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N2 FORRAGICULTURA

O que influencia tamanho e forma dos piquetes?


O sistema de produção (cria, recria e engorda) pois cada fase exige um tamanho diferenciado e também tamanho da
propriedade, quantidade de animais e nível tecnológico.
Deve-se aproveitar estruturas de cercas já existentes para reduzir custos
- áreas de preservação ambiental que impedem o uso dentro dessa área e também o Sistema ILP (Integração lavoura
pecuária) onde deve-se levar em conta os piquetes e também uma área mínima para cultivo da lavoura.
Uma produção de qualidade e em quantidades ideais para a produção animal é um dos grandes obstáculos e o que
foi criado para resolver esse problema foi o pastejo rotacionado (SPR) onde tem períodos de descanso para rebrota
e pastejo. A maior duvida dos produtores é em relação a dimensão dos piquetes e adequação do mesmo ao
rebanho.
*Cálculo piquete:*
- Para fazer o cálculo primeiro deve ser escolhido a forrageira de acordo com características nutricionais,
necessidades fisiológicas e tempo de rebrota. Nº de piquetes = período de descanso ÷ período de ocupação + 1
- Depois tamanho de piquetes de acordo com número de animais, consumo de forragem, categoria animal, média de
peso e produção de forragem esperada. Consumo animal = 0,025 x peso médio do rebanho (ex 300kg PC = 7,5kg)
- Necessidade de pastagem é necessário calcular MS no período das águas e seca por hectare.
= quantidade de pasto ingerida por dia x 180 dias ÷ 1- perdas de pastejo
- Área total = necessidade de MS por ano ÷ produção esperada
- Área do piquete divide-se a área total pelo número de piquetes ou calcular os lados com a fórmula = √área do
piquete. Ideal ser retangular e cálculo lado maior = lados do piquete x 1,67 e lado menor = lados do piquete x 0,6

Silagem – é a forragem verde, suculenta e conversada por fermentação anaeróbica.


Ensilagem é o processo de cortar, colocar no silo, compactar e proteger com vedação.
A conservação do silo depende da rápida estabilização do pH e para isso é necessário ter quantidade mínima de
açúcar fermentável.

*Fases:
- Aeróbica: Quando o material é ensilado, ocorre inicialmente uma fermentação aeróbia que se caracteriza pela
fermentação em presença de O2 junto ao material ensilado. A respiração celular utiliza o O2 do ar e os CHOs solúveis
presentes no material, produzindo CO2, calor e H2O, bem como ocorre a hidrólise de amido e hemicelulose a
monossacarídeos pela ação das enzimas da planta. Os microrganismos aeróbios também utilizam os CHOs solúveis,
convertendo-os em CO2, H2O e calor, é uma fase indesejável e o ideal é ser mais curta possível e para isso o
enchimento do silo deve ser o mais rápido possível. Quando esta é prolongada, ocorre excessiva perda de matéria
seca na forma de carboidratos ricos em energia e estes vão fazer falta às bactérias produtoras de ácido lático ou
pelos animais como fonte de energia. Ocorre também excessiva produção de calor que pode comprometer a
integridade e disponibilidade das proteínas da forragem. Acima de 49 ºC, a proteína pode reagir com os carboidratos
da planta, passar a fazer parte da fibra em detergente ácido (FDA) e torna-se indigestível
- Fase anaeróbica (fermentativa): Quando se esgota o O2 no material ensilado, as enterobactérias (produtoras de
ácido acético) são as primeiras bactérias a se desenvolverem produzindo AGVs, principalmente ácido acético, com
abaixamento do pH de 6,5 para 5,5. Ao mesmo tempo se desenvolvem bactérias heterofermentativas (produtoras
de ác. lático, etanol, ácido acético e CO2), promovendo abaixamento do pH de 5,5 para 5,0 (24 a 72h). Bactérias
anaeróbias do gênero Clostridium podem afetar negativamente a qualidade da silagem, se os valores de pH não
forem suficientemente baixos para inibir o seu desenvolvimento. Este grupo estritamente anaeróbio fermenta
açúcares e ácido lático produzindo ácido butírico e aminas. Tal fermentação representa significativa perda de MS, e
seus produtos reduzem a capacidade de aceitação das silagens pelos animais, promovendo decréscimo no consumo
de matéria seca. O controle do desenvolvimento de Clostridium é feito através da redução do pH.
- Etapa homofermentativa: Com o acúmulo de ác. acético, ocorre o abaixamento do pH, propiciando o aparecimento
de bact. homofermentativas, mais eficientes na produção de ác. lático, diminuindo rapidamente o pH. Quando os
valores de pH caem abaixo de 5,0, a população de enterobactérias diminui rapidamente, o crescimento das bactérias
heterofermentativas e sua ação são inibidas em função da acidez, predominando as bactérias produtoras de ácido
lático. As bactérias láticas crescem ativamente por 1 a 4 semanas, baixando o pH, normalmente para valores entre
3,8 a 5,0 dependendo do conteúdo de umidade da cultura, capacidade tampão e conteúdo de açúcar. É normal a
ocorrência de outros tipos de ácidos graxos voláteis (acético, propiônico, butírico e lático), e isoácidos, mas a
intensidade deles vai depender das práticas de manejo (umidade e maturidade da cultura, principalmente) e dos
tipos de bactérias presentes no material. Entretanto, o ácido que deve estar em maior proporção numa silagem é o
lático, devido à sua maior acidez, eficiência em baixar o pH rapidamente, e capacidade para manter a estabilidade da
silagem, tanto na fase anaeróbia como na aeróbia (após a abertura do silo). Uma vez que os valores de pH tenham
caído o suficiente para inibir o crescimento de todos os microrganismos, ou o substrato tenha se exaurido, as
bactérias láticas tornam-se inativas e sua população diminui lentamente. O tempo de fermentação ocorre
normalmente entre 15 a 20 dias, dependendo, principalmente do teor de carboidratos solúveis e do conteúdo de
umidade da forragem.
- Fase de estabilização: O baixo pH (3,8 a 4,2) inibe a ação das bactérias, interrompendo os processos de
fermentação e estabilizando a massa. Esta fase prolonga-se até a abertura do silo, quando o material entra
novamente em contato com o ar. Quanto mais rápido se completar o processo fermentativo, mais nutrientes
(peptídeos e aminoácidos) serão preservados, amenizando as perdas do valor nutritivo da silagem
- Fase de deterioração aeróbia: Quando o silo é aberto, o ambiente anaeróbio responsável pela conservação da
silagem passa a ser aeróbio. As leveduras desenvolvem-se promovendo consumo dos ácidos orgânicos e CHOs.
Nessas condições, os microrganismos multiplicam-se rapidamente dando início ao processo de deterioração da
silagem (elevada temperatura e aparecimento de fungos).
O método mais efetivo de diminuir as perdas é a remoção e o fornecimento imediato da silagem aos animais, com a
retirada de camadas paralelas de toda a superfície frontal do silo (painel) com cortes em camadas entre 15 a 30 cm,
sempre de cima para baixo. Microrganismos aeróbios degradam o ácido lático com facilidade após a abertura do silo,
gerando CO2, etanol e ácido acético, além de grande geração de calor. Além disso, há aumento no pH e também,
perda de matéria seca.
A retirada da silagem deve ser efetuada manualmente (com garfos) ou com máquinas específicas, em seguida a
silagem deve ser misturada aos ingredientes concentrados e minerais (dieta pronta) para o imediato fornecimento
aos animais.
* Importante para um bom silo: encher o silo o mais breve possível (não ultrapassar 10 horas entre um enchimento e
outro e fechamento total em 3 a 5 dias), compactar adequadamente e picagem em tamanhos uniformes para evitar
seleção e fermentação mais rápida pelos animais (De maneira geral, o tamanho das partículas para silagens de
planta inteira de milho e sorgo deve variar entre 0,5 e 2,0 cm e silagem de gramíneas tropicais entre 2 e 4 cm).
Como regra, o trator utilizado na compactação deve apresentar peso igual ou superior a 40% da massa de forragem
que chega ao silo por hora de trabalho efetiva e evitar tratores com pneus largos.
É fundamental que se proceda a vedação hermética do silo com lona plástica de espessura igual ou maior a 150
micra, deixando um pouco de lona excedente ao longo de toda a borda. Existe a opção de uso de uma lona térmica
de dupla face (branco em cima e preto embaixo) que reduz a temperatura por conter e refletir melhor os raios
solares, melhorando o processo de ensilagem.
O silo de superfície é uma opção de baixo custo, porém pela ausência de paredes laterais e maior superfície para
vedação impossibilita a adequada compactação e dificulta a eliminação do ar, provocando maiores perdas. Em geral,
a largura máxima é de 5 m, pois as lonas no mercado têm até 8 m de largura e deve-se evitar solos.
O uso de silos do tipo "bunker" (paredes laterais de madeira ou de alvenaria) ou silo trincheira pode diminuir perdas
pela presença de paredes laterais, favorecendo o enchimento e a compactação. As paredes laterais devem ser
inclinadas (25%), como também deve haver uma inclinação das laterais para o meio e do fundo para a boca do silo,
que pode variar de 1 a 2%, facilitando assim o escoamento de um possível efluente.
Os silos bag possuem certa variedade de tamanhos (1,8 a 3,6 m de diâmetro e 30, 60 ou 90 m de comprimento),
sendo a dimensão 1,8 por 60 m a mais comum no mercado brasileiro para se estocar silagem.
Feno – A produção de feno pode contribuir para elevar índices zootécnicos e viabilizar o empreendimento
agropecuário. É um produto de bom valor nutritivo, baixo nível de perdas e tem como armazenar por longo período
se estiver devidamente desidratado. Se o corte for feito na época de chuvas ocorrerá rebrota.
Clima é o fator limitante.
Ele supre a demanda de nutrientes, não exige equipamentos caros, ocupa pouco espaço se for armazenado em
fardos, tem alta demanda e não exige processo fermentativo como a silagem.
*Atenção: monitorar invasores no campo, correção periódica do solo e adequar o processo de desidratação as
condições climáticas. O ideal é optar por espécie que atinge rápido o ponto do feno, mantendo o valor nutricional
mais próximo do original e com menos riscos de perdas. Ideal alta relação folha/caule e este deve ser fino.
A área que o campo será deve ser de fácil acesso, plana, solo bem drenado, sem materiais que comprometam a
qualidade do feno (tronco, pedras, plásticos, arames, etc.), solo fértil e livre de acidez.
- Colheita manual é realizada para pequena escala (até 500kg) e pode ser utilizada alfange, enxada, etc e a roçadeira
motorizada de acionamento manual pode aumentar rendimento da colheita. No armazenamento pode ser deixado
no campo no sistema de meda (amontoado ao redor de um mastro), levado solto para um galpão ou em fardos.
- Colheita mecânica possibilita uniformidade de rebrota.
*Na desidratação ocorre evaporação de água e deve ser realizada em menor tempo possível e ideal ser em dias
ensolarados, pouca nebulosidade e umidade e ocorrência de ventos. Fases:
1) Após corte e espalhamento. Estomatos abertos e umidade 70 a 90% e nas primeiras horas reduz a umidade
rapidamente para 60 a 65%;
2) Estomatos fechados e desidratação mais lenta pois se perde água pela cutícula foliar e teor de umidade reduz
para 45 a 50%;
3) Quando a umidade atinge 50% e nessa fase a forragem é sensível as condições climáticas e por isso deve-se
enfardar rapidamente e a umidade atinge 15 a 18%. No ponto ideal, o feno não pode apresentar sinal de umidade
nas hastes e o material, quando torcido, deve voltar à posição original, sem quebrar.
A forragem for submetida ao revolvimento e afofamento para possibilitar melhoria na aeração no interior da leira,
bem como penetração dos raios solares. Deve-se revolver e distribuir a massa de forragem uniformemente para
acelerar a perda de água em toda a camada. O revolvimento ou viragem, deve ser realizado de 4 a 5 vezes por dia.
Independentemente da forma de armazenamento, é importante que as condições sejam seguras, para que o feno
permaneça com bom valor nutritivo e possa ser preservado por longos períodos. O local para armazenamento deve
ser livre de umidade, bem ventilado e não deve ocorrer a incidência de radiação solar sobre o feno. Deve-se ter
cuidado em não colocar diretamente sobre o piso ou em contato com paredes, os quais podem transferir umidade
para a forragem.

Sistemas agro-silvi- pastoris - A utilização de pastagens constituídas por diferentes espécies forrageiras e de ciclos
produtivos, contribui para equilibrar e estender a produção de forragem no decorrer do ano, quando comparado ao
cultivo singular e gera maior sustentabilidade na produção de forragem, diminuindo a dependência da adubação
para manter a produtividade da pastagem.
- Consorciação de pastagens entende-se por plantio simultâneo de no mínimo duas espécies (gramínea e
leguminosa), que crescem juntas e são consumidas pelo gado sob pastejo ao mesmo tempo. A compatibilidade entre
as espécies cultivadas é o fator mais importante pois gramíneas e leguminosas competem por fontes de água, N e
outros minerais no solo, sendo que esta competição depende de suas habilidades específicas (arquitetura radicular e
propriedades de absorção dos tecidos radiculares) em capturar essas fontes.
- Integração pecuária floresta protege o solo, gera emprego e tem potencial expansão em áreas degradadas.
Espécie florestal: Possuir adaptação às condições edafoclimáticas da região, não podem inibir o crescimento da
forrageira, não podem ser tóxicas aos animais. E a espécie forrageira deve possuir adaptação às condições
edafoclimáticas da região, adaptadas ao sombreamento.
- Integração lavoura / pecuária: Associação entre espécies de duplo propósito na produção animal (carne, leite e lã)
na mesma área ao mesmo tempo ou sequencialmente em rotação ou sucessão, com culturas de soja, milho, feijão,
arroz, trigo etc. Formar o pasto na estação chuvosa + produção de grãos.
Benefícios ILPF: O principal interesse na adoção ocorre devido à legislação ambiental, que restringe o desmatamento
para abertura de novas áreas agrícolas, controle de pragas e doenças, plantas daninhas, diminuição defensivo
agrícola e melhoria nas propriedades químicas e físicas do solo.

Plantas daninhas, doenças e pragas em pastagens - qualquer planta que cresce onde não é desejado, interferindo
direta e indiretamente nas culturas de interesse, causando reduções na produção. O distúrbio provocado pelo
pastoreio com carga excessiva de animais acelera a adaptação e a proliferação de algumas espécies daninhas.
Características: muitas espécies apresentam mais de um tipo de reprodução, crescem e produzem sementes em
variedade de condições climáticas, crescimento inicial rápido, grande longevidade das sementes e descontinuidade
de germinação e apresentam sistema radicular abundante, habilidade competitiva por água, luz e nutrientes e
algumas podem adquirir resistência aos métodos de controle.
ALELOPATIA: dano provocado por uma planta em outro organismo, causado pela liberação no meio ambiente de
metabólitos secundários tóxicos.
Fatores que regulam a competição: O grau de competição está diretamente relacionado com as espécies presentes,
densidades populacionais, à distribuição na área, à duração da competição, espaçamento, densidade de plantio e da
própria espécie e/ou cultivar plantada.
- Período Total de Prevenção e Interferência: compreende o período a partir da semeadura até o “fechamento” ou
cobertura do solo pela cultura, quando a mesma passa a exercer controle cultural eficiente.
- Período de Pré-Interferência: se refere ao período a partir da semeadura, quando a cultura ainda não é afetada
negativamente pela competição, até imediatamente antes da interferência ser iniciada.
- Período Crítico de Prevenção da Interferência: ocorre a partir do início da interferência negativa da comunidade
infestante até a cobertura do solo.
As plantas daninhas usam + ou - a mesma quantidade de H2O que as culturas, porém elas possuem sistema radicular
mais desenvolvido, cresce + rápido e, portanto, são + eficientes na absorção de água. Sendo assim, a competição por
água e nutrientes sempre começa antes da competição por luz.
Ao implantar uma pastagem deve-se ter o histórico de uso da área, pois todas as práticas que afetam o crescimento
e o desenvolvimento de plantas e, em consequência, a produção de sementes.
O tamanho do banco de sementes é influenciado por: entradas de sementes: por meio da “chuva de sementes” a
cada ciclo, pela dispersão da própria comunidade ou por contribuições externas e, pelas saídas de sementes -
através da germinação, redispersão, consumo e ou predação por animais/insetos, deterioração por microrganismos
e senescência.
A ocorrência de invasoras nas pastagens assume um agravante quando, dentre as espécies presentes, algumas
apresentam toxicidade aos animais.
Controle químico: para o controle químico de plantas daninhas, como em qualquer cultura, é imprescindível que o
herbicida apresente total seletividade à forrageira, permitindo desenvolvimento fenológico normal, sem
comprometimento de seu rendimento. Integração de métodos: Dependendo da espécie a ser controlada, faz-se
necessário o emprego de dois ou mais métodos. Em espécies de difícil controle, a interação mais positiva tem
ocorrido com os métodos mecânico e químico.
* Mela das sementes: Agente causal: fungo Claviceps sulcata / Dispersão: sementes infectadas, vento, máquinas e
implementos contaminados. / Danos: reduções expressivas da produtividade e da qualidade das sementes. /
Controle utilizar sementes de boa qualidade e tratadas com fungicidas de amplo espectro, plantio em área de baixa
probabilidade de ocorrência de frentes frias entre os meses de fevereiro a junho, período de florescimento do
hospedeiro, sem índices de doenças e em áreas isoladas dos campos de pastagens e reduzir trânsito de pessoas e
máquinas.
* Carvão da braquiária: Agente causal: fungo Ustilago operta / Sintomas: presença de massas pulverulentas negras,
irrompendo ou não o tegumento das sementes. / Dispersão: Restos de cultura e sementes contaminadas, vento,
correntes de água, gotas de chuva e/ou pela ação antrópica. / Danos: reduções expressivas da produtividade e da
qualidade das sementes. / Controle: fungicidas aplicados na parte aérea das plantas têm sido avaliados como
medida de controle químico.
* Ferrugem da braquiária: Agente causal: fungo Puccinia levis var. panici-sanguinalis / Sintomas: se iniciam na face
abaxial das folhas, como pequenos pontos cloróticos. Posteriormente, os sintomas/sinais podem ser observados na
face adaxial das folhas e evoluindo para a seca prematura das folhas / Danos: redução da quantidade e da qualidade
da forragem. / Controle: cultivares resistentes à doença e uso de fungicidas.
* Mortalidade do capim-marandu: Agente causal: patógenos de solo pertencentes aos gêneros Pythium, Rhizoctonia
e Fusarium / Sintomas: manchas ou reboleiras; As plantas afetadas normalmente ficam com folhas amareladas e,
posteriormente, morrem, apresentando aspecto de feno; Tais sintomas manifestam-se, principalmente, durante o
período das águas, sobretudo em áreas que apresentam drenagem deficiente. / Danos: redução da quantidade e da
qualidade da forragem. / Controle: A diversificação de forrageiras nas áreas com histórico de mortalidade.
**Pragas:
- Pragas principais: insetos de ocorrências generalizadas e frequentes, capazes de causar danos às pastagens
- Pragas ocasionais: ocorrência eventual, cíclica ou, em alguns casos, associadas a algumas poucas forrageiras.
- Pragas gerais: associadas a várias culturas e que, também, podem constituir praga de importância em pastagens.
Em geral, insetos-praga em áreas sob pastejo apenas despertam interesse quando da constatação de altas
infestações e danos evidentes; na grande maioria das vezes, tardiamente.
Cigarinhas das pastagens: A ocorrência desses insetos coincide com a estação chuvosa do ano, justamente quando
as forrageiras estão em crescimento, e os animais, recuperando-se da seca anterior, ganham peso e adquirem
condições para a reprodução e o abate. As cigarrinhas são capazes de reduzir drasticamente a produção e a
qualidade de pastagens estabelecidas com gramíneas suscetíveis, com a consequente redução na capacidade de
suporte das mesmas. Os adultos, ao se alimentarem, injetam secreções salivares determinando a morte das folhas.
No geral, as folhas atacadas pelas cigarrinhas morrem a partir das pontas, apresentando posteriormente um aspecto
retorcido. Controle é feito com gramíneas forrageiras resistentes às cigarrinhas, controle biológico com inimigos
naturais (fungos), inseticidas químicos e utilizando-se de diferentes cargas—animal.

Excrementos Sólidos e Líquidos - O adubo orgânico é constituído de resíduos de origem animal e vegetal: folhas
secas, gramas, restos vegetais, restos de alimentos, esterco animal e tudo mais que se decompõem, virando húmus.
O húmus é o fruto da ação de diversos microrganismos sobre os restos animais e vegetais, este apresenta em média
58% de C e 5% de N. Uma adição ao solo de resíduos com relação C/N elevada, motiva a competição pelo N
disponível entre os microrganismos e as plantas e resíduos com relação C/N baixa (leguminosas), podem favorecer o
desenvolvimento microbiológicos no processo de decomposição, implicando em maior quantidade de N
mineralizado.
O húmus pode melhorar a estrutura do solo, reduzir a plasticidade e coesão, aumentar a capacidade em reter água,
amenizar variação de temperatura, aumentar capacidade de troca catiônica, aumentar poder tampão e compostos
orgânicos atuam como quelato e matéria orgânica em decomposição é fonte de nutriente.
Solo mais argiloso = solo mais fértil.
Origens:
- Animal é o esterco que é um bom fornecedor de nutrientes e potássio e fósforo disponível;
- Vegetal são os remanescentes pós safra que será putrefeito por organismos e fornecerá nutrientes
- Resíduos da agroindústria como a vinhaça de cana que é rica em potássio e teores elevados de outros elementos.
Sua aplicação deve ser baseada no teor de K (aplicar de 50 a 20 mil litros por hectare).
Processo: cana -> moagem -> caldo vai para tratamento, cozimento e centrifugação - > secagem para virar açúcar ou
ou fermentação / destilação e desidratação para virar álcool e a daí surge a vinhaça (resíduo da destilação).
Torta de filtro é outro resíduo da filtração para produzir o açúcar (na fase da calagem) e é rica em P, Ca, Cu, Zn e Fe e
possui relação C/N elevada, mas é deficiente em K e por isso é muito utilizada em conjunto com a vinhaça.
- Resíduos de biodigestores é bom pois aumenta CTC (liga para captar água e capacidade catiônica) e a matéria
orgânica retem 4 a 6x do próprio peso de água e isso evita erosão do solo, oscilações de temperatura e fixação do P.
P-lábil consiste em uma fração de P que não está prontamente disponível para absorção, mas que mantém uma
relação de equilíbrio com a solução, disponibilizando P à medida em que ele é absorvido. O P- não lábil consiste na
fração de P que está irreversivelmente fixada às partículas do solo.
Para se efetuar o cálculo de recomendação de adubos orgânicos, é necessário ter o conhecimento do teor de
nutrientes no fertilizante orgânico sólido, dado com base na matéria seca; o teor de matéria seca ou matéria
orgânica; e o índice de conversão da forma orgânica para a forma mineral.

190 190 190


__________________ = _____________ = _______ = 15.800 kg/ha ou 15.8t / ha
50/10 x 3/100 x 80/100 0,5 x 0,03 x 0,8 0,012

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