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PROFESSORA FERNANDA PEREIRA SANTOS

ARQUITETA URBANISTA
PEDAGOGA
Introdução
É um dos temas mais importantes na criação de
equinos.
A primeira vista pode parecer um assunto sem
importância, mas na realidade, as instalações podem
receber a maior parte do investimento financeiro de
proprietários de cavalos.
E está diretamente ligada ao sucesso da criação, na
formação animais saudáveis, tanto físico como
mentalmente.
Introdução
Nos últimos anos houve uma tendência de
aumentar o número de equinos alojados, o que
determina o aparecimentos de problemas de difícil
resolução:

 Controle do ambiente,

 Controle de enfermidades,

 Problemas comportamentais.
Introdução
Objetivos das instalações
 O alojamento deve proporcionar aos cavalos um
ambiente tão saudável como a campo, dando-lhes uma
proteção adequada a respeito do clima e boas práticas
de manejo.

 Respeitar a natureza do cavalo;

 Buscar o equilíbrio físico e mental;


Instalações:
 Antes de descrever a escolha do local, das
instalações e equipamentos, devemos lembrar que
tais condições dependem muito do sistema de
criação adotado.
Sistemas de criação
 Na criação de equinos existem apenas dois
sistemas de criação:

 Extensivo ou a campo,

 Semi-estabulado ou intensivo,
Sistemas de criação
Extensivo
O método natural de criação de cavalo é
exclusivamente extensivo, e pode proporcionar mais
saúde e melhor desenvolvimento ao produto.

 Manadas de cavalos crioulos (RS)

 Produção de Jumentos (Nordeste)


Sistemas de criação
Extensivo
 Liberdade total, animais em pastagens (amplas),

 Em alguns períodos é necessária a suplementação,

 Presta-se poucos cuidados nas práticas de manejo em


geral,

 Dependendo do objetivo da criação é vantajoso.


Sistemas de criação
Intensivo
 Semi-estabulado

 Poderá ser mais ou menos intesivo

 Em uma parte do dia ou durante a noite, os animais são


mantidos em liberdade,

 Devido ao alto valor dos animais e para dar-lhes maior


assistência,

 Suplementados com feno e concentrado,

 Presta-se “todos” os cuidados de manejo e sanitários da criação.


Escolha do Local
 Nem sempre possível escolher (adaptar-se),

 Clima: frio e seco (Ideal)


 Depende de qual criação
 Ex. Nordeste, Pantanal: animais adaptados,

 Fertilidade do solo,
 Importante para otimizar a produção animal,

 Qualidades físicas do solo:


 Solo úmido – forragem de baixa qualidade, problemas de
cascos,
 Solo pedregoso – lesões de cascos, cascos muito secos,
Escolha do Local
 Proximidade de estradas ou rodovias,

 Disponibilidade na região de alimentos e cama para os


animais,

 Disponibilidade de Água
 Criações extensivas (aguadas naturais),
 Mas se possível mesmo na criação extensiva deve-se
utilizar bebedouros.
Escolha do Local Topografia
 Ondulada (ou relativamente plana):
 É perfeita por facilitar o escoamento das águas e
colaborar para um bom desenvolvimento,

 Acidentada:
 Leva a esforços excessivos que favorecem o aparecimento
de patologias (desvios de aprumos, quedas),

 Várzeas:
 Pastagens inferiores e problemas de cascos,
Construções e subdivisões
Cavalariças
Os princípios essenciais para os estábulos:

 Uma temperatura razoavelmente uniforme, eliminando os


extremos dentro do possível,
 Uma atmosfera seca e livre de condensação nas superfícies
do edifício,
 Circulação abundante de ar e ventilação sem correntes,
 Piso firme e seco,
 Boa drenagem,
 Iluminação adequada tanto natural como artificial,
 Boa distribuição das instalações para água e alimento.
Construções e subdivisões
Cavalariças
 Todos os detalhes visaram maior conforto e segurança
para o animal:

 Facilidade de seu trato,


 Permitir que comam e descansem sossegados,
 Sem serem molestados pelo seu vizinho,

 Assim os gastos visarão sobretudo assegurar higiene e


conforto, de qualquer que seja o tipo ou classe animal.
Construções e subdivisões
Cavalariças
 A escolha do tipo de cavalariça dependerá de várias
circunstâncias,

 Número de animais,
 Facilidade do serviço,
 Topografia do terreno disponível,
 Considerações de ordem econômica,
Construções e subdivisões
Cavalariças
 Número de animais,
 Poucos (até 10): cocheiras simples ou duplas

 Muitos (20, 30, 40): as cocheiras se tornariam muito


compridas e muito tempo se perderia nas idas e vindas
de tratadores

 Não é desejável acumular um grande número de


cocheiras, para também separar as classes animais.
Construções e subdivisões
Cocheiras
 Tamanho da cocheira:
 Deve estar de acordo com o tamanho dos animais

 Baias para éguas e cavalos castrados:


 Crioulo 3,6 x 3,6
 PSC 4 x 4
 Raças de Salto 5 x 5

 Baias para garanhões: 6 x 6

 Baias maternidade: 6 x 8
Construções e subdivisões
Cocheiras
 Material de construção:
 Alvenaria
 Madeira
 Ferro
 Mistas
Construções e subdivisões
Cocheiras
 Altura das divisórias entre cocheiras,
 1,40 a 1,70m
 Em hípicas ou com garanhões (podem ser quase fechadas)

 Altura de fundo da baia


 Quase até o telhado,

 Altura da frente da baia


 1,40 a 1,60m
 Podendo ser fechado e possuir somente a porta (hípicas e com
garanhões)
Construções e subdivisões
 Corredores
 2,40 a 4,50m quando for dupla
 Portas
 Podem ser simples
 Folhas duplas a qual a parte de baixo tenha 1,20m e a de
cima até a parede ou 0,80m
 Janelas
 Colocadas de 1,50 a 1,70m do chão
 Tamanho de 1 por 2m,
Construções e subdivisões
Piso
 Todos os pisos tem seus defeitos, como não há um piso
ideal eles podem ser corrigidos pela adoção de cama
permanente.

 O piso de tijolos mesmo bem queimados, é muito poroso e


conserva-se sempre úmido, mesmo revestido de cimento.

 O piso de concreto seria muito bom se não fosse tão duro e frio,
 Bom escoamento e pouca umidade

 Os de pedra são duros frios e não permitem uma boa limpeza,


 Pouca umidade
Construções e subdivisões
Piso
 O paralelepípedos ou tocos de madeira são bons mas
conservam alguma umidade,
 Suave e elástico; entre as juntas de madeira se coloca cimento ou
asfalto,

 Própria terra socada é macio mas conserva a umidade pelo


pobre escoamento,
 Consequência da urina: torna-se mole e esburacada,

 O de borracha (caro) são placas , necessita preparação de uma


base (terra, concreto) para colocar,
 Qualidades antiderrapantes, termos-isolantes e amortecedoras
de impacto fazem desta uma possibilidade interessante
 Pode-se utilizar uma cama como absorvente para excrementos.
 Sem a cama contato direto com excrementos, limpeza frequente.
Construções e subdivisões
Piso
 Em qualquer dos pisos referidos deve haver uma
inclinação suave, de 1 cm em cada metro, a fim de
facilitar o escoamento da urina e da água de lavagem.

 Fazer canaletas para escoar os líquidos (espinha de peixe)

 As cocheiras devem ficar 20 ou 25cm do acima do nível do


terreno que rodeia, a fim de facilitar o escoamento das
águas
Construções e subdivisões
Cama para as cocheiras
 A cama é um material absorvente que se coloca sobre o piso
para dar maior conforto,

 Deve ser macia, seca e com boas propriedades absorventes


(evitando a umidade) e a diminuição da presença da
amônia,

 Pode ser de palha de trigo e aveia,


 Mais duráveis, não tem problema com ingestão,
 Serragem de madeira ou Casca de arroz,
 Menos duráveis, se ingerida leva a desenvolvimento de doença
gastrointeltinal.
Cama

Camada de drenagem

solo
Construções e subdivisões
Comedouros
 O comedouro individual não é só uma questão de
higiene.
 É o único meio para permitir que o equino coma
inteiramente sua ração.
 A ausência de ângulos vivos facilita limpeza perfeita

 Deve ficar a 0,50 a 0,80m chão e em algum dos cantos


 20 a 30cm de profundidade, 0,60m de comprimento e
0,34m de largura

 Preferencialmente alvenaria.
Construções e subdivisões
Bebedouros
 Consumo de água: cerca de 60 litros por dia.

 Bebedouros automáticos (com bóia ou acionável)

 Alvenaria ou fibra.
Construções e subdivisões
Suplementação a campo
 Comedouros individuais protegidos,

 Comedouros a campo:
 Fibra, Plástico, Madeira.
Salubridade
 Manejo sanitário:
 limpeza diária das baias, (utilização de esterqueiras)
 Limpeza diária dos comedouros,
 Limpeza de bebedouros,

 Manutenção geral das instalações:


 Manutenção geral das cavalariças,
 Limpeza de corredores,
 Piquetes limpos e secos, (sem de pedras, arames)
Conclusão
 O entendimento de todos os pontos abordados é
fundamental para realizar um criação equina com
sucesso.

 O conhecimentos sobre as instalações equinas,


permite a observação crítica a campo, podendo
agora, observar problemas e determinar as
soluções.
Referências
 CINTRA, A. G. C.; O cavalo: Características, Manejo e
Alimentação. Editora Roca Ltd. – São Paulo. 1ed. 2011.
384p.
 Revista Brasileira de Medicina Eqüina – Ano 4 – n°21 –
Janeiro/Fevereiro 2009 – Artigo Projeto de Cocheiras
para eqüinos com vista ao bem estar animal.
 TORRES, A. P.; JARDIM, W. R.. Criação do cavalo e de
outros equinos. Livraria Nobel S.A. 2ed. 1981.
 HICKMAN, J. Manejo de los equinos. Buenos Aires:
Editorial Hemisferio Sur S. A. 1ed. 1986.

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