Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Docente:
Prof. Doutor José Luís Cabaço
Setembro -2023
ÍNDICE
O presente estudo, intitulado "Intersecções Entre Conhecimento e Poder em Moçambique: Explorando as Dinâmicas
Sociais, Políticas e Culturais.’’ realizado como avaliação do módulo Epistemologias I, buscou-se analisar as
complexas relações entre conhecimento e poder no contexto moçambicano. Adoptou-se uma abordagem qualitativa
fenomenológica para compreender essas interações. A amostra incluiu 35 participantes, e a colecta de dados ocorreu
por meio de um questionário no Google Forms, cujo link foi compartilhado. Os resultados revelaram que
aproximadamente 70% dos participantes ainda consideram um desafio significativo o acesso ao conhecimento. Além
disso, cerca de 60% identificaram questões culturais como um desafio, juntamente com a falta de inclusividade na
política educacional. Surpreendentemente, aproximadamente 80% dos participantes perceberam a persistente
influência do colonialismo na gestão do poder em Moçambique. Diante dessas constatações, é crucial a reformulação
do modelo de gestão do conhecimento e poder, priorizando a inclusão e a expansão desses elementos para agregar
valor ao bem-estar comum em Moçambique, promovendo uma abordagem mais inclusiva e democrática.
ABSTRACT
The present study, entitled "Intersections Between Knowledge and Power in Mozambique: Exploring Social, Political
and Cultural Dynamics." carried out as an evaluation of the Epistemologies I module, sought to analyze the complex
relationships between knowledge and power in the Mozambican context. a qualitative phenomenological approach
was used to understand these interactions. The sample included 35 participants, and data collection occurred through
a questionnaire on Google Forms, the link to which was shared. The results revealed that approximately 70% of
participants still consider it a significant challenge access to knowledge. Furthermore, around 60% identified cultural
issues as a challenge, along with the lack of inclusivity in educational policy. Surprisingly, approximately 80% of
participants perceived the persistent influence of colonialism in the management of power in Mozambique. Based on
these findings, it is crucial to reformulate the knowledge and power management model, prioritizing the inclusion and
expansion of these elements to add value to common well-being in Mozambique, promoting a more inclusive and
democratic approach.
Esta pesquisa visa adentrar as complexas e interligadas dinâmicas que permeiam o conhecimento
e o poder no contexto moçambicano. Faz uma investigação sobre a percepção do cidadão das
disparidades existentes no acesso ao conhecimento em todo o país, considerando as variações
urbanas e rurais, bem como as influências da classe social e do status étnico.
Além disso, analisa como as diferenças culturais desempenham um papel nas esferas de poder,
avaliar o impacto duradouro da história colonial na configuração das relações contemporâneas e
examinar criticamente as políticas educacionais em vigor, avaliando sua eficácia na promoção da
igualdade de acesso ao conhecimento.
Objectivo Geral:
Objectivo Específico:
2.1. Interseções
O conhecimento não é neutro, mas sim moldado pelas estruturas de poder dominantes. Santos,
(2006, p. 45), propõe uma epistemologia do Sul, que desafia a hegemonia do conhecimento
ocidental. Isso pode ser relevante para Moçambique, à medida que busca valorizar o conhecimento
local e desafiar as hierarquias de conhecimento impostas.
2.2. Conhecimento
Gettier (1963:121-123) - Em seu famoso artigo "Is Justified True Belief Knowledge?", Gettier
questiona a definição tradicional de conhecimento. Ele apresenta casos nos quais alguém pode ter
crenças verdadeiras justificadas, mas não parece possuir conhecimento genuíno. Este trabalho
levantou questões sobre a definição clássica de conhecimento e levou a discussões adicionais sobre
o assunto.
Em suma, essas definições representam diferentes abordagens filosóficas para o conceito de
conhecimento, variando desde a justificação da crença à experiência sensorial e à análise das
ideias. Cada autor contribuiu para a compreensão complexa e em constante evolução do que
constitui o conhecimento.
2.3. Poder
Weber (1978:41-62), descreve o poder como a capacidade de um indivíduo ou grupo de indivíduos
de impor sua vontade sobre os outros, mesmo contra resistência. Ele destaca que o poder pode se
manifestar de várias formas, incluindo poder político, econômico e social. Weber também discute
a autoridade como uma forma legítima de poder, em contraste com o poder puramente coercitivo.
Foucault (1980:34-49), argumenta que o poder não é uma entidade que alguém possui, mas uma
rede de relações e estruturas sociais que moldam e regulam o comportamento humano. Para
Foucault, o poder está presente em todas as interações sociais e se manifesta através de
mecanismos de controle e disciplina. Ele examina como o poder se exerce no domínio das normas
sociais e como a sexualidade, por exemplo, é regulada pelo poder.
Essas definições ilustram a diversidade de perspectivas sobre o conceito de poder na teoria social
e política. Max Weber enfatiza a capacidade de impor a vontade, enquanto Michel Foucault destaca
a complexidade das relações de poder que permeiam a sociedade e moldam o comportamento
humano. Ambos os autores contribuíram significativamente para o entendimento do poder em
diferentes contextos.
Thiong'o (1986, p. 35), argumenta que a colonização tem um impacto profundo na maneira como
o conhecimento é transmitido e valorizado. Em Moçambique, o legado colonial pode ser
examinado em relação à língua e ao sistema educacional, destacando como esses fatores estão
intrinsecamente ligados ao poder e ao acesso ao conhecimento.
Santos (2006:72), propõe uma epistemologia do Sul, que desafia a hegemonia do conhecimento
ocidental. Em Moçambique, isso pode ser relevante para questionar a validade e a relevância das
abordagens de conhecimento importadas e defender a valorização do conhecimento local e
indígena.
A perspectiva decolonial, representada por autores como Quijano (2007:34) propõe descolonizar
o conhecimento e reconhecer o papel do colonialismo na configuração das estruturas de poder.
Isso tem implicações significativas para Moçambique, uma nação que lutou contra o colonialismo
e agora está lidando com as heranças desse período.
Através da lente epistemológica, é possivel desvendar as complexas maneiras pelas quais o poder
influenciou a construção, a disseminação e a validação do conhecimento em Moçambique. A
literatura moçambicana, ao abordar essas questões, não apenas contribui para a compreensão das
interseções entre conhecimento e poder, mas também instiga uma reflexão profunda sobre a
redefinição das estruturas epistemológicas em busca de uma sociedade mais justa, inclusiva e
empoderada.
Embora a diversidade cultural seja uma característica rica de Moçambique, também pode ser fonte
de tensões e conflitos, a importância de compreender as identidades culturais em constante
]evolução para promover a coexistência pacífica (Macamo, 2008, pp. 91-109).
2.5.3. Dinâmicas políticas em moçambique
O estudo recorreu à fábula O Lobo e o Cordeiro para explicar como funciona a política, o
conhecimento e o poder em Moçambique.
Esta fábula de Esopo ilustra como aqueles que detêm o poder muitas vezes usam sua posição para
justificar suas acões injustas. O cordeiro, apesar de sua inocência e conhecimento da verdade, não
pode escapar do lobo, que usou seu poder para oprimir. Mostra como o conhecimento pode ser
usado para resistir ao abuso de poder, mas nem sempre garante justiça.
2.5.4. Dinâmicas Culturais em Moçambique
Patraquim (2000:23-40), que utiliza a poesia como meio de exploração das dinâmicas culturais
moçambicanas. Ele se concentra na experiência da diáspora moçambicana e na busca da identidade
cultural em contextos de deslocamento e mudança. Através da poesia, Patraquim reflete sobre
como as pessoas que deixaram Moçambique mantêm sua ligação com a terra natal e como isso
influencia sua identidade.
Esses autores contribuem significativamente para a compreensão das dinâmicas culturais e
identitárias em Moçambique, oferecendo perspectivas valiosas sobre como o conhecimento, a
cultura e a identidade se entrelaçam no contexto moçambicano. Suas obras são fundamentais para
a apreciação da riqueza e complexidade da sociedade moçambicana.
Segundo Machel (2001), Graça Machel, também uma figura importante na história de
Moçambique, desempenhou um papel fundamental na promoção da educação e dos direitos das
crianças. Como activista e defensora dos direitos humanos, ela tem se concentrado em garantir o
acesso à educação para as crianças moçambicanas e em destacar a importância do conhecimento
como um meio de empoderamento e desenvolvimento.
Costa (2016), oferece uma visão aprofundada das influências coloniais nas dinâmicas sociais
moçambicanas e como essas influências moldaram a identidade e as relações sociais. Ela examina
como o conhecimento foi usado para perpetuar o poder colonial e como isso afetou o processo de
descolonização.
Esses autores representam uma variedade de perspectivas sobre as interseções entre conhecimento
e poder em Moçambique, incluindo líderes políticos, acadêmicos e pesquisadores que contribuíram
para a compreensão dessas dinâmicas complexas. Suas obras abordam questões fundamentais
relacionadas à educação, identidade e o legado colonial no contexto moçambicano.
CAPÍTULO 3: METODOLOGIA DA PESQUISA
Este capítulo detalha a metodologia empregada para investigar as complexas interações entre
conhecimento e poder em Moçambique, com ênfase na análise das dinâmicas sociais, políticas e
culturais que moldam essas relações. O estudo utilizará uma abordagem metodológica que
combina técnicas analíticas e análise documental, fortalecidas por uma revisão aprofundada da
literatura pertinente.
A seleção da amostra em um estudo fenomenológico deve ser orientada pelos critérios relevantes
para o tópico em questão. Isso garante que os participantes tenham uma conexão significativa com
o fenômeno sendo investigado. Creswell (2013) sugere que os critérios de seleção devem ser
explícitos e claramente definidos para que a amostra seja representativa das experiências que se
deseja explorar.
Para obter uma compreensão abrangente, é fundamental incluir uma variedade de perspectivas e
experiências na amostra. Os participantes devem representar uma diversidade de contextos,
históricos e pontos de vista sobre o fenômeno (Manen, 1990). Isso ajuda a capturar a riqueza das
experiências relacionadas ao tópico.
Para colectar dados, foi criado um questionário fechado no Google Forms. Embora o termo
"fechado" seja geralmente associado a perguntas de resposta única ou múltipla, o do questionário
permitiu que os participantes fornecessem respostas detalhadas e descritivas. Isso permitiu uma
análise mais rica das respostas.
Por exemplo, Creswell (2014:25) discute que as abordagens qualitativas, como questionários com
respostas abertas, podem ser valiosas para explorar experiências individuais e obter uma
compreensão mais profunda de um fenômeno. Isso é relevante quando se busca coletar dados que
vão além das respostas simples de múltipla escolha.
Além disso, Patton (2015) destaca a importância de uma abordagem orientada para o uso de
métodos de colecta de dados que sejam apropriados para as questões de pesquisa e que permitam
uma análise rica e significativa dos dados. Ele enfatiza que a escolha de métodos deve ser guiada
pelos objectivos da pesquisa e pela necessidade de obter informações substanciais.
A análise dos dados foi feita apoiando-se nos gráficos construídos pelo google forms, onde todos
dados foram organizados em categorias e temas comuns. Em seguida, foram realizadas análises
mais profundas para capturar os significados subjacentes às experiências dos participantes. O
processo de análise permitiu uma compreensão mais aprofundada do tópico, revelando
informações valiosas.
CAPITULO IV-APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Freire (1970), argumenta que a educação desempenha um papel fundamental na libertação das
pessoas da opressão. Ele enfatiza a importância de um sistema educacional inclusivo que capacite
as pessoas a acessar o conhecimento e, assim, melhorar suas vidas. No contexto de Moçambique,
a distribuição desigual do acesso à educação pode ser vista como uma forma de opressão que
perpetua as desigualdades sociais.
Sen (1999), argumenta que a educação é essencial para expandir as capacidades e as liberdades
das pessoas, permitindo-lhes tomar decisões informadas e participar activamente na sociedade. A
distribuição desigual do acesso à educação em Moçambique pode ser vista como uma restrição
significativa das liberdades e oportunidades das pessoas, particularmente aquelas em grupos
marginalizados.
4.1.2. Avaliação das Políticas Educacionais em Moçambique para Promover a Igualdade no
Acesso ao Conhecimento
Illich (1970), argumenta que muitas vezes essas instituições perpetuam desigualdades e limitam o
verdadeiro aprendizado. Seu livro "Deschooling Society" questiona o modelo convencional de
educação e destaca a importância de permitir que as pessoas busquem conhecimento de forma
autônoma.
Mbembe (2001), destaca como o poder político está ligado ao controle das estruturas do Estado,
incluindo a formulação de políticas e a alocação de recursos. Suas obras abordam a influência pós-
colonial nas dinâmicas de poder em contextos africanos, o que pode ser relevante para a análise
das políticas educacionais em Moçambique.
4.1.3. O Papel da Tecnologia e da Internet na Distribuição do Conhecimento em
Moçambique
Unwin (2009), destaca como as TIC podem ser uma ferramenta poderosa para alcançar metas de
desenvolvimento, incluindo o acesso à educação e ao conhecimento
O estudo usou a música "As Mentiras" de Azagaia, do álbum "Babalaza" de 2007, para explorar a
influência da história colonial na gestão do poder em Moçambique. Os resultados indicam que
88,6% dos participantes veem a história colonial como um fator significativo nas dinâmicas de
poder do país. A música de Azagaia, que aborda desigualdades e dependência, representa as
preocupações dos participantes sobre como o conhecimento e o poder estão ligados à herança
colonial e às dinâmicas sociais e políticas atuais em Moçambique. Isso destaca a importância de
reconhecer e enfrentar as consequências históricas nas dinâmicas contemporâneas de
conhecimento e poder no país.
Gráfico 4: Papel das diferenças culturais nas dinâmicas de poder em Moçambique
No trecho abaixo, Azagaia faz uma crítica à mentalidade de competição e desigualdade de poder, onde os brancos, em
referência aos países ocidentais, têm acesso a tecnologias avançadas, enquanto muitos africanos lutam para adquirir até
mesmo bens básicos. Isso reflete a desigualdade no acesso ao conhecimento e aos recursos, com o conhecimento sendo
um dos principais motores do desenvolvimento.
"Quando um branco compra uma bicicleta, o outro
branco compra uma mota / E depois outro branco
compra um carro e o outro depois compra um avião /
Mas quando um negro compra uma bicicleta / Sabem
o que faz o outro negro? / Fura o pneu dessa bicicleta
he he he"
-Azagaia (2007), As Menticas
Continua, destacando como alguns indivíduos procuram posições de liderança não para promover
o bem comum ou compartilhar conhecimento, mas simplesmente para acumular riqueza e status.
Azagaia critica a busca pelo poder e pela riqueza material, muitas vezes à custa da educação e do
conhecimento genuíno, como se expressa no trecho abaixo.
"E adoramos ser patrões, negros adoram mandar
/E é só pra ter dinheiro que a juventude está a
estudar"
-Azagaia (2007), As Menticas
Neste trecho, Azagaia critica a mentalidade de inferioridade e subserviência que algumas pessoas
podem ter em relação aos estrangeiros ou àqueles que são percebidos como superiores. Isso pode
estar relacionado à percepção de que o conhecimento e o poder estão inherentemente ligados
àqueles que não são nativos da África, destacando uma questão de desigualdade no acesso ao
conhecimento e à autoridade.
"E quanto mais branco parecer, mais esse negro
se orgulha / Acredita se o branco prometer meter
um camelo pela agulha / Porque o branco para o
negro está acima de qualquer suspeita"
Embora a música não aborde diretamente o tema de conhecimento e poder, ela faz críticas
contundentes à desigualdade, ao subdesenvolvimento e à dependência, todos os quais estão
intrinsecamente ligados às dinâmicas de conhecimento e poder em Moçambique e em toda a África.
Azagaia destaca a importância de questionar essas desigualdades e desafiar a narrativa das
"mentiras" que muitas vezes permeiam as questões de conhecimento e poder no continente africano.
4.2.2. Desafios para Superar as Desigualdades de Poder Relacionadas ao Conhecimento em
Moçambique
O que vai ao encontro dos argumentos de Fanon (1963), que diz que o colonialismo impôs uma
visão de mundo eurocêntrica sobre as sociedades colonizadas, perpetuando desigualdades de
poder. A perspectiva de Fanon é relevante para entender como o conhecimento e o poder se
entrelaçam em Moçambique.
Complementado por Said (1978), dizendo que essa construção de conhecimento serviu para
justificar a dominação ocidental sobre as regiões orientais, incluindo partes da África. A
perspectiva de Said ajuda a elucidar como o conhecimento é frequentemente usado como uma
ferramenta de poder.
4.2.3. Comparação da Situação de Moçambique com Outros Países Africanos nas Interseções
entre Conhecimento e Poder
A pesquisa revelou que cerca de 82% dos inquiridos acreditam que a situação de Moçambique em
relação ao conhecimento e poder é menos favorável do que a de outros países africanos. Embora
essa percepção possa ser influenciada pela falta de conhecimento detalhado sobre outras nações
africanas, ela reflete uma insatisfação significativa com a actual situação em Moçambique. Isso
destaca a necessidade de políticas e estratégias que promovam uma distribuição mais equitativa
do conhecimento e do poder no país, visando melhorar as condições sociais, políticas e culturais.
Mbembe (2003) enfatiza que o poder político é exercido não apenas controlando a vida, mas
também a morte das pessoas. No contexto de Moçambique e outros países africanos, essa
abordagem pode ser aplicada para entender como o poder é exercido por meio do acesso ao
conhecimento, educação e saúde. Isso é especialmente relevante ao analisar disparidades no acesso
a recursos educacionais e de saúde.
Autores contemporâneos, como Rose (2019) e Ramphele (2013) dizem que falta de acesso à
educação de qualidade e recursos educacionais é um problema comum que afecta o poder de
indivíduos e comunidades de adquirir conhecimento e melhorar suas vidas. A comparação com
outros países africanos pode revelar semelhanças nas questões educacionais.
CAPÍTULO V - CONCLUSÕES
A pesquisa indicou que questões culturais desempenham um papel significativo nas dinâmicas de
conhecimento em Moçambique. A discriminação cultural e étnica foi identificada como um
obstáculo à inclusão e à aquisição de conhecimento. Isso ressalta a importância de abordar questões
culturais na promoção do acesso ao conhecimento.
Creswell, J. W. (2013). Qualitative Inquiry and Research Design: Choosing Among Five
Approaches. Sage Publications.
Foucault, M. (1977). Discipline and punish: The birth of the prison. Vintage.
Van Manen, M. (1990). Researching Lived Experience: Human Science for an Action
Sensitive Pedagogy. State University of New York Press.
Link do questionário:
https://docs.google.com/forms/d/1m2wjafxqbICtWfE2DUNN62ylw-xgWg6_ZHuo54tPDVs/edit