Você está na página 1de 12

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE CIÊNCIA EXATAS


Departamento de Química

RELATÓRIO

IDENTIFICAÇÃO DOS CÁTIONS DO GRUPO III

Sarah Kateelin Conceição Trindade

Relatório acadêmico do Curso de


Graduação de Química
apresentado como parte das
exigências da disciplina de
Química Analítica Qualitativa, sob
orientação da professora
Rosangela Cristina Barthus.

Vitória
Junho/2023
1

SUMÁRIO
1. Introdução……………………………………………………2
2. Objetivos……………………………………………………..3
3. Metodologia………………………………………………….3
4. Resultados e discussão ………………………………………6
5. Conclusão…………………………………………………….10
6. Bibliografia...…………………………………………………10
2

1) INTRODUÇÃO
O grupo III, também chamado de grupo do sulfato de amônio, compõe-se de sete
metais (Fe3+, Al3+, Cr3+, Ni2+, Co2+, Zn2+ e Mn2+) que são precipitados como hidróxido ou
sulfetos numa solução tamponada NH4OH/NH4Cl, contendo (NH4)2S.
Para assegurar uma precipitação adequada dos cátions do grupo III, quando se faz a
análise de uma amostra desconhecida, deve-se evitar a precipitação de cátions do grupo
II (Mg2+, Ca2+, Ba2+ e Sr2+). Destes íons, somente o Mg2+ pode precipitar como hidróxido
em presença de NH4OH, mas o NH4Cl impede essa precipitação: a alta concentração de
íons NH4+, devido ao efeito de íon comum, reduz a concentração de íons OH- de tal
modo que o Kps do Mg(OH)2 não seja atingido.

Propriedades dos cátions do grupo III


● Cobalto: O cobalto forma compostos no estado de oxidação +2 (cobaltoso) e +3
(cobáltico). No estado +2 ele forma sais simples estáveis e no estado +3 forma
sais complexos estáveis, seus sais são coloridos, sendo que os cobaltosos são de
cor avermelhado ou azul, dependendo do grau de hidratação ou de outros
fatores. Os íons complexos cobálticos apresentam uma grande variedade de cor;
● Níquel: O níquel forma composto em diversos estados de oxidação, mas os seus
compostos mais comuns ocorrem no estado +2 (niqueloso). Os sais hidratados
de níquel são de cor verde;
● Ferro: O ferro forma compostos em dois estados de oxidação comuns, +2
(ferroso) e +3 (férrico). O íon Fe2+, em solução, tende a oxidar-se a Fe3+, na
presença de oxigênio do ar. Os sais de ferro são coloridos, sendo que muitos sais
ferrosos são esverdeados e muitos sais férricos são marrom-amarelados;
● Manganês: O manganês forma compostos nos estados de oxidação +2,+4 e +7.
Os compostos de manganês no estado +7 (permanganatos) são fortes agentes
oxidantes e coloridos. Os compostos de manganês no estado +2 (manganosos)
são agentes redutores;
● Crômio: O crômio forma compostos nos estados de oxidação +2,+3 e +6; os
estados +3 e +6 são os mais importantes. Compostos de crômio +6 (cromatos e
dicromatos), são fortes agentes oxidantes. O hidróxido de crômio 3+ (hidróxido
crômico) é anfótero. Os compostos de crômio 2+ (compostos cromosos) são
fortes agentes redutores. Todos os sais de crômio são coloridos;
3

● Alumínio: O alumínio forma compostos apenas no estado de oxidação +3. Seu


hidróxido é anfótero, sendo uma substância gelatinosa de cor branca possuidora
de um grande poder de adsorção. Soluções contendo o íon Al3+ são incolores;
● Zinco: O zinco forma compostos somente no estado de oxidação +2. Seu
hidróxido, como os de Cr3+ e Al3+, é anfótero. O zinco, como o cádmio, pertence
ao grupo 2B da tabela periódica e forma com amônia o íon complexo
Zn(NH3)42+.

2) OBJETIVOS
Identificar e caracterizar 4 dos 7 cátions do grupo baseando-se nas suas constantes de
solubilidade empregando-se reações de precipitação e complexação dos metais do grupo
III.

3) METODOLOGIA

Procedimento 1 - Preparo da solução a partir da amostra desconhecida 3:


A fim de iniciar os procedimentos reacionais, em um béquer realizou-se a solução da
amostra desconhecida que, inicialmente, possuía uma coloração esverdeada, com alguns
cristais de mesma coloração;

Procedimento 2 - Tamponamento do meio


Observação inicial: a fim de que os resultados obtidos fossem os mais precisos
possível, realizou-se o experimento 4 vezes simultaneamente. Dado que as hipóteses
iniciais eram todos os cátions do grupo II (Cr3+, Al3+, Fe3+, Zn2+, Mn2+, Co2+ e Ni2+), a
separação foi feita de forma eliminatória, ou seja, descartando-se a hipótese de que
fosse determinado cátion, sendo assim, seguiu-se a seguinte ordem:

● Com o auxílio de uma pipeta de pasteur, transferiu-se para 4 tubos de ensaio


cerca de 2 mL de solução da amostra desconhecida. Em seguida, tamponou-se o
meio utilizando NH4OH e NH4Cl;
- Nessas condições os cátions Fe3+, Al3+, Cr3+ e possivelmente o Mn2+
precipitam (Precipitado I) em forma de hidróxidos.
● Após a precipitação, os tubos foram levados à centrífuga por cerca de 5 minutos,
em seguida, adicionou-se algumas gotas de NH4OH, a fim de verificar se a
4

precipitação foi quantitativa. No caso em que se observou turbidez no


sobrenadante, direcionou-se novamente os tubos à centrífuga;
- Das as duas fases presentes no tubo, os possíveis metais presentes no
sobrenadante (Sobrenadante I) são Zn2+, Co2+ e Ni2+ e, possivelmente o
Mn2+.

Procedimento 3 - Separação analítica dos cátions


● Após aplicada a metodologia anterior, com o auxílio de uma pipeta de pasteur,
separou-se o líquido sobrenadante do precipitado, direcionando-o para outro
tudo;

● Tratamento do Precipitado I: Ao precipitado I, adicionou-se 1 mL de NaOH 4


mol/L e 1mL de H2O2 3% em agitação e, em seguida, o conteúdo do tubo foi
aquecido em banho-maria por cerca de 5 minutos, a fim de cessar o
desprendimento de O2. Por conseguinte, levou-se os tubos à centrífuga;
- Nessas condições, precipita-se o Fe(OH)3 e pode ter o MnO(OH)2;
- O líquido sobrenadante pode conter o CrO42- e o Al(OH)4-
Em seguida, separou-se o líquido sobrenadante direcionando-o a outro tubo de
ensaio para, posteriormente, identificar o cromo e o alumínio. Como os
possíveis cátions do precipitado eram o Fe3+ e o Mn2+, procedeu-se da seguinte
maneira:
- Identificação do Fe3+: O precipitado obtido foi lavado duas vezes com
água destilada, levando-o à centrífuga a cada lavagem e descartando o
líquido sobrenadante, uma vez que o mesmo não continha demais cátions
da análise. Em seguida, o precipitado foi dividido em duas porções. À
primeira porção, adicionou-se 3 gotas de HCl 6 mol/L e 2 gotas de
solução de NH4SCN 1 mol/L (o aparecimento de uma coloração
vermelha intensa indica a presença do ferro).
- Identificação do Mn2+: À segunda porção, adicionou-se HNO3 até que
completa dissolução do precipitado e, em seguida, PbO2 (óxido de
chumbo IV) sólido. Agitou-se e aqueceu por cerca de 2 minutos, após
dilui-se com água, o conteúdo do tubo foi deixado em repouso e o
aparecimento de uma coloração violeta indicaria a presença do
manganês.
5

A partir do sobrenadante obtido, é possível identificar o cromo pelo aspecto que


pode possuir uma coloração amarela e a identificação do alumínio é feita como
se segue:
- Identificação do Al3+: Adicionou-se HCl 6 mol/L até tornar o meio
ácido (identificar por meio do papel tornassol), em seguida, adicionar
NH3 até o meio ficar alcalino. Por conseguinte, agitou-se e aqueceu a
solução com cuidado. O aparecimento de um precipitado gelatinoso
indicaria a presença do alumínio.

● Tratamento do Sobrenadante I: Ao sobrenadante obtido na primeira etapa de


separação analítica dos cátions, adicionar (na capela) uma solução de (NH4)2
com agitação e, em seguida, levou-o ao banho-maria durante 10 minutos. Em
seguida, realizou-se a centrifugação e, por conseguinte, adiciona-se ao líquido
sobrenadante 2 gotas de (NH4)2 a fim de que se verificasse que a precipitação
foi quantitativa. Por conseguinte, não havendo a presença de cátions dos demais
grupos, descartou-se o sobrenadante e o precipitado foi lavado 2 vezes
consecutivas com NH4Cl.
- O precipitado pode conter o CoS, NiS, MnS e o ZnS e será chamado de
Precipitado II.

● Tratamento do Precipitado II: Ao precipitado formado no procedimento


anterior, adicionou-se 1 mL de HCl 1 mol/L em agitação e, em seguida, a
solução foi colocada em repouso por cerca de 5 minutos. Após isso, levou-a à
centrífuga e o líquido sobrenadante foi transferido para outro tubo. O precipitado
será chamado de Precipitado III e o líquido sobrenadante de Sobrenadante II.
- O precipitado III poderá conter NiS e CoS;
- E o sobrenadante II poderá Zn2+ e Mn2+.

● Tratamento do Precipitado III: Ao precipitado III obtido no procedimento


anterior, adicionar HNO3 16 mol/L e aquecer em banho-maria até a dissolução
do precipitado. A solução obtida foi dividida em duas partes;
- À parte 1, adicionou-se com agitação NH3 6 mol/L até o meio ficar
básico e, em seguida, algumas gotas de dimetilglioxima. O surgimento
de um precipitado de coloração vermelha indica a presença de Ni2+.
6

- À segunda parte da solução, adicionou-se 5 gotas de solução de NH4SCN


1 mol/L e 10 gotas de acetona. O aparecimento de um precipitado de
coloração azul indica a presença do Co2+.

● Tratamento do Sobrenadante II: aqueceu-se o sobrenadante obtido por meio


do procedimento anterior a fim de que se eliminasse H2S. Após resfriamento,
adicionou-se cerca de 1 mL de NaOH 4 mol/L em excesso e levou-se o conteúdo
à centrífuga e, após, separou-se o sobrenadante, reservando-o em um outro tubo.
- O precipitado pode conter Mn(OH)2 e o líquido sobrenadante Zn2+
Dissolveu-se o precipitado em HNO3 6 mol/L e PbO2 sólido e aqueceu-se tal
mistura por cerca de 2 minutos e, em seguida, diluiu-se a solução obtida com
água e deixou em repouso:
- O aparecimento de uma coloração violeta indicaria a presença de Mn2+.
Ao líquido sobrenadante reservado anteriormente, adicionou-se tiocetamida:
- O aparecimento de um precipitado branco (ZnS) indica a presença do
zinco.
De forma alternativa, para a identificação do zinco, adiciona-se HCl 6 mol/L até
o meio ficar levemente ácido e, em seguida, 3 gotas de uma solução 0,2 M de
K4[Fe(CN)6] com agitação:
- Nesta condição, forma-se um precipitado de coloração branca pelo
produto da reação ser K3Zn3[Fe(CN6)]2 .

4) RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após preparo de uma solução desconhecida de numeração 3, obteve-se um líquido de
coloração verde e as reações para realizar a separação analítica dos cátions e os devidos
resultados estão descritos como se segue:

2.1 - Tamponamento do meio: Após realizar o procedimento descrito inicialmente no


item 2, e levando em consideração as diferenças de constantes de solubilidade de cada
íon, o tamponamento do meio forneceu a formação de duas fases: uma em forma de
precipitado de coloração castanha e outra suspensa, o sobrenadante, de coloração azul
turquesa. Dadas as reações a seguir, justifica-se que os íons Fe3+, Al3+, Cr3+ (e
possivelmente o Mn2+) precipitam em forma de hidróxidos:
7

Fe3+(aq) + 3NH4OH(aq) ⇌ Fe(OH)3(s) + 3NH4+(aq) (1)


Al3+(aq) + 3NH4OH(aq) ⇌ Al(OH)3(s) + 3NH4+(aq) (2)
Cr3+(aq) + 3NH4OH(aq) ⇌ Cr(OH)3 (s) + 3NH4+(aq) (3)

Como as constantes de solubilidade dos demais cátions não foram atingidos, estes
encontram-se em meio aquoso no sobrenadante (Sobrenadante I).

3.1 - Separação analítica dos cátions


Após separar o sobrenadante do precipitado obtido por meio do procedimento
anterior e reservar o primeiro, lavou-se o segundo a fim de que se fosse removido os
resquícios do sobrenadante.
Após isso, adicionou-se ao precipitado I 1 mL de NaOH 4 mol/L e 1 mL de H2O2 3%
e levou-se tal mistura para o aquecimento em banho-maria por 5 minutos. Nestas
condições, obtém-se um precipitado que, possivelmente, contém o Fe(OH)3 e pode
conter o Mn(OH)2 e ao líquido sobrenadante, assume-se que contém o CrO42- e o
Al(OH)4-.

- Identificação do Cr3+: Seguindo a metodologia descrita no item 3 e


comparando-a aos dados obtidos, o resultado esperado para identificação do
cromo é que o sobrenadante obtido possuísse a coloração amarela, entretanto, o
resultado observado foi um sobrenadante de coloração turquesa. Dessa forma,
descartou-se a hipótese de que houvesse a presença do cromo na amostra
desconhecida.
Em contrapartida, segundo o gabarito disponibilizado, havia cromo na
amostra e tal erro de análise pode ser justificado levando-se em consideração
que, na presença de NaOH em excesso, o Cr(OH)3 é solúvel e possui uma
coloração esverdeada, que pode ser facilmente confundida com o turquesa
observado na análise.

- Identificação do Al3+: Após tamponar o meio utilizando HCl 6 mol/L e NH3 6


mol/L, como descrito no item 3 (metodologia) e aquecer, observou-se a
formação de um precipitado gelatinoso e esbranquiçado o que, segundo a
literatura, é uma característica do alumínio nestas condições e, portanto,
tomou-se tal cátion como um dos que compunham a amostra.
8

Entretanto, novamente segundo o gabarito, não havia a presença de tal cátion


e a incompatibilidade entre resultado observado e resultado esperado, se deve
por dois fatores: o estado em que se encontravam os tubos de ensaio (riscos e
fosco) indica que, segundo a literatura, houve a formação de silicatos, seja
quando utilizado anteriormente ou até mesmo no momento do uso, onde a
utilização de NaOH somado a este fator, contribuiu para que houvesse uma
contaminação na amostra e comprometimento da análise e formação de uma
conclusão assertiva. O segundo fator seria que as tampas dos frascos das
soluções podem ser facilmente confundidas e trocadas o que, novamente, pode
acarretar em uma contaminação.

- Identificação do Fe3+: Após lavar o precipitado obtido no procedimento


anterior, dividiu-se o mesmo em duas porções: uma para caracterização do Fe3+ e
outra para possível caracterização do Mn2+.
À primeira porção, após adicionar 3 gotas de HCl 6 mol/L e 2 gotas de
solução de NH4SCN 1 mol/L, foi possível observar a mudança no aspecto da
solução que antes era castanha e passou a assumir uma coloração vermelha
intensa, indicando que de fato havia ferro na amostra. Tal reação é resultado está
descrito como mostra a seguinte equação:

Fe3+(aq)+ 6SCN-(aq) ⇌ Fe(SCN)63-(aq) (4)

- Identificação do Mn2+: À segunda porção do precipitado separada


anteriormente, adicionou-se HNO3, a fim de diluir o precipitado. Em seguida,
adicionou-se PbO2 sólido, aquecendo a mistura e repousando-a por dois minutos
e, em seguida, diluiu-se a mesma com água. A mudança de aspecto da solução
para um tom violeta indicaria a presença do manganês, o que não ocorreu,
descartando-se a hipótese de que houvesse tal cátion na amostra.

Após realizar todos os procedimentos que diziam respeito ao tratamento do


Precipitado I, e identificar os cátions Fe3+ e, mesmo que de forma equivocada, o Al3+,
prosseguiu-se os procedimentos para tratamento do Sobrenadante I.
Ao sobrenadante I, adicionou-se (NH4)2 e, em seguida, levou-se a solução para
aquecimento em banho-maria por 10 minutos. Em seguida, após centrifugação
9

obteve-se um precipitado composto, possivelmente, por CoS, NiS, MnS e ZnS, este que
foi chamado de Precipitado II. O líquido sobrenadante, uma vez que não contém cátions
de outros grupos, foi descartado.
Ao precipitado II obtido anteriormente, adicionou-se 1 mL de HCl 1 mol/L em
agitação e, em seguida, após mudança no aspecto, o conteúdo do tubo foi levado à
centrífuga obtendo, assim, um precipitado que foi chamado de Precipitado III e
possivelmente continha NiS e CoS e um sobrenadante que foi chamado de
Sobrenadante II e poderia conter Zn2+ e Mn2+.
A fim de caracterizar os cátions presentes no precipitado III, realizou-se as reações de
caracterização de forma individual, onde o precipitado principal foi diluído por meio da
adição de HNO3 16 mol/L e aquecimento e dividido em duas porções, uma para
caracterizar o Níquel e outra para caracterizar o Cobalto.

- Identificação do Ni2+: À primeira porção do procedimento anterior adicionou-se


NH3 6 mol/L até o meio ficar alcalino e, em seguida, algumas gotas de
dimetilglioxima. O resultado obtido foi um precipitado de coloração vermelha
indicando que, de fato, havia Níquel na amostra inicial. Justifica-se tal resultado
por meio da seguinte equação:

Ni2+(aq) + 2H2DMG(aq) ⇌ Ni(HDMG)2(s) + 2H+(aq) (5)

- Identificação do Co2+: Após adicionar 5 gotas de solução de NH4SCN 1 mol/L


e 10 gotas de acetona, esperava-se que houvesse a formação de um precipitado
de coloração azul, o que não ocorreu fazendo com que a hipótese de que
houvesse Cobalto fosse descartada.

Após realizar os procedimentos para identificação dos cátions presentes no


precipitado III, deu-se prosseguimento às reações a fim de que se fosse possível
identificar os cátions presentes no sobrenadante II que poderia conter Zn2+ e Mn2+.
O líquido referente ao sobrenadante II foi aquecido para eliminação de H2S. Após
resfriamento adicionou-se NaOH 4 mol/ L em excesso e o conteúdo do tubo foi levado à
centrífuga, obtendo-se um precipitado que pode conter o Mn2+ e um sobrenadante que
pode conter o Zn2+.
10

- Identificação do Mn2+: Diluiu-se o precipitado obtido anteriormente por meio


da adição de HNO3 6 mol/ L e adicionou-se PbO2 sólido. Após aquecer, resfriar
se diluir a solução, não obteve-se uma coloração violeta para a solução, o que
indicava a não presença do manganês na amostra inicial;
- Identificação do Zn2+: Dado que a reação com tiocetamida para identificação
do Zn2+ descrita no procedimento 3 não foi capaz de identificar tal cátion,
realizou-se o procedimento alternativo que consistia na adição de HCl 6 mol/L
para deixar o meio levemente ácido e, em seguida, 3 gotas de uma solução 0,2
mol/L de K4[Fe(CN)6] com agitação.
Nestas condições, obteve-se a formação de um precipitado de coloração
branca, dada a formação do complexo K3Zn3[Fe(CN)6]2 que pode ser justificado
por meio da seguinte equação:

Zn2+(aq) + K4[Fe(CN)6](aq) ⇌ K3Zn3[Fe(CN)6]2(s) (6)

5) CONCLUSÃO
Após realizados os procedimentos, e constatar a presença do Zn2+, Ni2+, Al3+ e Fe3+,
torna-se possível concluir que as diferentes constantes de solubilidade, juntamente às
reações de complexação específicas para cada cátion, torna possível uma separação
analítica qualitativa, uma vez que as características entre um cátion e outro é bem
visível.
Além disso, destaca-se os fatores capaz de influenciar na obtenção dos resultados,
uma vez que a utilização de equipamentos em condições desfavoráveis foi o principal
impasse para a obtenção de um dos cátions (o cromo), além do erro de imperícia, onde
quem analisa deve-se atentar aos fatores inerentes ao favorecimento das reações.
Entende-se, portanto, que, para uma análise precisa e constatação assertiva dos
cátions do grupo III, faz-se necessário não somente uma metodologia bem
desenvolvida, mas também uma observação lógica por parte do observador. No que diz
respeito à presença destes materiais, fatores como o pH do meio reacional tal como as
concentrações dos reagentes favorecem ou não a se obter o resultado esperado (tal como
na identificação do manganês e do alumínio, que podem facilmente sofrer um erro de
paralaxe, uma vez que seus aspectos são sutis).

7) BIBLIOGRAFIA
11

1. Roteiro da Prática 3: Análise dos Cátions do Grupo III.


2. BACCAN, N., GODINHO, O., ALEIXO, L. e STEIN, E. Introdução à
Semimicroanálise Qualitativa. 2°ed. 1988.
3.
4.

Você também pode gostar