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SOBRE EDUCAÇÃO INTEGRAL

PENSANDO SOBRE A AMPLIAÇÃO DA JORNADA ESCOLAR (PARA O TEMPO INTEGRAL)


E(M) SUA RELAÇÃO COM A EDUCAÇÃO INTEGRAL

A seguir, você encontra trechos/citações de artigos, capítulos de livros, dissertações ou


teses que ‘falam’ sobre educação integral. Também encontra outros trechos em que a
relação dessa temática com a educação em tempo integral se faz presente.

O desafio que propomos, então, é ler esses trechos atentamente, pensando sobre as
várias possibilidades de se entender esse conceito – educação integral – cuja ‘história’
iremos problematizar, a partir desta Unidade 2.

Trecho 01

“(...) educação ou é integral ou não é. Passar só conhecimento é muito chato, não


constrói o interesse da criança. É preciso leva-la a essa construção, trabalhar com
valores (sem moralismo), trabalhar crenças, trabalhar a arte, a ciência, a filosofia
em todas as suas dimensões”. (PARO, Vitor Henrique. Educação integral em tempo
integral: uma concepção de educação para a modernidade. In: COELHO, Lígia
Martha (org.) Educação integral em tempo integral: estudos e experiências em
processo. Petrópolis, DP&Alii/FAPERJ, 2009. P.20).

Trecho 02

“Uma escola que funcione em tempo integral não pode ser apenas uma escola de
dupla jornada, com repetição de tarefas e metodologias. Se assim o for, estaremos
decretando a sua falência. Ao defendermos o tempo integral, fazemo-lo a partir
também de uma concepção de educação que se fundamenta na formação integral
do ser humano (...); que se alicerça em atividades variadas, incluindo esportes,
cultura, trabalho, artes em geral; que experiencia metodologias diversas, e ocupa
todos os espaços existentes no ambiente escolar”. (COELHO, Lígia Martha.
Formação continuada do professor e tempo integral: uma parceria estratégica na
construção da educação integral. In: COELHO, Lígia Martha (org.) Educação
brasileira e(m) tempo integral. Petrópolis, Vozes, 2002. P.143).
Trecho 03

“Em cada experiência de educação integral apresentada haverá um entendimento


sobre essa ‘formação mais completa’ do sujeito, o que, por sua vez, implicará
formas diferenciadas de gerenciar o tempo; o espaço; o currículo e as políticas de
educação integral e(m) tempo integral” (COELHO, Lígia Martha e SIRINO, Marcio
Bernardino. Concepções de educação integral, gestão do tempo integral e projetos
de sociedade. In: FERREIRA, A. G; BERNADO, E. S e MENEZES, J. S. Políticas e gestão
em educação em tempo integral. 2018. p.149).

Trecho 04

“(...) Por conseguinte, projetar escola de tempo integral só faz sentido quando se
considera uma concepção de educação integral em que a perspectiva de expansão
do horário também represente uma ampliação de oportunidades e situações que
promovam aprendizagens significativas e emancipadoras. In: MOREIRA, Herivelto e
CALEFFE, Luiz Gonzaga. Metodologia de pesquisa para o professor pesquisador. Rio
de Janeiro, DP&A, 2006. p.111).

Trecho 05

“Com a educação geral de base, não se pretende fazer do aluno um expert, mas
dotá-lo dos rudimentos das diversas ciências e artes, para que ele possa
desenvolver-se(...) Por outro lado, a educação integral procura um desenvolvimento
harmônico da pessoa: ninguém pode ser feliz se seu desenvolvimento se dá apenas
em uma das facetas, relegando as demais ao esquecimento. (...) Nas palavras de
Robin, ‘a educação integral contém e reúne os três fatores habituais, a saber: a
educação física, a intelectual e a moral’. (...) Um conceito fundamental nesta prática
pedagógica é o da sua inteireza: o homem deve ser entendido como um todo
orgânico, formado por diversas facetas que se complementam, e a educação deve
trabalhar com plena consciência desta multiplicidade de aspectos, tratando o
homem por inteiro”. (GALLO, Silvio. Pedagogia do Risco: experiências anarquistas
em educação. São Paulo, Papirus, 2008, p.97).
Trecho 06

“Enfim, pretendia-se que a formação integral veiculada nessas escolas preparasse


as crianças para a vida. Portanto, as escolas que adotam esse sistema [a escola
Platton] se estruturam a partir das novas exigências sociais que também as obrigam
a conceber o seu programa pedagógico de forma mais rica e mais ampla. E são as
atividades em torno da saúde, do estudo, do trabalho e da recreação que norteiam
as ações pedagógicas dessas escolas (...) Nesse sentido, é correto afirmar que a
educação integral promovida por Anísio Teixeira no Rio de Janeiro, nos anos 30,
sem sombra de dúvida inspira a educação de tempo integral dos dias de hoje muito
mais pelo seu modo globalizado de enxergar o ensino que ainda pressupõe uma
construção arquitetônica escolar adequada, do que pelo seu tempo escolar integral
que, apesar de tudo, já naquela época constituía-se como uma possibilidade para o
futuro de uma escola primária de boa qualidade”. (CHAVES, Miriam Wainfeld.
Educação integral: uma proposta de inovação pedagógica na administração escolar
de Anísio Teixeira no Rio de Janeiro dos anos 30. In: COELHO, Lígia Martha (org.)
Educação brasileira e(m) tempo integral. Petrópolis, Vozes, 2002, p. 55-58).

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