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FUZZY LOP

Avaliação do bem estar de coelho reprodutor ‘’pet’’ alojado em gaiola inteligente

Nos dias de hoje tem se falado bastante sobre bem estar animal, assunto importante que visa o

conforto dos animais, para que vivam em boas condições e tenham uma habitação adequada,

com espaço suficiente para realizar atividades e que tenham esconderijos conforme seus

hábitos naturais. Atualmente no mercado são comercializadas gaiolas para criação desses

animais, porém não é a melhor opção, sendo muito simples, consequentemente resultam em

estresse, pela falta de espaço e limitação de atividades proporcionando grandes períodos de

inércia ao animal.

Um estudo realizado pelo Instituto Federal de Minas Gerais, Campos Bambuí, realizou um

experimento com uma gaiola inteligente, para observar um coelho de estimação e quais seriam

seus hábitos em um novo ambiente. Dentro da gaiola foram implantados correntes, prato

pendurado e balanço de madeira para enriquecimento ambiental e estimulo e desenvolvimento

de brincadeiras e atividades. Também foi incluso plataformas com dois andares, possibilitando

dois ambientes diferentes, sendo o ultimo o mais preferido por eles. Como parte de

esconderijo, já que os coelhos possuem hábitos de se esconder da luz durante o dia, foi feito

tubulação de PVC. A gaiola possui 1,00m de comprimento e 0,75m de largura, apresentando

0,75m².

No experimento foi escolhido um coelho macho da raça Fuzzy Lop com aproximadamente 1

ano de idade, para monitoramento do mesmo foi instalado uma câmera de filmagem

infravermelha. Os animais foram avaliados durante oito dias, com três períodos de 50 minutos,

alternando os períodos.

Ademais, durante o experimento foram observados comportamentos como: andar, brincar com

a corrente, brincar no balanço, correr, beber água, mastigar gaiola ou tubo, ‘’binky’’ salto de

felicidade, (pular no ar e contorcer a cabeça e corpo em direções opostas antes de cair no

chão), bipedal, espreguiçar, cheirar ambiente, comer guloseimas, cecotrofia, cavar gaiola,

comer ração, ninho (esconderijo), arrancar pelo lamber/coçar, sentar. Dentre essas ações, de

acordo as imagens o comportamento de lamber e coçar foi mais predominante. Em relação ao

estresse 0,76% foi destacado a prática de mastigar gaiola/tubo como exemplo da ausência de
um outro parceiro. Outros hábitos positivos foram o comportamento do ‘’binky’’ 0,21% que

corresponde um estado de bem estar e conforto, o bipedal hábito visualizado em 0,63%

proporcionando locomoção e interação do animal com ambiente. Observou- se também que os

animais estimulados nos primeiros 10 dias de vida apresentaram maior comportamento bipedal

(5,33%) do que os que foram estimulados entre 10 a 20 dias de idade (0,67%). Apresentou

maior enriquecimento nas regiões como embaixo da plataforma, dentro do cano (esconderijo),

laterais da gaiola (onde passam maior parte dormindo e descansando), local das guloseimas,

comedouro/bebedouro e dentro do ninho.

De forma evidente foi concreto observar o bem estar e conforto proporcionado aos coelhos

através da gaiola inteligente. Em comparação aos índices de estresse apresentados foram

relativamente baixos e possivelmente causados por falta de um parceiro, entretanto na maior

parte houve grande interação com as instalações, relaxamento, aproveitamento do espaço

com ênfase no enriquecimento ambiental com os brinquedos, como balanço, plataforma,

esconderijo que também proporcionou comodidade ao animal com hábitos de relaxamento

como ficar deitado, sentado, comer ração e guloseimas.

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