Você está na página 1de 20

Regulação Ambiental no Setor do Petróleo

Profª Drª Ingrid Cavalcanti Feitosa


Disciplina: Legislação e Controle Ambiental
Constituição Federal
CONSTITUIÇÃO FEDERAL, no seu art. 225, dispõe sobre o reconhecimento do
direito a um meio ambiente sadio como uma extensão ao direito à vida, seja
pelo aspecto da própria existência física e saúde dos seres humanos, seja
quanto à dignidade desta existência, medida pela qualidade de vida. Este
reconhecimento impõe ao Poder Público e à coletividade a responsabilidade
pela proteção ambiental.

Art 225 §3º: As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente


sujeitarão os infratores, pessoas físicas e jurídicas, a sanções penais e
administrativas, independentemente da obrigação de reparar o dano.
Regulação Ambiental

De acordo com essa teoria o Estado deve


intervir minimamente na economia.

“Entre as abordagens econômicas que analisam o funcionamento dos mercados


e o papel das empresas, a análise neo-schumpeteriana procura demonstrar que
a capacidade de inovação das empresas é dada não somente pelas condições
tecnológicas, de produção ou de mercado, mas igualmente pelo “ambiente
econômico” onde estariam inseridas as empresas...”

SLIDE 2
Regulação Ambiental
não crêem na capacidade da regulação ambiental em
“Os autores neoclássicos
contribuir para o aumento da competitividade interna dos mercados e
acreditam que esta pode certamente acarretar aumentos de custos e a perda de
mercados. Segundo estes, não existem dados empíricos que comprovem o aumento da
competitividade e devem ser questionadas, tanto a capacidade do aparelho regulador
em estimular a mudança tecnológica necessária, como, da real capacidade dos ganhos
de produtividade compensarem os custos decorrentes das imposições determinadas
pelas regulações”.

UM EXEMPLO QUE DEU CERTO ISO 14000


EM CONSTANTE CRESCIMENTO
SLIDE 3
ISO 14000: Gestão Ambiental
BENEFÍCIOS ECONÔMICOS

Economia de Custos:

 Devido à redução de água, energia e outros insumos;


 Devido à reciclagem, venda, aproveitamento de resíduos e diminuição dos efluentes;
 Redução de multas e penalidades por poluição.

Incremento de Receitas:

 Aumento de “produtos verdes” que podem ser vendidos a preços mais altos;
 Maior participação no mercado devido a inovação dos produtos e menos concorrência;
 Linhas de novos produtos para novos mercados;
 Aumento da demanda para produtos que contribuam para a diminuição da poluição.
SLIDE 4
ISO 14000: Gestão Ambiental

BENEFÍCIOS ESTRATÉGICOS

 Melhoria da imagem institucional;

 Renovação do “portfólio“ de produtos;


 Aumento da produtividade;
 Alto comprometimento do pessoal;
 Melhoria nas relações de trabalho;
 Melhoria e criatividade para novos desafios;
 Melhores relações com órgãos governamentais, comunidade e grupos ambientalistas;
 Acesso assegurado ao mercado externo;
 Melhor adequação aos padrões ambientais.
SLIDE 5
Regulação Ambiental

“A relação entre os efeitos da regulação ambiental nas empresas e a


competitividade podem ser analisados também através do processo de inovação
tecnológica, das estratégias e dos processos decisórios dos agentes
econômicos, especialmente na adoção de mudanças organizacionais e de
processos produtivos. Isso porque, na decisão de mudanças tecnológicas, as
diferentes estratégias dos agentes econômicos individuais estão sujeitas à processos de
mudança incertos, complexos e custosos, onde a empresa tende a assumir estratégias
não necessariamente conservadoras, mas de auto-proteção, pelo menos até que a
difusão de um novo padrão tecnológico se espraie e as mudanças necessárias se
tornem uma “simples” adaptação ao sistema, ou seja, sem riscos de opções errôneas”.

SLIDE 7
Regulação Ambiental
“Ainda que a regulação ambiental não seja considerada como um fator essencial na
definição do padrão de localização das empresas transnacionais, outros autores
demonstram o quanto os setores exportadores brasileiros estariam afetados por
exigências nessa área, feitas por países mais desenvolvidos. VEIGA demonstra que
a performance das exportações brasileiras está diretamente relacionada ao uso
intensivo de recursos naturais e de energia sendo, portanto, bastante sensível às
normas e exigências de países , que vêm adotando unilateralmente padrões mais
rigorosos de controle ambiental e que aumentam os custos na utilização desses
fatores. O potencial de conflito entre países desenvolvidos e em desenvolvimento
em torno de exigências unilaterais de padronização ambiental é forte, na medida
em que estas são resultado de conjunturas e patamares específicos das economias
mais desenvolvidas e têm sido usadas para proteger os mercados destes países da
concorrência dos produtos exportados de economias menos desenvolvidas”.

SLIDE 8
Regulação Ambiental

“POSSAS demonstra que a difusão tecnológica não é um processo espontâneo


ou inerente ao mercado, mas fruto de pressões competitivas, de conquista de
novos mercados e de oportunidades de acesso aos avanços tecnológicos
disponíveis”.

É RUIM ????????????

SLIDE 9
Regulação Ambiental
“O impacto da regulação ambiental nas condições de competição nos mercados é
colocado em discussão por ambientalistas e neoschumpeterianos, quando defendem o
aumento das exigências ambientais e a equiparação das legislações da maioria dos
países àquelas mais restritivas, de forma a aumentar a competitividade e a
produtividade dos mercados. Tal posição vai chocar-se com as correntes
mais ortodoxas que defendem o livre comércio e o fim de possíveis
barreiras protecionistas, deixando a legislação doméstica de fora de
um “padrão internacional”. Para estes, dever-se-ia privilegiar instrumentos
econômicos (taxação e comercialização de licenças para poluir) que induzam a
internalização de custos, de acordo com as análises de custo-benefício, de forma a
evitar aumentos significativos destes”.

E IRIA FUNCIONAR????
IRIA SER REALMENTE VANTAJOSO???? SLIDE 10
Regulação Ambiental
A negociação com práticas de auto-regulação:
EXEMPLO DOS POSTOS DE GASOLINA

“As empresas que atuam no comércio de derivados de petróleo, reunidas em torno de uma
associação de interesses, decidiram combater política pública ambiental segundo a qual todo
posto de combustível deveria se submeter a licenciamento ambiental que envolvia
aparentemente apenas a questão de segurança no vazamento da estocagem dos
combustíveis... “

Define um código de práticas para


Após negociações do Governo com
seus associados, visando a auto-
a Associação
regulação.
Regulação Ambiental
Bem assim foi na parte Offshore ...

SLIDE 12
Regulação Ambiental

Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição do


Mar por Óleo, 1954

(OILPOL 1954)
Objetivo:

Eliminar por completo a poluição intencional e minimizar as descargas


acidentais de hidrocarbonetos no meio ambiente marinho e outras
substâncias prejudiciais foram estabelecidas regras internacionais com
significado universal.
HISTÓRICO .... Torrey Canyon, em 1967
Regulação Ambiental
Convenção Internacional relativa à Intervenção em Alto Mar em caso de
Acidentes por Óleo, 1969

(INTERVENTION, 1969)
 Atribuição de responsabilidades, pessoa física e jurídica, por ocasião de poluição no mar
de um ou mais Estados contratantes, bem como medidas preventivas tomadas para
minimizar os danos causados.

Convenção Internacional para a Prevenção de Poluição causada por Navios


(MARPOL 73/78)

 Regras para o controle da poluição por substâncias líquidas nocivas transportadas a granel.
HISTÓRICO ....
Regulação Ambiental
Convenção Internacional relativa ao Preparo, Resposta e Cooperação
em casos de Poluição por Óleo, 1990

(OPRC-90)

 As Partes se comprometem, conjunta ou individualmente, a tomar todas as


medidas adequadas para o preparo e a resposta em caso de incidente de
poluição por óleo.
Exxon Valdez, em 1989

Será que nos dias


atuais, com tanta
tecnologia ainda é
necessário ????
CONCLUSÃO ...

Você também pode gostar