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PSICODIAGNÓSTICO
MIOCINÉTICO
1
ÍNDICE
2) Material necessário
3) Aplicação
4) Avaliação quantitativa
5) Avaliação qualitativa
A apresentação oficial do teste foi exposta por seu autor, Prof. Emílio Mira y López, em Londres
no setor de Psiquiatria da Academia Real de Medicina em 10 de outubro de 1939.
É uma prova de expressão gráfica que se propõe a explorar a personalidade, estudando sua
fórmula atitudinal mediante a análise das tensões musculares involuntárias, que revelam as
tendências fundamentais de reação, constituídas por suas peculiaridades temperamentais e
caracterológicas.
O próprio nome do teste indica claramente que se trata de uma prova psicomotora baseada na
simbiose dos músculos (mio, de origem latina) com os movimentos (kinesis, de origem grega),
amplamente conhecido pela sigla PMK.
A base teórica repousa na Teoria Motriz da Consciência, que postula que toda intenção, ou
propósito de reação, é acompanhado de uma modificação do tônus postural, que tende a
favorecer os movimentos a fim de obter os objetivos e a inibir os movimentos contrários.
1. Lineograma
2. Ziguezague
3. Escadas e círculos
4. Cadeias
5. Paralelas e Us verticais
6. Paralelas e Us sagitais
2. MESA DE APLICAÇÃO: altura de 72 cm, superfície lisa, deve haver quatro fixadores para
prender com segurança cada folha.
3. CADEIRA: cadeira simples, sem braço e com encosto até a altura dos rins, facilitando a posição
ereta do indivíduo.
4. LÁPIS E BORRACHA: lápis Preto Faber Castell 9000 B nº2 ou Faber Castell 1205 MAX nº2 para
todo o traçado preto. Para os traçados dos ziguezagues egocípetos são utilizados lápis
vermelhos do tipo KOH-I-NOOR 1561G ou lápis azuis do tipo KOH-I-NOOR 1561E. Um lápis
vermelho comum para fazer a marcação.
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6. FOLHA DE REGISTRO: contém informações que devem ser solicitadas de cada sujeito antes da
realização da aplicação, assim como o registro de todos os dados quantitativos do teste.
7. CRONÔMETRO
APLICAÇÃO DO PMK
NORMAS GERAIS
Posição do sujeito
O candidato deverá se sentar em frente à mesa, a uma distância de 10 cm, em posição ereta,
sem apoiar as costas no espaldar da cadeira.
Os pés devem se apoiar no chão. É necessário observar que nada esteja impedindo a livre
movimentação dos antebraços, por exemplos, pulseiras ou mangas.
Posição do aplicador
O aplicador tanto poderá se sentar à direita como à esquerda do candidato, desde que se sinta à
vontade na posição escolhida.
Na sua frente deverá estar o móvel complementar com todo o material necessário para a
aplicação do teste.
OBS: Em hipótese alguma o aplicador poderá ficar em pé durante toda a realização do teste,
nem se sentar em frente ao candidato. Apenas na aplicação do Zigue-zagues poderá ficar em pé
na frente do candidato, se sentir que pode observar melhor e anotar qualquer anomalia.
INSTRUÇÕES GERAIS
Involuntariamente podem surgir no decorrer da prova ruídos inesperados que provoquem uma
reação no indivíduo, determinando uma ruptura da base postural dos movimentos em curso.
Nesses casos, o aplicador deve interromper e repetir o traçado no final do teste, assinalando
junto ao traçado interrompido o motivo que causou a interrupção.
INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS
“Você vai cobrir esta linha de dentro para fora, procurando sempre ficar em cima dela. Depois de
algumas vezes vou colocar o anteparo, continue a fazer os traçados sobre a linha e do mesmo tamanho
até receber ordem de parar. Pode parar, levante o lápis”.
“Agora faça o mesmo começando daqui” (mostrar quando for cada um o local de início).
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Ordem de execução:
Lineograma Vertical
Mesa
Vertical
Lineograma Horizontal
Mesa
Horizontal
Lineograma Sagital
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2) ZIGUEZAGUES: (mesa horizontal)
“Você vai realizar este desenho com as duas mãos ao mesmo tempo, fazendo um movimento para
fora, outro para dentro e continuar este traçado, conservando a mesma forma, o mesmo tamanho e a
mesma direção. Só pare quando eu mandar”. “Agora faça o mesmo movimento para voltar.”
2 Zigue-zagues Egocípetos
1 Zigue-zagues Egocífugos
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3) ESCADA E CÍRCULO: (mesa vertical)
“Agora você vai cobrir estes três degraus e continuar fazendo degraus da mesma forma e do mesmo
tamanho para cima, quando eu pedir para descer, faça a escada pelo lado oposto até aqui”.
“Agora cubra este círculo e continue a fazer círculos do mesmo tamanho, procurando ficar sempre
sobre este desenho. Só pare quando eu pedir”.
Círculos
Para destros: 1
Para Canhotos: 2
1 - Sentido horário
para os destros
2 - Sentido anti-horário
para os canhotos
Escadas
Para destros: 1
Para Canhotos: 2
Esse lado tem que virar a folha de cabeça pra baixo, fazer o movimento invertido tanto para as
escadas quanto para os círculos. Os canhotos começam do lado invertido.
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Lado invertido folha 3 – Escadas e Círculos
Círculos
Para destros: 2
Para Canhotos:1
1 - Sentido
horário para os
canhotos
2 - Sentido anti-horário
para os destros
Escadas
Para destros: 2
Para Canhotos: 1
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4) CADEIAS SAGITAIS: (mesa horizontal)
“Agora, você vai fazer, começando aqui (apontar, cada elo na direção dos ponteiros do relógio. Levante
o lápis após cada um e continue fazendo elos que se entrelaçam da mesma forma, do mesmo tamanho
e da mesma direção até chegar aqui (apontar) e eu pedir para parar”.
“Faça o mesmo para voltar”.
Cadeias Verticais
Quando a aplicação for feita em um único dia esse movimento nunca é aplicado. Só é realizada
em caso clínico dando um espaço de no mínimo 24 hs entre uma aplicação e outra, sendo esse o
último traçado feito na primeira parte.
Cadeias Sagitais
Cadeias Egocípetas
1 3 1 3
Cadeias Egocífugas
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5) PARALELAS EGOCÍFUGAS E US VERTICAIS: (mesa horizontal para as paralelas e vertical
para os us)
“Agora você vai fazer esta linha nesta direção levantando sempre o lápis ao completar cada linha.
Continue fazendo as linhas paralelas que tenham o mesmo comprimento e o mesmo intervalo até
chegar aqui (apontar). Só pare quando eu pedir”.
“Agora, começando deste ponto, cubra este desenho indo e vindo, procurando manter o traçado sobre
o modelo e sempre do mesmo tamanho. pare apenas quando eu pedir”.
Us Verticais
Pararelas Egocífugas
Mesa
Horizontal
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6. PARALELAS EGOCÍPETAS E US SAGITAIS: (mesa horizontal) As instruções verbais serão as
mesmas para as paralelas egocífugas e us verticais.
Paralelas Egocípetas
Us Sagitais
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MENSURAÇÃO DO PMK
AVALIAÇÃO QUANTITATIVA:
* Tônus Vital – Elação e depressão. Nível de energia disponível e circulante em um dado momento da
vida, que representa um potencial biológico a ser liberado diante de uma situação de emergência.
- Nomeclatura = DPv – Desvio primário vertical
* Emotividade – Reação reflexa postural. Reação de emergência que o organismo produz quando não
está pronto p/reagir normalmente a uma situação.
- Nomeclatura = DSv = Desvio Secundário Vertical
DP (Desvio Primário):
- plano vertical – Tônus Psicomotor
- plano sagital – Hetero e Autoagressividade
DS (Desvio Secundário):
- plano vertical – Emotividade
- plano sagital – Extra e Intratensão
OBS: Nos lineogramas horizontais ocorre uma inversão. Ou seja: é o único DS que avalia a hetero e a
autoagressividade e o único DP que mostra a extra e a intratensão.
Tetronagem:
Para sistematização e a análise dos resultados mensuráveis do PMK, Mira y Lópes adotou a escala de
Tetronagem como recurso de padronização estatística, a fim de conhecer a distribuição de valores
tomando por base – como unidade de medida – o tetron, ou seja, a quarta parte do desvio-padrão.
O tetron como unidade concreta, indica a posição relativa de um valor em função da média.
Desvios Primários
Obtém-se três Desvios Primários:
- Desvio Primário vertical (DPv) – sentido para cima e para baixo
- Desvio Primário horizontal (DPh) – sentido para os lados, para fora ou para dentro da folha
- Desvio Primário sagital (DPs) – sentido para cima ou para baixo
A própria terminologia de Desvio Primário indica que a mensuração é primordial, a mais significativa,
porque vai determinar a predominância do tônus de um dos grupos musculares antagonistas, de
acordo com o sentido vetorial do movimento.
Mensuração e Interpretação
Mede o centro da última linha traçada pelo sujeito, cujas extremidades foram assinaladas de vermelho
e projeta-se esse centro sobre a linha modelo ou seu prolongamento. A distância linear obtida, em
milímetros, entre esses dois centros é o DP. Será sempre no sentido do movimento
O DPv terá sinal positivo (+) quando o centro da linha marcada estiver acima do centro da linha
modelo e terá sinal negativo (-) quando o centro da linha marcada estiver abaixo do centro da linha
modelo. Avalia Tônus Vital, ou seja, a resistência à ação da gravidade. Quando (+) de acordo com
sua intensidade teremos valor de elação; quando (-), de acordo com a intensidade, teremos um
valor de depressão.
O DPh terá sinal positivo (+) quando o centro da linha marcada se dirigir para as margens do papel
em ambas as mãos e terá sinal negativo (-) quando se dirigir para o centro do papel em ambas as
mãos. Indica a reação vivencial, Extratensão (se aumentada) ou intratensão (se diminuída).
O DPs terá sinal positivo (+) quando o centro da linha marcada avançar (for para cima) do centro da
linha modelo e terá sinal negativo (-) quando o centro da linha marcada retroceder (for para baixo)
do centro da linha modelo.
Indica a agressividade, revelando de acordo com sua intensidade, o valor da hetero (+) ou
autoagressividade (-).
Desvios Secundários
Obtém-se três Desvios Secundários:
- Desvio Secundários vertical (DSv) – sentido para os lados, para fora ou para dentro da folha
- Desvio Secundários horizontal (DSh) – sentido para cima e para baixo
- Desvio Secundários sagital (DSs) – sentido para os lados, para fora ou para dentro da folha
Mensuração e Interpretação
O DS é a distância em milímetros do o centro da última linha realizada pelo sujeito (e assinalada pelo
aplicador) e a linha modelo ou seu prolongamento.
ME MD
= CL =
DPv DPv
-
- DPv(-)
Lineogramas Horizontais
DPh (+)
ME MD
= CL =
+ (+)=DPh=(-) +
DSh (+)
DSh DSh
+ DPh - DSh (-)
-
- - DPh +
DSs (-)
Lineogramas Sagitais
ME MD
= CL =
DPs (+)
+ DSs (+) (-) = DPs = (+) +
- DPs (-)
- DSs +
+ DSs -
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ANÁLISE DOS DADOS QUANTITATIVOS DOS ZIGUE-ZAGUES
O DPs revela a diferença entre o traçado egocífugo e egocípeto de cada mão. Existe, portanto, um
DPs para mão esquerda e outro para mão direita.
Mensuração e Interpretação
Para obtê-lo, contam-se dentro da franja de mensuração de 100mm (impressa na folha do teste) os
vértices dos ângulos externos (que correspondem ao sentido dos ângulos da configuração modelo) nos
movimentos egocífugo e egocípeto da mesma mão. Se o número de ângulos for igual, o DPs será zero.
Se houver diferença, subtraia do maior número de ângulos o menor, contando sempre na direção do
movimento em que foi executado. A partir do vértice desse ângulo meça em milímetros a distância
perpendicular que existe até a franja para onde o movimento se dirige. Olhar na tabela o tetron.
O DPs terá sinal positivo (+) quando a diferença estiver no movimento egocípeto. E será negativo
(-) quando a diferença estiver no movimento egocífugo.
O DSs é o deslocamento lateral involuntário para um ou outro lado do eixo, tanto na direção egocífuga
como na direção egocípeta.
Mensuração e Interpretação
Para obtê-lo, marque dentro da franja de mensuração, o centro da primeira linha do zigue-zague
(quando a metade ou mais da metade estiver no interior da franja) e o centro da última linha (quando
a metade ou mais da metade estiver no interior da franja) do mesmo zigue-zague. A partir do centro
da primeira linha trace uma perpendicular (reta) à linha da faixa. A distância em milímetros entre o
centro da última linha e a perpendicular será o DSs. Fazer isso com os quatro movimentos.
Todos os DSs levam sinal. Serão positivos (+) quando os traçados se dirigirem para fora (para as
margens do papel tomando-se como base a perpendicular. E negativos quando os traçados se
dirigirem para dentro (centro da folha), tomando-se como base a perpendicular.
Mensuração e Interpretação
Para calcular o CLM e o CLm é necessário encontrar, dentro da franja, qual é o maior e o menor traço.
Colocar dois tracinhos no CLM e um tracinho no CLm, identificando-os e transcreva o valor no local
indicado para cada um, conforme modelo abaixo.
Mensuração e Interpretação
Fazer a subtração aritmética entre os valores obtidos do CLM e CLm e transportar o valor no local
indicado. Depois olhar o tetron na tabela.
Indica o predomínio tensional. Uma diferença muito grande sinaliza impulsividade e quanto menor
for a diferença sinaliza rigidez.
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ME MD
+ (valor da medida)= DPs = - (valor da medida)
6 3
4 4
13
12 5
5 5
11 6
6 10
9 7
7 4
8 8
8
3 7 9
6 10
DPs (+) 2 5 11
4 12
1 2
1 13
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ANÁLISE DOS DADOS QUANTITATIVOS DAS ESCADAS
A única medida desse traçado é o DPv que revela a diferença entre o traçado ascendente e o
descendente de cada mão. Existe, portanto, um DPv para mão esquerda e outro para mão direita.
Mensuração e Interpretação
3) Sobre o lado que tiver mais vértices, subtrai-se o número de vértices correspondentes ao outro
lado, (igualam-se o nº de ângulos).
4) A partir desse vértice traça-se uma perpendicular até cortar a linha horizontal no sentido do
movimento. Ou seja caso o excesso ocorra no movimento ascendente traça-se a perpendicular do
vértice até cortar a linha superior. Se ocorrer no movimento descendente, traça-se a perpendicular
do vértice marcado até cortar a franja inferior. A distância obtida em milímetros indicará o DPv
dentro de uma franja limitada.
5) Para homogeneizar todos os resultados, será necessário fazer a proporção para uma franja de
100mm. Usa-se para isso uma simples regra de 3. Por exemplo: Se o valor do total da franja for
78mm e o da diferença for 8mm basta fazer a regra de 3:
6) Esse será o valor do DPv que cujo resultado é obtido na tabela correspondente de tetron.
Terá sinal positivo (+) quando for obtido sobre a escada descendente (menos degraus para subir) e
será negativo (-) quando for medido sobre a escada ascendente (mais degraus para subir).
É um valor relacionado ao tônus vital. As pessoas com maior tônus vital, mais bem dispostas,
animadas e alegres tendem a ter resultados positivos (+), podendo chegar à euforia e elação,
quando o TETRON ultrapassa +8. Os desanimados, tristes, propensos à depressão tendem a ter
resultados negativos (-).
OBSERVAÇÃO: O mesmo procedimento é utilizado para encontrar o valor do DPv da mão esquerda,
porém é necessário lembrar que quando o teste foi aplicado, a folha estava invertida. Portanto é
necessário virá-la para fazer a mensuração para evitar erros.
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7
Regra de 3 (exemplo)
6 1
78 ---------100 25x100 = 32,0
2
25 ---------x 78 5
23
4
4 5
6
7
3
2
DPv (+)
ESCADAS
ME MD
- (colocar o = DPv = + (colocar o valor da medida)
valor da medida)
Para mensurar a mão esquerda procede-se da mesma forma só que inverte a folha.
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ANÁLISE DOS DADOS QUANTITATIVOS DOS CÍRCULOS
Mensuração e Interpretação
O DPv é a distância vertical (para cima ou para baixo) entre o centro do 10º círculo (recoberto de
vermelho) e o centro do círculo modelo, ou seu prolongamento. Para marcar o centro do último
círculo, procure o ponto médio, enquadrando o círculo e obtendo seu centro pelos diâmetros
transversais.
O DPv será positivo (+) quando o centro do último círculo estiver acima do centro do círculo modelo
e será negativo (-) quando estiver abaixo dele.
Mensuração e Interpretação
O DSv é a distância lateral. Marca-se o centro do 10º círculo realizado sem controle visual e obtém-
se, em milímetros, a distância até o centro (ou seu prolongamento) do modelo no sentido lateral
(para dentro ou para fora da folha).
OBSERVAÇÃO: O mesmo procedimento é utilizado para encontrar o valor do DPv e DSv da mão
esquerda, porém é necessário lembrar que quando o teste foi aplicado, a folha estava invertida.
Portanto é necessário virá-la para fazer a mensuração para evitar erros.
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DPv (+)
DSv
Não tem sinal
ME MD
(Colocar o valor) (-)= DPV = (+) (colocar o valor)
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ANÁLISE DOS DADOS QUANTITATIVOS DAS CADEIAS SAGITAIS
Mensuração e interpretação
1- Na cadeia sagital egocífuga, traça-se uma linha horizontal imediatamente acima da borda superior do
terceiro elo sob controle visual. Marca-se a partir daí uma distância de 50mm. Traça-se outra linha
paralela formando uma franja para interpretação.
3- Conta-se o número de elos que há para avançar (sentido egocífugo) e voltar (sentido egocípeto), que
estão metade ou mais da metade dentro da franja. É preciso observar a direção em que o traçado foi
realizado para se saber qual será considerado o 1º elo.
4- Sobre o traçado com maior número de elos, subtrai-se o número de elos da direção oposta. A partir
desse ponto, sempre no sentido do movimento, traça-se uma perpendicular até a linha horizontal.
Essa perpendicular deve se iniciar no centro da borda do último círculo. Esse valor em milímetros é
multiplicado por 2 (para padronizar a franja convencional de 100mm), indicando o valor do DPs.
O DPs será positivo (+) quando a diferença for obtida sobre a cadeia egocípeta e será negativo
quando a diferença for obtida sobre a cadeia egocífuga.
Mensuração e interpretação
1 – Dentro da franja já delimitada marca-se o centro do primeiro elo (vale lembrar que todo círculo,
cuja metade ou maior parte estiver dentro da faixa será contado) e a partir daí traça-se uma vertical
(preocupando sempre em fazê-la reta).
3 – O DSs será a distância lateral (horizontal) em milímetros entro o centro do último elo dentro da
franja e a linha vertical. Essa medida em milímetros também deverá ser multiplicada por 2.
O DSs terá sinal positivo (+) quando o desvio caminhar para as bordas da folha e será negativo (-)
quando caminhar para o centro da folha.
Mensuração e interpretação
É feita da mesma maneira das cadeias sagitais. Apenas muda a nomeclatura: DPv e DSv.
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Cadeias Verticais
(Não se aplica em seleção)
Cadeias Sagitais
ME MD
DSs (+)
1 DSs (+)
1
2
5 2
3 DPS (-) 3
4
3 5
4 6
DPs
5 5 2 (+)
4
6 3
2 1
DSs (+) 1
DSs (-)
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ANÁLISE DOS DADOS QUANTITATIVOS DAS PARALELAS EGOCÍFUGAS E EGOCÍPETAS
Será positivo (+) quando a diferença for descontada no sobre a paralela egocípeta.
Será negativo (-) quando for tomada sobre a paralela egocífuga.
É o quinto valor referente ao fator agressividade. Hetero (+) ou Autoagressividade (-).
De acordo com a direção, terá sinal positivo (+) quando o desvio for para fora, ou seja, para as
margens da folha. Terá sinal negativo (-), quando o desvio for para dentro, ou seja, para o centro
da folha. Tomando sempre como base a reta.
O DSs egocífugo e egocípeto assinalam a reação vivencial, a tendência extra ou intratensiva.
Comprimento Linear
Máximo egocífugo (CLM ) e egocípeto (CLM ); Mínimo egocífugo (CLm ) e egocípeto (CLm )
Mensuração e Interpretação
Para cada paralela, egocífuga e egocípeta de ambas as mãos, procura-se a linha de maior e de menor
comprimento
Assinala o Dimensão Tensional. Um comprimento estável sinaliza equilíbrio tensional; um
comprimento aumentado indica excitabilidade e um diminuído acusa inibição. É necessário avaliar
em tetrons para essa interpretação.
Diferença de Comprimento Linear
Egocífugo (≠CL ) e Egocípeto (≠CL )
Mensuração e Interpretação
É a diferença obtida entre o comprimento linear máximo e o mínimo para cada paralela, egocífuga e
egocípeta, de cada mão.
Assinala o Predomínio tensional; estabilidade e flexibilidade; rigidez ou impulsividade.
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Paralelas Egocífugas
DSs (+)
DSs (-)
DPS (-)
6
4
4
3
3
2
2
1
1
ME MD
(+) = DSs = (-)
(Colocar medida) = CLM = (colocar medida)
(Colocar medida) = CLm = (colocar medida)
(Subtrair as duas medidas) = ≠CL = (subtrair as duas medidas)
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Paralelas Egocípetas
ME MD
(-) = DPs = (+)
ME MD
(-) = DSs = (+)
(Colocar medida) = CLM = (colocar medida)
(Colocar medida) = CLm = (colocar medida)
(Subtração das duas medidas acima) = ≠CL = (subtração das duas medidas acima)
2
1
3
2 5
3 8
DPs (+)
DSs (+)
DSs (-)
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ANÁLISE QUANTITATIVA DOS US VERTICAIS
Mensuração e Interpretação
1 - Marca-se o centro da base do último U executado, ou seja, o que está marcado em vermelho.
2- A partir desse ponto, traça-se uma vertical até a base (ou seu prolongamento) do U modelo
3- O DPv será a distância (ascendente ou descendente), em milímetros, entre o centro da base do
último U e o centro da base (ou seu prolongamento) do U modelo.
O DPv terá sinal positivo (+) quando o desvio se dirigir para cima da base do U modelo e negativo
(-) quando se dirigir para baixo da base do U modelo.
É o quinto dado relativo ao tônus vital. É a capacidade do sujeito de vencer ou não a ação da
gravidade. Quando elevado (+) fala-se de elação e diminuído (-) fala-se de depressão. Necessário
olhar o tetron.
Mensuração e Interpretação
É a medida em milímetros do deslocamento lateral do centro da base do último U executado (em
vermelho) em relação ao centro da base (ou sua projeção) do U modelo.
O DSv não tem sinal
É o quinto dado relativo à emotividade, tanto endógena quanto reacional.
Us Verticais
DPv (+)
DSv
DSv
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ANÁLISE QUANTITATIVA DOS US SAGITAIS
Mensuração e Interpretação
1 - Marca-se o centro da base do último U executado, ou seja, o que está marcado em vermelho.
2- A partir desse ponto, traça-se uma vertical até a base (ou seu prolongamento) do U modelo
3- O DPs será a distância (subindo ou descendo), em milímetros, entre o centro da base do último U e
o centro da base (ou seu prolongamento) do U modelo.
O DPs terá sinal positivo (+) quando o desvio se dirigir para cima da base do U modelo e negativo
(-) quando se dirigir para baixo da base do U modelo.
É o sexto e último dado relativo à agressividade, seja constitucional e reacional. Hetero (+) ou
Auto agressividade (-). A interpretação em tetrons é apresentada nas tabelas.
Mensuração e Interpretação
É a distância lateral (horizontal) medida, em milímetros, entre o centro da base do último U executado
(em vermelho) em relação ao centro da (ou sua projeção) do U modelo.
O DSv será positivo (+) quando o desvio for para fora, ou seja, para as margens do papel e será
negativo (-) quando o desvio for para dentro, ou seja, para o centro da folha.
É o nono e último dado relativo à extra ou intratensão (reação vivencial).
Us Sagitais
Modelo Modelo
DPs (+)
DPs (-)
(-) = DPs= (+) DSs (+)
(-) = DSs= (+)
DSs (-)
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INTERPRETAÇÃO DOS DADOS QUANTITATIVOS
TONUS VITAL
É a energia propulsora para a ação. Energia física para o trabalho.
Elação – Existe no indivíduo uma maior necessidade de ação. As atividades se multiplicam e sua
disposição é eufórica, animada e otimista.
Depressão – O sujeito sente fadiga, astenia sendo indolente para a ação.
INTERPRETAÇÃO DO GRÁFICO
Intensa Forte Acentuada Aumentada Limites mínimos M Limites máximos da Aumentada Acentuada Forte Intensa
(----) (---) (--) (-) da média média (+) (++) (+++) (++++)
depressão depressão depressão Depressão (- +) (+ -) Elação Elação elação Elação
Mão dominada - Energia vital constitucional situada nos limites mínimos da média
-4; -3 ou normotensão.
Mão dominante - Reage (ou reagindo) dentro dos limites mínimos da normotensão.
Mão dominada - Energia vital constitucional situada nos limites máximos da média
+4;+3 ou normotensão (em caso de contra indicado)
Mão dominante - Reage (ou reagindo) dentro dos limites máximos da média ou da
normotensão (em caso de contra indicado)
-9; -10 Mão dominada - Energia vital constitucional tendendo a forte depressão
Mão dominante - Reage (ou reagindo) com forte depressão
-9; -10 Mão dominada - Energia vital constitucional tendendo a forte elação
Mão dominante - Reage (ou reagindo) com forte elação
-11; -12 Mão dominada - Energia vital constitucional tendendo a intensa depressão
Mão dominante - Reage (ou reagindo) com intensa depressão
+11; +12 Mão dominada - Energia vital constitucional tendendo a intensa elação
Mão dominante - Reage (ou reagindo) com intensa elação
POTENCIAL DE AGRESSIVIDADE
Energia para o enfrentamento de obstáculos e dificuldades. Uma força propulsora que leva o
indivíduo a uma atitude de afirmação e domínio pessoal perante qualquer situação.
Heteroagressividade – Quantitativamente maior que o normal. Condiciona a conduta do homem de
duas formas:
1) Quando existe um equilíbrio nos traços ela pode ser positiva, favorável, pois é uma
agressividade combativa, construtiva, útil e aceitável que impregnam as ações de modo
louvável e nobre.
2) Quando os traços são oscilantes com desequilíbrio geral, é negativa, nociva, violenta e
destrutiva, pois impulsiona o homem a atos reprováveis, tais como todos os delitos anti sociais:
roubos, vinganças, assaltos, agressões físicas, homicídios.
Autoagressividade – Quantitativamente menor que o normal. Indica fraqueza do Eu. São sujeitos
dependentes, submissos, passivos, calmos, com dificuldade de tomar decisões.
INTERPRETAÇÃO DO GRÁFICO
REAÇÃO VIVENCIAL
Energia que impulsiona para os relacionamentos interpessoais. É o nível de energia psíquica
dirigida para fora, em atitude de doação, de exteriorização ou para dentro, de interiorização, de
retenção do conteúdo psíquico.
Normotensão - Quando existe equilíbrio entre a atitude interna e externa, onde o sujeito é
capaz de atender simultaneamente ao mundo externo e interno.
Intratensão – As atividades se realizam no plano autístico, interno subjetivo. O pensamento
parece ausente, mas há riqueza interior, imaginação, a atenção se volta para os problemas com
tendência a ruminar as ideias. Pessoa mais formal, mais cautelosa. Não mantém com grupo aquela
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troca, não coloca a afetividade no meio ambiente. A pessoa pode até falar bem, mas não realiza
troca, é mais reservada.
Extratensão - Pessoa que tem necessidade de realizar trocas com meio ambiente. Interage bem
com o grupo. Pessoa mais espontânea, expansiva, comunicativa, dirige seus pensamentos para o
mundo exterior e reage aos estímulos externos.
INTERPRETAÇÃO DO GRÁFICO
Mão dominada - Reação Vivencial endógena situada nos limites mínimos da média
-4; -3 ou normotensão (em caso de contra indicado).
Mão dominante - Reage (ou reagindo) dentro dos limites mínimos da normotensão
EMOTIVIDADE
Avalia a maturidade e o controle emocional. Como o sujeito reage diante de uma situação
emergencial de tensão ou pressão.
A emotividade é descrita como sendo uma reação de emergência que se produz quando o
organismo não tem pautas preestabelecidas para reagir normalmente ante uma situação. Há uma
repercussão geral, uma comoção, um abalo com vibração somato psíquica, indicando falhas no
sistema adaptativo do sujeito.
INTERPRETAÇÃO DO GRÁFICO
DIMENSÃO TENSIONAL
Avalia como o sujeito se posiciona no meio ambiente. Está relacionado ao somatório da
atividade elétrica do sistema nervoso, comportamento elétrico do sujeito no ambiente.
Quando normal – Denota uma pessoa harmoniosa, moderada, tranquila, comedida e prudente.
Inibição – O sujeito sente uma reação que o limita, que o bloqueia que lhe determina medo na
realização de suas atividades. O termo inibição é usado quando se encontra na mão dominada. As
expressões coartado, coibido e reprimido quando se encontra na mão dominante.
Excitação – O sujeito reage de maneira excitada, há uma liberação espontânea, por vezes
desmedida ou exagerada, nas suas atitudes e atividades. Os termos excitabilidade ou excitável são
usados quando se encontram presentes na mão dominada, pois indica uma condição, um potencial
inerente ao sujeito. Quando na mão dominante diz-se que o sujeito se encontra excitado ou
dilatado.
INTERPRETAÇÃO DO GRÁFICO
-4; -3 Mão dominada - Dimensão tensional temperamental situada nos limites mínimos da
média ou normotensão (em caso de contra indicado)
Mão dominante - Reage (ou reagindo) dentro dos limites mínimos da normotensão.
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+9; +10 Mão dominada - Forte excitação temperamental
Mão dominante - Reage (ou reagindo) com forte excitação
PREDOMÍNIO TENSIONAL
INTERPRETAÇÃO DO GRÁFICO
Intensa Forte Acentuada Aumentada Limites mínimos M Limites máximos Aumentada Acentuada Forte Intensa
(- - - -) (- - -) (- -) (-) da média (- +) da média (+ -) (+) (++) (+++) (++++)
rigidez rigidez rigidez rigidez impulsividade impulsividade impulsividade impulsividade
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-5; -6 Mão dominada - Aumentada rigidez temperamental
Mão dominante - Reage (ou reagindo) com aumentada rigidez
Bibliografia:
MIRA, ALICE MADELEINE G. – PMK Psicodiagnóstico Miocinético
3ª edição revisada e ampliada 2004 – Vetor Editora Psico-pedagógica LTDA.
34