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Sahelantropus tchadensis
Os restos de um hominídeo de 7 milhões de
anos - considerado o mais antigo representante
da humanidade conhecido e próximo aos mais
recentes antepassados comuns do chimpanzé e
do homem - foram desenterrados por uma
missão de paleontólogos franco-chadiana no
norte do deserto do Chade (África saheliana)
TM 266-01-060-1, "Toumai", Sahelanthropus
tchadensis
Descoberto por Ahounta Djimdoumalbaye in
2001 no Chade, no sul do deserto do Saara,
estimativas apontam uma idade entre 6 e 7
milhões de anos. Este representa o mais
completo crânio com uma capacidade entre 320
e 380cc. Apresenta também uma série de
características símias primitivas como pequena
caixa craniana e por outro lado características
dentárias de hominídeos modernos
Orrorin tugenensis
Também chamado Homem do Milênio,
foi descoberto por pesquisadores
franceses e quenianos chefiados pelo Ao anunciar a descoberta, eles
paleontólogo Martin Pickford, do exibiram em Nairóbi, capital do Quênia,
Collège de France. O paleontólogo do um fêmur esquerdo perfeitamente
Collège de France e sua colega Brigitte
conservado. O osso mostra que o
Senut, do Museu de História Natural de
Paris, encontraram de fato peças Homem do Milênio tinha pernas fortes.
importantes. Isso o capacitava a andar ereto. Pelo
comprimento dos ossos, calcula-se que o
hominídeo era da altura de um
chimpanzé. Mas os dentes e a estrutura
da mandíbula encontrados, segundo
Pickford, o remetem diretamente ao
homem moderno. A dentição é bem
similar à nossa: pequenos caninos e
molares completos. A própria datação
em 6 milhões de anos ainda precisa ser
comprovada com a análise dos ossos. O
que se sabe até agora é que os fósseis
foram localizados numa camada de terra
com essa idade geológica.
A região de Baringo, no Vale do
Grande Rift, é rica em depósitos
paleontológicos e fonte de quase todos
os fósseis relacionados com os mais
antigos ancestrais do homem. Foi lá que
Tim White, professor da Universidade
de Berkeley, localizou os restos
do Ardipithecus ramidus. Às vezes, a
aglomeração de estrelas da ciência
cavoucando no mesmo espaço dá
confusão.
Australopithecus anamensis
Esta espécie de hominídeo foi descoberta em
1994 por Maeve Leakey em Kanapoi e Allia Bay,
situados ao norte no Quênia. Foi
denominado Australopithecus anamensis de
"anam " que significa " lago " no idioma local de
Turkana. Os fósseis (9 de Kanapoi e 12 de Allia
Bay) incluem mandíbulas superiores e inferiores,
fragmentos cranianos, e as partes superiores e
inferiores de um osso de perna (tíbia). além disto,
a coleção inclui um fragmento de úmero que foi
achado no mesmo local há 30 anos atrás.
Os fósseis de Kanapoi foram datados em 4.2
milhões de anos e os de Allia Bay a 3.9 milhões
de anos. A dentição parece menos com a de um
macaco que nos A. ramidus, tendo esmalte
espesso nos molares, mas caninos relativamente
grandes. A tíbia implica que o anamensis era
maior que o ramidus e o afarensis, com um peso
calculado de 46 a 55 quilogramas. Sua anatomia
tipicamente humana implica que o anamensis
tinha postura e locomoção bípede. Embora
distinto do A. afarensis, seu descobrimento o
relaciona mais aos fósseis de Laetoli que os
próprios A. afarensis achados em Hadar. A
descoberta desta espécie empurrou a origem do
bipedalismo meio milhão de anos atrás. As
características faciais se assemelham muito ao A.
afarensis, portanto com um aspecto de macaco.
Dado a datação e localização,
os A.anamensis poderiam ser possivelmente um
antepassado de Lucy.
Australopithecus afarensis
Até
recentemente,
o hominídeo
mais antigo
conhecido, e
que possui
evidência
anatômica
diagnóstica
suficiente, era
o Australopith
ecus afarensis,
cujos fósseis
foram achados
na Etiópia,
Tanzânia, e
Quênia, sendo
a maioria,
datado entre
2.9 e 3.9
milhões de
anos. Novas
descobertas de
fósseis mais
antigos que o
A. afarensis
tem sido
encontrados na
Etiópia,
Quênia, e
Chade (citadas
acima, Ar.
ramidus datad
os em 4.4
milhões de
anos, A.
anamensis do
Quênia, com
idade de 4.2 a
3.9 milhões de
anos; e ainda
o O.
tugenensis no
Quênia e S.
tchadensis no
Chade, com
estimativas de
6 a 7 milhões
de anos).
Os primeiros
fósseis de
afarensis
foram achados
por Johanson
em 1974, mas
apesar de todo
o tempo
transcorrido
até hoje, a
interpretação
inicial
continua
controversa
(embora em
menor grau).
O principal
aspecto
divergente é o
relacionado a
interpretação
de Johanson,
explicando a
diversidade de
tamanho entre
a multidão de
fósseis de A.
afarensis atrav
és do
dimorfismo
sexual,
enquanto
outros
antropólogos
acreditam que
na verdade tais
fósseis
pertencem a
duas, e talvez
até mais
espécies.
Os fósseis de
hominídeos
etíopes foram
achados na
região de
Hadar daquele
país, por um
time
internacional
conduzido por
Donald
Johanson,
atualmente no
Instituto de
Origens
Humanas,
Berkeley, e
Maurice Taieb,
paleontólogo
francês..
Foram
encontrados
mais de 300
espécimes, e
o mais
espetacular
destes achados
era o esqueleto
parcial
denominado "
Lucy " e além
disso, foram
achados restos
de 13
indivíduos em
um único local
e tal achado
foi
denominado "
A Primeira
Família". O
Trabalho
continuou na
região até o
início da
década de 80,
mas foi
suspenso
durante quase
uma década.
Recentemente,
Johanson e os
colegas do
Institute of
Human
Origins
vem exploran
do a região de
Hadar, Tim
White
(Universidade
de Califórnia
em Berkeley)
tem trabalhado
na região
central do Rio
Awash, estas
escavações
tem rendido
muitos
espécimes de
fósseis,
inclusive o
primeiro
crânio
completo de A.
afarensis,
cujos detalhes
foram
publicados em
1993 e 1994.
Além de fósseis
encontrados, Leakey,
M.D. & Hay, R.L -
(Nature 22/03/1979
vol 278) foram
encontrados rastros
de pegadas de três
indivíduos bípedes
em Lateoli (datação
de 3.6 milhões de
anos). Este rastro foi
fixado entre
depósitos de cinza
vulcânica. O rastro
provê uma das
descobertas mais
interessantes da pré-
história humana e
registra alguns
momentos nas vidas
de três indivíduos,
um que parou
brevemente, virou
para olhar para o
leste (possivelmente
o vulcão distante em
erupção), e então
continuou para a
frente.
Australopithecus africanus
O Primeiro
australopitecineo foi
descoberto por Raymond
Dart (figura à esquerda)
em 1924, O fóssil da
região de Taung era um
indivíduo jovem mais
parecido a um macaco
que possuía face, parte do
crânio, a mandíbula
completa e um molde do
cérebro. No artigo
publicado na Nature de
1925, Dart denominou o
fóssil de "macaco do sul
da
Africa", Australopithecus
africanus. Sua
descoberta conduziu a um
intenso enfoque na África
como o local provável da
Origem da espécie
humana, como havia
predito Charles Darwin.
Posteriormente foram
encontrados outros
fósseis
de A.africanus (Robert
Broom) apresentando
características próximas
dos macacos com uma
face protusa e cérebro
pequeno, mas com
dentição tipicamente
humana que inclui
caninos pequenos e
molares grandes
e planos. A postura
bípede foi indicada pela
posição central do
forâmen magnum, e pela
anatomia da espinha,
pélvis e fêmur.
Broom também
descobriu fósseis que
eram muito parecidos
aos A. africanus porém
muito mais robustos, e
portanto denominou-os
de Australopithecus
robustus .Os fósseis
exibiram mandíbulas e
dentes maiores.
A datação desses fósseis
foi uma tarefa muito
difícil, devido as
condições adversas para a
datação radiométrica do
estrato da caverna.
Estimativas indicam o
período entre 3,5-2,5
milhões de anos para
os A. africanus
As reconstituições ao lado mostram
diferentes concepções de A.
africanus, A figura acima (dos anos
1960) está incorreta, porque descreve
uma criatura que é parcialmente bípede,
estando próximo a postura do
chimpanzé (o que impediria uma
locomoção bípede eficiente), além de
posicionar o crânio adiante como em
um chimpanzé ou gorila. A recente
representação abaixo é anatomicamente
correta, baseado em conhecimento
atual: A africanus era eficazmente
bípede como pode demonstrar o
alinhamento do crânio e coluna.
Este grupo familiar, aparentemente
uma unidade familiar, e não um grupo
de afinidade estendido, estaria
relacionado ao estilo de vida desta
espécie. Outra característica é a pele
escura com poucos pelos. Estas
características são suposições baseadas
em duas considerações:
- para caminhar e correr eficazmente
em ambiente aberto perto do Equador,
os hominídeos teriam que ter um
sistema de difusão de calor eficiente
para prevenir o superaquecimento
causado pelo esforço muscular.
Portanto uma importante característica
foi a seleção de um tecido epitelial
(pele) com sistema refrescante, onde a
água evapora na superfície da pele,
refrescando-a. Para trabalhar
efetivamente, a pele tem que estar
desnuda.
- para sobreviver debaixo do sol
equatorial de África, uma pele desnuda
teria que ser protegida por uma quantia
considerável de melanina, pigmento
escuro que protege o tecido da luz
ultravioleta.
Australopithecus aethiopicus
Alan Walker encontrou um crânio em 1985 no
lado ocidental do Lago Turkana ao norte da
Tanzânia, e o denominou Australopithecus
aethiopicus. O crânio era o mais robusto dos
descobertos até o momento, contudo foi datado em
2,5 milhões de anos. Os enormes molares, anatomia
da face e demais características não indicam um
final de linhagem evolutiva. Como esta descoberta
afeta a forma da árvore genealógica dos hominídeos
permanece até hoje em discussão.
Este crânio, conhecido localmente como o "Black
Skull", não só era surpreendente por causa de sua
grande idade mas também porque conteve uma
combinação inesperada de características
anatômicas. Embora a face é muito similar ao mais
robusto dos robustos australopitecíneos, o A. boisei,
o crânio, particularmente o topo e atrás, era similar
ao dos Australopithecus afarensis. Tal combinação
anatômica surpreendeu a maioria das pessoas, e nos
indicou que a biologia dos hominídeos de 3 a 2
milhões de anos, é mais complicada que hipóteses
atuais têm indicado.
.
Australopithecus boisei
Em 1959, Mary Leakey fez a primeira
descoberta de hominídeos na África Oriental no
Desfiladeiro de Olduvai na Tanzânia, que se
assemelharam aos A. robustus da África do Sul.
Após a reconstituição do crânio a partir de
centenas de fragmentos, verificou-se que este
espécime era "mais robusto" que seus parentes
meridionais. No princípio, foi
denominado Zinjanthropus boisei, mas depois
passou a Australopithecusa boisei.
Porém o nome do gênero ainda está em
discussão, já que há uma percepção comum, é que
essa espécie robusta de australopithecus difere
suficientemente do tipo de grácil, para garantir
um nome de gênero diferente, e portanto, é
chamado Paranthropus boisei
Australopithecus robustus
A classificação desses australopitecíneos permanece incerta,
como vimos acima temos duas outras espécies ou sub-espécies
relacionadas o A. boisei e o A. aethiopicus.