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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO EXÉRCITO

Nota de Coordenação Doutrinária (NCD) Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15


A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES

CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

1.1 FINALIDADE

1.1.1 O presente Manual de Campanha (MC) tem por finalidade


apresentar as estruturas logísticas passíveis de desdobramento 1.1 FINALIDADE
na Zona de Combate, responsáveis pela execução do apoio 1.2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
logístico à Força Terrestre Componente (FTC), sua origem e
organização para executar o supracitado apoio nas diversas 1.3 DEFINIÇÕES BÁSICAS

operações a serem desenvolvidas.

1.2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1.2.1 Com o advento do novo manual de Logística, EB-20-MC-10.204, que substituiu o


Manual de Campanha C 100-10, mudanças significativas na estruturação do nível tático
do sistema operacional Logística foram implantadas, obrigando a modernização dos
manuais escolares ME-29 2 e C -29 3, até então em vigência.

1.2.2 Dessa forma, o Centro de Doutrinado Exército (EME) decidiu organizar em um só


manual todas as informações inerentes ao apoio logístico à FTC, independente de sua
constituição ou valor, baseado na concepção doutrinária apresentada no novo manual de
Logística, definindo desta forma o novo modus operandi da logística no nível tático.

1.3 DEFINIÇÕES BÁSICAS

1.3.1 Para o contexto deste manual, são considerados os seguintes conceitos:

1.3.2.1 Grupamentos Logísticos (Gpt Log) – são GU logísticas existentes, desde o


tempo de paz, encarregados de planejar, coordenar, controlar e fazer executar por meio
de suas OM Log funcionais o apoio de material, ao pessoal e de saúde no âmbito da F
Ter. Essas GU apresentam organização modular e adaptada ao ambiente operacional de
provável emprego.

1.3.2.2 Batalhões Logísticos (B Log) – são OM responsáveis pela execução das tarefas
logísticas relacionadas às áreas funcionais de apoio de material, apoio ao pessoal e de
apoio de saúde às U e SU subordinadas às brigadas (Bda). Essas OM Log apresentam
organização modular e adaptada ao ambiente operacional de provável emprego da GU
enquadrante, devendo ser aptas a constituir os módulos logísticos a serem desdobrados
em operações.

1.3.2.3 Comando Logístico do Teatro de Operações ou Área de Operações


(CLTO/CLAO) – é uma F Cte encarregada de coordenar e executar o apoio logístico no
TO/A Op, racionalizando e otimizando as capacidades e os meios disponíveis. Sua
estrutura é flexível, de forma a se adequar às demandas logísticas decorrentes do
planejamento operacional. É organizado a partir de estruturas existentes nos Gpt Log
complementadas por outros recursos disponibilizados pelas demais FS. A critério do C
Op, os encargos da estruturação deste C Log podem ser atribuídos à F Ter. Essa situação
ocorrerá nos casos em que a F Ter apresentar um conjunto de capacidade logística mais
completa (em termos de pessoal, instalações, meios, comando e controle e outras) ou nas
situações de emprego conjunto nas quais ela seja a maior usuária (maioria de meios
operativos no TO/A Op).

1.3.2.4 Base Logística Conjunta (Ba Log Cj) – é um agrupamento temporário de


Organizações Militares Logísticas Singulares (OMLS) desdobradas no interior da área do
C Op, diretamente sob o controle operacional do CLTO/CLAO. Ela é responsável pela
realização do apoio logístico ao conjunto das forças em operações, buscando explorar ao
máximo as capacidades logísticas das organizações que a compõem. É constituída a
partir de estruturas existentes nos Gpt Log, complementadas por outras OM
disponibilizadas pelas demais FS. A Ba Log Cj poderá ser organizada em Grupos Tarefa
Logísticos (GT Log, formados por OM das três FS, de acordo com suas especificidades.

1.3.2.5 Grupo Tarefa Logístico (GT Log) – É um destacamento logístico, conjunto ou


singular, desdobrado pela Ba Log Cj na ZC afim de prestar o apoio cerrado em um ou
mais grupos funcionais . Os fatores da decisão e as considerações levantadas na Análise
de Logística determinarão a necessidade ou não de desdobrá-lo.

1.3.2.6 Comando Logístico da Força Terrestre Componente (CLFTC) – é responsável


pelo planejamento e coordenação do apoio logístico aos elementos integrantes da FTC e,
quando determinado, a outras forças, a agências civis (governamentais ou não) e à
população local na sua área de responsabilidade. Conecta a logística tática com as
logísticas operacional e estratégica. É estruturado com base nos Gpt Log e organizado de
acordo com a situação, os recursos logísticos disponíveis e a missão atribuída à FTC.
Normalmente, não possui uma estrutura fixa, sendo constituído por um EM funcional e
assessorias especializadas. O seu braço operativo é constituído por um número variável
de módulos das OM Log funcionais, que são desdobrados em bases logísticas (terrestres
e de brigada) e/ou empregados na forma de destacamentos logísticos, e por outros meios
necessários.

1.3.2.7 Base Logística Terrestre (BLT) – é a área na qual os Gpt Log desdobram seus
meios orgânicos e outros recursos específicos na ZC, necessários ao apoio logístico à
FTC. Poderá – caso determinado e desde que receba meios - prover o suporte a outras F
Cte, a agências civis ou à população localizada na área de responsabilidade dessa força.
Os fatores da decisão e as considerações levantadas na Análise de Logística
determinarão a necessidade ou não de desdobrá-la. Não ocorrendo o desdobramento, a
FTC recebe o apoio logístico diretamente da Ba Log Cj e/ou de GT Log. A localização,
quantidade e composição da BLT também decorrem da Análise de Logística,
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considerando, particularmente, as distâncias de apoio e a natureza e o valor da força a
sustentar. Possui organização variável, sendo estruturada pelos Gpt Log de acordo com
as capacidades logísticas necessárias para o cumprimento da missão da FTC.
Normalmente, é composta por elementos de comando e controle, uma célula de controle
das operações logísticas e um número variável de módulos das OM Log funcionais.

1.3.2.8 Base Logística de Brigada (BLB) – é a área onde são desdobrados os meios
orgânicos dos B Log e outros recursos específicos necessários ao apoio a uma GU. Sua
organização é modular e fundamentada em meios dotados de mobilidade tática, de modo
a possibilitar o apoio logístico às operações e assegurar certo grau de autonomia à força
apoiada.

1.3.2.9 Destacamento Logístico (Dst Log) – é uma estrutura flexível, modular e


adaptada às necessidades logísticas do elemento apoiado, podendo ser constituído a
partir dos meios das OM Log funcionais do Gpt Log ou da OM Log de uma GU, a fim de
proporcionar apoio logístico cerrado e contínuo aos elementos integrantes de uma F Op.
Os Dst Log são desdobrados temporariamente em posições mais avançadas na ZC,
constituídos por elementos de C² e um número variável de módulos logísticos adaptados
à tarefa a cumprir. A sua organização depende, dentre outros fatores da natureza e do
valor da força a apoiar, do tipo de operação, da possibilidade de atuação do inimigo, do
tempo disponível para o desdobramento e a operação dessa instalação e de outras
considerações relacionadas aos fatores da decisão e da Análise de Logística.

Fl 3 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


CAPÍTULO II

O APOIO LOGÍSTICO NA FTC

2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS


2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS 2 2 ORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE APOIO
LOGÍSTICO
2.3 ORGANIZAÇÃO E EMPREGO DA BLT
2.1.1 De acordo com o Manual EB20-MC -10.202, 2.4 OM FORMADORAS DA BLT
FORÇA TERRESTRE COMPONENTE, a 2.5 SEGURANÇA DA ÁREA DE RETAGUARDA

organização da FTC pode se enquadrar em três


casos distintos: FTC enquadrando dois ou mais G Cmdo Operativos, FTC enquadrando
GU empregadas e FTC enquadrando Unidades e Subunidades independentes
empregadas.

2.1.2 O presente capítulo abordará a organização da estrutura do apoio logístico na


FTC, enfatizando o papel do CLFTC como coordenador da execução do citado apoio, a
organização e emprego da BLT, suas missões e as características das OM do Gpt
Log responsáveis por sua formação, além das atividades referentes à Segurança da
Área de Retaguarda na FTC.

2.1.3 O detalhamento do apoio logístico à FTC, nos diversos casos preconizados no


manual EB-20-MC-10.202, será realizado em capítulos posteriores.

2.2 ORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE APOIO LOGÍSTICO

2.2.1 O comando da FTC, por intermédio de suas células de pessoal e logística, emitem
diretrizes de planejamento para o apoio logístico das operações planejadas. A FTC
determina, ainda, as prioridades para apoio baseado nas prioridades para emprego tático
da FTC.

2.2.2 O CLFTC é estruturado com base nas Regiões Militares, Gpt E e Gpt Log existentes
desde o tempo de paz, sendo organizados de acordo com a situação, os recursos
logísticos disponíveis e a missão atribuída à FTC. Outros aspectos poderão condicionar,
mas não restringir, a organização do CLFTC. Entre eles, estão os relacionados aos
efetivos a apoiar, à complexidade da manutenção dos materiais e sistemas de armas, à
quantidade de artigos de suprimento a ser distribuída e armazenada, às necessidades de
transporte e controle de movimento, ao apoio à população e a outros vetores nacionais
e/ou multinacionais e à possibilidade de utilização da infraestrutura local existente.

2.2.3 O CLFTC não possui uma estrutura fixa e sua organização; conta com um Estado-
Maior (EM) funcional, assessorias especializadas e o Centro de Coordenação de
Operações Logísticas (CCOL). O seu braço operativo é constituído por um número
variável de módulos das OM Log funcionais que serão desdobrados nas BLT e/ou Dst
Log, dimensionadas conforme as necessidades de apoio dos elementos da FTC

2.2.4 O CLFTC participa de todo processo de planejamento logístico, a partir do


estabelecimento de diretrizes e prioridades da FTC. Deve, portanto ter sua estrutura
ativada, o mais cedo possível, na fase de planejamento tático. Organizar-se-á em células

Fl 4 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


de capacidade e tamanho variável, para atender as necessidades de planejamento e
coordenação das operações logísticas da FTC.
2.2.5 O CLFTC deverá estabelecer ligação técnica com o CLTO para a coordenação do
Ap Log. Esta ligação será feita através do Centro de Coordenação de Operações
Logísticas do CLFTC, CCOL, com o Centro de Coordenação de Operações Logísticas, do
CLTO.

2.2.6 O CCOL do CLFTC deverá possuir células de todas as funções logísticas;

2.2.7 As atribuições do CLFTC encontram-se discriminadas no manual LOGÍSTICA (EB-


20-MC-10.204)

CLFTC

EM

CHEM CCOL C RH CIC³ C AssCiv C Jur e Adm C Eng

C M Amb C Sup C Sau C Mnt C Trnp Outros

Fig 2-1 Organização Básica do CLFTC

2.2.8 O Comandante Logístico da FTC é o responsável pela coordenação do apoio


logístico a todos os elementos integrantes da FTC, e a outros elementos, quando
determinado, no que se refere às seguintes atividades da função logística operacional:
suprimento, transporte, manutenção, saúde e pessoal.
Será designado controlador de segurança de área de retaguarda, compreendendo a
defesa da área de retaguarda e o controle de danos.

2.3 ORGANIZAÇÃO E EMPREGO DA BLT

2.3.1 A Base Logística Terrestre (BLT) é formada por meios e recursos humanos
provenientes dos Gpt Log, Gpt E e RM, estruturas existentes desde o tempo de paz, que
desdobram seus meios orgânicos, além de recursos específicos para apoio de material na
função logística engenharia e outros relacionados às áreas de pessoal e de saúde
necessários ao apoio logístico da FTC/F Op. Poderá, caso determinado, prover o suporte
total ou parcial a outras F Cte, a órgãos civis ou à população localizada na área de
responsabilidade dessa força, recebendo meios em reforço para cumprimento dessa
tarefa.
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2.3.2 O desdobramento da BLT não é impositivo, sendo condicionado aos fatores da
decisão e outras considerações logísticas levantadas no exame de situação logística.
Caso a BLT não seja desdobrada, a FTC/F Op receberá o apoio logístico diretamente das
Ba Log Cj.

2.3.3 A localização e a composição da BLT serão definidas, consoante o exame de


situação logística, particularmente no que tange às distâncias de apoio entre os diferentes
níveis de execução da logística e ao volume e natureza das forças a sustentar. Ela será
estruturada de forma que o apoio ao conjunto seja realizado por meios especializados e
de menor mobilidade e o apoio direto por intermédio de elementos de maior mobilidade,
adaptados às necessidades da F Op e a cada tipo de operação.

2.3.4 As BLT possuem organização variável, sendo estruturadas pelos Gpt Log de acordo
com as tarefas da F Op e as respectivas capacidades logísticas necessárias para o
cumprimento da missão. Normalmente, contam com elementos de comando e controle,
de coordenação das operações de apoio logístico e de um braço operativo constituído por
um número variável de módulos das OM Log funcionais, dimensionadas conforme as
necessidades da força a ser apoiada.

2.3.5 Dependendo da situação, poderá ser desdobrada mais de uma BLT, ficando à cargo
do CLFTC, após o exame de situação logística, determinar a adoção do desdobramento
das referidas bases. Isto normalmente pode ocorrer quando a FTC for constituída por
mais de um G Cmdo Op. Não é necessário que as instalações da BLT estejam em uma
mesma área física. O comando, controle e segurança necessários deverão ser
proporcionados pela FTC, em ligação com as células de proteção e CIC³.

BLT

EM

CCOL Mdl Mdl Mnt Mdl Sau Mdl Trnp Mdl Outros
(1) Sup RH

Fig 2-2 Organização Básica de uma BLT.

(1) Constituição análoga ao CCOL do CLFTC

2.4 OM FORMADORAS DA BLT

2.4.1 Da mesma forma que o CLTO, CLFTC e Ba Log Cj, a BLT será constituída por
módulos logísticos provenientes das OM do Gpt Log, Gpt E e RM, além de outros
necessários para a execução de tarefas específicas.

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2.4.2 Só serão desdobrados na BLT os meios estritamente necessários à execução das
atividades de apoio logístico, tornando-se fundamental a exatidão dos planejamentos
desenvolvidos para a consecução dessas atividades. Dessa forma, o correto
entendimento da missão da FTC em todas as suas fases é vital para a organização da
BLT, afim de que a mesma possua todas as competências necessárias para atender as
demandas logísticas existentes.

2.4.3 Os módulos logísticos que constituirão a BLT serão provenientes em sua maioria do
Grupamento Logístico, que possui a seguinte constituição:

Gpt Log

Cia C B Mnt B Sup B RH B Sau B Trnp

Fig 2-3 Exemplo de constituição do Gpt Log

2.4.4 Serão disponibilizados ainda módulos logísticos provenientes das RM, Grupamentos
de Engenharia (Engenharia e Salvamento) e outros para finalidades específicas.

2.4.5 CONSTITUIÇÃO DOS BATALHÕES DO Gpt Log

2.4.5.1 Batalhão de Recursos Humanos

2.4.5.1.1 Estrutura

B RH

EM

CCAp Cia Cia


Rcp RH

Fig 2-4 Estrutura do Batalhão de Recursos Humanos

2.4.5.1.2 Companhia de Recompletamento


a) Missão - realizar o recompletamento de pessoal para FTC.
b) Mobilidade - tem capacidade orgânica de transportar todo o seu efetivo, sem seus
recompletamentos.
c) Possibilidades:
- Receber, processar, proporcionar instrução nas diversas QM de interesse da FTC e
suprir os recompletamentos procedentes dos centros de recompletamento e os designar,
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o mais rapidamente possível, para as unidades da FTC, atendendo aos pedidos
formulados.
- Enquadrar número variável de companhias de recompletamento;
- Receber, classificar, processar e suprir os recuperados dos hospitais, designando-os
automaticamente para suas unidades de origem, sempre que possível.

2.4.5.1.3 Companhia de Recursos Humanos


a) Missão - apoiar a FTC nas atividades de lavanderia, banho e assistência ao pessoal.
b) Mobilidade - 100% motorizado.
c) Organização e atividades:
- A companhia de recursos humanos é organizada em pelotão de comando e apoio,
lavanderia, banho e assistência ao pessoal.
- O pelotão de lavanderia é organizado em seções encarregadas da limpeza do
fardamento e equipamento do pessoal. O pelotão deve ter capacidade de desdobrar as
seções em reforço aos P Lav das BLB.
- O pelotão de banho é organizado em seções encarregadas da montagem de estrutura
de higiene individual do pessoal. O pelotão deve ter capacidade de desdobrar as seções
em reforço aos P Ban das BLB ou até mesmo nas AT/ATE, se for o caso.
- O pelotão de assistência ao pessoal deverá realizar as tarefas de recreação,
manutenção e operação de áreas de repouso e estabelecimento e operação de redes de
comunicação para atendimento às necessidades do pessoal. Deverá estar em condições
de desdobrar uma área de repouso e recreação na BLT, a ser utilizada de acordo com
planejamento a ser realizado no CLFTC.

2.4.5.2 Batalhão de Suprimento

2.4.5.2.1 Estrutura

B Sup

EM

CCAp (1) Cia Sup R Cia Sup A


(2) (4) (5) (2) (3) (4) (5)

Fig 2-5 Estrutura do B Sup

(1) O centro de operações de suprimento (COS) integra o comando e tem organização


variável, em função das necessidades de Plj e Ct nos procedimentos relativos às
diferentes Cl Sup.
(2) Organização variável, em função das necessidades de Plj e Ct nos procedimentos
relativos às diferentes Cl Sup.
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(3) Quantidade e natureza variável.
(4) Enquadra os Pel Sup.
(5) Haverá Pel Sup de todas as classes nas Cia Sup Avçd e R.

2.4.5.2.2 Missão: receber, controlar, armazenar, e distribuir suprimento de todas as


classes. Quando estiver com a responsabilidade de fornecer parte ou todo suprimento de
água, seja envasada ou tratada nas instalações do Btl, receberá os meios para produção
e distribuição. Os suprimentos de informática e de aviação serão regulados em manuais
específicos.

2.4.5.2.2 Mobilidade: 100% motorizado, para transportar seu efetivo e material orgânico.
Para as missões de suprimento necessita de reforço de meios de transporte não
orgânicos.

2.4.5.2.3 Possibilidades:
a) Apoiar a FTC, através do desdobramento de módulos na BLT ou na BLB (Ref).
b) Estocar quantidades de suprimento, de acordo com a organização de suas Cia Sup
(número de Pel).
c) Realizar a vigilância de suas instalações.
d) Enquadrar 01 (uma) Cia Sup R e um número variável de Cia Sup Avçd.

2.4.5.3 Batalhão de Manutenção(B Mnt)

2.4.5.3.1 Estrutura

B Mnt

EM

Cia L Mnt (1) Cia P Mnt


CCAp
(5)

Fig 2-6 Estrutura do B Mnt


(1) Quantidade variável.

2.4.5.3.2 Missões
a) Prover o apoio de manutenção de 3º Esc na área da FTC
b) Prover o apoio de manutenção do 2º Esc na área da FTC complementando em 20% a
manutenção realizada pelas BLB.
c) Prever inspeções técnicas e normas de manutenção, quando for o caso.

2.4.5.3.3 Mobilidade: necessita de transporte não orgânico para o seu deslocamento.

2.4.5.3.4 Possibilidades
a) Proporcionar, através de módulos de manutenção, de acordo com sua organização em
número de subunidades, apoio de manutenção de 3º escalão (exceto o material de
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engenharia orgânico da engenharia da FTC e do material de comunicações e eletrônica
orgânico do grupamento de comunicações e eletrônica da FTC).
b) Assessorar, em assuntos de manutenção, o Cmt CLFTC, os elementos de manutenção
de outros escalões e as unidades de combate e de apoio ao combate, para a eficiência da
manutenção.
c) Apoiar, excepcionalmente, com equipes ou seções especializadas, o escalão de
manutenção imediatamente inferior.
d) Realizar inspeções técnicas de manutenção.
e) Enquadrar um número variável de Cia L Mnt e 1 (uma) Cia P Mnt.
f) Instalar postos de coleta de salvados e de material capturado.
g) Prestar informações técnicas, particularmente no que diz respeito à demanda de Sup
Pç Cj Rep.
h) Enquadrar meios civis mobilizados, quando for o caso.

2.4.5.3.5 Material Salvado e Capturado


a) Cabe ao batalhão de manutenção o estabelecimento de postos de coleta de salvados e
de material capturado. Os salvados, após a sua inspeção, podem retornar à cadeia de
suprimento, no estado em que foram encontrados ou após passarem por trabalhos de
manutenção. Em outros casos, devem ser evacuados para ZA ou tratados como sucata.
b) O material capturado deve receber um tratamento de acordo com as normas e
diretrizes do elemento responsável pelas informações técnicas da FTC.

2.4.5.3.6 Outros elementos que realizam manutenção


As organizações militares de engenharia realizam a manutenção de 3º escalão de seu
material de engenharia e as de comunicações de seu material de comunicações.

2.4.5.4 Batalhão de Transporte (B Trnp)

2.4.5.4.1 Estrutura

B Trnp

EM

CCAp Cia Trnp Cia Trnp


Sup (1) (2) Especializado (3)

Fig 2-7 Estrutura do B Trnp


(1) Quantidade variável
(2) Enquadram Pel Trnp Auto L, Me e Pes
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(3) Enquadram meios de transporte especializado

2.4.5.4.2 Missão - Transportar pessoal, carga geral, combustíveis e lubrificantes, além de


suprimentos e equipamentos especializados.

2.4.5.4.3 Mobilidade - 100% motorizado.

2.4.5.4.4 Possibilidades
a) Proporcionar, de acordo com o número e a organização de suas Cia Trnp, apoio de
transporte para pessoal, carga geral, combustíveis e lubrificantes na FTC.
b) Prestar apoio de transporte, descentralizando e/ou combinando seus meios de
transporte, quando necessário.
c) Receber reforços de outros meios de transporte, inclusive civis.
d) Enquadrar número variável de Cia Trnp.
e) Entre os reforços que o B Trnp pode receber e enquadrar estão:
1) pelotões de transporte pesados. (Trnp maquinário, Sup Cl IV etc.);
2) pelotões com viaturas especializadas para transporte de carga frigorificada e
refrigerada;
3) pelotões com viaturas especializadas ou não, para transporte de carga geral, obtidas
pela mobilização.

2.4.5.4.5 Organização - a organização das companhias de transporte é flexível,


composta de módulos como o pelotão de transporte leve, as seções de transporte médio,
as seções de transporte de combustíveis e lubrificantes, as seções de transporte pesado
e a seção de transporte especializado, quando necessário.

2.4.5.5 Batalhão de Saúde - o Batalhão de Saúde da BLT é oriundo do Gpt Log e é


existente desde o tempo de paz.

2.4.5.5.1 Estrutura

Figura 2-8 Estrutura do B Sau

Fl 11 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


2.4.5.5.2 Missão – realizar o apoio de saúde aos integrantes da FTC, outras Forças
Componente e população civil, quando determinado pelo Esc Sup.

2.4.5.5.3 Mobilidade – 100% móvel

2.4.5.5.4 Possibilidades
a) Proporcionar o apoio de saúde à FTC de acordo com a organização da mesma
b) Enquadrar um número variável de companhias, pelotões, equipes especializadas de
diversos tipos;
c) Enquadrar meios de saúde civis mobilizados.
d) Destacar as Cia Sau Avç ou elementos de saúde em apoio às Bda.
e) Desdobrar e operar P Distr Cl VIII em apoio às Bda.
f) Prestar o apoio de manutenção de material de saúde;
g) Desdobrar e operar Postos de Retenção e Evacuação (P Rtn Ev) nos terminais aéreos
e rodoferroviários;
h) Realizar a evacuação das baixas do PAA para a(s) instalação (ões) de saúde
capacitada(s) ao atendimento médico de maior complexidade;
i) Executar as tarefas de Medicina Veterinária (assistência veterinária, inspeção de
alimentos e controle de zoonoses) e Preventiva (saneamento, higiene, controle de
doenças, imunização e educação sanitária).

2.4.5.5.5 Em tempo de paz o B Sau contará com um núcleo de H Cmp, que evoluirá para
OMS em operações, diretamente subordinado ao CLFTC.

2.4.5.5.6 O H Cmp tem por missão proporcionar hospitalização e tratamento às baixas de


qualquer tipo na ZC/ZA e prepará-las para posterior evacuação, se necessário. O
emprego dos seus meios será condicionado ao tipo e duração da operação, efetivo da
força empregada, e da norma de evacuação do TO/AO.

2.5 Segurança de Área de Retaguarda (SEGAR)

2.5.1 A FTC é responsável pela SEGAR na sua área de responsabilidade. Em princípio, o


Cmt CLFTC será o Controlador de SEGAR, devendo realizar todos os planejamentos
necessários a fim de definir quais elementos da FTC comporão a F SEGAR, áreas de
responsabilidade e GU/U/SU necessárias ao cumprimento das atividades de SEGAR.
Para tal, possui em sua organização uma célula de SEGAR, que trabalhará diretamente
com o E3 e o E4 da FTC (DEFAR e CD, respectivamente)

2.5.2 As atividades de SEGAR referentes à FTC são:


a) proteção de suas próprias instalações de comando, às unidades e instalações
pertencentes aos comandos subordinados estacionados em sua área de retaguarda e
outras; e
b) aos eixos de suprimento localizados em sua zona de ação que atendam as
necessidades da FTC.

Fl 12 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


CAPÍTULO III

APOIO LOGÍSTICO À FTC COM MAIS DE DOIS GRANDES COMANDOS


OPERATIVOS

3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

3.1.1 Serão abordadas nesse capítulo as principais 3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS


condicionantes que nortearão o planejamento e a 3.2 DESDOBRAMENTO DA LOGÍSTICA NA
FTC
execução do apoio logístico à uma FTC 3.3 LOGÍSTICA NA FTC EM OPERAÇÕES
enquadrando dois ou mais G Cmdo Operativos, DEFENSIVAS
3.4 LOGÍSTICA NA FTC EM OPERAÇÕES
além da apresentação das estruturas possíveis de OFENSIVAS
serem desdobradasnesse quadro. 3.5 LOGÍSTICA NA FTC EM OPERAÇÕES DE
PACIFICAÇÃO

3.1.2 A definição sobre o desdobramento logístico ideal para a linha de ação escolhida
pelo comandante da FTC será resultante da análise de logística, que levará em
consideração diversos fatores, como por exemplo os meios logísticos já existentes na
Força, as necessidades da logística operacional, os recursos humanos disponíveis, as
possibilidades de contratação e a duração da operação.

3.2 DESDOBRAMENTO DA LOGÍSTICA NA FTC

3.2.1 Não há constituição fixa para a composição das tropas diretamente subordinadas ao
C FTC e Divisões de Exército (DE) subordinadas, sendo assim a dosagem de meios
logísticos destinados ao apoio de cada componente da FTC será proporcional à sua
natureza.

3.2.2 Em princípio, independente de sua composição, a FTC contará com a ativação de


seu Comando Logístico (CLFTC), que coordenará a execução do apoio, das Bases
Logísticas de Brigada (BLB), responsáveis pela execução do mesmo no nível Brigada e,
se for o caso, de destacamentos logísticos (Dst Log) para atender, por exemplo, às tropas
diretamente subordinadas ao C FTC. Caso se verifique necessário, na análise de
logística, o desdobramento de uma ou mais estruturas logísticas com a finalidade de se
realizar o apoio de forma mais cerrada, poderá (ão) ser desdobrada(s) a(s) Base(s)
Logística(s) Terrestre(s). Essas estruturas serão formadas pelos meios e recursos
humanos existentes desde o tempo de paz nos Grupamentos Logísticos e estarão
subordinadas, para fins de execução do apoio, ao CLFTC.

3.2.3 Como já foi descrito no capítulo anterior, a BLT é composta por diversos módulos
logísticos, cuja natureza estará condicionada às necessidades dos elementos apoiados.
Em princípio, a dosagem de BLT na FTC enquadrada no 1º Caso será, se for possível, de
uma por DE. Caso não existam meios suficientes para proporcionar essa distribuição, o
CLFTC priorizará a(s) DE a ser(em) atendida (s) pela(s) BLT.

3.2.4 As BLT terão como missão principal o apoio às BLB, preferencialmente em todos os
grupos funcionais da Logística. Proporciona também o apoio à Base Divisionária (Ba Div)
da DE, visto que esta não possui uma base logística. Esse apoio pode ser realizado das
seguintes maneiras:
a) desdobramento um Dst Log, com meios provenientes da BLT;
Fl 13 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
b) reforço com meios logísticos às BLB, que apoiariam as OM da Ba Div por área;
c) apoio sendo realizado à Ba Div diretamente pela BLT;
d) processo Misto (Algumas OM Ba Div apoiadas pela BLT e outras pelas BLB/Dst Log).

3.3 LOGÍSTICA NA FTC EM OPERAÇÕES DEFENSIVAS

3.3.1 A forma da manobra defensiva adotada definirá as atividades realizadas pela


função de combate logística. Em uma mesma operação, poderão ser visualizadas
diferentes formas de manobra adotadas, requerendo cada uma deles um pacote logístico
específico. Por exemplo, uma FTC poderá definir a uma DE subordinada a missão de
atuar como Força de Cobertura (F Cob), enquanto que a outra DE caberá a missão de
defender em posição.

3.3.2 O estudo de situação definirá qual a melhor solução para o apoio logístico à uma
DE atuando como F Cob, Em determinadas ocasiões pode-se se chegar a conclusão de
que o desdobramento de uma BLT para a realização do apoio à DE supracitada é inviável,
por questões relacionadas a tempo, atuação do inimigo, etc. Nesse caso, outras formas
de apoio serão utilizadas, como a adoção de processos especiais de suprimento e
desdobramento de GT Log/Dst Log.

3.3.3 Caso seja viável, o desdobramento da BLT deverá ser dimensionado de acordo
com as necessidades mais prementes da F Cob, devendo também ser cuidadosamente
planejado o momento que definirá o deslocamento da BLT para a retaguarda da posição
defensiva (P Def), a fim de que não haja interferência do mesmo no desenvolvimento da
manobra.

3.4 LOGÍSTICA NA FTC EM OPERAÇÕES OFENSIVAS

3.4.1 Para as operações ofensivas, também cabem às observações descritas no item


3.3.1. O apoio a ser prestado à uma DE que realizará um ataque para fixar o inimigo tem
características totalmente diversas daquele a ser executado em prol de uma DE que
realizará um envolvimento com previsão de junção à uma brigada paraquedista.

3.4.2 O apoio logístico a uma DE com a missão acima descrita constitui-se em uma
operação com elevado grau de complexidade, principalmente quando as distâncias entre
a BLT responsável pelo apoio a esta DE e os objetivos finais extrapolam a distância
máxima de apoio (DMA), isto é, as distâncias possíveis de serem cobertas pelos
comboios logísticos.

3.4.3 Para que as dificuldades logísticas sejam minimizadas, é fundamental que a


reversão da tropa de infantaria leve ou paraquedista seja levada a cabo com a maior
celeridade possível, devendo os meios de evacuação determinados para essa missão
estarem em condições de atuarem logo que a junção ocorra.

3.4.4 Caso isso não seja possível, deverá ser previsto o desdobramento de Dst Log ou a
adoção de processos especiais de suprimento em apoio àquela tropa.

Fl 14 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


3.5 LOGÍSTICA NA FTC EM OPERAÇÕES DE PACIFICAÇÃO E APOIO A ÓRGÃOS
GOVERNAMENTAIS

3.5.1 Com o advento das operações no amplo espectro, poderá uma DE componente da
FTC ser incumbida de realizar operações dessa natureza.

3.5.2 Nesse caso, além das demandas logísticas relativas à DE, deverá ser levado em
conta nos planejamentos e estimativas logísticas as necessidades específicas para outros
efetivos envolvidos, como órgãos do governo, forças policiais, não combatentes
evacuados etc.

Fl 15 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


CAPÍTULO IV
APOIO LOGÍSTICO NA FTC (2º E 3º CASO)

4.1 APOIO LOGÍSTICO NA DIVISÃO DE EXÉRCITO

4.1.1 Quando a Divisão de Exército se constitui na 4.1 APOIO LOGÍSTICO NA DIVISÃO DE


própria Força Terrestre Componente, os fundamentos EXÉRCITO
4.2 APOIO LOGÍSTICO NA BRIGADA
para a organização do apoio logístico a serem aplicados
são os previstos no Capítulo IV.

4.1.2 Quando a Divisão de Exército não se constitui na própria Força Terrestre


Componente, aquela não possui estrutura logística própria para apoio aos elementos
divisionários. Dessa forma, o apoio a essas OM poderá ser prestado pelos elementos
desdobrados na BLT, se a mesma for desdobrada ou na BLB da GU mais próxima. Nesses
casos, a brigada apoiadora ou a FTC poderá empregar Dst Log para um apoio mais
cerrado a OM da divisão de exército.

4.1.3 Mediante coordenação entre a Força Terrestre Componente (FTC) e o Comando


Logístico do Teatro de Operações Terrestres (CLTO), o apoio a OM da divisão também
poderá ser prestado pela Ba Log Cj e/ou GT Log.

4.2 APOIO LOGÍSTICO NA BRIGADA

4.2.1 No âmbito da brigada, normalmente, os elementos desdobrados na BLB são os


responsáveis pela execução das tarefas logísticas relacionadas às áreas funcionais de
apoio de material, de apoio ao pessoal e de apoio de saúde às OM da GU.

4.2.2 Mediante coordenação ente a brigada e a FTC, as OM também poderão ser


apoiadas por elementos desdobrados na BLT. Nesse caso, o CLFTC poderá empregar Dst
Log para um apoio mais cerrado.

4.2.3 Mediante coordenação ente a FTC e o CLTO, a Ba Log Cj e/ou GT Log poderá
apoiar a(o):
a) base logística de brigada;
b) destacamento logístico de brigada; e
c) diretamente, OM da brigada.

4.2.4 Para a execução de tarefas de engenharia, a brigada poderá receber o reforço de


frações do grupamento de engenharia (Gpt E). No escalão brigada, as tarefas da atividade
de planejamento e execução de obras e serviços de engenharia e de obtenção e controle
dos bens imóveis são reduzidas ao mínimo.

Fl 16 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


CAPÍTULO V
ORGANIZAÇÃO E EMPREGO DO BATALHÃO LOGÍSTICO

5.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS


5.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
5.1.1 De maneira geral, o batalhão logístico 5.2 ORGANIZAÇÃO BÁSICA
constitui a fração básica responsável pela exe- 5.3 CAPACIDADES GERAIS
5.4 COMANDO DO BATALÃO LOGÍSTICO
cução das tarefas logísticas das áreas funcio- 5.5 FRAÇÕES DO BATALHÃO LOGÍSTICO
nais de apoio de material em benefício às OM 5.6 DESDOBRAMENTO LOGÍSTICO
5.7 DESDOBRAMENTO DOS MEIOS
da GU. LOGÍSTICOS NA BDA
5.1.2 Em relação à execução das tarefas lo- 5.8 ATIVIDADES DOS GRUPOS FUNCIONAIS
DA LOGÍSTICA NA BLB
gísticas das áreas funcionais de apoio ao pes-
soal e de saúde, os B Log não possuem estrutura fixa ou fração para apoio às OM da
Bda. A Grande Unidade receberá, normalmente em reforço, do escalão apoiador fra-
ções para execução das tarefas dessas áreas funcionais:

5.2 ORGANIZAÇÃO BÁSICA


5.2.1 O Batalhão Logístico não possui organização fixa, devendo esta ser dimensio-
nada, desde o tempo de paz, de acordo com as necessidades logísticas dos elementos
a apoiar, ou seja, “na medida certa”. Uma mudança nesses elementos pode determinar
um reajustamento na capacidade de apoio do batalhão.
5.2.2 O batalhão logístico apresenta organização modular adaptada às capacidades
requeridas à GU a qual pertence. De forma geral, poderá ser constituído pelas subuni-
dades a seguir (ou frações destas):
1) Companhia logística de suprimento, executando as tarefas do grupo funcional
suprimento;
2) Companhia logística de transporte, executando as tarefas do grupo funcional
transporte;
3) Companhia logística de manutenção, executando as tarefas do grupo
funcional manutenção;
4) Companhia logística de recursos humanos (a ser desdobrada em Operações
com meios recebidos em reforço), executando as tarefas do grupo funcional
recursos humanos;
5) Companhia de segurança;
6) Companhia de comando e apoio.
5.2.3 Para a execução das tarefas afetas a área funcional apoio de saúde o B Log
poderá receber em reforço, para o desdobramento na BLB, frações do Batalhão de
Saúde.

5.3 CAPACIDADES GERAIS


5.3.1 O batalhão logístico deve ter as seguintes capacidades gerais:
1) constituir módulos logísticos para serem desdobrados na base logística de bri-
gada (BLB) e/ou nos destacamentos logísticos (Dst Log);
2) receber e enquadrar frações especializadas de engenharia a fim de aumen-
tar sua capacidade de apoio nesse grupo funcional;
3) receber e enquadrar frações especializadas de saúde e de recursos huma-
nos, de modo a prestar apoio nesses grupos funcionais;
4) receber e enquadrar frações de apoio logístico, a fim de aumentar sua capaci-
dade de apoio;
Fl 17 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
5) destacar frações a OM, logísticas ou não, para melhorar a capacida-
de de apoio do elemento apoiado;
6) remover e destruir engenhos falhados;
7) receber e enquadrar meios civis mobilizados; e
8) assegurar a sua própria defesa.

5.4 COMANDO DO BATALHÃO LOGÍSTICO

5.4.1 No posto de comando do batalhão logístico, instalado e operado por


elementos da companhia de comando e apoio, ficam o comandante, o
subcomandante, o COAL e as 1ª, 2ª, 3ª e 4ª seções do estado-maior da unidade.
5.4.2 Cabe o Centro de Operações de Apoio Logístico (COAL) a condução das
tarefas logísticas.
5.4.3 O posto de comando é o centro de controle para o comando e a
administração do batalhão. Nele, o Cmt e o estado-maior coordenam as operações
logísticas.
5.4.4 A mudança de localização do posto de comando é iniciada pelos elementos
que, no momento, não estejam engajados nas operações em curso. A maioria do
pessoal e material se desloca com o grosso do batalhão.
5.4.5 A segurança do posto de comando é provida pelos elementos da companhia
de comando e apoio.

5.5 FRAÇÕES DO BATALHÃO LOGÍSTICO

5.5.1 COMPANHIA DE COMANDO E APOIO


5.5.1.1 A companhia de Comando e apoio deve ter as seguintes capacidades:
1) apoiar, com seus meios, as suas frações;
2) instalar o posto de comando e o sistema de comando e controle do batalhão
logístico;
3) prover o apoio logístico ao batalhão;
4) desdobrar e operar a AT do B Log; e
5) prover pessoal e material para as seções de estado-maior e de outras
frações responsáveis pela gestão do batalhão.

5.5.1.2 A Companhia de Comando e Apoio (Cia C Ap) estrutura-se em: Comando


(Cmdo), Seção de Comando (Sec Cmdo), Pelotão de Comando (Pel Cmdo), Pelo-
tão de Apoio (Pel Ap) e Pelotão de Comunicações (Pel Com), conforme figura a
seguir:

Fl 18 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


Fig 5-1 Uma proposta para organização da CCAp

a. Comando
1) O comandante da Cia C Ap tem as mesmas atribuições de qualquer
comandante de subunidade incorporada, com as peculiaridades decorrentes da
missão e organização de sua companhia.
2) Para planejar, coordenar e executar seus encargos, deverá manter
estreito contato com o EM da unidade. Por exemplo, com o S1 e o S4, coordenará
as missões de apoio logístico no âmbito do B Log e, com o S2 e o S3, a condução
do sistema de comando e controle do batalhão.
3) Devido à própria natureza dos encargos que lhe são atribuídos,
permanece a maior parte do tempo junto ao PC do B Log.
4) O Cmt da Cia é o responsável pela localização de todos os elementos
desdobrados na AT da unidade e pelo controle nos deslocamentos, conforme
orientação do S4 do B Log.

b. Seção de comando
1) A seção de comando da Cia C Ap tem a missão de prover os meios para o
funcionamento do PC da companhia e proporcionar-lhe o apoio logístico. Organiza-
se em: chefia, grupo de material e grupo de pessoal.
2) Os grupos de material e pessoal executam o apoio logístico à Cia,
desdobrando a AT/SU.

c. Pelotão de comando
1) O pelotão de comando tem a missão de prover pessoal e material para a
instalação e funcionamento do PC do batalhão.
2) Pode se estruturar em: Comando e Grupo de Comando (Cmdo e Gp
Cmdo), Grupo S1 (Pes), Grupo S2 (Intlg), Grupo S3 (Op), Grupo S4 (Log) e Grupo
COAL.
3) O emprego funcional das praças é responsabilidade dos respectivos
chefes de seção do estado-maior do batalhão.
4) O grupo de comando é composto pelos elementos que servem
diretamente ao Cmt B Log.
5) O grupo S1 (Pes) é constituído pelo pessoal que compõe a 1ª seção do
EMG do B Log.
6) O grupo S2 (Intlg) é constituído pelo pessoal que compõe a 2ª seção do
EMG do B Log.
7) O grupo S3 (Op) é constituído pelo pessoal que compõe a 3ª Seção do
EMG do B Log.
8) O grupo S4 (Log) é constituído pelo pessoal que compõe a 4ª Seção do
EMG do B Log.
9) O grupo COAL instala e opera o Centro de Operações de Apoio Logístico
(COAL).

d. Pelotão de apoio

Fl 19 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


1) O pelotão de apoio tem a missão de prover pessoal e material para o
funcionamento do apoio logístico orgânico ao batalhão.
2) Pode se estruturar em: Comando (Cmdo), Grupo de Suprimento (Gp
Sup), Grupo de Manutenção (Gp Mnt), Grupo de Transporte (Gp Trnp), Grupo de
Saúde (Gp Sau) e Grupo de Aprovisionamento (Gp Aprv).
3) O Cmt do pelotão é o mais apto a desempenhar a função de oficial de
manutenção do batalhão.
4) O grupo de suprimento realiza o suprimento interno da unidade.
5) O grupo de manutenção executa a manutenção de 1° escalão do material
de motomecanização da unidade.
6) O grupo de saúde instala e opera o posto de socorro da unidade, sob
supervisão e comando do oficial de saúde do B Log.

h. Pelotão de comunicações
1) O pelotão de comunicações tem a missão de instalar, explorar e manter o
sistema de comando e controle do batalhão.
2) Pode se estruturar em: Comando (Cmdo), Grupo de Comando (Gp
Cmdo), Centro de Controle de Sistemas (CCS), Seção de Telefonia (Seç Tel) e
Seção Rádio (Seç Rad).
3) Normalmente, o comandante do pelotão é o oficial de comunicações e
eletrônica da unidade. Suas principais atribuições são:
a) assessorar o comandante do batalhão e seu estado-maior sobre
assuntos relacionados ao sistema de comando e controle e à localização do PC;
b) apresentar sugestões relativas à obtenção e ao recompletamento do
pessoal de comunicações;
c) auxiliar na preparação de diretrizes de instrução relativas às
comunicações e na fiscalização da instrução técnica de todo o pessoal de
comunicações do batalhão;
d) planejar e supervisionar a instalação e exploração do material de
comunicações distribuído ao seu pelotão;
e) coordenar o deslocamento das instalações de comunicações;
f) providenciar para que a documentação de comunicações seja mantida
em dia e em ordem;
g) providenciar para que suas instruções, como oficial de comunicações,
sejam cumpridas no âmbito da unidade; e
h) fiscalizar a manutenção de 1º escalão do material orgânico do B Log.

5.5.2 COMPANHIA LOGÍSTICA DE TRANSPORTE

5.5.2.1A companhia logística de transporte é a subunidade integrante do batalh


ão logístico que tem a seu cargo transportar pessoal e material das clas-
ses I, III, V (Mun) e produtos acabados das classes II, IV, V, VI, VII, IX e X para a
distribuição dos mesmos à Bda.
5.5.2.2A Cia Log Trnp tem constituição modular, adequada às capacidades requerida
s ao B Log e poderá estruturar-se em: Comando (Cmdo), Se-
ção de Comando (Seç Cmdo), Se-
ção de Controle de Transporte (Seç Ct Trnp), Pelotão de Transporte Cl I
Fl 20 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
(Pel Trnp Cl I), Pelotão de Transporte Cl III (Pel Trnp Cl III), Pelotão de Transporte
Cl V (Pel Trnp Cl V) e Pelotão de Transporte Geral (Pel Trnp Ge).

5.5.2.2.1Possibilidades
1) Transportar Sup Cl I, Cl III, Cl V (Mun) e outras classes.
2) Transportar pessoal

Fig 5-2 Uma para proposta para organização da Cia Log Trnp

5.5.2.2.2 Emprego Geral


A Cia Log Trnp desdobra-se na BLB e/ou DstLog, com as instalações ne-
cessárias ao apoio das operações.

5.5.3 COMPANHIA LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO


5.5.3.1A companhia logística de suprimento é a subunidade integrante do batalh
ão logístico que tem a seu cargo suprir a brigada nos materiais das classes I, III, V
(Mun) e produtos acabados das classes II, IV, V, VI, VII, IX e X.

5.5.3.2A Cia Log Sup tem constituição modular, adequada às capacidades requerida
s ao BLog e poderá estruturar-se em um Comando (Cmdo), uma Seção de Coman-
do (Seç Cmdo), uma Seção de Controle de Suprimento (Seç Ct Sup), um
Pelotão de Suprimento Cl I (Pel Sup Cl I), um Pelotão de Suprimento Classe III (Pel
Sup Cl III), um Pelotão de Suprimento Cl V (Pel Sup Cl V) e um Pelotão de Su-
primento OutrasClasses (Pel Sup O Cl). Todos os Pelotões da Companhia possuem
meios de transporte prórpios para a Reserva Orgânica da Bda.

Fl 21 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


Fig 5-3 Uma para proposta para organização da Cia Log Sup

5.5.3.3 Possibilidades
1) Instalar e operar os P Distr Cl I, Cl III, Cl V (Mun) e outras classes.
2)Transportar a reserva orgânica da Bda/DE dos Sup Cl I, III e outras classes.
3)Fornecer elementos para prestar apoio logístico quando do empre
go de processos especiais e de Dst Log.
4) Exercer o controle de todo suprimento destinado à Bda.
5) Armazenar o suprimento de todas as classes de material, exceto aviação,
utilizando os meios de transporte disponíveis.
5.5.3.4 Emprego Geral – a Cia Log Sup desdobra- se na BLB e/ou Dst Log, com as
instalações necessárias ao apoio das operações.

5.5.4 COMPANHIA LOGÍSTICA DE MANUTENÇÃO


5.5.4.1 Atribuições
1) Proporcionar apoio de manutenção de 2º Esc à brigada, exceto nos
materiais orgânicos de: comunicações e eletrônica das OM de Com; de engenharia
das OM de Eng; de guerra eletrônica; de saúde; de informática; e de aviação.
Quanto ao material de saúde, sua responsabilidade se restringe à manutenção de 2º
Esc nos itens que possua capacidade técnica. Se necessário, serão
contratados/mobilizados elementos civis especializados.
2) Realiza a evacuação do material salvado e capturado.
3) Pode destacar, em apoio a determinada OM, seção leve de manutenção,
que se desdobra na área de trens de estacionamento ou na área de trens.
4) Os elementos da companhia logística de manutenção desdobrados na
BLB suplementam o apoio das seções leves.
5) As seções leves de manutenção podem receber o apoio ou reforço de
equipes destacadas pela companhia logística de manutenção, sempre que a
natureza do serviço a realizar ou a constituição do elemento apoiado indicar esta
necessidade. A constituição dessas seções leves de manutenção é variável. Tem
tantas equipes de manutenção quantas forem exigidas pela natureza do trabalho a
realizar. Todos os elementos da brigada podem receber o apoio das seções leves de
manutenção, durante determinado período, para atender a uma operação ou mesmo
a um plano de manutenção preventiva.

5.5.4.2 Organização
A Companhia Logística de Manutenção pode se estruturar em: Comando,
Seção de Comando (Seç Cmdo), Pelotão de Apoio (Pel Ap), Pelotão Pesado de
Manutenção (Pel P Mnt) e Pelotão Leve de Manutenção (Pel L Mnt).

Fl 22 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


Fig 5-4 Uma proposta para organização da Cia Log Mnt

5.5.4.3 Possibilidades
1)Prestar apoio de manutenção de 2º escalão, exceto nos materiais org
ânicos de: comunica-
ções e eletrônica das OM de Com; de engenharia das OM de Eng; de saúde das
OM de saúde; de guerra eletrônica; de informática; e de aviação;
2) Prestar, com limitações, em razão do ferramental que possui, apoi-
o de manutenção de 2º escalão nos materiais de saúde;
3) Quando determinado, prestar apoio de manutenção de 3º escalão, exceto
nos materiais orgânicos de: comunicações e eletrônica das OM de Com; de enge-
nharia das OM de Eng; de saúde das OM de saúde; de guerra eletrônica; de infor-
mática; e de aviação, podendo receber meios para essa finalidade;
4) Complementar a manutenção de 1° escalão das unidades.
5) Realizar o resgate, a remoção e o reboque de recursos materiais
salvados e capturados no âmbito da Bda.
6) Realizar a remoção, o reboque e o resgate de recursos materiais das
OM apoiadas quando necessário.
7) Estocar e distribuir limitada quantidade de suprimento de peças e
conjuntos de reparação de material das classes II, V (A), VI, VII, IX e X.
8) Instalar e operar Posto Técnico de Material Bélico (P Tec MB), Posto de
Distribuição de suprimento de peças de reparação de Material Bélico (P Distr MB) e
Posto de Coleta de Salvados (P Col Slv), conforme o planejamento logístico.
9) Transportar a reserva orgânica de suprimento de material bélico da
Bda/DE (peças e conjuntos de reparação).
7) Realizar inspeções técnicas e prestar informações técnicas sobre
material bélico.

5.5.4.4 Emprego geral da companhia


1) A Cia Log Mnt desdobra-se na BLB e/ou Dst Log, com as instalações
necessárias ao apoio das operações, por exemplo: Posto Técnico de Material
Bélico (P Tec MB), Posto de Distribuição de Suprimento de Peças de Reparação
de Material Bélico (P Distr MB) e Posto de Coleta de Salvados (P Col Slv).

Fl 23 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


2) A Cia Log Mnt descentraliza, normalmente, Seç L Mnt do Pel L Mnt na
área de trens das OM, empregando-as, sob a forma de apoio direto ou
situação/relação de comando e controle, conforme a situação tática apresentada.
3) Os elementos da companhia não ficam em reserva. A flexibilidade na
conduta do combate (como o apoio às reservas) é conseguida mantendo-se meios
leves de manutenção centralizados na companhia. Quando necessário, a totalidade
ou parte desses meios poderá receber missões de atender às necessidades
decorrentes da evolução do combate.

5.5.5 COMPANHIA LOGÍSTICA DE RECURSOS HUMANOS


5.5.5.1 Atribuições
Desenvolve as seguintes atividades/tarefas do grupo funcional pessoal em
apoio à brigada:
Atividades Tarefas
Determinação das necessidades
Gerenciamento dos efetivos
Controle de efetivos
prontos
Confecção dos relatórios de situação de pessoal
Recompletamento de pessoal Receber recompletamentos do Escalão Superior
Repouso
Bem-estar e a manutenção do Recuperação
moral Suprimento reembolsável
Serviço postal
Execução dos assuntos mortuários
Serviços em campanha Serviços de banho, barbearia e lavanderia
Substituição e reparação de uniformes

5.5.5.2 Organização
A Companhia Logística de Recursos Humanos (Cia Log RH) poderá se
estruturar em: Seção Comando, Seção de Ajudância Geral, Pelotão de Assistência
ao Pessoal, Pelotão de Recompletamento, Pelotão de Assuntos Mortuários e
Pelotão de Mão de obra.

Fig 5-5 Uma proposta para organização da Cia Log RH

5.5.5.3 Possibilidades
1) Instalar e operar P Col M.
2) Realizar o controle de efetivos.
3) Instalar e operar a agência postal ou postos de acesso à internet.
4) Coordenar o apoio de suprimento reembolsável.
5) Instalar e operar área de repouso e área de recuperação.
Fl 24 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
6) Proporcionar pessoal militar para mão de obra não especializada, quando
forem exigidos segurança e controle militar, e enquadrar mão de obra civil
mobilizada.
7) Instalar e operar Posto de Banho (P Ban) e Posto de Lavanderia (P Lav).

5.5.5.4 Emprego Geral


A Cia Log RH desdobra-se na BLB e/ou Dst Log, com as instalações
necessárias ao apoio das operações.

5.5.6 COMPANHIA DE SEGURANÇA


5.5.6.1 Atribuições:
Proporcionar segurança à BLB e/ou Dst Log como um todo.

5.5.6.2 Organização
Pode se estruturar em: seção de comando e pelotões de segurança.

Fig 5-6 Uma proposta para organização da Companhia de Segurança

5.5.6.3 Possibilidades
1) Estabelecer postos para a defesa aproximada da BLB.
2) Realizar o patrulhamento e a vigilância das vias de transporte, das
localidades e das áreas de interesse para a segurança do B Log.
3) Compor a força de reação, para as ações dinâmicas de defesa da BLB.

5.6 DESDOBRAMENTO LOGÍSTICO

5.6.1 ÁREA DE RETAGUARDA


5.6..1.1 Denomina-se área de retaguarda (A Rtgd), o espaço geográfico destinado
ao desdobramento da reserva, dos elementos de apoio ao combate e de apoio logís-
tico referente a uma fração. Está compreendida entre os limites de retaguarda dos
elementos subordinados e o limite de retaguarda do escalão considerado.

5.6.2 LIMITES
São as linhas definidoras das responsabilidades territoriais de um determina-
do escalão.

5.6.2.1 Limite de retaguarda


5.6.2.1.1 Seu traçado deve satisfazer às condições que se seguem:

Fl 25 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


a) delimitar o espaço essencial para a manobra e para a localização das
instalações logísticas;
b) deixar para o escalão considerado boa estrada transversal, a fim de faci-
litar o apoio aos elementos apoiados e o deslocamento lateral de suas reservas;
c) ser traçado o mais à frente possível, para reduzir os encargos territoriais;
e;
d) ser facilmente identificável.
O limite de retaguarda é proposto pelo E4 ao comandante da divisão de exér-
cito ou da brigada, após a necessária coordenação de estado-maior. Este limite
deve ter a sua mudança planejada com antecedência, a fim de permitir os planeja-
mentos e reconhecimentos necessários.

5.6.2.2 Limites laterais


5.6.2.2.1 Seu traçado deve satisfazer às seguintes condições:
a) permitir espaço essencial para a manobra e para a localização das ins-
talações de apoio logístico;
b) preservar, para o escalão considerado e para os elementos subordina-
dos, a rede rodoviária necessária ao deslocamento das reservas e ao apoio logísti-
co;
c) propiciar a diminuição dos encargos territoriais; e
d) ser facilmente identificável.
Cabe ao E3 propor os limites laterais que correspondam aos interesses ope-
racionais, ficando a cargo do E4 a proposta de seus prolongamentos até o limite de
retaguarda.
Os limites não são barreiras às operações de apoio logístico, pois, medi-
ante coordenação entre os comandos responsáveis, as instalações e operações de
apoio logístico de um comando podem estar presentes na área de outro.

5.7 DESDOBRAMENTO DOS MEIOS LOGÍSTICOS NA BDA

5.7.1 Base Logística de Brigada (BLB)


5.7.1.1 A BLB é a área onde são desdobrados os meios orgânicos do B Log e ou-
tros recursos específicos necessários ao apoio a uma GU.
5.7.1.2 Na BLB são desdobradas instalações de C2 e de um número variável de
módulos logísticos oriundos do B Log, dotados de mobilidade tática, de modo a
possibilitar o apoio logístico às operações e assegurar certo grau de autonomia à
força apoiada.
5.7.1.3 A GU ou elemento de emprego com características especiais recebe o apoio
logístico específico da sua respectiva OM Log.
5.7.1.4 Em princípio, na BLB são executadas as mesmas tarefas existentes na BLT
no que concerne às áreas funcionais de apoio de material, de apoio ao pessoal e de
apoio de saúde, dimensionada para esse escalão.
5.7.1.5 Em determinadas situações, na BLB poderão ser desdobrados, temporaria-
mente, recursos logísticos adicionais para prestação do apoio a outras forças, a-
gências civis ou população local.
5.7.1.6 Em princípio, a BLB situa-se na área de retaguarda da DE que a enquadra,
admitindo-se exceções.
5.7.1.7 O E4, em ligação com o Cmt B Log, realiza o exame de situação logística,
Fl 26 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
devendo considerar, para cada região previamente selecionada, os fatores que se
seguem, os quais não são impositivos para a localização da BLB:
a) a manobra tática do escalão considerado;
b) as características do terreno;
c) as condições de segurança para as instalações e para o fluxo de apoio;
d) a situação logística existente; e
e) outros fatores.
5.7.1.8 O E4 realiza, a partir de então, uma análise comparativa, baseada em crité-
rios práticos e não vinculados a um raciocínio matemático, buscando a adequação
dos vários enfoques possíveis, tais como: a preponderância de um ou mais aspec-
tos sobre os demais, a importância relativa de um ou mais fatores em face da
missão ou do tipo de operação que se realiza, a excessiva vantagem ou desvanta-
gem de determinado aspecto e a diretriz do Cmt.
5.7.1.9 Preferencialmente após o reconhecimento detalhado do terreno, o E4 prio-
riza as regiões selecionadas, ratificando ou retificando a análise dos fatores e as-
pectos, e apresenta a proposta de desdobramento ao Cmt da Bda.
5.7.1.10 Depois da decisão do Cmt Bda, a prioridade das regiões selecionadas é
remetida à DE ou a FTC, que decidirá sobre os locais de desdobramento das
BLB. Quando a BLB for desdobrada em sua própria A Rtgd, a decisão caberá ao
Cmt Bda.

5.7.2 Análise dos Fatores para Localização da Base Logística de Brigada


5.7.2.1 Fator manobra
(1) Aspecto apoio cerrado - traduz-se na avaliação da distância, medida por
estrada, até os elementos a apoiar. O apoio será tanto mais cerrado quanto menor
for aquela distância. Em relação à BLB, deverá ser considerada como prioritária a Z
Aç do elemento que realiza o esforço principal e/ou ação decisiva.
(2) Aspecto favorecimento do esforço da ação tática - é caracterizado pela
posição relativa da base em face ao esforço principal e/ou ação decisiva, conside-
rada a malha viária existente. O esforço será tanto mais favorecido quanto mais
bem eixada, por estrada, estiver a base em relação ao esforço principal e/ou ação
decisiva. Esse é o caso da base A, na figura a seguir.

Fl 27 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


LP/LC LP/LC

Rv2

Rv1

Rv3
X

X
A B

Fig 5-7 Desdobramento Logístico - Fator Manobra - Aspecto Favorecimento do


Esforço da Ação Tática

(3) Aspecto distância máxima de apoio (DMA)


A DMA é a maior distância, medida por estrada, admitida entre a BLB e as
áreas de trens de estacionamento das unidades de combate (ATE) ou áreas de
trens das unidades de apoio ao combate (AT).
Essa distância, expressa em quilômetros, define o intervalo de tempo de
que dispõem as viaturas para realizar o percurso de ida e volta entre as instalações
de suprimento do escalão apoiador e os trens dos elementos apoiados.
A DMA é variável em função de fatores como:
- características da região de operações;
- possibilidades do inimigo;
- condicionantes dos transportes (meios disponíveis); e
- grau de segurança desejado.
(4) Aspecto continuidade do apoio - traduz-se pela capacidade de apoiar a
todos os elementos empregados até o fim da operação prevista com o mínimo de
mudanças de posição. Assim, quando de uma única base se pode apoiar toda a
manobra, diz-se que ela apresenta as melhores condições quanto a este aspecto.

(5) Aspecto interferência com a manobra - diz respeito à possibilidade de di-


ficultar ou impedir os deslocamentos das unidades em reserva e das unidades de
apoio ao combate, ou, ainda, restringir o espaço necessário ao desdobramento,
principalmente, das demais frações.

Fl 28 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


Na análise do presente aspecto, deve-se considerar o espaço físico a ocupar
e os reflexos sobre a malha viária adjacente, tanto em relação ao escalão conside-
rado como aos escalões superiores.
5.7.2.1.1 Mudanças de posição acarretam fechamento e reabertura de instalações,
mudanças de itinerários, comprometimento de meios de transporte e outras restri-
ções que retardam ou interrompem o fluxo de apoio.

5.7.2.2 Fator terreno


(1) Aspecto rede rodoviária compatível - trata-se do estudo da trafegabilida-
de das vias que assegurem ligações com o escalão apoiador e com os elementos
apoiados, e da disposição da malha viária, quando se refere à circulação no interior
da base. Daí sua abordagem em três enfoques:
(a) Ligação com o escalão apoiador - trata-se de verificar se via(s) que as-
segura(m) ligação com o elemento apoiador suporta(m) o apoio logístico, princi-
palmente de suprimento, que passará por ela(s) sem prejudicar as necessidades
de todos os escalões para fins operacionais e de atendimento da população civil,
entre outras.
(b) Ligação com os elementos apoiados - trata-se de verificar se a via(s)
que assegura(m) ligação com os elementos apoiados suporta(m) o apoio logístico,
principalmente de suprimento, que passará por ela(s) sem prejudicar as necessida-
des de todos os escalões para fins operacionais e de atendimento da população
civil, entre outras.
(c) Circulação interna - a análise de uma região, sob o presente aspecto,
tem por objetivo definir as possibilidades de aproveitamento da malha viária nela
existente para a circulação em seu interior. Uma vez que o fácil acesso em todas
as direções é a condição desejável, a disposição das estradas torna-se mais impor-
tante do que a sua quantidade ou qualidade. Na figura a seguir estão representa-
das três regiões, cuja ordem alfabética de identificação traduz a ordem crescente
de importância sob a perspectiva da circulação interna.

A B C

Fig 5-8 Desdobramento Logístico - Fator Terreno - Aspecto Circulação Interna

(2) Aspecto existência de construções - refere-se à quantidade, tipo e dispo-


sição no terreno das construções existentes e passíveis de serem aproveitadas
para melhorar a prestação do apoio, tais como sítios, fazendas, instalações indus-
triais, habitações isoladas, hospitais, escolas, localidades e outras.

Fl 29 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


5.7.2.2.1 A utilização parcial ou total de localidades demanda a consideração de
aspectos como: circulação interna, situação da população, preceitos do DICA e
disponibilidade de recursos locais.
5.7.2.2.2 A decisão sobre a utilização de localidade para desdobramento da BLB
deve considerar os aspectos positivos (facilidade de desdobramento, e rapidez na
execução do apoio e outros) e negativos (a utilização de qualquer instalação para
desdobramento de instalação logística a transformará em alvo militar) que dela ad-
virão.
(3) Aspecto cobertas e abrigos - refere-se à existência de cobertas e abrigos
naturais capazes de proporcionar ocultação e/ou proteção às instalações. A confi-
guração do terreno e a cobertura vegetal são os parâmetros que, normalmente,
definem esse aspecto.
(4) Aspecto obstáculos no interior da base - consideram-se aqueles, naturais
ou artificiais, capazes de restringir ou impedir o movimento sobre uma via de circu-
lação interna ou periférica, de dissociar uma parte do restante da base ou de redu-
zir seu espaço aproveitável. Podem configurar tais situações: rios, regiões alagadi-
ças, terreno de formação rochosa, ferrovias e outros.

(5) Aspecto consistência do solo e existência de água - a baixa consistência


do solo pode prejudicar a execução do apoio a ser prestado, bem como dificultar a
adoção de medidas passivas de proteção (marcação, por afundamento do solo,
das trilhas utilizadas).
Deve-se verificar a quantidade e a localização das fontes de água disponí-
veis, suas condições de exploração e a qualidade da água.

5.7.2.3 Fator segurança


(1) Aspecto segurança do fluxo
(a) Distância de apoio x possibilidades do inimigo - baseia-se no fato de
que, quanto maior for a distância a percorrer para proporcionar o apoio, maior será
a possibilidade de intervenção do inimigo (como guerrilheiros e Elm infiltrados) so-
bre o fluxo. Isto equivale a dizer que viaturas isoladas ou comboios estarão, por
maiores períodos de tempo, expostos à ação inimiga.
(b) Pontos críticos x possibilidades do inimigo - baseia-se em que um ponto
crítico situado ao longo de uma via utilizada como EPS oferece ao inimigo a possi-
bilidade de, atuando sobre ele, interferir no fluxo, levando à sua restrição ou inter-
rupção. A ocorrência desses pontos críticos deve ser observada na ligação com os
elementos apoiador e apoiados. Como pontos críticos, podem ser considerados,
entre outros: viadutos, pontes, passagens de nível, desfiladeiros e, em determina-
das situações, localidades. Torna-se indispensável o reconhecimento no terreno ou
o conhecimento das possibilidades do inimigo.
(c) EPS x possibilidades do inimigo - trata-se de analisar a posição relativa
das prováveis estradas principais de suprimento que estabelecerão a ligação entre
uma base e os elementos apoiador e apoiados, em face de regiões adequadas ao
homizio de guerrilheiros ou elementos infiltrados. A proximidade ou o afastamento
em relação a essas regiões produzirão reflexos variados sobre a segurança dos
comboios e o patrulhamento das estradas. Esse estudo deve fundamentar-se no
conhecimento específico das possibilidades do inimigo.

Fl 30 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


(d) EPS x flancos expostos - aplicando-se raciocínio análogo ao item ante-
rior, verifica-se que, quanto mais próximas as estradas principais de suprimento
estiverem de flancos expostos às frações inimigas, maior ameaça existe à continui-
dade do fluxo de apoio. Esse estudo deve fundamentar-se em informações do E3.

(2) Aspecto segurança das instalações


(a) Dispersão e apoio mútuo - consiste em verificar se a área proporciona
uma adequada dispersão das instalações sem prejuízo ao apoio mútuo requerido
entre as frações que irão se desdobrar no interior na BLB. Essa dimensão varia,
principalmente, em função do terreno, dos meios a desdobrar e do grau de risco
assumido pelo Cmt. Trata-se, portanto, de avaliar as possibilidades da região esco-
lhida à luz do espaço físico que ela abrange, nele visualizado o desdobramento dos
meios.
5.7.2.3.1 Os meios Log funcionais constituintes de uma BLB poderão estar desdo-
brados em um mesmo local ou em áreas não contíguas, desde que seja possível
assegurar o efetivo C2 e a devida proteção dos recursos logísticos.
(b) Facilidade para a defesa - a defesa das instalações e do pessoal situa-
dos na BLB está intimamente relacionada com as características do terreno na re-
gião em que se desdobra. A existência de elevações que permitam a instalação de
adequados postos de vigilância, a possibilidade de apoiar os limites sobre rio(s)
obstáculo(s) ou a inexistência de faixas ou pontos favoráveis à infiltração inimiga
são características que valorizam uma região.
(c) Proximidade de tropa amiga - trata-se de verificar se a região analisada
tem ou não possibilidade de se beneficiar, da existência de tropa em suas proximi-
dades. Para que se configure essa possibilidade, é necessário que a tropa esteja
justaposta à região considerada, ou dela tão próxima que permita incluí-la, total ou
parcialmente, no seu dispositivo de segurança. É necessário, ainda, que essa tropa
seja de valor e natureza compatíveis com a segurança desejada.
(d) Flancos expostos ou protegidos - é analisado em função da localização
de uma base em relação a flancos expostos à penetração do inimigo e a flancos
seguramente protegidos por tropas ou obstáculos de vulto.
(e) Distância de segurança – em princípio, é a distância mínima que a BLB
deve estar da artilharia de foguetes do inimigo a fim de proteger as instalações lo-
gísticas dos fogos desta. Esse aspecto pode ser relativizado em razão do risco
admitido pelo comandante. Em razão disso, a BLB poderá estar ao alcance da arti-
lharia de foguete do inimigo com a finalidade de se realizar um apoio mais cerrado.
A artilharia de tubo poderá também ser considerada caso haja informações de que
o inimigo possua um eficiente sistema de busca de alvos (ameaças). A análise sob
o presente aspecto consiste em verificar se a região selecionada se encontra ou
não dentro do alcance inimigo.
(f) Segurança contra aeronaves - consiste em verificar se a área proporcio-
na distância adequada de prováveis eixos de aproximação de qualquer tipo de ae-
ronave inimiga (avião, helicóptero, ARP etc.) com base nas suas características
técnicas-operacionais.

5.7.2.4 Fator situação logística


(1) Aspecto localização atual das instalações de apoio logístico do escalão
apoiador - É caracterizado pela posição da BLB em face da localização das instala-
Fl 31 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
ções logísticas do escalão apoiador, considerada a orientação da(s) ligação (ões)
rodoviária(s) existente(s).
(2) Aspecto localização das instalações de apoio logístico dos elementos a-
poiados - É caracterizado pela posição da BLB em face das AT ou ATE dos elemen-
tos apoiados, considerada a orientação da(s) ligação (ões) rodoviária(s) existen-
te(s).
(3) Aspecto EPS em uso ou previstas - A escolha de uma região para desdo-
bramento da BLB implica na proposta de uma EPS para servi-la, que normalmente
se constitui no prolongamento de (ou na ligação a) uma via já em uso ou para qual
o Esc apoiador já planejou as atividades de transporte. Assim, ao se analisar a lo-
calização de uma base sob esse aspecto, deve-se ter em mente que ela será tanto
mais adequada se não aumentar os encargos do escalão apoiador, principalmente
em relação aos cuidados em relação à EPS, tais como aumento da distância a ser
percorrida, melhorias nas condições de trafegabilidade e necessidade de reconhe-
cimentos mais detalhados.

5.7.2.5 Outros fatores


No decorrer da análise de uma ou mais regiões, visando ao desdobramento
da BLB, outros aspectos não enquadrados pelos fatores já estudados, poderão ser
considerados. A inclusão desses aspectos na análise das regiões selecionadas é
fruto da situação. Dentre os aspectos possíveis de serem estudados, segue-se a
descrição dos exemplos mais comuns.
(1) Preceitos do DICA - as instalações existentes nas localidades habitadas
somente poderão ser utilizadas se isso for imprescindível ao sucesso das opera-
ções militares, devendo ser observados os limites impostos pelo artigo 58 do Pro-
tocolo Adicional I às Convenções de Genebra.
A fração de saúde seria a única com possibilidade de se desdobrar em uma
localidade sem qualquer questionamento quanto à observância ou não dos precei-
tos do DICA, tendo em vista que as unidades e meios de transporte sanitário serão
sempre respeitados e protegidos e não serão objeto de ataques, quer estejam ou
não identificadas com o sinal distintivo (luz vermelha, crescente vermelho ou cristal
vermelho).
(2) Aspecto sigilo das operações - há situações em que o deslocamento de
um B Log e o consequente desdobramento de uma BLB poderão, se detectados
pelo inimigo, fornecer claros indícios da manobra planejada numa determinada
frente. Na análise de uma ou mais regiões, deve-se, pois, considerar a possibilida-
de de se evitar esses deslocamentos, reduzi-los ou realizá-los sob as condições
restritas.
(3) Aspecto atitude da população - quando uma região estiver sujeita às in-
fluências da população local, a atitude dessa população (favorável, indiferente, ou
hostil à presença de Tr amiga) torna-se um parâmetro importante, capaz de benefi-
ciar ou prejudicar a instalação de uma BLB.
(4) Aspecto otimização dos transportes - trata-se de evitar o transporte para
a retaguarda, situação que ocorre quando o suprimento percorre mais de uma vez
um mesmo trecho de estrada. Constitui aspecto desvantajoso, mas não impeditivo,
uma vez que traduz o subaproveitamento da via e dos meios de transporte.

Fl 32 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


(5) Podem, ainda, ser considerados outros aspectos, de acordo com a situa-
ção: limitações dos meios de transporte, prazos, duração das operações, necessi-
dade de abertura de destacamento logístico etc.

5.7.3 Localização das instalações na BLB


5.7.3.1 O desdobramento dos meios de apoio sofre injunções do terreno, particu-
larmente da rede viária na BLB.
5.7.3.2 A figura a seguir apresenta um exemplo esquemático de desdobramento
dos elementos de apoio logístico na BLB.

Fig 5-9 Uma proposta para desdobramento da BLB

5.7.4 Destacamento Logístico (Dst Log) da Brigada


5.7.4.1 O Dst Log é uma estrutura flexível, modular e adaptada às necessidades
logísticas do elemento apoiado, sendo constituído, principalmente, da descentrali-
Fl 33 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
zação de meios do B Log, a fim de proporcionar apoio logístico cerrado e contínuo
aos elementos apoiados.
5.7.4.2 Os Dst Log são desdobrados temporariamente e são constituídos por ele-
mentos de C2 e um número variável de módulos logísticos adaptados à tarefa a
cumprir. A sua organização depende, entre outros fatores, da natureza e do valor da
força a apoiar, do tipo de operação, da possibilidade de atuação do inimigo, do tem-
po disponível para o desdobramento e o funcionamento dessa instalação.
5.7.4.3 Em operações, o emprego dos Dst Log contribui para manter ou aumentar o
alcance operativo e a capacidade de durar na ação da força. Esse emprego permi-
te cumprir tarefas específicas dos grupos funcionais no momento, no local e no
prazo oportuno.
5.7.4.4 Os destacamentos poderão ser empregados sob a forma de rela-
ção/situação de comando e controle (reforço ou controle operativo) ou, principal-
mente, de relação/situação de apoio (apoio direto ou apoio ao conjunto).

5.7.5 Mudança de Base Logística de Brigada


5.7.5.1 A mudança de base logística de brigada visa a evitar o comprometimento do
apoio às forças por problemas de segurança ou distância. É condicionada pelas ope-
rações, devendo evitar interferir com as mesmas.

5.7.5.2 Planejamento
5.7.5.2.1 O número de bases a serem desdobradas deve ser o necessário para
permitir o apoio cerrado às forças, mas o suficiente para não quebrar a continuida-
de do apoio.
5.7.5.2.2 O planejamento inicial deve ser feito na carta, com base nas informações
existentes sobre a região, complementando-o com meios de tecnologia da informa-
ção e comunicação (TIC) e reconhecimentos, sempre que possível.
5.7.5.2.3 As instalações logísticas de apoio podem ser desdobradas total ou parci-
almente, bem como permanecer sobre rodas , em razão, principalmente, do tempo
de permanência no local.
5.7.5.2.4 Em cada local, deve ser previsto o desdobramento total das instalações,
mesmo que se visualize a possibilidade de ocupação da base por curto espaço de
tempo ou mesmo a sua não ocupação. Isto visa ter-se um planejamento pronto para
o caso de uma ação inimiga interromper o movimento planejado para as forças.

5.8 ATIVIDADES DOS GRUPOS FUNCIONAIS DA LOGÍSTICA NA BLB

5.8.1 GRUPO FUNCIONAL SUPRIMENTO


5.8.1.1 Este Grupo Funcional refere-se ao conjunto de atividades que trata da previ-
são e provisão de todas as classes de material e peças de reparação usadas nos
equipamentos necessários ao apoio logístico à F Ter, priorizando, sempre que pos-
sível, a cadeia de suprimento baseada na distribuição.
5.8.1.2 A cadeia de suprimento é dependente da combinação de diversos fatores,
entre os quais se destacam:
a) a capacidade e disponibilidade de meios e vias de transporte;
b) a capacidade das organizações logísticas de obter, estocar e processar
os itens;
c) a confiabilidade dos dados referentes à demanda, aos estoques e ao ma-
terial em trânsito;
Fl 34 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
d) o risco logístico admitido;
e) o nível de serviço estabelecido;
f) a disponibilidade e a confiabilidade dos diversos fornecedores; e
g) o nível de nacionalização dos PRODE.
5.8.1.3 A estrutura da cadeia de suprimento na F Ter requer uma modelagem base-
ada na responsividade e resiliência, de modo a antecipar as demandas dos usuários
ou postergar a entrega de itens até o momento que são realmente necessários, bem
como suportar as variações impostas pelas operações, mantendo constante o fluxo
de suprimento.
5.8.1.4 Na BLB, o Grupo Funcional Suprimento engloba as atividades de planeja-
mento da demanda, recebimento, armazenamento, distribuição e gerência do supri-
mento.

5.8.1.5 Planejamento da demanda


5.8.1.5.1 Esta atividade engloba as tarefas de determinação das necessidades de
suprimento, previsão de recursos, estabelecimento de prioridades, escalonamento
de estoques reguladores e normatização do funcionamento da cadeia de suprimen-
to.
5.8.1.5.2 O planejamento é executado por meio de estimativas logísticas basea-
das em dados de demanda (históricos e estatísticos) e/ou técnicas preditivas (simu-
lação) aplicáveis às diferentes classes de suprimento.
5.8.1.5.3 Consideram-se também, além dos fatores da decisão, as condicionantes
do exame de situação logística, particularmente no tocante aos efetivos a apoiar,
incluindo - quando determinado - outras Forças, agências (governamentais e não
governamentais) e população presentes na área de responsabilidade da F Ter.
5.8.1.5.4 A demanda de suprimento é estimada com base nas necessidades apre-
sentadas na sequência.
5.8.1.5.5 Necessidades Iniciais – são as destinadas a completar as dotações e a
constituir os estoques para o início das operações.
5.8.1.5.6 Necessidades para Manutenção do Fluxo da Cadeia de Suprimento – são
as relativas ao recompletamento das dotações e dos estoques reguladores nos di-
ferentes níveis devido ao consumo normal ou a demandas não previstas.
5.8.1.5.7 Necessidades para Fins de Reserva – são as destinadas ao atendimento
de situações emergenciais ou a fins específicos.
5.8.1.5.8 Necessidades para Fins Especiais – correspondem ao suprimento que não
consta das dotações normais, mas se torna necessário para o cumprimento de de-
terminadas missões.
5.8.1.5.9 Normalmente, as necessidades de suprimento das organizações ou for-
ças apoiadas são atendidas mediante processo automático. Em caso de demandas
adicionais ou inopinadas, decorrentes de fatores externos à cadeia de suprimento,
são feitas requisições ou pedidos de suprimento, por meio de emissão ou inserção
de dados em sistemas específicos, que formalizarão essa necessidade.

5.8.1.2 Obtenção
5.8.1.2.1 A obtenção é a atividade na qual são identificadas as possíveis fontes
para aquisição dos materiais e realizadas as medidas para disponibilização dos itens
necessários à força apoiada no local, na quantidade, nas especificações e no mo-
mento oportuno. Geralmente na BLB, não haverá atividade de obtenção. Contudo se
Fl 35 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
houver deverá ser observado o previsto no Manual de Logística em vigor.
5.8.1.3 Recebimento
5.8.1.3.1 O recebimento inclui o estabelecimento do destino inicial e a priorização
para armazenamento e distribuição, disponibilizando materiais necessários nas me-
lhores condições de uso, no local e momento oportunos. Possui estreita relação com
a atividade de gerência de suprimento no tocante aos controles de inventário.
5.8.1.3.2 Esta atividade emprega sistemas para acompanhamento e controle, em
tempo real, dos recursos ao longo de toda a cadeia de suprimento. Esses sistemas
compreendem a gestão informatizada do fluxo físico do material, a utilização de dis-
positivos automatizados de identificação de artigos e de catalogação de material. A
rastreabilidade dos itens de suprimento permite otimizar a seleção de pontos de re-
cebimento na área de responsabilidade da força operativa desdobrada.

5.8.1.4 Armazenamento
5.8.1.4.1 O armazenamento engloba o acondicionamento organizado de materi-
ais em instalações adequadas, durante um período de tempo específico. Além dis-
so, envolve a determinação das áreas para estocagem e os procedimentos e téc-
nicas visando ao controle e à preservação do material.
5.8.1.4.2 Na BLB, os artigos de suprimento são armazenados em instalações logísti-
cas de suprimento (militares e civis) estabelecidas no TO. O desdobramento dessas
instalações é condicionado à missão a ser cumprida pela F Ter, à capacidade de
transporte e à disponibilidade de recursos (pessoal, material, infraestrutura física e
outros).
5.8.1.4.3 O escalonamento da armazenagem observa os fatores da decisão e as
normas técnicas aplicáveis às diferentes classes e itens de suprimento. Busca-se
manter, sempre que possível, os estoques reguladores de maior porte armazenados
mais à retaguarda e maximizar o aproveitamento da infraestrutura existente, o uso
de sistemas informatizados de armazenamento de material e o emprego de meios
de movimentação de cargas automatizados.

5.8.1.5 Distribuição
5.8.1.5.1 A distribuição envolve pessoas, equipamentos, instalações, técnicas e pro-
cedimentos, destinados ao transporte, à entrega, ao recebimento, à armazenagem
ou aplicação final dos itens. Engloba as tarefas de planejamento e coordenação do
fluxo de material desde o ponto de recebimento de cada escalão até o local de
consumo das forças apoiadas.
5.8.1.5.2 A distribuição contribui significativamente para a capacidade de durar na
ação, sincronizando todos os elementos da cadeia de suprimento, de modo a fazer
chegar às organizações ou força operativa os recursos certos, na quantidade, mo-
mento e local em que sejam necessários, utilizando os meios de transporte adequa-
dos.
5.8.1.5.3 A capacidade de distribuição é determinante para a efetividade da ca-
deia de suprimento. A ênfase é atribuída ao gerenciamento do fluxo dos recursos
em relação ao estabelecimento de grandes estoques, o que reforça a necessidade
de um sistema de informações logísticas, desde a situação de normalidade, inte-
grando todos os usuários (consumidores, organizações logísticas e fontes de obten-
ção) e um sistema de transporte adaptado a cada situação.
5.8.1.5.4 A visibilidade ao longo da cadeia logística - material, pessoal, unidades,
Fl 36 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
pontos de transição e meios de transporte - permite avaliar se os processos de dis-
tribuição estão respondendo adequadamente às necessidades da força. Isto inclui o
rastreamento e o monitoramento georreferenciado de comboios, meios de transpor-
te e cargas (contêineres e paletes) e outros recursos empregados na atividade de
distribuição.
5.8.1.5.5 O processo a ser empregado na distribuição o suprimento decorre, particu-
larmente, da avaliação de fatores relacionados:
a) ao risco logístico admitido;
b) ao nível de serviço necessário;
c) à natureza, profundidade e duração provável da operação;
d) à disponibilidade de meios e condições das vias de transporte; e
e) ao atendimento de restrições operativas e/ou técnicas.
5.8.1.5.6 Na BLB será comum o uso de dois processos de distribuição: na unida-
de e por processos especiais. O processo de distribuição na instalação de supri-
mento será utilizado excepcionalmente, de modo a não onerar a organização apoia-
da com encargos logísticos de transporte até posições à retaguarda de sua zona de
ação.
5.8.1.5.7 Os processos especiais de suprimento serão largamente utilizados em
Operações de movimento, quando se deve ter especial atenção com a possibilidade
de interrupção do fluxo de suprimento.
5.8.1.6 Classes de Suprimento
5.8.1.6.1 No âmbito da F Ter são adotadas dez classes de suprimento, conforme
descrito na tabela a seguir:
CLASSE DESCRIÇÃO

I Subsistência, incluindo ração animal e água.

Intendência, englobando fardamento, equipamento, móveis, utensílios,


material de acampamento, material de expediente, material de escritó-
II
rio e publicações. Inclui vestuário específico para Defesa Química, Bio-
lógica, Radiológica e Nuclear (DQBRN).

III Combustíveis, óleos e lubrificantes (sólidos e a granel).


IV Construção, incluindo equipamentos e materiais de fortificação.
Armamento e munição (inclusive DQBRN), incluindo foguetes, mís-
V
seis, explosivos, artifícios pirotécnicos e outros produtos relacionados.

VI Engenharia e cartografia

Tecnologia da informação, comunicações, eletrônica e informática, inclu-


VII
indo equipamentos de imageamento e de transmissão de dados e voz.
VIII Saúde (humana e veterinária), inclusive sangue.
IX Motomecanização, aviação e naval. Inclui material para DQBRN.

Fl 37 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


Materiais não incluídos nas demais classes, itens para o bem estar
X
do pessoal e artigos reembolsáveis.

5.8.1.7 Suprimento Classe I

5.8.1.7.1 Ração
a) Ração é a quantidade de alimento e água necessários para manter um homem
ou animal por determinado período de tempo, normalmente um dia.
b) A ração operacional é uma composição de itens desidratados (refrescos, bebi-
das quentes), liofilizados (macarrão instantâneo, risotos), termoprocessados (comida
esterilizada, cozida, pronta para consumo), acessórios e outros complementos in-
dustrializados, como doces e biscoitos.
c) Ração de forragem é a expressão usada para designar a quantidade de forra-
gem necessária para alimentar um animal durante um dia.
d) As Forças Armadas têm optado, na atualidade, por rações operacionais de per-
fil tecnológico termoprocessado, alimento pronto para o consumo, cozido, esteriliza-
do em embalagens flexíveis, chamadas em inglês de pouchs.

5.8.1.7.2 Ciclo de Ração - é o período de vinte e quatro horas durante o qual a ra-
ção vai ser consumida. Em campanha, o ciclo começa pelo jantar, compreendendo
três refeições (jantar, desjejum e almoço), pois apresenta a vantagem de permitir
mais tempo para o loteamento das rações recebidas e para a entrega e preparo das
refeições. Admite-se a utilização de tipos de ração diferentes dentro do mesmo ciclo
de ração. A expressão "ciclo de ração" só diz respeito a víveres.

5.8.1.7.3 Intervalo de Ração


a) Intervalo de ração é o período iniciado com o processamento, pelo escalão supe-
rior, do suprimento automático originado pelas informações constantes do sumário
diário do pessoal (ou se for o caso, pelo pedido eventual), remetido pela Bda/DE e
encerrado com o consumo final da ração, pelas unidades. No escalão brigada e divi-
são de exército, tem interesse apenas para o B Log, pois possibilita organizar a sis-
temática de fornecimento de ração.

Intervalos de ração mais utilizados (ciclo iniciado no jantar)


- Intervalo de ração 4
1º dia considerado - Suprimento automático ou pedido eventual.
2º dia considerado - Recebimento e distribuição na mesma noite.
3º dia considerado - Início do consumo pelas unidades.
4º dia considerado - Término do consumo pelas unidades.
Exemplo:
1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia
Recebimento
Suprimento Início do con- Término do
(R) e distribu-
automático ou sumo pelas consumo pe-
ição (D) na
pedido even- unidades las unidades
mesma noite
tual (P) (Ci) (Cf)
(R/D)
P R/D Ci Cf
Fl 38 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
b) Na zona de combate, utiliza-se o intervalo de ração 4 quando a brigada (ou a divi-
são de exército) estiver em zona de reunião.
- Intervalo de ração 5
1º dia considerado - Suprimento automático ou pedido eventual.
2º dia considerado - Recebimento do suprimento.
3º dia considerado - Distribuição da ração às unidades.
4º dia considerado - Início do consumo pelas unidades.
5º dia considerado - Término do consumo pelas unidades.
Exemplo:
1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia 6º dia
Início do Término
Suprimento
consumo do consu-
automático Recebimento Distribuição
pelas uni- mo pelas
ou pedido (R) (D)
dades unidades
eventual (P)
(Ci) (Cf)
P R D Ci Cf

c) Normalmente, utiliza-se o intervalo de ração 5, quando a brigada (ou a divisão de


exército) não se encontrar em Z Reu.
d) O escalão superior pode determinar a utilização dos intervalos de ração 6 e 7.
Nesses intervalos, entre o suprimento automático (ou pedido eventual) e o recebi-
mento, decorrem prazos de 48 e de 72 horas, respectivamente. Essa decisão será
tomada em função, particularmente, das restrições impostas ao escalão superior, da
interferência do inimigo, das dificuldades no loteamento das Rç na BLT ou Ba Log e
da distância de apoio do escalão superior à Bda ou DE.
e) A mudança de intervalo de ração caracteriza-se pelo recebimento da ração para o
novo intervalo.
f) A ocasião da mudança de intervalo 4 para 5 e vice-versa é definida pela Bda ou
DE, levando em consideração as necessidades operacionais e as possibilidades lo-
gísticas.

5.8.1.7.4 Escalonamento das rações - a distribuição, em profundidade, das ra-


ções, na divisão de exército e na brigada, permite assegurar a alimentação da tropa
por determinados períodos quando, por qualquer eventualidade, for interrompido o
fluxo de suprimento.

5.8.1.7.5 Reserva Orgânica de suprimento Classe I - é a quantidade de supri-


mento, desta classe, existente e que não esteja destinada ao consumo imediato. A
reserva orgânica é consumida, quando necessário, sem que se peça autorização ao
escalão superior. Logo após consumir a reserva orgânica, o interessado participa tal
fato ao escalão superior e pede a reposição do suprimento.

5.8.1.7.6 Suprimento automático e pedido eventual


a) Sempre que possível não haverá pedido de Classe I, pois o suprimento será
automático entre o escalão apoiador e o apoiado.
b) O suprimento automático compreende as rações necessárias para o consumo
imediato, baseado no efetivo existente.
Fl 39 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
c) Como na prática não há coincidência do número de rações recebidas com o
número das distribuídas pelo B Log, há necessidade de, periodicamente, haver um
reajustamento de rações. A periodicidade será regulada nos planos e ordens de a-
poio logístico.
d) As OM farão um pedido eventual nas seguintes situações:
- necessidade de recomposição de sua reserva orgânica, quando for atingido
um nível mínimo previsto nos planos e ordens de apoio logístico;
- necessidade de recomposição do número de rações de emergência, com
base no efetivo existente;
- quando o tipo de ração a ser consumida em cada uma das três refeições
de um ciclo de ração não for a ração prevista;
- quando o excesso de rações comprometer a capacidade de Trnp ou a mo-
bilidade; e
- quando for julgado, por outras razões, estritamente necessário.
Os pedidos eventuais de todas as unidades são consolidados na brigada em
um só, que é remetido ao escalão apoiador.
e) Por ocasião dos pedidos eventuais serão feitos os reajustamentos necessários
para a recomposição dos níveis previstos.

5.8.1.7.7 Distribuição
a) Se o intervalo de ração em vigor for 4, o B Log deverá receber, lotear e distribuir
esse suprimento às unidades, no mesmo dia. Esta distribuição é feita nas áreas de
trens de estacionamento ou nas áreas de trens de unidade. Se o intervalo de ração
for 5, o B Log terá mais tempo para lotear o suprimento recebido, pois só deverá dis-
tribuí-lo no dia seguinte.
b) O transporte do suprimento até as unidades é realizado, normalmente, pelo B
Log, qualquer que seja o intervalo de ração adotado, conforme figura a seguir.

Fig 5-10 Distribuição de Sup Cl I (Trens de OM fora da BLB)


Fl 40 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
c)Quando os trens estiverem localizados dentro da BLB, ocorrerá um encargo maior
de transporte para a OM apoiada, uma vez que após o suprimento lhe ter sido entre-
gue, cabe a ela, utilizando viaturas próprias, a responsabilidade dos transportes
subsequentes, conforme figura a seguir. Nesse caso, é normal que essa OM apanhe
o suprimento (distribuição na instalação de suprimento) no P Distr Cl I, evitando bal-
deação desnecessária no interior da BLB.

Fig 5-11 Distribuição de Sup Cl I (Trens de OM no interior da BLB)

5.8.1.8 Suprimento Classe III

5.8.1.8.1 Generalidades
5.8.1.8.1.1 Suprimento classe III necessário - O suprimento classe III necessário
resulta das estimativas para determinados períodos, com base em fatores experi-
mentais, as quais são enviadas ao Esc Sp.
5.8.1.8.1.2 Crédito de suprimento classe III - A brigada e a divisão de exército re-
cebem do escalão superior um crédito de combustível para determinado período.
Esse crédito é repartido pelas OM considerando as suas estimativas anteriores e
pode ser fixado em litros por período. Exceto em casos de emergência, é necessária
a permissão do comando superior para que qualquer OM consuma além do crédito
estabelecido.
5.8.1.8.1.3 Dentro das normas resultantes do entendimento entre as 3ª e 4ª se-
ções do estado-maior geral, cabe ao E4 da divisão de exército ou da brigada centra-
lizar as estimativas de consumo das unidades e propor ao comando os créditos a
serem concedidos.
5.8.1.8.1.4 Reserva orgânica - A brigada deve manter uma reserva orgânica de
Sup Cl III para atender às necessidades de emprego operacional, de acordo com as
possibilidades de transporte.

Fl 41 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


5.8.1.8.2 Estimativa de consumo
5.8.1.8.2.1 Consumo normal - é o consumo de suprimento classe III por viaturas
que se desloquem em estradas de boas características técnicas.
5.8.1.8.2.2 Unidade de carburante - é a quantidade de combustível necessária a
uma viatura ou a todas as viaturas de uma unidade para a execução de um percurso
de 100 quilômetros em estrada (é o consumo normal para um deslocamento de 100
quilômetros).
5.8.1.8.2.3 Decomposição do cálculo da estimativa - o cálculo da estimativa das
necessidades de suprimento classe III é decomposto nas parcelas que se seguem:
a) Consumo no deslocamento - deve-se considerar que o deslocamento po-
de ser feito sob a forma de marcha administrativa ou sob condições desfavoráveis.
Durante as marchas administrativas, as viaturas aproveitam integralmente a rede de
estradas e consomem uma unidade de carburante em cada deslocamento de 100
quilômetros. Nos deslocamentos sob condições desfavoráveis, há um aumento no
consumo, por isso é necessário obter uma estimativa do número de viaturas que se
deslocam sob essas situações: através do campo, em estadas precárias, etc.
b) Consumo no suprimento - corresponde ao consumo das viaturas empre-
gadas na execução do suprimento.
c) Consumo adicional dos veículos - corresponde à necessidade diária para
diversos fins, tais como: movimentos de veículos no interior do estacionamento, re-
conhecimentos, aquecimento de motores e consumo suplementar pelo funcionamen-
to de alguns veículos, em velocidade reduzida, por tempo excessivamente longo,
etc.
O consumo adicional é muito influenciado pela natureza das operações, ter-
reno e condições meteorológicas.
d) Consumos diversos - incluem as necessidades de combustível para cozi-
nhas, equipamentos mecânicos, bem como para a manutenção e verificação de mo-
tores.
e) Perdas - esta parcela corresponde ao consumo consequente da evapora-
ção, derramamentos e pequenos acidentes de combate.
5.8.1.8.2.4 Nas brigadas integrantes de uma divisão de exército é feita uma esti-
mativa de consumo para atender a um período determinado ou a uma operação em
fase de planejamento. Uma vez estabelecidas as necessidades, a estimativa é en-
caminhada à divisão de exército para fins de consolidação e levantamento das ne-
cessidades globais da divisão.
5.8.1.8.2.5 Essas necessidades, apresentadas separadamente por brigada e OM
da DE, são remetidas ao escalão apoiador para fins de atendimento. Após um estu-
do de suas próprias disponibilidades, considerando as prioridades estabelecidas, o
escalão apoiador fixa um crédito de suprimento classe III para os elementos apoia-
dos.
5.8.1.8.2.6 Na eventualidade da existência de restrições, o escalão apoiador, de
posse do pedido da divisão de exército/brigada, a informa do crédito que lhe pode
ser aberto e solicita quais as alterações que deseja que sejam feitas na estimativa
inicial. Em face disso, a divisão de exército/brigada faz nova previsão de necessida-
des e a transmite ao escalão apoiador, que abre créditos às brigadas.
5.8.1.8.2.7 As brigadas, recebendo o crédito de suprimento classe III aberto pelo
escalão apoiador, procedem de forma idêntica com suas OM, isto é, estabelecem
crédito de suprimento classe III para cada U/SU.
Fl 42 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
5.8.1.8.2.8 As OM enviam à Brigada um relatório diário de situação, o qual indica a
quantidade de suprimento existente em suas viaturas cisterna e faz uma estimativa
das necessidades para o período seguinte.
5.8.1.8.2.9 A Brigada consolida as informações recebidas e considerando o supri-
mento existente (reserva orgânica de suprimento classe III), envia à instalação do
escalão apoiador o relatório diário de situação da brigada.

5.8.1.8.3 Distribuição
5.8.1.8.3.1 O batalhão logístico recebe o suprimento no posto de distribuição de su-
primento classe III na BLB. O escalão apoiador fornece esse material por meio de
troca de viaturas cisterna ou pelo enchimento das viaturas cisterna vazias.
5.8.1.8.3.2 As viaturas e os reboques cisterna do B Log são empregados para trans-
portar a reserva orgânica de suprimento classe III da brigada e utilizados para o es-
tabelecimento do posto de distribuição de suprimento classe III.
5.8.1.8.3.3 O suprimento das OM apoiadas poderá ser feito com o combustível da
reserva orgânica, tendo em vista permitir a renovação do combustível, sendo, então,
as viaturas recompletadas ou trocadas pelas viaturas do escalão apoiador.
5.8.1.8.3.4 As unidades da brigada e os elementos da divisão são supridos em suas
ATE/AT. Esse suprimento se faz pela troca de viaturas cisterna ou pelo enchimento
das mesmas.
5.8.1.8.3.5 Nas unidades e nas subunidades é adotado o processo de troca de cam-
burões (de 20 litros) e/ou de tambores (de 200 litros) nos respectivos postos de dis-
tribuição.
5.8.1.8.3.6 Como síntese, a distribuição dessa classe de suprimento se faz na OM,
cabendo ao B Log ou ao escalão apoiador a distribuição do suprimento necessário.
5.8.1.8.3.7 Quando os trens estiverem localizados dentro da BLB, ocorrerá um en-
cargo maior de transporte para a OM apoiada, uma vez que após o suprimento lhe
ter sido entregue, cabe a ela, utilizando viaturas próprias, a responsabilidade dos
transportes subsequentes, conforme figura a seguir. Nesse caso, é normal que essa
OM apanhe o suprimento (distribuição na instalação de suprimento) no P Distr Cl III,
evitando baldeação desnecessária no interior da BLB.

Fl 43 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


Fig 5-12 Distribuição de Sup Cl III (Trens de OM fora da BLB)

Fig 5-13 Distribuição de Sup Cl III (Trens de OM no interior da BLB)

Fl 44 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


5.8.1.9 Suprimento Classe V (Mun)

5.8.1.9.1 Conceitos
5.8.1.9.1.1 Dotação orgânica - é a quantidade de cada item de suprimento classe V
(munições), expressa em tiros por arma ou em outra unidade de medida adotada,
que determinada organização militar deve manter em seu poder para atender às ne-
cessidades de emprego operacional.
5.8.1.9.1.2 Munição necessária - nos escalões brigada e divisão de exército, é a
quantidade de munição, expressa pelo fator tiros por arma por dia ou por outra uni-
dade de medida, estimada como indispensável para o consumo, para uma determi-
nada operação ou período.
5.8.1.9.1.3 Munição disponível - nos escalões Bda e DE, é a quantidade de munição,
expressa pelo fator tiros por arma por dia ou por outra unidade de medida, que uma
organização ou força militar poderá receber como crédito para uma determinada o-
peração ou período. A fixação da munição disponível não significa que a mesma de-
va ser obrigatoriamente consumida. Ao contrário, sempre que possível, deve ser fei-
ta economia de munição.
5.8.1.9.1.4 Munição para consumo imediato - é a munição que será consumida nas
vinte e quatro horas após o recebimento pela OM. Tal munição é recebida mesmo
quando a dotação orgânica estiver completa.

5.8.1.9.2 Sistemática do Suprimento Classe V (Mun)


5.8.1.9.2.1 A dotação orgânica é fixada, por meio de tabela de dotação específica
para cada unidade, de acordo com seu tipo e organização.
5.8.1.9.2.2 A parcela da dotação orgânica a ser conduzida pelos homens ou nos
meios de transporte é fixada pelo comandante da organização militar considerada,
de acordo com a situação.
5.8.1.9.2.3 A dotação orgânica, de um modo geral, é recompletada diariamente à
medida que for sendo consumida. Quando não for possível o seu recompletamento,
em curto prazo, há necessidade de uma autorização expressa do comandante da
brigada ou da divisão de exército para sua utilização.
5.8.1.9.2.4 A Bda/DE estima a quantidade de munição necessária para cada opera-
ção e informa ao escalão apoiador imediatamente superior, o qual de posse das es-
timativas das GU e da quantidade de munição colocada à sua disposição, estabele-
ce o crédito de munição disponível para cada uma delas.
5.8.1.9.2.5 Enquanto houver suprimento de classe V(munições) disponível, dentro
do crédito autorizado, as OM recebem a munição que necessitam em suas A-
TE/ATSU.
5.8.1.9.2.6 Essa sistemática permite:
- o controle da munição (quantidade e tipo) que está sendo consumida, den-
tro do crédito aberto;
- a possibilidade do estabelecimento de prioridades às OM, para o consumo
de tipos de munição escassos; e
- a interferência, junto ao escalão superior, para obter um atendimento mais
adequado às suas necessidades.
O escalão apoiador fornece o suprimento nas instalações do B Log. Lá, o
suprimento será processado para envio as U/SU.

Fl 45 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


5.8.1.9.3 Distribuição
5.8.1.9.3.1 As unidades e subunidades independentes transportam as DO.
5.8.1.9.3.2 As viaturas de munição do B Log, isoladas ou em comboio, vão às A-
TE/AT das OM da brigada e lá entregam o suprimento classe V(Mun). Nas ATE/AT, a
munição é carregada e, em seguida, transportada para os postos de remuniciamento
das subunidades. Em princípio, recebem a munição que necessitam para recomple-
tar suas dotações orgânicas e/ou para consumo imediato.
5.8.1.9.3.3 O escalão que apóia a brigada, quando necessário, pode instalar e ope-
rar posto(s) de suprimento classe V(munições) na BLB, a fim de cerrar o apoio devi-
do à natureza da missão a ser cumprida por aquela GU. Nesse caso, o B Log não
desdobrará um P Distr Cl V (Mun).
5.8.1.9.3.4 Quando os trens estiverem localizados dentro da BLB, ocorrerá um en-
cargo maior de transporte para a OM apoiada, uma vez que após o suprimento lhe
ter sido entregue, cabe a ela, utilizando viaturas próprias, a responsabilidade dos
transportes subsequentes, conforme figura a seguir. Nesse caso, é normal que essa
OM apanhe o suprimento (distribuição na instalação de suprimento) no P Distr Cl V
(Mun), evitando baldeação desnecessária no interior da BLB.

Fig 5-14 Distribuição de Sup Cl V(Mun) - Trens de OM fora da BLB

Fl 46 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


Fig 5-15 Distribuição de Sup Cl V(Mun) - Trens de OM no interior da BLB
5.8.1.10 Suprimento Classe VIII
a) Pedido - As subunidades pedem suprimento de saúde, inclusive peças e
conjuntos de reparação, aos postos de socorro das unidades, por meio dos elemen-
tos de saúde do pelotão de saúde, localizados nas áreas de trens de combate. Os
postos de socorro das unidades atendem, sempre que possível, e recompletam os
seus estoques por meio de pedidos informais enviados ao posto de suprimento clas-
se VIII, desdobrado pelo pelotão de suprimento classe VIII da Cia Mnt Sup Cl VIII/B
Sau, na BLB. O posto de suprimento atende e, por sua vez, envia os seus pedidos
para recompletamento de seus estoques e/ou os pedidos das unidades que não fo-
ram atendidos à instalação do escalão superior que presta o apoio. O posto de su-
primento classe VIII não consolida os pedidos de suprimento de material de saúde.
b) Distribuição - A distribuição de suprimento Cl VIII em operações não obe-
dece a processos preestabelecidos. É feita informalmente através dos diferentes
elementos de saúde. Na passagem de um paciente por uma instalação de saúde, há
em geral certo material que não pode dele ser retirado sem prejuízo para seu trata-
mento ou sem produção de lesões ou sofrimento, como colar cervical, torniquetes/
garrotes, talas, macas, cobertor metalizado, etc. Para evitar a falta deste material, a
instalação que recebe o paciente entrega imediatamente à instalação ou organiza-
ção que o evacua, número igual do mesmo material recebido com o evacuado. Este
processo é o que se denomina de “troca de material”. É usado em todas as instala-
ções de saúde.
c) O provimento de equipamentos pode ser realizado através do canal de
suprimento, podendo ser também realizado pelo canal de manutenção, quando se
tratar de equipamento reparado ou recuperado. O provimento de peças de reposição
pode ser executado através do canal de manutenção.
d) Reserva de suprimento - A companhia de suprimento e as instalações de
Fl 47 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
saúde mantêm pequenos estoques de suprimento de saúde, adequados ao nível do
apoio prestado. Estes estoques constituem a reserva orgânica de suprimento classe
VIII.

Fig 5-16 Distribuição do Sup Cl VIII


5.8.1.11 Suprimento de peças e conjuntos de reparação das Classes II, IV,
V(Armt), VI, VII, IX e X
5.8.1.11.1 Geralmente, os pedidos são informais e, por vezes, são substituídos pela
troca direta de itens (apresentação do material danificado). Dessa forma, os elemen-
tos de manutenção do B Log apoiam as unidades com peças de seus estoques e
fazem um pedido ao posto de distribuição de suprimento de peças e conjuntos de
reparação existente na BLB, para seu próprio recompletamento. Quando for neces-
sário, as OM farão pedidos diretamente ao B Log.
5.8.1.11.2 Para recompletar os estoques do B Log, a Brigada faz um pedido ao esca-
lão apoiador.
5.8.1.11.3 Distribuição - O escalão apoiador distribui o suprimento ao B Log para
recompletar seus estoques. Normalmente, a distribuição é realizada através dos e-
lementos de manutenção em apoio. O B Log também pode fornecer às OM, o supri-
mento necessário.
5.8.1.11.4 Reserva de suprimento – O B Log e as OM mantêm estoques adequados
ao escalão de manutenção que realizam. A reserva orgânica deste suprimento fica
escalonada nas OM, nas seções leves de manutenção e no posto de distribuição de
suprimento de peças e conjuntos de reparação.
5.8.1.11.5 Quando os trens estiverem localizados dentro da BLB, ocorrerá um en-
cargo maior de transporte para a OM apoiada, uma vez que após o suprimento lhe
ter sido entregue, cabe a ela, utilizando viaturas próprias, a responsabilidade dos
transportes subsequentes, conforme figura a seguir. Nesse caso, é normal que essa
OM apanhe o suprimento (distribuição na instalação de suprimento) no P Distr Pç Cj
Rep, evitando baldeação desnecessária no interior da BLB.
Fl 48 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
Fig 5-17 Distribuição de Suprimento de Peças e Conjuntos de Reparação (Trens de
OM fora da BLB)

Fig 5-18 Distribuição de Suprimento de Peças e Conjuntos de Reparação


(Trens de OM no interior da BLB)

Fl 49 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


5.8.1.12 Suprimento de peças e conjuntos de reparação das Classes II, IV,
V(Armt), VI, VII, IX e X (PRODUTOS ACABADOS)
5.8.1.12.1 Nas brigadas, o consumo de suprimentos dessas classes é relativamente
baixo, o que leva a reuni-los em um só grupo.
5.8.1.12.2 As unidades enviam seus pedidos eventuais à Brigada que, por sua vez,
remete-os, sem consolidá-los, para a instalação do escalão apoiador.
5.8.1.12.3 O suprimento é enviado diretamente da instalação do escalão apoiador
para o posto de distribuição de suprimento de outras classes na BLB. Eventualmen-
te, pode ser enviado diretamente para à OM ou, quando for mais apropriado, direta-
mente às subunidades. As viaturas das OM, ao passarem pela BLB, podem, tam-
bém, receber os suprimentos classes II, IV, V(Armt), VI, VII, IX e X, no posto de dis-
tribuição de suprimento de outras classes.
5.8.1.12.4 A brigada tem, como reserva orgânica de suprimentos classes II, IV,
V(Armt), VI, VII, IX e X, um limitado estoque de artigos de maior consumo.
5.8.1.12.5 Quando os trens estiverem localizados dentro da BLB, ocorrerá um en-
cargo maior de transporte para a OM apoiada, uma vez que após o suprimento lhe
ter sido entregue, cabe a ela, utilizando viaturas próprias, a responsabilidade dos
transportes subsequentes, conforme figura a seguir. Nesse caso, é normal que essa
OM apanhe o suprimento (distribuição na instalação de suprimento) no P Distr Ou-
tras Classes, evitando baldeação desnecessária no interior da BLB.

Fig 5-19 Distribuição de Suprimento de Outras Classes (Trens de OM fora da BLB)

Fl 50 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


Fig 5-20 Distribuição de Suprimento de Outras Classes (Trens de OM no interior da
BLB)

5.8.2 GRUPO FUNCIONAL MANUTENÇÃO

5.8.2.1 Conceitos básicos


5.8.2.1.1 Este Grupo Funcional refere-se ao conjunto de atividades que são execu-
tadas visando a manter o material em condição de utilização durante todo o seu ci-
clo de vida e, quando houver avarias, restabelecer essa condição.
5.8.2.1.2 A manutenção assegura às forças apoiadas a disponibilidade dos equi-
pamentos, por meio da reparação; da gestão, estocagem e distribuição de peças de
reparação; da evacuação de artigos avariados ou inservíveis dos elementos apoia-
dos (material salvado) ou do inimigo (material capturado) para recuperação ou
descarte; e das aquisições de itens e/ou serviços destinados às tarefas de manu-
tenção.
5.8.2.1.3 Os responsáveis pelas aquisições de sistemas de armas e equipamentos
devem atentar para a periodicidade e a simplicidade das técnicas e procedimentos
de manutenção, tendo em vista influenciarem diretamente seu índice de disponibili-
dade operativa.
5.8.2.1.4 As unidades de manutenção devem executar a reparação de materiais o
mais à frente quanto permitirem as condições operativas e técnicas. Deve-se consi-
derar, todavia, que certos procedimentos necessitam de infraestrutura adequada e
um mínimo grau de estabilidade. Assim, há que se buscar o equilíbrio entre segu-
Fl 51 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
rança e capacidade de apoio, por meio do emprego de equipes móveis de manu-
tenção, permitindo diminuir os prazos de indisponibilidade e reduzir os movimentos
desnecessários.

5.8.2.2 Preceitos da manutenção na Força Terrestre


5.8.2.2.1 Escalonamento, centralizando-se os meios de reparação em locais mais à
retaguarda;
5.8.2.2.2 Descentralização seletiva de recursos às forças apoiadas, dedicados ao
diagnóstico, à depanagem, à manutenção de emergência e à evacuação de materi-
al; e
5.8.2.2.3 Menor tempo de retenção junto aos elementos avançados, priorizando-se o
tratamento das avarias ligadas ao combate, por meio de reparos rápidos ou de subs-
tituição do material indisponível (troca direta).

5.8.2.3 Interações dos Grupos Funcionais Manutenção e Suprimento


5.8.2.3.1 As atividades de manutenção guardam estreito relacionamento com as
atividades de suprimento. A manutenção inadequada reduz a vida útil do material e
impõe um aumento das necessidades de suprimento. Inversamente, as deficiências
de suprimento exigem maior esforço de manutenção e aumentam o tempo de repa-
ro, e consequentemente, a indisponibilidade dos equipamentos.

5.8.2.4 Atividades do Grupo Funcional Manutenção


5.8.2.4.1 As atividades do grupo funcional manutenção são: planejamento da manu-
tenção, manutenção preventiva, manutenção corretiva, manutenção modificadora e
evacuação de material.

5.8.2.4.1 Planejamento da manutenção


5.8.2.4.1.1 O planejamento da manutenção consiste em determinar as necessida-
des, capacidades e carências em termos de instalações, pessoal, material e ferra-
mental para execução das demais atividades de manutenção em uma situação es-
pecífica. Permite quantificar custos e proporciona maior previsibilidade ao processo
de manutenção.
5.8.2.4.1.2 O planejamento da manutenção é realizado em todos os níveis de exe-
cução da logística na F Ter, obedecendo a diretrizes e normas específicas dos co-
mandos logísticos enquadrantes. É consolidado em planos de manutenção, nos
quais devem ser enfatizadas a manutenção preventiva e as recomendações dos
fabricantes dos materiais e sistemas de armas.
5.8.2.4.1.3 Os órgãos de manutenção devem buscar um estreito relacionamento
com os elementos usuários dos equipamentos, visando a alcançar maior disponibi-
lidade operativa com melhor custo. A padronização de processos, o emprego de sis-
temas de informações gerenciais e a avaliação contínua dos resultados, entre ou-
tras medidas, possibilitam identificar as necessidades e antecipar as ações.

5.8.2.4.2 Manutenção preventiva


5.8.2.4.2.1 A manutenção preventiva é a base do sistema de manutenção da F Ter.
Normalmente, engloba procedimentos periódicos de pouca complexidade técnica,
destinados a reduzir ou evitar a queda no desempenho, degradação ou avaria dos
materiais. Inclui, entre outras ações, as inspeções, testes, reparações ou substitui-
Fl 52 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
ções.
5.8.2.4.2.2 A manutenção preditiva está contida na manutenção preventiva, compre-
endendo um conjunto de controles diagnósticos baseados em parâmetros técnicos e
estatísticos de confiabilidade. A sua aplicação visa a prever e executar as ações de
manutenção no momento em que forem efetivamente necessárias, de modo a per-
mitir a operação contínua de sistemas e equipamentos pelo maior tempo possível,
otimizando o trinômio custo – operacionalidade – manutenção.

5.8.2.4.3 Manutenção corretiva


5.8.2.4.3. 1 A manutenção corretiva destina-se à reparação ou recuperação do
material danificado para repô-lo em condições de uso. Pode ser classificada como
planejada e não planejada.
5.8.2.4.3. 2 Manutenção Corretiva Planejada – consiste na correção do desempe-
nho menor que o esperado, por decisão técnica, baseada em acompanhamento
preditivo. Permite estender a operação até o momento em que ocorra a falha.
5.8.2.4.3. 3 Manutenção Corretiva Não Planejada – consiste na correção da falha,
ocorrida de maneira aleatória, quando não há tempo para a preparação do serviço.
Normalmente, implica em maiores custos de manutenção e prejuízos para as opera-
ções.
5.8.2.4.3. 4 O Reparo de Danos em Combate (RDC) é o procedimento de ma-
nutenção emergencial, realizado em ambiente de combate e segundo critérios técni-
cos, tendo por finalidade disponibilizar o material danificado com a maior rapidez
possível. Normalmente, utiliza técnicas não convencionais e emprega um mínimo de
peças de reparação, sendo executado por pessoal com competência técnica especí-
fica para este tipo de intervenção.
5.8.2.4.3. 5 A gestão da cadeia de suprimento de peças e conjuntos de repara-
ção tem influência significativa na disponibilidade dos materiais, de modo a evitar
interrupções (paradas) e atrasos na manutenção por falta desse insumo. Eventual-
mente, podem ser adotadas medidas complementares como os procedimentos de
recuperação de elementos aproveitáveis, bem como ser autorizada, em caráter ex-
cepcional, a troca controlada (“canibalização”).

5.8.2.4.4 Manutenção modificadora


5.8.2.4.4. 1 A manutenção modificadora consiste nas ações destinadas a adequar o
equipamento às necessidades ditadas pelas exigências operacionais e melhorar o
desempenho de equipamentos existentes. Relaciona-se também à melhoria dos
processos da própria manutenção.
5.8.2.4.4. 2 A manutenção modificadora envolve as ações de reconstrução, moder-
nização/modificação de equipamentos e sistemas de armas, bem como a reparação
e recuperação de conjuntos e componentes. Normalmente, exige projetos de enge-
nharia, pessoal com competências técnicas específicas e infraestrutura fabril (civis
e/ou militares).

5.8.2.4.5 Evacuação de material


5.8.2.4.5.1 A evacuação compreende a movimentação física do material inserví-
vel/indisponível pertencente à força ou daquele capturado/abandonado pelo inimigo
para um posto de coleta (P Col), onde será manutenido, retornando à cadeia de su-
primento, ou descartado por comprovada inservibilidade. Os equipamentos que não
Fl 53 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
puderem ser evacuados devem ser destruídos para impedir seu uso pelo inimigo.
5.8.2.4.5.2 A evacuação envolve as ações de coleta, reboque, resgate, remoção e
a classificação do material salvado/capturado. Embora pertençam ao Grupo Funcio-
nal Salvamento, essas ações são executadas pelas organizações de manutenção
em apoio direto e/ou equipes móveis de manutenção destacadas.

5.8.2.5 Escalonamento da manutenção


5.8.2.5.1 As ações de manutenção são estruturadas em escalões, baseados no
nível de capacitação técnica do capital humano e na infraestrutura adequada para
manutenção. Esse escalonamento tem por objetivos orientar e otimizar os proces-
sos de manutenção, atribuir responsabilidades de execução e permitir o emprego
judicioso dos recursos disponíveis.
5.8.2.5.2 O escalão de manutenção, portanto, deriva do grau ou amplitude de
trabalho requerido nas atividades de manutenção, em função da complexidade do
serviço a ser executado, conforme tabela a seguir. Qualquer escalão de manutenção
deve ser capaz de executar as tarefas de manutenção atribuídas ao escalão inferior.
5.8.2.5.3 As organizações militares logísticas (OM Log) de manutenção são estrutu-
radas mediante uma combinação de recursos fixos (menor mobilidade) e móveis
(maior mobilidade), em proporções diferentes em cada escalão. Essa organização
balanceada é a mais adequada para apoiar a F Ter nas Operações no Amplo Espec-
tro.
ESCALÃO RESPONSÁVEL DESCRIÇÃO

- Realizada com os meios orgânicos disponíveis.


- Usuário (operador) - Tarefas mais simples de manutenção preventiva e
1º - OM responsável corretiva, com ênfase nas ações de conservação do
pelo material material e reparações de falhas de baixa complexida-
de.

- Realizada com os meios orgânicos disponíveis.


- Tarefas de manutenção preventiva e corretiva, com
2º - OM Log / GU
ênfase na reparação do material que apresente e/ou
esteja por apresentar falhas de média complexidade.

- Realizada por meio de procedimentos técnicos,


pessoal, ferramental e instalações compatíveis com a
- OM Log Mnt / Gpt complexidade da falha.
3º Log - Tarefas de manutenção corretiva, com ênfase na
reparação do material que apresente e/ou esteja por
apresentar falhas de alta complexidade.

Fl 54 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


- Instalações fabris
(arsenais) do EB; - Realizada por meio de projetos de engenharia e
- Fabricante ou re- aplicação de recursos financeiros específicos.
4º presentante autori- - Tarefas de manutenção modificadora, com ênfase
zado; na reconstrução e/ou modernização de materiais e sis-
- Instalações indus- temas de armas.
triais especializadas

Escalões de manutenção na Força Terrestre

5.8.2.5.4 A manutenção realizada nos 1º e 2º escalões é executada com a


máxima rapidez possível, por meio da substituição imediata de componentes defei-
tuosos, reduzindo-se o tempo de indisponibilidade ao mínimo necessário. Os equi-
pamentos e sistemas de armas reparados até o 2º escalão, inclusive, permanecem
na OM de origem e aqueles recuperados nos demais escalões, normalmente, retor-
nam à cadeia de suprimento.
5.8.2.5.5 Os equipamentos e sistemas de armas, cuja reparação ou recuperação
não seja economicamente viável, poderão ser desmontados para aproveitamento de
peças e conjuntos de reparação, conforme as diretrizes expedidas pelo C Op en-
quadrante.
5.8.2.5.6 As OM Log de manutenção devem dispor de um nível de estoque de pe-
ças de reparação de maior criticidade para aplicação e/ou fornecimento por tro-
ca direta aos elementos apoiados. A definição desse grau de criticidade obedece a
critérios operacionais, técnicos e estatísticos.
5.8.2.5.7 Desde a situação de normalidade, a capacidade das OM Log de manu-
tenção pode abranger operadores civis contratados, os quais executarão tarefas
passíveis de serem terceirizadas. Em situação de conflito armado, as carências lo-
gísticas são complementadas por recursos de manutenção mobilizados. Em ambos
os casos, deverá ser avaliado o risco logístico, notadamente no que concerne à se-
gurança física e jurídica do capital humano contratado/mobilizado.

5.8.2.6 Funcionamento da manutenção


5.8.2.6.1 O batalhão logístico realiza a inspeção da manutenção orgânica (1º esca-
lão), e a manutenção de 2° escalão de todo o material, à exceção do material de
engenharia, de comunicações e de saúde da Bda, realizando, também, a evacuação
de material salvado e capturado.
5.8.2.6.2 O batalhão logístico tem possibilidade de desdobrar seções leves de manu-
tenção nas áreas de trens das OM apoiadas, para proporcionar apoio mais cerrado.
5.8.2.6.3 As seções leves de manutenção, quando destacadas, realizam a manuten-
ção na área de trens das unidades, ou quando for conveniente, em outros locais,
como no caso das unidades de artilharia em posição ou de viaturas sobre lagartas
indisponíveis. Os equipamentos que necessitam de reparação demorada são evacu-
ados para a BLB.

5.8.2.7 Peças e conjuntos de reparação


5.8.2.7.1 O batalhão logístico dispõe de uma quantidade de peças e conjuntos de
reparação para troca, necessária ao cumprimento de suas missões de manutenção
Fl 55 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
e ao suprimento de materiais destinados à manutenção das demais OM.
5.8.2.7.2 O batalhão logístico dispõe de suprimentos destinados às atividades de
suas seções leves e conduz uma quantidade de peças de maior consumo para dis-
tribuir às OM apoiadas. É normal o processo de troca direta para a obtenção desse
material.
5.8.2.7.3 O batalhão logístico instala e opera posto(s) de distribuição de suprimento
de peças e conjuntos de reparação para atendimento das necessidades do batalhão
e das OM apoiadas.

5.8.2.8 Manutenção do material de saúde


5.8.2.8.1 A tarefa de manutenção dos materiais e equipamentos de saúde é encar-
go das OMS, em estreita coordenação com as OM Log de manutenção. Em face
das especificidades de alguns desses itens e da disponibilidade de instalações sani-
tárias para as ações de manutenção, pode ser necessária a contratação/mobilização
de elementos civis especializados.

5.8.2.9 Aproveitamento do material salvado / capturado

5.8.2.9.1 O material salvado constitui valiosa fonte de suprimento, e, tendo em vista


o princípio da economia de meios, a cadeia de evacuação de salvados fica intima-
mente associada à cadeia de manutenção. O material deve ser reaproveitado a par-
tir dos menores escalões.
5.8.2.9.2 Todo o material salvado que necessitar de apoio de manutenção é atendi-
do, inicialmente, por elementos (seções, equipes etc.) do pelotão leve de manuten-
ção da companhia logística de manutenção, desdobrado nas áreas de trens de esta-
cionamento, se possível. Se recuperado e mediante as normas em vigor, pode voltar
à cadeia de suprimento, sendo entregue às unidades de origem ou àquelas que esti-
verem mais necessitadas. O que não puder ser reparado pelo pelotão leve de manu-
tenção é evacuado para o posto de coleta de salvados.
5.8.2.9.3 No posto de coleta de salvados é feita a triagem do material tendo em vista
o seu aproveitamento. Desde que o material seja de interesse e necessite de manu-
tenção de 2º escalão, é recolhido e nele é realizada a manutenção apropriada. Uma
vez recuperado, o material é entregue à companhia logística de suprimento, que o
estoca ou providencia sua distribuição.
5.8.2.9.4 O material que não necessitar de manutenção é entregue à companhia de
suprimento, que providencia sua estocagem ou distribuição.
5.8.2.9.5 O material que não é de interesse ou que sua manutenção esteja acima
das possibilidades da companhia logística de manutenção é evacuado pelo escalão
superior.
5.8.2.9.6 Com o material capturado ao inimigo procede-se da mesma forma que para
o material salvado, exceto no que se refere às amostras de materiais novos, que
devem ser imediatamente encaminhadas, após o conhecimento da 2ª seção, aos
órgãos técnicos do Esc Sp.
a. Evacuação do material capturado
1) O material capturado é evacuado para o posto de coleta de salvados mais
próximo, seja para o posto de coleta de salvados da brigada, seja para os postos de
coleta de salvados das OM.
2) Quando se der o recebimento em um posto de coleta de salvados de ma-
Fl 56 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
terial com características desconhecidas ou modificadas, torna-se necessário infor-
mar, no mais curto prazo, ao E2 da brigada (ou da divisão de exército), que deve
instruir quanto ao destino a ser dado ao referido material.
3) Munição e outros artigos cujo manuseio por pessoal não habilitado possa
oferecer perigo, não devem ser deslocados; devem ser mantidos sob vigilância, se
praticável, e o oficial de munições da brigada ou da divisão de exército é notificado o
mais cedo possível.
4) O material em condições de utilização pode ser distribuído através dos
canais de suprimento, mediante aprovação do comandante da Bda. Equipamentos,
combustíveis, lubrificantes e munições devem ser examinados e aprovados antes de
serem utilizados.
5) Suprimentos de saúde são manuseados de acordo com a Convenção de
Genebra, sendo entregues às instalações de saúde, para inspeção, antes de sua
redistribuição ou uso. Esses suprimentos são de particular valor para uso pelos pri-
sioneiros de guerra, no tratamento de seus doentes e feridos, bem como no atendi-
mento de civis.

5.8.3 GRUPO FUNCIONAL TRANSPORTE

5.8.3.1 Conceitos básicos


5.8.3.1.1 Este grupo funcional refere-se ao conjunto de atividades que são executa-
das, visando ao deslocamento de recursos humanos, materiais e animais por diver-
sos meios, no momento oportuno e para locais predeterminados, a fim de atender
às necessidades da F Ter.
5.8.3.1.2 Essa função envolve os conceitos de movimento, que consiste na ação de
deslocar recursos (pessoal, material, estoques e outros) de uma região para outra, e
de transporte, que engloba os meios especializados para movimentar esses recur-
sos, incluindo os equipamentos para manipulação de material.
5.8.3.1.3 Na BLB esta atividade será conduzida pela Cia Log Trnp do B Log e ense-
jará uma grande necessidade de coordenação para evitar a quebra do fluxo de Su-
primento.
5.8.3.1.4 É fundamental que a Cia Log Trnp possua, em seu quadro de organização,
pessoal especializado e adestrado na Operação de Terminais de Transportes, para
todos os modais, particularmente, os Terrestres e os Intermodais.
5.8.3.1.5 Nos Terminais de Transporte as cargas deverão ser processadas com
grande eficiência, visando evitar a quebra do fluxo de Suprimento. Para tal as cargas
poderão ser organizadas em pacotes logísticos, por processos de unitização pró-
prios, de acordo com o tipo de Operação a ser apoiada. A capacidade desses termi-
nais de receber, processar e movimentar suprimentos e pessoal constitui fator deci-
sivo para o sucesso das operações militares.
5.8.3.1.6 Na ZC serão utilizados, prioritariamente, meios militares de Transporte
5.8.3.1.7 As Estradas Principais de Suprimento (EPS), por meio das quais é feito
o apoio em suprimento do escalão superior aos seus elementos subordinados, são
estabelecidas pelo C Log enquadrante, em coordenação com as GU integrantes, na
área de responsabilidade da força operativa ativada. As EPS articulam-se com o
EPT.

Fl 57 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


5.8.3.2 Modalidades do transportes
5.8.3.2.1 Em função da via utilizada, o transporte abrange quatro modalidades: a-
quaviário (oceânico, costeiro ou de cabotagem e vias interiores); terrestre (rodoviário
e ferroviário); aéreo; e dutoviário. Na BLB o modal mais utilizado será o terrestre (ro-
doviário).

5.8.3.3 Atividades do Grupo Funcional Transporte


5.8.3.3.1 As atividades do grupo funcional transporte são: o planejamento, a exe-
cução das missões planejadas e o controle de movimento.

5.8.3.3.1 Planejamento
5.8.3.3.1.1 É a atividade mais importante do transporte, pois define “o quê” será
transportado, “para onde”, “quando” e “como”. Deve ser realizado de forma contínua
em todos os níveis, a fim de permitir uma pronta resposta e a correta atribuição de
tarefas pelos modais disponíveis, conforme as necessidades e prioridades estabele-
cidas pelo comando.
5.8.3.3.1.2 Abrange as seguintes etapas:
a) Determinação das necessidades – etapa inicial do planejamento. Constitui
a consolidação de demandas apresentadas pelos usuários para atendimento das
ações e operações previstas.
b) Determinação das capacidades – visa a identificar os meios e as unida-
des de transporte existentes e disponíveis para a execução das tarefas previstas.
c) Seleção dos modais e meios – considera as capacidades, as prioridades,
as distâncias de apoio, os prazos, as especificidades das cargas e as possibilidades
de contratação ou mobilização de meios civis.
d) Roteirização – consiste na otimização do uso das rotas de transporte,
considerando as condições de tráfego, a segurança do fluxo, a necessidade de pon-
tos de apoio ou transbordo intermediários, assim como outros fatores levantados no
planejamento.
e) Elaboração de planos e ordens – visa a transmitir as ordens aos subordi-
nados e/ou outros elementos interessados, bem como coordenar e controlar a exe-
cução das ações planejadas.

5.8.3.3.2 Execução das missões planejadas


5.8.3.3.2.1 Consiste no transporte propriamente dito, nas condições estabelecidas,
particularmente quanto aos meios empregados e aos prazos. Poderão ser realiza-
das as ações de aprestamento de meios de transporte, organização e escolta de
comboios (segurança do fluxo), preparação da carga, elaboração de documentos de
transporte, embarque, transbordo, desembarque, preparação de cargas de retorno,
entre outras identificadas na atividade de planejamento.

5.8.3.3.3 Controle de movimento


5.8.3.3.3.1 Caracteriza-se pelo gerenciamento das operações de transporte plane-
jadas. O emprego de ferramentas de tecnologia da informação e comunicações
(TIC) e de dispositivos de rastreamento eletrônicos é essencial, de maneira a prover
ao comando a consciência situacional quanto ao apoio de transporte realizado.
6.8.3.3.4 Responsabilidades e planejamento de transportes
5.8.3.3.3.2 As responsabilidades em assuntos de transporte estão afetas ao E4 da
Fl 58 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
brigada/divisão de exército, assessorado pelo comandante do batalhão logístico.
5.8.3.3.3.3 Cabe ao comandante do batalhão logístico fornecer os meios necessá-
rios ou, se for o caso, enquadrar meios de transporte recebidos em reforço, bem
como proporcionar informações atualizadas sobre a disponibilidade em viaturas.
5.8.3.3.3.4 No curso do planejamento de transporte, o E4 constitui uma equipe, da
qual participam integrantes do batalhão logístico e representantes das seções do
estado-maior, a fim de:
a) preparar os planos e propostas relativos ao emprego dos meios de
transporte;
b) elaborar os planos de circulação e controle de trânsito, contando, para
isso, com a assessoria do comandante do pelotão ou da companhia de polícia do
exército;
c) preparar e manter, de acordo com as necessidades, registros, estudos,
gráficos e planos relativos ao emprego dos meios de transporte, orgânicos e/ou em
reforço, isto é, quadros de disponibilidade, quadros de destino, de emprego e planos
de carregamento;
d) coordenar com os comandos superiores e vizinhos, os movimentos de
tropas e suprimentos entre áreas; e
e) preparar toda a documentação referente às marchas administrativas.
O planejamento dos transportes compreende essencialmente as questões
de emprego dos meios, circulação e controle de trânsito.

5.8.3.3.5 Emprego dos meios


5.8.3.3.5.1 Os meios de transporte, para fins logísticos no âmbito da Bda, são os
existentes no B Log. A brigada pode dispor, excepcionalmente, dos meios das suas
OM ou de meios recebidos para empregá-los de acordo com suas próprias necessi-
dades.
5.8.3.3.5.2 Método para planejamento do emprego dos meios de transporte
1) Conhecimento do problema, incluindo as restrições ao movimento, as
medidas de controle e as medidas de segurança estabelecidas pelo escalão superi-
or.
2) Coleta de dados, a qual compreende as seguintes tarefas:
a) quantidade e tipo de carga a ser transportada;
b) capacidade de carga das viaturas;
c) disponibilidade de viaturas;
d) distância de transporte;
e) velocidade média do movimento;
f) tempo médio de carga e descarga;
g) tempo disponível para realizar o movimento; e
h) capacidade das rodovias.
3) Cálculo das necessidades.
4) Cálculo das disponibilidades.
5) Comparação das necessidades e disponibilidades.
6) Estabelecimento de alternativas.
7) Teste de exeqüibilidade: linhas de ação.
8) Apresentação de uma proposta.

5.8.4 GRUPO FUNCIONAL ENGENHARIA


Fl 59 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
5.8.4.1 Conceitos básicos
5.8.4.1.1 Este grupo funcional reúne o conjunto de atividades referentes à logística
de material de engenharia, ao tratamento de água, à gestão ambiental e à exe-
cução de obras e serviços de engenharia com o objetivo de obter, adequar, manter
e reparar a infraestrutura física que atenda as necessidades logísticas da F Ter.
5.8.4.1.2 As OM de Engenharia da F Ter, notadamente as especializadas em cons-
trução, dispõem de capacidades necessárias à execução das atividades relativas a
esse grupo funcional. Para tanto, coordenam com as demais OM Log o atendimento
de suas necessidades nos demais grupos funcionais.
5.8.4.1.3 São consideradas - desde as fases iniciais do planejamento até a execu-
ção - as disponibilidades em materiais, equipamentos e mão de obra, bem como
a possibilidade de máxima utilização da infraestrutura e das instalações existentes,
por meio da contratação e/ou mobilização de órgãos ou empresas civis especializa-
das.

5.8.4.2 Atividades do Grupo Funcional Engenharia


5.8.4.2.1 As atividades desse grupo funcional abrangem a previsão e a provisão de
material das classes IV e VI, o planejamento e a execução do tratamento de água, a
obtenção e o controle dos bens imóveis, o planejamento e a execução de obras e
serviços de engenharia e a gestão ambiental de interesse militar.
5.8.4.2.2 No âmbito da Bda e DE as tarefas relativas a obtenção e o controle de
bens imóveis não são responsabilidade da BLB.
5.8.4.2.3 Previsão e provisão de material das classes IV e VI
5.8.4.2.3.1 Esta atividade envolve a determinação de necessidades, a obtenção, a
distribuição e a manutenção dos materiais e equipamentos das classes IV (constru-
ção e fortificação) e VI (engenharia e cartografia) para a F Op desdobrada. Ela
guarda estreita relação com os grupos funcionais suprimento e manutenção.
5.8.4.2.3.2 A provisão do material utiliza a cadeia de suprimento estabelecida,
valendo-se de instalações e de mecanismos de gerenciamento de pedidos e de con-
trole de estoque existentes para as demais classes de suprimento. Elementos espe-
cializados de engenharia assessoram o C Log enquadrante na execução dessa tare-
fa.
5.8.4.2.3.3 Normalmente, os equipamentos dessas classes são manutenidos em OM
Log de manutenção, contando para tal com especialistas de engenharia para asses-
soria técnica especializada. As especificidades desses materiais poderão indicar a
necessidade de execução da manutenção desses itens em órgãos especialmente
contratados/mobilizados para este fim.
5.8.4.2.4 Planejamento e execução do tratamento de água
5.8.4.2.4.1 Esta atividade compreende a produção e a distribuição (envasada ou a
granel) de suprimento classe I (água) por meio da atuação integrada de equipes do
grupo funcional suprimento.
5.8.4.2.4.2 O planejamento e a execução do tratamento de água exige, entre outras
ações, a determinação de necessidades; a identificação do(s) ponto(s) de obtenção;
a definição de locais de tratamento e armazenamento; e a coordenação da distribui-
ção junto aos elementos responsáveis pela cadeia de distribuição.
5.8.4.2.4.3 Essa atividade envolve, ainda, a reparação e manutenção da infraes-
trutura civil de abastecimento de água em benefício da F Op, incluindo, entre outras,
Fl 60 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
a análise, a purificação e o tratamento de águas superficiais e residuais. Essas a-
ções são realizadas em coordenação com elementos de apoio de saúde (farmácia e
veterinária).
5.8.4.2.5 Planejamento e execução de obras e serviços de engenharia
5.8.4.2.5. 1 Esta atividade compreende o conjunto de processos, técnicas e pro-
cedimentos que visam a satisfazer as necessidades das unidades quanto à avalia-
ção, construção, manutenção, ampliação e reparação da infraestrutura física (Por
exemplo: vias de transporte, pontes, aeródromos, terminais de transporte e bases
logísticas) necessária na área de responsabilidade de uma F Op. Insere-se nas
atividades do apoio geral de Engenharia.
5.8.4.2.5. 2 As OM de Engenharia executam essa atividade, desde o tempo de
paz, em proveito da F Ter e em apoio às ações subsidiárias ou de interesse sócio-
econômico para a Nação.
5.8.4.2.5. 3 Em operações, dependendo do tipo de operação e das diretrizes do C
Op, elas poderão executar outras ações de utilidade pública (Por exemplo: sistemas
de água, esgoto, energia elétrica e outras) requeridas por órgãos de governo. Para
tanto, coordenam com o C Log enquadrante, assessorando-o quanto à identificação
das demandas e ao estabelecimento de prioridades.
5.8.4.2.6 Gestão ambiental
5.8.4.2.6.1 Esta atividade visa a prevenir, mitigar ou corrigir os impactos adversos
causados pela execução das atividades e tarefas da logística sobre a segurança e a
saúde do pessoal militar e o meio ambiente. Busca, de maneira geral, que as ne-
cessidades logísticas da F Ter sejam atendidas com um mínimo de danos colate-
rais (diretos e indiretos), sem comprometer a prontidão operativa da Força.
5.8.4.2.6.2 A gestão ambiental engloba as tarefas de prevenção, mitigação e corre-
ção dos impactos advindos das atividades e tarefas que envolvam a geração de re-
síduos e efluentes, o consumo de água e de materiais, a utilização de equipamen-
tos, entre outras, que afetem a higidez da F Op e/ou produzam efeitos danosos ao
ambiente operacional ou à imagem da F Ter. Para tanto, os elementos especia-
lizados de engenharia devem coordenar com outros órgãos, particularmente aque-
les relacionados à área funcional de apoio de saúde e da função de combate prote-
ção.

5.8.5 GRUPO FUNCIONAL RECURSOS HUMANOS

5.8.5.1 Conceitos básicos


5.8.5.1.1 O grupo funcional recursos humanos se refere ao conjunto de atividades
relacionadas à execução de serviços voltados à sustentação do pessoal e de
sua família, bem como o gerenciamento do capital humano. No âmbito conjun-
to, corresponde às atividades da função logística recursos humanos (RH).
5.8.5.1.2 As seções de pessoal nos diversos níveis de execução da logística são as
responsáveis pelo planejamento, coordenação e integração das atividades relativas
a este grupo funcional. as organizações militares logísticas de pessoal executam as
tarefas de apoio ao pessoal no âmbito da F Ter. Na BLB as tarefas a este grupo fun-
cional serão executadas pela Companhia Logística de Recursos Humanos, que des-
dobrará suas frações de acordo com a situação tática, na medida certa.

Fl 61 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


5.8.5.2 Atividades do Grupo Funcional Recursos Humanos na BLB
5.8.5.2.1 As frações da Cia Log RH desdobradas na BLB devem possuir capacidade
para executar as tarefas de gerenciamento dos efetivos prontos, preparação e o re-
completamento de pessoal, o bem-estar e a manutenção do moral, os serviços em
campanha e a assistência religiosa, de acordo com as necessidades da Brigada a-
poiada.
5.8.5.2.1 O gerenciamento dos efetivos prontos
5.8.5.2.1.1 É a atividade que se destina à determinação de capacidades de comba-
te correntes, à projeção de demandas futuras e à avaliação das condições de pron-
tidão do capital humano, provendo as OM com as competências necessárias para
as diversas missões. Suas principais tarefas são a determinação das necessidades,
a procura e admissão, o controle de efetivos e a confecção dos relatórios de situa-
ção de pessoal. Na BLB esta tarefa será cumprida em coordenação com o E1 da
Brigada.
5.8.5.2.2 Determinação das necessidades
5.8.5.2.2. 1 Na BLB A determinação das necessidades ocorre durante o planeja-
mento para as operações, durante as mesmas, de acordo com as baixas sofridas.
5.8.5.2.3 Controle de efetivos
5.8.5.2.3.1 O controle de efetivos é o processo que engloba os registros relativos às
movimentações e às mudanças de situação (Por exemplo: por baixa hospitalar, pro-
moção, requalificação, questões disciplinares e outros) do pessoal militar, civil
ou contratado/terceirizado.
5.8.5.2.3.2 .Realiza, ainda, o estabelecimento do efetivo-teto; as estimativas de per-
das de pessoal; a recepção, a designação e o acompanhamento dos recompleta-
mentos; e a gestão de retorno ao serviço e da reversão dos recursos humanos.
5.8.5.2.4 Relatórios de Situação de Pessoal
5.8.5.2.4. 1 O relatório de situação de pessoal é o produto final do processo de ge-
renciamento dos efetivos prontos, que se utiliza dos registros lançados em sistemas
de informações de controle de pessoal. Permite mensurar a efetividade da F Ter no
tocante aos efetivos prontos e é responsabilidade das seções de pessoal de todos
os escalões.
5.8.5.2.4. 2 Relatórios individuais – são aqueles que se referem, especificamente,
às ocorrências na carreira do militar, tais como movimentações, promoções, qualifi-
cações militares, disciplina, condecorações, pagamento e indenizações, situação
(exemplos: pronto, baixado e outros), dentre outros. É de responsabilidade da OM a
que pertencer o militar, os quais servem de base para os relatórios coletivos dos es-
calões superiores.
5.8.5.2.4. 3 Relatórios coletivos – são aqueles que tratam das alterações nos efe-
tivos da força, fazendo a compilação dos registros referentes às perdas e aos re-
completamentos de pessoal em certo período. São de responsabilidade das seções
de pessoal desde o escalão GU até o C Op enquadrante, e servem de base para
as estimativas de perdas e de recompletamentos. Os relatórios coletivos são os se-
guintes:
a) Tabelas de Perdas de Pessoal – registram os coeficientes dos diferentes
tipos de perdas que, normalmente, ocorrem nas várias situações de emprego nas
quais uma força possa ser empregada.
b) Relatório de Perdas de Pessoal – fornece informações detalhadas com a
finalidade de prover todos os dados para notificação a parentes próximos ou outras
Fl 62 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
pessoas interessadas, bem como para regularização de aspectos administrativos
financeiros (Por exemplo: vencimentos, seguro, pensão e indenização por inca-
pacidade e outros). Os seus dados são utilizados para organizar ou atualizar as
tabelas de perdas e o cálculo das necessidades de recompletamento.
5.8.5.2.4. 5 É preparado e enviado pelos S1 das OM da brigada e da divisão de
exército. Nesse documento, consta a relação dos elementos que:
(a) foram mortos;
(b) foram evacuados para a instalação de saúde do escalão superior; e
(c) desapareceram durante a ação.
5.8.5.2.4. 6 O ajudante geral aguarda certo prazo para definir a situação dos ele-
mentos considerados desaparecidos em ação ou daqueles que foram para o posto
de atendimento avançado, a fim de tomar as providências cabíveis. É comum ocor-
rer a obtenção de maiores detalhes certo tempo após o desaparecimento, quer pelo
encontro de cadáveres, de feridos sem condições de se locomoverem, de extra-
viados, etc.; quer por informações de aprisionamento pelo inimigo ou internamento
em país neutro.
c) Sumário Diário de Pessoal (SUDIPE) – compreende os dados gerais so-
bre a prontidão do pessoal pertencente a uma OM ou força relacionados às ações
realizadas durante certo período. As informações constantes desse relatório servem
para subsidiar o planejamento da distribuição de artigos de suprimento que se ba-
seiem no quantitativo de pessoal.
5.8.5.2.4. 7 É preparado, referindo-se ao término da jornada, com dados fornecidos
pelos elementos subordinados (as normas gerais de ação devem fixar a hora e ou-
tros pormenores relativos ao preparo do sumário).
5.8.5.2.4.8 Normalmente, a brigada (ou divisão de exército) não remete ao esca-
lão superior o documento propriamente dito; mas apenas os totais referentes a:
efetivo existente, perdas diárias, inclusões e prisioneiros de guerra, os quais são
transmitidos, em código, pelos canais de comando, utilizando o meio de comunica-
ções mais apropriado.
5.8.5.2.4.9 A brigada ou a divisão de exército consolida os dados, transmitindo ao
escalão superior os totais de seu sumário diário de pessoal, referidos ao mesmo
horário que foi fixado para os elementos subordinados.
5.8.5.2.4.10 Procedimento
(a) Ao término do período a que se refere o sumário, os S1 de todas as OM
orgânicas e em situação de comando transmitem à 1ª seção do estado-maior geral
da brigada ou da divisão de exército os totais de suas perdas diárias e as inclusões.
Na 1ª seção, os dados são registrados no sumário diário de pessoal e devidamente
consolidados.
(b) O sumário diário de pessoal é a base do exame de situação do E1, que
mantém informado todo o estado-maior e o comandante da brigada/da divisão de
exército. É, também, o documento que dá origem ao suprimento automático de
classe I e de outras classes que se baseiem no efetivo de cada OM.
(c) Os dados transmitidos ao escalão superior são os que se seguem:
- com relação à brigada ou à divisão de exército – totais das perdas
diárias, dias de combate e inclusões;
- com relação às unidades e subunidades independentes – totais das
perdas diárias e inclusões; e
- com relação às unidades e subunidades em reforço – efetivo existente e
Fl 63 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
totais das perdas diárias e inclusões.
5.8.5.2.4.11A exatidão do sumário diário de pessoal depende das informações for-
necidas pelas OM. O ajudante geral recebe, também, relatórios mais precisos que
permitem fazer um confronto de dados do sumário. Esses relatórios, porém, são
recebidos mais tarde porque seguem os canais de comando. Além disso, nos regis-
tros da ajudância-geral, não se computa o pessoal incluído nos sumários diários
como "desaparecidos", até que decorra o prazo suficiente para a recuperação ou
localização dos que foram capturados, dos que haviam sido presos e se evadiram,
dos feridos e que foram evacuados, dos que voluntariamente se juntaram a ou-
tras unidades (particularmente, às unidades vizinhas) e dos que foram encontrados
mortos.
5.8.5.2.4.12 Convém que o E1, periodicamente, confronte os dados do sumário
com os registros mantidos pelo ajudante geral e pelas instalações de saúde, assis-
tência ao pessoal, sepultamento e pelo chefe de polícia do exército, para verificar
sua exatidão e ajustar as discrepâncias dos totais. É igualmente importante que os
S1 das OM ajustem os totais acumulados de seus sumários à medida que recebem
retificações das informações.
d) Relatório Periódico de Pessoal – é a exposição da situação dos recursos
humanos de uma OM ou força, abrangendo todas as atividades relacionadas ao
pessoal referentes a certo período. Tem por finalidade permitir a recapitulação peri-
ódica dos fatos mais relevantes relacionados ao gerenciamento dos efetivos pron-
tos.
5.8.5.2.4.13 O relatório contém:
(a) parágrafos nos quais se expõe o exercício de todas as tarefas relativas à
administração de pessoal, durante um determinado período;
(b) informações sobre a situação atual de todos os assuntos referentes à
administração de pessoal; e
(c) um resumo das atividades operacionais exercidas pelas unidades duran-
te o período considerado e seus reflexos nas tarefas de pessoal.
5.8.5.2.4.14 O gerenciamento dos efetivos prontos é realizado por meio de um
sistema de informações de controle de pessoal, que fornece - com oportunidade,
rapidez e precisão - um quadro analítico completo do efetivo pronto da F Ter. Esse
sistema compreende a coleta, o processamento, o armazenamento, a exibição e
a disseminação das informações sobre os recursos humanos.
5.8.5.2.6 Preparação do pessoal
5.8.5.2.6.1 É a atividade que transforma o capital humano selecionado e incorpo-
rado em efetivos prontos para o serviço. Consiste na formação e na capacitação dos
recursos humanos.
5.8.5.2.6.2 Na BLB a preparação do pessoal consistirá na atividade de capacitação
dos Recursos Humanos recebidos visando sua adaptação ou readaptação as mis-
sões da Brigada. Esta tarefa será executada de acordo com o tipo de recompleta-
mento a ser processado, individual ou por organizações.
5.8.5.2.7 Recompletamento de pessoal
5.8.5.2.7. 1 É a atividade que consiste na distribuição de indivíduos, frações ou de
organizações para o preenchimento de claros.
5.8.5.2.7. 2 O recompletamento pode ser individual ou de organizações. O primeiro
caso refere-se ao militar destinado a preencher um claro em uma OM. O segundo
consiste no recompletamento de uma unidade, subunidade ou fração como um
Fl 64 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
todo, para suprir a falta ou retirada de tropa de valor e natureza semelhantes.
5.8.5.2.7.3 A BLB receberá do Escalão apoiador os recompletamentos necessários,
de acordo com a situação tática, na medida certa.
5.8.5.2.7. 4 Pelotão de Recompletamento
5.8.5.2.7. 4.1 É o principal elemento para o funcionamento do sistema de recomple-
tamento. É responsável pelo recebimento, processamento, administração, com-
plementação da instrução e alojamento dos recompletamentos e do pessoal em
trânsito.
5.8.5.2.7. 4.2 Dentro do possível, o pessoal efetivo do pelotão de recompletamento
deve ser composto por homens com experiência de combate e cuidadosamente
selecionados, podendo ser empregados aqueles que, em consequência de feri-
mento em ação, não possam mais desempenhar suas funções anteriores.
5.8.5.2.7.5 Fontes de recompletamento
5.8.5.2.7. 5 . 1 . O elemento de recompletamento do escalão apoiador designa re-
completamentos para a brigada e para a divisão de exército, atendendo aos pedidos
ou mesmo antecipando-se a eles, em cumprimento às instruções sobre a reposição
dos recompletamentos.
5.8.5.2.7. 5 . 2 Normalmente, os recuperados dos hospitais voltam à sua grande
unidade ou grande comando de origem, por meio do pelotão de recompletamento.
Uma força em reserva pode receber seus recuperados diretamente dos hospitais da
zona de combate. Nesse caso, o órgão de recompletamento do escalão apoiador é
notificado prontamente, a fim de que sejam reajustados os pedidos não atendidos.
Dentro da brigada (ou divisão de exército), normalmente o recuperado de hospital
volta à sua OM de origem.
5.8.5.2.7.6 Funcionamento do sistema de recompletamento
5.8.5.2.7.6.1 O processamento, quer no âmbito de uma brigada, quer no âmbito da
divisão de exército, compreende:
(a) inspeção de fardamento e equipamento, com reposição de faltas;
(b) inspeção de registros e correção de suas irregularidades;
(c) verificação da qualificação dos recompletamentos; e
(d) verificação da situação particular no que se refere a pagamentos, decla-
ração de herdeiros, problemas afetos à família ou a sua unidade anterior.
5.8.5.2.7.6.2 Os recompletamentos não são lançados precipitadamente em comba-
te, por mais necessários que sejam. Devem permanecer no pelotão de recom-
pletamento o tempo necessário para orientação conveniente, processamento e ins-
trução, o que, normalmente, requer um prazo de setenta e duas horas. Em caso
de necessidade, o prazo mencionado pode ser reduzido para quarenta e oito ho-
ras. Sempre que possível, os recompletamentos são entregues às OM quando es-
tas se encontram em reserva ou em situação de relativa inatividade.
5.8.5.2.7.6.3 A instrução dos recompletamentos é ministrada por pessoal com ex-
periência em combate e cuidadosamente selecionado.
5.8.5.2.7.6.4 Quando necessário, os recursos do pelotão de recompletamento são,
também, utilizados para o processamento dos homens destinados às OM em situa-
ção de comando. Em circunstância alguma, recompletamentos distribuídos a essas
podem ser desviados para as OM orgânicas. Os pedidos das unidades em situa-
ção de comando não são consolidados, visto que uma retirada antecipada des-
sas OM ocasionaria transtornos na distribuição.
5.8.5.2.7.6.5 O processamento do recompletamento de oficiais é regulado por nor-
Fl 65 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
mas expedidas em cada grande unidade ou grande comando, em obediência às di-
retrizes do escalão superior.
5.8.5.2.7.7 O bem-estar e a manutenção do moral
5.8.5.2.7.7.1 Envolve o conjunto de ações que visam a proporcionar um ambiente
saudável por meio de recursos e facilidades adequadas ao desenvolvimento das
ações cotidianas, proporcionando o conforto ao pessoal compatível com a situação
existente.
5.8.5.2.7.7.2 As tarefas dessa atividade destinam-se a permitir que os recursos hu-
manos se recuperem do desgaste físico, mental e emocional provocados pelas situ-
ações de combate ou de trabalho extremado e forte pressão.
5.8.5.2.7.7.3 Na BLB, de acordo com o Exame de Situação de Logística, poderão
ser executadas as seguintes atividade: repouso, recreação, suprimento reembolsá-
vel, serviço postal e de internet, além de outros considerados necessários para apoio
a tropa na ZC.
5.8.5.2.7.8 Os serviços em campanha
5.8.5.2.7.8.1 É a atividade destinada a manter o vigor de combate de uma força,
provendo o atendimento de suas necessidades básicas e promovendo a saúde, o
bem-estar, o moral e a capacidade de durar na ação. São tarefas dessa atividade: a
execução dos assuntos mortuários; a preparação da alimentação em campanha; os
serviços de banho, barbearia e lavanderia; e a substituição e reparação de unifor-
mes.
5.8.5.2.7.8.2 Na BLB os serviços serão organizados de acordo com a operação da
Tropa apoiada e do Exame de Situação de Logística.
5.8.5.2.7.8.3 A Cia Log Pes será organizada, de acordo com missão a ser apoiada,
podendo ter variações na sua estrutura.
5.8.5.2.7.9 Execução dos assuntos mortuários
5.8.5.2.7.9.1 A execução dos assuntos mortuários é a tarefa que trata do processa-
mento e do destino adequado dos restos mortais de militares e, eventualmente, de
civis no TO/A Op. Visa à manutenção do bom estado sanitário da tropa, à preserva-
ção do moral militar e da população civil e à obediência às leis de guerra. Compre-
ende as ações de busca, coleta e evacuação dos restos mortais; de identificação e
transferência dos cadáveres para o Território nacional; coleta e processamento de
pertences pessoais (espólios); estabelecimento e gerenciamento de cemitérios mili-
tares temporários, se for o caso; e elaboração de registros e relatórios referentes às
ações supracitadas.
5.8.5.2.7.9.2 Normalmente, o C Log do maior escalão presente no TO/A Op estabe-
lece o sistema conjunto para execução dos assuntos mortuários. A F Op poderá atu-
ar como órgão executivo desse sistema, cabendo-lhe a execução das ações relacio-
nadas aos assuntos mortuários em toda a área de responsabilidade do C Op.
5.8.5.2.7.9.3 Instalações nas OM e na GU – O Batalhão Logístico instala posto de
coleta de mortos, localizado na BLB e, sempre que possível, oculto das vistas da
tropa. As OM instalam postos de coleta de mortos, com seus próprios meios, nas
suas ATE ou AT.
5.8.5.2.7.9.4 O Esc apoiador é o responsável pelo Trnp dos mortos da BLB até a
BLT ou instalação mais a retaguarda, de acordo com o planejamento do CL-
TO.abelece cemitério em sua área de retaguarda, com fácil acesso às áreas avan-
çadas.
5.8.5.2.7.9.5 Processamento
Fl 66 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
(1) Coleta e identificação – no posto de coleta de mortos das OM, completa-
se o preenchimento das fichas de identificação de mortos provenientes das subuni-
dades.
(2) Evacuação
(a) Os mortos provenientes da frente são evacuados para o posto de coleta
de mortos da OM, para posterior evacuação ao posto de coleta de mortos da briga-
da, localizado na BLB.
(b) Na BLB, é processada a evacuação do morto para as instalações logísti-
cas escalão superior, sendo responsabilidade da BLT o encargo de Trnp.
(3) Espólio – Os objetos de uso pessoal dos mortos devem ser recolhidos,
guardados em segurança e, finalmente, remetidos aos parentes mais próximos. Os
espólios permanecem com os cadáveres até a sua evacuação e inumação no territó-
rio nacional. O comandante da OM a que pertencia o morto tem a responsabilidade
pelo espólio encontrado em sua zona de ação e os diretores de hospitais e outras
instalações de saúde são responsáveis pelos espólios para lá conduzidos.
(4) Inumação – As responsabilidades de inumação serão estabelecidas pelo
CLTO.
(5) Registros
(a) Cabe às OM o início da identificação, com a remessa de uma das chapas
de identificação ao ajudante geral, enquanto a outra acompanha o corpo, juntamente
com a ficha de identificação de mortos e a relação dos bens encontrados com o mor-
to. No posto de coleta de mortos da brigada ou da divisão de exército, as fichas são
completadas, juntamente com a relação dos espólios.
(b) Uma via da ficha de identificação de mortos, já completamente preenchi-
da, fica arquivada no posto de coleta de mortos. Outra via acompanha os cadáveres
até o sepultamento. Cabe ao escalão apoiador dar o conveniente destino aos espó-
lios, todos os mortos devem ser identificados, ainda na BLB, antes de sua evacua-
ção. Caso necessário, o Escalão apoiador deve passar a disposição da BLB, médi-
co-perito, especialista em medicina legal para executar processos especializados de
identificação de cadáveres
(c) Cabe às OM apresentar, diariamente, se for o caso, um relatório de mor-
tos evacuados, para controle do ajudante geral da Bda ou da DE.
5.8.5.2.7.10 Serviços de banho, barbearia e lavanderia; e a substituição e repa-
ração de uniformes
5.8.5.2.7.10.1 As tarefas relacionadas aos serviços de banho, barbearia e lavanderia
e à substituição e reparação de uniformes têm por objetivo contribuir para a higidez e
disciplina da tropa, bem como para a capacidade desta de durar na ação. Em princí-
pio, deverão estar localizadas nas áreas de grande concentração de tropa ou de ins-
talações logísticas, podendo ser utilizadas lavanderias comerciais ou industriais para
a prestação de serviços, principalmente nas áreas de repouso e de recuperação.
Não inclui o apoio de lavanderia para descontaminação de agentes QBRN, que é
uma tarefa da função de combate proteção.
5.8.5.2.7.10.2 No âmbito da Bda, cabe ao batalhão logístico a prestação dos servi-
ços de banho e lavanderia na BLB. Eventualmente, poderá instalar posto de banho
nas ATE ou AT, mediante rodízio, de forma a atender a maioria dos elementos inte-
ressados.

Fl 67 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


5.8.6 GRUPO FUNCIONAL SAÚDE

5.8.6.1 Conceitos básicos


5.8.6.1.1 O Grupo Funcional Saúde é o conjunto de atividades relacionadas à con-
servação do capital humano nas condições adequadas de aptidão física e psíquica,
por meio de medidas sanitárias de prevenção e de recuperação. Abrangem também
as tarefas relacionadas à preservação das condições de higidez dos animais perten-
centes à F Ter e o controle sanitário e a inspeção de alimentos.
5.8.6.1.2 O apoio de saúde é fundamentado na conformidade com os planos táticos,
proximidade do elemento apoiado, continuidade e controle. Deve estar sincronizado
com os planejamentos táticos e manter estreita ligação - por meio de um canal técni-
co - com os recursos de saúde operativa das demais FA e agências civis desdobra-
das ou existentes na área de responsabilidade de um C Op.
5.8.6.1.3 As Organizações Militares de Saúde (OMS), entre as quais os Hospitais
Militares (H Mil) e Batalhões de Saúde (B Sau), dispõem de capacidades necessá-
rias para a execução das atividades desse grupo funcional. O adequado apoio nessa
área contribui sobremaneira para o moral das forças apoiadas, sendo consubstanci-
ado na efetiva prevenção de doenças, na rapidez da evacuação, no tratamento de
doentes e/ou feridos e no retorno ao serviço do maior número de indivíduos quanto
possível.
5.8.6.1.4 O apoio de saúde deverá estar apto a responder prontamente a um incre-
mento de baixas em lugares inesperados ou a situações de feridos em massa, de-
correntes da transição de um nível de violência para outro na continuidade das Ope-
rações no Amplo Espectro. Assim, as capacidades das OMS serão articuladas em
função da ação decisiva a realizar pelas forças terrestres apoiadas.
5.8.6.1.5 A saúde operativa da F Ter coopera e integra - com os seus congêneres
das demais FS - as capacidades conjuntas para apoio à geração e à sustentação de
forças desdobradas. Há que se buscar a unidade de esforços por meio da interope-
rabilidade dos recursos (pessoal, material, infraestrutura, processos e outros) e do
estabelecimento de inter-relacionamentos com outros vetores civis, assegurando a
efetividade de todo o sistema de saúde disponibilizado no TO/A Op.
5.8.6.1.6 O apoio de saúde na F Ter deve enfatizar três ações básicas:
a) reduzir a incidência de doenças e baixas fora de combate, por meio do
emprego de uma adequada medicina preventiva;
b) minimizar as baixas ocorridas em operações ou relacionadas à fadiga, por
intermédio de programas de treinamento e de pronta intervenção; e
c) prover o tratamento de saúde essencial, reforçando a assistência durante
as evacuações médicas, utilizando um sistema de informações de saúde que forne-
ça - em tempo real - dados sobre a situação de doentes e feridos, número de leitos
existentes e disponíveis, salas cirúrgicas e outros.
5.8.6.1.7 O dimensionamento, a organização e a localização dos meios e instalações
de saúde serão determinados, mas não limitados, pelos seguintes aspectos:
a) estimativas de baixas;
b) tempo estimado para o transporte de feridos e/ou doentes até o ponto em
que se dará o tratamento adequado;
c) restrições ao apoio existentes;
d) disponibilidade e tipo de meios de transporte a serem utilizados;
e) extensão e condições das vias de transporte;
Fl 68 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
f) características do ambiente operativo;
g) diretrizes referentes às normas de evacuação estabelecidas pelo C Log
enquadrante; e
h) possibilidade de emprego de agentes QBRN.

5.8.2 Atividades do apoio de saúde


5.8.2.1 As atividades do Grupo Funcional Saúde visam à conservação do potencial
humano e a conservação da saúde animal. Destacam-se as atividades de planeja-
mento, seleção médica, medicina preventiva, medicina curativa, evacuação, apoio
de material de saúde e Inteligência em saúde.

5.8.2.2 Planejamento
5.8.2.2.1 Esta atividade define as necessidades e elenca as capacidades a serem
disponibilizadas para o adequado apoio de saúde. É realizada em todos os escalões,
a fim de permitir a necessária prontidão operativa, a adequada disposição dos recur-
sos de saúde disponíveis e o levantamento de carências a serem atendidas por meio
da contratação/mobilização. Abrange as tarefas de levantamento de necessidades,
determinação de capacidades e Determinação de Padrões Psicofísicos.

5.8.2.3 Seleção médica


5.8.2.3.1 É um processo contínuo que consiste na avaliação dos recursos humanos,
de forma a comparar a situação dos indivíduos com padrões preestabelecidos para
a admissão ou permanência no serviço ativo.

5.8.2.4 Medicina preventiva


5.8.2.4..1 Esta atividade engloba o conjunto de tarefas destinadas a preservar a
saúde física e mental dos recursos (humanos e animais), por intermédio de diagnós-
ticos precoces – associados ao pronto tratamento – e de um conjunto de medidas
profiláticas que, quando bem executadas, reduzirão custos com evacuação e hospi-
talização de feridos e/ou doentes.

5.8.2.5 Medicina curativa


5.8.2.5.1 É a atividade destinada ao tratamento de indivíduos e animais doentes e
feridos, sob regime pré-hospitalar ou hospitalar, envolvendo equipes multidisciplina-
res (médicos, dentistas, farmacêuticos e outros). Destina-se a devolver ao homem
as condições psicofísicas que o capacitem a retornar, o mais breve possível, às suas
atividades normais.
5.8.2.5.2 Em operações, feridos com lesões graves têm suas chances de sobrevi-
vência aumentadas caso recebam o atendimento pronto e apropriado. Assim, a loca-
lização das instalações de tratamento e dos meios de evacuação deve ser meticulo-
samente planejada, a fim de facilitar a transferência de pacientes pela estrutura de
apoio.
5.8.2.5.3 Como regra geral, o apoio médico prestado em operações deve ser provido
o mais breve possível, idealmente dentro da primeira hora depois da ocorrência.
5.8.2.5.4 Nas operações, a divisão de exército e a brigada recebem, em reforço,
uma Cia Sau A (orgânica do B Sau) ou fração da mesma, dependendo do exame de
situação, que desdobrará um posto de atendimento avançado (PAA) na BLB ou Dst
Log e que permanece subordinada ao escalão superior.Esta instalação se destina à
Fl 69 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
evacuação e ao tratamento dos feridos em geral. Esta instalação se destina à tria-
gem, estabilização, evacuação e ao tratamento dos feridos em geral.

5.8.2.5.5 O PAA possibilita a triagem e o atendimento, no menor prazo, dos


feridos que necessitam de intervenção cirúrgica imediata (controle de danos). Seu
desdobramento deve conciliar, da melhor forma, a necessidade de segurança da
instalação e de apoio cerrado. A localização da Cia Sau A ou de sua fração são pro-
postas pela divisão de exército ou brigada ao escalão superior, de acordo com o as-
sessoramento do Cmt Cia Sau A e Cmt do B Log.
.
5.8.2.6 Evacuação
5.8.2.6.1 O incremento dos tipos de armamento e do seu poder de letalidade tem
aumentado a importância da evacuação médica como elo fundamental na prestação
de cuidados médicos ao doente ou ferido, desde o ponto inicial de sua injúria até o
destino final.
5.8.2.6.2 Esta atividade traduz-se pela remoção de pessoal doente ou ferido sob
cuidados especiais, para uma instalação de saúde capacitada ao atendimento médi-
co de maior complexidade e que não deve ultrapassar a primeira instalação apta a
atender e reter o paciente.
5.8.2.6.3 A rapidez da cadeia de evacuação e a presteza na estabilização e no tra-
tamento primário são essenciais para garantir a sobrevivência dos feridos graves.
Como norma geral, o escalão superior evacuará diretamente as baixas do local on-
de tenham ocorrido até a instalação de saúde mais adequada ao seu tratamento.
5.8.2.6.4 A cadeia de evacuação deve possuir as capacidades básicas de: eva-
cuar os baixados para tratamento de forma ininterrupta, em quaisquer condições de
ambiente; garantir a continuidade da assistência médica por toda a cadeia de eva-
cuação; e monitorar o fluxo e os tipos de lesões/patologias dos pacientes ao longo
de todo o circuito de evacuação.
5.8.2.6.5 Dependendo do pessoal e dos meios empregados, poderá denominar-se
evacuação de feridos ou evacuação médica.
5.8.2.6.6 Evacuação de feridos – é realizada, normalmente, em um meio não espe-
cializado de saúde e por equipe multidisciplinar, em geral não especialista da área
médica, extraindo-se a baixa do local onde se deu o ferimento/moléstia até um local
seguro.
5.8.2.6.7 Evacuação médica – é realizada em um meio especializado de saúde e
sob a supervisão de pessoal especialista da área médica. Em operações de alta
intensidade poderá constituir a segunda fase de uma evacuação depois de uma e-
vacuação de feridos, sendo a opção prevalente nas demais situações. No ambiente
internacional, a evacuação de feridos e a evacuação médica correspondem, respec-
tivamente, à Casualty Evacuation (CASEVAC) e à Medical Evacuation (MEDEVAC).
5.8.2.6.8 Para se evitar que os feridos sejam evacuados para instalações mais à re-
taguarda do que o necessário, o C Log enquadrante estabelece a Norma de Evacu-
ação (N Ev). Ela é condicionada, entre outros fatores, pelo (a): perfil de empre-
go da F Op, tempo previsto para tratamento definitivo e quantidade de leitos dispo-
níveis na área de responsabilidade do C Op ativado.
5.8.2.6.9 A efetividade do apoio de saúde baseia-se na correta triagem das bai-
xas, no tratamento precoce e na rapidez da evacuação médica. Esta última é obtida
mais pelo emprego adequado dos recursos de evacuação do que pela proximidade
Fl 70 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
das instalações de saúde avançadas desdobradas. Desta forma, a cadeia de evacu-
ação médica inclui meios aéreos (asa fixa e rotativa), terrestres e fluviais que pos-
suam capacidade para a pronta remoção das baixas.
5.8.2.6.10 O nível da ameaça, as condições ambientais e a defesa aérea do inimi-
go, entre outras, podem limitar o uso de ambulâncias terrestres e aéreas. A sinergia
de esforços, envolvendo todos os níveis da logística, permite manter a continuidade
do fluxo de evacuação, assegurando o apoio ágil e oportuno aos elementos desdo-
brados.
5.8.2.6.11 O eventual emprego de armas de destruição em massa no TO/A Op
pode produzir, em curto espaço de tempo, um número elevado de baixas em deter-
minado local. Isso impacta a capacidade de resgate e evacuação médica, de-
vendo ser levado em consideração na determinação de necessidades de recursos
de saúde e na definição das N Ev.
5.8.2.6.12 A Evacuação Aeromédica (Ev Aem) é a missão aérea que emprega ae-
ronaves especialmente configuradas para transportar pessoal, ferido ou doente, mili-
tar ou civil, das áreas de combate para locais onde possa receber assistência ade-
quada. Ela também se aplica em situação de paz, no transporte de militares e civis,
quando determinado.
5.8.2.6.13 A Ev Aem na F Ter integra a estrutura do Sistema de Transporte do Exér-
cito Brasileiro (STEB) e emprega pessoal especializado e adestrado para preparar,
evacuar e gerir os pacientes em rota.
5.8.2.6.14 A evacuação no âmbito da brigada e da divisão de exército é realizada
utilizando-se as ambulâncias do pelotão de evacuação, orgânico da companhia de
saúde avançada do Batalhão de Saúde. Meios de evacuação não permanecem em
reserva.
5.8.2.6.15 A missão principal do pelotão de evacuação (Pel Ev) da companhia de
saúde avançada é a evacuação das baixas dos postos de socorro (PS) das unida-
des para o Posto de Atendimento Avançado (PAA), através dos meios de transporte
mais adequados (terrestres, aéreos ou fluviais), proporcionando assistência médica
contínua durante toda a evacuação.
5.8.2.6.16 Como missão secundária, pode transportar suprimento de saúde do pos-
to de distribuição de suprimento classe VIII para as unidades.
5.8.2.6.17 O escalão superior realiza a evacuação, desde as instalações de saúde
das brigadas e divisões de exército, através de comboios ou surtidas de meios de
evacuação, em horários preestabelecidos ou mediante solicitação das GU.
5.8.2.6.18 A atribuição de prioridades na evacuação aeromédica é da competência
do E4 da brigada ou da divisão de exército, mediante ligação com o batalhão de sa-
úde e de acordo com as necessidades das unidades apoiadas.

Fl 71 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


Socorrista
Posto de
Socorro

Esc Ponto de ZC
Concentração
de Feridos
(PCF)

Posto de
2º Atendimento
ZC – ZA
Esc Avançado

ZC
3º Hospital de ZA
Esc Campanha ZI

4º H Mil
Esc
ZI

Fig 5-21 Cadeia de Evacuação na Brigada

5.8.2.7 Triagem
5.8.2.7.1 A triagem se processa em todos os elos da cadeia de evacuação.
5.8.2.7.2 No PAA os pacientes são recebidos, submetidos à triagem, recebem socor-
ro de emergência ou são submetidos à cirurgia de controle de danos. Conforme o
caso, os feridos são preparados para posterior evacuação à outra instalação de saú-
de do escalão superior ou retornam às suas unidades.

5.8.2.8 Apoio de material de saúde


5.8.2.8.1 Esta atividade envolve a previsão e o provimento do suprimento Classe VIII
às OMS e às instalações de saúde desdobradas, bem como o planejamento e a e-
xecução da manutenção dos materiais e equipamentos específicos.
5.8.2.8.2 As tarefas referentes ao suprimento de materiais e equipamentos de saúde
são encargos das OMS existentes nos diversos escalões de saúde, podendo fazer
uso de instalações das OM Log de Suprimento. Para tanto, deve haver estreita coor-
denação entre os órgãos responsáveis por essa classe de suprimento nos diversos
níveis de execução da Logística.
5.8.2.8.3 O suprimento de sangue e hemoderivados enquadram-se nessa atividade.
Seu planejamento deve receber especial atenção, considerando as características
particulares para sua obtenção, armazenagem e distribuição. Nas operações de ca-
ráter multinacional, pode constituir uma questão sensível, em face da diversidade de
normas e restrições legais de cada país participante.
5.8.2.8.4 A tarefa de manutenção dos materiais e equipamentos de saúde é encargo
das OMS, em estreita coordenação com as OM Log de Manutenção. Em face das
especificidades de alguns desses itens e da disponibilidade de instalações sanitárias
para as ações de manutenção, pode ser necessária a contratação/mobilização de
elementos civis especializados.
5.8.2.8.5 A capacidade terapêutica depende diretamente da disponibilidade de su-
primento de saúde. Por essa razão, o apoio ao material de saúde deve ser responsi-
vo, de modo a garantir a efetividade e a pronta resposta às demandas sanitárias de-
Fl 72 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
correntes das operações.
5.8.2.8.6 A destinação e o descarte de materiais de saúde e resíduos hospitalares
requerem atenção dos planejamentos logísticos, de modo a evitar possíveis
contaminações de indivíduos e/ou instalações na área de responsabilidade da F Op
desdobrada.

5.8.3 Escalões de saúde


5.8.3.1 A organização do apoio de saúde requer capacidade para - a partir de estru-
turas modulares - atender a múltiplas necessidades das forças terrestres dispersas
em ambientes frequentemente hostis. Isto implica a centralização dos recursos e a
descentralização seletiva de meios das OMS, possibilitando o escalonamento em
profundidade e o pronto atendimento o mais a frente possível.
5.8.3.2 O apoio de saúde em operações será prestado por OMS e instalações sani-
tárias operativas desdobradas em profundidade, em escalões ou níveis assistenci-
ais, classificados de acordo com a capacidade de tratamento e numerados progres-
sivamente de 1 a 4 (da menor para a maior capacidade). Cada escalão deve ser ca-
paz de assumir as funções do nível inferior, podendo ser reforçado para adequar-se
às demandas de uma missão específica.
5.8.3.3 Em operações, os escalões de saúde na F Ter são os constantes na tabela a
seguir:

INSTALAÇÃO
ESCALÃO EXECUTANTE CAPACIDADES
PRINCIPAL
- Capacidade limitada de reten-
ção, tratamento e evacuação.
Pelotão de Saúde - Execução de medicina preventi-
(Pel Sau) ou elemen- Posto de Socorro va (exceto apoio de veterinária pre-

tos de saúde orgâni- (PS) ventiva e apoio farmacêutico).
cos das OM - Execução de atendimento primá-
rio, exceto cirurgia de controle de
danos.
- Capacidade intermediária de re-
tenção, tratamento e evacuação.
- Execução de medicina preventi-
Companhia de Saú- Posto de Atendi- va (exceto apoio de veterinária pre-
2º de Avançada (Cia mento Avançado ventiva e apoio farmacêutico).
Sau Avç) / B Sau (PAA) - Execução de atendimento primá-
rio, tratamento de doentes e feridos
(quando reforçado) e tratamento a
atingidos por agentes QBRN.

- Maior capacidade de diagnóstico,


de cuidados intensivos e de evacu-
B Sau, H Mil e OCS ação.
Hospital de Cam-
3º contratadas / mobili- - Execução das atividades de medi-
panha (H Cmp)
zadas cina preventiva e curativa.
- Execução de apoio de material de
saúde.

Fl 73 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


- Ampla capacidade de apoio de
saúde.
OMS e OCS contra- - Execução de assistência médica
4º tadas / mobilizadas H Mil definitiva ou reabilitação, caso o
no TN / ZI tratamento requerido seja superior
ao estabelecido na N Ev ou à capa-
cidade do 3º escalão.

Escalões de Saúde em Operações

Fl 74 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


CAPÍTULO VI

O BATALHÃO LOGÍSTICO EM APOIO ÀS OPERAÇÕES

6.1. APOIO LOGÍSTICO ÀS OPERAÇÕES OFENSIVAS

6.1.1 Ataque Coordenado e Reconhecimento em Força

6.1.1.1 Todos os esforços devem ser envidados 6.1 APOIO LOGÍSTICO ÀS OPERAÇÕES
para que a BLB se localize o mais à frente possí- OFENSIVAS
vel. Essa preocupação é tanto mais importante 6.2 APOIO LOGÍSTICO ÀS OPERAÇÕES
quanto maior for a possibilidade de se realizar a DEFENSIVAS
mudança da sua localização no curso de opera-
6.3 APOIO LOGÍSTICO ÀS OPERAÇÕES
ções. Fatores adversos, como insuficiência de DE PACIFICAÇÃO
meios de transporte, deficiência na rede rodoviária
e na segurança da área, podem, dentre outros, 6.4 APOIO LOGÍSTICO ÀS OPERAÇÕES
DE APOIO A ÓRGÃOS GOVERNAMEN-
desaconselhar, em determinado momento, a mu- TAIS
dança da BLB para uma região mais próxima da
6.5 APOIO LOGÍSTICO ÀS AÇÕES CO-
linha de contato. MUNS ÀS OPERAÇÕES TERRESTRES

6.1.1.2 Algumas vezes, pode surgir a necessidade de se realizar a mudança da BLB


no curso de operações. Tal fato não deve causar maiores problemas se realizado
quando houver uma diminuição no ritmo das referidas operações (exemplo: por oca-
sião da conquista de objetivos intermediários).

6.1.1.3 Há necessidade de se analisar a missão da brigada e compreender a atitude


do escalão superior na condução da manobra, para, se for o caso, cerrar os elemen-
tos de apoio logístico.

6.1.1.4 Essas operações são normalmente caracterizadas por acentuado consumo


de suprimento de Cl V (Mun) e grande número de baixas.

6.1.2 Marcha para o combate, aproveitamento do êxito e perseguição

6.1.2.1 Na marcha para o combate, no aproveitamento do êxito e na perseguição


freqüentemente há a necessidade de mudança da localização da BLB.

6.1.2.2 No planejamento da localização da BLB, além dos fatores manobra, terreno,


segurança e situação logística, deve-se considerar também, como referência para o
planejamento, as prováveis linhas de ação do inimigo e as linhas de controle estabe-
lecidas para a operação, bem como as ações executadas por outras frações, como a
força de cobertura.

Fl 75 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


6.1.2.3 Nesses tipos de operação, pode-se privilegiar o apoio cerrado, em razão da
ausência de forças inimigas de grande valor durante a maior parte da operação, ou a
continuidade do apoio (mínimo de mudanças da BLB).

6.1.2.4 É importante considerar a possibilidade de não se desdobrar todas as insta-


lações logísticas nas regiões selecionadas, com a finalidade de se realizar com cele-
ridade a mudança de localização da BLB.

6.1.2.5 Nesses tipos de operação, é comum a utilização de processos especiais de


suprimento e de destacamentos logísticos, bem como a cessão de frações logísticas
sob a forma de situação de comando às OM apoiadas.

6.1.2.6 Essas operações são caracterizadas por alto consumo de suprimento Cl III e
aumento da necessidade de manutenção de veículos.

6.2. APOIO LOGÍSTICO ÀS OPERAÇÕES DEFENSIVAS

6.2.1 Defesa em Posição

6.2.1.1 As necessidades de segurança e de continuidade do apoio têm grande influ-


ência na localização da BLB. Por esse motivo, ela deverá ficar afastada do limite
anterior da área de defesa avançada, de modo a diminuir a concentração de meios
nessa área e evitar a necessidade de realizar mudanças do batalhão logístico para a
retaguarda durante a conduta da defesa; bem como não prejudicar os planos de
contra-ataque.

6.2.1.2 O consumo de grandes tonelagens de suprimento classe V (munições, minas


e explosivos) exige que as medidas de controle de trânsito e a localização de insta-
lações logísticas avançadas sejam cuidadosamente planejadas.

6.2.2 Movimentos Retrógrados

6.2.2.1 Nos movimentos retrógrados, é conveniente que a localização da BLB permi-


ta o apoio a um maior número possível de posições de retardamento.

6.2.2.2 A mudança da BLB para a retaguarda deve anteceder ao deslocamento do


grosso das OM de combate, a fim de evitar o congestionamento das estradas.

6.2.2.3 Para facilitar o apoio, suprimentos podem ser deixados nas posições de re-
tardamento e utilizados processos especiais de suprimento e destacamentos logísti-
cos.

6.2.2.4 Uma das maiores preocupações nesse tipo de operação é a manutenção do


moral, o qual depende, em grande parte, da regularidade e eficiência do apoio pres-
tado às forças.

Fl 76 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


6.3 APOIO LOGÍSTICO ÀS OPERAÇÕES DE PACIFICAÇÃO

6.3.1 O apoio a esse tipo de operação envolve todos os níveis da logística, assen-
tando-se em uma ação unificada de vetores militares e civis atuando em um amplo e
variado espectro de tarefas e missões. Isso acarreta a necessidade de estreita inte-
gração com os órgãos (governamentais ou não). Geralmente pressupõe o apoio lo-
gístico a uma força expedicionária (singular ou conjunta), a forças multinacionais e a
outros atores (nacionais ou estrangeiros).
6.3.2 Pode incluir tarefas ligadas ao restabelecimento dos serviços civis essenciais
(Por exemplo: distribuição de alimentos, fornecimento de água e apoio de saúde), ao
apoio a refugiados/deslocados (Por exemplo: construção de abrigos) e às operações
de desminagem. Nesse sentido, deverão ser levados a efeito esforços para que a
nação anfitriã possa desenvolver sua própria capacidade de operar, manter e prover
tais serviços.
6.3.3 Em operações conduzidas fora do território nacional, em atendimento a com-
promissos internacionais, a contratação de recursos locais (alimentos, serviços e
mão-de-obra) desempenha importante papel no apoio logístico a esse tipo de ope-
ração. Essa medida constitui importante vetor de apoio à recuperação da economia
local, com a geração de oportunidades de emprego, a injeção de recursos financei-
ros, o fomento à recuperação por meio do desenvolvimento e o restabelecimento da
infraestrutura física, reduzindo a dependência da população local por recursos ori-
undos de países ou entidades doadoras.
6.3.4 Normalmente, as ações de pacificação ocorrem em países com uma infraestru-
tura física semidestruída e limitada, em decorrência de conflito armado ou de catás-
trofe natural que gerou a necessidade de ajuda internacional. Assim, a organização
logística a ser adotada deve ser adequada às missões atribuídas à força de pacifi-
cação, aí incluídas as demandas de apoio à população local.
6.3.5 Em que pese às operações de pacificação ter um perfil de emprego de menor
intensidade, a proteção dos recursos logísticos permanece sendo uma prioridade.
Operando fora do TN, a F Op deve priorizar o estabelecimento de estoques em rela-
ção à distribuição, o que implica medidas adicionais para proteção dessas instala-
ções.

6.4 APOIO LOGÍSTICO ÀS OPERAÇÕES DE APOIO A ÓRGÃOS GOVERNA-


MENTAIS

6.4.1 Neste tipo de operação, os recursos logísticos da F Ter podem ser integrados
aos recursos de outros órgãos (governamentais e não governamentais), de modo a
obter sinergia e unidade de esforços decorrentes da complementaridade de capaci-
dades e competências logísticas.
6.4.2 A organização e a estrutura logística para execução das operações de apoio
aos órgãos governamentais têm as seguintes características:
a) aproveita a capilaridade da estrutura organizacional da F Ter no TN;
Fl 77 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
b) emprega recursos logísticos militares e civis;
c) utiliza equipes móveis de apoio nos locais onde não há OM ou existe a ne-
cessidade de aumentar a capacidade logística daquelas existentes; e
d) utiliza a infraestrutura física civil.

6.4.3 O apoio à população civil nesse tipo de operação pode acarretar o aumento da
demanda, ultrapassando a capacidade das OM Log. Desta forma, pode ser neces-
sário que a F Op receba recursos especializados para execução de tarefas de maior
complexidade. Disso decorre a grande necessidade da coordenação e integração de
todos os atores envolvidos, de modo a alcançar a unidade de esforços.
6.4.4 A principal tarefa logística da F Ter durante a ocorrência de uma calamidade é
manter e prover as capacidades necessárias para a pronta resposta às demandas
de apoio dos órgãos governamentais. A F Op empregada deve ser logisticamente
autossuficiente (comida, água, combustível e outros), de modo a operar – desde as
fases iniciais – desonerando a infraestrutura já debilitada na área de operações.

6.4.5 O apoio logístico em caso de calamidades que envolvam o emprego de agen-


tes QBRN apresenta grande complexidade, particularmente no que tange ao apoio
de saúde aos feridos e contaminados, bem como ao apoio de descontaminação de
materiais expostos a esses agentes. Essas tarefas logísticas devem ser executadas
em ambiente protegido e utilizando material e pessoal especializado, sendo realiza-
das o mais próximo possível dos locais de contaminação, quando a situação permi-
tir.

6.5 APOIO LOGÍSTICO ÀS AÇÕES COMUNS ÀS OPERAÇÕES TERRESTRES

6.5.1 Operação de reconhecimento e vigilância e operação de segurança das


operações

6.5.1.1 Nesse tipo de operação frequentemente há a necessidade de mudança da


localização da BLB.

6.5.1.2 No planejamento da localização da BLB, além dos fatores manobra, terreno,


segurança e situação logística, deve-se considerar também, como referência para o
planejamento, as prováveis linhas de ação do inimigo e as linhas de controle estabe-
lecidas para a operação.

6.5.1.3 Nesses tipos de operação, pode-se privilegiar o apoio cerrado, principalmen-


te até a linha de provável encontro (LPE), ou a continuidade do apoio (mínimo de
mudanças da BLB).

6.5.1.4 É importante considerar a possibilidade de não se desdobrar todas as insta-


lações logísticas nas regiões selecionadas, com a finalidade de se realizar com cele-
Fl 78 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.
ridade a mudança de localização da BLB.

6.5.1.5 A BLB poderá ser desdobrada nas regiões de destino previstas para as OM
da GU, aproveitando-se o reconhecimento do terreno já realizado.

6.5.1.6 Nesses tipos de operação, é comum a utilização de processos especiais de


suprimento e de destacamentos logísticos, bem como a cessão de frações logísticas
sob a forma de situação de comando às OM apoiadas.

6.5.1.7 Essas operações são caracterizadas por alto consumo de suprimento Cl III e
aumento da necessidade de manutenção de veículos.

6.5.1.8 A mobilidade e a descentralização da operação dificultam a evacuação mé-


dica.
6.5.1.9 A amplitude do espaço operacional condiciona o apoio de manutenção e a
evacuação de material.

6.5.1.10 A dificuldade para instalação do PAA poderá implicar em maior necessida-


de de evacuação aeromédica.

6.5.2 Substituição de unidades de combate

6.5.2.1 A excessiva concentração de meios na área de operações e a necessidade


de se preservar o sigilo e manter a fisionomia da frente trazem reflexos para os ele-
mentos de Ap Log.

6.5.2.2 Embora desejável, a justaposição de BLB só será viável em função das pos-
sibilidades do inimigo. Não havendo essa viabilidade, a substituição deverá ser reali-
zada por escalões, podendo haver a necessidade, em alguns casos, de realizar a
transferência de instalações e pessoal por tempo limitado.

6.5.2.3 O planejamento e o controle devem ser centralizados pelo escalão de co-


mando enquadrante, sendo a execução descentralizada e precedida de reconheci-
mentos pormenorizados.

6.5.2.4 Por ocasião dos reconhecimentos, devem ser colhido o maior número de
informações com respeito à Z Aç e à execução do Ap Log, com vistas a permitir uma
melhor coordenação na substituição e de se evitar interrupções no apoio.

6.5.2.5 Outro aspecto importante a considerar é a necessidade de um planejamento


detalhado do controle e circulação do trânsito.

6.5.2.6 Em princípio, o Elm Log substituído ficará responsável pelo apoio aos ele-
mentos apoiados substitutos até o momento previsto no planejamento do escalão
enquadrante.

Fl 79 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.


6.5.3 Junção

6.5.3.1 Uma das finalidades da junção é estabelecer a ligação terrestre contínua,


visando ao Ap Log à força estacionária.

6.5.3.2 Uma vez retomada a ligação terrestre, quando a força estacionária for de
valor Bda ou superior, a logística restabelece a sistemática normal de apoio de suas
atividades. Eventualmente, a força de junção poderá prestar apoio logístico em ativi-
dades específicas, de acordo com o planejamento elaborado para a junção.

6.5.3.3 Após a junção, quando a força estacionária for de valor unidade ou inferior e
não estiver sendo apoiada por via terrestre, o apoio logístico será prestado, normal-
mente, pela força de junção.

6.5.3.4 É frequente a necessidade de previsão de utilização de processos especiais


de suprimento.

6.5.3.5 Quando a junção for sucedida por uma substituição de unidades de combate,
devem ser observadas as prescrições referentes a esta, no que couber.

Fl 80 da NCD Nr 001/2015 - DECEx, de 12 JAN 15, A LOGÍSTICA NAS OPERAÇÕES.

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