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SENAI CIMATEC - BA - Apostila de Bombas
SENAI CIMATEC - BA - Apostila de Bombas
BOMBAS CENTRÍFUGAS
1
BOMBAS CENTRÍFUGAS
Salvador
2008
2
Copyright 2008 por SENAI DR BA. Todos os direitos reservados
CDD 621.8
_______________________________________________________
SENAI CIMATEC
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Salvador – Bahia – Brasil
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Tel.: (71) 3462-9500
Fax. (71) 3462-9599
http://www.cimatec.fieb.org.br
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SUMÁRIO
1. Conceituação 06
2. Classificação 11
3. Princípio de Funcionamento 13
4. Detalhes Construtivos 14
6. Noções de Lubrificação 36
9. Noções de Operação 57
10. Acionadores 63
11. Bibliografia 76
4
APRESENTAÇÃO
5
1. CONCEITUAÇÃO - BOMBAS CENTRIFUGAS
São máquinas acionadas que recebem energia mecânica de uma fonte motora
(máquina acionadora) e a transformam em energia cinética (movimento), ou energia de
pressão (força), ou ambas, e as transmitem ao líquido. O uso de bombas hidráulicas
ocorre sempre que se necessita aumentar a pressão de trabalho de um líquido, para
transportá-lo pela tubulação, de um ponto a outro da planta, obedecendo às condições
de vazão e pressão requeridas pelo processo. Existem diversos tipos diferentes de
bombas, cada uma adequada para determinada necessidade ou exigência do processo.
Caso se pretenda que o fluido escoe de um ponto de menor energia mecânica
para um de maior energia (Figura 1), ou o saldo de energia não é suficiente para o
escoamento na vazão desejada, faz-se necessário a instalação de um equipamento ao
longo do escoamento, de modo a suprir a energia mecânica adicional, e também a
energia dissipada por atrito.
As bombas centrifugas são maquinas que fornecem energia ao liquido por meio da
ação da força centrifuga afim de promover o seu escoamento.
As bombas centrifugas transformam o trabalho mecânico proveniente de fontes
externas em energia cinética e de pressão, que são cedidas ao líquido.
Seu emprego vem aumentado dia-dia devido a sua flexibilidade operacional, baixo
custo de manutenção e os mais altos progressos técnicos alcançados na sua fabricação.
A disponibilidade de energia elétrica como fator econômico e o desenvolvimento
das turbinas a vapor provocam um estudo mais acurado nas teorias hidráulicas das
bombas centrifugas visando o seu aprimoramento técnico-industrial.
E isso é notório, pois as bombas centrifugas são mais adequadas para trabalhar
com grandes vazões e pressões moderadas, entretanto atualmente já se consegue
fabricar bombas centrifugas capazes de desenvolver mais de 150 bar na pressão de
descarga.
Atualmente, as maiores bombas centrifugas em operação estão instaladas nas
estações da America Eletric Power Service Corporation, no Canadá. Suas características
são:
Vantagens e Desvantagens
Campo de Aplicação
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Termos mais Utilizados
• Altura manométrica total (AMT) - Altura total exigida pelo sistema, a qual a
bomba deverá ceder energia suficiente ao fluído para vencê-la, levam-se em
consideração os desníveis geométricos de sucção e recalque e as perdas
descarga por atrito em conexões e tubulações.
(Tubulações/Conexões e Acessórios)
Unidades mais comuns: mca, Kgf/cm², Lbs/Pol².
Onde: 1 Kgf/cm² = 10 mca = 14,22 Lbs/Pol²
• Perda de carga localizada nas conexões - Atrito exercido na parede interna das
conexões, registros, válvulas, dentre outros, quando da passagem do fluído. É
mensurada obtendo-se, através de coeficientes, um comprimento equivalente em
metros de tubulação, definido em função do diâmetro nominal e do material da
conexão.
• Golpe de aríete - Impacto sobre todo o sistema hidráulico causado pelo retorno
da água existente na tubulação de recalque, quando da parada da bomba. Este
impacto, quando não amortecido por válvula(s) de retenção, danifica tubos,
conexões e os componentes da bomba.
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• Nivel dinâmico - Distância vertical em metros, entre a borda do reservatório de
sucção e o nível (lâmina) mínimo da água, durante o bombeamento da vazão
desejada.
O NPSHdisp deve ser sempre maior que o NSPHreq (NPSHd > NPSHr)
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• Válvula de retenção - Válvula(s) de sentido único colocada(s) na tubulação de
recalque para evitar o golpe de aríete. Utilizar uma válvula de retenção a cada 20
mca de AMT.
10
2. CLASSIFICAÇÃO
c) Segundo a localização
Bomba centrifuga
• De uso geral
• De drenagem
• De irrigação
• De alimentação de cadeira
• De condensado
• De incêndio
• De processo
• Química
• Marítima, etc.
11
Segue abaixo classificação geral das bombas.
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Bombas Dinâmicas ou Turbobombas
A energia é transferida para o líquido pela rotação de um eixo onde é montado um
disco, com certo número de palhetas ou pás, chamadas de rotor ou impelidor. O que
caracteriza os diferentes tipos de turbobombas é a geometria do impelidor e suas
palhetas, o que vai influenciar a forma como a energia é transferida para o fluido e sua
direção na saída do impelidor.
A vazão bombeada depende da construção da bomba e das características do
sistema em que está operando.
3. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
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Considerando-se Z1 = Z2 e como vimos que V2 < V1, então isto implicará que P2
deve ser maior que P1 para que a igualdade da equação de Bernoulli possa existir.
4. DETALHES CONSTRUTIVOS
Secções
• Hidráulica
• Mecânica
• Vedação
• Suportação
Sistemas
• Lubrificação
• Auxiliar de vedação
• Resfriamento
• Transmissão de torque
Configuração
Agora que o leitor acabou de tomar conhecimento das peças componentes de uma
bomba centrifuga, precisa saber como elas estão arrumadas. Ou, como se diz numa
linguagem mais técnica: qual é a configuração de uma montagem das peças da bomba;
qual a sua arquitetura.
As bombas horizontais, apesar da variedade de modelo têm apenas duas
configurações:
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Rotores e Indutores
Sentido de Rotação
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Nas bombas de simples estagio com rotor de dupla sucção, é necessário muito
cuidado afim de não montar o rotor em posição invertida ou trocar as ligações do motor.
Se o rotor for montado na posição invertida (figura abaixo), haverá uma queda
brusca da vazão e uma sobrecarga no acionador.
Figura 7: Rotor na Posição Invertida com Rotação Correta e Rotor na Posição Correta com Rotação Invertida
Se o rotor for montado corretamente mais girar em sentido inverso (figura acima)
devido à troca das ligações dos pólos do motor, então o liquido vai percorrer o trecho da
carcaça em sentido contrario ao que foi projetado. Conseqüentemente, a bomba
fornecera baixa altura manométrica e vazão reduzida devido à queda acentuada de sua
eficiência.
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Tipos de Rotores
b) Quanto às paredes
Rotor de:
• Aberto
• Semi-aberto
• Fechado
Rotor de fluxo:
• Axial
• Radial
• Misto
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Indutor
O indutor é um pequeno parafuso de Arquimedes (figura abaixo) situado na parte
frontal do olhal de sucção do rotor e preso no eixo da bomba.
Ele age aspirando uma quantidade extra de líquido para dentro do rotor
melhorando significativamente as condições operacionais da bomba.
O indutor é uma opção para atender os casos em que a baixa pressão de
sucção e a alta temperatura tornam-se um problema crítico de bombeamento.
O indutor é uma peça que pode ser instalada mesmo numa bomba que
originalmente tenho sido fornecida sem ele. Não requer qualquer modificação no projeto
básico.
Resumindo:
O indutor é uma peça com finalidade melhorar as condições de sucção das
bombas centrífugas.
Carcaça
Função
A carcaça tem função de coletar o líquido que abandona o rotor, guiá-lo
adequadamente ate o bocal de saída e, durante esse trajeto, promover a transformação
de parte da energia cinética em energia de pressão.
As carcaças não fornecem energia ao líquido. São apenas conversores de
energia; isto é, reduzem a velocidade do líquido aumentando sua pressão.
No caso de bombas verticais, os fabricantes preferem chamar as carcaças de
corpos de bomba.
As carcaças são dotadas de dois bocais: de sucção (ou aspiração), no qual o
liquido é dirigido para parte central do rotor; de descarga (ou recalque), que encaminha o
líquido para fora da bomba. Em geral, o diâmetro do bocal de sucção é maior que o
diâmetro do bocal de descarga.
Ao avançar no bocal de sucção, o líquido sofre a influência da rotação do rotor e
passa a ter uma trajetória helicoidal. Isso impede que o líquido penetre radialmente no
rotor conforme é projetado. Esse fenômeno é chamado de pré-rotação.
Para reduzir o efeito da pré-rotação e assegurar um fluxo uniforme na aspiração,
os fabricantes costumam instalar uma palheta guia nos bocais de sucção com diâmetro
superior a quatro polegadas. Veja a figura abaixo.
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Figura 10: Sucção com Palheta Guia
Tipos
Quanto ao formato:
• Concêntrica
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• Voluta
• Dupla voluta
• Difusura
• Difusura-voluta
• Difusura-dupla voluta
Quanto à partição
• Partida radialmente
• Partida axialmente
Carcaça Concêntrica
A carcaça concêntrica tem formato circular com centro coincidente com o centro
do rotor. Por esta razão, alguns autores preferem chamar de carcaça circular.
A carcaça concêntrica apresenta secções iguais em quase toda periferia do rotor.
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Carcaça Voluta
Devido a sua simplicidade, baixo custo de fabricação e sua eficiência que o tipo
concêntrico, a carcaça voluta é o tipo de carcaça mais empregado em bombas
centrifugas de simples estágio.
A carcaça voluta tem a vantagem de permitir a redução do diâmetro Maximo do
rotor de até 20% sem grande perda da eficiência hidráulica.
Aqui, como na carcaça concêntrica, também ocorre aumento de pressão exercida
pelo líquido ao longo da voluta. Analogamente, essa variação de pressão atua sobre o
rotor provocando um empuxo radial resultante.
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Daí a razão de não recomendar operar bombas em condições de vazão muito
reduzida.
Carcaça Difusora
23
O difusor pode ser considerado como varias volutas de pequeno comprimento, em
volta do rotor, conforme ilustra a figura
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As Carcaças partidas axialmente são cortadas segundo um plano que passa
pela linha de centro do eixo. São empregadas na maioria das bombas horizontais com
mancais em ambos os lados. Os bocais de sucção e de descarga da bomba ficam
localizados na metade inferior da carcaça de modo que há necessidade de solta-los
quando se desejar abrir bomba. Conseqüentemente, há relativa facilidade de se tirar a
tampa superior sempre que houver necessidade de fazer uma inspeção interna.
As carcaças partidas axialmente também são chamadas de carcaças
horizontalmente bipartidas. A (figura abaixo) ilustra uma bomba com esse tipo de
carcaça.
Anéis de Desgaste
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Vários tipos de anéis de desgaste e a seleção do tipo mais apropriado para um
determinado serviço dependem do líquido bombeado, da pressão diferencial, da
velocidade circunferencial e do desempenho especifico da bomba.
Em geral, as bombas de pequeno porte e destinadas a serviços leves não vem
equipadas com anéis desgaste. As figuras acima ilustram vários tipos de anéis de
desgaste.
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5. DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO
• No sistema
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• Na bomba
• No motor elétrico
-Sobrecarga
-Temperatura alta nos mancais.
- Vibração Mecânica
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Controle Operacional de Grandezas
Há processos industriais que devem possuir condição de manter constantemente
uma determinada grandeza física ou geométrica, podendo ocorrer alteração em outras
grandezas envolvidas.
As grandezas que devem ser mantidas constantemente por um período de tempo
são chamadas de grandezas controladas ou variáveis controladas. Geralmente, são
nível, ou pressão, ou temperatura.
As grandezas que devem sofrer variações temporárias a fim de compensar os
desvios manifestados pela grandeza controlada são chamadas de grandezas
manipuladas ou variáveis manipuladas.
Resumindo: altera-se a grandeza manipulada para manter constante a grandeza
controlada.
Na pratica, a grandeza manipulada mais usada é a vazão.
Há dois recursos para se alterar a vazão de uma bomba centrifuga:
VARIÁVEL
MANIPULADA
VARIÁVEL
CONTROLADA
E-3
SENSOR
PRODUTO
VALVULA DE
V-1
CONTROLE
CONTROLADOR
P-1
I-1
E-2
ÁGUA
PONTO DE
AJUSTE
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E o que acontece com a bomba?
Ora, com a abertura do obturador, a perda de carga do sistema de água diminui;
diminuindo a perda de carga, a altura manométrica decresce e, como conseqüência, a
bomba aumentara a vazão de água (variável manipulada) para o permutador.
Passando mais água pelo permutador, a temperatura decresce até atingir o valor
selecionado no ponto de ajuste.
A (figura abaixo) esquematiza simplificadamente o controle de nível no tubulão
superior de uma caldeira, tendo como elemento final a válvula de admissão de vapor de
uma turbina.
Proteção da Bomba
31
1X rpm do rotor
1X rpm do
rotor
AXIA
L
2X rpm do
rotor
2X rpm
1X rpm
RADIAL
3X rpm
32
1X rpm
2X rpm
AXIAL
3X rpm
1X rpm
BASE METÁLICA
PÉ
RADIAL
BASE DE CONCRETO
Figura 27: Folgas Mecânicas por Falta de Rigidez
Folgas mecânicas por falta de rigidez são causadas por folgas estruturais,
fragilidade dos pés da máquina, torção da base metálica ou problemas estruturais da
base de concreto.
2X
RADIAL
0,5X
1X1,5X 3X 4X 5X 6X 7X 8X
2,5X
33
BPF = Blade Pass
Freqüente
Frequência de passagem
das pás
Vibração randônica
de alta frequência
BPF
1x
2X
34
Figura 31 : esquema típico de Monitoramento de temperatura e Vibração ON-LINE
35
6. NOÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO
36
Abaixo esquema típico de lubrificação de mancais de deslizamento.
BOMBA
Figura 34: Esquema Típico de Lubrificação Pressurizada para Equipamentos de Pequeno Porte
37
Distribuição da pressão do óleo
A distribuição do óleo num mancal não é uniforme. Existe uma área de mínima
pressão e outra área na qual a pressão é máxima.
A pressão hidrodinâmica criada na cunha de óleo levanta e desloca o eixo no
sentido da rotação devido o aparecimento da força hidráulica proveniente da ação de
bombeamento que ocorre durante a formação e manutenção de cunha de óleo.
Chanfros e ranhuras
A distribuição do óleo pelo eixo pode ser facilitada com o emprego de chanfros e
ranhuras corretamente localizados.
O chanfro nas arestas de mancais bipartidos constitui um deposito de óleo a fim
de facilitar a formação da cunha de óleo e sua introdução entre as superfícies em
movimento.
A finalidade das ranhuras ou canaletas nos mancais é facilitar a rápida distribuição
e sua posterior introdução na área de máxima pressão. A eficiência com que a ranhura
desempenha esta função depende de sua localização e forma. Ela é contraproducente
se, por engano, for colocada na área de maior pressão.
Os mancais bipartidos de bombas centrífugas geralmente são dotados de duas
ranhuras: uma, de distribuição de óleo, localizada na parte superior do mancal; e a outra
ranhura auxiliar, localizada pouco antes do inicio da área de maior pressão par assegurar
a presença de volume abundante de óleo nessa parte vital do mancal.
Todas essas ranhuras não devem atingir as extremidades do mancal para evitar
vazamento, assim como é desaconselhável seu formato em ângulo ou curva. Devem ter
suas arestas bem arredondas a fim de não rasparem o óleo que cobre o munhão.
Escolha do lubrificante
A lubrificação satisfatória dos mancais depende da formação e manutenção da
película do óleo entre as superfícies munhão/mancal.
A principal característica do óleo que influencia na manutenção dessa película é a
viscosidade.
Os óleos mais recomendados para essa finalidade devem ter: (1) alta estabilidade
química; (2) alta resistência a ruptura da película lubrificante; (3) capacidade de separar-
se rapidamente da água; (4) boa resistência a oxidação; etc.
Raramente os mancais de deslizamentos de bombas centrífugas horizontais são
lubrificados à graxa.
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Freqüência periódica de lubrificação
No rolamento o lubrificante atua para: (1) reduzir o atrito; (2) dissipar o calor
gerado; (3) proteger as superfícies contra corrosão e (4) formar um selo protetor contra a
entrada de materiais estranhos.
Os rolamentos podem ser lubrificados a óleo ou à graxa. O projeto básico da caixa
de mancal constitui um fator decisivo para a escolha de óleo ou graxa.
A pratica tem provado que a lubrificação a óleo é mais eficiente, entretanto nem
sempre é possível. A graxa á mais adequada para ambientes com muita poeira, gases
corrosivos, ou locais de difícil acesso.
Métodos de aplicação
a) Um gerador de neblina;
b) Um filtro para secar o ar;
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c) a válvula reguladora de vazão de ar;
d) Uma rede tubular de distribuição de neblina;
e) Um reclassificador para cada ponto de lubrificação; o reclassificador é uma
conexão especial que funciona como orifício de restrição;
f) Um vaso de coletor de óleo usado (coletor ecológico)
O método mais usado para aplicação da graxa nos rolamentos de bombas é com uma
“pistola” conectada a um pino graxeiro projetado para receber graxa da pistola.
Renovação do lubrificante
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7. PROCEDIMENTOS DE DESMONTAGEM, INSPEÇÃO, MONTAGEM E TESTES
DESMONTAGEM /MONTAGEM/INSPEÇÃO
O que faz um Rolls Royce diferente de um Chevrolet? Cada um destes carros tem
um motor, quatro rodas, um volante, assentos, uma carroceria, etc. A diferença está no
trabalho adicional que é feito na fabricação do Rolls Royce e as especificações mais
apertadas para as quais é construído. Por exemplo, os pistões em um Rolls Royce são
equalizados em peso. Isto faz com que o motor tenha um funcionamento mais suave,
uma vida mais longa e menos manutenção.
A mesma pergunta pode ser aplicada entre bombas ANSI e API 610. Ambas
possuem uma carcaça, um eixo, um selo mecânico, um impelidor, um acionador, etc.
Mas, por que um usuário alcança um TMEF de seis meses e o outro 8 anos? Qual é a
diferença entre uma máquina boa e uma máquina excelente? A resposta para estas
perguntas é simples: um pequeno trabalho adicional e um cuidado especial faz a
diferença.
Dê uma olhada neste check-list. Se todos estes pontos forem seguidos, você terá
uma grande chance de ter uma excelente máquina.
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uma rodada adicional da balanceadora. Lembre-se disso: 40% de todos os problemas de
vibração são causados por desbalanceamento.
4) “Grautear” a base com uma argamassa que não perca dimensões (não “encolha”),
tomando o cuidado de que todos os espaços vazios sejam preenchidos. O “grout” não só
é importante para apoiar a bomba, mas também para absorver as vibrações.
7) Operar a bomba o mais perto possível do BEP (Best Efficiency Point - Melhor Ponto de
Eficiência). Operando muito longe do BEP, temos cargas elevadas nos mancais e
também uma possível cavitação destrutiva.
10) Ajustar o flushing e quench dos selos nas vazões e pressões ótimas. Se as vazões e
pressões são muito altas, os danos à máquina podem ser tão grandes quanto se as
vazões e pressões forem muito baixas. Isto também pode aumentar a perda de energia.
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11) Acoplamentos não-lubrificados devem ser usados sempre que possível. Isto elimina
problemas com lubrificação. Se o acoplamento é lubrificado, use somente graxas
fabricadas especificamente para acoplamentos. Graxa é simplesmente óleo em
suspensão em uma matriz, um espessante conhecido como “sabão”. Graxas de uso
geral (“general purpose”) têm sabão mais pesado que o óleo. Quando sujeito às forças
centrífugas nas altas rotações dos acoplamentos, o sabão é centrifugado para as partes
exteriores do acoplamento. Porém esta é exatamente a área onde o óleo é necessário.
Acoplamentos que são lubrificados com graxas “general purpose” devem ser re-
lubrificados a cada três meses. Graxas especiais para acoplamentos podem se manter
eficientes por até três anos em testes de campo, mas uma substituição anual é
recomendada. Elas têm capacidades para cargas altas, são resistentes a água, podem
ser usadas até 180 oC e ficam estáveis em aplicações de alta velocidade.
12) Usar os lubrificantes adequados nas quantidades adequadas. Coloque uma plaqueta
com o nome e tipo do lubrificante indicado no ponto de abastecimento ou próximo da
máquina. Você pode padronizar em um número reduzido os tipos de lubrificante para
reduzir custos. Mas, se o lubrificante adequado não for usado, esta aparente redução de
custos pode resultar em um TMEF mais baixo. Embora esta otimização de estoque
possa parecer muito adequada, pode não ser a melhor opção no que diz respeito a
lubrificantes. Mais máquinas falham por excesso de lubrificação do que por falta de
lubrificação. O atrito líquido contribui significativamente para aumentar a temperatura dos
mancais e assim, suas falhas.
13) Remover a água de resfriamento dos mancais sempre que possível. Água de
resfriamento pode causar falha prematura facilmente. Em uma bomba que movimenta
fluidos a uma temperatura alta, o calor daquele líquido é transferido ao eixo. O eixo se
dilata, fazendo com que as folgas dos rolamentos sejam reduzidas já que a pista interna
do rolamento cresce. Esta situação piora mais já que a pista externa do rolamento
diminuiu de diâmetro pelo efeito da água de resfriamento. Folgas insuficientes aumentam
a temperatura do rolamento e causam uma grande redução na sua vida.
15) Usar lubrificação por névoa de óleo sempre que possível. Usuários de lubrificação
por névoa (oil mist) relatam até 90% de redução de falhas em rolamentos após a
instalação do sistema. Um usuário no Texas-USA relatou redução de 98%. Usuários
também relatam uma redução de 30% das falhas de selos, já que elas estão intimamente
ligadas ao funcionamento dos mancais e suas folgas. Adicionalmente há uma redução do
consumo de energia de 2 a 3% em função da redução do atrito líquido. Alguns usuários
relataram um redução de 10 oC da temperatura dos mancais. Uma refinaria relatou a
redução de 32 oC na temperatura dos mancais da bomba de carga de petróleo. Reduzir
a temperatura contribui para aumentar a vida do rolamento. Provavelmente a maior razão
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para o fenômeno de sucesso do oil mist é que aparentemente não há transporte de
partículas de sujeira para o rolamento. As partículas de sujeira estariam em suspensão
nas gotas de 1 a 3 micra.
TESTES
• Quanto ao local
• Quanto à rotação
• Quanto ao líquido
- Igual ao de operação
- Líquido diferente do de operação – é muito comum os testes serem realizados com
água; este fato, entretanto, não constitui um empecilho, pois as curvas características
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são também normalmente fornecidas para operação com água; mesmo que fosse
diferente e fazer as devidas correções.
• Quanto ao acompanhamento
• Quanto à finalidade
Teste hidrostático
- Cada carcaça deve ser testada com água à temperatura ambiente (mínimo de 15,6 °C
(60°F) pra carcaças de aço carbono);
- A pressão de testes para bombas partidas radialmente ou axialmente e de qualquer
material deve ser no mínimo uma vez e meia a máxima pressão de operação permissível
na carcaça;
- Bombas de carcaça em dupla voluta, multi-estágio ou de projetos especiais podem,
com aprovação do comprador, ser testadas por parte;
- Equipamentos auxiliares expostos ao fluído bombeado devem ser testados a uma vez e
meia a máxima pressão de operação (mínimo de 10,3 bar (150 pig);
- Passagem de resfriamento, jaquetas de mancais, caixa de selagem, resfriadores de
óleo e outros auxiliares devem ser testados a 7,9 bar (115 psig);
- o teste hidrostático deve ter duração mínima de trinta minutos e é considerado
satisfatório se não houver vazamento.
Teste de desempenho
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- Procedimento antes do teste
• Inspeção – cuidadosa inspeção deve ser feita antes do teste no que concerne aos
seguintes itens:
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• Testes preliminares – quando possível, é desejável a realização de um ou mais
testes preliminares com propósito de adequação dos instrumentos e treinamento
do pessoal.
• Calibragem dos instrumentos – todos os instrumentos devem estar aferidos por
apropriada calibragem antes do início do teste.
• Efetuar o cálculo para levantamento das curvas características a partir dos valores
medidos durante o teste;
• Comparar as curvas obtidas no teste com as curvas prometidas e decidir sobre a
aceitação do equipamento.
Vs = 4Q /
Vd= 4Q /
= + +
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Onde: y = peso especifico
g = aceleração da gravidade
= altura estática do flange de sucção em relação à linha do centro da
bomba.
hd = + + ,
H= -
= ,
Onde Pot. cedida e Pot.absorvida devem ser expressas nas mesmas unidades.
Portanto, de posses de seis valores de vazão (medidos durante o teste) e os
correspondentes valores de H, Pot. e (calculados) podemos traçar as curvas
características. Notar que se a rotação de teste for diferente da de operação, as
curvas precisam ser corrigidas.
Teste de cavitação
NPS = - hfs +
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Teste em Modelo
= x
/Q=(
Onde n é um fator prático que varia de n = 0 até n = 0,26, dependendo da relativa
rugosidade do modelo e do protótipo.
Teste de escorva
Limites de vibração
Os limites aceitáveis de vibração para uma bomba nova, padrão API-610, durante
teste na fabrica, deve obedecer aos seguintes critérios.
Limites de Ruído
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8. ANÁLISE DE DEFEITOS E FALHAS FUNCIONAIS RELACIONADAS AOS COMPONENTES
- aquecimento de bomba;
- aquecimento nos mancais;
- desgaste rápido dos mancais;
- vazamento pela caixa de vedação;
- vibração
- ruído estranho.
Vazão Nula
Problemas na bomba
Vazão Insuficiente
Problemas na bomba
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Baixa Pressão de Descarga
Os principais diagnósticos causadores de baixa pressão de descarga são:
Problemas na bomba
Na tubulação de sucção
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Consumo demasiado de energia
Vibração elevada
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Aquecimento e grimpamento
Vazamento excessivo
Há dois casos a considerar. Se o sistema de vedação for com gaxetas, tal vazamento
pode ser conseqüência de:
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Desgaste rápido do selo
Ruído estranho
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9. NOÇÕES DE OPERAÇÃO
A seqüência das etapas de partida das bombas centrifugas varia com o tipo de
bomba e conforme o serviço para qual ela está instalada. Muitas vezes, peculiares de
uma instalação exigem manobras que são desnecessárias em outras.
De uma maneira geral, podem-se agrupar as verificações e manobras para partir
uma bomba centrifuga em sete etapas:
- Inspeção inicial;
- Manobras preparatórias;
- Alinhamento dos sistemas auxiliares
- Preparo do acionador para partida;
- Escorva da bomba;
- Partida do acionador;
- Manobras e ajustes finais.
b) Condições de segurança:
Equipamentos de combate a incêndios disponíveis e em perfeitas
condições de uso;
O sistema de água de combate a incêndio deve estar pressurizado e as
mangueiras conectadas aos hidrantes;
Os chuveiros e lava-olhos devem estar em perfeitas condições de uso;
Viseiras luvas máscaras contra gases devem estar disponíveis em locais
de fácil acesso;
O sistema de comunicação – radio transceptor – deve estar operando
normalmente;
Investigar com o “explosímetro” a presença de gases tóxicos ou
inflamáveis;
Equipamentos de proteção individual (EPI) em uso (capacete, luvas de
vaqueta, bota, óculos e protetor auricular);
Protetor do acoplamento instalado;
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c) O nível de óleo lubrificante nos copos niveladores ou no reservatório
centralizados; completar se necessário;
d) O nível do líquido de barreira para o selo mecânico; completar se necessário;
e) Se há líquido suficiente para ser bombeado no reservatório de sucção;
f) Se os instrumentos estão aferidos;
g) Toda vez que for reparado o motor ou sistema elétrico, verificar se o sentido da
rotação do motor está coincidindo com o da bomba.
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Uma aplicação pratica de que o leitor aprendeu pode ser verificada na (figura
abaixo), que mostra os passos de uma partida de motor-bomba.
Observação: Em plantas indústrias, existem bombas que são reservas de bombas
importantes para o processo e são projetadas para entrarem automaticamente em
operação se ocorrer queda brusca de pressão de descarga da titular. Nesses casos
particulares, deve-se deixar a bomba reserva em condições de entrar em operação em
qualquer momento: escorvada, drenos fechados, válvulas de sucção e descarga abertas
e sistemas auxiliares funcionando. Se for bomba quente deve ficar aquecida.
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Parada
O procedimento para uma bomba centrifuga também é função do tipo da bomba e
das condições operacionais. Geralmente deve-se parar a bomba rapidamente a fim de
evitar que as partes internas girem a seco e “tranquem” a bomba.
A seqüência normal é a seguinte, embora vários passos possam ser
desnecessários, dependendo do caso:
a) Abrir a válvula da derivação de recirculação, se houver;
b) Fechar a válvula da linha descarga;
c) Parar o acionador, obedecendo as instruções dos fabricantes;
d) Fechar a válvula de alimentação de água de resfriamento;
e) Fechar o sistema de líquido de selagem;
f) Fechar a válvula da linha de sucção;
g) Parar a bomba de óleo lubrificante se houver;
h) Abrir as válvulas de dreno se houver necessidade.
Operação
Verificações periódicas
Durante o período que a bomba estiver em funcionamento, verificar
periodicamente:
a) As pressões de sucção de descarga
b) A pressão do óleo dos mancais, se a lubrificação for forçada;
c) A temperatura dos mancais, não deve exceder 65°C ;
d) O nível de óleo no reservatório;
e) O gotejamento de líquido pela gaxeta; não deve exceder 60 gotas por minuto;
f) Aparecimento de ruído estranho; analisar e parar a bomba se necessário.
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Efeito provocado na
Tipo de atuação Pressão de Vazão Observações
descarga
Aumento da
velocidade Aumenta Aumenta
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b) Aumento do empuxo radial no rotor se a carcaça do for do tipo voluta (figura
abaixo); conseqüentemente, a deflexão do eixo aumentará afetando o
desempenho do selo mecânico ou das gaxetas e sobrecarregando os mancais;
nas carcaças tipo dupla-voluta, o empuxo radial varia pouco com a redução da
vazão, conforme mostra a (figura abaixo).
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d) Perda da eficiência se a vazão ultrapassar o ponto de melhor eficiência – PME –
(figura abaixo)
10. ACIONADORES
Turbinas a Vapor
Turbina a Vapor é a Máquina Térmica que utiliza a energia do vapor sob forma de
energia cinética. Deve transformar em energia mecânica a energia contida no vapor sob
a forma de energia térmica e de pressão.
A turbina é um motor rotativo que converte em energia mecânica a energia de uma
corrente de água, vapor d'água ou gás. O elemento básico da turbina é a roda ou rotor,
que conta com paletas, hélices, lâminas ou cubos colocados ao redor de sua
circunferência, de forma que o fluido em movimento produza uma força tangencial que
impulsiona a roda, fazendo-a girar.
Essa energia mecânica é transferida através de um eixo para movimentar uma
máquina, um compressor, um gerador elétrico ou uma hélice. As turbinas se classificam
como hidráulicas ou de água, a vapor ou de combustão. Atualmente, a maior parte da
energia elétrica mundial é produzida com o uso de geradores movidos por turbinas.
A turbina a vapor é atualmente o mais usado entre os diversos tipos de
acionadores primários existentes. Uma série de favorável de características concorreu
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para que a turbina a vapor se destacasse na competição com outros acionadores
primários, como a turbina hidráulica, o motor de combustão interna, a turbina a gás.
Componentes Básicos
Expansor
Palhetas
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Figura 37: Tipos de Palhetas
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Tipos e Aplicações
Energia Calorífica
Energia Mecânica
Energia Elétrica
Exemplos
Ciclo Aberto de Vapor
Reaquecimento
Regeneração em Sistema de Mesclagem
Regeneração com Sistema Aberto e Fechado de Mesclagem
Uso de Condensado nos Estágios da Turbina
Ciclo Combinado – Gás/Vapor
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Figura 41: Turbina Simples estágio em Corte
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Motores Elétricos
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Em resumo, o magnetismo de ímãs em movimento gera corrente elétrica em
circuitos fechados ou bobinas de condutores. Também ocorre o efeito contrário: corrente
elétrica num condutor gera magnetismo ao seu redor, formando um campo magnético.
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Estator
Carcaça (1) - é a estrutura suporte do conjunto; de construção robusta em ferro
fundido, aço ou alumínio injetado, resistente à corrosão e com aletas.
Núcleo de chapas (2) - as chapas são de aço magnético, tratadas termicamente
para reduzir ao mínimo as perdas no ferro.
Enrolamento trifásico (8) - três conjuntos iguais de bobinas, uma para cada fase,
formando um sistema trifásico ligado à rede trifásica de alimentação.
Rotor
Eixo (7) - transmite a potência mecânica desenvolvida pelo motor. É tratado
termicamente para evitar problemas como empenamento e fadiga.
Núcleo de chapas (3) - as chapas possuem as mesmas características das chapas
do estator.
Barras e anéis de curto-circuito (12) - são de alumínio injetado sob pressão numa
única peça.
Motor síncrono: Funciona com velocidade fixa; utilizado somente para grandes
potências (devido ao seu alto custo em tamanhos menores) ou quando se
necessita de velocidade invariável.
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Conceitos Básicos – Motores Elétricos
Conjugado
W=F.d(N.m)
Obs.: 1Nm = 1J = W . t
P1 = 490: 2 = 245W
P = U. I (W)
U2 Onde:
P = —— (W) U = tensão em volt
R I = corrente ampère
R = resistência em ohm
ou P = potência média em Watt
P= R.I² (W)
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Circuitos de Corrente Alternada
a) Resistência
No caso de “resistências”, quanto maior a tensão da rede, maior será a corrente e
mais depressa a resistência irá se aquecer. Isto quer dizer que a potência elétrica será
maior. A potência elétrica absorvida da rede, no caso da resistência, é calculada
multiplicando-se a tensão da rede pela corrente, se a resistência (carga), for monofásica.
P = Uf. If (W)
P = 3Pf = 3. Uf. If
Ligação triângulo: U = Uf e I = √3 . If
P = √3. U. I (W)
Obs:
Esta expressão vale para a carga formada por resistências, onde não há
defasagem da corrente.
b) Cargas reativas
Para as “cargas reativas”, ou seja, onde existe defasagem, como é o caso dos motores
de indução, esta defasagem tem que ser levada em conta e a expressão fica:
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Potências Aparente, Ativa e Reativa
Potência aparente ( S )
É o resultado da multiplicação da tensão pela corrente ( S = U . I para sistemas
monofásicos e S = √ 3 . U. I, (para sistemas trifásicos). Corresponde à potência que
existiria se não houvesse defasagem da corrente, ou seja, se a carga fosse formada por
resistências. Então,
P
S= ( VA )
Cos µ
Potência ativa ( P )
É a parcela da potência aparente que realiza trabalho, ou seja, que é transformada
em energia.
P = √ 3 . U. I. cos µ ( W ) ou P = S .cos µ ( W )
Potência reativa ( Q )
É a parcela da potência aparente que “não” realiza trabalho. Apenas é transferida
e armazenada nos elementos passivos (capacitores e indutores) do circuito.
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Fator de Potência
Fator de Serviço
O fator de serviço representa uma reserva de potência que o motor possui e que
pode ser usada em regime contínuo (este tipo de regime é também chamado de regime
S1, de acordo com a norma). A potência que pode ser obtida do motor é assim a
potência nominal (indicada na placa) multiplicada pelo fator de serviço. Um motor de
potência de 5 kW e com fator de serviço de 1.1 pode trabalhar continuamente com 5 x
1,1 = 5,5 kW em regime contínuo. Um fator de serviço de 1.0 significa que o motor não
possui reserva de potência.
O fator de serviço não deve ser confundido com a sobrecarga momentânea do
motor, a qual vale por curtos períodos de tempo. Uma indicação típica de sobrecarga é:
60% da potência nominal por 15 segundos. Mesmo motores com fator de serviço 1.0
possuem uma determinada capacidade de sobrecarga por tempo limitado.
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11. BIBLIOGRAFIA
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