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Ambiente e condições para o

desenvolvimento produtivo
local
Módulo

2 Inovação no município com


a agenda da OCDE
Fundação Escola Nacional de Administração Pública

Equipe Responsável
Tatiane de Jesus (Conteudista, 2021).
Ricardo Vieira (Conteudista, 2021).
Everton Avi (Conteudista, 2021).

Diretoria de Desenvolvimento Profissional.

Curso produzido em Brasília 2021.

Enap, 2021

Enap Escola Nacional de Administração Pública


Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF

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Sumário
1. A OCDE e a promoção de melhores políticas públicas.................... 5

1.1 O que é a OCDE?.............................................................................. 5

1.2 A OCDE no contexto atual................................................................ 7

1.3 O processo de acessão do Brasil à OCDE.......................................... 7

1.4 Mas o que o Brasil ganha entrando para a OCDE?........................... 8

1.5 O olhar da gestão local..................................................................... 8

2. Tendências globais de inovação em políticas públicas.................... 9

2.1 Megatendências futuras para áreas urbanas e rurais.................... 10

2.2 Agenda da OCDE para o Brasil........................................................ 12

2.3 Recomendações da OCDE para o Brasil em temas relevantes....... 14

3. Prioridades temáticas da OCDE com foco nos municípios............. 17

3.1 Centro para Empreendedorismo, PMEs, Regiões e Cidades (CEF) da


OCDE.................................................................................................... 17

3.2 Política rural 3.0.............................................................................. 18

3.3 Cidades & Inovação........................................................................ 19

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3.4 Agenda 2030 e os ODS................................................................... 21

Referências...................................................................................... 23

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2
Módulo

Inovação no município com a


agenda da OCDE

O módulo está estruturado da seguinte maneira:

Unidade 1: A OCDE e a promoção de melhores políticas públicas

Unidade 2: Tendências globais de inovação em políticas públicas

Unidade 3: Prioridades temáticas da OCDE com foco nos municípios

1. A OCDE e a promoção de melhores políticas públicas


Objetivo de aprendizagem

Reconhecer o significado da adesão do Brasil à OCDE para a gestão pública, nos âmbitos
nacional e municipal.

1.1 O que é a OCDE?

A OCDE é a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Fundada em 1961,


é formada por 38 países, em sua maioria desenvolvidos, contando com crescente número de
países em desenvolvimento. Na América Latina, são membros plenos México, Chile, Colômbia e
Costa Rica. O Brasil atualmente participa como parceiro chave e pleiteia tornar-se membro pleno
desde 2017.

É considerada um grupo de Estados com propósitos semelhantes, tendo sua base estrutural de
funcionamento baseada na participação dos países membros e na atuação do Secretariado. Suas
regras são negociadas entre os membros por meio de guias e recomendações não obrigatórias.

A atuação da organização acontece por meio de persuasão, mais do que imposição. Dessa forma,
há graus de liberdade em relação às políticas internas de cada país. Destaca-se, ademais, pela
ampla gama de temas tratados em áreas diversas como comércio, finanças, investimentos,
políticas sociais e ambientais.

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Funciona pelo sistema e pressão política entre pares, o que estimula o
cumprimento das regras. Conduz processos de comparação entre membros
por meio de uma avaliação bem estruturada e sofisticada, com instrumentos
de análise e métricas. E uma organização com boas ações regulatórias e que
provoque o exame contínuo das práticas dos seus membros.

Em sua estrutura organizacional, o Conselho formado por representantes


dos países membros e da União Europeia é responsável pelas orientações
estratégicas. Os comitês e grupos de trabalho e de especialistas - que totalizam
mais de trezentos e cobrem quase todas as áreas de políticas - compartilham
experiencias de boas práticas, inovam a implementação e o impacto das
políticas. O secretariado coordena a coleta de dados, realiza análises e formula
recomendações que apoiam as discussões dos comitês.

O Brasil e a OCDE. Fontes: Baumann (2021); OCDE (2018).

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O papel do Brasil na OCDE tem aumentado constantemente, com a ampliação da participação em
órgãos, projetos e programas da organização, bem como a adesão aos instrumentos de maneira
mais abrangente do que qualquer outro país parceiro.

1.2 A OCDE no contexto atual

Atualmente, a organização é uma referência na promoção de melhores políticas públicas. Com


uma longa experiência na formulação de instrumentos legais, indicadores, guias de orientação e
publicações de panoramas, a OCDE tem uma alta capacidade na produção e disponibilização de
dados e facilita o acompanhamento por meio de indicadores. Esse conhecimento é compartilhado
e estimula o aprimoramento das políticas públicas.

Além disso, gera frequentes recomendações de políticas, com base nas informações de alta
qualidade de diversos países. Membros podem se beneficiar ainda de apoio técnico e têm a
possibilidade de influenciar nas recomendações em suas origens. Não é apenas um espaço de
intercâmbio de boas práticas. Ela impulsiona os tomadores de decisão a agir.

Ser membro da OCDE é, inclusive, percebido como um “selo de qualidade” que induz à adoção
de melhores práticas na gestão pública. Além disso, a organização tem sido um espaço de
pré-negociação de normas e padrões entre os países desenvolvidos, que depois entram para
processos de negociação com outras instituições, de forma a desempenhar um papel importante
na seleção de temas da agenda de governança internacional e na definição do conteúdo das
regras. A OCDE também promove sinergias entre os setores público e privado para a concretização
do desenvolvimento sustentável.

Dessa forma, apresenta um papel relevante e crescente no estabelecimento de padrões


internacionais para esforços de coordenação em diversas áreas, como a tributária, o combate à
corrupção, os investimentos estrangeiros e a ajuda externa. Além disso, é esperado que tenha
um papel relevante na formulação de padrões para o futuro da economia digital.

1.3 O processo de acessão do Brasil à OCDE

A acessão do Brasil à organização refere-se a sua inclusão como membro pleno da OCDE. Essa é
uma prioridade da política externa brasileira e está incluída em vários temas.

O processo de acessão é rigoroso e requer um compromisso com princípios econômicos


liberais, um sistema democrático pluralista e respeito aos direitos humanos. Está altamente
correlacionado com as decisões de adotar reformas e melhorar as relações com os demais
membros.

Assim, as condições implícitas da OCDE incluem práticas democráticas, combate à corrupção,


proteção ambiental, maior segurança e transparência jurídica. Esse contexto pode melhorar a
avaliação de risco do país e atrair investimentos.

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Para o Brasil aceder à organização, é necessário passar por um processo de análise e revisão do
acervo regulatório, o que inclui o arcabouço de políticas públicas e a estrutura institucional, de
forma a adotar as melhores práticas e a convergir com as normas internacionais.

Sobre o processo de adesão à OCDE, confira este vídeo da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), disponibilizado na plataforma YouTube: saiba o que é a OCDE e a importância de o Brasil
fazer parte do grupo.

1.4 Mas o que o Brasil ganha entrando para a OCDE?

Identificou-se que, como membros plenos, as economias dos países participantes tornam-se
mais abertas ao comércio exterior, com uma maior atração de investimentos externos diretos,
aumento da formação bruta de capital fixo e aceleração do ritmo de crescimento do produto.
Além disso, pode levar à redução de custos de captação de recursos externos e à atração de
investimentos, pois amplia a percepção de segurança por parte dos investidores e contribui para
um ambiente propício aos negócios.

Ser membro da OCDE significa adotar boas práticas em diversas áreas, contribuindo para
o aumento da produtividade geral e das exportações em longo prazo. Assim, o ingresso de
um país é percebido como sinônimo de sucesso e de estar em um patamar mais elevado nos
padrões de políticas públicas.

A expectativa é que a entrada do país gere uma série de vantagens. A adesão fornece sinais
positivos aos investidores nacionais e internacionais. Favorece a adoção de boas práticas de
governança corporativa, políticas do setor público e tratamento do investimento estrangeiro.
Esses fatores impactam na produtividade da economia brasileira e no crescimento econômico.

No vídeo a seguir, disponibilizado no canal da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na


plataforma YouTube, você poderá entender melhor a importância da OCDE para o Brasil:

A importância da OCDE para a indústria brasileira

1.5 O olhar da gestão local

Quem atua no município talvez se pergunte: afinal, o que os municípios têm a ver com isso?
Respondendo a esse questionamento, destacamos abaixo cinco motivos para a gestão local ter
atenção em relação à OCDE:

1. Conhecer as tendências globais da sociedade, da economia e de políticas públicas


permite ao gestores municipais mais consciência sobre o cenário no qual estão
inseridos, preparando-os para as mudanças e transformações vindouras que também
impactarão os municípios e respectivas populações.

2. As análises e recomendações da OCDE para o Brasil permitem entender os pontos

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fracos e fortes da estrutura e das políticas do governo e as estratégias que o país
adota para se alinhar aos outros membros do grupo. Isso pode contribuir para a visão
de futuro e a formulação das políticas municipais.

3. A OCDE conta com uma área específica sobre o tema cidades e desenvolvimento
regional, a qual produz análises e recomendações de boas práticas elaboradas com
foco nos territórios.

4. Pode contribuir com a melhoria de coleta de dados e indicadores em nível local, o


que gera insumos para o desenvolvimento de políticas municipais de qualidade.

5. Tal conhecimento e as práticas podem contribuir para o melhor posicionamento


das cidades em negociações com o governo federal, especialmente se o município
estiver avançando em ações que contribuam para a agenda do Brasil na OCDE.

Portanto, a OCDE pode contribuir para o desenvolvimento de melhores práticas de políticas


públicas e a promoção da inovação nos municípios brasileiros.

Se quiser mais sobre a OCDE na perspectiva brasileira, confira o episódio do


podcast sobre a organização do programa Estação 4.0, da Associação Brasileira
de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Para acessá-lo, clique aqui.

2. Tendências globais de inovação em políticas públicas


Objetivo de aprendizagem

Identificar tendências de desenvolvimento difundidas pela OCDE e sua relação com a


gestão municipal.

Ao conhecer as tendências globais de desenvolvimento, a gestão municipal pode começar a se


preparar para as mudanças e incorporar práticas de políticas públicas alinhadas com o futuro, em
vez de apenas repetir padrões do passado que tendem a se enfraquecer.

Identificar tendências em políticas públicas que levam o mundo inteiro para frente é importante
também para prever e se preparar para as mudanças na gestão municipal.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com sua alta capacidade
de coletar dados e realizar análises técnicas, é referência no desenvolvimento de estudos e na
promoção de recomendações para melhores políticas públicas.

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2.1 Megatendências futuras para áreas urbanas e rurais

Para que gestores de políticas públicas se preparem para o que está por vir e estejam prontos
para responder quando necessário, a OCDE destaca as principais tendências com grandes
possibilidades de afetar os territórios de forma significativa nos próximos anos. São elas:

Mudanças tecnológicas

O rol de tecnologias novas e melhoradas inclui, por exemplo:

• técnicas de realidade virtual;

• impressão 3D;

• veículos autônomos (sem motorista);

• uso de drones;

• uso de robôs industriais;

• blockchain (sistema que permite rastrear o envio e recebimento de tipos de


informação pela internet);

• tecnologia de ledger distribuído, o DLT (banco de dados digital com informações


sincronizadas e espalhadas geograficamente);

• inteligência artificial, AI (de forma simples, são tecnologias com habilidades de


raciocinar, perceber o ambiente e tomar decisões).

Tais tecnologias criam oportunidades para tornar as economias mais produtivas e


melhorar a qualidade de vida, ao mesmo tempo em que a automação gera riscos de
altas taxas de desemprego. Esse é um tipo de mudança que pode acontecer de forma
rápida e é mais difícil de prever como ocorrerá.

Sua incorporação na economia e no cotidiano não se dá de forma automática. O poder


público tem um papel importante, como colocado pela OCDE, no desenvolvimento
de políticas públicas. Neste eixo, são previstas necessidades de reforma nas políticas
tarifárias, de mercado de trabalho e regulatórias. Um exemplo são os programas de
capacitação no uso das tecnologias.

Saiba mais sobre a Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial no site do Ministério


de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Ela está alinhada com as
diretrizes da OCDE endossadas pelo Brasil.

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Mudanças demográficas

O aumento da expectativa de vida é considerado uma grande realização da humanidade


e gera novas configurações na sociedade. Consequentemente, as políticas e os serviços
públicos precisam ser ajustados às necessidades do envelhecimento. Por exemplo,
há estudos que propõem três categorias de grupos idosos – de 65 a 75 anos, de 75 a
85 anos e com mais de 85 anos –, com necessidades e padrões de vida e autonomia
distintos a serem considerados. A OCDE destaca ainda a importância de engajar os
habitantes idosos de forma produtiva e apoiar o processo de envelhecimento.

As migrações, dentro do país e internacionais, são outra tendência que gera mudanças
demográficas. Pessoas mudam-se de regiões menos prósperas para áreas com maior
desenvolvimento econômico. Habitantes mais jovens tendem a se realocar nos
países membros da OCDE. Esses e outros fluxos migratórios impactam nas estruturas
demográficas dos territórios.

Conheça a página da Década do Envelhecimento Saudável 2020-2030 da Opas e da


OMS Brasil.

Mudanças ambientais

São consideradas entre as mais importantes para as próximas décadas, pois aparecem
predominantemente como ameaças, gerando uma necessidade de foco em mitigação
(redução de emissão de gases de efeito estufa) e adaptação (iniciativas para redução
da vulnerabilidade às mudanças climáticas).

No setor produtivo local, os efeitos das mudanças climáticas incluem, entre outros:

• aumento do nível do mar e da acidificação dos oceanos, impactando


diretamente as regiões costeiras;

• perda de biodiversidade, o que afeta uma série de atividades econômicas,


incluindo o turismo;

• mudanças nas produções agrícolas por causa do clima;

• alterações em disponibilidade de água;

• formação de ilhas de calor urbano que aumentam as taxas de mortalidade

Acesse o curso virtual aberto e em português do Pacto Global de Prefeitos para o


Clima e a Energia.

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A OCDE alerta que todas essas mudanças requerem políticas públicas para assegurar que as
oportunidades sejam aproveitadas e os riscos gerenciados.

Bem-estar presente e futuro: A OCDE tem como slogan “melhores políticas para melhores vidas”.
Nesse sentido, a medição do bem-estar é um elemento central. Destaca-se que a organização
traz um elemento inovador ao incorporar elementos do bem-estar futuro em sua estrutura de
análise do tema, com indicadores que impactam diretamente nos recursos para as próximas
décadas.

Dimensões do bem-estar atual Dimensões do bem-estar futuro

1. Renda e riqueza
2. Trabalho e qualidade do emprego
3. Habitação
4. Saúde
1. Capital natural
5. Conhecimento e habilidades
2. Capital econômico
6. Qualidade do meio ambiente
3. Capital humano
7. Bem-estar subjetivo (sentido)
4. Capital social
8. Segurança
9. Equilíbrio entre trabalho e vida
10. Conexões sociais
11. Engajamento civil

How’s life? 2020: Measuring Well-being. Fonte: OCDE (2020)

2.2 Agenda da OCDE para o Brasil

O Brasil é um parceiro-chave da OCDE, com participação em diferentes órgãos, informes


estatísticos, revisões setoriais por pares e adesão a instrumentos legais. Conheça a seguir áreas
temáticas das quais o país participou, tendo acesso a recomendações para a melhoria das
políticas. Leia cada tema com atenção e tome nota daqueles que interessam ao município no
qual você atua:

Crescimento sustentável, equilibrado e inclusivo

• Fortalecendo o crescimento econômico.


• Aumentando a produtividade agrícola e a segurança familiar.
• Promovendo o crescimento verde.
• Aprimorando a participação nas cadeias globais de valor.

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Bom funcionamento dos mercados

• Estimulando o comércio.
• Revigorando o investimento internacional.
• Promovendo a concorrência saudável.
• Fortalecendo a educação financeira.
• Reforçando a proteção ao consumidor.

Governança pública e corporativa

• Melhorando o ambiente de negócios.


• Fortalecendo a governança corporativa e de empresas estatais.
• Combatendo a corrupção internacional.
• Aprimorando a transparência e as conformidades fiscais.
• Fortalecendo a eficiência orçamentária e de gasto público.
• Promovendo a transformação digital no setor público.

Emprego e desenvolvimento social

• Criando empregos.
• Garantindo um sistema de pensão eficiente e sustentável.
• Combatendo a desigualdade de gênero.
• Educando e capacitando as novas gerações com as competências certas.
• Medindo o bem-estar.
• Promovendo coesão social e territorial.

Indústria e inovação

• Construindo uma economia baseada no conhecimento.


• Promovendo uma indústria do aço vibrante.

Meio ambiente e energia

• Fomentando o desenvolvimento sustentável.


• Promovendo a boa governança da água.
• Desenvolvendo a estratégia energética.

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• Aprimorando a energia nuclear e outras aplicações nucleares.
• Fortalecendo a segurança química e transgênica.

Um ator global e regional

• Promovendo uma cooperação efetiva para o desenvolvimento.


• Buscando a colaboração dos sindicatos, da comunidade empresarial e das
fundações.

Trabalhando com o Brasil. Fonte: OCDE (2018).

Para ter acesso a estudos técnicos sobre esses temas que são de interesse do município, acesse
a publicação Trabalhando com o Brasil, produzida pela OCDE em 2018.

Se quiser se aprofundar nos temas, a CNI produziu uma série de cartilhas que apresentam as
normas da OCDE para o Brasil em diversas frentes, com informações sobre o impacto na indústria:

1. Inovação digital a partir da perspectiva da OCDE;

2. Infraestrutura na OCDE;

3. Transparência na relação entre governos e cidadãos: a agenda do governo aberto na OCDE;

4. Indústria mais sustentável e competitiva: economia circular e gestão de resíduos sólidos;

5. Compras públicas na OCDE;

6. A importância da agenda anticorrupção e em integridade.

2.3 Recomendações da OCDE para o Brasil em temas relevantes

Transformação digital

Há múltiplos potenciais em se atuar para a transformação digital no governo, na economia e na


sociedade, tais como: impulsionar o crescimento da produtividade de empresas em todos os
setores da economia, utilizar dados para formulação de políticas públicas e melhoria de negócios
pelo setor privado, facilitar acesso a instrumentos financeiros e a pessoal técnico capacitado,
gerar inovações e ganhos de eficiência com a Internet das Coisas (conhecida também pela sigla
IoT), entre outros.

A transformação digital afeta diferentes partes da economia e da sociedade, de forma bem


complexa. A OCDE ressalta a importância de colaboração de todos os domínios da política e
de se adotar uma abordagem integral, que gere a coordenação entre as múltiplas partes e os
diferentes níveis de governo.

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Confira uma breve síntese das recomendações da OCDE para as políticas de transformação digital
no Brasil:

Acesso

Promover acesso à banda larga no país, aumentar a qualidade dos serviços de


comunicação e promover competitividade do mercado.

Uso

Melhorar as competências digitais e abordar a desigualdade digital; promover a


adoção digital nas empresas e avançar com a transformação digital do governo.

Confiança

Promover a segurança digital, aumentar a privacidade dos dados pessoais e proteger


os consumidores digitais.

Inovação

Fortalecer a inovação digital, o que inclui hubs de inovação para pequenas e médias
empresas, programas para startups e transferência de conhecimentos de empresas
para universidades e centros de pesquisa.

Transformação digital da economia

Implantar políticas específicas nos setores que são prioridade na agenda brasileira,
como agronegócio, manufatura (para lidar com o considerado fraco desempenho do
setor), fintechs (tecnologias digitais emergentes e novos modelos de negócios no
setor financeiro) e cibermedicina (relacionada à adoção de tecnologias digitais no
setor de assistência médica).

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Para conhecer a Estratégia de Governo Digital do Brasil, clique aqui. Confira
também o relatório completo da OCDE, em português, intitulado "A caminho
da era digital no Brasil".

Crescimento verde

O crescimento verde é apresentado como uma oportunidade para repensar o modelo econômico
atual. A política comercial da União Europeia, por exemplo, exige que seus parceiros comerciais,
o que inclui o Brasil, sigam os padrões e os acordos internacionais de trabalho e meio ambiente,
cumpram as leis ambientais e incentivem que o comércio de recursos naturais seja sustentável.
Vemos, portanto, que a questão ambiental não é algo que depende só do setor produtivo.

A OCDE reconhece que os riscos relacionados ao meio ambiente prejudicam o crescimento e


o bem-estar da população, recomendando causar menos impacto ao meio ambiente e usar
menos recursos naturais.

A OCDE reconhece também que pequenas e medias empresas têm mais


dificuldade para realizar a transição para uma produção mais sustentável.
Visando apoiar essa transição, desenvolveu 18 indicadores quantitativos para
medir o desempenho ambiental das manufaturas, no que tange a insumos
da produção, operações de manufatura e produtos em si. Dessa forma, a
produção sustentável passa por adequações em suas várias etapas e um novo
mindset produtivo.

Para auxiliar nesse processo, a OCDE desenvolveu uma estrutura de indicadores


de crescimento verde que auxiliam na identificação da necessidade de uso
eficiente e sustentabilidade dos recursos naturais e de como as condições
ambientais impactam a qualidade de vida, além de perceber se as políticas
promovam o crescimento verde.

Um bom exemplo: a experiência de indústrias químicas em Flandres, Bélgica

A multinacional Ineos adotou uma série de políticas internas para mitigar os impactos ambientais,
como reduzir a intensidade do uso de energia, os insumos materiais e as atividades de transporte.
Desenvolveu novos produtos amigáveis ao meio ambiente (por exemplo, uma fibra de carbono)
e integrou à equipe engenheiros com perfil criativo, para ter novas ideias para sustentabilidade.

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A indústria química global Taminco apostou na integração de diferentes setores da ciência, com
a contratação de técnicos com perfis multidisciplinares, capazes de se preocupar com a cadeia
de valor de forma mais ampla.

Fonte: OCDE (2017) Boosting skills for greener Jobs in Flanders, Belgium

3. Prioridades temáticas da OCDE com foco nos municípios


Objetivo de aprendizagem

Reconhecer as prioridades temáticas da OCDE para as agendas das cidades e do


desenvolvimento regional.

O desenvolvimento local e regional está na agenda da Organização para a Cooperação e


Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidade internacional que é considerada uma referência
na promoção de melhores políticas públicas.

O Brasil, como candidato a membro pleno e atualmente parceiro estratégico, tem avançado em
incorporar as recomendações da OCDE em suas estruturas.

Para gestores municipais, é importante conhecer essas diretrizes, perceber as tendências globais
para os municípios e identificar as oportunidades para incorporá-las conforme a realidade local
e as possibilidades existentes.

A alta qualidade técnica e a capacidade de coletar e comparar dados da OCDE, desenvolvidas


durante 60 anos de experiência, permite a identificação de tendências e a produção de orientações
baseadas em evidências, para avançar de forma qualificada na elaboração e implementação de
políticas.

A seguir, vamos analisar temas centrais da OCDE com foco nas cidades e regiões, os quais têm um
impacto direto na agenda de desenvolvimento produtivo local.

3.1 Centro para Empreendedorismo, PMEs, Regiões e Cidades (CEF) da OCDE

O CEF trabalha com governos locais e nacionais, comunidades de negócios e outros agentes
de políticas públicas e capacitação. No resumo a seguir, há recomendações mais abrangentes
propostas por esse centro. Cada tema pode ser aprofundado por meio de estudos, dados e
diretrizes mais específicas. Verifique se o seu município conta com iniciativas nessas áreas:

Prioridades do CEF/OCDE:
• Aumentar a produtividade dos pequenos negócios como um dos modos mais efetivos
para gerar crescimento inclusivo, enfrentando barreiras de financiamento, habilidades e
tecnologia.

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• Cultivar empreendedores bem-sucedidos, com políticas que ajudam a superar as barreiras
de mercado, comportamentais e institucionais, trabalhando o empreendedorismo com
grupos da população mais vulneráveis e promovendo a mentalidade empreendedora por
meio da educação e criação de condições para ecossistemas de empreendedorismo local.

• Desenvolver as regiões como força condutora de crescimento e bem-estar, desbloqueando


o potencial de todos os lugares, medindo desempenho e desigualdades regionais, auxiliando
as regiões a se adaptar às megatendências e responder aos “choques” e promovendo a
prosperidade rural.

• Promover cidades sustentáveis, produtivas e inclusivas, por meio de políticas para tornar
qualquer tipo de cidade competitiva; tornar as cidades mais habitáveis (agradáveis) com
sociedades mais inclusivas e com engajamento de líderes locais e negócios.

• Promover melhores empregos e desenvolvimento local, com mais acesso ao mercado


de trabalho, engajando a economia social e a indústria criativa com eventos culturais e
globais.

• Promover governança multinível e finanças subnacionais, com atuação articulada com


outros níveis de governo, coletando dados e analisando as políticas locais em áreas como
gastos, investimentos, receitas e empréstimos, adotando medidas para investimento
público efetivo e incentivando governança multinível na área da água.

• Modelar o futuro do turismo, desenhando políticas para a recuperação do turismo


sustentável, melhorando a qualidade e a acessibilidade de dados sobre o turismo.

3.2 Política rural 3.0

A OCDE traz um modelo de política rural 3.0, sob o nome de “Implementando um novo paradigma
rural”. Segundo a Organização, as regiões rurais são consideradas lugares de oportunidade,
contribuindo de forma significativa para a prosperidade e o bem-estar dos países.

Trazem, portanto, economias diversificadas e são centrais para o aproveitamento das


oportunidades do século 21, como produtividade e inovação na produção de alimentos, serviços
dos ecossistemas (recuperação da água subterrânea, biodiversidade, purificação da água e do
solo), além de comércio de alimentos, agricultura, mineração, florestas e turismo.

Política rural 3.0


Bem-estar em 3 dimensões: economia, sociedade e meio-
Objetivos
ambiente.
Economias de baixa densidade (demográfica) diferenciadas
Foco da política
pelo tipo de área rural.

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Enfoque de desenvolvimento rural integrado, com apoio para
Ferramentas
os setores público e privado, além do terceiro setor.
Setor público, empresas privadas e sociais, organizações não
Agentes centrais
governamentais e da sociedade civil.

Enfoque da política Enfoque que integre diferentes políticas públicas.

Boa prática: iniciativa de inovação rural – Estados Unidos

O Centro de Inovação Rural (Cori, sigla em inglês) auxilia cidades pequenas nos Estados Unidos
a criar estratégias de desenvolvimento econômico para atrair empregos mais digitais, com base
na economia do conhecimento. Implementaram a Rede de Inovação Rural – associação formada
por agentes locais de todo o país – para que transformem suas cidades natais em ecossistemas
digitais. Disponibilizam fundos para investimento em startups rurais. Produzem dados e
estatísticas que permitem visualizar os desafios e as oportunidades da área rural americana.
Atuam junto ao ecossistema, que inclui: pessoas da área rural que possam se beneficiar de
treinamentos, empregadores locais de atividades de tecnologia e empregadores de trabalho
remoto, fornecedores de programas educacionais e parceiros nacionais de treinamento digital.

Fonte: OECD (2020).

3.3 Cidades & Inovação

A OCDE conta com um programa específico na área de cidades inteligentes e crescimento


inclusivo. A definição de cidades inteligentes varia entre países, cidades e organizações. Não há
um modelo único. A OCDE inclusive propõe uma série de critérios em diferentes categorias. No
que se refere à dimensão da inovação urbana, há cidades com as seguintes inovações:

Tecnológicas
Desenvolvimentos de novas tecnologias.

Organizacionais
Foco em mudanças positivas nas operações cotidianas da administração.

Colaborativas
Inovação por meio da cooperação com os diversos agentes que atuam nas áreas
urbanas.

Experimentais
Criação de espaços para testar inovações junto às pessoas.

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Outra forma de analisar as cidades é considerar os avanços em seis eixos temáticos, classificando
os territórios pela pontuação obtida no valor agregado da combinação das seguintes áreas:

• Economia inteligente;
• Meio ambiente inteligente;
• Governança inteligente;
• Modo de vida inteligente;
• Mobilidade inteligente;
• Pessoas inteligentes.

Portanto, a cidade inteligente não é apresentada como uma iniciativa isolada ou pontual, e sim
uma forma de desenvolver políticas que pode ser implementada em diferentes temas.

Conheça a seguir o caso de inovação da cidade portuguesa de Braga. Preste atenção aos
elementos analisados pela metodologia da OCDE para perceber em quais aspectos um município
pode atuar:

Boa prática: performance de Braga, em Portugal, em estudo de inovação de cidades da OCDE

Com menos de 200 mil habitantes, a cidade de Braga compõe o estudo da OCDE junto com a
Bloomberg Philanthropies sobre a inovação em cidades como forma de melhorar o bem-estar
dos residentes. Braga destacou-se nas áreas de governança digital e desenvolvimento econômico,
contando com uma divisão municipal de inovação.

Suas atividades de inovação destacam-se nas áreas de novas formas de engajamento com os
cidadãos e no desenvolvimento de soluções baseadas em tecnologias digitais. Incluem também
analisar dados, facilitar a mudança organizacional dentro da administração municipal e repensar
o enfoque em relação a financiamento e parcerias. Utiliza quatro habilidades inovadoras: gestão
de projetos, ciência de dados, engenharia e sociologia. Tem dados disponíveis em 9 de 15 áreas
da gestão pública municipal.

Apresenta orçamento dedicado à capacidade de inovação. Investe em desenvolvimento de


projetos e geração de novas ideias, bem como em sistemas digitais e infraestrutura física.
Desenvolve parcerias com setor privado, organizações sem fins lucrativos, moradores e
respectivas associações. Em Braga, a inovação está contribuindo para:

• Melhorar as operações internas do governo;


• Antecipar e gerenciar desafios futuros;
• Simplificar procedimentos administrativos junto a empresas e moradores;
• Gerar novas fontes de receita.

Fonte: OECD; BLOOMBERG PHILANTHROPIES.

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3.4 Agenda 2030 e os ODS

A Agenda 2030 com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foi adotada pelas
Nações Unidas em 2015, por meio de um amplo processo participativo para sua construção.
Constitui-se como agenda global até o ano de 2030 e uma oportunidade para governos
nacionais, regionais e locais unirem-se com a sociedade civil e o setor privado para a promoção
do desenvolvimento sustentável.

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Fonte: ODS.

A OCDE propõe uma linha de trabalho específica para uma abordagem territorial dos ODS, da qual
participa o Governo do Estado do Paraná. Com base nesse trabalho, propõe a implementação
de um novo paradigma de desenvolvimento regional da OCDE por meio dos ODS que permita:

• Abordar o problema da setorialidade, trazendo uma abordagem integrada;


• Integrar competitividade, equidade e dimensão ambiental para o bem-estar das pessoas;
• Aproveitar potenciais regionais subutilizados e construir com base nos pontos fortes;
• Maximizar sinergias e gerenciar compensações entres setores por meio da abordagem
integrada;
• Combinar áreas administrativas e funcionais;
• Adotar uma dimensão de longo prazo, tendo como marco 2030;
• Trazer uma abordagem baseada no local em que está inserida e em uma estrutura comum
global;
• Utilizar o quadro de indicadores dos ODS;
• Combinar os enfoques endógeno e exógeno para atrair investimentos e valorizar os ativos
locais;

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• Adotar uma ampla gama de instrumentos e tipos de investimento;
• Promover os ODS como uma estrutura-chave para a governança local e com outros níveis de
governo;
• Engajar o setor privado por meio de colaborações público-privadas para atuar nos ODS;
• Engajar a sociedade civil como um ator chave proativo para alcançar os ODS, em especial
jovens/estudantes.

Para saber mais, veja a seguir os casos selecionados nas 5 dimensões para
implementar os ODS nos territórios.

Planejamento, políticas e estratégias

- Cidade de Bonn (Alemanha): criou uma nova estratégia de sustentabilidade,


identificando alguns ODS como especialmente relevantes, tendo a promoção
do ar limpo e redução de emissões de CO2 como prioridade.
- Província de Córdoba (Argentina): adotou a Agenda 2030 para melhorar
a eficácia e impacto dos três eixos da ação governamental: justiça social,
crescimento econômico sustentável e fortalecimento institucional, priorizando
os ODS 1, 2, 3, 4, 5 e 10, relacionados à pobreza, segurança alimentar, educação,
saúde, gênero e desigualdades.

Governança entre diferentes níveis de governo

- Flandres (Bélgica): estabeleceu “espaços de transição” que formam uma rede


que conecta os níveis micro (parceiros com várias partes interessadas) ao nível
macro (o governo flamengo) para implementar os ODS por meio de cocriação.
- Paraná (Brasil): estabeleceu acordos de parceria para implementar os ODS
com 16 das 19 associações regionais e 315 municípios, os quais aderiram a
uma estratégia de capacitação municipal e podem ter acesso a financiamento
específicos.

Financiamento e orçamento

- Cidade de Bristol (Reino Unido): criou um mecanismo de financiamento


misto que fornece empréstimos e subsídios para cumprir as prioridades do
planejamento local e apoiar projetos que ajudarão a transformar a cidade e
alcançar os ODS.
- Cidade de Mannheim (Alemanha): com base na visão da Agenda 2030, adotou

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a construção de uma visão participativa da cidade por meio de 50 workshops
e sondagem de opinião junto a 10.000 cidadãos. Discute o planejamento
orçamentário com base nessa nova estratégia Mannheim 2030.

Dados e informações

- Distrito de Viken (Noruega): desenvolve estudo das tendências regionais


usando os ODS como uma estrutura abrangente. Inclui indicadores, ajuda a
priorizar ações e metas e monitorar o progresso rumo aos ODS.
- Cidade de Moscou (Rússia): está localizando os indicadores dos ODS e
definindo um conjunto de metas e indicadores mais relevantes para melhorar
a coordenação com o governo federal e comparar Moscou com outras cidades
semelhantes no mundo por meio da OCDE.

Engajamento

- Cidade de Bonn (Alemanha): promoveu a campanha “Dias dos ODS – 17 dias


para 17 objetivos”, com intuito de engajar parceiros internacionais e locais,
tornando mais visível para os cidadãos o trabalho realizado pelo governo
local e organizando eventos, como tour de bicicleta, caminhada noturna por
projetos de jardins urbanos e atividades culturais e lúdicas sobre temas da
agenda.
- Cidade de Kitakyushu (Japão): criou um Conselho dos ODS com oito
especialistas das áreas econômica, ambiental e social. Parcerias entre governo
local, sociedade civil e indústrias contribuíram na despoluição do ar e do mar.
Fonte: OCDE (2020) A territorial approach to the Sustainable Development
Goals.

Para finalizar, no vídeo a seguir você poderá conferir um panorama geral sobre a inovação no
município com a agenda da OCDE:

Assista ao vídeo sobre inovação no município com a agenda da OCDE.

Referências
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número 25, abr. 2021. Brasília: Ipea, 2021.

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Mundo, n. 25, abr. 2021. Brasília: Ipea, 2021.

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