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INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, IP

DELEGAÇÃO REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJO


CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DA AMADORA

Ação 23__TSJ08_NSPRO
Modalidade EFA-NS-PRO
UFCD n.º 10342
Conteúdo Contéudo da UFCD 10342

Tema Registo Civil

Ficha de Nome do/a formando/a: Larissa Barros


recuperação
Nome do Mariana de Sousa
Formador/a

Elabore um pequeno texto refletivo tendo em atenção os seguintes conteúdos


programáticos:

 Registo Civil - noção, valor e órgãos


Dá-se o nome de registo civil à instituição estatal que proporciona a constância de
diversos acontecimentos e acções vinculados com o estado civil dos indivíduos. Os
casamentos, os nascimentos, as mortes, as emancipações e mesmo os nomes e os
apelidos dos seres humanos são registados por estas entidades que, de uma forma
geral, se encarregam de gerir diversos documentos pessoais. É uma instituição de
grande importância para a cidadania já que, através dos seus actos e dos documentos
que emite, é possível exercer uma enorme quantidade de direitos. Mas também é claro
que a presença do registo civil e a sua actuação oferecem benefícios tanto para o Estado
como para os cidadãos, já que um maior e mais fiável controlo só pode ser negativo
para aqueles que desejam evadir as suas obrigações.

Órgãos

De acordo com o artigo 8º do Código do Registo Civil, os órgãos privativos do registo civil
são as conservatórias do registo civil e a Conservatória dos Registos Centrais. Mas, no
artigo 9º, vêm previstos órgãos especiais para situações excecionais e assim poderem
desempenhar funções de registo civil, como sejam: os agentes diplomáticos e consulares
portugueses em país estrangeiro; os comissários de marinha dos navios do Estado, os
capitães, mestres ou patrões nas embarcações particulares portuguesas e os
comandantes das aeronaves nacionais; as entidades designadas nos regulamentos
militares; quaisquer indivíduos nos casos especialmente previstos na lei.

 Atos de registo: atos de registos em geral e atos de registo em


especial
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Formador: Mariana de Sousa
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Os atos de registo são procedimentos legais destinados a registrar eventos ou


transações importantes para garantir sua validade, autenticidade e disponibilidade
futura. Esses atos podem ser divididos em duas categorias: atos de registo em geral e
atos de registo em especial. Esta distinção decorre da lei do registo e pode-se dizer que
serão actos de registo em geral todos os actos de registo que o código do registo civil
não considere como especiais.

Atos de registo especial; artº 96º a 210º CRC

Nascimento: O registo de nascimento é um ato fundamental que documenta o


nascimento de um indivíduo, estabelecendo sua identidade legal. Geralmente, envolve o
registo de dados como nome, data de nascimento e informações dos pais.

Casamento: O registo de casamento documenta a união legal de um casal. Isso é


importante para estabelecer direitos legais e responsabilidades conjuntas.

Óbito: O registo de óbito documenta a morte de uma pessoa, fornecendo informações


sobre a causa da morte, local e data. Isso é crucial para questões de herança e
inventário.

Atos de registo civil em geral no registo civil Português: artº 39º a 95º CRC

A– Partes e outros intervenientes

As pessoas a quem o registo respeita ou de cujo consentimento dependa a sua eficácia e


o declarante são as partes no registo – artº 39º CRC

Os declarantes devem ser identificados, no registo (artº 40º, nº 1 CRC):

-nome completo; e

-residência habitual.

Para se ser declarante de um facto sujeito a registo é preciso ter capacidade jurídica, por
isso, os menores não podem ser declarantes, exceto nas seguintes situações:

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- maiores de 14 anos nas inscrições tardias de nascimento, nº 1 do artº 99º;

- a mãe, seja qual for a sua idade - artº 1796º CC - “relativamente à mãe, a filiação
resulta do nascimento”;

- o pai, se tiver mais de 16 anos - artº 1850º CC

B– Procuradores

REGRA: se num ato a parte pode não estar presente pode fazer-se representar por
procurador.

Forma a que deve obedecer a procuração (nº 2 do artº 43º CRC):

suficiente documento assinado pelo representado, com reconhecimento presencial da


assinatura; ou

documento autenticado ou instrumento público.

EXCEÇÃO: se a procuração for passada a Advogado ou Solicitador, é suficiente


documento assinado pela pessoa que se faz representar – artº 43º, nº 3 CRC

C– Testemunhas

A lei, umas vezes permite, outras exige, a intervenção de testemunhas - artºs. 45º e 46º
CRC.

Em qualquer espécie de assento, pode ser exigida a intervenção de duas testemunhas, se


se suscitarem dúvidas acerca de (nº2 artº45º CRC):

-veracidade das declarações;

-identidade das partes

É facultativa a intervenção de testemunhas:

-no caso do casamento, em cujo assento os nubentes fazem intervir os “padrinhos”;


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-no do nascimento, em cujo assento os pais fazem questão de fazer intervir testemunhas
a quem dão a natureza de “padrinhos” da criança.

D- Documentos para instrução do ato:

Na instrução de atos e processos as conservatórias devem:

- consultar as bases de dados dos registos, nos termos do artº 48º, nºs 1 e 2 do CRC;

-conservatória pode solicitar a outros organismos da administração pública certidões de


documentos, preferencialmente por via eletrónica – artº 4º, nº 4, e caso haja despesas
inerentes, o utente pagará (antecipadamente)– nº 5 do artº 48º CRC.

Cada tipo de ato de registro serve a finalidades específicas e é gerenciado por diferentes
órgãos governamentais ou entidades especializadas. Esses registos são essenciais para
garantir a transparência, a segurança jurídica e a proteção dos direitos tanto de
indivíduos quanto de organizações.

 Publicidade e prova dos factos sujeitos a registo


Um dos princípios fundamentais dos registos é a sua acessibilidade ao público. Os
registos públicos, como os de propriedade, empresas ou casamentos, estão disponíveis
para consulta por qualquer pessoa interessada.

Documentação Legal: A existência de registos fornece documentação legal de eventos,


transações e direitos legais. Esses documentos são frequentemente utilizados como
prova em tribunal.

Validade de Transações: Os registos de transações, como escrituras de propriedade ou


contratos de casamento, são usados para provar a validade de tais transações em
questões legais.

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Presunção de Veracidade: Em muitos casos, os registos públicos são considerados


presumivelmente verdadeiros, o que significa que as informações neles contidas são
consideradas precisas até que se prove o contrário.

Resolução de Disputas: Os registos são frequentemente usados na resolução de


disputas legais. Eles podem ajudar a determinar a propriedade, a validade de um
contrato ou a linha do tempo de eventos relevantes.

Segurança Jurídica: A prova dos factos sujeitos a registo contribui para a segurança
jurídica, garantindo que os direitos e obrigações das partes envolvidas em eventos ou
transações sejam respeitados.

A publicidade e a prova dos factos sujeitos a registo são cruciais para manter a ordem
jurídica e a transparência nas sociedades. Os registos públicos fornecem uma base sólida
para a aplicação da lei, a resolução de disputas e a proteção dos direitos dos indivíduos
e das entidades.

 Nacionalidade Portuguesa: atribuição, aquisição e perda.

Lei n.º 37/81, de 03 de outubro de 23

A nacionalidade portuguesa é regida por leis que determinam a atribuição, aquisição e


perda dessa condição. Estes processos desempenham um papel crucial na determinação
da cidadania de um indivíduo em Portugal.

Atribuição

Nascimento em Portugal: Aqueles que nascem em solo português são automaticamente


considerados cidadãos portugueses, desde que pelo menos um dos pais também tenha
nascido em Portugal ou resida legalmente no país.

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Nascimento no Estrangeiro: Se uma criança nasce no estrangeiro, mas um dos pais é


cidadão português, a criança pode ter direito à nacionalidade portuguesa.

Adoção por Cidadãos Portugueses: Se uma criança é adotada por cidadãos portugueses,
ela pode adquirir a nacionalidade portuguesa.

Casamento com Cidadão Português: O cônjuge de um cidadão português pode solicitar a


atribuição da nacionalidade portuguesa após um período de casamento ou união estável.

Aquisição

Naturalização: Estrangeiros que residem legalmente em Portugal por um período de


tempo específico podem solicitar a naturalização e, assim, adquirir a nacionalidade
portuguesa. Essa solicitação normalmente requer a aprovação das autoridades
portuguesas.

Filhos de Estrangeiros Naturalizados: Os filhos menores de estrangeiros que adquirem a


nacionalidade portuguesa por naturalização podem adquiri-la automaticamente.

Exceções por Ligação Efetiva: Em casos excecionais, estrangeiros que possuem uma
ligação efetiva com Portugal, como laços familiares, podem adquirir a nacionalidade
portuguesa por meio de um procedimento especial.

Perda

Renúncia Voluntária: A renúncia à nacionalidade portuguesa é possível, mas deve ser


feita de forma voluntária e formalizada perante as autoridades competentes.

Aquisição de Outra Nacionalidade: Se um cidadão português adquirir outra


nacionalidade e não cumprir certos requisitos, pode perder a nacionalidade portuguesa.
Embora Portugal permita a dupla nacionalidade em muitos casos, existem exceções.

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Condenações Criminais Graves: Condenações criminais graves podem resultar na perda


da nacionalidade portuguesa.

Serviço em Forças Armadas Estrangeiras: Prestar serviço nas forças armadas de um país
estrangeiro sem autorização pode resultar na perda da nacionalidade portuguesa.

Em resumo, a nacionalidade portuguesa é um direito e um dever legal que pode ser


atribuído desde o nascimento, adquirido por estrangeiros que atendem a certos
requisitos ou perdido em circunstâncias específicas. Esses processos são regidos por
legislação específica e estão sujeitos a critérios e procedimentos estabelecidos pelas
autoridades portuguesas.

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