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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM FILOSOFIA

O IMPACTO DO CONHECIMENTO FILOSÓFICO NO COMBATE À


DESINFORMAÇÃO E NO FOMENTO DO SABER CRÍTICO EM
ALUNOS DO ENSINO MÉDIO.

BELMONTE – BAHIA

OUTUBRO - 2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM FILOSOFIA

O IMPACTO DO CONHECIMENTO FILOSÓFICO NO COMBATE À


DESINFORMAÇÃO E NO FOMENTO DO SABER CRÍTICO EM
ALUNOS DO ENSINO MÉDIO.

MARILUCIA RAMOS GUIMARÃES SILVA

Projeto de Pesquisa
apresentado junto à Banca
de Avaliação do Programa
de Mestrado em Educação
Profissional de Filosofia.

BELMONTE – BAHIA

OUTUBRO – 2023
Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 1
OBJETIVO GERAL ....................................................................................................................... 1
Objetivo Específico A ............................................................................................................. 2
Objetivo Específico B ............................................................................................................. 2
Objetivo Específico C ............................................................................................................. 2
PROBLEMA DE PESQUISA .......................................................................................................... 2
JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................... 2
REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................................................. 3
A revisão poderá ser estruturada em dois capítulos: ............................................................... 3
Capítulo 1: ............................................................................................................................. 3
Capítulo 2: ............................................................................................................................. 4
METODOLOGIA.............................................................................................................................. 4
Métodos de Avaliação ............................................................................................................... 4
Coleta de dados e análise de dados ......................................................................................... 5
Passo a passo:............................................................................................................................ 5
O Bloco 1 ............................................................................................................................... 5
O Bloco 2 ............................................................................................................................... 6
O Bloco 3 ............................................................................................................................... 7
O Bloco 4 ............................................................................................................................... 8
Ética: .......................................................................................................................................... 9
RESULTADOS ................................................................................................................................. 9
CRONOGRAMA: ...................................................................................................................... 10
Proposta de cronograma 1 (Alinhado com o Conteúdo Programático): ................................ 10
Proposta de cronograma 2 (Cronograma Aberto): ................................................................ 11
Referências .................................................................................................................................. 12
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“objetivo da educação é ensinar a


pensar, provocar espanto e
curiosidade”.
Autor Desconhecido.

INTRODUÇÃO
Na era pós-pandêmica, a sociedade se depara com desafios sem precedentes
que realçam a necessidade urgente de fortalecer os princípios éticos, fomentar
debates construtivos e promover a conscientização cidadã.

A pandemia da COVID-19 deixou uma impressão duradoura em nossas vidas,


expondo não apenas a fragilidade da saúde global, mas também a
vulnerabilidade de nossa compreensão coletiva.

Em um cenário onde informações se propagam de forma acelerada, torna-se


evidente como a disseminação de desinformação, a ausência de senso crítico
e as pseudo narrativas podem moldar decisões, frequentemente com graves
consequências.

O projeto de pesquisa que se delineia não representa meramente uma reação


a este contexto, mas sim uma jornada de reafirmação dos princípios éticos que
sustentam nossa sociedade, fortalecendo o papel cidadão e revivendo práticas
antigas, como os debates da Ágora e os cafés filosóficos, que agora assumem
uma relevância sem paralelos.

A linha de pesquisa do projeto diz respeito às Práticas de Ensino de Filosofia


de natureza multidisciplinar, teórica e prática, e busca estimular a consciência
social e ética em prol da produção de um humanismo de alta qualidade.

Este projeto representa uma oportunidade de afirmar a importância da ética em


debates cada vez mais desafiadores e reflete o esforço incessante na
construção de uma sociedade formada por cidadãos críticos, conscientes e
dedicados ao aprimoramento da qualidade de vida, da cultura e da cidadania.

OBJETIVO GERAL
Investigar o efeito da integração do conhecimento filosófico no currículo do
ensino médio local, através do desenvolvimento pratico da capacidade dos
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alunos identificarem, questionar e desconstruir pseudo informações,


promovendo, assim, um ambiente de aprendizado mais crítico e esclarecedor.
A linha de pesquisa do projeto diz respeito às Práticas de Ensino de Filosofia.

Objetivo Específico A: Analisar por meio de pesquisas, auto avaliações,


relatórios e atividades como debates, dinâmicas, seminários e palestras,
a compreensão e aplicação prática de conceitos éticos em relação à
pseudo informações, narrativas, factoides, senso comum, desinformação
e desacreditamento da ciência e das instituições.

Objetivo Específico B: Implementar conceitos éticos e ferramentas de


escolas éticas para desenvolver a capacidade dos alunos na
identificação de pseudo informações, falta de senso crítico e
paradigmas, visando consolidar uma consciência crítica ativa.

Objetivo Específico C: Promover a importância da consciência crítica e da


posição social crítica entre os alunos, visando impactar o senso comum
local e contribuir para mudanças positivas na comunidade.

PROBLEMA DE PESQUISA
Qual o impacto qualitativo da intervenção do conhecimento ético-filosófico-
científico no combate à desinformação e no fomento ao posicionamento critico
dos alunos do ensino médio ?

JUSTIFICATIVA

A crescente propagação de notícias falsas e desinformação é um problema


global que afeta diretamente a sociedade. De acordo com um relatório recente
do Instituto de Pesquisa de Mídia Pew, mais de 70% dos jovens adultos se
deparam com notícias falsas diariamente, muitas vezes compartilhando
informações incorretas inadvertidamente. Além disso, uma pesquisa realizada
pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
indicou que a falta de habilidades críticas de pensamento em alunos do ensino
médio contribui significativamente para esse problema.
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Portanto o presente trabalho ganha relevância e justifica-se pela iminente


necessidade de uma postura crítica do cidadão do século XXI, em virtude do
intenso fluxo de informações decorrente da globalização, que massificam
ideias, consolidam pseudo informações, descredibilizam as ciências,
instituições, a sociedade como um todo.

REVISÃO DE LITERATURA
O presente projeto visa extrair dos autores abaixo as melhores teorias
filosóficas que delineiam o debate ético, saudável politizado e construtivo, para
aplica-las na, na construção de conceitos e ideias através do debate, a fim de
produzir uma simbiose entre as teorias filosóficas e produzir um modelo
multidisciplinar, simples, sintético , e aplicável em múltiplos ambientes dos
alunos do ensino médio.

A revisão poderá ser estruturada em dois capítulos:

Capítulo 1: Filosofia e Compreensão da Desinformação Este capítulo explora a


relevância da filosofia na abordagem da desinformação, educação e
pensamento crítico, sem negligenciar as contribuições de pensadores notáveis.
Hannah Arendt, na obra "Verdade e Política," analisa a interseção entre
verdade e poder, enfatizando a importância de discernir informações confiáveis
da desinformação. Jurgen Habermas, autor de "A Ética da Discussão e a
Questão da Verdade," explora a ética da comunicação e o papel do discurso
público na sociedade, proporcionando uma estrutura para fomentar o debate
público saudável como ferramenta contra a desinformação. Karl Popper,
notório por sua pesquisa na filosofia da ciência, contribui para a demarcação
entre conhecimento científico e pseudociência, essencial para a avaliação
crítica de alegações infundadas. Sandra Braman investigou a relação entre
tecnologia da informação e democracia, tema vital na era digital, oferecendo
insights sobre como as tecnologias moldam a disseminação de informações e
seu impacto na sociedade. Cass Sunstein, autor de "Republic.com," explora os
desafios da polarização na sociedade da informação e propõe a promoção de
espaços de debate diversificados para combater a polarização.
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Capítulo 2: Aplicação de Teorias Filosóficas. Este capítulo investiga as


aplicações bem-sucedidas das teorias filosóficas na luta contra a
desinformação. John Dewey, em sua obra "Como Pensamos," promove o
pensamento crítico e contribui para a formação de indivíduos capazes de
avaliar informações de maneira crítica. Jürgen Habermas, na "Teoria da Ação
Comunicativa," destaca a importância do diálogo e da comunicação na filosofia
e ética, oferecendo uma estrutura para estimular debates abertos e
esclarecedores. John Rawls, autor de "Uma Teoria da Justiça," estabelece
bases sólidas para abordagens éticas e filosóficas relacionadas à justiça,
fundamentais na luta contra desigualdades e na promoção de informações
justas.

METODOLOGIA
A metodologia deste projeto coaduna-se perfeitamente com o contexto
pedagógico orientado pelo Ministério da Educação (MEC) para a disciplina de
Filosofia ao longo do primeiro, segundo e terceiro ano do ensino médio. No
primeiro ano, explora-se a transição do pensamento mítico para o racional,
abordando como a filosofia surgiu como uma resposta à passagem do mito
para a razão. No segundo ano, analisa-se o Iluminismo e a superação da era
das trevas em direção à época da razão. No terceiro ano, realiza-se uma
análise aprofundada da ética, examinando diversas correntes éticas e suas
aplicações práticas. O projeto baseia-se nesses fundamentos já estabelecidos,
integrando-se de maneira oportuna e relevante nas disciplinas obrigatórias do
MEC

Métodos de Avaliação
Questionários e Entrevistas: Com o intuito de avaliar a qualidade dos
argumentos e a aplicação prática dos conceitos éticos, análises dos trabalhos
escritos dos estudantes, tais como relatórios, ensaios e apresentações, serão
realizadas.
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Observações em Sala de Aula: Desta forma, será possível avaliar o


envolvimento dos estudantes, bem como sua participação nas discussões em
sala de aula e a dinâmica geral do processo de aprendizagem.

Testes e Avaliações: A comparação dos resultados obtidos permitirá avaliar o


crescimento conceitual dos estudantes.

Auto avaliações dos Alunos: Essas auto avaliações fornecerão percepções


valiosas acerca da auto percepção dos estudantes.

Coleta de dados e análise de dados


A coleta de dados será conduzida por meio de pesquisas, questionários de
auto avaliação e relatórios sobre debates, dinâmicas, seminários, palestras,
trabalho textual, relatórios individuais e outras produções Além disso, as
análises qualitativas ajudarão a identificar tendências nas respostas dos alunos
e a compreender como o projeto afetou suas perspectivas. Uma análise
quantitativa será realizada para quantificar o impacto geral do projeto nas
habilidades críticas dos alunos.

Passo a passo:
O projeto é composto por quatro blocos, fundamentados na bibliografia
selecionada, que podem ser aplicados de forma independente, integrada ou
separada. Todos os blocos podem ser aplicados de forma sintetizada a uma
única turma, se necessário, ou de forma independente, uma vez que cada
bloco possui seu próprio início, meio e fim, permitindo flexibilidade na
abordagem. Entretanto, cada bloco possui um ano preferêncial de aplicação:

Bloco 1: Bloco Inicial Avaliativo Independente pode ser aplicado a qualquer


turma do Ensino Médio, bem como a membros da comunidade ou do contexto
familiar dos participantes.
Bloco 2: Bloco Propedêutico tem preferência de aplicação nas turmas do
primeiro ano.
Bloco 3: Bloco de Desenvolvimento Teórico é indicado para as turmas do
segundo ano.
Bloco 4: Bloco de Desenvolvimento Prático é preferencial para as turmas do
terceiro ano.
O Bloco 1
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Tem como objetivo diagnosticar o conhecimento dos alunos sobre ética e suas
aplicações no cotidiano. Considerando hipoteticamente turmas do primeiro,
segundo e terceiro ano, é possível iniciar o projeto aplicando o Bloco 1 a todas
elas. Este bloco visa verificar a compreensão do senso comum e da
desinformação, bem como suas implicações no dia a dia dos alunos. Além
disso, busca avaliar se os alunos possuem conceitos éticos, como os aplicam,
e examina conceitos relacionados a factoides, narrativas, desinformação e
desacreditamento de instituições e da ciência.

O Bloco 2

Conhecido como Bloco Propedêutico, engloba três momentos essenciais. O


primeiro deles é uma aula conceitual sobre ética, com o objetivo de definir o
que é ética sua utilidade e sua aplicação prática. Durante essa aula, exemplos
contextualizados no cotidiano dos estudantes do século XXI, especialmente
após o ano de 2020, que foi o período da pandemia, serão explorados.

Após essa aula conceitual, os alunos são convidados a realizar uma auto
avaliação para comparar o que pensavam sobre ética antes da aula e o que
passaram a pensar após a explicação.

O Bloco Propedêutico prossegue com um segundo momento, abordando


temas como o senso comum, informações enganosas, factoides, narrativas, a
importância de debater questões socialmente relevantes e os desafios da
descredibilização das instituições científicas.

Neste ponto, são apresentados diversos exemplos práticos e, ao final desse


segundo momento, os participantes são convidados a realizar outra auto
avaliação para refletir sobre as mudanças em suas perspectivas após a
exposição a esses conceitos.

O terceiro e último momento do Bloco Propedêutico é dedicado à conclusão.


Nessa fase, é apresentada uma aula conclusiva que demonstra como a ética e
suas teorias, quando aplicadas a debates que promovem o senso crítico,
fortalecem a capacidade de pensamento crítico e ajudam no combate à
mentira, à desinformação, aos factoides e às narrativas enganosas. Isso, por
sua vez, contribui para o exercício efetivo da cidadania.
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Após esse terceiro momento, os participantes realizam uma última auto


avaliação, onde podem considerar como o conhecimento adquirido sobre ética
pode ser um instrumento valioso no combate à desinformação. Esse é o Bloco
Propedêutico, que visa preparar os participantes para o desenvolvimento de
habilidades críticas e éticas em suas jornadas educacionais.

O Bloco 3

Chamado de Bloco de Desenvolvimento Teórico é aplicado preferencialmente


nas turmas do segundo ano do Ensino Médio, pois os alunos já possuem uma
base de conceitos adquirida no primeiro ano. Neste bloco, busca-se um
equilíbrio maior entre a teoria e a prática, diferentemente do foco teórico do
Bloco do primeiro ano.

O desenvolvimento teórico se desdobra da seguinte maneira:

a) Em primeiro lugar, os alunos escolhem um tópico do cotidiano que contenha


ideias não científicas, desinformação, senso comum e uma falta de
pensamento crítico. Por exemplo, um tópico adequado poderia ser a
pressão para obter boas notas.
b) Dentro desse tópico, os alunos identificam afirmações incorretas ou
enganosas, como "notas altas garantem sucesso na vida", "um mau
resultado em um exame determina seu futuro", "estudar constantemente é a
única maneira de obter boas notas", "todos os alunos devem seguir
carreiras tradicionais" ou "a escola é a única fonte de aprendizado".
c) A partir daí, os alunos, individualmente ou em grupos, escolhem um desses
tópicos e conduzem uma pesquisa ético-científica para avaliar a veracidade
e a validade científica dessas afirmações.
d) Após coletar evidências e formular conclusões, ocorre um encontro em sala
de aula, onde os alunos podem expressar seus resultados.
e) Essa consolidação do conhecimento obtido na pesquisa pode se manifestar
em debates, apresentações, produções textuais, relatórios individuais de
aprendizado, auto avaliações, seminários ou mesmo em palestras de
profissionais relacionados ao tópico em questão.
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Nesse processo, eles compartilham não apenas o conhecimento pesquisado,


mas também como a ética desempenhou um papel fundamental em sua
pesquisa científica, transformando sua percepção sobre o tema.

Assim sendo, o Bloco 3 do projeto incentiva os alunos a explorar tópicos do


cotidiano, aprimorando suas habilidades de pesquisa, pensamento crítico e
análise ética, enquanto adquirem uma compreensão mais profunda sobre
questões complexas e desafiadoras. Isso permite uma reflexão sobre o impacto
que a aplicação ética teve em seu próprio desenvolvimento intelectual.

O Bloco 4

Nomeado como Bloco de Desenvolvimento Prático, é indicado para as turmas


do terceiro ano do Ensino Médio. Neste estágio, a ênfase está na aplicação
prática do conhecimento, reduzindo a abordagem teórica em comparação com
os outros blocos.

O desenvolvimento prático desse bloco ocorre da seguinte forma:

a) Primeiramente, os alunos são encorajados a selecionar um tópico


relacionado ao cotidiano que envolva ideias não científicas, desinformação,
senso comum e falta de pensamento crítico. Por exemplo, podemos
considerar o rio que banha a cidade de Belmonte, o rio Jequitinhonha. Este
rio tem um impacto direto na vida da comunidade e está cercado por várias
informações incorretas, narrativas falsas e desinformação.
b) Após a escolha de um tópico, os alunos, individualmente ou em grupos,
conduzem uma pesquisa ético-científica para avaliar a validade e a
fundamentação científica das alegações em questão. Eles coletam
evidências e formulam conclusões, preparando-se para um encontro em
sala de aula, onde compartilharão seus resultados.
c) Os alunos têm a oportunidade de expressar suas descobertas por meio de
debates, apresentações, produções textuais, relatórios individuais de
aprendizado, auto avaliações, seminários ou até mesmo palestras com
profissionais relacionados ao tópico. Isso permite que não apenas
compartilhem o conhecimento adquirido, mas também mostrem como a
ética desempenhou um papel crucial em sua abordagem à pesquisa
científica, transformando sua percepção sobre o tópico.
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d) Assim, o Bloco 4 do projeto motiva os alunos a explorar questões do


cotidiano, aprimorando suas habilidades de pesquisa, pensamento crítico e
análise ética enquanto adquirem uma compreensão mais profunda de
questões complexas e desafiadoras. Isso os leva a refletir sobre o impacto
da aplicação ética em seu próprio desenvolvimento intelectual e permite a
troca de conhecimento com a comunidade através de um café filosófico.
Por fim, será elaborado um relatório que sintetizará todas as informações sobre
o impacto no conhecimento dos alunos e da comunidade, destacando os
aspectos positivos e negativos identificados.

Ética:
Este projeto seguirá estritamente as diretrizes éticas, protegendo a privacidade
dos participantes. A coleta de dados não incluirá informações pessoais além do
necessário e todas as informações serão mantidas confidenciais. O
consentimento informado será obtido dos alunos e de seus responsáveis. Além
disso, para evitar qualquer forma de preconceito, todos os participantes serão
tratados com igualdade e respeito, e quaisquer observações preconceituosas
serão tratadas com seriedade.

RESULTADOS
Perspectiva de Resultados:

 Aumento na qualidade dos Argumentos e utilização prática.


 Mudanças nas atitudes e perspectivas.
 Impacto no Conhecimento Ético-Filosófico.
 Espera-se que suas habilidades na construção de argumentos e na
aplicação prática de conceitos éticos melhorem ao longo do projeto.
 Envolvimento e Participação dos Alunos.
 Crescimento Conceitual.
 Opinião dos Professores.
 Respeito às Diretrizes Éticas.
 Impacto na Comunidade: Além dos resultados esperados para os
estudantes, o projeto deverá ter um impacto na comunidade ao
incentivar o debate de questões éticas e a promoção do pensamento
crítico. Isso pode ser observado em atividades como o "café filosófico"
mencionado no Bloco 4.
 Integração com o Currículo Escolar
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Entretanto, é importante considerar os possíveis resultados negativos que o


projeto poderia produzir caso algumas coisas não ocorressem conforme o
planejado. Aqui estão alguns exemplos de resultados não evolutivos:
 Baixo Engajamento dos Alunos:
 Resistência à Mudança.
 Dificuldades na Aplicação Prática.
 Divergências nas Avaliações.
 Falta de Impacto na Comunidade.
 Problemas Éticos ou de Privacidade.
 Falta de Coesão na Integração Curricular.
 Resistência dos Pais ou Comunidade.
Aqui estão algumas possíveis soluções para lidar com os resultados negativos
que foram acima mencionados.

 Melhor Comunicação e Motivação dos Alunos.


 Treinamento em Aplicação Prática.
 Avaliação Contínua e Ajustes.
 uma visão mais precisa do progresso dos alunos.
 Ênfase nas Diretrizes Éticas.
 Integração ao Currículo.
 Engajamento dos Pais e da Comunidade.
Essas soluções podem ser implementadas de forma flexível ao longo do
projeto, com base nas necessidades e desafios específicos que surgirem.

CRONOGRAMA:
Importante ressaltar que o cronograma partiu da ideia de que o projeto é
integrado de forma orgânica ao currículo escolar, isso permite que o projeto
não seja uma atividade extra, mas uma extensão natural do aprendizado em
sala de aula,

Propõe dois cenários, a principal diferença entre os dois cenários é que o


“Cenário 1 (Alinhado com o Conteúdo Programático)” está fortemente integrado
ao currículo escolar, alinhando-se ao conteúdo programático de cada ano,
enquanto o “Cenário 2 (Cronograma Aberto)” apresenta um cronograma mais
flexível, permitindo uma abordagem mais independente em relação ao
currículo, focando em blocos específicos de conteúdo do projeto.

Proposta de cronograma 1 (Alinhado com o Conteúdo Programático):


Primeiro Ano: Unidade Letiva 1: Bloco 1 (Preparação Inicial) com foco na
passagem do mito para a razão, alinhado ao conteúdo programático.
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Unidade Letiva 2: Bloco 2 (Bloco Propedêutico) aplicado para reforçar o


aprendizado do primeiro ano.
Segundo Ano: Unidade Letiva 1: Bloco 3 (Desenvolvimento Teórico) para
consolidar o entendimento da ética e se alinhar com o conteúdo do segundo
ano.
Unidade Letiva 2: Bloco 3 (Desenvolvimento Prático) integrando as aulas sobre
o Iluminismo, alinhado ao conteúdo programático do MEC.
Terceiro Ano: Unidade Letiva 1: Bloco 4 (Desenvolvimento Teórico) relacionado
ao conteúdo programático do MEC para o terceiro ano.
Unidade Letiva 2: Bloco 4 (Desenvolvimento Prático) para aplicar os conceitos
éticos aprendidos, enquanto se estuda a ética no currículo.

Proposta de cronograma 2 (Cronograma Aberto):


Primeiro Ano: Semanas 1-4: Bloco 1 e 2 (Preparação Inicial) com foco na
passagem do mito para a razão.
Segundo Ano: Semanas 1-4: Bloco 3 (Bloco Desenvolvimento Teórico)
alinhado com as aulas sobre o Iluminismo.
Semanas 5-8: Bloco 3 (Desenvolvimento Teórico) para debater os conceitos
éticos aprendidos em situações reais.
Terceiro Ano: Semanas 1-4: Bloco 4 (Desenvolvimento Prático) explorando a
ética em conjunto com as aulas sobre ética do ano letivo.
Semanas 5-8: Bloco 4 (Desenvolvimento Prático) para aplicar os conceitos
éticos aprendidos em situações reais.

Conclusão
No âmbito desta pesquisa, ressoa um compromisso profundo com a promoção
da ética, do pensamento crítico e da conscientização cidadã no contexto do
ensino médio, especialmente diante do cenário permeado pela disseminação
de desinformação. Ao longo dos diversos blocos que compõem esta jornada, a
intenção é fortalecer os fundamentos do conhecimento ético-filosófico e equipar
os alunos com as competências essenciais para interrogar, discernir e construir
argumentações sólidas quando confrontados com narrativas enganosas. O
projeto também reafirma a filosofia como disciplina central que fomenta o
espanto, a curiosidade e a capacidade de análise crítica. A aplicação prática
desses princípios visa preparar os estudantes para enfrentar as complexidades
do mundo contemporâneo, ao mesmo tempo em que contribui para o
desenvolvimento de uma sociedade fundamentada em valores éticos e críticos.
A proposta é uma evocação para reviver as tradições de debates à semelhança
da Ágora e dos cafés filosóficos, consolidando o compromisso com um
humanismo de elevada qualidade, destinado a perdurar nas gerações
vindouras.
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Referências
1. ARENDT, Hannah. Verdade e Política . [Sl: sn], 1970.

2. HABERMAS, Jurgen. A Ética da Discussão e a Questão da Verdade .


[Sl: sn], 1988.

3. BRAMAN, Sandra. Mudança de Estado . [Sl]: MIT Press, 2009.

4. ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco . [Sl: sn], 340 aC

5. PLATÃO. Uma República . [Sl]: EDIPRO, 2020.

6. CHAUÍ, Marilena de Souza. Convite à Filosofia . São Paulo: Ática, 2012.

7. CORTELLA, Mário Sérgio. Qual é a Tua Obra? . [Sl: sn], 2003.

8. PONDÉ, Luiz Felipe. Contra um Mundo Melhor: Ensaios do Afeto . [Sl]:


Editora Contexto, 2018.

9. PONDÉ, Luiz Felipe. Filosofia do Cotidiano . [Sl: sn], 2008.

10. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: Um Reencontro Com a


Pedagogia do Oprimido . Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

11. DEWEY, John. Democracia e Educação . Editora Nacional, 1937.

12. JAMES, Guilherme. Princípios de Psicologia . Editora da Universidade


de Harvard, 1890.

13. NUSSBAUM, Marta. As Fronteiras da Justiça: Deficiência,


Nacionalidade, Pertencimento . EditoraUnesp, 2011.

14. SEN, Amartya. Desenvolvimento como Liberdade . Companhia das


Letras, 2000.

15. TAYLOR, Carlos. Uma Fonte do Eu: A Construção da Identidade


Moderna . Editora Loiola, 1997.

16. SANDEL, Michael. Justiça: O Que é Fazer a Coisa Certa . Editora


Civilização Brasileira, 2011.

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