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RESUMO
Este projeto de pesquisa tem como objetivo analisar o desenvolvimento da China a
partir de sua integração ao BRICS que, de certa forma, passou a ser considerado como
estratégia para o avanço chinês, de forma comparada ao histórico de crescimento dos BRICS.
Os dados coletados apresentam um marco histórico desde a entrada da China nos BRICS até
os dias atuais, considerando a entrada dos novos membros à cooperação em 2024 o marco
final. Com isso, a pergunta de orientação para esta pesquisa é: Como a China utilizou e ainda
utiliza de sua relação com o BRICS como uma estratégia para seu desenvolvimento no âmbito
internacional? Para responder a esta questão, este projeto tende a analisar, por meio de
bibliografias e artigos digitais, o desenvolvimento dos BRICS desde a sua origem até os dias
atuais, o desenvolvimento Chinês a partir de sua integração aos BRICS e, por fim, explanar
sobre a estratégia chinesa, ou seja, a utilização de forças e influência para o crescimento
próprio e dos países em desenvolvimento, colocando os países emergentes em posição de
importância para o Sistema Internacional. Portanto, a proposta deste projeto é apresentar o
desenvolvimento da China atrelado ao crescimento do BRICS, utilizando de estratégias que
agregaram importância não apenas para o Estado chinês, mas também aos outros países
participantes da integração BRICS.
Introdução
BRICS, que fora inicialmente BRIC, é um acrônimo criado por Jim O’Neil,
economista-chefe da Goldman Sachs, por meio de um estudo de 2001, o “Building Better
Global Economic BRICs”. Esta cooperação se refere aos países: Brasil, Rússia, Índia, China
e, desde 2011, África do Sul. Estes países cooperam entre si, apresentando uma relação
comercial e até mesmo diplomática SUL-SUL, remodelando as formas de interação do
Sistema Internacional, que acaba sendo majoritariamente uma relação NORTE-NORTE, ou
então, EUA para com outros países.
Com isso, pode-se observar que, nesta cooperação, há 2 países mais populosos do
mundo, China e Índia e, então, tendo o primeiro como exemplo, pode-se ver que seu
desenvolvimento econômico foi acelerado, passando a ser também o país com maior
desenvolvimento dentre os integrantes do BRICS. Ademais, a China é o único, dentre os
cinco, a ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, pois
com o seu desenvolvimento político-econômico, o país passou a ter influência no âmbito
internacional.
O BRICS, com o passar dos anos, passou a criar estratégias para se manterem no
Sistema Internacional, como, por exemplo, a criação do Banco dos BRICS, que foi uma
iniciativa da cooperação para poder ter uma maior independência dos países ricos, pois assim,
não dependerem apenas do Banco Mundial ou do FMI. Tendo isso em vista, pode-se observar
também que, na última cúpula dos líderes (2023) a decisão de integrar novos países, sendo um
deles o Emirados Árabes, foi tomada pensando também nos benefícios que cada país traria
para os países já participantes e para a cooperação, já que, no caso dos Emirados, o país com
sua carteira econômica crescente, poderia injetar alto valor econômico no banco dos BRICS e,
então, este Banco poderia realizar empréstimos de valores mais altos, o que, geraria juros e,
então maior arrecadação e rotação de crédito, aumentando a influência do Banco e do bloco
para o mundo.
Portanto, pode-se ver que, o BRICS, mesmo apresentando integrantes
majoritariamente emergentes, apresenta ainda sim uma alta influência no Sistema
Internacional, porém, isso só foi possível com o auxílio de estratégias que, em sua grande
maioria, foram produzidas pela China, o que torna este país uma integrante valioso para o
bloco.
Ademais, segundo Paulo Roberto de Almeida, autor de O papel dos Brics na
economia mundial a existência dos BRICS se dá principalmente por conta dos impactos
econômicos apresentando a partir do desenvolvimento do bloco e por conta de sua capacidade
em poder moldar o futuros dos países emergentes, já que cada um dos integrantes, salvo
exceções, passaram a apresentar peso e influência no âmbito internacional. O autor ainda
afirma que, em poucos anos, caso a cooperação BRICS continue se desenvolvendo, estes
passariam a representar pelo menos um quinto da economia mundial, chegando a ultrapassar
até mesmo o G7. Pode-se ver que esta realidade já está chegando para os BRICS com a
integração de novos países, já que, em sua grande maioria, estes integrantes apresentam
economias relevantes.
Além disso, o autor ainda afirma que, em relação à dimensão demográfica e à
participação comercial, o desenvolvimento crescente pode significar uma grande participação
nas exportações mundiais e uma significativa participação no PIB total. Porém, deve-se
lembrar que o BRICS em si não apresenta participação no Sistema Internacional, mas sim, os
países integrantes, já que a relação entre participantes geram possibilidades e fatores
comerciais ou econômicos que possibilitam a participação no âmbito internacional. Com isso,
pode-se observar que, dentro dos integrantes originais, a China é o país que mais apresenta
participação ativa no campo global e, portanto, sua importância para o bloco.
O Desenvolvimento da China atrelado ao avanço dos BRICS
Objetivos da Pesquisa
Metodologia
Semanas
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
Atividade
- Levantamento bibliográfico
acerca do desenvolvimento
dos BRICS, levando em
conta sua origem;
- Levantamento bibliográfico
acerca do desenvolvimento
da China, levando em conta
sua integração aos BRICS;
- Levantamento e análise de
documentos, artigos e
notícias acerca das
mudanças nos BRICS;
- Levantamento e análise
documental das cúpulas dos
líderes dos países BRICS;
- Levantamento e análise
documental dos discursos
dos líderes da China,
levando em conta o período
de 1976 á 2023;
- Elaboração do Projeto de
Pesquisa;
- Revisão do Projeto de
Pesquisa;
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Paulo Roberto. O papel dos Brics na economia mundial, Rio de Janiero, 2009.
Disponível em:
<https://www.researchgate.net/profile/Paulo-Almeida-25/publication/265675385_O_papel_do
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STUENKEL, Oliver. BRICS e o futuro da ordem global. Editora Paz e Terra, 2017.
Disponível em:
<https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=m2EqDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT
4&dq=brics&ots=yVSVHbsP3z&sig=2VzZhgchJj-7oa0SdRzEc1vTnAw&redir_esc=y#v=one
page&q=brics&f=false>. Acesso em: 09 de set. de 2023;