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Biologia VI

Turma: Edificações 2021

11/10/2023

Professor: Antônio Marco


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EVOLUÇÃO HUMANA

Alunos: Carla Graziele, Edielson Mesquita, Emelly Araujo, Guilherme Sousa e Miguel Silva
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SUMÁRIO

● Evolução humana………………………………3
● Sahelanthropus Tchadensis………….4
● Ardipithecus Ramidus…………….…..6
● Australopithecus afarensis……….….8
● Paranthropus Robustus………….…..10
● Homo Ergaster…………………….……11
● Homo Rudolfensis………………….….16
● Homo Habilis……………………………20
● Homo Erectus…………………….…….23
● Homo Sapiens…………………….……24
● Observação: Neardentais……….……26
● Álbum de fotos…………………………27
● Fontes bibliográficas………………….28
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"A evolução humana é o processo pelo qual os seres humanos se desenvolveram ao


longo de milhões de anos. Acredita-se que nossa espécie, Homo sapiens, tenha
evoluído a partir de ancestrais primatas em um processo que envolveu mudanças
anatômicas, cognitivas e culturais. Alguns marcos importantes incluem o
desenvolvimento do bipedalismo, o aumento do tamanho do cérebro e o uso de
ferramentas. A evolução humana é um campo de estudo fascinante que envolve a
paleontologia, a genética e a antropologia para entender como chegamos a ser o que
somos hoje".
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Sahelanthropus Tchadensis
1. Datação: O Sahelanthropus tchadensis viveu
aproximadamente entre 7 a 6 milhões de anos
atrás, no período do Mioceno Tardio.
2. Descoberta: Fósseis desse hominídeo foram
descobertos em 2001, na região de
Toros-Mennella, no Chade, África Central, por
uma equipe de cientistas liderada pelo
paleontólogo Michel Brunet.
3. Características Anatômicas: As principais
características distintivas incluem uma face
anterior achatada, sugerindo uma projeção facial
menos pronunciada do que a dos chimpanzés.
Os dentes apresentam características que
indicam uma dieta adaptada para uma
alimentação mista, combinando alimentos
vegetais e animais.
4. Importância Evolutiva: Devido às suas características anatômicas únicas, o
Sahelanthropus tchadensis é considerado uma espécie que pode estar relacionada à
linhagem humana. No entanto, sua posição exata na árvore genealógica dos
hominídeos ainda é objeto de debate entre os cientistas.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE Sahelanthropus Tchadensis:


O Sahelanthropus tchadensis é uma figura enigmática na história da paleoantropologia.
Descoberto no início do século XXI, este hominídeo extinto desempenha um papel
fundamental na busca por respostas sobre as origens da humanidade. Localizado no
deserto do Chade, na África Central, sua descoberta oferece vislumbres intrigantes
sobre nossos antigos parentes e a história evolutiva que compartilhamos com eles.
Este texto explora em detalhes o Sahelanthropus tchadensis, suas características
distintas, importância evolutiva e o mistério que ainda envolve essa espécie.
O Sahelanthropus tchadensis é datado de aproximadamente 7 a 6 milhões de anos
atrás, uma época em que a África Central era um ambiente muito diferente do que é
hoje. A descoberta destes fósseis foi feita em 2001 por uma equipe de cientistas
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liderada pelo paleontólogo Michel Brunet, perto da cidade de Toros-Mennella, no


Chade. Os fósseis consistem principalmente em crânios parciais, dentes e fragmentos
de mandíbula.
O que torna o Sahelanthropus tchadensis notável são suas características anatômicas
distintas. Ele tinha uma face anterior achatada, indicando que provavelmente não
possuía a projeção facial dos chimpanzés. Além disso, os dentes apresentavam
características que sugeriam uma dieta adaptada para uma alimentação mista,
incluindo alimentos vegetais e animais. Essas características cranianas e dentárias
lançaram luz sobre a possibilidade de que o Sahelanthropus tchadensis poderia ser
uma espécie ancestral aos humanos.
A posição evolutiva exata do Sahelanthropus tchadensis ainda é objeto de intensos
debates entre paleoantropólogos. Alguns cientistas argumentam que essa espécie
pode ter sido um dos primeiros hominídeos bípedes, o que significa que poderia ter se
locomovido em pé sobre as duas pernas. No entanto, outros contestam essa
interpretação e sugerem que o Sahelanthropus tchadensis ainda era
predominantemente quadrúpede. A incerteza sobre sua postura e comportamento
ressalta a complexidade da evolução humana e destaca a necessidade contínua de
novas descobertas e análises aprofundadas. Independentemente da postura, o
Sahelanthropus tchadensis é um importante marco na árvore genealógica dos
hominídeos, representando um período crítico na divergência entre a linhagem humana
e a dos chimpanzés.
Em resumo, o Sahelanthropus tchadensis é um fóssil crucial que contribui para nossa
compreensão da evolução humana. Sua descoberta no deserto do Chad fornece pistas
valiosas sobre as origens da nossa linhagem, bem como sobre a complexidade da
adaptação humana ao ambiente ao longo de milhões de anos. Embora as questões
permaneçam em relação à sua posição na árvore genealógica e comportamento, sua
importância é indiscutível.
À medida que continuamos a escavar e estudar os restos fósseis de nossos antigos
parentes, é provável que o mistério em torno do Sahelanthropus tchadensis seja
gradualmente revelado. Essas descobertas nos aproximam cada vez mais das
respostas para as perguntas fundamentais sobre nossa própria história evolutiva e
nossa conexão com o mundo natural. O Sahelanthropus tchadensis permanece como
uma peça crucial desse quebra-cabeça fascinante e em constante evolução.
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Ardipithecus Ramidus
O Ardipithecus ramidus, carinhosamente apelidado de
"Ardi", é uma figura notável na história da
paleoantropologia. Descoberto no início do século XXI
na Etiópia, este hominídeo extinto desempenha um
papel fundamental na busca por compreender as
origens da linhagem humana. Este texto se propõe a
explorar detalhadamente o Ardipithecus ramidus, suas
características distintivas, importância evolutiva e o
impacto que suas descobertas tiveram no campo da
paleoantropologia.
O Ardipithecus ramidus viveu há cerca de 4,4 milhões
de anos, representando um período crucial na evolução
da nossa espécie. Os fósseis desse hominídeo foram
encontrados no sítio arqueológico de Aramis, na
Etiópia, e consistem principalmente em fragmentos de
ossos, dentes e partes do esqueleto. O que torna o
Ardipithecus ramidus tão intrigante são suas
características anatômicas únicas.
Ao contrário de muitos hominídeos posteriores, Ardi tinha uma combinação de
características que o distinguia. Possuía uma pelve que indicava uma locomoção
bípede, o que sugere que ele já andava de forma ereta. No entanto, suas mãos e pés
exibiam traços que o aproximavam dos primatas arborícolas, o que lança dúvidas sobre
a extensão de sua adaptação à vida em árvores e no solo. Além disso, seu crânio tinha
características que o distanciavam dos chimpanzés e gorilas, mas também o
diferenciavam dos humanos mais modernos.

A descoberta do Ardipithecus ramidus desafiou muitas ideias preconcebidas sobre a


evolução humana. Sua combinação única de traços sugeriu que a transição de nossos
antigos ancestrais para a bipedia não foi tão linear quanto se pensava anteriormente.
Além disso, Ardi viveu em um ambiente que não se assemelhava ao que hoje
conhecemos como savana, mas sim em uma floresta densa. Isso levanta questões
importantes sobre como as primeiras formas de hominídeos se adaptaram a diferentes
ambientes e estilos de vida.
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Contudo, as interpretações sobre o Ardipithecus ramidus e suas implicações na árvore


genealógica humana ainda geram debates intensos entre os paleoantropólogos. Alguns
argumentam que Ardi representa um antepassado direto dos humanos, enquanto
outros acreditam que ele representa um ramo extinto que não deu origem à linhagem
humana moderna.
Em resumo, o Ardipithecus ramidus é uma figura icônica na busca pela compreensão
das origens da humanidade. Suas características únicas desafiam noções
preconcebidas sobre a evolução humana e revelam a complexidade dessa jornada.
Embora o debate sobre seu lugar na árvore genealógica dos hominídeos continue,
suas descobertas têm sido fundamentais para a paleoantropologia e continuam a
inspirar pesquisas e descobertas em busca de respostas sobre nossos antigos
parentes e nossa própria história evolutiva.
À medida que continuamos a explorar e escavar os segredos enterrados no solo da
África, o Ardipithecus ramidus permanece como um símbolo de nossa busca
incansável por entender nossas origens e como nos encaixamos no contexto da vida
na Terra. Suas descobertas reforçam a ideia de que, para compreendermos
plenamente a história da evolução humana, devemos continuar a olhar para trás, para
as raízes de nossa própria árvore genealógica.
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Australopithecus afarensis
Quanto aos fósseis, Charles Darwin previu, em 1871,
que seriam encontrados vestígios de ancestrais
humanos na África. No entanto, baseou-se no fato de
que gorilas e chimpanzés, na sua teoria seriam nossos
parentes mais próximos encontrados neste continente,
onde deviam ter vivido os ancestrais comuns à
espécie humana e a esses animais. Na época, essas
conclusões não foram bem recebidas pelo mundo
científico. Além da falta de evidências que comprovem
a hipótese de Darwin, havia certa predisposição da
cultura europeia em rejeitar a ideia de que o berço da
humanidade havia sido o continente africano.
Até a década de 1920, fósseis claramente
relacionados à ancestralidade humana tinham sido
encontrados apenas na Europa e na Ilha de Java, na
Indonésia. Foi somente em 1924 que um professor de
Anatomia, o australiano Raymond Dart (1893-1989), encontrou na África o crânio fossil
de um hominídeo, classificado como Australopithecus africanus. Conta-se que Dart
levou mais de dois meses escavando a rocha ao redor do fóssil com uma pequena
lâmina, até libertá-lo totalmente.
O documentário fóssil mostra que, por volta de 4 milhões de anos atrás, surgiu na
África o primeiro grupo de primatas considerados inequivocamente hominídeas e os
mais prováveis antecessores diretos do gênero humano: os australopitecos (gênero
Australopithecus).
Esses primatas se adaptaram muito bem a um novo ambiente então em expansão no
continente africano: as savanas arbóreas, campos que se desenvolviam na orla das
florestas tropicais, as quais estavam em retração devido a mudanças climáticas. O
primeiro fóssil de australopiteco foi descoberto em 1924 pelo paleontólogo Raymond
Dart classificado como Australopithecus africanus de acordo com estimativas
recentes, esse primata teria vivido entre 2.8 e 2,3 milhões de anos atrás.
Posteriormente foram encontrados outros fósseis de australopithecus, classificados em
diversas espécies, acredita-se que muitas delas teriam coexistido e eventualmente
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competido entre si, no período compreendido entre 4 e 1 milhão de anos atrás. Todas
elas se extinguiram; uma, porém, teria sido a ancestral do gênero Homo.
Uma das espécies mais conhecidas de australopithecus é A. afarensis, que viveu
entre 3,9 e 2,8 milhões de anos atrás. Em 1978, Donald Johanson e sua equipe
desenterraram cerca de 250 fósseis dessa espécie na Etiópia. Um dos espécimes, cujo
esqueleto estava mais completo, teria pertencido a uma fêmea com 1,30 m de altura
que viveu há cerca de 3,2 milhões de anos; esse fóssil foi batizado com o nome de
Lucy em alusão à canção dos Beatles Lucy in the sky with diamonds, que os
paleontólogos ouviam em seu acampamento.
Características físicas e gerais são corpo leve e braços provavelmente longos, talvez
com postura mais semelhante à humana, altura 1m a 14 m, massa corporal de 30 kg a
60 kg. Forma do crânio testa mais larga e alta face mais curta prega supra orbital
menos saliente, o volume craniano de 400 cm³ a 500cm³. Dentição caninos pequenos,
quase do tamanho dos incisivos, sem espaço entre incisivas caninos, molares maiores.
Dimorfismo sexual machos diferem menos marcadamente das fêmeas, o dimorfismo
está ligado ao comportamento sexual. Distribuição temporal de 2,8 milhões a 2,3
milhões de anos atrás e a distribuição geográfica no sul da África.
Para caminhar e correr eficazmente em ambiente aberto, teriam que ter um sistema de
difusão de calor eficiente para prevenir o superaquecimento causado pelo esforço
muscular. Portanto uma importante característica foi a seleção de um tecido epitelial
(pele) com sistema refrescante, onde a água evapora na superfície da pele,
refrescando-a. Para trabalhar efetivamente, a pele tem que estar desnuda. Para poder
sobreviver debaixo do sol equatorial de África, uma pele desnuda teria que ser
protegida por uma quantia considerável de melanina, pigmento escuro que protege o
tecido da luz ultravioleta.
Os cientistas encontraram indícios de que esse hábito mudou há 3,5 milhões de anos
nas espécies *Australopithecus afarensis* ,a dieta incluía vegetação rasteira, plantas
de áreas alagadas e possivelmente animais que se alimentavam das mesmas plantas.
Os novos estudos mostram não apenas que eles viviam nessas áreas, mas que
também começaram progressivamente a consumir a comida disponível nas savanas. A
dieta foi analisada a partir da composição química de seus dentes, identificando os
isótopos de carbono dentro deles. As variações de diferentes tipos de átomos de
carbono ou isótopos em fósseis podem dar indicações, porque alimentos diferentes
possuem isótopos de carbono definidos. Com os arcos semelhantes ao do homem nos
pés, o *A. afarensis* conseguia vagar pelo território e deixar as florestas para procurar
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comida quando necessário. Com suas fortes mandíbulas, também podia ingerir
diversos tipos de alimentos, incluindo frutas, grãos, sementes e raízes.
Paranthropus Robustus
Foi originalmente descoberto em 1938 por um
estudante, Gert Terblanche, em Kromdraai, em uma
brecha de caverna a noroeste de Joanesburgo, em
Gauteng, África do Sul, ele mostrou suas descobertas
para o paleontólogo Robert Broom do Museu
Transvaal, o antropólogo Robert Broom que criou o
gênero Paranthropus. Outros hominídeos que
viveram na região Leste da África foram classificados
no gênero Paranthropus. Durante algum tempo, eles
foram considerados Australopithecus robustus,
mas um estudo mais detalhado comprovou que se
tratava de um gênero à parte. Sua descoberta indica
que a linhagem de hominídeos não evoluiu de
maneira linear como se pensava no passado, de
australopithecus ao gênero Homo até o ser humano
atual. Essa linhagem divergiu separadamente,
formando outro ramo na evolução dos hominídeos.
Paranthropus robustus viveu entre 1,8 e 1,2 milhão
de anos atrás. Seus dentes eram grossos, a
mandíbula era forte e a face era larga. Provavelmente, alimentavam-se de sementes,
raízes, tubérculos e nozes.
Os machos medem cerca de 1,40 metros de altura e peso de 60 quilogramas e as
fêmeas medem cerca de 1,10 metros de altura e peso de 35 quilogramas. Os
Paranthropus robustus tinham a parte superior dorsal larga, a mandíbula e músculos
da mandíbula muito robustos, adaptados ao ambiente seco de vegetações duras, em
que eles viviam. O corpo semelhante ao do *Australopithecus afarensis*, o crânio era
maior e os dentes molares e pré-molares eram enormes e largos, os dentes da frontais
eram pequenos, a mandíbula era larga e relativamente grande, possuíam enormes
cristas sagitais (crista óssea no topo do crânio sentido de frente para trás) onde eram
fixados os poderosos músculos responsáveis pela mastigação. O rosto era maciço e
plano, com tamanho médio de cérebro de cerca de 410 a 530 centímetros cúbicos.
Pesquisas realizadas com a espécie *P. robustus* demonstraram que anatomicamente
eram capazes de manusear coisas com precisão, estando aptos a produzir
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ferramentas, porém não obteve evidências suficientes para afirmar com certeza essa
teoria.
Homo Ergaster
O Homo ergaster foi o primeiro de nossos
ancestrais a se parecer mais com os
humanos modernos. Essas pessoas eram
geralmente altas e esbeltas e também
podem ter sido relativamente sem pêlos.
Nem todo mundo aceita esse nome de
espécie, alguns ainda preferem usar o
termo Africano Homo erectus.
O grupo principal dentro desta espécie
viveu entre 1,5 e 1,9 milhão de anos
atrás, embora algumas classificações
incluam indivíduos adicionais que
estendem seu alcance entre cerca de
700.000 e 2 milhões de anos atrás.
Descobertas fósseis importantes
O Homo ergaster foi proposto pela
primeira vez como uma nova espécie em
1975, depois que os cientistas examinaram uma mandíbula fóssil previamente
identificada como Homo habilis. Colin Groves e Vratislav Mazak notaram algumas
características únicas sobre essa mandíbula que a tornam diferente de nossos outros
ancestrais humanos. Essas mesmas características foram posteriormente
reconhecidas em um grupo de fósseis que inicialmente se pensava serem as primeiras
formas de Homo erectus da África. Todos esses fósseis agora foram reclassificados
como Homo ergaster. Novas descobertas fósseis foram feitas desde então e esta
espécie agora é representada por fósseis de machos e fêmeas, bem como de adultos e
juvenis.
Espécimes importantes
'Turkana Boy' KNM-WT 15000 - esqueleto descoberto em 1984 por Kamoya Kimeu em
Nariokotome, Turkana Ocidental, Quênia. O Turkana Boy ou 'Nariokotome Boy', como
às vezes é chamado, viveu há cerca de 1,5 milhão de anos. Ele tinha cerca de 8 a 10
anos de idade quando morreu, mas já tinha 1,6 metros de altura e pode ter atingido
1,85 metros quando adulto. Quase 90% de seu esqueleto foi recuperado e forneceu
12

informações valiosas sobre o tamanho corporal, as proporções e o desenvolvimento


desta espécie. O Turkana Boy tinha um corpo alto e esbelto adaptado para passear
pelas extensas planícies da savana. Ele também tinha um rosto mais humano com um
nariz que se projetava para fora e um braincase maior.
SK 847 – um crânio parcial descoberto em 1969 em Swartkrans, África do Sul por
Ronald Clark. Este crânio foi encontrado em uma caverna com muitos fósseis de outra
espécie, Paranthropus robustus. Ferramentas de pedra e ossos queimados também
foram encontrados neste local. O fabricante de ferramentas provavelmente era Homo
ergaster. O fogo pode ter sido usado aqui há cerca de 1,5 milhão de anos pelo Homo
ergaster, embora os ossos queimados possam ter resultado de um fogo natural e não
de um fogo controlado feito pelo homem.
KNM-ER 992 - uma mandíbula inferior descoberta em 1971 por Bernard Ngeneo em
Koobi Fora, Turkana Oriental, Quênia. Esta mandíbula inferior é o 'espécime tipo' ou
representante oficial desta espécie. Foi classificado pela primeira vez como Homo
habilis, mas foi reclassificado como Homo ergaster em 1975 porque mostrou recursos
avançados, como uma mandíbula levemente construída e dentes pré-molares e
molares relativamente pequenos.
KNM-ER 42700 - Um crânio de 1,5 milhão de anos de um jovem adulto descoberto em
Ileret, no Quênia, em 2000 (descrito em 2007). O crânio tem um cérebro muito pequeno
de cerca de 691 cc, o menor para qualquer Homo ergaster. Isso indica que esta
espécie veio em uma variedade de tamanhos, com os machos sendo muito maiores do
que as fêmeas, o que foi inesperado para esta espécie. Também mostra características
que anteriormente só haviam sido encontradas no Homo erectus asiático, como a crista
nos ossos do crânio frontal e parietal. Essa mistura de traços borra a distinção entre o
Homo erectus asiático e o Homo ergaster africano e fez com que alguns especialistas
pensassem se essas deveriam ser espécies separadas.
BS N 49/P 27 – uma pelve feminina de Gola, Afar, na Etiópia, datada de 1,8 milhão de
anos. O tamanho desta pélvis sugere que a fêmea era bastante curta, com apenas
cerca de 130 cm de altura, muito menor do que foi estimado para as fêmeas antes
desta descoberta. O tamanho e a forma também indicam que a fêmea poderia ter dado
à luz um filhote com um cérebro de 30 a 50% do tamanho de um adulto. Isso sugere
que a taxa de crescimento do cérebro no útero foi semelhante à de um ser humano
moderno, mas diminuiu nos primeiros anos de vida para uma taxa intermediária entre
humanos modernos e chimpanzés vivos.
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Vários fósseis encontrados na Eurásia em Dmanisi, na República da Geórgia, podem


pertencer ao Homo ergaster. Esses fósseis de Dmanisi são significativos porque
atualmente representam a evidência mais antiga do surgimento dos primeiros humanos
da África para a Eurásia há 1,75 milhão de anos. Os principais espécimes incluem:
Skull D2700 (descoberto em 2001) com um tamanho cerebral de 600 cc; Skull D2280
(descoberto em 1999) com um site cerebral de 780 cc e características semelhantes
aos espécimes Homo ergaster KNM-WT 15000 e KNM-ER 3733; e Skull D'2282
(descoberto em 1999) com um tamanho cerebral de cerca de 650 cc e características
semelhantes a KNM-WT 15000 e KNM-ER 3733.
Relações com outras espécies
Algumas pessoas não reconhecem o Homo ergaster como uma espécie e, em vez
disso, classificam esses fósseis como Homo erectus. Aqueles que aceitam o Homo
ergaster consideram esta espécie o ancestral comum de dois grupos de humanos que
tomaram caminhos evolutivos diferentes. Um desses grupos era o Homo erectus, o
outro grupo acabou se tornando nossa própria espécie Homo sapiens.
Alguns fósseis, incluindo o 'espécime do tipo' (uma mandíbula conhecida como
KNM-ER 992) foram anteriormente classificados como Homo habilis.
Os achados de Dmanisi, na Geórgia, são atualmente atribuídos pela maioria dos
cientistas a essa espécie, embora novos achados tenham levado à sugestão em 2002
de que estes pertencem a uma nova espécie, o Homo georgicus. No entanto, isso não
é amplamente aceito. Mas recentemente, o crânio KNM-ER 42700, datado de 1,5
milhão de anos é descoberto em Ileret, no Quênia, em 2000 (mas descrito em 2007),
obscurece a distinção entre o Homo erectus asiático e o Homo ergaster africano. Ele
mostra características que anteriormente só haviam sido encontradas em espécimes
asiáticos de Homo erectus, como a crista nos ossos do crânio frontal e parietal. Essa
mistura de características fez com que alguns especialistas pensassem se essas
deveriam ser espécies separadas.
Principais características físicas
O corpo alto e de pernas longas desta espécie, com um rosto mais plano, um nariz
saliente e um cérebro um pouco expandido, estava bem ao longo do caminho evolutivo
que levava aos humanos modernos, mas ainda possuía uma série de características
intermediárias.
Estilo de vida
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Ferramentas: Grandes ferramentas de pedra, incluindo machados manuais, clevers e


picaretas foram fabricadas. Para fazer essas ferramentas, grandes flocos de pedra
foram produzidos e estes foram então moldados em dois lados para produzir bordas
afiadas. Essa tecnologia aprimorada criou ferramentas mais duráveis que mantiveram
sua nitidez por mais tempo do que os tipos anteriores de ferramentas. O exame
microscópico mostrou que suas ferramentas eram usadas principalmente em carne,
ossos, peles de animais e madeira.
Fogo: pode ter sido usado há 1,5 milhão de anos para cozinhar e aquecer, mas não é
certo se este foi um uso controlado do fogo. Carvão, terra queimada e ossos
carbonizados encontrados associados a fósseis de Homo ergaster podem ter resultado
de incêndios que ocorrem naturalmente e não de incêndios intencionalmente
iluminados e controlados.
Relatórios recentes (Antropologia Atual vol 52, 4, agosto de 2011) de descobertas na
Caverna Wonderwerk, África do Sul, sugerem que o uso controlado de fogo pode ter
ocorrido há 1,7 milhão de anos. Depósitos estratificados contêm pedras queimadas,
ossos calcinados carbonizados e traços de cinzas que indicam eventos de queimadura
repetidos. Os descobridores concluem que os bombeiros, provavelmente Homo
ergaster, se reuniam regularmente ao redor do fogo para preparar e cozinhar comida e
também por razões sociais.
Comportamento social
Nenhum dos esqueletos de Homo ergaster que foram encontrados até agora foi
deliberadamente enterrado. Há evidências, no entanto, de que eles cuidaram de
membros vivos de seu grupo que estavam doentes ou feridos, mas não pareciam estar
preocupados com seu bem-estar após a morte.
É provável que essas pessoas tenham vivido em grupos sociais baseados em laços
familiares. Uma comparação com grupos de primatas que vivem hoje sugere que esses
humanos estavam se afastando de uma estrutura social masculina dominante. Suas
taxas de desenvolvimento mostram que eles levaram mais tempo para amadurecer até
a idade adulta do que os macacos modernos, mas não tanto quanto os humanos
modernos. Esse recurso sugere que o Homo ergaster teve um período prolongado de
infância para completar o desenvolvimento até a maturidade.
Meio ambiente e dieta
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Cerca de 1,8 milhão de anos atrás, o clima na maior parte da África tornou-se mais
seco e sazonal, com extensas savanas. O Homo ergaster foi a primeira espécie
humana a tirar proveito desses ambientes mais áridos e abertos.
A pelve e a caixa torácica mais estreitas desta espécie sugerem que elas tinham um
intestino menor do que espécies anteriores, como Australopithecus afarensis. O
desenvolvimento de um intestino menor e um cérebro maior exigia alimentos mais
nutritivos e isso sugere que eles podem ter incluído mais carne em suas dietas.
No ambiente de savana seca, os tubérculos de plantas provavelmente teriam sido uma
parte importante da dieta. Esses vegetais resistentes podem ter sido processados
usando sua tecnologia aprimorada, pois seus dentes molares menores implicam que
eles comeram alimentos que exigiam menos mastigação.
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Homo Rudolfensis
Homo é uma palavra latina que significa
'humano' ou 'homem'. É o mesmo gênero ou
nome de grupo dado aos humanos modernos,
o que indica a estreita relação entre esta
espécie é a nossa. O nome da espécie Homo
rudolfensis vem do local onde o espécime tipo
KNM-ER 1470 foi encontrado - Lago Turkana,
East Rudolph, Quênia.
Há 2,4 a 1,8 milhão de anos.
Descobertas fósseis importantes
O espécime-chave desta espécie é o crânio
KNM-ER 1470. Quando foi descoberto pela
equipe de Richard Leakey em 1972, não foi
atribuído a uma espécie, apenas a um
membro do gênero Homo. Em 1986, um
antropólogo russo deu ao crânio o nome da
espécie Pithecanthropus rudolfensis. O nome do gênero Pithecanthropus foi
posteriormente descartado e substituído por Homo.
Outros restos cranianos atribuídos a esta espécie incluem o KNM-ER 1802, 1590, 1801
e 3732. Possíveis restos de membros podem incluir KNM-ER 1472 e 1481, mas estes
não foram encontrados com crânios, então a atribuição é questionável.
Relações com outras espécies
O nome científico Homo rudolfensis foi originalmente proposto para o crânio de
espécime KNM-ER 1470, descoberto em 1972. Já foi pensado por muitos como
membro da espécie Homo habilis, mas as diferenças em comparação com outros
crânios de Homo habilis foram consideradas muito grandes.
Como no caso de H. habilis, há uma grande controvérsia sobre a classificação de H.
rudolfensis. O debate continua sobre se esses fósseis devem ser nomeados Homo
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rudolfensis, Kenyanthropus rudolfensis ou Australopithecus rudolfensis, ou devolvidos


ao Homo habilis.
A análise mostra que esta espécie mostra mais afinidades com os australopithecines
do que com o Homo. Portanto, não é certo se H.Rudolfensis foi ancestral das espécies
posteriores no Homo, ou se H.Habilis foi, ou se alguma espécie não descoberta foi.
Em 2007, uma equipe liderada por Timothy Bromage, antropólogo da Universidade de
Nova York, reconstruiu o crânio do KNM-ER 1470. A nova construção tinha uma
mandíbula projetada mais parecida com um macaco e um tamanho de cérebro menor.
Eles afirmam que essa nova reconstrução o torna mais parecido com outros espécimes
de Homo habilis.
Debate sobre Homo habilis e Homo rudolfensis
Os cientistas muitas vezes discordam sobre nomear espécimes fósseis. Os nomes
científicos podem ser alterados após novas descobertas, diferentes interpretações ou
novas linhas de investigação. O Homo habilis é uma espécie bem conhecida, mas mal
definida, e as opiniões científicas sobre os espécimes atribuídos variam muito. Dois
espécimes no centro do debate são KNM-ER 1470 e KNM-ER 1813.

KNM-ER 1470 (descoberto em 1972)


•Cerca de 1,7 milhão de anos
•Cérebro grande, cerca de 750-800ml
•Dentes não preservados; raízes e soquetes sugerem que eram grandes, como em
•Australopithecus, com molares maiores do que outros espécimes de Homo habilis
•Mandíbula superior quadrada
•Crista de sobrancelha ligeiramente desenvolvida
•Rosto grande e plano e mais longo do que o KNM-ER 1813 (embora isso agora seja
questionado)

KNM-ER 1813 (descoberto em 1973)


•Cerca de 1,7 milhão de anos
•Cérebro pequeno, cerca de 500ml
•Mandíbula superior pequena com dentes semelhantes aos humanos
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•Mandíbula superior arredondada


•Cume de sobrancelha fortemente desenvolvido
•Rosto pequeno e não muito plano

As diferenças entre KNM-ER 1470 e KNM-ER 1813 podem ser interpretadas de


várias maneiras.
Eles são sexos diferentes: sendo outras coisas iguais, indivíduos de grande porte têm
uma cabeça e um cérebro maiores do que indivíduos pequenos. KNM-ER 1813 pode
ser uma fêmea e KNM-ER 1470 pode ser um macho de Homo habilis. No entanto, eles
não diferem uns dos outros no tipo de maneiras que machos e fêmeas de macacos
modernos (incluindo humanos) diferem uns dos outros.
Eles são espécies diferentes: muitos cientistas afirmam que 1813 e 1470
representam duas espécies, ou mesmo dois gêneros. As sugestões incluem
Australopithecus africanus, Homo habilis e Homo rudolfensis. A descoberta de um
crânio de Kenyanthropus platyops em 1999, e sua semelhança com o KNM-ER 1470,
levou alguns a considerar a reclassificação do KNM-ER 1470 para o gênero
Kenyanthropus.
Principais características físicas
Cérebro: Tamanho médio de cerca de 750 cc (maior que os espécimes de Homo
habilis)
Tamanho e forma do corpo: A falta geral de restos pós-cranianos dificulta a avaliação
do tamanho. Os dentes e crânios maiores em comparação com o Homo habilis
sugerem que pode ser maior do que esta espécie.
Mandíbulas e dentes: Molares grandes e molares inferiores mais amplos do que o
Homo habilis.
Coroas e raízes complexas.
Crânio: Rosto relativamente plano e longo (embora reconstruções mais recentes
discutam isso e sugiram que o rosto estava mais saliente).Pequena crista de
sobrancelha. Falta de cristas e marcas musculares pesadas que são encontradas em
crânios australopithecine
19

Membros do corpo: Proporções de membros desconhecidos por causa da falta de


material esquelético. Assumido como bípede, mas sem a capacidade de se mover em
uma locomoção totalmente humana.
Meio ambiente e dieta
A área era predominantemente um ambiente de pastagem. O clima estava ficando
mais frio e seco neste momento.
Estudos limitados foram feitos sobre a dieta desta espécie, mas a forma do dente e as
comparações com outras espécies sugerem que material vegetal e provavelmente
carne foram comidos.
Cultura
Embora nenhuma evidência arqueológica associada tenha sido encontrada com
quaisquer restos de Homo rudolfensis, eles estavam vivendo em uma época em que se
sabia que os ancestrais humanos estavam fazendo ferramentas.
As primeiras ferramentas de pedra bruta que consistem em helicópteros simples,
ferramentas principais e raspadores foram feitas há 2,6 milhões de anos. É incerto
quem eram os fabricantes dessas primeiras ferramentas de pedra. Os fabricantes de
ferramentas podem ter sido populações iniciais de Homo habilis ou podem ter sido
feitas por outra espécie. Um desses candidatos é representado pelo fóssil AL 666-1,
que foi provisoriamente chamado de Homo sp. (que significa um ser humano cuja
espécie é atualmente desconhecida).
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Homo Habilis
Homo habilis é uma espécie extinta de humanos
primitivos que viveu aproximadamente 2,4 a 1,4
milhões de anos atrás, durante a época do
Pleistoceno. Eles são conhecidos pelo uso primitivo de
ferramentas de pedra, o que se reflete em seu nome,
que significa “homem hábil”. O Homo habilis é
considerado uma espécie de transição entre nossos
ancestrais mais semelhantes aos macacos e espécies
humanas posteriores como o Homo erectus. Eles
tinham um tamanho cerebral menor em comparação
com os humanos modernos e uma postura mais ereta
do que os hominídeos anteriores. Vestígios do Homo
habilis incluem principalmente ferramentas de pedra e,
ocasionais, fósseis. As ferramentas de pedra associadas ao Homo habilis são um dos
principais indicadores da presença dessa espécie. Essas ferramentas são conhecidas
como "ferramentas Oldowan" e consistem em lascas de pedra afiadas que
provavelmente eram usadas para cortar carne e vegetais.
Fósseis do Homo habilis são relativamente raros, mas alguns exemplares foram
encontrados na África Oriental, principalmente no Quênia e Tanzânia. Esses fósseis
incluem crânios parciais, mandíbulas e dentes, que ajudam os paleontólogos a
reconstruir a morfologia e a anatomia desse antigo hominídeo. A descoberta de fósseis
e ferramentas associadas ao Homo habilis é fundamental para nossa compreensão da
evolução humana e da transição entre nossos ancestrais mais primitivos e os
hominídeos posteriores
Os vestígios do Homo habilis foram encontrados principalmente em sítios abandonados
na região da África Oriental. As descobertas mais significativas e extraordinárias de
fósseis e ferramentas associadas ao Homo habilis foram feitas em países como Quênia
e Tanzânia.
21

Alguns dos sítios destruídos notáveis ​incluem:


1. Garganta de Olduvai, Tanzânia: É um dos locais mais famosos para as descobertas
do Homo habilis. Foi onde as primeiras ferramentas de pedra de Oldowan foram
derrotadas.
2. Lago Turkana, Quênia: A bacia do Lago Turk
Algumas características do Homo habilis:
1. Cérebro: O Homo habilis tinha um cérebro relativamente maior em comparação com
os ancestrais primatas, mas menor que os humanos modernos, com um volume
cerebral médio de cerca de 600-750 cm³.
2. Face e Dentes: Apresentava uma face mais plana em comparação com os primatas
anteriores e dentes menos especializados. Os dentes eram menores e menos
adaptados para uma dieta exclusivamente vegetariana.
3. Postura Bípede: O Homo habilis era capaz de andar de forma bípede, o que
significa que caminhava sobre duas pernas, mas também podia escalar árvores,
indicando uma adaptação a um ambiente variado.
4. Ferramentas de Pedra: Essa espécie é famosa por produzir e utilizar ferramentas
de pedra, conhecidas como "Oldowan tools," que eram usadas para cortar carne,
processar alimentos e realizar outras tarefas.
5. Alimentação: O Homo habilis era provavelmente onívoro, consumindo uma
variedade de alimentos, incluindo carne, vegetais e frutas.
6. Habitat: Habitavam principalmente na África Oriental, em ambientes variados,
incluindo savanas e áreas arborizadas.
Essas características indicam que o Homo habilis representou um estágio importante
na evolução humana, sendo uma espécie ancestral que mostrou adaptações para uma
dieta mais diversificada e o uso de ferramentas rudimentares.
O Homo habilis é considerado uma espécie chave na linha de evolução humana,
e várias características representam novidades evolutivas significativas em
comparação com seus ancestrais mais primitivos. Algumas dessas novidades
evolutivas incluem:
1. Uso de Ferramentas: O Homo habilis foi o primeiro hominídeo a produzir e usar
ferramentas de pedra, conhecidas como "Oldowan tools". Isso demonstra um salto
significativo na capacidade de manipulação de objetos e no processamento de
alimentos.
22

2. Alimentação mais Diversificada: A capacidade de fazer e usar ferramentas de


pedra provavelmente permitiu ao Homo habilis uma dieta mais variada, incluindo carne,
vegetais e frutas. Isso representa uma evolução na dieta em relação aos ancestrais
mais herbívoros.
3. Cérebro Expandido: Embora o cérebro do Homo habilis fosse menor do que o dos
humanos modernos, ele tinha um volume cerebral maior do que os hominídeos
anteriores. Isso sugere uma capacidade cognitiva aprimorada.
4. Mudança na Postura: O Homo habilis provavelmente caminhava de maneira mais
ereta do que os primatas mais antigos, indicando uma adaptação para a locomoção
bípede, embora ainda fosse capaz de subir em árvores.
Essas novidades evolutivas são importantes marcos na evolução humana,
representando uma transição de ancestrais mais primitivos para os hominídeos
posteriores, como o Homo erectus e, eventualmente, os humanos modernos.
As informações detalhadas sobre a reprodução do Homo habilis são limitadas devido à
natureza dos registros fósseis. No entanto, com base em estudos de outros hominídeos
e em comparação com espécies modernas relacionadas, podemos fazer algumas
inferências:
1. Reprodução Sexual: Como primatas, é muito provável que o Homo habilis tenha se
reproduzido sexualmente, envolvendo a união de um macho e uma fêmea para a
reprodução.
2. Cuidado Parental: Acredita-se que o Homo habilis tenha exibido algum grau de
cuidado parental. Isso significa que os pais podem ter cuidado de seus filhos, ajudando
a protegê-los e a fornecer alimentos, embora os detalhes precisos desse
comportamento sejam desconhecidos.
3. Maturidade Sexual: A idade em que o Homo habilis atingia a maturidade sexual não
é completamente clara, mas estudos de fósseis indicam que eles possivelmente
amadurecem mais cedo do que os humanos modernos.
4. Grupo Social: Essa espécie provavelmente vivia em grupos sociais, o que teria
impacto na dinâmica de reprodução e na criação de filhos.
Lembre-se de que essas informações são baseadas em inferências a partir de
evidências limitadas. A reprodução e o comportamento social do Homo habilis são
tópicos de pesquisa em constante evolução à medida que novas descobertas são feitas
e técnicas de análise melhoram.
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Homo Erect
Características gerais:
- Homo erectus apresentava um esqueleto
robusto, com crânios diferentes dos humanos
modernos.
- Tinha um corpo mais curto e atarracado,
embora os membros fossem semelhantes aos
humanos modernos.
- O cérebro era maior, com cerca de 1.050 cm³ e
uma estrutura semelhante à dos humanos
modernos.
Regiões habitadas:
- Homo erectus foi encontrado na China,
especialmente em Zhoukoudian, e na Indonésia,
em locais como Sangiran e Java.
Novidades evolutivas:
- Desenvolvimento de ferramentas de pedra na China, com tecnologia Modo 1.
- Uso do fogo, embora seja difícil provar se era controlado.
- Adaptação a mudanças climáticas, caçando animais de grande porte em habitats
abertos.
- Dieta baseada em carne, complementada com alimentos vegetais.
Habilidades especiais:
- Fabricação de ferramentas de pedra.
- Uso do fogo, ser controlado.
- Habilidades de caça e adaptação a diferentes ambientes.
Migração:
24

- O Homo erectus foi encontrado em várias regiões da China e Indonésia,


adaptando-se a diferentes ambientes

Homo Sapiens
Características Gerais:
- Homo sapiens são humanos modernos.
-Corpo adaptável com troncos curtos e membros
longos.
- Tamanho médio de cérebro de cerca de 1.350
cm³.
- Crânios com base curta e caixa craniana alta.
- Mandíbulas curtas, sem espaço retromolar e
queixo saliente.
Regiões Habitadas:
- Inicialmente adaptados aos trópicos.
- Nos últimos 40.000 anos, habitaram várias
regiões da África, Europa, Ásia, Austrália e
Américas.
Novidades Evolutivas:
- Desenvolvimento de cultura e tecnologia.
- Uso sofisticado do fogo.

-Arte, incluindo pinturas rupestres e instrumentos musicais.


- Dieta onívora com início da domesticação de plantas e animais.
Tipo de Alimentação:
- Caça e coleta de plantas e animais.
- Posterior domesticação de plantas e animais.
Abrigo:
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- Habitavam inicialmente cavernas, abrigos naturais e, posteriormente, construções


simples.
Habilidades Especiais:
- Desenvolvimento de cultura complexa e inovações tecnológicas.
- Uso avançado do fogo.
- Expressão artística e produção de ferramentas.
Migração:
- Espalharam-se para diversas regiões ao longo dos últimos 40.000 anos.
- Os vestígios mais antigos fora da África encontram-se no Oriente Médio.
Reprodução:
- Comportamento de enterro variou de simples a elaborado, com enterros rituais.
- Ocre vermelho frequentemente utilizado em corpos antes do enterro.
- Populações maiores com aprendizagem social favoreceram o desenvolvimento de
cultura complexa.
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Neardentais:
Os Neandertais são uma espécie extinta de
hominídeos que viveram na Europa e na Ásia
durante o Pleistoceno Médio, entre
aproximadamente 400.000 e 40.000 anos
atrás. Algumas observações importantes
sobre os Neandertais incluem:

1. Estrutura Física: Os Neandertais eram


adaptados ao clima frio, com corpos
robustos, ossos densos e crânios alongados.
Eles tinham características distintivas, como
uma testa inclinada, narizes grandes e ossos
faciais proeminentes.
2. Ferramentas e Tecnologia: Os Neandertais
eram habilidosos fabricantes de ferramentas
de pedra, incluindo lâminas e raspadores.
Eles também usavam objetos como ossos e
chifres de animais para várias finalidades.
3. Habilidades Cognitivas: A capacidade cognitiva dos Neandertais tem sido objeto de
estudo e debate. Pesquisas recentes sugerem que eles tinham habilidades sociais e
cognitivas semelhantes às dos humanos modernos, como cuidado com os doentes e
sepultamento de seus mortos.

4. Extinção: Os Neandertais desapareceram há cerca de 40.000 anos, coexistindo com os


primeiros humanos modernos por algum tempo. A causa de sua extinção não é totalmente
compreendida, mas fatores como competição por recursos, mudanças climáticas e talvez
algum grau de interação com os humanos modernos desempenharam um papel.
5. Contribuição Genética: Estudos genéticos revelaram que muitas populações humanas
modernas têm uma pequena quantidade de DNA Neandertal em sua herança genética
devido à interação entre Neandertais e humanos modernos quando se encontraram.

Essas são algumas observações importantes sobre os Neandertais, uma espécie fascinante
na história da evolução humana.
27

Álbum Evolução Humana


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BIBLIOGRAFIA
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<https://en.m.wikipedia.org/wiki/Paranthropus_robustus>. Acesso em: 7 out.
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<https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ardipithecus_ramidus>. Acesso em: 5 out.
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