Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SOBRE ESTRUTURAS
PSÍQUICAS: UMA
PERSPECTIVA TRAZIDA
DO COTIDIANO
PARTE 1
OUTUBRO 2021
GRAZIELLA BARBOSA BARREIROS
EGO
ID
SUPEREGO
EFEITO GABI
O id deve ser controlado para satisfazer demandas
sociais; isso cria um conflito entre desejos
frustrados e normas sociais. Levanta as defesas.
ANSIEDADE
DEFESA
Tanto a frustração quanto o excesso de indulgência (ou qualquer combinação dos dois)
podem levar ao que os psicanalistas chamam de fixação em um estágio psicossexual
particular.
Na época, as ideias de Freud foram recebidas com críticas. E hoje não é diferente. Isso em
parte é por causa de seu foco na sexualidade como o principal motor do
desenvolvimento da personalidade humana.
A VIDA AFETIVA É A
DIMENSÃO PSÍQUICA
QUE DÁ COR, BRILHO E
CALOR A TODAS AS
VIVENCIAS HUMANAS.
O TERMO AFETIVIDADE É GENÉRICO, COMPREENDENDO
VÁRIAS MODALIDADES DE VIVÊNCIA AFETIVA
1. Sentimentos da esfera da tristeza - melancolia, saudade, tristeza, nostalgia, vergonha, impotência, aflição,
culpa, remorso, autopiedade, autodepreciação, infelicidade, tédio, desesperança...
2. Sentimentos da esfera da alegria – euforia, júbilo, contentamento, satisfação, confiança, gratificação
esperança, expectativa...
3. Sentimento da esfera da agressividade – ódio, raiva, revolta, rancor, ciúme, ira, inveja, vingança, repúdio,
nojo, desprezo...
4. Sentimentos relacionados à atração pelo outro – amor, atração, tesão, estima, carinho, gratidão, amizade,
apego, apreço, respeito, consideração, admiração....
5. Sentimentos associados ao perigo – temor, receio, desamparo, abandono, rejeição...
6. Sentimentos de tipo narcísico – vaidade, orgulho, arrogância, onipotência, superioridade, empáfia,
prepotência.
O TERMO AFETIVIDADE É GENÉRICO, COMPREENDENDO
VÁRIAS MODALIDADES DE VIVÊNCIA AFETIVA
TRANSFUNDOS OU ANCORAGENS
PALCO – CONTEXTO GERAL
PANO DE FUNDO
SINTOMAS ESPECÍFICOS
OU
EMERGENTES
VIVÊNCIAS PSICOPATOLÓGICAS EM DUAS
PERSPECTIVAS
TRANFUNDO OU ANCORAGENS
INFLUENCIA DE MODO MARCANTE O SENTIDO, A DIREÇÃO, A QUALIDADE
ESPECÍFICA DO SINTOMA EMERGENTE
RELAÇÃO DIALÉTICA ENTRE O SINTOMA EMERGENTE E O TRANFUNDO
Pessoas passivas, dependentes, sem energia – tendem a vivenciar sintomas de modo passivo
Pessoas intensas, mais explosivas, muito reativas tendem a responder aos sintomas de modo
mais vivo e amplo
Pessoas muito inteligentes produzem, por exemplo, delírios ricos e complexos, interpretam
constantemente suas vivências e desenvolvem as dimensões conceituais dessas experiencias de
forma mais acabada.
Pessoas com inteligência reduzida criam quadros psicopatológicos indiscriminados, com menos
detalhes, superficiais e, às vezes, pueris (pensar também no desenvolvimento do próprio agravo)
TRANSFUNDOS MUTÁVEIS E MOMENTÂNEOS
São representados pelo nível de consciência e atenção e pelo humor e estado afetivo de fundo.
Atuam decisivamente na determinação da qualidade e no sentido do conjunto de vivências
psicopatológicas mais destacadas. São elementos precisos, mas circunscritos. Uma alucinação
(sensopercepção), um sentimento determinado (afetividade), um delírio (juízo), um pensamento
obsessivo (pensamento), uma paramnésia (memória), uma alteração da linguagem ou da vontade
(volição)
FATORES PRECIPITANTES são os eventos da vida (Estresses, perdas, fatores atuais ou mais
recentes)
Assim, neurose é uma estrutura da personalidade que está relacionada À ANGÚSTIA E AO CONFLITO.
NÃO HÁ CONFUSÃO ENTRE REALIDADE E FANTASIA. A distinção entre certo e errado, entre real e imaginário fica
preservada.
A pessoa neurótica segue o contrato social, as normas social (DESEJA CUMPRIR A NORMA) e quando não o faz
(mesmo que somente em âmbito privado/secreto), sente culpa, vergonha, fracasso. A consequência dessas vivências
é A ANSIEDADE. Todavia, para maioria dos casos, não há importante comprometimento das atividades de vida diária.
Mas, atenção, temos os casos graves (Pânico, TOC, TEPT).
A ameaça de fracasso, a inquietação, a insegurança é fortemente vivenciada. Costuma-se dizer que neuróticos não
sabem ser felizes. Felizmente (ou infelizmente) é a estrutura de PERSONALIDADE MAIS COMUM
No mundo em que vivemos, escapar da neurose é quase uma impossibilidade. Pois a exacerbações das emoções que
causam angústia e a dificuldade de encontrar formas saudáveis de lidar com elas, leva muitos de nós ao universo da
neurose.
ESTRUTURA PSICÓTICA
Nessa, há a RUPTURA COM A REALIDADE. A pessoa vivencia a perda de possibilidade de distinguir
realidade de fantasia.
NÃO RECONHECE AS NORMAS, ele/ela não reconhece o limite para si. NÃO SENTE CULPA OU ANSIEDADE,
em relação às regras.
O que a experiencia ensina é que HÁ SOFRIMENTO (INTENSO), mas, invadido por um mundo aquém da
realidade corriqueira, age determinado por outras lógicas. Não há escolha consciente. O que é real para
eles pode não ser real para todas as outras pessoas, mas É REAL para ele/ela.
Vivenciam transtornos psíquicos MAIS GRAVES E CRÔNICOS, mergulham em alucinações e delírios que
causam intenso sofrimento. Seus sintomas são mais intensos e persistentes.
Sabem das regras, mas ESCOLHEM NÃO AS CUMPRIR, como se não estivessem, como os demais,
submetidos às mesmas. São melhores, são mais importantes, são prioridades.
Seguem vidas “normais”. Todavia, o GRAU DE EMPATIA é tão NULO que “imitam” emoções para
parecerem iguais, mas o fazem para realizar seus interesses/prazer a despeito de qualquer
necessidade ou compromisso com outras pessoas. São IMPULSIVOS E MANIPULADORES.
Escolhem e não se responsabilizam ou se sentem culpados por suas escolhas, costumam atuar
de forma exibicionista, acintosa.
A vida lhes deve a primazia e ele/ela cobra com juros. Atua por meio de dois grandes grupos de
comportamento: A PERVERSÃO SEXUAL E A PERVERSÃO SOCIAL (pedofilia, zoofilia, assassinado,
roubo, atos de crueldade...)
ESTRUTURA BORDERLINE
O paciente de borda, de FRONTEIRA. Vivencias características psicóticas, mas não perde o contato com a
realidade. HÁ SOFRIMENTO INTENSO E MUITA DESORGANIZAÇÃO DA VIDA COTIDIANA. Segundo o DSM-V,
compõe o Grupo B dos Transtornos de Personalidade. Para fechar diagnóstico, cinco de nove critérios devem
estar presentes.
1. Padrão de relacionamento interpessoal instável e intenso, caracterizado pela alternância entre extremos de
idealização e desvalorização. Mundo interno infantil, cheio de heróis e vilões. Idealiza e se desaponta o
tempo todo.
2. Impulsividade em, pelo menos, duas áreas potencialmente prejudiciais à própria pessoa (conflito com a lei,
uso de drogas, direção imprudente, desperdício de dinheiro, compulsão sexual...)
3. Instabilidade afetiva devido a uma acentuada reatividade do humor. Humor varia muito, em curto espaço
de tempo.
4. Raiva intensa e inadequada ou dificuldade em controlá-la. Crises de ira são imprevisíveis e
desproporcionais às situações que as geram. Sua raiva é dirigida aos mais próximos. Vive a perturbadora
“certeza do abandono iminente” e atua como que para “acabar logo com esse sofrimento de espera”.
Testam vínculos e compromissos. Explodem. Gritam, quebram objetos, batem nas pessoas, ameaçam com
faca.
ESTRUTURA BORDERLINE – cont.
5. Ameaças, gestos ou comportamento suicida recorrente e automutilante.
6. Perturbação da identidade; instabilidade acentuada e resistente da autoimagem ou do
sentimento de self. Guarda sentimento de inautenticidade, de falsidade. Vão descobrir que
ele/ela é uma fraude e será humilhado/a.
7. Sentimento crônico de vazio ou enfado
8. Esforços frenéticos para evitar o abandono real ou imaginário. Não suporta a solidão.
9. Ideação paranoide transitória relacionada às situações estressantes ou severos sintomas
dissociativos. Pensamento confuso e delirante, com interpretação paranoide dos fatos. Em
geral, coloca-se como vítima de injustiça.
(11) 986587294