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2023
MARACANAÚ
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ -
IFCE
CAMPUS MARACANAÚ
LICENCIATURA EM QUÍMICA
EQUIPE:
ANDESON DE OLIVEIRA ALMEIDA
MADSON MATHEUS DA SILVA FREIRE
VICTOR FERREIRA SANTOS
2023
MARACANAÚ
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................4.
2. OBJETIVOS ..................................................................................................6.
6. CONCLUSÃO .............................................................................................17.
7. PÓS-LABORATÓRIO ................................................................................18.
8. REFERÊNCIAS ..........................................................................................19.
1. INTRODUÇÃO
Inúmeros métodos têm sido propostos para a determinação analítica de ânions mais
comuns, entretanto, na prática, não existem determinadas misturas de ânions devido as suas
incompatibilidades, como, por exemplo, a coexistência em uma amostra de ânions com
características oxidantes e redutoras. Assim sendo, uma sequência lógica para separá-los e
identificá-los.
Uma classificação foi proposta por alguns autores, baseada em algumas características
semelhantes em relação a determinados reagentes. Tais como: solubilidade, desprendimento de
gases e reações de precipitação ou oxirredução em solução, levando em conta que cada ânions
têm características diferentes e não podem ser identificados ou reagirem com reagentes
específicos, por isso é pensado processos específicos para cada tipo de ânion, podendo ser
divididos em grupos de solubilidade I, II e III. Grupos de desprendimentos gasosos, sendo
separados como classe A1 e A2. E ânions de identificação por solução, sendo a classe B1 e B2.
Identificação de ânions por solubilidade:
São os compostos que podem ser identificados pela formação de precipitados ou
solubilização em meio ácido ou básico.
GRUPO I – Grupo do Sulfato:
Pertencem a esse grupo os ânions que precipitam com cloretos de bário ou cálcio, em
meio neutro ou amoniacal.
Sulfatos – SO42- Fluoretos – F-
Arsenitos – AsO33- Silicatos – SiO32-
Carbonatos – CO32- Oxalatos – C2O42-
Arseniatos – AsO43- Cromatos – CrO42-
Sulfito – SO32- Tartaratos – C2H4O62-
Boratos – BO33-, BO2-, B4O72- Fosfatos – PO42-
Tiossulfato – S2O32-
CLASSE A1:
Ânions que desprendem gases com ácido clorídrico ou sulfúrico diluídos.
Carbonatos – CO32- Cianetos – CN-
Sulfitos – SO32- Nitritos – NO2-
Hipocloritos – ClO- Sulfetos – S2-
Bicarbonatos – HCO32- Cianatos – CNO-
Tiossulfatos – S2O32-
CLASSE A2:
Ânions que desprendem gases ou vapores ácidos com ácido sulfúrico concentrado.
Fluoretos - F- Iodetos - I-
Nitratos – NO3- Iodatos – IO3-
Bicarbonatos – HCO32- Ferricianetos – Fe(CN)63-
Cloretos – Cl- Tiocianatos – SCN-
Cloratos – ClO3- Acetatos – CH3COO-
Percloratos – ClO4- Tartaratos – C2H4O62-
Brometos – Br- Citratos – C6H5O72-
Bromatos – BrO3- Boratos – BO33-, BO2-, B4O72-
Ferrocianetos – Fe(CN)64-
CLASSE B1:
Ânions que precipitam com cloreto de bário, cálcio ou nitrato de prata.
Sulfatos – SO42- Fosfatos – PO43-
Hiposulfitos – H2PO3- Salicilatos – C7H6O3-
Silicatos – SiO32- Succinatos – C4H4O42-
Persulfatos – S2O82- Fosfitos – HPO32-
Arseniatos – AsO43- Benzoatos – C7H5O2-
Fluorsilicatos – SiF62-
CLASSE B2:
Ânions que participam de reações de oxirredução.
Cromatos – CrO42- Permanganatos – MnO4-
Dicromatos – Cr2O72- Manganatos – MnO42-
Observa-se que essa classificação não é muito rígida, pois se encontram alguns ânions
pertencentes a diferentes classes e/ou grupos, dependendo das condições de reação (ex. SO42-
- Grupo I e Classe B1).
Na prática, a amostra é analisada através de setes testes prévios, chamados de TESTE
DE ELIMINAÇÃO (TE), com o objetivo de se eliminar alguns ânions, baseando se na cor,
solubilidade, pH da solução, desprendimento de gases e reações específicas, para somente
depois confirmar a presença dos prováveis ânions presentes, através dos TESTES
INDIVIDUAIS DE IDENTIFICAÇÃO (TI).
A presença de metais foi testada com o ENSAIO, descrito abaixo, porque eles
interferem, formando precipitados ou dando reações coloridas, nos testes de eliminação; caso
o ensaio dê positivo, foi dado continuidade então a eliminação do metal, como descrito na
TRANSPOSIÇÃO e, com a solução restante, proceder então a análise dos ânions através dos
TE’s e TI’s.
2. OBJETIVOS
● Estudar reações e técnicas de identificação de ânions;
● Identificar os ânions de uma amostra.
3. MATERIAIS UTILIZADOS
● Tubos de ensaio 10mL
● Estante para tubo de ensaio
● Pipeta de Pasteur
● Pinça de madeira
● Pisseta
● Cápsula de porcelana
● Chapa aquecedora
4. REAGENTE UTILIZADOS
● Nitrito de Sódio NaNO2 0,1M; ● Cloreto de sódio NaCl 0,1M;
● Acetato de amônio ● Iodeto de potássio KI 0,12mg
NH4CH3COO 0,1M; L-1;
● Brometo de potássio KBr ● Hidrogeno fosfato dissódico
0,1M; Na2HPO4 0,5M;
● Nitrato de potássio KNO3 ● Oxalato de sódio Na2C2O4
0,1M; 0,1M;
● Tiosulfato de sódio Na2S2O3 ● Ácido Acético CH3COOH
0,1M; 6M;
● Cromato de potássio K2CrO4 ● Ácido Clorídrico HCl 6M;
0,1M; ● Ácido Nítrico HNO3 6M;
● Sulfato de sódio Na2SO4 0,1M; ● Amônia NH3 15M;
● Carbonato de sódio Na2CO3 ● Cloreto de amônio NH4Cl 6M;
0,1M; ● Permanganato de Potássio
● Hidróxido de sódio NaOH 6M; KMnO4 0,02M
C) Seguinte, acrescentamos uma gota de Permanganato de Potássio 0,02M para cada tubo de
ensaio e observamos se a coloração característica do Permanganato de Potássio sumia na
solução. Contudo concluímos que apenas o tubo com Cloreto se manteve com a coloração
arroxeada. Segue o resultado na figura 2.
Figura 2
D) Com isso, levamos o tubo de ensaio do Cloreto para aquecer por um minuto, mas antes de
acabar esse tempo, já era visível que toda a coloração do Permanganato de Potássio se
dispersou. Para o restante dos tubos de ensaio, também levamos para aquecer por um minuto,
mas nada de diferente foi notado, apenas a homogeneização da solução, como mostra na
figura 3.
Figura 3
Com isso, concluímos que todos os ânions desse teste descolorem a solução quando
somado o Permanganato de Potássio na solução ácida, contudo podemos provar o teste de
identificação para os ânions: Cl-, I-, Br-, NO2-, CrO42-. Como prova os mecanismos reacionais
a seguir:
10Cl-(aq) + 2MnO4-(aq) + 16H+(aq) → 5Cl2(aq) + 2H2O(l) + 2Mn2+(aq)
10I-(aq) + 2MnO4-(aq) + 16H+(aq) → 2H2O(l) + 5I2(aq) + 2Mn2+(aq)
10Br-(aq) + 2MnO4-(aq) + 16H+(aq) → 5Br2(aq) + 2H2O(l) + 2Mn2+(aq)
5NO2-(aq) + 2MnO4-(aq) + 6H+(aq) → 5NO3-(aq) + 3H2O(l) + 2Mn2+(aq)
5CrO42-(aq) + 3MnO4-(aq) + 16H+(aq) → 5Cr3+(aq) + 8H2O(l) + Mn2+(aq)
Figura 4
B) Com isso, somamos três gotas de amido 1% e mais três de iodeto de potássio 0,1M. Como
mostra o resultado da figura 5 para as amostras de NO3- e CrO42- respectivamente:
Figura 5
Com esse teste, pode ser mostrado a relação entre o Nitrato e Cromato na presença de íons
iodeto em meio ácido, sendo possível a formação de Iodo (I2), que por ser uma molécula
polar, é possível separá-la por partição acrescentando CCl4, formando uma camada polar que
leva as moléculas de iodo para o fundo do tubo de ensaio, processo provando a presença de
Nitrato e Cromato, provando os mecanismos a seguir:
6I-(aq) + 2NO3-(aq) + 8H+(aq) → 3I2(l) + 4H2O(l) + NO(g)
6I-(aq) + 2CrO42+(aq) + 16H+(aq) → 3I2(l) + 4H2O(l) + 2Cr3+(aq)
Partição:
I2(l) + CCl4 → I2(CCl4)
B) Após, acrescentamos cinco gotas de Ácido Nítrico 6M, provamos o pH ácido e somamos
mais cinco gotas e não houve diminuição do precipitado, já que esses, sendo a base de prata,
só se solubilizariam novamente em meio básico.
Figura 11
6. CONCLUSÃO
Para as reações de identificação de solução são usadas em geral soluções que
produzem um efeito macroscópico (mudança de cor, formação de precipitado, liberação de
gás) facilmente visível ou que afetem o olfato. Algumas reações são específicas e são
utilizadas como teste da presença ou ausência de determinado íon. Nessas práticas realizamos
as identificações para os ânions, iniciando pelos testes de eliminação para retirar possíveis
falsos positivos que podem ocorrer para cada grupo de ânions, para após iniciarmos os testes
de identificação, escolhendo reagentes específicos que formam produtos conhecidos para
cada ânion.
Com isso, têm-se a importância de conhecer esses métodos, pois mesmo se for
fornecido um sal desconhecido, realizando os testes podemos chegar no resultado para cada
ânion.
7. PÓS-LABORATÓRIO
MENDHAM, J. [et al.]. et al. VOGEL, análise química quantitativa. 6. ed. RIO DE
JANEIRO: LTC, 2002., 462. p.