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BREVE ABORDAGENS

SOBRE ESTRUTURAS
PSÍQUICAS: UMA
PERSPECTIVA TRAZIDA
DO COTIDIANO

PARTE 1

OUTUBRO 2021
GRAZIELLA BARBOSA BARREIROS

Socióloga Sanitarista (UNICAMP).


Especialista em Atenção Comunitária para Área de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas
(USP).
Mestranda do Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Ensino em Ciências
da Saúde (PPGECS) – UNIFESP – Baixada Santista.
Consultora Técnica para Área de Políticas Públicas de Saúde Mental, Álcool e Outras
Drogas - Clinica, Gestão, Gerenciamento e Avaliação.
Supervisora Clinico Institucional, Tutora de Campo e Docente do Programa de Residência
Multiprofissional em Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas da FIOCRUZ – Brasília.
Intercambiante BR.
Brazilian Treatnet II Master Trainner – UNODC – United Nations.
RECORDAR É
VIVER......
A ESTRUTURA PSÍQUICA – O CONSCIENTE E O
INCONSCIENTE

“SOMOS CONSCIENTEMENTE CONFUSOS E INCONSCIENTEMENTE


CONTROLADOS. PERSONAGENS DE UM TEXTO ESCRITO PELO
INCONSCIENTE” (3º Princípio da Psicodinâmica – Sintomas e
comportamentos são manifestações externas de processos
inconsciente)

“A CRIANÇA É O PAI DO HOMEM” (4º Princípio da Psicodinâmica – As


experiências da infância constituem determinantes cruciais da
personalidade adulta)
A DIVISÃO TOPOGRÁFICA DA MENTE – SIGMUND
FREUD

CONSCIENTE – Mente atenta, o lado racional e a ação no mundo


externo a nós

PRÉ-CONSCIENTE – Conteúdos não estão conscientes, mas


podem ser trazidos à consciência

INCONSCIENTE – Não acessível ao consciente. Possui


linguagem própria e pode vir à tona de maneira indireta ou
simbólica
TEORIA ESTRUTURAL TRIPARTIDA

EGO

ID

SUPEREGO
EFEITO GABI
O id deve ser controlado para satisfazer demandas
sociais; isso cria um conflito entre desejos
frustrados e normas sociais. Levanta as defesas.

O ego e o superego se desenvolvem para exercer


esse controle e direcionar a necessidade de
gratificação para canais socialmente aceitáveis.
CONFLITO

ANSIEDADE

DEFESA

FORMAÇÃO DE COMPROMISSO ENTRE ID / EGO


SOBRE O DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL
 Segundo Freud, nossa personalidade se desenvolve durante a infância e é moldada
pelas CINCO FASES, o que ele chamou de teoria do desenvolvimento psicossexual.
 Freud acreditava que a vida era construída em torno de TENSÃO E PRAZER
 Ele também acreditava que toda a tensão se devia ao acúmulo de libido, a energia
sexual, e que todo o prazer vinha de sua descarga
 Enfatizou que OS PRIMEIROS CINCO ANOS DE VIDA são cruciais para a formação da
personalidade adulta.
 O RELACIONAMENTO PARENTAL é apontado como decisivo nesse desenvolvimento
 A GRATIFICAÇÃO SE CENTRA EM DIFERENTES ÁREAS DO CORPO em diferentes
estágios de crescimento, tornando o conflito em cada estágio psicossexual.
SOBRE O DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL
 Assim, durante cada fase, uma criança é confrontada com um CONFLITO entre
impulsos biológicos e expectativas sociais. Se ela passar de forma bem-sucedida por
esses conflitos internos, acabará tendo domínio de cada estágio de desenvolvimento
e, finalmente, obterá uma personalidade totalmente madura.

 A resolução de cada um desses conflitos requer o gasto de energia sexual e quanto


mais energia é gasta em um estágio específico, mais as características importantes
desse estágio permanecem com o indivíduo, à medida que ele amadurece
psicologicamente.

 Algumas pessoas parecem não conseguir sair de um estágio e prosseguir para o


próximo.

 as necessidades do indivíduo em desenvolvimento em qualquer estágio específico


podem não ter sido adequadamente atendidas, caso em que há FRUSTRAÇÃO.
SOBRE O DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL
 as necessidades da pessoa podem ter sido tão bem satisfeitas que relutam em deixar os
benefícios psicológicos de um estágio específico em que há excesso de cuidados.

 Tanto a frustração quanto o excesso de indulgência (ou qualquer combinação dos dois)
podem levar ao que os psicanalistas chamam de fixação em um estágio psicossexual
particular.

 Na época, as ideias de Freud foram recebidas com críticas. E hoje não é diferente. Isso em
parte é por causa de seu foco na sexualidade como o principal motor do
desenvolvimento da personalidade humana.

Uma criança atravessa 5 estágios psicossexuais – Fase oral, anal, fálica,


de latência e genital. Cada fase associada com uma zona corporal
particular, onde a energia sexual (libido) da criança estava concentrada.
LEMBRANDO UM
POUCO MAIS...

A VIDA AFETIVA É A
DIMENSÃO PSÍQUICA
QUE DÁ COR, BRILHO E
CALOR A TODAS AS
VIVENCIAS HUMANAS.
O TERMO AFETIVIDADE É GENÉRICO, COMPREENDENDO
VÁRIAS MODALIDADES DE VIVÊNCIA AFETIVA

 HUMOR OU ESTADO DE ÂNIMO – Tônus afetivo do indivíduo, o estado emocional


basal e difuso em que se encontra uma pessoa em determinado momento, que
penetra toda a experiência psíquica – uma vertente somática e uma vertente
psíquica unidas de maneira indissolúvel para conferir um colorido especial à vida
afetiva momentânea, ampliando ou reduzindo o impacto das experiências reais e,
muitas vezes, modificando a natureza e o sentido das experiências vivenciadas.

 EMOÇÕES – reações afetivas agudas momentâneas, desencadeadas por estímulos


significativos. Estado afetivo intenso, de curta duração, originado como uma
reação do indivíduo a certas excitações internas ou externas, conscientes ou
inconscientes. Também experiência psíquica e somática. É uma alteração global da
dinâmica pessoal. Uma tempestade anímica, que desconcerta, comove e perturba
o instável equilíbrio essencial.
O TERMO AFETIVIDADE É GENÉRICO, COMPREENDENDO
VÁRIAS MODALIDADES DE VIVÊNCIA AFETIVA
SENTIMENTOS – Estados e configurações afetivas estáveis, mais atenuados que as emoções em intensidade e menos
reativos a estímulos passageiros. Geralmente associados a conteúdos intelectuais, valores, representações e, no mais
das vezes não implicam concomitantes somáticos. “Dependem” de palavras que possam codificar esse ou aquele
estado afetivo. Classificados em vários grupos:

1. Sentimentos da esfera da tristeza - melancolia, saudade, tristeza, nostalgia, vergonha, impotência, aflição,
culpa, remorso, autopiedade, autodepreciação, infelicidade, tédio, desesperança...
2. Sentimentos da esfera da alegria – euforia, júbilo, contentamento, satisfação, confiança, gratificação
esperança, expectativa...
3. Sentimento da esfera da agressividade – ódio, raiva, revolta, rancor, ciúme, ira, inveja, vingança, repúdio,
nojo, desprezo...
4. Sentimentos relacionados à atração pelo outro – amor, atração, tesão, estima, carinho, gratidão, amizade,
apego, apreço, respeito, consideração, admiração....
5. Sentimentos associados ao perigo – temor, receio, desamparo, abandono, rejeição...
6. Sentimentos de tipo narcísico – vaidade, orgulho, arrogância, onipotência, superioridade, empáfia,
prepotência.
O TERMO AFETIVIDADE É GENÉRICO, COMPREENDENDO
VÁRIAS MODALIDADES DE VIVÊNCIA AFETIVA

 AFETOS – A qualidade e o tônus emocional que acompanham uma


ideia ou representação mental. Seriam o comportamento
emocional de uma ideia. De forma inespecífica, qualquer estado de
humor, sentimento ou emoção.

 PAIXÕES – Estado afetivo extremamente intenso, que domina a


atividade psíquica como um todo, captando e dirigindo a atenção e
o interesse do indivíduo em uma só direção, inibindo os demais
interesses
VIVÊNCIAS PSICOPATOLÓGICAS EM DUAS
PERSPECTIVAS - Hans Jörg Weitbrecht (1909-1975)

TRANSFUNDOS OU ANCORAGENS
PALCO – CONTEXTO GERAL
PANO DE FUNDO

SINTOMAS ESPECÍFICOS
OU
EMERGENTES
VIVÊNCIAS PSICOPATOLÓGICAS EM DUAS
PERSPECTIVAS

TRANFUNDO OU ANCORAGENS
 INFLUENCIA DE MODO MARCANTE O SENTIDO, A DIREÇÃO, A QUALIDADE
ESPECÍFICA DO SINTOMA EMERGENTE
 RELAÇÃO DIALÉTICA ENTRE O SINTOMA EMERGENTE E O TRANFUNDO

SINTOMAS ESPECÍFICOS OU EMERGENTES


 OCORREM E SE DESENVOLVEM DE FORMA PERCEPTÍVEL E DELIMITÁVEL

 VIVÊNCIAS PONTUAIS QUE OCORREM SEMPRE EM DETERMINADO TRANSFUNDO


DO SINTOMA À SINDROME

DOIS TIPOS BÁSICOS DE


TRANSFUNDO

ESTÁVEIS E DURADOUROS MUTÁVEIS E MOMENTÂNEOS


Personalidade e Nível de consciência e
inteligência atenção, humor e estado
afetivo de fundo
TRANFUNDOS ESTÁVEIS E DURADOUROS
PERSONALIDADE: Qualquer experiência (alucinações, delírios, afetos, entre outras) ganha conotação
diferente, a partir da personalidade específica da pessoa que a vivencia.

 Pessoas passivas, dependentes, sem energia – tendem a vivenciar sintomas de modo passivo

 Pessoas intensas, mais explosivas, muito reativas tendem a responder aos sintomas de modo
mais vivo e amplo

INTELIGÊNCIA: Determina contornos, a diferenciação, a profundidade e a riqueza de todos os


sintomas.

 Pessoas muito inteligentes produzem, por exemplo, delírios ricos e complexos, interpretam
constantemente suas vivências e desenvolvem as dimensões conceituais dessas experiencias de
forma mais acabada.

 Pessoas com inteligência reduzida criam quadros psicopatológicos indiscriminados, com menos
detalhes, superficiais e, às vezes, pueris (pensar também no desenvolvimento do próprio agravo)
TRANSFUNDOS MUTÁVEIS E MOMENTÂNEOS
São representados pelo nível de consciência e atenção e pelo humor e estado afetivo de fundo.
Atuam decisivamente na determinação da qualidade e no sentido do conjunto de vivências
psicopatológicas mais destacadas. São elementos precisos, mas circunscritos. Uma alucinação
(sensopercepção), um sentimento determinado (afetividade), um delírio (juízo), um pensamento
obsessivo (pensamento), uma paramnésia (memória), uma alteração da linguagem ou da vontade
(volição)

 NÍVEL DE CONSCIÊNCIA E ATENÇÃO – estabelecem a clareza, a precisão e a nitidez dos sintomas


emergentes. Sob estado de turvação da consciência, alucinações auditivas ou visuais, recordações,
sentimentos são experimentados em uma atmosfera nebulosa, menos clara e até confusa.

 O HUMOR E O ESTADO AFETIVO – momentâneos e passageiros, influenciam decisivamente não


apenas no desencadeamento de sintomas (os chamados sintomas catatímicos – Distorcem o
conteúdo das percepções, pensamentos e lembranças devido a experiencias angustiantes ou
intensificação dos afetos ), mas também no colorido e no brilho específico do sintoma. Uma
lembrança, uma alucinação, um delírio num contexto ansioso ou irritado intenso, pode ganhar
dimensões muito próprias.
EM TERMOS DE SOFRIMENTO MENTAL É PRECISO
FICAR ATENTO A...

 HISTÓRIA DE VIDA – articulam-se, ao longo da vida, fatores biológicos, psicológicos e


sociais/relacionais, para ocorrência ou não de sintomas, síndromes ou transtornos
mentais.

 VULNERABILIDADE CONSTITUCIONAL – Antes de nascer as pessoas carregam consigo


heranças (biológicas, afetivas, dinâmicas)

 FATORES PREDISPONENTES se somam à vulnerabilidade constitucional (Carga genética,


experiências emocionais na infância e adolescência, condições pregressas de vida...)

 FATORES PRECIPITANTES são os eventos da vida (Estresses, perdas, fatores atuais ou mais
recentes)

 RESILIÊNCIA AFETIVA – Capacidade de absorver e lidar com eventos precipitantes


AGORA VAMOS
FAZER UMA
DISTINÇÃO GERAL
MUITO ÚTIL EM
NOSSA CLÍNICA:
Falando um pouco
sobre Estruturas
Psíquicas
ESTRUTURA NEURÓTICA
Expressão simbólica de um conflito psíquico que, gerado no encontro entre desejo e o que se espera socialmente da
pessoa. Como vimos, esse conflito gera um pacto, um compromisso entre o desejo e a DEFESA que, de um jeito ou
outro, o gratifica de forma mascarada.

Assim, neurose é uma estrutura da personalidade que está relacionada À ANGÚSTIA E AO CONFLITO.

NÃO HÁ CONFUSÃO ENTRE REALIDADE E FANTASIA. A distinção entre certo e errado, entre real e imaginário fica
preservada.

A pessoa neurótica segue o contrato social, as normas social (DESEJA CUMPRIR A NORMA) e quando não o faz
(mesmo que somente em âmbito privado/secreto), sente culpa, vergonha, fracasso. A consequência dessas vivências
é A ANSIEDADE. Todavia, para maioria dos casos, não há importante comprometimento das atividades de vida diária.
Mas, atenção, temos os casos graves (Pânico, TOC, TEPT).

A ameaça de fracasso, a inquietação, a insegurança é fortemente vivenciada. Costuma-se dizer que neuróticos não
sabem ser felizes. Felizmente (ou infelizmente) é a estrutura de PERSONALIDADE MAIS COMUM

No mundo em que vivemos, escapar da neurose é quase uma impossibilidade. Pois a exacerbações das emoções que
causam angústia e a dificuldade de encontrar formas saudáveis de lidar com elas, leva muitos de nós ao universo da
neurose.
ESTRUTURA PSICÓTICA
 Nessa, há a RUPTURA COM A REALIDADE. A pessoa vivencia a perda de possibilidade de distinguir
realidade de fantasia.

 A psicose é uma estrutura da personalidade que PREJUDICA A PERCEPÇÃO E O PENSAMENTO da pessoa,


afetando sua CAPACIDADE DE JULGAMENTO, COMUNICAÇÃO E PACTUAÇÃO com o mundo.

 NÃO RECONHECE AS NORMAS, ele/ela não reconhece o limite para si. NÃO SENTE CULPA OU ANSIEDADE,
em relação às regras.

 O que a experiencia ensina é que HÁ SOFRIMENTO (INTENSO), mas, invadido por um mundo aquém da
realidade corriqueira, age determinado por outras lógicas. Não há escolha consciente. O que é real para
eles pode não ser real para todas as outras pessoas, mas É REAL para ele/ela.

 Vivenciam transtornos psíquicos MAIS GRAVES E CRÔNICOS, mergulham em alucinações e delírios que
causam intenso sofrimento. Seus sintomas são mais intensos e persistentes.

 Pessoas têm suas rotinas e atividades de vida diária COMPLETAMENTE COMPROMETIDAS.


ESTRUTURA PERVERSA
 NÃO HÁ EMPATIA, NÃO HÁ CULPA. Só existe a busca da realização de seu prazer, de suas
necessidades.

 Sabem das regras, mas ESCOLHEM NÃO AS CUMPRIR, como se não estivessem, como os demais,
submetidos às mesmas. São melhores, são mais importantes, são prioridades.

 Seguem vidas “normais”. Todavia, o GRAU DE EMPATIA é tão NULO que “imitam” emoções para
parecerem iguais, mas o fazem para realizar seus interesses/prazer a despeito de qualquer
necessidade ou compromisso com outras pessoas. São IMPULSIVOS E MANIPULADORES.
Escolhem e não se responsabilizam ou se sentem culpados por suas escolhas, costumam atuar
de forma exibicionista, acintosa.

 A vida lhes deve a primazia e ele/ela cobra com juros. Atua por meio de dois grandes grupos de
comportamento: A PERVERSÃO SEXUAL E A PERVERSÃO SOCIAL (pedofilia, zoofilia, assassinado,
roubo, atos de crueldade...)
ESTRUTURA BORDERLINE
O paciente de borda, de FRONTEIRA. Vivencias características psicóticas, mas não perde o contato com a
realidade. HÁ SOFRIMENTO INTENSO E MUITA DESORGANIZAÇÃO DA VIDA COTIDIANA. Segundo o DSM-V,
compõe o Grupo B dos Transtornos de Personalidade. Para fechar diagnóstico, cinco de nove critérios devem
estar presentes.

1. Padrão de relacionamento interpessoal instável e intenso, caracterizado pela alternância entre extremos de
idealização e desvalorização. Mundo interno infantil, cheio de heróis e vilões. Idealiza e se desaponta o
tempo todo.
2. Impulsividade em, pelo menos, duas áreas potencialmente prejudiciais à própria pessoa (conflito com a lei,
uso de drogas, direção imprudente, desperdício de dinheiro, compulsão sexual...)
3. Instabilidade afetiva devido a uma acentuada reatividade do humor. Humor varia muito, em curto espaço
de tempo.
4. Raiva intensa e inadequada ou dificuldade em controlá-la. Crises de ira são imprevisíveis e
desproporcionais às situações que as geram. Sua raiva é dirigida aos mais próximos. Vive a perturbadora
“certeza do abandono iminente” e atua como que para “acabar logo com esse sofrimento de espera”.
Testam vínculos e compromissos. Explodem. Gritam, quebram objetos, batem nas pessoas, ameaçam com
faca.
ESTRUTURA BORDERLINE – cont.
5. Ameaças, gestos ou comportamento suicida recorrente e automutilante.
6. Perturbação da identidade; instabilidade acentuada e resistente da autoimagem ou do
sentimento de self. Guarda sentimento de inautenticidade, de falsidade. Vão descobrir que
ele/ela é uma fraude e será humilhado/a.
7. Sentimento crônico de vazio ou enfado
8. Esforços frenéticos para evitar o abandono real ou imaginário. Não suporta a solidão.
9. Ideação paranoide transitória relacionada às situações estressantes ou severos sintomas
dissociativos. Pensamento confuso e delirante, com interpretação paranoide dos fatos. Em
geral, coloca-se como vítima de injustiça.

CEGO PARA SI E SURDO PARA OS OUTROS


INCOMPETENTE PARA PEDIR AJUDA
AS GRANDES SÍNDROMES E TRANSTORNOS
PSICOPATOLÓGICOS
SÍNDROMES SÃO UM CONJUNTO DE SINAIS E SINTOMAS QUE SE AGRUPAM DE FORMA
RECORRENTE E SÃO OBSERVADOS NA PRÁTICA CLÍNICA DIÁRIA, SÃO AGRUPAMENTOS ESTÁVEIS DE
SINTOMAS, QUE PODEM SER PRODUZIDOS POR VÁRIAS CAUSAS. HÁ SINTOMAS COMUNS NAS
PATOLOGIAS AGRUPADAS NA MESMA SÍNDROME

O DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO É UM ATO CLÍNICO MODESTO, MAS ESTRATEGICAMENTE


IMPORTANTE NO RACIOCÍNIO CLÍNICO. É UMA INDICAÇÃO PRECIOSA PARA O DIAGNÓSTICO (QUE
PODE OU NÃO SER ALCANÇADO)

APÓS A PRECISA CARACTERIZAÇÃO DE SINAIS E SINTOMAS, QUANDO POSSÍVEL, E SEU


ORDENAMENTO EM SÍNDROMES CLÍNICAS É DESEJÁVEL FORMULAR HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
RELATIVAS AOS TRANSTORNOS MENTAIS ESPECÍFICOS. TODAVIA, O QUE A PRÁTICA CLÍNICA NOS
MOSTRA É QUE O DIAGNÓSTICO É QUASE SEMPRE SINDRÔMICO.
AS GRANDES SÍNDROMES E TRANSTORNOS
PSICOPATOLÓGICOS
1. SÍNDROMES DEPRESSIVAS
2. SÍNDROMES MANÍACAS E TRANSTORNO BIPOLAR
3. SÍNDROMES ANSIOSAS E SÍNDROMES COM IMPORTANTE COMPONETE DE ANSIEDADE
4. SÍNDROMES PSICÓTICAS (Quadros do espectro da esquizofrenia e outras psicoses)
5. SÍNDROMES PSICOMOTORAS
6. SÍNDROMES RELACIONADAS AO COMPORTAMENTO ALIMENTAR
7. TRANSTORNOS DEVIDOS OU RELACIONADOS A SUBSTÂNCIAS E COMPORTAMENTOS ADITIVOS
8. SÍNDROMES RELACIONADAS AO SONO
9. SEXUALIDADE E PSICOPATOLOGIA
10. TRANSTORNOS NEUROCOGNITIVOS (Síndromes mentais orgânicas)
11. DEMÊNCIAS E OUTROS TRANSTORNOS NEUROCOGNITIVOS DE LONGA DURAÇÃO
12. SÍNDROMES RELACIONADAS À CULTURA
GRATIDÃO!
gbbarreiros@yahoo.com.br
graziella.barreiros@fiocruz.br

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