHINI, C. Análise da conversação:
• SANTOS, C. F.; MENDONÇA, M.; CAVALCANTE, M. C. princípios e métodos. São Paulo: Parábola, 2006.
B. Diversidade textual: os gêneros na sala de aula. • PRETI, D. (org.). Análise de textos orais. 7. ed. São
Belo Horizonte: Autêntica, 2007. p. 89-102. Paulo: Humanitas, 2010.
• GALVÃO, M. A. M.; AZEVEDO, J. A. M. A oralidade em • PRETI, D. (org.). Estudos de língua falada: variações
sala de aula de língua portuguesa: o que dizem os e confrontos. 3.ed. São Paulo: Humanitas; 2006.
professores do ensino básico. São Paulo, v. 17, n. 1, • SGARBI, N. M. F. Q. Os eventos da oralidade no
p. 249-272, jan./jun. 2015. ensino de língua portuguesa. Revista Trama. 2008;
• GOMES-SANTOS, S. N. A exposição oral: nos anos 4(7):167-175.
iniciais do ensino fundamental. São Paulo: Cortez, • SILVA, L. A. (org.). A língua que falamos. Português:
2012. história, variação e discurso. São Paulo: Globo, 2005.

ANOTAÇÕES

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13. Apresentando solicitações e reclamações

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PRATICANDO
13. Apresentando reclamações e solicitações
1. Vamos produzir? Observe o planejamento do grupo e escreva as etapas de produ-
ção no espaço a seguir.
1. Considerando os aprendizados construídos nos capítulos anteriores, marque
com um X o que você considera uma boa apresentação oral de reclamação e de
solicitação.

( ) Falar sem pausas e baixo.


( ) Falar bem alto e rapidamente.
( ) Falar lentamente e alto.
( ) Falar de forma cadenciada e em tom audível.
( ) Utilizar uma entonação adequada nas palavras mais importantes.
( ) Utilizar a entonação adequada apenas nas últimas palavras de cada frase.

2. Com sua dupla, retome o planejamento realizado no capítulo anterior. Conversem


sobre ele e analisem se será necessário realizar alguma mudança. Use o espaço a
seguir para tomar notas dos ajustes.

É hora de treinar a apresentação de seu grupo!

© Fernando Favoretto
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2. Chegou o momento de apresentação! Lembre-se de que a entonação deve ser


adequada para a apresentação de reclamações e solicitações, assim com sua pos- RETOMANDO
tura, suas expressões e seus gestos.
1. Como foi realizar esta atividade? Descreva nas linhas a seguir.
Você gostou das apresentações? Indique o que foi mais interessante em cada uma
das apresentações e escreva abaixo. Justifique sua resposta.

2. Reflita sobre a apresentação de seu grupo e preencha o quadro de autoavaliação.


Pinte o espaço que corresponde ao desempenho de seu grupo para cada critério
avaliado.

Quadro de autoavaliação
Alunos:

O grupo apresentou...

reclamações sobre um assunto importante para a escola, Sim Em parte Não


bairro ou comunidade.

as reclamações com entonação adequada, enfatizando as


palavras-chave.
as reclamações com postura, expressões e gestos adequados.

boas solicitações para solucionar problemas do tema


abordado.
de forma clara os responsáveis por ações para solucionar os
problemas abordados.

as solicitações com entonação adequada, enfatizando as


palavras-chave.

as solicitações com postura, expressões e gestos adequados.

utilizando bons recursos para apoiar a apresentação.

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Habilidade do DCRC
Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar
EF15LP13
opiniões, informar, relatar experiências etc.).

Práticas de linguagem Material


• Oralidade. • Itens necessários para elaborar os recursos
previstos pelos alunos no planejamento realizado
Sobre o capítulo no capítulo anterior.
• Contextualizando: listar critérios para uma boa
apresentação oral de reclamações e solicitações Contexto prévio
e revisar o planejamento realizado no capítulo Os alunos já devem ter tido contato com cartas
anterior. de reclamação. Também é necessário que já tenham
• Praticando: produzir os recursos necessários preenchido o quadro de planejamento para a
para a apresentação oral de reclamações e apresentação oral de reclamações e solicitações
solicitações e apresentar o que planejaram. (disponível no capítulo anterior).
• Retomando: fazer uma autoavaliação da
produção oral. Dificuldades antecipadas
É possível que os alunos tenham dificuldades
Objetivos de aprendizagem para a apresentação oral de reclamações e
• Apresentar, oralmente, reclamações e solicitações, solicitações. Isso pode ocorrer por timidez, por
utilizando como base o planejamento realizado nervosismo ou por falta de prática de oralidade
no capítulo anterior. com textos desse gênero.
• Atribuir significado a aspectos não linguísticos
(paralinguísticos) observados na fala, como direção
do olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça
(de concordância ou discordância), expressão
corporal, tom de voz.

CONTEXTUALIZANDO • O que vocês planejaram está adequado para a


apresentação oral de reclamações e solicitações?
Orientações Por quê?
Faça a pergunta proposta para a turma e ouça • Todos os integrantes do grupo concordam com isso?
as sugestões de resposta, registrando-as no quadro • Essa decisão foi tomada em grupo?
da sala de aula para que todos os alunos possam
observá-las ao retomar o planejamento realizado Expectativas de respostas
no capítulo anterior. Peça que as copiem no Livro 1.
do aluno. ( ) Falar sem pausas e baixo.
Peça aos alunos que se organizem nas mesmas duplas ( ) Falar bem alto e rapidamente.
de trabalho do capítulo anterior e disponibilize tempo ( ) Falar lentamente e alto.
para que possam retomar o planejamento realizado, ( x ) Falar de forma cadenciada e em tom audível.
analisá-lo e fazer alterações e ajustes necessários, ( x ) Utilizar uma entonação adequada nas palavras
com base nas trocas realizadas com outras duplas e mais importantes.
no que rememoraram sobre o tema na atividade ante- ( ) Utilizar a entonação adequada apenas nas
rior. Acompanhe essa revisão fazendo perguntas que últimas palavras de cada frase.
estimulem reflexões, como: 2. Respostas pessoais.

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PRATICANDO RETOMANDO
Orientações Orientações
Disponibilize tempo para os alunos produzirem os Ao término das apresentações, peça aos alunos
materiais de apoio que planejaram, como imagens e que compartilhem suas opiniões sobre a realização da
cartazes. Sugere-se também a criação de fichas contendo atividade e as anotem no Livro do aluno. É importante que
as reclamações e as solicitações que precisarão ser os alunos tenham tempo para descrever suas reflexões
abordadas na fala, com palavras em destaque que sobre a realização da atividade 1 e, assim, possam
merecem ser enfatizadas. Reforce que o objetivo não é compartilhar com o que escreveram com os colegas.
que os alunos realizarem um texto escrito previamente, Ao término das apresentações, os alunos preencherão
mas usem as fichas como apoio para lembrar das um quadro de autoavaliação considerando o desempenho
palavras-chave listadas no roteiro. Não é necessário de sua dupla. Reúna os integrantes das duplas novamente
que os alunos sigam um roteiro estruturado, mas que para que juntos possam autoavaliar a apresentação
ao falar apresentem as ideias que planejaram em que fizeram. Guie o preenchimento da atividade 2 e
grupo. Oriente-os a registrar cada uma das etapas de observe como os alunos autoavaliam seus trabalhos.
revisão do planejamento e de produção dos materiais Se necessário, circule pelas equipes e observe
complementares na atividade 1. como os alunos estão conversando sobre os itens que
Disponibilize tempo para os alunos treinarem a compõem o quadro e como trocam ideias a respeito dos
apresentação oral. Oriente-os a pensarem nas funções critérios. Se houver discordância entre os membros da
que cada um exercerá no momento da apresentação oral. equipe, é importante incentivar a argumentação, a fim
Trabalhando em duplas, por exemplo, o aluno A pode de se chegar a um consenso. Para isso, faça perguntas
apresentar o problema levantado e o aluno B pode como: Quais são os pontos divergentes? O que cada
discorrer sobre a solução proposta e seus argumentos; um achou da apresentação, tanto a do grupo quanto
nesse caso, enfatize que cada um da dupla deverá a individual? Promova uma discussão que permita a
ter clareza do teor de sua fala para incorporar a ela todos compreender o que cada um fez individualmente
os aspectos paralinguísticos relevantes e pertinentes. e como grupo. Tal análise é importante para que os
Circule entre os grupos para acompanhar os ensaios alunos retomem as apresentações, avaliem como se
das apresentações e passar segurança aos alunos. saíram e possam, assim, preencher a autoavaliação de
Organize a sala de aula de maneira que facilite a maneira condizente com a realização da apresentação.
interação entre os alunos e as apresentações das duplas.
Antes das apresentações, releia as sugestões trazidas Expectativas de respostas
pela turma para uma boa apresentação e disponibilize 1. Respostas pessoais. Espera-se que os alunos es-
um tempo para que os alunos preparem o cenário, se crevam sobre as aprendizagens conquistadas ao
for necessário. Dê início às apresentações. longo do capítulo em relação à apresentação
Após a apresentação de cada dupla, promova uma oral de solicitações e reclamações.
interação para que os alunos respondam oralmente à
atividade 3. Dessa forma, pergunte se eles gostaram das 2. Respostas pessoais. Os alunos devem preencher
apresentações, o que mais chamou atenção, indagando- o quadro considerando o desempenho de seu
os o porquê da resposta. Oriente-os na escrita das grupo e os próprios desempenhos.
respostas no livro, fazendo-os refletir sua resposta e
transcrevê-la.

Expectativas de respostas
1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos façam
um registro das etapas de execução do planeja-
mento decidido anteriormente.
2. Respostas pessoais.

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14. Planejando a escrita de uma carta de reclamação
PÁGINA 62 PÁGINA 63

14. Planejando a escrita de uma carta PRATICANDO


de reclamação
1. É hora de planejar a escrita de uma carta de reclamação. Sua carta terá como
1. Relembre o que é necessário ter em uma carta de reclamação. assunto problemas encontrados em sua cidade. Você poderá conversar sobre isso
com um colega, mas cada um planejará seu texto individualmente. Preencha o
quadro de planejamento a seguir.

QUADRO DE PLANEJAMENTO DE CARTA DE RECLAMAÇÃO


Quais são as minhas reclamações?

2. Os argumentos são essenciais para uma carta de reclamação. É pelo uso de


argumentos que o remetente busca convencer o destinatário sobre a importância
de suas queixas e reivindicações. Leia o título da notícia a seguir para responder
às questões.

Cama elástica em quadra do Sudoeste causa polêmica na vizinhança Quem é o destinatário mais adequado
para receber minhas reclamações?

Casal de aposentados formalizou reclamação por causa do barulho provocado


pelo pula-pula instalado na Quadra 302

GUIMARÃES, Luísa. Cama elástica em quadra do Sudoeste causa polêmica na vizinhança.


Metrópoles. Disponível em: https://www.metropoles.com/distrito-federal/cama-elastica-em-quadra
-do-sudoeste-causa-polemica-na-vizinhanca. Acesso em: 1 jul 2021.

Qual é a melhor saudação para entrar


em contato com essa pessoa?
a. Como você imagina que foi a reclamação sobre o barulho do pula-pula? Que
argumentos além do barulho podem ter sido usados?
b. O que você faria no lugar desse casal de aposentados?
c. Você acha que há razão para a reclamação? Discorra sobre esse ponto em
dupla.
d. Com base nesses argumentos, escreva uma carta de reclamação breve sobre o
mesmo assunto da notícia.
Qual é o nível de formalidade da minha
carta? Por quê?

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Deixarei um campo para apresentar o


assunto antes de iniciar a carta? Qual
será esse assunto?
RETOMANDO

1. Que argumentos você usou para sustentar sua reclamação? Escreva-os no espaço
abaixo e compartilhe-os com os colegas. Em seguida, debata a necessidade do
uso de bons argumentos em uma carta de reclamação.

Quais serão os argumentos utilizados


em minhas reclamações?

O que é necessário para resolver as


minhas reclamações? Quais serão as
solicitações que devo fazer?

Como vou assinar meu texto?

Onde devem ser colocadas as


informações de data, local e ano?

Quantos parágrafos serão necessários


para a construção do meu texto?

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Habilidades do DCRC
Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os
interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação
EF15LP05 (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto
e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias
à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.
Planejar e produzir, com autonomia, cartas pessoais de reclamação, dentre outros gêneros do campo da vida
EF04LP11 cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e com a estrutura própria desses textos (problema,
opinião, argumentos), considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo
EF35LP09
com as características do gênero textual.

Prática de Linguagem Contexto prévio


• Produção de textos (escrita autônoma e Os alunos já devem ter tido contato com textos
compartilhada). do gênero carta de reclamação, para relembrar de
suas características e finalidade. Também é neces-
Sobre o capítulo sário que estejam em processo de apropriação da
• Contextualizando: retomar os elementos que escrita convencional, sobretudo no que diz respeito
estruturam uma carta de reclamação, com foco aos usos de sinais de pontuação como a vírgula e
nos argumentos. a organização de textos em parágrafos.
• Praticando: planejar, em duplas, a escrita de
uma carta de reclamação. Dificuldades antecipadas
• Retomando: listar bons argumentos para utilizar Alguns alunos podem apresentar dificuldades
em uma carta de reclamação. para planejar a escrita de uma carta de reclamação
por terem compreendido o gênero parcialmente ou
Objetivos de aprendizagem por terem dificuldades em seguir convenções de
• Planejar e produzir cartas pessoais de reclamação, escrita. Também podem ocorrer dificuldades du-
considerando as convenções, a estrutura do rante a elaboração de bons argumentos, seja no
gênero, a situação comunicativa e o tema/ momento de debate ou de planejamento de escrita.
assunto/finalidade do texto.

CONTEXTUALIZANDO após o destinatário e, outras, em que o assunto só


fica explícito ao decorrer do texto. Por esse motivo,
Orientações pode ser que os alunos não listem esse componente
Nesse momento, os alunos retomarão os elemen- como “obrigatório” para a composição do gênero.
tos estruturais para a escrita de uma carta de recla- Para fomentar reflexões sobre a progressão temática
mação. Caso apresentem dificuldades para listar os e a paragrafação, pergunte: Ao escrever uma carta de
componentes, faça perguntas, como: De que modo reclamação para uma autoridade local, por exemplo,
geralmente começa uma carta de reclamação? Como é possível apresentar todas as reclamações sobre a
geralmente termina uma carta de reclamação? O que cidade? Por quê? Espera-se que os alunos percebam
é necessário apresentar como conteúdo? Esse texto que, nesse caso, é necessário estabelecer um recor-
deve apresentar uma linguagem formal ou informal? te, selecionando as reclamações mais importantes.
Por quê? Ouça-os e medeie uma conversa a respeito, Pergunte ainda: Como o texto fica mais organizado,
se necessário. Escreva no quadro da sala de aula apresentando primeiro as soluções para os proble-
os elementos listados pelos alunos. Atenção para o mas ou apresentando primeiro os problemas para
item “assunto”. Durante o trabalho com esta unidade, depois cobrar soluções? Por quê? Espera-se que os
vimos cartas que apresentam o assunto já no início, alunos identifiquem que é fundamental saber sobre

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quais problemas uma carta desse gênero tratará para reclamação, instigando-os a imaginar várias formas de
compreender as reivindicações solicitadas, por isso, abordagem da carta, em seguida, indague-os acerca
é mais comum a reclamação ser apresentada ante- do item b quanto à escrita criativa do argumento do
riormente. Pergunte: Como um texto desse gênero é casal de idosos, orientando-os a escrever seguindo
estruturado? Espera-se que digam que é estruturado as características desse gênero textual.
em parágrafos. Questione: Como podemos separar
os temas de uma carta de reclamação em parágrafo? Expectativas de respostas
O que é melhor trazer no primeiro parágrafo? E no 1. a. Respostas possíveis: destinatário, saudação ao
segundo? E no terceiro? Podemos acrescentar outros destinatário, assunto, reclamação, data, local,
parágrafos? Por quê? Para essa questão, são possí- despedida, assinatura, linguagem formal.
veis diferentes respostas. Para facilitar a produção Espera-se que alguns alunos argumentem que
textual, pode-se optar por um primeiro parágrafo de o barulho provocado pelas crianças atrapalha
apresentação do remetente; um segundo para suas o descanso de idosos e de pessoas que traba-
reclamações; um terceiro para as solicitações e um lham ou estudam em suas casas; as crianças
quarto para despedir-se. devem brincar em suas próprias casas; os
Nesse momento, você deverá dividir a turma em parques devem ser instalados em áreas pró-
duplas e incentivá-los a discutir sobre suas opiniões prias para isso, longe de residências. Por outro
para a criação de seus argumentos. A ideia é que os lado, alunos também podem argumentar que
alunos pensem em argumentos que justifiquem pon- toda criança tem direito de brincar, o barulho é
tos de vista contrários. Espera-se que alguns alunos normal e todos fazem isso, não só as crianças;
defendam a ideia de que brinquedos instalados em as crianças precisam de ar livre, é prejudicial
lugares públicos causam incômodos para os moradores brincar somente em casa; os parques precisam
da região, e que outros defendam a ideia de que esses ser próximos a casas para facilitar o acesso
equipamentos são importantes para o desenvolvimento de todos.
das crianças. Você pode dividir a turma pensando no b. Respostas pessoais. Espera-se que os alunos
critério de duplas produtivas, mesclando alunos com falem sobre a importância de escrever uma
diferentes habilidades e níveis de compreensão dos carta de reclamação a respeito do ocorrido ou
objetos de conhecimento trabalhados na unidade ou falem que os idosos deveriam se acostumar
mesmo realizar um sorteio em que cada aluno retira com o pula-pula em seu condomínio, enten-
o nome de seu colega de um objeto, como uma caixa. dendo que ele é importante para as crianças
Disponibilize um tempo para que as duplas possam do local.
conversar sobre bons argumentos. Faça as seguintes c. Respostas pessoais. Espera-se que os alunos
instigações: argumentem sobre sua opinião com sua dupla,
concordando com os idosos ou discordando
1. O que você poderia argumentar caso concorde deles e explicando seus motivos.
com o ponto de vista dos idosos da carta? d.Respostas pessoais.
2. O que você poderia falar se fosse um responsável
que leva crianças para brincar no pula-pula?
PRATICANDO
Acompanhe os alunos para observar como constroem
e escolhem os argumentos que utilizarão. Saliente Orientações
a importância de pensar como eles desenvolveriam Agora mude as duplas anteriores, mesclando inte-
a sua argumentação. Posteriormente, pergunte para grantes com diferentes habilidades e níveis de com-
as duplas se concordaram ou discordaram entre si, preensão dos objetos de conhecimento em estudo.
e como foi argumentar sobre suas opiniões para seu Nesse momento, os alunos serão mais livres para pensar
colega. Aqui, é fundamental que os alunos percebam sobre o planejamento da produção textual, podendo
as diferentes opiniões em torno de um mesmo assunto escolher o tema, desde que esteja relacionado aos
e que notem a importância da boa argumentação para problemas observados no contexto local. Ressalte a
sustentar seus pontos de vista. Em seguida, questione importância de delimitar um foco, mostrando que não
os alunos acerca de como eles imaginam que seria a é possível, em uma carta, falar de todos os problemas

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encontrados no local onde vive, é fundamental esta- amigos ou parentes. Já a questão estrutural da
belecer um foco. Aqui, os alunos podem trazer dife- carta pode ter respostas variadas, indicando a
rentes reclamações, desde problemas que precisam assinatura como nome completo ou um visto e
ser solucionados por governantes locais, como falta a localização de data, local e ano como o início
de iluminação em vias públicas, estado precário de da carta.
ruas e avenidas etc., ou mesmo problemas ocasiona-
dos por instituições privadas, como descarte irregular
do lixo de um restaurante, uso de área pública como RETOMANDO
estacionamento privado etc. Apesar de organizados
em duplas, cada aluno deverá realizar seu próprio Orientações
planejamento, deixe isso ainda mais evidente ao cir- Medeie a socialização dos argumentos pensados
cular pelas duplas. Também precisa ficar claro que pelos alunos. Você pode pedir para cada aluno expor
esse planejamento será retomado em aula posterior, uma reclamação que tratará em sua carta, seguida do
dedicada a produção da carta. argumento que sustentará seu ponto de vista. Logo,
amplie para os demais: quais outros argumentos o co-
Expectativas de respostas lega pode pensar para convencer o destinatário sobre
1. Respostas pessoais. Espera-se que os alunos a importância de seu problema/solicitação? Caso não
abordem o conteúdo da carta de reclamação, seja possível ouvir todos os alunos, peça para alguns
indicando tópicos como: o pula-pula está em área voluntários compartilharam suas respostas e depois
pública e pode gerar desconforto em pessoas converse com a turma sobre elas.
que trabalham ou vivem nos arredores; uma
carta de reclamação exige formalidade por ser Expectativas de respostas
um documento endereçado ao público e não aos 1. Respostas pessoais.

ANOTAÇÕES

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15. Colocando no papel: escrita de uma carta de reclamação
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15. Colocando no papel: escrita de uma carta PRATICANDO


de reclamação
1. Vamos colocar em prática o que você aprendeu? Converse com sua dupla sobre o
que você planejou, revise seu planejamento, faça os ajustes necessários e comece
1. Vamos relembrar o que aprendemos sobre as cartas de reclamação? Escreva nas
a escrita! Use o espaço a seguir para fazer o rascunho.
linhas abaixo quais são as principais características desse gênero e qual é a fun-
ção de cada uma delas.
Rascunho

Alistair Berg/DigitalVision/Getty Images

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2. Converse com o professor sobre o rascunho do seu texto e, após as devidas corre-
ções, escreva a versão final. RETOMANDO

1. Troque a sua carta de reclamação com o colega e conversem sobre elas. Anote o
que considerar mais importante.

⊲ O que elas têm em comum?

⊲ O que elas têm de diferente?


Jose Luis Pelaez Inc/DigitalVision/Getty Images

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Habilidades do DCRC
Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas
EF35LP07 de concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação,
vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto, quando for o caso.
Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais,
possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes
EF35LP08
anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com
nível suficiente de informatividade.
Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo
EF35LP09
com as características do gênero textual.
Planejar e produzir, com autonomia, cartas pessoais de reclamação, dentre outros gêneros do campo da vida
EF04LP11 cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e com a estrutura própria desses textos (problema,
opinião, argumentos), considerando a situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.

Práticas de Linguagem Materiais


• Produção de textos (escrita autônoma e • Cartolina (previamente preparada pelo professor).
compartilhada). • Folhas de papel A4 (uma para cada aluno).
• Fita (para anexo de cartolina na sala de aula).
Sobre o capítulo
• Contextualizando: retomar características de Contexto prévio
uma carta de reclamação. • Os alunos já devem ter tido contato com textos
• Praticando: escrever um rascunho de uma carta do gênero carta de reclamação, para relembrar
de reclamação, revisá-la e reescrever uma versão suas características e finalidade. Também é
final dela. necessário que estejam apropriados da escrita
• Retomando: ler a carta de reclamação produzida convencional, além de terem preenchido o
por um colega e apontar semelhanças e diferenças Quadro de Planejamento de Carta de Reclamação
entre cartas. (capítulo 14).
Objetivos de aprendizagem Dificuldades antecipadas
• Planejar e produzir cartas de reclamação, • Alguns alunos podem apresentar dificuldades
considerando as convenções, a estrutura do
para escrever uma carta de reclamação por terem
gênero, a situação comunicativa e o tema/assunto/
compreendido o gênero parcialmente ou por
finalidade do texto.
dificuldades em seguir convenções de escrita.

CONTEXTUALIZANDO
Antes de apresentar a rubrica de avaliação, converse
Orientações com os alunos sobre a pergunta que abre o capítulo. Aqui,
Previamente, em uma cartolina, você deverá é importante que eles mesmos saibam listar elementos
reproduzir a rubrica de avaliação para esta atividade, para uma boa carta de reclamação. Caso os alunos
apresentada a seguir, de maneira simplificada aos alunos, sintam dificuldades para listar esses elementos, você
que corresponde à rubrica utilizada para a avaliação pode dizer que formará frases e eles precisarão dizer
diagnóstica, realizada no primeiro capítulo desta unidade. se as afirmativas são verdadeiras ou falsas, além de
Assim, ao comparar as duas produções, você será capaz justificá-las. Um exemplo: uma boa carta de reclamação
de avaliar os avanços e os pontos que merecem atenção
não apresenta destinatário no início. Nesse caso, os
e reforço. Ela deverá ser exposta somente após o debate
alunos precisam reconhecer a afirmativa como falsa
inicial, quando os próprios alunos apontarão critérios
e apontarem que o destinatário é fundamental para o
para a avaliação de uma carta de reclamação.

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gênero textual. Após a partilha, você deverá anexar na pessoas. Peça aos alunos que retomem o planejamento
sala de aula o quadro adaptado em cartolina que utilizará que realizaram no capítulo anterior e compartilhem suas
para avaliar as produções dos alunos. Apresente-o, ideias com o novo colega de dupla. Diga aos alunos
pedindo que leiam em voz alta cada critério que compõe que, primeiro, eles deverão pensar se o que planejaram
o quadro. Resolva as dúvidas que surgirem. está adequado ou se é necessário fazer modificações,
considerando os critérios de avaliação que discutiram
RUBRICA DE AVALIAÇÃO na introdução da aula e fazer o rascunho na atividade
1 do Livro do Aluno.
Critérios 👍 👍👎 👎
Após o momento destinado para a revisão do
O destinatário foi planejamento, oriente os alunos a passarem o texto
escolhido de maneira a limpo. Circule pelas duplas no momento de produção
adequada para o tema para acompanhar a realização da atividade, sanar as
da carta?
dúvidas que surgirem e garantir que todos estejam
O texto contém partes realizando a atividade. Deve ficar claro aos alunos
importantes para ini- que a organização em duplas é para que eles possam
ciar uma carta: sauda- trocar ideias, mas que cada um escreverá seu texto
ção e destinatário? individualmente. Durante esse momento, faça perguntas
O nível de formalida- reflexivas, como: Esses assuntos devem ser tratados em
de está adequado ao um mesmo parágrafo? Por quê? Onde você vai inserir
destinatário? a data e o local, em cima ou embaixo da folha? O seu
As reclamações estão colega optou por fazer de qual forma? Por quê? Lembra
claras? da regra de uso da vírgula que aprendemos? Ela será
Os argumentos são útil para o seu texto? Por quê?
bem elaborados e
fortes ou são fracos? Expectativas de respostas
1. Respostas pessoais.
Expectativas de respostas
1. Destinatário para identificar a quem a carta é Orientações
endereçada; saudação ao destinatário para co- Após a escrita do texto da atividade 1, promova uma
meçar a carta; assunto para que ele saiba de que leitura compartilhada dos textos e posteriormente os
se trata a comunicação; data e local para indicar corrija individualmente. Nessa correção, deverão ser
onde se passa o assunto a ser tratado; reclama- observados critérios abordados ao longo do ano letivo,
ção para indicar o que está acontecendo e quais como conhecimento de concordância, uso correto dos
problemas estão sendo causados; despedida para tempos verbais e pontuação. Durante a correção, divida
indicar a finalização da carta e assinatura para a turma em grupos, deixando duas duplas em cada grupo
se identificar. de modo que durante a correção eles observem quais
erros devem ser corrigidos e aprendam observando
suas falhas e as dos colegas.
PRATICANDO Em seguida, peça pra que eles compartilhem com
a turma seu texto já corrigido e realize a reescrita
Orientações no espaço indicado, assim o aluno poderá refletir
Organize os alunos em duplas produtivas, mesclando sua escrita no momento em que realiza essa leitura
integrantes com diferentes habilidades e níveis de e reescrita.
compreensão dos objetos de conhecimento em estudo.
Trabalhe com duplas diferentes do capítulo anterior para Expectativas de respostas
que os alunos possam socializar suas ideias com outras 2. Respostas pessoais.

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Acompanhe esse momento de conversa entre os alunos
RETOMANDO circulando entre as turmas e realizando caso necessário
intervenções.
Orientações
Solicite aos alunos que após a leitura da atividade 2
Expectativas de respostas
da seção Praticando as duplas troquem suas produções
textuais, observando os pontos importantes e que 1. a. A presença de destinatário, saudação ao des-
posteriormente anotem esses pontos. Aqui, é necessário, tinatário, assunto, data, local e reclamação
portanto, que ao refletirem sobre as semelhanças, eles com bons argumentos, despedida, assinatura.
apontem os elementos que compõem o genêro textual. b. Respostas pessoais.

ANOTAÇÕES

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16. Revisando, editando e publicando uma carta de reclamação
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16. Revisando, editando e publicando uma carta PRATICANDO


de reclamação
1. É hora de revisar e editar a carta de reclamação produzida por você! Nesse mo-
1. Você se lembra de quais critérios podemos utilizar para avaliar se uma carta de mento, você poderá conversar com um colega sobre isso e anotar alguma mudan-
reclamação está ou não adequada? Escreva-os nas linhas a seguir. ça que seja necessária. Utilize o espaço a seguir como rascunho.

Alistair Berg/DigitalVision/Getty Images

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2. Finalize a revisão e a edição de seu texto.


RETOMANDO

1. Para finalizar o trabalho desta unidade, você e seus colegas farão um cartaz reu-
nindo tudo que aprenderam sobre cartas de reclamação. Utilize o espaço a seguir
para fazer o rascunho.

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Habilidades do DCRC
Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e
EF15LP06
aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.
Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando
EF15LP07
for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.

Práticas de Linguagem Materiais


• Produção de textos (escrita autônoma e • Cartaz com o quadro avaliativo (produzido para
compartilhada). o capítulo anterior).
• Textos produzidos pelos alunos no capítulo 14.
Sobre o capítulo • Folhas de papel A4.
• Contextualizando: retomar os critérios de • Uma folha de papel pardo.
avaliação para considerar uma carta de • Giz de cera.
reclamação adequada.
• Praticando: revisar a carta de reclamação escrita Contexto prévio
em aula anterior. Os alunos já devem ter tido contato com textos
• Retomando: retomar o que aprenderam sobre de reclamação. Também é necessário que estejam
carta de reclamação durante toda a unidade. apropriados da escrita convencional, além de terem
preenchido o Quadro de Planejamento de Carta
Objetivos de aprendizagem de Reclamação (capítulo 14) e produzido a carta
• Reler texto produzido com a ajuda do professor de reclamação (capítulo 15).
para corrigi-lo e aprimorá-lo.
• Revisar o texto produzido com a ajuda do professor Dificuldades antecipadas
e a colaboração dos colegas, fazendo cortes, Alguns alunos podem apresentar dificuldades
acréscimos, reformulações, correções de ortografia para revisar e reescrever uma carta de reclamação
e pontuação. por terem compreendido o gênero parcialmente ou
• Editar a versão final do texto, em colaboração por dificuldades em seguir convenções de escrita.
com os colegas e com a ajuda do professor
• Ilustrar a edição, em suporte adequado, manual
ou digital.

CONTEXTUALIZANDO os critérios trabalhados no Capítulo 14. Indague-os


sobre o conhecimento acerca da estrutura das cartas
Orientações de reclamação e o que eles aprenderam. Logo após
essa conversa, retome o cartaz com o quadro avaliativo,
Inicie com a mediação de uma roda de conversa para
que apresenta as rubricas que deverão ser utilizadas
que os alunos partilhem suas respostas, retomando por você de maneira adaptada aos alunos.

RUBRICA DE AVALIAÇÃO
Critérios 👍 👍👎 👎
O destinatário foi escolhido de maneira adequada para o tema da carta?
O texto contém partes importantes para iniciar uma carta: saudação e destinatário?
O nível de formalidade está adequado ao destinatário?
As reclamações estão claras?
Os argumentos são fortes ou fracos?
Há a utilização adequada de vírgulas para separar diferentes reclamações?
O texto contém partes importantes para finalizar uma carta: despedida e assinatura?
O texto contém partes importantes para uma carta: data e local?
O texto está organizado em parágrafos, respeitando a ordem das informações?
O assunto da carta está adequado? Lembre-se de que isso pode aparecer em espaço próprio, após o destinatário, ou no decorrer do texto.

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Solicite a leitura dos itens do quadro em voz alta por conhecimentos, acertos etc., melhor reflexão da turma
toda a turma e depois esclareça as dúvidas que surgirem. acerca do gênero. Após a roda de conversa, oriente os
É importante que esses critérios sejam considerados alunos a se certificar de que não há mais inadequações
no momento da revisão e edição de texto. quanto à escrita e à estrutura do texto, e realizem
a reescrita do seu texto, possibilitando, assim, uma
Expectativas de respostas melhor aprendizagem.
1. A presença de destinatário, saudação ao desti-
natário, assunto, data, local e reclamação com Expectativas de respostas
bons argumentos, despedida e assinatura. 1. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos releiam
os textos, buscando por
2. Respostas pessoais.
PRATICANDO

Orientações
RETOMANDO
Organize os alunos em duplas produtivas, mesclando
integrantes com diferentes habilidades e níveis de Orientações
compreensão dos objetos de conhecimento em estudo. Para fechar o trabalho desta unidade, os alunos,
Opte por organizar as duplas de modo diferente dos coletivamente, produzirão um cartaz com tudo que
Capítulos 14 e 15 para que os alunos possam fazer
aprenderam sobre cartas de reclamação. Ao meio de
suas partilhas com colegas diferentes. Diga que cada
uma folha de papel pardo você deverá escrever: O que
um deverá revisar seu próprio texto, considerando os
sabemos sobre cartas de reclamação? Distribua giz
critérios avaliativos que conheceram e estão disponíveis
de cera para a turma incrementar o cartaz com seus
em cartaz fixado na sala de aula. Aponte que, caso os
conhecimentos. Se necessário, medeie um sorteio para
alunos tenham dificuldades de perceber suas próprias
que, pouco a pouco, os alunos realizem seus registros.
inadequações, os componentes de uma mesma dupla
poderão trocar seus textos para ler e conversar sobre as Ao final, sistematize oralmente as compreensões escritas
melhorias necessárias. Evidencie que o foco são os itens por eles no cartaz, corrigindo o que for necessário e
trazidos no quadro, mas que eles poderão conversar reforçando o que estiver de acordo com os objetos de
com os colegas sobre outras inadequações observadas, conhecimento vistos nesta unidade. Solicite a leitura
como, por exemplo, inadequação de pontuação e de em voz alta do cartaz coletivamente.
acentuação, inadequação de concordância nominal Posteriormente, você deverá corrigir cada produção
e verbal etc. Distribua as produções recolhidas no textual. Considere o quadro da página anterior — utilizado
Capítulo 14 e acompanhe de perto as revisões e edições na produção diagnóstica inicial desta unidade — e
realizadas pelos alunos e ajude-os a encontrar as compare os avanços e as dificuldades que os alunos
possíveis inadequações, caso essa tarefa seja difícil para tiveram durante o módulo.
eles. Disponibilize folhas A4 extras para quem necessitar.
Promova uma roda de leitura dos textos, os alunos Expectativas de respostas
deverão compartilhar nesse momento, dúvidas, 1. Respostas pessoais.

ANOTAÇÕES

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UNIDADE 2

CONCORDÂNCIA VERBAL
COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

4.

HABILIDADE DO DCRC

Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre substantivo ou pronome pessoal e verbo
EF04LP06
(concordância verbal).

OBJETOS DE CONHECIMENTO

• Morfologia.

INFORMAÇÕES SOBRE O GÊNERO TEXTUAL

A crônica é um gênero textual curto escrito em prosa, geralmente produzido para meios de comunicação, por exemplo,
jornais, revistas, etc. Além de ser um texto curto, as crônicas tratam de acontecimentos corriqueiros do cotidiano.
Portanto, elas estão extremamente conectadas ao contexto em que são produzidas; por isso, com o passar do tempo
ela torna-se anacrônica. As características das crônicas são apresentadas com o uso de uma linguagem simples e
coloquial; presença de poucos personagens, se houver; espaço reduzido; temas relacionados a acontecimentos
cotidianos. Podemos destacar a crônica descritiva e a crônica dissertativa. Além delas, relacionamos: crônica jorna-
lística, crônica histórica marcada por relatar fatos ou acontecimentos históricos, com personagens, tempo e espaço
definidos. Aproxima-se da crônica narrativa. Crônica humorística: esse tipo de crônica apela para o humor como meio
de entreter o público, ao mesmo tempo que utiliza da ironia e do humor como ferramenta essencial para criticar
alguns aspectos seja da sociedade, política, cultura, economia, etc.

PRÁTICA DE LINGUAGEM

Análise Linguística/Semiótica/Ortografização.

PARA SABER MAIS

• C ADERNOS DOCENTES. Disponível em: https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/nossas-publicacoes/


colecao-da-olimpiada/artigo/1991/cadernos-docente. Acesso em: 17 dez. 2021.
• VERISSIMO, Luiz Fernando. A bola. In: VERISSIMO, Luiz Fernando. Comédias para ler na escola. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2001.

71 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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1. Estudo da língua escrita: descobrindo as relações entre as palavras

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UNIDADE 2
crônica
crô·ni·ca
sf

CONCORDÂNCIA VERBAL
1 Narração histórica pela ordem do tempo em que se deram os fatos.
2 JORN Seção em jornal ou outro periódico assinada, na qual o autor expõe suas ideias e tendências sobre
arte, literatura, assuntos científicos, esporte, notas sociais, humor etc. [...]
Crônica. In: Michaelis: Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 2021.
Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=cr%C3%B4nica. Acesso em: 8 jun. 2021.

1. Estudo da língua escrita: descobrindo as PRATICANDO


relações entre as palavras
1. Leia a crônica a seguir e complete as lacunas utilizando verbos.
1. Sabe aquela peça do quebra-cabeça que sempre precisamos encaixar para
ver se o jogo está sendo finalizado? A elaboração de um texto também é assim. A bola
Precisamos organizar os elementos do texto para que ele se torne compreensível.
[...]
— Como é que liga? — .
pinstock/E+/Getty images

— Como, como é que liga? Não se liga.


O garoto dentro do papel de embrulho.
— Não tem manual de instrução?
O pai a desanimar e a

RichVintage/E+/Getty images
pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente
outros.
— Não precisa manual de instrução.
— O que é que ela faz?
— Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
— O quê?
— Controla, chuta…
O que pode facilitar a — Ah, então é uma bola.
leitura e a compreensão — Claro que é uma bola.
de um texto?
— Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
⊲ Você saberia descrever quais elementos estruturais ou características facili- — Você que fosse o quê? [...]
tam a leitura e a compreensão do texto pelo leitor? Faça essa descrição nas VERISSIMO, Luiz Fernando. A bola. In: VERISSIMO, Luiz Fernando. Comédias para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
linhas a seguir.
2. Alguns colegas farão a leitura de suas versões da crônica.

Vamos analisar como ficou a crônica A bola com as lacunas preenchidas por diferentes
colegas?
Ouça-os com atenção e analise suas produções considerando as perguntas a seguir.

⊲ Todas as palavras da crônica estão em harmonia com a história dela?


2. O professor vai ler a crônica a seguir em voz alta. Acompanhe sua leitura e iden- ⊲ Como você chegou a essa conclusão?
tifique os erros na versão oral. Antes, vamos conhecer as características desse ⊲ Os verbos escolhidos pelos colegas para completar a crônica fazem sentido nesse
gênero textual. contexto?

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⊲ Os verbos estão no singular ou no plural? Por quê? O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.
⊲ Os verbos estão no passado, no presente ou no futuro? Por quê? — Não precisa manual de instrução.
— O que é que ela faz?
Agora que você já discutiu essas questões com o professor e com seus colegas, vamos — Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
explorar mais esse texto? — O quê?
— Controla, chuta…
3. Por que você acha que esse texto é classificado como crônica? — Ah, então é uma bola.
— Claro que é uma bola.
— Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
— Você pensou que fosse o quê? [...]
VERISSIMO, Luis Fernando. A bola. In: VERISSIMO, Luiz Fernando.
Comédias para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

2. Escolha dois verbos retirados da crônica "A bola", de Luís Fernando Verissimo, e
crie duas frases. Em uma delas, o verbo deverá aparecer em uma forma singular,
4. Você sabia que existem diversos tipos de crônica? A seguir, escolha a alternativa na outra, o verbo deverá aparecer em uma forma no plural.
que melhor representa o trecho lido. Exemplo:
Verbo no singular: O garoto procurou o presente.
a. lírica ou poética c. humorística ou de ironia Verbo no plural: Os garotos procuraram os presentes.
b. jornalística d. histórica

5. Onde podemos encontrar outras crônicas? Você conhece outro texto pertencente
a esse gênero? Se conhece, compartilhe-o com seus colegas e com o professor.

6. Pergunte aos seus familiares quais materiais eram utilizados no tempo de seus
3. Você acabou de ler o trecho completo na versão original. Responda às questões a
avós ou bisavós para fabricar as bolas de futebol. Talvez você fique surpreso(a)
seguir de acordo com o texto.
com os resultados. Escreva um pequeno texto relatando as informações colhidas.
a. Qual é o principal objeto da história?

b. Agora que já descobriu a palavra, como ela é classificada e por quê?

RETOMANDO 4. Leia a frase a seguir e analise as palavras destacadas.


Marcos e Alessandra adotaram um gatinho e o chamaram de Caju.
1. Agora, leia a crônica como foi escrita por seu autor, respeitando a concordância Substantivos: Marcos, Alessandra, gatinho, Caju.
verbal. Posteriormente, circule os verbos que aparecem nela. Verbos: adotaram, chamaram.
A bola Na sua opinião, qual é a diferença entre substantivos e verbos?
[...]
— Como é que liga? — perguntou.
— Como, como é que liga? Não se liga.
O garoto procurou dentro do papel de embrulho.
— Não tem manual de instrução?

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Habilidade do DCRC
Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre substantivo ou pronome pessoal e
EF04LP06
verbo (concordância verbal).

Práticas de Linguagem Contexto prévio


Análise Linguística/Semiótica/Ortografização. É importante que os alunos já reconheçam que
em Língua Portuguesa existe a flexão de número
Sobre o capítulo (singular/plural).
• Contextualizando: retomar brevemente a
concordância nominal. Dificuldades antecipadas
• Praticando: inserir verbos em crônica, descobrindo Os alunos podem apresentar dificuldade em re-
a concordância verbal na relação pronome/verbo. conhecer a necessidade de fazer a concordância
• Retomando: reconhecer os verbos presentes em verbal, em especial, entre termos que na oralidade
uma crônica. são frequentemente pronunciados de maneira dis-
tinta da norma padrão (como a marcação de plural
Objetivos de aprendizagem ao final de verbos). Ao perceber dificuldades como
• Identificar em textos a concordância entre substantivo essas, amplie os exemplos trabalhados neste capítulo,
ou pronome pessoal e verbo (concordância verbal). apresentando aos alunos repertório diversificado.
• Usar na produção textual concordância entre
substantivo ou pronome pessoal e verbo
(concordância verbal).

CONTEXTUALIZANDO A versão que deverá ser lida por você se encontra a


seguir. Enfatize os termos em destaque nesse momento.
Orientações crônica
Proporcione espaço acolhedor para os alunos lança- crô·ni·ca
rem suas hipóteses, ainda que não sejam as adequadas. sf
Aponte que precisamos organizar os elementos 1 Narrações histórica pela ordem do tempo em
do texto para que ele se torne compreensível. Dessa que se deram as fatos.
forma, complemente com uma pergunta: Precisamos 2 JORN Seção em jornal ou outro periódicos assi-
organizar os elementos do texto para que ele se torne nada, na qual o autor expõe suas ideias e tendências
compreensível. Você saberia descrever quais elementos sobre arte, literatura, assuntos científicos, esporte, notas
estruturais ou/e características facilitam a leitura e a sociais, humor etc. [...]
compreensão do texto pelo leitor? CRÔNICA. In: Michaelis. Dicionário Brasileiro da
Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 2021.
Expectativas de respostas Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&-
1. Espera-se que os alunos citem elementos como f=0&t=0&palavra=cr%C3%B4nica. Acesso em: 8 jun. 2021.
pontuação, uso adequado de letras maiúsculas Ao término de sua leitura, pergunte aos alunos: O
e minúsculas, escolha atenta de palavras, entre que houve de inadequado em minha leitura? Ela facilitou
outras convenções que fazem parte da modali- ou dificultou a interpretação do texto? Espera-se que
dade escrita da língua. Também é natural que percebam facilmente as inadequações de concordância
mencionem aspectos de concordância nominal, nominal e saibam argumentar sobre a necessidade de
trabalhados em unidade anterior. adequar a flexão de gênero e de número. Caso note que
os alunos apresentaram dificuldades no reconhecimento
Orientações das inadequações, escreva os termos em destaque no
Você deverá ler um verbete de dicionário com al- quadro e retome os questionamentos. Ouça-os e medeie
gumas inadequações. Durante sua leitura, os alunos o debate, se necessário.
terão acesso ao texto original. O objetivo é que eles Evite fornecer respostas no momento introdutório
percebam que sua leitura contém inadequações que do capítulo, pois durante a aula os alunos confirmarão
prejudicam a compreensão do texto. ou não suas hipóteses iniciais. As perguntas feitas por

73 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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você proporcionarão o levantamento de conhecimentos sigam as convenções gramaticais, essas respostas
prévios acerca de aspectos importantes para a moda- devem ser consideradas adequadas.
lidade escrita da língua. Outras questões do campo
da convenção da escrita, como pontuação e uso ade- Orientações
quado de letras maiúsculas e minúsculas, podem ser Solicite voluntários para lerem suas versões da
retomadas durante o trabalho com este capítulo, mas crônica. Após a leitura do primeiro aluno, peça aos
mobilizadas com profundidade em aulas específicas. alunos que analisem o texto considerando as questões
É fundamental que os alunos tenham percebido que abordadas no caderno do aluno e que justifiquem a
o texto original foi mais fácil de compreender, enquanto adequação ou a inadequação dos verbos escolhidos. É
o texto lido por você teve seus sentidos comprometi- importante que reconheçam quando as inadequações
dos por haver inadequações de concordância nomi- ocorrem no campo da concordância verbal e quando
nal. É importante registrar os resultados em material elas ocorrem no campo da semântica. Posteriormente,
próprio para perceber melhor o avanço dos alunos peça a um aluno que registrou respostas distintas que
durante o trabalho com os próximos capítulos, bem leia sua versão do texto e repita o procedimento rea-
como oferecer-lhes suporte adequado, orientando-os lizado anteriormente.
a alcançar os objetivos de aprendizagem. Finalize o Depois das análises de algumas versões, diga aos
momento introdutório com a leitura coletiva do texto alunos que vai ler a crônica originalmente escrita por
original e pergunte aos alunos: Quais crônicas vocês Luis Fernando Verissimo e pergunte a eles: Vocês já
conhecem? Vocês costumam ler textos nesse gênero conheciam essa crônica? E esse autor? O que acharam
textual? Ouça-os e medeie o debate, se necessário. do texto?
Evidencie que nesta aula eles lerão o fragmento de Ouça-os e medeie o debate, se necessário.
uma crônica e refletirão sobre sua escrita. Espera-se que, primeiramente, os alunos reconheçam
que os verbos estão no singular e saibam flexioná-los
Expectativas de respostas nas suas formas plurais “procuraram”, “começaram”
2. Narrações histórica / Narração histórica; as fa- e “pensaram”. Logo, questione: Ao fazer essa mudan-
tos / os fatos; outro periódicos assinadas / outro ça, somente o verbo sofre modificação ou precisamos
periódico assinado. ajustar outros elementos próximos?
Espera-se que reconheçam a relação pronome-
-sujeito/verbo e indiquem a necessidade de mudar os
PRATICANDO pronomes-sujeitos.

Orientações Expectativas de respostas


Antes de iniciar a leitura da crônica, peça aos alunos 2. Resposta pessoal.
que, com base no título, compartilhem hipóteses sobre
a temática do texto; isso é importante para que eles Orientações
adquiram estratégias de leitura. Logo, solicite-lhes a Espera-se que os alunos se lembrem do momento
leitura individual, disponibilizando tempo adequado. inicial da aula em que leram o verbete e discutiram com
Antes da análise linguística, propicie um momento os colegas e com o professor sobre o que faz com que
para que os alunos possam conversar sobre a temática uma crônica seja classificada dessa maneira.
da crônica, ainda que tenham tido certa dificuldade de
interpretação por causa das lacunas presentes. Expectativas de respostas
Peça-lhes que realizem a atividade, pensando em Porque narra situações do cotidiano, tem linguagem
verbos para completar o texto de maneira coerente, ou simples, poucos personagens e é publicada em jor-
seja, eles devem completar as lacunas considerando nais físicos ou digitais, entre outras características.
tanto a forma do verbo, quanto o contexto apresentado
na crônica. Orientações
A identificação da alternativa por parte dos alunos
Expectativas de respostas deve acontecer de modo quase natural, pois o efeito
1. perguntou; procurou; começou; pensou. de humor causado pela ironia encontrada no texto fa-
Atenção: caso os alunos sugiram outros verbos cilitará a interpretação e as suposições acerca do tipo
que não prejudiquem a compreensão da crônica e de crônica em questão. O professor poderá usar essa

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questão para apresentar aos alunos outros tipos de que os alunos já tenham alguma noção sobre o sujeito
crônicas ou as características que as diferem. da oração.
Faça a correção com a turma. Nesse momento, você
Expectativas de respostas também guiará reflexões sobre a flexão de número
4. Alternativa C. (singular/plural). Para isso, solicite a um voluntário que
diga o primeiro verbo que encontrou. Caso tenha sido
Orientações “perguntou”, valide a resposta com a turma por meio de
Espera-se que os alunos respondam que as crônicas questões, como: Todos encontraram esse verbo? Como
podem ser encontradas em jornais ou outros periódicos, podemos ter certeza de que “perguntou” é um verbo?.
físicos ou digitais, sites e livros, entre outras possíveis fontes. Espera-se que argumentem que “perguntou” expressa
uma ação. Para ampliação de repertório, pergunte a
Expectativas de respostas eles: Alguém poderia formar uma frase com esse verbo
5. Resposta pessoal. no plural? E no singular?
Orientações Expectativas de respostas
Peça aos alunos que realizem uma pesquisa com os 1. Espera-se que os alunos circulem os verbos é, liga,
seus familiares e anotem no Livro do aluno as respostas perguntou, procurou, tem, começou, desanimar, pen-
colhidas em forma de um texto curto. Assim como outros sar, são, precisa, faz, controla, chuta, pensou, fosse.
brinquedos, as bolas de futebol nem sempre foram
produzidas do mesmo modo que hoje. Explore esse Orientações
assunto e mencione que antigamente muitos brinque- Nesse momento circule entre os alunos para verificar
dos eram produzidos pelas próprias crianças. Não se suas respostas e auxiliá-los, se necessário. No momento
esqueça de solicitar aos alunos que tentem respeitar a introdutório da aula você pode oralmente levantar os
concordância nominal e verbal, continuidade (começo, conhecimentos prévios deles; agora, terá a oportunidade
desenvolvimento e fim), utilização adequada de letras de fazer o mesmo considerando a produção escrita.
maiúsculas e minúsculas e pontuação correta, entre Não desconsidere os conhecimentos prévios dos
outros tópicos que podem ser destacados. Solicite aos alunos nem respostas diferentes, desde que estejam
alunos que apresentem as pesquisas na aula seguinte. dentro da proposta da atividade.
Expectativas de respostas Expectativas de respostas
6. Respostas pessoais. 2. Respostas pessoais.
3. a. Bola.
b. A palavra bola é classificada como substantivo,
RETOMANDO pois os substantivos nomeiam seres, lugares ou
objetos.
Orientações
Guie a leitura da crônica no grande grupo e pergunte
Orientações
aos alunos: Essa leitura foi mais fácil ou mais difícil
Nas questões anteriores foram trabalhadas as defi-
do que a primeira? Por que isso ocorreu? Espera-se
nições de substantivo; é provável, então, que os alunos
que eles percebam que a leitura com a inserção de
todos os verbos e respeitando a concordância verbal tenham mais facilidade em definir o que faz com que
facilitou a compreensão do texto. Depois, solicite aos uma palavra pertença a essa classe. Os verbos vão
alunos que circulem os verbos presentes na crônica. além disso, mas é desejável que os alunos percebam
Nesse momento, acompanhe de perto a realização da isso ao menos para suas próprias hipóteses iniciais,
atividade para mapear se a turma possui familiaridade que servirão para a continuidade da discussão sobre
com essa classe gramatical. Se julgar necessário, fa- o conteúdo no capítulo seguinte.
ça-lhes perguntas disparadoras, como: Qual é o papel
Expectativas de respostas
dos verbos nas frases? Quais dicas vocês dariam para
facilitar a identificação de verbos em um texto? É preciso 4. Espera-se que os alunos sintam mais dificuldade
evidenciar que o verbo pode expressar estado, ação em definir o que é um verbo, mas notem, com
ou fenômeno da natureza. Também é recomendável base nos exemplos, que os verbos indicam ações.

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2. Estudo da língua escrita: explorando as relações entre palavras

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2. Estudo da língua escrita: explorando as


relações entre as palavras PRATICANDO

No capítulo anterior, você conheceu a crônica A bola, de Luís Fernando Verissimo, e 1. Agora você vai ler outro fragmento da crônica “A bola”, de Luís Fernando Veríssimo.
circulou os verbos presentes nela, lembra? Alguns verbos do trecho estão destacadas. Não esqueça de prestar bastante
Foram eles: atenção neles, pois serão importantes para a resolução das questões a seguir.
Se necessário, releia o texto.

é – liga – perguntou – procurou – tem – começou – desanimar – pensar – A bola


são – precisa – faz – controla – chuta – pensou – fosse
O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola
do pai. Uma número 5 sem tento oficial de couro. Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era
uma bola.
O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Ou o que os garotos dizem hoje em dia
1. Veja o que ocorre com o verbo pensar quando ele está próximo a pronomes e
quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de
reflita. alguma coisa.
Presente do indicativo VERISSIMO. Luis Fernando. A bola. In: VERISSIMO, Luiz Fernando.
Comédias para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
Eu penso
Os verbos destacados acima estão de acordo com a flexão de número, ou seja, estão
Tu pensas
no singular ou plural?
Você pensa
a. ( ) Sim, os verbos estão no singular, como na frase: O garoto procurou. Esse
Ele pensa
exemplo mostra que o verbo procurou está no singular.
A gente pensa b. ( ) Os verbos estão escritos de modo errado, pois o verbo agradeceu refere ao
pai e ao filho. O correto seria agradeceram.
Nós pensamos

Vós pensais Atenção!


Leia dois trechos retirados do texto, em que as orações estão escritas corretamente.
Eles pensam

Singular Plural
Verbo é uma classe gramatical que Pronome é uma classe gramatical ...os garotos dizem hoje em dia
O garoto agradeceu, desembrulhou
expressa ação, estado ou fenômeno que substitui ou retoma um substan- quando gostam do presente ou não
a bola e disse “Legal!”.
na natureza. Pode variar em modo, tivo. Pode variar em gênero, número querem magoar o velho.
tempo, número, pessoa e voz. e grau.
Exemplos: Exemplo:
a) O pai deu uma bola de presente a) O menino procurou um manual de A fim de que possa entender melhor, se o substantivo representa apenas um ser, um
ao filho. instruções. objeto ou um grupo de seres ou objetos, chamamos de singular.
b) Ela ficou feliz com a vitória do seu b) Nós gostamos de futebol. Quando o substantivo representa mais de um ser, um objeto ou um grupo de seres ou
time. c) Elas são ótimas atacantes. objetos, chamamos de plural.
c) Choveu no campinho de futebol
durante o jogo.

⊲ O que acontece ao fazer a conjugação de um verbo?

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2. Coloque S para as frases que estão com os verbos no singular e P para as frases
que estão com os verbos no plural. RETOMANDO
( ) O garoto deixou de lado a TV e foi jogar bola.
( ) O pai e a mãe comemoraram a felicidade do filho. O presente inusitado!
( ) O garoto fez um gol contra. Você já deve ter ganhado um pre-

AleksandarNakic/E+/Getty images
( ) Os meninos jogavam no campinho. sente que esperava com alegria. Esse dia
( ) A menina entrou para o time de vôlei da escola. deve ter sido muito especial. É sempre
( ) Claudina gosta muito de jogar com os seus colegas. bom receber presentes. Normalmente as
pessoas esperam datas especiais, como
datas comemorativas ou aniversários, e
Vamos relembrar o que é substantivo! sempre nos surpreendemos com o carinho
de quem tanto nos ama. Mas há presentes
Substantivo é uma classe gramatical que nomeia seres reais ou ima- que são especiais, como a casa dos avós,
ginários, coisas, espaços, etc. Pode variar em gênero, número e grau. o chocolate quente em um dia chuvoso,
Exemplo: As pessoas ficavam curiosas e perguntavam como aquele um abraço apertado dos pais quando
homem sabia tantos segredos. você está se sentindo sozinho ou inseguro.
Esses presentes não têm preço!

1. Escreva um texto relatando uma ocasião em que você recebeu um presente ines-
3. Observe a cartela abaixo. O professor vai ditar 16 verbos e você deverá selecionar
perado. Descreva como reagiu e qual sentimento transmitiu para a pessoa que
apenas oito e escrever na sua cartela. Fique atento, pois ele vai explicar as regras
o(a) presenteou. Não esqueça de compartilhar o seu texto com os seus colegas.
do jogo.

BINGO DOS VERBOS

A B C

3 AÇÃO

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Habilidade do DCRC
Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre substantivo ou pronome pessoal e
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verbo (concordância verbal).

Práticas de Linguagem Contexto prévio


Análise Linguística/Semiótica/Ortografização. É importante os alunos reconhecerem que em Língua
Portuguesa ocorre a flexão de número (singular/plural).
Sobre o capítulo
• Contextualizando: retomar relações de Dificuldades antecipadas
concordância verbal (substantivo/verbo). Os alunos podem apresentar dificuldade em reco-
• Praticando: refletir sobre relações de concordância nhecer a necessidade de fazer a concordância verbal,
verbal (pronome/verbo). em especial, entre termos que na oralidade são fre-
• Retomando: refletir sobre o impacto da concordância quentemente pronunciados de maneira distinta da
verbal na composição da coesão textual. norma padrão (como a marcação de plural ao final de
verbos). Ao perceber dificuldades como essas, amplie
Objetivos de aprendizagem os exemplos trabalhados neste capítulo, apresen-
• Identificar em textos a concordância entre substantivo tando aos alunos repertório diversificado. Incentive
ou pronome pessoal e verbo (concordância verbal) o trabalho em duplas produtivas, mesclando alunos
• Usar na produção textual concordância entre de diferentes níveis de compreensão do conteúdo e
substantivo ou pronome pessoal e verbo (concordância habilidades.
verbal).

CONTEXTUALIZANDO a aula eles confirmarão ou não suas hipóteses iniciais.


Caso perceba que já iniciaram reflexões suficientes para
Orientações o trabalho com verbos, amplie suas reflexões, mas com
Os alunos serão levados a fazer reflexões acerca da cuidado para não perder o foco da aula, comentando
conjugação verbal focando a relação pronome/verbo. brevemente que, apesar de a maior parte das gramáticas
Promova a leitura coletiva, com a turma, do enunciado e normativas ainda apresentar, exclusivamente, os prono-
do boxe que apresenta verbos trabalhados no capítulo mes “eu, tu, ele/a, nós, vós, eles/elas” como pronomes
anterior. Ao fim, leve-os a refletir sobre a flexão de número pessoais, na fala, também usamos “você” e “a gente”
com perguntas, como: Alguém poderia exemplificar uma como pronomes dessa categoria. No Livro do aluno há
frase com o verbo “começar” no plural? dois boxes que retomam as classes gramaticais mencio-
Ouça as sugestões dos alunos. Nesse momento, ainda nadas aqui. Use-os como suporte, se necessário, e diga
não é necessário validar as respostas. O objetivo é que aos alunos que poderão ler essas definições, caso tenham
eles retomem seus conhecimentos sobre flexão verbal. dificuldade em relembrar o que são verbos e pronomes.
Faça um procedimento semelhante para demais palavras
do quadro e, se julgar necessário, peça aos alunos que Expectativas de respostas
mencionem verbos fora da lista trazida aqui. Depois, dispo- 1. Espera-se que os alunos apontem as variações
nibilize tempo necessário para que eles possam analisar verbais, considerando os pronomes e a flexão de
o quadro com conjugações do verbo “saber” e criar suas número (singular/plural), ainda que não utilizem
hipóteses. essas nomenclaturas.
Para o momento de partilha, pergunte aos alunos: O
que acontece durante a conjugação de um verbo?
Ouça as respostas deles e medeie o debate, se neces- PRATICANDO
sário. Proporcione um espaço acolhedor para os alunos
lançarem suas hipóteses, ainda que não sejam as adequadas. Orientações
Espera-se que os alunos apontem aspectos da relação Informe aos alunos que o texto que vão ler é um outro
pronome/verbo e flexão de número/verbo. Evite fornecer fragmento do texto A bola. Comece fazendo indagações
respostas no momento introdutório do capítulo, pois durante do tipo: Vocês já receberam um presente inusitado?

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Em seguida, repita a mesma pergunta, mas para um verbal na construção dos sentidos do texto. Pergunte
aluno específico, por exemplo: Luan você já recebeu a eles, por exemplo:
um presente inusitado? Se a frase fosse escrita “O garoto deixarão de lado
Mencione que você fez a mesma pergunta de dois a TV e irás jogar bola” ficaria claro o sentido pretendido
modos, com o verbo “receber” no singular e no plu- pelo autor? Por quê?
ral. Pergunte a eles o motivo de as perguntas terem Espera-se que os alunos mencionem que a inade­
sido feitas no singular ou plural. Alguns alunos podem quação de concordância verbal (número/pessoa/modo/
apontar que a primeira pergunta foi feita para toda a tempo) prejudica a construção do sentido de textos.
turma, e a segunda, para um aluno específico. Agora Comente que a frase está no singular e no tempo pretérito.
os alunos poderão compartilhar o que já sabem sobre Agora que eles entenderam a dinâmica da correção,
o conteúdo proposto. repita o procedimento para as demais alternativas.
Convide-os para a realização da leitura do texto e
determine um tempo para a leitura e análise do trecho, Expectativas de resposta
visando à melhor compreensão pelos alunos. 2.
( S ) O garoto deixou de lado a TV e foi jogar bola.
Expectativas de respostas ( P ) O pai e a mãe comemoraram a felicidade do
1. Alternativa A. filho.
( S ) O garoto fez um gol contra.
Orientações ( P ) Os meninos jogavam no campinho.
Solicite aos alunos que, em duplas, leiam o enunciado ( S ) A menina entrou para o time de vôlei da escola.
e realizem a atividade. Durante esse momento, circule ( S ) Claudina gosta muito de jogar com os seus
entre as duplas para elucidar eventuais dúvidas. Faça colegas.
perguntas aos alunos que os incentivem a refletir sobre
Orientações
suas próprias escolhas, como: Por que vocês escolheram
Abaixo, segue uma lista com 16 sugestões de ver-
essa forma (singular ou plural) para preencher essa
bos, oito no singular e oito no plural. Explique para os
lacuna? Nesse momento, apenas ouça as hipóteses
alunos que eles deverão ficar atentos. Caso escolham
levantadas, já que a discussão aprofundada ocorrerá algum verbo, deverão escrevê-lo na cartela do bingo,
no momento de correção. na posição que desejarem.
Para a correção da atividade, distribua entre as Singular: pensei, cantará, dancei, jogou, procurarei,
duplas duas fichas; uma ficha deverá ter a letra S presenteou, agradecerá, gostei.
escrita, e outra, a letra P. Informe aos alunos que, Plural: pensaremos, cantamos, dançamos, jogarão,
para a correção, eles precisarão participar levantando procuraram, presenteamos, agradeceremos, gostaram.
a ficha com a letra S, caso tenham colocado singular, 1. Eu pensei que fôssemos amigos!
ou P, se colocaram plural. Assim, questione-os sobre 2. Mariana cantará minha música preferida!
como responderam as alternativas. 3. Eu dancei o dia todo enquanto fazia faxina.
Leia em voz alta a frase: “O garoto deixou de lado 4. Professor, o Isaac jogou no time de futebol da
a TV e foi jogar bola.” escola anterior!
Estipule um tempo para que cada dupla reveja se 5. Minha gatinha está desaparecida, procurarei
o verbo destacado na oração está no singular ou no por todo o bairro até encontrá-la!
plural. Solicite aos alunos que levantem as fichas e faça 6. A garota presenteou sua amiga com uma linda
questionamentos acerca das fichas levantadas. Pode pulseira da amizade.
ser que uma ou mais duplas indiquem que a oração 7. José Miguel agradecerá, pessoalmente, pelo
está no plural. Caso aconteça, pergunte a eles por favor que você prestou a ele.
que escolheram essa opção. Deixe-os apresentar seus 8. Amiga, eu gostei muito da sua nova blusa, onde
conhecimentos prévios e logo depois faça os mesmos você comprou?
questionamentos para os alunos que levantaram a ficha 9. Em breve, pensaremos em uma solução para o
indicando o singular. problema de Matemática.
Utilize a frase de maneira inade­quada para que os 10. Nós cantamos no coral da escola.
alunos possam refletir sobre o papel da concordância 11. Na Festa Junina, nós dançamos, brincamos e
comemos muito!

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12. Davi, João e Mateus, jogarão no campeonato da sala e pergunte aos alunos: Qual é o maior/melhor
de futebol da escola. presente que você poderia receber hoje? Quais são os
13. Eles procuraram, por toda a manhã, a gatinha momentos na vida de vocês que consideram como dias
Miau. especiais? Existe uma data específica em que recebeu
14. Nós presenteamos nossa avó, no ano passado, um presente que não esperava e sempre acaba recor-
com uma caixa de bombons de chocolate.
dando-se desse momento?
15. Durante o evento, agradeceremos a todos pelas
Espera-se que os alunos citem a convivência em
doações recebidas para os animais do nosso
abrigo. família, ter saúde; outros poderão mencionar o rela-
16. Eles gostaram muito do último episódio da série. cionamento com amigos, ou vivências dentro da escola
Leia em voz alta, calmamente, as 16 palavras para ou no âmbito familiar.
que os alunos escolham e completem suas cartelas com Convide-os para uma reflexão sobre sabermos apro-
os verbos que preferirem. O professor deverá colocar veitar cada momento especial, agradecendo por aqueles
papéis com os números de 1 a 16 em uma caixinha. que tornam os nossos dias mais felizes, e que um dos
Quando os alunos terminarem de preencher suas car- melhores presentes que podemos receber hoje em dia
telas, o professor deverá sortear os números contidos são os relacionamentos de amizades saudáveis, as
na caixinha. Cada número corresponde a uma frase que partilhas de amor e carinho entre família, aproveitando
contém um dos verbos disponibilizados inicialmente.
as coisas simples da vida.
Os alunos deverão prestar muita atenção na frase lida
pelo professor, para que possam identificar o verbo e Organize os alunos em quatro grupos e solicite a cada
marcá-lo, ou não, em suas cartelas. O professor deverá participante do grupo que conte um dia que tenha sido
ler, no mínimo, 8 das 16 frases, caso prefira continuar, especial para ele(a). Comente que eles deverão realizar
ficará a seu critério. Vencerá, o aluno que marcar o uma retrospectiva de coisas boas que já vivenciaram.
maior número de verbos ou conseguir completar a Circule entre os grupos e escute os relatos dos alunos.
cartela primeiro. Em seguida, peça aos grupos que apresentem o que
A proposta de identificar os verbos nas frases do ouviram, contando um resumo do que compartilharam
bingo visa à intenção de fazer com que os alunos perce- uns com os outros.
bam a relação de concordância dos verbos, pronomes Após a partilha de vivências, comente com os alu-
e substantivos, em gênero, modo, número e tempo.
nos que produzirão, no caderno, um texto em que já
Expectativas de respostas tenham, além de vivenciado um dia especial, recebido
3. Resposta pessoal. um presente inesperado. Eles devem escrever como
foram suas reações e quais sentimentos transmitiram
às pessoas que os presentearam.
RETOMANDO É interessante os alunos realizarem a leitura dos
seus textos após a produção.
Orientações
Leve para a sala de aula uma caixa de papelão Expectativas de respostas
embrulhada em papel de presente, coloque-a no centro 1. Resposta pessoal.

79 LÍ N G UA PO RT U G U E SA

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3. Estudo da língua escrita: aplicando as relações entre as palavras para
escrever melhor
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3. Estudo da língua escrita: aplicando as relações PRATICANDO


entre as palavras para escrever melhor 4. Agora é com você! Leia mais um fragmento da crônica “A bola”, de Luís Fernando
Verissimo, imagine e escreva um final para ela.
1. Reflita sobre as perguntas a seguir e converse com o professor e os colegas.
a. Como é um texto com concordância nominal adequada? A bola
b. Como é um texto com concordância verbal adequada? [...]
c. Por que um texto deve apresentar adequação de concordância nominal e de O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros.
Que os tempos são decididamente outros.
concordância verbal?
— Não precisa manual de instrução.
— O que é que ela faz?
2. O quadro a seguir apresenta frases com inadequações de escrita.
— Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
⊲ Primeiro, identifique os termos que apresentam as inadequações e sublinhe-os.
— O quê?
⊲ Na coluna de reescrita, escreva a frase corrigida. — Controla, chuta…
⊲ Indique, na última coluna, se a inadequação é referente à concordância verbal — Ah, então é uma bola.
ou à concordância nominal. — Claro que é uma bola.
⊲ Siga o exemplo e mãos à obra! — Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
— Você pensou que fosse o quê?
— Nada, não.
Frase inadequada Reescrita Tipo de inadequação Verissimo. Luis Fernando. A bola. In: VERISSIMO, Luiz Fernando.
Comédias para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
Acesso em: 31 maio 2021.
Concordância Concordância
nominal verbal

Nós canta no coral da


Nós cantamos no coral da escola. X
escola.

(A) Na festa junina nós


dançou, brincamos e
comemos muito!

(B) Mariana sempre foi


muito estudiosos.

3. Preencha as colunas de acordo com a legenda a seguir. 5. Releia o texto que você escreveu e reflita se fez um bom uso da concordância
nominal e da concordância verbal. Caso perceba que cometeu alguma inadequa-
(CN) quando apresentar problemas de concordância nominal. ção, faça a correção.
(CV) quando apresentar problemas de concordância verbal.

( ) Minha gatinha está desaparecidos, procurarei por todo os bairro até encontrá-la!
( ) Davi, João e Mateus jogarão no campeonatos de futebol das escola. RETOMANDO
( ) O garoto estudarão a tarde inteira para o teste do dia seguinte.
( ) Eles gostaram muito do último episódios da séries. 1. Nesse momento, você vai trabalhar em dupla. Enquanto você revisa o texto de um
( ) Letícia cantarão na festa de aniversário de sua irmã. colega, terá o seu revisado por ele.
( ) O pai presenteou o filhas com uma bolas.
( ) Felipe ficou surpreso com o presentes que recebeu. 2. Revise o texto do colega, considerando os itens a seguir. Pinte de amarelo o qua-
dro que apresenta sua análise sobre o uso da concordância verbal pelo colega.

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⊲ Agora, reescreva a frase com erro de concordância verbal a seguir:


Texto revisado por:
Realizou a
Realizou a Realizou a Realizou a
concordância verbal
concordância verbal concordância verbal concordância verbal
adequada em
adequada em todo adequada na maior adequada em poucas
algumas partes
o texto. parte do texto. partes do texto. 6. Agora, complete as lacunas seguindo as indicações entre parênteses, de modo
do texto.
que as frases fiquem adequadas de acordo com a concordância verbal.
3. Vamos retomar o que estudamos? Leia as frases a seguir e sublinhe as inadequa-
ções de concordância verbal. a. Eu meu dever de casa. (terminar/passado)

a. O dono da bola pediram às crianças que jogasse com cuidado. b. Meu irmão de comer chocolate depois do almoço. (gostar/
presente).
b. Meu pai vão fazer uma sobremesa deliciosa para o Natal.
c. Ano que vem, eu meu bisavô em outro estado. (visitar/futuro).
c. Meus irmãos gostou muito da brincadeira que inventamos no parque.
d. Hoje mais cedo, eu um amigo que não via há muito tempo.
d. Eu tenho uma amiga que amam ler histórias em quadrinhos. (encontrar/passado).

e. Ontem, no cinema, minha família comeram muita pipoca. e. Eu muito que todas as crianças possam brincar e estudar. (querer/
presente).
4. Agora, reescreva as frases corrigindo as inadequações que você encontrou na ati-
vidade anterior.

a.

b.

c.

d.

e.

5. Assinale apenas a frase que apresenta inadequação de concordância verbal.

( ) Minha prima gosta muito de sair com as amigos.


( ) Meu avô foram ao estádio de futebol ver o time de coração jogar.
( ) Na escola, a professora deu um kit de canetas para todos os aluno.

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Habilidade do DCRC
Identificar em textos e usar na produção textual a concordância entre substantivo ou pronome pessoal e
EF04LP06
verbo (concordância verbal).

Práticas de Linguagem • Usar na produção textual concordância entre


Análise linguística/semiótica (ortografização). substantivo ou pronome pessoal e verbo
(concordância verbal).
Sobre o capítulo • Revisar a escrita de texto de um colega de turma,
• Contextualizando: mapear se as inadequações considerando rubricas focadas na concordância verbal.
presentes em uma crônica são do campo nominal
ou verbal. Contexto prévio
• Praticando: continuar a escrita de uma crônica, Os alunos devem reconhecer que em Língua Portuguesa
exercitando a concordância verbal. ocorre a flexão de número (singular/plural). Também é
• Retomando: avaliar produção do colega quanto importante que reconheçam as diferentes flexões verbais,
ao uso da concordância verbal e realizar em especial, modo, tempo, número e pessoa.
atividades para fixar o conteúdo estudado
ao longo da Unidade. Dificuldades antecipadas
Os alunos podem apresentar dificuldade em reco-
Objetivos de aprendizagem nhecer a necessidade de fazer a concordância verbal,
• Identificar em textos a concordância entre substantivo especialmente entre termos que, na oralidade, são fre-
ou pronome pessoal e verbo (concordância verbal). quentemente pronunciados de maneira distinta da norma
padrão (como a marcação de plural ao final de verbos).

CONTEXTUALIZANDO c. O impacto da concordância na coesão textual e na


coerência, que interfere na legibilidade de textos.
Orientações É possível que eles expressem essas ideias, sem
A depender do nível de compreensões da turma, necessariamente, utilizarem esses termos.
é possível que os alunos não expressem o grau de Orientações
profundidade trazido no gabarito em suas exposições, Após a realização da atividade, guie a correção
mas é fundamental que construam suas hipóteses coletiva. Solicite a participação de alguns voluntários
acerca de fatores de concordância. Proporcione es- para compartilhar suas respostas com a turma. Faça
paço acolhedor para eles lançarem suas hipóteses, perguntas que favoreçam a argumentação dos alunos
ainda que não sejam as adequadas. Evite fornecer sobre suas escolhas, como, por exemplo: Como você
aos alunos respostas no momento introdutório do ca- chegou a essa conclusão? Todos concordam com essa
pítulo, pois durante a aula eles confirmarão ou não resposta? Alguém fez diferente? Como? Por quê? Aqui,
suas hipóteses iniciais. é essencial que os alunos percebam as classes gra-
maticais mobilizadas nos dois tipos de concordância.
Expectativas de respostas Pode-se perguntar, por exemplo: Qual é a palavra
1. que concorda com “sabemos”? A qual classe grama-
a. Espera-se que os alunos expressem que um texto tical essa palavra pertence? Registre as respostas no
com concordância nominal adequada apresenta quadro da sala de aula para que os alunos realizem
harmonia entre as palavras, considerando a fle- suas correções, caso seja necessário.
xão de gênero (feminino/masculino) e de número
(singular/plural). Pode ser que mencionem as re- Expectativas de respostas
lações artigo/substantivo e substantivo/adjetivo. 2.
b. No campo da concordância verbal, é fundamen- (A) Na festa junina, nós dançou, brincamos e comemos
tal que expressem as relações pronome/verbo e muito!/Na festa junina, nós dançamos, brincamos e
substantivo/verbo. Aqui, os alunos possivelmente comemos muito! (Concordância verbal).
conhecem as diferentes flexões verbais, em es- (B) Mariana sempre foi muito estudiosos./Mariana
pecial, de modo, tempo, número e pessoa. sempre foi muito estudiosa. (Concordância nominal).

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Orientações a concordância nominal e a concordância verbal.
Nesta atividade, o professor poderá realizar um Ressalte que o travessão nesse texto indica as falas de
breve diagnóstico do que os alunos já identificam. personagens e, por esse motivo, recomenda-se que eles
Eles deverão classificar as orações de acordo com as sigam essa estrutura na escrita. Comente que a aparição
palavras destacadas; devem identificar se as palavras de colchetes e reticências marca a supressão de partes do
em desarmonia como restante da frase apresentam um texto. No caso do fragmento lido, indica que, na crônica
problema de concordância nominal ou de concordância original, há texto antes e depois do fragmento disposto
verbal. Faça uma breve leitura das frases com os alunos nesse material. Circule entre os alunos durante o momento
e questione-os sobre como podemos descobrir como da produção para sanar as dúvidas que surgirem.
completar corretamente essas frases.
Exemplo: O garoto estudou a tarde inteira para o Expectativas de respostas
teste do dia seguinte. 1. Respostas pessoais.
Escreva no quadro a frase na forma inadequada: 2. Respostas pessoais.
O garoto estudaram a tarde inteira para o teste do
dia seguinte.
Pergunte a eles: Como podemos identificar o erro? RETOMANDO
Nesse momento, eles responderão que o verbo es-
tudaram não está de acordo com o sujeito/substantivo,
ou seja, não há concordância verbal. Orientações
Leia todas as frases com os alunos, realizando Para esse momento, organize o trabalho em duplas.
questionamentos. Em seguida, deixe-os preencher as Um aluno revisará o texto do colega. Diga a eles que o
colunas corretamente. foco são os aspectos de concordância verbal, mas, caso
queira, a dupla poderá, posteriormente, conversar sobre
Expectativas de respostas outros pontos de melhoria (pontuação, acentuação,
3. usos adequados de letras maiúsculas e minúsculas,
(CN) Minha gatinha está desaparecidos, procurarei concordância nominal, entre outros).
por todo os bairro até encontrá-la! Ao comparar as escritas realizadas aqui com as
(CN) Davi, João e Mateus, jogarão no campeonatos frases criadas pelos alunos na atividade 2 da seção
de futebol das escola. Retomando do primeiro capítulo desta unidade, você
(CV) O garoto estudarão a tarde inteira para o teste poderá mapear seus avanços.
do dia seguinte. Divida a turma em duplas produtivas para que tro-
(CN) Eles gostaram muito do último episódios da quem os textos e façam as avaliações. Essa é uma
séries. excelente oportunidade para que desenvolvam a auto-
(CV) Letícia cantarão na festa de aniversário de nomia com relação à análise dos conteúdos que estão
sua irmã. sendo trabalhados, tanto nas próprias produções nas
(CN) O pai presenteou o filhas com uma bolas. produções dos colegas. Depois de avaliarem e terem
(CN) Felipe ficou surpreso com o presentes que seus textos avaliados, instigue-os, de maneira individual
recebeu. ou coletiva, de acordo com as características da turma:
Por que você avaliou o texto do colega dessa maneira?
O que você acha que ele poderia melhorar? E, no seu
PRATICANDO texto, o que você acredita que poderia ter ficado melhor
com relação ao uso da concordância verbal? Sanadas
Orientações todas as dúvidas, peça, então, que realizem as demais
Guie a leitura da crônica e, antes de dar início à atividades da seção, que preconizam uma retomada
produção, peça aos alunos que listem oralmente dos estudos realizados na Unidade. Para as atividades
algumas convenções de escrita. É importante que eles 3 e 4, espera-se que os alunos consigam reconhecer e
mencionem a importância de pontuação, da acen- corrigir as inadequações de concordância. A atividade
tuação, dos usos adequados de letras maiúsculas e 5 foi desenvolvida para que consigam identificar a dife-
minúsculas e, também, a necessidade de manter a rença entre uma inadequação de concordância verbal
harmonia entre as palavras, utilizando adequadamente e uma inadequação de concordância nominal, além

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de também terem a oportunidade de fazer a correção b. Meu pai vai fazer uma sobremesa deliciosa para
necessária. No desenvolvimento da atividade 6, obser- o Natal.
ve se os alunos são capazes de seguir as orientações c. Meus irmãos gostaram muito da brincadeira que
entre parênteses, empregando o verbo no tempo verbal inventamos no parque.
indicado e adequado ao sujeito de cada sentença. d. Eu tenho uma amiga que ama ler histórias em
quadrinhos.
Expectativas de respostas e. Ontem, no cinema, minha família comeu muita
1 e 2. Respostas pessoais. pipoca.
3. Devem ser sublinhados os verbos em destaque. 5. A fase que tem inadequação de concordância
a. O dono da bola pediram às crianças que jogasse verbal é: Meu avô foram ao estádio de futebol
com cuidado. ver o time de coração jogar. A sentença corrigida
b. Meu pai vão fazer uma sobremesa deliciosa para deve ficar: Meu avô foi ao estádio de futebol ver
o Natal. o time do coração jogar.
c. Meus irmãos gostou muito da brincadeira que 6. a. Eu terminei meu dever de casa.
inventamos no parque. b. Meu irmão gosta de comer chocolate depois do
d. Eu tenho uma amiga que amam ler histórias em almoço.
quadrinhos. c. Ano que vem, eu visitarei meu bisavô em outro
e. Ontem. no cinema, minha família comeram muita estado.
pipoca. d. Hoje mais cedo, eu encontrei um amigo que não
4. As frases devem ficar, corrigidas: via há muito tempo.
a. O dono da bola pediu às crianças que jogassem e. Eu quero muito que todas as crianças possam
com cuidado. brincar e estudar.

ANOTAÇÕES

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MATEMÁTICA

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UNIDADE 1

PROBLEMAS DE CONTAGEM

COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

1; 2; 4.

HABILIDADES DO DCRC
Resolver, com o suporte de imagem e/ou material manipulável, problemas simples de contagem, como a determinação
EF04MA08 do número de agrupamentos possíveis ao se combinar cada elemento de uma coleção com todos os elementos
de outra, utilizando estratégias e formas de registro pessoais.

OBJETOS DE CONHECIMENTO

• Problemas de contagem.

UNIDADES TEMÁTICAS

Números.

PARA SABER MAIS

• AZEVEDO, J.; BORBA, R. Apostila de apoio ao professor voltada ao ensino da combinatória. Recife, 2010. Disponível em:
https://drive.google.com/file/d/0B3nOb_rG1DUhMEFfTVdROWFIMlE/edit?resourcekey=0-NOLVHwfT8fQOxI85gkxLRg.
Acesso em: 18 dez. 2021.
• DINIZ, W.; DINIZ, E.; MONTENEGRO, J. Possibilidades em poemas. São Lourenço da Mata, PE: Ed. das Autoras, 2021.
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1_3MiLhv5WFSK7vIpalAb6MaY489LadZk/view. Acesso em: 18 dez. 2021.

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1. Combinando elementos
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UNIDADE 1
MÃO NA MASSA
1. PROBLEMAS DE CONTAGEM Uma professora decidiu dividir sua turma em dois grupos de alunos para realizarem
uma apresentação artística. Escolheu duas cores para representar cada grupo, um Grupo
será Azul, e o outro Grupo será Vermelho.
Observando a tabela abaixo, temos a distribuição da turma nos dois grupos.

Grupo azul Grupo vermelho

1. Combinando elementos Cláudia Douglas

Daniele Fábio
1. Camila resolveu verificar de quantas formas diferentes poderia combinar as suas
Fátima Guto
roupas. Ela tem 2 saias e 3 calças que podem ser combinadas com 4 blusas.
De quantas formas possíveis ela poderá vestir-se? No espaço abaixo, explique
Geovana Marcelo
como chegou a sua conclusão.
Júlia Paulo

Quantas duplas são possíveis formar para a apresentação, sendo que em cada dupla
deve haver um aluno do Grupo Azul e outro do Grupo Vermelho. Utilize o espaço abaixo para
expor sua resposta.

2. São lançadas três moedas ao mesmo tempo: uma de 1 real, uma de 50 centavos
e uma de 25 centavos. Quais os resultados possíveis, considerando uma face da
moeda a cara, e a face oposta, coroa?

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Vamos compor as possibilidades de montar um prato! Quantas são as formas possíveis de


DISCUTINDO montarmos o prato, sabendo que, em cada um, utilizaremos um tipo de massa e um tipo
de molho?
Uma dica sobre a atividade anterior da seção Mão na massa: há mais de 20 possibi-
lidades para a formação das duplas, e não apenas 5! Para encontrar a solução, você pode
selecionar cada componente do Grupo Vermelho e relacionar (compor possíveis duplas) com
cada um dos alunos do Grupo Azul.
Qual foi a estratégia que você adotou?

RETOMANDO

Para resolver problemas semelhantes – problemas combinatórios ou problemas de


contagem – é necessário pensar em todas as possibilidades; por exemplo: Cláudia poderia
fazer dupla com quem? Na verdade, ela só vai fazer dupla com uma pessoa, mas ela pode-
ria fazer dupla com várias outras. Com essa quantidade de componentes, somente poderão
ser formadas 5 duplas, mas as possibilidades de formação dessas duplas é a ideia central
da questão.

RAIO X

No Restaurante Massas e Cia,


são servidos três tipos de massas:
macarrão, lasanha e nhoque, que
podem ser combinados com quatro
tipos de molhos: bolonhesa, quatro
queijos, linguiça e frango.

90 4 o ANO 91 M AT EM ÁT I CA

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4 o ANO
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Habilidade do DCRC
Resolver, com o suporte de imagem e/ou material manipulável, problemas simples de contagem, como a
EF04MA08 determinação do número de agrupamentos possíveis ao se combinar cada elemento de uma coleção com
todos os elementos de outra, utilizando estratégias e formas de registro pessoais.

Sobre o capítulo Dificuldades antecipadas


• Contextualizando: discutir as possibilidades Os alunos podem demonstrar dificuldade em
combinatórias em situações-problema. compreender como ocorre a combinação utilizando
• Mão na massa: explicitar as estratégias de re- o quadro; por isso, pode ser realizada, antes do
solução de utilizadas nas situações anteriores. início da atividade, uma demonstração de como
• Discutindo: organizar as diversas combinações podem fazer combinações usando ou não quadros.
das situações-problema e, ao final, verificar o Por exemplo, pergunte aos alunos: De quantas
número de possibilidades. formas poderia criar um sorvete com 2 tipos de
• Retomando: sistematizar diferentes estratégias casquinhas (copo e cone) e 3 sabores diferentes
sobre a ideia de possibilidades. (chocolate, morango e creme)? Em seguida, peça a
• Raio X: realizar situações-problema a partir das algum aluno que demonstre como poderiam reali-
ideias discutidas no capítulo. zar as combinações, até que chegue ao resultado.
Solicite ainda que explique como chegou a esse
Objetivos de aprendizagem resultado.
• Resolver situações multiplicativas com a ideia Explique como poderia chegar à resolução, caso
de combinação. alguém tenha dúvidas relacionada à explicação
anterior.
Contexto prévio
Leitura e interpretação para distinguir a ideia
de possibilidades como possíveis resultados em
situações combinatórias, e não como o evento que
realmente vai acontecer. Assim, há, em alguns casos,
25 possibilidades de ocorrência, mas, de fato, só
ocorrerão 5 desses resultados possíveis.

CONTEXTUALIZANDO
ainda que façam as moedas em papel, desenhando
Orientações de um lado “cara” e do outro “coroa”.
Solicite aos alunos que respondam às questões para
avaliar suas compreensões iniciais sobre o tema. Promova Expectativas de respostas
a seguinte discussão com os alunos, questionando-os: 1. Camila tem 20 diferentes formas de se vestir.
Você teve dificuldades para imaginar as combinações Saia 1 e blusa 1, saia 1 e blusa 2, saia 1 e blusa 3,
entre as roupas de Camila?; Quais dificuldades? Os saia 1 e blusa 4. Saia 2 e blusa 1, saia 2 e blusa
alunos que identificaram as 20 combinações possí- 2, saia 2 e blusa 3, saia 2 e blusa 4. Calça 1 e
veis podem ser convidados a explicar aos colegas as blusa 1, calça 1 e blusa 2, calça 1 e blusa 3, calça
suas estratégias de resolução. É importante o uso de 1 e blusa 4. Calça 2 e blusa 1, calça 2 e blusa 2,
suportes como imagens e material manipulativo nas calça 2 e blusa 3, calça 2 e blusa 4. Calça 3 e
atividades combinatórias, ou seja, caso seja possível, blusa 1, calça 3 e blusa 2, calça 3 e blusa 3, calça
entregue aos alunos recortes das peças de roupa ou 3 e blusa 4.
peça-lhes que tragam as moedas para essa aula, ou 2. Há 8 possibilidades distintas.

89 M AT E M ÁT I CA

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1a Moeda (ou 1o lançamento) 2a Moeda (ou 2o lançamento) 3a Moeda (ou 3o lançamento)

CARA
CARA
COROA
CARA
CARA
COROA
COROA

CARA
CARA
COROA
COROA
CARA
COROA
COROA

MÃO NA MASSA
dificuldades e parabenize-os pelo avanço! Se julgar
Orientações necessário, eleja 10 alunos da sala e simule as equipes
Nessa atividade, determine um tempo máximo e vermelha e azul!
permita que os alunos executem as combinações in-
dividualmente. Caminhe pela sala, avalie o desempe- Expectativas de respostas
nho de cada um. Com base nas discussões realizadas Ao todo, são 25 pares possíveis, observados no
anteriormente, verifique quais alunos tiveram menos quadro a seguir.

Douglas Fábio Guto Marcelo Paulo


Douglas Fábio Guto Marcelo Paulo
Cláudia
Claúdia Cláudia Cláudia Cláudia Cláudia
Douglas Fábio Guto Marcelo Paulo
Daniele
Daniele Daniele Daniele Daniele Daniele
Douglas Fábio Guto Marcelo Paulo
Fátima
Fátima Fátima Fátima Fátima Fátima
Douglas Fábio Guto Marcelo Paulo
Geovana
Geovana Geovana Geovana Geovana Geovana
Douglas Fábio Guto Marcelo Paulo
Júlia
Júlia Júlia Júlia Júlia Júlia

Cláudia Daniele

Douglas Fábio Guto Marcelo Paulo Douglas Fábio Guto Marcelo Paulo

Fátima

Douglas Fábio Guto Marcelo Paulo

Geovana Júlia

Douglas Fábio Guto Marcelo Paulo Douglas Fábio Guto Marcelo Paulo

90 4 o ANO

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DISCUTINDO RETOMANDO

Orientações Orientações
A combinatória se refere ao estudo das possibili- Essa é uma discussão importante: não é sobre o
dades, ou seja, do que pode acontecer, e não do que quê, de fato, vai acontecer, é sobre as diversas pos-
vai acontecer. A ideia cristalizada do que vai acontecer sibilidades de o evento acontecer. Essa compreensão
(por exemplo, só podem ser formados 5 duplas) muitas demanda tempo para ser consolidada; por isso, nas
vezes não permite que os alunos pensem em todas as discussões, é imprescindível que essa questão seja
possibilidades. Por isso, são importantes as discussões, permanentemente abordada. Pergunte: Vai acontecer
as perguntas norteadoras: E esse não pode com esse, desse jeito?; Não sabemos! Mas pode acontecer? Pode!
por quê? e o compartilhamento das diferentes estratégias
de resolução. Em cada estratégia que surgir, verifique
se os outros alunos da classe compreendem a ideia. RAIO X
Muitas vezes a organização por árvore ou por tabela
de dupla entrada pode causar dúvidas. Orientações
Permita que os alunos compreendam o enunciado
Expectativas de respostas e como podem realizar a combinação de diferentes
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos estabele- formas e como aplicariam esse conhecimento em seu
çam relações entre os componentes dos dois grupos, cotidiano. Instigue os alunos a falar como seria a combi-
sem que se repitam ou deixem de ser mencionados. nação, por exemplo, dos tipos de lasanha. Quais seriam?
Provavelmente a resposta será: frango, bolonhesa, quatro
queijos e linguiça, e assim sucessivamente. Aproveite
esse momento de avaliação do aprendizado para sanar
eventuais dúvidas que ainda existam. Utilize fichas com
as imagens ou nomes das opções para os alunos fazerem
as associações. É importante socializar e discutir mais
de um tipo de estratégia.

Expectativas de respostas
São 12 possibilidades distintas:

Bolonhesa
Macarrão
Quatro
Lasanha queijos

Linguiça
Nhoque
Frango

91 M AT E M ÁT I CA

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2. Combinando na tabela
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2. Combinando na tabela MÃO NA MASSA

As senhas são utilizadas há muito tempo para proteger mensagens ou informações. Para acessar a quadra de esportes da escola, há um enorme portão de ferro com dois
Atualmente, as senhas são utilizadas para autenticar usuários e permitir acesso a: contas de grandes cadeados. O professor de Educação Física propôs um desafio à turma: aqui há um
e-mails, redes sociais, celulares, contas de banco e até mesmo jogos de computador. Assim, as chaveiro com 5 chaves. Uma delas abre um dos cadeados. Vocês conseguem descobrir qual
senhas têm o objetivo de manter mensagens, dados pessoais e informações em segurança. chave vou usar e qual cadeado vai abrir?
Você já tentou destravar um celular por meio de uma senha?

Quantas e quais são as tentativas que os alunos dessa turma podem fazer para desco-
brir a chave e o cadeado? No espaço a seguir, explique quais são essas possibilidades.

INCORRETA

Como poderia ser essa senha? Alfabética, numérica, alfanumérica ou de padrões de


imagem?
Algumas senhas envolvem símbolos especiais, como, por exemplo, @, 3, &, #, entre ou-
tros. Como você compõe suas senhas? Você acha que são seguras?

92 4 o ANO 93 M AT EM ÁT I CA

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DISCUTINDO RAIO X

Para cada cadeado, Felipe tem que testar cada uma das 5 chaves. Você pode fazer Muitos jogos de computador e videogame possuem diversas fases com tarefas a serem
uma lista com todas as possibilidades, nomeando cada chave e cada cadeado por cores, cumpridas. João está em uma das fases de um jogo de enigmas e senhas.
por forma ou numericamente. Por exemplo: cadeado 1 com chave 1, cadeado 1 com chave 2, Para passar de fase nesse jogo, seria necessário apertar duas teclas: a primeira de uma
cadeado 1 com chave 3… das 3 cores disponíveis e a segunda com um dos símbolos.
Como você o fez?

@ $ #
Quantas e quais opções de senha são possíveis com as cores e símbolos presentes na
ilustração anterior? Utilize o espaço a seguir para demonstrar essas opções de senha.

RETOMANDO

Em situações que envolvam a contagem e a explicitação de todos os elementos, é im-


portante e necessário pensar sobre as relações entre os elementos de um conjunto (cadea-
dos) e todos os elementos do outro conjunto (chaves). Assim, não se corre o risco de deixar
nenhuma combinação de fora.
Você poderia dar mais exemplos que associem ou combinem elementos de conjuntos
diferentes? Registre a seguir.

94 4 o ANO 95 M AT EM ÁT I CA

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Habilidade do DCRC
Resolver, com o suporte de imagem e/ou material manipulável, problemas simples de contagem, como a
EF04MA08 determinação do número de agrupamentos possíveis ao se combinar cada elemento de uma coleção com
todos os elementos de outra, utilizando estratégias e formas de registro pessoais.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: discutir as possibilidades Leitura e interpretação para distinguir a ideia
combinatórias por meio da ideia de senha. de possibilidades como possíveis resultados em
• Mão na massa: utilizar variadas estratégias de situações combinatórias da de um evento que real-
resolução. mente vai acontecer.
• Discutindo: refletir sobre as diferentes combinações.
• Retomando: sistematizar a reflexão sobre as Dificuldades antecipadas
combinações e suas possibilidades. No caso dos cadeados, os alunos podem-se
• Raio X: construir listas de possibilidades e não deter apenas na ideia de qual chave abre o ca-
apenas identificar o número de possibilidades. deado. Em problemas de contagem, é preciso
pensar em todas as possibilidades, e não apenas
Objetivos de aprendizagem naquela exata que vai acontecer ou vai resolver
• Resolver situações de contagem por meio de a situação proposta. O determinismo, quase sem-
combinação em tabela. pre presente nos contextos matemáticos, pode
induzir os alunos a querer apenas “a resposta
Materiais correta”. É necessário discussão e utilização de
Fichas; imagens (figuras). diversas formas de resolução para ampliar as
compreensões.

CONTEXTUALIZANDO MÃO NA MASSA

Orientações Orientações
O uso de senha no celular é bem comum, apesar Organize a turma em duplas e explique que farão uma
da adoção de digitais e reconhecimento facial estar atividade em que as ideias deverão ser compartilhadas.
popularizando-se. Nesse momento, procure identificar A seguir, deixe que discutam suas ideias, investiguem
potencialidades e fragilidades nas aprendizagens, re- as opções e escolhas de jogos e assim sistematizem
conhecendo os conhecimentos prévios em relação ao seus conhecimentos, pois o objetivo é que os alunos
conceito de análise de possibilidades. exercitem a resolução de problemas sobre possibili-
Durante a atividade, verifique como investigam os dades de combinação. Observe essas conversas para
dados e converse com os alunos sobre senhas. Pergunte entender quais são suas hipóteses. Ao final, demonstre
se seria fácil descobrir uma senha numérica, por exemplo. que o uso de tabelas com os membros dos conjuntos
Pergunte se a turma costuma fazer associações entre é uma estratégia para sistematizar a determinação do
escolhas de senhas e data de aniversário, por exemplo. número de combinações/possibilidades.
Peça aos alunos que não compartilhem suas senhas, Os problemas que envolvam possibilidades de combi-
apenas que digam como pensam sua estrutura. nação fazem parte do nosso cotidiano, como os propostos
nas atividades desse capítulo, como escolha de senhas
Expectativas de respostas e padrões. Para essas situações, o aluno deve buscar
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos apresen- respostas cujas soluções envolvam a tarefa de elaborar
tem possibilidades de senha envolvendo diferentes estratégias e esquemas para identificar e visualizar
caracteres (números, letras, caracteres especiais). diferentes opções. Enfatize que, quando lidamos com

93 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 93 EFAI_NAC_MA_4ANO_4BI_LP_UN1_CAP2_G001:INSERIRQUADROCOMEXPECTATIVADERESPOSTASDA SEÇÃOMÃO


28/12/2021 11:09NAMASSA.
a tarefa de combinação, é preciso atribuir sentido ao Para socialização, permita que eles vejam as diversas
contexto, compreendê-lo e interpretá-lo. formas de resolução. Utilize recortes de desenhos
para apoiar as estratégias de resolução dos alunos.
Expectativas de respostas Por último, se alguma não tiver aparecido, explore
São possíveis, ao todo, 10 tentativas: a resolução por meio de tabela.
(c - cadeado, ch - chave)
c1-ch1, c1-ch2, c1-ch3, c1-ch4, c1-ch5
c2-ch1, c2-ch2, c2-ch3, c2-ch4, c2-ch5 DISCUTINDO

Chave 1 Chave 2 Chave 3 Chave 4 Chave 5

Cadeado
verde Chave 1 Chave 2 Chave 3 Chave 4 Chave 5
Cadeado Cadeado Cadeado Cadeado Cadeado
verde verde verde verde verde

Cadeado
vermelho Chave 1 Chave 2 Chave 3 Chave 4 Chave 5
Cadeado Cadeado Cadeado Cadeado Cadeado
vermelho vermelho vermelho vermelho vermelho

Orientações da seção Discutindo, retorne à discussão de como


É o momento de promover discussões referentes às os problemas combinatórios podem ser resolvidos.
estratégias e respostas apresentadas pelos alunos. Inicie Retorne a ideia da atividade Mão na massa, na qual
solicitando aos alunos que exponham suas resoluções, o problema discutido nessa atividade é considerado
permitindo que exponham suas estratégias, suas anotações o Produto Cartesiano, em que se combina produtos
e comentem a solução apresentada. Nessa atividade, os de dois grupos distintos. Além disso, explique que os
alunos podem alegar que os alunos podem conseguir outros tipos de problemas envolvem combinações de
na primeira tentativa, então ele não precisaria testar elementos de um único grupo.
as demais chaves. E isso é verdade. Mas o que se está
propondo aqui são as tentativas possíveis, ou seja, todas Expectativas de respostas
as formas possíveis, todas as possibilidades. Ao final, Resposta pessoal.
se julgar necessário, auxilie os alunos a criar esquemas
e estruturas, como, por exemplo, tabelas e árvores de
possibilidades que contemplem todas as chances de RAIO X
combinação.
Orientações
Expectativas de respostas O propósito desta atividade é verificar se os alunos
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno esquema- compreenderam como resolver problemas envolvendo
tize estruturas que permitam identificar e visualizar a combinação de mais de um elemento. Os alunos de-
as diferentes combinações possíveis. vem realizar este problema individualmente. Ao final,
solicite aos alunos que compartilhem suas respostas,
e então faça suas intervenções, levando em conta que
RETOMANDO os erros também são estruturas de resolução, peça
aos alunos que expliquem seus erros e pensamentos
Orientações e como podem corrigi-los.
Relembre com os alunos as aprendizagens da aula, Permita que os alunos compreendam o enunciado
enfatizando a resolução de problemas que envolvam e como podem realizar a combinação de diferentes
possibilidades de combinação. Com base na atividade formas. Instigue-os a utilizar tabelas de correlação.

94 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 94 28/12/2021 11:09


Aproveite esse momento de avaliação do aprendizado
para sanar eventuais dúvidas que ainda existam. Se julgar
necessário, utilize fichas com as imagens das opções
para os alunos fazerem as associações. É importante
socializar e discutir mais de um tipo de estratégia.

Expectativas de respostas
São 9 senhas possíveis:
Vermelho @, Vermelho $, Vermelho #
Amarelo @, Amarelo $, Amarelo #
Azul @, Azul $, Azul #

ANOTAÇÕES

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3. Combinando na árvore de possibilidades
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3. Combinando na árvore de possibilidades MÃO NA MASSA

Você já ficou em dúvida sobre qual sabor de sorvete escolher? Paula e Carlos resolveram fazer um lanche em uma lanchonete chamada Aqui tem
Tudo Gostoso. Observe o quadro com os itens disponíveis no estabelecimento:

Simon Tam (tamchungman/Moment Open/Getty Images


LANCHONETE AQUI TEM TUDO GOSTOSO

Refrigerante Guaraná De Laranja De Limão R$ 5,00

Suco Laranja Abacaxi Cajá R$ 8,00

Sorvete Creme Morango Chocolate R$ 6,00

Sanduíche Frango Atum Carne R$ 12,00

Coxinha Frango Carne Bacalhau R$ 8,00

Bolo Comum Chocolate Laranja R$ 5,00

De quantas maneiras diferentes é possível combinar um sanduíche, um refrigerante e um


sorvete? Você poderá utilizar as fichas disponíveis no Anexo 1 para fazer a análise. Utilize o es-
paço abaixo para demonstrar como você fez para chegar a esse resultado.

Já pensou em quantas possibilidades há para compor um sorvete com duas bolas, ten-
do apenas três sabores (chocolate, baunilha e morango) e podendo pedir duas bolas do
mesmo sabor? Demonstre a seguir as possibilidades de combinação.

96 4 o ANO 97 M AT EM ÁT I CA

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DISCUTINDO RAIO X
Você percebeu que não deve usar todas as informações do cardápio para resolver a Elabore um problema que complete adequadamente as árvores de possibilidades a
situação da seção Mão na massa? seguir. Use os dados em destaque para criar o contexto do problema.
É importante ler com atenção o enunciado. Na resolução do problema, só é solicitado
que se utilize os tipos de alimentos: refrigerante, sanduíche e sorvete. Para cada um desses Frango Macarrão Arroz Água Bife Peixe Suco Refrigerante
tipos de alimentos, há 3 opções. Se todas as opções do problema forem combinadas, have-
rá, no total, 27 possibilidades. Você conseguiu descobrir quantas possibilidades? A seguir,
escreva as que você descobriu e as possibilidades que faltaram.

RETOMANDO

Nesse problema de contagem, você deve ter percebido que é necessário estabelecer
associações entre três conjuntos distintos que envolvem os tipos de refrigerantes, os tipos de
sanduíches e os tipos de sorvetes. Para definição total das possibilidades, nenhum elemento
pode ser esquecido, por isso é importante checar se todas as associações foram feitas com to-
dos os elementos. Uma boa forma de resolver a situação é usando a árvore de possibilidades.

98 4 o ANO 99 M AT EM ÁT I CA

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Habilidade do DCRC
Resolver, com o suporte de imagem e/ou material manipulável, problemas simples de contagem, como a
EF04MA08 determinação do número de agrupamentos possíveis ao se combinar cada elemento de uma coleção com
todos os elementos de outra, utilizando estratégias e formas de registro pessoais.

Sobre o capítulo Objetivos de aprendizagem


• Contextualizando: discutir a possibilidade • Resolver situações de contagem por meio de
combinatória por meio da ideia de combina- combinação em árvore de possibilidades.
ção de alimentos.
• Mão na massa: possibilitar a utilização da Contexto prévio
estratégia de árvore de possibilidades para Interpretação de textos e imagens para seleção
a resolução da situação-problema. de dados de problemas e habilidade de elaborar
• Discutindo: reconhecer que nem todas as infor- problemas a partir da apresentação de dados.
mações presentes na questão são necessárias
para a resolução da situação-problema. Dificuldades antecipadas
• Retomando: retomar as estratégias utilizadas O excesso de dados no problema pode ser um
anteriormente para resolução de problema elemento de dificuldade para os alunos. Para supe-
de contagem. rar essa dificuldade, sugere-se ler com atenção o
• Raio X: possibilitar a utilização da estratégia que o enunciado do problema solicita. O uso de três
de árvore de possibilidades para criar uma tipos de conjuntos que precisam combinar-se entre
situação-problema com uma resolução. si também pode ser difícil para os alunos; no entan-
to, eles podem fazer por analogia, considerando as
atividades anteriores realizadas com dois conjuntos.

CONTEXTUALIZANDO MÃO NA MASSA

Orientações Orientações
Nesse caso, a ordem não altera o número de possibili-
dades, em termos de sabores escolhidos: chocolate com Para cada tipo de refrigerante, existem 3 opções de
morango é a mesma coisa que morango com chocolate). sanduíche e mais 3 opções de sorvete. Assim, consideran-
No entanto, se considerar composições diferentes do do cada tipo de refrigerante, há 9 possibilidades. Se são
sorvete, a ordem resulta em diferentes possibilidades. 3 tipos de refrigerante há 27 opções possíveis.
Por exemplo: uma foto de um sorvete com a primeira Os alunos podem utilizar a estratégia que melhor
bola de morango e a segunda de baunilha é diferente julgarem para resolver a situação. Na discussão da solu-
da imagem de uma foto com a primeira de baunilha e ção, apresente pelo menos duas estratégias. Eles podem
a segunda de morango. começar a árvore de possibilidades pelo sanduíche, por
exemplo, ou pelo sorvete. Não há rigor quanto a isso.
Expectativas de respostas Acolha a multiplicidade de resoluções. No anexo do
São 6 possibilidades, se repetir bola com mesmo Livro do aluno, há fichas que poderão ser utilizadas,
sabor (CB - CM - BM - CC - BB - MM). Sem repetir, são caso os alunos queiram, para resolver a questão.
apenas 3 (CB - CM - BM). Se, na conversa, os alunos
disserem que para eles importa o sabor que está Expectativas de respostas
em cima e o que está embaixo, comente com eles Há 27 possibilidades para compor o lanche com um
que, neste caso, seriam 9 possibilidades). refrigerante, um sanduíche e um sorvete.

97 M AT E M ÁT I CA

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Guaraná

Frango Atum Carne

Creme Morango Chocolate Creme Morango Chocolate Creme Morango Chocolate

Laranja

Frango Atum Carne

Creme Morango Chocolate Creme Morango Chocolate Creme Morango Chocolate

Limão

Frango Atum Carne

Creme Morango Chocolate Creme Morango Chocolate Creme Morango Chocolate

DISCUTINDO Refrigerante de Guaraná - Sanduíche de atum -


Sorvete de morango
Orientações Refrigerante de Guaraná - Sanduíche de atum -
Essa discussão dá pistas sobre o excesso de dados Sorvete de chocolate
que o problema apresenta. Como num contexto de Refrigerante de Guaraná - Sanduíche de carne -
cardápio de lanchonete não haveria apenas os dados Sorvete de creme
que discutiremos no problema, é importante saber Refrigerante de Guaraná - Sanduíche de carne -
filtrar as informações necessárias à resolução da si- Sorvete de morango
tuação. Comente com a turma sobre essas questões, Refrigerante de Guaraná - Sanduíche de carne -
aproveitando para discutir estratégias de resolução. Sorvete de chocolate
Refrigerante de laranja - Sanduíche de frango -
Expectativas de respostas Sorvete de creme
Refrigerante de Guaraná - Sanduíche de frango - Refrigerante de laranja - Sanduíche de frango -
Sorvete de creme Sorvete de morango
Refrigerante de Guaraná - Sanduíche de frango - Refrigerante de laranja - Sanduíche de frango -
Sorvete de morango Sorvete de chocolate
Refrigerante de Guaraná - Sanduíche de frango - Refrigerante de laranja - Sanduíche de atum - Sorvete
Sorvete de chocolate de creme
Refrigerante de Guaraná - Sanduíche de atum - Refrigerante de laranja - Sanduíche de atum - Sorvete
Sorvete de creme de morango

98 4 o ANO

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Refrigerante de laranja - Sanduíche de atum - Sorvete da discussão. É necessário que os alunos se familia-
de chocolate rizem com mais de um percurso metodológico para
Refrigerante de laranja - Sanduíche de carne - Sorvete resolver os problemas combinatórios. Inclusive, pode
de creme ser solicitado que eles os resolvam de duas maneiras
Refrigerante de laranja - Sanduíche de carne - Sorvete distintas. Discuta com eles que escolher um alimento
de morango e esgotar todas suas possibilidades antes de pensar
Refrigerante de laranja - Sanduíche de carne - Sorvete no próximo é um meio de não se perder nesse tipo de
de chocolate atividade.
Refrigerante de limão - Sanduíche de frango - Sorvete
de creme
Refrigerante de limão - Sanduíche de frango - Sorvete RAIO X
de morango
Refrigerante de limão - Sanduíche de frango - Sorvete Orientações
de chocolate Permita que os alunos compreendam o enunciado e
Refrigerante de limão - Sanduíche de atum - Sorvete como podem realizar a combinação de diferentes formas.
de creme Instigue-os a preencher a árvore de possibilidades.
Refrigerante de limão - Sanduíche de atum - Sorvete Aproveite esse momento de avaliação do aprendizado
de morango para sanar eventuais dúvidas que ainda existam.
Refrigerante de limão - Sanduíche de atum - Sorvete Um possível problema: Ana vai almoçar. Ela tem
de chocolate três opções de bebida (água, suco ou refrigerante),
Refrigerante de limão - Sanduíche de carne - Sorvete duas opções de carboidrato (arroz ou macarrão) e três
de creme opções de proteína (peixe, frango ou carne). De quais
Refrigerante de limão - Sanduíche de carne - Sorvete formas ela pode montar sua refeição com uma bebida,
de morango um carboidrato e uma proteína. São 18 possibilidades.
Refrigerante de limão - Sanduíche de carne - Sorvete Socialize com os demais os problemas criados pelas
de chocolate duplas. O preenchimento da árvore de possibilidade
pode ser iniciado pelo tipo de proteína, por exemplo.
Somente a opção de carboidrato se mantém em lugar
RETOMANDO fixo da árvore de possibilidades, pois é o único que
possui apenas duas opções.
Orientações
Retome a discussão sobre as estratégias adotadas Expectativas de respostas
para resolução de problemas de contagem. Nesse ca- Resposta pessoal para elaboração do problema,
pítulo, o foco é o uso de árvores de possibilidades, mas desde que considere o preenchimento de todos os
essa não deve ser a única estratégia adotada na hora quadros da árvore de possibilidade proposta.

99 M AT E M ÁT I CA

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4. Combinação no diagrama
PÁGINA 100 PÁGINA 101

4. Combinação no diagrama MÃO NA MASSA

Na vida, temos que fazer muitas escolhas, não é mesmo? A roupa que vamos usar, a A família de Felipe vai passar o fim de semana na praia. Eles vão levar dois jogos para
profissão que queremos seguir, o tipo de sapato de que gostamos, os amigos que mais apre- se divertirem com os amigos. Veja as opções de jogos que eles poderão levar.
ciamos, as cores que combinamos, entre outras situações.

BARALHO DOMINÓ BOLICHE

1. Que tipo de escolhas você costuma fazer no seu dia a dia?


DAMA XADREZ LUDO

Escreva abaixo todas as combinações possíveis para que a família de Felipe leve
apenas dois desses jogos para a praia.

2. Você acha que tem muitas opções? Justifique sua resposta.

3. Você precisa ou quer fazer alguma escolha este mês? Cite algumas.

100 4 o ANO 101 M AT EM ÁT I CA

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1. Quais são as possibilidades que ela tem de escolha para usar três anéis
DISCUTINDO simultaneamente?

Para fazer uma lista com as escolhas dos dois jogos, você pode iniciar pelo primeiro
jogo e combinar com o segundo (baralho e dominó), depois com o terceiro (baralho e boliche)
até chegar no sexto jogo. Se o primeiro jogo já foi combinado com todos os outros, você co-
meça a pensar no segundo jogo (dominó) e o combina com o 3o, 4o, 5o e 6o jogo. Já o terceiro
jogo (boliche), você vai combinar com o 4o, 5o e 6o jogo e assim sucessivamente. Observe que
as combinações diminuem para impedir repetições.

RETOMANDO

Para combinar dois jogos, é importante observar com atenção para não haver repetições.
Assim, baralho e dominó é a mesma possibilidade que dominó e baralho. Dependendo da es-
tratégia que você usou para resolver a situação, é necessário eliminar os casos repetidos.

RAIO X

Karina tem muitas bijuterias. Hoje, ela pretende usar três anéis dos cinco que possui.

ANEL 1 ANEL 2 ANEL 3

2. De acordo com o que foi estudado neste capítulo, o que você aprendeu sobre
combinações?

ANEL 4 ANEL 5

102 4 o ANO 103 M AT EM ÁT I CA

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EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 100 28/12/2021 11:09


Habilidade do DCRC
Resolver, com o suporte de imagem e/ou material manipulável, problemas simples de contagem, como a
EF04MA08 determinação do número de agrupamentos possíveis ao se combinar cada elemento de uma coleção com
todos os elementos de outra, utilizando estratégias e formas de registro pessoais.

Sobre o capítulo Materiais


Se possível, imprima as figuras (anéis e jogos).
• Contextualizando: discutir opções e escolhas
por meio de situações do cotidiano.
Contexto prévio
• Mão na massa: elaborar possibilidades de com-
Reconhecer que as relações nestes contextos
binações envolvendo ideais básicas.
acontecerão entre elementos de um único conjunto
• Discutindo: compreender que as combinações
que serão combinados entre si.
independem da ordem, portanto não se usa duas
vezes os mesmos elementos. (em duplas de
Dificuldades antecipadas
combinações).
Os alunos podem ter dificuldade em observar
• Retomando: permitir reflexão sobre a eliminação
que a ordem dos elementos, nos contextos apresen-
de repetições nas combinações.
tados, não gera novas possibilidades. Dependendo
• Raio X: resolver problemas envolvendo combina-
da estratégia utilizada, é necessário eliminar os
ção de mais de um elemento, validando conheci-
casos repetidos. O uso de material manipulativo
mento sobre as possibilidades de combinações.
auxilia nesse processo de compreensão, pois é vi-
sualmente mais fácil observar que a combinação
Objetivos de aprendizagem
do “anel 1 com o anel 2” é a mesma que do “anel
• Resolver situações de contagem por meio de
2 com anel 1”.
combinação em diagramas.

CONTEXTUALIZANDO 2. Resposta pessoal do aluno. Nesse caso, verifique


se o aluno observa as possibilidades de escolha
Orientações do seu dia a dia.
Nesse momento, procure identificar potencialida- 3. Resposta pessoal. Espera-se que o estudante evi-
des e fragilidades nas aprendizagens e reconhecer dencie situações em que seja necessário realizar
os conhecimentos em relação ao conceito de análise escolhas.
de possibilidades.
Durante a realização da atividade, verifique como
MÃO NA MASSA
investigam os dados. Aproveite os questionamentos
da seção para discutir sobre profissões que almejam Orientações
ou outros sonhos que os alunos desejam exercer. Nem Organize a turma em duplas e comente que farão
sempre a profissão é uma escolha, mas vale a discussão uma atividade em que as ideias deverão ser compar-
como forma de conhecer a turma e de observar os seus tilhadas. A seguir, deixe que discutam suas ideias e
projetos de vida. A ideia dessa discussão é sensibilizar investiguem as opções e escolhas de jogos, e assim
para o tipo de problema combinatório que será explo- sistematizem seus conhecimentos, pois o objetivo é que
rado no capítulo que considera escolhas feitas com os alunos reflitam sobre a resolução de problemas de
base em um conjunto de elementos. contagem. Para iniciar a atividade, proponha a situa-
ção: a família de Felipe está indecisa, e precisa fazer
Expectativas de respostas descobrir a melhor opção para escolher os jogos que
1. Respostas pessoais. Espera-se que o aluno verifique desejam levar, então questione-os: Quais são os jogos
e reflita sobre situações cotidianas nas quais faz que eles podem escolher?; Vamos fazer uma lista ou
escolhas entre inúmeras possibilidades. um esquema para analisar as escolhas?

101 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 101 28/12/2021 11:09


Nesse tipo de problema, a ordem não faz diferen- existem situações em que há repetições e outras em
ça. Assim, baralho-dominó é a mesma possibilidade que não há, e que isso sempre deve ser considerado.
que dominó-baralho, por isso é fundamental atenção
e foco nas discussões. As estratégias de resolução
também podem influenciar em respostas equivoca- RAIO X
das. Por exemplo, fazer um quadro combinatório ou
árvore de possibilidades pode resultar em jogos re- Orientações
petidos, por isso é necessário eliminar os casos em O propósito desta atividade é verificar se os alunos
que representam a mesma possibilidade. Problemas compreenderam como resolver problemas envolvendo
de contagem surgem a partir de atividades simples do a combinação de mais de um elemento. Os alunos de-
nosso cotidiano, por exemplo, quando temos 5 anéis vem realizar este problema individualmente. Ao final,
e desejamos escolher três (apresentado na seção solicite a eles que compartilhem suas respostas. Nesse
Raio X), ou então quando para fazer um sanduíche momento, faça suas intervenções, levando em conta
podemos escolher dois tipos de pães e quatro recheios. que os erros são boas oportunidades para reflexão e
Para essas situações o aluno deve buscar respostas cujas aprendizagem. Então, peça aos alunos que expliquem
soluções envolvem a tarefa de contagem. Enfatize que, seus erros e pensamentos e como podem corrigi-los. É
quando lidamos com a tarefa de contar e escolher, nos importante o uso de material manipulativo para constru-
parece apenas que basta identificar valores e realizar ção de todas as possibilidades. Reproduza os desenhos
contagem, mas nesses casos é preciso atribuir sentido e deixe que eles manipulem. É necessário mais de um
ao contexto, compreendê-lo e interpretá-lo. anel igual para a reprodução. É importante lembrar
que a ordem não forma novas possibilidades; logo, a
Expectativas de respostas opção (anel 1, anel 3 e anel 5) corresponde à mesma
São ao todo 15 possibilidades para escolher 2 jogos. possibilidade de (anel 3, anel 1 e anel 5) ou (anel 5,
Baralho - dominó, baralho - boliche, baralho - dama, anel 1 e anel 3) ou qualquer outra organização desses
baralho - xadrez, baralho - ludo três elementos. Socialize as respostas e pergunte: Será
Dominó - boliche, dominó - dama, dominó - xadrez, que ainda tem outro jeito diferente?
dominó - ludo Com o material manipulativo você pode propor aos
Boliche - dama, boliche - xadrez, boliche - ludo alunos que façam as escolhas considerando o uso de
Dama - xadrez, dama - ludo dois anéis, por exemplo.
Xadrez - ludo Permita que o aluno avalie seus conhecimentos,
pergunte: Você saberia dizer o que é combinação?;
Quais combinações você gostou de fazer?; Como você
DISCUTINDO as resolveu?
Aproveite esse momento de avaliação do aprendi-
Orientações zado para sanar eventuais dúvidas que ainda existam.
Relembre com os alunos as aprendizagens da aula,
enfatizando a resolução de problemas que envolam Expectativas de respostas
combinações e contagem. Fazer uma lista exaustiva é 1. São 10 possibilidades de escolha de 3 anéis de
uma boa estratégia quando há poucos elementos, mas um conjunto de 5 anéis:
é necessária uma certa sistematização na organiza- (anel 1, anel 2 e anel 3), (anel 1, anel 2 e anel 4),
ção da lista para não escapar nenhuma possibilidade. (anel 1, anel 2 e anel 5), (anel 1, anel 3 e anel 4),
Faça uma roda de conversa e discuta outras possíveis (anel 1, anel 3 e anel 5), (anel 1, anel 4 e anel 5)
estratégias. (anel 2, anel 3 e anel 4), (anel 2, anel 3 e anel 5),
(anel 2, anel 4 e anel 5)
RETOMANDO (anel 3, anel 4 e anel 5).
2. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos comen-
Relembre com os alunos as aprendizagens da aula, tem acerca das possibilidades e do que realmente
enfatizando a resolução de problemas que envolvam pode acontecer; relembre que há combinações
combinações e contagem. Comente com os alunos que em que a ordem dos elementos importa e outras em

102 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 102 28/12/2021 11:09


que isso não é importante; ou percebam que há
diferentes estratégias para resolver problemas
de combinação.

Sugestão de material complementar para o aluno


As atividades produzidas pela Khan Academy Brasil
podem ser indicadas para os alunos como estratégia
para a retomada de conteúdo e esclarecimento de
dúvidas, na seção Retomando.
Ao seu critério, a visualização pode ser indicada antes
da Avaliação Diagnóstica proposta na seção Raio-X.
Khan Academy Brasil. Uso de diagramas para reso-
lução de problemas de combinação. 2019. Disponível
em: https://pt.khanacademy.org/math/pt-4-ano/numeros-
fracoes-4ano/problemas-de-contagem/v/uso-de-dia
gramas-para-resoluo-de-problemas-de-combinao-parte-i.
Acesso em: 18 dez. 2021.

ANOTAÇÕES

103 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 103 28/12/2021 11:09


5. Resolvendo problemas
PÁGINA 104 PÁGINA 105

5. Resolvendo problemas MÃO NA MASSA

Fotografar é uma das maneiras que a humanidade criou de registrar momentos. As Em um banco de praça, quatro amigos (Amanda, Breno, Carlos e Daniela) vão tirar uma
primeiras fotografias de que se tem registro datam do início do século XIX e foram feitas na foto. Quantas fotos diferentes podem ser tiradas, considerando a ordem (posição) dos amigos
França. Fotografar também é uma forma de arte bastante valorizada. no banco? Utilize o espaço abaixo para registrar as possibilidades.

FG Trade/E+/Getty images

KeithBinns/E+/Getty images
1a 2a 3a 4a

1. O que você gosta de fotografar? Você gosta de ser fotografado(a)? Quais fotogra-
fias você acha bonitas? Quais você acha tristes?

104 4 o ANO 105 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 106 PÁGINA 107


EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LA.indb 104 27/12/2021 11:33 EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LA.indb 105 27/12/2021 11:33

Blusa Shorts Tênis


DISCUTINDO
Vermelha Jeans Branco
Para resolver a questão, você pode pensar que Amanda (A) está na posição 1; Breno
Rosa Preto Azul
(B), na posição 2; Carlos (C), na posição 3; e Daniela (D), na posição 4. Dessa forma, uma
possível fotografia seria indicada por ABCD. Depois, você precisa trocar as pessoas de lugar,
Branca Bege Preto
assim: ABDC, ACBD, ACDB, ADBC, ADCB. Em seguida, você coloca Breno (B) na posição 1 e
faz o mesmo, e então Carlos (C) e Daniela (D), até realizar todas as permutações possíveis.
Entendeu?
A seguir, escreva qual estratégia utilizou para criar as combinações. Depois, explique
sua estratégia para os colegas.

2. Ana, Pedro, Felipe e Carla estão na fila da cantina da escola. De quantos modos
diferentes esses quatro amigos podem organizar-se na fila? Registre sua resposta
e sua estratégia de resolução.

RETOMANDO

Nesse problema, você deve ter percebido que a mudança de ordem das pessoas no banco
da praça gera novas possibilidades, ou seja, resulta em uma fotografia diferente com as pessoas
em uma posição diferente. Mesmo que apenas duas pessoas troquem de lugar, a fotografia não
seria a mesma; assim, as possibilidades são distintas. Em uma foto com Amanda, Breno, Carlos
e Daniela, nessa ordem, é diferente de uma foto com Amanda, Breno, Daniela e Carlos.

RAIO X

1. Ana está na dúvida sobre a roupa que usará no passeio de sábado. Ela tem as
opções da tabela para escolher. De quantas formas diferentes ela pode vestir-se
usando uma blusa, shorts e um par de tênis? Pense nas possibilidades e registre-as
no espaço a seguir.

106 4 o ANO 107 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LA.indb 106 104 27/12/2021 11:33 4 o ANO


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EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 104 28/12/2021 11:09


Habilidade do DCRC
Resolver, com o suporte de imagem e/ou material manipulável, problemas simples de contagem, como a
EF04MA08 determinação do número de agrupamentos possíveis ao se combinar cada elemento de uma coleção com
todos os elementos de outra, utilizando estratégias e formas de registro pessoais.

Sobre o capítulo
• Contextualizando: discutir as possibilidades de Materiais
combinações por meio de situações-problemas Figuras impressas de pessoas.
que envolvam a ideia de elementos de conjunto
que sejam mutuamente permutáveis. Contexto prévio
• Discutindo: usar problemas em que a ordem Reconhecer que as relações em contextos de
dos elementos produza novas possibilidades. atividades combinatórias acontecem entre elementos
• Retomando: refletir sobre o uso de estratégias de um único conjunto combinados entre si.
distintas de resolução.
• Raio X: solicionar situações-problema de con- Dificuldades antecipadas
tagem a partir do que foi visto no capítulo. Os alunos podem ter dificuldade em observar
que a ordem dos elementos, nos contextos apre-
Objetivos de aprendizagem sentados, gera novas possibilidades. A ideia de
• Resolver situações de contagem por meio de dramatizar a situação e fotografar as possibilidades é
diferentes estratégias (diagramas, listas, árvo- interessante para ampliação da compreensão pelos
res, tabelas). alunos. O uso de material manipulativo auxilia nesse
processo de compreensão, pois é visualmente mais
fácil observar as diferenças entre as possibilidades.

CONTEXTUALIZANDO
Expectativas de respostas
Orientações São 24 possibilidades de fotografia diferentes:
Faça uma discussão sobre fotografias analógicas e ABCD, ABDC, ACBD, ACDB, ADBC, ADCB
digitais, câmeras fotográficas e celulares. Essa discussão BACD, BADC, BCAD, BCDA, BDCA, BDAC
é para introduzir o problema referente à seção Mão na CABD, CADB, CBDA, CBAD, CDAB, CDBA
massa. A ideia é que a situação possa ser dramatizada DABC, DACB, DBAC, DBCA, DCAB, DCBA.
e fotografias reais possam ser tiradas e expostas à sala.

Expectativas de respostas DISCUTINDO


Resposta pessoal.
Essa é uma dica para a sistematização de uma lista
exaustiva, mas não deve ser a única opção de resolução.
MÃO NA MASSA Permita que os alunos compartilhem as estratégias
pessoais e apresente, se necessário, outras estratégias.
Orientações Pontue as diferenças na mudança de dois elementos
Utilize e socialize outras formas de resolução, como a (pessoas) na fotografia.
árvore de possibilidades. O uso de material manipulativo
é muito importante. A situação pode ser dramatizada na Expectativas de respostas
sala de aula, e fotos podem ser tiradas para que a turma, Resposta pessoal Espera-se que os estudantes
coletivamente, observe que, nesses contextos, a ordem dos apresentem estratégias trabalhadas no decorrer
elementos geram novas possibilidades. Aos alunos que da unidade ou outras que tenham desenvolvido.
apresentarem dificuldade, pode ser proposto pensar em três
pessoas no banco, e depois passar para quatro pessoas.

105 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 105 28/12/2021 11:09


RETOMANDO

Orientações
A variedade de problemas de contagem auxilia os
alunos a desenvolverem um tipo de raciocínio muito
importante em matemática: o raciocínio combinatório.
A sugestão para esta etapa é usar materiais manipu-
lativos ou o apoio de imagens e usar um número não
muito grande de possibilidades a fim de que elas pos-
sam ser listadas sem grandes dificuldades. O uso de
diferentes estratégias também é importante, como tem
sido evidenciado em todos os capítulos dessa unidade.

RAIO X

Orientações
Permita que os alunos construam suas possibilida-
des. Instigue-os a pensar novas formas de resolver a
situação-problema. Se possível, trabalhe a atividade
em dupla, permitindo que os alunos discutam como
resolveram os questionamentos.
Nesta atividade, quaisquer estratégias poderão ser
utilizadas, como as árvores de possibilidades ilustradas
nas “Expectativas de respostas”. Aproveite esse momen-
to de avaliação do aprendizado para sanar eventuais
dúvidas que ainda existam.

Expectativas de respostas

Branco Branco
Jeans Azul Jeans Azul

Preto Preto

Branco Branco
Vermelha Preto Azul Rosa Preto Azul

Preto Preto

Branco Branco
Bege Azul Bege Azul

Preto Preto

106 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 106 28/12/2021 11:09


Branco 1. São 27 possibilidades ao todo. Nas árvores de
possibilidades a seguir, temos, na sequência:
Jeans Azul blusa, shorts, par de tênis
Preto 2. São 24 possibilidades:
APFC, APCF, AFPC, AFCP, ACFP, ACPF
PAFC. PACF, PFAC. PFCA, PCAP, PCAF
Branco FAPC, FACP, FPAC, FPCA, FCAP, FCPA
Branca Preto Azul CAFP. CAPF, CPFA, CPAF, CFPA, CFAP.

Preto

Branco
Bege Azul

Preto

ANOTAÇÕES

107 M AT E M ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 107 28/12/2021 11:09


UNIDADE 2

SEQUÊNCIA NUMÉRICA
COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

2; 4; 7.

HABILIDADES DO DCRC

EF04MA11 Identificar regularidades em sequências numéricas compostas por múltiplos de um número natural.

Reconhecer, por meio de investigações, que há grupos de números naturais para os quais as divisões por um
EF04MA12
determinado número resultam em restos iguais, identificando regularidades.

OBJETOS DE CONHECIMENTO

Compreender o significado de múltiplo de um número natural


Sequência numérica recursiva formada por múltiplos de um número natural
Sequência numérica recursiva formada por números que deixam o mesmo resto ao ser divididos por um mesmo
número natural diferente de zero

UNIDADES TEMÁTICAS

Álgebra

PARA SABER MAIS

• L ONGATO, S. Álgebra nos anos iniciais do EF: como significar seu desenvolvimento?, 2021. Disponível em: https://mathema.
com.br/artigos/algebra-nos-anos-iniciais-do-ef-como-significar-seu-desenvolvimento-com-os-estudantes/
• VAN DE WALLE, John A. Matemática no ensino fundamental: formação dos professores e aplicação em sala de aula.
Porto Alegre: Artmed, 2009.

108 4 o ANO

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1. O que é múltiplo?
PÁGINA 108 PÁGINA 109

UNIDADE 2
c.

SEQUÊNCIA NUMÉRICA
1. Junte-se com um colega e desenhe, nos retângulos vazios, os elementos ausentes
que correspondem a cada uma das sequências representadas:

a. Como vocês identificaram o elemento ausente em cada uma das sequências?

1. O que é múltiplo?
Observe as sequências de figuras abaixo e discuta com seus colegas e professor(a).
b. Que regra vocês podem descrever para formarmos cada uma das sequências?

2. Observe as sequências de figuras que você completou.

⊲ Complete os espaços abaixo de cada um dos elementos das sequências com o


número que representa a quantidade de formas geométricas que os compõem.

⊲ Com base nos exemplos, como você explicaria para o seu colega o que é uma a.
sequência?
⊲ Quais são as características que você pode destacar de cada uma dessas
sequências?
⊲ Como podemos identificar os elementos ausentes em cada uma das sequências?
⊲ Você percebe alguma regularidade?

MÃO NA MASSA b.

Observe as sequências de figuras abaixo.

a.

c.

b.

108 4 o ANO 109 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 110 PÁGINA 111


EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LA.indb 108 EFAI_NAC_MA_4ANO_4BI_LA_UN3_CAP1_I002: 27/12/2021 11:33 EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LA.indb 109 27/12/2021 11:33

⊲ O que você observa em relação aos elementos das sequências de figuras em ⊲ Você percebeu esse tipo de relação nas outras sequências? Compartilhe com a turma.
cada caso? Quais relações podemos perceber entre os números que escreve- ⊲ A que conclusões vocês chegaram sobre a regra de formação de cada uma das
mos para representar os termos em cada uma das sequências? sequências?

⊲ São as mesmas relações que percebemos nas representações com desenhos?


RETOMANDO

As sequências que vimos neste capítulo têm uma regra de formação em comum: todas
elas são formadas a partir da multiplicação de um número natural por outro número natural.
3. Crie uma sequência de figuras. Peça a seu colega que escreva a sequência numé- Chamamos esse tipo de sequência de múltiplos de um número.
rica correspondente e descubra a regra que você usou. No caso das sequências da aula, obtivemos as sequências de múltiplos de 4, 3 e 2. Elas
foram apresentadas por meio de desenhos e, em seguida, representadas por números.
As sequências podem ser formadas por vários tipos de elementos, como objetos, letras
e números.

RAIO X

Agora vamos praticar! Complete os espaços vazios com os múltiplos dos números de
acordo com o que se pede.

1. Primeiros 20 múltiplos de 1:
Sequências nas quais podemos determinar um termo a partir
dos seus antecessores são chamadas sequências recursivas. , , , , , , , ,
, , , , , , , ,
, , , .
DISCUTINDO
2. Múltiplos de 2 entre 40 e 60:
⊲ Antes de escrever os números referentes a cada um dos termos das sequências, 40, , , , , , , ,
vocês conseguiram descobrir as regras utilizadas para formar cada uma delas?
⊲ , , 60.
Ao trocar os desenhos por números, quais números você encontrou em cada uma
das sequências? Existe relação entre eles?
3. Múltiplos de 9 entre 1 e 100:
A colega de Isadora percebeu que, ao colocar os desenhos e, em
, , , , , , , ,
seguida, os números referentes a cada termo da sequência, poderia fa-
zer algumas comparações. , .
Na primeira sequência, ela percebeu que havia uma regularidade. 16
Ao desenhar, ela percebeu que cada termo da sequência tinha 4 qua-
4. Múltiplos de 7 entre 1 e 100:
drados a mais que o seu antecessor. Quando escreveu os números, ela percebeu que essa
regularidade se mantinha, ou seja, os termos da sequência aumentavam de 4 em 4. A partir , , , , , , , ,
da sequência numérica 4, 8, 12, 16, 20, 24 podemos escrever 1 × 4, 2 × 4, 3 × 4 e assim suces-
, , , , , .
sivamente, o que dá a ideia de múltiplo de um número; nesse caso, múltiplos de 4.

110 4 o ANO 111 M AT EM ÁT I CA

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109 M AT E M ÁT I CA
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Habilidades do DCRC
EF04MA11 Identificar regularidades em sequências numéricas compostas por múltiplos de um número natural.
Reconhecer, por meio de investigações, que há grupos de números naturais para os quais as divisões por
EF04MA12
um determinado número resultam em restos iguais, identificando regularidades.

Sobre o capítulo Dificuldades antecipadas


• Contextualizando: sondar o que é uma sequência Caso os alunos tenham dificuldades em en-
e determinar os elementos ausentes. contrar os padrões e regularidades nas sequên-
• Mão na massa: elaborar e identificar estratégias cias pictóricas, questione-os para que percebam
que possibilitem reconhecer regularidades em as regularidades: “Qual é o primeiro desenho?
sequências figurais e numéricas. Descreva o segundo desenho?”; “Há diferenças
• Discutindo: apresentar e discutir acerca entre eles?”; “Há algum desenho repetido?”; “Com
de estratégias utilizadas para reconhecer que frequência se repete?”; “Qual o desenho ante-
regularidades em sequências figurais e numéricas. rior?”; “Qual o desenho que vem depois?”; “Será
• Retomando: sistematizar e estruturar os objetivos que isso ocorre sempre?”. Na hora da transposição
de aprendizagem propostos. das representações pictóricas ou geométricas para
• Raio X: resolver problemas que envolvam a numérica, ajude-os questionando e realizando
sequências recursivas formadas por múltiplos a contagem dos desenhos que compõem cada
de um número natural. elemento da sequência. “Quantos quadradinhos,
triângulos ou círculos há no primeiro elemento?”;
Objetivos de aprendizagem “E no seguinte?”; “E no próximo”; “Vamos anotar
• Compreender o significado de múltiplo esses números?”. Nem sempre os alunos conse-
• Reconhecer sequências recursivas e suas regras guem identificar as regularidades das sequências
de formação numéricas obtidas; ajude-os fazendo questiona-
mentos como: “O que podemos observar nestes
Contexto prévio números?”; “Estão aumentando?”; “Diminuindo?”;
Para o trabalho a ser desenvolvido nesse capítulo, “De quanto em quanto?”; “Há alguma outra relação
os alunos devem reconhecer o que é uma sequência, entre eles?”; “Há alguma relação deles com as
sua construção e identificar os elementos ausentes. tabuadas de multiplicação?”.

CONTEXTUALIZANDO elemento que falta no espaço indicado é um rosto. Na


segunda sequência observamos esta regra: uma seta
para baixo, uma para cima, uma para baixo, uma para
Orientações
cima, e assim sucessivamente. Seguindo essa regra, o
Deixe que os alunos observem e percebam a regra
aluno deve perceber que o elemento que falta no primeiro
de formação das sequências. Após um tempo destina-
espaço indicado é uma seta para baixo. No segundo es-
do para que eles formulem suas respostas, organize paço vazio, falta uma seta para cima e, no último espaço,
uma roda de conversa para que todos possam discutir uma seta para baixo. Na terceira sequência, a regra é
acerca de suas observações. O objetivo é fazer uma dois pares de triângulos equiláteros unidos por um dos
sondagem dos conhecimentos prévios dos alunos e lados e um par de triângulos equiláteros unidos por um
que eles identifiquem as regularidades das sequências dos vértices. Assim, o primeiro elemento ausente é o par
propostas, por meio de questionamentos, e levá-los de triângulos unidos pelo vértice, e os últimos elementos
a identificar o elemento que as completa, obedecen- ausentes na sequência são pares de triângulos unidos
do a regra de formação da sequência. Na primeira pela base. Na última sequência, observamos esta regra:
sequência, a regra de formação é: dois rostos e um Lua virada para direita, Lua virada para a esquerda,
raio, dois rostos e um raio, e assim sucessivamente. nuvem e Sol. Assim, o elemento ausente é a Lua virada
Seguindo essa regra, o aluno deve perceber que o para a esquerda.

110 4 o ANO

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MÃO NA MASSA RETOMANDO

Orientações Orientações
No decorrer da atividade, faça questionamentos Sistematize objetivamente o conceito do capítulo,
aos alunos, ajudando-os a substituir os desenhos por formalizando o conceito de múltiplo presente nas se-
números e a identificar os padrões e as regularidades quências numéricas que foram obtidas na seção Mão
nas sequências propostas. Pergunte a eles: “Que tipos na massa. Se julgar necessário, faça uma tabela expli-
de sequências podem existir além de desenhos?”; “Quais cando como podemos encontrar múltiplos de qualquer
vocês já viram e onde?”; “Como eram formadas?”; “Como número.
podemos identificar o elemento que falta?”; “Como
vocês pensaram?”; “Existem diferentes maneiras de
descobrir isso?”; “Que relações entre os números pode- RAIO X
mos perceber em cada uma das sequências?”; “São as
mesmas relações que percebemos nas representações Orientações
com desenhos?”; “Como ficaram compostas essas se- Peça aos alunos que, individualmente, leiam a ativi-
quências numéricas?”; “Como ficaram as sequências dade e a realizem identificando quais são os números
numéricas que vocês encontraram com base nos dese- solicitados. Em seguida, deixe que cada aluno discuta
nhos?”; “Todos encontraram as mesmas sequências?”; com um colega suas soluções e modos que utilizam
“A que conclusões vocês chegaram sobre a regra de para identificar esses números. Reserve para um de-
formação de cada sequência?”; “Encontraram relação bate coletivo e deixe que as duplas compartilhem o
com as tabuadas de multiplicação? que discutiram.
O objetivo é que eles percebam o padrão e a re-
gularidade nas sequências, identifiquem o elemento Expectativas de respostas
ausente e o representem. Em seguida, ao preencher com 1. Efetuar a multiplicação de 1 pelos primeiros 20
os números que compõem cada uma das sequências números naturais (1 × 1, 2 × 1, 3 × 1, … 20 × 1)
obtidas, queremos que percebam que são sempre o Perceber que o resultado será sempre o próprio
produto de um número natural por um número espe- número): 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14,
cífico: 1 × 4, 2 × 4, 3 × 4, … e assim sucessivamente. 15, 16, 17, 18, 19, 20.
2. Sabendo que os múltiplos de 2 são sempre núme-
Expectativas de respostas ros pares, basta identificar quais são os números
1. Respostas pessoais. pares que estão dentro do intervalo de 40 a 60.
2. a) (4, 8, 12, 16, 20, 24) 40, 42, 44, 46, 48, 50, 52, 54, 56, 58, 60.
b) (3, 6, 9, 12, 15, 18, 21) 3. Efetuar a multiplicação de 9 pelos números
c) (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16) naturais (1 × 9, 2 × 9, 3 × 9, …, 10 × 9) até que
3. Resposta pessoal. os resultados sejam menores que 100.
9, 18, 27, 36, 45, 54, 63, 72, 81, 90
4. Efetuar a multiplicação de 7 até que os resul-
DISCUTINDO tados sejam menores que 100 (1 × 7, 2 × 7, 3 ×
7, ...., 10 × 7, 11 × 7, 12 × 7, 13 × 7, 14 × 7).
Orientações 7, 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56, 63, 70, 77, 84, 91, 98)
Agora é o momento de ouvir os estudantes e com-
partilhar a maneira como os eles pensaram. Faça uma
roda de conversa para discutir com a turma. Por meio de
questionamentos, ajude os alunos a perceber a relação
com as tabuadas de multiplicação para trabalhar a ideia
de múltiplo nas sequências.

111 M AT E M ÁT I CA

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2. Explorando os múltiplos
PÁGINA 112 PÁGINA 113

Eles produzem um som que percorre ou se propaga pelo ambiente (ar ou água) por
2. Explorando os múltiplos meio do que chamamos de ondas sonoras. Quando essas ondas atingem algum objeto, o
som retorna para o animal que o produziu, por meio do eco. Quanto mais rápido o eco retor-
Sabemos que as sequências podem ser formadas por diferentes elementos, organiza- na, mais próximo está o objeto. Interessante, não é?
dos de acordo com um critério de formação que obedece a um padrão e regularidade prede-
finida. Observe as sequências abaixo: 1. Em busca de alimento, um golfinho usa a ecolocalização para encontrar sua presa.

2. As linhas representam a propagação das ondas sonoras emitidas pelo golfinho.


1.

2. A A B AACAADAAEAAFA...
5s 10s 15s

3.

4. 90, 80, 70, 60, 50, 40 ...

⊲ Observando a figura, na sua opinião o que representam os números que apare-


5. 50, 100, 150, 200, 250 ... cem entre as linhas?
⊲ O que você pode afirmar em relação ao tempo de propagação do som?
6. 100, 80, 60, 40 ... ⊲ Você pode dizer em quanto tempo o som emitido pelo golfinho atinge a presa?
⊲ Podemos dizer que os números que aparecem na imagem formam uma sequên-
⊲ Quais são as semelhanças e diferenças entre as sequências apresentadas? cia? Se sua resposta for afirmativa, qual é a regra de formação dessa sequência?
⊲ Qual é a regra de formação da sequência 5? Como podemos ter certeza? ⊲ Sabendo que o som do eco retorna para o golfinho no mesmo intervalo de tem-
⊲ Quais tipos de elementos formam sequência 1? po gasto para atingir a presa, escreva a sequência completa de ida do som e
⊲ Todas as sequências apresentadas têm uma regra? volta do eco.
⊲ Será que o jogo da amarelinha é um tipo de sequência?
⊲ E as cartas de um baralho? 3. Sobre a situação exposta, responda às seguintes perguntas:
⊲ Será que existem sequências na natureza?
a. É possível saber em quanto tempo o som atingirá o peixe? Como?

MÃO NA MASSA
Você já ouviu falar em ecolocalização? Trata-se de um sistema de localização que
b. Após atingir o peixe, o som do eco deve retornar para o golfinho. Em quanto
alguns animais, como golfinhos, morcegos, algumas aves e insetos utilizam.
tempo o golfinho ouvirá de volta o eco do som que ele produziu?
Normalmente, eles usam esse sistema para saber se há algum objeto à sua frente e o
quanto esse objeto está próximo. Assim, eles conseguem desviar de obstáculos, ou mesmo
identificar presas e capturá-las.
c. Em 10 segundos, o som havia percorrido 15 km. Será que conseguimos descobrir
a que distância o golfinho está de sua presa?

112 4 o ANO
113 M AT EM ÁT I CA

PÁGINA 114 PÁGINA 115


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DISCUTINDO RETOMANDO

Vimos que, a partir de uma sequência de números naturais, podemos obter sequências As sequências podem estar presentes em situações cotidianas e na natureza, e elas po-
de múltiplos. Veja abaixo: dem nos ajudar a solucionar alguns problemas.
⊲ Múltiplos de 2:
⊲ A sequência formada pela ecolocalização era composta por múltiplos de 5.
⊲ 2 × 1, 2 × 2, 2 × 3, 2 × 4, 2 × 5, ….
⊲ 2, 4, 6, 8, 10, …. ⊲ Foi possível identificar um padrão e regularidade ao observar a situação proposta.
⊲ Ao utilizar os dados do problema, conseguimos resolver uma situação, calculando o
⊲ Múltiplos de 3: tempo do som do eco e qual distância o golfinho deveria nadar para atingir sua presa.
⊲ 3 × 1, 3 × 2, 3 × 3, 3 × 4, 3 × 5, ...
⊲ 3, 6, 9, 12, 15, …. Que tal fazer uma pesquisa em casa ou na escola, procurando em livros, revistas, internet
ou entrevistando pessoas mais experientes, sobre outras situações nas quais estão presentes
⊲ Múltiplos de 30:
sequências compostas por múltiplos de um número?
⊲ 30 × 1, 30 × 2, 30 × 3, 30 × 4, ...
⊲ 30, 60, 90, 120, …

Como podemos fazer para encontrar os múltiplos de um número natural? Existe um pa- RAIO X
drão nos resultados dessas sequências?

Agora vamos ecolocalizar!


Imagine que as sequências numéricas abaixo indicam o tempo de propagação do som
em sistemas de ecolocalização em diferentes situações, com diferentes animais. Complete-as
adequadamente com os valores que faltam.

a. 2, 4, 6, , 10, , 14, 16, , 20.

b. , 6, 9, , 15, , 21, 24, .

c. 10, 20, 30, , 50, , , , , .

d. 7, 14, 21, , , 42, 49, , , .

e. 100, 200, 300, , , 600, , , , .

114 4 o ANO
115 M AT EM ÁT I CA

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Habilidades do DCRC
EF04MA11 Identificar regularidades em sequências numéricas compostas por múltiplos de um número natural.
Reconhecer, por meio de investigações, que há grupos de números naturais para os quais as divisões por
EF04MA12
um determinado número resultam em restos iguais, identificando regularidades.

Sobre o capítulo Dificuldades antecipadas


• Contextualizando: discutir sequências, seus Caso o aluno tenha dificuldade em identificar o pa-
elementos e critérios de formação. drão e a regularidade presentes na situação proposta,
• Mão na massa: elaborar estratégias que ajude-os questionando: “Como podemos identificar a
possibilitem a resolução de problemas de regra de formação nessa sequência?”; “O que pode-
sequências numéricas. mos observar nesses números?”; “Estão aumentando?”;
• Discutindo: analisar uma possível resolução e “Diminuindo?”; “De quanto em quanto?”; “Como podemos
questionar acerca das estratégias utilizadas. ter certeza disso?”. Os alunos podem ter dificuldades
• Retomando: sistematizar os objetivos de em identificar quais operações matemáticas devem ser
aprendizagem propostos. utilizadas para responder a cada uma das perguntas
• Raio X: resolver uma situação-problema sobre no Mão na massa. Nesse caso, deixe que a turma
o tema da aula. procure a forma que achar melhor (através de dese-
nhos, esquemas ou representações) para identificar
Objetivos de aprendizagem quais operações matemáticas podem ser utilizadas
Identificar padrões e regularidades em sequên- para resolver a questão. Caso os alunos encontrem
cias de múltiplos dificuldade em encontrar sequências que envolvam
Ordenar sequência numérica em ordem crescente multiplicação, explique a eles que, nesse tipo de se-
e decrescente quência, os números vão sendo multiplicados por um
mesmo fator, por exemplo, na sequência 2, 4, 6, 8...
Contexto prévio Pergunte a eles: Qual é o próximo número? Espere para
Para o desenvolvimento do trabalho deste verificar a resposta. Em seguida, responda se estão
capítulo, os alunos devem saber o conceito de certos ou não e diga-lhes que a resposta seria 10, pois,
sequências, identificar padrões e interpretar nesse exemplo, os números naturais são multiplicados
situações-problema. por 2. Se preferir, use outros exemplos.

CONTEXTUALIZANDO MÃO NA MASSA

Orientações Orientações
Lembre aos alunos, por meio da discussão coletiva Deixe que, em duplas, os alunos procurem estratégias
com a turma, que sequências podem ser formadas por de resolução. Eles podem desenhar, fazer cálculos, o
diferentes elementos (figuras, letras, símbolos, formas, que quiserem para tentar resolver a situação proposta.
números, etc.). Os elementos precisam estar organizados A atividade 1 tem o propósito de orientar as discussões
de acordo com um critério de formação que obedece a sobre a situação apresentada e criar condições para
um padrão e regularidade predefinida. Peça aos alunos que sejam estruturados os conhecimentos necessários
que descrevam oralmente qual é o critério de formação para que os alunos possam responder satisfatoriamente
em cada um dos exemplos. Depois ajude-os a refletir se à atividade 2. No item a, os alunos podem continuar
já viram algum tipo de sequência em alguma situação completando os outros espaços da sequência com os
cotidiana ou em alguma brincadeira. números adequados.

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Para isso, eles poderão pensar: c) Se, a cada 10 segundos, o som percorre 15 km,
• Cada intervalo é um múltiplo de 5, e então completar em 30 segundos ele percorrerá: 3 × 15 = 45 km.
o restante, obtendo os seguintes resultados:
5, 10, 15, 20, 25, 30.
• Cada intervalo aumenta 5 segundos, obtendo os DISCUTINDO
seguintes resultados: 5, 10, 15, 20, 25, 30. Os resultados
são os mesmos; porém, a linha de pensamento é Orientações
diferente. Discuta as duas soluções, ou outras, caso Recorde com os alunos o processo para obtenção
sejam apresentadas pela turma. dos números que compõem o conjunto dos múltiplos
No item b, os alunos precisam perceber que as dis- de um determinado número natural. Utilize os exem-
tâncias de ida e de volta são iguais. E, portanto, a menos plos para lembrá-los do processo e comente com eles
que algum obstáculo surja no caminho, o tempo será o que a sequência dos múltiplos pode continuar infini-
mesmo. Considerando que, nessa hipótese, não surgirá tamente. Comece conversando sobre os múltiplos de
nenhum obstáculo, seguem algumas possibilidades de 2 e 3 e, em seguida, os múltiplos de 30, mostrando
solução para identificar o tempo de volta do som. Os aos alunos que podemos obter do mesmo modo os
alunos poderão completar, obtendo a seguinte sequência múltiplos de qualquer número natural. Peça-lhes que
numérica: (5 s, 10 s, 15 s, 20 s, 25 s, 25 s, 30 s). exponham como acharam o múltiplo de um número e
Com base nela poderão pensar: quais são os padrões de cada sequência formada e
• Se o tempo de ida do som é 30 segundos, e o eco que compartilhem com os colegas a maneira como
levará o mesmo tempo para voltar ao golfinho, resolveram o problema. O objetivo é recordar o que é
podemos efetuar 30 + 30 = 60 segundos. múltiplo e que eles formam sequências.
• Se o tempo de ida do som é 30 segundos, e o eco
levará o mesmo tempo para voltar ao golfinho, Expectativas de respostas
podemos efetuar 2 × 30 = 60, ou 30 × 2 = 60 segundos. Resposta pessoal.
O mesmo raciocínio poderá ocorrer sem que os alu-
nos façam o esquema prévio no papel. Talvez façam
somente os cálculos. RETOMANDO
• Podemos também, completar a sequência com Orientações
os números da volta do eco, obtendo o seguinte Para melhor orientar as pesquisas, procure pre-
esquema, em que os números sem negrito indicam os viamente um exemplo e apresente-o à sala. Combine
tempos de ida, do som e os números em negrito, com eles o formato da entrega; por exemplo, apresen-
os tempos de retorno do eco. tação para sala, confecção de cartazes (que podem
No item c, eles podem montar a sequência numérica ser expostos na sala de aula) ou ainda fotos (que
diretamente na figura, colocando a distância percorrida poderão ser utilizadas em uma publicação nas redes
(15 km) a cada 10 segundos. sociais da escola).
• Se, a cada 10 segundos, o som percorre 15 km, em
30 segundos ele percorrerá: 3 × 15 = 45 km; ou a
adição repetida: 15 + 15 + 15 = 45 km. Outras maneiras RAIO X
de se obter a solução também são possíveis. Caso
algum aluno faça outra abordagem, discuta-a com
a turma. Orientações
Reserve um tempo para um debate coletivo e deixe
Expectativas de respostas que as duplas compartilhem o que discutiram. Questione:
3. a) Sim, completando a sequência. “Como podemos encontrar os padrões para completar as
b) Considerando que não haja nenhum obstácu- sequências?”; “Com quais tabuadas da multiplicação cada
lo, as distâncias de ida e de volta são iguais; uma das sequências está relacionada?”; “Toda tabuada
portanto o tempo também. Se o tempo de ida é uma sequência numérica que segue um padrão?”. O
é 30 s, o de volta será de 30 s. Logo, o golfinho objetivo é que eles identifiquem padrões e regularida-
ouvirá o eco do som em 60 s. des nas sequências dadas e utilizem esses dados para
completar as sequências com os elementos ausentes.

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Expectativas de respostas
a) 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20. (Os alunos poderão
pensar: são múltiplos de 2, são números pares,
estão aumentando de 2 em 2).
b) 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27. (O alunos poderão
pensar: são múltiplos de 3, estão aumentando
de 3 em 3).
c) 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90, 100. (Os alu-
nos poderão pensar: são múltiplos de 10, estão
aumentando de 10 em 10).
d) 7, 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56, 63, 70. (Os alunos
poderão pensar: são múltiplos de 7, estão au-
mentando de 7 em 7).
e) 100, 200, 300, 400, 500, 600, 700, 800, 900,
1000. (O alunos poderão pensar: são múltiplos
de 100, estão aumentando de 100 em 100).

ANOTAÇÕES

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3. Números que deixam o mesmo resto
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MÃO NA MASSA
3. Números que deixam o mesmo resto
Vimos que o resto da divisão do múltiplo de um número por esse número sempre é 0.
Nos capítulos anteriores, aprendemos sobre os elementos das sequência dos múltiplos Mas o que será que acontece com os restos da divisão dos números que não sejam múltiplos
de um número natural e diferentes estratégias para identificá-los. de um número natural?
Você sabia que, se dividirmos cada um deles pelo número que originou a sequência,
obtemos o resto zero? Veja os exemplos abaixo. 1. Complete a sequência com os números naturais que estão faltando entre cada um
dos múltiplos de 4. Depois, divida cada um deles por 4 e anote no quadradinho
⊲ Múltiplos de 2: 2, 4, 6, 8, 10, 12, …. abaixo o resto de cada divisão.

4, , , , 8, , , , 12, , , 16, ...


2 2 4 2 6 2 8 2
− − − −
2 1 4 2 6 3 8 4 Resto da
divisão por 4
0 0 0 0

..., 40, , , , 44, , , , 48.


⊲ Múltiplos de 4: 4, 8, 12, 16, 20, 24, ...
Resto da
divisão por 4
4 4 8 4 12 4 16 4
− − − −
4 1 8 2 12 3 16 4
2. Observe os resultados. Há algum padrão ou regularidade nos restos dessas
0 0 0 0 divisões?

Será que isso ocorre com todas as sequências de múltiplos? Nos espaços abaixo, escre-
va os 5 primeiros múltiplos de 3.
⊲ Múltiplos de 3: , , , ,
3. Qual é a diferença entre os restos das divisões por 4 dos números que são múlti-
Ao efetuar a divisão por 3 de cada um dos termos da sequência que escreveu, que resto plos de 4 e os restos das divisões por 4 dos números que não são múltiplos de 4?
você encontrou?

Escreva os 5 primeiros múltiplos de 5 e, depois, efetue a divisão por 5 desses múltiplos.


Qual resto você encontrou nessas divisões?

⊲ Múltiplos de 5: , , , ,
4. Podemos encontrar algum resto maior que 4 nas divisões por 4 dos números que
não sejam múltiplos de 4? Por quê?
Agora crie a sua sequência de múltiplos.
Escolha um número qualquer e escreva os primeiros 5 múltiplos desse número.

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DISCUTINDO RAIO X
Já aprendemos que os restos das divisões de um número por outro seguem um padrão e
Com base no que aprendemos sobre padrões e regularidades em restos das divisões
uma regularidade: o resto sempre poderá variar entre 0 e o valor do divisor menos 1 unidade.
de um número natural por outro, responda:
⊲ O que acontece com o resto da divisão quando o dividendo é múltiplo do divisor?
⊲ Quais são os possíveis restos de uma divisão por 4 quando o dividendo for múltiplo 1. Quais são os possíveis restos das divisões por 2 de um número? Por quê?
de 4?
⊲ E quando o dividendo não for múltiplo de 4?

RETOMANDO
2. Os possíveis restos das divisões de um número por outro podem ser: {0, 1, 2}.
Qual é o número divisor?
Observamos alguns pontos importantes neste capítulo:

1. Nem sempre os restos das divisões que efetuamos foram iguais a 0. Isso porque
os números que dividimos (dividendos) não eram múltiplos do divisor, ou seja, não
eram múltiplos de 4 em todos os casos.
3. Quais são os possíveis restos das divisões por 12 de um número? Por quê?
2. Conforme efetuamos as divisões, é possível observar que, nos intervalos entre um
múltiplo e outro, os restos começam a se repetir:
Isso significa que seguem um padrão e uma regularidade.

4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16...


Resto da 4. Os possíveis restos das divisões de um número por outro podem ser: {0, 1, 2, 3, 4,
divisão 5, 6, 7}. Qual é o divisor?
por 4 1 2 3 1 2 3 1 2 3

3. Os restos da divisão de um número natural por 4 podem variar entre 0 (quando o


dividendo for múltiplo de 4) e 3, ou seja, podem ser {0, 1, 2, 3} 5. Que número sou eu?
- Sou divisível por 2.
- O resto da minha divisão por 5 é 2.
Dizemos que o resto da divisão de um número por outro sempre - Sou divisível por 3 e por 6.
poderá variar entre o 0 e o valor do divisor menos 1 unidade. - 5 é o resto da minha divisão por 7.
- E quando dividido por 8, o resto obtido é 4.

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Habilidades do DCRC
(EF04MA11) Identificar regularidades em sequências numéricas compostas por múltiplos de um número natural.
Reconhecer, por meio de investigações, que há grupos de números naturais para os quais as divisões por
(EF04MA12)
um determinado número resultam em restos iguais, identificando regularidades.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: conversar sobre a divisão Para este capítulo, os alunos devem saber se-
de múltiplos e seu resto. quências, divisão de um número natural e múltiplos
• Mão na massa: efetuar divisões dos termos de de um número.
sequências de múltiplos e analisar o resto das
operações. Dificuldades antecipadas
• Discutindo: discutir acerca das regularidades Caso os alunos tenham dificuldades no momento
observadas. de efetuar as divisões envolvidas no Mão na mas-
• Retomando: sistematizar e estruturar os objetivos sa, você pode questionar: “O que significa dividir?
de aprendizagem propostos. Dizer--lhes que podemos dividir de várias formas:
• Raio X: resolver situações-problema sobre a “Posso distribuir a mesma quantidade para todos
análise do resto, padrões e regularidades. os envolvidos ou não. Mas qual é a maneira mais
justa da divisão? O que vocês acham?” Ajude-os a
Objetivos de aprendizagem perceber a ideia distributiva equitativa da divisão.
Compreender que as divisões podem ser exatas Destaque que, para isso acontecer, todos os envol-
ou inexatas vidos devem receber no final da divisão a mesma
Identificar o padrão e regularidade em sequência quantidade. Verifique se os alunos sabem efetuar
numérica formada por números que deixam o mesmo a conta usando estratégias diferentes sem aplicar
resto ao ser divididos por um mesmo número natural o algoritmo convencional, e em seguida se sabem
Formar sequências numéricas compostas por aplicar adequadamente o algoritmo. Reserve um
números que deixam o mesmo resto ao ser divididos tempo e escreva a divisão no quadro, mostrando aos
por um mesmo número natural alunos o resto, o dividendo, o quociente e o divisor.

CONTEXTUALIZANDO
MÃO NA MASSA
Orientações
Você pode escrever no quadro a sequência de múlti- Orientações
plos e as divisões referentes a cada uma. Converse com Oriente os alunos a preencher a sequência, colocando
os alunos o que eles observam. Destaque os primeiros nos espaços com traços todos os números naturais que
elementos das sequências dos múltiplos de 2 e de 4. devem estar entre os múltiplos de 4 que já estão colo-
Relembre-os de que, quando efetuamos as divisões cados na sequência. Depois, peça-lhes que efetuem as
dos números da sequência dos múltiplos de 2 por 2 e divisões por 4 dos números inseridos por eles, (destaque
dos números da sequência dos múltiplos de 4 por 4, que devem dividir por 4, pois a sequência original que
obtemos resto 0. Isso ocorre porque a divisão do múl- estamos trabalhando é a sequência dos múltiplos de
tiplo de um número por esse número sempre é exata, 4), e anotem o resto de cada divisão no espaço indicado
ou seja, tem resto 0. Destaque que, como se trata de pela seta. Escreva no quadro colaborativamente a se-
múltiplos, a divisão sempre será um número exato, e quência com os números e o resultado dos restos. Deixe
o resto será 0. que eles digam a você. Questione: “Como vocês estão
Expectativas de respostas efetuando as divisões?”; “Estão encontrando resto 0?Por
Após os cálculos, espera-se que os alunos indiquem quê?”; “Estão percebendo algo curioso em relação aos
o valor 0 (zero) como resto em todas as divisões restos encontrados?”; “Há algum padrão ou regularidade
propostas. que podemos observar nos restos dessas divisões?”.

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O objetivo é investigar o que acontece com os restos menos 1 unidade. Destaque que o resto nunca poderá
das divisões dos números naturais que estão entre um ser igual ou maior que o divisor, pois, se o fosse, seria
elemento e outro da sequência dos múltiplos, mas que possível continuar a divisão. Por isso, o resto sempre
não são múltiplos. É importante que percebam que os é menor que o divisor.
restos possíveis de uma divisão por 4 de um número
podem ser 0 (quando um número for múltiplo de 4,
pois a divisão é exata) e 1, 2 ou 3 (quando não forem RETOMANDO
múltiplos), mas nunca serão iguais ou maiores que 4.
Orientações
Expectativas de respostas Encerre o capítulo fazendo a sistematização do que foi
observado na aula a respeito do padrão e regularidade
4, , , , 8, , , , 12, , , , 16, ... observados nos restos das divisões de um número natural
por outro número natural. Amplie a questão do resto para
qualquer número natural. Ou seja, o resto da divisão de
um número por outro sempre poderá variar entre 0 e o
1 2 3 1 2 3 1 2 3 valor do divisor menos 1 unidade. Por exemplo, o resto
Resto da da divisão por 5 de um número pode ser: {0, 1, 2, 3, 4}.
divisão por 4 O resto da divisão por 6 de um número pode ser: {0, 1, 2,
3, 4, 5}. E isso acontece para qualquer número natural.
40, , , , 44, , , , 48...
RAIO X

1 2 3 1 2 3 Orientações
Deixe que os alunos resolvam individualmente, e
Resto da
depois faça um compartilhamento coletivo. O objetivo é
divisão por 4
verificar se eles conseguem aplicar o que foi estudado
2. Sim. Todos os restos terminam em 1, 2 ou 3. sobre padrões e regularidades em restos da divisão de
3. Os múltiplos de 4 terminam em 0, e os números que um número natural por outro para identificar possíveis
não são múltiplos de 4 terminam em 1, 2 ou 3. restos de uma divisão. Peça aos alunos que avaliem
4. Não. O maior resto possível de uma divisão as respostas dos colegas em relação à deles e que
por 4 seria 3, caso contrário poderíamos dividir expliquem sua compreensão das respostas dos colegas.
novamente. Deixe-os refletir coletivamente sobre seu aprendizado.

Expectativas de respostas
DISCUTINDO 1. Uma maneira de pensar é: se a divisão for exata,
o resto será 0. Isso acontecerá para todos os
Orientações múltiplos de 2, ou seja, para todos os números
Este é um momento importante para contextualizar o pares. Mas, se a divisão não for exata, obtemos
conteúdo que será abordado no capítulo, mas também resto 1, pois os restos de um número poderão
para que os alunos exponham seus conhecimentos variar sempre entre 0 e o próprio número menos
prévios. A partir deles, o professor poderá direcionar 1 unidade.
ou redirecionar estratégias pedagógicas da condução 2. Se os restos possíveis são {0, 1, 2}, então o di-
dos conteúdos. visor é 3, pois os restos possíveis da divisão de
Por meio da discussão oral e coletiva, lembre aos um número natural variam entre 0 e o divisor
alunos o padrão e a regularidade que podem ser en- menos 1 unidade. Nesse caso, 2 seria o maior
contrados nos restos das divisões de um número natural resto possível; portanto, o divisor seria 2 + 1 = 3.
por outro. Recorde que o resto é 0 quando o dividendo 3. Se os restos possíveis da divisão de um número
é múltiplo do divisor. Mas, quando não for múltiplo, natural variam entre 0 e o divisor menos 1 unida-
o resto será um número entre 1 e o valor do divisor de, então, nesse caso, os restos variam entre 0

118 4 o ANO

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e (12 - 1), ou seja, 11. Então, obtemos o conjunto
dos possíveis restos de uma divisão por 12: {0, 1,
2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11}. Assim como na primeira
questão, também é possível resolver efetuando
algumas divisões por 12 e observando a regula-
ridade dos restos obtidos.
4. Se os restos possíveis são {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7},
então o divisor é 8, pois os restos possíveis da
divisão de um número natural variam entre 0 e
o divisor menos 1 unidade. Nesse caso, 7 seria o
maior resto possível e, portanto, o divisor seria
7 + 1 = 8.
5. Sou o número 12.
Uma estratégia para resolver o enigma é escrever
o algoritmo da divisão para cada uma das dicas e
verificar por tentativa e erro o número que atende
todas elas.

ANOTAÇÕES

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UNIDADE 3

ANÁLISE DE CHANCE
COMPETÊNCIAS GERAIS DO DCRC

1; 2; 4; 7.

HABILIDADES DO DCRC

Identificar, entre eventos aleatórios cotidianos, aqueles que têm maior chance de ocorrência, reconhecendo
EF04MA26
características de resultados mais prováveis, sem utilizar frações.

OBJETOS DE CONHECIMENTO

Análise de chances de eventos aleatórios

UNIDADES TEMÁTICAS

Probabilidade e estatística

PARA SABER MAIS

BATISTA, Rita. A Probabilidade na sala de aula: desafios e possibilidades. Mathema, 2021. Disponível em: https://mathema.com.
br/produto/a-probabilidade-na-sala-de-aula-desafios-e-possibilidades/. Acesso em: 7 nov. 2021.
BENNET, Déborah. Aleatoriedade. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
OLIVEIRA JÚNIOR, A. P. de; BARBOSA, N. D. O jogo pedagógico “brincando com a probabilidade” para os anos iniciais do ensino
fundamental. Zetetike, Campinas, SP, v. 28, p. 1-21 – e020019, 2020. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.
php/zetetike/article/view/8656609. Acesso em: 7 nov. 2021.

120 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 120 28/12/2021 11:09


1. Eventos aleatórios
PÁGINA 120 PÁGINA 121

UNIDADE 3
1. Você conhece algum evento em que é possível fazer alguma previsão? Esses even-
tos ocorrem com certeza ou podem mudar?

ANÁLISE DE CHANCE
2. Dê exemplos de eventos que não conseguimos prever.

1. Eventos aleatórios

Você sabia que na previsão do tempo, quando se diz que vai chover ou fazer sol, está
se prevendo o que pode acontecer no futuro? Assim, entende-se por experimento aleatório os
fenômenos que, quando repetidos inúmeras vezes em processos semelhantes, apresentam MÃO NA MASSA
resultados imprevisíveis. Portanto, nunca há certeza, de fato, sobre os resultados. Por isso, às
vezes a previsão é de chuva, mas faz sol o dia todo. A professora Ana fez um quadro classificando alguns eventos em aleatórios e não ale-
atórios. Observe e compare os eventos para responder às perguntas a seguir.

Eventos aleatórios Eventos não aleatórios


Retirar uma carta vermelha em um baralho Abrir os olhos ao acordar

Tirar cara ao lançar uma moeda Molhar-se ao entrar na água


Chover amanhã Anoitecer ao final do dia
EFAI_NAC_MA_4ANO_4BI_LX_UN4_CAP1_I001:
INSERIR ILUSTRAÇÃO DE SOL COM ALGU-
MAS NUVENS, INDICANDO O DIA ENSO-
LARADO E AO LADO, UM SOL ESCONDIDO
1. O que caracteriza os eventos aleatórios?
ATRÁS DAS NUVENS E NUVENS DE CHUVA,
COMO REFERÊNCIA A SEGUIR. DISPONÍVEL
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2. O que caracteriza os eventos não aleatórios?

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Ao sortear um dia da semana, podemos tirar um dia que inicia com a letra Q? Esse even-
3. Dê um exemplo de evento aleatório.
to é aleatório ou não aleatório?

4. Como você explicaria o que é evento aleatório para um amigo que ainda não es- RAIO X
tudou esse assunto?

Agora que discutimos bastante sobre eventos aleatórios e não aleatórios, vamos a mais
desafios!

1. Analise os dois eventos a seguir e informe qual deles é aleatório. Justifique sua
resposta.

DISCUTINDO Sair 2 no lançamento de um dado comum Sair 7 no lançamento de um dado comum

Em uma discussão em sala de aula sobre eventos aleatórios e eventos não aleatórios,
a professora pediu para a turma definir o que são esses tipos de evento. Um dos alunos,
Thomas, concluiu que tanto os eventos aleatórios como os eventos não aleatórios do quadro
utilizado na seção Mão na massa eram incertos. Você concorda com Thomas? Justifique sua
malerapaso/Getty images

resposta.

RETOMANDO

Eventos aleatórios são situações em que não há certeza 2. Assinale a seguir os eventos que podem ser classificados como aleatórios.
sobre os resultados, apesar de serem eventos que se repetem Eventos aleatórios
múltiplas vezes. É possível fazer previsões ou calcular as pro- não são eventos ( ) Em um sorteio dos meses do ano, tirar um mês que inicia com a letra J.
babilidades de esses eventos acontecerem, mas não há cer- impossíveis. ( ) Sair número entre 1 e 6 no lançamento de um dado comum.
tezas se, de fato, eles vão ocorrer ou não. Ou seja, o aleatório ( ) Jogar uma pedra para o alto e ela cair.
está ligado à incerteza sobre os resultados. Já os eventos não ( ) Chover amanhã.
aleatórios são aqueles cujos resultados são previsíveis e cer-
teiros, não importando quantas vezes esses eventos se repetem. Justifique sua(s) escolha(s).
Por exemplo, ao lançarmos dados, podemos prever quais números poderão sair, ainda
que o resultado seja aleatório. O que não é possível em um jogo de dados comuns é que o
resultado seja maior que 6 ou menor que 0. Esse tipo de evento é impossível.

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Habilidades do DCRC
Identificar, entre eventos aleatórios cotidianos, aqueles que têm maior chance de ocorrência, reconhecendo
(EF04MA26)
características de resultados mais prováveis, sem utilizar frações.

Sobre o capítulo situações para verificar a incerteza ou não presente


• Contextualizando: discutir ações cotidianas e no contexto é essencial para resolver as questões
problemas envolvendo chance de um evento propostas. Assim, a interpretação de texto com
acontecer. análise da situação é fundamental.
• Mão na massa: elaborar estratégias que pos-
sibilitem a resolução de situações-problema Dificuldades antecipadas
envolvendo chance de um evento acontecer. Os alunos podem não inferir que eventos alea-
• Discutindo: apresentar a resolução e discutir as tórios estão relacionados à incerteza, e isto pode
estratégias utilizadas para resolver situações- indicar dificuldade de interpretação dos contextos.
-problema envolvendo probabilidade. Por exemplo, “sair número menor que 7 no lança-
• Retomando: sistematizar e estruturar processos mento de um dado” é um evento determinístico
de resolução de problemas envolvendo chance que se opõe a evento incerto, ou seja, evento que é
de um evento acontecer. possível ocorrer, mas não se sabe, de fato, se acon-
• Raio X: resolver situações-problema envolvendo tecerá. Ilustre com outras situações para minimizar
probabilidade. possíveis dúvidas, por meio de perguntas como: Ao
sortear um número de 1 a 10, quais são as chances
Objetivos de aprendizagem de ser sorteado um número par?; Se você colocar
• Caracterizar eventos aleatórios e não aleatórios. em uma urna 3 bolas vermelhas, 2 azuis, 2 brancas
• Diferenciar e exemplificar eventos aleatórios. e 3 pretas, quais são as chances de retirar uma bola
• Ampliar linguagem probabilística. preta? Durante a discussão apresente aos alunos
o espaço amostral e as possibilidades de sorteio,
Contexto prévio explicando-lhes que não há certeza do que será
É importante relacionar “situações” a “eventos” sorteado, mas sim chances de esse evento ocorrer.
para ampliar a linguagem probabilística. Analisar

CONTEXTUALIZANDO deve perguntar novamente: Quais são as chances de


sortear (nome de um aluno que não esteja na caixa)?
Orientações Essas ações práticas produzem uma situação de apren-
Converse com os alunos sobre o assunto apresen- dizagem interessante, pois os alunos participam do
tando-lhes exemplos e solicitando a eles que façam processo.
comentários acerca do tema. Exponha uma previsão
do tempo (semanal ou quinzenal) para acompanhar ao Expectativas de respostas
longo do capítulo se a previsão se confirma ou não, e 1. Respostas pessoais. Exemplos de eventos alea-
retome a discussão sobre as incertezas da previsão. tórios: jogo de moeda (cara ou coroa) ou jogo de
Verifique se eles entendem o que significam as porcen- dados. No caso dos dados podemos ter seis resul-
tagens ligadas às previsões (e que de fato representam tados diferentes {1, 2, 3, 4, 5, 6} e no lançamento
as probabilidades de ocorrência dos eventos). da moeda, dois {cara, coroa}.
Além disso, é importante criar situações que promo- 2. Respostas pessoais. Exemplos de eventos que
vam um momento de reflexão constante a respeito do não são possíveis prever: não há como prever a vida
conteúdo estudado. Por exemplo, o professor deverá útil de todos os aparelhos eletrônicos de um lote,
escrever no quadro os nomes de seis alunos presentes pois isso dependerá das condições de uso impostas
na aula naquele dia, colocar esses nomes em uma pelas pessoas que adquirirem o produto.
caixinha e perguntar: Quais são as chances de sortear
(nome de um aluno que esteja na caixa)? Em seguida,

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informação equivocada (a de que também os eventos
MÃO NA MASSA não aleatórios são incertos) os alunos podem analisar
criticamente a informação, ao mesmo tempo que lhes
Orientações é oferecido um elemento coerente: a de que eventos
Leia o enunciado para os alunos e certifique-se de aleatórios são incertos.
que os exemplos apresentados são significativos para Vale salientar que os eventos aleatórios não são
eles. Incentive-os a comparar esses exemplos. Algumas impossíveis. Por isso se faz necessário demonstrar
questões podem ser feitas, como: Sempre que tirarmos e promover um debate sistematizado para que os
uma carta de um baralho, ela será vermelha? Ou: Sempre alunos ampliem a compreensão sobre a temática.
que entramos na água nos molhamos?
Expectativas de respostas Expectativas de respostas
1. É a incerteza sobre os resultados de eventos que Resposta pessoal.
ocorrem múltiplas vezes de maneira semelhante.
2. Nesse caso, são resultados determinísticos ou
eventos certos, nos quais há a certeza do que RETOMANDO
vai ocorrer.
3. Resposta pessoal. Sugestão: lançar uma moeda Promova uma roda de conversa para discutir sobre
e tirar cara ou coroa. o significado do termo “aleatório”. É fundamental que
4. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno pontue esse conceito seja consolidado. A linguagem probabi-
a incerteza sobre os resultados, apesar de os lística deve ser enfatizada; portanto, retome-a sempre
eventos serem conhecidos e se repetirem. que necessário.
A linguagem probabilística precisa ser incentivada. É importante ressaltar que a aleatoriedade de um
Usar a palavra “eventos” em vez de “situações” evento não está relacionada à quantidade de vezes
amplia o repertório vocabular probabilístico dos que ele se repete, mas com a incerteza dos resultados.
alunos, assim como utilizar o termo “espaço amos- Eventos aleatórios e eventos não aleatórios podem se
tral”. Incentive-os também por meio de questões, repetir múltiplas vezes.
por exemplo: Entre os meses do ano, quais são Se julgar pertinente, não apenas retome o quadro de
as chances de, em um sorteio, sair um mês que eventos não aleatórios e eventos aleatórios da seção
comece com a letra J. Em seguida, escreva no Mão na massa, mas também solicite aos alunos que
quadro todos os eventos favoráveis e destaque acrescentem elementos a este quadro. A elaboração
os eventos possíveis para ampliar a compreensão de mais situações e exemplos pode ser feita individual-
dos alunos. mente ou em pequenos grupos, ou ainda, de maneira
Essa atividade envolve discussão para assimilar coletiva, para que cada exemplo possa ser discutido
o significado de “aleatório”. É importante que os com toda a turma. Essa discussão pode servir como
alunos analisem cada situação para encontrar o evidência de aprendizagem.
ponto de convergência entre os eventos, que é a
incerteza. Talvez não seja simples para eles, mas Expectativas de respostas
possivelmente já tenham algum entendimento Sim, podemos sortear a quarta-feira ou a quinta-feira.
sobre eventos aleatórios. Por isso, é necessário Esse evento é aleatório.
circular pela sala, observando e perguntando às
duplas a respeito do que apreenderam, para fazer
intervenções mais pontuais. RAIO X

Orientações
DISCUTINDO Acompanhe a resolução dos alunos, orientando-os
e instigando-os constantemente a refletir sobre suas
Orientações respostas. É preciso conversar com eles a respeito
A ideia dessa seção é auxiliar, especialmente, os do assunto exemplificando e promovendo um deba-
alunos que não conseguiram associar eventos aleatórios te para que comentem o tema estudado. Apresente-
a eventos incertos. Por meio da reflexão sobre uma lhes uma série de eventos prováveis ou não, alguns

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que certamente acontecerão ou que certamente não portanto, sobre a impossibilidade de ocorrência
acontecerão, reforçando, assim, a compreensão e desse evento; assim, não pode ser considerado
o conhecimento dos alunos de maneira mais sólida. evento aleatório.
Durante o acompanhamento da resolução das ativi- 2. Em um sorteio com os meses do ano, “tirar um
dades, faça intervenções por meio de perguntas pro- mês que inicia com a letra J” e “chover amanhã”
vocadoras e valorize os avanços dos alunos. Ao fazer são eventos que podem ocorrer ou não. Ou seja,
as demonstrações, sempre retome a discussão sobre as há possibilidade. Como dependem de diversos
certezas e incertezas de os eventos ocorrerem. Apresente fatores que, combinados, podem ter vários resulta-
aos alunos uma situação cotidiana em que há o uso de dos, os eventos são classificados como aleatórios.
chances de um evento acontecer. Por exemplo, escreva Já os eventos “sair número maior que 0 no lan-
no quadro os números de 1 a 5 e pergunte a eles: Quais çamento de um dado” e “jogar uma pedra para
são as chances de retirar o número 6?; Esse evento é o alto e ela cair” são eventos que caracterizam
aleatório ou não aleatório?; Quais são as chances de
certezas, sendo, portanto, eventos não aleatórios.
retirar um número menor que 3? Depois que os alunos
responderem às perguntas, explique-lhes que as chan-
Sugestão de vídeo para o aluno
ces de um evento acontecer ou não correspondem às
O vídeo O que são eventos aleatórios?, produzido pela
probabilidades de ocorrência.
Khan Academy Brasil, pode ser indicado previamente
Ao incentivar a participação dos alunos, eles se
sentirão protagonistas da construção do conhecimen- para os alunos como complemento à teoria apresentada
to, e a aprendizagem se tornará mais significativa e em sala de aula.
consolidada. Se possível, oriente-os a assistir ao vídeo antecipa-
damente. Assim, na seção Contextualizando, eles terão
Expectativas de respostas subsídios conceituais para contribuir com as discussões
1. O evento “sair 2 no lançamento de um dado” é em sala de aula.
aleatório porque não se tem certeza do resultado.
Enfazite, ao compartilhar respostas, que “sair 7 no Khan Academy Brasil. O que são eventos aleató-
lançamento de um dado” é um evento impossível; rios?. 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/
logo, não ocorrerá de maneira alguma. Há certeza, watch?v=QmZWmyrP3Zs. Acesso em: 10 nov. 2021.

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2. Analisando eventos aleatórios
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2. Analisando eventos aleatórios MÃO NA MASSA

Para que não houvesse discordância, a professora de Educação Física resolveu fazer Ainda sobre sorteios, vamos a mais um desafio. Observe na figura as bolas nas caixas.
um sorteio para dividir a turma em dois times. Para isso, ela colocou em um saco não trans-
parente bolinhas numeradas de 1 a 29, que correspondem ao número de alunos da turma
do 4o ano.

Imagine que, de olhos vendados, uma pessoa tira uma bola de cada caix1.

1. Qual é a probabilidade de sair bola vermelha na caixa A? E na caixa B2

Cada aluno escolheu um número de 1 a 29, sem poder repetir. Depois da escolha dos
números, a professora começou a sortear as bolinhas numeradas. Um dos times será com- 2. De qual caixa há metade das chances de tirar bola vermelha? E de qual caixa há
posto pelos alunos que escolheram números pares, e o outro, pelos alunos que escolheram menos da metade das chances de tirar bola vermelha?
números ímpares.

1. Você acha que esse é um bom método de sorteio? Por quê?

3. De qual caixa é mais provável sair uma bola vermelha? Justifique.

2. Onde há mais chances de um aluno ter seu número sorteado: retirando um número
par ou um número ímpar de um saco com bolas numeradas 1 a 29? 4. Para que as chances de retirar uma bola vermelha da caixa B se torne igual às da
caixa A, o que pode ser feito?

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DISCUTINDO RAIO X

O evento “sair número maior que 0 no lançamento de um dado” é considerado um even- 1. Em uma caixa há várias bolas, sendo 5 azuis, 4 vermelhas, 2 rosas e 1 preta.
to certo porque qualquer resultado que aparecer no lançamento do dado comum (1, 2,
3, 4, 5 ou 6) será válido. Nesse caso, há certeza sobre os resultados. a. Qual é a cor mais provável de ser retirada aleatoriamente? E a menos provável?
Justifique.

b. Qual é a probabilidade de sair uma bola rosa?

2. No estudo de probabilidade, a professora resolveu fazer uma atividade prática.


Dentro de um saco não transparente ela colocou 5 bolas azuis, 3 amarelas e 2
vermelhas. Qual é a cor de bola que tem menos chance de ser sorteada? Por quê?

1. Qual é a probabilidade de sortear um número par ao lançar esse dado? Para ajudar a organizar o pensamento, faça um desenho que represente essa situação
e responda à questão a seguir.

RETOMANDO

Uma boa maneira de comparar probabilidades de ocorrência de eventos que pertencem


a espaços amostrais diferentes (como no caso das caixas A e B da seção Mão na Massa), é 3. O professor Marcelo levou para a sala de aula um dado especial de 8 faces (octa-
refletir se as chances de esses eventos acontecerem chegam à metade das possibilidades, edro) para sortear um brinde entre alguns alunos. Ele fixou em cada face o nome
a menos da metade ou a mais da metade. de um aluno que foi aprovado na Olimpíada de Matemática (Arthur, Camila, Pedro,
Eduardo, Levy, Melyssa, Mônica e Mateus). Qual é a probabilidade de Arthur ser
2. Qual das bolas tem maior probabilidade de ser retirada da caixa B?
sorteado? Todos os alunos têm a mesma chance de serem sorteados?

3. A probabilidade de retirar uma bola azul da caixa B é maior ou menor que a metade?

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Habilidades do DCRC
Identificar, entre eventos aleatórios cotidianos, aqueles que têm maior chance de ocorrência, reconhecendo
(EF04MA26)
características de resultados mais prováveis, sem utilizar frações.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: resolver situações-problema Nas atividades propostas, é importante que
envolvendo probabilidade. os alunos saibam comunicar probabilidades por
• Mão na massa: comparar probabilidades em meio da explicitação de seus elementos (relação
espaços amostrais distintos. parte-todo: evento e espaço amostral), sem uso
• Discutindo: apresentar a resolução e discutir as de frações, como preconiza a habilidade focada
estratégias utilizadas para resolver situações- no capítulo.
-problema envolvendo probabilidade.
• Retomando: reforçar a comunicação escrita da Dificuldades antecipadas
probabilidade de ocorrência de eventos. Os alunos podem apresentar dificuldade para
• Raio X: resolver situações-problema envolvendo comparar probabilidades considerando espaços
probabilidade. amostrais distintos, no caso, duas caixas com quan-
tidades diferentes de bolas. É essencial estabelecer
Objetivos de aprendizagem a relação proporcional para esse tipo de compara-
• Verificar a aleatoriedade dos eventos. ção; por isso, a conexão com “metades”, “mais da
• Identificar possíveis eventos, sem uso de fração. metade” e “menos da metade” é necessária para
que as comparações sejam estabelecidas de modo
coerente. É indispensável reforçar essa questão.

CONTEXTUALIZANDO MÃO NA MASSA

Orientações Orientações
Faça uma discussão com os alunos. Deixe que eles Permita que as duplas discutam para chegar às
reflitam sobre quantos números pares e ímpares há respostas. Promova o debate entre os pares e du-
no saco. Se julgar pertinente, escreva no quadro os rante o compartilhamento dos resultados. Comparar
números de 1 a 29 para que o espaço amostral fique probabilidades em espaços amostrais distintos pode
mais visível, o que possibilita também uma retomada ser desafiador para os alunos. Faça uma reflexão e
conceitual sobre espaço amostral. Questione sobre as compare com “metades”, para facilitar a compreensão.
probabilidades de sair número par e de sair número
ímpar. É possível que alguns estudantes não saibam Expectativas de respostas
distinguir números pares de ímpares: se for necessário, 1. Há 2 chances em 4 na caixa A e 3 chances em
explique. Uma explicação possível seria: em 7 na caixa B.
Consideramos um número como sendo par quando 2. Na caixa A há metade das chances e, na caixa B
o dividimos por dois e seu resto é zero. Já um número há menos da metade das chances.
é ímpar quando, na divisão por dois, o resto é diferente 3. Na caixa A há mais chance de retirar uma bola
de zero. vermelha: metade das chances.
4. Deve-se alterar o espaço amostral para que as
Expectativas de respostas bolas vermelhas sejam a metade das bolas ,
1. Resposta pessoal. retirando uma bola azul ou colocar uma bola
2. A maior probabilidade é sair um número ímpar. vermelha na caixa B.

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Ao fazer a representação no quadro, instigue os alunos
DISCUTINDO a expor suas opiniões sobre a temática, fazendo-lhes
perguntas pontuais e direcionadas, como: Qual seria a
Orientações: metade das bolas?; Para que as bolas azuis represen-
É importante discutir sobre evento certo (determinístico), tem a metade das bolas, o que é preciso fazer? Nesse
pois a natureza da incerteza presente nos eventos alea- momento, leve os alunos a refletir sobre a necessidade
tórios de modo geral não está presente nesses eventos. de ampliar o espaço amostral, pois como 4 é a metade
Embora o jogo seja de natureza aleatória, como os diversos de 8, deve-se inserir mais uma bola vermelha.
jogos de azar, alguns eventos podem não ser incertos,
como o caso dos eventos determinísticos. Para os eventos Expectativas de respostas
impossíveis (aqueles que,embora não saibamos qual será 1. Bola azul.
exatamente o resultado, sabemos, com certeza, que não 2. Maior.
ocorrerão; ou seja, há certeza sobre a “não ocorrência”),
as probabilidades de ocorrência são nulas.
RAIO X
Expectativas de respostas
1. A probabilidade é 3 em 6 possibilidades. Orientações
Use os itens da avaliação para mapear o entendi-
mento dos alunos e propor mecanismos interventores
àqueles que não conseguirem desenvolver a habilidade
trabalhada. Oriente-os a responder às atividades indi-
vidualmente. Incentive-os a compartilhar as respostas,
pontuando posteriormente as fragilidades apresentadas.
É importante propor aos alunos a atividade prática,
Nessa situação, é importante destacar que há fatores com a finalidade de enriquecer o momento e possibi-
determinísticos das ocorrências dos eventos. Assim, litar que eles se apropriem desse conceito e adquiram
intensifique a discussão sobre eventos não aleatórios segurança para realizar as atividades posteriores. ção
e eventos aleatórios para ampliar a compreensão dos Além disso, essas ações promovem mais interações
alunos. Leve-os a refletir,, por exemplo, que as chan- entre os alunos, eles trocam ideias, organizam infor-
ces de retirar um número ímpar são possíveis, mas mações e consolidam as habilidades. Proceda com a
o evento não é certo; por isso, é classificado como atividade prática levando para a sala de aula diferentes
evento aleatório, enquanto retirar um número maior materiais concretos e fazendo a demonstração. Para
que 6 é impossível (a chance é nula), sendo portanto instruir os alunos de maneira mais significativa, você
um evento não aleatório por equivaler a uma certeza. poderá utilizar bilas (bolinhas de gude) e um saco
não transparente para fazer as demonstrações aos
alunos. Após a prática, oriente-os a realizar as ativi-
dades contidas nessa seção e acompanhe-os nesse
RETOMANDO momento tão rico de construção do conhecimento.
Faça-lhes perguntas motivadoras, como: Qual é o espaço
Orientações amostral?; Como fazer com que todas as bolas tenham
Os parâmetros considerando a metade, mais da me- a mesma probabilidade de serem sorteadas? Assim,
tade e menos da metade são importantes para realizar os alunos vão perceber que, para que isso ocorra, é
comparações de probabilidades de espaços amostrais preciso ampliar o espaço amostral, aumentando ou
distintos. Mesmo que não haja um valor exato, a apro- diminuindo o número de bolas, de modo que todas
ximação possibilita tomar decisão e por isso deve ser tenham a mesma quantidade.
enfatizada. Utilize exemplos tratados nesse capítulo, mas Essas ações são imprescindíveis para promover
também em capítulos anteriores, e sistematize-os com um debate efetivo, favorável à construção do saber,
a turma oralmente, elaborando esquemas no quadro. tornando os alunos protagonistas desse processo.

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Expectativas de respostas Sugestão de leitura para o professor
1. a) Azul é a mais provável, com chance de 5 em O artigo “Cálculo da probabilidade em eventos alea-
12, e a menos provável é a preta, com 1 em 12. tórios”, de Beatriz Vichessi, aprodunda os conceitos
b) A probabilidade de sair uma bola rosa é 2 em teóricos e apresenta exemplos para a determinação
12. da probabilidade de um evento aleatório acontecer.
2. A bola que tem menos chance de ser sorteada Embora nesse capítulo a probabilidade ainda não
é a vermelha porque há duas possibilidades no seja expressa em porcentagem, como aborda o artigo,
total de 10. esses exemplos podem ser utilizados em aula, caso
3. A probabilidade de Arthur ser sorteado é 1 em 8. seja conveniente.
Todos os alunos têm a mesma chance de serem
sorteados. VICHESSI, Beatriz. Cálculo da probabilidade em even-
tos aleatórios. Nova Escola, 2011. Disponível em: https://
novaescola.org.br/conteudo/2688/calculo-daprobabili-
dade-em-eventos-aleatorios. Acesso em: 10 nov. 2021.

ANOTAÇÕES

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3. Tipos de eventos
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3. Tipos de eventos MÃO NA MASSA

A previsão do tempo é bastante comum no dia a dia e podemos verificá-la em diversos Para ajudar na arrecadação de dinheiro que a turma do 4o ano quer fazer para doar à
meios: no celular, na internet e até mesmo nos jornais na televisão. Comumente vemos o se- instituição que cuida de animais abandonados, os pais de Lorena doaram uma bicicleta para
guinte quadro: que os alunos a sorteassem em uma rifa. A sala em que Lorena estuda é composta por 20
alunos, e todos eles, com a ajuda de seus responsáveis, estão vendendo números da cartela
feita para a rifa da bicicleta. A rifa considerou 300 números, que foram divididos entre todos
Previsão Climática para o Ceará os alunos.
Lorena e sua mãe fizeram a lista abaixo para controlar suas vendas feitas até o momento.
Trimestre Dez-15/Jan-16/Fev-16
Nome Quantidade de rifas

Mãe 3
Tio João 2
Tia Célia 1
Avó 3

De 0 a 203,6mm De 203,6 a 312,7mm De 203,6 a 312,7mm Primo Vitor 1


Categoria: Categoria: Categoria: Maria 5
Abaixo da média Em torno da média Acima da média
Probabilidade: Probabilidade: Probabilidade:

69%
Fonte: Funceme
23% 8% 1. Qual é o número que se refere ao espaço amostral da rifa?

2. Lorena vendeu todas as rifas destinadas a ela? Explique.

Acerca das informações do quadro anterior, responda:


3. Qual dos compradores de rifa de Lorena terá a maior probabilidade de ganhar a
1. Que informações esse quadro nos traz? bicicleta? Essa é uma probabilidade alta? Justifique.

4. Qual é a probabilidade de a mãe de Lorena ganhar a rifa?

2. É possível prever o tempo por mais um mês?

5. O pai de Anita, colega de turma de Lorena, comprou todas as rifas da filha.


3. Por que a chance de chuva é apresentada em porcentagem? O que isso significa? Ele ganhará a bicicleta? Justifique.

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DISCUTINDO
2. Número de cartas de um naipe de baralho.

Para determinar a probabilidade de ocorrência dos eventos envolvendo a rifa é necessá-


rio identificar o espaço amostral, que nesse caso é o total de bilhetes numéricos postos à ven-
3. Qual é a probabilidade de retirar uma dama em um baralho?
da, e não apenas os números que Lorena vendeu. Uma das maneiras de comunicar a proba-
bilidade de um evento acontecer é explicitar seus elementos, por exemplo, a probabilidade de
ser retirado aleatoriamente um número na rifa é uma possibilidade em trezentas, ou 1 em 300.

1. Com base no exemplo anterior, determine a probabilidade de Maria ganhar a rifa.


RAIO X

Vimos conceitos bem importantes neste capítulo e agora vamos a mais desafios!

1. A professora de Júlia passou uma atividade em que havia 5 alternativas de respos-


2. Sabendo que cada aluno ficou responsável pela venda de 15 números da rifa, e ta, sendo que apenas 1 estava correta.
que o pai de Anita comprou todos os números vendidos pela filha, qual é a proba-
bilidade de ele ganhar a rifa? a. Se, ao ler a atividade, Júlia não souber responder e marcar qualquer alternativa,
qual é a probabilidade de ela acertar a resposta?

b. Júlia conseguiu eliminar 3 alternativas incorretas. Dentre as alternativas que


restaram, qual é a nova probabilidade de acerto?
3. Quem tem mais chance de ganhar: Maria ou o pai de Anita?

2. João e Felipe estão jogando dados. João ganha se sair número par, e Felipe ganha
se sair número maior que 2. Quem tem mais chances de ganhar o jogo? Explique
seu raciocínio.

RETOMANDO

O espaço amostral é o conjunto de possíveis resultados de um evento ou fenômeno en-


volvidos em uma situação aleatória. Se, por exemplo, há 90 números para serem sorteados 3. A escola ganhou alguns ingressos de um parque de diversões e sorteará um in-
em um bingo, cada um dos 90 números faz parte do espaço amostral. Assim, a probabilidade gresso por série. Suponha que a turma do 4o ano é composta por 25 alunos, sendo
de ser sorteado qualquer um dos números particulares que está no globo vazado (bingo) é que 16 são meninas.
de 1 em 90. Outro exemplo, o espaço amostral de lançar uma moeda uma vez é 2, que repre-
senta cara ou coroa. a. Qual é a probabilidade de um menino ganhar o ingresso? E de uma menina?
Para reforçarmos esse conceito, determine o espaço amostral das seguintes situações:

1. Lançar um dado.

b. Quem tem mais chances de ganhar o ingresso: um menino ou uma menina?

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Habilidades do DCRC
Identificar, entre eventos aleatórios cotidianos, aqueles que têm maior chance de ocorrência, reconhecendo
(EF04MA26)
características de resultados mais prováveis, sem utilizar frações.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: resolver situações-problema Compreender o significado do espaço amostral
envolvendo probabilidade. e a conexão com a quantificação de probabilidades.
• Mão na massa: comparar probabilidades em Compreender e interpretar os contextos e situações
espaços amostrais distintos. aleatórias.
• Discutindo: apresentar a resolução e discutir as
estratégias utilizadas para resolver situações- Dificuldades antecipadas
-problema envolvendo probabilidade. Os alunos podem demonstrar dificuldade em
• Retomando: reforçar a comunicação escrita da identificar o espaço amostral e estabelecer as
probabilidade de ocorrência de eventos. probabilidades. Podem julgar, por exemplo, que o
• Raio X: resolver situações-problema envolvendo espaço amostral corresponde apenas às 15 rifas de
probabilidade. Lorena. É necessário, portanto, destacar o significado
de espaço amostral, bem como o fato de que as
Objetivos de aprendizagem probabilidades se referem a todos os bilhetes da
• Identificar eventos possíveis e impossíveis, pro- rifa e não apenas aos bilhetes de Lorena.
váveis e improváveis.
• Identificar, em eventos cotidianos, aqueles que
têm mais chance de ocorrer.

CONTEXTUALIZANDO que o professor obtenha evidências da aprendizagem


prévia dos alunos e trace novas estratégias para o
Orientações desenvolvimento dos conteúdos subsequentes.
As atividades dessa seção promovem a discussão A introdução ou ênfase à palavra “probabilidade”
sobre as probabilidades de eventos certos ou incertos, deve ser pontuada de maneira permanente, para que
prováveis ou não. Também incentivam os alunos a o universo vocabular probabilístico seja ampliado.
pensar a respeito do tema em situações da vida real. Permita que os alunos deem exemplos das próprias
Ressalte que o quadro apresentado é bastante comum experiências com os termos “chance” e “probabilida-
e podemos acessá-lo por meio de celular, internet e de”, e que notem semelhanças entre eles.
até visualizá-lo em telejornais. Essa é uma oportu-
nidade de retomar conceitos importantes estudados Expectativas de respostas
em capítulos anteriores da unidade. Converse com 1. Esse quadro apresenta informações a respeito
os alunos sobre o que é certo e incerto, possível e da previsão do tempo para os próximos 5 dias. É
impossível a respeito das previsões do tempo. O Sol possível ver as temperaturas mínimas e máximas
nascer e a ocorrência do dia e da noite são eventos para estes dias, bem como as chances de chuva.
certos. Chover ou não é incerto, embora seja previsível 2. É possível. Quanto mais longe a previsão é feita,
e haja mais ou menos chances de acontecer. Explore menos precisos são os dados, pois as variáveis
com eles sobre a chance de 0% de chuva e seu sig- meteorológicas são bastante voláteis.
nificado, pois este tipo de debate prepara o aluno 3. Porcentagem é uma das formas de expressar a
para as discussões sobre chances e probabilidades chance ou a probabilidade de um evento ocorrer.
contidas no capítulo e retoma fundamentos que serão Isto significa que, por meio dos números, podemos
requisitos para a construção dos conceitos seguintes. verificar se há maior ou menor chance. Quanto
É importante que, após a realização das atividades, mais próximo do 100%, maior é a chance; quanto
individualmente ou em pequenos grupos, as respostas menos próximo, menor é a chance.
sejam compartilhadas oralmente com a turma, para

130 4 o ANO

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MÃO NA MASSA RETOMANDO

Orientações Orientações
Compartilhe as respostas da turma para verificar a É importante manter a discussão em torno do
compreensão dos alunos e para que intervenções pon- espaço amostral para a definição das chances ou
tuais sejam realizadas. Reforce o conceito de espaço probabilidades de ocorrência de um evento. Estes
amostral apresentando alguns exemplos. Depois, peça conceitos probabilísticos não se aprendem em apenas
aos estudantes que deem outros exemplos para que uma aula; é preciso que sejam retomados, e que a
fixem o conceito de espaço amostral, ou ainda, apre- linguagem adequada seja enfatizada.
sente-lhes mais exemplos de situações abordadas nos
capítulos anteriores. No caso da rifa, como a situação Expectativas de respostas
exige a venda e o manuseio de dinheiro, informe-os 1. O espaço amostral é 6: números 1, 2, 3, 4, 5 ou
que ela só deve acontecer mediante autorização e 6.
supervisão de responsáveis. 2. O espaço amostral é 13: A, 1, 2, 3, 4 ,5, 6, 7, 8, 9,
10, J, Q ou K.
Expectativas de respostas 3. São 4 possibilidades em um total de 52 cartas.
1. Trata-se do número total de bilhetes, que é 300.
2. Sim, cada estudante ficou com 15 números da
rifa, pois 300 ÷ 20 = 15 e ela vendeu todos. RAIO X
3. Maria terá mais probabilidade de ganhar: 5 em
300, mas ainda é uma probabilidade muito baixa. Orientações
4. A probabilidade é 3 em 300. Compartilhe com a turma as respostas apresentadas
5. Mesmo comprando 15 rifas, a probabilidade de o e promova uma conversa a respeito delas. Enfatize o
pai de Anita ser sorteado ainda é muito pequena: espaço amostral que se altera na atividade 1.b e pontue
15 em 300. E mesmo que fosse muito alta, não a forma de comunicação escrita das probabilidades
seria possível afirmar que ele ganharia o prêmio, fazendo demonstrações e registrando no quadro as
porque o resultado é incerto. respostas dos alunos. Além disso, conduza-os a re-
fletir constantemente sobre suas respostas, fazendo
uma análise contínua da mudança do espaço amos-
DISCUTINDO tral. Mostre-lhes, também, que a soma das partes vai
compor o espaço amostral. Para tanto, desenhe no
Orientações quadro algumas imagens do dia a dia que represen-
Reforce a ideia de espaço amostral em situações tam espaços amostrais diversos, explicando-lhes, por
já vistas como a rifa, o jogo de dados, o baralho e os exemplo, que o número de alunos da sala de aula é
jogos simples, como par ou ímpar. É importante que os um espaço amostral formado por duas partes, meninos
alunos assimilem que o espaço amostral pode mudar e meninas. Mostre aos alunos que a soma das partes
conforme o problema é colocado e não necessariamente forma o inteiro. É imprescindível gerar nos alunos sen-
conforme o objeto do problema. Por exemplo, o espa- timentos de partilha e de diálogo constantes, pois essa
ço amostral de números pares em um dado comum e interação propicia uma reflexão permanente. Assim,
números quaisquer em um dado comum. eles podem compreender melhor a temática trabalhada
e sentir-se protagonistas da própria aprendizagem.
Expectativas de respostas
1. Maria tem 5 chances em 300 de ganhar a rifa, já Expectativas de respostas
que 300 ÷ 20 = 15 e ela vendeu 5 números dos 1.
15 que possuía. a. A probabilidade de Júlia acertar a resposta é
2. O pai de Anita tem 15 chances em 300 de ganhar de 1 em 5.
a rifa. b. Como 3 possibilidades foram eliminadas, sobram
3. O pai de Anita tem mais chance de ganhar pois duas que Júlia escolha uma delas, assim, a pro-
comprou 15 números da rifa, quantidade maior babilidade de acertar agora é de 1 em 2, ou seja,
do que os 5 números vendidos por Maria. há a metade das chances de acertar a questão.

131 M AT E M ÁT I CA

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2. João tem 3 possibilidades em 6 de ganhar, e Felipe Sugestão de vídeo para o aluno
tem 4 em 6. Assim, Felipe tem uma possibilidade O vídeo Experimento aleatório e o espaço amostral,
a mais de ganhar e, portanto, mais chances. produzido pela Khan Academy Brasil, pode ser indicado
3. previamente para os alunos como estratégia para a
a. Os meninos têm 9 possibilidades em 25. retomada de conteúdo e esclarecimento de dúvidas,
As meninas têm 16 possibilidades em 25. na seção Retomando.
b. As meninas têm mais chances. A seu critério, proponha aos alunos que assistam
ao vídeo antes da avaliação proposta na seção Raio X.

Khan Academy Brasil. Experimento aleatório e o


espaço amostral. 2019. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=WM-_zN5priE. Acesso em: 10
nov. 2021.

ANOTAÇÕES

132 4 o ANO

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UNIDADE 4

1. MEDINDO COMPRIMENTO
COMPETÊNCIAS GERAIS DO DCRC

2; 3; 4

HABILIDADE DO DCRC

Medir e estimar comprimentos (incluindo perímetros), massas e capacidades, utilizando unidades de medida
EF04MA20
padronizadas mais usuais, valorizando e respeitando a cultura local.

OBJETOS DE CONHECIMENTO

Medidas de comprimento, massa e capacidade: estimativas, utilização de instrumentos de medida e de unidades de medida
convencionais mais usuais

UNIDADE TEMÁTICA

Grandezas e medidas

PARA SABER MAIS

Área e perímetro. Wordwall, 2021. Disponível em: https://wordwall.net/pt-br/community/%C3%A1rea-e-per%C3%ADmetro. Acesso


em: 7 nov. 2021.
De figuras simples à Geometria avançada. Mangahigh, 2021. Disponível em: https://www.mangahigh.com/pt-br/games/pyramidpanic.
Acesso em: 7 nov. 2021.
SILVA, Rodrigo. Da ação ao conceito: uma experiência com o jogo tangram no Ensino Fundamental. VI Congresso Internacional de
Ensino da Matemática. Rio Grande do Sul, 2013. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/274381409_DA_ACAO_
AO_CONCEITO_UMA_EXPERIENCIA_COM_O_JOGO_TANGRAM_NO_ENSINO_FUNDAMENTAL. Acesso em: 7 nov. 2021.

133 M AT E M ÁT I CA

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1. Calculando o perímetro
PÁGINA 132 PÁGINA 133

UNIDADE 4

MÃO NA MASSA
MEDINDO
COMPRIMENTO 1. Cícero comprou um terreno com o formato de um quadrilátero irregular e pretende
cercá-lo com arame farpado. Observe o desenho que representa esse terreno:

17,50 m

1. Calculando o perímetro

1. Para uma vida saudável, é recomendável que se tenha uma alimentação balanceada
associada à prática de atividades físicas. Todas as tardes, Zélia faz caminhada na
pracinha da cidade onde mora. Observe o percurso que ela faz ao redor da praça. 23 m 19,50 m

60 m 70 m

28 m

Considerando que o terreno tem as dimensões especificadas na imagem, responda:


90 m
40 m
a. Qual é o formato do terreno?

2. Ao dar 1 volta completa nessa praça, quantos metros Zélia percorre? b. Por que se diz que o terreno tem formato irregular?

c. Qual é o perímetro desse terreno?


3. Se ontem Zélia deu 3 voltas completas, quantos metros ela percorreu?

d. Se Cícero quiser cercar esse terreno com 10 fios de arame farpado, quantos me-
tros ele deverá comprar?

132 4 o ANO
133 M AT EM ÁT I CA

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2. Observe a figura a seguir, que representa a planta baixa do quarteirão onde se


localiza a Escola Santa Tereza, onde estuda Carlos Eduardo. DISCUTINDO

10 Para saber a quantidade (metragem) de arame farpado necessária para cercar o terreno,
E C
é preciso calcular o perímetro do terreno, e, para isso, basta adicionar as medidas dos lados
da figura que representa esse terreno. Foi assim que você fez? Você teve alguma dificuldade?

8 10 RETOMANDO

Perímetro é uma medida de comprimento que corresponde à soma das medidas dos
lados de figuras planas em geral, ou seja, ele equivale à medida do contorno total das figu-
ras bidimensionais. Por exemplo, se a medida dos lados de um quadrado é 5 cm, o perímetro
desse quadrado é 20 cm, que equivale à soma das medidas dos seus lados:
A D 5 cm + 5 cm + 5 cm + 5 cm = 20 cm
16

a. Qual é o perímetro do quarteirão onde se localiza essa escola?


RAIO X

1. Antônio comprou uma piscina de formato retangular de medidas 5 m de compri-


mento por 3 m de largura. Qual é o perímetro dessa piscina? É possível instalar
b. Agora, use sua criatividade e produza uma situação-problema relacionada à essa piscina em um espaço que tem perímetro de 12 m?
figura acima.

Situação-problema: Resolução:
2. Veja o campinho da escola de futebol Esporte é Vida.

45 m

90 m

Sabendo que, antes de cada partida, o professor Daniel propõe aos alunos que façam
aquecimento dando uma volta ao redor do campo, quantos metros os alunos percorrem du-
rante o aquecimento?

134 4 o ANO 135 M AT EM ÁT I CA

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Habilidades do DCRC
Medir e estimar comprimentos (incluindo perímetros), massas e capacidades, utilizando unidades de medida
EF04MA20
padronizadas mais usuais, valorizando e respeitando a cultura local.

Sobre o capítulo Material


• Contextualizando: sondar as noções de medidas Régua
de grandezas dos alunos.
• Mão na massa: trabalhar o conceito de perímetro. Contexto prévio
• Discutindo: tratar das dificuldades no desen- Reconhecer figuras planas regulares e não
volvimento da seção anterior. planas. É necessário ainda operar com números
• Retomando: tratar do conceito de perímetro de decimais, compreendendo e associando 0,50 m a
modo a sistematizar o conhecimento. 50 cm. A associação entre a linguagem métrica e
• Raio X: apresentar um problema para avaliar geométrica também é importante.
os conhecimentos prévios do aluno.
Dificuldades antecipadas
Objetivos de aprendizagem Os alunos podem apresentar dificuldades para
• Calcular o perímetro em situações contextuais operar com números decimais, como compreender
• Consolidar o conceito de perímetro o que representa 0,50 na problematização apresen-
• Elaborar situações-problema envolvendo a ideia tada. É importante discutir os significados desses
de perímetro contextos. É indicado orientar o uso do cálculo mental,
• Discutir acerca de figuras planas irregulares mas também é importante “montar” ou “armar” a
operação para que os alunos retomem o trabalho
com números decimais.

CONTEXTUALIZANDO
que têm os lados congruentes e os ângulos internos
Orientações também congruentes.
Solicite aos alunos que resolvam as situações. Use Os alunos podem apresentar dificuldade para operar
o resultado para mapear compreensões e possíveis com números decimais, especialmente se eles julga-
equívocos deles para melhor trabalhar essas questões
rem que seja importante armar a operação. Incentive o
ao longo do desenvolvimento da unidade. Esse olhar
cálculo mental, que pode envolver a adição das duas
é importante para selecionar novos itens que ampliem
as aprendizagens da turma. metades (0,50 m + 0,50 m), totalizando 1 m.
A discussão do item d pode ser incentivada, pos-
Expectativas de respostas sibilitando ao aluno debater a questão e refletir
1. 40 + 60 + 70 + 90 = 260; 260 metros que cada volta completa no terreno corresponde a
2. 260 + 260 + 260 = 780; 780 metros ou 3 × 260 88 metros, que é o perímetro do terreno, ou seja, um
= 780; 780 metros. fio de arame. Assim, ao realizar 10 voltas desse per-
curso, será completado um total de 880 metros, que
corresponde a 10 fios de arame.
Na atividade 2, compartilhe com a turma situações
MÃO NA MASSA elaboradas pelos alunos. Os problemas podem ser com-
Orientações pilados e distribuídos para todos. Pode ser apresentado
Na atividade 1, item b, outras justificativas podem ser aos alunos exemplos de situação-problema para que
dadas. Lembrando que polígonos regulares são aqueles eles se inspirem.

135 M AT E M ÁT I CA

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Expectativas de respostas
1. RAIO X
a) O terreno tem o formato de um quadrilátero
irregular. Orientações
b) Porque os lados e os ângulos têm medidas Retome o conceito de perímetro, considerando a
diferentes. soma das medidas dos lados da figura. Pode ser que
c) 17,50 + 23 + 28 + 19,50 = 88 alguns alunos efetuem apenas 5 + 3, esquecendo-se de
d) Ele deverá comprar 880 m de arame. Pois cada adicionar as medidas dos dois lados do retângulo. Por
fio terá 88 metros, então, 88 × 10 = 880. essa razão, uma boa estratégia para resolver a situa-
2. a) 44 metros. ção é fazer a representação por meio de um desenho.
b) Resposta pessoal. Apresente aos alunos situações-problema similares
e pergunte a eles: Para contornar essa figura, o que
devemos analisar? Mostre aos alunos que o formato
DISCUTINDO da figura é um retângulo, apresentando dois pares de
lados iguais; assim, os alunos devem perceber que,
Orientações sendo dois lados iguais, eles devem preencher na
Discuta com os alunos possíveis dificuldades encon- figura e adicionar as quatro medidas para contornar
tradas não apenas na atividade 1, como também na 2. a figura e encontrar o perímetro.
O conceito de perímetro e a ampliação da linguagem Além disso, é importante utilizar materiais diver-
métrica e geométrica deve ser enfatizada. Professor, sificados para instigá-los a participar efetivamente
exponha figuras geométricas no quadro e discuta com da ação, como malhas pontilhadas, triangulares ou
os alunos como calcular o perímetro de cada uma. quadriculadas. Ao demonstrar, procure promover uma
Além disso, amplie figuras de diferentes formatos para discussão de que os alunos participem. O professor
eles compreenderem que, ao aumentar ou reduzir as deve incentivar a discussão fazendo a eles outros
medidas dos lados de uma figura, também se aumenta questionamentos, como: Quais são os lados (segmentos)
ou se diminui o perímetro. Para demonstrá-lo, utilize proporcionais?. Além disso, utilize o espaço da sala
uma malha quadriculada ampliada e pergunte aos seus de aula para enriquecer o momento de construção
alunos: Qual é a medida dos lados da figura original? da aprendizagem. Medindo, por exemplo, o contorno
Qual é o seu perímetro? Após a ampliação ou a redução da lousa, o rodapé da sala de aula etc.
da figura, qual é a medida dos lados? O que ocorreu
com o perímetro? Expectativas de respostas
Assim, você contribuirá significativamente para a 1. O perímetro da piscina é 16 m, pois:
aprendizagem dos seus alunos, tornando-os reflexivos 5 m + 5 m + 3 m + 3 m = 16 m.
e atuantes na produção de conhecimento. Não é possível instalar essa piscina em um terreno
de perímetro de 12 m, pois ela não caberia nesse
espaço.
RETOMANDO 2. 270 metros, pois o perímetro do campo de futebol
é 45+45+90+90.
Orientações
Discuta o conceito de perímetro e dê novos exem- Sugestão de material complementar para o aluno
plos que possam ser aproveitados na elaboração das As atividades produzidas pela Khan Academy Brasil,
situações-problema anteriores. Aponte possibilidades podem ser indicadas para os alunos como estratégia
envolvendo duas ou três voltas inteiras em torno da para a retomada de conteúdo e esclarecimento de
figura idealizada. Faça demonstrações e oriente os dúvidas, durante o trabalho com a seção Retomando.
alunos sobre situações cotidianas, tais como ginca- A seu critério, a visualização pode ser indicada antes
nas realizadas no quarteirão da escola, para que eles da Avaliação Diagnóstica proposta na seção Raio X.
possam ampliar o processo criativo e responder em Khan Academy Brasil. Perímetro. 2014. Disponível
uma perspectiva dialógica a respeito de práticas do em: https://pt.khanacademy.org/math/basic-geo/ba-
dia a dia. Desse modo, a atividade terá um efeito mais sic-geo-area-and-perimeter/basic-geo-perimeter/v/
significativo para os alunos. introduction-to-perimeter. Acesso em: 6 dez. 2021.

136 4 o ANO

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Explore com os alunos as possibilidades da simu-
lação Construtor de Áreas, elaborada pela University
of Colorado e disponível no site do PhET.
• PhET. Construtor de Áreas. 2021. Disponível em: ht-
tps://phet.colorado.edu/pt/simulations/area-builder/.
Acesso em: 18 dez. 2021.

ANOTAÇÕES

137 M AT E M ÁT I CA

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2. Padronizando as medições
PÁGINA 136 PÁGINA 137

MÃO NA MASSA
2. Padronizando as medições
A professora Arlene entregou uma fita métrica para cada grupo e pediu aos alunos que
calculassem o perímetro da sala de aula. Orientou que, de cada grupo, um dos integrantes
A professora de Eduardo iniciou a aula entregando um pedaço de barbante para cada
deveria registrar as medidas de cada dimensão. Forme um grupo com seus colegas e, depois
aluno. Pediu a cada um deles que medisse o seu braço do ombro ao dedo médio. Em seguida,
de medir as dimensões da sua sala de aula, responda às seguintes perguntas:
ela pediu a eles que medissem com o barbante o perímetro da sua carteira. Pediu-lhes tam-
bém que, em seguida, utilizassem o palmo para medir o comprimento da sua carteira. Após
cada uma das medições, ela as registrou no quadro e fez as seguintes perguntas aos alunos:

1. Que figura geométrica forma a sala de aula?

2. Desenhe no espaço abaixo a planta da sua sala de aula com as respectivas medi-
das dos lados.

⊲ As medidas foram todas iguais?


⊲ Por que as medidas foram diferentes?

1. O que poderíamos fazer para que as medidas sejam iguais?

3. Que instrumento foi utilizado para medir? Que unidades de medida estão indica-
das nesse instrumento de medição?

Qual é o perímetro da sua sala de aula em metros? E em centímetros?

137 M AT EM ÁT I CA

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DISCUTINDO

Para realizarmos medições no dia a dia, podemos utilizar diversos instrumentos de me-
dida, sendo que alguns não são padronizados, como o palmo, o pé, o passo, a braça, um
cabo de rodo, um pedaço de barbante ou de cordão etc. Temos também as unidades de me-
dida padronizadas que têm o metro como unidade de referência. Além disso, existem unida-
des de medida maiores que o metro, ou seja, os múltiplos − o decâmetro (10 vezes maior que
o metro), o hectômetro (100 vezes maior que o metro), o quilômetro (1 000 vezes maior que
o metro) − , e as unidades menores que o metro, que são os seus submúltiplos − o decímetro
(10 vezes menor que o metro), o centímetro (100 vezes menor que o metro) e o milímetro (1 000
vezes menor que o metro). Agora, responda:

1. Qual é a unidade de medida utilizada para medir a distância entre as cidades de


Altaneira e Assaré?

2. Qual é a unidade de medida de comprimento mais adequada para medir uma


caneta?

3. Qual é a unidade de medida de comprimento mais adequada para medir a frente


da nossa escola?
RAIO X

1. Entre as unidades de medida de comprimento − quilômetro, metro, centímetro e


milímetro −, qual delas é a mais adequada para medir:

a. a distância entre Fortaleza e Juazeiro do Norte.


RETOMANDO
b. a espessura de uma agulha.
Neste capítulo, pudemos perceber que a utilização das unidades de medida de compri-
mento estão muito presentes nas ações do dia a dia. Assim, é preciso compreender que as
c. o tamanho de um celular.
unidades padronizadas são mais precisas e utilizadas em todo o mundo. Além disso, elas são
usadas em diferentes situações, como para medir a velocidade de um carro, a distância entre
duas cidades, a altura das pessoas, a distância entre dois postes, a planta de uma casa, a som- d. a altura de um poste.
bra projetada por uma árvore, entre outras.

e. a espessura de um parafuso.
⊲ Na aula de Matemática, a professora pediu aos alunos que representassem, em cen-
tímetro, as medidas de cada personagem da figura. Ajude os alunos a fazer correta-
mente essa representação. f. a altura de um prédio.

139 M AT EM ÁT I CA
138 4 o ANO

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Habilidades do DCRC
Medir e estimar comprimentos (incluindo perímetros), massas e capacidades, utilizando unidades de medida
EF04MA20
padronizadas mais usuais, valorizando e respeitando a cultura local.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: discutir ações cotidianas e Para este capítulo, os alunos devem saber o que é
problemas envolvendo medidas de comprimento uma unidade de medida padronizada e compreender
padronizadas. que, no Sistema Internacional de Unidades (SI), a
• Mão na massa: elaborar estratégias que pos- unidade padrão do comprimento é o metro (m). Os
sibilitem a resolução de problemas envolvendo alunos devem compreender que o metro apresenta
medidas de comprimento padronizadas. unidades maiores, os múltiplos, e unidades menores,
• Discutindo: apresentar a resolução e discussão os submúltiplos; além disso, devem saber escrever
as estratégias utilizadas para resolver situa- números na forma de numerais.
ções-problema sobre medidas de comprimento
padronizadas. Dificuldades antecipadas
• Retomando: sistematizar e estruturar processos Alguns grupos podem apresentar dificuldades
de resolução de problemas envolvendo medidas para converter as unidades de medida, especial-
de comprimento padronizadas. mente quando apresentam números decimais. Isso
• Raio X: resolver situações-problema envolvendo poderá ser superado com orientações pautadas na
medidas de comprimento padronizadas. exposição de valores e na representação no qua-
dro, promovendo um debate significativo. Instigue
Objetivos de aprendizagem os alunos a observar os valores inteiros e, em
Utilizar unidades de medida padronizadas usuais seguida, a parte decimal, para consolidar essa
na grandeza comprimento habilidade de conversão de unidades de medida.
Ler e escrever medidas de comprimento, usando Para isso, é necessário fazer a demonstração com
os símbolos específicos a tabela de unidades e exemplificar, mostrando
aos alunos como efetuar uma multiplicação e/
Materiais ou divisão por 10, 100 e 1000. Use o quadro de
Fita métrica (uma para cada grupo) ordens e demonstre a conversão por meio do
Barbante ou cordão (um pedaço para cada aluno) algoritmo para, em seguida, apresentar-lhes a
Réguas de 50 cm (uma para cada grupo) regularidade do deslocamento da vírgula.

CONTEXTUALIZANDO haja as devidas intervenções. Pergunte a eles: Para


medir a distância entre duas cidades, qual unidade de
Orientações medida devemos utilizar? E para medir a capa de um
Promova um debate sobre as unidades de medida não livro? Assim, os alunos vão expor suas visões de mundo
padronizadas, sua importância no dia a dia, ouvindo os e apresentar unidades padronizadas maiores que o
alunos e mediando as discussões para facilitar a com-
metro − os múltiplos e também as unidades menores
preensão. Para isso, explique aos alunos que as unidades
− os submúltiplos.
não padronizadas podem ser usadas ocasionalmente,
em situações específicas, e explore o que eles sentiram
ao realizar a atividade; além disso, apresente o termo Expectativas de respostas
unidade padronizada − o metro − e os instrumentos 1. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno responda
de medição para ampliar possibilidades na construção que as medidas foram todas diferentes porque
do conhecimento. Vale salientar que as respostas dos as medidas do braço e do palmo de cada um
alunos devem ser sempre levadas em consideração são diferentes. Para tornar as medidas iguais,
para incentivá-los a participar efetivamente, basta que deve-se utilizar uma fita métrica ou uma régua.

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MÃO NA MASSA RETOMANDO

Orientações Orientações
Para mediar a atividade você poderá apresentar Instigue os alunos a fazer uma análise dos valores e
aos alunos a fita métrica e a sua dimensão; caso a fita observar a parte inteira e a parte decimal. Proporcione
métrica seja de 150 centímetros, explique aos alunos um momento de reflexão, escutando atentamente as
que essa fita métrica é formada por 1 metro e meio, respostas deles e sempre mediando as discussões,
ou seja, 100 centímetros, mais 50 centímetros (meio fazendo-os refletir sobre suas respostas. Por fim, per-
metro). Além disso, pergunte a eles: Em cada centímetro gunte aos alunos: Por que 1,75 é menor que 3,00? Qual
há quantos decímetros? Nesse momento, demonstre é a diferença entre as medidas de altura de Antônio
aos alunos que, em cada centímetro, há 10 milímetros. e de Sandra? Quantos centímetros há em 3 metros? O
Assim, o uso da fita métrica ou da régua é impres- que é preciso fazer para converter essas unidades de
cindível para que os alunos possam contar quantos medida? Tudo isso contribuirá para a construção de uma
espaços iguais há em 1 centímetro. Aproveite para aprendizagem mais sólida, e os alunos certamente se
fazer questionamentos pontuais aos alunos: Quantos sentirão protagonistas da ação.
milímetros há em um metro? Por quê? É importante
instigá-los a compreender a base 10 no sistema de Expectativas de respostas
unidades de medida de comprimento. Apresente-lhes Antônio − 175 cm; Sandra − 160 cm
também a tabela de conversão de unidades para con- Eduarda − 130 c; girafa − 300 cm
solidar essa compreensão no processo de conversões
entre as unidades.
RAIO X
Expectativas de respostas
1. Resposta pessoal. Uma resposta possível é: Orientações
retângulo. Professor, demonstre para os alunos todos os pro-
2. Resposta pessoal. cedimentos de conversão de unidades de medida e
3. A fita métrica, pois nela há o metro e seus sub- também lhes apresente alguns exemplos em que as
múltiplos (decímetro, centímetro e milímetro). medidas de comprimento estão presentes. Apresente
4. Resposta pessoal. outros objetos que podem ser medidos com as diversas
unidades; por meio dessas demonstrações, será am-
pliada a compreensão da temática trabalhada durante
DISCUTINDO o capítulo. Possibilite discussões interpretativas e ins-
tigue os alunos a participar efetivamente. Pergunte a
Orientações eles: Qual é a menor unidade de medida que podemos
Registre as respostas dos alunos no quadro. Durante usar? E a maior? Incentive a participação dos alunos,
inserindo-os nas discussões; suas colocações serão
a realização da atividade, instigue os alunos a refletir
importantes para dinamizar o momento, favorecendo
sobre as suas respostas e promova essa reflexão entre
a construção do saber. Vá registrando no quadro e
eles sobre as medidas mais apropriadas para medir
norteando-os para que apresentem respostas precisas.
grandes e pequenas extensões. Possibilite que alunos
dialoguem entre si para trocar informações; isso enri-
Expectativas de respostas
quecerá o momento de construção do conhecimento.
1.
Intervenha sempre que necessário, apontando-lhes
a) Quilômetro d) Metro
caminhos e sugerindo a eles alternativas.
b) Milímetro e) Milímetro
c) Centímetro f) Metro
Expectativas de respostas
1. Quilômetro
Sugestão de vídeo para o aluno.
2. Centímetro
O vídeo produzido pela Khan Academy Brasil, pode
3. Metro
ser indicado para os alunos como estratégia para a

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retomada de conteúdo e esclarecimento de dúvidas
durante o trabalho proposto na seção Retomando.
Ao seu critério, a visualização pode se indicada antes
da Avaliação Diagnóstica proposta na seção Raio X.
Khan Academy Brasil. Medida de comprimento e seus
instrumentos de medida. 2020. Disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=KMN7iltONvU. Acesso em:
6 dez. 2021.

ANOTAÇÕES

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3.­­ Resolvendo problemas
PÁGINA 140 PÁGINA 141

3. Resolvendo problemas MÃO NA MASSA

O Ceará é um dos Estados em que a religiosidade é uma característica importantíssima Antônio chegou em Fortaleza e ficou admirado com a paisagem da cidade. Em uma
no desenvolvimento econômico e cultural. Observe a seguir os principais monumentos tarde, resolveu conhecer alguns pontos turísticos. Ele está no Centro Dragão do Mar de Arte
religiosos do Ceará e suas respectivas alturas. e Cultura e pretende seguir até o Mercado Central de Fortaleza e, depois, até o Theatro José
de Alencar.

45

2021 Google Maps


metros

30,25
metros 27 26
metros
metros

1. Observando o mapa da cidade, qual seria o melhor trajeto para que Antônio co-
nheça os três pontos turísticos?
Nossa Senhora São Francisco Padre Cícero Mirante de Nossa
de Fátima das Chagas (Juazeiro do Senhora da Penha 2. Após analisar o mapa, Antônio verificou que a distância entre o Centro Dragão do
(Crato) (Canindé) Norte) (Campos Sales) Mar e o Mercado Central é de 500 metros, e, do Mercado Central até o Theatro
José de Alencar, é de 1,6 quilômetros. Ele não conseguiu calcular quanto cami-
nhará do Centro Dragão do Mar até o Theatro José de Alencar, passando pelo
Agora, responda: Mercado Central.
1. Qual é o monumento mais alto? E o mais baixo? a. Que dica você daria para Antônio calcular a medida do trajeto total?

2. Qual é a diferença entre as alturas da estátua do Padre Cícero e da estátua de


Nossa Senhora de Fátima?
b. Qual seria a distância total percorrida nesse trajeto?

3. Se a medirmos em centímetros, qual é a altura da estátua de São Francisco das


Chagas em Canindé?

140 4 o ANO 141 M AT EM ÁT I CA

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DISCUTINDO RAIO X

2021 Google Maps


Para facilitar a resolução da questão, você deve inicialmente compreender que cada qui-
lômetro contém 1 000 metros. Assim, vai calcular essa distância de ida e volta e converter para
metros a medida do percurso. Para isso, basta multiplicar por 1 000 o valor encontrado. É im-
portante entender que as unidades à esquerda do metro são respectivamente 10, 100 e 1 000
vezes maiores que o metro. Essas unidades maiores que o metro são os seus múltiplos. Já as
unidades que se encontram à direta do metro na tabela são respectivamente 10, 100 e 1 000
vezes menores que o metro. Essas unidades menores que o metro são os seus submúltiplos.

´10 ´10 ´10 ´10 ´10 ´10

km hm dam m dm cm mm

Em Fortaleza, existem lindas praias. Analise o mapa de algumas delas e responda:


¸10 ¸10 ¸10 ¸10 ¸10 ¸10
1. Qual é a distância entre a praia do Poço da Draga até o Marco Zero de Fortaleza?

⊲ Agora, converta as seguintes unidades de medida.


2. Se uma pessoa for da praia do Poço da Draga até o marco zero de Fortaleza e,
a. 7 890 km = _____________ metros
depois, retornar para essa praia, quantos metros percorrerá?
b. 750 hm = _________________ metros

c. 5 847 dm = _______________ metros

d. 897 m = _________________ centímetros

e. 685 m = _________________ milímetros

RETOMANDO

Na prática, para converter quilômetro em metro, basta multiplicar por 1 000, pois 1 km
3. Use uma régua e meça a distância no mapa entre essas duas praias. Que resulta-
equivale a 1 000 m. Assim, 7,2 km equivalem a 7,2 × 1 000 m = 7 200 metros. Você poderá, en-
do você encontrou? Você acha que essa medida equivale a 8,2 km?
tão, deslocar a vírgula 3 ordens para a direita. Já para converter metro em quilômetro, você
deve dividir por 1 000. Para isso, basta deslocar a vírgula três ordens para a esquerda. Além
disso, faça a demonstração por meio dos algoritmos da multiplicação e da divisão utilizando
o quadro de ordens.

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Habilidades do DCRC
Medir e estimar comprimentos (incluindo perímetros), massas e capacidades, utilizando unidades de medida
EF04MA20
padronizadas mais usuais, valorizando e respeitando a cultura local.

Sobre o capítulo Material


• Contextualizando: discutir ações cotidianas e • Calculadora (opcional);
problemas envolvendo medidas de comprimento. • Papel quadriculado (uma folha para cada aluno)
• Mão na massa: elaborar estratégias que permitam
a resolução de problemas envolvendo medidas Contexto prévio
de comprimento. É necessário que os alunos saibam relacio-
• Discutindo: apresentar a resolução e discutir as nar e converter quilômetro em metro e vice-
estratégias utilizadas para resolver situações- -versa. Importante saber ler e interpretar situações-
-problema utilizando medidas de comprimento -problema que possibilitam variadas estratégias
no cotidiano. de resolução.
• Retomando: sistematizar e estruturar procedi-
mentos de resolução de problemas envolvendo Dificuldades antecipadas
medidas de comprimento no dia a dia. Os alunos podem apresentar dificuldades para
• Raio X: resolver situações-problema envolvendo efetuar as conversões necessárias quando há núme-
ros decimais envolvidos. Sugere-se foco acentuado
medidas de comprimento.
nas discussões de estratégias para compreensão
dos significados das medidas. Quando a repre-
Objetivos de aprendizagem
sentação envolve quilômetros, pode haver uma
Realizar conversões entre quilômetro e metro
escrita decimal. No entanto, na conversão para
para resolver situações-problema.
metro, a medida não é representada em decimal.
Por exemplo, 4,5 km equivale a 4 500 metros.

CONTEXTUALIZANDO Sales, CE), de 26 metros.


2. 45 − 27 = 18 metros
Orientações 3. 30,25 × 100 = 3 025; 3 025 centímetros
Em uma roda de conversa, introduza o tema do
capítulo. Você pode exibir para apreciação dos alunos
algum vídeo que demonstre a religiosidade e o fluxo
de pessoas nas romarias pelo Ceará. Além disso, é MÃO NA MASSA
importante provocar os alunos com perguntas pontuais
para que eles se envolvam nas discussões, pergunte: Orientações
Vocês já visitaram alguns desses pontos turísticos? Valorize as maneiras de resolução adotada pe-
Escute atentamente os alunos e converse com eles los alunos. Compartilhe com a turma as estratégias
sobre a importância desses pontos turísticos para o apresentadas. Na seção seguinte (Discutindo) há dicas
desenvolvimento das cidades em que eles estão lo- para facilitar o trabalho dos alunos. Solicite a eles que
calizados, mencionando desde aspectos econômicos vejam as dicas para avaliar se seguem ou não as es-
até o desenvolvimento cultural. Para fundamentar seus
tratégias inicialmente estabelecidas. Demonstre aos
argumentos, apresente aos alunos dados estatísticos
alunos procedimentos de conversão de unidades de
sobre o número de visitantes que cada uma dessas
medida de comprimento por meio da tabela de con-
cidades recebe anualmente.
versão de unidades. Assim, desenvolva o algoritmo
Expectativas de respostas da multiplicação e, em seguida, utilize a regularidade
1. O mais alto é o monumento à Nossa Senhora de do deslocamento da vírgula para converter quaisquer
Fátima (Crato-CE), de 45 metros, e o mais baixo, o unidades de medida de comprimento, sejam elas múl-
monumento à Nossa Senhora da Penha (Campos tiplos ou submúltiplos do metro.

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Expectativas de respostas
1. Resposta pessoal. Nesta atividade, os alunos RETOMANDO
podem inferir o que se pede do próprio mapa,
analisando-o e manipulando-o. Espera-se que
eles reconheçam que a melhor rota saindo de Orientações
Centro Dragão do Mar é seguir para o Mercado Solicite aos alunos que opinem sobre as informações
Central, e, em seguida, ir para o teatro. desta seção. Peça-lhes novos exemplos e solicite que
2. usem uma calculadora para chegar aos resultados. Você
a. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno note pode pedir aos alunos que registrem os exemplos no
que Antônio não consegue calcular a distância quadro e perguntar a eles como se efetua, na prática,
total, pois parte do percurso está em metro, e e sem uso da calculadora, a multiplicação por 1 000
parte, em quilômetro. Ele precisa converter as (para números decimais e inteiros). Além disso, provoque
medidas (ambas em metros ou ambas em km) uma discussão significativa para que os alunos possam
b. A distância total percorrida é de 0,5 km + 1,6 km = sentir-se participantes da ação. Valorize as respostas
= 2,1 km 500 + 1 600 m = 2 100 m deles, mas, sempre que necessário, intervenha para
sistematizar os conceitos trabalhados. Pergunte aos
alunos: Por que, quando multiplicamos um número de-
DISCUTINDO cimal por 1 000, podemos deslocar a vírgula 3 ordens
para a direita? É importante apresentar aos alunos, por
meio de demonstrações, que isso acontece porque todo
Orientações
número multiplicado por 0 é igual a zero, bem como
Discuta com os alunos os caminhos adotados por
todo número multiplicado por 1 é igual a ele mesmo.
eles para resolver a atividade da seção Mão na mas-
E, ao fazer a demonstração no quadro, você ampliará
sa. As dicas são especialmente importantes para os
a visão dos alunos e explicará a eles a forma genérica
grupos que não conseguiram avançar na resolução
de “deslocamento” de vírgula ao converter unidades
da situação-problema. Para realizar a conversão de
de medida de comprimento.
unidades de medidas fixe no quadro a tabela de con-
versões de unidades de medida de comprimento e faça
várias demonstrações apresentando aos alunos as RAIO X
regularidades e também por meio dos algoritmos da
multiplicação ou da divisão. É importante incentivá-los
a participar efetivamente do momento de produção do Orientações
conhecimento. Pergunte aos alunos, por exemplo: Por Essa proposta é um tipo de avaliação qualitativa,
que, para converter quilômetro em metro, pela tabela pois exige que os alunos pensem e exemplifiquem o
efetuamos: 10 × 10 × 10? Assim você já introduzirá a que eles aprenderam sobre as especificidades do tema
compreensão de potências de base 10 para ampliar unidades de medida. Os textos podem ser trocados
as visões dos alunos e facilitar a compreensão de entre duplas de alunos para que um avalie o que o
atividades futuras por eles. outro aprendeu. Verifique com atenção redobrada os
alunos que não conseguem resolver a atividade, bem
Expectativas de respostas como aqueles que apresentaram equívocos concei-
a) 7 890 000 metros tuais em suas produções. Intervenções são necessárias
b) 75 000 metros para esses grupos. Registre as respostas dos alunos
c) 584,7 metros no quadro e provoque-os a descobrir, por exemplo,
d) 89 700 centímetros como descobrir a redução do tamanho real para repre-
e) 685 000 milímetros sentação no mapa. Amplie o debate com informações

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imprescindíveis sobre o conceito de escala de um mapa. Expectativas de respostas
Demostre aos alunos como encontrar o tamanho real, 1. 8,8 km
quando o mapa apresentar apenas a escala e também 2. 8,8 km + 8,8km = 17,6 km. 17,6km = 17600m; ou
quando o mapa não apresentar a escala, como é o 8800m + 8800m = 17600m.
caso da questão apresentada. Utilize vários recursos 3. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno note
concretos para efetuar a divisão de 350 por 14, por que essa medida é uma redução (em escala, mas
exemplo, a sequência dos múltiplos de 14, e resolva não precisa usar esse termo), para representar a
também por algoritmo da divisão para possibilitar que localização e distância, apenas como parâmetro.
os alunos compreendam essa resolução. Além disso,
use o material dourado e oriente os alunos a efetuar
a divisão fazendo a distribuição.
Registre no quadro as repostas dos alunos e faça
as devidas intervenções.

ANOTAÇÕES

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UNIDADE 5

MEDINDO A SUPERFÍCIE
COMPETÊNCIAS GERAIS DO DCRC

2; 3; 4

HABILIDADES DO DCRC

Medir, comparar e estimar área de figuras planas desenhadas em malha quadriculada, pela contagem dos
EF04MA21 quadradinhos ou de metades de quadradinho, reconhecendo que duas figuras com formatos diferentes podem
ter a mesma medida de área.

OBJETOS DE CONHECIMENTO

Áreas de figuras construídas em malhas quadriculadas

UNIDADES TEMÁTICAS

Grandezas e Medidas

PARA SABER MAIS

• V AN DE WALLE, John A. Matemática no ensino Fundamental: formação de professores e aplicação em sala de aula.
Porto Alegre: Artmed, 2006.
• SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez (org.). Materiais manipulativos para o ensino de figuras planas. Porto
Alegre: Penso, 2016.

146 4 o ANO

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1. Calculando área
PÁGINA 144 PÁGINA 145

UNIDADE 5

MÃO NA MASSA

MEDINDO A SUPERFÍCIE 1. A diretora Verônica, da Escola Estadual Professor Plácido Cidade Nuvens, precisa
comprar um piso de grama sintética para a nova quadra de futebol society, que
mede 25 metros de largura por 45 metros de comprimento. Você e seus colegas
podem ajudá-la?

1. Calculando área

1. Observe a imagem que representa a divisão dos cômodos em uma casa e depois
conversem sobre as questões a seguir.

COZINHA

QUARTO

SALA CORREDOR

a. Quantos metros quadrados de piso ela deverá comprar?


BANHEIRO QUARTO

b. Se ela comprar 1 000 m2, sobrará ou faltará piso?

a. Vocês sabem o que é área? 2. Observe a planta baixa da casa da professora


Arlene:
b. Observando o desenho da planta da casa, para que é utilizado o cálculo da
área? a. Qual é a área do jardim?

c. Como podemos encontrar a medida de superfície (área) de uma figura plana?


b. Qual é a área do jardim e do pátio juntos?
d. Considerando que cada quadradinho mede um metro quadrado, qual é a área
da sala?

e. As medidas de área dos quartos são iguais? Qual é a área dos quartos?

144 4 o ANO 145 M AT EM ÁT I CA

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DISCUTINDO
RAIO X
A diretora Verônica colou as medidas da quadra para melhor visualização.
1. O prefeito da cidade de Cosmópolis precisa cobrir com placas de grama o campo
de futebol recentemente construído para lazer da população.
Considerando a medida do campo abaixo, quanto metros quadrados de grama
serão necessários para cobrir toda essa área?
25 m (largura)

45 m

45 m (comprimento)

Ela sabia que, para encontrar a área da quadra, deveria multiplicar a base pela altura. 90 m
Neste caso, chamamos o comprimento de base e a largura, de altura.
2. Calcule a área de cada polígono a seguir.
Logo, o cálculo feito foi:

Área = base × altura

Área = 25 × 45 > 1 000 m²

RETOMANDO

Aprendemos a calcular a área de uma figura plana, com formato de um retângulo ou


de um quadrado.

Vimos que, para calcular a área da quadra de formato retangular, devemos multiplicar
a base pela altura da figura.

Nas regiões delimitadas por triângulos, devemos multiplicar a base pela altura e dividir
por 2, pois um triângulo é a metade de um quadrilátero (figura geométrica de quatro lados).

146 4 o ANO 147 M AT EM ÁT I CA

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Habilidades do DCRC
Medir, comparar e estimar área de figuras planas desenhadas em malha quadriculada, pela contagem dos
EF04MA21 quadradinhos ou de metades de quadradinho, reconhecendo que duas figuras com formatos diferentes
podem ter a mesma medida de área.

Sobre o capítulo Contexto prévio


• Contextualizando: discutir sobre problema de Para esse capítulo, os alunos devem saber uni-
área e as estruturas de resolução. dades de medida e cálculo de área.
• Mão na massa: elaborar de estratégias que
possibilitem a resolução de problemas de área. Dificuldades antecipadas
• Discutindo: apresentar resolução e discussão Caso o aluno não lembre o conceito de área
acerca das estratégias utilizadas. de figuras planas, retome-o no quadro desenhan-
• Retomando: sistematizar e estruturar os objetivos do algumas figuras planas e fazendo algumas
de aprendizagem propostos. explicações quanto às possibilidades de cálculo
• Raio X: validar as resoluções de problemas de de área, seja por quadradinhos como unidade de
lógica matemática. área para formalizar seu cálculo e em seguida, a
área. Professor, prepare uma malha quadriculada,
Objetivos de aprendizagem pontilhada e/ou triangular e faça demonstrações
Reconhecer a superfície como objeto a ser medido para os alunos rememorarem os conceitos de área.
e a área como grandeza e medida de superfície. Isto vai subsidiá-los para uma melhor compreensão
Estimar e calcular a área de figuras planas. e reforçará o ensino e aprendizagem.

CONTEXTUALIZANDO Expectativas de respostas


1. a. Resposta pessoal.
Orientações b. Reposta pessoal; o aluno poderá afirmar, por
Inicie a aula perguntando aos alunos como pode- exemplo, que faz o cálculo da área para colocar
ríamos fazer para encontrar a medida de superfície de o piso.
figuras planas, considerando que ela é diferente do c. Resposta pessoal; espera-se que o aluno afir-
perímetro. Como exemplo, desenhe no quadro figuras me: “Para contar quantos metros contém em uma
geométricas apresentando as medidas e questione-os superfície.”
de modo que reflitam sobre as possíveis estratégias d. 15 m²
para encontrar o resultado. Anote as sugestões no e. Sim. 6 m²
quadro. Evite a ideia de que há uma “resposta certa”,
pois o objetivo inicial é desenvolver a compreensão do
significado da medida de área. Não introduza fórmulas; MÃO NA MASSA
é interessante destacar que contar unidades de área
na malha quadriculada não tem quase impacto sobre
a compreensão pelos alunos de fórmulas tais como A Orientações
= B × h, sendo essa uma introdução à dedução destas. Organize a turma em duplas e explique aos alunos
No final dos exemplos, explique-lhes o conceito de que farão uma atividade em que as ideias deverão ser
área e contextualize-o às situações reais do dia a compartilhadas. A seguir, observe-os resolvendo, deixando
dia. Logo após, oriente-os, por meio dos exemplos, que discutam suas ideias e verifiquem as maneiras de
a realizar o cálculo para encontrar a área de uma resolvê-las, e assim possam levantar hipóteses, analisar
figura plana. Além disso, demonstre para os alunos diferentes estratégias para resolver a questão, a fim de
a diferença entre perímetro (medida do contorno) e sistematizar seus conhecimentos. Inicialmente, permita
área, que é a região interna de uma determinada que eles leiam o problema e dê-lhes tempo para que
região delimitada por uma linha fechada. tentem resolvê-lo. Não faça nenhuma intervenção nesse

148 4 o ANO

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momento; observe como os alunos analisam os dados
do problema, interpretam e elaboram suas estratégias. DISCUTINDO
Peça-lhes que expliquem como fizeram para resolver
o problema proposto e qual seria o resultado final.
Orientações
Selecione algumas duplas para irem até a lousa para
É o momento de promover discussões referentes
explicar aos colegas suas estratégias. O aluno do 4o
às estratégias e respostas apresentadas pelos alunos.
ano muitas vezes precisa basear-se em situações coti-
Peça-lhes que expliquem como fizeram para resolver o
dianas e lúdicas para abstrair o conceito matemático,
problema proposto e qual seria o resultado final. Selecione
e assim explorar e investigar o problema proposto,
algumas duplas para irem até a lousa e explicarem para
buscando solucioná-lo a fim de construir significados
os colegas suas estratégias. Depois de compartilharem
para área, por meio de desenhos e suas comparações;
algumas ideias, você poderá realizar apresentação de
ao explorar e analisar as situações solicitadas, devem
slides, ou ilustrar o desenho em uma malha quadriculada
recorrer a seus conhecimentos prévios para construir
feita em uma cartolina; assim, os alunos compreenderão
novos saberes. Os alunos precisam compreender que
melhor o conceito de área. Durante a apresentação,
a área é a medida da superfície interna da quadra,
explore com eles o processo multiplicativo por dois
na qual os pisos serão colocados. Questione: Qual
algarismos no multiplicador. Os alunos verão passo a
foi a primeira estratégia que utilizaram para resolver
passo as estratégias possíveis para resolver o problema.
esse problema? Como fizeram para encontrar a área
Discuta com eles que o resultado encontrado não será
da quadra? Qual foi a maior dificuldade encontrada
suficiente e pergunte à turma: Quantos metros a dire-
para realizar o problema? Para que outras situações
tora deve comprar a mais para poder colocar a grama
as pessoas podem usar o cálculo de área? etc. É pre-
sintética em toda a quadra?
ciso mostrar aos alunos que duas metades formam
Valorize as estratégias escolhidas pelos alunos para
um inteiro. Professor, faça a demonstração com o uso
calcular a área e o modo como eles realizaram a compa-
de algumas imagens projetadas e/ou desenhadas
ração de valores, buscando garantir que compreendam
em malhas quadrilhadas e/ou pontilhadas para que
os conceitos envolvidos. Incentive os alunos a explorar
eles possam interagir e contornar pequenas dúvidas.
diferentes formas, métodos e estratégias; peça-lhes que
Pergunte aos alunos: Se há dois quadradinhos pela
esquematizem e testem suas ideias, e assim possam
metade, o que devemos fazer? Registre as respostas
validá-las ou não, até chegarem a uma que atenda suas
dos alunos no quadro e apresente-lhes soluções. Após
necessidades.
as demonstrações feitas, é momento de intervir. Caso
seja necessário, apresente alternativas diversas para
que as dificuldades sejam contornadas. Nesse momento, RETOMANDO
converse com os alunos sobre as situações do cotidiano
em que devemos calcular área e escute atentamente
Orientações
suas respostas, valorizando a participação deles. Alguns
grupos poderão apresentar dificuldades em efetuar as Relembre com os alunos as aprendizagens da aula,
multiplicações; nesse momento, auxilie-os, escrevendo enfatizando a ideia de área como o espaço bidimensio-
no quadro um Quadro Valor de Lugar, e com os alunos, nal no interior de uma região delimitada por uma linha
faça a resolução por meio do algoritmo da multiplicação. fechada. Retome com os alunos o conceito de área e os
Use a tabuada pitagórica para que eles compreendam procedimentos para calculá-la. Relembre-os da diferença
o processo de resolução de multiplicação por meio do entre o cálculo de área e o do perímetro para que não
conjunto dos múltiplos de um número. haja confusões em atividades futuras.
Peça aos alunos que observem que não é a posição
Expectativas de respostas da figura que está em jogo, mas a medida do espaço;
1. a. 1 125 m² assim, é importante desenvolver a ideia de que a área é
b. Faltará 125, pois 1 000 é menor que 1 125 m². medida da “cobertura” da forma. Se julgar necessário,
2. a. 17 m² proponha à turma algumas experimentos e simulações com
b. 30 m² diferentes quadriláteros (ou outras formas), por exemplo,

149 M AT E M ÁT I CA

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um retângulo longo e estreito pode ter área menor que Expectativas de respostas
a de um triângulo de lados menores. 1. 4 050 m²
Considere que esse conceito deve ser elaborado com 2. Figura 1: 24 unidades de área; Figura 2: 8 unidades
base nos conhecimentos de cada aluno, de modo que de área.
possibilite diferentes visualizações do mesmo objeto de
conhecimento, obtendo o resultado esperado.

RAIO X

Orientações
Apresente aos alunos a nova situação e peça-lhes
que resolvam a atividade individualmente. Nessa ati-
vidade, o aluno deverá refletir e colocar em prática a
estratégia necessária para encontrar a área do campo
que será coberto por grama. Oriente os alunos a efetuar
a multiplicação sempre utilizando o quadro de ordens
para facilitar a resolução. Escreva no quadro os múlti-
plos de 9 e faça a demonstração exemplificando como
multiplicar um número terminado por 0. Além disso,
apresente aos alunos algumas imagens de polígonos
diversos em malha quadriculada e discuta com eles
imagens que apresentem quadrículas pintadas pela
metade e em quartos. Pergunte a eles sobre composição
de imagens e se podem transpor algumas partes na
imagem para completar partes iguais, assim, eles po-
derão perceber que a adição das partes poderá compor
a área total de uma figura plana. É importante fazer
demonstrações diversas para que os alunos compreen-
dam melhor essa maneira de efetuar o cálculo da área.
Uma outra estratégia a ser utilizada é o recorte das
imagens contidas na malha quadriculada para calcular
as respectivas áreas. O propósito dessa atividade é
verificar se os alunos compreenderam como resolver
problemas envolvendo o conceito de área. Peça-lhes
que pensem nas maneiras que podem aplicar nessa
resolução. Ao final, solicite aos alunos que compartilhem
suas respostas com a turma e, nesse momento, faça
suas intervenções, levando em conta que mesmo os
erros são estruturas de resolução; assim, solicite-lhes
que expliquem o modo como pensaram, e como podem
corrigi-lo, se for o caso.

150 4 o ANO

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2. Figuras em malhas quadriculadas
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a. Qual é a área ocupada pelo triângulo amarelo?


2. Figuras em malhas quadriculadas

1. Observe a figura plana desenhada na malha quadriculada abaixo.

b. Qual é a área ocupada por todo o retângulo que forma a malha quadriculada?

DISCUTINDO

1. Durante a realização desta tarefa, o grupo de Laura resolveu começar a contar


pelos quadradinhos inteiros e ir numerando para não se perderem. Veja:

2 3

4 5 6

a. Como podemos calcular a área da figura acima considerando o quadradinho 7 8 9 10


como unidade de medida?
11 12 13 14 15

b. Que estratégias podemos usar para encontrar a área dessa figura que não apre-
senta o quadradinho completo? Ao final, percebeu que ainda não tinha a área total do triângulo. Porém, a turma che-
gou à conclusão de que se calculasse a área total do retângulo, que é formada pela malha
quadriculada, e dividisse este resultado por 2, encontraria a área do triângulo, pois a área do
MÃO NA MASSA triângulo corresponde à metade da área do quadrilátero em que ele está inserido.

+ =
1. Fernanda desenhou um triângulo usando uma malha quadriculada como na figura
abaixo. Considerando cada quadradinho como unidade de medida, responda às
questões:

2 3

4 5 6

7 8 9 10

11 12 13 14 15

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149 M AT EM ÁT I CA

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Percebemos, portanto, que a área em amarelo é exatamente igual à área da parte que
ficou em branco. Assim, como as duas áreas juntas correspondem à área do retângulo, então RAIO X
a área do triângulo amarelo é a metade da área da malha que forma um retângulo.
1. Considerando cada quadradinho da figura a unidade de medida, qual é a área da
2. Para responder à segunda pergunta do problema proposto, o grupo de Laura con- região pintada nesta seta de duas pontas?
tou quantos quadradinhos havia na base do retângulo e em seguida na altura,
para achar a quantidade de quadradinhos no total, resultando assim na sua área.

Altura = 6

Base = 6

A = 6 × 6 = 36 quadradinhos. 2. Fernando quer vender seu terreno, representado


Portanto, a área ocupada pelo retângulo mede 36 quadradinhos. Assim, concluíram que na figura ao lado. Considerando que cada qua-
a área do triângulo isósceles é exatamente a metade da área do retângulo. dradinho que forma o retângulo verde mede 1 m2,
Área do triângulo é dada por 36 ÷ 2 = 18 quadradinhos. qual é a área total ocupada por seu terreno?

RETOMANDO

Vimos que podemos encontrar a área de uma figura utilizando como unidade de medi-
da quadradinhos na malha quadriculada, bem como a metade dele.
A malha quadriculada é bastante utilizada para compor atividades sobre áreas. Algumas
malhas podem representar figuras cujos quadradinhos estejam pela metade, e eles fazem
parte da contagem e da área da figura representada.
3. Na aula de Arte, Amanda pintou em uma folha quadri-
culada a inicial de seu nome. Considerando que cada
quadradinho pintado mede 1 cm2, qual é a área “A” re-
presentada ao lado?

150 4 o ANO 151 M AT EM ÁT I CA

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Habilidades do DCRC
Medir, comparar e estimar área de figuras planas desenhadas em malha quadriculada, pela contagem dos
EF04MA21 quadradinhos ou de metades de quadradinho, reconhecendo que duas figuras com formatos diferentes
podem ter a mesma medida de área.

Sobre o capítulo questionamentos, que os quadradinhos preenchidos


• Contextualizando: discutir sobre problemas pela metade formam um quadradinho inteiro ao
de área. juntá-los com outra metade. Questione: É possível
• Mão na massa: elaborar estratégias que contar os quadrinhos no interior do triângulo? Por
possibilitem a resolução de problemas de área. que vocês contaram somente os quadradinhos intei-
• Discutindo: apresentar a resolução e discussão ros? As metades dos quadradinhos em amarelo não
acerca das estratégias utilizadas. estão ocupando uma área da malha quadriculada?
• Retomando: sistematizar e estruturar os objetivos Você acha que não devemos contá-los também?
de aprendizagem propostos. Como podemos contar estes quadradinhos? O que
• Raio X: resolver problema envolvendo área na acontece se juntarmos metade de um quadradinho
malha quadriculada. com outra metade?, etc. Os alunos podem apre-
sentar o resultado em cm2 ou m2. É necessário eles
Objetivos de aprendizagem perceberem que, nesse problema, considera-se o
Calcular área de figuras em malhas quadriculadas. quadradinho como unidade de medida, ou seja,
Comparar áreas de figuras planas em malhas não há uma unidade de medida específica de área,
quadriculadas. sendo necessário somente efetuar a contagem dos
quadradinhos. No caso do triângulo, a área ocu-
Materiais pada é 18 quadradinhos e não 18 cm². O retângulo
• Malha quadriculada. deve apresentar como resultado 36 quadradinhos,
e não 36 cm2 ou m2. Este fator ocorre devido à falta
Contexto prévio de interpretação do problema pelo aluno. Caso
Os alunos devem saber o conceito de área e perceba esta dificuldade, questione os alunos de
de unidades de medida. Além disso, devem com- forma que percebam seu erro. Por que você apre-
preender características dos polígonos. sentou o resultado 18 cm² e 36 cm²? O problema
diz qual é a medida de cada quadradinho? Qual
Dificuldades antecipadas é a unidade de medida usada nesse problema?
Caso os alunos contem somente os quadradi- Vamos ler novamente? Já que não podemos usar o
nhos completos do triângulo, oriente-os sobre as cm² e m² nessa situação, como podemos apresentar
possíveis estratégias. Faça-os perceber, por meio de o resultado? etc.

CONTEXTUALIZANDO dificuldade; neste caso, incentive-os a fazer estimativas


ao redor das extremidades.
Orientações
Inicie a aula perguntando aos alunos como pode- Expectativas de respostas
ríamos fazer para encontrar a medida de superfície 1. Respostas pessoais. Espera-se que os alunos com-
de figuras planas utilizando uma malha quadricula- preendam que o quadrado da malha quadriculada
da com quadradinhos incompletamente preenchidos. pode ser usado como unidade de área, possibi-
Questione-os de modo que reflitam sobre as possíveis litando usá-lo para verificar quantos quadrados
estratégias para encontrar o resultado. Anote no qua- compõem a figura.
dro as sugestões deles. Oriente os alunos a analisar a a. Espera-se que o aluno afirme que deve contar
malha, verificando a região preenchida a ser medida e os quadradinhos inteiros e juntar duas metades
contar as unidades em seu interior. Evite a ideia de que para formar um inteiro.
há uma “resposta certa”, pois as extremidades, com b. O aluno deve compreender que duas metades
partes da unidade de área da malha podem causar-lhes formam um inteiro.

152 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 152 28/12/2021 11:09


quadradinhos correspondem à área dessa folha?
MÃO NA MASSA Peça-lhes que dobrem a folha ao meio, unindo os vér-
tices opostos. Em seguida pergunte aos alunos: Que
Orientações figura você formou? Qual é área da figura formada
Organize a turma em duplas e explique aos alunos em relação à área da folha que você recebeu? Nesse
que farão uma atividade em que as ideias deverão ser momento, eles compreenderão melhor como calcular a
compartilhadas. A seguir, observe-os fazer a atividade, área de um triângulo. É importante realizar atividades
deixando que discutam suas ideias e verifiquem as ma- práticas para que eles relacionem posteriormente as
neiras de resolvê-la, e assim possam levantar hipóteses, fórmulas com a prática.
analisar diferentes estratégias para resolver a questão,
e assim sistematizar seus conhecimentos. Não faça Expectativas de respostas
nenhuma intervenção nesse momento; observe como 1. a. 18 quadradinhos.
os alunos analisam os dados do problema, interpretam b. 36 quadradinhos.
e elaboram suas estratégias. Ao propor o problema é
importante os alunos perceberem que os quadradinhos
são unidades de medida; assim, eles devem apenas DISCUTINDO
contar cada quadradinho para resolver a situação. Os
alunos devem perceber que existem quadradinhos in- Orientações
teiros e outros que estão pela metade. Os que estão É o momento de promover discussões referentes às
pela metade também compõem a superfície da figura, estratégias e respostas apresentadas pelos alunos. A
portanto devem ser contados. É importante o trabalho atividade trabalha a noção de adição de frações aplicada
em grupo e os alunos perceberem que duas metades ao cálculo de áreas. Valorize as estratégias escolhidas
equivalem a um quadradinho inteiro. O aluno do 4o por eles para calcular a área e como realizaram a compa-
ano muitas vezes precisa de situações cotidianas e ração de valores, buscando garantir que compreendam
lúdicas para abstrair o conceito matemático, explorar os conceitos envolvidos. Incentive os alunos a explorar
e investigar o problema proposto, buscando solucio- diferentes maneiras, métodos e estratégias, e peça-lhes
ná-lo, para construir significados para área, por meio que esquematizem e testem suas ideias, e assim possam
de desenhos e suas comparações. Ao explorar e ana- validá-las ou não, até chegarem a uma que atenda suas
lisar as situações solicitadas, devem confrontar seus necessidades. Conduza, também, o raciocínio para que o
conhecimentos prévios para construir novos saberes. aluno compreenda no futuro a demonstração da fórmula
Ao final questione: Qual foi a primeira estratégia que que calcula área do triângulo. É importante demonstrar
utilizaram para resolver esse problema? Como fizeram aos alunos os conceitos de meio ou metade e inteiros,
para encontrar a área dos quadradinhos inteiros? Como pois isso contribuirá para a ampliação do repertório
fizeram para encontrar a área dos quadradinhos pela vocabular matemático deles. Para que a turma com-
metade? Seria possível chegar ao resultado de outra preenda melhor esses conceitos, amplie uma imagem
maneira? Qual foi a maior dificuldade encontrada para na malha quadriculada e converse com os alunos sobre
resolver o problema?, etc. Lembre aos alunos que o esses termos. Além disso, ao desenhar figuras na malha
problema não apresenta nenhuma unidade de medi- quadriculada, insira triângulos de diferentes formatos
da específica; logo, o quadradinho será a unidade de e apresente a eles as regularidades. Para enriquecer
medida. Promova uma discussão ainda mais ampla o momento, você poderá levar as imagens recortadas
na sala de aula; apresente aos alunos outras figuras para explorar a montagem das imagens com os alunos,
de triângulos diferentes (triângulos equiláteros, isós- assim eles compreenderão que, para calcular a área
celes e escalenos) e faça as demonstrações para a de um triângulo em uma malha quadriculada, algumas
turma, a fim de que todos percebam que a área de vezes eles devem pensar nas partes que compõem o
um triângulo é sempre a metade de um quadrilátero inteiro, e que às vezes é necessário pensar em retirar
em que ele está inserido. Entregue uma folha de papel uma parte para inserir em outra, a fim de completar
quadriculado aos alunos e pergunte a eles quantos quadrados inteiros.

153 M AT E M ÁT I CA

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Procure mediar a aprendizagem, orientando os alunos
RETOMANDO sobre possíveis estratégias utilizando os quadradinhos
inteiros e os que estão representados pela metade;
Orientações oriente-os a perceber que duas metades formam um
Relembre com os alunos as aprendizagens da aula, quadradinho inteiro. Na questão relativa à área do
enfatizando a ideia de área como o espaço bidimen- retângulo, demonstre aos alunos que, para calcular a
sional dentro de uma região. área de um retângulo ou de um quadrado, eles podem
Retome com eles que a malha quadriculada é bas- efetuar adições de parcelas iguais ou a multiplicação
tante utilizada para compor atividades sobre áreas. da base pela altura. Para calcular a área de uma letra
Aproveite para questioná-los sobre as figuras que, em uma malha quadriculada, leve os alunos a per-
quando desenhadas, ocupam apenas metade dos qua- ceber que os quadradinhos são visíveis em torno da
dradinhos, identificando eventuais dúvidas persistentes figura pintada. Mas não entregue esta resposta aos
para, em seguida, elucidá-las. alunos; questione-os de modo que cheguem a esta
Peça aos alunos que observem que não é a posição conclusão, como: É possível contar os quadrinhos no
da figura que está em jogo, mas a medida do espa- interior da letra A? É possível visualizar os quadrinhos
ço; assim, é importante desenvolver a ideia de que no exterior da letra A? Considerando que a folha é toda
a área é medida da “cobertura” da forma. Se julgar quadriculada, quantos quadrinhos foram preenchidos
necessário, proponha a eles alguns experimentos e de preto? Será que a folha quadriculada não nos dá
simulações com diferentes malhas (por exemplo, as uma dica de como contar estes quadradinhos pretos?,
malhas triangulares ou hexagonais podem ser usadas); etc. Caso os alunos contem os quadradinhos externos
para isso, faça transparências de qualquer malha e da figura, oriente-os explicando-lhes que o problema
oriente os alunos a colocar a malha sobre uma região pede a quantidade de quadradinhos que completam
a ser medida e contar as unidades em seu interior. Leve o interior da letra A, não o contrário. Como os qua-
em conta que esse conceito deve ser elaborado com dradinhos internos não são visíveis, solicite ao aluno
base nos conhecimentos de cada aluno, de modo a uma estratégia para contá-los de modo a apresentar
possibilitar diferentes visualizações do mesmo objeto a resposta correta. Pode ser que os alunos calculem
de conhecimento, a fim de obter o resultado esperado. a área da folha quadriculada, como A = 5 × 8 = 40 m².
Caso isso ocorra, oriente-os a analisar com atenção o
enunciado do problema, especificamente fazendo-lhes
RAIO X a pergunta: Qual é a área da letra A? Faça-os perceber
que dessa vez o problema não solicita o cálculo de
Orientações toda a área, mas somente da letra A, assim, os alunos
O propósito dessa atividade é verificar se os alunos refletirão sobre suas respostas e, consequentemente,
compreenderam como resolver na malha quadriculada aprenderão melhor.
problemas envolvendo o conceito de área valendo-se
da contagem e estimativa de valores. Peça-lhes que Expectativas de respostas
pensem nas maneiras por meio das quais podem obter 1. A área total da região pintada é 18 quadradinhos.
a resolução, e, ao final, solicite-lhes que compartilhem 2. 48 m2
suas respostas com a turma, e nesse momento, faça 3. 14 cm2
suas intervenções, levando em conta que mesmo os
erros são estruturas de resolução. Assim, solicite aos
alunos que expliquem o modo como pensaram, seus
erros e como podem corrigi-los.

154 4 o ANO

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3. Área de quadrados e de retângulos
PÁGINA 152 PÁGINA 153

3. Área de quadrados e de retângulos MÃO NA MASSA

Você já observou a planta baixa de uma casa? Vamos calcular a área da nossa sala de aula?
Antes de iniciar, faça uma estimativa com os colegas de turma e anote.
Siga as instruções para efetuar este cálculo.

⊲ Utilizando uma trena ou fita métrica como instrumento de medida, meça o contorno
das paredes de sua sala de aula.
1,00 2,00 1,00 1,35 ⊲ Desenhe uma planta baixa desse local. Reflita, por exemplo, se o desenho de sua
1,00
sala de aula terá formato quadrado ou retangular.
1,00 ⊲ Registre as medidas das paredes em seu desenho.
3,10

⊲ Calcule a área de sua sala de aula e confira se acertou a estimativa feita inicial-
mente com os colegas.

1,10
5,70

2,40 2,00 2,90


3,10

3,00 1,10 4,30 3,55

Repare que o profissional marca as medidas laterais da parede em cada cômodo da


casa. Com essas informações, o encarregado da construção civil saberá a área exata que DISCUTINDO
cada cômodo ocupará no terreno.
Agora, discuta com seus colegas as questões a seguir.
Com a ajuda de Daniel, Suellen esticou a trena de uma ponta a outra em uma das pare-
⊲ des da sala de aula e, em seguida, fez o mesmo para medir as outras paredes.
Vocês já conheciam ou tiveram contato com a planta de uma casa?
⊲ O que vocês observaram de mais importante nessa planta?
⊲ Depois, desenhou em seu caderno a
O que representam as linhas dessa planta? E as medidas?
forma de sua sala de aula com as medidas
⊲ É possível calcular a área de cada cômodo e da casa inteira? Como vocês fariam?
encontradas.
⊲ Na opinião de cada um de vocês, por que uma planta como essa é importante na Ela percebeu que as medidas na tre-
construção de um imóvel? na são dadas em centímetros e fez a con-
⊲ É possível construir uma casa sem essas informações? Por quê? versão para metros. 5m

4m

152 4 o ANO 153 M AT EM ÁT I CA

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EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LA.indb 152 27/12/2021 11:33 EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LA.indb 153 27/12/2021 11:33

Para calcular a área de sua sala de aula, eles sabiam que basta multiplicar a base 2. Na malha quadriculada abaixo, trace um segmento de reta unindo os vértices
pela altura. opostos. Em seguida, veja que figura geométrica você formou. Qual é a área
Logo, A = 5 m × 4 m = 20 m2 deste polígono?

A sala de aula de Daniel e Suellen mede 20 m2.

⊲ E a sua sala de aula? Como você fez para medir essa área? Qual é a área da sua
sala de aula? O que foi fácil ou difícil para você?

Sugestão: que tal compartilhar seu


desenho com outra turma?

RETOMANDO
3. Observe as figuras:
Nesse capítulo aprendemos a encontrar áreas de ambiente por meio de instrumentos
de medição e, em seguida, utilizamos o desenho como representação. Além disso, perce-
bemos que as figuras geométricas planas têm formatos diferentes, porém podem apre-
sentar a mesma medida de área. Por meio da unidade de medida estabelecida podemos
comparar e calcular esta área. 1 2

RAIO X

1. Mariana gosta de pintar usando papel quadriculado para formar diferentes mo-
saicos. Na última aula, ela fez a pintura abaixo. Considerando que cada quadrado
tenha 1 m de lado, responda: qual é a área ocupada pelos quadradinhos pintados
de preto no desenho?
4

a. Qual delas tem a maior área?

b. Quais têm mesma medida de área?

c. Se cada quadradinho medir 10 m², qual é a área total, se juntarmos todas as figu-

ras?

154 4 o ANO 155 M AT EM ÁT I CA

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LA.indb 154 155 M AT E M ÁT I CA


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Habilidades do DCRC
Medir, comparar e estimar área de figuras planas desenhadas em malha quadriculada, pela contagem dos
EF04MA21 quadradinhos ou de metades de quadradinho, reconhecendo que duas figuras com formatos diferentes
podem ter a mesma medida de área.

Sobre o capítulo oriente-os de modo a recordar o conceito de unida-


• Contextualizando: conversar sobre a leitura des de medida (milímetros, centímetros e metros).
de uma planta baixa. Por meio de perguntas, faça-os descobrir maneiras
• Mão na massa: elaborar estratégias que de solucionar esse problema. Questione: Você se
possibilitem a resolução de problemas de medição. recorda de como utilizar uma régua? Quais são as
• Discutindo: apresentar a resolução e discussão medidas encontradas nela? Compare as medidas
acerca das estratégias utilizadas. da régua com as da trena: são iguais ou diferentes?
• Retomando: sistematizar e estruturar os objetivos Como podemos medir usando uma régua e uma
de aprendizagem propostos. trena? etc. O objetivo das perguntas é fazer com
• Avaliação: resolver problemas envolvendo áreas que os alunos relacionem seu conhecimento prévio
e medições. ao que se espera para resolução desse problema.
Se eles não conseguem converter centímetros em
Objetivos de aprendizagem metros, é recomendável que a mediação seja feita
Calcular áreas de quadrados e de retângulos, por meio de demonstrações, usando outros exemplos
representados em malhas quadriculadas. para converter centímetros em metros. Permita que
o aluno encontre o melhor caminho para resolver
Materiais o problema. Existem várias estratégias possíveis:
Trena ou fita métrica. divisão do total em centímetros por 100 (valor de
1 metro), contar de cem em cem como demonstra-
Contexto prévio do na discussão da solução do plano, ou outras
Para esse capítulo, os alunos devem saber efetuar estratégias que julgar conveniente. O importante é
conversões de unidades de medida e compreender fazer os alunos compreenderem que existem várias
o conceito de área. estratégias para se obter o resultado.

Dificuldades antecipadas
Caso os alunos não saibam como iniciar a so-
lução do problema usando o material concreto,

CONTEXTUALIZANDO
unidades menores (milímetros) e que cada subdivisão
de 1 centímetro corresponde a 1 milímetro. Ao calcular
Orientações área de figuras planas, muitas vezes essas medidas
Converse com os alunos sobre o desenho da planta
estão representadas em números decimais, e é preciso
baixa acima. Solicite-lhes que a observem e reflitam
sobre as características da planta de uma casa, os que os alunos compreendam desde já esses termos.
ambientes, a disposição das medidas e o objetivo de
um projeto como este. Permita um momento para dis- Expectativas de respostas
cussão sobre o que observaram e suas descobertas. Resposta pessoal.
Anote os comentários no quadro. Amplie o repertório Espera-se que os alunos exponham suas ideias e
vocabular dos alunos apresentando o termo “escala”. digam que, para calcular a área, devem-se multipli-
Faça demonstrações de redução de imagens e apresente
car as medidas dos lados, já que os cômodos são
aos alunos as medidas padronizadas. Utilize uma fita
métrica para apresentar-lhes o metro e o centímetro, quadrados e/ou retangulares.
bem como a conversão entre estas unidades de medida. Os alunos devem afirmar que não se pode realizar
Mostre aos alunos que o centímetro é composto por uma construção sem efetuar as medições necessárias.

156 4 o ANO

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15 centímetros de largura por 24 centímetros de
MÃO NA MASSA comprimento, mantendo fidedignamente o formato
original da sala de aula.
Orientações Contudo, o aluno será protagonista, e a aprendiza-
Deixe que os alunos façam estimativa utilizando gem se tornará cada vez mais significativa.
os pés ou passos ou a maneira que eles quiserem.
Anote no quadro. Permita que explorem a atividade e Expectativas de respostas
dê tempo para que resolvam por meio da colaboração Resposta pessoal.
entre os grupos. Não faça nenhuma intervenção nesse
momento; observe como os alunos analisam os dados
do problema, interpretam e elaboram suas estraté- DISCUTINDO
gias de solução. Nessa atividade, várias maneiras de
medir podem surgir, e este fator deve ser incentivado. Orientações
Pode ocorrer, por exemplo, que a trena não dê conta Nessa atividade, organize os alunos em duplas e
do tamanho da sala. E como fazer? Faça a mediação oriente-os a realizar a medição da sala de aula. O de-
das estratégias para que os alunos cheguem a uma senho da planta baixa os ajudará a registrar os dados.
conclusão. Questione: Como vocês usaram um ins- Mostre a eles que, na trena ou na fita métrica, os
trumento de medida, no caso a trena, para encontrar valores de medida estão expressos em centímetros e
o perímetro da sala de aula? Qual foi a estratégia que, por isso, eles terão que efetuar a conversão das
para encontrar a medida do contorno das paredes? unidades de medida para metros.
Qual foi a maior dificuldade encontrada para realizar Por fim, acompanhe o cálculo da área e incentive-os
essa atividade? O comprimento da trena foi suficiente a compartilhar os resultados com os demais colegas
para medir as paredes? Se não foi suficiente, o que e com outras turmas.
fizeram?, É possível fazer outras medições da mesma
forma que fizeram com as paredes? Qual foi a área Expectativas de respostas
encontrada de sua sala de aula? etc. Converse com Resposta pessoal.
eles informando que a medida encontrada na trena
está em centímetro, e será necessário a conversão
para metros. Além disso, converse com os alunos RETOMANDO
sobre como fazer essa representação em uma folha
de caderno. Explore com os alunos o termo “escala”,
e faça-os refletir sobre o modo como poderão fazer Orientações
a redução do tamanho real para uma planta baixa. Aproveite os valores obtidos pelos alunos na medição
Nesse momento faça demonstrações de reduções da sala de aula e promova a retomada dos conceitos
proporcionais para que, assim, os alunos compreen- estudados no capítulo. Identifique eventuais dúvidas
dam melhor o conteúdo trabalhado. Por exemplo, persistentes e aproveite para elucidá-las.
pergunte a eles: Se a largura da sala mede 5 metros e
o comprimento mede 8 metros, como podemos fazer a
RAIO X
representação na folha do caderno? Escute atentamente
as respostas dos alunos, faça o registro no quadro e
em seguida faça as devidas intervenções, tais como: Orientações
Vamos representar cada metro no tamanho real por 3 Peça aos alunos que resolvam individualmente.
centímetro no nosso desenho. Em seguida, pergunte Compreendam, por exemplo, que para obter a área
aos alunos: Como ficarão as dimensões da maquete de um triângulo basta dividir por 2 a área do quadri-
da nossa sala de aula? Assim, os alunos compreen- látero no qual ele está inscrito. Nessa atividade, o
derão o conceito de escala, entendendo, portanto, aluno deverá refletir e colocar em prática a estraté-
que cada metro no tamanho real será representado gia necessária para comparar a medida de superfície
por 3 centímetros na escala de redução. Assim, a entre os cômodos de uma casa. Esse é um momento
maquete da sala ficará com as seguintes medidas: para você avaliar se todos os alunos conseguiram

157 M AT E M ÁT I CA

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avançar no conteúdo proposto; procure identificar e 3.
anotar os comentários de cada um. Acompanhe a a. Como a questão não apresenta medidas especí-
resolução dos alunos, aponte caminhos e propicie ficas, o aluno deve considerar cada quadradinho
reflexões constantes. como unidade de área; assim, basta contar a
quantidade de quadradinhos de cada figura e
Expectativas de respostas obter a que tem maior área.
1. A questão apresenta cada quadradinho com a Figura 1 = 5 quadradinhos.
medida de 1 m, sendo assim o aluno pode resolver Figura 2 = 10 quadradinhos.
de duas maneiras. Primeiro, contando a quantidade Figura 3 = 9 quadradinhos.
de quadradinhos no desenho. O que muda nessa Figura 4 = 5 quadradinhos.
questão é que o aluno deve apresentar o resultado A figura que tem maior área é a 2, com 10 quadradinhos.
em m² e não em quadradinhos. Sendo assim, b. Da mesma maneira que a questão anterior, os
o quarto 2 possui 12 quadradinhos, ou seja, 12 alunos devem contar a quantidade de quadradinhos
m². Outra maneira de resolver esse problema das figuras e comparar aquelas que apresentam
é por meio do conceito de área em retângulos, a mesma medida de área.
multiplicando base por altura. Figura 1 = 5 quadradinhos.
2. Resposta pessoal. Por meio dessa atividade, es- Figura 2 = 10 quadradinhos.
pera-se que os alunos apresentem o desenho Figura 3 = 9 quadradinhos.
de uma figura geométrica plana (o triângulo) Figura 4 = 5 quadradinhos.
preenchendo os quadradinhos inteiros e pela As figuras que têm mesma medida de área são as
metade, usando como recurso a malha quadricu- figuras 1 e 4, de 5 quadradinhos cada.
lada. Após a definição dos desenhos, os alunos c. Essa questão se apresenta de maneira diferente
serão desafiados a criar uma situação-problema das anteriores, pois define a medida de 10 m² para
que envolva o cálculo de área, considerando os cada quadradinho, exigindo dos alunos raciocínio
quadradinhos pintados como unidade de medida mais complexo para obter a solução. Para resolver
de superfície. esse problema, o aluno pode iniciar contando a
Como a malha quadriculada tem 18 × 7 = 126, se quantidade de quadradinhos de cada figura.
o aluno traçar uma linha dividindo-a ao meio, Figura 1 = 5 quadradinhos.
a área deste triângulo será 63 quadradinhos. Figura 2 = 10 quadradinhos.
Procure mediar a aprendizagem acompanhando Figura 3 = 9 quadradinhos.
a produção dos alunos e apontando os caminhos Figura 4 = 5 quadradinhos.
necessários para a conclusão do desafio. Como o problema pede para encontrar a área de
todas as figuras juntas, é necessário adicionar a
quantidade de quadradinhos de todas as figuras: 5
+ 10 + 9 + 5 = 29 quadradinhos. Sendo assim, todas
juntas possuirão 290 m2.

158 4 o ANO

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ANEXO

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Anexos
PÁGINA 157 PÁGINA 159

ANEXO 1 ANEXO 1
Unidade 1 – Capítulo 3 – Seção Mão na massa
Reconhecemos que objetos como grampos, clipes e tintas para carimbos
são fundamentais para o funcionamento da secretaria da escola, mas entende-
mos que itens como esses devem ser adquiridos pela Secretaria de Educação do Refrigerante Refrigerante Refrigerante Refrigerante
município, tendo em vista que esta é uma escola pública. guaraná guaraná de laranja de laranja

Por isso, solicitamos que reveja a lista e esclareça os motivos pelos quais Refrigerante Refrigerante Suco de Suco de
foram solicitados esses objetos. de limão de limão laranja laranja

diretor da Escola Municipal Paulo Freire. Suco de Suco de Suco de Suco de


abacaxi abacaxi cajá cajá

Prezado
Sorvete de Sorvete de Sorvete de Sorvete de

EXO
creme creme morango morango
Nós, pais, mães e responsáveis, gostaríamos de esclarecimentos sobre a
lista de materiais escolares distribuída aos alunos desta instituição.
Acreditamos que alguns desses itens não serão utilizados pelos alunos e, Sorvete de Sorvete de Sanduíche Sanduíche
por isso, não gostaríamos de arcar com essa despesa.
chocolate chocolate de frango de frango

Anápolis, 21 de junho de 2021. Sanduíche Sanduíche Sanduíche Sanduíche


de atum de atum de carne de carne

Coxinha de Coxinha de Coxinha de Coxinha de


Esse gasto extra é ainda mais pesado para as famílias com três alunos ma- frango frango carne carne
triculados na escola, causando um grande impacto no orçamento familiar. Além
de pagar os impostos do município, teremos que comprar os materiais utilizados
pelos seus funcionários?
Coxinha de Coxinha de Bolo Bolo
bacalhau bacalhau comum comum
Associação de pais da Escola Municipal Paulo Freire.

Bolo de Bolo de Bolo de Bolo de


chocolate chocolate laranja laranja
Cordialmente,

A157 LÍNGUA PORTUGUESA A159 MATEMÁTICA

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LA.indb 157 27/12/2021 11:33 EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LA.indb 159 27/12/2021 11:33

160 4 o ANO

EFAI_REG_CE_4ANO_4BI_LP.indb 160 28/12/2021 11:09


ISBN: 978-65-5965-120-7
Realização

CADERNO DO PROFESSOR
4° ANOENSINO FUNDAMENTAL 4 O BIMESTRE

CADERNO DO PROFESSOR – 4º ANO – 4º BIMESTRE

Parceiros da Associação Nova Escola Apoio Parceiros do Estado do Ceará

EFAI_CE_4ANO_CAPAS_4BI.indd 5-6 22/12/2021 20:37

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